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Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

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Eletrônica para

Automação

Relatório Panorama Setorial

Brasília Agosto, 2009

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Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Presidenta Lucia Carvalho Pinto de Melo

Diretor Executivo Marcio de Miranda Santos

Diretores Antônio Carlos Filgueira Galvão Fernando Cosme Rizzo Assunção

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) SCN Quadra 2, Bloco A, Edifício Corporate Financial Center, Salas 1102/1103 70712-900 – Brasília, DF Tel: (xx61) 3424.9600 Fax: (xx61) 3424.9671 URL: http://www.cgee.org.br

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Relatório Panorama Setorial do Estudo Prospectivo de Eletrônica para Automação Supervisão Marcio de Miranda Santos Consultor João Mauricio Rosário Equipe Técnica do CGEE Liliane Rank (Coordenação Geral) Milton Pombo da Paz (Responsabilidade Técnica) Equipe de Apoio do CGEE Cláudio Chauke Nehme (Apoio Metodológico) Lilia Miranda de Souza (Apoio Técnico) Carlos Augusto Caldas de Moraes (Apoio sobre Cadeia de Valor) Cristiane Pamplona (Apoio Técnico) Juliana de Souza (Apóio Administrativo) Priscilla Matos (Apoio Técnico) Sandra Milagres (Apoio Administrativo) Eduardo José Lima de Oliveira (Apoio de designer) André Scofano Maia Porto (Apoio de designer) Lilian M. Thomé Andrade Brandão (Apoio nas consultas estruturadas) Kleber de Barros Alcanfor (Apoio nas consultas estruturadas) Elaine Michon (Apoio de eventos) Luciana Cardoso de Souza (Apoio de eventos) Marina Brasil (Apoio de eventos) Regina Silvério (Apoio Técnico) Equipe da ABDI Clayton Campanhola (Diretor) Claudionel C. Leite (Líder de Projetos) Valdênio Araújo (Assistente) Willian Souza (Assistente)

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Colaboradores do Setor ABINEE / Altus – Luiz F. Gerbase; ABINEE / Ecil Informática – Nelson Luis C. Freire; ABINEE – Fabián Yaksic; ABINEE – Luiz Cezar E. Rochel; ABINEE-Carlos Cavalcanti; ABINEE-Israel Guratti; ABINEE-Wesley Giachini; ABINEE-Welmenson da Silva; ABNT-José Sebastião Viel; ABNT-Pedro Buzatto Costa; APEX-Márcio Almeida; APEX-Rogério Bellini; APEX-Richard Sabah; Arrows-Neimar Marques Duarte; BEMATECH-Wolney Betiol; BNDES-Carlos Gastaldoni; BNDES-Marcelo Goldenstein; BNDES-Maurício Neves; BNDES-Regina Maria Vinhais Gutierrez; CEFET-SP IFET-Alexandre Brincalep Campo; CENPES-Luiz Carlos Peixoto Messina; COESTER-Marcus Coester; Conceil General de L’essonme-Jean-christophe Frachet; CP ELETRÔNICA-Alexandre Saccol; CP ELETRÔNICA-Carlos Roberto Pires Porto; CSIC-Arturo Forner-Cordero; DYNAMIS-Marcilio Antonio Viana Pongitori; EDACOM-Arnaldo Ortiz Clemente; ELIPSE-Marcelo B. Salvador; EPUSP-José Reinaldo Silva; FESTO-Luis Carlos Iório; FET-Marcio Rillo; FINEP-Luis Manuel Rebelo Fernandes; IHM-Carlos Alberto Viégas Gonçalves; INMETRO-Alfredo Lobo; INMETRO-Gustavo Kuster; INMETRO-João Alziro Herz da Jornada; INMETRO-Alessandro Nogueira Reis; INPI-Ademir Tardelli; INPI-Carlos Pazos Rodriguez; INPI-Jorge de Paula Costa Ávila; INPI-Marcio Lacerda; INPI-Sergio Paulino Carvalho; ISEP-José Antonio Tenreiro Machado; ISMEP-SUPMECA-Jean Paul Frachet; ITAUTEC-Irineu Govea; KALATEK-Edilson Cravo; Lego Education-Arnaldo Ortis Clemente; MCT-Adalberto Barbosa; MCT-Augusto Cesar Gadelha Vieira; MCT-Francisco Silveira dos Santos; MCT-Hamilton José Mendes; MCT-Henrique de Oliveira Miguel; MDIC-Ajalmar Lakiss Gusmão; MDIC-Arnaldo Gomes Serrão; MDIC-Fernando Cordeiro; MDIC-Nilton Sacenko; METSO-Pedro Rodrigues; National Instruments-Marco Aurélio Amorim; NOVUS-Aderbal Lima; NOVUS-Miguel Fachin; NOVUS-Valerio Galeazzi; QUALISYS-Edgard de Oliveira; SEBRAE-Ana Lúcia; SEBRAE-Ana Lúcia Moura de Oliveira; SENAI-José Manuel de Aguiar Martins; SENAI-Julio Cesar de Almeida Freitas; SENAI-Luis Antonio Caruso; SENAI-Marcello José Pio; SENAI-Mauro Sergio Juarez Cáceres; SENSE-Antônio Celso Spinelli; SENSE-Paulo Caselato; SMAR-Eduardo André Mossin; SPIN ENGENHARIA-Clóvis Simões; SPIN ENGENHARIA-Luis Closs; SUPELEC-Didier Dumur; UFES-Teodiano Freire Bastos; UFGD-Clivaldo Oliveira; UMNG-Byron Alfonso Perez; UMNG-Paola Andrea Nizo Soares; UMNG/UNICAMP-Oscar Fernando Avilés; UNESP-Humberto Ferasoli; UNICAMP-Álvaro Joffre Uribe Quevedo; UNICAMP-Antonio Batocchio; UNICAMP-Luiz Gustavo de Mello Paracêncio; UNICAMP-Marcos Correa Carvalho; Universidade de Passo Fundo-Jocarly Patrocínio Sde Souza; Unisal-Wlamir Passos; WEG-Mauricio Pereira Costa.

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Sumário

Lista de Figuras ....................................................................................................... ix

Lista de Tabelas .......................................................................................................x

Lista Quadros ......................................................................................................... xii

Lista de Gráficos ................................................................................................... xiv

Lista de Siglas ........................................................................................................ xv

1. Sumário Executivo .............................................................................................. 1

2. Introdução ......................................................................................................... 31

3. Automação ........................................................................................................ 34

4. Panorama Atual ................................................................................................ 64

5. Considerações Finais ...................................................................................... 293

Referências Bibliográficas ................................................................................... 295

Sites Consultados ............................................................................................... 310

APÊNDICE I – Fundamentação da Cadeia Produtiva ......................................... 312

APÊNDICE II - Principais Normas Técnicas - Eletrônica para Automação ......... 323

APÊNDICE III - Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural ...................... 325

APÊNDICE IV – Descrição dos Principais Produtos do Segmento de Automação Industrial ............................................................................................................. 328

APÊNDICE V – Descrição dos Principais Produtos do Segmento de Automação Predial ................................................................................................................. 339

APÊNDICE VI – Descrição dos Principais Produtos do Segmento de Automação Comercial ............................................................................................................ 342

APÊNDICE VII – Descrição dos Principais Produtos do Segmento de Automação Bancária .............................................................................................................. 348

ANEXO I – Relação das Empresas integrantes do FEET - Fórum de Empresários Exportadores de Tecnologia ............................................................................... 352

ANEXO II – Análise Econômica do Setor de Eletrônica para Automação ........... 361

ANEXO III – Expectativas das Entidades ............................................................ 367

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ANEXO IV – Empresas Nacionais - Automação Industrial .................................. 369

ANEXO V - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Industrial .......................................................................................... 377

ANEXO VI - Empresas Nacionais - Automação Predial-Residencial .................. 386

ANEXO VII - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Predial-Residencial .......................................................................... 399

ANEXO VIII - Empresas Nacionais - Automação Comercial ............................... 403

ANEXO IX - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Comercial ......................................................................................... 405

ANEXO X - Empresas Nacionais - Automação Bancária .................................... 407

ANEXO XI - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Bancária ........................................................................................... 410

ANEXO XII – Empresas atuantes no Setor de Eletrônica para Automação ........ 412

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Lista de Figuras

Figura 1 - Processo de elaboração do Programa Estratégico Setorial - PES. ............ 7

Figura 2 - Conceito abrangente de Automação......................................................... 35

Figura 3 - Extensão do Conceito de Automação por meio de cinco elementos chaves. 36

Figura 4 - Conceito Estendido de Automação. .......................................................... 37

Figura 5 – Modelo das cinco forças de Porter. .......................................................... 39

Figura 6 - Fluxo Produtivo Macro do Setor de Eletrônica para Automação. ............. 43

Figura 7 - Fluxo Produtivo detalhado do Setor de Eletrônica para Automação. ........ 45

Figura 8 - Cadeia Produtiva do Setor de Eletrônica para Automação. ...................... 47

Figura 9 - Cadeia Produtiva / Fluxo de Conhecimentos do Setor de Eletrônica para Automação. ........................................................................................................ 50

Figura 10 – Pontos Críticos e Agentes Decisores na Cadeia Produtiva / Cadeia de Conhecimentos do Setor de Eletrônica para Automação. ................................. 52

Figura 11 – Ciclo da Cadeia Produtiva. ..................................................................... 53

Figura 12 – Ciclo de Vida de um Produto Industrial. ............................................... 111

Figura 13 – Ciclo em V de desenvolvimento de um Produto. ................................. 112

Figura 14 - Principais Sistemas de Automação de um Edifício Inteligente. ............ 215

Figura 15 - Sustentabilidade da Automação Predial. .............................................. 222

Figura 16 - Produtos e Serviços para Automação Comercial. ................................ 234

Figura 17 - Alicerces de um Desenvolvimento industrial sustentável. ..................... 246

Figura 18 - Fluxograma de reciclagem dos CRTs. .................................................. 254

Figura 19 - Reciclagem de Materiais. ...................................................................... 272

Figura 20 - Impacto Ambiental e saúde do trabalhador. ......................................... 274

Figura 21 - Gestão Ambiental. ................................................................................ 276

Figura 22 - Regras Ambientais. ............................................................................... 276

Figura 23 – Forma de organização da cadeia de valor. .......................................... 315

Figura 24 – Modelo holístico de cadeia de valor em negócios. ............................... 317

Figura 25 – Sistema de valores. .............................................................................. 319

Figura 26 – O Processo da Cadeia de Valor. .......................................................... 322

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Lista de Tabelas Tabela 1 – Cenário Desejável para a Indústria de Automação em 2020. ................. 29

Tabela 2 - Faturamento dos Principais Fabricantes Internacionais Ligados à Automação Industrial. ........................................................................................................... 76

Tabela 3 – Análise de Mercado do Segmento de Automação Industrial. .................. 79

Tabela 4 - Segmentos do Mercado Mundial de CPs. ................................................ 80

Tabela 5 – Segmento de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas – Óleo & Gás. 81

Tabela 6 – Área de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas – Óleo & Gás. ... 81

Tabela 7 - Redução de energia com aplicação de Automação Predial. .................... 85

Tabela 8 – Estabelecimentos Comerciais no Brasil. ................................................. 94

Tabela 9 – Números do Setor Bancário. ................................................................... 98

Tabela 10 – Banco Eletrônico: Números do Setor. ................................................... 99

Tabela 11 – Custo Médio de uma Transação Bancária. ......................................... 101

Tabela 12 – Número total de equipamentos de Automação Bancária e sua localização. ......................................................................................................................... 104

Tabela 13 – Automação Bancária: Equipamentos e Localização. .......................... 106

Tabela 14 – Automação Bancária: Despesas em Tecnologia. ................................ 108

Tabela 15 – Recursos Computacionais dos Bancos. .............................................. 109

Tabela 16 – Terceirização / Outsourcing. ............................................................... 110

Tabela 17 – Indicadores Gerais da Indústria Eletroeletrônica 2001 a 2008. ........... 124

Tabela 18 – Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões) de 2001 a 2008. ................................................................................................................ 127

Tabela 19 – Variação das exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008. ...... 128

Tabela 20 – Produtos mais Exportados 2007 e 2008. ............................................ 129

Tabela 21 - Destino das Exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008. ........ 130

Tabela 22 – Destino das Exportações do Setor Eletroeletrônico por Área – 2008.. 131

Tabela 23 – Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões). . 132

Tabela 24 – Importações do Setor Eletroeletrônico 2007 e 2008. .......................... 133

Tabela 25 – Produtos mais Importados 2007 e 2008. ............................................. 135

Tabela 26 – Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.135

Tabela 27 – Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.136

Tabela 28 – Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.137

Tabela 29 – Faturamento da Indústria Eletroeletrônica por Área (US$ milhões) de 2001 a 2008. ................................................................................................................ 139

Tabela 30 – Principais Produtos Eletroeletrônicos Exportados – 2003 a 2008 (US$ milhões). ......................................................................................................................... 140

Tabela 31 – Principais Produtos Eletroeletrônicos Importados – 2003 a 2008 (US$ milhões). ......................................................................................................................... 140

Tabela 32 – Fluxo de Comércio de Produtos Eletroeletrônicos por Área – 2001 a 2008 (US$ milhões). .......................................................................................................... 141

Tabela 33 – Projeções de Faturamento por Área (em R$ milhões a preços correntes). 146

Tabela 34 – Projeções dos Principais indicadores do setor. ................................... 146

Tabela 35 – Saldos Negativos da Balança Comercial do Setor Eletroeletrônico. ... 147

Tabela 36 – Faturamento das Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos Industriais. ........................................................................................................ 220

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Lista Quadros Quadro 1 - Dimensões de análise do EPS. ................................................................. 9

Quadro 2 - Principais Fabricantes Nacionais Ligados à Automação Industrial. ........ 67

Quadro 3 – Segmentos do Mercado da Automação Comercial. ............................... 93

Quadro 4 – Principais Empresas no Mercado Mundial de ATMs. ........................... 100

Quadro 5 – Número de Empresas ligadas ao Setor de Eletrônica para Automação152

Quadro 6 – Número de Empregados ligados ao Setor de Eletrônica para Automação (Representação na PIA Empresa). .................................................................. 153

Quadro 7 – Aspectos Econômicos dos Setores de Eletrônica para Automação e Eletroeletrônico. ............................................................................................... 155

Quadro 8 – Panorama Econômico dos Setores de Eletrônica para Automação e Eletroeletrônico. ............................................................................................... 157

Quadro 9 – Balança Comercial dos Produtos do Setor Eletroeletrônico ligados à Eletrônica para Automação. .............................................................................................. 159

Quadro 10 – Balança Comercial de Produtos do Setor Eletroeletrônico. ................ 160

Quadro 11 – Volume Total de Hipotecas Emitidas nos EUA. ................................. 161

Quadro 12 – Fontes de recursos das Empresas Brasileiras – Indústria e Infraestrutura. 165

Quadro 13 – Investimentos Mapeados no Brasil (2009/2012). ............................... 166

Quadro 14 – Crescimento dos Investimentos (Projetos Firmes) – 2009/2012. ....... 167

Quadro 15 – Desempenho Setorial – 2007/2008. ................................................... 167

Quadro 16 – Descrição dos principais tipos de Atuadores. ..................................... 172

Quadro 17 – Descrição dos principais tipos de Sensores. ...................................... 173

Quadro 18 – Descrição dos principais tipos de Controladores................................ 174

Quadro 19 – Descrição dos principais tipos de Redes de Comunicação Industrial. 175

Quadro 20 – Descrição dos principais tipos de Softwares industriais. .................... 176

Quadro 21 – Descrição dos principais tipos de Sistemas. ...................................... 177

Quadro 22 – Descrição dos principais tipos de Serviços. ....................................... 178

Quadro 23 - Descrição dos principais tipos de Suporte Tecnológico. ..................... 179

Quadro 24 - Relação de Serviços Específicos em Atmosferas Explosivas. ............ 207

Quadro 25 - Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos Industriais. 218

Quadro 26 - Ranking GreenPeace. ......................................................................... 256

Quadro 27 - Regulamentações WEEE por categorias de produtos cobertos. ........ 267

Quadro 28 - Comparação do Segmento de Serviços em Eletrônica para Automação.292

Quadro 29: Principais Normas Técnicas so setor de Eletrônica para Automação. . 323

Quadro 30: Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural. ............................... 325

Quadro 31: Empresas Integrantes do FEET. .......................................................... 352

Quadro 29: Expectativas das Entidades - Volume de Produção - (4º Trimestre de 2008). ......................................................................................................................... 367

Quadro 30: Expectativas das Entidades - Vendas para o Mercado Interno - (4º Trimestre 2008). ............................................................................................................... 367

Quadro 31: Expectativas das Entidades - Vendas para o mercado externo - (4º Trimestre 2008). ............................................................................................................... 368

Quadro 35: Empresas Nacionais de Automação Industrial. .................................... 369

Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Industrial. ......................................................................................................... 377

Quadro 35: Empresas Nacionais de Automação Predial-Residencial. .................... 386

Page 13: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

xiii

Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Predial-Residencial. ......................................................................................... 399

Quadro 35: Empresas Nacionais de Automação Comercial. .................................. 403

Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Comercial. ........................................................................................................ 405

Quadro 35: Empresas Nacionais de Automação Bancária. .................................... 407

Quadro 35: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Bancária. .......................................................................................................... 410

Quadro 35: Empresas Atuantes no Setor de Eletrônica para Automação. ............. 412

Page 14: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

xiv

Lista de Gráficos Gráfico 1 – Distribuição Geográfica de Empresas da Indústria de Automação no Brasil.

........................................................................................................................... 14

Gráfico 2 - Distribuição de Segmentos de Atuação de Empresas em Automação no Brasil. ........................................................................................................................... 14

Gráfico 3 – Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem o FEET. ........................................................................................................................... 16

Gráfico 4 - Distribuição de Segmentos de Atuação das Empresas que constituem o FEET. ........................................................................................................................... 16

Gráfico 5 - Faturamento do Complexo Eletroeletrônico. ........................................... 18

Gráfico 6 - Exportações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico. ....................... 18

Gráfico 7 - Importações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico. ........................ 19

Gráfico 8 - Mercado Nacional de CLP. ...................................................................... 70

Gráfico 9 – Porcentagem de Internautas que Acessam Serviços Públicos. .............. 95

Gráfico 10 – Automação – Principais Setores de Aplicações Industriais. ............... 114

Gráfico 11 – Base de Protocolos Instalados. .......................................................... 114

Gráfico 12 – Comportamento das Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos Econômicos. .................................................................................................... 132

Gráfico 13 – Comportamento das Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos Econômicos. .................................................................................................... 137

Gráfico 14 – Balança Comercial de Produtos Eletroeletrônicos (US$ bilhões). ...... 138

Gráfico 15 – Índice de Confiança do Consumidor. .................................................. 162

Gráfico 16 – Índice de Confiança da Indústria de Transformação. ......................... 162

Gráfico 17 – Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem a área de Sistemas Eletrônicos Prediais. .................................................................... 219

Gráfico 18 - Mercado para Automação Comercial. ................................................. 233

Gráfico 19 – Número de Empregados no setor. ...................................................... 244

Page 15: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

xv

Lista de Siglas

ABAL Associação Brasileira de Alumínio

ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

ABIA Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação

ABIFA Associação Brasileira de Fundição

ABIGRAF Associação Brasileira da Indústria Gráfica

ABILUX Associação Brasileira da Indústria de Iluminação

ABIMAQ Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos

ABIMO Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos

Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios

ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABPO Associação Brasileira de Papelão Ondulado

AD Analógico-Digital

AD Agentes Decisores

AFRAC Associação Brasileira de Automação Comercial

ALADI Associação Latino-Americana de Integração

ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações

ANFAVEA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículo Automotores

ANIPA Associação Nacional da Indústria de Pneumático

ANPEI Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras

ANSI American National Standards Institute

AP Agricultura de Precisão

APEX Brasil Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos

API American Petroleum Institute

Page 16: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

xvi

ARM Advanced RISC Machine

ASHRAE American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers

ASi Actuator Sensor Interface

ASME American Society of Mechanical Engineers

ATM Automatic Teller Machine

BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social

BRACELPA Associação Brasileira de Celulose e Papel

BRDE Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul

CAD Computer-Aided Design

CAE Computer-Aided Engineering

CAEx Comitê de Análise de ex-Tarifários

CAN Controller-Area Network

CCD Charge-Coupled Device

CCM Central de Comando de Motores

CEITEC Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

CFTV Circuito Fechado de Televisão

CGEE Centro de Gestão e Estudos Estratégicos

CIDE Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico

CISPR International Special Committee on Radio Interference

CLP Controlador Lógico Programável

CMC Connection Module Cloning

CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas

CNC Controle Numérico Computadorizado

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CNTC Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio

Page 17: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

xvii

COBEI Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e

Telecomunicações

COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CONIP Congresso de Inovação da Gestão Pública

CONMETRO Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

CPD Centro de Processamento de Dados

CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira

CPU Unidade Central de Processamento

CRT Cathodic Ray Tube

CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

DA Digital-Analógico

DCS Distributed Control System

DHEP Diclofenac Hydroxyethylpyrrolidine

DIPQ Declaração de Importação de Pequena Quantidade

ECR Efficient Consume Response

EDI Electronic Data Interchange

EPA Environmental Protection Agency

EPC Electronic Product Code

EPS Estudo Prospectivo Setorial

FCI Fluid Controls Institute

FEET Fórum de Empresários Exportadores de Tecnologia

FF Finish Foil

FGV Fundação Getúlio Vargas

FINEP Financiadora de Estudos e Projetos

FISET Fundo de Investimento Setorial (para o Reflorestamento)

FPGA Field Programmable Gate Array

Page 18: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

xviii

GIS Geographical Information System

GPRS General Packet Radio Service

GPS Global Positioning System

GSM Global System for Mobile Communications

GT Grupo de Trabalho

HDTV High Definition Television

IA Inteligência Artificial

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBS Instituto Brasileiro de Siderurgia

ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços

ICT Instituições Científicas e Tecnológicas

IEC International Electrotechnical Commission

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers

IEMI Instituto de Estudos e Marketing Industrial

IHM Interface Homem-Máquina

II Imposto de Importação

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

INPI Instituto Nacional da Propriedade Industrial

INSS Instituto Nacional do Seguro Social

IPD Eletron Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Complexo Eletroeletrônico e Tecnologia da Informação

IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

IPI Imposto sobre Produtos Industrializados

IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano

IPVA Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores

Page 19: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

xix

IR Imposto de Renda

ISA The Instrumention System and Automation Society

ISO International Organization for Standardization

ISOBUS Padronização da comunicação entre tratores e implementos agrícolas

ISS Imposto Sobre Serviços

LCD Liquid Crystal Display

LVDT Linear Variable Differential Transformer

MCT Ministério da Ciência e Tecnologia

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

MERCOSUL Mercado Comum do Sul

MES Manufacturing Execution System

MPC Multivariable Predictive Controller

MSS Manufacturers Standardization Society

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

NBR Norma Brasileira

NCM Nomenclatura Comum do Mercosul

NEC National Electric Code

NFPA National Fire Protection Association

NR Norma Regulamentadora

OCP Organismo de Certificação de Produto

OMC Organização Mundial do Comércio

ONG Organização Não Governamental

OSB Oriented Strand Board

P&D Pesquisa e Desenvolvimento

P, D & I Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

PAC Programa de Aceleração do Crescimento

Page 20: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

xx

PBAC Programa Brasileiro de Avaliação da Conformidade

PBB Polybrominated biphenyls

PBDE Polybrominated diphenylethers

PC Personal Computer - Computador Pessoal

PC Ponto Crítico

PCD Plataforma de Coleta de Dados

PCH Pequena Central Hidroelétrica

PDA Personal Digital Assistant

PDP Política de Desenvolvimento Produtivo

PDV (Equipamento para) Ponto de Venda

PET Politereftalato de Etileno

PIA Pesquisa Industrial Anual

PIB Produto Interno Bruto

PID Proportional–integral–derivative

PIMS Plant Information Management System

PINTEC Pesquisa de Inovação Tecnológica

PIS Programa de Integração Social

PLA Program Logic Arrays

PME Pequena e Média Empresa

PNB Produto Nacional Bruto

PO Pessoal Ocupado

POS Point of Sale

PPA Processo Produtivo Avançado (para segmento Industrial)

PPA Ponto ou Posto de Atendimento (para segmento Bancário)

PVC Policloreto de Vinila

RAIS Relação Anual de Informações Sociais

Page 21: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

xxi

RF Radio Frequency

RFID Radio Frequency Identification

RoHS Restriction of Certain Hazardous Substances

RPM Rotações por Minuto

RT Remote Terminal

RTU Remote Terminal Unit

RV Remote Variable

SBAC Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade

SBC Sistema Brasileiro de Certificação

SCADA Supervision Control and Data Acquisition

SDCD Sistema Digital de Controle Distribuído

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SECEX Secretaria de Comércio Exterior

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SEPIN-MCT Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência e

Tecnologia

SIL Safety Integrity Levels

SINAEES Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos Eletrônicos e Similares

SIS Spatial Information System

TCP Transmission Control Protocol

TCP/IP Transmission Control Protocol / Internet Protocol

TI Tecnologia da Informação

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

UHF Ultra High Frequency

UNCTAD United Nations Conference on Trade and Development

UPS Uninterruptible power supply

Page 22: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

xxii

VANT Veículos Aéreos Não Tripulados

VHF Very High Frequency

WEEE Waste Electrical and Electronic Equipment

ZFM Zona Franca de Manaus

Page 23: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

1

1. Sumário Executivo

Este relatório contextualiza o cenário futuro do setor de Eletrônica para

Automação, a partir de um diagnostico do setor, considerando as seguintes

dimensões de análise: mercado, tecnologia, talento, investimento, infraestrutura

física e infraestrutura sócio-político-institucional.

A análise do panorama setorial representa a primeira das três etapas do

Estudo Prospectivo Setorial de Eletrônica para Automação (EPS), desenvolvido pelo

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) para a Agência Brasileira de

Desenvolvimento Industrial (ABDI), e visa atender a uma política de desenvolvimento

da competitividade dos setores da economia brasileira, conforme preconizado pela

Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em maio de 2008 pelo

Governo Federal.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial tem a finalidade de

promover a execução de políticas de desenvolvimento industrial, especialmente as

que contribuam para a geração de empregos e para o aumento da competitividade e

do grau de inovação da indústria nacional. Seu principal enfoque está nos

programas e projetos estabelecidos pela PDP, onde, em conjunto com o Ministério

da Fazenda (MF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES), exerce o papel de Secretaria Executiva (SE-PDP), responsável pela

articulação, promoção, coordenação e monitoramento da PDP.

Para subsidiar e complementar esta missão, a ABDI também desenvolve o

Programa Estratégico Setorial (PES) com diversos setores industriais da economia

brasileira, visando à organização e implantação de ações estratégicas. O setor de

Eletrônica para Automação é um dos setores contemplados com o PES.

A PDP considera o Complexo Eletroeletrônico no âmbito do programa para

fortalecimento da competitividade de complexos produtivos e o Setor de Eletrônica

para Automação encontra-se nesse contexto como um de seus setores

componentes. Essa política constitui um dos eixos da nova política industrial e

contempla incentivos de caráter financeiro, regulatório e de apoio técnico. Neste

aspecto, é fundamental a implementação e o acompanhamento das recomendações

Page 24: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

2

indicadas neste estudo prospectivo por parte dos agentes executores das políticas

industriais sendo que estas estejam alinhadas com as orientações da PDP.

Uma das frentes que constitui o PES de Eletrônica para Automação é o EPS

de Eletrônica para Automação, com foco nos segmentos de Automação Industrial,

Comercial, Predial e Bancária, sendo que juntamente com a Automação Predial

encontra-se a Automação Residencial. Outros subsegmentos também são

considerados neste estudo: agrícola, agroindústria, estacionamento, shopping

centers, serviços e outros.

Os segmentos em estudo são responsáveis por grande parte das atividades

da Indústria de Automação dentro do complexo eletroeletrônico, como também têm

participação de forma direta ou indireta das outras áreas desse complexo.

Este estudo surgiu a partir de uma articulação iniciada em fevereiro de 2008

entre a ABDI, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) e o

Fórum de Empresários Exportadores de Tecnologia (FEET) tendo ainda o apoio do

Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Complexo Eletroeletrônico

e Tecnologia da Informação (IPD Eletron). Seu objetivo maior é fornecer subsídios

que permitam alavancar ações para o aumento da competitividade das empresas do

setor de Eletrônica para Automação nos mercados interno e externo.

Entendendo que a competitividade da indústria nacional está condicionada à

possibilidade de atender novas demandas (de consumo, regulatórias, tecnológicas,

ambientais, dentre outras), é de fundamental importância que a maior parte dos

atores do setor industrial tenham projetos que viabilizem uma reflexão de futuro

baseada em metodologias consagradas, de forma a possibilitar direcionamentos

estratégicos de curto, médio e longo prazo.

Diante desta necessidade, e com o objetivo de acelerar o desenvolvimento do

setor, alinhado às políticas do Estado, com vistas a subsidiar decisões de

investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação da Indústria de Automação

a ABDI contratou o Centro de Gestão em Estudo estratégico, entidade ligada ao

Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) por meio de contrato de gestão e com

grande experiência em prospecção tecnológica.

Page 25: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

3

Considerando os dados obtidos no estudo de tendências do setor foi

observado o alinhamento com o estudo de patentes e com o mapa de rotas

tecnológicas.

Observou-se que os dados do setor acompanhados nos organismos de

estatísticas como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), BNDES e

outros, estão encapsulados como sendo automação industrial, não guardando a

classificação pelos segmentos industrial, predial, comercial e bancário. Essa

situação dificulta sobremaneira a análise por segmento específico.

Constatou-se que este setor é organizado, competitivo, possui base

tecnológica nacional e sua cadeia produtiva participa ativamente na cadeia produtiva

de diversos outros setores ou complexos industriais da economia nacional, tais

como: siderúrgico; têxtil; plástico; petroquímico; naval; defesa; higiene pessoal,

perfumaria e cosméticos; construção civil; automotivo; nanotecnologia; e

biotecnologia. Portanto, essa participação ativa faz com que o setor em estudo

necessite de mecanismos ágeis que permita o adensamento de sua cadeia

produtiva para que esta seja efetivamente uma cadeia de valor.

O relatório do panorama setorial de Eletrônica para Automação tem a

seguinte estrutura: após esta breve apresentação, a seção seguinte apresenta a

introdução, em seguida é feita a contextualização do estudo, por meio de uma

descrição do segmento, contemplando aspectos macro-econômicos, balança

comercial, dimensões do mercado, atores, cadeia produtiva do setor, certificação e

normatização, gestão do setor e aspectos sócio-ambientais contendo elementos

conceituais de base e definições que envolvem o setor de Eletrônica para

Automação, permitindo, assim, fornecer o contexto dos eixos abordados neste

panorama, direcionando o estudo aos bens de produção industrial gerado por meio

da automação.

1.1. Objetivos do EPS de Eletrônica para Automação

O objetivo principal deste estudo é oferecer indicações de rotas estratégicas e

tecnológicas com recomendações de curto médio e longo prazo que permitam

aumentar a competitividade da Indústria de Automação no mercado nacional e

Page 26: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

4

internacional, em sintonia com o desenvolvimento sustentável, o que propiciará os

seguintes benefícios:

Fortalecimento da competitividade das empresas no mercado nacional,

inibindo as importações de produtos transformados, com reflexos positivos

no nível de emprego e renda;

Aumento da inserção internacional do setor de Eletrônica para Automação,

com melhoria na balança comercial;

Integração, consolidação e fortalecimento da Indústria de Automação de

modo a se transformar em um produtor global de bens e serviços de

automação, com capacidade de liderança no mercado interno e externo; e

Aumento das competências empresariais, gerenciais e técnicas, por meio

de treinamento e parcerias das empresas com os órgãos de ensino,

pesquisa (P, D & I) e centros de tecnologia e inovação (CTIs) nacionais e

internacionais.

Esse objetivo pode ser atingido a partir do diagnóstico do setor e da análise

detalhada sobre os fatores que condicionam sua estrutura industrial, bem como a

dinâmica competitiva e inovadora dos agentes que integram a cadeia produtiva

industrial no Brasil e no contexto mundial. A partir desse diagnóstico são realizados

os estudos de perspectivas futuras e prospecção de dados do setor a fim de se

elaborar mapas de rotas estratégicas e tecnológicas.

Este estudo fomenta bases que permitirão a continuação do EPS em suas

fases seguintes – perspectivas e prospectivo, a fim de oferecer meios para a

reflexão, o aprofundamento e a contextualização do setor principal abordado, sobre

as principais tendências futuras e questões relevantes para o setor de Eletrônica

para Automação, tendo em vista os elementos-chave que compõem os vetores de

crescimento da oferta e demanda nos próximos quinze anos (2009 – 2024). Ele

permitirá, assim, subsidiar a formulação e execução a curto, médio e longo prazo de

programas e ações específicas para fortalecer a sustentabilidade e a competitividade

do setor, e a construção de uma nova rota estratégica e tecnológica para o setor de

Eletrônica para Automação. Esses resultados, também, darão suporte ao

direcionamento de uma política de desenvolvimento de produtos industriais no setor

Page 27: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

5

de Eletrônica para Automação e geração de serviços nos segmentos de Automação

Industrial, Predial, Comercial e Bancária.

O Estudo Prospectivo Setorial de Eletrônica para Automação, busca sinalizar

tendências e questões relevantes para a formulação e implantação de um Plano

Executivo Setorial com vistas ao aumento da competitividade do setor em um

horizonte temporal de quinze anos por meio medidas, projetos, metas, recursos e

apontamento dos respectivos responsáveis.

O EPS constitui parte importante do esforço para atender à necessidade de

se definir políticas nacionais com visão de futuro, que tem como ponto central a

mudança do patamar da indústria pela inovação e diferenciação de produtos e

serviços, com inserção e reconhecimento nos principais mercados do mundo,

alcançadas a partir de escolhas estratégicas.

Pretende-se alcançar em 2024, uma estrutura renovada, capaz de

proporcionar ao setor uma dinâmica de excelência internacional, que refletirá no

parque industrial e economia brasileira, com base na obtenção de resultados com

alto valor agregado. Para atingirmos tais objetivos, as rotas projetadas e as políticas

públicas propostas deverão estar em sintonia com as tendências e tecnologias

globais, tendo como referência um trabalho detalhado de benchmarking

internacional e um diagnóstico da Indústria de Automação brasileira, através da

identificação de gargalos (pontos críticos) e as oportunidades mais relevantes para o

seu desenvolvimento.

1.2. Metodologia

O método para o desenvolvimento do EPS de Eletrônica para Automação foi

customizado a partir da metodologia adotada pelo CGEE que se baseia no conceito

de foresight (antevisão) e têm como princípio a construção coletiva, onde lideranças

empresariais e de governo são reunidos com especialistas da academia e de centros

tecnológicos para discutir estratégias de longo prazo para o setor. O método deste

estudo foi idealizado para atuar de maneira iterativa e incremental para dar

celeridade e consistência ao seu desenvolvimento.

Page 28: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

6

As fases do método são: inicial, principal e comprometimento. Na fase

principal são consideradas três etapas que geram os seguintes produtos para

tomada de decisão:

a) Panorama setorial: contém o diagnóstico do setor, apresentando um

retrato atual do setor no Brasil e sua inserção nos mercados mundiais;

b) Perspectivas setoriais: visa apresentar as principais tendências e

questões relacionadas ao setor com a visão de futuro requerida pelo

estudo. Contém uma análise SWOT com as forças, fraquezas, ameaças e

oportunidades do setor, estudo de patentes, visão de futuro e tendências

setoriais. Também consta a priorização das áreas; e

c) Prospectivo setorial: é o relatório final do EPS e apresenta a estratégia

concebida para a mudança do patamar do setor pela inovação e

diferenciação de produtos e serviços, base para o aumento de sua

competitividade, com o mapa de rotas estratégicas e mapa de rotas

tecnológicas, estudo de patentes, pesquisa Delphi, cadeia produtiva, bem

como as recomendações de médio e longo prazo. É constituído por:

Mapa de Rotas Estratégicas: Apresentação visual do Plano

Estratégico com Foresight; e

Mapa de Rotas Tecnológicas: Apresentação visual das Rotas

Tecnológicas para competitividade global do setor.

Após a elaboração do panorama setorial, foram analisas as tendências e

perspectivas do setor e foram construídas visões compartilhadas de futuro. A partir

disso, foram elaborados os mapas de rotas tecnológicas e estratégicas com

horizonte temporal de 15 anos.

Estabelecer a visão para os setores e organizar o conhecimento necessário

para construir os caminhos para realizá-la é um trabalho coletivo, baseado no

conhecimento setorial específico, que necessita de ampla participação dos vários

atores envolvidos com o setor, suas temáticas, organização e gestão.

O Relatório Final do EPS (Prospectivo Setorial) apresenta uma síntese de

todo estudo realizado pelo CGEE e por especialistas do setor. Ressalta-se que a

estratégia e as diretrizes apontadas no EPS devem ser tomadas como referência

Page 29: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

7

para a elaboração do Plano Estratégico Setorial (PES), produto final do Programa

Estratégico Setorial da ABDI.

Além de cumprir seu objetivo principal de fornecer subsídios para a

formulação da política industrial, o EPS fornece uma importante base para o

planejamento estratégico das empresas, proporcionando uma melhor definição de

posicionamento de mercado e de um plano de negócios de longo prazo.

Para cumprir a sua missão de promover o desenvolvimento industrial e

tecnológico brasileiro, a ABDI utiliza um processo para desenvolver o Programa

Estratégico Setorial – PES, como instrumento para organização das ações para dez

setores estratégicos da economia brasileira. A Figura 1 apresenta as principais

etapas do processo de desenvolvimento do PES.

Figura 1 - Processo de elaboração do Programa Estratégico Setorial - PES.

Fonte: ABDI, 2009.

Page 30: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

8

1.3. Dimensões de Análise

Na elaboração do relatório do Panorama Setorial foram consideradas

dimensões (vetores) que compõem a base de apoio para o EPS e nortearam as

pesquisas, análises e debates por meio de oficinas com especialistas:

a) Mercado: Aspectos essenciais para a inserção competitiva das inovações

brasileiras no mercado interno e externo, tais como: tamanho, distribuição

geográfica e concorrente;

b) Tecnologia: Elementos necessários para o processo de desenvolvimento

tecnológico, incluindo: pesquisa e desenvolvimento, aquisição e

transferência de tecnologia, geração de patentes, e tecnologias-chave

para aplicações comerciais;

c) Talentos: Aspectos humanos da inovação, incluindo a criação e difusão

do conhecimento, considerando: educação e formação profissional;

treinamento técnico e empresarial; e apoio a mão-de-obra;

d) Investimentos: Dimensão financeira da inovação da produção, incluindo:

investimento em P, D & I, apoio ao empreendedorismo e

empreendimentos de risco, e implementação de estratégias de inovação

de longo prazo;

e) Infraestrutura Física: Estruturas físicas que apóiam a inovação centrada

na P, D & I, Produção e Logística, incluindo redes de informação,

transporte, saúde, água e energia; e

f) Infraestrutura Sócio-Político-Institucional: Estruturas políticas que

apóiam a inovação, incluindo: proteção à propriedade intelectual,

regulação de negócios, marco legal, ações em curso, Instituições,

estruturas para colaboração entre os stakeholders de inovação, incluindo

elementos necessários para proteção e preservação do meio-ambiente e

impactos do setor, políticas de trocas e substituição de produtos,

processos considerando impacto ambiental e reciclagem.

No Quadro 1 a seguir relaciona os focos de análise do EPS.

Page 31: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

9

Quadro 1 - Dimensões de análise do EPS.

Dimensões Subdivisão

Talentos Técnicos Empresariais

Tecnologia

Produto Processo Meio Ambiente Patentes

Investimentos P, D & I Produção

Mercado Tamanho Distribuição Geográfica Concorrentes

Infraestrutura Física

P, D & I Produção Energia Água Logística

Infraestrutura Sócio-Político-Institucional

Marco Legal Ações em Curso (PPA) Instituições

1.4. Comitê Gestor

Os principais resultados do EPS de Eletrônica para Automação foram

avaliados por um Comitê Gestor (CG), órgão deliberativo do EPS e instância

decisória do Estudo cuja atribuição é acompanhar, referendar e aprovar os

resultados apresentados nos relatórios do EPS. Sua estrutura é constituída por

empresários do setor, representantes de entidades de classe, representantes de

instituições governamentais ligadas ao setor industrial, agências de fomento, CGEE

e ABDI.

Essas instituições são: Associação Brasileira da Indústria Elétrica e

Eletrônica, Fórum de Empresas Exportadoras de Tecnologia, APEX Brasil, Banco

Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de

Estudos e Projetos (FINEP), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial (INMETRO), Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI),

Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior (MDIC), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Isso permitiu

Page 32: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

10

atender aos objetivos gerais da ABDI, de articular, coordenar e promover a execução

da PDP em interação com os diversos órgãos públicos e com a iniciativa privada.

1.5. Principais Produtos

O Estudo orienta o desenvolvimento tecnológico e a inovação, sendo estes,

fatores de contribuição para uma indústria nacional mais competitiva no mercado

global. Outro objetivo é gerar maior capacidade dos líderes empresariais do setor

para desenvolver novas competências e estratégias que os possibilitem atingir

metas específicas, organizadas no tempo. O mesmo está dividido em três etapas:

Panorama Setorial, Perspectivas de Futuro e Estudo Prospectivo. A construção dos

elementos prospectivos do estudo se baseia nos comentários e recomendações de

especialistas do setor, obtidos por meio de oficinas de trabalho e consultas

estruturadas.

No Relatório de Panorama Setorial foi realizada a contextualização do estudo,

por meio de uma descrição do segmento, contemplando aspectos macro-

econômicos, balança comercial, dimensões do mercado, atores, cadeia produtiva do

setor, certificação e normatização, gestão do setor e aspectos sócio-ambientais

contendo elementos conceituais de base e definições que envolvem o setor de

Eletrônica para Automação, permitindo, assim, fornecer o contexto dos eixos

abordados neste panorama, direcionando o estudo aos bens de produção industrial

gerado por meio da automação.

No Relatório Prospectivo Setorial serão apresentados os mapas de rotas

estratégicas e tecnológicas que são instrumentos de apoio à decisão para a

Indústria de Automação estar alinhada à PDP. Eles oferecem subsídios à formulação

e implementação de programas e políticas públicas que possam vir a fortalecer a

competitividade e desempenho inovador do setor em um horizonte temporal de 15

anos. O mapa de rotas estratégicas contém a visão estratégica do setor e apresenta

a estratégia síntese, os focos estratégicos, rede de inter-relacionamento, bem como

as macro-ações por objetivos estratégicos. No mapa de rotas tecnológicas são

apresentadas as tendências de futuro, os requisitos e as linhas tecnológicas e ciclos

de inovação de insumos, processo e serviços. As recomendações contidas nesses

mapas podem ser consideradas como rotas que organizam um conjunto de ações no

Page 33: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

11

curto, médio e longo prazo para a Indústria de Automação focalizando os segmentos

de Automação Industrial, Predial, Comercial e Bancária.

1.6. Setor de Eletrônica para Automação

O setor de Eletrônica para Automação é muito abrangente e pode ser

direcionado para diferentes áreas de aplicação, tais como automação industrial,

predial, comercial, bancária, agrícola, serviços, administração pública, entre outras.

Ele está presente em diferentes níveis de atividades do homem, desde a medicina

até a astronomia, ampliando a capacidade de interação com a natureza e os

processos.

Este setor mantém um perfil marcado pelo predomínio de empresas de médio

e grande porte, mas que abrange também empresas de pequeno porte, atuando

com alta tecnologia em nichos específicos, sendo classificado pela ABINEE como

uma grande área do complexo eletroeletrônico. As empresas de grande porte que

atuam no setor têm origem transnacional e poucas realizam atividades de P, D & I

localmente.

1.6.1. Entidades Representativas do Setor

ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica foi fundada

em Setembro de 1963 e conta atualmente com 600 empresas associadas. É uma

entidade civil sem fins econômicos que representa o complexo eletroeletrônico do

Brasil, englobando as seguintes áreas de atuação com suas respectivas Diretorias:

Automação Industrial: equipamentos para controle e supervisão de

processos, manufatura, integradores de sistemas, controladores lógicos e

numéricos, instrumentos de medição de grandezas elétricas e não

elétricas, sensores, equipamentos de alarme e segurança, equipamentos

eletroeletrônicos para uso médico-hospitalar, entre outros;

Componentes Elétricos e Eletrônicos: resistores, capacitores,

transformadores para eletrônica, chaves, alto falantes, conectores,

cinescópios, diodos, transistores, circuitos integrados, circuitos impressos,

laminados, entre outros;

Page 34: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

12

Equipamentos Industriais: componentes para máquinas e equipamentos,

seccionadores de baixa tensão, comutadores, chaves fim-de-curso,

botoeiras, contatores, relés, chaves de partida, conectores elétricos,

equipamentos elétricos para atmosfera explosiva, acionamentos estáticos,

retificadores, fornos elétricos, motores elétricos, geradores, entre outros;

Geração Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica: chaves

seccionadoras, disjuntores, turbogeradores, hidrogeradores,

transformadores, relés de proteção, ferragens e conectores para

transmissão e distribuição, medidores para eletricidade, capacitores e

banco de capacitores, painéis elétricos de baixa, média e alta tensão, entre

outros;

Informática: Computadores, periféricos e acessórios, sistemas de energia

ininterrupta, estabilizadores, entre outros;

Material Elétrico de Instalação: interruptores, plugues, tomadas, disjuntores

de baixa tensão, fusíveis, reatores, ignitores, chuveiros, caixas de

derivação e passagem, quadros de distribuição, equipamentos de

iluminação, fios, cabos e agregados, entre outros;

Serviço de Manufatura em Eletrônica: segmentos de terceirização do

processo de montagem de placas de circuito impresso, fabricando,

montando e testando sistemas eletrônicos e produtos completos, que são

utilizados em computadores, telefones celulares, carregadores de celular,

eletrônica de consumo, leitores magnéticos, placas de estação de rádio

base, entre outros;

Equipamentos de Segurança Eletrônica: equipamentos eletroeletrônicos,

acessórios e integração de sistemas de segurança patrimonial, pessoal,

veicular e de combate a incêndio, entre outros;

Telecomunicações: equipamentos de força para telecomunicações,

acessórios e cabos para telecomunicações, equipamentos de comutação

pública e privada, equipamentos de transmissão e comunicação de dados,

terminais de telecomunicações, sistemas de telefonia celular,

equipamentos de radiocomunicação e radiodifusão, entre outros; e

Page 35: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

13

Utilidades Domésticas: eletrodomésticos portáteis e de linha branca,

ferramentas elétricas manuais, aparelhos de áudio e vídeo, eletroeletrônica

embarcada, entre outros;

Áreas temáticas para dar suporte às Diretorias das áreas, aos grupos

setoriais e aos grupos de trabalho: Economia; Jurídica; Pequenas e Médias

Empresas; Relações Governamentais; Relações Internacionais; Responsabilidade

Socioambiental; e Tecnologia e Política Industrial;

Atua em âmbito nacional, tendo o escritório central em São Paulo e as

seguintes regionais: Distrito Federal – Brasília; Minas Gerais – Belo Horizonte;

Nordeste – Recife; Paraná e Santa Catarina – Curitiba; Rio de Janeiro e Espírito

Santo – Rio de Janeiro; e Rio Grande do Sul – Porto Alegre.

Missão: Assegurar o desenvolvimento competitivo no complexo

eletroeletrônico do país, a defesa dos seus legítimos interesses e sua integração à

comunidade.

Segundo levantamento da ABINEE/SINAEES existe 427 empresas no Brasil

atuantes no setor de Eletrônica para Automação em 2009 (Anexo XII), distribuídas

nos segmentos de Automação Industrial, Predial, Comercial e Bancária, onde 180

destas empresas são associadas à ABINEE/SINAEES, com distribuição geográfica

apresentada no Gráfico 1, e atuantes nos segmentos de Automação Industrial,

Predial, Comercial e Bancária, mostrada no Gráfico 2. Entretanto, no subitem 4.2.2.2

– Os Números do Setor de Eletrônica para Automação é apresentado um conjunto

de informações da ABINEE e IBGE referentes à produção de equipamentos,

máquinas, softwares e serviços utilizados neste setor que demonstram a importância

crescente no sistema produtivo nacional. Esses dados são da PIA Empresa

(Pesquisa Industrial Anual do IBGE) e confirmam que há um maior número de

empresas nessa atividade – em 2007 (último ano disponível) a quantidade de

empresas cuja atividade principal restringia-se ao desenvolvimento de produtos para

automação industrial era de 3.835.

Uma questão relevante é que as instituições do Brasil que processam dados

do setor de Eletrônica para Automação (ABINEE, IBGE e FEBRABAN) não

consideram a segmentação tratada neste estudo: industrial, predial, comercial e

bancária. Essas instituições consideram as empresas como tendo representatividade

Page 36: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

14

nas áreas industrial, elétrica e eletrônica, geração de energia e/ou informática e

outras. Assim, os dados são em sua grande parte mascarados ou encapsulados de

maneira diferente dos dados tratados neste estudo.

MA, BA, PE, ES

< 1%

BA 1%DF 1%

CE, DF 1%

SC 2%

RJ 5%

MG 6%

PR 6%

RS 11%

SP 66%

Gráfico 1 – Distribuição Geográfica de Empresas da Indústria de Automação no Brasil.

Fonte: ABINEE, 2009.

Predial +

Industrial 10%

Industrial

58%

Predial

18%

Comercial

2%

Bancária

6%

Comercial +

Bancária 4% Todas 2%

Gráfico 2 - Distribuição de Segmentos de Atuação de Empresas em Automação no Brasil.

Fonte: ABINEE, 2009.

Page 37: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

15

FEET – Fórum de Empresários Exportadores de Tecnologia: Representa os

interesses particulares das empresas nacionais de base tecnológica e controle

acionário nacional de maneira complementar as entidades de classe existentes. O

FEET é um fórum de referência perante a sociedade e o governo brasileiro das

empresas brasileiras de base tecnológica, com real poder de articulação de

estratégias e políticas, atuando e interagindo no processo de: Interface política;

Comunicação; Desenvolvimento do mercado doméstico; Promoção comercial no

mercado internacional; Compras governamentais; e Rede de empresas para

negócios.

Missão: A principal missão do FEET é articular a indústria brasileira de base

tecnológica, buscando seu crescimento e melhorando a competitividade e o

desenvolvimento social do Brasil, obedecendo aos seguintes princípios:

Conhecimento tecnológico e capacidade de inovação são essenciais ao

crescimento e a competitividade econômica do Brasil;

O fortalecimento das empresas brasileiras de base tecnológica aumenta a

competitividade internacional do país;

Para ocupar papel de destaque no cenário mundial, como exportador de

bens e serviços com tecnologia agregada, o Brasil precisa sediar os ativos

tecnológicos das empresas; e

O domínio tecnológico gera valor econômico diferenciado e eleva o

desenvolvimento humano da sociedade.

Atualmente o grupo FEET conta com 35 empresas concentradas em grande

peso nos estados do Rio Grande Sul, São Paulo e Minas Gerais, mas com

representantes praticamente em todos os Estados do Brasil conforme mostra o

Gráfico 3. Essas empresas atuam no setor de Eletrônica para Automação,

distribuídas nos segmentos de Automação Industrial, Predial, Comercial e Bancária

conforme mostra o Gráfico 4. No Anexo I são apresentadas a relação dessas

empresas, linhas de produtos, e respectivas áreas de atuação.

Page 38: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

16

Gráfico 3 – Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem o FEET.

Fonte: ABINEE, 2009.

Bancária 13%

Comercial 4%

Predial 27%

Industrial 56%

Gráfico 4 - Distribuição de Segmentos de Atuação das Empresas que constituem o FEET.

Fonte: ABINEE, 2009.

IPD Eletron - Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do

Complexo Eletroeletrônico e Tecnologia da Informação é uma entidade civil de

direito privado sem fins econômicos, com autonomia patrimonial, administrativa e

financeira, constituído pela ABINEE, cuja principal missão é estimular a pesquisa, o

desenvolvimento e a cultura da inovação no complexo eletroeletrônico, mediante a

interação entre empresas e instituições de P, D & I, a dinamização das redes

tecnológicas e o apoio à captação de recursos, promovendo o desenvolvimento

tecnológico do complexo eletroeletrônico a fim de aumentar sua competitividade

internacional.

Page 39: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

17

1.6.2. A Automação no Contexto do Complexo Eletroeletrônico

O complexo eletroeletrônico brasileiro engloba atividades nos seguintes

segmentos: indústria de transformação; integração de sistemas; produção de

software de aplicação destinado especificamente ao setor; prestação de serviços de

utilidade pública nas áreas de energia elétrica e de telecomunicações; e outras

atividades correlatas. O setor eletroeletrônico, segundo a ABINEE, engloba as

seguintes áreas de atuação:

Automação Industrial;

Componentes Elétricos e Eletrônicos;

Equipamentos Industriais;

Geração Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica;

Informática;

Material Elétrico de Instalação;

Serviço de Manufatura em Eletrônica;

Equipamentos de Segurança Eletrônica;

Telecomunicações; e

Utilidades Domésticas.

A Indústria de Automação é estratégica no setor eletroeletrônico e na malha

produtiva nacional, por se tratar de uma área de intenso e constante avanço

tecnológico e pelo seu caráter de racionalizar e inovar processos de produção e,

consequentemente, melhorar a qualidade dos produtos. Os produtos da área de

Automação condicionam as operações e a eficiência dos segmentos da economia. É

preciso destacar, que algumas empresas do setor eletroeletrônico são fornecedoras

de outras empresas, como é o caso das empresas de automação (peças e

equipamentos de automação industrial), empresas de componentes e de materiais

de instalação.

Os gráficos apresentados a seguir constatam as informações sobre

faturamento, exportações e importações do setor eletroeletrônico, evidenciando a

participação do segmento de Automação Industrial: Faturamento (Gráfico 5),

Exportações de produtos (Gráfico 6) e Importações de produtos (Gráfico 7).

Page 40: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

18

Daqui para o ano de 2024, deseja-se muito mais que um crescimento

acelerado, mas construir uma trajetória de desenvolvimento que contemple, ao

mesmo tempo, crescimento e mudança estrutural, considerando que o déficit

comercial externo é grande e provoca repercussões negativas não só no próprio

setor, mas nas contas externas da economia brasileira em seu conjunto.

Componentes

(8%)

Utilidades

Domésticas

(12%)

Telecomunicações

(17%)

Material de

Instalação (7%)

Informática

(28%)

GTD (10%)

Equip.

Industriais

(15%)

Automação

Industrial (3%)

Gráfico 5 - Faturamento do Complexo Eletroeletrônico.

Fonte: ABINEE, 2009.

Automação

Industrial (3%)Componentes

(33%)

Equip. Industriais

(12%)GTD (9%)Informática (3%)

Material de

Instalação (3%)

Telecomunicações

(26%)

Utilidades

Domésticas (11%)

Gráfico 6 - Exportações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico.

Fonte: ABINEE, 2009.

Page 41: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

19

Utilidades

Domésticas (7%)

Material de

Instalação

(3%)

Informática

(7%)

GTD (1%)

Equip. Industriais

(9%)

Componentes

(56%)

Automação

Industrial (7%)

Telecomunicações

(10%)

Gráfico 7 - Importações de Produtos do Complexo Eletroeletrônico.

Fonte: ABINEE, 2009.

1.6.2.1. Complexo Eletroeletrônico

Convencionalmente, a indústria eletroeletrônica está inserida no setor

secundário da economia que transforma produtos naturais produzidos pelo setor

primário em produtos de consumo, ou em máquinas industriais (produtos a serem

utilizados por outros estabelecimentos do setor secundário).

A bem da verdade, a indústria eletroeletrônica compõe a indústria de

transformação porque além de modificar produtos primários em bens secundários,

modifica produtos secundários (principalmente máquinas e equipamentos) em algo

mais avançado, incorporando maior agilidade, produtividade e precisão nessas

máquinas e/ou equipamentos. Poder-se-ia dizer que o setor eletroeletrônico,

principalmente o eletrônico, constitui um ―secundário avançado‖.

Esse complexo eletroeletrônico apresenta participações econômicas,

industriais e na balança comercial relevantes nos países mais desenvolvidos. É

neste setor que a matéria-prima é transformada em um produto manufaturado

utilizado na Indústria de Automação, existindo grande utilização do fator capital,

sendo verdadeiro e mais notado nos segmentos que são eletromecânicos intensivos.

A indústria elétrica e eletrônica agrega uma série de componentes elétricos,

eletrônicos, componentes de automação e eletromecânicos, possibilitando assim,

aos equipamentos mecânicos, maior precisão e desempenho.

A automação de processos transforma também matérias-primas em produtos

industrializados e por constituir um setor secundário avançado, também está inserida

Page 42: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

20

no setor primário (agroindústria e agronegócios) e no setor terciário (comércio,

bancos e serviços) com a posição que cada atividade normalmente está na cadeia

de produção e consumo.

Além da transformação industrial ele envolve a produção mineral, construção

civil e indústria de transformação, além dos fatores de localização, industrialização,

capital, matéria-prima, energia, mão-de-obra, mercado consumidor e meios de

transporte.

A indústria de transformação pode ser dividida em dois grandes grupos:

a) Indústria de bens de produção, também denominadas indústria de base ou

indústria pesada; e

b) Indústria de bens de consumo, dividida em bens duráveis e bens não

duráveis.

O complexo eletroeletrônico brasileiro engloba atividades nos seguintes

segmentos: produção de máquinas, equipamentos, dispositivos e componentes

elétricos e eletrônicos; indústria de transformação; integração de sistemas; produção

de software de aplicação destinado especificamente ao setor; bens de informática e

de telecomunicações; prestação de serviços de utilidade pública nas áreas de

energia elétrica e de telecomunicações; e outras atividades correlatas.

As empresas do complexo eletroeletrônico instaladas no país atuam na

produção de bens de capital, bens de consumo e componentes. De acordo com a

organização da ABINEE, essas empresas encontram-se internamente distribuídas

em áreas de coordenação, criadas com o objetivo de aglutinar empresas por família

de produtos.

É preciso destacar, que empresas do setor elétrico e eletrônico são

fornecedoras de outras empresas e de outros setores produtivos e, principalmente

as empresas de automação, com a prestação de serviços e fornecimento de partes,

peças e equipamentos, contribuem para o desenvolvimento e atualização

tecnológica.

Page 43: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

21

1.6.2.2. Fatores de Competitividade do Setor

O sistema da globalização requer que as empresas sejam pró-ativas no

mercado em que atuam para criar um diferencial competitivo, de maneira a reduzir

custos de produção, aumentar a qualidade e ganhar agilidade, exigindo a otimização

do processo produtivo; utilização intensa de tecnologias de integração; técnicas de

modelagem; simulação; monitoramento e controle; estratégias claramente definidas;

apoio dos agentes governamentais; integração com instituições de ciência e

tecnologias; integração com fornecedores; utilização de padrões; aplicação de

normas, padrões e certificações; integração com os clientes; cumprimento das

recomendações de pós-venda.

Segundo Porter (1992), a vantagem competitiva deve ser analisada de forma

desagregada, e não com um enfoque generalizado dentro de uma empresa, pois

cada atividade contribui para os custos relativos, além de criar oportunidades para a

diferenciação. Esta diversificação pode ter origem na compra de matéria-prima de

alta qualidade, em um sistema ágil de atendimento a clientes, entre outros aspectos

que são susceptíveis a mudanças, com o objetivo de agregar valor ao produto final.

O valor significa o montante cujos compradores estão dispostos a pagar pelo que a

empresa oferece e deve ser usado na posição competitiva, pois, geralmente, as

empresas aumentam seus custos para impor um ―preço-prêmio‖, decorrente da

diferenciação.

O conceito de competitividade é objeto de percepção autoral. Como base

deste estudo, torna-se imprescindível considerar os principais fatores de

competitividade do setor. Freyssenet (1992) aponta os seguintes:

Desempenho das exportações industriais: a partir do aumento de

competitividade e seus efeitos sobre o comércio externo, sendo

competitivas as indústrias que ampliam sua participação na oferta

internacional de determinados produtos. Este conceito é abrangente, pois

alcança as condições de produção e outros fatores inibidores ou

facilitadores das exportações, tais como: políticas cambiais e comerciais,

eficiência de canais de comercialização e de sistemas de financiamento,

acordos internacionais, estratégias inter companies, entre outros; e

Page 44: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

22

Eficiência: noção que traduz a ―capacidade de um país de produzir

determinados bens igualando ou superando os níveis de eficiência

observáveis em outras economias‖, restringindo-se às condições da

produção.

As formas de avaliação da competitividade, sob o conceito de eficiência, são

os seguintes:

Preço e qualidade, em que, analisando-se os diferenciais entre preços

internacionais e os de um país específico, competitivas seriam as indústrias

que obtivessem preços abaixo dos internacionais. Algumas vezes, o preço

é decorrente da variação da qualidade;

Tecnologia, em que o nível de atualização tecnológica acarreta aumento

da capacidade e da eficiência produtiva, conferindo vantagens ao processo

produtivo;

Salários, sob a visão de que baixos salários industriais conferem

competitividade à produção;

Produtividade, tomada a premissa de que o aumento da produtividade em

determinada indústria de um país, em relação à mesma indústria em países

concorrentes, está correlacionado com aumento de competitividade; e

Condições gerais de produção, em que são conjugados os diversos

aspectos envolvidos (por exemplo: custo relativo dos recursos locais,

tecnologia de produção, capacitação técnica, P, D & I, entre outros).

Considera-se, então, a definição de competitividade de Freyssenet (1992):

―capacidade de uma indústria (ou empresa) de produzir mercadorias com padrões

de qualidade específicos, requeridos por mercados determinados, utilizando

recursos em níveis iguais ou inferiores aos que prevalecem em indústrias

semelhantes no resto do mundo, durante certo período‖. Esta conceituação permite

que tanto indicadores quantitativos quanto qualitativos devam ser tomados em

consideração para a análise da competitividade.

Na evolução do conceito, competitividade é definida como ―a capacidade da

empresa de formular e implementar estratégias concorrenciais que lhe permitam

Page 45: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

23

ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado‖

(SHIROMA, 1993), baseado na dinâmica do processo de concorrência.

A imprecisão da conceituação deve-se, em parte, aos próprios fatores

determinantes da competitividade, que podem ser agrupados em:

Empresariais: internos à empresa, que sobre elas detêm poder de

decisão e controle;

Estruturais: referentes à indústria/complexo industrial, que sobre elas

tem capacidade de intervenção limitada pela concorrência, de caráter

setor-específico; e

Sistêmicos: externalidades sobre as quais o poder de intervenção é

pouco ou nulo: macroeconômicos, político-institucionais, legais-

regulatórios, de infraestrutura, sociais e internacionais.

1.7. Caracterização da Indústria de Automação

Dentre os principais fatores que caracterizam a estrutura industrial deste setor

destacam-se:

a) O predomínio de empresas de médio e grande porte operando em

diferentes nichos de mercado;

b) A busca constante por novas tecnologias na fronteira do conhecimento e,

portanto, forte interação com o setor de informática e de produção de

sistemas dedicados;

c) Preocupação constante com bens mais sustentáveis e preservação do

meio ambiente;

d) Crescimento acelerado do aproveitamento residual, tanto no que se refere

ao processo produtivo, quanto posteriormente ao processo produtivo; e

e) A crescente importância do design como fator de competitividade e de

agregação de valor à produção.

Page 46: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

24

As empresas de automação no Brasil de médio e grande porte em sua

maioria são de capital estrangeiro.

Por outro lado, destaca-se a falta de políticas mais avançadas e inovadoras

de recursos humanos, na formação de mão-de-obra qualificada para o processo

produtivo, bem como na preparação de mão-de-obra para atuar como prestadores

de serviços mais eficazes e eficientes.

O setor de Eletrônica para Automação apresenta uma alta participação de

segmentos de serviços, que são aqueles oriundos da formação de base do processo

produtivo de eletroeletrônicos e suas áreas afins, como diversos prestadores de

serviços envolvidos com vendas, instalação, conserto e manutenção. Este setor

apresenta também um elevado grau de verticalização ao longo do processo

produtivo. As empresas, em sua grande maioria, atuam em diferentes estágios ao

longo da cadeia produtiva.

Nos últimos anos, o setor de Eletrônica para Automação evoluiu

consideravelmente, buscando se adequar ao novo contexto de competição mundial

de equipamentos mais sofisticados, mais acessíveis e ecologicamente corretos por

meio da inovação tecnológica. A automação está intrinsecamente ligada aos

avanços tecnológicos no setor produtivo das diferentes empresas. Existe uma

interação permanente entre fabricantes e clientes para a adequação dos produtos e

serviços às necessidades dos usuários, levando em conta sempre os avanços

tecnológicos que ocorrem no mercado globalizado. Destaca-se a crescente inovação

tecnológica nos processos produtivos e na utilização da automação industrial, passo

determinante para o desenvolvimento de novos produtos, proporcionando maior

valor agregado à produção.

Mesmo na fabricação de produtos na fronteira tecnológica do conhecimento,

existe a necessidade do emprego de mão-de-obra no detalhamento do projeto, no

processo produtivo, na montagem, aferição e/ou testes.

