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Estudo do trabalho - Relatório de Trabalho Prático Cronometragem de atividades laborais Determinação do tempo standard de um trabalho de quinagem Professor: José Miguel Cabeças João Santos nº37033 João Reguengos nº 37560

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Estudo do trabalho - Relatrio de Trabalho Prtico

Cronometragem de atividades laborais

Determinao do tempo standard de um trabalho de quinagem

Professor: Jos Miguel Cabeas

Joo Santos n37033Joo Reguengos n 37560Pedro Gala n 36844

Data de realizao do relatrio:Data de entrega do relatrio:INDCE

RESUMO3INTRODUO E FUNDAMENTOS4TEORIA E ANLISE5DEFINIO DE OBJECTIVOS9DESCRIO DA MONTAGEM EXPERIMENTAL10LISTAGEM DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS12PROCEDIMENTOS131.Decompor o trabalho em elementos de actividade132.Definir o nmero de ciclos a cronometrar133.Medir o tempo de cada elemento de actividade e de cada ciclo de trabalho134.Definir o factor de actividade135.Definir o tempo representativo146. Calcular complementos de actividade14DADOS EMPRICOS15ANLISE DE DADOS16CONCLUSO E RECOMENDAES20PROPOSTA DE MELHORIA21REFENCIAS BIBLIOGRFICAS23

RESUMOEste relatrio consiste num estudo de tempos, atravs da aplicao da tcnica da cronometragem, a um posto de trabalho de quinagem. Este estudo foi realizado atravs do visionamento de um vdeo da tarefa desempenhada por uma operadora no respectivo posto de trabalho, em que esta ltima era responsvel por abastecer a quinadora com matria prima e posteriormente colocar a pea quinada na palete de produto acabado.Este estudo teve como objectivo determinar o nmero de ciclos a cronometrar, o tempo normal de cada elemento de actividade e do ciclo de trabalho do operador. Para alm destes tempos, era tambm pretendido determinar o tempo standard e respectiva produo.Aps a anlise destes dados e das caractersticas tcnicas e espaciais do posto de trabalho, foram apresentadas propostas de melhoria que permitiram aumentar a produtividade do posto de trabalho analisado e com isto adicionar valor acrescentado ao processo produtivo do mesmo.

INTRODUO E FUNDAMENTOS

Nos dias de hoje, em que existe uma grande competitividade entre empresas, fundamental que estas mesmas tenham a capacidade de inovar e melhorar continuamente de forma a ganharem vantagem competitiva. Tento em conta que a mo de obra uma parte fundamental do processo produtivo da grande maioria das empresas, esta uma rea sobre a qual devem ser depositados esforos de forma a maximizar a produtividade dos trabalhadores e minimizar os desperdcios e tempo improducente. neste contexto que se insere a importncia de estudar os tempos do processo produtivo. Atravs deste estudo possvel definir o tempo necessrio para a execuo de uma actividade a um nvel de rendimento bem definido. O estudo de tempos torna-se necessrio quando, por exemplo, um novo trabalho introduzido na actividade da empresa ou quando uma dada rea produtiva apresenta demasiados tempos mortos e uma produtividade baixa.Atravs deste estudo obtida informao que permite estimar o volume da produo, balancear linhas e desenvolver aces de melhoria de forma a aumentar a produtividade de uma dada organizao empresarial. neste contexto que surge a actividade experimental deste relatrio.

