estudo dirigido de português

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Oswald de Andrade volta da Europa, trazendo as diretrizes do Manifesto Futurista, de Marinetti. O Futurismo, nascido na Itlia, e lanado em Paris em 1909, exigia liberdade totaJ para a ~t~ratura, a fim de poder acompanhar a era cientfica e tecnolgica. ma: Menotti del Pcchia, Juca Mulato e Manuel Bandeira, A cinza das' horas, obras que procuram inovar de um modo ou de out~o. Mas o fato decisivo deste ano foi a segunda Exposio de Pintura~ de Anita Malfatti (1896-1964), em So Paulo. Monteiro Lobato reagiu violentamente contra os quadros de inspirao eubista e publicou um artigo azedo e virulento: "Parania ou Mistificao".

IC) 17: Mrio de Andrade publica H uma gota de sangue em cada poe-

Literatura:SEMN~

Modernismo (introduo e l.a fase)

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1918: Andrade Muricy publica Alguns poetas novos, obra que retrata o momento de transio: o Simbolismo moribundo e o Modernismo nascente. 1919: Renovao na escultura, atravs de Victor Brecheret, que regressa de Roma. Di Cavalcanti, Hlio Seelinger, Srgio Milliet e outros o apiam. Discurso antiacademicista de Oswald de Andrade, numa festa de Menotti del Picchia. "O meu poeta futurista", tambm de Oswald, provocou escndalos e reaes na platia conservadora.

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'\9~A partir da Semana de Arte Moderna, renovar esteticamente passou a ser a principal preocupao dos artistas ao elaborarem suas obras. Assim, no campo da literatura, veremos surgirem as figuras revolucionrias de Oswald de Andrade e Mrio de Andrade; na pintura, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti; na msica, Vila-Lobos e na escultura, Victor Brecheret. Cumpre, no entanto, observar que, antes dessa data,j havia tentativas de inovao no plano formal, porm sem tanta fora e virulncia. De fato, o Modernismo representou uma ruptura radical com relao aos movimentos anteriores. Alm disso, o tema da nacionalidade voltou a ocupar o primeiro plano na expresso artstica. A transplantao e a importao cultural deveriam urgentemente ser revistas. Para tanto, o evento de 22 seria decisivo.

1921:

Em outubro, retoma da Europa o escritor Graa Aranha, nome de repercusso no cenrio artstico nacional. Logo aderiu ao movimento dos moos que fizeram dele ponta de lana. ASemana No dia 29 de janeiro de 1922, O Estado de S. Paulo noticiava o seguinte: "Por iniciativa do festejado escritor Sr. Graa Aranha, da Academia Brasileira de Letras, haver em So Paulo uma 'Semana de Arte Moderna', em que tomaro parte os artistas que, em nosso meio, representam as mais modernas correntes artsticas." E, assim, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municip~ de So Paulo, realizou-se a histrica Semana, com recitais, conferncias, musicais e exposies. Na histria literria do Brasil, a Semana ficar como que uma linha demarcatria entre o passado e o presente, entre o importado e o artificial, entre o nacional e o autntico. O centenrio da independncia poltica parece ter despertado a independncia literria. 11

Antecedentes da Semana de Arte Moderna A Semana de 22 foi o marco inicial de profundas mudanas em nosso meio literrio. Antes dela, porm, alguns fatos contriburam para a ecloso do referido evento. Vejamos: 10

claro que foi um comeo violento e drstico. Aos poucos, nos movi

mentos subseqentes, levantados.

haveria novas conquistas de valores, agora to-somem

Estou farto do lirismo que pra e vai averiguar no dicionrio o cunho [vernculo de um vocbulo Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construes sobretudo as sintaxes de exceo Todos os ritmos sobretudo os inumerveis Estou farto do lirismo namorador Poltico Raqutico Sifiltico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo. De resto no lirismo Ser contabilidade tabela de co-senos secretrio do amante exemplar com [cem modelos de cartas e as diferentes [maneiras de agradar s mulheres etc. Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bbedos O lirismo difcil e pungente dos bbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare No quero mais saber do lirismo que no libertao.BANDEIRA, Manuel. Antologia potica. 7. ed. Rio de Janeiro, Liv. Jos Olympio Ed., 1974, p. 71-2.

Muitos eram os participantes do evento de 22. Entre eles, destacavamManuel Bandeira, Mrio de Andrade, Oswald de Andrade, Ronald de Carvalh e Graa Aranha.informaes sobre o autor, . - _".'-~ " ' ,

10

mento

Modernista

MANUEL Carneiro de Sousa BANDEIRA Filho nasceu no Recife, em 1886, e morreu no Rio de Janeiro, em 1968. Cursou o Colgio Pedro li, onde, mais tarde, seria professor de Portugus. Em So Paulo, estudou Engenharia, mas a tuberculose o impediu de concluir o curso . .o. doena foi-lhe um peso durante toda a vida. Em 1912, esteve na Sufa para tratamento de sade. Neste perfodo, encontrou-se com os melhores poetas simbolistas e ps-simbolistas da Frana, que muito o influenciaram nas suas primeiras obras. Voltando ao Rio, juntou-se ao grupo de poetas e intelectuais da poca: Ronald de Carvalho, Ribeiro Couto e Graa Aranha. Juntamente com esses escritores, aderiu ao Movide 1922, no qual teve importante participao.