Com o avanço tecnológico e científico, o setor de Eletrônica para Automação

vem buscando alterar seu processo produtivo, utilizando novos tipos de matéria-

prima, mais econômicos e sustentáveis do ponto de vista ambiental.

Page 47: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

25

1.8. Tendências Tecnológicas em Automação

A Eletrônica para Automação é um setor bastante afetado pelas crises

econômicas, uma vez que as incertezas quanto ao futuro e as recessões

econômicas impactam diretamente os novos investimentos, tanto em novas plantas

industriais como na modernização das indústrias já existentes que demandam

produtos de automação. Por outro lado, o acirramento do processo competitivo

estimula a busca permanente de novas rotas para o desenvolvimento industrial. Em

alguns casos, são utilizadas salas limpas para assegurar a fabricação de

componentes eletrônicos principalmente na área de semicondutores para atender

demandas específicas. Na automação industrial, é importante uma permanente

inovação tecnológica para acompanhar a fronteira tecnológica dos produtos a serem

fabricados e serviços atrelados para atender a demanda cada vez mais exigente dos

diferentes clientes, acompanhando os avanços que estão sendo realizados nos

países mais industrializados.

O setor de Eletrônica para Automação se caracteriza por volumes

relativamente pequenos de produção e uma grande variedade de aplicações, e

tipicamente utiliza novas tecnologias desenvolvidas para outros mercados, onde os

fornecedores tendem a customizar equipamentos e sistemas para necessidades

específicas, tornando a inovação mais orientada para aplicações do que

propriamente para a geração de novas tecnologias. Os sistemas de automação

tendem a ser flexíveis e eficientes e cada vez mais abertos para diferentes

aplicações (como exemplo, pode-se citar o caso do Controlador Programável

Industrial).

Dentro do cenário futuro da Indústria de Automação, especialistas prevêem

uma inflexão na trajetória tecnológica que poderá gerar um crescimento explosivo no

processo de inovação, com base em tecnologias de fronteira.

Consequentemente, os conceitos de automação poderão ser ampliados

utilizando-se diferentes tecnologias e, dentre elas, pode-se vislumbrar o fim do ciclo

do silício com a vinda da bioautomação, biotecnologia, nanotecnologia, micro-

electro-mechanical systems (MEMS), comunicações neurais, lógica DNA,

biomateriais, biocomputador, biochip, memória holográfica, proteômica, novos

Page 48: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

26

materiais e TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), que deverão se inserir

cada vez mais no contexto dos projetos em automação. (fonte)

A visão idealizada da fábrica do futuro envolve plantas totalmente

automatizadas, contando com dispositivos robóticos inteligentes capazes de atender

rapidamente uma ampla gama de clientes on-line demandando produtos

customizados. O desenvolvimento recente das comunicações e informática dá

suporte a esta visão através da integração de múltiplos sensores, redes sem fio em

banda larga, softwares de diagnóstico com sistemas especialistas, interfaces

flexíveis, permitem o controle centralizados de operações dispersas e acesso a

mecanismos hierárquicos e automáticos de tomada de decisão e correção de erros.

Como principais tendências tecnológicas podem ser citados alguns exemplos:

Sensores nanométricos de baixo custo poderão medir praticamente tudo e

redes de máquinas interligadas através da internet;

Novos softwares aplicativos deverão ser embarcados em minúsculos

sensores sem fio e distribuídos para redes complexas de sistemas

adaptativos, permitindo a coordenação de operações em diferentes partes

do mundo; e

As fábricas se tornarão altamente reconfiguráveis (atuadores, sensores,

redes, softwares e outros) e flexíveis viabilizando a rápida adaptatividade

de novos produtos.

Por outro lado, as principais tendências da Indústria de Automação da

manufatura é a agregação de valor e novos conhecimentos ao produto, por meio da:

Descentralização da indústria, que não será mais concentrada em poucos

países considerados industrializados para se espalhar em diferentes

regiões;

Redução de tamanho das grandes fábricas, tornando-as móveis,

acompanhando a disponibilidade de recursos produtivos e as

necessidades de clientes; e

Inovação continua das empresas fornecedoras de equipamentos e

sistemas de modo a atender globalmente seus clientes através da

customização e serviços avançados.

Page 49: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

27

1.9. Conclusões e Recomendações

A implementação de uma estratégia de desenvolvimento da Indústria de

Automação é crucial para que se construa uma trajetória de longo prazo renovada,

na direção da maior autonomia tecnológica e do aumento do valor agregado pela

indústria local, reconhecendo seu valor estratégico para o desenvolvimento nacional.

A construção dessa nova realidade demanda elevada coordenação política

para aprimoramento dos mecanismos já existentes e mobilização dos agentes para

a construção dos instrumentos que ainda se mostram necessários. Nesse sentido,

os agentes do governo e a iniciativa privada precisam trabalhar juntos na elaboração

das prioridades e no detalhamento dos mecanismos de incentivos para que o

objetivo comum seja alcançado no horizonte temporal delimitado neste estudo

(2009-2024).

Um aspecto fundamental para o sucesso deste estudo é que todos os

envolvidos se responsabilizem pela consolidação de um novo ambiente institucional

e para que suas recomendações, uma vez estabelecidas, sejam efetivamente

implementado, mantendo coerência, estabilidade e adaptabilidade a médio e longo

prazo, articulando o desenvolvimento da Indústria de Automação.

A partir do desenvolvimento deste Panorama e utilizando como referência o

estudo ―A indústria Elétrica e Eletrônica em 2020: Uma estratégia de

Desenvolvimento‖ elaborada pela LCA Consultores (ABINEE, 2009), pode-se

concluir que:

A Indústria de Automação é de extrema importância para a economia

brasileira, uma vez que não só produz bens, como também constitui uma

importante base de desenvolvimento tecnológico, impulsionando

mudanças continuas nos processos de produção e desenvolvimento de

novos produtos;

As condições da oferta de produtos do setor de Eletrônica para

Automação acabam condicionando as operações e a eficiência de outros

segmentos da economia, além de gerar, diretamente, oportunidade de

emprego para mão-de-obra qualificada;

Page 50: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

28

É um setor que tem apresentado taxas anuais de crescimento elevada,

entretanto, o desempenho recente apresenta uma estrutura dependente

de importações de componentes e de produtos finais, marcada pela

desindustrialização e com redução da agregação de valor local (o déficit

do setor eletroeletrônico foi de 1,4% do PIB em 2008);

É imprescindível, não apenas continuar crescendo de forma intensa, mas

é fundamental a alteração da estrutura atual, onde a visão de 2024 é

construir uma Indústria de Automação com maior autonomia tecnológica,

com o segmento doméstico de componentes competitivo

internacionalmente, consolidando o Brasil como player efetivo do mercado

internacional, com crescimento significativo do PIB (superior a 7%);

O governo deve canalizar recursos e esforços para implementar uma

estratégia da Indústria de Automação, o que demanda elevada

coordenação política e atuação conjunta entre os agentes do governo e a

iniciativa privada;

Direcionamento do poder de Compra do Estado para potencializar a

demanda interna de produtos da indústria de Automação. As entidades

públicas e as empresas de economia mista, nas licitações nacionais e/ou

internacionais por elas realizadas, devem dar preferência a:

i. Produtos fabricados no país com tecnologia nacional, reconhecidos

pela Secretaria de Política de Informática (SEPIN) do MCT;

ii. Serviços associados aos mesmos produtos; e

iii. Criação de financiamentos diferenciados com características indutoras

à compra de produtos com tecnologia nacional e serviços associados.

Deve ser destacado o desenvolvimento de projetos em TI verde, que

considerem a redução no custo com energia e ações de sustentabilidade, além da

criação de projetos de preservação de áreas e legislação específica sobre o decarte

correto de lixo eletrônico e resíduo.

Segundo proposta elaborada no projeto TI-Verde (CONIP, 2008), divulgado

pela ABINEE durante o CONIP 2008 (Congresso de Informática Pública),

Page 51: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

29

recomenda-se a reativação da Câmara Ambiental de Material Elétrico, Eletrônico e

de Comunicação da CETESB, com o objetivo de criar uma legislação específica

sobre o lixo eletrônico. A Câmara também poderá contribuir com a promoção de

parcerias que viabilizem campanhas de educação ambiental de conscientização da

população, sobre a necessidade do descarte correto deste tipo de resíduo.

Sem a crise, o saldo negativo da balança comercial da indústria elétrica e

eletrônica estaria crescendo quase geometricamente e com esse ritmo, se nada for

feito pelo governo e iniciativa privada, o país terá muitas dificuldades de suportar

este déficit (em 2020, seria atingido um déficit de mais de US$ 50 bilhões). Isto é

provocado principalmente pela importação crescente de componentes eletrônicos e

em particular pela importação de semicondutores, o que nos levaria a necessidade

de ações extremamente urgentes para melhorar o desempenho das exportações da

indústria elétrica e eletrônica e diminuir sensivelmente as importações. Em particular,

este esforço também tem de ser concentrado na área de Automação Industrial para

que se torne um player no mercado internacional. Um cenário desejável para a

Indústria de Automação em 2020 (ABINEE, 2009) é apresentado na Tabela 1:

Tabela 1 – Cenário Desejável para a Indústria de Automação em 2020.

Valores Correntes (R$ milhões) 2008 2020

Faturamento 3.446 20.454

Consumo Aparente 7.051 25.237

Exportações 576 5.312

Importações 4.182 10.095

Indicadores de comércio externo 2008 2020

Importações / Consumo aparente 59,3 40,0

Exportações / Faturamento 16,7 26,0

Saldo Comercial (US$ milhões) -1.962 -2.194

Saldo Comercial (% do PIB) -0,1 -0,1

Faturamento (% do PIB) 0,1 0,3

Fonte: ABINEE, 2009 (LCA Consultores Associados).

* Consumo aparente = faturamento + importação – exportação

Pelo exposto, constatou-se a importância da Indústria de Automação na

modernização do parque fabril dos diferentes setores industriais do país,

Page 52: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

30

considerando a sua importância como gerador de riqueza, gerador de empregos

qualificados, melhora sensível da competitividade das empresas pela atualização

tecnológica e pelos impactos favoráveis com relação ao meio ambiente, bem como

melhoria da qualidade de vida dos nossos cidadãos; e contribui de maneira

sustentável para o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental do nosso país.

Page 53: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

31

2. Introdução

O complexo eletroeletrônico faz parte da cadeia industrial, onde uma atividade

humana, através do trabalho, transforma matéria-prima em outros produtos,

comercializados a seguir dentro de um processo produtivo.

Normalmente, a automação diminui os custos e aumenta a qualidade e a

velocidade da produção, pois aplica técnicas computadorizadas ou mecânicas de

controle onde os mecanismos verificam seu próprio funcionamento, efetuando

medições e introduzindo correções, sem a necessidade da interferência do homem.

Assim, diminui o uso de mão-de-obra em qualquer processo.

Há alguns anos, a automação referia-se apenas a um processo de

mecanização, ou seja, estava associada diretamente a necessidade do usuário,

responsável pelo comando e o controle, a ferramenta ou dispositivo, a máquina, que

o auxiliava e complementava. Entretanto, a necessidade de ampliar as capacidades

humanas direcionou o homem para a procura de dispositivos que pudessem

processar as informações do ambiente, e agir sobre o mesmo. Surge o conceito de

automação de máquinas e processos, baseada na menor dependência da

capacidade sensorial e decisória do operador, direcionando a substituição da ação

humana de controle.

Nos dias atuais a presença da automação na economia global é crescente e

ultrapassou as fronteiras das instalações industriais. O esforço diário de conjugação

de dispositivos automáticos com ferramentas organizacionais e matemáticas tem

levado à criação de sistemas complexos aplicáveis às várias atividades humanas.

Assim, não somente a manufatura e processos industriais vêm sendo

automatizados, como também muitos serviços de infraestrutura, os escritórios,

prédios, residências e, até mesmo, cidades.

Algumas atividades ainda não podem ser totalmente automatizadas,

considerando a superioridade existente entre a capacidade humana e a sua

simulação através de uma máquina. É o caso, por exemplo, da capacidade de

discriminação de um olho ou de um ouvido e do reconhecimento de padrões,

inclusive o reconhecimento de fala. Nos dias atuais, o desenvolvimento de sensores

Page 54: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

32

inteligentes e sistemas que aprendem representam importantes áreas de

investigação e pesquisa.

A complexidade crescente dos sistemas de automação, associada à

necessidade constante de novos desenvolvimentos, faz com que os seus efeitos

sobre o emprego tenham sido objeto de diversos debates. Desde o início do século

XIX, quando do surgimento dos primeiros teares automáticos, muito se tem falado

sobre a ameaça da substituição da mão-de-obra por sistemas automáticos, e muitos

afirmam que níveis crescentes de automação conduzem, também, a níveis

crescentes de desemprego.

Inicialmente, a implantação de processos automatizados na indústria tinha o

objetivo de alcançar maior produtividade e redução de custos. Contudo, a

experiência revelou que isso nem sempre é verdadeiro. O investimento para

implantação de sistemas automáticos é elevado e, além disso, a nova instalação

requer recursos, inclusive humanos, dispendiosos para sua manutenção.

Atualmente, o principal motor da automação é a busca de maior qualidade dos

processos, para reduzir perdas (com reflexo em custos) e possibilitar a fabricação de

bens que de outra forma não poderiam ser produzidos, bem como do aumento da

sua flexibilidade.

No antigo caso do tear, houve uma migração da inteligência do operador, que,

por meio de várias operações, produzia desenhos no tecido, para ―dentro‖ da

máquina. É um caso semelhante ao dos tornos mecânicos, em que o conhecimento

do operador é ―internalizado‖ na máquina-ferramenta por meio de um programa,

gerado autonomamente ou na atividade de projeto da peça. A montagem de placas

eletrônicas, necessariamente automática por causa das minúsculas dimensões

manuseadas, obedece a programas gerados durante o projeto dessas placas.

A multiplicação dos exemplos leva sempre ao fato de que,

independentemente da natureza do processo ou do produto, o conhecimento está

―embutido‖ no sistema de controle automático e seus dispositivos. Isso é

particularmente importante na elaboração de políticas de atração de investimentos

produtivos, pois o fomento também às atividades de engenharia de produtos ou

processos associados a esses investimentos é o primeiro passo no sentido do seu

―enraizamento‖.

Page 55: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

33

Sob outra óptica, pode-se argumentar que a implantação e a manutenção de

um processo automatizado geram grandes necessidades de emprego, embora com

um grau de qualificação superior ao do trabalho substituído (portanto, salários mais

altos). Os efeitos concretos dessas mudanças são de difícil diagnostico em curto

prazo. Entretanto, há que se perguntar qual a possibilidade de um trabalhador

substituído pela automação vir a ser empregado no novo processo, uma vez que

isso pode significar uma mudança completa em sua atividade original.

Page 56: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

34

3. Automação

3.1. Contextualização

3.1.1. Conceito de Automação

Por automação entende-a capacidade de se executar comandos, obter

medidas, regular parâmetros e controlar funções automaticamente, sem a

intervenção humana. Automação também é sinônimo de integração, ou seja, da

função mais simples a mais complexa existe um ou mais sistemas que permitem que

um dispositivo seja controlado de modo inteligente, tanto individualmente quanto em

conjunto, visando alcançar um maior conforto, informação e segurança (PINHEIRO,

2008).

Assim, automação é todo processo que realize tarefas e atividades de forma

autônoma ou auxilie o homem em suas tarefas do dia-a-dia. As antigas rodas

d‘água, pilões e moinhos são consideradas sistemas automatizados. Com o advento

das máquinas, principalmente após a chegada da máquina a vapor, a automação se

estabelecia dentro das indústrias, e como consequência imediata ocorria a elevação

da produtividade e qualidade dos produtos e serviços. Ainda assim, a automação era

muito dependente do homem, pois havia máquinas automáticas espalhadas pelas

fábricas, mas sem integração entre elas.

Sob um ponto de vista mais abrangente, automação pode ser definida como a

integração de conhecimentos substituindo a observação, esforços e decisões

humanas por dispositivos - mecânicos, elétricos, eletrônicos, entre outras, e

softwares concebidos por meio de especificações funcionais e tecnológicas, com uso

de metodologias. A Figura 2 ilustra esse conceito por meio da interdisciplinaridade

de áreas afins.

Um sistema automatizado é composto por cinco elementos:

a) Acionamento: provê ao sistema energia para atingir determinado objetivo.

Ex: Motores, Pistões hidráulicos, entre outros;

b) Sensoriamento: mede o desempenho do sistema de automação ou uma

propriedade particular de alguns de seus componentes;

Page 57: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

35

c) Controle: Utiliza as informações dos sensores para regular e controlar os

dispositivos. Ex: para acionar motores, válvulas, entre outros;

d) Comparador: elemento que permite comparar valores medidos com

valores pré-estabelecidos e que servem para a tomada de decisão de

quando e como atuar. Ex: termostato e os sistemas de software; e

e) Programas ou Softwares: contêm as informações de processo e

permitem controlar as interações entre os diversos componentes.

AutomaçãoComputação

Sistemas

de Controle

Mecânica

Eletrônica

Modelagem, análise

e simulação.

Execução de algoritmosde controle.

Impõem o comportamento desejado ao sistema.

Parte ‘física’ do sistema.

Diversas funções:

- Processamento de sinais.

- Controle analógico.

Figura 2 - Conceito abrangente de Automação.

Fonte: Rosário, 2004.

A Figura 3 ilustra esse conceito por meio da interdisciplinaridade de áreas

afins, enquanto a Figura 4 ilustra os mesmos conceitos baseando-se em cinco

elementos-chave descritos como um pentágono da automação: modelagem de

sistemas, atuadores e sensores, sinais e sistemas, sistemas lógicos, computadores

e redes de comunicação e finalmente software e sistemas de aquisição de dados.

Page 58: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

36

Figura 3 - Extensão do Conceito de Automação por meio de cinco elementos chaves.

Fonte: Festo Didactic GmbH & Co, Ktistakis, 2006.

No caso especifico do segmento de Automação Industrial, ela pode ser

desdobrada em planejamento, projeto e produção. Um conceito estendido de

automação está relacionado com seus diferentes níveis dentro de um processo

automatizado.

a) Níveis de Automação.

Page 59: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

37

b) Sistemas de Comunicação em Automação.

Figura 4 - Conceito Estendido de Automação.

Fonte: Festo Didactic GmbH & Co, Ktistakis, 2006.

Estes níveis, ilustrados nas Figuras 4a e 4b, podem ser classificados em:

Nível 1: Chão de Fábrica constituído de sensores e atuadores Industriais;

Nível 2: Equipamentos e Máquinas Industriais;

Nível 3: Gerenciamento: Servidores e Estações de Trabalhos;

Nível 4: Células Integradas de Automação da Manufatura;

Nível 5: Controle de Processos Industriais; e

Nível 6: Gestão e Gerenciamento da Produção Industrial.

3.1.2. Integração da Automação

A integração da automação na prática nasceu durante os anos 20, quando

Henry Ford criou a linha de montagem do modelo T, a fim de aumentar a

produtividade, reduzir os custos de produção e garantir a segurança dos operadores

na realização de tarefas perigosas. Desde então tem se desenvolvido com

crescimento exponencial, assim como todo o setor tecnológico, saindo do setor

industrial para ocupar lugar em praticamente todos os ramos de atuação, desde o

agronegócio até a medicina, passando pela automação comercial, predial e

administração de serviços.

Page 60: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

38

Atualmente, não só a produtividade e a redução de custos são os objetivos da

automação. Com mercados cada vez mais competitivos, as pessoas têm cada vez

menos tempo para as tarefas do dia-a-dia e, aos poucos, a automação passou a ser

utilizada para facilitar ou mesmo realizar por si só tais tarefas. Pode-se dizer,

portanto, que a automação hoje em dia tem também a função de prover conforto a

seus usuários: um bom exemplo disso é o comércio eletrônico, que permite a

compra de uma grande variedade de itens sem precisar sair de casa. Por outro lado,

a violência é uma preocupação constante de qualquer pessoa que viva em grandes

centros ou áreas remotas, sendo assim, sistemas automatizados que provêem

segurança são cada vez mais comuns. Como exemplo, pode-se citar os sistemas de

alarme ou de vigilância por circuito interno de TV, muitos deles com possibilidade de

transmissão por meio da Internet.

3.1.3. Automação e Novas Tecnologias

Dentro do cenário atual, com o desenvolvimento de novas tecnologias, os

conceitos de automação podem ser ampliados utilizando-se de diferentes

tecnologias e, dentre elas, pode-se vislumbrar o fim do ciclo do silício com a vinda da

bioautomação, biotecnologia, nanotecnologia, comunicações neurais, lógica DNA,

biomateriais, biocomputador, biochip, memória holográfica, proteômica, novos

materiais e TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), que deverão se inserir

cada vez mais no contexto dos projetos em automação.

Assim, pode-se dizer que contextos cada vez mais complexos caracterizarão

o progresso da humanidade, sendo irreversível a aplicação da automação e dos

sistemas de comunicações, em um processo industrial, gerando lucros e

racionalização de mão-de-obra.

3.2. Análise do Setor de Eletrônica para Automação

3.2.1. Cadeia Produtiva

Uma cadeia produtiva pode ser compreendida como um conjunto de etapas

consecutivas, ao longo das quais, os diversos insumos sofrem algum tipo de

transformação, até a constituição de um produto final (bem ou serviço) e sua

colocação no mercado. Para a elaboração da cadeia produtiva é necessário

Page 61: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

39

discorrer sobre cadeia de valor e sistema de valor para melhor compreensão de sua

existência, conforme apresentado no Apêndice I.

3.2.2. Cadeia Produtiva de Eletrônica para Automação

O desenho da cadeia produtiva do setor de Eletrônica para Automação

considerou o modelo das cinco forças de Porter (1992), conforme apresentado na

Figura 5: novos concorrentes no mercado, a rivalidade entre concorrentes

existentes, os produtos ou serviços substitutos, os clientes e os fornecedores. Para

Porter (1992) a vantagem competitiva é constituída pelo valor que o setor/empresa

pode criar para seus compradores e que ultrapassa os custos de produção, criando

oportunidades de negócio.

Figura 5 – Modelo das cinco forças de Porter.

Fonte: Porter, 1992.

A cadeia produtiva do setor de Eletrônica para Automação pode ser

configurada a partir do resultado de análise, das opiniões de profissionais e das

informações referentes ao setor estudado.

Nessa cadeia são identificados os diversos agentes envolvidos, os quais

foram agrupados como: atores principais, atores secundários, contexto que envolve

a cadeia, clientes intermediários e clientes finais. Assim, foram identificados para o

eixo principal da cadeia os seguintes elementos: Necessidade, P, D & I, Produção &

Industrialização, Logística e Mercado, sendo detalhado cada um desses agentes, e

estabelecendo suas relações com os demais elementos dessa cadeia.

Page 62: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

40

Observa-se que para a realização e organização dessa cadeia deve-se contar

com intensa participação de entidades governamentais por meio da definição de

uma política macro e microeconômica de curto, médio e longo prazo. Isto se deve ao

fato de que o setor de Eletrônica para Automação participa das demais cadeias

produtivas existentes na economia brasileira.

A partir da detecção de uma necessidade do mercado, é feito um estudo de

viabilidade técnica e econômica. O contexto que envolve a cadeia refere-se às

influências do ambiente, tecnologias envolvidas, questões sócio-econômicas

relacionadas às políticas impostas pelos governos, federal e estadual, (como

incentivos a exportação), variáveis macroeconômicas, como aumento da taxa de

juros, variações cambiais, linhas de crédito, impactos no meio ambiente e consumo

de energia. Soma-se a esse contexto a presença de itens de infraestrutura física,

meios de transportes, energia elétrica, terrenos e saneamento básico, dentre outros.

DEFINIÇÕES

a) Agentes Decisores (AD): são os elementos da cadeia produtiva que tem a

capacidade de interferir positivamente de modo a alterar seu

funcionamento, definindo os requisitos do produto; e

b) Pontos Críticos (PC): são os elos da cadeia produtiva que apresentam a

característica de interferir negativamente no fluxo produtivo e no fluxo de

conhecimento, provocando gargalos (restrições e/ou descontinuidades).

ATORES SECUNDÁRIOS: Dentre os atores secundários, foram identificados:

a) Governos Federal, Estadual e Municipal;

b) Institutos de capacitação e formação de recursos humanos como as

Universidades, Institutos de Pesquisa e Tecnologias, SEBRAE (Serviço de

Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SENAI (Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial) que oferecem cursos, treinamentos e palestras

para qualificação profissional, e as demais instituições públicas e privadas

de ensino técnico; e

c) Organizações de serviços tecnológicos, que dão apoio a todo o processo,

as organizações de infraestrutura tecnológica, com fornecimento de

equipamentos, os institutos de pesquisa e laboratórios para testes, as

Page 63: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

41

organizações de transporte e logística, as organizações de serviços de

manutenção e por fim as organizações regulamentadoras como o

INMETRO, que definem as diretrizes e critérios para regularizar e certificar

os produtos do setor.

ATORES PRINCIPAIS: Quanto aos atores principais, foram identificados os

fornecedores de insumos primários constituídos pelas indústrias eletroeletrônicas,

plástico, materiais, metal-mecânico e TIC, os quais fornecem para as indústrias de

peças e equipamentos responsáveis pela manufatura de diferentes componentes

que, por sua vez, fornecem para empresas que trabalham com módulos pré-

fabricados ou para empresas produtoras de equipamentos e componentes do setor

eletroeletrônico. Estes, por outro lado, também recebem módulos pré-fabricados das

empresas.

Como clientes de empresas do setor de Eletrônica para Automação foram

identificados três grupos de consumidores potenciais:

a) O primeiro compreende os que trabalham com o produto final, que são os

atacadistas, as lojas de departamentos e supermercados;

b) No segundo grupo estão os revendedores e integradores de serviços que

utilizam esses produtos em aplicações diversas; e

c) O terceiro grupo corresponde a mercados externos, como América

Latina, Europa, África, EUA, que podem comprar o produto ou o serviço.

Para o desenho da cadeia produtiva do setor de Eletrônica para Automação

deve-se considerar:

a) No caso dos atacadistas, eles podem negociar produtos diretamente

com as empresas ou por meio de representação própria;

b) As empresas de integração e serviços responsáveis pela utilização e

integração de equipamentos do setor de Eletrônica para Automação,

constituindo um novo produto com tecnologias e conceitos incorporados

(como por exemplo, Automação Industrial, predial, comercial e bancária);

c) O mercado exterior é tratado pelas indústrias isoladamente ou em

consórcio;

Page 64: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

42

d) As empresas podem fornecer serviços de assistência técnica ou

terceirizar os mesmos, que é uma forte tendência no mercado; e

e) Embora os aspectos sócio-ambientais ainda não sejam incorporados

efetivamente dentro da cadeia produtiva, o mercado apresenta forte

tendência no desenvolvimento de produtos que contemplem esse

aspecto.

Para facilitar a compreensão do leitor desse relatório, a cadeia produtiva do

setor de Eletrônica para Automação apresentada na Figura 8 foi definida a partir da

representação inicial dos fluxos produtivos macro e detalhado do setor de Eletrônica

para Automação, conforme mostra a Figura 6 e a Figura 7. Nestas representações

pode-se observar de modo claro alguns elementos importantes constituintes de uma

cadeia produtiva, dentre eles, o fluxo de conhecimento, agentes decisões, pontos

críticos, e o conceito de cadeia de valor associado à cadeia produtiva.

3.2.2.1. Fluxo Produtivo Macro do Setor de Eletrônica para Automação

A representação do fluxo produtivo macro do setor de Eletrônica para

Automação da Figura 6 é constituída dos seguintes elos (agentes):

Projeto (1);

Aquisição (2);

Logística Interna (Armazenamento) (3);

Fornecimento (4);

Produção e Industrialização (Operações) (5);

Logística Externa (Distribuição) (6);

Marketing e Vendas (7); e

Comprador (8).

Page 65: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

43

FLUXO PRODUTIVO MACRO DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO

Figura 6 - Fluxo Produtivo Macro do Setor de Eletrônica para Automação.

Legenda

Fluxo de produção

SETOR

1

PROJETO

2

AQUISIÇÃO

5

PRODUÇÃO & INDUSTRIALIZAÇÃO

(OPERAÇÕES)

8

COMPRADOR

7

MARKETING E

VENDAS

4

FORNECIMENTO

6

LOGÍSTICA

EXTERNA

(DISTRIBUIÇÃO)

3

LOGÍSTICA INTERNA

(ARMAZENAMENTO)

Page 66: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

44

3.2.2.2. Fluxo Produtivo Detalhado do Setor de Eletrônica para Automação

A representação do fluxo produtivo detalhado do setor de Eletrônica para

Automação da Figura 7 é constituída dos seguintes elos (agentes):

Projeto (1);

Aquisição (2);

Logística Interna (Armazenamento) (3);

Fornecimento (4);

Produção e Industrialização (Operações) (5);

Logística Externa (Distribuição) (6);

Marketing e Vendas (7);

Comprador (8);

Canais de Comercialização (9);

Serviços Pós-Venda (10);

Integração (11);

Necessidade (12); e

Apoio (13).

Page 67: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

45

FLUXO PRODUTIVO DETALHADO DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO

Figura 7 - Fluxo Produtivo detalhado do Setor de Eletrônica para Automação.

Legenda

Fluxo de produção

PC – Pontos Críticos

SETOR

12

NECESSIDADE

- Estudo de Viabilidade: (EVTEC-Técnico-Econômico, Sócio-ambiental)

13

APOIO

- P,D & I

- Impacto Am-biental

- Análise de Mercado

5

PRODUÇÃO & INDUSTRIALIZAÇÃO

(OPERAÇÕES)

8

COMPRADOR

10

SERVICOS

POS-VENDA

11

CANAIS DE

COMERCIALIZACAO

7

MARKETING E

VENDAS

4

FORNECIMENTO

11

INTEGRAÇÃO

6

LOGÍSTICA EXTERNA

(DISTRIBUI-

ÇÃO)

2

AQUISIÇÃO

1

PROJETO

3

LOGÍSTICA INTERNA

(ARMAZENAMENTO)

11

CANAIS DE

COMERCIALIZACAO

9

CANAIS DE

COMERCIALIZAÇÃO

PC

PC

PC

Page 68: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

46

3.2.2.3. Cadeia Produtiva Detalhada do Setor de Eletrônica para Automação

A representação da cadeia produtiva do setor de Eletrônica para Automação

da Figura 8 é constituída dos seguintes elos (agentes):

Projeto (1);

Aquisição (2);

Logística Interna (Armazenamento) (3);

Fornecimento (4);

Produção e Industrialização (Operações) (5);

Logística Externa (Distribuição) (6);

Marketing e Vendas (7);

Comprador (8);

Canais de Comercialização (9);

Serviços Pós-Venda (10);

Integração (11);

Necessidade (12);

Apoio (13);

ICT (Instituições de Ciência e Tecnologia) (14);

Insumos (15);

Setores (16); e

Mercado de Origem (17).

Page 69: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

47

CADEIA PRODUTIVA DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO

Figura 8 - Cadeia Produtiva do Setor de Eletrônica para Automação.

Legenda

Fluxo de produção

Fluxo do conhecimento

PC – Pontos Críticos

SETOR

12

NECESSIDADE

- Estudo de Viabilidade: (EVTEC-Técnico-Econômico, Sócio-ambiental)

13

APOIO

- P, D & I

- Impacto Am-biental

- Análise de Mercado

5

PRODUÇÃO & INDUSTRIALIZAÇÃO

(OPERAÇÕES)

8

COMPRADOR

10

SERVICOS POS-VENDA

7

MARKETING E

VENDAS

11

INTEGRAÇÃO

6

LOGÍSTICA EXTERNA

(DISTRIBUI-

ÇÃO)

2

AQUISIÇÃO

1

PROJETO

3

LOGÍSTICA INTERNA

(ARMAZENAMENTO)

14

ICT

4

FORNECIMENTO

16 SETORES

Eletroeletrônico

Plásticos

Materiais

Metal-mecânico

TIC

Interno

Externo

17 MERCADO DE ORIGEM

15 INSUMOS

Semicondutores TIC

Plástico Metal-mecânico

11

CANAIS DE

COMERCIALIZACAO

11

CANAIS DE

COMERCIALIZACAO

9

CANAIS DE

COMERCIALIZAÇÃO

PC

PC

PC

PC

PC

Page 70: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

48

3.2.2.4. Cadeia Produtiva e Fluxo de Conhecimentos do Setor de Eletrônica para Automação

A representação da cadeia produtiva e o fluxo de conhecimento associado à

mesma, do setor de Eletrônica para Automação da Figura 9 são constituídos dos

seguintes elos (agentes):

Projeto (1);

Aquisição (2);

Logística Interna (Armazenamento) (3);

Fornecimento (4);

Produção e Industrialização (Operações) (5);

Logística Externa (Distribuição) (6);

Marketing e Vendas (7);

Comprador (8);

Canais de Comercialização (9);

Serviços Pós-Venda (10);

Integração (11);

Necessidade (12);

Apoio (13);

ICT (Instituições de Ciência e Tecnologia) (14);

Insumos (15);

Setores (16); e

Mercado de Origem (17).

Aplicação (18);

Dimensões de Apoio (19);

Viabilidade (20);

Tecnologias de Produção (21);

Produto (22);

Bens e Serviços (23);

Tipos de Canais (24);

Dimensões de Logística (25);

RH/Talentos (26);

Normas e Padrões, Certificação (27);

Page 71: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

49

Mercado de Destino (28);

Mercado Nacional (29);

Clientes (30);

Mercado Internacional (31); e

Tipos de Serviço de Pós-Venda (32)

Page 72: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

50

CADEIA PRODUTIVA/FLUXO DE CONHECIMENTOS DO SETOR DE ELETRÔNICA PARA AUTOMAÇÃO

Figura 9 - Cadeia Produtiva / Fluxo de Conhecimentos do Setor de Eletrônica para Automação.

Legenda

Fluxo de produção

Fluxo de produção complementar

Fluxo do conhecimento

PC – Pontos Críticos

AD – Agentes Decisores

PC

12

NECESSIDADE

- Estudo de Viabilidade: (EVTEC-Técnico-Econômico, Sócio-ambiental)

13

APOIO

- P, D & I

- Impacto Am-biental

- Análise de Mercado

5

PRODUÇÃO & INDUSTRIALIZAÇÃO

(OPERAÇÕES)

8

COMPRADOR

10

SERVICOS

POS-VENDA

7

MARKETING E VENDAS

11

INTEGRAÇÃO

6

LOGÍSTICA EXTERNA

(DISTRIBUI-

ÇÃO)

2

AQUISIÇÃO

1

PROJETO

3

LOGÍSTICA INTERNA

(ARMAZENAMENTO)

4

FORNECIMENTO

16 SETORES

Eletroeletrônico

Plásticos

Materiais

Metal-mecânico

TIC

15 INSUMOS

Semicondutores TIC

Plástico Metal-mecânico

11

CANAIS DE

COMERCIALIZACAO

11

CANAIS DE

COMERCIALIZACAO

9

CANAIS DE

COMERCIALIZAÇÃO

20 VIABILIDADE

Financiamento

Tecnologia

Sócio-Econômico

Ambiental

Infraestrutura

20 TECNOLOGIAS

DE APOIO

Processos

Sistemas

Novos Materiais

Mercado

21 TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO

Bens e serviços

Automação

Processos / Controle

Integração de Sistemas

22 PRODUTO

Hardware

Software

Serviços

23 BENS E SERVIÇOS

25 DIMENSÕES DE

LOGÍSTICA

Institucional, Legal, Regulatório, Normativo

Interno

Externo

17 MERCADO

DE ORIGEM

26 RH /

TALENTOS

27 NORMAS E PADRÕES,

CERTIFICAÇÃO

18 APLICAÇÃO

Automação Industrial, Predial,

Comercial e Bancária

Processos / Controle Integrado

de Sistemas

19 DIMENSÕES DE

APOIO

Institucional, Legal, Regulatório, Normativo

Regiões

Estados

29 MERCADO

NACIONAL

Interno

Externo

28 MERCADO

DE DESTINO

30 CLIENTES

Governo (Órgãos e Empresas) e Privado:

Industrial: Automotivo,

Aeronáutico, Plástico, Químico, Petroquímico, Naval, TIC, Têxtil, Couro e Calcados, Elétrico, Geração Transmissão e Distribuição de Energia, Alimentação e Transportes, Cana e Etanol Agronegócio, Saneamento.

Comercial

Predial (Residencial e Corporativo)

Bancário

31 MERCADO

INTERNACIONAL

América Latina, Europa, Ásia, África, EUA

14

ICT

PC

PC

PC

PC

PC

PC

AD

PC

PC

PC

AD

SETOR

INDIRETO (Integrador e Revendedor)

DIRETO (Filiais)

24 TIPOS DE CANAIS

Ciclo de Vida

Política de Trocas

Serviços de Apoio: Assistência Técnica e

Manutenção

Reciclagem

Meio-Ambiental: Tratamento de Resíduos

32 TIPOS DE SERVIÇOS

Page 73: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

51

3.2.2.5. Interface na Cadeia Produtiva

O setor de Eletrônica para Automação apresenta boa articulação interna à

cadeia e com o mercado internacional e doméstico, exceto nas interfaces entre:

Fabricantes de produtos finais e fornecedores nacionais de componentes;

O segmento de informática e os fabricantes de equipamentos industriais,

particularmente os de automação industrial; e

Fabricantes de produtos finais e o mercado exterior.

Dentre as principais necessidades do setor, podem-se destacar:

Implementação de mecanismos de diálogo entre os fabricantes de

produtos finais e os de componentes de modo a retirar as incertezas

quanto à demanda futura e facilitar a capacitação tecnológica do setor, de

modo a atender a demanda com produtos de última geração e com

inovações tecnológicas; e

Revisão do perfil de alíquotas do Imposto de Importação ao longo da

cadeia produtiva no complexo. Atualmente há discrepâncias que

favorecem a importação de produtos acabados e, portanto, inibem o

aporte de mais valor agregado no país.

3.2.2.6. Pontos Críticos e Agentes Decisores na Cadeia Produtiva

Na Figura 10 são apresentados os elos denominados de PC – Pontos

Críticos, que apresentam criticidade em suas relações na cadeia produtiva.

Esses PC são: Serviços Pós-Venda (10), Necessidade (12), Apoio (13), ICT

(14), Setores (16), Tecnologias de apoio (20), RH/Talentos (26), Normas e Padrões,

Certificações (27), Mercado Internacional (31) e Tipos de Serviços (32).

Os elos denominados de AD – Agentes Decisores são aqueles que possuem

a capacidade de modificar o contexto da cadeia produtiva.

Esses AD são: Dimensões de Apoio (19) e Dimensões de Logística

(25).

Page 74: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

52

PONTOS CRÍTICOS E AGENTES DECISORES NA CADEIA PRODUTIVA/CADEIA DE CONHECIMENTOS

Figura 10 – Pontos Críticos e Agentes Decisores na Cadeia Produtiva / Cadeia de Conhecimentos do Setor de Eletrônica para Automação.

Legenda

Fluxo de produção

Fluxo de produção complementar

Fluxo do conhecimento

PC – Pontos Críticos

AD – Agentes Decisores

PC

12

NECESSIDADE

- Estudo de Viabilidade: (EVTEC-Técnico-Econômico, Sócio-ambiental)

13

APOIO

- P, D & I

- Impacto Am-biental

- Análise de Mercado

5

PRODUÇÃO & INDUSTRIALIZAÇÃO

(OPERAÇÕES)

8

COMPRADOR

10

SERVICOS

POS-VENDA

7

MARKETING E VENDAS

11

INTEGRAÇÃO

6

LOGÍSTICA EXTERNA

(DISTRIBUI-

ÇÃO)

2

AQUISIÇÃO

1

PROJETO

3

LOGÍSTICA INTERNA

(ARMAZENAMENTO)

4

FORNECIMENTO

16 SETORES

Eletroeletrônico

Plásticos

Materiais

Metal-mecânico

TIC

15 INSUMOS

Semicondutores TIC

Plástico Metal-mecânico

11

CANAIS DE

COMERCIALIZACAO

11

CANAIS DE

COMERCIALIZACAO

9

CANAIS DE

COMERCIALIZAÇÃO

20 VIABILIDADE

Financiamento

Tecnologia

Sócio-Econômico

Ambiental

Infraestrutura

20 TECNOLOGIAS

DE APOIO

Processos

Sistemas

Novos Materiais

Mercado

21 TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO

Bens e serviços

Automação

Processos / Controle

Integração de Sistemas

22 PRODUTO

Hardware

Software

Serviços

23 BENS E SERVIÇOS

25 DIMENSÕES DE

LOGÍSTICA

Institucional, Legal, Regulatório, Normativo

Interno

Externo

17 MERCADO

DE ORIGEM

26 RH /

TALENTOS

27 NORMAS E PADRÕES,

CERTIFICAÇÃO

18 APLICAÇÃO

Automação Industrial, Predial,

Comercial e Bancária

Processos / Controle Integrado

de Sistemas

19 DIMENSÕES DE

APOIO

Institucional, Legal, Regulatório, Normativo

Regiões

Estados

29 MERCADO

NACIONAL

Interno

Externo

28 MERCADO

DE DESTINO

30 CLIENTES

Governo (Órgãos e Empresas) e Privado:

Industrial: Automotivo,

Aeronáutico, Plástico, Químico, Petroquímico, Naval, TIC, Têxtil, Couro e Calcados, Elétrico, Geração Transmissão e Distribuição de Energia, Alimentação e Transportes, Cana e Etanol Agronegócio, Saneamento.

Comercial

Predial (Residencial e Corporativo)

Bancário

31 MERCADO

INTERNACIONAL

América Latina, Europa, Ásia, África, EUA

14

ICT

PC

PC

PC

PC

PC

PC

AD

PC

PC

PC

AD

SETOR

INDIRETO (Integrador e Revendedor)

DIRETO (Filiais)

24 TIPOS DE CANAIS

Ciclo de Vida

Política de Trocas

Serviços de Apoio: Assistência Técnica e

Manutenção

Reciclagem

Meio-Ambiental: Tratamento de Resíduos

32 TIPOS DE SERVIÇOS

Page 75: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

53

3.2.2.7. Ciclo da Cadeia Produtiva

A cadeia produtiva de um setor, quando equilibrada e funcionando de maneira

harmônica, existe em forma de um ciclo, agregando valor entre os diferentes elos

componentes. No setor de Eletrônica para Automação isso não é diferente e a

Figura 11 apresenta esse ciclo, considerando os elos produtivos e como devem ser

organizados para serem eficientes.

Legenda: Ciclo da cadeia produtiva - Elos da cadeia -

Figura 11 – Ciclo da Cadeia Produtiva.

Necessidade

Pós-Venda

Consumidor

Canais de

Comunicação

Marketing &

Vendas

Logística

Fornecimento

Aquisição

Produção & Industrialização

(Operações) ou

Integração

Projeto

Apoio

Ou Suporte

Page 76: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

54

3.2.2.8. Considerações

A cadeia produtiva do setor de Eletrônica para Automação é bem abrangente

e complexa considerando que este setor participa como ator de todas as cadeias

produtivas de todos os setores da economia brasileira. Assim, nessa cadeia são

identificados diversos agentes, os quais foram agrupados como: atores principais,

atores secundários, contexto que envolve a cadeia, clientes intermediários e clientes

finais. Assim, foram identificados para o eixo principal da cadeia os seguintes

elementos: Necessidade, P, D & I, Produção & Industrialização, Logística e Mercado,

sendo detalhado cada um desses agentes, e estabelecendo suas relações com os

demais elementos dessa cadeia.

Para o desenho da cadeia produtiva deste setor foram consideradas algumas

premissas relativas ao setor atacadista, empresas de integração de tecnologias e

equipamentos, mercado exterior, serviços e aspectos sócio-ambientais, sendo

imprescindível para a realização e organização dessa cadeia a participação de

entidades governamentais por meio da definição de uma política macro e

microeconômica de curto, médio e longo prazo.

Para facilitar a compreensão, a cadeia produtiva do setor de Eletrônica para

Automação foi definida partindo de uma representação inicial dos fluxos produtivos

macro, e detalhado posteriormente. Nessas representações pode-se observar de

modo claro alguns elementos importantes constituintes de uma cadeia produtiva,

dentre eles, o fluxo de conhecimento, agentes decisores, pontos críticos, e o

conceito de cadeia de valor associado à cadeia produtiva.

A partir da detecção de uma necessidade do mercado, é feito um estudo de

viabilidade técnica e econômica. O contexto que envolve a cadeia refere-se às

influências do ambiente, tecnologias envolvidas, questões sócio-econômicas

relacionadas às políticas impostas pelos governos, federal e estadual, (como

incentivos a exportação), variáveis macroeconômicas, como aumento da taxa de

juros, variações cambiais, linhas de crédito, impactos no meio ambiente e consumo

de energia. Soma-se a esse contexto a presença de itens de infraestrutura física,

meios de transportes, energia elétrica, terrenos e saneamento básico, dentre outros.

Page 77: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

55

3.2.3. Política de Desenvolvimento Industrial do Setor

Os objetivos de uma política de desenvolvimento industrial para o segmento

de automação deverão estar voltados para uma Sociedade do Conhecimento,

ampliando a eficiência e a competitividade da empresa nacional, bem como a sua

maior inserção no mercado internacional, criando empregos e elevando a renda,

portanto, produzindo bem-estar para a sociedade. Dentro dessa política, entende-se

por competitividade todo o incentivo para a indústria inovar e diferenciar produtos

para concorrer em um nível mais elevado, mais dinâmico, de maior renda e que

contemple aspectos sociais e a preservação do meio ambiente.

3.2.3.1. Políticas Públicas

As políticas públicas são importantes para a indução e o desenvolvimento

tecnológico e competitivo das indústrias que fornecem produtos para a Tecnologia

da Informação e Comunicação, a saber, os fabricantes de produtos eletrônicos

ligados a componentes, telecomunicações e bens de informática. Essas são áreas

estratégicas para o país, uma vez que são fundamentais para o desenvolvimento de

vários setores da economia. Portanto, o desenvolvimento sustentado dessas áreas

permite menor dependência externa.

O fortalecimento da indústria de componentes no país consolida a fabricação

de bens finais. Esta indústria, principalmente de componentes semicondutores, é

intensiva em capital, mão-de-obra qualificada e precisa de elevados investimentos

em pesquisa, desenvolvimento e inovação. O fornecimento de componentes para as

áreas de informática, telecomunicações, áudio, vídeo e eletrônica embarcada, é

fundamental para o desenvolvimento competitivo de produtos fabricados no país e

para a alavancagem visando o mercado externo.

Pela importância da Automação, os incentivos do governo devem ser comple-

mentares com outros mecanismos de política industrial que levem em conta a

evolução das práticas adotadas em outros países, por meio de estratégias que

contemplem:

Page 78: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

56

a) Linhas de ação horizontais: Inovação e desenvolvimento tecnológico;

inserção externa; modernização industrial e ambiente institucional/aumento

da capacidade produtiva;

b) Opções estratégicas: insumos; software; e bens de capital; e

c) Atividades portadoras de futuro: biotecnologia; nanotecnologia;

biomassa/energias renováveis e reciclabilidade.

3.2.3.2. Poder de Compra do Estado

Nas políticas públicas destaca-se, também, a importância do Poder de

Compra do Estado como um indutor da competitividade e de incentivo às indústrias

instaladas e a tecnologia desenvolvida no país:

As entidades públicas e as empresas de economia mista, nas licitações

nacionais e/ou internacionais por elas realizadas, devem dar preferência a:

Produtos fabricados no país com tecnologia nacional, reconhecidos pela

Secretaria de Política de Informática (SEPIN) do MCT;

Serviços associados aos mesmos produtos; e

Por parte das entidades de fomento, criação de financiamentos

diferenciados com características indutoras à compra de produtos com

tecnologia nacional e serviços associados.

3.2.3.3. Mapa de Rotas Estratégicas da Política Industrial

O atual mapa de rotas estratégicas do setor de Eletrônica para Automação

leva em consideração prioridades, objetivos estratégicos e diretrizes estratégicas

delineadas pelo governo.

3.2.3.3.1. Prioridades

Foco na produção de bens comercializáveis e setores dinâmicos da

economia;

Construção de parcerias entre setor público e setor privado;

Page 79: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

57

Transparência na escolha das linhas de pesquisa com recursos dos

fundos setoriais;

Ênfase para tecnologia industrial básica (metrologia, normatização,

propriedade intelectual e gestão tecnológica);

Difusão de tecnologias maduras e estímulo aos ganhos de eficiência dos

setores;

Estímulo para absorção de novas tecnologias (Nova Agenda de Política

Tecnológica);

Promoção das exportações e redução das barreiras tarifária;

Plano estratégico para exportações (maior número de empresas

exportadoras e novos mercados); e

Diversificação dos mercados, centrada no binômio produto-mercado de

destino.

3.2.3.3.2. Objetivos Estratégicos

Ampliar a eficiência da estrutura produtiva;

Aumentar o volume do comércio exterior;

Elevar a capacidade de inovação das empresas; e

Promover redução das disparidades regionais.

3.2.3.3.3. Diretrizes Estratégicas Governamentais

Promoção do crescimento econômico sustentável;

Melhoria do bem-estar e da distribuição de renda; e

Redução das desigualdades sociais, com políticas focalizadas.

3.2.4. Marcos Regulatórios

Muitas empresas obtêm benefícios através da Lei de Informática (Lei 10.176,

de 11.1.2001), que possibilita a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados

(IPI) devido sobre os produtos de TI incentivados, desde que esses produtos sejam

fabricados no Brasil por empresas que aplicam em P, D & I.

Page 80: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

58

Diversas empresas têm sido contempladas também em editais da

Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, a qual, aplicando recursos de variadas

origens, apóia os investimentos em P, D & I de empresas, tanto internamente quanto

em parceria com instituições científicas e tecnológicas (ICT). Todavia, deve-se

ressaltar que tais benefícios são facultados a qualquer empresa que invista

seriamente nessas atividades, sem discriminação de origem de capital (GUTIERREZ

e PAN, 2008).

Outros importantes recursos para P, D & I no segmento de Automação

Industrial, para empresas e ICTS, provêm de aplicações obrigatórias nessas

atividades por parte de empresas concessionárias e permissionárias de distribuição,

geração e transmissão de energia elétrica, bem como de concessionárias para

exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e/ou gás natural. Nos dois

casos, parte dos recursos é destinada a fundos aplicados pela FINEP e outra parte é

aplicada diretamente pelas concessionárias, internamente ou em parceria com

empresas fornecedoras e ICTS do setor (GUTIERREZ e PAN, 2008).

É importante observar que os benefícios da Lei de Informática não têm sido

suficientes para sensibilizar os fornecedores internacionais, tendo em vista que os

sistemas automáticos de controle industrial são compostos por uma significativa

parcela de serviços e também porque vários dos dispositivos utilizados em tal

sistema, especialmente os medidores, são de natureza eletromecânica, não sendo

abrangidos por aquela lei (GUTIERREZ e PAN, 2008).

3.2.5. Principais Dificuldades do Setor de Eletrônica para Automação

3.2.5.1. Problemas Gerais

O complexo eletroeletrônico e o setor de Eletrônica para Automação

apresentam volume comercial e escala de produção de padrão mundial em diversos

produtos, conforme citado acima. Entretanto, a cadeia produtiva não se acha

plenamente integrada, especialmente quanto à produção de componentes. Por sua

vez, vários segmentos apresentam taxas de crescimento próximas à média da

indústria brasileira.

Para evitar algumas discrepâncias entre as alíquotas de imposto de

importação de insumos e de produtos finais na cadeia produtiva do setor, visando

Page 81: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

59

sempre a maior competitividade para os produtos fabricados no país, sugere-se uma

revisão destas alíquotas.

A aceleração das importações do complexo, embora justificada pela

intensidade e profundidade das transições tecnológicas, causa preocupação devido

ao volume, comparável às importações de combustíveis pelo país, à intensa

concorrência movida por produtores de bens simples e baratos, especialmente da

China, e a lentidão do crescimento das exportações brasileiras.

O complexo eletroeletrônico e o setor de Eletrônica para Automação, como os

demais setores industriais brasileiros, ressentem-se dos encargos, popularmente

denominados de ―Custo Brasil‖.

As legislações que envolvem determinados setores são importantes e até

cruciais para o desenvolvimento do setor no Brasil. A supressão dessas leis, por

exemplo, a Lei de Informática, seria fatal para o setor. A legislação para o

desenvolvimento setorial compensa, em parte, a elevada carga tributária existente

no país.

Os empresários do setor são contrários a mutabilidade das regras que

normatizam as atividades industriais no complexo. Ademais, a alta velocidade de

inovação no complexo, onde o ciclo de produto é inferior a dois anos, aliada à baixa

velocidade de atualização das regras de decisão do governo constituem um óbice

comum a diversos segmentos dentro do setor.

3.2.5.2. Informalidade do Setor

Os produtos industrializados, que procuram atender preferencialmente o

mercado interno apesar da concorrência desleal do mercado informal ou mercado

cinza, hoje, menos que no passado, obtiveram importantes benefícios nos últimos

anos graças à política governamental de desoneração de produtos do setor. É

necessário discutir ainda mecanismos e incentivos complementares para a

consolidação do setor no mercado interno e para que possa atender em escala

crescente o mercado externo.

Para o crescimento efetivo das indústrias de TICs devem-se avaliar diversos

mecanismos para uma diminuição das importações e uma maior atuação dos

fabricantes locais no mercado internacional. A escala produtiva e a baixa tributação

Page 82: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

60

são os marcos da competitividade mundial de produtos eletrônicos, sem o que se

torna muito difícil vislumbrar uma indústria eletrônica no Brasil que não dependa de

incentivos fiscais.

3.2.5.3. Base Produtiva Tecnológica

A implantação no Brasil de uma base tecnológica e produtiva no setor de

Eletrônica para Automação possui forte conteúdo estratégico, na medida em que

amplia a capacitação do país para competir na economia digital. Trata-se ainda de

tecnologia importante para o desenvolvimento de todos os demais setores da

economia brasileira, sendo fundamental para dotar o Brasil de uma menor

dependência externa e dar condições para que o país possa participar do mercado

internacional. O fortalecimento industrial no desenvolvimento de tecnologias e

produtos no setor de Eletrônica para Automação é fundamental para a consolidação

da indústria de bens finais, pois permitirá o domínio da tecnologia dos produtos, e

consequentemente, a capacidade de inovação, e a geração de riqueza.

A utilização de equipamentos de automação no Brasil é considerada muito

baixa em relação ao mercado. Segundo estudo realizado pela ARC (2008), o Brasil

necessita multiplicar em 100 o uso da automação em suas indústrias. Além dos

equipamentos, há graves deficiências no país em gerência e uso de aplicativos de

informática em planejamento e controle da produção.

A agregação de valor e o design local do componente são fundamentais

porque o estágio tecnológico e o desempenho do bem final são definidos pelos

componentes. Consequentemente, o conteúdo tecnológico e a integração são cada

vez mais definidos pelos componentes, além do fato de que a capacidade e

viabilidade de plataformas de exportação com valor agregado aos produtos ficarem

condicionadas à disponibilidade de indústria local.

A indústria de produtos do setor de Eletrônica para Automação é, por

excelência, de cultura mundial, intensiva em investimento de capital e mão-de-obra

qualificada. Além disso, seus altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento

asseguram-lhe a necessária inovação tecnológica. O desenvolvimento industrial

brasileiro no setor de Eletrônica para Automação age de forma a adensar sua cadeia

produtiva contribuindo para a redução do déficit da balança comercial do setor, na

Page 83: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

61

medida em que há substituição de importações para o aumento de exportações de

produtos com maior valor agregado, pois todos os potenciais investimentos no

segmento de componentes necessitam de plantas industriais com escala suficiente

para abastecer o mercado interno e, principalmente, o externo. Esta indústria

exporta de 20% a 70% da sua produção (ARC, 2008).

3.2.5.4. Políticas de incentivos

Os incentivos governamentais para atrair investimentos deve atender às

necessidades específicas das empresas e aos interesses do país, visando otimizar a

sua utilização a partir da:

a) Competitividade das empresas decorrentes das diferentes disponibilidades

dos fatores de produção. Para compensar as deficiências existentes, um

conjunto de ações deveria ser implementado, visando o aperfeiçoamento

das políticas regulatórias e redução da taxa de juros, a ampliação das

linhas de financiamento com taxas compatíveis com as praticadas nos

países mais industrializados e ou países com programas de incentivo para

implantar / desenvolver indústrias competitivas mundialmente, bem como

a adoção de benefícios fiscais que atendam as necessidades do setor e

permitam a sua consolidação; e

b) Estabelecimento de prazos e metas para consolidação do segmento.

Nesse horizonte, necessitar-se-ia do desenvolvimento e capacitação

tecnológicos, de programas destinados a fomentar a pesquisa de apoio à

indústria envolvendo Universidades, Institutos e Centros Tecnológicos, da

criação de novos Institutos especialmente dedicados ao estudo de novas

tecnologias e de projetos em semicondutores, visando o suporte às

empresas atraídas pelo conjunto das ações e incentivos.

3.2.5.5. Problemas Regionais

Tendo em vista a importância do pólo industrial do Amazonas para o

complexo eletroeletrônico, há um delicado equilíbrio entre a produção na Zona

Franca de Manaus e o resto do país.

Page 84: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

62

Os índices efetivos de proteção tarifária visam cobrir o chamado ―custo

Manaus‖, o que implica no fato de que qualquer incentivo fiscal adicional tende a

induzir a migração de fabricantes de outras regiões do país, principalmente Sul e

Sudeste, para a capital amazonense. Por outro lado, qualquer medida que onere os

custos industriais na região (por exemplo, a exigência de maior verticalização da

produção) pode deslocar empresas de Manaus para outros pontos do país, o que

resultaria em maciço em desemprego no Estado. Portanto, o desenvolvimento de

―clusters‖ industriais em Manaus que venham a adquirir crescente competitividade

internacional, é uma dos principais desafios para a região, ao lado do

aprimoramento dos instrumentos e mecanismos de política industrial existente,

representada pelos Processos Produtivos Básicos (PPBs).

A Zona Franca de Manaus (ZFM) deveria se transformar rapidamente em

plataforma de exportação, ainda mais devido ao seu status de ―terceiro país‖ dentro

do Mercosul. É importante que as vendas de insumos e componentes tenham

tratamento equiparado às exportações de modo que os fabricantes localizados no

país possam competir em igualdade de condições com os fornecedores de produtos

importados (desonerados do ―Custo Brasil‖ e muitas vezes subsidiados em seus

países de origem) dentro da Zona Franca de Manaus.

3.2.5.6. Concorrência Internacional

No setor de Eletrônica para Automação, a formação de alianças globais ainda

não é tão aparente quanto a que ocorre em outros setores industriais, como o

automotivo. Nem todos os grandes fabricantes internacionais (global players) têm

unidades industriais no Brasil. Por sua vez, grande parte dos fabricantes que

compõem o complexo são empresas nacionais, sem vínculos muito fortes com

empresas internacionais.

O Japão e a Comunidade Européia, por conta de empresas subsidiárias e

parcerias com fabricantes nacionais, gozam de uma participação importante no

complexo. Os Estados Unidos voltaram a investir de maneira acentuada no Brasil,

visando primordialmente o mercado de telecomunicações e de informática. Já a

Coréia que pretende assumir posição de liderança mundial optou em estabelecer

uma plataforma de produção e exportação no Brasil. Há estudos para que empresas

Page 85: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

63

de Taipei também venham a se integrar aos pólos indústrias existentes no Brasil e

no Mercosul.

Baseado nos dados obtidos no IBGE, ABINEE e outras fontes, observou-se

que a China é um grande concorrente das empresas instaladas no mercado

brasileiro, como já acontece em boa parte do mundo, aonde a indústria eletrônica

alcança taxas anuais de crescimento superiores às do Brasil. Sua estratégia em

atuar globalmente a partir dos produtos mais simples e mais baratos resultou na

eliminação de diversos produtos antes fabricados no país e na redução do valor

agregado local dos produtos ainda fabricados (EMBASSY BRAZIL, 2006).

A concorrência internacional dentro do mercado brasileiro impõe as seguintes

dificuldades às empresas instaladas no Brasil:

A Alta taxa de inovação (as empresas operam com produtos cujo grau de

obsolescência é ao redor de dois anos, especialmente em

telecomunicações e informática) o que impõe altos níveis de importação,

tanto para bens industriais, quanto para uso final;

Os fornecedores estrangeiros oferecem condições de financiamento mais

vantajosas do que as vigentes no mercado brasileiro (disponibilidade de

crédito e taxas de juros extremamente atraentes);

Os fornecedores estrangeiros mais agressivos e de países recém-

industrializados oferecem preços inferiores aos praticados no mercado

internacional.

Page 86: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

64

4. Panorama Atual

4.1. Mercado

4.1.1. Contextualização

O mercado da automação fornece insumos e bens finais para diversos

setores produtivos da economia. As atividades desenvolvidas garantem avanços

tecnológicos para a melhoria da competitividade dos diferentes ramos da indústria,

tais como petroquímica, siderurgia, mineração, automobilística, agroindústria,

alimentícia, têxtil, couro e calçados, comunicações, transportes, entre outros, bem

como para o setor predial, bancário, comercial e de serviços em geral.

A evolução tecnológica do mercado de automação é constante, envolvendo

uma extensa cadeia de atividades que se inicia na pesquisa científica e termina na

entrada em operação da unidade produtiva. Não há duas plantas exatamente iguais

e, portanto, sua automação dificilmente é passível de padronização.

Os sistemas já existentes são diferentes e requerem sempre adaptações para

compatibilizar equipamentos novos com os existentes, aplicativos e infraestrutura de

comunicação. Existe a necessidade de padronização dos sistemas, protocolos de

comunicação e maior disseminação de normas técnicas (Apêndices II e III).

Tudo isso faz com que as atividades relativas à automação de processos

industriais demandem mão-de-obra de elevada qualificação (portanto, maiores

salários), o que confirma que a questão dos baixos salários como variável para

elevar a competitividade das empresas, não é um elemento presente na Indústria de

Automação. Entre essas atividades, podem ser destacadas as seguintes:

a) Concepção e projeto de dispositivos: É a etapa com maior conteúdo de

trabalho criativo, que requer a participação de equipe multidisciplinar

constituída por pessoal especializado das áreas de ciências dos materiais,

computação, engenharia mecânica e elétrica;

b) Elaboração de normas e protocolos de automação;

c) Desenvolvimento de software produto;

d) Elaboração de estratégias de automação e controle. Essas estratégias

são determinadas por atuação conjunta da engenharia de controle e

Page 87: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

65

automação e da engenharia de processo, que conhecem as variáveis

relevantes e suas relações de causa e efeito;

e) Especificação e dimensionamento dos sistemas de instrumentação;

f) Projeto de detalhamento do sistema de automação;

g) Desenvolvimento e implantação de novas técnicas de controle avançado.

Envolve a utilização de sistemas especialistas, programação de MPC

(controlador preditivo multivariável), entre outros;

h) Fabricação de dispositivos de automação;

i) Desenvolvimento da aplicação de software;

j) Projeto da rede industrial. Projeto da rede de comunicação de dados entre

os instrumentos de campo e os equipamentos de controle e supervisão,

com definição da forma de transmissão de dados, de protocolos de

comunicação e dimensionamento e especificação do cabeamento e dos

dispositivos e/ou equipamentos de transmissão e recepção; e

k) Implantação e operação do sistema de automação. Envolve seleção,

aquisição, instalação, adaptação, ajuste, configuração e teste dos

instrumentos, dispositivos, equipamentos e software que constituem a

plataforma de automação, bem como da rede de comunicação de campo,

e a sua integração.

4.1.2. Análise do Macro-Ambiente e do Micro-Ambiente

O Brasil é um país de grande diversidade tanto cultural quanto física e

estrutural, o que permite analisar diversos segmentos de mercado e situações

contrastantes em suas regiões. A Região Sudeste, por exemplo, concentra grande

parte da população e um desenvolvimento industrial destacável quando comparado

ao de outras regiões, com grande movimentação no mercado financeiro, com mão-

de-obra especializada, mas de alto custo. Uma análise desse contexto é primordial

para se estabelecerem metas e programas.

No âmbito do comércio exterior, o Brasil mantém bom relacionamento e

acordos com diversos países e blocos econômicos. É integrante do MERCOSUL,

juntamente com Argentina, Paraguai e Uruguai.

Page 88: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

66

O mercado eletroeletrônico brasileiro é o segmento mais dinâmico, de maior

crescimento e que menos contribui para a erosão dos postos de trabalho nas

indústrias. Em contrapartida, apresenta altos volumes de importação e altos índices

de substituição de produtos fabricados no país por produtos importados.

A análise aprofundada desses cenários será apresentada no decorrer deste

trabalho, para que se possa ter um panorama geral do mercado brasileiro, do ponto

de vista interno e externo.

4.1.3. Mercado Nacional1

4.1.3.1. Oferta no Mercado Nacional

Uma multiplicidade de empresas – cerca de 1.500, de acordo com a ISA

(2007), de portes variados, atuam na oferta de produtos e sistemas para a

automação do controle de processos industriais no país. A caracterização permite

afirmar que: (GUTIERREZ e PAN, 2008).