TEORIA E ANLISE

Para a correcta interpretao e anlise desta actividade experimental necessrio ter em conta alguns conceitos tericos relacionados com a recolha e anlise dos dados da experincia que sero definidos e descritos neste captulo.Comeando por distinguir um trabalhador qualificado de um trabalhador representativo, o primeiro aquele que atravs da sua experincia, prctica e algumas qualidades fsicas, consegue executar as tarefas de acordo com os critrios de segurana, quantidade e qualidade. Por outro lado, um trabalhador representativo um indivduo que possui qualidades e capacidades correspondentes a realizar as tarefas de acordo com a mdia do grupo estudado. ento importante ter em considerao o tipo de trabalhador considerado no estudo aquando da definio dos tempos de referncia de um posto de trabalho, pois no podemos considerar como tempo de referncia um tempo desempenhado por um trabalhador cuja velocidade de execuo seja acima ou abaixo da mdia. No entanto, quando isto se verifica utilizado o factor de actividade para normalizar os tempos observados. Este factor ser apresentado um pouco mais frente.Os tempos anteriormente referidos so obtidos atravs da tcnica de cronometragem. Esta tcnica permite determinar o tempo observado do posto de trabalho atravs da medio directa de todos os elementos de actividade. Este tempo multiplicado pelo factor de actividade permite determinar o tempo de ciclo ou tempo normal do posto de trabalho, que til para balanceamento de linhas. Se ainda tivermos em conta os complementos, que so os tempos associados fadiga, atrasos e a necessidades pessoais, conseguimos obter o tempo standard.Quando se pretende estudar um posto de trabalho, essencial ter conhecimento do que se faz nesse posto e quais os elementos de actividade ou actividades realizadas, para deste modo ser possivel definir o ciclo de trabalho. Teoricamente, o ciclo de trabalho o conjunto de elementos de actividade que do origem a um produto acabado. O ciclo de trabalho inicia-se simultaneamente com o primeiro elemento de actividade e termina quando ltimo elemento de actividade acaba. Para se conseguir perceber melhor onde esto os erros dos processos necessrio dividir em elementos de actividade diferentes, assim possvel identificar facilmente quais os elementos de actividade em que existe produtividade e onde no existe produtividade, qual o tipo de cada elemento de actividade, para posteriormente ser feito o tratamento apropriado a cada elemento.O tempo normal de ciclo composto pelos elementos de actividade cclicos e elementos de actividade no cclicos. Os elementos cclicos esto presentes em todos os ciclos de produo. Por outro lado, os elementos no cclicos ocorrem apenas em intervalos, regulares ou no, como por exemplo ajustamentos de mquina e medies para verificar a conformidade entre os produtos. Para alm destes ltimos, existem tambm os elementos estranhos, que so elementos que no fazem parte do mtodo ou que, ao serem analisados, conclui-se que pode ser dispensvel do trabalho.Dentros dos elementos cclicos e no cclicos existem elementos constantes, que tm sempre o mesmo tempo observado cada vez que actuam num ciclo. Por outro lado, se o tempo observado de um elemento varia com as caractersticas do material, processo ou produto, denominam-se elementos variveis. Os elementos mquina so aqueles que apenas dependem das caractersticas do equipamento, enquanto que os manuais dependem apenas do operador. Existem ainda os elementos preponderantes que demoram mais tempo que todos os outros. Por fim, temos os elementos aberrantes que so aqueles que em certos ciclos demonstram um tempo observado com um desvio de +/- 30% do valor mdio, sendo estes valores excludos do clculo do tempo mdio observado. importante realizar uma diviso correcta dos processos em elementos de actividade. Muito frequentemente o incio e o fim de um elemento de actividade so definidos atravs de um rudo ou pelo contacto e afastamento do componente de superfcies de trabalho, o que os torna facilmente identificveis. O instante em que acaba um elemento e se inicia o seguinte denomina-se de corte.Os elementos devem tambm ter uma durao aceitvel de modo a serem bem medidos por um observador experiente, sendo que cada actividade deve ter no mnimo uma durao de 3 segundos.Corte inicialCorte finalCorte inicialCorte finalElemento de actividade 1Elemento de actividade 2Mesmo instante

Figura 1: exemplificao da posio dos cortes das actividades

importante observarmos um determinado nmero de ciclos de modo que sejam observadas diversas vezes todas as actividades cclicas e no cclicas. No entanto existem vrios factores que influenciam o nmero de ciclos a observar, como os aspectos econmicos, visto que a observao uma actividade sem valor acrescentado, e a preciso, tendo em conta que quantos mas ciclos observados maior a preciso. tambm importante referir que os ciclos de curta durao devem ser cronometrados com mais cuidado e concentrao, porque pequenos erros podem gerar variabilidades significantes.Aquando da realizao da cronometragem, esta pode ser feita de uma forma cumulativa. Este tipo de cronometragem caracterizado pelo facto de o cronmetro nunca parar, sendo o observador responsvel por anotar o tempo observado no inicio e no fim de cada elemento. Por outro lado, pode tambm ser feita de forma repetitiva, que caracterizada pelo facto do cronmetro ser reiniciado aps cada medio.Todos os tempos obtidos directamente atravs da cronometragem denominam-se de tempos observados (TO).Tal como foi referido anteriormente, a velocidade de execuo de um trabalhador pode variar. A velocidade normal associada a um trabalhador qualificado que mantm o ritmo esperado para o desempenho da actividade.O fator de actividade a comparao da velocidade do operador com a velocidade normal de operao da tarefa desempenhada pelo mesmo. Este fator normalmente atribudo em mltiplos de 5 e a escala de quantificao do mesmo a seguinte:

Fator de Atividade

Velocidade de execuo

50Muito lenta. Movimentos inbeis e hesitantes. Executante entorpecido e sem interesse pela tarefa.