20

Em A cinza das horas (1917), Manuel Bandeira ainda estava fortemente ligado ao Parnasianismo e ao Simbolismo, mas j em Carnaval (1919), fazia poemas de inconformidade e rebeldia, como o poema-stira "Os sapos", que seria recitado por Ronald de Carvalho numa das noites da Semana de Arte Moderna, sob as vaias dos assistentes. ~ que os sapos, para ele, simbolizavam os poetas de escolas passadas, especialmente os parnasianos. Obras: Poesia: A cinza das horas (1917); Carnaval (1919); Ritmo dissoluto (1924); Libertinagem (1930); Estrela da manh (1936); Lira dos Cinqent'anos (1940); Belo, belo (1948); Mafu do malungo (1948); Opus 10 (1952); Estrela da tarde (1963); Estrela da vida inteira (1966l. Prosa: Crnicas da Provncia do Brasil (1936); Guia de Ouro Preto (1938); Noes de Histria das Literaturas (1940); Gonalves Dias (1952); Itinerrio de Pesrgada (memrias, 1954); De poetas e de poesia (1954); Andorinha, andorinha (1966).

Vocabulrio 1. Correlacione as palavras do texto da primeira coluna com os respectivos significados dados na segunda: ( 1) lirismo formalidade, norma de etiqueta ( 2 ) comedido aqueles que levam ao exagero a ( 3) protocolo pureza da linguagem ( 4) puristas modo potico e apaixonado de sentir e viver prudente, moderado "O lirismo diHcil e pungente dos bbedos" (verso 18). A palavra destacada tem a variante bbado, absolutamente correta. Marque a nica opo cujas variantes so consideradas erradas pelas normas ling sticas: a. ( b. ( azlea ou azalia (= flor); zango ou zngo (= macho de abelha). neurose ou nevrose; neuropata ou nevropata. 13

Texto:

Potica

2.

Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionrio pblico com livro de ponto expediente protocolo [e manifestaes de apreo ao sr. diretor 12

Proposio de atividades1. Recit8l de poesiaNuma das noites da Semana de Arte Moderna, Ronald de Carvalho declu mou em palco o poema-stira de Manuel Bandeira, "Os sapos". Procure-o em alguma antologia e declame-o tambm, individualmente ou em grupo, modo de jogral.

IIIIClU

IIng!le, I u (5) x um (uns) (s) 6,>f'

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RevisD gramaticalAcentua8D; grafias do qu e do porqu Acentuao

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3. os vocbulos paroxtonos terminados em ditongo (crescente e decrescente):

l/I

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Lai1')){f),

2tl:h;,- (

r(' (

Acentue as palavras seguintes, se necessrio, e depois transcreva-as no lugar certo da segunda coluna, de modo que exemplifiquem as regras de acentuao, estabelecidas na primeira: 1819

Conjunto de testes n9 1 1. Assinale a alternativa onde h um erro de acentuao: a. b. c, d. e. 2. ( ( ( ( cuscuz, tu vs, tup, tainha. amendoim, o fecho, o peso, pais. os seres, vrus, atra -los, f-Ios. corts, cortesmente, carretel, fa sca. franceses, idiche, Emas, iodo.I

latura:

ModerniBrno

(l.a

fase - continuao)

Faa como no exerccio anterior: a. b. c. d. e. ( (, ( ( (

~r

) ced,o (f.v.}, cedo (adv.). seres (f.v.). seres (s.). apoio (f.v), pde (pret. perf.], pla (f.v.). plo (gavio). ) para (prep.), plo (cabelo), pra (fruta). pra (f.v.). ) ca (f.v.], coa (com + a). plo (extremidade), plo (centro). ) polo (per + o: arcaico), por (prep.l, pr (f.v.), pla (subst.l.

3.

Assinale a alternativa onde todas as palavras esto acentuadas corretamente: a. ( ) rtmo, colmia, jris. .(~, 1-1:.. b. (...- abeno, eles. tm-no, rafze's. c. ( ) sade, salda, eles sadam. d. ( ) trceps, Valter, Nelson. e. ( ) inqrito, ungento, eqno.y (

4.

O a. b. c. d. e.

item, ( ) ( ) ( )

cujas trs palavras esto acentuadas pela mesma razo, : atac-Io, sofs, possu. falncia, Antnio', reprter. afveis, lpis, vos. P