Empresas internacionais, instaladas no país, são equivalentes a

aproximadamente 30% do total das empresas instaladas, que oferecem

amplo espectro de produtos e soluções completas de automação;

Micro e pequenas empresas integradoras, em muitos casos, formadas por

ex-funcionários de empresas internacionais, que atuam de forma

independente ou associada a fabricantes de equipamentos; e

Pequenas e médias empresas, formadas com capital nacional, que

oferecem um espectro limitado de produtos – hardware e/ou software,

desenvolvidos com tecnologia própria, sendo que raramente oferecem

sistemas completos de automação.

Segundo Gutierrez e Pan (2008), o mercado brasileiro é fortemente

competitivo e dominado por empresas internacionais, líderes mundiais do mercado

de Automação Industrial – ABB, Emerson, GE Fanuc, Honewell, Invensys, Rockwell,

Schneider, Siemens e Yokogawa, além de algumas empresas nacionais que

desenvolveram tecnologias próprias e competitivas dentro do mercado, como é o

1 A redação dos itens 4.1.3.1 até 4.1.4.3 baseia-se fortemente em Gutierrez e Pan (2008).

Page 89: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

67

caso da ALTUS, BCM, COESTER, ECIL, ELIPSE, SENSE, SMAR e WEG, dentre

outras, conforme apresentado no Quadro 2 a seguir.

Quadro 2 - Principais Fabricantes Nacionais Ligados à Automação Industrial.

Empresa Linha de Produtos

Altus CLPs e soluções completas

Atan (Accentury) Provedor de software e soluções completas

BCM CLPs e outros dispositivos de controle

Coester Atuadores de válvulas

Ecil Dispositivos de controle para sistemas elétricos

Elipse Software Supervisores (SCADA)

Novus Dispositivos de controle

Presys Dispositivos de controle

Sense Sensores

Smar Dispositivos de controle e soluções completas

Spin Software Supervisório (SCADA)

Taurus Máquinas de Controle Numérico (CNC)

Trisolutions Provedor de software e soluções completas

WEG Inversores de frequência, dispositivos de controle e proteção e soluções completas em automação

Fonte: Gutierrez e Pan, 2008.

Todas elas estão presentes no país e atuam de forma abrangente,

oferecendo soluções completas – hardware, software e serviços – que incorporam

tecnologias no estado da arte. Atuam tanto diretamente como também por meio de

integradores e representantes comerciais.

A partir do surgimento de protocolos digitais abertos de comunicação, essas

empresas vêm adotando práticas de maior flexibilização na oferta de pacotes de

automação, com a possibilidade de inserção nos seus pacotes de equipamentos e

software de outros fornecedores, favorecendo a solução de integração de

automação. As estratégias dessas empresas não contemplam o desenvolvimento

nem a fabricação local de dispositivos que são importados.

As atividades que realizam no país restringem-se ao desenvolvimento e à

integração das soluções finais (aplicações) para as plantas industriais. A utilização

de mão-de-obra local limita-se às etapas de comercialização e implantação dos

sistemas e produtos nos clientes.

Page 90: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

68

No extremo oposto, identifica-se um grupo de empresas de origem local, na

maioria de pequeno e médio porte, que vêm conseguindo manter-se há anos em um

mercado de forte concorrência, dominado por competidores de potencial técnico e

financeiro muito superior. Tais empresas ofertam produtos inteiramente

desenvolvidos no país com capacitação própria. As empresas mais conhecidas

desse grupo estão identificadas no Quadro 2 anteriormente apresentado.

De maneira geral, essas empresas nacionais possuem um portfólio de

produtos limitado, em função do seu pequeno porte ou de sua origem em outro

setor. À exceção da WEG, pode-se afirmar que o faturamento agregado desse grupo

de empresas não ultrapassa umas poucas centenas de milhões de reais, valor

muitas vezes inferior ao do faturamento de qualquer uma das grandes fornecedoras

internacionais apresentadas anteriormente.

Poucas são as empresas que fornecem um leque amplo de soluções, como

as apresentadas no Quadro 2, competindo diretamente com as grandes marcas

internacionais. Isso leva a uma atuação predominante no mercado de reposição e de

fornecimento de pequenos sistemas ou em nichos particulares, como o das usinas

de açúcar e de álcool.

Segundo Gutierrez e Pan (2008), entretanto, essas empresas têm conseguido

não apenas se manter no mercado interno como também se internacionalizar,

criando bases próprias de comercialização e assistência técnica em vários países. O

efeito de sua atuação sobre a economia, em especial a geração de renda e

empregos altamente qualificados, é radicalmente diverso do das empresas

internacionais, pois dinamizam toda a cadeia de atividades ligadas à automação

dentro do país, sobretudo a estrutura de pesquisa tecnológica e científica.

O percentual da força de trabalho vinculada às atividades de P, D & I de alta

qualificação nessas empresas varia entre 10% e 15% do total, correspondendo a um

investimento anual em P, D & I superior a 5% do faturamento.

Várias dessas empresas têm sido beneficiadas pela Lei de Informática (Lei

10.176, de 11.1.2001), que possibilita a redução do Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI), devido ao incentivo sobre os produtos de TI, desde que

fabricados no Brasil por empresas que aplicam em P, D & I. Diversas empresas têm

sido contempladas também em editais da Financiadora de Estudos e Projetos -

Page 91: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

69

FINEP, a qual, aplicando recursos de variadas origens, apóia os investimentos em P,

D & I de empresas, tanto internamente quanto em parceria com instituições

científicas e tecnológicas (ICT). Todavia, deve-se ressaltar que tais benefícios são

facultados a qualquer empresa que invista seriamente nessas atividades, sem

discriminação de origem de capital.

Como exemplo de investimentos em P, D & I, pode-se citar o caso da

empresa Altus, que, em atendimento a um edital de microeletrônica, em 2005,

encomendou o desenvolvimento de um circuito integrado específico, para integração

a seus CLPs, ao Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada

(CEITEC). Conforme amplamente noticiado pela imprensa, esse trabalho foi

concluído com grande sucesso.

A WEG é outra empresa que tem vários projetos de pesquisa no segmento

de Automação Industrial com várias universidades do país e no exterior. É

importante esclarecer que trabalhos dessa natureza são custeados pelo Estado

brasileiro como forma de mitigar os riscos tecnológicos e financeiros associados ao

projeto, mas sempre cabe à fabricante parceira que irá explorar economicamente os

seus resultados uma contrapartida sob a forma de aporte financeiro ao projeto,

naturalmente proporcional ao porte da empresa.

Outros importantes recursos para P, D & I no segmento de Automação

Industrial, para empresas e ICTS, provêm de aplicações obrigatórias nessas

atividades por parte de empresas concessionárias e permissionárias de distribuição,

geração e transmissão de energia elétrica, bem como de concessionárias para

exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e/ou gás natural. Nos dois

casos, parte dos recursos é destinada a fundos aplicados pela FINEP e outra parte é

aplicada diretamente pelas concessionárias, internamente ou em parceria com

empresas fornecedoras e ICTS do setor.

É importante observar que os benefícios da Lei de Informática não têm sido

suficientes para sensibilizar os fornecedores internacionais, tendo em vista que os

sistemas automáticos de controle industrial são compostos por uma significativa

parcela de serviços e também porque vários dos dispositivos utilizados em tal

sistema, especialmente os medidores, são de natureza eletromecânica, não sendo

abrangidos por aquela lei.

Page 92: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

70

Sobre a participação nos mercados de cada tipo de sistema de controle, tem-

se no Brasil a mesma situação do mercado mundial de SDCDs, liderado

majoritariamente por Emerson, Yokogawa, Honeywell e ABB. Nenhuma das

empresas nacionais fornece SDCDs. No Gráfico 8, pode-se observar a distribuição

de CLPs no mercado brasileiro, destacando-se a presença de um fabricante nacional

com forte presença entre os fabricantes internacionais.

Gráfico 8 - Mercado Nacional de CLP.

Fonte: Empresa do Setor, 2007.

Segundo Gutierrez e Pan (2008), na categoria identificada por Outras Locais,

destacam-se a Atos, a BCM, a Novus, a Smar e a WEG. A empresa Atos, criada há

mais de 30 anos, foi adquirida pela Schneider em agosto de 2007. Esse último fato,

bem como a aquisição da Atan pela Accenture, ocorrida em abril de 2008, são

sintomas da importância que o crescimento do mercado brasileiro de automação

vem adquirindo em âmbito internacional.

Em dezembro de 2008 a WEG foi destacada pela Frost & Sullivan como uma

empresa inovadora na área de controle de processos industriais nos mercados

emergentes.

Cabe observar que a Frost & Sullivan realizou um estudo específico sobre o

mercado brasileiro e mexicano de SDCDs e constatou-se que este mercado tem

perspectivas de atingir US$ 926 milhões em 2012. Em suas conclusões, tal estudo

recomendou a intensificação das atividades comerciais das empresas de automação

Page 93: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

71

industrial nesses países, frisando a necessidade de contratação de profissionais de

engenharia de software experientes para atender melhor aos clientes.

O CNC, por sua vez, chegou a ser fabricado no país na época da reserva de

mercado para informática, que abrangia também equipamentos de eletrônica digital

para controle de processos industriais. Naquela época, houve o desenvolvimento e a

produção de CNCs brasileiros pela Digicon e pela Romi, tradicional fabricante de

máquinas-ferramenta. Entretanto, desde o fim da reserva, o próprio mercado

mundial sofreu significativas mudanças, de forma que atualmente apenas um CNC é

fabricado no país, pela Romi, que o incorpora a algumas de suas máquinas. O

restante do mercado utiliza CNCs importados, principalmente da GE Fanuc e da

Siemens. Também não existe fabricação local de robôs, que são fornecidos ao

mercado por meio de importação.

Atualmente, CNCs são fabricados localmente pela MCS e a WEG fabrica os

servoacionamentos aplicados em máquinas-ferramenta.

4.1.3.2. Demanda do Mercado Nacional

A demanda por recursos de automação industrial pode ser segmentada,

segundo os seus objetivos, em reposição de dispositivos e produtos antigos,

modernização e expansão de linhas existentes e implantação de projetos totalmente

novos. De forma geral, os projetos de modernização são aqueles que apresentam

maior demanda por serviços de integração, função da necessidade de adaptação

dos recursos mais modernos, baseados em tecnologias digitais, aos sistemas

legados, normalmente baseados em tecnologias antigas, como pneumáticas e

analógicas.

Dadas as diferenças entre os competidores acima mostradas, são as

empresas multinacionais dominantes que normalmente fornecem os principais

pacotes de automação, ou seja, são elas as responsáveis pela totalidade do

fornecimento da solução de automação das grandes plantas industriais. Isso é

verdadeiro tanto para os novos projetos quanto para os projetos de modernização de

unidades completas de plantas já existentes.

Nesse caso, a participação de qualquer outro fornecedor, na qualidade de

subcontratado, é eventual, e ocorre caso haja uma exigência do cliente, ou pelo uso

Page 94: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

72

de um produto em particular, ou pela redução de custo em um dado dispositivo. Isso

porque nem sempre o fornecedor do pacote dispõe entre seus produtos de

dispositivos que atendam à totalidade dos requisitos especificados, inclusive a

relação custo/benefício.

Uma vez que não existe produção local de dispositivos nem de software por

parte das grandes fornecedoras internacionais, cada um desses projetos é

basicamente atendido por importação, sendo muito baixa no país a geração de

empregos associada. No entanto, o caso é mais grave quando se trata de plantas

industriais novas, pois, dependendo do grau de dependência tecnológica do

investidor brasileiro, muitas vezes a venda do pacote de automação é fechada por

acordo entre a empresa licenciadora da tecnologia do processo e a empresa

fornecedora do sistema de automação, sem qualquer possibilidade de abertura do

fornecimento a terceiros.

Por outro lado, o pequeno porte das fornecedoras locais de automação para

controle de processos e a indisponibilidade de produtos como o SDCD não permitem

a sua participação na liderança de grandes negócios.

Os fornecimentos de reposição ou de sistemas de pequeno ou médio porte ou

ainda com características de nicho, que muitas vezes não interessam às empresas

dominantes, são atendidos pelas ofertas independentes: integradoras, fabricantes de

dispositivos e desenvolvedores de software. Entretanto, eventuais parcerias para

fornecimento de pequenos pacotes fazem-se necessárias, tendo em vista limitações

do portfólio de produtos.

4.1.4. Mercado Internacional

4.1.4.1. Evolução do Comércio Internacional

O setor de Eletrônica para Automação é constituído, predominantemente, por

médias e grandes empresas. É um segmento que apresenta como característica

básica o uso intensivo de inovações tecnológicas e de insumos como o silício, base

constante do processo produtivo, mas com um grau de dependência de exportações

muito forte. Isto se deve ao fato do Brasil não possuir empresas fabricantes de peças

e outros materiais relacionados aos eletroeletrônicos para atender a demanda dos

Page 95: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

73

grandes setores industriais do próprio segmento e de outros segmentos que

dependem de automação industrial, peças, componentes e materiais diversos.

O setor eletroeletrônico e outras empresas que utilizam componentes e

equipamentos diversos dependem do mercado internacional, que apresenta

constante ascensão, mas pode acarretar um desequilíbrio importante da balança

comercial.

Um dos principais objetivos deste estudo é de apresentar o Brasil em sua

estrutura física, cultural e econômica, apresentando análises de oportunidades para

o setor de Eletrônica para Automação e alguns pontos fracos deste mercado, como

por exemplo, dependência atual de importações.

4.1.4.2. Mercado Mundial - Oferta

Os primeiros SDCDs chegaram ao mercado em 1975 pelas mãos da

Honeywell, Yokogawa e Bristol, incorporada pela Emerson, mais tarde seguidas pela

Bailey (incorporada pela ABB) e Foxboro, hoje, do grupo Invensys. Na década

seguinte, começaram a ser utilizados alguns padrões de TI (Tecnologia da

Informação), como o sistema operacional UNIX, o protocolo TCP/IP e as redes

Ethernet, embora de forma ainda restrita. Datam dessa época, também, as primeiras

tentativas de integração de CLPs e SDCDs.

Pressões de mercado marcaram os anos 1990, fazendo com que fosse

adotada a interface Windows e, principalmente, a padronização do barramento de

campo, com a consolidação dos protocolos FF e Profibus. Novos produtos surgiram

no mercado nessa época, fazendo uso de barramento de campo, trazidos pela ABB,

Emerson, Siemens e Yamatake.

Intensivo em hardware, quase todo proprietário, o SDCD sentiu fortemente o

impacto do lançamento no mercado de componentes eletrônicos padronizados,

como microprocessadores e microcontroladores da Intel e Motorola, tornando

insustentável manter os altos preços dos sistemas, como havia sido a prática até

então.

Tal disponibilidade de componentes, somada ao crescimento da capacidade

de processamento e de comunicação de outros dispositivos de controle, propiciou

que fabricantes de CLPs usassem sua experiência para ingressar no mercado de

Page 96: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

74

SDCDs, caso da Rockwell e da Schneider. Em resposta, os tradicionais fabricantes

de SDCDs lançaram novas gerações de produtos, consolidando a tendência de

combinar os conceitos e as funcionalidades do CLP e do SDCD.

Os fornecedores de SDCD resolveram também mudar de estratégia.

Verificaram que o mercado de hardware nos países centrais estava alcançando a

saturação. A maior parte dos sistemas havia sido instalada nas décadas de 1970 e

1980, e o longo tempo de vida dos sistemas, algo em torno de quinze a vinte anos,

apontava para um mercado de reposição no Primeiro Mundo.

Um grande novo mercado surgia nas regiões de maior crescimento industrial:

China, América Latina e Leste Europeu. Por outro lado, a padronização possibilitou a

entrada no mercado de hardware de um grande número de empresas menores,

além desse mercado estar sujeito à forte concorrência com a fabricação asiática,

especialmente da China.

Assim, os fornecedores de SDCD iniciaram a transição para um modelo de

negócios baseado em software e serviços, expandindo seu portfólio com a oferta de

novas ferramentas e funcionalidades.

Tais fornecedores estão, cada vez mais, consolidando suas operações e

assumindo o papel de integradores, responsáveis únicos por todo um sistema de

automação do controle de um projeto.

Quanto ao CLP, foi lançado pela Modicon (incorporada à Schneider) durante

os anos 1970, embora tenha ganhado maior projeção somente durante a década

seguinte. A partir daí, o seu crescimento fez com que, atualmente, um grande

número de processos industriais fizesse uso de CLPs, especialmente aqueles que

não necessitavam de uma solução proprietária ou que, por outro lado, requeiram alta

flexibilidade. A possibilidade de conexão de IHM e de comunicação em rede com

protocolos padronizados ampliou sua utilização também em SDCDs e sistemas

SCADA. Alguns fornecedores de SDCD lançaram seus próprios modelos de CLP.

Além da Schneider, são tradicionais fornecedores de CLP a Allen-Bradley

(incorporada pela Rockwell), a ABB, a Honeywell, a Omron e a General Electric, hoje

associada à japonesa Fanuc.

Page 97: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

75

Na exposição acima, verifica-se a ocorrência de um intenso processo de

consolidação no segmento nos últimos anos. Diversos tradicionais fornecedores são

agora marcas de corporações multinacionais que ostentam grandes portfólios de

produtos e soluções integradas, uma vez que há superposição e complementaridade

entre soluções SDCD, CLP e SCADA, esta última normalmente referida como

software. Assim, podem ser citados como expoentes atuais no mercado mundial de

controle de processos industriais os seguintes ABB (fusão entre Asea e Brown-

Boveri, incorporou a Bailey);

Emerson (incorporou a Bristol, a Fisher e a Rosemount);

GE-Fanuc (joint venture entre as empresas General Electric e Fanuc, japonesa);

Honeywell;

Invensys (incorporou a Foxboro);

Rockwell (incorporou a Allen-Bradley);

Schneider (incorporou Modicon e Telemecanique);

Siemens; e

Yokogawa.

Os investimentos em P, D & I dessas empresas são elevados, equivalendo a

parcelas significativas do seu faturamento. A Tabela 2 apresenta alguns dados sobre

as empresas relativas ao ano de 2007, fornecendo um panorama de seu potencial

competitivo.

Page 98: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

76

Tabela 2 - Faturamento dos Principais Fabricantes Internacionais Ligados à Automação Industrial.

Empresa Faturamento (US$ Bilhões)

% Faturamento (Automação Industrial)

Dispêndios em P, D & I

(% Faturamento Total)

ABB 29,2 27,0 3,9

Emerson 22,0 45,0 1,8

GE Fanuc n.d. n.d. n.d.

Honeywell 34,1 36,6 4,2

Invensys 5,1 45,2 2,8

Rockwell 5,0 100,0 2,4

Schneider 25,5 28,5 2,4

Siemens 102,0 22,9 4,9

Yokogawa 5,0 100,0 7,0

Fonte: INTECH, 2008.

Nos mercados de cada tipo de sistema de controle, existe ainda o predomínio

de um grupo ou outro de empresas, certamente por causa da origem e do histórico

de atuação. Assim, o mercado de SDCDs é liderado por Emerson, Yokogawa,

Honeywell e ABB. Já o mercado de CLPs é liderado pela Siemens e pela Rockwell.

4.1.4.3. Mercado Mundial - Demanda

Segundo Gutierrez e Pan (2008), John Pfeiffer em artigo publicado na revista

InTech, de fevereiro de 2005, estima que o faturamento total naquele ano do

segmento de controle industrial no mundo em termos de equipamentos, sistemas e

serviços foi da ordem de US$ 99 bilhões. Já os serviços de integração de sistemas

para este mesmo ano, segundo a Control Systems Integrators Association (CSIA),

atingiram o montante de US$ 20 bilhões.

Em 2007, de acordo com a consultoria ARC Advisory Group, as vendas de

automação no mundo ultrapassaram US$ 50 bilhões, sendo US$ 32 bilhões para a

automação de processos contínuos e US$ 18 bilhões para a automação de

processos discretos. Quanto às perspectivas, a empresa projeta um crescimento

para o setor, até o ano de 2011, de 9,6% a.a. para a automação de processos e de

6,8% a.a. para a automação discreta.

Assim, apesar da carência de dados consolidados e publicamente

disponibilizados, é possível estimar que o volume total de faturamento envolvendo a

Page 99: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

77

cadeia de automação industrial no mundo se situa entre US$ 70 bilhões e US$ 100

bilhões, com perspectivas otimistas de crescimento.

Já o mercado mundial de CLPs, ainda segundo a ARC, alcançou US$ 9

bilhões em 2007, sendo esperado um crescimento anual até 2012 de 6,5% a.a. É

interessante observar que esse crescimento é puxado pelos países emergentes,

principalmente os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e os do Leste Europeu

(GUTIERREZ e PAN, 2008). Observa-se que as estimativas acima foram realizadas

antes da crise que se iniciou em setembro de 2008 e estender-se-á, ao menos, por

este ano de 2009. Entende-se que as previsões para 2011 e 2012 poderão ser

afetadas.

4.1.5. Efeitos da Globalização do Mercado

A globalização do mercado de eletrônica para automação vem trazendo

importantes mudanças o, dentre elas:

Processo intenso e crescente de aquisições e fusões no complexo

eletroeletrônico como aconteceu com alguns protagonistas como a

Whirlpool, Electrolux, SEB e a General Electric;

A globalização também está causando o aporte de novos investimentos;

As ações propostas para o complexo deverão incrementar os

investimentos explícitos sensivelmente em curto prazo;

Melhoria da produtividade no complexo é uma das mais acentuadas no

cenário industrial brasileiro e mundial;

Melhoria da qualidade. O complexo apresenta a maior população de

empresas certificadas dentro do setor;

A atualização tecnológica dos produtos fabricados no país alcançou

praticamente a dos países líderes, com investimentos cada vez maiores

em P, D & I; e

Os preços dos produtos da área de automação variaram menos do que o

restante da indústria, apresentando estabilidade ao longo do ano passado.

Page 100: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

78

4.1.6. Análise do Mercado da Indústria de Automação

A seguir serão apresentadas informações relevantes para análise do Mercado

de Indústria de Automação, classificadas dentro dos segmentos de Automação

Industrial, Predial, Comercial e Bancária.

4.1.6.1. Segmento de Automação Industrial

Na Tabela 3 é apresentada uma análise de mercado do segmento de

Automação Industrial, sendo apresentados, os principais produtos, informações da

disponibilidade de tecnologias no Brasil, e informações de faturamento no mercado

nacional e mundial. Outra informação importante de análise é o mercado mundial de

controladores programáveis desse segmento, conforme mostra a Tabela 4.

É importante destacar que o segmento de Automação Industrial no Brasil tem

uma interação muito forte com os setores de Óleo e Gás Natural, sendo importante

dados desses setores na análise de mercado. A Tabela 5 apresenta informações do

Mercado de Integração de Sistemas para os setores de Óleo e Gás Natural, com

previsão de US$ 22,5 bilhões para o período de 2008-2012. A Tabela 6 apresenta

informações do Mercado de Integração de Sistemas para os setores de Óleo e Gás

Natural, onde no plano anterior eram previstos investimentos da ordem de US$ 10

bilhões / ano enquanto o plano atual prevê investimentos da ordem de US$ 12,6

bilhões / ano.

Page 101: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

79

Tabela 3 – Análise de Mercado do Segmento de Automação Industrial.

Produtos para Automação Industrial

Disponibilidade de Tecnologia

no Brasil

Mercado Mundial (Milhões de US$)

Mercado Brasileiro

(Milhões de US$)

Controlador Programável (CP) Sim 10.000 100

Relé Programável Não 600 6

IHMs (Interfaces Homem-Máquina) Sim 1.000 10

Inversores para motores AC Sim 15.000 150

Sistemas de Acionamento para motores de máquinas operatrizes

Não 3.000 30

Fontes de Alimentação Sim 1.600 16

CNC (Controle Numérico) Não 5.000 50

Sistemas de Sincronismo e Power Quality

Sim 2.000 20

CCMi (Centros de Controle de Motores Inteligentes)

Sim 25.000 250

Sensores Máquinas Sim 1.000 10

Instrumentação Industrial Sim 5.000 50

Acionamentos de válvulas Industriais Sim 7.000 70

Controladores de Segurança (SIL) Não 1.000 10

Controladores de Área Classificada (EX)

Sim 1.000 10

Software Supervisão (SCADA) Sim 3.000 30

Redes Industriais e equipamentos relacionados

Sim 1.500 15

Dispositivos Robóticos Não 200.000 200

SDCD Não 300.000 300

Equipamentos para condicionamento de energia

Sim 30.000 30

Remotas Área Elétrica - IEC61850 Não 2.000 20

RVs e RTs Sim 4.000 40

Relés para Proteção Elétrica Não 5.000 50

Total - 623.700 1.467

Fonte: ABINEE, 2009.

Page 102: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

80

Tabela 4 - Segmentos do Mercado Mundial de CPs.

Segmentos do Mercado Mundial de CPs

2006 (Milhões de

US$) Percentual

Projeção 2011 (Milhões de

US$) Percentual CAGR

Cimento e Vidro 84,6 1% 111,1 0,90% 5,60%

Químico 382,8 4,60% 514,7 4,30% 6,10%

Energia Elétrica 369,1 4,40% 570,5 4,80% 9,10%

Alimentos e Bebidas não alcoólicas

981,9 11,80% 1.429,40 12,10% 7,80%

Metal e Mineração 232,3 2,80% 369,1 3,10% 11,70%

Óleo e Gás 208,8 2,50% 363 3,10% 9,70%

Farmacêutico 371,2 4,50% 535,4 4,50% 7,60%

Papel e Celulose 269,7 3,20% 355,9 3% 5,70%

Refino 4,5 8,90% 5,4 9,90% 5,60%

Água e Esgoto 501 6,00% 803,2 6,80% 9,90%

Automotivo 1.305,40 15,70% 1.698,10 14,30% 5,40%

Automação Predial 276,3 3,30% 423,2 3,60% 8,90%

Elétrico 278 3,30% 346,4 2,90% 4,50%

Eletrônico 648,2 7,80% 863,3 7,30% 5,90%

Metalúrgico 559,6 6,70% 766,7 6,50% 6,50%

Fabricante de Máquinas 1.016,80 12,20% 1.557,30 13,20% 8,90%

Outros 764,2 9,20% 1.021,00 8,60% 6%

Total * 8.340,40 100% 11.834,00 100% 7,30%

Fonte: Relatório ARC, 2007.

Observação: * O valor de US$ 8340.40 milhões refere-se à venda de equipamentos (aproximadamente US$ 5.500 milhões) acrescida de pequenos serviços associados.

Page 103: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

81

Tabela 5 – Segmento de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas – Óleo & Gás.

Valores em US$ Bilhões

Segmento de Negócio Petrobras Petrobras Diferença

2007-2011 2008-2012 (%)

E&P 49.3 65.1 32%

RTC 21.9 (*)

29.6 35%

G&E 7.3 (*)

6.7 -8%

Petroquímica 3.3 4.3 30%

Distribuição 2.3 2.6 13%

Biocombustível 1.2 1.5 25%

Corporativo 1.8 2.5 39%

Total 87.1 112.4 29%

Fonte: ABINEE, 2009.

(*) No plano 2007-2011 contemplava investimentos em biocombustíveis.

Tabela 6 – Área de Negócio: Mercado de Integração de Sistemas – Óleo & Gás.

Valores em US$ Bilhões

Área de Negócio

Investimento Doméstico

Colocação no Mercado Nacional

Conteúdo Nacional

2008-2012 2008-2012 (%)

E&P 54.6 29.5 54%

Abastecimento 31.4 24.3 77%

G&E 6.6 5.0 76%

Distribuição 2.5 2.4 100%

Áreas Corporativas 2.3 1.9 80%

Total 97.4 63.1 65%

Fonte: ABINEE, 2009.

4.1.6.2. Segmento de Automação Predial

Os projetos de automação predial e empresarial valorizam o estilo de vida do

individuo e proporcionam maior conforto e comodidade. Aliando tecnologia na

fronteira do conhecimento com a automatização de sistemas, a automação

Page 104: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

82

residencial pode superar as expectativas na elaboração de projetos especiais

personalizados de acordo com a necessidade de cada pessoa.

O impacto do segmento de Automação Predial no mercado pode ser

considerado ainda recente no Brasil e muito ligado ao setor de serviços, com um

número reduzido de empresas nacionais associadas, com poucos valores

divulgados para uma análise de mercado, mas em crescente e forte evolução.

Como acontece com qualquer processo de inovação tecnológica, a

concepção, produção e operação dos sistemas de automação predial, ainda se

ressente de profissionais adequadamente formados e de regras e práticas claras nas

relações projetista-cliente e fabricante-cliente. Os compradores estão cada vez mais

exigentes e exigindo qualidades dos produtos. Em geral, os sistemas vendidos na

maior parte dos edifícios de escritórios têm muito mais marketing do que eficiência e

utilidade.

Os profissionais que atuam em projeto e manutenção de sistemas, por

inexistência de cursos de formação específica – que deveriam integrar

conhecimentos de mecânica, instalações prediais, elétrica, eletrônica e

instrumentação ou são egressos da área comercial das empresas fabricantes com

foco nos aspectos comerciais, ou da área de Automação Industrial com foco nos

aspectos técnicos do problema. Ainda existem muito poucos profissionais que

conseguem aliar os dois aspectos e no Brasil ainda não existe programa de

graduação em gerenciamento de recursos. Como os clientes e profissionais do setor

imobiliário ainda não têm conhecimento ou experiência com projetos de automação,

e como não existe uma preocupação com nas demandas do cliente, o mercado de

projetos e consultoria tem sido predominantemente ocupado por profissionais do

primeiro grupo, que trabalham em parceria com os fabricantes – em geral grandes

empresas multinacionais que se valem da inexistência de regulamentação para

disseminar sistemas fechados, do ponto de vista de operação, consolidando uma

prática semelhante à utilizada pelos fabricantes de elevadores. Na maioria dos

edifícios ―inteligentes‖, a manutenção dos sistemas de automação acaba sendo

realizada pelo próprio fabricante.

Page 105: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

83

4.1.6.2.1. Benefícios do Mercado

Atualmente a Automação Predial tem ganhado força e garantido seu espaço

nas residências de todo o mundo, onde além dos benefícios usuais, como conforto,

segurança, comunicação e até status. A Automação Predial pode propiciar economia

e sustentabilidade aos utilizadores, tais como:

i. Conservação de Energia: Através da melhor precisão no sistema de

comando com uso da eletrônica e automatização dos procedimentos tem-

se a eliminação de desperdícios. Além disto, rotinas de tarefas e novos

métodos de controle permitem processos mais eficientes;

ii. Conforto Ambiental: A própria otimização das rotinas de controle e o

aumento da precisão do sistema possibilita redução dos tempos

de resposta, o que proporciona a manutenção dos ambientes dentro dos

parâmetros de controle;

iii. Supervisão Predial: Toda sua instalação pode ser resumida na tela de

um computador (on-line), com telas gráficas, alarmes e relatórios emitidos

e/ou arquivados automaticamente. Isto constitui poderosa ferramenta para

diagnose preventiva e corretiva de problemas; e

iv. Confiabilidade: A operação, o controle dos sistemas, a identificação e

visualização de defeitos passam a ser automáticos, ficando independentes

de falha humana.

Por outro lado, instalações automatizadas apresentam inúmeras vantagens

sobre as convencionais, como por exemplo:

i. Flexibilidade: Possibilidade de alteração das características

operacionais de sistemas por mudanças nos softwares, em vez de

correções ou atualizações, tornando possível, alterações substanciais

nas maneiras de funcionamento com baixíssimo ou até nenhum custo;

ii. Dimensões: Compactação dos elementos de comando e acionamento

de sistemas elétricos através do uso da microeletrônica e eletrônica de

potência, valorizando o espaço e sua ocupação, bem como minimizando

possibilidades de interferência física entre as diversas instalações;

Page 106: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

84

iii. Confiabilidade: Menor desgaste dos elementos devido à substituição de

mecanismos eletromecânicos por eletrônicos (estáticos – chaves

estáticas);

iv. Funções Intrínsecas: Reaproveitamento de experiências de mercado e

otimização do tempo de desenvolvimento de soluções, graças à

utilização de soluções pré-formatadas e à facilidade de reuso de métodos

computacionais;

v. Precisão: Sistemas eletrônicos e com feedback (operando em malha

fechada), permitindo maior precisão e confirmação das ações, resultando

em eficiência energética, qualidade do produto final, conforto, entre

outros; e

vi. Supervisão e Gerenciamento Centralizado: Utilização das ferramentas

de teleinformática (interfaces micro processadas, métodos

computacionais e redes de dados) e de processamento distribuído,

proporcionando o total gerenciamento das instalações através de

computadores.

Estes benefícios podem ser vistos principalmente na redução do consumo

doméstico de água tratada e de energia. Já a energia elétrica é mais onerosa para o

consumidor, por isso, a procura por soluções que viabilizem a redução no consumo.

A Tabela 7 apresenta valores de redução de consumo de energia nas diferentes

locais a partir da utilização da automação predial.

Com o desenvolvimento econômico, a demanda energética e hídrica cresce

rapidamente, e muitas vezes mais rapidamente que o crescimento da oferta, o que

pode causar racionamentos de energia e água. Isso demonstra a importância de se

pensar na sustentabilidade de maneira coletiva. Embora a maior parte da água

mundial seja usada na agricultura e indústria, o consumo doméstico não pode ser

desprezado e com sua utilização correta, beneficia-se a sociedade.

Page 107: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

85

Tabela 7 - Redução de energia com aplicação de Automação Predial.

Tipos Percentual

Estoques e Depósitos 60%

Banheiros 50%

Salas de Reuniões e Conferências 50%

Armazéns 40%

Corredores e Halls 30%

Escritórios 30%

Fonte: Canato, 2007.

Como consequência da racionalização de recursos naturais que a automação

predial oferece, tem-se a redução dos impactos ambientais provocados pela

captação de água e geração de energia.

Embora tenha sido demonstrado que a automação residencial sustentável

ainda não atingiu um nível de retorno de investimento aceitável, existem pessoas

dispostas a pagar pela redução do impacto ambiental.

4.1.6.2.2. Tendências do Mercado de Automação Predial

Atualmente, o mercado da automação predial nacional pode ser caracterizado

pelas seguintes tendências:

i. A substituição prematura em função dos modismos e retirada periódica de

componentes do mercado em função de se tornarem obsoletos por sua

falta de compatibilidade com os sistemas em uso – obsolescência

programada – que induz a frequentes e onerosas substituições de todo o

sistema, que em geral é fechado (proprietário). É interessante observar

que na Automação Industrial, observa-se a tendência oposta: os sistemas

são abertos e projetados de modo a garantir a substituição parcial dos

componentes, sem necessidade de substituição do sistema. Em uma

fábrica, um módulo defeituoso é substituído sem que seja necessário parar

linha de montagem e substituir todo o sistema, fiação, etc. Com isso, o

fabricante se obriga a manter peças de reposição para garantir a

Page 108: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

86

continuidade do processo produtivo, garantir sua imagem e fidelizar o

cliente;

ii. O superdimensionamento e inadequação da tecnologia adotada, que faz o

cliente arcar com investimentos extras sem retorno;

iii. A resistência do cliente em aceitar sistemas de detecção com tecnologia

nacional – embora existam empresas que fabricam equipamentos,

integram e projetam, especialmente para Automação Industrial; com a

abertura da economia, estão sendo importados equipamentos não

tropicalizados, pouco robustos para as condições locais, e painéis prontos

e montados sem a preocupação de formação adequada do pessoal de

assistência técnica, acarretando custos adicionais ao cliente;

iv. Processos de especificação inadequados e não adaptados a cada

aplicação. Desatenção aos requisitos de compatibilidade entre os vários

sistemas integrados em um mesmo projeto;

v. Não inserção do projeto de automação predial no projeto de infraestrutura

civil e de arquitetura o que implica em soluções adaptadas de maior custo

e menor funcionalidade;

vi. Descompromisso com a relação custo-benefício e com a solução da

engenharia do problema. Diferentemente da Automação Industrial onde:

Qualquer investimento implica em retorno imediato ao operador da

máquina ou ponto; e

Automatiza-se apenas aquilo que é reconhecidamente prioritário.

vii. Necessidade de melhoria da qualidade dos sistemas de supervisão em

relação às interfaces de usuário, aplicativos de controle para sistemas de

redes; e

viii. As despesas anuais com os custos mensais diretos e indiretos elevados;

4.1.6.2.3. Mercado Atual da Automação Predial

Apesar do mercado da automação predial existente não ser recente no Brasil

(Automação Predial, 2006), necessita ser melhor explorado em todo o seu potencial.

Ele foi e em muitos casos ainda é tratado apenas por suas vertentes — utilidades,

Page 109: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

87

ar-condicionado e segurança. Quando o projeto de automação predial é elaborado

como parte de um projeto novo, facilita-se a implantação e maximiza-se o retorno.

Por exemplo, em países como os Estados Unidos e na Europa, os provedores

de automação fazem a proposição da automação logo no início do projeto e

acompanham o andamento das obras. Esta é uma realidade muito distinta do

mercado brasileiro.

É claro que projetos novos têm instalação mais fácil, mas o grande filão da

automação predial é mesmo o retrofitting (partindo da arquitetura original) e aí a

capacidade do fornecedor se põe à prova – lembrando que são sempre projetos

mais onerosos para o cliente, tornando-se importante o detalhamento do projeto,

dentro do melhor custo x benefício possível. Muitas vezes o cliente quer uma

solução que encarece muito o projeto e o fornecedor precisa ter sensibilidade para já

propor, por exemplo, a estrutura de cabeamento adequada para suportar futuras

expansões.

Os investimentos em automação predial são elevados. Segundo a revista

Automação Industrial, 2006, em um novo projeto, a automação toma de 1% a 2,5%

do valor total do investimento; em um retrofitting, isso pode chegar a 3,5%

facilmente. Esses valores são para um projeto completo de automação, incluindo a

automação, incêndio e segurança – sendo que o controle climático e a segurança

são os itens de maior impacto no custo final.

O retorno não é facilmente mensurável dado que as ações são preventivas

(segurança e incêndio) e no Brasil não existem regras para se automatizar um

edifício, apenas normas de associações internacionais que norteiam padrões a

serem seguidos, como as da ASHRAE (www.ashrae.com) para ar-condicionado. No

Brasil, existem normas para segurança e incêndio, mas ainda muito insipientes. Este

cenário deve mudar já que a ABNT possui comissões permanentes para esta área.

4.1.6.2.4. Aplicações no Mercado Nacional

4.1.6.2.4.1. Soluções Tecnológicas Nacional

Muitas empresas vêm desenvolvendo projetos de automação predial,

utilizando um controlador lógico programável (CLP) para monitorar ambientes de

Page 110: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

88

escritório. Este processo permite transplantar para um edifício comercial a lógica e

os equipamentos adotados na automação industrial e nas plataformas de petróleo

da Petrobras.

4.1.6.2.4.2. Siemens Building Technology - SBT

A Siemens tem atuado em todos os setores, desde edifícios residenciais e de

comércio, a hospitais, aeroportos e indústrias farmacêuticas – nas salas limpas

controladas — privilegiando sempre a integração.

Considerando o potencial deste mercado, a empresa Siemens implementou

desde o ano de 1998, o setor de Building Technology (SBT), com a aquisição do

Grupo Eletrovat, possuindo três divisões que atendem as diferentes vertentes da

Automação Predial: incêndio, segurança & automação e monitoração & alarmes,

com o intuito de oferecer serviços de forma integrada, aumentando o retorno de

maneira global, corporativa e integrada. Os projetos de Automação desta empresa

são elaborados seguindo as normas internacionais, o que limita um pouco o

empreendedor, pelo alto investimento inicial, onde a Siemens confiando na redução

de consumo adota a política de assumir os custos do projeto em troca de cerca de

5% do valor da conta de energia.

A SBT atua em um mercado mundial de cerca de 6 bilhões de Euros por ano

e que responde melhor quando se propõe uma solução mais completa. Por isso a

empresa trabalha com qualquer protocolo (LONTalk, EIB, CEBus, Ethernet, Modbus)

e até seu protocolo proprietário já possui interfaces para trabalhar com os de

mercado. Cada protocolo tem seu lugar no mercado e, como acontece na área

industrial, existem aplicações específicas. Ethernet TCP/IP é a tendência em

protocolo corporativo, mas mesmo em automação predial, a comunicação de

infraestrutura precisa de protocolos mais robustos.

Como exemplo de desafio tecnológico da Siemens, pode ser citada a

automação do Shopping Dom Pedro, localizado em Campinas, SP, pertencente ao

Grupo português Sonae, cliente da Siemens na Europa. Essa empresa pôde colocar

em prática muitos conceitos em que acredita, como por exemplo, trabalhar desde o

projeto em parceria com o empreendedor. Com custo total em torno de R$350

milhões, este Shopping, por suas dimensões, utilizou-se de um sistema com muitos

Page 111: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

89

sensores que, além de monitorar a existência de gases, mantinha uma ventilação

forçada. E os equipamentos podem ser programados para gerar mensagens de

manutenção a serem enviadas para a central ou diretamente para o fabricante. A

integração da parte de automação à segurança e à telefonia tornou-se um

showroom do que a automação predial pode fazer. Existem lá cinco centrais de

detecção e controle de incêndio, ligadas ao sistema de refrigeração e exaustão,

auxiliando no estabelecimento de procedimentos de segurança em situações de

emergência.

Lembra-se que qualquer projeto não deve se encerrar no start-up, mas ter

continuidade em um acompanhamento, mesmo porque no mercado de building são

muitas as alterações na planta inicial.

A responsabilidade técnica sobre os projetos é limitada e restrita à exceção

do projeto técnico com ausência de responsabilidade civil. E mudar esse quadro, ou

seja, estabelecer normas técnicas obrigatórias e leis de responsabilidade civil para

os projetistas é fundamental para aumentar a segurança e, consequentemente,

fortalecer esse mercado.

4.1.6.2.4.3. Controles ofertados / demandados pelo Mercado

A Conexel está se colocando no mercado como um provedor de soluções em

automação industrial e predial o que significa atender de maneira eficiente às

necessidades específicas do projeto do cliente. O LONTALK é um dos protocolos

padrão utilizados pela empresa, mas ela também integra projetos com outros

protocolos como o DALI, específico para a parte elétrica e de iluminação que

possibilita o uso de dimmers em reatores de lâmpadas fluorescentes, adequando a

luminosidade do ambiente ao nível de incidência de luz natural, proporcionando uma

redução do consumo de energia. O Metrô de São Paulo, por exemplo, estuda a

implantação de controle de iluminação tanto pela economia quanto pelo conforto

visual das estações.

O controle da inteligência de um edifício, hotel, hospital ou shopping — da

iluminação, do fluxo de entrada e saída de veículos e pessoas, do ar-condicionado,

do controle de alarme de incêndio, segurança e de utilidades -, tudo pode ser feito

de forma integrada em um aplicativo de software possuindo duas versões para o

Page 112: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

90

controle: PC ou PLC. O primeiro é mais indicado quando o volume de informações é

muito grande, além de ser uma tendência, onde o cliente prefere interfaces

amigáveis, lembrando que a automação predial, quando bem projetada, promove

economias de uso e de instalação.

Há algum tempo não se admitia fazer controle de processo baseado em PC,

porque as máquinas não eram confiáveis. Como todas as tecnologias evoluíram hoje

isso está mais que assegurado, com vantagens como capacidade de

processamento.

Também se constata uma tendência de se utilizar a rede Ethernet, cada vez

mais veloz, confiável e conhecida. Algumas aplicações com essa rede chegam até

as máquinas, ligando o sistema corporativo diretamente ao chão-de-fábrica, que

pode ser transposto para a automação predial, interligando desde o controle de

acesso, monitoração de energia, segurança, até o controle de equipamentos.

Adicionalmente, a utilização de softwares Supervisório pode representar a

integração de todas as aplicações da automação predial, com softwares

desenvolvidos para o cliente, através de produtos de mercado.

Por não precisar de respostas extremamente rápidas como na indústria, as

aplicações prediais - sejam elas para residência, edifício, shopping, hotel ou hospital

- podem se utilizar dos endereçamentos disponíveis na Ethernet através do IP.

E os paralelos da Automação industrial/predial não param por aí, pois existem

muitas aplicações similares: sensores, PCs, PLCs, protocolos, Ethernet, Web. Nessa

última tecnologia, entretanto, ainda que se fale muito em Wi-Fi e ENOcean, a criação

de uma intranet ainda é a solução mais confiável.

4.1.6.2.5. Perspectivas Futuras

Com relação às perspectivas futuras, podem-se contemplar os seguintes

cenários possíveis e paradoxais, com inúmeras variantes:

Um cenário negativo, correspondente à manutenção das práticas atuais e

seu risco de destruir um mercado com grande potencial. Apesar da

crescente consciência por parte dos empresários com a satisfação dos

seus clientes, o número de administradores de condomínio, e de clientes

Page 113: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

91

(investidores e locatários) que desconfia ter comprado edifícios com

sistemas inteligentes pouco operacionais e dispendiosos é grande,

distanciando os fornecedores cada vez mais dos pequenos

empreendimentos – um mercado de varejo com grande potencial se

convenientemente explorado; e

Um cenário otimista, aposta no amadurecimento do mercado,

especialmente, em relação ao custo-benefício dos sistemas inteligentes,

que poderá forçar o mercado de projeto, de instalação e manutenção a

corrigir sua rota, com forte possibilidade de surgir um novo tipo de

profissional ou empresa que conheça e transite em todas as áreas da

engenharia e sistemas prediais, que saiba orientar seu cliente para uma

decisão adequada e compatível com suas necessidades, possibilite

sanear e ampliar o mercado no atacado e no varejo. A possibilidade deste

cenário se consolidar também pode estar relacionada ao aumento da

competitividade decorrente do processo de globalização da economia,

que deverá demandar projetos e sistemas mais operacionais, confiáveis e

abertos, que se espelhem no modelo de automação industrial e permitam

aos clientes a liberdade de escolha.

Com o desenvolvimento de novas tecnologias e com o crescimento da

demanda e produção, os preços dos sistemas de automação predial declinarão,

tornando-se mais acessíveis, e em futuro próximo certamente a automação predial

se tornará não só acessível, mas como também primordial para manter a

sustentabilidade das habitações e escritórios do mundo.

4.1.6.3. Segmento de Automação Comercial

4.1.6.3.1. Características do Mercado de Automação Comercial

O Brasil conta atualmente com vasto processo de automação de

estabelecimentos comerciais, em fase de constante crescimento, com uso cada vez

mais intenso, não somente restrito às grandes cadeias de lojas de bens de consumo

duráveis e supermercados, mas constatado também em pequenos e médios

estabelecimentos.

Page 114: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

92

Segundo a AFRAC – Associação Brasileira de Automação Comercial, este

setor é beneficiado pela legislação brasileira que implementa normas e medidas em

favor da automatização dos estabelecimentos. Em 2008, por exemplo, com a

implantação da Nota Fiscal Paulista, a venda de impressoras fiscais teve aumento

de até 30% em relação ao ano de 2007.

Hoje, o mercado de automação movimenta no Brasil cerca de 1,2 bilhões de

reais, contando com cerca de dois milhões de estabelecimentos que juntos

empregam 25 milhões de pessoas, o mercado varejista e atacadista nacional é um

dos setores que mais deve consumir tecnologia nos próximos anos.

De acordo com a EAN Brasil - Associação Brasileira de Automação,

atualmente a grande maioria dos distribuidores e atacadistas trabalha de forma

automatizada desde a captação de pedidos, separação de cargas, controle do

estoque e compra, sendo o uso do código de barras e da automação muito forte no

setor. Ao mesmo tempo, a automação se tornou ferramenta essencial para o varejo,

possibilitando soluções para seu completo funcionamento, desde reposição de

estoques, informações contábeis até controles fiscais e operacionais.

No campo comercial, a inovação tecnológica está associada com a redução

de custos, agilidade e flexibilidade da produção, desenvolvimento de produtos e

conceitos que atendam às necessidades do mercado consumidor. A inovação

proporciona maior competitividade a uma determinada tecnologia ou descoberta

tecnológica de um produto ou processo, ampliando a sua parcela de mercado, e

agregando lucratividade e valor econômico.

A indústria de alimentos é parceira do varejo no desenvolvimento de soluções

e respostas para o adequado abastecimento e reposição de produtos nos pontos de

venda. A automação vem permitindo atingir um nível superior de qualidade nesse

relacionamento, permitindo um fluxo de produtos constante, sem interrupção e com

permanente aperfeiçoamento de técnicas que objetivam uma maior produtividade e

um menor custo.

As empresas brasileiras têm se mostrado cada vez mais preocupadas com

seu potencial inovador e o ritmo desse processo vem se acelerando, com o número

de estabelecimentos automatizados praticamente dobrando a cada ano. Isto

contribui para o planejamento e o controle das empresas, servindo também como

Page 115: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

93

instrumento de competição por clientes que já preferem os estabelecimentos

automatizados. Além disso, existe a questão fiscal, traduzida basicamente na

necessidade de combate à sonegação, particularmente do ICMS (Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).

A Comissão Técnica Permanente do ICMS (COTEPE), órgão ligado ao

Conselho Nacional de Política Fazendária, aponta para a possibilidade de

automação cada vez maior de estabelecimentos nos próximos anos, o que poderá

gerar negócios da ordem de alguns bilhões de dólares no período.

Como existe capacitação tecnológica e física para a produção de grande

parte das soluções de automação comercial demandadas pelo mercado, tanto em

software quanto em hardware, espera-se um impacto ainda mais positivo na

indústria instalada no país nos próximos anos.

Dentro desse processo torna-se importante sistematizar conhecimentos,

frequentemente muito dispersos sobre o setor, bem como iniciar a discussão de

oportunidades de atuação do BNDES, tanto no apoio à modernização do setor

comercial quanto na consolidação de uma oferta interna de equipamentos e

soluções competitivas e capazes, inclusive, de concorrer no mercado internacional, a

exemplo do que já ocorre com a Indústria de Automação Bancária.

As principais características desse segmento de mercado são apresentadas

no Quadro 3.

Quadro 3 – Segmentos do Mercado da Automação Comercial.

Segmentos do Mercado Características

Fabricantes de Equipamentos

100 empresas; 60% de toda movimentação financeira; Principais Produtos:

Caixas registradoras eletrônicas;

Impressoras;

CPUs, PDVs;

Balanças, Leitores de código de barras.

Desenvolvedores de Software 500 empresas

Fornecedores de Suprimentos 50 empresas; Elo com os fabricantes de Equipamentos.

Prestadores de Serviços 3000 empresas; Responsáveis pela integração, implementação e manutenção dos Sistemas.

Fonte: Fonseca, 2008.

Page 116: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

94

4.1.6.3.2. Potencial de Investimentos no Mercado Interno

Os números do último censo do IBGE apontam a existência de mais de três

milhões de estabelecimentos comerciais no país, cuja distribuição por segmento é

mostrada na Tabela 8, a exemplo do que calcula a Associação Brasileira de

Supermercados – ABRAS para o número de lojas de supermercados (cerca de 80

mil levantados no ano 2006 junto aos seus associados).

Se, isoladamente, esses números espantam pela elevada taxa de

crescimento registrado, comparando-os com o número total de estabelecimentos

constata-se que ainda é muito baixo o nível de automação do comércio no Brasil,

podendo aumentar muito, principalmente nos pequenos estabelecimentos.

À medida que as lojas instalam soluções de automação que envolvem

dispositivos de leitura ótica, a pressão é crescente para que os fornecedores adotem

códigos de barras para identificar seus produtos, estendendo a utilização de

etiquetas magnéticas e tecnologia RFID para identificação e controle de produtos.

Tabela 8 – Estabelecimentos Comerciais no Brasil.

Classes e Gêneros de Comércio Número de

Estabelecimentos Comerciais

Total da Receita

(US$ Milhões)

Produtos farmacêuticos, de perfumaria, odontológicos, da flora medicinal, de limpeza e higiene doméstica, veterinários e químicos de uso na agropecuária e para outros fins

49.435 6.016,29

Ferragens, ferramentas e produtos metalúrgicos, vidros, tintas, madeiras, material de construção, material elétrico e de eletrônica

57.557 11.974,25

Combustíveis e lubrificantes 24.881 16.116,31

Centros de Distribuição, Supermercados e Hipermercados

10.180 20.811,34

Outros 542.479 87.783,14

Comércio Varejista 684.532 142.701,33

Fonte: SEBRAE, 2005.

Page 117: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

95

4.1.6.3.3. Sub-segmentos da Automação Comercial

Dentre os sub-segmentos da Automação Comercial podem-se destacar os

serviços de correio, governo eletrônico através da urna eletrônica, governo eletrônico

através de serviços como a declaração de imposto de renda, delegacia eletrônica,

IPTU, IPVA, etc.

Na automação de serviços do governo podem-se destacar alguns serviços,

dentre eles as urnas eletrônicas, contemplando sua utilização na totalidade dos

municípios e resultados oficiais divulgados em menos de 24h. Segundo pesquisa

realizada pelo IBOPE em 2004, o Brasil liderava o ranking de internautas que

acessam serviços públicos através da WEB com cerca de 35% de utilizadores

(Gráfico 9). Atualmente esses números elevaram consideravelmente.

Gráfico 9 – Porcentagem de Internautas que Acessam Serviços Públicos.

Fonte: IBOPE/NetRatings apud Correio Popular, 29/02/2004.

Na automação postal, um sub-segmento que aproveitou as facilidades da

automação, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) utiliza soluções

turn-key, que envolvem, além das unidades de processamento, balança eletrônica,

leitor óptico, impressora e software. Inicialmente voltadas para agências próprias da

ECT, tais soluções deverão, gradualmente, ser também adquiridas pelas lojas de

franchising.

Page 118: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

96

4.1.6.3.4. Principais Dificuldades para Inserção no Mercado

Segundo a revista INFO (setembro 2007), o investimento inicial mínimo em

automação comercial gira em torno de 240 mil reais, com um retorno de

investimento previsto para aproximadamente três anos. As principais despesas que

deverão ser realizadas por uma empresa até atingir equilíbrio operacional serão as

seguintes:

Equipamentos e licenças de software;

Salários da equipe inicial, encargos trabalhistas;

Aluguel, energia elétrica, acesso à Internet; e

Serviços de contabilidade, divulgação dos produtos.

Além das empresas mencionadas anteriormente, existem ainda outros players

no mercado da Automação que desenvolvem produtos inovadores para competir no

mercado. A grande maioria dele desenvolve soluções sob medida para ―pequenos

negócios‖ do tipo fábrica de doces caseiros, atendimento de restaurantes

automatizado, entre outras.

4.1.6.3.5. Cenário Internacional

O mercado internacional é dominado por algumas grandes empresas que

atuam em nível mundial, como IBM, NCR, Olivetti, Siemens Nixdorf e Unisys, e

fazem da força de suas marcas e do seu fôlego financeiro uma barreira à entrada de

novos participantes. Salta à vista a ausência de empresas asiáticas na liderança do

setor, evidenciando o estágio ainda incipiente da automação comercial, mesmo em

países como o Japão.

A participação de tais empresas no mercado mundial de automação comercial

não é conhecida, ao contrário dos fabricantes de computadores, por exemplo, mas

de qualquer forma trata-se de empresas com faturamento anual da ordem de bilhões

de dólares – no caso da IBM, de US$ 76 bilhões, com lucro líquido de US$ 6 bilhões.

O Brasil está entre os quatro países prioritários nos investimentos da norte-

americana NCR, que, após a cisão da AT&T, que se dividiu em três empresas (uma

de operação de telecomunicações, a AT&T, uma de equipamentos de

telecomunicações, a Lucent, e uma de informática e automação, a NCR), alçou vôo

Page 119: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

97

próprio apoiada na tradição de sua marca. A empresa tem faturamento mundial de

US$ 7 bilhões e está focada em segmentos específicos, como comércio de varejo,

sistema financeiro e computadores. Na área financeira, além de ATMs (com 30% do

mercado mundial) e cash dispensers, oferece equipamentos para automação

comercial, como PDVs leitores de código de barras. Para as empresas de

telecomunicações, fornece servidores e soluções para gerenciamento de clientes e

contas (bilhetagem).

A NCR, além de líder mundial do segmento de data warehouse (grandes

bancos de dados voltados ao marketing e melhor conhecimento do cliente), com

50% de um mercado estimado em US$ 3 bilhões anuais e em grande crescimento, é

fornecedora da maior instalação do gênero em funcionamento do mundo, na rede

varejista Wall Mart, nos Estados Unidos: um banco de dados que ocupa cerca de

oito terabytes em equipamentos com processadores paralelos.

4.1.6.4. Segmento de Automação Bancária

Um sistema de automação bancária é um agregado de hardware e software

que implementa a automação de agências e também os seus alternativos, quais

sejam: call center, home banking e Internet Banking. Nas agências, os sistemas de

automação compõem-se de redes às quais estão ligados vários computadores, além

dos terminais financeiros dos caixas, com seus periféricos específicos, e dos ATMs.

De forma semelhante, os alternativos às agências são redes de computadores às

quais estão conectados equipamentos de atendimento específicos para cada

modalidade alternativa. Decorre daí que um fornecedor de automação bancária é,

antes de tudo, um fornecedor de soluções, onde o software tem um peso muito

expressivo. O hardware utilizado atualmente está baseado em redes de

microcomputadores, que já se tornaram commodities, excetuando-se os

equipamentos especialmente desenvolvidos para aplicações bancárias, dos quais o

mais importante é o ATM.

Dentre os principais objetivos da automação bancária podem-se destacar os

seguintes:

Prover melhores serviços ao cliente em ambiente de agências;

Substituir equipamentos antigos, utilizando nova tecnologia; e

Agregar valor para as Agências e Clientes.

Page 120: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

98

Atendendo esses objetivos, o mercado de Automação Bancária espera

proporcionar ao cliente e ao mercado os seguintes benefícios.

Contribuir para a redução do tempo de fila nas agências.

Aumentar a produtividade;

Melhorar a percepção dos clientes em relação aos serviços bancários;

Reduzir ocorrências de hardware;

Melhorar a desempenho e disponibilidade do equipamento; e

Reduzir custos de manutenção.

4.1.6.4.1. Análise do Mercado

A automação bancária contribui para o processo de concentração dos bancos

que vêm ocorrendo em um ritmo lento, porém constante, confirmando tendência

mundial. O cenário de 2007 evidencia uma queda de 20% do número de bancos

desde o ano de 2000 (FEBRABAN, 2008). A Tabela 9 apresenta informações deste

setor ao longo dos últimos.

Tabela 9 – Números do Setor Bancário.

Período 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Var 2007-

2006

Número de bancos 192 182 167 165 164 161 159 155 -2,5%

Privados nacionais com e sem participação estrangeira

105 95 87 88 88 84 85 n.d. n.d.

Privados estrangeiros e com controle estrangeiro

70 72 65 62 62 63

61 n.d. n.d.

Públicos federais e estaduais

17 15 15 15 14 14 13 n.d. n.d.

Fonte: FEBRABAN, 2008.

A tecnologia que viabiliza a redução sistemática de mão-de-obra no comércio,

originou-se nos bancos. Os ATM (Automatic Teller Machine) ou terminais de

transferência de fundos, os ―caixas eletrônicos‖ e os home banks foram os

precursores das máquinas de ―auto-serviço‖ no comércio, dos terminais de ponto de

vendas ―inteligentes‖ e do comércio eletrônico, via Internet.

Segundo, o IBOPE, NetRatings, no final de 2007, a população de usuários

ativos da Internet com mais de 16 anos era de 40 milhões (FEBRABAN, 2008), onde

o número de clientes pessoas físicas de Internet Banking superou a cifra de 25

Page 121: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

99

milhões de usuários, representando cerca de dois terços dos internautas e um

número ainda mais expressivo se considerarmos que parte da população jovem

ainda não possui conta bancária.

A utilização de meios eletrônicos de pagamentos avança a cada ano. Em

2007, o número de cartões de crédito aumentou cerca de 20%, enquanto o número

de transações com cartões mostrou expansão de 21%, totalizando R$ 183,1 bilhões,

sendo registrado no ultimo ano para cada cartão uma média mensal de duas

transações no valor médio próximo a R$ 80,00. A Tabela 10 apresenta algumas

informações referentes a utilização de meios eletrônicos para o setor bancário

(FEBRABAN, 2008).

Tabela 10 – Banco Eletrônico: Números do Setor.

Período 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Var

2007-2006

Var 2007-2006

Postos Eletrônicos 14453 16748 22428 24367 25595 27405 32776 34790 6% 141%

Clientes Internet Banking (1)

8.3 8.8 9.2 11.7 18.1 26.3 27.3 29.8 9% 259%

Cartões de Crédito (1) 28 35 42 45 53 68 79 93 18% 232%

Nº de Transações com Cartões (2)

0.7 0.8 1.0 1.1 1.4 1.7 2.0 2.4 19% 243%

Valor Total Transações com Cartão (2)

50.4 63.6 73 88 101.3 123 151.2 183.1 21% 263%

Fonte: FEBRABAN, 2008. (1)

Números expressos em milhões (2)

Números expressos em bilhões

Os mercados de Automação Bancária e Comercial até aqui têm sido distintos,

assim como distinta tem sido a sua caracterização. Entretanto, existem relações

cada vez mais intensas entre esses dois tipos de automação, como é o caso, por

exemplo, da transferência automática de fundos realizada nos PDVs das lojas ou da

colocação de ATMs no comércio. Assiste-se, também, à extensão do conceito de

ATM, que, originário da automação bancária, vem gerando terminais de auto-

atendimento para compra de itens em lojas de correio, informações sobre controle

de consultas médicas, saldos de cartões de crediário em cadeias de lojas, entre

outros. Além disso, boa parte dos fornecedores de soluções atua em ambas as

áreas de automação, acrescentando ao seu portfólio de produtos serviços de

assistência técnica, suporte operacional, supervisão e, até, operação.

Page 122: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

100

4.1.6.4.2. Mercado Internacional

O mercado mundial é dominado pelos grandes fornecedores de soluções e

pelos fabricantes de ATMs. Sobre os primeiros não se dispõe de estatísticas,

enquanto que a participação dos principais fabricantes de ATMs no mercado mundial

pode ser observada no Quadro 4, onde as quatro maiores participações somam

quase 60% do mercado total. Delas, a Diebold é apenas fabricante de ATMs,

enquanto as demais são também fornecedoras de soluções completas. A NCR, que

herdou as atividades de informática e automação da AT&T, tem liderança crescente

nesse mercado no período examinado.

Quadro 4 – Principais Empresas no Mercado Mundial de ATMs.

Principais Empresas no Mercado Mundial de ATMs

1) NCR (Estados Unidos) 11) Wang/Olivetti (Itália)

2) Interbold/Diebold (Estados Unidos) 12) Hitachi (Japão)

3) Fujitsu (Japão) 13) Bull (França)

4) Siemens Nixdorf (Alemanha) 14) Sid (Brasil)

5) Triton Systems (Estados Unidos) 15) Toshiba (Japão)

6) Procomp (Brasil) 16) Papelaco (Portugal)

7) Itautec Philco (Brasil) 17) Hyosung (Coréia do Sul)

8) Oki (Japão) 18) Dassault (França)

9) Omron (Japão) 19) Digital Equipment (estados Unidos)

10) Tidel (Estados Unidos) 20) LG (Coréia do Sul)

Fonte: FEBRABAN, 2008.

4.1.6.4.3. Mercado Nacional

Os bancos têm realizado investimentos crescentes visando à automação de

suas atividades, especialmente naquilo que é conhecido como linha de frente das

agências (caixas e ATMs). Os investimentos das instituições financeiras brasileiras

são crescentes ao longo desses últimos anos em automação. No entanto, a

quantificação desse mercado é muito difícil, devido à enorme variedade dos

Page 123: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

101

sistemas negociados. Uma forma encontrada para medi-lo é representada pelo

número de ATMs vendidos, abstraindo-se o fato de que estes podem também

apresentar configurações extremamente variadas, dependendo da solução de

automação adotada.

Por outro lado, a atualização do parque instalado dos bancos é constante,

havendo ainda a junção de bancos no mercado e a renovação dos sistemas dos

bancos estaduais em processo de privatização, o que leva a constantes

investimentos em automação.

A automação das atividades bancárias vem ocorrendo em todo o mundo

como uma maneira de facilitar o acesso do cliente aos serviços do banco, mas

principalmente como um redutor de custos. Trabalhar com custos menores tem

assumido uma importância cada vez maior em função da intensificação da

concorrência entre os bancos. A Tabela 11 mostra o custo médio estimado de uma

transação bancária como função do meio através do qual ela é efetuada. Embora

esses dados não sejam atualizados, pode-se constatar a viabilidade de utilização de

recursos de automação bancária na área de serviços.

Tabela 11 – Custo Médio de uma Transação Bancária.

Tipo de Transação US$

Na Agência 1,07

Através de Telefone 0,54

Em Caixa Eletrônico 0,27

Via Home Banking 0,15

Via Internet 0,10

Fonte: FEBRABAN, 2009.