75Compassada, sem pressa, como a de um trabalho no remunerado por pea, e sob vigilncia apropriada. Parece lenta, mas sem qualquer desperdcio propositado de tempo.

100 FA de refernciaGestos vivos e precisos de um trabalhador qualificado mdio, remunerado pea. A qualidade e preciso so atingidas sem dificuldade.

125Muito rpido, demonstrando segurana, destreza e coordenao de movimentos muito superior de um trabalhador mdio experiente.

150Excecionalmente rpido. A atividade atinge um esforo e concentrao intensos, no podendo provavelmente se mantida durante muito tempo. Perito.

Os complementos de actividade, PF&D (Personal, Fatigue & Delays), tm impacto na produo standard diria, sendo estes normalmente representados em percentagem do tempo normal ou do tempo de turno. Estes complementos contemplam os atrasos inevitveis, as necessidades pessoas e o tempo necessrio para recuperar da fadiga.Os complementos do tipo P devem contemplar o tempo dispendido nas actividades pessoais do trabalhador durante o horrio normal de trabalho. Os do tipo F permitem a recuperao dos efeitos fisiolgicos e psicolgicos. Por fim, os do tipo D referem-se a atrasos inevitveis, que podem ser previstos no mtodo de trabalho.O tempo disponvel o tempo que o operador presta presena, segundo o seu contrato de trabalho. Este tempo engloba o tempo til e o tempo no produtivo.

O tempo til o tempo que o operador est a ser produtivo, ou seja, a realizar operaes.

O tempo no produtivo corresponde ao tempo em que o operador remunerado mas que no est a realizar operaes. A este tempo podemos associar os complementos PF&D.

DEFINIO DE OBJECTIVOS

Com este relatrio pretendemos analisar a aplicao da tcnica de cronometragem para obter o tempo normal de cada elemento de actividade e para o ciclo de trabalho do operador, o tempo e a produo standard diria e horria e determinar o nmero de ciclos a cronometrar por elemento de actividade, num processo de quinagem de uma chapa metlica, sendo esse o nosso objectivo. Teremos tambm de definir o factor de actividade (FA) associado a operadora.

Para a anlise deste processo utilizamos um vdeo do mesmo, o que facilita a observao da actividade no posto de trabalho e permite aplicar a tcnica de cronometragem com maior rigor e preciso, este vdeo consiste numa mulher a transportar chapas metlicas para uma quinadeira, onde as dobra nos quatro cantos e as coloca num contentor, comeando o preocesso todo de novo, a este tipo de produo chamamos de produo por lotes.

DESCRIO DA MONTAGEM EXPERIMENTAL

A montagem experimental subdivide-se em 4 elementos de atividade

O operador, do sexo feminino, retira a matria-prima da palete onde esto armazenadas. Em seguida o posiciona a pea na quinadeira e aciona-a atravs de um pedal. Esta a operao de valor acrescentado, pois ocorre uma alterao na forma da matria-prima. Aps esta operao na pea, pode ser realizado um controlo dimensional com a ajuda de calibres. Uma vez acabado o processo de transformao, o produto resultante transportado pelo operador at ao contentor onde suposto guardar o produto de valor acrescentado e dirige-se novamente palete de matrias-primas, repetindo assim o ciclo.

Para decompor de forma clara e nos momentos mais adequados a operao em elementos de atividade e aplicar os seus cortes, estes elementos devem ser divididos na presena de um rudo ou pelo contacto ou afastamento do componente de superfcies de trabalho, devem tambm ter durao que seja possvel medir convenientemente por um observador experiente, os elementos manuais devem ser distintos dos elementos mquina e ainda deve ser fcil distinguir os elementos cclicos dos elementos no cclicos e estranhos

Utilizando toda a informao acima despendida, acabmos por dividir os elementos da seguinte forma:

Tabela 1 - Enumerao dos elementos cclicos da operao, e respetivos cortes

Elemento de atividade 1. Pegar na pea e posicionar na mquina

C1: Contato da mo com a pea

C2: Contato da pea com o batente da mquina

Elemento de atividade 2. Operaes de quinagem

C1: Contato da pea com o batente da mquina

C2: Separao da pea com a quinadeira no final da ltima operao

Elemento de atividade 3. Retirar e colocar no contentor de produtos acabados

C1: Separao da pea com a quinadeira no final da ltima operao

C2: Quando larga a pea (movimento com os membros superiores)

Elemento de atividade 4. Deslocao para pegar na pea

C1: Quando larga a pea (movimento com os membros superiores)

C2: Contato da mo com a pea

COperaes de quinagemSeparao da pea com a quinadeira no final da ltima operaoPegar na pea e posicionar na mquinaDeslocao para pegar na pea

V

Quando larga a pea (movimento com os membros superiores)Separao da pea com a quinadeira no final da ltima operao Contato da pea com o batente da mquinaContato da mo com a peaContato da mo com a pea

Figura 2 - Elementos de atividade e cortes esquematizados

Esta tarefa ainda composta por trs elementos de atividade no cclicos, sendo estes:

- Inspeo das peas quinadas, recorrendo a um calibre.

-Ir buscar matria-prima para alimentar o posto de trabalho.

-A recolha do material acabado depositado nas embalagens CHEP, e colocar uma nova embalagem vazia.

LISTAGEM DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Como j foi referido anteriormente, esta actividade experimental foi realizada atravs do visionamento de um vdeo o qual permitiu simular em tempo real o trabalho de quinagem a ser analisado e estudado. Esta anlise foi feita com recurso a um cronmetro, elemento essencial para o estudo, e uma folha de registo, onde foram registados os dados recolhidos durante a actividade experimental.Assim se apresentam, de forma sucinta, os equipamentos e materiais utilizados: Registo da actividade laboral em formato vdeo; Cronmetro; Folha de registo normalizada.

PROCEDIMENTOS

Os procedimentos seguidos neste actividade prtica foram anlogos a qualquer trabalho de cronometragem. Tendo isto em conta, foram definidas as seguintes etapas:1.Decompor o trabalho em elementos de actividade Esta etapa j est descrita neste relatrio no captulo Introduo e fundamentos.

2.Definir o nmero de ciclos a cronometrar O nmero de ciclos a cronometrar deve ter em conta factores como as actividades no cclicas, preciso, factores econmicos e a prpria durao do ciclo. Nesta experincia o nmero de ciclos a cronometrar foi 4, visto que tambm era o nmero de ciclos representados no vdeo analisado.

3.Medir o tempo de cada elemento de actividade e de cada ciclo de trabalhoA medio destes tempos dever ser feita de acordo com os cortes definidos no ponto 1 e poder ser utilizada uma cronometragem cumulativa ou repetitiva. Na primeira a contagem iniciada no inicio do primeiro elemento e apenas para no fim do estudo. Os tempos dos vrios elementos so lidos enquanto o estudo realizado e registados pelo observador. Na cronometragem repetitiva a contagem parada ao fim de cada elemento, a respectiva registada, e o cronmetro reiniciado a zero.

Neste estudo foi utilizada a cronometragem cumulativa. 4.Definir o factor de actividadePor definio o factor de actividade resulta de uma comparao entre a velocidade de trabalho observada e a ideia que o observador faz de uma velocidade normal de execuo. O seu valor normalmente atribudo em mltiplos de 5 sendo o valor 100 correspondente velocidade de execuo considerada normal. Os valores tabelados do factor de velocidade esto representados no captulo Introduo e fundamentos.5.Definir o tempo representativo Aps a realizao de um conjunto de observaes a um dado elemento de trabalho ou ciclo de trabalho necessrio seleccionar o tempo observado representativo do elemento de actividade ou do ciclo de trabalho. Numa primeira fase so retirados os elementos aberrantes, que se caracterizam por estarem fora do intervalo mdio (+/- 30%) dos tempos observados. Estes elementos, caso sejam considerados, so fontes de erro para a definio do tempo representativo. De seguida definido o tempo representativo atravs de um dos mtodos disponveis para o efeito: mtodo da mdia, mtodo do mnimo, mtodo modal e mtodo do melhor tempo.Nesta experincia foi utilizado o mtodo da mdia.