No Brasil, além do acirramento da concorrência, outro fenômeno vem se

verificando, ou seja, a aquisição de vários e tradicionais bancos nacionais por outros

de controle estrangeiro. O alto processo inflacionário vivido pelo país nas últimas

décadas propiciou o surgimento de diversas e criativas formas de defesa do poder

Page 124: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

102

aquisitivo, o que requereu também novos sistemas de controle, vários deles inéditos

em nível mundial. As soluções dos fornecedores internacionais não atendiam às

necessidades dos bancos, não havendo também, por parte de tais empresas,

interesse em desenvolver produtos exclusivos para o mercado brasileiro, mas sim a

preferência em ofertar as soluções-padrão para o mercado internacional.

Por outro lado, o fato de apenas uma pequena parcela das instituições

financeiras brasileiras ser controlada por capitais estrangeiros determinou que não

houvesse pressões para a adoção de soluções consagradas internacionalmente.

Como consequência, a liderança mundial de fornecedores como NCR, Siemens

Nixdorf, Olivetti e Fujitsu não se verificou no país. Assim, a necessidade de

desenvolvimento de soluções específicas para o mercado brasileiro e as limitações

legais a investimentos estrangeiros em atividades bancárias no país levaram ao

surgimento de uma indústria constituída por um pequeno número de empresas

nacionais, lideradas pela Itautec Philco, Procomp e Sid.

A evolução da participação das empresas ofertantes no mercado brasileiro de

Automação Bancária, novamente quantificada segundo o número de ATMs

fornecidos, observou a partir de 1999, uma queda de desempenho da Sid, empresa

detentora de tecnologia consagrada e de uma expressiva base instalada frente aos

concorrentes, refletindo a crise financeira que vem enfrentando a Sharp, sua

controladora.

O desenvolvimento paulatino das soluções de automação, sempre em

atendimento a novas especificações dos bancos, criou entre estes e seus

fornecedores uma forte parceria, baseada no domínio da tecnologia dos sistemas

(software e hardware). Porém, com a entrada de investimentos estrangeiros no setor

bancário do país, esse cenário começou a sofrer alterações. Os novos bancos já

trazem suas parcerias consolidadas com fornecedores internacionais, sendo muito

difícil a entrada dos ofertantes nacionais na parcela de mercado que eles

representam. O mesmo ocorre quando tradicionais bancos nacionais têm seu

controle vendido a bancos estrangeiros, demandando das empresas nacionais uma

ação de vendas não mais junto aos seus clientes locais, mas às matrizes

internacionais, o que requer um adicional de investimento em marketing e vendas

nada desprezível.

Page 125: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

103

Mais recursos começam também a ser demandados das ofertantes em

função de um novo tipo de negócio já existente em outros países e que está se

firmando como tendência dominante: a transformação da aquisição de ATMs em

aquisição de transações pelos bancos, os quais não podem assistir ao crescimento

indefinido de seus parques de equipamentos, sob pena de deterioração de seus

índices financeiros, requerendo, então, que esses equipamentos colocados a seu

serviço passem a ser de propriedade de terceiros (em geral, os próprios fabricantes).

Os bancos remuneram as novas proprietárias dos equipamentos pelas transações

que eles efetuam, havendo a garantia de uma demanda mínima. Por outro lado, uma

proprietária de terminais pode colocá-los simultaneamente a serviço de diversos

bancos, otimizando o seu uso. Esse negócio permite melhorar os índices financeiros

dos bancos, porém requer das empresas fabricantes dos equipamentos uma alta

disponibilidade de recursos para imobilização.

Essas mudanças no cenário bancário brasileiro, demandando volumes

crescentes de recursos por parte das empresas ofertantes, e também o início de

uma atuação internacional já começam a produzir efeitos sobre os fabricantes

brasileiros. Nesse sentido, o fato mais importante, ocorrido ao final de 1999, foi a

venda integral da Procomp à Diebold, empresa fabricante de ATMs líder do mercado

norte-americano e de quem a Procomp já adquiria alguns equipamentos e

mecanismos dispensadores de cédulas.

É oportuno ressaltar o aspecto estratégico de tal negociação, configurado na

própria forma de pagamento das ações da Procomp: parte em dinheiro e parte em

ações da Diebold, o que fez dos antigos donos da Procomp acionistas individuais da

empresa americana. A união das duas empresas representa, para a Diebold, a

aquisição de uma grande base instalada no país, em cujo mercado sua presença

não era expressiva, e também de uma linha completa de soluções e serviços de que

ela não dispunha, o que a impedia de disputar alguns mercados com sua principal

concorrente – a NCR. Para a Procomp, isso significa o acesso ao mercado

internacional, a começar pela América Latina, e a consolidação de sua posição

interna.

Page 126: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

104

4.1.6.4.4. Análise do Mercado: Equipamentos em Automação Bancária e localização

Na Tabela 12 é apresentado o total de equipamentos ATMs destinados à

automação bancária e comercial e à informática em geral existente no mercado. A

maioria desses equipamentos possui tecnologia nacional adquirida no decorrer dos

últimos anos.

Tabela 12 – Número total de equipamentos de Automação Bancária e sua localização.

Ano Em agências Quiosques

locais públicos

Em postos de

atendimento Total

Variação 2007-2006

Automação Bancária Total de

Equipamentos

2000 95.791 4.094 8.516 108.401

6,9%

2001 117.159 5.063 9.848 132.070

2002 106.325 7.993 10.113 124.431

2003 107.690 10.132 10.902 128.724

2004 109.972 9.927 20.618 140.517

2005 115.330 10.405 22.712 148.447

2006 120.861 9.126 26.070 156.057

2007 128.986 8.812 28.975 166.773

Fonte: FEBRABAN, 2009.

Os equipamentos para automação de escritórios aparecem também nessa

pesquisa, por não poderem ser facilmente dissociados do restante. Porém, não

estando no foco do trabalho, não se encontram computados em sua totalidade.

Os microcomputadores que integram os terminais PDV e os terminais de

caixa bancário modular estão englobados no item microcomputadores.

Analogamente, os teclados especiais utilizados em sistemas de automação bancária

e comercial não possuem classificação específica, estando incluído no item teclado

genérico.

É importante destacar a instalação, em 2007-2008, de mais de dez mil caixas

automáticos adaptados especialmente para assegurar o acesso a pessoas

portadoras de deficiência. O parque de ―ATMs full‖, ou seja, de terminais de auto-

atendimento completos, que possibilitam todo tipo de transações bancárias, cresceu

cerca de 20% em 2008 ficando claro o processo de substituição gradativa dos

demais tipos de equipamentos de auto-atendimento como os dispensadores de

dinheiro, terminais de depósitos e de extratos. Por outro lado, a menor utilização de

cheques como meio de pagamento não justifica a substituição dos dispensadores de

cheque já instalados. Se forem considerados os equipamentos de outras redes

Page 127: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

105

compartilhadas, serão superados os 170 mil dispositivos de auto-atendimento em

operação no Brasil, certamente um dos maiores parques de ATMs do mundo.

4.1.6.4.5. Despesas em Tecnologias do Segmento de Automação Bancária

Nos últimos anos, houve uma redução significativa do valor das importações

de computadores e periféricos, enquanto as importações de partes e peças para

esses produtos cresceram, o que reflete um aumento da montagem local de

equipamentos como microcomputadores, impressoras e terminais de vídeo, inclusive

para exportação, a qual se expandiu no mesmo período. A exportação de

equipamentos de informática deve-se mais a esforços individuais e estratégias de

logística das empresas fabricantes do que a condições de competitividade dos

produtos, até porque o seu alto conteúdo de componentes importados não permite

que eles concorram em igualdade de condições no mercado mundial. Há pouco

tempo, uma grande parte do mercado brasileiro de informática é atendida pelo

chamado gray market, que não figuram nas estatísticas oficiais de importação.

Os produtos de informática em geral são de padrão mundial, comportando-se

como commodities. Sua competitividade, portanto, está diretamente ligada à

obtenção de insumos mais baratos. Uma indústria de componentes local capaz de

atender às montadoras de equipamentos é fundamental para a almejada redução de

custos como frete e manutenção de estoques. Ainda mais, é necessária a abertura

dos kits de montagem, hoje importados completos, para permitir que uma indústria

brasileira de componentes tenha acesso a esse mercado, pois em muitos casos isso

não depende apenas de condições de fornecimento mais vantajosas, estando sujeito

a variáveis como a propriedade do projeto. Assim, para que qualquer ação no

sentido de aumentar a competitividade internacional dos equipamentos de

informática brasileiros seja eficaz, deve-se levar em conta a realização de atividades

de projeto e desenvolvimento no país.

O equipamento típico de automação bancária é o ATM, que custa em média

aproximadamente R$ 8 mil. Em 1999, o produto, cujo mercado total foi de 16,6 mil

unidades, o que equivale a cerca de R$ 250 milhões, gerou um déficit comercial de

US$ 1,2 milhão, inferior a 1% do mercado total. Vale observar que, no mesmo ano, o

mercado global de equipamentos de informática, da ordem de R$ 7 bilhões, gerou

um desequilíbrio na balança comercial pouco maior que US$ 500 milhões em

Page 128: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

106

produtos completos, superior a 12% do mercado. O desenvolvimento local dos

produtos para automação bancária propiciou ainda a existência de uma rede de sub-

fornecedores locais – fabricantes de mecanismos de impressão, de leitura de

códigos de barras em documentos, dispensadores de cédulas, entre outros. Os

mecanismos dispensadores de cédulas representam cerca de 40% do custo de um

terminal ATM médio. É por essa razão, aliás, que as quatro maiores fabricantes

mundiais de ATM possuem mecanismos próprios.

A Tabela 13 apresenta a relação de produtos do setor e a Tabela 14, as

principais despesas de investimento em tecnologia realizadas pelo setor bancário

nos últimos anos.

Tabela 13 – Automação Bancária: Equipamentos e Localização.

Page 129: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

107

ATMs Ano Em Agências Quiosques em locais públicos

Em Postos de

Atendimento Total

Variação 2007/2006

2000 12.078 2.975 586 15.639

2001 16.394 3.340 2.803 22.537

Saque e 2002 25.647 4.396 3.190 33.233

Depósito 2003 32.781 5.201 3.577 41.559 14%

2004 39.798 4.214 4.208 48.220

2005 42.981 4.322 4.749 52.052

2006 44.007 4.036 5.384 53.427

2007 51.212 3.440 6.240 60.892

Adaptadas 2006 7.085 311 473 7.869 114,3%

a PCDs 2007 14.928 541 1.395 16.864

2000 40.785 1.063 5.770 47.618

2001 50.691 1.557 5.818 58.066

2002 46.697 2.195 5.475 54.367

Cash Dispenser 2003 44.342 2.833 5.131 52.306 -1.9%

2004 38.243 4.665 13.800 56.708

2005 38.527 5.393 15.343 59.263

2006 36.793 4.526 15.579 56.898

2007 33.812 4.580 17.400 55.792

2000 15.322 14 364 15.700

2001 17.890 7 219 18.116

2002 16.488 8 476 16.972

Terminal de 2003 15.086 9 733 15.828 -11.2%

Depósitos 2004 17.390 592 1.192 19.174

2005 18.218 224 1.120 19.562

2006 16.677 5 1.241 17.923

2007 14.834 18 1.071 15.923

2000 20.439 30 1.791 22.260

2001 23.133 150 976 24.259

2002 7.572 821 916 9.309

Terminal de 2003 4.236 1.491 1.381 7.108 -8.8%

Extrato e Saldo 2004 2.179 133 1.089 3.401

2005 2.120 145 1.094 3.359

2006 1.784 156 1.567 3.507

2007 1.958 142 1.100 3.200

2000 7.167 12 5 7.184

2001 9.051 9 32 9.092

2002 9.921 573 56 10.550

ATMs Ano Em Agências Quiosques em locais

Em Postos de

Total Variação 2007/2006

Page 130: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

108

públicos Atendimento

Dispensador de 2003 11.245 598 80 11.923 -14.2%

Cheques 2004 12.362 323 329 13.014

2005 13.484 321 406 14.211

2006 14.515 92 1.826 16.433

2007 12.242 91 1.769 14.102

Fonte: FEBRABAN, 2009.

Tabela 14 – Automação Bancária: Despesas em Tecnologia.

Especificação Descrição Investimentos R$ (milhões)

%

Hardware

Mainframes, PCs, ATMs, Storages, robôs, etc.

Aquisições 2.181 15%

Aluguéis, leasings, contratos de serviços,

salários, encargos, etc. 2.505 17%

Telecomunicações

Linhas / equipamentos

Aquisições 769 5%

Aluguéis, leasings, contratos de serviços,

salários, encargos, etc. 2.484 17%

Softwares de terceiros

Software básico e aplicativos, fábricas de

software, terceirizações, etc. (aquisições de

software, desenvolvimento de novas

aplicações, manutenção de sistemas)

2.267

15%

Software In House

Salários e encargos profissionais de

desenvolvimento, de produção e

de outras áreas de TI

Desenvolvimento de novas aplicações,

manutenção de sistemas 330 2%

Aluguéis, leasings, contratos de serviços,

salários, encargos, etc. 1.594 11%

Outras áreas de TI

Salários e encargos profissionais

Software básico, produção, backoffice, etc. 591 4%

Aluguéis, leasings, contratos de serviços,

salários, encargos, etc. 1.186 8%

Outras despesas

Serviços em geral, despesas com

instalações físicas, alocação de

despesas, despesas gerais, etc.

Aquisições, imobilizações 27 0%

Aluguéis, leasings, contratos de serviços,

salários, encargos, etc. 935 6%

Fonte: FEBRABAN, 2009.

Em 2007 os bancos investiram R$ 6,2 bilhões, incremento de 16% sobre o

ano anterior, superando em R$ 300 milhões o valor orçado. Por outro lado as

despesas globais de TI foram controladas, perfazendo um total de quase R$ 15

bilhões. É importante ressaltar, o câmbio favorável naquele período contribuiu para

um crescimento menor do que o esperado. É interessante observar que ano a ano,

a parcela de recursos do orçamento de TI destinada a investimentos cresce

Page 131: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

109

superando agora 40% do total. Também os serviços de desenvolvimento e

manutenção de sistemas prestados por terceiros (15%) superam com

desenvolvimento de software in house (13%). Também as despesas com

equipamentos, que no passado constituíam a parcela mais pesada do orçamento de

TI, hoje representam um terço do total.

O setor bancário registrou nestes últimos anos um crescimento de mais 50%

na utilização de PPAs (Pontos de Atendimento) pelos bancos, ocasionado,

sobretudo pela força de vendas. A explosão de dados a serem arquivados e

explorados vem impondo aos bancos importantes investimentos para ampliar sua

capacidade de armazenamento e processamento de informações como atestam os

números de 2007, apresentados na Tabela 15.

Tabela 15 – Recursos Computacionais dos Bancos.

Tipo de Equipamento 2003 2004 2005 2006 2007 Variação 2007/2006

Mainframes (MIPS) 164.608 228.701 272.442 349.441 403.128 15%

Servidores UNIX / LINUX centralizados 1.835 2.241 2.347 2.530 2.874 14%

Servidores UNIX / LINUX em pontos de atendimento

- - - - 5.719 -

Servidores Windows centralizados 12.428 11.863 10.302 13.727 13.492 -2%

Servidores Windows em pontos de Atendimento

- - - - 16.698 -

Terminais de Caixa 131.773 120.015 119.233 131.719 133.385 1%

Estações de trabalho / PCs / Notebooks 373.537 378.184 447.567 478.982 510.847 7%

PPAs / Blackberry's/ Assemelhados - - 1.902 8.360 12.206 46%

Fitotecas robotizadas 135 139 143 167 188 13%

Discos 2.074 1.914 2.628 5.213 7.010 34%

Fonte: FEBRABAN, 2009.

Ao mesmo tempo, gradativamente o processo de outsourcing pelos bancos

ganha espaço: telecomunicações, impressão, help desk, projetos e manutenção de

sistemas, processamento de cartões já se tornaram serviços a serem terceirizados.

A partir do ano de 2007, os bancos transferiram para terceiros a responsabilidade

por um maior volume de serviços prestados por fábricas de softwares. No entanto,

ainda é incipiente a prática de delegar a terceiros o tratamento de operações de

backoffice. A Tabela 16 apresenta informações de serviços terceirizados e

outsourcing no setor bancário.

Page 132: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

110

Tabela 16 – Terceirização / Outsourcing.

Terceirização / Outsourcing 2005 2006 2007 Variação 2007/2006

Telecomunicações 68 68 74 9%

Serviços de Impressão 62 76 73 -4%

Help Desk 48 63 67 6%

Projeto e desenvolvimento de aplicativo 52 62 64 3%

Manutenção de sistemas legados 43 43 55 27%

Processamento de Cartões 52 58 54 -7%

Fábrica de Software 43 52 46 -12%

Backup Site 38 49 44 -10%

BodyShop 20 37 37 0%

Infraestrutura de CPD 29 29 33 13%

Áreas de BackOffice - - 7 -

Fonte: FEBRABAN, 2009.

4.1.7. Ciclo de Desenvolvimento de um Produto

4.1.7.1. Ciclo de Vida de um Produto Industrial

O ciclo de vida de um produto industrial é um elemento importante a ser

considerado na cadeia produtiva, sendo composto basicamente de atividades,

verificação dos resultados e métodos, conforme ilustra a Figura 12.

O ciclo de desenvolvimento de um produto industrial é composto de três

grandes etapas: Especificação, Metodologia de Concepção e Verificação e

Validação, conforme é descrito a seguir:

Etapa 1: Especificação e Concepção

Estabelecimento de modelos que considerem aspectos de: funcionalidade,

comportamento e informação do sistema em estudo; e

Necessidade de utilização de softwares específicos.

Etapa 2: Métodos de concepção

Coordenação de tarefas, considerando a análise funcional, modos de

funcionamento e arquitetura operativa; e

Métodos específicos (caseiros).

Page 133: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

111

Etapa 3: Verificação e validação

Verificação: Propriedades do modelo independentes do Caderno de

Especificações;

Validação: conformidade ao Caderno de Especificações; e

Simulação.

Figura 12 – Ciclo de Vida de um Produto Industrial.

Fonte: Martinie, 1998.

4.1.7.2. Ciclo de Desenvolvimento de um Produto

Enquanto o ciclo de vida de um produto abrange as macro-etapas de

concepção até implementação no mercado do produto, o ciclo de desenvolvimento

de um produto industrial, também chamado de ciclo em V, define detalhadamente as

diferentes fases de desenvolvimento de um projeto industrial até a sua integração no

meio produtivo (Figura 13). O nível de automação de um país pode ser constatado

por meio desse ciclo, onde se podem diagnosticar as diferentes etapas de

concepção de um produto e sua integração no meio produtivo.

Page 134: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

112

Figura 13 – Ciclo em V de desenvolvimento de um Produto.

Fonte: Oliveira, 2008.

4.1.7.2.1. Ciclo de Vida de um Produto Automatizado

O ciclo em V sintetiza as diferentes etapas associadas à concepção de um

produto inteligente: uma fase inicial de projeto e concepção (abrangendo fase de

requisitos, especificações, modelo, componentes e prototipagem) e uma segunda

fase de implementação final associada à integração de sistemas (abrangendo a

integração final em nível de hardware e software, testes e certificações, produção e

supervisão).

É importante ressaltar que nos países altamente industrializados todas as

etapas desse ciclo são realizadas, mostrando domínio tecnológico no processo de

concepção, integração e disponibilidade de um determinado produto no mercado.

Nos países em vias de desenvolvimento, normalmente se pode encontrar somente o

Page 135: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

113

lado direito do ciclo em V, correspondente à fase de integração do sistema, não

existindo, ou sendo raramente empregada, a fase de projeto e desenvolvimento.

4.1.7.3. Setores de Aplicação na área de Automação

O setor de Eletrônica para Automação vem sofrendo um processo de

mudanças profundas em suas estruturas produtivas, na formatação de uma

produção mais eficaz e eficiente, bem como mais sustentável. Tais modificações

podem ser observadas nas matérias-primas, nos equipamentos e no

desenvolvimento de novos processos e, sobretudo, nas estratégias de

comercialização, em que novos atores têm surgido, modificando as condições

competitivas internacionais.

O crescimento das unidades industriais tem sido acompanhado pela

expansão dos respectivos sistemas de controle, normalmente, porém, sem a

substituição dos sistemas existentes, o que tem levado à coexistência em uma

mesma instalação industrial de tecnologias e protocolos diferentes.

Em 2007, da revista InTech da ISA – The Instrumentation Systems and

Automation Society, divulgou os resultados de uma pesquisa realizada sobre o uso

de protocolos de automação na indústria e suas principais tendências e distribuição

no mercado para aplicações.

Nessa pesquisa pôde-se observar que 80% das empresas entrevistadas

fazem uso de protocolos em seus processos, embora a grande maioria utilize mais

de um protocolo na planta industrial.

As principais aplicações são direcionadas ao controle de processos

contínuos, discretos, em batelada e híbrido, conforme mostra o Gráfico 10. A base

instalada de cada um desses protocolos é apresentada no Gráfico 11, onde se

podem destacar o FF e o Profibus como os que têm participação crescente no

mercado.

Os resultados da pesquisa mostram uma tendência clara para a adoção de

barramento de campo e de redes ethernet. Contudo, a conexão à Internet é vista

com reservas, dada a desconfiança em relação à segurança (por exemplo, possíveis

invasões por hackers).

Page 136: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

114

Gráfico 10 – Automação – Principais Setores de Aplicações Industriais.

Fonte: Intech, 2007.

Gráfico 11 – Base de Protocolos Instalados.

Fonte: Intech, 2007.

4.1.8. Mutações no Processo Produtivo

A atual fase de desenvolvimento do capitalismo é marcada por mudanças que

intensificam a internacionalização da economia (globalização financeira do capital),

ao mesmo tempo em que promovem a introdução de inovações tecnológicas e

organizacionais de grande porte no denominado ―mundo do trabalho‖.

A vasta bibliografia sobre a questão aponta, de forma geral, que as mudanças

ocorridas no ―mundo do trabalho‖ não podem ser analisadas observando-se,

exclusivamente, o fenômeno do avanço tecnológico. Deve-se evitar uma postura

determinista em termos de inovação; importa considerar que a riqueza social é

produzida sob determinadas relações sociais de produção, em condições

específicas, no âmbito das trajetórias vividas pela humanidade.

Page 137: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

115

O processo de globalização da economia mundial que trouxe novos modelos

de produção, emergidos nos anos de 1970/1980, vem estimulando a realização de

inúmeros estudos nos diversos ramos do conhecimento. Dentre eles, destacam-se

aqueles nas áreas da economia e da sociologia sobre a aplicação e consequências

de tais modificações tecnológicas, que permitem o adensamento de novos

equipamentos e de novas formas de organização do processo de trabalho.

No entanto, o intenso debate sobre o tema apresenta-se polarizado: há os

que acreditam na extinção do modelo taylorista-fordista e na emergência de novos

modelos; os que desconfiam dessa possibilidade e insistem na permanência da

preponderância de um taylorismo, mesmo que adaptado; e, ainda, aqueles que

consideram a existência de variadas combinações nos processos produtivos.

Os estudos dos americanos Sabel e Piore (1984) sobre o esgotamento do

padrão fordista de produção defendem o advento de um novo modelo sócio-

produtivo, alternativo à produção em massa fordista, conhecido como

―especialização flexível‖. Apresenta a caracterização da forma organizacional de

atividades produtivas em distritos industriais e em territórios definidos por ―redes de

alianças entre empresas‖ (de pequeno e médio porte) que se complementam a partir

do uso de tecnologias sofisticadas e do estabelecimento de relações sociais

consensuais sedimentadas em uma proximidade geográfico-social (espaço-tempo),

envolvendo frequentemente laços culturais, sociais, políticos e, portanto,

comunitários.

David Harvey (1992) considera que, na atualidade, vivencia-se uma fase da

produção capitalista, de ―acumulação flexível‖ do capital, que tem como

característica principal o confronto direto com a rigidez do modelo fordista, ao apoiar-

se na flexibilidade do processo de trabalho, do mercado de trabalho, do produto e do

padrão de consumo. Para o autor, a ―acumulação flexível‖ caracteriza-se pelo

surgimento de setores da produção inteiramente novos que incorporam com rapidez

as inovações trazidas pelo atual padrão de desenvolvimento do capitalismo em

escala mundial, de forma desigual, que convive, ao mesmo tempo, com padrões

tradicionais de produção.

Está em voga falar da emergência de um novíssimo modelo, que

supostamente seria universal, o modelo japonês de produção. Helena Hirata (1993)

Page 138: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

116

indica a amplitude do debate que envolve especialistas do ramo do trabalho nos

mais diversos países, destacando que a literatura traz enfoques variados e nuances

desse modelo de produção, dentre eles, os aspectos da gestão e da possibilidade

de tomada de decisão pelos trabalhadores. A diversidade das dimensões analisadas

mostra como o modelo japonês é multiforme e rico no entender da autora; no

entanto, as respostas à questão do surgimento, de fato, de um novo paradigma de

organização industrial alternativo à produção fordista ainda não encontrou consenso

entre os especialistas do trabalho, tanto pela falta de sistematização das

experiências quanto de seus indicadores de resultados.

Para os trabalhadores, as consequências da teia complexa de mudanças no

mundo do trabalho produzem efeitos agudos, particularmente no que diz respeito ao

campo do Direito do Trabalho, sobretudo por causa dos novos aportes de

(des)regulação e flexibilização das relações de trabalho. Parte dos direitos sociais e

de cidadania, frutos de conquistas históricas dos trabalhadores, vem sendo

eliminada ou flexibilizada nos códigos trabalhistas.

Para fundamentar sua crítica à pretensão de alguns autores de enxergar no

modelo japonês a substituição ao padrão taylorista-fordista de produção, Valle

(1997) destaca que:

(i) No chamado ―modelo japonês‖ há um relaxamento no grau de separação

entre tarefas de planejamento e tarefas de execução, e não a eliminação

desse princípio;

(ii) Just in time, por exemplo, toma cada posto fordista e faz dele um cliente e

um fornecedor de outros postos, tornando uma organização ainda mais

rígida e tensa do que aquela que Ford imaginava, uma vez que todo o

pessoal (inclusive os gerentes e supervisores) é pressionado pelos

problemas de integração;

(iii) Continuam válidos dois princípios centrais do Shop management System, o

planejamento rigoroso dos postos de trabalho e a seleção e treinamento

dos trabalhadores, sempre sob a égide da ―ciência‖;

(iv) Proposta do alargamento de tarefas já havia sido feita há muitos anos pela

segunda geração de racionalização da produção (―GRUPO DE

HARVARD‖); e

Page 139: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

117

(v) Própria ―cooperação entre trabalhadores e direção‖ não é uma novidade.

Ela fora sugerida pelo próprio Taylor, que chegou mesmo a apontar esta

mudança de atitude mental como a maior dificuldade para implantação de

seu sistema (VALLE, 1997).

No Brasil, estudos elaborados em importantes centros de pesquisas analisam

as características, abrangência e implicações da introdução de mudanças

tecnológicas e organizacionais no mundo da produção.

As pesquisas comparativas entre Brasil–França–Japão sobre as novas

tecnologias, a organização do trabalho e a política de gestão, realizadas por Hirata

no início dos anos 80, dão conta de que o processo de implementação de mudanças

tecnológicas e organizacionais em empresas instaladas no país de origem se fazia

em ritmo e modalidades diferentes das existentes nas filiais de outros países. A

autora, ao retomar a análise, quase quinze anos após a realização da pesquisa

comparativa, constata que poucas modificações ocorreram e que os obstáculos à

introdução de novas formas organizacionais continuavam ainda presentes. Uma das

mudanças visíveis são as brechas que se abriram na ideologia do taylorismo,

amplamente predominante no meio empresarial brasileiro daquela época e que, a

seu ver, constituía-se em um dos obstáculos principais às mudanças. (HIRATA e

MORAES, 1999).

Dentre as inovações trazidas pelos novos modos de produção, a qualificação

dos trabalhadores ganha destaque, apesar da noção de qualificação encontrar-se no

âmago da Sociologia do Trabalho há mais de cinco décadas. O debate aberto por

Braverman (1987), no início dos anos setenta, em torno da desqualificação

inelutável, gradual e progressiva dos trabalhadores em contexto de maior

aprofundamento da divisão do trabalho no capitalismo, teve como uma de suas

variantes consagradas, durante longo período, a tese da polarização das

qualificações (FREYSSENET, 1997; KERN e SCHUMAN, 1980; SORGE, et al, 1983;

HIRATA, 1994).

Os aspectos que revestem tal questão – qualificação, treinamento,

capacitação da força de trabalho – têm sido objeto de preocupação em várias partes

do mundo, acompanhando os processos de mutação do trabalho. O debate que se

estende da tese da polarização das qualificações à tese atual do modelo da

Page 140: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

118

competência está longe de ser concluídos e novos elementos de análise, a partir de

teorizações e pesquisas empíricas, têm enriquecido a literatura sobre o tema.

Hirata (1994, 1997), após vários estudos, conclui que, na França, por

exemplo, a noção de competência é apresentada, cada vez mais, como uma

alternativa ao conceito de qualificação. Assim, tanto no ambiente da empresa,

quanto no ambiente acadêmico e dos especialistas, essa noção vem recebendo uma

diversidade de críticas.

O ponto central da crítica, de modo geral, repousa na intenção ou nos

inconvenientes da passagem de um conceito multidimensional de qualificação,

outrora formalizado, que serviu de base na França, a uma codificação social (das

classificações), para outro, ainda em construção, designado como o ―modelo da

competência‖. Cabe dizer que a noção de competência é originária do ―mundo da

empresa‖ e posteriormente foi assumida por alguns sociólogos e economistas

(HIRATA, 1997 p.30).

4.1.9. Mudanças no Processo de Trabalho

A acumulação flexível do capital em seu dinamismo pode dizer que várias

formas e contornos são observados, na atualidade, nos processos de mudanças

tecnológicas, na organização e gestão do trabalho. Por essa razão, apontar, pura e

simplesmente, a substituição de modelos de produção, como se isto pudesse ocorrer

de forma mecânica, ao ponto de os modelos se tornarem universais, não se permite

compreender o quadro atual das mudanças.

Sob a ótica da engenharia de produção, em geral, e da organização e gestão

do processo de trabalho em particular, o autor destacou que, na maior parte dos

casos relatados, a ‗adoção‘ (ou a tentativa) do ―modelo japonês‖ reduz-se à

aplicação de ―técnicas‖ ou ―sistemas‖ tais como just in time, kanban, manufatura

celular, círculos de controle de qualidade, polivalência, controle de qualidade total,

entre outros. Shiroma (1993) registrou, ainda, que para a gerência de indústrias de

processos discretos, como a mecânica, a metalúrgica e a eletroeletrônica, algumas

dessas técnicas e modelos parecem se constituir na ―modernidade‖.

No geral, as pequenas mudanças empreendidas não alteram

substancialmente a organização produtiva, mas são ressaltadas como se a empresa

Page 141: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

119

estivesse sintonizada com o ―modelo japonês‖ – talvez o caso mais típico seja a

substituição parcial das plaquetas de ordens de produção por cartões coloridos,

como se isso por si só caracterizasse um just in time. Em síntese, o autor acredita

que, desta forma, o modelo deixaria de ser japonês para se tornar nissei (SALERNO,

1993) 2.

Os resultados da pesquisa apontam para efetiva existência de um processo

em curso de reestruturação produtiva na indústria eletroeletrônica da Zona Franca

de Manaus – ZFM. Este se apresenta, porém, de forma bastante parcial e

heterogênea, longe de corresponder a uma transformação radical e sem

contradições, em direção ao paradigma pós-fordista.

No que concerne à reestruturação produtiva pela qual vem passando o setor

eletroeletrônico da ZFM, deve-se destacar, inicialmente, o lugar desse tipo de

indústria (montadora) no plano da divisão internacional do trabalho.

A introdução de novos equipamentos é o aspecto mais relevante das

mudanças ocorridas no processo produtivo. As inovações tecnológicas concentram-

se na área de inserção automática, considerada a mais importante, o coração das

empresas.

A utilização da força de trabalho no processo produtivo do setor

eletroeletrônico já não atinge os mesmos percentuais dos anos 1970/1980. Hoje, a

redução de mão-de-obra na produção direta é fato irreversível, pois o maquinário

tecnologicamente mais avançado vem propiciando ao capital uma produção em

larga escala, quantitativamente superior ano a ano, com qualidade inegavelmente

melhor. As numerosas linhas de montagem manual, intensiva em mão-de-obra

feminina, já não se fazem presentes.

Cabe salientar que a situação não é determinada, simplesmente, pelo avanço

tecnológico, como expressam/observam os operários entrevistados. É pressuposto

deste trabalho que a forma complexa como a tecnologia é introduzida nas empresas

está diretamente relacionada com as relações de trabalho ali estabelecidas. A

aquisição de máquinas tecnologicamente mais avançadas trouxe aos trabalhadores,

que permanecem empregados, uma sobrecarga de trabalho.

2 Sobre a adoção de técnicas japonesas em empresas brasileiras um importante trabalho foi

elaborado por Eneida Oto Shiroma, 1993.

Page 142: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

120

Algumas plantas industriais foram concebidas e colocadas em operação, na

década de 1990, a partir da concepção de empresa enxuta, com o objetivo principal

de promover a intensificação da racionalização no uso da força de trabalho, ao

mesmo tempo em que se vislumbravam melhorias na fluidez das informações.

No caso das montadoras, estas vêm promovendo ao longo dos últimos anos

uma diminuição constante de seu quadro de trabalhadores, eliminando setores e

departamentos, reduzindo níveis hierárquicos e terceirizando serviços em todas as

áreas do processo produtivo.

Outra forma de reestruturação do processo produtivo, presente há alguns

anos nas empresas pesquisadas, diz respeito à subcontratação de empresas por

encomendas de serviços ligados à produção; em geral, isso ocorre nos momentos

de maior demanda. A competitividade em ambiente capitalista vem promovendo a

centralização de capitais, permitindo maior oligopolização do sistema como um todo.

Nesse contexto, grande parte das empresas torna-se subcontratada, enquanto

outras entram em processo de falência, como terminou acontecendo com uma das

empresas pesquisadas.

Essas mudanças na organização e gestão do processo de trabalho

determinaram novas acomodações da mão-de-obra, com implicações na política

salarial das empresas. Cabe salientar, que é visível a valorização da ―cultura

empresarial‖ própria em cada empresa pesquisada, como se observou nas

declarações das gerências.

Percebe-se que a cultura empresarial está influenciada disseminando

ideologicamente o discurso ‗modernizante‘, sobretudo do chamado modelo japonês

de gestão produtiva. Expressões como o just in time, kanban, kaizen, círculo de

controle de qualidade, entre outras, estão presentes na linguagem da gerência. No

entanto, a aplicação desses métodos não corresponde à introdução de práticas

democratizadoras no ambiente fabril; apesar de as relações interpessoais terem

melhorado o ambiente de trabalho, as formas de controle e gestão do trabalho

permanecem bastante rígidas. A disciplina fabril conta mais do que todos os outros

componentes na estratégia empresarial.

As exigências crescentes, feitas pelas empresas, para a contratação de

operadores de máquinas – como melhor nível de escolarização (grau médio ou

Page 143: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

121

superior); conhecimento técnico em eletrônica; línguas estrangeiras, entre outras,

não se justificam, na medida em que o trabalho a ser realizado está limitado a uma

prescrição que não ultrapassa os limites da supervisão dos equipamentos.

O parcelamento e o isolamento das tarefas foram agravados com o processo

de enxugamento de mão-de-obra. Muitos operadores ficam responsáveis pela

operação de mais de uma máquina (o que lhes confere multitarefa na operação dos

equipamentos). A sobrecarga de trabalho dificulta as relações bilaterais entre eles.

Além do mais, a demissão de muitos técnicos e/ou a terceirização da camada de

trabalhadores que presta assistência técnica aos equipamentos, feita

predominantemente de forma corretiva, estabeleceram uma distância ainda maior

entre operadores e técnicos. Antes da terceirização do corpo técnico (de

manutenção) dos equipamentos, a presença desses era permanente nas áreas de

inserção automática, havia possibilidade de diálogo entre operadores e técnicos; a

troca de informações viabilizava o aprendizado durante o processo de trabalho, que

consistia em algo mais do que uma simples operação prescrita.

As empresas promoveram um enxugamento dos setores automatizados. Boa

parcela de trabalhadores foi substituída por mulheres, normalmente advindas da

produção manual; ao mesmo tempo, provocou-se um esvaziamento de conteúdos,

com a simplificação do trabalho. A mão-de-obra feminina é treinada apenas para as

operações de supervisão dos equipamentos. Os trabalhos de manutenção técnica

são realizados por técnicos e engenheiros – todos do sexo masculino. Há uma

associação bastante recorrente entre trabalho feminino e postos taylorizados.

4.1.10. Considerações

A evolução tecnológica do mercado de automação é constante, envolvendo

uma extensa cadeia de atividades que se inicia na pesquisa científica e termina na

entrada em operação da unidade produtiva. Os sistemas existentes requerem

sempre atualizações tecnológicas compatibilizando equipamentos novos com os

existentes, aplicativos e infraestrutura de comunicação.

Tudo isso faz com que as atividades relativas à automação de processos

industriais demandem mão-de-obra de elevada qualificação, onde o modelo

tradicional taylorismo-fordismo exige novas adaptações. Nas empresas do ramo

Page 144: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

122

eletroeletrônico não está, efetivamente, procurando trabalhadores com o perfil mais

criativo, com maior capacidade de abstração, e efetiva ampliação de sua

qualificação. Em algumas falas das gerências, faz-se uso livre da expressão

competência, indicando ausência de preocupação conceitual. O termo é utilizado

como sinônimo de capacidade de adaptação ao posto de trabalho, o que dista da

concepção conjuntural que normalmente tem na literatura especializada.

Dentre as principais atividades desse novo mercado de trabalho podem-se

destacar os seguintes:

a) Concepção e projeto de dispositivos, que exige um conteúdo considerável

de criatividade, e formação de equipes de trabalho multidisciplinares com

mão de obra especializada em diferentes áreas de conhecimento

(administração e gerenciamento, ciências dos materiais, computação,

engenharia mecânica e elétrica e outras);

b) Implantação e operação do sistema de automação, envolvendo seleção,

aquisição, instalação, adaptação, ajuste, configuração e teste dos

instrumentos, dispositivos, equipamentos e software que constituem a

plataforma de automação, bem como das redes de comunicação

industriais, e a sua integração.

c) Utilização de normas, protocolos e estratégias de controle e automação;

d) Formação de recursos humanos para os setores de projeto e

especificação e produtos, manutenção, setores de vendas e pós-venda; e

e) Geração de patentes e aumento de competitividade da empresa.

4.2. Panorama Econômico e Desempenho Setorial

A ABINEE distribui as indústrias do setor eletroeletrônico em dez áreas afins:

Automação Industrial; Componentes Elétricos e Eletrônicos; Equipamentos

Industriais; Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; Informática;

Material Elétrico de Instalação; Serviço de Manufatura em Eletrônica; Sistemas

Eletroeletrônicos Prediais; Telecomunicações; e Utilidades Domésticas.

Page 145: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

123

Este documento é baseado em análise de resultados do setor eletroeletrônico

e nota técnica com a análise econômica do segmento de Automação Industrial

realizada pela ABINEE.

Esta análise é imprescindível, considerando-se que o segmento de Eletrônica

para Automação exerce um papel estratégico em relação aos demais segmentos do

setor eletroeletrônico, e os resultados de outras áreas pode afetar diretamente este

segmento.

Para melhor compreensão, é importante destacar que a ABINEE classifica o

segmento de Automação Industrial como uma grande área do setor eletroeletrônico,

contemplado neste estudo prospectivo de Eletrônica para Automação as áreas de

Automação Industrial, Predial, Comercial e Bancária.

4.2.1. Análise Geral do Setor Eletroeletrônico

As informações econômicas sobre o setor elétrico e eletrônico, selecionadas

para este estudo, abrangem o período entre os anos de 2001 e 2008. Os dados

foram extraídos das análises feitas pelo Departamento de Economia da ABINEE e

apontam para a evolução do setor nesse período, bem como para a sua importância

e representatividade no contexto nacional. Além dos dados consolidados, conforme

descrito na Tabela 17, a ABINEE apresenta as mesmas informações para cada um

dos setores sob a sua coordenação, o que será visto mais a frente.

Page 146: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

124

Tabela 17 – Indicadores Gerais da Indústria Eletroeletrônica 2001 a 2008.

INDICADORES 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

FATURAMENTO (R$ bilhões) 58,2 56,4 63,9 81,6 92,8 104,1 111,7 123,1

FATURAMENTO (US$ bilhões) 24,7 19,3 20,8 27,9 38,1 47,8 57,3 67,0

INVESTIMENTO (Percentual sobre o faturamento) 4% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 4%

NÚMERO DE EMPREGADOS (em mil) 131,2 123,3 122,6 132,9 133,1 142,9 156,1 161,9

EXPORTAÇÕES (US$ milhões) (1)

4.732 4.415 4.771 5.344 7.767 9.249 9.300 9.891

IMPORTAÇÕES (US$ milhões) (1)

13.489 10.294 10.048 12.667 15.135 19.705 24.053 32.033

SALDO DA BALANÇA COMERCIAL (US$ milhões) (1)

(8.757) (5.879) (5.277) (7.323) (7.368) (10.456) (14.753) (22.142)

FLUXO DE COMÉRCIO (US$ milhões) (2)

18.220 14.710 14.819 18.011 22.902 28.954 33.353 41.924

FATURAMENTO/EMPREGADO (US$ mil) 188,5 156,2 169,9 209,9 286,6 334,6 367,3 413,7

EXPORTAÇÕES/FATURAMENTO (%) 19,2 22,9 22,9 19,2 20,4 19,3 16,2 14,8

EXPORTAÇÕES/TOTAL EXPORTAÇÕES DO PAÍS (%) (1)

8,1 7,3 6,5 5,5 6,6 6,7 5,8 5,0

IMPORTAÇÕES/TOTAL IMPORTAÇÕES DO PAÍS (%) (1)

24,3 21,8 20,8 20,2 20,6 21,6 19,9 18,5

FATURAMENTO/PIB (%) (1) (3)

4,5 3,8 3,8 4,2 4,3 4,4 4,3 4,2

Fonte: ABINEE, 2009. (1) Série revisada; (2) Exportações + Importações; (3) PIB a preços correntes; (4) Com a nova metodologia do IBGE para o calculo do PIB. Fontes: IBGE, BACEN e SECEX.

Page 147: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

125

4.2.1.1. Balança Comercial do Setor Eletroeletrônico

O panorama mundial apresenta o complexo eletroeletrônico como o mais

importante setor industrial da atualidade, destacando-se:

Faturamento mundial do complexo, superior a US$ 2 trilhões;

Constitui a base da chamada ―sociedade da informação‖;

Permeia todos os setores industriais;

Fundamenta todos os serviços modernos;

Reestrutura a vida pessoal, profissional e da família; e reconfigura o lazer;

É sinônimo de tecnologia, portanto é o coração das indústrias de alta performance; e

É o principal difusor de inovações, da produtividade, de redução de custos

e de preços.

O mercado de produtos do setor de Eletrônica para Automação é muito

sensível a variação do dólar em relação ao real. O forte crescimento do ritmo das

importações ante o das exportações, provocado pela combinação da valorização

cambial com expansão da economia interna, produziu, em 2008, déficit de US$ 22,1

bilhões na balança comercial do setor eletroeletrônico. Esse resultado superou em

50,3% o saldo negativo de US$ 14,7 bilhões apurado em 2007. Como será discutido

a seguir, o mercado é muito sensível ao rápido crescimento das importações em

relação ao das exportações. Impulsionado pela valorização do câmbio, o déficit

comercial do setor tende a se agravar nos próximos anos (ABINEE, 2009).

Como se sabe, é notória a perda de representatividade da indústria de

componentes elétricos e eletrônicos no mercado interno, fato atribuído, em parte,

aos problemas decorrentes da elevada carga tributária e à constante valorização do

real frente ao dólar. Esse segundo fator esteve presente no cotidiano das empresas

locais até o terceiro trimestre de 2008, quando o início da crise financeira

internacional fez a moeda brasileira desvalorizar abruptamente, em decorrência da

interrupção do ingresso de capitais externos e da saída dos mesmos para a

cobertura de prejuízos nos balanços das matrizes ou em busca da segurança de

aplicações em títulos do governo americano. Se, por um lado, esse contexto

intensificou a concorrência no mercado interno para os componentes eletrônicos,

devido ao estrangulamento das operações externas, por outro lado, a acomodação

Page 148: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

126

dos distúrbios internacionais, a partir do segundo trimestre de 2009, trouxe de volta o

―fantasma‖ da valorização cambial, que se sobrepôs como problema para esse

segmento.

O setor caminha, portanto, na contramão daqueles que produzem bens

primários e intermediários estratégicos. Estes observam saldos comerciais

crescentes, como é o caso do agronegócio e de produtos extrativos minerais, caso

dos setores automobilístico, aeronáutico e siderúrgico. A explicação para esse

fenômeno reside, por um lado, na baixa densidade da cadeia produtiva brasileira e,

por outro, nos reflexos nocivos da política econômica, o que o coloca em

permanente dilema: crescer sustentado por uma produção nacional ou transformar-

se em intermediário nas aquisições de equipamentos e produtos criados no exterior.

Nos tópicos a seguir, destaca-se a evolução das exportações e das importações do

setor no período recente.

4.2.1.1.1. Exportações de Produtos do Setor Eletroeletrônico

O comportamento das exportações de produtos de automação industrial

apresenta uma trajetória ascendente, como pode ser verificado na Tabela 18, que

mostra valores de exportações de produtos eletroeletrônicos por áreas.

Embora as exportações do segmento de Automação Industrial tenham subido

de US$ 74,2 milhões, em 2001, para US$ 314,2 milhões em 2008 – incremento de

mais de 300% -, fruto do excelente desempenho do comércio internacional nesse

período, ainda assim, a sua participação no volume total das vendas externas do

setor eletroeletrônico foi de apenas 3,0% em 2008. Em comparação às demais

áreas, esse desempenho iguala-se ao de Informática e é inferior a de todos os

demais segmentos.

Page 149: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

127

Tabela 18 – Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões) de 2001 a 2008.

Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Automação Industrial (1)

74,2 66,7 76,5 114,4 143,7 238,9 280,3 314,2

Componentes Elétricos e Eletrônicos (2)

1.636,8 1.716,2 1.760,0 1.992,8 2.286,0 2.708,4 3.151,1 3.304,3

Equipamentos Industriais 351,6 297,6 362,8 475,9 640,4 917,8 1.012,8 1.141,2

Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

204,9 170,5 165,0 274,7 334,6 515,8 657,2 864,9

Informática 254,9 121,2 193,5 263,3 387,0 411,0 337,8 312,6

Material Elétrico de Instalação 154,7 142,4 150,7 202,8 228,6 308,2 288,5 325,5

Telecomunicações 1.337,8 1.343,0 1.333,9 1.142,0 2.832,3 3.114,5 2.491,5 2.539,7

Utilidades Domésticas 716,7 557,7 728,7 878,4 914,4 1.034,6 1.080,7 1.088,5

Total 4.731,7 4.415,2 4.771,0 5.344,2 7.767,0 9.249,1 9.299,8 9.890,8

Fonte: ABINEE, 2009.

(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos; (2) Inclui motocompressores para refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças; (3) Inclui auto-rádios. Fonte: MDIC/Secex

Page 150: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

128

Enquanto na área de Automação Industrial houve um incremento de 12,1 %

comparando 2008 com 2007, no complexo eletroeletrônico, nesse mesmo período, o

incremento foi de 6,4 %. Na área de GTD, foi registrado nesse mesmo período maior

incremento, 31,6 % (Tabela 19).

Tabela 19 – Variação das exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008.

Exportações do Setor Eletroeletrônico – 2007 e 2008

Janeiro-Dezembro

Áreas US$ milhões

Var% 2007 2008

Automação Industrial 280,3 314,2 12,1

Componentes 3.151,1 3.304,3 4,9

Equipamentos Industriais 1.012,8 1.141,2 12,7

GTD 657,2 864,9 31,6

Informática 337,8 312,6 -7,5

Material de Instalação 288,5 325,5 12,8

Telecomunicações 2.491,5 2.539,7 1,9

Utilidades Domésticas 1.080,7 1.088,5 0,7

Total 9.299,8 9.890,8 6,4

Fonte: ABINEE, 2009.

Um olhar apurado sobre as exportações do setor elétrico e eletrônico permite

identificar a posição relativa que ocupam os produtos da área de Automação

Industrial nesse contexto. De acordo com a Tabela 20, que exibe os principais

produtos da pauta de exportação do setor, as vendas de telefones celulares gozam

de larga vantagem em relação aos demais produtos. Em 2008, as exportações de

aparelhos celulares atingiram US$ 2,2 bilhões, com crescimento de 6% em relação a

2007, o que representou o dobro das vendas observadas para componentes para

equipamentos industriais (US$ 1,0 bilhão). Todos os demais produtos tiveram

vendas inferiores a US$ 1,0 bilhão, inclusive aqueles relacionados ao segmento de

Automação Industrial.

Page 151: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

129

Tabela 20 – Produtos mais Exportados 2007 e 2008.

Produtos mais exportados – 2007 e 2008

Janeiro-Dezembro

Produtos US$ milhões

Var% 2007 2008

Telefones Celulares 2.085 2.207 6

Comp. p/ Equip. Industriais 886 1.049 18

Eletrônica Embarcada 716 790 10

Motores e Geradores 568 655 15

Motocompressor Hermético 704 644 -9

Transformadores 327 443 36

Refrigeradores 292 281 -4

Outros Mat. Elet. Instalação 186 228 23

Cabos p/ Telecomunicação 216 225 4

Outros Equips. Industriais 231 215 -7

Fonte: ABINEE, 2009.

Apesar do volume ainda não ter alcançado a marca de um bilhão de dólares,

deve-se ressaltar o incremento observado para as exportações de transformadores

(+36%), cujas vendas passaram de US$ 327 milhões para US$ 443 milhões, de

Outros materiais elétricos de instalação (+23%), com vendas que foram de US$ 186

milhões em 2007 para US$ 228 milhões em 2008; e motores e geradores (+15%),

que alcançaram US$ 655 milhões em 2008 contra US$ 568 milhões no ano anterior.

Quanto ao destino das vendas dos produtos eletroeletrônicos (Tabela 21), os

países da Aladi continuaram sendo os principais compradores em 2008, somando

US$ 5,34 bilhões, o que representou mais do que a metade do total exportado pelo

setor. O crescimento de 8,0% das exportações para essa região entre 2007 e 2008

superou, inclusive, o ritmo de expansão das exportações totais do setor (6,4%).

Page 152: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

130

Tabela 21 - Destino das Exportações do setor eletroeletrônico 2007 e 2008.

Destino das Exportações – 2007 e 2008

Janeiro-Dezembro

Regiões US$ milhões

Var% 2007 2008

Estados Unidos 1.864,0 1.776,3 -4,7

Aladi (Total) 4.941,5 5.335,7 8,0

- Argentina 2.115,9 2.293,2 8,4

- Outros Aladi 2.825,6 3.042,5 7,7

União Européia 1.072,4 1.146,2 6,9

Sudeste da Ásia (Total) 341,3 427,0 25,1

- China 97,7 130,9 34,0

- Outros Sudeste da Ásia 243,5 296,1 21,6

Demais Países do Mundo 1.080,6 1.205,6 11,6

Total 9.299,8 9.890,8 6,4

Fonte: ABINEE, 2009

Nesse mesmo período, impressiona o crescimento expressivo das

exportações para o Sudeste da Ásia (+25,1%), principalmente para China (+34,0%),

apesar do nível das vendas ser bem menos expressivo em comparação às demais

regiões. A China adquiriu apenas US$ 130,9 milhões em produtos no ano de 2008 e

US$ 97,7 milhões em 2007. As compras dos demais países do Sudeste asiático

alcançaram US$ 243,5 milhões em 2007 e US$ 296,1 milhões em 2008.

Embora impliquem em volumes superiores a US$ 1,0 bilhão, as exportações

para o mercado americano continuaram recuando no período. Entre 2007 e 2008, a

retração das vendas foi de 4,7%, provocando a perda de representatividade dos

EUA, cuja participação nas exportações totais do setor passou de 20% em 2007

para 18% em 2008.

Para melhor percepção das exportações por segmento e região, reproduz-se

a Tabela 22 e Gráfico 12 que apresentam as vendas do setor eletroeletrônico e a

posição relativa referentes ao período de janeiro-dezembro de 2008. Dos bens de

automação industrial exportados em 2008 - 18% são destinados aos Estados

Unidos; 43,4 % são destinados à ALADI dos quais 10% à Argentina; União Européia

12,6 % e Sudeste da Ásia 10,7 %.

Page 153: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

131

Tabela 22 – Destino das Exportações do Setor Eletroeletrônico por Área – 2008.

Exportações do Setor Eletroeletrônico

Janeiro-Dezembro de 2008 – (US$ milhões)

Regiões Al COM EI GTD INF MEI TEL UD TOTAL

Estados Unidos 56,4 969,7 259,3 134,5 39,5 31,3 215,2 70,4 1.776,3

Aladi (Total) 136,3 1.232,2 355,8 371,5 245,5 167,4 2.076,2 750,7 5.335,7

- Argentina 31,5 589,5 124,4 88,0 153,7 60,3 908,0 337,7 2.293,2

- Outros Aladi 104,8 624,7 231,4 283,5 91,8 107,1 1.168,2 412,9 3.042,5

União Européia 39,6 554,6 255,7 74,1 11,7 66,0 54,4 90,0 1.146,2

Sudeste da Ásia (Total)

33,6 231,3 54,5 57,0 5,8 16,7 18,6 9,7 427,0

- China 4,0 99,0 10,8 3,3 1,3 6,8 4,6 1,1 130,9

- Outros Sudeste da Ásia

29,5 132,3 43,6 53,7 4,4 9,9 14,0 8,6 296,1

Demais Países do Mundo

48,2 316,5 215,9 227,8 10,2 44,0 175,2 167,7 1.205,6

Total 314,2 3.304,3 1.141,2 864,9 312,6 325,5 2.539,7 1.088,5 9.890,8

Fonte: ABINEE, 2009.

a) Participação no Destino das Exportações do setor por Área – 2008.

Regiões Al %

COM %

EI %

GTD %

INF %

MEI %

TEL %

UD %

TOTAL%

Estados Unidos 18,0 29,3 22,7 15,5 12,6 9,6 8,5 6,5 18,0

Aladi (Total) 43,4 37,3 31,2 43,0 78,5 51,4 81,8 69,0 53,9

- Argentina 10,0 17,8 10,9 10,2 49,2 18,5 35,8 31,0 23,2

- Outros Aladi 33,4 19,4 20,3 32,8 29,4 32,9 46,0 37,9 30,8

União Européia 12,6 16,8 22,4 8,6 3,7 20,3 2,1 8,3 11,6

Sudeste da Ásia (Total) 10,7 7,0 4,8 6,6 1,8 5,1 0,7 0,9 4,3

- China 1,3 3,0 0,9 0,4 0,4 2,1 0,2 0,1 1,3

- Outros Sudeste da Ásia

9,4 4,0 3,8 6,2 1,4 3,0 0,6 0,8 3,0

Demais Países do Mundo

15,3 9,6 18,9 26,3 3,3 13,5 6,9 15,4 12,2

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: ABINEE, 2009. Bens de: AI – Automação Industrial; COM – Componentes Elétricos e Eletrônicos; EI – Eletrônica Industrial; GTD – Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; INF – Informática; MEI – Material Elétrico de Instalação; TEL – Telecomunicações; UD – Utilidades Domésticas.

Page 154: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

132

b) Participação das exportações do setor elétrico e eletrônico em 2007 e 2008.

Gráfico 12 – Comportamento das Exportações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos

Econômicos.

Fonte: ABINEE, 2008.

4.2.1.1.2. Importações de Produtos do Setor Eletroeletrônico

O comportamento das importações da área de Automação Industrial, assim

como dos demais segmentos representados pela ABINEE, apresenta trajetória

exponencial, como pode ser verificado na Tabela 23, que mostra valores de

importações de produtos eletroeletrônicos por áreas.

Tabela 23 – Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Área (US$ milhões).

Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Automação Industrial (1)

965,8 776,1 707,8 870,4 828,8 1.325,6 1.757,4 2.275,8

Componentes Elétricos Eletrônicos

(2)

6.228,8 5.213,1 5.734,6 7.825,8 9.617,2 11.909,8 13.647,9 17.824,0

Equipamentos Industriais 1.580,3 1.795,4 1.287,1 894,7 949,9 1.518,5 1.892,1 2.805,8

Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

337,5 279,0 221,1 224,3 223,0 310,2 388,3 498,1

Informática 1.042,7 736,9 656,8 778,1 1.017,5 1.399,7 1.883,3 2.242,3

Material Elétrico de Instalação

593,4 436,9 449,4 585,6 569,7 651,6 755,6 1.043,9

Telecomunicações 2.340,1 707,1 605,0 923,7 1.093,5 1.234,5 2.020,9 3.202,7

Utilidades Domésticas (3)

400,0 350,0 386,0 564,7 835,5 1.354,9 1.707,5 2.140,1

Total 13.488,7 10.294,4 10.047,9 12.667,3 15.135,0 19.704,9 24.053,0 32.032,9

Fonte: ABINEE, 2009 (1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos; (2) Inclui motocompressores para refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças; (3) Inclui auto-rádios.

Page 155: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

133

Evidentemente, as importações foram favorecidas pela valorização da moeda

doméstica, no período que antecede a crise mundial, registrando crescimento de

40%, em dólares, ou 16%, em Reais. A expansão econômica, mais acelerada em

2008, foi outro fator que contribui para o avanço das importações sobre o mercado

doméstico. Entretanto, os reflexos da crise econômica mundial, evidenciados no

Brasil a partir de setembro de 2008, provocaram a reversão do cenário econômico

vivido. Assim, as importações que haviam crescido 43% nos nove primeiros meses

de 2008, em relação ao mesmo período de 2007, mostraram modesto avanço

interanual de 7% no quarto trimestre de 2008.

A área de componentes eletroeletrônicos registrou, em disparada, o maior

volume de importação em 2008. (US$ 17,8 bilhões), seguida por Telecomunicações

(US$ 3,2 bilhões), Equipamentos Industriais (US$ 2,8 bilhões), Automação industrial

(US$ 2,3 bilhões) e Informática (US$ 2,2 bilhões), conforme mostra a Tabela 24.

Tabela 24 – Importações do Setor Eletroeletrônico 2007 e 2008.

Importações do Setor Eletroeletrônico – 2007 e 2008

Janeiro-Dezembro

Áreas US$ milhões

Var% 2007 2008

Automação Industrial 1.757,4 2.275,8 29,5

Componentes 13.647,9 17.824,0 30,6

Equipamentos Industriais 1.892,1 2.805,8 48,3

GTD 388,3 498,1 28,3

Informática 1.883,3 2.242,3 19,1

Material de Instalação 755,6 1.043,9 38,2

Telecomunicações 2.020,9 3.202,7 58,5

Utilidades Domésticas 1.707,5 2.140,1 25,3

Total 24.053,0 32.032,9 33,2

Fonte: ABINEE, 2009.

Adicionalmente, chama a atenção de todos aqueles que se debruçam sobre

os números do setor eletroeletrônico o seu elevado coeficiente de importação. Nota-

se, a partir da Tabela 25, que o ritmo de crescimento total das importações entre

2007 e 2008 atingiu 33,2%. Constata-se também que o incremento das importações

das áreas de Telecomunicações (+58,5%); Equipamentos Industriais (+48,3%);

Material de Instalação (+38,2%) foi superior ao do total.

Page 156: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

134

Mesmo para os demais setores, a expansão das importações não foi tão

inferior assim ao aumento do total. A área menos afetada foi a de Informática, cujas

importações se expandiram ao redor de 20% entre 2007 e 2008.

Outro fator de destaque é que do total geral, 56% corresponderam às

importações de Componentes Elétricos e Eletrônicos (US$ 17,8 bilhões), com

destaque para os aqueles utilizados na produção de bens eletrônicos como os

componentes para informática, semicondutores e componentes para

telecomunicações, que registraram cerca de US$ 4,0 bilhões cada um deles.

No tocante aos dez produtos mais importados do setor eletroeletrônico, de

acordo com a Tabela 25, mais uma vez, surgem com força aqueles relacionados à

área de Componentes. Embora o ritmo de crescimento das importações de telefones

celulares (+113%), que passaram de US$ 375 milhões, em 2007, para US$ 797

milhões, em 2008, e de outros equipamentos industriais (+51%) tenha sido intenso,

o volume das compras externas de componentes superou a casa dos US$ 10,0

bilhões nesses dois anos. No caso dos componentes para telecomunicações, o

incremento foi de 50%, ao passo que os de informática atingiu 31% e o de

semicondutores, 18%.

Quanto à origem das importações, destacam-se os países do Sudeste da

Ásia, que somaram US$ 20,0 bilhões, representando 63% do total importado de

produtos do setor. Somente a China foi responsável por quase US$ 10 bilhões (31%

do total) das compras feitas pelo setor no Brasil, ampliando sua participação em 3

pontos percentuais em relação a 2007 (Tabela 26).

Page 157: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

135

Tabela 25 – Produtos mais Importados 2007 e 2008.

Produtos mais Importados – 2007 e 2008

Janeiro-Dezembro

Produtos US$ milhões

Var% 2007 2008

Comp. p/ Informática 3.088 4.053 31

Semicondutores 3.423 4.041 18

Comp. p/ Telecomunicações 2.649 3.979 50

Instrumentos de Medida 975 1.280 31

Eletrônica Embarcada 885 1.261 43

Outros Equips. Industriais 773 1.169 51

Outros Equips. Informática 890 981 10

Comp. p/ Equip. Industriais 627 832 33

Telefones Celulares 375 797 113

Outros Mat. Elet. Instalação 496 671 35

Fonte: ABINEE, 2009.

Tabela 26 – Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.

Importações do Setor Eletroeletrônico - 2008

Janeiro-Dezembro

Regiões US$ milhões

Var% 2007 2008

Estados Unidos 3.388,0 4.055,0 19,7

Aladi (Total) 756,5 1.137,7 50,4

- Argentina 270,0 318,5 18,0

- Outros Aladi 486,6 819,1 68,4

União Européia 4.407,6 5.726,6 29,9

Sudeste da Ásia (Total) 14.718,1 20.029,5 36,1

- China 6.710,3 9.808,3 46,2

- Outros Sudeste da Ásia 8.007,9 10.221,1 27,6

Demais Países do Mundo 782,7 1.084,1 38,5

Total 24.053,0 32.032,9 33,2

Fonte: ABINEE, 2009.

Apesar de registrar montante menos expressivo, os países que compõem a

Aladi também aumentaram sua participação no total importado do setor. Com

exceção da Argentina, as compras externas de produtos eletroeletrônicos dos

demais países pertencentes a este bloco cresceram 68,4% no período citado.

Page 158: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

136

Por conta da substituição de mercados, com o aumento da participação

relativa dos países do Sudeste asiático, os Estados Unidos, mesmo com avanço de

19,7% nas nossas aquisições, continuaram perdendo representatividade, passando

de 14%, em 2007, para 13%, em 2008.

As Tabelas 27 e 28 apresentam as importações do setor eletroeletrônico, por

área e por região de origem, referentes ao período de janeiro-dezembro de 2008,

bem como a participação relativa das importações de cada segmento do setor

eletroeletrônico nas regiões mencionadas e o Gráfico 13 apresenta a participação

nas importações deste setor.

Tabela 27 – Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.

Importações do Setor Eletroeletrônico

Janeiro-Dezembro de 2008 – (US$ milhões)

Regiões Al COM EI GTD INF MEI TEL UD TOTAL

Estados Unidos

798,3 1.273,8 568,1 55,3 359,7 164,1 545,8 289,9 4.055,0

Aladi (Total) 30,0 523,5 47,5 28,9 72,8 45,3 254,3 135,4 1.137,7

- Argentina 12,1 159,0 26,2 18,6 0,9 31,1 14,3 56,3 318,5

- Outros Aladi 17,9 364,5 21,3 10,3 71,8 14,1 240,0 79,1 819,1

União Européia

843,1 2.531,4 696,6 200,7 211,3 385,2 464,8 393,5 5.726,6

Sudeste da Ásia (Total)

446,1 13.014,9 1.384,1 165,6 1.555,1 409,2 1.787,8 1.266,6 20.029,5

- China 137,7 5.553,9 757,9 84,9 877,0 267,1 1.179,3 950,5 9.808,3

- Outros Sudeste da Ásia

308,4 7.461,0 626,2 80,7 678,1 142,1 608,4 316,1 10.221,1

Demais Países do Mundo

158,3 480,4 109,5 47,7 43,4 40,1 150,1 54,7 1.084,1

Total 2.275,8 17.824,0 2.805,8 498,1 2.242,3 1.043,9 3.202,7 2.140,1 32.032,9

Fonte: ABINEE, 2009.

Page 159: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

137

Tabela 28 – Origem das Importações do Setor Eletroeletrônico por Áreas em 2008.