6. Calcular complementos de actividadeSo normalmente considerados 3 grupos de complementos: PF&D (Personal, Fatigue, Delays), ou seja, complementos pessoais, para recuperao da fadiga e para atrasos inevitveis. Estes complementos consistem em tempos do horrio laboral que o trabalhador utiliza para necessidades pessoais, recuperao de fatiga ou outros motivos que impeam o trabalhador de estar a produzir.

DADOS EMPRICOS

Atravs da observao do vdeo, cuja durao de aproximadamente 4 mins, foram recolhidos dados relativos a quatro ciclos de actividade enunciados nas tabelas seguintes, com o objectivo de analisarmos alguns aspectos dentro da unidade curricular de Estudo do TrabalhoTabela....

Actividades

Nmero de ciclosAlimentar a quinadeira (s)Quinar as 4 faces da pea (s)Transportar a pea acabada (s)Deslocar-se para a MP (s)

C13,043,72,82,6

C23,143,7-------2,8

C33,543,42,72,1

C43,343,02,72,7

Tabela....

ActividadesMdiaSDS (s)s %

Alimentar quinadeira3,20,20,39,8

Quinar as 4 faces43,20,30,51,1

Transportar a pea acabada2,70,000

Deslocar-se para a MP2,50,20,312,6

ANLISE DE DADOS

Para recolher os tempos necessrios ao estudo, optamos pela tcnica de cronometragem repetitiva ou com retorno a zero, isto , em cada ciclo o cronmetro comea a contar quando se inicia um elemento de actividade e pra de contar quando esse elemento termina, procedendo assim com os restantes elementos. Com esta tcnica poderia incorrer-se a mais erros, mas no neste caso porque cada elemento era medido por uma pessoa diferente, facilitando assim a obteno do tempo observado de cada elemento, pois obtemos o tempo por medio directa e sem clculos auxliares.Os dados recolhidos podem ser observados na tabela (X)Os clculos efectuados com os valores obtidos foram realizados numa folha de excel.Conseguimos tambm observar a existncia de 3 actividades no cclicas, uma das actividades a medio que a operadora faz com o calibre, esta actividade ocorre a cada 10 ciclos e tem uma durao de 12 s, esta a nica actividade das trs no cclicas que pode ser observada no vdeo as restantes duas foram-nos fornecidos os tempos de durao tal como a respectiva frequncia, isto porque, sabemos que estas actividades ocorrem mas apenas no so demonstradas no vdeo, a outra actividade a alimentao de materiais, que consiste em a operadora trazer um lote de matria-prima para abastecer o posto, esta actividade tem uma durao de 15 mins e ocorre a cada 60 ciclos, por fim a ltima actividade no cclica retirar o contentor com peas acabadas, que tem uma durao de 7 mins e ocorre a cada 120 ciclos.Aps a medio de todos os tempos necessrios, realizou-se o clculo de todos os tempos mdios observados (TMOs) de cada elemento, este clculo consiste na soma de todos os tempos obtidos em cada elemento e divide-se pelo nmero de observaes efectuadas em cada elemento.Para clcular o TMO das actividades no cclicas, apenas temos de multiplicar o tempo observado pela sua frequncia.Exemplo para o elemento de actividade 2: TMO= 43.4 sExemplo para a actividade no cclica 1: TMO= *12 =1,20 sPara as actividades cclicas consideramos que o trabalho era efectuado por um trabalhador qualificado da termo administrado um factor de actividade (FA) de referncia 100%, enquanto para as actividades no cclicas optamos por atribur um factor de actividade de 85%.De seguida calculamos o tempo normal de cada elemento, que foi obtido pela multiplicao do TMO pelo FA respectivos a cada elementoExemplo para o elemento de actividade 2: Tn= 43,3 * 1= 43,3 sExemplo para a actividade no cclica 1: 1,20 * 0,85= 1,02 sO tempo normal do ciclo obtido atravs da soma de todos os tempos normais das actividades cclicas e no cclicas. Tn = 68,7 sPara obtermos o intrevalo de confiana dos tempos observados, recorremos ao clculo do desvio padro e do erro absoluto, usando funes do excel para facilitar.Desvio padro: =AVEDEV( soma dos tempos observados do elemento)Como nas actividades no cclicas apenas observamos uma vez iremos considerar um desvio padro de zero.Erro absoluto: = (INVT (p; graus de liberdade) * SD do elemento de atividade) / Para este clculo consideramos um grau de confiana de 95%, p=0,05. Sendo n o nmero de ciclos observados por elemento de atividade. Os graus de liberdade so dados por (n-1). Como para todos os elementos de atividade foram observados 4 ciclos, neste clculo foram usados 3 graus de liberdade.Conseguimos assim determinar que a distribuio dos tempos observados em cada elemento se uma distribuio normal (TMO, SD). Quando temos amostras com uma dimenso inferior a 30, deve-se utilizar a distribuio t-student, como neste caso. Com isto podemos afirmar que o intrvalo de confiana vais ser [TMOerro absoluto]Intrevalo de confiana do elemento 2: [43,3 0,5; 43,3 + 0,5] = [42,7 ; 43,8]Ter um intrevalo de confiana de 95% significa que, se fossem realizados mais observaes o valor real do tempo mdio observado iria encontrar-se dentro desse intrevalo.De seguida calculamos o erro relativo do tempo mdio observado de cada elemento, isto para, analisar a validade dos nossos resultados, porque se o erro relativo for superior 10% (mnimo aceitvel) deveria-se realizar mais observaes de modo a obter um erro relativo menorErro relativo= *100 ; erro relativo elemento 2: Er= = 1,1%Atravs dos clculos dos restantes erros relativos, observamos que no elemento de actividade 4 temos um erro relativo de 12%, portanto necessitaremos de mais observaes para diminuir este erro. A relao entre o erro e o nmero de observaes a seguinten= , n=Portanto se quisessemos que todos os elementos tivessem um erro relativo inferior a 10% precisariamos de observar pelo menos 7 ciclos.PFD