Participação das Importações do Setor Eletroeletrônico

Janeiro-Dezembro de 2008

Regiões Al %

COM %

EI %

GTD %

INF %

MEI %

TEL %

UD %

TOTAL%

Estados Unidos 35,1 7,1 20,2 11,1 16,0 15,7 17,0 13,5 12,7

Aladi (Total) 1,3 2,9 1,7 5,8 3,2 4,3 7,9 6,3 3,6

- Argentina 0,5 0,9 0,9 3,7 0,0 3,0 0,4 2,6 1,0

- Outros Aladi 0,8 2,0 0,8 2,1 3,2 1,4 7,5 3,7 2,6

União Européia 37,0 14,2 24,8 40,3 9,4 36,9 14,5 18,4 17,9

Sudeste da Ásia (Total)

19,6 73,0 49,3 33,2 69,4 39,2 55,8 59,2 62,5

- China 6,1 31,2 27,0 17,0 39,1 25,6 36,8 44,4 30,6

- Outros Sudeste da Ásia

13,6 41,9 22,3 16,2 30,2 13,6 19,0 14,8 31,9

Demais Países do Mundo

7,0 2,7 3,9 9,6 1,9 3,8 4,7 2,6 3,4

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: ABINEE, 2009. Bens de: AI – Automação Industrial; COM – Componentes Elétricos e Eletrônicos; EI – Eletrônica Industrial; GTD – Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; INF – Informática; MEI – Material Elétrico de Instalação; TEL – Telecomunicações; UD – Utilidades Domésticas.

Dos bens de Automação Industrial importados em 2008 – 35,1% são

provenientes dos Estados Unidos; 1,3% são provenientes da ALADI dos quais 0,8%

da Argentina; 37,0% da União Européia e 19,6% do Sudeste da Ásia.

Gráfico 13 – Comportamento das Importações de Produtos Eletroeletrônicos por Blocos

Econômicos.

Fonte: ABINEE, 2008.

Page 160: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

138

4.2.1.1.3. Saldo do Setor Eletroeletrônico

A balança comercial do setor eletroeletrônico, por blocos econômicos, mostra

que no acumulado de 2008, o déficit comercial de produtos eletroeletrônicos foi de

US$ 22,1 bilhões, 50% superior ao ocorrido no ano anterior (US$ 14,75 bilhões).

Entende-se que o resultado apresentado em 2008 não foi pior por que a crise

mundial limitou o ritmo de crescimento das importações, arrefecendo a crescente

diferença entre as compras e as vendas ao exterior. A ABINEE estima que, se não

fosse pela crise, o déficit comercial poderia atingir cifra superior a US$ 25 bilhões. O

Gráfico 14 exibe as informações mencionadas acima para os anos de 2007 e 2008.

Gráfico 14 – Balança Comercial de Produtos Eletroeletrônicos (US$ bilhões).

Fonte: ABINEE, 2008.

Destaca-se também que este saldo negativo foi recorde histórico, uma vez

que o déficit do setor nunca havia ultrapassada a marca de US$ 15 bilhões

O setor elétrico e eletrônico, ao lado do setor químico e farmacêutico,

apresenta déficit estrutural crônico, que tende a se agravar se nada for feito. Estudo

promovido pela ABINEE (Agenda 2020) aponta algumas medidas que podem

arrefecer essa explosiva situação

4.2.1.2. Faturamento do Setor de Eletroeletrônicos

O faturamento do setor eletroeletrônico cresceu significativamente nos últimos

cinco anos, como mostra a Tabela 29. De um total de US$ 24,7 bilhões em 2001, a

receita bruta do setor alcançou quase US$ 70 bilhões em 2008, impulsionada pelo

excepcional desempenho do comércio mundial e crescimento do mercado interno.

Page 161: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

139

Tabela 29 – Faturamento da Indústria Eletroeletrônica por Área (US$ milhões) de 2001 a 2008.

Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Automação Industrial (1)

511 503 560 715 957 1.244 1.589 1.876

Componentes Elétricos Eletrônicos

(2)

2.237 2.022 2.239 2.973 3.555 4.322 5.209 5.170

Equipamentos Industriais 2.781 2.422 2.743 3.527 4.853 6.119 7.977 9.997

Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

1.934 1.748 1.449 1.907 2.694 4.212 5.440 6.487

Informática 6.263 4.576 5.438 7.049 10.039 13.512 16.138 19.199

Material Elétrico de Instalação

1.952 1.589 1.495 2.033 2.626 3.103 3.924 4.529

Telecomunicações 4.860 2.539 2.852 4.445 6.759 7.690 8.964 11.726

Utilidades Domésticas (3)

4.198 3.859 4.044 5.242 6.647 7.607 8.096 8.005

Total 24.736 19.257 20.820 27.891 38.131 47.808 57.338 66.989

Fonte: ABINEE, 2009.

(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos; (2) Inclui motocompressores para refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças; (3) Inclui auto-rádios.

4.2.1.3. Principais Produtos Exportados / Importados do Setor Eletroeletrônico

A Tabela 30 apresenta os principais produtos exportados de 2003 a 2008,

onde se destaca que os produtos mais exportados foram os telefones celulares. A

Tabela 31 apresenta os principais produtos mais importados de 2003 a 2008, onde

em 2008 os componentes para informática foram os mais importados. Na Tabela 32,

está indicado o Fluxo de Comércio de Produtos Eletroeletrônicos por Área de 2001 a

2008, onde se constata que o maior fluxo é na área de componentes elétricos e

eletrônicos, principalmente pelo volume de importações.

Page 162: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

140

Tabela 30 – Principais Produtos Eletroeletrônicos Exportados – 2003 a 2008 (US$ milhões).

Produtos 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Telefones Celulares 1.068,6 736,0 2.408,9 2.664,7 2.085,0 2.207,2

Componentes para Equipamentos Industriais

299,9 294,4 426,1 616,4 885,6 1.048,9

Eletrônica Embarcada 294,0 405,1 552,6 630,7 716,0 790,0

Motores e Geradores 216,8 280,0 348,6 431,6 567,9 655,2

Motocompressor Hermético 461,7 506,3 549,2 643,0 704,3 644,1

Transformadores 53,0 92,7 133,0 202,1 326,7 443,2

Refrigeradores 163,7 243,7 253,3 278,5 292,2 281,3

Cabos para Telecomunicação 55,5 71,4 98,0 129,3 216,4 224,8

Instrumentos de Medida 50,2 79,5 88,5 151,4 177,5 204,1

Componentes para Telecomunicações

147,6 208,2 207,0 191,2 178,5 154,8

Fonte: ABINEE, 2009.

Tabela 31 – Principais Produtos Eletroeletrônicos Importados – 2003 a 2008 (US$ milhões).

Produtos 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Componentes para Informática 878,7 1.170,1 1.597,8 2.177,5 3.088,5 4.052,6

Semicondutores 1.742,9 2.397,5 2.904,2 3.332,5 3.423,3 4.040,5

Componentes para Telecomunicações

812,5 1.285,1 1.744,8 2.420,3 2.649,4 3.978,9

Instrumentos de Medida 510,8 665,4 592,6 796,5 975,3 1.280,1

Eletrônica Embarcada 454,3 546,4 648,3 657,1 884,6 1.261,1

Componentes para Equipamentos industriais

414,7 497,9 498,4 620,3 627,1 832,2

Telefones Celulares 86,8 166,7 231,3 282,1 374,6 797,0

Aparelhos Eletrodomésticos 73,9 70,0 89,5 377,4 480,5 607,7

Componentes Passivos 257,4 342,8 372,1 488,5 494,1 599,0

Máquinas para Processamento de Dados

221,7 304,6 358,6 409,5 431,6 598,3

Fonte: ABINEE, 2009.

Page 163: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

141

Tabela 32 – Fluxo de Comércio de Produtos Eletroeletrônicos por Área – 2001 a 2008 (US$ milhões).

Áreas 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Automação Industrial (1)

1.040,0 842,8 784,3 984,7 972,5 1.564,4 2.037,7 2.590,0

Componentes Elétricos Eletrônicos

(2)

7.865,6 6.929,3 7.494,6 9.818,6 11.903,2 14.618,1 16.799,0 21.128,3

Equipamentos Industriais

1.932,0 2.093,0 1.649,9 1.370,6 1.590,2 2.436,3 2.904,9 3.947,0

Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

542,4 449,4 386,1 498,9 557,6 826,0 1.045,4 1.363,0

Informática 1.297,6 858,1 850,3 1.041,4 1.404,5 1.810,7 2.221,1 2.554,9

Material Elétrico de Instalação

748,1 579,3 600,1 788,4 798,3 959,8 1.044,1 1.369,4

Telecomunicações 3.677,9 2.050,1 1.938,8 2.065,8 3.925,8 4.349,1 4.512,4 5.742,4

Utilidades Domésticas (3)

1.116,7 907,7 1.114,7 1.443,1 1.749,8 2.389,1 2.788,2 3.228,6

Total 18.220,4 14.709,6 14.818,9 18.011,4 22.902,0 28.954,0 33.352,9 41.923,7

Fonte: ABINEE, 2009.

(1) Inclui instrumentação e instrumentos eletromédicos; (2) Inclui motocompressores para refrigeração, eletrônica embarcada e partes e peças; (3) Inclui auto-rádios.

4.2.1.4. Panorama Comercial com a China

A China assumiu, nos últimos anos, posição de destaque no comércio

bilateral com o Brasil, sendo em 2008 o 2º principal mercado de origem das

importações e o 3º destino das exportações. O fluxo de comércio

(exportações+importações) entre os dois países aumentou mais de quinze vezes, de

2000 para 2008, passando de U$ 2,3 bilhões para US$ 36 bilhões.

Relativamente ao setor eletroeletrônico, a China constitui o principal

fornecedor do Brasil, representando mais de 30% do total importado em 2008, a

maior participação relativa em termos de país na pauta brasileira.

4.2.1.4.1. Exportações

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior – MDIC, as exportações brasileiras para a China passaram de

US$ 1,08 bilhão em 2000, para US$ 16,4 bilhões em 2008.

A pauta de exportações do Brasil com a China está concentrada em um

número reduzido de produtos, na maior parte básicos (commodities) e

semimanufaturados. A participação relativa de produtos básicos tem crescido mais

Page 164: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

142

rapidamente do que as exportações de manufaturas e, em 2008, representou mais

de 70% do total das exportações brasileiras para a China. A participação dos

produtos básicos na pauta de exportações brasileira foi de 37%, em 2008.

Os cinco principais produtos brasileiros vendidos para a China foram

responsáveis por mais de 80% de nossa receita de exportação em 2008 com aquele

país, a saber: soja em grãos (32,3% do total exportado); minérios de ferro (30,0%);

óleos brutos de petróleo (10,4%); óleo de soja em bruto (5,0%) e pasta química de

madeira – celulose (4,2%).

O complexo de soja e os minérios têm mantido uma participação na pauta de

exportações acima de 50%, desde 2001. No que concerne às exportações

brasileiras de soja, a China ultrapassou o Japão, em 2003, e tornou-se o maior

importador de soja brasileira. Em 2008, a China importou US$ 5,3 bilhões do

produto, apresentando crescimento de 88,0% em relação a 2007.

O crescimento do setor siderúrgico na China estimula as importações de

minério de ferro. A China é o principal comprador de minério de ferro produzido no

Brasil, com importações de US$ 3,7 bilhões em 2007, continuando a expandir suas

importações em 2008 (US$ 4,9 bilhões, com crescimento de 31,7% sobre 2007).

4.2.1.4.2. Importações

As importações brasileiras provenientes da China passaram de US$ 1,2

bilhão em 2000 para US$ 20,0 bilhões, em 2008. A participação da China na pauta

de importações brasileira passou de 2,2% em 2000 para 11,6% em 2008.

A pauta de importações apresenta uma elevada presença de máquinas,

aparelhos e materiais elétricos e eletrônicos. Parte significativa dos produtos

eletroeletrônicos importados da China é de componentes usados na indústria da

informática, telefonia e outros aparelhos elétricos, que entram na cadeia produtiva

das indústrias instaladas no Brasil, notadamente nos estados do Amazonas, São

Paulo e Bahia.

Os dez principais produtos importados da China em 2008 foram: circuitos

impressos e outras partes, para aparelhos de telefonia (5,3% do total da pauta de

importações); partes e acessórios de máquinas automáticas para processamento de

dados (4,8%); dispositivos de cristais líquidos LCD (4,0%); máquinas automáticas

Page 165: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

143

para processamento de dados e suas unidades (3,6%); partes de aparelhos

transmissores ou receptores (3,5%); coques e semicoques de hulha (3,0%); circuitos

integrados e microconjuntos eletrônicos (2,6%); motores, geradores e

transformadores elétricos e suas partes (2,5%); laminados planos de ferro ou aços

(2,3%); e aparelhos transmissores/receptores de telefonia celular (2,2%).

No que diz respeito ao crescimento das importações de produtos do setor

eletroeletrônico, na comparação 2007/2008, destacam-se aparelhos

transmissores/receptores de telefonia celular (157,3%); e partes de aparelhos

transmissores/receptores (105,2%).

4.2.1.5. Considerações sobre o desempenho de 2008

O déficit da balança comercial do setor atingiu o montante de US$ 10,3

bilhões no primeiro trimestre, 61% acima do verificado no mesmo período de 2007

(US$ 6,4 bilhões). O faturamento da área de GTD – Geração, Transmissão e

Distribuição de Energia Elétrica – cresceu 12% nesse período, sendo o destaque

inicial.

Os negócios continuaram sustentados, principalmente, pelas encomendas de

equipamentos para transmissão de energia, em função dos leilões ocorridos nos

últimos anos. Em 2008, ocorreu um novo leilão, no dia 27 de junho, com cerca de 3

mil quilômetros de linhas, que deverá gerar investimentos da ordem de R$ 2,86

bilhões nos próximos anos. Neste leilão, entre outras, está prevista a interligação na

Região Norte entre o estado do Pará e Manaus/AM, integrando boa parte do sistema

isolado ao restante do país (SIN – Sistema Interligado Nacional). Além disso, os

investimentos abrangem, também, reforço das linhas existentes e implantação de

novas linhas.

Quanto à distribuição, as encomendas, no início de 2008 foram menores do

que no início de 2007, em decorrência, entre outros fatores, da redução das

encomendas do Programa Luz para Todos, que se encontra em fase final. Apesar

disso, espera-se a retomada de alguns negócios, uma vez que ainda existem cerca

de 500 mil ligações para serem realizadas neste ano de 2008. Notou-se, também,

neste primeiro semestre, queda no ritmo de investimentos em infraestrutura deste

segmento.

Page 166: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

144

Em geração, as encomendas começam a aparecer devido aos leilões

ocorridos em 2007, e aos que estão em curso. Como o segmento é de longa

maturação, o faturamento decorrente não deve ser expressivo em 2008, ou seja, o

reflexo positivo só ocorrerá a partir de 2009. Nas áreas de Automação Industrial e

equipamentos industriais, que cresceram 17% e 12%, respectivamente, os negócios

permaneceram aquecidos no primeiro semestre em virtude dos investimentos

produtivos em diversos setores, especialmente açúcar e álcool, petróleo e gás,

siderurgia e mineração.

Quanto à área de informática, cujo crescimento atingiu 8% neste início de

ano, a continuidade dos programas do Governo para a inclusão digital, que deram

condições especiais de financiamento para microcomputadores pessoais e

determinaram ações de combate ao mercado ilegal, contribuíram para o bom

desempenho desse segmento industrial. Neste primeiro semestre, o mercado

brasileiro de microcomputadores pessoais movimentou 5,7 milhões de unidades,

registrando crescimento de 31% em comparação ao mesmo período de ano passado

(4,3 milhões). Deste total, 3,9 milhões são desktops e 1,8 milhões são notebooks,

sendo que este último teve crescimento de 186%, enquanto as vendas de desktops

cresceram 5%.

O crescimento do faturamento da área de telecomunicações, de 33% nos seis

primeiros meses deste ano, ocorreu em função da implantação da infraestrutura da

tecnologia 3G e da banda larga para Internet. Também contribuiu para este

crescimento a venda de telefones celulares. Neste caso, segundo dados da

ANATEL, a implantação de novas linhas neste primeiro semestre chegou a 12,2

milhões de terminais, 81% acima das ocorridas no mesmo período de 2007 (6,7

milhões).

Também foi importante o crescimento de 7% das exportações destes

aparelhos, que passaram de 11,4 milhões de unidades, no primeiro semestre de

2007, para 12,2 milhões de unidades, no primeiro semestre de 2008. O faturamento

da área de material elétrico de instalação cresceu 7%, com os negócios estimulados

pelo crescimento da indústria da construção civil. Como já citado, as áreas que

apontaram resultados negativos foram as de componentes eletroeletrônicos (-5%) e

utilidades domésticas (-8%). No primeiro caso, continuaram as dificuldades, devido à

Page 167: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

145

forte concorrência com produtos importados e pelas suas condições desfavoráveis

de acesso ao mercado. No caso de utilidades domésticas, por conta do fraco

desempenho dos bens da linha marrom e dos eletrodomésticos portáteis.

Em relação ao 1º trimestre de 2009, até o quarto trimestre de 2008, as

empresas do setor manifestavam otimismo por causa do ritmo de crescimento dos

negócios, com 90% delas mostrando expectativa de estabilidade e crescimento em

relação ao trimestre anterior. Destaca-se que 100% das empresas fabricantes de

equipamentos industriais, por exemplo, demonstravam expectativas favoráveis para

o ano de 2009. Com o início da crise, tais expectativas foram revertidas

abruptamente, passando de otimistas para pessimistas em relação ao 1º trimestre

de 2009. Nesse caso, apenas 26% das empresas continuaram apostando em

crescimento no 1º trimestre de 2009 em relação ao ano anterior. (Gráfico 14 do

subitem 4.2.1.1.3). Pode-se constatar que esta taxa foi a mais baixa dos últimos

anos. É importante destacar também que as diversas áreas da indústria

eletroeletrônica têm comportamentos muito distintos, e que os efeitos da crise as

atingem de maneira e intensidade diferentes.

Sondagens feitas pela ABINEE revelaram que o faturamento do setor

eletroeletrônico deverá recuar 2,0% em 2009. Em especial, destaca-se o fato de

que a área de Telecomunicações deverá registrar retração por causa,

principalmente, da queda de vendas de telefones celulares, visto que as empresas

desta área acreditam que os investimentos em infraestrutura deverão manter-se

firmes no decorrer de 2009 (Tabela 33).

Page 168: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

146

Tabela 33 – Projeções de Faturamento por Área (em R$ milhões a preços correntes).

Projeção para o Faturamento Total por Área (R$ milhões a preços correntes)

Áreas 2008 2009 Var %

Automação Industrial 3.446 3.481 1%

Componentes 9.500 8.930 -6%

Equipamentos Industriais

18.369 18.737 2%

GTD 11.919 11.919 0%

Informática 35.278 35.278 0%

Material de Instalação 8.323 7.906 -5%

Telecomunicações 21.546 20.039 -7%

Utilidades Domésticas 14.710 14.710 0%

Total 123.092 121.000 -2%

Fonte: ABINEE, 2009.

Pelas projeções realizadas acima indicadas a área de Automação Industrial

deverá crescer 1 % em 2009 comparado com 2008. Haverá um crescimento de 2 %

em equipamentos industriais e o setor elétrico e eletrônico em 2009 comparado com

2008 terá redução do faturamento de 2 % (Tabela 34).

Tabela 34 – Projeções dos Principais indicadores do setor.

Projeções dos Principais Indicadores do Setor

Indicador 2008 2009 2009 X 2008

Faturamento (R$ milhões) 123.092 121.000 -2%

Faturamento (US$ milhões) 66.989 55.244 -18%

Exportações (US$ milhões) 9.891 7.500 -24%

Importações (US$ milhões) 32.033 23.000 -28%

Saldo (US$ milhões) -22.142 -15.500 -30%

Nº de Empregados (mil) 162 152 -6%

Fonte: ABINEE, 2009.

Pela crise e a revisão das estimativas para 2009, no setor elétrico e eletrônico

haverá uma queda do faturamento de 18 %. As exportações terão uma queda de 24

% comparando a estimativa de 2009 com 2008 e uma maior queda nas importações

comparando a estimativa de 2009 com 2008 – queda de 28 %, o que resulta numa

Page 169: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

147

queda na balança do saldo comercial comparando 2009 com 2008 de 30 % (Tabela

35).

Tabela 35 – Saldos Negativos da Balança Comercial do Setor Eletroeletrônico.

Ano US$ bilhões Comparando Incremento em %

2003 5,3 -- --

2004 7,3 2004 sobre 2003 38,8

2005 7,4 2005 sobre 2004 0,6

2006 10,5 2006 sobre 2005 41,9

2007 14,8 2007 sobre 2006 41,1

2008 22,1 2008 sobre 2007 50,1

2009 previsão 15,5 --

Fonte: ABINEE, 2009.

Pela crise mundial, no setor elétrico e eletrônico em 2009, estima-se queda

nas exportações e uma maior queda nas importações o que resultaria (comparando

a estimativa de 2009 com 2008 haveria uma ―queda‖ na balança comercial) em

2009, um saldo negativo na balança comercial de aproximadamente 15,5 bilhões ao

invés de aproximadamente 30 bilhões de dólares previstos inicialmente. Sem a crise,

o saldo comercial estaria crescendo quase geometricamente e com esse ritmo, se

nada for feito, governo e iniciativa privada, o país terá muitas dificuldades de

suportar este déficit, principalmente pela importação crescente de componentes

eletrônicos e em particular pela importação de semicondutores.

4.2.2. Análise Econômica do Setor de Eletrônica para Automação 3

4.2.2.1. Apresentação

Em um mundo globalizado, a busca pela automação em diversos setores da

atividade econômica responde a três exigências primordiais: aprimoramento da

qualidade de produtos e processos, obtenção de ganhos de produtividade e,

consequentemente, elevação da competitividade das empresas. Além disso, outra

justificativa para investimentos em automação relaciona-se à segurança dos

3 Nota Técnica produzida pelo Departamento de Economia da ABINEE (DECON), por solicitação do

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), no âmbito do Estudo Prospectivo Setorial de Eletrônica para Automação (Cavalcanti, 2009).

Page 170: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

148

processos industriais e de infraestrutura críticos, uma vez que a automação permite

minimizar o erro humano.

Cada um desses objetivos incorpora elementos de diferenciação para o

desempenho de uma empresa ou de um setor econômico. A acirrada concorrência

capitalista se volta à busca incessante por resultados melhores e sustentáveis ao

longo do tempo. Nesse sentido, a automação é um fato presente nas estratégias

empresariais, gozando de participação crescente em seus orçamentos.

Por outro lado, a automação traz subjacente dois aspectos de natureza

fundamental para a viabilidade dos negócios e para a ampliação da participação no

mercado (market share). O primeiro diz respeito ao seu caráter integrador. A cada

dia, é crescente o número de empresas que passam a utilizar equipamentos e

softwares de gestão que permitem, seja do ponto de vista do processo produtivo,

seja do ponto de vista da administração interna, a integração de diversas funções,

aumentando assim as economias de escala e de escopo.

O segundo aspecto relaciona-se ao progresso tecnológico. É inegável que a

automação, ao expandir as fronteiras dos controles mecânicos e garantir melhor

gestão e organização dos processos internos, passou a representar um importante

foco de inovação. A bem da verdade, automação depende muito da inovação, o que

eleva a sua importância e presença nas decisões de investimento das empresas.

Sem adentrar no mérito do conceito de automação, é conveniente

destacarmos o fato de que esta apresenta natureza multidisciplinar, exigindo a

participação de uma ampla gama de setores do conhecimento humano, como

mecânica, eletrônica, elétrica, física, química e informática. Cabe ressaltar, também,

que os avanços produzidos pela automação exercem forte efeito multiplicador sobre

a geração de emprego e renda e contribuem para canalizar as atividades científicas

do país na criação de produtos com elevado conteúdo tecnológico e alto valor

agregado.

É o caso, por exemplo, dos avanços produzidos no setor industrial, em

particular, nos ramos automotivo, siderúrgico, aeronáutico, de papel e celulose e de

plásticos, apenas para citar alguns. Com a abertura da economia no início dos anos

90 e o aumento da concorrência estrangeira, a indústria de transformação brasileira

Page 171: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

149

passou por radical transformação ao buscar se adaptar aos novos tempos. Em todo

o percurso, é impossível dissociar as mudanças dos processos de automação.

No setor bancário, a situação é mais antiga e profunda. Desde o final dos

anos 60, a automação bancária passou por quatro etapas distintas, com a

implantação de:

1º) Sistemas automatizados para controle administrativo;

2º) Sistemas automatizados para apoio gerencial;

3º) Sistemas automatizados para atendimento ao público e;

4º) Sistemas automatizados por meio remoto e uso da Internet.

Ao final dos anos 60, foram colocadas em prática as primeiras experiências

de automação para controle administrativo. O aparecimento dos centros de

processamento de dados (CPDs), localizados nas proximidades dos centros

urbanos, simboliza esse momento. Os CPDs alteraram completamente a rotina do

serviço de retaguarda das agências bancárias e passaram a controlar e centralizar

as informações de um número crescente de agências dispersas pelas cidades e

regiões do país.

No início dos anos 80, aparecem os primeiros bancos eletrônicos e suas

agências on-line que empregam sistemas automatizados para atendimento público.

Nesse processo, as contas são atualizadas instantaneamente e as informações são

transmitidas eletronicamente. Nesse mesmo período começam a operar também os

terminais de transferência de fundos com o uso de cartões magnéticos.

Por fim, os bancos adentraram ao mundo da Internet e passaram a deslocar

para a rede mundial os serviços, que ainda podem ser realizados nas agências, mas

que se tornaram muito mais ágeis e simples por intermédio de um desktop ou de um

notebook.

No âmbito do comércio, a crescente concorrência entre lojas do mesmo

formato e entre diferentes tipos de lojas, leva as empresas do setor a implantarem

programas de redução de custos, de racionalização das operações e de

diferenciação de serviços para atrair maior número de consumidores. As

modificações visam maior eficiência operacional e melhorias na gestão das

empresas, de forma a capacitá-las a obter vantagens comparativas firmes, cada vez

Page 172: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

150

mais centradas na estrutura de custos, qualidade, atendimento e serviços

oferecidos.

Entre outras coisas, as vantagens estão baseadas na automatização como

elemento cada vez mais importante na cadeia de varejo e no suporte à atividade de

distribuição e no emprego de novos sistemas, ferramentas e técnicas, como gestão

de estoques, gerência por categoria, Electronic Data Interchange (EDI) e

benchmarking.

A automatização do setor tem permitido um conhecimento maior sobre a

circulação de produtos e ganhos de eficiência na cadeia ―varejo-fabricantes‖. O EDI

é, por exemplo, uma das formas de integração entre empresas, substituindo

documentos comerciais entre fornecedores e varejo, como pedidos de compra,

faturas, conhecimento de embarque, avisos de recebimento, etc. Outro instrumento

é o Efficient Consume Response (ECR) onde através do qual, fornecedores e

distribuidores compartilham informações e trabalham em conjunto, trazendo maior

eficiência à cadeia como um todo, obtendo redução de custos e de estoques totais e

melhor atendimento ao consumidor através, por exemplo, de um sortimento correto

das lojas.

É perceptível que a automação avança em várias frentes e representa

caminho irreversível em direção ao futuro. A realidade econômico-financeira deste

segmento está retratada na próxima seção. Números sobre faturamento,

exportações e importações são apresentados. Em sequência, se estabelece um

paralelo crítico com a crise financeira mundial, que despontou em 2007, mas atingiu

a maioria das nações a partir do segundo semestre de 2008. Os reflexos da crise

para a continuidade do ciclo de investimentos no Brasil são discutidos na terceira

seção, com ênfase para os possíveis efeitos no segmento de automação do país.

Por fim, apresenta-se uma breve conclusão.

O Anexo II apresenta dados econômicos do setor de Eletrônica para

Automação.

Page 173: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

151

4.2.2.2. Os Números do Setor de Eletrônica para Automação 4

A produção de equipamentos, máquinas, softwares e serviços utilizados na

Automação Industrial, Predial, Residencial, Comercial e Bancária cresceu durante o

ciclo de investimentos no período recente no país. Embora seja quase impossível

separar a produção desses equipamentos por área representativa, reconhece-se

que a automação assume importância crescente dentro do setor produtivo nacional.

Como já foi apresentado anteriormente, não há no Brasil instituições que

contabilizem dados do setor de Eletrônica para Automação conforme segmentado

neste estudo: industrial, predial, comercial e bancária. Cada instituição (ABINEE,

IBGE e FEBRABAN) considera essas empresas como tendo representatividade nas

áreas industrial, elétrica e eletrônica, geração de energia e/ou informática e outras.

Há um maior número de empresas nessa atividade. Dados da PIA Empresa

(Pesquisa Industrial Anual do IBGE) mostram que entre 2005 e 2007 (último ano

disponível), a quantidade de empresas cuja atividade principal restringia-se ao

desenvolvimento de produtos para automação industrial saltou de 3.534 para 3.835,

o que significou a expansão de 8,5% em apenas três anos. O Quadro 5 traz

esclarecimentos sobre esses números.

É ainda mais importante o fato de que os grupos de atividades ligados à

produção de aparelhos e instrumentos de medida e de equipamentos dedicados à

automação industrial, o que se pode chamar de ―núcleo‖ do complexo, tiveram

expansão nesse período. No primeiro caso, o número de empresas passou de 226

para 320 (41,6%), enquanto no segundo, o avanço foi de 219 para 246 (12,3%).

4 A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) divulga regularmente

informações sobre faturamento, exportação, importação e número de empregados do setor eletroeletrônico. Dentre as áreas de sua competência, insere-se o segmento de Automação Industrial. Portanto, os dados disponíveis no Quadro 2 provêm das planilhas oferecidas pelo Departamento de Economia (DECON) da ABINEE. Dados de empresa e produção física foram extraídos da PIA Empresa 2006 e da PIA Produto 2006 (IBGE). Para a produção física, projetou-se, a partir da PIA Produto, os resultados para 2007 e 2008.

Page 174: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

152

Quadro 5 – Número de Empresas ligadas ao Setor de Eletrônica para Automação (Representação na PIA Empresa).

CNAE* Grupos de Atividades 2005 2006 2007

30.2 Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos para processamento de dados

388 451 494

31.2 Fabricação de equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica

584 532 585

33.2 Fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e controle - exceto equipamentos para controle de processos industriais

226 234 320

33.3 Fabricação de máquinas, aparelhos e equipamentos de sistemas eletrônicos dedicados à automação industrial e controle do processo produtivo

219 254 246

33.9 Manutenção e reparação de equipamentos médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos e equipamentos para automação industrial

112 129 183

TOTAL 3.534 3.606 3.835

Fonte: IBGE, 2009.

* CNAE 1.0 – Classificação Nacional de Atividades Econômicas.

Ademais, não é difícil inferir que o ciclo de investimentos observado entre

2006 e 2008 tenha elevado o número de empresas em várias dessas áreas ligadas

à automação. Por um lado, o crescimento foi impulsionado pelas inversões feitas em

siderurgia, petróleo e gás, papel e celulose, automobilística e aeronáutica – ramos

intensivos em capital e, por outro, pelos setores alimentício, têxtil e de calçados que,

embora sejam intensivos em mão-de-obra, viram-se forçados a intensificar a

mecanização/automação para enfrentarem a redução de competitividade produzida

pela valorização da moeda nacional.

Outro aspecto importante diz respeito ao número de postos de trabalho

gerados no setor de Eletrônica para Automação (Quadro 6). De acordo com a PIA

Empresa, entre 2005 e 2007, o número de empregos nos setores representados

saltou de 87,6 mil para 109,8 mil (25,3%). Os destaques ficam para os ramos de

máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos para processamento de dados

com incremento de 51,9% e o de fabricação de máquinas, aparelhos e

equipamentos de sistemas eletrônicos dedicados à automação industrial e controle

Page 175: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

153

do processo produtivo com 34,1% de aumento no número de empregados. O ramo

que apresentou a menor quantidade de postos gerados foi o de fabricação de

equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica com 2,8%.

Quadro 6 – Número de Empregados ligados ao Setor de Eletrônica para Automação (Representação na PIA Empresa).

CNAE* Grupos de Atividades 2005 2006 2007

30.2 Fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos para processamento de dados

28.704 33.956 43.588

31.2 Fabricação de equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica

31.775 29.550 32.649

33.2 Fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e controle - exceto equipamentos para controle de processos industriais

15.988 15.596 18.577

33.3 Fabricação de máquinas, aparelhos e equipamentos de sistemas eletrônicos dedicados à automação industrial e controle do processo produtivo

6.360 7.744 8.530

33.9 Manutenção e reparação de equipamentos médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos e equipamentos para automação industrial

2.828 3.776 4.474

TOTAL 87.660 92.628 109.825

Fonte: IBGE, 2009.

* CNAE 1.0 – Classificação Nacional de Atividades Econômicas.

A análise das informações estatísticas sobre faturamento, importações e

exportações do segmento de automação no Brasil (Quadros 7 e 8) revela que:

O faturamento das empresas de automação mais do que dobrou no

período compreendido entre 1996 e 2008, retratando claramente a sua

importância para outros segmentos industriais, como siderurgia, petróleo e

gás, mineração, açúcar e álcool, automobilística e aeronáutica. No âmago

do ciclo de investimentos recente (2006-2008), a receita líquida subiu

aproximadamente 27%, passando de R$ 2,7 bilhões, em 2006, para R$

3,4 bilhões em 2008;

Embora tenha alcançado resultados intrínsecos bastante expressivos, o

faturamento de Automação Industrial manteve participação relativamente

Page 176: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

154

baixa quando comparado ao total do setor elétrico e eletrônico. Avançou

de 2,5% em 2005 para 2,8% em 2007 e 2008. Portanto, somente em 2007

é que o faturamento do segmento consegue superar a participação que

havia alcançado em 2003. Esse resultado conduz à percepção de que

embora as empresas brasileiras nas áreas industrial, comercial e de

serviços se esforcem para elevar os níveis de automatização, seguindo à

orientação geral em um contexto econômico globalizado, ainda há lacunas

importantes que ao serem preenchidas permitirão o fortalecimento e

amadurecimento da Indústria de Automação no Brasil;

Dado o grau de desenvolvimento tecnológico do país, não é estranho o

fato de o segmento ser cronicamente deficitário. Para todo o período de

análise, observa-se saldo comercial negativo que avança de maneira

expressiva no ciclo de investimentos recente. O déficit comercial subiu de

US$ 1,1 bilhão para US$ 2,0 bilhões entre 2006 e 2008 – avanço de

81,0%;

Page 177: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

155

Quadro 7 – Aspectos Econômicos dos Setores de Eletrônica para Automação e Eletroeletrônico.

Anos

Automação Industrial (R$ milhões) Setor Eletroeletrônico (R$ milhões)

Part. (A) / (D) Part. (B) / (E) Part. (C) / (F) Faturamento (A)

Exportações (B)

Importações (C)

Saldo Comercial

Faturamento (D)

Exportações (E)

Importações (F)

Saldo Comercial

1996 536 54 875 (821) 35.298 2.693 9.927 (7.234) 1,5% 2,0% 8,8%

1997 582 74 971 (897) 38.143 3.136 12.605 (9.469) 1,5% 2,4% 7,7%

1998 614 88 1.101 (1.013) 37.383 3.351 12.594 (9.243) 1,6% 2,6% 8,7%

1999 798 126 1.438 (1.312) 41.581 5.760 17.906 (12.146) 1,9% 2,2% 8,0%

2000 993 114 1.465 (1.351) 50.972 8.093 21.752 (13.659) 1,9% 1,4% 6,7%

2001 1.201 174 2.271 (2.096) 58.155 11.124 31.712 (20.588) 2,1% 1,6% 7,2%

2002 1.473 195 2.272 (2.077) 56.386 12.928 30.142 (17.214) 2,6% 1,5% 7,5%

2003 1.721 235 2.174 (1.939) 63.958 14.657 30.867 (16.211) 2,7% 1,6% 7,0%

2004 2.090 334 2.546 (2.211) 81.582 15.632 37.052 (21.420) 2,6% 2,1% 6,9%

2005 2.330 350 2.017 (1.668) 92.810 18.905 36.839 (17.934) 2,5% 1,9% 5,5%

2006 2.708 520 2.886 (2.366) 104.078 20.135 42.898 (22.762) 2,6% 2,6% 6,7%

2007 3.096 546 3.423 (2.877) 111.694 18.116 46.855 (28.739) 2,8% 3,0% 7,3%

2008 3.445 577 4.181 (3.604) 123.058 18.169 58.844 (40.675) 2,8% 3,2% 7,1%

Fonte: ABINEE, 2009.

Page 178: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

156

O crescimento do déficit comercial do setor de Eletrônica para Automação

esteve associado ao volume de importações que se elevou de US$ 1,3

bilhão, em 2006, para US$ 2,3 bilhões em 2008, ou seja, cerca de US$ 1,0

bilhão a mais nesse curto período de dois anos. Vale notar também que as

exportações cresceram no período, ascendendo de US$ 239 milhões para

US$ 314 milhões. Com isso, as importações do setor de Eletrônica para

Automação elevaram a sua participação no total das compras externas

feitas pelo setor elétrico e eletrônico de 6,7%, em 2006, para 7,1% em

2008, ao passo que as exportações passaram de 2,6% para 3,2%,

respectivamente;

Page 179: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

157

Quadro 8 – Panorama Econômico dos Setores de Eletrônica para Automação e Eletroeletrônico.

Anos

Automação Industrial (R$ milhões) Setor Eletroeletrônico (R$ milhões)

Part. (A) / (D) Part. (B) / (E) Part. (C) / (F) Faturamento (A)

Exportações (B)

Importações (C)

Saldo Comercial

Faturamento (D)

Exportações (E)

Importações (F)

Saldo Comercial

1996 533 53,8 870,9 (817,1) 35.122 2.680,0 9.877,7 (7.197,7) 1,5% 2,0% 8,8%

1997 540 68,9 900,7 (831,8) 35.383 2.909,2 11.693,3 (8.784,1) 1,5% 2,4% 7,7%

1998 529 75,7 948,3 (872,6) 32.199 2.886,2 10.847,6 (7.961,4) 1,6% 2,6% 8,7%

1999 440 69,6 792,4 (722,8) 22.910 3.173,4 9.865,4 (6.692,0) 1,9% 2,2% 8,0%

2000 542 62,3 800,5 (738,2) 27.854 4.422,6 11.886,6 (7.464,0) 1,9% 1,4% 6,7%

2001 511 74,2 965,8 (891,6) 24.736 4.731,7 13.488,7 (8.757,0) 2,1% 1,6% 7,2%

2002 503 66,7 776,1 (709,4) 19.257 4.415,2 10.294,4 (5.879,2) 2,6% 1,5% 7,5%

2003 560 76,5 707,8 (631,3) 20.820 4.771,0 10.047,9 (5.276,9) 2,7% 1,6% 7,0%

2004 715 114,4 870,4 (756,0) 27.891 5.344,2 12.667,3 (7.323,1) 2,6% 2,1% 6,9%

2005 957 143,7 828,8 (685,1) 38.131 7.767,0 15.135,0 (7.368,1) 2,5% 1,9% 5,5%

2006 1.244 238,9 1.325,6 (1.086,7) 47.808 9.249,1 19.704,9 (10.455,8) 2,6% 2,6% 6,7%

2007 1.589 280,3 1.757,4 (1.477,0) 57.338 9.299,8 24.053,0 (14.753,2) 2,8% 3,0% 7,3%

2008 1.876 314,2 2.275,8 (1.961,6) 66.989 9.890,8 32.032,9 (22.142,2) 2,8% 3,2% 7,1%

Fonte: ABINEE, 2009.

Page 180: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

158

A abertura das informações do comércio exterior da área de automação

(metodologia ABINEE) revela que todos os segmentos de produtos

mostram situação deficitária, sendo que, em termos absolutos, aparelhos

eletromédicos e instrumentos de medida têm sido os principais

responsáveis pelo déficit do segmento. O saldo negativo para os

aparelhos eletromédicos cresceu de US$ 111,6 milhões para US$ 589,9

milhões entre 2006 e 2008. Por sua vez, o déficit das transações externas

com instrumentos de medida passou de US$ 514 milhões para US$ 1,1

bilhão no mesmo período. Outro segmento que merece destaque nessa

avaliação é o de outros equipamentos de automação industrial, cujo déficit

subiu de US$ 34,5 bilhões para US$ 243,0 bilhões para os anos em tela

(Quadros 9 e 105).

5 Encontra-se no Anexo I a relação completa dos produtos importados e exportados pelo segmento

de automação industrial para os anos de 2005 e 2006. Há uma ruptura da série para os anos de 2007 e 2008, em virtude de mudanças promovidas na classificação das Nomenclaturas Comuns do MERCOSUL (NCM). Em consequência, tornou-se extremamente complexo realizar o encadeamento da série com segurança.

Page 181: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

159

Quadro 9 – Balança Comercial dos Produtos do Setor Eletroeletrônico ligados à Eletrônica para Automação.

PRODUTOS

JAN-DEZ/06 (US$ milhões) JAN-DEZ/07 (US$ milhões) JAN-DEZ/08 (US$ milhões)

Exportações (A)

Importações (B)

Saldo Comercial

Exportações (C)

Importações (D)

Saldo Comercial

Exportações (E)

Importações (F)

Saldo Comercial

Alarmes 4.710 11.960 (7.250) 4.987 14.411 (9.424) 4.967 16.733 (11.766)

Aparelhos Eletromédicos 7.516 119.111 (111.595) 15.983 480.472 (464.489) 17.740 607.684 (589.944)

Aparelhos para Sinalização e Controle de Tráfego

5.252 8.559 (3.307) 3.576 5.940 (2.364) 813 8.083 (7.270)

Comando Numérico 4.501 27.784 (23.283) 6.202 32.948 (26.746) 13.082 46.775 (33.693)

Instrumentos de medida 138.950 652.957 (514.007) 177.511 975.338 (797.827) 204.070 1.280.101 (1.076.031)

Outros Equipamentos de Automação Industrial

56.623 91.103 (34.480) 72.078 248.246 (176.168) 73.498 316.422 (242.924)

Fonte: ABINEE, 2009.

Page 182: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

160

O Quadro 10 mostra as variações interanuais para exportações e

importações dos segmentos de produtos listados anteriormente. Destaca-

se a elevada variação das importações de aparelhos eletromédicos

(303,4% em 2007 e 26,5% em 2008) e de outros equipamentos de

automação industrial (172,5% em 2007 e de 27,5% em 2008). Surpreende

positivamente o aumento de 110,9% das exportações de produtos de

comando numérico na passagem de 2007 para 2008.

Quadro 10 – Balança Comercial de Produtos do Setor Eletroeletrônico.

(Variações anuais – em %)

PRODUTOS

Exportações Importações

Ano 07/ Ano 06

Ano 08/ Ano 07

Ano 07/ Ano 06

Ano 08/ Ano 07

Alarmes 5,9 (0,4) 20,5 16,1

Aparelhos Eletromédicos 112,7 11,0 303,4 26,5

Aparelhos para sinalização e controle de tráfego (31,9) (77,3) (30,6) 36,1

Comando numérico 37,8 110,9 18,6 42,0

Instrumentos de medida 27,8 15,0 49,4 31,2

Outros equipamentos de automação industrial 27,3 2,0 172,5 27,5

Fonte: ABINEE, 2009.

4.2.2.3. Reflexos da Crise Financeira Mundial

Não faz parte do escopo desse trabalho discutir a natureza da crise financeira

mundial. O intuito é apenas retratar os possíveis impactos da turbulência externa

para a economia nacional, e, em especial, para o setor de Eletrônica para

Automação.

De todo modo, convém salientar que a crise atual deve sua origem aos

excessos do mercado de hipotecas americano. Como salientam Cintra e Farhi

(2008): ―As instituições que captavam os instrumentos financeiros criados pelos

bancos universais para escapar dos limites do Acordo de Basiléia, formaram o

chamado Global Shadow Banking System. Esses agentes captavam recursos no

curto prazo, operando altamente alavancados e investindo em ativos de longo prazo

Page 183: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

161

e ilíquidos. Atuavam como bancos sem sê-lo e foram responsáveis por carregar os

derivativos de crédito lastreados nas hipotecas subprime. No entanto,

diferentemente dos bancos, eram displicentemente reguladas e supervisionadas,

sem reservas de capital, sem acesso aos seguros de depósitos, às operações de

redesconto e às linhas de empréstimos de última instância dos bancos centrais‖.

As informações do Quadro 11 mostram que a participação dos subprime no

total das novas hipotecas no mercado financeiro dos EUA passou de 8,6% em 2001

para 20,1% em 2006.

Quadro 11 – Volume Total de Hipotecas Emitidas nos EUA.

Anos Hipotecas Emitidas

Hipotecas Subprime

(A)/(B) (%)

Hipotecas Subprime

Securitizadas (C )/(B)

2001 2.215 190 8,6 95 50,4

2002 2.885 231 8,0 121 52,7

2003 3.945 335 8,5 202 60,5

2004 2.920 540 18,5 401 74,3

2005 3.120 625 20,0 507 81,2

2006 2.980 600 20,1 483 80,5

Fonte: Ernani Filho (2008).

Afora o necessário debate sobre a arquitetura do sistema financeiro mundial

que não é objeto deste estudo, deve-se ressaltar que foram 4 os canais de

transmissão da crise para a economia brasileira:

Efeito expectativas: as alarmantes notícias sobre a fragilidade do sistema

bancário americano, o aumento do desemprego ao redor do mundo e a

gravidade da situação de algumas empresas produtivas, principalmente do

setor automotivo, derrubaram os índices de confiança do consumidor e dos

empresários. No Brasil e no mundo, as sondagens feitas mostram que os

agentes temem o desemprego e por isso estão se tornando mais

cautelosos para assumir compromissos de longo prazo. Os Gráficos 15 e

16 a seguir expressam o comportamento dos índices de confiança para o

consumido e para a indústria no Brasil.

Page 184: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

162

90

95

100

105

110

115

120

jan

/08

fev/

08

mar

/08

abr/

08

mai

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jun

/08

jul/

08

ago

/08

set/

08

ou

t/0

8

no

v/0

8

de

z/0

8

jan

/09

fev/

09

mar

/09

abr/

09

Indice de Confiança do Consumidor(IBRE/FGV)

Gráfico 15 – Índice de Confiança do Consumidor.

Fonte: IBGE, 2009.

60

70

80

90

100

110

120

130

jan

/08

fev/

08

mar

/08

abr/

08

mai

/08

jun

/08

jul/

08

ago

/08

set/

08

ou

t/0

8

no

v/0

8

de

z/0

8

jan

/09

fev/

09

mar

/09

abr/

09

Indice de Confiança da Indústria de Transformação (IBRE/FGV)

Gráfico 16 – Índice de Confiança da Indústria de Transformação.

Fonte: IBGE, 2009.

Efeito crédito: os primeiros (e graves) sintomas da crise foram percebidos

através da restrição ao crédito. Literalmente, o mercado de crédito ―travou‖

nos meses de outubro e novembro do ano passado, apontando discreta

melhora a partir de dezembro por conta das ações tomadas pelo Banco

Central e Ministério da Fazenda. De todo modo, o receio das famílias e das

empresas tem mantido as novas contratações de crédito em patamares

reduzidos. Formou-se uma expectativa positiva no mercado corporativo

Page 185: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

163

após a disponibilização de mais R$ 100 bilhões no orçamento do BNDES

para 2009 e 2010. Se a situação não piorar, é provável que algumas

empresas retomem os seus programas de investimento paralisados após o

início da crise. De todo modo, a retomada não terá a mesma amplitude

anterior e estará restrita a alguns setores e empresas melhor posicionadas

no mercado.

Efeito câmbio: a desvalorização da moeda nacional ganhou proporção que

não se via desde 2002. Entre os meses de setembro de 2008 e fevereiro de

2009, a média mensal da cotação do dólar apresentou valorização de

24,2%. O impacto sobre a inflação era o mais esperado, mas por enquanto

os resultados tem sido modestos. Por sua vez, dada a forte compressão de

margem provocada pela valorização do Real no período que antecedeu a

crise, a mudança no cenário cambial representa boa oportunidade para as

empresas brasileiras recuperarem competitividade no mercado externo, a

despeito da fraca demanda por produtos nacionais.

Efeito exportações: o quarto - e derradeiro - canal de transmissão da crise

está representado pelo desaquecimento do comércio mundial e,

consequentemente, pela queda das exportações nacionais. É bem verdade

que o ritmo de crescimento das exportações brasileiras vinha dando sinais

de enfraquecimento nos últimos anos em razão da forte valorização do

Real. Apesar da abrupta reversão do cenário cambial em setembro/outubro

de 2008, o ritmo de crescimento das exportações manteve-se fraco, agora

provocado pela desaceleração do comércio mundial. Para o acumulado

janeiro e fevereiro 2009, a retração das exportações foi de 21,9% em

relação à igual período do ano anterior. O saldo comercial foi derrubado em

26,3% dentro da mesma base de comparação e não se agravou ainda mais

porque as importações caíram 21,6%, em face da retração dos

investimentos e da atividade econômica interna.

No quarto trimestre de 2008, sondagem feita pelo IPEA (2009) junto a várias

associações setoriais mostrava um contexto preocupante (Anexo III – Quadros 29,

30 e 31). No tocante ao volume de produção, apenas as empresas do setor de

Page 186: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

164

papelão ondulado e editorial e gráfica apostavam em crescimento. Para setores

como siderurgia, tubos e acessórios de metal e fundidos, a queda esperada era de

mais de 20%.

Esperava-se ainda forte queda das vendas para o mercado doméstico e

externo. No mercado interno, as empresas de papelão ondulado foram as únicas a

sinalizar crescimento (até 5%). Para o mercado externo, setores como siderurgia,

automóveis, autopeças, fundidos, pneus, tubos e acessórios de metal e editorial e

gráfica já esperavam recuo de mais de 20% em suas vendas.

Entendendo-se que o segmento de automação guarda relação umbilical com

os investimentos gerados em outros setores da atividade econômica, convém

destacar que a crise financeira internacional desdobra-se em dois pontos

potencialmente negativos sobre as perspectivas para o investimento no Brasil6.

1º) o elevado grau de incerteza sobre o crescimento da economia mundial e

seus impactos no Brasil, levando a um adiamento das decisões de investimento;

2º) a redução na disponibilidade de recursos para investimentos. Essa

dificuldade abrange o financiamento através de lucros retidos, em um contexto de

redução do crescimento da economia. E não menos importante o desaparecimento

das fontes de financiamento externo.

Esse segundo aspecto é relevante tendo em vista que as empresas

brasileiras financiam seus investimentos, principalmente, através de lucros retidos. O

autofinanciamento respondeu por mais da metade dos fundos utilizados pelas

empresas industriais e de infraestrutura para viabilizar seus investimentos entre

2001 e 2007 (Quadro 12). Dentre os recursos de terceiros, destacam-se os créditos

do BNDES. Em média, o Banco respondeu por cerca de 20% dos recursos usados

para financiar os investimentos das empresas industriais e de infraestrutura no

período.

6 Para maiores informações, ver Torres Filho (2008a); Torres Filho (2008b) e Torres Filho (2009).

Page 187: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

165

Quadro 12 – Fontes de recursos das Empresas Brasileiras – Indústria e Infraestrutura.

Modalidades 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Autofinanciamento 39% 60% 49% 57% 57% 42% 51%

BNDES 16% 22% 16% 19% 21% 21% 26%

Captações externas 30% 6% 30% 13% 10% 17% 9%

Debêntures 14% 10% 5% 9% 10% 15% 7%

Ações 2% 2% 5% 4% 3% 5% 6%

Fonte: Puga e Nascimento (2008).

A generalização do ciclo de investimento no período recente contribuiu para a

maior solidez do processo. As inversões em infraestrutura, além de aumentarem a

competitividade sistêmica da economia, tiveram a capacidade de alavancar

investimentos do setor privado em outros segmentos – o chamado ―efeito arraste‖. A

expansão dos setores de bens de consumo durável e de construção residencial, por

sua vez, gerou efeitos multiplicadores na economia ao elevar o nível de renda e o

volume de emprego. Por isso, o dinamismo do mercado interno se tornou relevante.

Infelizmente, a crise financeira internacional abortou esse processo. A queda

nos preços das commodities impactou setores que vinham liderando o crescimento

dos investimentos na indústria, tais como extração de petróleo e minério de ferro,

siderurgia e papel e celulose. A restrição ao crédito, por outro lado, teve efeito

significativo sobre o setor de veículos automotores e, em menor escala, sobe a

construção residencial.

Para o BNDES (2009), existem três grupos distintos de reação à crise

(Quadro 13). O primeiro é formado pelos setores cujos investimentos tendem a

continuar firmes, apesar do agravamento da crise internacional. É o caso de petróleo

e gás, eletroeletrônica, indústria da saúde, energia elétrica, telecomunicações,

saneamento e rodovias. São investimentos que dependem do Programa de

Aceleração do Crescimento – PAC, agora mais do que nunca, necessário para

acelerar o crescimento das grandes empresas estatais.

O segundo grupo é constituído pelos setores da indústria e da infraestrutura

cujos investimentos tendem a ser mais afetados pela crise – extrativa mineral,

Page 188: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

166

siderurgia, papel e celulose e automotivo – quanto pelo recuo na construção

residencial.

Finalmente o terceiro grupo é formado pelos setores com elevados volumes

de investimentos considerados não firmes, motivados por outros fatores que não a

crise internacional, mas também devido a ela.

Quadro 13 – Investimentos Mapeados no Brasil (2009/2012).

(em R$ bilhões)

Desempenho no Período Ago/08 Dez/08

1 - Indústria e Infraestrutura 890,2 769,3

Investimentos mantidos

Petróleo e Gás 269,7 269,7

Energia Elétrica 141,1 141,1

Telecomunicações 77,8 77,8

Saneamento 49,4 49,4

Rodovias 27,8 26,7

Eletroeletrônica (inclui software) 27,0 24,0

Petroquímica 23,7 23,7

Indústria da Saúde 8,0 8,0

Investimentos reduzidos pela crise internacional

Extrativa Mineral 72,3 48,0

Siderurgia 60,5 24,5

Automotivo 35,3 23,5

Papel e Celulose 26,7 9,0

Investimentos reduzidos por outros fatores

Sucroalcooleiro 28,5 19,7

Ferrovias 28,9 17,0

Portos 13,6 7,2

2 - Construção 570,4 535,7

Investimentos reduzidos pela crise internacional

Construção residencial 570,4 535,7

3 - TOTAL 1.460,60 1.305,00

Fonte: Torres Filho et al (2009).

Considerando apenas os projetos ―firmes‖, o BNDES estima que haverá

crescimento de 9,6% dos investimentos no período 2009-2012, comparado ao

período 2004-2007 (Quadros 14 e 15). A análise dos setores afetados pela crise

internacional mostra que a indústria sofrerá a maior reavaliação nas perspectivas de

Page 189: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

167

investimento, ainda assim deverá apresentar taxa de crescimento de 9,8%. A maior

rigidez dos projetos de infraestrutura implica em uma expansão anual real de 11,5%,

enquanto na construção residencial a redução da taxa de crescimento das inversões

deverá permitir avanço de 8,5% - o menor entre todos os segmentos.

Quadro 14 – Crescimento dos Investimentos (Projetos Firmes) – 2009/2012.

(em R$ bilhões)

Segmentos 2004-2007 2009-2012 Taxa de Cresc. Média ao ano

(%)

Indústria 281,5 450,1 9,8

Infraestrutura 185,3 319,1 11,5

Construção residencial 357,0 535,7 8,5

TOTAL 823,8 1.304,9 9,6

Fonte: Torres Filho et al (2009).

Quadro 15 – Desempenho Setorial – 2007/2008.

Page 190: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

168

(Em R$ milhões)

SETORES Desembolsos

∆ % 08/07

Aprovações ∆ %

08/07 2007 2008 2007 2008

1 - Agropecuária 4.998 5.594 11,9% 5.158 5.191 0,6%

2 - Indústria 26.446 39.021 47,5% 38.174 57.734 51,2%

Extrativa 1.050 3.311 215,3% 4.421 12.665 186,5%

Alimentos e Bebidas 4.773 10.073 111,0% 7.351 11.305 53,8%

Têxtil e Vestuário 402 1.348 235,3% 887 1.052 18,6%

Celulose e Papel 1.808 858 -52,5% 337 1.038 208,0%

Química e Petroquímica 4.275 5.624 31,6% 6.187 6.869 11,0%

Metalurgia e Produtos 3.642 3.717 2,1% 4.093 10.414 154,4%

Mecânica 3.383 3.425 1,2% 3.728 3.745 0,5%

Material de Transporte 4.765 7.545 58,3% 8.313 7.001 -15,8%

Outros 2.346 3.120 33,0% 2.857 3.645 27,6%

3 - Infraestrutura 25.633 35.096 36,9% 45.651 44.304 -3,0%

Energia Elétrica 6.371 8.644 35,7% 12.828 17.097 33,3%

Construção 357 367 2,8% 1.214 1.067 -12,1%

Transporte Rodoviário 9.889 13.839 39,9% 9.953 14.151 42,2%

Transporte Ferroviário 1.485 1.193 -19,7% 3.914 1.270 -67,6%

Outros Transportes 1.940 3.171 63,5% 10.885 1.381 -87,3%

Atividade Aux.Transportes 1.012 621 -38,6% 1.796 2.717 51,3%

Serviços Utilidade Pública 1.197 1.072 -10,4% 1.143 1.797 57,2%

Telecomunicações 3.379 6.188 83,1% 3.948 4.822 22,1%

Outros 1 2 100,0% 1 2 100,0%

4 - Comércio e Serviços 7.815 11.166 42,9% 9.768 14.143 44,8%

5 - TOTAL 64.892 90.878 40,0% 98.750 121.371 22,9%

Fonte: BNDES, (2009).

4.2.2.3.1. Efeitos Diretos da Crise para o Setor de Eletrônica para Automação

Com base nas estimativas acima, torna-se desnecessário dizer que as

melhores oportunidades para o segmento de automação residem naqueles setores

cujos investimentos são considerados firmes. Se confirmada a disposição das

empresas desses setores de manter os investimentos previstos, como no caso da

Petrobras, há uma boa chance de crescer a Automação Industrial por razões

técnicas, mas também por razões mercadológicas derivadas da própria crise.

Page 191: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

169

Para as áreas que puxaram o crescimento dos investimentos nos últimos

anos, como siderurgia, automobilística e extrativa mineral, os sinais são menos

alvissareiros. Certamente, levarão tempo para recuperar o ritmo anterior à crise. Não

são boas, portanto, as perspectivas de incremento da automação nesses setores.

Por outro lado, considerando-se o fato de que a crise tende a elevar a já acirrada

concorrência inter-capitalista, não é de todo improvável que investimentos

defensivos em automação venham a ser feitos nas empresas desses setores. O

aumento da concorrência chinesa e o estrangulamento do mercado externo em

várias regiões do mundo podem – e devem – provocar reações internas que façam

as empresas desses setores buscarem maior produtividade por meio da automação

dos processos produtivos.

A automação bancária é uma realidade consolidada no país. São menores os

graus de liberdade para investimentos maciços neste setor. Embora sólida e

lucrativa, a rede bancária do país não deve aumentar os seus investimentos,

principalmente em automação, durante a travessia da crise. Com a diminuição da

rentabilidade advinda das operações de crédito (consignado, direto ao consumidor e

imobiliário) e da aquisição de títulos públicos, por causa das reduções futuras da

taxa Selic, os bancos no Brasil tendem a manter postura defensiva, buscando operar

com ganhos de Tesouraria e arriscando pouco em novos negócios.

Para o setor do comércio, a situação pode ser distinta. Apesar da crise, a

probabilidade de crescimento da automação comercial não é de todo pequena. Se a

robustez do mercado interno for preservada, ainda que a taxas menores que dois

dígitos, é provável que o Brasil se torne um importante player para as redes já

instaladas e aquelas que têm a pretensão de ingressar no mercado local. O aumento

da concorrência, inevitavelmente, forçará mudanças nas redes atacadistas e

varejistas que, se por um lado, vão pressionar a indústria a oferecerem produtos a

preços menores, por outro, serão obrigadas a intensificar o uso de tecnologia e de

novas formas de distribuição e logística. Além disso, cabe ressaltar que o advento do

cartão de débito tem provocado maciça automação dos pontos de venda, o que

deve prosseguir nos próximos anos. O mesmo vale para a necessidade de aquisição

de equipamentos e softwares compatíveis com o uso da nota fiscal eletrônica. Além

de São Paulo, vários estados estão ingressando nessa nova sistemática de

Page 192: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

170

cobrança do imposto, o que amplia os horizontes para empresas de automação

comercial.

No campo da Automação Predial/Residencial, as perspectivas devem ser

divididas. A interrupção de novos lançamentos imobiliários, por conta do

estreitamento das linhas de crédito, lança um horizonte ruim para as vendas de

produtos de automação predial/residencial. Em termos quantitativos, as vendas de

câmeras e produtos da área de telefonia, assim como toda a linha de bens voltados

para a automação interna dos apartamentos, vão cair. Por outro lado, como a

questão da segurança nas grandes cidades brasileiras ainda é fator crítico, não se

pode desconsiderar a manutenção das vendas para atender a esse segmento do

mercado. Se o agravamento da crise mundial trouxer repercussões sociais negativas

no Brasil, com aumento do desemprego e da pobreza, as vendas para esse

segmento, inevitavelmente, tendem a aumentar.

Mesmo dentro desse contexto pessimista, as empresas contam com a força

do mercado consumidor nacional e com os efeitos mais claros de todas as ações

dos governantes dos diversos países para evitar a recessão, e do próprio governo

brasileiro, para resgatar a confiança dos investidores.

Por outro lado, com o dólar valendo mais de R$ 2,00, melhorou a

competitividade dos produtos nacionais tanto no mercado interno como no exterior, e

isto, certamente, terá influência para o reposicionamento da produção local no

mercado.

É unânime entre as empresas pesquisadas que o setor terá neste ano um

crescimento aquém das projeções iniciais. No entanto, a perspectiva é de que

continuará acompanhando a trajetória do PIB, cujas projeções alcançam 3,5% para

2009, o que implicaria em um crescimento do setor em torno de 8%.

4.2.2.4. Considerações

Automação e inovação caminham juntas nos dias de hoje. Automatizar

processos e operações complexas ou aquelas que colocam em risco à vida humana

representa não apenas a possibilidade de evitar complicações trabalhistas, mas,

sobretudo, gerar resultados maiores e duradouros. Boa parte das inovações

Page 193: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

171

recentes traz consigo processos automatizados e isto tende a ser a tônica para o

futuro.

Dado o estágio de desenvolvimento tecnológico do Brasil, o segmento de

Automação Industrial é cronicamente deficitário. Entre 1996 e 2008, o saldo

comercial foi sempre negativo e avançou ainda mais no ciclo recente de

investimentos (2006-2008). O déficit comercial subiu de US$ 1,1 bilhão para US$ 2,0

bilhões entre 2006 e 2008 – avanço de 81,0%. O avanço do déficit não impediu, no

entanto, que o faturamento do setor crescesse. Ou seja, pode-se intuir que as

empresas aqui instaladas se beneficiaram com a queda da cotação do dólar, ao

importar máquinas, equipamentos e programas com valores menores.

De fato, o faturamento do setor expandiu-se de R$ 2,4 bilhões, em 2006, para

R$ 3,7 bilhões, em 2008, o que representou incremento nominal ao redor de 27%.

Ainda assim, a participação relativa do faturamento do segmento de Automação

Industrial continua baixa no total das receitas líquidas do setor elétrico e eletrônico.

Situa-se abaixo de 3,0%, apesar do crescimento de 2,6%, em 2006, para 2,8% em

2008.

A crise financeira internacional solapou o ciclo de investimentos que a

economia brasileira vivia desde 2006. Certamente o desenvolvimento da área de

automação será afetado pela interrupção dos investimentos realizados em diversos

setores da atividade econômica. Existem ainda perspectivas favoráveis para a

Automação Industrial ligada àqueles setores que não devem interromper os seus

investimentos, conforme avaliação do BNDES. Na área comercial, as vantagens e

oportunidades advêm do provável acirramento da concorrência entre grandes redes

atacadistas e varejistas, caso o país consiga se preservar frente à crise. Por fim, na

área residencial/predial, o eterno problema da violência urbana nas metrópoles,

porém nos últimos tempos estendendo-se para cidades menores, abre uma janela

de oportunidades para o setor. Infelizmente, o mesmo não se pode esperar da

construção civil, cujos novos lançamentos imobiliários já desapareceram.

Finalmente, é necessário alertar os policy makers para as transformações e a

dinâmica inovadora que a automação promove. A ampliação dos gastos com

educação de qualidade e incentivos para que as empresas realizem P, D & I no país

são pré-requisitos para a superação do crônico déficit comercial que essa área

Page 194: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

172

apresenta. Sem ciência e tecnologia, a automação no Brasil continuará progredindo

a reboque de outras nações.

4.3. Principais Produtos da indústria de Automação

Os principais produtos da indústria de Eletrônica para Automação utilizados

nos segmentos da Automação Industrial, Predial, Comercial e Bancária podem ser

classificados como: atuadores, sensores, controladores, redes de comunicação,

softwares, sistemas, concepção, serviços, integração e assistência técnica e suporte

tecnológico.

4.3.1. Atuadores

Os atuadores provêem ao sistema de automação a energia necessária para

atingir determinado objetivo projetado. A descrição dos principais tipos e atuadores

utilizados na Indústria de Automação é apresentada no Quadro 16.