HorasMin/diaMin/diaMin/dia

Tempo de trabalho (contrato de trabalho)8480

Pausas previstas (contrato de trabalho)2020

Arranque da produo55

Limpeza e arrumao do posto55

Micro pausas inferiores a 10 segundos1010

Ajustamento de ferramentas1515

Atrasos diversos1010

Total das pausas2045

Para o calculo do tempo de ciclo standard e a produo standard horria e diria necessrio analisarmos os complementos PF&DComeando pelos complementos PF, estes sero determinados de acordo com a norma BS3375:Part5:1997 e totalizaro o tempo despendido na execuo de actividades fsicas essenciais tarefa de trabalho. O PF total ser ento:PF Total (%)= PF Bsico + PF Postura + (PF Andar ou PF Intensidade) PF bsicoEsta primeira componente dos complementos PF tem o valor de 8.6% TN e exclusiva para atender a necessidades bsicas. PF PosturaEm relao a esta componente iremos atribuir apenas o respectivo valor associado postura em p, que corresponde a 1,4% TN. Este valor no ir sofrer qualquer tipo de ajustamento/agravamento. PF Andar ou PF IntensidadeTendo em conta que a operadora, aquando da realizao da sua tarefa de trabalho, anda e transporta peso simultaneamente, poderemos considerar utilizar o PF Andar ou o PF intensidade. Neste relatrio optmos por utilizar o PF intensidade, atribuindo-lhe um valor de 4.8% TN, relativo a uma intensidade mdia, com a utilizao de ambos os membros superiores, numa amplitude de movimentos superior a 45 cm.A componente PF Total ir ento ter o valor seguinte:PF Total (%) = 8.6 + 1.4 + 4.8= 14,8% TN

Considerando agora os complementos D, estes sero calculados considerandos os respectivos tempos representados na tabela Y. Estes tempos totalizam 45 minutos dirios. Ento, considerando um horrio de trabalho de 8h (480 minutos), o tempo de trabalho disponvel, excluindo o complemento D, dado por: Tempo de trabalho disponvel= 480 45= 435 minutos / diaDe seguida, considerando o Tempo Normal anteriormente determinado (68,5 segundos) e a percentagem dos complementos PF (14,8% TN), foi determinado o Tempo Normal + PF = 68,5 + 0,148*68,5 = 78.6 segundosCom este ultimo tempo foi possvel calcular o nmero de unidades produzidas, dadas por: Tempo de trabalho disponvel / (Tempo Normal + PF)= 480*60 / 78.6 = 366 unidades por dia de trabalhoDe seguida, foi calculado o complemento D por unidade produzida, dado por: (Complemento D * 60 s) / n unidades produzidas= 45*60 / 366= 7.9 segundosPor fim, foi calculado o complemento D por %TN da seguinte forma: (complemento D por unidade / tempo normal para tarefa)*100 = 7.9/68.5 * 100 = 11.5% TNTendo agora os valores de cada complemento, podemos determinar o valor total dos complementos PF&D= PF por %TN + D por %TN = 14.8 + 11.5= 26.3 %TNConsiderando que o tempo standard dado da seguinte forma: Tempo Normal * (1 + PF&D %TN), agora possvel determinar este tempo: 68.5 * ( 1 + 0.263) = 86.5 segundosLogo, a produo diria standard a seguinte : Tempo disponvel de trabalho / Tempo standard= 8*60*60 / 86.5 = 332 unidades

Tempo normal68,5

PF&D26,3

Tempo standard86.5

Produo standard diria332

Produo stardard horria41,5

CONCLUSO E RECOMENDAES

Atravs da tcnica de cronometragem, usada para o estudo dos tempos de produo num posto de quinagem de peas metlicas conseguimos, perceber quais os tempos necessrios e calculos a efectuar para se realizar um bom estudo do posto.Com este estudo conseguimos concluir que muito importante o nmero de ciclos a calcular, devido ao erro que lhe est associado, porque quanto maior o erro mais o resultado real se afasta da realidade, para remediar isso deve-se observar mais ciclos.Percebemos tambm que variaes de segundos em algumas actividades, podem significar mais ou menos peas de produto final, portanto necessrio ser se muito rigoroso nestes tipos de estudo, tendo especial ateno quando os elementos de actividade tm um durao muito pequenaPor fim, vamos estudar tambm propostas de melhoria, tais como, mudanas de equipamento, para ser menos intenso o trabalho da operria e estamos tambm a considerar uma pequena alterao da disposio dos equipamentos de modo a reduzir alguns segundos do tempo que a operadora demora a andar.

PROPOSTA DE MELHORIA

Seguindo um compromisso de melhoria contnua, com o objetivo de diminuir o tempo standard, possvel efetuar alteraes cirrgicas que permitam aumentar o volume de produo e eventualmente otimizar os custos.As medidas por ns sugeridas so:A: Alterao: colocar uma cadeira.Objetivo: Diminuir a fadiga.Descrio: a adio da cadeira no layout ir aumentar o conforto ao operador, nomeadamente quanto estiver a quinar as quatro pontas, pois vai reduzir o peso suportado pelos membros inferiores, diminuindo assim a intensidade no trabalho, evitando dores de costas, inchaos nas pernas e outros.B: Alterao: colocar uma CHEP com molas.Objetivo: Diminuir a fadiga e o tempo de ciclo. Descrio: Com esta medida espera-se a diminuio da fadiga, porque o operador quando for depositar a matria transformada no ter de curvar a costas, evitando assim complicaes futuras no troco do operador. Esta medida acaba tambm por diminuir o tempo do elemento de atividade 3, mesmo que melhoria seja s 0,4 de segundo, ao fim de algum tempo este nmero ir tornar-se significante.

Figura 3: Demonstrao do funcionamento das CHEP com molasC: Alterao: a mesa onde colocada a matria-prima passa a ter um plano inclinado. Objetivo: Diminuir o tempo de ciclo. Descrio: Este suporte ir diminuir o tempo do elemento de atividade 1, pois permitir ao operador alcanar todas as peas com mais facilidade e rapidamente. As peas que se encontram ao fundo da mesa iro deslizar medida que as da frente vo saindo, ocupando assim a posio das primeiras.

D: Alterao: Disposio do layout. Objetivo: Diminuir o tempo de ciclo. Descrio: esta medida ir diminuir o tempo dos elementos 1,3 e 4, pois o deslocamento do operador no seu posto de trabalho fica bastante reduzido. Como poder observar na seguinte figura.14321423 Disposio Atual Disposio Proposta

LEGENDA1 Quinadeira2 Operadora3 Reserva de matrias-primas4 Contentor de produtos acabados

Figura 4: exemplificao da posio dos equipamentos do posto

Se a empresa em questo tivesse capital disponvel para investimentos. Achamos que estas alteraes seriam teoricamente uma mais-valia nesta tarefa, pois faz com que a produtividade da empresa aumente sem baixar os nveis de qualidade. REFENCIAS BIBLIOGRFICAS

CABEAS, Jos Miquel A tcnica de cronometragem. Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

CABEAS, Jos Miquel - GUIA PARA ESCRITA DE RELATRIOS DE TRABALHOS E EXPERINCIAS. Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.