Quadro 16 – Descrição dos principais tipos de Atuadores.

Item Descrição dos Principais Tipos de Atuadores

1 Atuadores Diversos: Eletromecânicos, Eletromagnéticos, Pneumáticos, etc.

2 Atuadores de aplicação geral com sistemas de segurança (certificação de SIL)

3 Atuadores Inteligentes

4 Atuadores Distribuídos com inteligência local e integração de sensores

5 Componentes Diversos: disjuntores, relés de proteção, inversores para motores e outros

6 Servo Posicionamento para altas velocidades e precisão

7 Acionamento de Eixos elétricos (cilindros)

4.3.2. Sensores

Os sensores medem grandezas dos processos automatizados (por exemplo,

o desempenho do sistema de automação ou uma propriedade particular de alguns

de seus componentes) gerando variáveis para os elementos de controle. A descrição

dos principais tipos de sensores utilizados na indústria de eletrônica para a

automação é apresentada no Quadro 17.

Page 195: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

173

Quadro 17 – Descrição dos principais tipos de Sensores.

Item Descrição dos Principais Tipos de Sensores

1 Sensores Diversos: Eletroquímicos, eletromagnéticos, eletromecânicos, e outros

2 Sensores Inteligentes

3 Sensores Wireless

4 Sensores Distribuídos

5 Sensores integrados e sistemas de segurança específicos

6 RFID e sua integração nos sistemas sensoriais

7 Nanosensores

8 Tecnologia dos sensores a laser

9 Transmissores sem fio (Wireless)

10 Transmissores inteligentes

11 Dispositivos de Visão

12 Sensores e de segurança (certificação de SIL)

13 Elementos proporcionais de vazão e pressão

14 Réguas potenciométricas

4.3.3. Controladores

Eles utilizam as informações dos sensores para regular, controlar os

dispositivos e tomar decisões a partir de elementos finais de controle (hardware e

software), sistemas de aquisição e controle de informações. A descrição dos

principais tipos de controladores utilizados na indústria de Eletrônica para

Automação é apresentada no Quadro 18.

Page 196: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

174

Quadro 18 – Descrição dos principais tipos de Controladores.

Item Descrição dos Principais Tipos de Controladores

1 CLPs - Controladores Lógicos Programáveis

2 CLPs associados a sistemas de controle em tempo-real

3 CLPs Híbridos

4 PC Industrial

5 SDCD (Sistema Digital de Controle Distribuído)

6 Programmable Automation Controller (PAC)

7 Unidades Lógicas de Controle genéricos e de segurança (certificação de SIL)

8 Controladores de processos industriais

9 Intertravamento

10 Sistemas de controle embarcados em Tempo Real

11 Terminais de auto-atendimento para agências de atendimento ao cliente

12 Interfaces Homem-Máquina

13 Sistemas de Controle Integrado robô/planta

14 Sistemas de Controle Distribuídos

15 Sistemas de Controle com auto-diagnóstico

16 Controle Avançado Multivariável (Advanced Process Control - APC)

17 Caixas automáticos

18 Centrais telefônicas

19 Controle de tráfego e estacionamento

20 Controle de Climatização

4.3.4. Redes de Comunicação

Redes de comunicação são consideradas sistemas de comunicação

industriais, considerando protocolos proprietários, avanço da ethernet industrial e

comunicação sem fio (Wireless), utilização da Internet para monitoramento

permanente à distância de instalações automatizadas. A descrição dos principais

tipos de redes de comunicação industrial utilizadas na indústria de Eletrônica para

Automação é apresentada no Quadro 19.

Page 197: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

175

Quadro 19 – Descrição dos principais tipos de Redes de Comunicação Industrial.

Item Descrição dos Principais Tipos de Redes de Comunicação

1 Redes de campo

2 Redes Wireless padronizadas

3 Redes de Comunicação Wi-Fi e RF

4 Redes Industriais Baseadas em Ethernet

5 Protocolos de Comunicação genéricos e sistemas de segurança

6 Protocolos e redes de comunicação sem fio e altíssima velocidade

7 Dispositivos Wireless e Ethernet Compatíveis com padronização

4.3.5. Softwares

A sistematização de conceitos e procedimentos através de softwares de

concepção, simulação e exploração incluindo programação em tempo real. Devem

ser considerados os sistemas de supervisão inteligentes, sistemas de manutenção e

predição e monitoramento de falhas e sistemas MES (Manufacturing Execution

Systems). A descrição dos principais tipos de softwares utilizados na indústria de

Eletrônica para Automação é apresentada no Quadro 20.

Page 198: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

176

Quadro 20 – Descrição dos principais tipos de Softwares industriais.

Item Descrição dos Principais Tipos de Softwares

1 Simuladores e Softwares Aplicativos

2 Simuladores para Treinamento de Operadores (Operator Training Simulators - OTS)

3 Manufatura colaborativa sobre as plantas de controle de processo

4 Ferramentas de Otimização de Planejamento de Produção

5 Gestão de Projetos, envolvendo requisitos, implementação, e comissionamento

6 Sistemas de Prototipagem Virtual para Projeto

7 SIS - Sistemas Instrumentados de Segurança e Gerenciamento de Alarmes

8 Nível de Integridade de Segurança – SIL

9 Plant Triage (Auditoria de Malhas)

10 Monitoração de informação e controle de fluxo Integrando RFID

11 Softwares de Integração entre robôs e plantas automatizadas

12 Sistemas inteligentes de serviços e de produção

13 Sistemas IHM e de Gerenciamento, com destaque para Supervisórios, baseados em objeto

14 Sistemas Operados remotamente

15 Sistemas de diagnóstico incorporado

16 Integração de Salas de Controle com SDCD utilizando Realidade Virtual

17 Sistemas de Balanço Automatizado de Produção e Processos

4.3.6. Sistemas

Sistemas são ferramentas de base que fornecem subsídios e conceitos para

Automação. A descrição dos principais tipos de sistemas utilizados na indústria de

Eletrônica para Automação é apresentada no Quadro 21.

Page 199: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

177

Quadro 21 – Descrição dos principais tipos de Sistemas.

Item Descrição dos Principais Tipos de Sistemas

1 Sistemas de Aquisição de Dados

2 Sistemas de Automação

3 ERP - Integração na Automação

4 MES - Sistemas de Execução da Manufatura

5 PIMS & MES integrados a Business Intelligence (BI)

6 Sistemas Colaborativos de Gerenciamento de Projetos

7 Sistemas Integrados de Gerenciamento de Ativos

8 Sistemas de Controle de Workflow

9 Sistemas de Informação e supervisão inteligentes

10 Sistemas especialistas como ferramenta de suporte a decisão e IA (controle automático)

11 Sistemas de Aquisição de Dados

12 Sistema de cobrança (tíquete inteligente)

13 Prédios Inteligentes

14 Sistemas de Monitoramento de Alarmes

15 Sistemas de Transportes

16 Sistemas de Gerenciamento de Energia

4.3.7. Concepção, Serviços, Integração e Assistência Técnica

A concepção, serviços e assistência técnica são desenvolvidos através de

integradores com formação técnica para projeto, implementação, execução de

serviço, vendas, pós-venda, política de trocas, e assistência técnica em Automação.

A descrição dos principais tipos de serviços utilizados na indústria de Eletrônica para

Automação é apresentada no Quadro 22.

Page 200: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

178

Quadro 22 – Descrição dos principais tipos de Serviços.

Item Descrição dos Principais Tipos de Serviços

1 Engenharia básica de projetos de automação (site survey, diagnóstico, projeto de sistema, etc.)

2 Integração de CLPs e SDCDs

3 Integração de sistemas (controle, segurança e gerencial)

4 Inspeção e teste de aceitação em fábrica e no campo

5 Treinamento

6 Comissionamento

7 Documentação

8 Suporte e assistência técnica

4.3.8. Suporte Tecnológico

Através de um suporte tecnológico torna-se possível a utilização de

tecnologias atuais em Automação, e o desenvolvimento e pesquisa de novas

tecnologias necessárias e imprescindíveis ao avanço da Automação. A descrição

dos principais tipos de suporte tecnológico utilizados na indústria de Eletrônica para

Automação é apresentada no Quadro 23.

Page 201: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

179

Quadro 23 - Descrição dos principais tipos de Suporte Tecnológico.

Item Descrição dos Principais Tipos de Suporte Tecnológico

1 Elementos de suprimento e tratamento de energia

2 Microcontroladores, Microprocessadores e Dispositivos de Lógica Programável

3 FPGAs e PLAs (Program Logic Arrays)

4 Circuitos Analógicos (amplificadores, conversores AD, DA) e Fontes de Alimentação

5 Biochip

6 Condicionadores de Sinais Programáveis (conversor de sinal)

7 Elementos com maior grau de tecnologia incorporada para Diagnóstico

8 Materiais com novas propriedades eletromagnéticas e eletrônicas

9 Materiais Inteligentes

10 Utilização intensiva de Compósitos e materiais e FGM (function grading material)

11 Modificação dos materiais para obter sistemas altamente recicláveis

12 Exploração e Integração de Nanotecnologias, Nanosistemas e Nanoeletrônicos

13 Tecnologias de Controle discreto e contínuo

14 Inteligência Artificial

15 Estimação de Parâmetros

16 Fusão hardware e software para sistemas de informação

17 Linguagens de orientação a objetos, com técnica de IA e Sistemas operacionais de tempo real

18 Tecnologias de Controle orientadas a objeto (biblioteca) para utilização em sistemas especialistas (suporte) e IA (controle automático)

4.3.9. Considerações

Considerando a complexidade e abrangência da indústria de Eletrônica para

Automação torna-se imprescindível a classificação de seus produtos como:

atuadores, sensores, controladores, redes de comunicação, softwares, sistemas,

concepção, serviços, integração e assistência técnica e suporte tecnológico.

Entretanto, a utilização desses produtos pode ser diferente em cada um dos

segmentos em estudo. Enquanto a Automação Industrial utiliza de maneira

equilibrada todos os produtos classificados, a Automação Predial utiliza grande parte

desses produtos, mas possui importante ligação ao segmento de serviços,

integração e assistência técnica, e a Automação Comercial e Bancária apresenta

uma importante componente de utilização no setor de serviços.

Page 202: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

180

4.4. Automação Industrial

4.4.1. Introdução

Automação industrial é o conjunto das técnicas e dos sistemas de produção

fabril baseado em sistemas com a capacidade de executar tarefas previamente

executadas pelo homem e de controlar sequências de operações sem a intervenção

humana, ou seja, é o sistema automático pelo qual, mecanismos controlam seu

próprio funcionamento, quase sem a interferência humana. A Automação Industrial

tem capacidade de controlar máquinas e processos quase independentes do

controle humano com a utilização de qualquer dispositivo mecânico ou eletro-

eletrônico programável.

Entre os dispositivos eletroeletrônicos pode-se utilizar computadores ou

outros dispositivos (como controladores lógicos programáveis, robôs ou CNCs),

substituindo, muitas vezes, tarefas humanas ou realizando outras que o ser humano

não consegue realizar. É um passo além da mecanização, onde operadores

humanos são providos de maquinaria para auxiliá-los em seus trabalhos.

4.4.2. Classificação

Pode-se ter automação de processos, que envolve o controle e

instrumentação de etapas no processo de produção; e a automação do

gerenciamento e tomada de decisões através de sistemas de informação. As

empresas do setor de Eletrônica para Automação podem ser classificadas em duas

divisões:

a) Automação Industrial: aplicações utilizando CLPs de pequeno, médio e

grande porte, Interfaces Homem Máquina, acessórios e softwares e

equipamentos para automação de processos, máquinas, gerenciamento,

para qualquer tipo, tamanho ou complexidade de automação; e

b) Automação Elétrica: aplicações envolvendo Automação de Usinas hidro

e termoelétricas, subestações - PCHs, Sistemas de Distribuição (remotas

de poste), Controle e Monitoramento de Tensão e Controle,

Telecomando/Telecontrole

Page 203: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

181

A seguir serão descritas as principais aplicações desse segmento nos mais

diversos setores.

4.4.2.1. Automação de Processos Industriais

Conceitualmente, automação é o conjunto das técnicas baseadas em

equipamentos e programas com objetivo de executar tarefas previamente

programadas pelo homem e de controlar sequências de operações sem a

intervenção humana. Através de intertravamentos (sequências de programação) do

sistema, o usuário consegue maximizar com qualidade e precisão seu processo

produtivo, controlando, assim, variáveis diversas (temperatura, pressão, nível e

vazão) e gerenciando à distância toda a cadeia produtiva.

A automação permite o monitoramento de variáveis (exemplo: temperatura de

um tanque ou pressão de uma linha de gás) ou um controle sofisticado do processo

(exemplo: abertura e fechamento remoto de válvulas proporcionais) podem-se

avaliar algumas vantagens diretas na hora de investir em equipamentos ou na

melhoria de processos existentes. As principais aplicações são as seguintes:

Sistema de Aferição; Processos em geral; Processos Funil; Manufatura; Otimização

de processos produtivos.

4.4.2.2. Energia Elétrica e Sistemas de Energia

Principais Aplicações: automação de usinas hidro e termoelétricas;

automação de subestações; automação de pequenas centrais hidrelétricas - PCHs;

automação de sistemas de distribuição (remotas de poste); controle e

monitoramento de tensão e controle; e telecomando / telecontrole.

4.4.2.3. Saneamento

Principais Aplicações: automação de estação tratamento de água e esgoto;

automação de estação de tratamento de efluentes; macromedição; booster’s;

reservatórios e elevatórios; e captação e bombeamento.

Page 204: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

182

4.4.2.4. Gerenciamento de Energia

Principais Aplicações: controle de qualidade de energia; controle de demanda;

controle de fator de potência; controle de consumo; e monitoração de tensão e

corrente.

4.4.2.5. Alimentação e Têxtil

Principais aplicações: fiação; tingimento; acabamento; tratamento;

refrigeração; estocagem; ensacadeiras / embalagens; e pesagem.

4.4.2.6. Incineração e Tratamento de Resíduos

Principais aplicações: estufas; incineração de resíduos sólidos; tratamento e

disposição de resíduos; maquinários específicos.

4.4.2.7. Couro e Calçados

Principais Aplicações: estufas; incineração de resíduos sólidos; automação de

processos para tecnologia limpa; e processos de conservação.

4.4.2.8. Máquinas e Equipamentos

Principais Aplicações: injetoras; moldes; extrusoras; prensas; máquinas de

pintura; máquinas de solda; e engarrafadoras.

4.4.2.9. Metalurgia e Siderurgia

Principais Aplicações: fornos; fundição; forjaria; afinação de aço; tratamentos

de resíduos sólidos; conformação de chapas; fornos; e laminação a quente e a frio.

4.4.2.10. Açúcar e Álcool

Principais Aplicações: armazenamento, moagem, envasamento, refino

e dosagem.

4.4.2.11. Petroquímica

Principais Aplicações: medição de gás; processos eletroquímicos; dosadores;

tratamento de petróleo e derivados; e transporte e armazenagem.

Page 205: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

183

4.4.2.12. Outros setores da Automação

Esta grande área da Automação Industrial envolve o desenvolvimento de

projetos nas mais diferentes áreas de atuação das indústrias, dentre os principais

mercados podem-se destacar as áreas de farmacêutica e veterinária, química,

petroquímica, alimentícia, higiene e limpeza, vidraria, automobilística, cimenteira,

setor agrícola e pecuário, siderurgia, laboratórios e bancadas de testes. A seguir

serão descritas as principais atividades deste setor.

4.4.2.12.1. Automação Agrícola e Agroindústria

No começo desse novo milênio, tanto os computadores como a eletrônica tem

uma base bem estabelecida na agricultura e pecuária, e em indústrias preocupadas

com a produção alimentar e biomassa. As aplicações do monitoramento eletrônico e

controle para essas tradicionais indústrias têm sido estimulados pela constante e

grande influência dos computadores e eletrônica em todos os aspectos de nossa

vida. De uma maneira geral, a eletrônica deixou de ser considerada cara, complexa

e de benefícios duvidosos, como era vista uma década atrás.

A automação na agricultura é ampla e multidisciplinar a que nos permitiria dar

dezenas de outros exemplos de sua aplicação. Esse processo é irreversível e será

ainda mais explorado no futuro. Isso contribuirá com um ganho na produtividade

através de um melhor gerenciamento da informação. No entanto, não se pode

esquecer de que nesse processo as interações, homem e máquina, são muito

próximos. Interfaces homem-máquina devem ser bem planejadas e desenvolvidas e

exigirá, dos pesquisadores, um maior estudo dessa relação no processo de

automação.

Muitos desenvolvimentos específicos deverão ser realizados nos próximos

anos, consequência inevitável do progresso científico. Assim, é esperado que a

automação na agricultura avance continuamente nos próximos anos.

O processo de automação pode contribuir na área agrícola através da

melhoria de qualidade, redução de perdas, redução de riscos, aumento de

produtividade, melhor controle de custos e aumento do retorno de investimento,

planejamento do negócio, proteção ao meio-ambiente e também facilitar a vida do

produtor, consequentemente, proporcionando uma maior competitividade.

Page 206: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

184

Inicialmente, as primeiras aplicações de instrumentação e controle na

agricultura foram direcionadas para os produtos de maior valor. Hoje se pode dizer

que a automação agrícola é encontrada nos setores da produção vegetal e animal,

pesquisa, ensino, extensão e planejamento. Dentre as principais aplicações podem-

se destacar:

Monitoramento eletrônico de máquinas no campo;

Controle integrado de tratores e de seus respectivos implementos; e

Agricultura de precisão, baseada em sistemas de navegação GPS,

sensores de produção nas mais diferentes formas para as diferentes

culturas e considerável potencial para a navegação automática de

máquinas no campo.

Outra tendência é a aplicação de visão artificial embarcada em uma máquina

agrícola, baseada em câmeras CCD. No campo, sua capacidade de reconhecer

culturas e características do solo tem servido de base para muitas aplicações na

condução de veículos e em tratamentos específicos. Esse tipo de tecnologia

possibilitará um processo seletivo de eliminação de plantas daninhas, trazendo

importantes benefícios para preservação do meio ambiente.

O processamento e análise de imagens na área agrícola, através do

sensoriamento remoto, tem sido de fundamental importância em vários aspectos.

Por exemplo, imagens coletadas por sensores localizados em satélites permitem a

identificação de solos degradados, áreas alagadas, identificação de culturas,

planejamento agrícola, auxiliam na preservação ambiental e em muitas outras

atividades.

A análise de imagens, além do sensoriamento remoto, também é usada para

quantificar doenças em raízes de plantas, identificação e seleção de grãos, cálculo

de área foliar de uma cultura, etc.

Dispositivos robóticos, ou máquinas computadorizadas para executar

atividades específicas sem a interferência humana, tem sido objeto de estudo na

área agrícola.

Junto a esta realidade outros fatores, como o altíssimo custo de mão-de-obra,

o envelhecimento da população rural sem perspectivas de renovação, a

Page 207: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

185

necessidade de minimizar a exposição dos operadores a atividades insalubres e a

preocupação com a conservação do equilíbrio ambiental.

Todos estes fatores têm incentivado e justificado pesquisas em robôs

agrícolas moveis por grupos. Em particular, as necessidades de preservação e de

recuperação ambiental têm levado a um crescente número de trabalhos de pesquisa

nesta área.

Trabalhos têm apresentado soluções viáveis para o desenvolvimento de

máquinas agrícolas semi-autônomas ou autônomas que possibilitam operações mais

precisas para reduzir custos e minimizar o impacto ambiental de tarefas agrícolas,

como a aplicação de agro-químicos. Também se deve considerar que um robô

agrícola móvel pode dispensar elementos de ―conforto e ergonomia‖ e os custos da

eletrônica necessária para construção de um veículo estão cada vez mais

acessíveis. Um exemplo dessa eletrônica são os microprocessadores, câmaras de

vídeo, comunicação digital, receptores GPS (Sistema de Posicionamento Global)

entre outras. Empresas atuantes nessa área vêm buscando solução para viabilizar

as tecnologias de robôs agrícolas móveis, utilizando o padrão internacional ISO

11783, para eletrônica embarcada em máquinas e implementos agrícolas, possui

características para utilização de dispositivos para possibilitar a navegação.

As redes de comunicação têm proliferado em sistemas eletrônicos digitais e

embarcados em variados veículos e instalações. Se por um lado existem soluções já

adotadas e aceitas, por outro, o recente desenvolvimento das redes de sensores

sem fio poderá ampliar ainda mais a presença da tecnologia eletrônica no campo. O

uso de instrumentos transmitindo dados via rádio ou via infravermelho no ambiente

agrícola é comum há algumas décadas. Há atualmente várias opções no mercado

de estações climatológicas e de sistemas de automação de irrigação que se utilizam

desses meios de comunicação. A vantagem óbvia é a grande facilidade de

instalação e manutenção de sistemas operando sem fio no campo. Entretanto,

diante das possibilidades de aplicações do que se designou de computação

pervasiva ou sistemas ubíquos, estabelecidos através das redes de sensores sem

fio distribuídos no campo e atravessando as porteiras, os benefícios serão inúmeros.

Se a prática da AP nos modelos atuais permite uma economia potencial de insumos

e menor contaminação ambiental, esse impacto positivo pode ser ainda mais

Page 208: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

186

significativo se o controle de processos, como a pulverização, for auxiliado por uma

ampla grade de sensores sem fio monitorando as plantas o solo e o ambiente com

informações espaciais em tempo real.

O desenvolvimento de sistemas de posicionamento global a partir da

utilização de redes neurais, como também o uso de sistemas de informações

geográficas (SIS) e sistemas de posicionamento global (GPS) também tem sido

utilizados na agricultura.

4.4.2.12.2. Automação Pecuária

Se forem aplicados os conceitos de Automação no processo produtivo agro-

pecuário, pode-se definir automação agrícola como: ―Tecnologia de Informação

aplicada ao setor agrícola e pecuário‖.

No setor pecuário a automação esta sendo cada vez mais utilizada, entre as

diversas aplicações podem-se destacar a análise de imagens para quantificação de

gordura de carcaça de suínos, na área de criação de animais.

A automação permite que o produtor identifique e obtenha informações sobre

o rebanho através de transponders, permite um melhor manejo e rastreabilidade dos

animais, controle da sanidade, controle da nutrição, melhor controle do ambiente da

instalação (controle de ventiladores e nebulizadores, automação de sistemas e

sistemas inteligentes de acionamento).

O uso da visão artificial por câmeras e ressonância nuclear magnética tem

sido usado para monitorar padrões de crescimento e comportamento animal.

Câmeras já são utilizadas por alguns produtores de animais, no exterior, para

controlar a rastreabilidade de rebanhos o comportamento dos animais em baias de

crescimento. O comportamento dos mesmos pode indicar variações de temperatura

ambiente, por exemplo, a qual poderá ser alterada pelo criador. Ainda, sensores de

odores podem ser usados para monitorar a dispersão de mau-cheiro do criatório.

Isso tem evitado maiores problemas em áreas mais densamente povoadas.

Page 209: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

187

4.4.2.12.3. Automação da Cadeia Cana-Etanol

O bagaço, o bioproduto do processamento do etanol da fermentação da cana-

de-açúcar, é uma matéria prima altamente promissora para produção do bioetanol.

Ela já está disponível no local da agroindústria do etanol, e com a melhoria de

tecnologia de co-geração de energia aumentará a disponibilidade do bagaço. O

bioetanol obtido a partir do bagaço da cana-de-açúcar pode ser obtido no mesmo

local do etanol convencional obtido a partir do açúcar, usando de forma integrada as

unidades de fermentação e destilação, o que diminui custos de produção. O produto

obtido depois da hidrólise pode ser diluído no caldo da cana de açúcar, assim

diminuindo os impactos do potencial inibidor de fermentação.

Considerando a qualidade dos produtos gerados durante a produção do

bioetanol, as variáveis que influenciam a decomposição do açúcar e

consequentemente a produção de inibidores da fermentação (por ex. temperatura,

pressão, pH) devem ser determinadas. Estas variáveis podem mudar para cada tipo

de pré-tratamento e processos de hidrólise, e devem ser monitorados e controlados

para diminuir os efeitos dos inibidores. Variações na composição do material

influenciarão algumas das variáveis monitoradas/controladas em um processo

industrial (por exemplo, temperatura e pH).

Para identificar equipamentos, instrumentação e automação na produção de

etanol é necessário definir todas as operações dos processos e verificar as variáveis

que influenciam o comportamento do processo, monitorando variáveis de estado em

processos biotecnológicos utilizadas no ajuste da planta de etanol. É uma

promissora área de pesquisa com impacto significativo na indústria biotecnológica, e

que requer um eficiente monitoramento com sensores confiáveis para ajustar o

controle dos processos.

Outros aspectos importantes referem-se à modelagem computacional e

integração do processo, análises apropriadas da biomassa, à avaliação da

fermentação semi-sólida, incluindo o desenvolvimento de sensores robustos para

escala industrial, à geração e disponibilização de dados confiáveis dos processos

agroindustriais para permitir a modelagem e simulação, e que inclusive sugerem a

Page 210: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

188

criação de uma ampla rede de troca de informações e integração entre os grupos de

pesquisa, como aspecto estratégico para avanço no setor.

Para o processo de plantio e colheita da cana de açúcar, a Agricultura de

Precisão (AP) necessita da automação. Tecnologias de sensoriamento remoto,

estratégia de amostragem de solo, usam de GPS e GIS (Sistema de Informação

Geográfico), entre muitos outros estão sendo adaptadas e desenvolvidas para o uso

agrícola, como o uso de sensores de refletância observando alguns espectros de luz

tem se mostrado viável para identificar níveis de nitrogênio, matéria orgânica,

insetos, plantas invasoras, entre outros, correlacionáveis através de espectroscopia

de luz. Alem de novos instrumentos para medir e construir mapa de condutividade

elétrica do solo tem surgindo no mercado.

A utilização de sensores ditos on-the-go são um dos grandes alvos da

indústria e da pesquisa nesta área. A técnica aproveitando o momento das práticas

agrícolas para realiza inspeção ou monitoramento da cultura, visando evitar custos

operacionais adicionais. Porém sua aplicação nem sempre é possível, em casos

como monitoramento de pragas, doenças, níveis de nitrogênio na planta e outras

variáveis da área cultivada, torna-se necessário entrar com instrumentos por terra na

cultura dificultando muito a realização de uma amostragem eficiente.

Tem surgido no mercado, serviços de fotografias tanto por satélite como por

aeronaves. Recentemente tem surgido no mercado Veículos Aéreos Não Tripulados

– VANT para realizar serviços de fotografias para setores de construção de obras.

Houve avanços significativos em ultimas décadas. Os vários trabalhos e

contribuições em métodos de sensoriamento remoto possibilitam hoje uma melhor

compreensão de como a refletância e emitância das folhas altera em resposta à

espessura e idade da folha, à espécie da planta, à forma da copa, estado nutricional

e estado hídrico da planta.

A presença da clorofila e sua absorção preferencial em diferentes

comprimentos de onda fornecem a base para utilização com plataformas

rádiométricas de banda larga por satélite ou sensores hiperespectrais que medem a

refletância em bandas estreitas. A compreensão da refletância das folhas leva a

diferentes índices vegetativo para quantificar diversos parâmetros agronômicos das

Page 211: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

189

culturas, por exemplo, a área foliar, cobertura vegetal, biomassa, tipo de cultura,

estado nutricional, e de rendimento. Emitância de dossel é uma medida da

temperatura foliar e os termômetros infravermelhos têm possibilitado criar índices de

estresse de cultura atualmente utilizados para quantificar necessidades hídricas.

Para a cultura da cana ainda carece de estudos e de metodologia para obtenção da

variabilidade espacial.

O papel da automação tem sido a substituição da mão-de-obra na busca pelo

aumento da eficiência e competitividade. Apesar da existência da busca por

tecnologias inovadoras para que cultura da cana mantenha-se competitiva ainda há

espaço significativo para que a mecanização na forma mais convencional avance

nas etapas de cultivo, plantio e colheita antes da automação entrar em cena.

Porém, com a Agricultura de Precisão, os erros considerados desprezíveis

frente às grandezas encontrados no campo, tornam-se significativos. Sobreposição

na aplicação de insumos e espaços deixados pelas máquinas começa a ser

contabilizados. Qualidade na operação torna-se mensurável economicamente. Os

processos de monitoramento e medidas no campo tendem a se intensificar e esse

requer uma quantidade de mão-de-obra qualificada pouco disponível no mercado

brasileiro. Há, portanto potencial para sensoriamento automatizado.

A automação na nossa realidade tende para a busca da qualidade e

minimização de erros. Outro papel importante da Agricultura de Precisão é a

economia de insumo. A aplicação de insumos à taxa variada pode ser realizada

desde que haja máquinas automatizadas que possam aplicar de acordo com mapa

de recomendação ou indicada por um sensor ―on-the-go‖.

A adoção da Agricultura de Precisão requer uma mudança de postura na

gestão e passar a observar a variabilidade como um dos elementos a ser

considerado e gerenciado. Essa postura é considerada por muitos como uma

mudança natural de paradigma, porém essa mudança exige comprometimento e

muito investimento. Não se faz um investimento se o retorno for considerado incerto

ou se o momento não for adequado. Ainda estão sendo exploradas as

oportunidades e o potencial de retorno para essa cultura. A pesquisa deve ainda

aprofundar e apresentar soluções criativas e aplicáveis.

Page 212: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

190

Com o advento da AP trouxe consigo uma quantidade relativamente grande

de instrumentos eletrônicos quer seja para auxiliar na navegação, quer seja na

aplicação de insumos.

A tecnologia de eletrônica embarcada em máquinas agrícolas tem se evoluído

de forma muito intensa no vácuo de outros setores. O poder computacional

disponibilizado às novas máquinas permite realizar operações agrícolas integradas

ao Sistema de Informação da empresa. Tratores e implementos com conexão

eletrônica intercambiável e com reconhecimento automático das funções ativas

poderá ser instrumentos comum de série. Porém o que se observa é a solução

proprietária de fabricante resultado de esforços próprios para atender à demanda.

Geraram-se então equipamentos e formatos de arquivo não compatíveis.

A conexão on-line com máquinas de diferentes fabricantes no campo tornaria

possível a realização de operações coordenadas em tempo real, reduzindo tempos

improdutivos, eliminando custos desnecessários e trazendo o aumento da eficiência.

Isso somente é possível se houver um padrão único de comunicação. Com essa

abordagem, o protocolo ISO 11783 está sendo elaborado. O potencial de uso do

padrão é real, pois agrega interesses de toda cadeia.

Assim uma série de oportunidades existe nas aplicações da agricultura de

precisão na cadeia cana-etanol, como:

Amostragens e monitoramento de solos e plantas;

Utilização de imagens;

Monitoramento na colheita com o uso de monitores de quantidade e

qualidade da cana;

Intervenções na lavoura, como por exemplo, nas aplicações de insumos

sólidos e líquidos;

No cultivo, o que inclui projetos de novas máquinas;

Utilização de piloto automático com planejamento de percurso;

Utilização de recursos matemáticos e computacionais para utilizar toda

informação;

Avaliações ambientais;

Utilização e aplicação de resíduos agrícolas e agroindustriais;

Page 213: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

191

Desenvolvimento de sensores e ferramentas para rastreamento;

Desenvolvimento do ISOBUS como aspecto fundamental para ampliar a

versatilidade na utilização dos equipamentos de diferentes marcas;

Automação da irrigação em cana, necessária em várias regiões do Brasil; e

Sensores para plantadoras.

4.4.2.12.4. Automação da Logística de Produção de Cana-Etanol

A questão da logística é fundamental na produção do etanol e uma série de

possibilidades para a instrumentação e automação existe, incluindo ações em

parceria entre instituições públicas e iniciativa privada. Por exemplo, o

monitoramento de frotas nas Usinas, através de telemetria, com comunicação em

tempo real, é uma alternativa concreta, especialmente considerando que o preço da

informação via satélite ainda apresenta custo relativamente elevado.

A busca de alternativa para armazenamento da cana antes de entrar na

agroindústria é outra possibilidade a ser avaliada, para evitar os congestionamentos

e demora da entrada da matéria prima para processamento imediato, o que traz

prejuízos e perda de eficiência nas Usinas.

Também existem oportunidades de incorporações de sensores nas máquinas

para ações preventivas. Finalmente o transporte de palhas representa desafio

presente para a logística.

Também como contribuição para a logística, a Embrapa Solos liderou trabalho

de zoneamento agroecológico para a expansão da cana-de-açúcar para todo o

Brasil, levando em conta somente áreas passíveis de mecanização com colheita e

sem queima, ou seja, áreas com declividades inferiores a 12%.

Conforme relatado uma série de oportunidades e desafios para a

Instrumentação e Automação nas diferentes atividades agrícolas e agroindustriais da

cadeia cana-etanol existem. Considerando a tendência de evolução cada vez maior

das atividades relacionadas à produção do etanol evoluir, inclusive com a

internacionalização da produção e uso do biocombustível, uma plataforma de

pesquisa e inovação em instrumentação e automação para agroenergia seria

fundamental e poderia, em futuro próximo, ser articulada e implementada.

Page 214: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

192

4.4.2.12.5. Automação do Setor de Gás Natural

A utilização do gás natural apresenta muitas vantagens econômicas, mas sua

maior contribuição é diretamente na melhoria dos padrões ambientais. Suas

principais aplicações são as seguintes:

a) Residencial e comercial: cozimento, aquecimento de água, calefação (em

regiões de clima frio), entre outros;

b) Industrial: combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade

e de força motriz matéria-prima nos setores químico, petroquímico e de

fertilizantes redutor siderúrgico na fabricação de aço; e

c) Automotivos: combustível para veículos leves e pesados.

Nesta área muitos trabalhos de Automação Industrial vêm sendo

desenvolvidos com o apoio da Petrobras através da Gaspetro voltadas para defesa

do meio ambiente, e com objetivo de oferecer a melhor alternativa energética de

hoje e do futuro - um combustível versátil, econômico e limpo que será

disponibilizado em escala compatível com a demanda de modo a alavancar o Brasil

rumo à modernidade energética, destacando-se:

a) Pesquisa Básica: desenvolvimento de sistemas integrados de simulação,

supervisão e controle da operação de distribuição de gás natural em

dutos, composto de software inteligente com interface gráfica e hardware

microcontrolado com transmissão de dados via cabo ou ethernet, de baixo

custo e alto valor tecnológico agregado que auxilie desde a etapa de

projeto de uma malha de distribuição ao monitoramento e controle em

tempo real do escoamento do gás natural nos dutos.

b) Pesquisa Aplicada: desenvolver soluções tecnológicas de válvula de

controle de pulso e seu acoplamento a um módulo pré-pago para ser

disponibilizado aos consumidores residenciais de gás natural;

c) Desenvolvimento de Novos Equipamentos e Tecnologia:

implementação de módulo único de processamento e controle do fluxo de

gás natural, microcontrolado, com leitor de cartão indutivo e válvula

Page 215: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

193

solenóide de dois estágios com controle por pulso (restritor de vazão) para

ser acoplado a medidor de gás; e

d) Implantação do Produto Final: Desenvolver fornecedores para implantar

soluções de processamento e controle do fluxo de gás natural, em escala

industrial, a ser aplicado para diferentes classes de consumidores.

4.4.2.12.6. Automação da Indústria Farmacêutica

Normalmente, aplicações na indústria farmacêutica utilizam soluções na área

de automação de processos contínuos e discretos, incluindo serviços desde o

projeto elétrico até o start-up das unidades, possuindo protocolos padronizados pela

indústria farmacêutica, sistemas validáveis e sistemas de tecnologia de automação,

voltados ao aspecto gerencial das plantas controláveis.

A cadeia produtiva da indústria farmacêutica inclui as diferentes etapas que

cada vez mais necessitam de um alto grau de automação. Essas etapas

correspondem ao recebimento de produtos de base, armazenamento de insumos,

dispensação, produção, embalagem, armazenagem de produto acabado e

expedição, onde os principais atores desse processo são: Produção, Farmácias,

Distribuição, Armazenagem e Hospitais.

A automação do setor de distribuição de medicamentos é o ponto final dessa

cadeia, que é a atividade comercial que consiste no abastecimento, realização ou

fornecimento de produtos destinados à transformação, revenda ou utilização em

serviços médicos, unidades de saúde e farmácia, excluindo o fornecimento ao

público.

4.4.2.12.7. Automação de Sistemas de Irrigação

Nos últimos anos, a automação de sistemas de irrigação vem sendo

implantada de forma intensiva, principalmente em função do surgimento de técnicas

apropriadas que vem acompanhando a modernização crescente da agricultura e

abertura do mercado brasileiro às importações, principalmente com relação à

irrigação localizada, liderada por empresas americanas, israelenses e européias.

A necessidade da busca da otimização dos recursos produtivos, da

competitividade no mercado produtivo, da necessidade de aumento de produtividade

Page 216: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

194

e redução de custos, leva a uma tendência de adoção de tecnologias capazes de

tornar a exploração cada vez mais competitiva e rentável. A automação de sistemas

de irrigação se faz necessária não somente pela possibilidade de diminuição dos

custos com mão-de-obra, mas principalmente por necessidades operacionais, tais

como irrigação de grandes áreas no período noturno.

As principais vantagens da automação de sistemas de irrigação os seguintes

itens:

Diminuição de mão-de-obra;

Irrigações noturnas sem necessidade de acompanhamento;

Redução da potência de acionamento e custo de bombeamento;

Precisão nos tempos e turnos de irrigação; e

Eficiência na aplicação de água.

4.4.3. Empresas

No Anexo IV deste panorama é apresentada a relação das principais

empresas que atuam no segmento de Automação Industrial, cadastradas na

ABINEE, e seus produtos.

4.4.4. Principais Produtos

No Anexo V deste panorama é apresentada a relação dos produtos nacionais

do segmento de Automação Industrial, cadastrados na ABINEE.

No Apêndice IV é apresentada uma descrição sucinta dos principais produtos

do segmento de Automação Industrial.

4.4.5. Marco Regulatório

O setor de Eletrônica para Automação é regido por normas especificas para

equipamentos de Automação para utilização em diferentes ambientes, com

destaque a áreas explosivas, sendo os mesmos classificados para aplicações nas

indústrias petroquímicas, produção de petróleo e gás, naval e offshore.

Page 217: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

195

4.4.5.1. Instalação de Equipamentos em Plantas Industriais

Ao se instalar sistemas elétricos, de instrumentação ou de automação em

uma planta de processamento petroquímica, ou em um local onde possam estar

presentes produtos inflamáveis, as medidas de proteção tomadas e o grau de

proteção que elas conferem dependem do risco potencial envolvido. O estudo de

classificação de áreas tem por finalidade mapear e determinar as extensões e

abrangências das áreas que podem conter misturas explosivas e,

consequentemente permitir a posterior especificação de equipamentos e sistemas

adequados para cada tipo de área classificada.

Embora varie conforme as normas adotadas em cada país, classificação de

áreas sempre é feita em função do tipo de material inflamável presente e da

probabilidade de sua presença em concentrações que tornem explosiva sua mistura

com o ar. As áreas da planta de processamento são classificadas na fase inicial do

projeto, envolvendo principalmente a especialidade de processo, a partir das

informações relativas a dados, tais como a pressão, a concentração e o inventário

dos diversos produtos combustíveis presentes no processamento da planta. A partir

deste estudo de classificação de áreas, deve ser assegurado que a especificação e

instalação dos equipamentos atendam às exigências da área, em conformidade com

as respectivas Normas aplicáveis.

Um plano de classificação de áreas é um grupo de documentos que fornecem

informações sobre as áreas que contenham ou possam conter atmosferas

potencialmente explosivas de uma planta de processamento químico. Este grupo de

documentos compreende desenhos de plantas e elevações com as extensões das

áreas classificadas, lista de dados de processos sobre as substâncias inflamáveis,

lista dos dados das fontes de risco, e nos casos de espaços fechados, informações

pertinentes ao projeto de ventilação e de ar-condicionado, os quais possam afetar a

classificação ou a extensão das áreas classificadas.

Os documentos do plano de classificação de áreas de uma instalação

industrial constituem de um grupo de desenhos que mostram, em escala, o arranjo

completo das instalações industriais da planta, mostrando as marcações das

extensões das áreas classificadas. Estas extensões e tipos de áreas classificadas

devem ser definidos com base nas informações contidas nas listas de dados de

Page 218: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

196

processo das substâncias inflamáveis e nas fontes de risco, para todas as

instalações existentes.

O plano de classificação de áreas deve ser elaborado com base na obtenção

de informações referentes às características do processo e da planta. Para esta

finalidade, adicionalmente às recomendações técnicas prescritas nas normalizações

sobre classificações de áreas, devem ser consultados profissionais da respectiva

planta, representantes especialistas das seguintes disciplinas:

Engenharia de processo;

Operação;

Manutenção e da inspeção de equipamentos;

Projeto (tubulação, caldeiraria, mecânica, elétrica e instrumentação); e

Segurança industrial.

Sempre que possível, um grupo multidisciplinar, formado por profissionais

representantes destas áreas, deve ser designado para os serviços de elaboração da

documentação requerida pelo plano de classificação de áreas.

Os planos de classificação de áreas elaborados em bases preliminares, ou

seja, em fases de projeto básico, devem conter notas indicando claramente que toda

a documentação foi emitida somente como base de referência e não são válidas

para a operação da planta. Nestas situações, toda a documentação do plano de

classificação de área deve ser revisada de acordo com os dados reais e certificados

de processo e de arranjo físico dos equipamentos, durante a fase de detalhamento

do projeto.

4.4.5.2. Princípios de segurança na classificação de áreas

Instalações onde os materiais inflamáveis são manuseados ou armazenados

devem ser projetadas, operadas e mantidas de modo que qualquer liberação de

material inflamável e, consequentemente, a extensão da área classificada seja a

menor possível, seja em operação normal ou com relação à frequência, duração e

quantidade. É importante examinar as partes de equipamentos em processo e

sistemas, os quais possam liberar material inflamável, e considerar modificações do

projeto para minimizar a probabilidade e frequência de liberação, quantidade e a

Page 219: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

197

taxa de liberação de material. Em caso de atividades de manutenção, exceto

aquelas de operação normal, a extensão da zona pode ser afetada, mas é esperado

que esta seja controlada por uma sistemática de permissão de trabalho.

Os seguintes passos devem ser seguidos em uma situação que possa haver

uma atmosfera explosiva de gás:

a) eliminar a probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás

ao redor da fonte de ignição; ou

b) eliminar a fonte de ignição.

Se estas medidas não forem possíveis de ser executadas, medidas de

proteção, equipamentos de processo, sistemas e procedimentos devem ser

selecionados e preparados de tal modo que a probabilidade de ocorrência

simultânea dos eventos a e b acima seja a menor possível. Tais medidas podem ser

usadas, independentemente, se elas forem reconhecidas como sendo altamente

confiáveis, ou em combinação, para atingir um nível equivalente de segurança.

4.4.5.3. Objetivos da classificação de áreas

A classificação de áreas é um método de análise e classificação do ambiente

onde possa ocorrer uma atmosfera explosiva, de modo a facilitar a seleção

adequada e instalação de equipamentos a serem usados com segurança em tais

ambientes, levando em conta os grupos de gás, assim como as respectivas classes

de temperatura.

Na maioria dos locais onde os produtos inflamáveis são utilizados, é difícil

assegurar que jamais ocorrerá a presença de uma atmosfera explosiva. Pode

também ser difícil assegurar que os equipamentos jamais se constituirão em fontes

de ignição. Entretanto, em situações onde exista uma alta probabilidade de

ocorrência de uma atmosfera explosiva, a confiabilidade é obtida pelo uso de

equipamentos que tenham uma baixa probabilidade de se tornarem fontes de

ignição. Por outro lado, onde houver uma baixa probabilidade de ocorrência de uma

atmosfera explosiva, podem-se utilizar equipamentos construídos com base em

normas industriais de aplicação geral.

Page 220: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

198

4.4.5.4. Normas e Regulamentações

Atualmente, no Brasil, os projetos de classificação de áreas são normalmente

elaborados baseando-se na Norma ABNT: NBR IEC 60079-10 e em guias de

aplicação específicos, estabelecidos na normalização interna das próprias empresas

químicas ou petroquímicas. Tais guias de aplicação ou normas internas de

classificação de áreas são elaboradas com base nas características de seus

processos produtos, nas características dos produtos manipulados (explosões,

volume dos inventários, níveis de pressão, temperatura e vazão) e nos arranjos de

suas instalações (ao tempo ou no interior de prédios fechados). Normalmente tais

guias de aplicação contêm figuras típicas de classificação de áreas, com

determinação das extensões das áreas classificadas ao redor de fontes de risco,

equipamentos ou instalações típicas de seu processo produtivo.

O NEC (National Electric Code), em artigo 500 a partir do ano de 1996,

também passou a incorporar a designação de Zonas e de Grupos para os estudos

de classificação de áreas. Até então, a designação utilizada baseava-se em critérios

diferentes para a identificação de Divisões e Grupos. As Divisões eram denominadas

de Divisão 1 (equivalente à Zona 1 da IEC) e Divisão 2 (equivalente à Zona 2 da

IEC). Os Grupos eram subdivididos em Grupos A, B (equivalente ao Grupo IIC da

IEC), Grupo C (equivalente ao Grupo IIB da IEC) e Grupo D (equivalente ao Grupo

lIA da IEC).

Também a Norma API 505 – American Petroleum Institute - Recommended

Practice for Classification of Locations for Electrical Installations at Petroleum

Facilities passou a incorporar a definição de zonas em seus procedimentos de

classificação de áreas, a partir de 1997. Apesar das alterações ocorridas no NEC e

no API, alinhando-se com os as nomenclaturas internacionais da IEC sobre

classificação de áreas, ainda hoje podem ser encontrados projetos com a

terminologia antigamente utilizada nas normas norte-americanas, seja na

documentação de projetos antigos ou na documentação de equipamentos

importados dos EUA (BULGARELLI, 2006).

Uma relação das principais normas técnicas utilizadas no setor é apresentada

nos Apêndices II e III.

Page 221: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

199

4.4.5.5. GT Ex - Atmosferas Explosivas

Grupo de trabalho composto por empresas dos segmentos de Automação

Industrial e material elétrico de instalação, onde essas empresas possuem produtos

certificados de acordo com SBAC - Sistema Brasileiro de Avaliação da

Conformidade. As seguintes empresas fazem parte atualmente desse grupo: ABB,

Alpha, Blinda, Bknav, Conex, Coester, Conexel, Consistec, Honeywell, Engro,

Invensys, Kap, Lince, Lumens Phoenix Contact, Rockwell Automation, Schneider,

Schmersal, Sense, Setha, SEW, Siemens, WEG e Yokogawa.

Este grupo tem como principal objetivo apoiar a certificação compulsória

implantando a certificação com inspeção dos fabricantes antes mesmo da Europa

defendendo a fiscalização das instalações até culminar na publicação da NR-10

incentivando a certificação de profissionais Ex.

4.4.5.5.1. Principais Atribuições

Apoiar a certificação Ex nacional;

Disseminar informações sobre o mundo Ex;

Contribuir na elaboração das políticas Ex;

Compor as comissões de certificação dos OCPs;

Avaliar os impactos da regulamentação Ex;

Orientar empresas sobre normas e políticas Ex;

Defender os interesses das empresas; e

Divulgar as regulamentações Ex aos usuários.

4.4.5.5.2. Principais Produtos

Material elétrico instalação (caixas, prensa-cabos, acessórios);

Iluminação industrial (luminárias);

Sensores (proximidade, nível, vazão, temperatura);

Atuadores (válvulas, conversores, acionadores);

Equipamentos especiais (analisadores, medidores);

Equipamentos de automação (PLCs, controladores, instrumentação);

Equipamentos de comando (CCMs, partidas); e

Motores elétricos.

Page 222: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

200

4.4.5.5.3. Regulamentação Ex

Contribuir para a evolução do Programa Brasileiro de Avaliação da

Conformidade - PBAC, sem inviabilizar o mercado produtor e consumidor;

Aumentar a segurança das instalações;

Apoiar e acompanhar a atualização das normas técnicas;

Incentivar o desenvolvimento e atualização de produtos;

Esclarecer as regras de certificação ao mercado; e

Inibir a comercialização de produtos de origem duvidosa.

4.4.5.5.4. Vantagens da Nova Regulamentação Ex

a) DIPQ – Declaração de Importação de Produtos Ex

Viabilizar o mercado consumidor proporcionando aos usuários a

flexibilidade de poder utilizar equipamentos de reposição e produtos

diferenciados não certificados no SBAC devido abaixa demanda;

Coibir abusos por meio de restrições seletivas de produtos e de

quantidades; e

Viabilizar as inspeções nas plantas com a implantação do selo DIPQ

implementado pelos próprios OCPs, que podem inspecionar os produtos.

b) Produtos marcados Ex destinados às áreas não classificadas

Visando reduzir as variações de produtos, muitos fabricantes mundiais

disponibilizam somente as versões Ex;

Muitos destes produtos não viabilizam a certificação brasileira, pois o

nicho de aplicação não se justifica;

Ainda devido a diferenças de certificação adotadas em alguns países,

produtos para Zona 2 podem ser auto declarados, disseminando a

marcação em uma grande variedade de produtos;

A nova regulamentação possibilita a utilização destes produtos para

aplicações em áreas Não Classificadas;

A regra atual penaliza a grande maioria destes produtos, pois sua

aplicação usual não é em atmosferas potencialmente explosivas;

Page 223: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

201

O logotipo INMETRO, o logotipo do OCP e a marcação BR Ex são

condições obrigatórias para a utilização em atmosferas potencialmente

explosivas; e

Usuários cada vez mais esclarecidos exigindo o certificado de

conformidade INMETRO dos produtos Ex, para compor o prontuário das

instalações elétricas, sob pena de fiscalização do MTE (NR 10).

4.4.5.6. Área de Refino

Na área de refino o processo requer muitos e complexos controles, diferentes

da área de exploração, onde a instrumentação para o refino é muito mais ligada ao

controle e a otimização dos processos. Uma das diferenças com as tecnologias

utilizadas no setor de exploração e produção é que o refino possui muitas malhas de

controle e unidades de processos mais complexas o que limita um pouco o uso dos

PLCs com supervisórios, que dão maior flexibilidade, utilizando SDCDs para apurar

mais o controle das unidades e opera-se com muitas IHMs.

De qualquer modo, têm-se muitas tecnologias semelhantes às utilizadas no

setor de Energia e Petróleo, mas com visões diferentes. Os sistemas de

transferência de custódia, por exemplo. ―O E&P faz medição fiscal para efeitos de

impostos e royalties; no refino, a medição tem seu foco no faturamento aos clientes

internos e externos, pois não se quer entregar menos que o comprado‖. As estações

de medição fiscal das refinarias basicamente usam medidores tipo turbina e

provadores. Só mais recentemente o refino começou a avaliar medidores ultra-

sônicos.

A área de refino é muito próxima à de qualquer indústria petroquímica porque

possui tanques de estocagem, utilizando medidores de nível de tanques, além de

outros processos, tais como tratamento de água, tratamento de efluentes, entre

outros. A refinaria também compra energia elétrica, gera energia elétrica, ar

comprimido para uso do processo e para instrumentação. No caso da Petrobras, a

interface com as outras áreas, tais como financeira, pessoal, contratação compras,

entre outras ficam por conta do software, utilizada por todo o sistema Petrobras. A

troca de informações de processo acontece, mesmo, em grande volume, entre as

plantas dentro de cada Unidade, existindo interações off site com clientes – via

Canal Cliente, um sistema especial, parte da Intranet da estatal, utilizado para

Page 224: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

202

agendar a compra, o carregamento de caminhões e a transferência de produtos,

interagindo também de forma on-line nas pontas dos dutos da Transpetro,

integrando os sistemas de automação.

Segundo a equipe da gerência de tecnologia de automação, instrumentação e

elétrica, da área de abastecimento, os desafios das novas unidades de processo na

área de instrumentação do refino estão muito ligados às melhorias da qualidade de

combustíveis – visando adequar-se aos crescentes demandas na área de meio

ambiente e para aumentar a competitividade do negócio, utilizando ainda a

automação como aliada nesse processo. Em função das demandas do negócio, a

área de refino é um celeiro de desafios para a automação e instrumentação,

desenvolvendo soluções no projeto de novas refinarias, projetos novos em

combustíveis alternativos e voltados a adaptação das unidades de refino para

processamento de óleos pesados, o que demanda tecnologias específicas como

uma nova tecnologia para a medição de nível de dessalgadoras, por exemplo.

4.4.5.6.1. Instalações Elétricas e Automação de uma Unidade Industrial

O processo de regularização das instalações elétricas e automação de uma

unidade industrial classificada são baseados na norma NBR IEC 60079-14, que se

refere aos equipamentos com proteções necessárias para se trabalhar em área

classificada (tipo Ex). Assim, deverá possuir documentos de Classificação de áreas,

e também uma inspeção das áreas, onde serão relatadas as não conformidades,

baseadas na norma de Inspeção NBR IEC 60079-17, verificando se os

equipamentos estão de acordo com o tipo de zoneamento, Zona 0, Zona 1 e Zona 2,

referente a produtos inflamáveis, ou Zona 20, Zona 21 e Zona 22, referentes a

poeiras combustíveis e também se a instalação do mesmo foi executada da forma

adequada conforme norma citada.

Existem muitos tipos de proteção de equipamentos elétricos e eletrônicos Ex

certificados, para determinado tipo de zona, como: Ex-d, à prova de explosão; Ex-e,

segurança aumentada; Ex-p, pressurizado; Ex-i, segurança intrínseca; Ex-n, não

acendível; Ex-o, imerso em óleo; Ex-m, encapsulado, Ex-q, imerso em areia; por

isso é necessária a especificação correta do equipamento para a área a ser

instalada.

Page 225: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

203

Na classificação de áreas se conhece o grupo de gases de nossa área e

também a temperatura de auto-ignição, estes itens são muito importantes para se

especificar os equipamentos adequados, além de que é compulsória a certificação

deles. O laudo de inspeção das instalações, segundo a norma citada NBR IEC

60079-17 obtêm-se as não conformidades em relação às áreas classificadas, ou

seja, vários itens referentes à falta de equipamentos, equipamentos inadequados ao

tipo de Zoneamento, tipo de instalação inadequada. Com esse laudo podem-se

providenciar as correções, adquirindo o equipamento correto e certificado, e fazendo

a instalação adequada. Existem muitos casos, onde a empresa adquire o

equipamento correto, porém em uma inspeção nota-se a instalação inadequada do

mesmo, não conforme normas.

O processo de regularização de uma unidade industrial deverá ser feito por

um profissional qualificado e habilitado. Os profissionais Ex deverão ter

conhecimento de normas, e experiência com esse tipo de instalação e automação

em áreas classificadas. Toda essa exigência origina-se da versão da NR 10, que

ratifica o compromisso das empresas em normalizar sua situação elétrica, estimula a

regularização de equipamentos de áreas classificadas e exige que as empresas se

preocupem mais com a segurança dos seus funcionários e patrimônio.

Instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de

incêndio ou explosões devem adotar dispositivos de proteção, como alarme e

seccionamento automático, para prevenir sobre-tensões, sobre-correntes, falhas de

isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação,

consequentemente as empresas deverão fazer a regularização para a obtenção do

Certificado das instalações elétricas em áreas classificadas, que será parte do

Prontuário da NR-10, juntamente com o Estudo de Classificação de áreas.

4.4.5.7. Atmosferas Explosivas

As normas brasileiras sobre atmosferas explosivas são elaboradas pelo

Subcomitê SC-31 (Atmosferas Explosivas) do COBEI - Comitê Brasileiro de

Eletricidade, Eletrônica, Telecomunicações e Iluminação, constituídas de cerca de

60 profissionais envolvidos em equipamentos e instalações elétricas em atmosferas

explosivas, representantes de cerca de 40 empresas nas áreas de consultoria,

projeto, instalação, fabricação, laboratórios de ensaios, Organismos de Certificação

Page 226: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

204

acreditados pelo Inmetro, seguradoras, órgãos de classe, indústria siderúrgica, e

empresas das áreas químicas, petroquímicas e da indústria do petróleo, usuárias de

equipamentos e de instalações em atmosferas explosivas de gases, vapores,

névoas ou poeiras explosivas, cujo objetivo é elaborar e manter as normas

brasileiras referentes aos equipamentos e instalações onde exista o risco devido à

possibilidade de presença de atmosferas explosivas de gases, vapores, névoas ou

poeiras combustíveis empresas. A principal missão desse Subcomitê é a elaboração

de Normas Brasileiras, baseadas em texto condensado pelos integrantes do grupo,

no formato ABNT/NBR-IEC referentes aos equipamentos e instalações Ex,

equivalente à respectiva norma internacional IEC, onde exista o risco devido à

possibilidade de presença de atmosferas explosivas de gases, vapores, névoas

inflamáveis ou poeiras combustíveis, acompanhando a elaboração e participando da

evolução das respectivas normas técnicas internacionais elaboradas pelo TC-31 da

IEC.

O Subcomitê SC-31 possui atualmente uma carteira de trabalho de 35

normas, entre projetos de novas normas e de manutenção das já publicadas e

atualizadas através de novas edições. Nesta série de Normas encontram-se as de

procedimentos de classificação de áreas, de instalação, inspeção, manutenção,

reparo e revisão de equipamentos e instalações, especificações técnicas de

produtos, especificação e ensaios de graus de proteção de invólucros, definição das

características técnicas dos tipos de proteção e procedimentos de ensaios e de

desempenho dos produtos. Seguindo a tendência normativa mundial dos países

membros da IEC, incluindo o Brasil, as Normas que envolvem certificação de

produtos e de instalações Ex são Normas equivalentes IEC.

Esta política de normalização tem por objetivo harmonizar as Normas

Nacionais de cada país com a normalização Internacional, de forma a padronizar os

procedimentos de projeto, ensaios, marcação, certificação, classificação de áreas,

instalação, inspeção, manutenção, reparos e revisão de equipamentos e instalações

Ex. Desta forma, as normas que são elaboradas pelo Subcomitê SC-31 são normas

do tipo equivalente NBR IEC, ou seja, são normas harmonizadas com as respectivas

normas da IEC, sem desvios.

Page 227: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

205

Sempre que o Brasil tem propostas de melhorias às normas Ex existentes, as

mesmas são enviadas para análise pelo TC-31, para incorporação nas normas

internacionais da IEC, de forma que tais comentários são também incorporados

pelas respectivas normas equivalentes NBR IEC. O Subcomitê SC-31 encontra-se

subdividido em seis Comissões de Estudo (CE), organizadas por temas e por áreas

de especialização técnica, de forma a otimizar a participação dos profissionais e

empresas envolvidas nos trabalhos.

4.4.5.7.1. Equipamentos e Produtos específicos

Existem empresas com propósito especifico de comercializar produtos para

as áreas de automação e eletricidade destinadas a utilização em atmosferas

potencialmente explosivas, dispondo de uma linha completa de produtos para

medição de vazão de líquidos e gases com eletrônica local e remota. Estas

empresas devem ser formadas por profissionais experientes e com um a estrutura

treinada para os serviços de assistência técnica pós-vendas, com atendimento

diferenciado e sempre atualizado em termos de tecnologias disponíveis no mundo,

que possam proporcionar a modernização de plantas industriais otimizando a

relação custo-benefício das instalações.

Pode-se citar como exemplo de equipamentos as Unidades Remotas para

Zona 1, um equipamento extremamente versátil, confiável e com protocolo de

comunicação totalmente aberto, Redes de Campo; Interfaces para controle na Zona

1 e Zona 2; Painéis pressurizados; Equipamentos de pressurização; Medidores de

vazão; Válvulas solenóides; Controles Aeronáuticos; Quadros de distribuição de

força para Zona 1 e Zona 2; Equipamentos Elétricos para Zona 1 e Zona 2.

4.4.5.7.2. Certificação INMETRO

Para certificação INMETRO esses produtos devem atender os seguintes

requisitos:

Comprovar que o equipamento fabricado ou fornecido para uso em área

potencialmente explosiva está em conformidade com as normas brasileiras;

Exigência legal e Obrigatória (Portaria 176 de 17.07.2000):

Page 228: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

206

1. Exige que a partir de 2001 todos os equipamentos elétricos para áreas

classificadas ostentem a identificação da Certificação do Sistema

Brasileira de Certificação (SBC);

2. Mantém a certificação compulsória salvo as exceções previstas

(pequena quantidade, squid mounted);

3. Define a Norma do INMETRO NIE DINQP 096 fev/00 como regra

específica para a certificação de equipamentos elétricos para

atmosferas explosivas (hoje Portaria 083 de 03/Abr/2006):

Ensaio de tipo;

Avaliação do sistema de qualidade; e

Determina que a certificação se baseie nas normas IEC a partir de

maio 2004.

Conforme a Portaria 598 e pela própria NR 10 e também pela Portaria 126

de 03/06/2005 e NR28 e NR 03 as quais se estabelecem critérios de multa,

embargo e interdição, respectivamente.

4.4.5.7.3. Equipamentos, Produtos e Serviços

Os principais produtos utilizados específicos em atmosferas explosivas são os

seguintes: Conectores Elétricos, Módulos de Automação, Caixa de Passagem e

distribuição, Unidade de Controle de Pressão (Ex p), Estações de Controle e

Comando, Terminais de Visualização (IHMs), Coletores de Dados (Pocket PC),

Sensor Magnético (Magnetic Reed Switch). O Quadro 24 apresenta os principais

serviços realizados nessa área.

Vale a pena ressaltar que esses produtos e serviços têm vasta utilização no

setor de Gás Natural e Petróleo, como também em indústrias químicas,

farmacêuticas, e terminais de carregamento.

Page 229: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

207

Quadro 24 - Relação de Serviços Específicos em Atmosferas Explosivas.

Relação de Serviços Soluções

Analisadores e Tecnologia de Medição

Analisadores e Sistemas de Análise Medição de Vibração Medição de Umidade Instrumentação Sísmica Medição de Temperatura Monitoração de temperatura

Tecnologia de Automação Interfaces e Barramentos Ex Sistemas de Visualização e Comunicação

Equipamentos Elétricos para Mineração

Motores Automação Conversores Sistemas de Controle Elétrico

Engenharia de Serviços Desenvolvimento de Soluções Serviços

Sistemas de Medição e Aquisição de Dados

Armazenamento, Distribuição e Manipulação de Fluídos Perigosos, Leite e Alimentos

Motores e Acionamentos Motores Ex d Soluções de Acionamentos Sistemas de Controle

Treinamento Serviços Seminários

Equipamentos de Controle e Conexões

Estações de comando e controle Sistemas de instalação Ex Unidades de pressurização Ex p Proteção em poeiras explosivas

Tecnologia de Aquecimento

Sistemas de aquecimento Componentes industriais Componentes domésticos Sistemas de detecção de vazamento Detecção de Água

Fonte: Bulgarelli, 2006.

4.4.6. Cenário atual da Automação Industrial

4.4.6.1. Contexto Atual

Nos últimos anos, a área de Automação Industrial está sendo repensada em

função do grande desenvolvimento experimentado pelas técnicas digitais. No

contexto industrial, há algumas décadas os problemas de automação são cada vez

mais importantes. A sociedade depara-se com o avanço da tecnologia e com os

seus desafios, que não são poucos. No entanto, observa-se que algumas perguntas

precisam ser respondidas para melhor encaminhar esta importante área do

conhecimento: como as instituições podem formar profissionais com capacitação

Page 230: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

208

técnica suficiente para contornar suas próprias dificuldades? E garantir uma relação

técnica com a sociedade sem assustá-la? O assunto é diversificado, pois abrange

desde tópicos relativos à arquitetura de hardware e software, programação de

controladores lógicos programáveis, controle de malhas contínuas até o

gerenciamento estratégico de uma empresa, passando pela supervisão dos

processos industriais e pela logística da produção. As técnicas desenvolvidas para o

tratamento desses problemas atingiram hoje um relativo grau de sofisticação

tecnológica e formal, exigindo pessoal técnico com formação específica para sua

aplicação adequada.

Os cursos de formação profissional vêm se colocando na contingência de

munir seus estudantes de ferramentas que os possibilitem, no menor tempo

possível, se adequarem ao quotidiano técnico de uma empresa e, pelo maior tempo

possível, estarem preparados para se atualizar tecnicamente. Estes objetivos, em

parte conflitantes, conduzem para a seguinte questão: qual o compromisso ideal

entre profundidade e abrangência quando se leciona uma disciplina de automação

industrial?

De fato, as limitações de tempo em um curso de engenharia obrigam que se

opte ou por aprofundar certos tópicos da matéria, deixando o aluno sem visão de

conjunto, ou por dar uma idéia geral do problema, deixando lacunas na formação do

estudante que tornarão mais lento o acompanhamento dos avanços de seu campo

de trabalho. E assim, a formação de engenheiros qualificados para o futuro é

necessária, equilibrando estas decisões sobre profundidade e abrangência.

Segundo Paulo Freire, a tecnologia de um país é sua educação de qualidade, e a

tecnologia é a base de sustentação da economia e soberania de uma nação.

O atual desenvolvimento da tecnologia e, em termos mais específicos, da

automação, levou ao surgimento de novas técnicas de implementação de

funcionalidades, de forma a aperfeiçoar a produção industrial, a operação de

equipamentos, construção de dispositivos simples e baratos em larga escala e, em

último caso, fornecer um benefício ao usuário final. O aumento da capacidade

computacional dos dispositivos de processamento, o surgimento de novas formas de

comunicação industrial, com protocolos bem definidos e de desempenho eficiente, o

desenvolvimento de sistemas embarcados e implementação em hardware, as novas

Page 231: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

209

formas de gerenciamento de informações de produção, por meio de sistemas

especializados, enfim, a tecnologia evoluiu bastante e, a serviço da automação,

dispõe uma variedade de alternativas para a implementação de formas mais

eficazes na resolução de problemas.

4.4.6.2. Desafios

Com base nisso, diferentes contextos permitem definir interessantes áreas

nas quais a tecnologia possibilita novas perspectivas atuais e futuras para o

desenvolvimento da automação. Em algumas delas, são levantados problemas

comuns que surgem da própria evolução tecnológica, como problemas sociais. A

maioria, porém, discute os benefícios de algumas tecnologias consideradas

relevantes para a automação.

Entre os muitos desafios da automação moderna, serão abordados neste

trabalho os seguintes: no campo social, Formação Técnica de Profissionais e

Educação da Sociedade quanto à Evolução Tecnológica Proporcionada pela

Automação:

1. Segurança e Confiabilidade em Sistemas Críticos;

2. Otimização de Informações, no sentido de Fornecer uma Interface Homem

Máquina Apropriada;

3. Reconhecimento de Padrões;

4. Identificação de Falhas em Sistemas de Automação;

5. Comunicação Segura entre Dispositivos Heterogêneos;

6. Sistemas de Automação Residencial;

7. Gerenciamento de Informações de Tempo Real;

8. Aplicações em Áreas correlacionadas a Medicina; e

9. Impactos Sociais e Ambientes Gerados pela Automação.

4.4.6.3. Cenário Atual da Robótica no Brasil e no Mundo

No Brasil a principal aplicação de robótica é na área de soldagem e

montagem industrial. A compra de robôs no Brasil fica muito abaixo da média

mundial, e o número de robôs novos comprados pela indústria brasileira vem caindo

desde 2000, segundo um relatório divulgado pela UNECE - United Nations Economic

Commission for Europe. Em 2000, a indústria brasileira adquiriu 700 máquinas, essa

Page 232: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

210

quantidade caiu para 280 em 2002 e para 230, em 2003. O investimento lento no

Brasil contrasta com o aumento registrado mundialmente, onde em 2007, os

investimentos globais aumentaram em 19%.

Os números registrados no Brasil contrastam com os verificados em outras

regiões. Na América do Norte, o aumento no setor foi de 28%. No Japão, com cerca

de metade dos atuais 800.000 robôs existentes, o crescimento foi de 25%. Na União

Européia, o aumento foi mais modesto, de 4%. Mas segundo o estudo, isso se deve

ao fato de que a região apresentou dígitos duplos de crescimento de mercado desde

1994, com exceção de 1997 e 2001-2002.

Não há dados atualizados da aplicação da robótica em 2009. A Organização

das Nações Unidas (ONU) previu que o investimento no setor deveria continuar a

crescer e que haveria um aumento anual de quase 7% até 2007. Esse aumento nos

investimentos pode ser explicado por avanços em tecnologia, importante aumento

no custo da mão-de-obra especializada e, principalmente, na queda dos preços do

produto. No ano passado, um robô custou um quarto do preço registrado em 1990.

Em residências, o uso de robôs domésticos também tem aumentado. No fim

de 2003, cerca de 600.000 máquinas estavam em uso mundialmente. A previsão

para o período 2004-2007 é de que mais de 4 milhões de unidades devem ser

adicionadas a esse total. A maior parte dos robôs atualmente em uso é de

cortadores de grama e aspiradores de pó. Mas o estudo afirma que, no futuro, os

robôs estarão realizando todo tipo de atividade.

Estima-se que no mundo inteiro exista pelo menos um milhão de unidades

(possivelmente o estoque real está perto de um milhão de unidades), dos quais

400.000 no Japão, perto de 250.000 na União Européia e aproximadamente 120.000

na América do Norte. Na Europa, a Alemanha lidera com 112.700 unidades, seguida

por Itália com 50.000, França 32.000, Espanha com 30.000 e o Reino Unido com

20.000. Estima-se que o Brasil tenha mais de 9.000 unidades.

O número de robôs por trabalhadores existentes na indústria de manufatura é

aproximadamente 350 para 10.000 empregados no Japão, 150 na Alemanha, 120

na Itália, 100 na Suécia e cerca de 90 na Finlândia. Na Espanha, França, Estados

Unidos, Áustria, e Dinamarca. No Reino Unido, a densidade atingiu

aproximadamente 40.

Page 233: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

211

Dentro do contexto mundial, dois setores se destacam:

Indústria automobilística: onde em países como Japão, Itália e Alemanha

há aproximadamente um robô para cada dez trabalhadores; e

Robôs de serviço atuantes em residências: estima-se um crescimento em

escala mundial, onde no final de 2003, aproximadamente 610.000

aspiradores autônomos e robôs cortadores de grama estarão em operação,

e entre os anos de 2004 - 2008, mais de 4 milhões de novas unidades

estão previstas. No Brasil não existe nenhum dado detalhado.

4.4.7. Principais Resultados

Pesados investimentos em automação são muitas vezes justificados pela

segurança de processos industriais e de infraestrutura críticos, pois a automação

tem sido vista como uma forma de minimizar o erro humano. Entretanto, alguns

acidentes graves em plantas químicas e nucleares têm chamado a atenção para a

possibilidade de ocorrência de eventos não previstos pelos projetistas dos sistemas

de controle. Nesses casos, a farta disponibilidade e informações não-relevantes,

ocupando tanto os sistemas quanto seus operadores, fez com que irregularidades

rapidamente evoluíssem para catástrofes. Verificou-se também que nem sempre os

operadores possuem um conhecimento sobre o processo coerente com quem o

projetou.

4.4.8. Considerações

As indústrias e atividades associadas à automação industrial e controle de

processos podem representar um importante papel na geração de empregos

altamente qualificados em física, química, engenharia, software e eletrônica e

microeletrônica.

A automação pode também contribuir para canalizar atividades científicas

para a criação de produtos com elevado conteúdo tecnológico e alto valor agregado.

Contudo, para que estes efeitos benéficos se tornem realidade, é fundamental

incrementar o valor agregado no país aos produtos e serviços de automação que

aqui são consumidos.

Page 234: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

212

4.5. Automação Predial

O uso racional de energia elétrica, a segurança e conforto dos usuários e a

preocupação com o meio ambiente são fatores relevantes para o uso de tecnologias

de automação aplicadas em plantas. As plantas inteligentes são concebidas para

causarem o mínimo impacto ambiental, com o menor consumo de energia possível e

melhor aproveitamento dos recursos, além de proporcionar maior segurança e

conforto para seus usuários (MONTEBELLER, 2006).

Assim cada planta é diferenciada, tendo características próprias e inerentes a

cada aplicação, os conceitos de automação são utilizados no sentido de atender as

necessidades e requisitos e desta forma garantir que todos os sistemas atendam

estas demandas específicas. Essas aplicações podem ser direcionadas a

aeroportos, setor de alimentos e bebidas, edifícios comerciais, instituições

educacionais, indústria farmacêutica, administração governamental, hospitais,

hotéis, química, shopping centers, e outros setores.

A integração passou a ser uma exigência atual dos sistemas que compõem a

automação predial, onde o projeto de automação deve prever, além dos sistemas

básicos de controle e gerenciamento dos dispositivos, as redes de dados, voz,

multimídia, Internet, entre outros.

4.5.1. Conceito de Domótica

Domótica é a área tecnológica que se aplica à busca da eficiência,

produtividade, conforto e segurança necessários e imprescindíveis nas instalações

industriais, prediais e residenciais (SARAMAGO, 2002).

Este conceito surgiu no final dos anos 70, para resolver os problemas de

qualidade dos espaços habitacionais, surgem nos EUA os primeiros sistemas de

edifícios a serem eletronicamente controlados. Nos anos 80, surge o termo smart

house, intelligent house ou domótica, a partir do aparecimento de sistemas de

automação de segurança, iluminação e acesso justificados pela tendência de

economia de energia. A partir dos anos 90, a tendência é integrar os diferentes

sistemas (segurança, condicionamento ambiental, etc.) que compõem uma

edificação, com o objetivo de melhorar a produtividade e o conforto dos usuários.

Page 235: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

213

Esta tecnologia permite a gestão de todos os recursos habitacionais,

apresentando inúmeras vantagens e motivações, entre as quais economia na gestão

da energia, conforto, segurança e comunicação.

Atualmente a evolução tecnológica dos diferentes sistemas de automação

aliada as novas tecnologias de comunicação em rede, tem estimulado a indústria de

construção a incorporar soluções inovadoras de Automação Predial em seus novos

empreendimentos levantando a um crescimento deste setor em cerca de 20% ao

ano e já é possível encontrar algumas construtoras que oferecem em seus

empreendimentos a base dessa tecnologia. (AURESIDE, 2009).

4.5.2. Classificação

A automação predial é considerada uma vasta área de aplicação do setor de

Eletrônica para Automação, e as empresas que atuam nessa área podem ser

classificadas em diferentes setores de aplicação.

Um projeto de automação predial exige um planejamento e especificação de

funcionalidades de modo a ter um investimento com possibilidade de retorno em

curto prazo de tempo, com possibilidade de incorporação de novas tecnologias em

qualquer momento. O planejamento deve ser orientado para as novas tecnologias,

necessidades, níveis de sistemas, manutenção e facilidade de utilização.

4.5.2.1. Edifícios Inteligentes

Os mesmos conceitos aplicáveis a residências também são utilizados para a

automação de edifícios, tornando-os muito mais eficientes, seguros e econômicos. A

automação de um edifício inteligente é caracterizada pela integração de diversos

sistemas.

O projeto de edifícios inteligentes deve considerar aspectos relacionados ao

tamanho, conforto, padrões de qualidade, integração e climatização de ambientes,

visando ainda à redução de custos de energia e manutenção. Assim, torna-se

imprescindível o desenvolvimento de um conjunto de soluções completas e

integradas para automação e controle de um edifício, capazes de atender as essas

Page 236: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

214

demandas do usuário final e requisitos de planejamento, instalação e

comissionamento (SIEMENS, 2009).

Os principais sistemas a serem automatizados em um edifício (Figura 14)

são os seguintes:

Controle de ar-condicionado;

Controle de energia e consumo;

Controle de bomba de água;

Controle de alarme de Incêndio;

Racionalização de custos de energia;

Controle de iluminação;

Sistema de segurança;

Controle de acesso;

CFTV;

Detecção de incêndios;

Estacionamentos; e

Instalações elétricas, hidráulicas, gás, entre outros.

A automação desses sistemas permite o gerenciamento de recursos e

manutenção rápida de todos os dispositivos instalados no edifício, além de garantir o

bem estar dos ocupantes do local.

Page 237: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

215

Figura 14 - Principais Sistemas de Automação de um Edifício Inteligente.

Fonte: Montebelller, 2006.

Aspectos relacionados à segurança de usuários e funcionários representam

um fator preponderante na escolha de um projeto de automação predial. Sensores

de presença em salas e escritório, controles de acesso, circuitos fechados de TV e

elevadores automatizados são apenas alguns exemplos, entre os muitos aplicáveis

para tornar um prédio seguro, confortável e prático atendendo, desta forma,

exigências de um público preocupado com a proteção pessoal e social.

O sistema predial abrange a automação elétrica, hidráulica e de ar-

condicionado; segurança patrimonial como controle de acesso, detecção e alarme

de incêndios; circuito fechado de televisão; sistemas de voz, sistemas de

comunicação via rádio, entre outros. Além desses, os sistemas de elevadores, de

geradores, no-break, redes de instrumentação elétrica inteligente e equipamentos

diversos do interior do edifício como cozinhas e lavanderias, também fazem parte da

Automação Predial.

A quantidade de elementos passíveis de automação em um edifício é grande

e a interligação desses elementos é uma tarefa difícil.

Automação Predial

(Sistema Supervisório)

Ar-condicionado

Outros

Sistemas

Segurança

Detecção de

incêndio

Controle de

Acesso

Iluminação

Page 238: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

216

4.5.2.2. Automação Residencial

Automação da Rede Elétrica é uma das principais áreas da Automação

Residencial. Significa controlar e integrar todos os itens que envolvem energia

elétrica, ou seja, integrar os diversos itens energizados, como: portões, persianas,

portas, iluminação, sonorização, entre outros.

Os projetos de automação integrada em sistemas prediais modernos devem

incluir recursos de conforto e disponibilidade ao usuário, por meio da gestão

integrada de serviços e equipamentos de automação. Os principais recursos que a

Automação Predial deverá incorporar são os seguintes:

Gerenciamento e distribuição de energia e controle de demanda;

Controle de iluminação, de acessos e simulação de presença;

Controle bioclimático por meio de calefação, ventilação e condicionamento

de ar;

Distribuição, filtragem e aquecimento de água, segurança e comunicação

e acesso remoto;

Equipamentos multimídia: controle de áudio, vídeo e som ambiente;

Segurança (alarmes, monitoramento);

Telefonia e TV por assinatura com capacidade de monitoramento;

Redes de dados e informática;

Persianas e cortinas automáticas;

Eletrodomésticos inteligentes;

Utilidades (irrigar, bombas, aspiração central, gás); e

Sistemas de mobilidade e acesso (cadeiras de rodas, macas e

elevadores).

4.5.2.3. Automação de Sistemas de Transporte e Armazenamento

Automação ferroviária;

Torre de comando;

Vias de acesso;

Pátios de manobra;

Estacionamentos de Trens;

Estocagem de grãos;

Page 239: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

217

Movimentações de cargas; e

Silos.

4.5.2.4. Outros Sistemas de Automação

Automação de subestações e usinas;

Automação de concessionárias de energia elétrica;

Automação sistemas de telecomunicação;

Concessionárias de energia, que são Centros de Operação de

Telecomunicação conectados a diversos sítios não atendidos. Nesses

sítios, são controlados equipamentos de infraestrutura, tais como: ar-

condicionado, grupo diesel gerador, sistemas de alimentação, no-breaks,

entre outros, e equipamentos de telecomunicação tais, como multiplex,

rádios UHF, VHF, sistemas de fibra óptica, entre outros;

Automação de concessionárias de água e esgoto;

Automação do sistema de gerenciamento de energia de uma cidade; e

Automação Predial de estações de trem.

4.5.3. Empresas

Considerando a importância do segmento de Automação Predial, a ABINEE

implementou uma área de acompanhamento denominada de Sistemas

Eletroeletrônicos Prediais constituída atualmente por 31 empresas (Quadro 25),

concentradas fortemente no estado de São Paulo e distribuídas geograficamente

conforme mostra o Gráfico 17.

Page 240: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

218

Quadro 25 - Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos Industriais.

No Empresa Estado

1 Acces Control e Sistemas Ltda * SP

2 ACS Automacao Controles Sistemas Industriais Ltda * SP

3 Antenas Thevear Ltda * SP

4 AZ Indústria Eletronica Ltda * RS

5 Biometrus Ind Eletro-Eletronicas S/A * MG

6 Bycon Ind e Com Eletro Eletronicos Ltda * SP

7 Compatec Sistemas Eletronicos Ltda * RS

8 Comtex Indústria Comercio Imp Exp S/A * RJ

9 Controle Engenharia e Instalacoes Ltda * MG

10 Contronics Automação Ltda * SC

11 Danval Indústria de Equipamentos Ltda * SP

12 Exatron Indústria Eletronica Ltda * RS

13 Fort Knox Tecnologia De Seguranca Ltda * SP

14 Garen Indústria Eletroeletronica Ltda-ME * SP

15 General Electric Do Brasil Ltda SP

16 HDL da Amazonia Ind Eletronica Ltda * SP

17 Helmut Mauell do Brasil Ind e Com Ltda * SP

18 Intelbras S/A Ind Telecom Eletron Bras * SC

19 Kodo BR Eletronica Ltda * BA

20 Panasonic do Brasil Ltda * SP

21 Pial Legrand Gl Eletro-Eletronicos Ltda SP

22 Robert Bosch Ltda SP

23 Saturnia Sistemas de Energia Ltda * SP

24 Schneider Electric Brasil Ltda SP

25 Siemens Ltda SP

26 Sony Brasil Ltda SP

27 Sulton Produtos Eletronicos Ltda * PR

28 Teikon Tecnologia Industrial S/A * RS

29 Tron Controles Eletricos Ltda * PE

30 Vertex Indústria e Comercio Ltda * RS

31 VMI Sistemas de Seguranca Ltda * MG

Fonte: ABINEE, 2009.

* Empresas nacionais.

Page 241: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

219

Gráfico 17 – Distribuição Geográfica da Concentração das Empresas que constituem a área de

Sistemas Eletrônicos Prediais.

Fonte: ABINEE, 2009.

A área de Sistemas Eletroeletrônicos Prediais é constituída dos grupos:

a) Segurança Eletrônica;

b) Sistemas para Incêndio; e

c) Automação e Controle de Conforto e Utilidade.

A Tabela 36 apresenta os dados globais de faturamento apresentados nesses

últimos cinco anos por esse segmento, representados pela venda de materiais e

equipamentos e serviços de integração (ABINEE, 2009). Pode-se constatar um

aumento significativo de crescimento anual do faturamento nesse setor a partir de

2006 (aproximadamente 30%).

Em relação ao período de 2009 a 2011 o crescimento do segmento estava

previsto para 20% ao ano (previsão de mercado para 2011 era de R$ 3,45 bilhões).

Entretanto, para estes três anos, a ABINEE está considerando um

crescimento menor, pois a base dos anos anteriores (2008, por exemplo) é mais

elevada e a crise internacional afetou este segmento, que é fornecedor de outras

indústrias que diminuíram fortemente seus investimentos. Para este ano, a ABINEE

prevê um resultado pouco negativo ou zerado.

Page 242: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

220

Tabela 36 – Faturamento das Empresas constituintes da área de Sistemas Eletrônicos Industriais.

Ano Faturamento (em bilhões de R$) % Crescimento

2006 1,25 -----

2007 1,56 25%

2008 2,00 28 %

2009 * 2,40 20 %

2010 * 2,88 20 %

2011 * 3,46 20 %

Fonte: ABINEE, 2009.

(*): Valores previstos pela ABINEE, considerando crescimento de 20% ao ano.

No Anexo VI deste panorama é apresentada uma relação completa das

principais indústrias que atuam no segmento de Automação Predial, cadastradas na

ABINEE, e seus produtos.

4.5.4. Produtos

No Anexo VII deste panorama é apresentada a relação dos produtos

nacionais do segmento de Automação Predial, cadastrados na ABINEE.

No Apêndice V é apresentada uma descrição sucinta dos principais produtos

do segmento de Automação Predial.

4.5.5. Cenário Atual da Automação Predial

Um projeto em automação predial e deve prever os equipamentos e o espaço

físico utilizados para a automação de seus recursos. Os projetistas devem ter em

mente quais tecnologias serão utilizadas e qual o espaço físico disponível para o uso

dessas tecnologias. Dessa forma, os edifícios inteligentes devem ser capazes de se

adaptarem às futuras tecnologias sem que haja uma modificação profunda em sua

estrutura.

A automação de um prédio certamente será uma exigência do futuro,

entretanto a grande discussão gerada em torno desse contexto, é que a grande

maioria dos prédios não possui a infraestrutura necessária para a automação

exigida, devendo-se tomar a decisão de modificar a estrutura do prédio ou construir

novo prédio que atenda tais exigências.

Page 243: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

221

As tecnologias Wireless podem facilitar a tomada de decisão, pois as mesmas

são disponíveis em sensores, equipamentos de controle e computadores e podem

formar redes sem estrutura física permitindo que prédios antigos, ou mesmo pouco

automatizados, possuam seus recursos interligados sem a necessidade de se

modificar a estrutura física desses prédios.

Considerando o crescimento da demanda e novas pesquisas nas áreas,

meios de implantar a automação de uma forma geral se tornarão mais acessíveis, e

com isso a domótica sustentável também se tornará mais barata, e em um futuro

próximo, praticamente todas as residências contarão com meios de torná-las mais

sustentáveis, e provavelmente a utilização desses dispositivos serão obrigatórios e

regulamentados.

4.5.6. Principais Benefícios da Automação Predial

A automação predial deve proporcionar ao usuário final:

Desfrutar de uma vida saudável, feliz e segura;

Realizar muitas tarefas automaticamente a fim de tirar de seus habitantes

o stress do gerenciamento da casa;

Integrar atividades residenciais, profissionais, de aprendizado e lazer; e

Não perturbar as pessoas com detalhes tecnológicos sobre como elas

realmente funcionam.

Este último item ilustra uma tendência que veio à tona ultimamente. Hoje em

dia, o foco de desenvolvimento da domótica tem sido centrado muito mais nas

pessoas e suas interações com o ambiente inteligente, e não mais em tecnologia e

inteligência artificial propriamente dita. Sendo assim, o termo ―inteligente‖ se tornou

obsoleto, ou ao menos fora de moda, e foi substituído por termos como ―casa alerta‖,

―ambientes integrados‖, ―ambientes vivos e interativos‖, ―casa obediente‖, entre

outros. As maiores motivações para o desenvolvimento da domótica não são

apenas luxo e conforto, como se pode pensar em um primeiro momento. As

principais motivações são:

A aceleração do ritmo diário das pessoas, com estilos de vida cada vez

mais ocupados, e consequente demanda por eficiência e flexibilidade no

dia-a-dia;

Page 244: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

222

A quebra das barreiras do tempo e do espaço (crescente ―tele-presença‖);

O envelhecimento da população, levando a uma maior demanda de

idosos vivendo por mais tempo em suas casas;

A crescente demanda por segurança, devido ao aumento da criminalidade

e/ou senso de insegurança;

O aumento da necessidade de preservação do ambiente e de economizar

energia, promovendo o desenvolvimento sustentável e compensando o

aumento do preço da energia;

A crescente necessidade de ter em cada casa um ―santuário‖ da

privacidade, descanso e relaxamento; e

O modo de vida tecnológico das novas gerações, cada vez mais

crescente.

Diante dessas motivações, o interesse é cada vez maior em desenvolver

sistemas e dispositivos domóticos, a fim de controlar as várias funções de um

edifício inteligente. E mesmo que a domótica sustentável ainda não pague o

investimento com a economia que é capaz de gerar em um prazo aceitável, existem

pessoas que estão dispostas a pagar pela redução do impacto ambiental e do

consumo de água e energia. A Figura 15 apresenta um quadro de sustentabilidade

da Automação Predial.

Figura 15 - Sustentabilidade da Automação Predial.

Fonte: Canato, 2007.

Page 245: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

223

4.5.7. Principais Resultados

Os principais benefícios da Automação Predial são a eficiência e economia,

onde a integração possibilita que sistemas distintos trabalhem de forma conjunta e

otimizada. Por exemplo, a integração do sistema de automação predial ao sistema

de detecção e alarme de Incêndio permite que na ocorrência de um evento, os

sistemas de ventilação de pressurização de escada sejam acionados

automaticamente e o ar-condicionado desligado. Dentre os principais resultados

podem-se destacar os seguintes:

Redução de custos operacionais;

Otimização da eficiência energética;

Melhoria na manutenção e diagnostico de solução e falhas;

Melhoria no gerenciamento de informações;

Maior flexibilidade; e

Arquitetura aberta – liberdade de escolha.

Todos esses aspectos e características garantem que uma determinada

planta terá mais conforto, eficiência, segurança e economia.

4.5.8. Considerações

A Automação Predial deve proporcionar ao usuário final, muitos benefícios,

não apenas considerando aspectos relacionados ao luxo e conforto, como também

proporcionar eficiência e flexibilidade da utilização de recursos, segurança,

preservação e racionalização de recursos ambientais, através da economia de

energia, promovendo o desenvolvimento sustentável.

Existe um interesse crescente em desenvolver sistemas e dispositivos de

automação predial, mesmo que a Automação Predial sustentável ainda não pague o

investimento com a economia que é capaz de gerar em um prazo aceitável, existem

pessoas que estão dispostas a pagar pela redução do impacto ambiental e do

consumo de água e energia.

O mercado da Automação Predial no Brasil apresenta um grande potencial a

ser explorado, sendo atualmente explorado apenas em serviços considerados

básicos tais como, acesso, ar-condicionado e segurança. Deve-se considerar que

um projeto de automação predial novo é mais fácil de ser implementado e de se

Page 246: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

224

prever um retorno financeiro, ao contrário de um retrofitting de uma instalação antiga

onde podem acontecer imprevistos no projeto das instalações que acabam onerando

o projeto, alongando o tempo de retorno e desestimulando o empreendedor.

Nos Estados Unidos, Europa e Japão, os provedores de automação são

chamados pelos empreendedores para fazer a proposição da automação logo no

início do projeto e até fiscalizar o andamento das obras, o que não acontece ainda

no Brasil.

Em termos de investimento, o mercado de Automação Predial gera grandes

economias, algo em torno de 25%, chegando a pagar sozinho o investimento em um

ano — quando em projeto novo. No caso de um retrofitting, o valor desse tipo de

investimento chega a dobrar por conta das adaptações de vários protocolos,

entretanto, o retrofitting, em maior ou menor escala.

4.6. Automação Comercial

Sistemas de automação comercial designam genericamente aquele conjunto

de soluções - hardware e software combinados - que processam e gerenciam as

operações de venda do comércio, principalmente em nível de varejo

4.6.1. Introdução

Automação comercial pode ser entendida como um esforço para transformar

tarefas manuais repetitivas em processos automáticos, realizados por uma máquina

(EAN Brasil, 2003). Isto quer dizer que tarefas que são executadas por pessoas e

passíveis de erro, como digitação de preço dos produtos, quantidade de itens, uma

simples anotação do peso de uma mercadoria ou mesmo o preenchimento de um

cheque, na automação comercial são feitas por meio de computador com total

eficiência e maior velocidade.

As caixas registradoras mecânicas e eletromecânicas foram as precursoras

da automação comercial e causaram uma verdadeira revolução na gestão do

comércio. Em seguida, acompanhando a evolução tecnológica, surgiram as caixas

registradoras eletrônicas, concentrando-se na operação de registro e totalização das

compras efetuadas.

Page 247: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

225

Sistemas de automação comercial designam genericamente o conjunto de

soluções composto por: dispositivos automatizados e/ou programas computacionais

combinados para facilitar o processo de automatização de processamento e

gerenciamento de operações de venda do comércio, principalmente em nível de

varejo.

Os dispositivos automatizados para automação comercial, comumente

conhecidos no mundo da publicidade, do marketing e da gestão de empresas, como

sistema POS (point of sale) ou PDV (ponto de venda ou serviço) são utilizados

normalmente em um local onde uma transação financeira ocorre, como, por

exemplo, o caixa de uma loja, ou o local onde estão as máquinas de cartão de

crédito. Esses dispositivos são correntemente utilizados em restaurantes, hotéis,

estádios, supermercados e lojas de varejo, ou seja, se algo pode ser vendido, existe

um sistema POS.

O POS utiliza uma linha telefônica para comunicação, e os cupons das

vendas são impressos pelo próprio POS, dependendo do tipo de equipamento

utilizado na transação, não sendo necessário o uso de um PC, automação comercial

ou ECF (equipamento emissor de cupom fiscal). Um exemplo claro de um POS são

máquinas de pagamento de cartões de crédito, sistemas que contabilizam a venda e

emitem nota fiscal ou mesmo as máquinas de VR (vale- refeição).

Da mesma forma, a expressão automação de escritório (office automation)

era uma expressão popular nos anos 1970 e anos 1980, antes que o computador

pessoal entrasse em cena. Nos dias atuais é um conceito que envolve o uso de

equipamentos de informática e programas computacionais para criar, coletar,

armazenar, manipular e retransmitir digitalmente informações necessárias para a

realização de tarefas e cumprimento de objetivos em um escritório ou local de

trabalho.

Armazenamento de dados brutos, transferências eletrônicas e gerenciamento

eletrônico de informações de negócios consistem nas atividades básicas de um

sistema de automação de escritório, que ajuda a otimizar e automatizar

procedimentos administrativos existentes.

A espinha dorsal da automação de escritório é a Internet, a qual permite que

os usuários utilizem a transmissão de dados, correspondência, voz e imagem por

Page 248: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

226

meio da rede. Além destas, todas as demais tarefas realizadas em um escritório,

inclusive ditado, digitação, preenchimento de formulários, cópia, transmissão e

recepção de informações, gerenciamento de microfilmes e registros e utilização

centralizada de telefonia.

A automação comercial e de escritório proporciona a total integração entre o

homem e a máquina, reduzindo-se mão-de-obra e despesas. Tarefas passíveis de

erros, como cálculo e digitação de preços, quantidades, ou mesmo o preenchimento

de um cheque, na automação são feitas por meio de dispositivos automatizados e

gerenciados por computador, proporcionando total rapidez, eficiência e segurança.

Independente do segmento de atuação de uma determinada empresa, a

velocidade e confiança inseridas dentro da automação comercial são itens

fundamentais para garantir a satisfação de atendimento a um cliente, transformando

um negócio em sucesso, com competitividade, agilidade, qualidade de serviços

prestados e confiança.

4.6.2. Classificação

4.6.2.1. Automação de Setores Comerciais

4.6.2.1.1. Automação de Lojas

A frente de uma loja pode ser automatizada com coletores de dados

eficientes, PDVs inteligentes, sistemas de alto desempenho para capturar as

informações dos produtos, reduções de filas entre outros, que garantem um

atendimento rápido e eficaz. Na retaguarda de uma loja, são colocados dispositivos

para a captura automática de dados que podem auxiliar em diversas etapas, dentre

elas:

a) Movimentação de estoques: A utilização de coletor de dados otimiza de

modo eficaz as operações de movimentação, gerenciamento e

armazenagem de mercadorias, e os coletores com comunicação sem fio

tornam possível efetuar o controle do estoque em tempo real;

b) Auditoria de preços: Por meio do scanning das etiquetas nas gôndolas,

o coletor de dados confere no sistema se o preço está de acordo com a

gôndola e com o check-out, e no caso de necessidade uma nova etiqueta

Page 249: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

227

é impressa. O processo possibilita a eliminação de diferenças entre o

valor do produto na gôndola e no caixa, evitando questionamentos do

cliente e dando mais fluidez ao check-out;

c) Pesquisa de preços de concorrentes: Permite a coleta de preços de

forma rápida e em maior volume. Sua apuração disponibiliza dados para

realizar uma comparação com os preços encontrados no mercado. Este

recurso viabiliza o aumento do número de produtos pesquisados, de

forma a minimizar perdas; e

d) Serviços ao cliente: Possibilidade de agregar ao negócio as soluções de

eliminação de filas, lista de presentes, pesquisa de opinião e apoio a

vendas.

Por meio da identificação dos estoques e utilizando coletores de dados, os

inventários se tornam muito mais rápidos, precisos e seguros, garantindo a redução

de estoques e um controle preciso do mesmo.

O inventário pode ser feito em tempo real ou não, com o uso de coletores de

dados que, além de reduzir o tempo e o custo do processo, garantem a total

qualidade das informações de estoque. Além do inventário de produtos, um

estabelecimento comercial pode também ter um controle preciso dos bens

patrimoniais e isto pode igualmente ser feito com o emprego de coletores de dados.

4.6.2.1.2. Automação de Bares e Restaurantes

Para a Automação de Bares e Restaurantes poderá ser disponibilizado ao

cliente um sistema integrado de controle de estoques através de comanda

eletrônico. Consequentemente, o sistema gerenciaria o consumo dos clientes e

evitaria o problema de perda de comandas, já que todas as transações ficariam

armazenadas em um PC. O consumo também dispararia ordens de compra quando

o estoque de determinado produto estivesse abaixo de um limite. A implementação

deste sistema também permitiria conhecer os clientes melhor permitindo assim a

prestação de serviços diferenciados.

Outro serviço que poderá ser implementado é o serviço de atendimento ao

cliente através de garçom eletrônico. Nele, um sinal enviado por rede sem fio para

Page 250: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

228

uma central que irá registrar uma chamada e sinalizar em um painel, onde as

mesmas serão inseridas em uma fila de atendimento, podendo os clientes

acompanhar o andamento dessa fila através do painel eletrônico.

4.6.2.1.3. Automação de Supermercados

Os seguintes serviços poderão ser disponibilizados:

Sistema integrado de controle de estoques ligado diretamente no caixa. O

sistema providenciaria um modelo matemático para programar a compra

mantendo sempre um estoque de segurança e minimizando o preço de

estoque e frete; e

As pequenas lojas apresentam sistemas semelhantes aos dos

supermercados, mas mais customizáveis mais simples de operar e com

interfaces mais amigáveis.

4.6.2.1.4. Automação de Consultórios

Os seguintes serviços poderão ser disponibilizados ao cliente:

Sistema customizado de controle de clientes;

Envio de malas diretas;

No caso de atendimentos, envio de mensagens de confirmação de

agendamento; e

Envio de mensagens de marketing.

4.6.2.2. Automação de Depósitos

4.6.2.2.1. Processo de Separação

A aplicação de separação de produtos (picking) opera a movimentação dos

produtos das posições de armazenagem no depósito para a área de conferência e

embalagem, ou diretamente para o embarque nos caminhões. Esta separação pode

ser executada por pedido de venda individual ou consolidada em vários pedidos,

dependendo das características do processo.

Utilizando-se dos coletores de dados e do sistema de redes sem fio, o

sistema de gestão informa aos operadores as atividades de separação que devem

Page 251: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

229

ser executadas, dados do pedido de venda, produtos, lotes, quantidades e posições

de armazenagem.

Concluída a separação, o sistema pode disparar a geração das notas fiscais

no sistema de gestão. Desta forma, a execução da separação é orientada e

controlada pelo sistema, eliminando as movimentações desnecessárias e

aumentando a velocidade dos carregamentos, ao mesmo tempo em que garante a

produtividade do depósito e a segurança do processo.

Com a automação, os sistemas funcionam com informações precisas e em

tempo real, conseguindo otimizar e direcionar a rota de separação eliminando erros,

ganhando-se tempo no processo, garantia de 100% de rastreabilidade e redução de

custos.

4.6.2.2.2. Recebimento, Conferência, Embalagem e Expedição

O processo de conferência é uma garantia adicional de que o produto certo

está seguindo para o cliente certo. Esta operação é feita rapidamente e sem erros

por meio de um sistema de coleta de dados. Basta o operador registrar o número do

pedido ou da ordem de separação e em seguida ler os códigos dos produtos

separados.

Qualquer erro de excesso ou falta de itens é automaticamente sinalizado pelo

sistema, permitindo a correção do problema antes da expedição para o cliente.

Dentre os principais benefícios podem-se destacar:

Expedição correta dos produtos;

Diminuição de volumes na área de expedição;

Expedições mais rápidas; e

Otimização do processo.

4.6.2.2.3. Inventário

As contagens dos estoques podem ser executadas pelos coletores de dados

a partir de uma lista gerada pelo sistema de gestão com os itens a serem

inventariados, ou a partir da contagem total dos itens no depósito e suas posições

de armazenagem. Esta aplicação reduz o tempo e os custos de execução do

inventário, garantindo a confiabilidade do processo, evitando erros na identificação

Page 252: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

230

visual dos produtos, no preenchimento de planilhas e na digitação dos dados. Dentre

os principais benefícios podem-se destacar os seguintes:

Informações on-line sobre o estoque;

Garantia de reposições de estoque mais eficientes;

Redução de até 70% no tempo de realização de inventários;

Otimização do processo; e

Redução dos custos.

4.6.2.2.4. Movimentação nos Depósitos

A operação é executada com o uso de coletores de dados a partir da leitura

da etiqueta do item (unidade, embalagem ou pallet) indicando posição de

armazenagem, origem e destino da movimentação.

Esta movimentação, realizada com coletores de dados integrados ao sistema

de gestão, gera automaticamente neste sistema uma transferência dos saldos de

estoque dos materiais entre depósitos. Além disso, a movimentação automatizada

garante que o produto certo está sendo movimentado para o lugar certo. Dentre os

principais benefícios podem-se destacar os seguintes:

100% de integração da operação ao sistema;

Eliminação dos erros de movimentação de materiais;

Ausência de paradas na produção e re-trabalhos;

Otimização do processo; e

Redução dos custos.

4.6.2.2.5. Controle de Qualidade

O uso de coletores de dados móveis possibilita que o controle de qualidade

seja executado automaticamente durante os processos de recebimento e produção

e no ponto da operação.

A liberação ou reprovação pelo controle de qualidade pode ser executada a

partir dos coletores, o mesmo acontecendo com o roteiro de inspeção ou a retirada e

identificação de amostras para laboratório.

Todos os relatórios de qualidade podem ser preenchidos no local da inspeção

diretamente pelo operador, permitindo que as informações sejam enviadas

Page 253: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

231

rapidamente para o sistema e se tornam imediatamente disponíveis. Dentre os

principais benefícios podem-se destacar os seguintes:

Eliminação de papel;

Relatórios on-line e diretamente no sistema;

Tomadas de decisões rápidas e precisas;

Eliminação de paradas na produção, no recebimento ou na liberação de

produtos;

Otimização do processo; e

Redução dos custos.

4.6.2.3 Automação das Vendas

A solução de automação de vendas permite a automação dos processos

realizados pela força de vendas a partir da utilização de coletores de dados, onde os

vendedores ficam integrados e conectados às suas empresas, com todas as

informações necessárias em mãos, sem precisar fazer uso de papéis, reduzindo

custos operacionais e erros de digitação. Isto faz com que a empresa torne-se mais

competitiva, aumentando sua produtividade no processo de vendas, aperfeiçoando a

atuação da equipe, reduzindo custos e melhorando a comunicação. Dentre os

principais benefícios podem-se destacar os seguintes:

Processo rápido e eficaz na captura de pedidos dos clientes;

Controle das atividades da equipe de vendas;

Fácil acesso às informações da base de clientes e produtos da empresa; e

Fácil comunicação com a matriz.

4.6.3. Empresas

No Anexo VIII deste panorama é apresentada a relação das principais

indústrias que atuam no segmento de Automação Comercial, cadastradas na

ABINEE, e seus produtos.

4.6.3.1. Exemplos de Empresas Atuantes no Brasil

A Itautec Philco, empresa do Grupo Itaú atua basicamente em eletrônica de

consumo e informática/automação, entrou no segmento de Automação Comercial a

Page 254: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

232

partir da sua similaridade com a Automação Bancária, onde historicamente tem forte

presença.

A empresa Dataregis, de capital nacional, foi criada durante os anos da

reserva de mercado para a produção pioneira de caixas registradoras eletrônicas no

país. Seu faturamento provém totalmente da Automação Comercial, produzindo,

além das caixas registradoras, soluções de automação diversas, como terminais

PDV, sistema de preenchimento de cheques, scanners de mesa e de mão,

impressoras fiscais entre outras. A empresa vem desenvolvendo tecnologia própria

para diversos produtos.

A Unisys, esta entre as quatro principais empresas mundiais do setor,

entretanto é a única que não têm fabricação de hardware no país. Outras empresas

como Sid, Zanthus, NCR e Sweda vêm perdendo nos últimos anos a participação no

mercado.

A IBM que é uma das empresas líderes mundiais neste segmento, começou a

atuar mais agressivamente no mercado nacional a partir de 1993, tendo forte

representatividade no segmento no Brasil, onde atua em quatro frentes principais:

1. Serviços de informática de maneira geral (processamento de dados até

consultoria, instalação de redes e software);

2. Mainframes;

3. Microcomputadores; e

4. Automação comercial, em que dispõe de toda a gama de componentes de

soluções para automação, a maioria com tecnologia própria.

4.6.3.2. Situação do Mercado de Soluções

As duas maiores empresas do mercado são a IBM e Itautec Philco (Gráfico

18) que representam cerca de 60% do mercado de negócios específicos para

Automação Comercial incluindo:

1. Marketing;

2. Comercialização;

3. Projeto/desenvolvimento de equipamentos; e

4. Montagem/fabricação.

Page 255: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

233

Gráfico 18 - Mercado para Automação Comercial.

Fonte: BNDES, 2007.

4.6.4. Produtos

Nos dias atuais torna-se cada vez mais intensa a utilização no comércio de

um PDV conectado a um microcomputador, ou dependendo do porte do

estabelecimento, em uma rede de microcomputadores, concentrando assim as

funções de controle da empresa, tais como caixa, consulta a lista de preços, controle

de estoques, faturamento, compras entre outras. Os principais produtos tecnológicos

utilizadas no mercado da Automação Comercial são ilustrados na Figura 16.

Page 256: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

234

Figura 16 - Produtos e Serviços para Automação Comercial.

Fonte: DKAL – Automação Comercial, 2008.

No Anexo IX deste panorama é apresentada a relação de todos os produtos

nacionais do segmento de Automação Comercial, cadastrados na ABINEE.

No Apêndice VI é apresentado uma descrição sucinta dos principais produtos

do segmento de Automação Comercial.

4.6.5. Marco Regulatório

A Automação Comercial têm sido fundamental para o crescimento e

fortalecimento do setor. Sem o uso intensivo da tecnologia, distribuidores e

atacadistas não teriam alcançado o nível de desenvolvimento atual. O

gerenciamento correto e preciso das operações, vem sendo o principal fator de

Page 257: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

235

melhoria na qualidade das empresas deste setor. Isto é proporcionado pela

disponibilidade de informações devido ao uso correto da automação,

As caixas registradoras mecânicas foram os primeiros equipamentos

colocados em um ponto de venda com a finalidade de controlar as operações

comerciais. As caixas registradoras eletrônicas só surgiram nos anos 70, sendo

sucedidas pelos terminais de ponto de venda (PDV), que utilizam recursos de

informática, a partir de leitores de códigos de barras (scanners) ou canetas ópticas.

De forma intensiva e em quase todas as empresas do setor, o código de

barras está hoje no produto, na caixa e no pallet, formando a base para todo o

processo de automação do setor. Mesmo naqueles que ainda não usam o código

desde a entrada de mercadorias até a saída, essa tendência já é bem clara, tanto

entre atacadistas como entre distribuidores, sendo cada vez mais frequente a

utilização de sistemas por etiqueta magnética RFID (Radio-Frequency IDentification),

caracterizando a tendência atual de acompanhamento do produto em toda a sua

cadeia, reduzindo estoques e controlando o mercado de distribuição do produto.

Hoje os sistemas de automação comercial envolvem como elemento principal

ainda o PDV composto, na maioria dos casos, de teclado do operador, leitor óptico

(scanner), monitor de vídeo (alguns modelos com display do cliente), impressora de

cupom fiscal e, também, impressora de cheques. O conjunto de PDVs é conectado

em rede a um servidor ou um microcomputador, dependendo do porte do

estabelecimento - que concentra as funções de controle da empresa, tais como

caixa, consulta a lista de preços, controle de estoques, faturamento, compras, entre

outras.

Além da economia de tempo do cliente, redução de estoques e análise de

aceitação de um determinado produto no mercado, outro apelo de mercado de uma

loja automatizada é a prestação de novos serviços de forma eletrônica diretamente

no ponto de venda que é, assim, transformado em ponto de serviço. Como exemplo,

pode-se citar os serviços bancários, onde a possibilidade de conexão direta de

empresas com os bancos reduz custos tanto da empresa quanto do banco, e a

movimentação eletrônica é bem mais barata que os custos de processamento de um

cheque.

Page 258: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

236

É crescente, ainda, o uso da automação comercial como fator de

cumprimento da legislação fiscal, evitando a sonegação e mantendo registros

invioláveis das operações comerciais.

O segmento de mercado da Automação Comercial movimenta em torno um

bilhão de reais por ano, e a entidade de abrangência nacional: AFRAC – Associação

Brasileira de Automação Comercial é a entidade gestora nessa área, tendo como

principal missão divulgar e promover o crescimento da automação comercial no país.

4.6.6. Principais Benefícios da Automação Comercial

A Automação Comercial é atualmente considerada um dos setores mais

promissores para o mercado de tecnologia, permitindo agilizar vendas, controlar o

fluxo de negócios e conhecer bem os clientes, o que é a meta de qualquer

organização, independentemente do tamanho da empresa.

Ao mesmo tempo, o consumidor está cada vez mais exigente. Hoje o cliente

quer encontrar uma variedade maior de produtos à sua disposição, deseja ser mais

bem atendido e, principalmente, procura sempre preços mais compatíveis. Com isso,

os comerciantes começaram a vislumbrar que a automação comercial pode gerar

ótimos resultados em seu negócio, como pode ser constatado nos supermercados e

lojas de departamento, entre outras, que passaram a apresentar excelentes

resultados comerciais com a utilização da informática.

Dentre os principais benefícios da automação comercial para uma empresa,

podem-se destacar as seguintes:

Informatização das operações internas e integração ao mundo externo

(fornecedores, bancos, operadoras de cartão de crédito, consumidor,

entre outras);

Maior controle e gestão do negócio com acesso a informações contábeis,

controles fiscais e operacionais;

Garantia de maior velocidade de processamento na verificação de

informações;

Maior rapidez no atendimento a clientes no caixa;

Redução de tarefas manuais;

Redução de erros e custos e aumento na confiabilidade;

Page 259: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

237

Aumento significativo no fluxo de clientes por check-out;

Aumento da satisfação de clientes;

Aumento na segurança, permitindo a detecção de cheques roubados,

sustados e falsificados;

Maior agilidade na troca e devolução de mercadorias; e

Redução desgaste de seus funcionários.

Atualmente, não há mais razões para que os pequenos e médios

comerciantes deixem de investir em automação comercial, devendo ser encarada

como um importante investimento pelo comerciante empreendedor que pretende,

por meio de um controle efetivo de suas operações comerciais, aperfeiçoar sua

gestão, buscando eficiência e produtividade.

4.6.7. Principais Resultados

A Automação Comercial vem sendo muito importante para o desenvolvimento

da indústria em geral, trazendo melhoria nos produtos e processos. Ainda mais

porque possibilitou a ampliação dos índices de produtividade e, tanto nesses

segmentos como em outros, foi possível transferir o trabalhador de atividades

mecânicas para novas funções que exigem inteligência e qualificação.

No segmento de Automação Comercial, observa-se forte tendência de

expansão da automação para as empresas de menor porte, associada à maior

utilização do código em todos os segmentos. Dessa forma, tem-se a certeza de que

em alguns anos o nível de automação do setor será bastante ampliado, abrangendo

praticamente todas as empresas, com uso de um número cada vez maior de

ferramentas tecnológicas.

A evolução da automação comercial vem ocorrendo de forma muito rápida

sendo importante destacar dois aspectos fundamentais do mercado:

a) Necessidade de redução de custos com maior eficiência nas operações,

onde ainda há muito mais a ganhar, principalmente nas empresas que

automatizaram a frente de loja, mas não a retaguarda; e

b) Capacidade de manutenção do negócio de supermercados diante do

desenvolvimento do B2B (business-to-business) e do B2C (business-to-

Page 260: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

238

consumer). A automação facilita a vida do cliente no supermercado e isso

será cada vez mais verdadeiro com a adoção de novas ferramentas. O

cliente continuará querendo ir ao supermercado, mesmo que algumas

vezes faça a compra pela Internet.

Pode-se citar o exemplo da indústria farmacêutica e comércio de

medicamentos, onde desde 1998 o código de barras para identificação de

medicamentos passou a ser obrigatório obedecendo à Resolução da Agência

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Sua utilização é importante para agilizar os processos, evitar erros e reduzir

custos das operações comerciais, sendo também um mecanismo que confere ao

produto um selo de identificação impresso e indelével. Hoje, o código é usado por

toda a indústria, sendo crescente sua utilização no varejo de medicamentos. Ele

permite a automação dos processos de venda e identificação de produtos no varejo,

na distribuição e no transporte, sendo fundamental para aumentar a eficiência e

segurança no descarte de produtos em hospitais, por meio do desenvolvimento de

ferramentas para caracterizar as embalagens.

Pode-se verificar que a indústria farmacêutica vem sofrendo um processo

contínuo e crescente de automação, tanto nas operações industriais como no setor

de embalagem e na logística, com aperfeiçoamento contínuo, sempre buscando

garantir a qualidade dos produtos, sendo previsto para os próximos anos o uso de

dispositivos robóticos, seguindo o caminho da indústria automobilística.

4.6.8. Considerações

Automação Comercial contribui decisivamente para que empresas

conquistem e mantenham clientes, permitindo um aumento de receita. Esses

benefícios resultam das potencialidades geradas pela informatização, em termos de:

Eliminação de atividades que não agregam valor para o consumidor, ou seja,

atividades que representam custos adicionais para o lojista, mas que o cliente

não percebe como um serviço importante para ele, como acontece nas

tarefas burocráticas e administrativas, que representam despesas para o

comerciante e não acrescentam nada para o cliente;

Page 261: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

239

Aumento da fidelidade do cliente pela melhoria, padronização e, ao mesmo

tempo, percepção de individualização do atendimento; e

Captação, processamento e utilização de informações confiáveis e baratas.

Os principais benefícios da Automação Comercial podem ser qualificados em

termos operacionais, de governança e legais, e são descritos a seguir:

a) Operacionais

Redução dos custos de atendimento, logística e compras;

Redução no tempo de atendimento ao cliente;

Melhor comunicação com o cliente, através da emissão de cupons fiscais

com discriminação de produtos, exibição clara e correta de preços e

condições, etc.;

Segurança e rapidez na liberação de cheques e cartões de crédito, na

concessão de crédito e na negociação de preço ou prazo com o

consumidor;

Segurança e agilidade na devolução e troca de produtos;

Redução de erros por conta da captação automática de dados e eliminação

de transcrições, do uso de fontes cadastrais únicas, do monitoramento de

funcionários, etc.

Eficiência em serviços tais como: entrega domiciliar e venda por

encomenda; e

Redução de papéis e documentos.

b) Gestão e Gerenciamento

Comunicação ágil e segura com fornecedores e clientes;

Facilidade para a apuração de margens, giro de estoque, descontos, etc.,

do mais baixo nível de detalhe possível (por item) até os mais diversos

resumos agregados, como por departamentos, grupos ou categorias de

produtos, de compradores, grupos de compradores, etc.;

Segurança e rapidez no inventário de mercadorias e no controle financeiro

dos estoques;

Redução dos custos, aumento da segurança e agilidade da contabilização;

Page 262: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

240

Maior eficiência na administração do fluxo de caixa; e

Maior agilidade na avaliação de risco de crédito, inadimplência, etc.

c) Conformidades Legais

Apuração correta de impostos com representação confiável de operações;

Redução dos custos de apuração e controle de tributos; e

Maior eficiência no planejamento tributário.

4.7. Automação Bancária

4.7.1. Introdução

Nos dias atuais, a automação bancária vem crescendo continuamente e

alguns serviços estão intimamente ligados a nossa vida cotidiana, dentre eles, os

sistemas automáticos de transferência de fundos e serviços de auto-atendimento.

No Brasil, o setor bancário vem investindo pesadamente em soluções de

automação que, pelas peculiaridades e correntes da longa convivência com a

inflação e da realidade tributária, deram origem a uma indústria pujante. O estudo

desse segmento é bastante oportuno no momento em que ocorre um avanço do

capital externo no controle de instituições financeiras locais que, a exemplo de

outros setores, pode levar a encomendas junto a fornecedores que se constituem

em parceiros estratégicos globais dos novos controladores.

Com o advento da nova legislação tributária (ICMS), no que diz respeito à

obrigatoriedade de emissão eletrônica de cupom fiscal, há perspectivas concretas de

aumento na taxa de automação das atividades comerciais, principalmente de

pequenas e médias empresas.

Isso deve ocorrer na medida em que a referida legislação obriga que

estabelecimentos com faturamento anual mínimo de R$ 120 mil emitam cupom

fiscal. Observe-se que tal mudança objetiva a diminuição da sonegação,

particularmente do ICMS. Dessa forma, torna-se oportuno proceder à atualização do

estudo sobre automação comercial, um dos objetivos do presente trabalho. Além

disso, verifica-se que a tendência das empresas líderes do segmento é tratar os

segmentos de Automação Comercial e Bancária de forma integrada, daí surgindo à

Page 263: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

241

motivação para ampliar o escopo do estudo sobre automação. Como exemplos,

podem ser citados a transferência automática de fundos, atividade originariamente

bancária, que passa a ser realizada em pontos de venda das lojas, e a colocação de

terminais de auto-atendimento bancário no comércio.

Além disso, verificou-se a presença de empresas nacionais em posição

destacada no ranking setorial de automação. Isso denota competência e viabilidade,

tanto tecnológica como física, para disponibilizar grande parte das soluções de

automação comercial e bancária demandadas pelo mercado, o que se traduz em

impacto altamente positivo na indústria instalada no país, reforçado pela expectativa

de aumento significativo na taxa de automação de estabelecimentos comerciais, em

virtude da nova sistemática de emissão de cupom fiscal, anteriormente comentada.

No presente texto, pretende-se atualizar – no caso da automação comercial – e

sistematizar dados e conhecimentos sobre os segmentos de Automação Comercial e

Bancária, além de apresentar uma discussão sobre as oportunidades de atuação do

BNDES, tanto no apoio à modernização do setor comercial quanto na consolidação

de uma oferta interna de soluções competitivas em termos do mercado global de

Automação Comercial e Bancária.

4.7.2. Empresas

No Anexo X deste panorama é apresentada a relação das principais

empresas que atuam no segmento de Automação Bancária, cadastradas na

ABINEE, e seus produtos.

4.7.3. Produtos e Serviços

No Anexo XI deste panorama é apresentada a relação dos produtos do

segmento de Automação Bancária, cadastradas na ABINEE, e seus produtos.

No Apêndice VII é apresentada uma descrição sucinta dos principais produtos

do segmento de Automação Bancária.

Page 264: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

242

4.7.4. Cenário Atual do Segmento de Automação Bancária

Os efeitos das recentes mudanças no controle acionário de alguns bancos,

vendidos a investidores estrangeiros, e do aumento de participação dos

fornecedores internacionais no mercado brasileiro já se fazem sentir sobre a balança

comercial, que apresenta posições deficitárias crescentes, embora ainda pequenas,

em itens como ATMs, terminais de auto-atendimento e mecanismos dispensadores.

O nascimento da indústria de equipamentos para automação comercial a

partir da expansão das empresas de equipamentos para automação bancária e da

evolução de pequenas fabricantes de PDVs brasileiras nascidas durante a reserva

de mercado para a informática dotou o segmento de Automação Comercial de

algumas características comuns à automação bancária. As mais importantes são a

existência de desenvolvimento local de produtos e de alguns fabricantes de

componentes e periféricos, cabendo destacar os mecanismos impressores e os

teclados. Entretanto, a forte presença de fornecedores de soluções e demandantes

internacionais faz com que os impactos sobre a balança comercial não sejam tão

significativos quanto na automação bancária. Os subfornecedores, por seu lado,

também vêm sentindo a concorrência internacional, evidenciada nos valores

crescentes do déficit comercial de mecanismos de impressão, mesmo levando-se

em consideração a expansão do mercado de impressoras fiscais.

É importante observar a quase inexistência do problema das importações

ilegais de equipamentos nos dois mercados de automação. As soluções ofertadas

não podem ser qualificadas de commodities, pois, além da necessária homologação

de produtos por motivos fiscais, são fortemente diferenciadas pela tecnologia e pelo

software. Assim, para ser competitiva, uma empresa precisa ir muito além de uma

simples redução de custos, pois o que está em jogo é a capacidade de

desenvolvimento e a qualidade dos serviços, entre os quais o de suporte.

4.7.5. Considerações

A área de Automação Bancária no Brasil vem crescendo continuamente e

alguns serviços estão intimamente ligados a nossa vida cotidiana, dentre eles, os

sistemas automáticos de transferência de fundos e serviços de auto-atendimento.

Page 265: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

243

No Brasil, o setor bancário vem investindo pesadamente em soluções de

automação que, pelas peculiaridades e correntes da longa convivência com a

inflação e da realidade tributária, deram origem a uma indústria pujante, considerada

na fronteira do conhecimento.

O estudo desse segmento é bastante oportuno no momento em que ocorre

um avanço do capital externo no controle de instituições financeiras locais que, a

exemplo de outros setores, pode levar a encomendas junto a fornecedores que se

constituem em parceiros estratégicos globais dos novos controladores.

4.8. Dimensões Comuns

4.8.1. Talento

4.8.1.1. Nível de Emprego

Os dados a seguir apresentados refletem a Nota Técnica da ABINEE7 e se

referem a avaliação conjuntural do setor eletroeletrônico no 4º trimestre de 2008.

Reflexo do desempenho econômico nos últimos anos refletiu no aumento de

4,4% no número de empregados no setor, que passou de 156,1 mil funcionários, no

final de dezembro de 2007, para 163 mil funcionários, no final de junho/08 (Gráfico

19). Estes dados refletem um bom desempenho da economia do país, fator

fundamental para a atividade da indústria eletroeletrônica.

a) Número de empregados do setor nos últimos 3 anos (em mil).

7 Nota Técnica produzida pelo Departamento de Economia da ABINEE (DECON),17/03/2009.

Page 266: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

244

b) Número de empregados do setor nos últimos anos (em mil).

Gráfico 19 – Número de Empregados no setor.

Fonte: ABINEE, 2009.

Outra consequência do esfriamento do mercado foi a redução do número de

empregados no setor eletroeletrônico, que chegou a atingir 165 mil no mês de

outubro de 2008, caindo para 164 mil em novembro de 2008 e para 162 mil no final

de dezembro de 2008. Apesar dessa queda, o setor encerrou 2008 empregando 162

mil pessoas, quase 6 mil a mais do que o registrado no final de 2007 (Gráfico 19).

O crescimento da renda e do emprego, aliado às novidades dos modernos

bens de consumo dos segmentos de telefonia e de computação, tem sido importante

para alavancar as vendas dessa indústria. Por sua vez, os investimentos no estoque

de capital e na infraestrutura do país motivam a indústria de bens de capital

representada pelas áreas de GTD – Geração, Transmissão e Distribuição de Energia

Elétrica, Equipamentos Industriais e Automação Industrial, além das indústrias de

Informática e de Telecomunicações.

O Quadro 6 do subitem 4.2.2.2 relativo a análise econômica do setor de

Eletrônica para Automação apresenta o número de empregados ligados ao setor de

Eletrônica para Automação, por grupo de atividades segundo os códigos da CNAE.

4.8.1.2. Resultados referentes ao estoque e a geração de empregos no setor

Em 2007, o número total de empregados no setor atingiu 155,0 mil, cerca de

12,1 mil a mais do que no final de 2006 (142,9 mil). As áreas de Informática, GTD e

Equipamentos Industriais foram responsáveis por cerca de 80% dos novos

empregos gerados. É importante lembrar que, no início dos anos 90, em virtude do

forte ajuste provocado pelo processo de abertura comercial do país, o número de

empregos no setor caiu drasticamente.

Page 267: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

245

4.8.2. Infraestrutura Sócio-Politico-Institucional

Estruturas políticas que apóiam a inovação, incluindo: proteção à propriedade

intelectual, regulação de negócios, marco legal, ações em curso, Instituições,

estruturas para colaboração entre os stakeholders de inovação, incluindo elementos

necessários para proteção e preservação do meio-Ambiente e impactos do setor,

políticas de trocas e substituição de produtos, processos considerando impacto

ambiental e reciclagem.

4.8.2.1. Questão Sócio-Ambiental

Dentro da cadeia produtiva de um produto automatizado é importante

considerar a reutilização e reciclagem na área de eletroeletrônicos, que necessita de

uma abrangência maior, mais eficaz e eficiente na criação de postos de reciclagem,

postos de coletas, transporte, envolvendo toda uma logística para neutralizar o

impacto ambiental pós-produção.

4.8.2.1.1. Desenvolvimento Sustentável

Dentre os novos desafios da humanidade, surge a obrigação de refletir sobre

o problema de desenvolvimento sem comprometer nossas próximas gerações,

aspecto ainda não contemplado nas regras de desenvolvimento de países

industriais, onde a maior parte da legislação ambiental contempla muito poucos

aspectos ambientais, e o nível de degradação do planeta aumenta a cada dia.

Assim, se for contemplada uma visão de longo prazo das consequências de

um desenvolvimento industrial e o futuro do planeta, um desenvolvimento industrial

sustentável deverá se apoiar em três alicerces: o meio-ambiente, o aspecto social e

o contexto econômico (Figura 17).

Page 268: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

246

Figura 17 - Alicerces de um Desenvolvimento industrial sustentável.

Fonte: Frachet, 2008.

Segundo CNI (2002), o documento, conhecido como Agenda 21, foi elaborado

em 1992, quando chefes de Estado e de Governo do mundo inteiro estiveram

reunidos no Rio de Janeiro, e aprovaram por consenso um conjunto de princípios

que tinha como objetivo lançar novas bases para a produção e distribuição das

riquezas geradas pelo trabalho humano, que contemplassem a utilização adequada

dos recursos oferecidos pelo planeta e assegurando a todos o direito a viver. Este

documento contendo 40 capítulos apontou caminhos e definiu as responsabilidades

de cada agente social na busca do desenvolvimento sustentável.

Um destes capítulos tratou diretamente do papel da indústria nesse processo.

Parte do reconhecimento de sua importância decisiva na promoção do

desenvolvimento econômico e social de cada país. E aponta o desafio: ―As políticas

e operações do comércio e da indústria, inclusive das empresas transnacionais,

podem desempenhar um papel importante na redução do impacto sobre o uso dos

recursos e o meio ambiente por meio de processos de produção mais eficientes,

estratégias preventivas, tecnologias e procedimentos mais limpos de produção ao

longo do ciclo de vida do produto, assim minimizando ou evitando os resíduos.

Inovações tecnológicas, desenvolvimento, aplicações, transferências e os aspectos

mais abrangentes da parceria e da cooperação são, em larga medida, da

competência do comércio e da indústria.‖ (CNI, 2002).

Em 2002, uma nova Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em

Joanesburgo, teve a oportunidade de avaliar o quanto se avançou no período. Para

Page 269: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

247

a indústria brasileira, foi o momento de refletir sobre sua atuação na busca da

sustentabilidade sócio-econômico-ambiental, bem como no combate à pobreza e às

desigualdades que fragilizam nossa sociedade.

Não considerar um desses fatores pode acarretar um desequilíbrio do

sistema. No entanto, para coordenar esse conjunto de fatores torna-se

imprescindível ter uma política social coerente em todo o contexto, análise técnica e

social, de modo que as decisões sejam tomadas no sentido de preservar, antes de

interesses particulares, os interesses da sociedade.

4.8.2.1.2. Impactos Ambientais do Processo de Produção

Impacto ambiental, segundo o Conselho Nacional de Meio Ambiente

(CONAMA) - 01/86, ―é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e

biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia

resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam:

I - a saúde, a segurança e o bem estar da população;

II - as atividades sociais e econômicas;

III – o conjunto de seres vivos, flora e fauna, que habitam ou habitavam um

determinado ambiente geológico (Biota);

IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e

V - a qualidade dos recursos ambientais.

4.8.2.1.2.1. Classificação de Produtos Perigosos e Não Perigosos

O processo produtivo provoca impactos ambientais negativos relevantes,

sobretudo no quesito geração de resíduos sólidos, a saber:

Classe I (perigosos) – aqueles que, em função de suas características

intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou

patogenicidade apresentam riscos à saúde pública por meio do aumento da

mortalidade ou da morbidade, ou ainda que provoquem efeitos adversos ao

meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

Classe II A (não-inertes) – resíduos que podem apresentar características de

alta capacidade de combustão, não serem biodegradáveis e com baixa taxa

Page 270: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

248

de solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio

ambiente, não se enquadrando nas classificações dos outros resíduos.

Classe II B (inertes) – aqueles que, por suas características intrínsecas, não

oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e que, quando amostrados de

forma representativa, segundo a norma ABNT/NBR 10007, e submetidos a

um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, à

temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma

ABNT/NBR 10006, não apresentam nenhum de seus constituintes

solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da

água, conforme listagem n.º 8 (Anexo H da ABNT/NBR 10004). Excetuam-se

os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. Caso o resíduo não se

enquadre na classificação acima, é importante realizar análises laboratoriais e

avaliar se há presença de substâncias que conferem periculosidade.

(ALMEIDA, 1994).

Em se tratando de efluentes líquidos, o descarte inadequado das águas com

resíduos tóxicos das cabines de pintura e de borras de tinta e de banhos químicos

causa impacto de grande relevância, pois podem contaminar o corpo hídrico

receptor, lençol freático ou solo, acarretando grandes prejuízos econômicos e

ambientais para a sociedade civil e governo. A prática de descartar resíduos sem o

devido tratamento é ilegal, passível de detenção e multas. Segundo o art. 33 da Lei

nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, constitui crime ambiental provocar, pela

emissão de efluente ou carregamento de materiais, o perecimento de espécimes da

fauna aquática, sendo a pena de detenção de um a três anos, ou multa, ou ambos

cumulativamente.

Produtos químicos voláteis, como o solvente contido em tintas, adesivos e

colas são liberados no ar e, segundo SILVA (2002), podem causar irritações nas

membranas da mucosa, metamoglobinemia e cianose, além de apresentar

mobilidade e potencial de bioacumulação. Algumas tintas para acabamento contêm

Compostos Orgânicos Voláteis - VOCs e são altamente perigosos para a saúde do

trabalhador que lida diretamente com o produto, bem como para o meio ambiente

(LIMA, 2005).

Page 271: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

249

4.8.2.1.2.2. Ações Sustentáveis e o Uso de Tecnologias Limpas

Para conservar e usar sustentavelmente um recurso é fundamental minimizar

os desperdícios. Para Almeida (1994), tecnologias podem e devem ser adotadas

para solucionar problemas e aproveitar os resíduos nas indústrias. As alternativas

tecnológicas, contudo, devem ser avaliadas dentro de uma perspectiva de

viabilidade tecnológica, econômica e ambiental. Segundo o autor, dentre as

tecnologias que visam reduzir os danos ambientais proporcionando uma produção

sustentável, incluem-se:

Redução de uso de matérias-primas na fonte: reduzindo o consumo de

materiais ao longo do ciclo de vida do produto, reduz-se também a

quantidade de resíduos gerados;

Recuperação de material: os materiais devem estar o mais próximo do seu

estado natural para que possam ser recuperados;

Recuperação, reutilização e disposição de resíduos: adoção de

tecnologias que recuperem os resíduos, aproveitando o máximo a matéria-

prima, obtendo ganhos ambientais e econômicos. Àqueles resíduos que

não puderem ser reaproveitados dar-se-á destinação correta de

disposição; e

Recuperação de embalagens: as embalagens podem ser reaproveitadas,

reutilizadas ou recicladas.

4.8.2.1.3. Lixo Eletrônico

São Resíduos de Aparelhos Elétricos Eletrônicos (RAEE) chamados

popularmente no Brasil de ―sucata de informática‖, ―lixo eletrônico‖ ou ―lixo

tecnológico‖ e, no exterior, WEEE (Waste Electrical and Electronic Equipment),

Electronic Waste ou e-Waste. A União Européia implementou em janeiro de 2003 um

sistema de responsabilidades ambientais, descrito na Diretiva 2002/96/EC, e que

foram adaptadas e efetivadas em leis de muitos países. No Brasil leis semelhantes

devem ser aprovadas, com incentivo para a reciclagem de sucata de informática

(Sato, 1996).

Page 272: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

250

4.8.2.1.3.1. Reciclagem da Sucata de Eletroeletrônicos

Uma palavra cada vez mais utilizada em Automação é a desmanufatura de

um equipamento ou produto, que significa a capacidade de devolver na cadeia

produtiva a matéria-prima dele originário. A desmanufatura permite recuperar metais,

plásticos, vidros e outros componentes, além de metais preciosos de difícil

separação que exigem alto grau tecnológico de metalurgia. Entretanto, são

encontrados diversos elementos contaminantes, como fósforo, chumbo, cromo,

cádmio e mercúrio, que requerem tratamento especial.

Existem soluções técnicas simples ou extremamente caras para o tratamento

da sucata de eletroeletrônicos, porém problemas relacionados à escala de custos,

logística, legislação e cultura, dificultam o trabalho da reciclagem.

Um exemplo disso pode ser verificado com a existência de computadores em

desuso nos Estados Unidos, onde a Agência de proteção ambiental (EPA) alerta que

75% destes equipamentos ainda estão armazenados em garagens e armários, à

espera de serem reutilizados, reciclados ou simplesmente descartados.

Um típico monitor de PC (Personal Computer) pode conter até 25% do seu

peso em chumbo, por isso alguns estados dos EUA desenvolveram políticas que

proíbem o descarte de qualquer lixo eletrônico, principalmente CRTs (Cathode Ray

Tubes), ou tubos de imagens, nos aterros sanitários.

Devido às fracas leis ambientais e trabalhistas, países da Ásia e África

recebem lixo eletrônico (e-Waste) muitas vezes ilegalmente, e usam métodos de

incineração e eliminação descontrolada que, por conta do elevado grau de

toxicidade de substâncias como o chumbo, mercúrio e cádmio, acabam por gerar

graves problemas ambientais e de saúde pública.

4.8.2.1.4. Reciclagem no Brasil

A legislação brasileira trata os resíduos pelo elemento contaminante e

determina o seu tratamento, porém apenas alguns manufaturados dispõem de

normas legais de descarte, como pilhas e baterias, que são recebidos pelos

fabricantes sem custo para o consumidor. A maioria dos produtos ainda não dispõe

de leis específicas e tem seu custo ambiental pago pelo usuário. Por conta da

desinformação, muitos resíduos tóxicos como monitores e reatores são vendidos

Page 273: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

251

como sucata e o que não é reaproveitado; vidro chumbo, fósforo, capacitor de

ascarel e DHEP que acabam indo para um aterro sanitário.

4.8.2.1.4.1. Resíduos Eletroeletrônicos

Resíduos eletroeletrônicos possuem grandes quantidades de metais

pesados, que destinados de forma incorreta podem acarretar diversos e graves

problemas que podem acarretar impactos ambientais e danos à saúde pública

causados por esses resíduos, aspectos da legislação ambiental vigente em relação

ao tema, levantamento dos nichos que compõem esse mercado, bem como a

receptividade dos mesmos em relação a uma possível importação de outros países

para tratamento interno, além de uma estimativa do nível de conhecimento dos

trabalhadores envolvidos nesse tipo de atividade acerca do assunto.

A situação atual do lixo tecnológico no Brasil ainda é uma questão que requer

muita atenção em relação à legislação ambiental específica, às iniciativas públicas,

privadas ou da própria população, principalmente no que se diz respeito à

aplicação prática das atitudes que visam garantir um manejo seguro, como também

em relação às informações gerais sobre essa categoria de resíduos, necessitando

de medidas mais eficazes para tratamento dos resíduos gerados internamente.

4.8.2.1.4.2. Lâmpadas

As lâmpadas de vapores metálicos, de mercúrio, de sódio ou fluorescentes,

contêm em seu interior um metal pesado, o mercúrio metálico, substância tóxica que

uma vez ingerida ou inalada, causa danos ao sistema nervoso de seres vivos, além

de sérios prejuízos ao meio ambiente. Lâmpadas são resíduos altamente perigosos,

que devem ser descontaminados por empresas especializadas. Os seguintes

aspectos deverão ser considerados:

Armazenamento: desde a entrega ou coleta das lâmpadas até o seu destino

final que seria a reciclagem e descontaminação das lâmpadas;

Baixo poder poluidor: pequenas quantidades de lâmpadas apresentam baixo

potencial poluidor e podem ser enviadas segundo as instruções de

armazenamento e transportes, respeitadas as determinações do órgão

ambiental estadual do gerador do resíduo. Instituições com Sistema de

Page 274: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

252

Gestão Ambiental (SGA) encaminham as lâmpadas de acordo com os

padrões do seu plano de gestão; outras, com Núcleos de Implementação de

Gestão Ambiental seguem os requisitos da sua Licença de Operação (LO); e

Reciclagem de lâmpadas – resíduos perigosos: Estima-se que cerca de 80

milhões de lâmpadas são substituídas anualmente no Brasil, um grande

passivo ambiental que necessita de cuidados especiais quanto à sua

armazenagem, transporte e descontaminação.

Lâmpadas contendo mercúrio, metal altamente perigoso conforme norma

ABNT – NBR 10004/04 estão classificadas como Resíduo Classe 1, portanto

necessitam de descarte controlado, sendo indicada a reciclagem de lâmpadas

como medida ambiental adequada. A empresa Ativa Reciclagem utiliza um

processo de reciclagem a seco, capturando o mercúrio durante a destruição da

lâmpada. Após a desmanufatura e tratamento, o vidro, metais, fósforo e mercúrio

são preferencialmente reaproveitados em sua cadeia produtiva de origem.

Licenciada pela CETESB, a Ativa Reciclagem fornece o Laudo de Desmanufatura e

Descontaminação de Lâmpadas, o que assegura ao gerador a destinação correta

de seus resíduos tóxicos, em conformidade com as normas ambientais em vigor.

4.8.2.1.4.3. Monitores e Televisores

No interior de um televisor ou de um monitor de computador, encontra-se o

frágil tubo de imagem e a sua ruptura é muito perigosa. Ao implodir, os estilhaços

de vidro podem ferir gravemente pessoas próximas.

Conhecidos como cinescópios, os tubos de raios catódicos ou popularmente

―tubos de imagem‖ são identificados mundialmente pela sigla CRT e integram os

monitores de computadores (PC) e televisores. Tubos de imagem constituem um

grave problema ambiental, pois contém 25% do seu peso em chumbo e estão se

tornando rapidamente obsoletos, sendo substituídos em larga escala pelas novas

tecnologias de HDTV, plasma e LCDs. países como EUA e toda a União Européia

dispõem de legislação específica para a reciclagem de monitores e televisores.

Page 275: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

253

4.8.2.1.4.3.1. Reciclagem e Desmanufatura de Monitores e Televisores

O processo compreende o recebimento, contagem e etiquetagem dos

monitores, televisores ou tubos de imagem, com os dados do cliente. A

desmanufatura é iniciada com a utilização de ferramentas elétricas e manuais de

desmontagem, sendo que as partes do gabinete e peças internas são separadas e

acondicionadas em recipientes específicos, de acordo com os tipos de materiais. A

sucata de eletroeletrônicos empregados na informática consiste de plásticos,

componentes elétricos, componentes eletrônicos e sucata de metais que são

encaminhados para reciclagem.

O tubo de imagem segue na linha da desmanufatura e, por um processo de

separação térmica e aspiração, desenvolvido pela Ativa Reciclagem, os resíduos

tóxicos são retidos: vidro com chumbo do funil e pó de fósforo do painel. Nesta fase

é obtido o vidro limpo do painel, que também é encaminhado para reciclagem. O

Certificado de Desmanufatura e Destinação Ambiental Correta são então emitidos

para o cliente.

4.8.2.1.4.3.2. Armazenagem para Reciclagem de Monitores e Televisores

Os monitores e televisores devem ser armazenados em local coberto, em

caixas de papelão ou envoltos em plástico tipo bolha e enrolados com fitas plásticas

para evitar quebras. Cinescópios que são resultado de desmanufatura de monitores

ou televisores devem estar em lugar coberto, envoltos em plástico tipo bolha e em

caixas de papelão, evite prateleiras e escolha um local isolado para armazená-los. É

necessário cuidado, pois a ruptura do cinescópio é muito perigosa: ao implodir, os

estilhaços de vidro podem ferir gravemente pessoas próximas.

O pó fosfórico do interior do tubo se desprende, fica em suspensão no ar e

pode provocar intoxicação se inalado. Aos poucos este pó atinge o solo e contamina

o meio ambiente. No interior de um típico monitor, encontra-se uma grande

quantidade de fósforo e chumbo – metal altamente perigoso, considerado Classe 1

pela Norma ABNT-NBR 10004/04, por isto a reciclagem de monitores e televisores

deve ser considerada como reciclagem de resíduo perigoso.

Page 276: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

254

4.8.2.1.4.4. Procedimentos para Descarte de Equipamentos Eletroeletrônicos

Os procedimentos para descarte de equipamentos eletroeletrônicos devem

obedecer a leis especificas de cada país. Na cidade de Kiryu, no Japão, por

exemplo, esta regulamentada uma lei de descarte para aparelhos eletrodomésticos

do Centro de Tratamento de Lixo onde não é permitido o recolhimento de aparelhos

de ar-condicionado, televisores, refrigeradores, freezers ou máquinas de lavar como

lixo volumoso. A Figura 18 apresenta um programa de reciclagem de equipamentos.

Figura 18 - Fluxograma de reciclagem dos CRTs.

Fonte: Cavalcanti, 1995.

A seguir são apresentados alguns procedimentos utilizados atualmente para

se desfazer de tais itens:

1. Deve-se contatar o local onde foi comprado o produto para averiguar o

nome de uma agência de coleta autorizada para retornar o produto ao fabricante.

Quando for solicitado o recolhimento de algum produto, o estabelecimento onde o

produto originalmente foi ou será comprado irá cobrar pela taxa de coleta e

reciclagem;

2. O item a ser reciclado deve ser levado diretamente a uma agência de

coleta autorizada, e esta irá retornar o produto ao fabricante. O nome do fabricante

do produto deverá ser confirmado, para o envio da taxa de reciclagem pelo correio; e

3. O cupom de reciclagem deve ser levado junto com o item a ser reciclado

para a respectiva agência de coleta.

Page 277: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

255

4.8.2.1.5. Eletrônicos Verdes ou e-Coeficientes

O Greenpeace publicou um estudo que analisa o impacto ambiental na

produção de equipamentos eletroeletrônicos, designado eletroeletrônica verde ou e-

coeficientes, o qual apresenta um ranking das empresas que usam menor

quantidade de produtos tóxicos por equipamento produzido e apresentam planos

eficazes de reciclagem e assim ganham melhores notas.

Neste ranking, foram analisados quatorze fabricantes globais de produtos de

TI, dentre os quais a Nokia e a Dell tiveram a melhor avaliação e lideram a lista. As

piores colocações ficaram com Lenovo, Motorola e Acer.

A boa colocação da Nokia deve-se aos esforços desta companhia em diminuir

o uso de elementos tóxicos na fabricação de seus produtos. A favor da Nokia conta

ainda o fato de seus celulares não usarem plástico PVC. Já a Dell obteve bom

desempenho em função da abrangência e eficácia de seus projetos de reciclagem

de computadores.

Apesar de bem colocadas no ranking, Nokia e Dell não tiveram desempenho

bom o suficiente para merecer o ―selo verde‖ que o Greenpeace concederá aos

fabricantes de eletrônicos que executarem boas práticas ecológicas na fabricação de

seus produtos. Esta listagem deverá ser atualizada a cada três meses, permitindo

que empresas possam executar medidas ecológicas e consequentemente melhorar

a sua posição neste ranking. O Quadro 26 apresenta o ranking do Greenpeace de

quatorze fornecedores e suas respectivas pontuações.

Page 278: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

256

Quadro 26 - Ranking GreenPeace.

Posição Empresa Nº de Pontos

1 Nokia 7.0

2 Dell 7.0

3 HP 5.7

4 Sony Ericsson 5.3

5 Samsung 5.0

6 Sony 4.7

7 LG 4.3

8 Panasonic 3.3

9 Toshiba 3.0

10 Fujitsu-Siemens 3.0

11 Apple 2.7

12 Acer 2.3

13 Motorola 1.7

14 Lenovo 1.3

Fonte: Sato, 1996.

4.8.2.1.6. Contexto Normativo Atual

A indústria brasileira acredita nos princípios da Agenda 21 como base para a

construção do desenvolvimento sustentável nas nações tendo como objetivo

compatibilizar o crescimento econômico, em harmonia com o meio ambiente e a

promoção da qualidade de vida das pessoas. Neste contexto, uma indústria

competitiva tem um papel de relevância na geração de empregos, na indução

tecnológica e na melhoria do bem-estar das pessoas.

Passados 10 anos de construção da Agenda 21, muito se fez na indústria

brasileira com o objetivo de implementar esta nova consciência pró-sustentabilidade.

O parque industrial brasileiro avançou, entre outras medidas, na adoção de

metodologias de produção mais limpas, na certificação segundo normas da ISO, no

uso sustentável dos recursos naturais, na implementação de uma infraestrutura

tecnológica de apoio e, em especial, na educação ambiental.

As políticas e operações do comércio e da indústria, inclusive das empresas

transnacionais, podem desempenhar um papel importante na redução do impacto

sobre o uso dos recursos e o meio ambiente por meio de processos de produção

mais eficientes, estratégias preventivas, tecnologias e procedimentos mais limpos de

produção ao longo do ciclo de vida do produto, assim minimizando ou evitando os

resíduos. Inovações tecnológicas, desenvolvimento, aplicações, transferências e os

Page 279: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

257

aspectos mais abrangentes da parceria e da cooperação são, em larga medida, da

competência do comércio e da indústria.

O modelo a ser adotado é a gestão compartilhada, ou seja, que divide a

responsabilidade entre fabricante, consumidor e poder público pela destinação

adequada de pilhas, baterias, lâmpadas, computadores e celulares usados.

4.8.2.1.6.1. Política Nacional de Resíduos

A Política Nacional de Resíduos (Projeto de Lei nº 203, de 1991) "dispõe

sobre o acondicionamento, a coleta, o tratamento, o transporte e a destinação dos

resíduos de serviços de saúde". Em setembro de 2007, o governo federal

encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de Política Nacional de Resíduos

Sólidos (Lei 1991/07) que estabelece diretrizes, instrumentos, responsabilidades e

proibições para o gerenciamento dos resíduos sólidos no país, que ainda se

encontra em fase de análise pelo Congresso.

Este Projeto de Lei levou em conta parte das propostas debatidas ao longo

dos últimos sete anos em seminários regionais e nacionais com diversos segmentos

da sociedade civil. Entre os atores que participaram ativamente do processo de

elaboração e difusão de propostas voltadas para a gestão sócio-ambiental

compartilhada de resíduos sólidos destacam-se o Fórum Nacional Lixo e Cidadania,

o Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo e o Movimento Nacional de

Catadores de Materiais Recicláveis.

A prática governamental não se restringe à classificação dos trabalhadores

pelo Ministério do Trabalho, estendendo-se a outras, como, por exemplo, a

destinação de linhas de crédito pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico (BNDES) que visam a implantação de projetos ligados

à reciclagem, o que inclui a formação de cooperativas de catadores.

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE 2002),

os resíduos sólidos domiciliares e comerciais coletados diariamente atingiram a

marca de 228,4 mil toneladas, sem contar o que não é coletado e jogado em curso

d‘água, terrenos baldios, lixões. Por trás destes números estão os impactos

ambientais praticamente invisíveis aos olhos do cidadão: contaminação de lençóis

Page 280: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

258

freáticos e do solo pelo cromo e do ar pelos gases emitidos pela destinação

inadequada (lixões) dos resíduos gerados por 3672 municípios (66% do total).

A deposição de resíduos a céu aberto é considerada ilegal pela Lei de Crimes

Ambientais, mesmo assim 59,5% eram destinados desta forma, ou seja, 146,8 mil

toneladas por dia, no período da pesquisa. Para aterros controlados seguiam 19,9%

dos resíduos coletados e apenas 14,9% iam para os aterros sanitários. Chama

atenção o fato de terem sido destinados, nos últimos 14 anos, 154 milhões de reais

para programas de gerenciamento de resíduos sólidos nas cidades brasileiras. A

cultura de jogar o lixo longe dos olhos da população e junto a mananciais hídricos

e/ou em solos férteis tem-se revelado mais forte do que a consciência dos gestores

municipais quanto aos danos causados pela destinação inadequada.

Mais invisível ainda na vida cotidiana nas cidades, são os danos causados à

natureza pela extração de matérias-primas, consumo de energia e água para a

produção de latas de alumínio (cujos índices de reciclagem são altamente

comemorados e divulgados pelos fabricantes), de embalagens ―longa vida‖, de

garrafas PET e dos mais de 500 tipos de plásticos que entram sorrateiramente em

nossas casas com a insígnia da praticidade e da modernidade. Já as embalagens de

vidro, retornáveis 35 vezes para a mesma finalidade, desaparecem crescentemente

do mercado.

O processo de construção de propostas para responsabilizar a cadeia

produtiva revela a gravidade tanto da geração, quanto da destinação de resíduos

urbanos e aponta para a importância de se instituir uma Política Nacional de

Resíduos Sólidos na qual se criem instrumentos e mecanismos para frear a

irresponsabilidade de gestores públicos municipais e ao mesmo tempo

responsabilizar fabricantes, importadores, revendedores, comerciantes e

distribuidores.

Diante desta realidade, nos primeiros anos de 2000 o Fórum Nacional Lixo e

Cidadania e o Fórum Lixo e Cidadania da Cidade de São Paulo, entre outras

iniciativas no país, realizaram diversos debates que resultaram em propostas

debatidas em vários eventos de caráter nacional. No âmbito do Fórum Social

Mundial foram organizados debates e decidiu-se, em 2003, criar a Articulação por

uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma rede virtual, com atores plurais,

Page 281: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

259

para discussão e formulação coletiva de proposições. As propostas de maior

destaque prevêem a integração dos catadores avulsos e organizados em sistemas

públicos municipais de reaproveitamento de resíduos e a erradicação do trabalho de

crianças em lixões e nas ruas. Também o fechamento dos lixões com cidadania, é

uma proposta atual que exige do poder público municipal alternativas de geração de

trabalho e renda e de moradia para as famílias que vivem nestes locais para depois

retirá-las dos mesmos e proibir a catação.

Nesse sentido, a proposta central, na época, era a de tributar os geradores

(fabricantes, importadores, distribuidores, revendedores, comerciantes de produtos),

como forma de responsabilização direta pelo passivo ambiental gerado, os resíduos

sólidos. O recurso auferido pela tributação financiaria a estruturação dos sistemas de

recuperação de resíduos - coleta seletiva, triagem, beneficiamento com inclusão dos

catadores. E para viabilizar a destinação dos recursos, advindos destas fontes, seria

criado um fundo federal que repassaria recursos para fundos municipais e distritais,

prioritariamente para os municípios que implementassem políticas públicas de coleta

seletiva com a participação de associações e cooperativas de catadores. Previa-se

também a criação de conselhos gestores em nível federal, municipal e distrital para

monitorar a execução das ações e garantir o controle social de verbas públicas.

Essas propostas forma defendidas pelo entendimento de que seria a melhor

forma de assegurar uma política que articulasse a responsabilidade do setor

empresarial, a integração dos catadores, a coordenação do processo como um todo

pelo executivo municipal e a participação da sociedade civil.

Nesse sentido, para avançar rumo a uma sociedade sustentável defende-se a

instituição de instrumentos que obriguem as indústrias a mudarem seu padrão de

produção no sentido de colocarem no mercado produtos efetivamente duráveis. E

por outro lado, reivindica-se o estabelecimento de normas para a redução do

consumo de recursos naturais nos processos industriais e para que os produtos pós-

consumo sejam passíveis de aproveitamento integral. Significa dizer, para se atingir

um patamar de sustentabilidade é preciso responsabilizar toda a cadeia produtiva,

ou seja, desde o momento da extração da matéria prima até o momento em que o

produto torna-se resíduo.

Page 282: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

260

O boletim CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem) apresenta

um levantamento da reciclagem de produtos eletroeletrônicos no Brasil, mostrando a

multiplicação das cooperativas de trabalhadores em diferentes lugares do país,

ultrapassando duas centenas, onde as associações que congregam as empresas

produtoras de dejetos recicláveis e as empresas que se especializam na reciclagem.

4.8.2.1.6.2. Pilhas e Baterias

De acordo com dados da ABINEE, as pilhas de uso doméstico provenientes

de suas quatro associadas (detentoras das marcas Duracell, Energizer, Eveready,

Panasonic, Rayovac e Varta) estão livres de metais pesados como cádmio e

mercúrio e, por essa razão, podem ser depositadas no lixo domiciliar.

No entanto, 33% das pilhas disponíveis no mercado são falsificadas,

oferecendo risco à saúde das pessoas e do meio ambiente. Em geral, não têm

informações em português, não orientam sobre o que fazer com o produto esgotado

e raramente indicam o país de origem ou o importador. "O setor de pilhas de uso

doméstico suprimiu o uso de metais pesados estipulados pelas resoluções do

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), pois entendeu que reciclá-los é

econômica e ambientalmente inviável", comenta Jaime Cynamon, diretor da área de

Meio Ambiente da ABINEE.

A situação é diferente quando o assunto são as baterias de celular,

automotivas e as industriais, que não podem ser dispostas em lixo comum. Como

orientam os manuais de celulares, suas baterias podem ser recolhidas nos pontos-

de-venda ou nas assistências técnicas, de onde são repassadas para os fabricantes.

Na prática, essas empresas, com base em decisões corporativas mundiais,

exportam os produtos para recicladoras estrangeiras. As baterias automotivas têm

de ser coletadas pelos estabelecimentos comerciais que devem direcioná-las para a

indústria de onde, então, precisam seguir para a reciclagem. É necessário que o

proprietário da loja e o consumidor também contribuam, evitando a entrega a ferros-

velhos.

Além disso, buscam-se alternativas para sensibilizar as prefeituras para que

os pontos de venda tenham pré-requisitos (um licenciamento simplificado), e os

consumidores, para se conscientizarem de que as baterias velhas exigem

Page 283: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

261

tratamento adequado. Outro ponto que requer a máxima atenção é o transporte

dessas baterias que só deve ser feito por empresas licenciadas e preparadas para

evitar acidentes ambientais.

No caso das baterias industriais de chumbo, cádmio e seus compostos já

existem um fluxo entre o fabricante, o comprador (as indústrias) e o reciclador,

devendo ainda possuir um descarte adequado nas indústrias, e que estas baterias

serem encaminhadas somente para recicladoras autorizadas pelo IBAMA.

4.8.2.1.6.3. Lâmpadas

Já existem leis que regulamentam o descarte de resíduos de lâmpadas com

mercúrio provenientes de fábricas, escritórios e shopping centers, entre outros (95%

de seu consumo).

A Philips do Brasil tem insistido para que haja uma regulamentação federal,

no âmbito do CONAMA. Esta empresa orienta seus clientes a utilizar uma das

unidades recicladoras de lâmpadas existentes no país, e é para estas que sua

planta fabril envia lâmpadas com mercúrio que, por alguma razão técnica, voltam do

mercado.

Quanto às lâmpadas incandescentes e fluorescentes de uso residencial,

como não existe estrutura municipal que as classifique, o caminho até hoje tem sido

o descarte no lixo comum. A reciclagem de lâmpadas deve abranger todos os

agentes da cadeia de consumo: o poder público, o usuário e as empresas, criando

um sistema de coleta, provendo informações técnicas adequadas sobre o produto e

educação ambiental.

―É necessário desenvolver um modelo técnico, financeiramente adequado e

ambientalmente correto‖, defende Marcio Quintino, gerente de Qualidade e Meio

Ambiente da Philips para a América Latina. A Associação Brasileira da Indústria de

Iluminação – ABILUX (2003) informa que a reciclagem de lâmpadas está sendo

discutida por um de seus grupos setoriais, focado na criação de uma

regulamentação federal.

4.8.2.1.6.4. Artigos de Impressão e Computação Pessoal

Para o fabricante de impressoras Hewlett-Packard - HP, a reciclagem de seus

itens de impressão e computação pessoal também deve ser uma responsabilidade

Page 284: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

262

compartilhada entre a sociedade, as empresas e o governo. A HP detém o maior

programa do mundo em reciclagem no segmento eletroeletrônico, além de ser

pioneira na utilização de materiais inovadores no processo de desenvolvimento de

produtos e insumos que reduzem o uso de substâncias químicas e de embalagens,

favorecendo a própria cadeia produtiva.

Em 2006, reciclou mais de 74 mil toneladas de hardware e suprimentos nos

países onde atua e a meta deste ano é reciclar 450 mil toneladas, sendo que o saldo

acumulado é de mais de 375 mil toneladas de sucata desde 1987. A empresa

espera que a legislação incentive e viabilize esses processos por meio da eliminação

e redução de tributos, especialmente na comercialização de bens projetados com

melhor capacidade sustentável.

As baterias usadas nos notebooks e handhelds da HP, por exemplo, são

fabricadas com materiais não-tóxicos (lítio/íon) e, ainda assim, a empresa estimula a

devolução e destinação para reciclagem, onde existe um site especifico para

remessa.

Desde 2003 no Brasil a empresa já reciclou 156 toneladas de hardware e 106

toneladas de pilhas e baterias, recolhidas em seus escritórios e nos clientes. Além

disso, as usadas em servidores e UPS, por conterem chumbo ácido, são

armazenadas pela HP e, posteriormente, enviadas à reciclagem para recuperação

do chumbo.

Existem ainda programas de reciclagem para cartuchos de toner e impressão

a jato de tinta. Lançada em 1992, nos Estados Unidos, essa iniciativa já conseguiu

evitar o descarte de 90 milhões de cartuchos da empresa em aterros sanitários e

direcionou mais de 92 mil toneladas de metais e plásticos para o mercado de

materiais reciclados.

Além disso, esta empresa recomenda que computadores em bom estado de

funcionamento sejam doados para programas de inclusão digital ou que se faça a

reciclagem de partes e peças, no caso de produtos sem possibilidade de reuso.

4.8.2.1.6.5. Outros procedimentos

Desde julho de 2005, a Technology Conservation Group (TCG), com sede em

Jaguariúna (SP), atende fabricantes interessados em revenda ou reciclagem de

Page 285: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

263

produtos eletroeletrônicos. Geralmente, essas cargas apresentam defeitos, foram

descontinuadas ou constam como excedente de inventário.

A empresa, que tem sete filiais no mundo, revende equipamentos completos

ou componentes, como circuitos integrados, coletores e placas de circuito impresso,

metais preciosos contidos em Unidades Centrais de Processamento (Central

Processing Units – CPUs), celulares, aparelhos de telecomunicação e som, fax e

telefone, por meio de um banco de dados da TCG, sites de comercialização ou para

lojas de informática.

Quando a empresa destina o produto para reciclagem, os produtos são

separados e comercializados para quatorze recicladores de diversos materiais como

plástico, ferro, alumínio, cobre, embalagem, placas de circuito impresso.

Segundo CETESB (2006), os entraves para a reciclagem de produtos

eletroeletrônicos no Brasil são:

Legislação fiscal;

Custo logístico; e

Fiscalização para cumprimento da legislação vigente.

4.8.2.1.7. Procedimentos de Reciclagem de Produtos Eletroeletrônicos em outros Países

4.8.2.1.7.1. Procedimentos de Reciclagem de Produtos Eletroeletrônicos Estados Unidos

O setor de Eletrônica para Automação apresenta diversificação de áreas e de

métodos produtivos, além da utilização de diversos tipos de matérias-primas. São

utilizadas matérias-primas de outros segmentos, como: indústria de plásticos, de

madeiras, de aço, petrolífera, de tintas e outras.

Com a diversificação de matérias-primas e dos modelos apresentados, é

possível verificar que a reutilização de materiais diversos, após o processo

produtivo, não somente aquele gerado pelo processo produtivo é de grande valor

comercial, além de gerar vantagens para o meio ambiente e para a inclusão social.

O segmento industrial possui uma grande potencialidade, e unindo forças e

conhecimento poderá melhorar processos, além de reutilizar peças e produtos pós-

Page 286: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

264

processo produtivo na criação da Cooperativa Nacional por meio de Centrais

Inteligentes de Reciclagem, custeada pelos governos, indústrias e clientes.

A Agência Nacional de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA)

mantém campanhas para elevar o índice de reciclagem de eletrônicos

(computadores, televisores e telefones celulares) que inclui trabalhos diretos com

quem fabrica, distribui, utiliza e descarta esses produtos, no sentido de diminuir seus

impactos ambientais (com design, cuidados na fabricação e redução de

componentes tóxicos, incentivo ao reuso e à reciclagem e gerenciamento dos

eletrônicos usados). Além disso, anualmente, é organizado o America Recycles Day

para estimular a prática da reciclagem (US Environmental Protection Agency, 2007).

Os instrumentos de política ambiental podem ser classificados em duas

categorias: regulação direta, conhecida como comando e controle, que inclui

padrões de poluição, proibição de certas atividades e controle dos equipamentos, de

processos, de produtos e do uso de recursos; e instrumentos econômicos, como

taxas e tarifas, subsídios, sistemas de devolução de depósitos e permissões de

poluição comercializáveis (ALMEIDA, 1994)

As medidas de política ambiental trazem benefícios sociais no que se refere à

melhor qualidade de vida. Para as empresas argumenta-se, de um lado, que a

adequação às exigências pode elevar os custos, gastos com pesquisa e

desenvolvimento, reduzir lucros e a competitividade (PALMER, et al, 1995).

Entretanto, de uma perspectiva dinâmica, foram constatados efeitos positivos sobre

inovação tecnológica e produtividade dos recursos.

Para Kemp (1990) a inovação ambiental, embora se origine da mesma

perspectiva teórica evolucionária, difere da inovação tradicional, que consiste na

sucessão de novas e mais eficientes técnicas de produção. A política ambiental é

imprescindível para o primeiro tipo de inovação, visto que afeta as condições de

oferta e demanda de tecnologias ambientais.

Conforme a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico -

OCDE é importante avaliar o impacto dos instrumentos de política ambiental com

base no contexto no qual ocorre. Desse modo, identificou-se que um alto grau de

inovação radical ocorreu apenas em resposta às regulações mais severas, como

proibição de produtos; inovações incrementais e difusão tecnológica foi a reação

Page 287: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

265

mais recorrente, principalmente em relação às especificidades tecnológica, padrões

de desempenho, subsídios e taxas de poluição.

Segundo Porter & Van Der Linde (1995), a regulação mais frouxa parece

refletir nenhuma inovação ou inovações incrementais, enquanto regulações

rigorosas exigem soluções mais fundamentais, como a reconfiguração de produtos e

processos. Além disso, regulações que contemplem as diferenças setoriais e

fornecem tempo suficiente de adequação, tendem a gerar rápidas e significativas

respostas tecnológicas, segundo Kemp (2000).

De outro lado, regulações que definem a solução tecnológica, como padrões

ou especificidades, serão menos inovadoras, enquanto a liberdade excessiva

fornecida pelos instrumentos econômicos pode não ter resultados inovadores se, por

exemplo, for mais vantajoso pagar a taxa para poluir. (Jaffe, et al, 2002; Kemp,

2000).

Além disso, se em um momento são realizados investimentos na mudança

tecnológica para atender às exigências ambientais, em outro as inovações podem

criar compensações econômicas e outros ganhos ambientais.

Conforme Porter & Van der Linde (1995), como a poluição é um sinal de

ineficiência no uso dos recursos, as inovações ambientais podem trazer benefícios

que compensam os custos iniciais e criar vantagens competitivas. Os benefícios

podem ocorrer para o produto - melhor qualidade, redução do custo e da

embalagem, maior segurança, e para o processo, menores paralisações, economia

de materiais e de armazenamento, economia de energia e das atividades de

descarte dos resíduos.

Para Andersen (2005), a eco-eficiência, medida pela intensidade de materiais,

energia, dispersão de substâncias tóxicas, durabilidade e reciclabilidade, é um

método de avaliação do desempenho ambiental do produtor, bem como um

indicador de inovação ambiental. Dessa forma, é possível concluir que medidas de

política ambiental podem gerar importantes mudanças tecnológicas, trazer outros

benefícios e criar vantagens competitivas. Condições de rigor associadas à

flexibilidade regulatória tendem a ter maiores impactos sobre a inovação.

Page 288: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

266

4.8.2.1.7.2. Procedimentos de Reciclagem de Produtos Eletroeletrônicos União Européia

No ano de 2003, conforme Official Journal of the European Union (2003) a

União Européia promulgou duas exigências para a produção/comercialização de

equipamentos eletroeletrônicos: diretivas sobre a disposição final de produtos

(Waste Electrical and Electronic Equipment - WEEE) e sobre o uso de substâncias

nocivas (Restriction of the Use of certain Hazardous Substances in Electrical and

Electronic Equipment - RoHS).

A WEEE é um regulamento em vigor desde 2006, com o objetivo de prevenir

e diminuir os resíduos de uma lista de equipamentos eletroeletrônicos selecionados

segundo o estágio atual de análise científica. Fundamenta-se nos princípios do

poluidor pagador, precaução e na responsabilidade estendida do produtor. A

responsabilidade do produtor está associada às etapas de coleta seletiva,

tratamento, recuperação, reciclagem e financiamento.

A internalização dessas atividades visa estimular o design ecológico dos

produtos e o fornecimento de informações. O tratamento pode ser realizado pelo

produtor ou por terceiros, mas financiado pelo produtor.

Essas exigências têm impactado os principais países, dentro e fora da União

Européia, estimulando inovações tecnológicas, sobretudo quanto à substituição de

substâncias nocivas. Países industrializados estão mais bem preparados e

respondendo de modo mais inovador que os asiáticos de industrialização recente.

Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos contêm substâncias nocivas à

saúde e ao meio ambiente, como chumbo, cádmio, cromo, mercúrio e retardantes de

chamas (os bifenis PBB e PBDE). Este tipo de poluição está mais associado à

composição do produto do que aos resíduos gerados no processo de produção. O

número de toneladas gerado de resíduos é crescente, como resultado, em parte, da

rápida substituição dos produtos eletrônicos.

Em 1998, foram gerados seis milhões de toneladas de resíduos de

equipamentos eletroeletrônicos na União Européia, o que representou 4% do fluxo

de resíduos municipais.

Estima-se que a quantidade de resíduo gerado per capita situa-se entre 14 e

20 kg ao ano, e estima-se que esse volume cresça.

Page 289: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

267

A taxa de recuperação varia de um mínimo de 70% a 80% do peso médio por

utensílio e a taxa de reciclagem (de componentes, materiais e substâncias), de um

mínimo de 50% a 75% do peso médio conforme uma lista de equipamentos

selecionados, como eletrodomésticos, produtos de informática e telecomunicações,

ferramentas, brinquedos, entre outros. Dessa classificação, excetuam-se

equipamentos usados em outros equipamentos que não fazem parte desta diretiva

e, temporariamente, os equipamentos da categoria, conforme apresentado no

Quadro 27.

Quadro 27 - Regulamentações WEEE por categorias de produtos cobertos.

Produtos

Regulamentação WEEE

Recuperação (% do peso)

Reciclagem (% do peso)

1. Grandes eletrodomésticos 80 75

2. Pequenos eletrodomésticos 70 50

3. Tecnologia de Sistemas de Informação e Telecomunicações

75 65

4. Eletrônicos de consumo 75 65

5. Equipamentos de iluminação * 70 50

6. Ferramentas eletroeletrônicas 70 50

7. Brinquedos e produtos esportivos 70 50

8. Equipamentos médicos - -

9 Equipamentos para monitoramento e controle 70 50

10. Equipamentos de serviço automático 80 75

Fonte: Official Journal of the European Union, 2003.

(*) exceto para lâmpadas de descarga de gás, cuja taxa de recuperação mínima é de 80% do peso

da lâmpada.

A RoHS diz respeito à eliminação e/ou redução de substâncias nocivas

presentes nos equipamentos eletroeletrônicos. Esta norma é complementar à WEEE

na medida em que recomenda a substituição de substâncias nocivas nos

equipamentos eletroeletrônicos por materiais mais seguros facilitando a reciclagem.

Decidiu-se que será somente tolerado o valor máximo de concentração de

0,1% por kg (ou 1000mg/kg) em material homogêneo para chumbo, mercúrio,

cromo, PBB e PDBE e o valor máximo de 0,01% (ou 100mg/kg) em material

homogêneo para o cádmio. Isto se aplica aos equipamentos eletroeletrônicos

abrangidos pelas categorias 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10 definidas na WEEE (primeira

coluna do Quadro 27), incluindo as lâmpadas elétricas e os aparelhos de iluminação

Page 290: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

268

de uso doméstico. As exigências são obrigatórias nos países da União Européia e

têm impactos diferenciados. O impacto da RoHS no Reino Unido gerou custos e

benefícios.

Os custos foram estimados entre £700 milhões a £1300 milhões nos dez anos

posteriores à data do relatório – decorrentes de gastos com capital, P, D & I e

operação. Deste total, a maior dificuldade se refere à substituição do chumbo no

processo de solda, para a qual foram previstos em torno de 5% dos gastos totais em

P, D & I, bem como aumento nos gastos com energia e incrementos nos preços dos

componentes. Os benefícios foram associados à facilidade de reciclagem,

melhoria nas condições de vida e redução entre 1.400 a 4.300 toneladas de chumbo

(DTI, 2006).

Na Noruega, segundo Lee & Roine (2004), as diretivas da União Européia

tem influenciado a legislação doméstica e estimulado inovações ambientais de modo

diferenciado. A maioria dos produtores realizou inovações de produto ou de

processo nos últimos dez anos para tratar de problemas ambientais e essas

inovações dirigiram-se principalmente para substituição e eliminação de substâncias

nocivas, tendo nas regulamentações da União Européia sua principal motivação.

Quanto ao tratamento de resíduos, as empresas norueguesas estabeleceram um

sistema coletivo, de modo a se responsabilizar financeiramente pelo tratamento, mas

transferindo a responsabilidade física para outras organizações. Assim, as

empresas pagam taxas sobre tipos e quantidades de produtos para essas

organizações, que usam suas receitas para a indústria de reciclagem.

Esse esquema de financiamento tem estimulado as inovações de processo na

indústria de reciclagem, porém, não tem incentivado inovações de produto – para

reduzir a geração de resíduos e torná-los mais recicláveis - por parte dos produtores

acima. As pequenas e médias empresas na União Européia estão razoavelmente

preparadas para alterações tecnológicas na eliminação do chumbo, apesar de

carecer de informações e conhecimento (TEH, et al, 2005)

Os países industrializados fora da União Européia também têm sido afetados

e estão respondendo às exigências. As empresas dos Estados Unidos estão

relativamente preparadas em relação aos regulamentos e existem custos e

oportunidades da adequação à RoHS. Segundo Veleva & Sethi (2004), as

Page 291: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

269

companhias mais representativas do segmento de componentes estão bem

informadas sobre os regulamentos, onde a maioria está realizando ações para

redesign dos produtos e declarou estar preparada para se adequar à RoHS e

produzir produtos verdes no prazo solicitado.

Dentre as ações de redesign, a Texas Instruments tem iniciativas de produtos

livre de chumbo desde os anos 1980 e já manufaturou 1 bilhão desses produtos. A

oportunidade para as empresas é a diferenciação de produto para as que fabricam

produtos verdes, o que cria vantagens competitivas e consequente aumento da

participação no mercado. Os impactos da RoHS são globais, afetando inclusive os

produtos vendidos nos EUA e não tende a gerar duas linhas de produtos: uma com

substâncias nocivas para o mercado interno e outra, sem as substâncias para a

Europa (INFORM, 2003).

Os principais manufatores de eletrônicos mudam o design e adotam novas

tecnologias em uma linha de produção, pois uma vez adotada uma nova tecnologia

seria mais cara e ineficiente a produção separada para diferentes mercados.

No Japão, um alto índice de inovação foi registrado na produção de

eletrônicos e no tratamento de resíduos antes mesmo da promulgação das diretivas

européias. A produção de eletrônicos com solda livre de chumbo data desde o início

dos anos 1990 e teve êxito graças à criação de uma rede de inovação que cobre

instituições diversas, como universidades, institutos de pesquisa, associações

industriais. Por exemplo, 436 patentes foram registradas entre 1993 e 2001 para

desenvolvimento deste tipo de produto (YARIME, 2005).

Segundo Tojo (2004), os principais manufatores de equipamentos

eletroeletrônicos realizaram medidas para redução dos impactos ambientais nas

áreas de eficiência energética, redução de substâncias nocivas e eficiência de

recursos e reciclabilidade.

Quanto à redução de substâncias nocivas, as medidas tomadas pelas

empresas se referem a checagem e controle e gastos com P, D & I para eliminação

de chumbo e cromo, bem como a fiscalização dos fornecedores, para os quais foram

desenvolvidos guias verdes. Medidas de eficiência de recursos e reciclabilidade

incluem: a redução do uso de materiais, por meio da miniaturização; o

Page 292: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

270

prolongamento da vida útil do produto via reuso de componentes e redução do peso;

e redução do uso de componentes para facilitar a desmontagem.

Quanto ao tratamento dos resíduos, um sistema de coleta e recuperação foi

desenvolvido: o usuário final paga pela coleta comprando um ticket, cujo valor se

diferencia conforme o produto, e o fluxo é repassado ao produtor. Como resultado, o

número de produtos coletados e reciclados passou de oito milhões, entre março de

2001 e abril de 2002, para dez milhões entre abril de 2002 e março de 2003.

Os países de industrialização recente na Ásia são os principais produtores e

exportadores de equipamentos eletroeletrônicos, sobretudo para os países

industrializados. Mais da metade das exportações de China, Tailândia e Filipinas

destinam-se a União Européia, Japão e EUA. De outro lado, os países asiáticos são

também os principais importadores de resíduos e de equipamentos usados desses

países, sobretudo dos EUA (VOSSENAAR, et al, 2006)

As companhias chinesas, conforme Yu, et al (2006) têm tido uma ação mais

reativa do que proativa, visto que passaram a se adequar a partir de 2004. A maioria

das empresas está bem informada das diretivas, têm dedicado mais atenção à

RoHS, que possui mais impactos, e são motivadas a se adequar principalmente

pelas exigências dos clientes. Em termos de tamanho, as empresas que mais tem

respondido são as grandes.

A RoHS tem investido em inovação para encontrar componentes que possam

substituir chumbo que é utilizado na solda. Quanto ao tratamento de resíduos, este

setor está bem mais atrasado, visto que a coleta, reciclagem e disposição dos

resíduos são realizadas informalmente, gerando prejuízos ambientais e à saúde.

Hicks, et al (2005), enxerga nas diretivas européias estímulos para o

estabelecimento de um setor formal: algumas empresas têm realizado investimentos

no tratamento, mas os ambientes de incerteza gerados pela ausência de regulações

domésticas aumentam os riscos dos investimentos. Como reação, a China tem

implementado legislação semelhante à RoHS e estabelecido controles de

importação de resíduos e equipamentos usados (VOSSENAAR, et al, 2006).

Na Tailândia, o processo de ajustamento à RoHS se iniciou em 2003, quando

as subsidiárias receberam ordens do escritório central e passaram a estabelecer

seus próprios cronogramas e reajustar os fornecimentos. Em geral, poucas

Page 293: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

271

companhias estavam informadas das diretivas e declararam sofrer impactos diretos

e indiretos das diretivas; a minoria estaria apta a cessar o uso das substâncias

imediatamente. As principais dificuldades encontradas foram acesso ao

conhecimento e às tecnologias adequadas e a eliminação do chumbo. Semelhante à

China, as autoridades locais têm desenvolvido planos de ação para a coleta de

produtos e resíduos e legislação similar à RoHS (VOSSENAAR, et al, 2006).

Nas Filipinas, grande parte das empresas é do segmento de semicondutores

e possuem significativa participação de transnacionais, seja na forma de subsidiárias

ou contratando produtores.

A diretiva RoHS tem tido mais impactos sobre inovação do que a diretiva

WEEE. A RoHS tem impactos globais, atingindo toda a cadeia de produtores de

diversos segmentos e coloca significativos desafios inovadores, principalmente

quanto à eliminação do chumbo na solda. A WEEE tende a ter impactos mais

regionais, sobre a indústria de reciclagem, mas pouco foi registrado sobre os seus

efeitos inovadores e estímulo de redesign do produto.

Os países industrializados estão mais bem preparados para se adequar de

modo inovador e competitivo à RoHS. O Japão, por exemplo, foi o país com maior

sucesso nessa transformação, visto que estabeleceu um sistema de inovação para

eliminar o chumbo da solda. Países asiáticos de industrialização recente, os maiores

exportadores de eletrônicos atualmente, sofrem os impactos por duas vias: precisam

se adequar para não perder exportações de um lado, e são os maiores importadores

de resíduos e equipamentos usados dos países industrializados e não possuem um

setor de tratamento adequado. Suas companhias estão pouco preparadas para se

adequar, mas as respostas dependem da estrutura industrial local.

Essas evidências parecem confirmar o argumento que regulações ambientais

mais rigorosas tem maiores impactos sobre inovação e, inclusive, geram outros

ganhos, como no caso dos Estados Unidos e do Japão. Mas o caso dos asiáticos

indica que a capacitação técnica e institucional doméstica dos países é importante

para uma adequação efetiva e inovadora.

Na União Européia, a reciclagem de produtos do setor eletroeletrônico tem

uma estratégia de controle, apoiada nos aspectos político e sócio-ambiental,

permitindo uma renovação constante da produção industrial, priorizando atender os

Page 294: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

272

aspectos ambientais. Esta renovação está baseada em três fases, conforme ilustra

a Figura 19:

a) Equipamentos e Componentes: cada equipamento comercializado possui

um índice de reciclabilidade;

b) Estabelecimento de pontos de troca, ou depósito de equipamentos

antigos, ou centros de coletas seletivas de lixos; e

c) Centros Automatizados de Reciclagem.

Figura 19 - Reciclagem de Materiais.

Fonte: Adaptado de Eco-Systems, 2007.

Para atender às diretrizes mencionadas anteriormente, existem leis

específicas aplicadas para dois níveis da cadeia produtiva:

a) Fabricação e Produção Industrial

• Utilização de material ecológico e reciclável; e

• Tratamento de resíduos de fabricação, materiais e líquidos que envolvem

o processo de fabricação.

b) Produção, Comercialização e Política de Incentivo ao Consumo e

Renovação de Produtos

• Classificação de produtos em função de seu impacto ambiental;

• Reciclagem de materiais; e

• Central Inteligente de Reciclagem.

O REACH - Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of

Chemical Substances, ou Registro, Avaliação, Autorização e Restrição de

Substâncias Químicas é uma regulamentação européia aplicável a ao uso seguro de

produtos químicos que entrou em vigor em 1º de Junho de 2007.

Equipamentos e

Componentess

Usuários

Pontos de

Entrega

Processo de

Reciclagem

PROCESSO DE RECICLAGEM DE MATERIAIS

Page 295: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

273

O objetivo do REACH é aumentar a proteção à saúde humana e ao meio

ambiente através da melhor e precoce identificação das propriedades intrínsecas

das substâncias químicas. Os benefícios do sistema REACH se evidenciarão

gradativamente, tanto quanto mais substâncias forem incluídas no REACH. O

REACH foi desenvolvido em um ambiente transparente e de consenso, com

extensivos diálogos promovidos pela Comissão Européia antes e após a proposta

ser apresentada.

Esta regulação transfere grande responsabilidade à indústria no manejo do

risco e no provimento de informações de segurança das substâncias químicas.

Fabricantes e importadores precisam reunir as informações das propriedades de

suas substâncias químicas, as quais permitirão o manejo seguro, e registrar a

informação em um banco de dados central mantido pela Agência Européia de

Produtos Químicos (ECHA), em Helsinki, Finlândia. Esta Agência atua como ponto

focal no sistema REACH: gerenciar os bancos de dados necessários para operar o

sistema, coordenar detalhadamente a avaliação de substâncias suspeitas e prover

um banco de dados público sobre informação de risco aos consumidores e aos

profissionais.

Esta regulação também promove a substituição progressiva da maioria das

substâncias perigosas quando alternativas viáveis são identificadas.

4.8.2.1.8. Impacto Ambiental e Saúde do Trabalhador

Para Cerqueira (2009) toda organização produtora de bens ou serviços têm

como principal missão atender à satisfação de seus clientes intencionais ou

pretendidos, onde seus processos visam gerar produtos destinados aos clientes,

conforme os requisitos identificados.

O conceito de produto e cliente pode ser estendido no sentido de englobar

tudo aquilo que seja gerado nos processos ou atividades de uma organização.

Assim, produto é qualquer resultado ou saída de uma atividade, dando ensejo à

observação de que toda atividade gera produtos intencionais, mas também gera

outros resultados não pretendidos que acabam impactando outras partes.

Estas outras partes impactadas por produtos não pretendidos podem,

portanto, ser considerados como clientes, pois acabam recebendo algo que provém

Page 296: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

274

do processo, apesar de não o desejarem (Maroti, 2002). Este é o caso dos rejeitos e

resíduos que são eliminados nos processos produtivos e que impactam o meio

ambiente e, como consequencia, causam problemas nas comunidades internas e

externas à organização, o mesmo ocorrendo, no caso de problemas relacionados à

segurança, que podem afetar a saúde dos trabalhadores envolvidos com as

atividades da organização (Maroti, 2002). A Figura 20 ilustra os tipos de produtos

gerados num processo produtivo.

Figura 20 - Impacto Ambiental e saúde do trabalhador.

Fonte: Cerqueira, 2009.

O balanço entre as fontes de energia disponibilizadas, utilizadas e entregues

durante um processo produtivo, normalmente apresenta um baixo rendimento, ou

seja a energia entregue com o produto para o cliente é sempre muito menor da

disponibilizada durante o processo. Isto significa que grande parte da energia

aplicada no processo se perde nas mais diversas formas, gerando impactos ao meio

ambiente. Consequentemente, todo produto não pretendido gerado implica em

perda de energia e, corresponde a um desperdício, a uma falha ou a um resultado

indesejável.

Assim, nos processos produtivos podem ocorrer falhas que comprometem seu

balanço de energia e, portanto, sua eficiência e eficácia. Dentre os possíveis tipos

Page 297: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

275

de falhas que podem ocorrer durante um processo produtivo pode-se identificar o

atendimento do pedido dos clientes, na concepção e no desenvolvimento do

produto, na aquisição dos insumos, na produção, no monitoramento, no manuseio,

na embalagem, no armazenamento, na entrega, durante o uso do produto pelo

cliente e no pós-uso, isto é, em todo o ciclo de vida do produto (Cerqueira, 2009).

Cerqueira (2009) agrupa os modos de falha que ocorrem nos processos

produtivos nas seguintes categorias:

Falhas que comprometem a qualidade de um serviço ou produto, isto é, o

atendimento aos requisitos: do cliente e relativos ao produto;

Falhas que podem causar impactos ao meio ambiente ou que não

atendem aos requisitos legais e outros requisitos das partes interessadas;

e

Falhas de segurança que podem comprometer a saúde das pessoas

envolvidas direta ou indiretamente no processo.

Ao mesmo tempo, Cerqueira (2009) define as seguintes premissas:

Cliente é todo aquele impactado por um produto ou por um processo;

Todo cliente tem o direito de ver atendido os seus requisitos;

Toda organização fornecedora de produtos e serviços tem deveres para

com os requisitos declarados e não declarados dos clientes;

Todos os produtos pretendidos ou não pretendidos saem dos processos

produtivos da organização fornecedora, impactando clientes intencionais e

não intencionais; e

Existem requisitos normativos, legais e regulamentares, relativos aos

produtos e aos processos, que devem ser atendidos pela organização que

produz.

Para atender estas premissas, torna-se necessário a gestão sobre os modos

prováveis de falha que incidem nos processos e nos produtos, assegurando assim, a

prevenção, o atendimento aos requisitos dos clientes intencionais, dos clientes não

intencionais e das demais partes interessadas. A gestão deve atuar sobre as não-

conformidades, com requisitos ou padrões estabelecidos, que têm potencialidade

para originar falhas que possam comprometer adversamente a qualidade ou o meio

ambiente ou a segurança e a saúde ocupacional (Cerqueira, 2009).

Page 298: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

276

A análise do risco envolvido com a não-conformidade potencial é essencial

para a determinação do nível de controle requerido. Devendo considerar o efeito da

falha ou a probabilidade dela acontecer (Figura 21).

Figura 21 - Gestão Ambiental.

Fonte: Cerqueira, 2009.

Cerqueira, 2009, apresenta uma regra, denominada dos 10 para 1, que

evidencia a necessidade da gestão atuar sobre as não conformidades potenciais, ou

seja estabelece que o foco da gestão deve ser o de evitar a incidência das não

conformidades com os requisitos e padrões estabelecidos. Assim, o sistema de

gestão deve contemplar padrões preventivos relacionados a efeitos potenciais

indesejáveis, identificados, analisados e priorizados (Figura 22).

Figura 22 - Regras Ambientais.

Fonte: Cerqueira, 2009.

Page 299: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

277

4.8.2.1.9. Recomendações do setor industrial brasileiro para desenvolvimento sustentável

No sentido de contribuir com o processo de discussão das diretrizes para

promoção do desenvolvimento sustentável a Confederação Nacional da Indústria –

CNI elaborou um documento baseado nos temas abordados na Agenda 21 e reunião

da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 10), realizada em

Joanesburgo em 2002, apresentando o posicionamento empresarial industrial

brasileira nesse tema, e estabelecendo um conjunto de princípios e recomendações

que demonstram como o setor vem conciliando o crescimento econômico com o

equilíbrio ecológico (CNI, 2009).

Assim, os princípios gerais que norteiam a atuação do setor industrial

brasileiro e permeiam o conjunto de princípios e recomendações para a Cúpula

Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio + 10 (CNI, 2009), são os

seguintes:

1) Promover a competitividade da indústria, respeitando conceitos de

desenvolvimento sustentável e racionalização na utilização de energia e

recursos naturais;

2) Assegurar a participação pró-ativa do setor industrial, em conjunto com o

governo e organizações não governamentais no sentido de desenvolver e

aperfeiçoar leis, regulamentos e padrões ambientais, nas negociações

nacionais e internacionais;

3) Fomentar a capacitação técnica, incentivando a pesquisa e

desenvolvimento de novas tecnologias, com o objetivo de reduzir ou

eliminar impactos adversos ao meio ambiente e à saúde; e

4) Promover a divulgação e conhecimento da Agenda 21, estimulando sua

implementação.

4.8.2.1.9.1. Gestão de Recursos Florestais

Princípios:

A atividade florestal deve ser entendida como uma opção geradora de

riquezas e promotora do crescimento econômico;

Page 300: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

278

A exploração dos recursos florestais é uma atividade dinâmica de uso do

solo, devendo ser planejada e manejada respeitando a necessidade de

conservação e restauração das matas naturais, a seleção das espécies,

os corredores da fauna silvestre, a proteção dos rios e mananciais; e

As atividades de manejo florestal devem contribuir para o bem-estar

econômico e social dos trabalhadores florestais e das comunidades locais.

Recomendações:

Incentivar o zoneamento econômico-ecológico;

Fortalecer pequenos e médios produtores florestais bem como suas

formas associadas, aumentando investimentos em programas de

desenvolvimento social e econômico;

Disseminar informações acerca das atividades relacionadas aos recursos

florestais estimulando a certificação e reconhecimento mútuo de produtos

florestais;

Incentivar a implementação de projetos de sequestro de carbono, inclusive

em florestas nativas;

Garantir recursos financeiros compatíveis com a demanda e o perfil da

atividade florestal;

Promover a modernização do parque industrial de base florestal e criar /

difundir alternativas para a reciclagem e reaproveitamento de resíduos

florestais; e

Viabilizar soluções tecnológicas para o fornecimento de matérias-primas e

alimentos que promovam a saúde e a melhoria do nível nutricional e da

qualidade de vida da população.

4.8.2.1.9.2. Gestão de Recursos Hídricos

Princípios:

A água é um bem com valor econômico;

A bacia hidrográfica é a unidade territorial de planejamento, gestão e

implantação da política de recursos hídricos;

A implementação da política de gestão de recursos hídricos deve ser

descentralizada e compartilhada;

Page 301: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

279

Gestão harmônica e integrada do uso múltiplo das águas;

Educação e mobilização social para o uso sustentável dos recursos

hídricos; e

A água é um bem público, cuja gestão deve conciliar o interesse particular

com o interesse geral.

Recomendações:

Estabelecer regras claras e estáveis que atendam ao princípio da

razoabilidade;

Integrar ações dos organismos de recursos hídricos;

Articular gestão dos recursos hídricos com as do uso do solo;

Assegurar a participação equânime dos usuários nos foros de recursos

hídricos;

Estimular a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias visando a

disponibilidade e qualidade da água;

Estabelecer mecanismos que assegurem a disponibilidade e qualidade da

água, de modo a contribuir para competitividade da indústria;

Promover campanhas no sentido de diminuir o desperdício da água; e

Criar a Associação Interamericana de Usuários de Recursos Hídricos

voltada a compartilhar informações, iniciativas e tecnologias, bem como

estabelecer mecanismos de cooperação.

4.8.2.1.9.3. Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social

Princípios:

A Indústria reconhece que a educação, a erradicação da pobreza, a

promoção da saúde e a eliminação da exclusão social são fundamentais; e

É sua responsabilidade atuar de forma integrada e complementar ao

governo e a outros agentes da Sociedade no sentido de viabilizar o

desenvolvimento social e econômico da região, utilizando de forma

competitiva e sustentável seus recursos naturais.

Page 302: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

280

Recomendações:

Promover a cooperação tecnológica e troca de know-how entre empresas,

abrangendo identificação, avaliação, pesquisa e desenvolvimento, gestão,

marketing e aplicação dos princípios da produção mais limpa;

Estimular o desenvolvimento de programas de educação ambiental para

aumentar a consciência e a responsabilidade em todos os níveis, incluindo

a dos gestores empresariais;

Estimular a mudança nos padrões de consumo com vistas à redução de

desperdícios e à geração de resíduos; e

Estabelecer incentivos para a aplicação extensiva pela Indústria dos

princípios do Desenvolvimento Sustentável, desenvolvendo políticas

industriais que levem em conta a inclusão dos socialmente excluídos e

fomentando programas sistêmicos e integrados de educação, cultura,

lazer, saúde e esporte.

4.8.2.1.9.4. Proteção da Atmosfera e Mudanças Climáticas

Princípios:

Inserção da questão climática no contexto do desenvolvimento

sustentável;

Manutenção do princípio de responsabilidades comuns, mas

diferenciadas, entre os diversos estágios de desenvolvimento econômico

dos países; e

Integração do Brasil no mercado de carbono internacional.

Recomendações:

Definir responsabilidades por setor, promovendo o entendimento dos

critérios de sustentabilidade, linha de base e adicionalidade;

Promover a criação de um mercado doméstico de carbono a partir da

participação ampla da sociedade e da abertura às oportunidades do

mercado favorecendo o desenvolvimento de produtos e instrumentos

financeiros;

Promover inventário de projetos potenciais de mitigação do efeito estufa

como parâmetro de evolução de competitividade do país;

Page 303: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

281

Inserir a questão da mudança do clima no contexto do desenvolvimento

econômico sustentável, estabelecendo instrumentos e indicadores, com

base científica, para a definição da sustentabilidade face o aquecimento

global;

Criar mecanismos de disseminação das informações científicas e

tecnológicas sobre a evolução da mudança do clima;

Promover o uso de mecanismos financeiros da própria Convenção para a

obtenção de recursos e tecnologias que permitam avançar no

desenvolvimento tecnológico e no aumento da eficiência energética das

indústrias;

Estimular o desenvolvimento e pesquisa de combustíveis alternativos que

resultem na redução das emissões e garantam a competitividade das

indústrias brasileiras; e

Criar incentivos financeiros, por meio da diminuição de impostos e da

redução de encargos dos financiamentos, destinados a indústrias que

reduzirem a emissão de gases e que contribuírem para reduzir o

aquecimento global.

4.8.2.1.9.5. Diversidade Biológica e Gestão da Biotecnologia

A automação quando utilizada na indústria farmacêutica, alimentícia e

agropecuária, exige recomendações para o desenvolvimento sustentável que

atendam princípios e recomendações concernentes a biodiversidade e

Biotecnologia.

Princípios:

A biodiversidade possui valor econômico;

Conservação e utilização sustentável dos componentes da biodiversidade;

A gestão da biodiversidade deve ser compartilhada com os diversos atores

da sociedade;

A gestão da biotecnologia deve considerar aspectos éticos e de segurança

à saúde e ao meio ambiente; e

A biodiversidade é um patrimônio nacional que deve ser preservado e

gerido com soberania.

Page 304: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

282

Recomendações:

Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento biotecnológico com ênfase nas

áreas de alimentação, medicamentos, cosméticos, biomateriais e proteção

ambiental, que leve à obtenção de direitos de propriedade industrial;

Criar mecanismos para facilitar o acesso à tecnologia nos termos da

Convenção de Diversidade Biológica;

Promover programas de conscientização e educação visando a

conservação e uso sustentável da biodiversidade;

Estabelecer regras claras e estáveis para o acesso à diversidade biológica

e repartição dos benefícios, observando os interesses nacionais;

Estabelecer incentivos fiscais e estimular a criação de fundos destinados a

projetos de utilização sustentável da biodiversidade e de biotecnologia; e

Disseminar informações científicas sobre questões ligadas a biotecnologia.

4.8.2.1.9.6. Produtos Tóxicos e Resíduos Perigosos

Princípios:

A gestão segura de produtos químicos é fundamental para

desenvolvimento sustentável da sociedade e para a proteção da saúde

humana e do meio ambiente;

A gestão segura de substâncias químicas e a destinação final de resíduos

perigosos devem estar baseadas na cooperação e na constituição de

parcerias entre o poder público o setor produtivo e a sociedade civil de

forma a que sejam desenvolvidas políticas e infraestruturas adequadas

nos países da região; e

As Informações sobre as características toxicológicas dos produtos

químicos e de resíduos perigosos devem ser fornecidas a sociedade, para

que possam ser tomadas decisões sobre os produtos, com base nas

avaliações de risco sobre as substâncias em questão. A avaliação de risco

deve considerar preponderantemente os efeitos à saúde e ao meio

ambiente.

Page 305: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

283

Recomendações:

Trabalhar em consonância com as Prioridades de Ação resultantes da III

Sessão do Fórum Intergovernamental de Segurança Química, com ênfase

em:

Expandir e acelerar a avaliação internacional dos riscos químicos, de

acordo com metodologias harmonizadas;

Aplicar, assim que possível, o Sistema de Classificação Global

Harmonizado (GHS) em todos os países;

Encorajar os países a ratificarem a Convenção de Roterdã sobre o

Consentimento Previamente Informado (PIC);

Utilizar Fichas de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ (MSDS)

como instrumentos de divulgação das características de substâncias

químicas em uso, quer sejam produzidas no país ou importadas;

Estabelecer programas nacionais de redução de riscos químicos, com

destaque para estratégias de controle de pestes e doenças

transmissíveis; identificação, neutralização e disposição segura de

estoques de pesticidas e outros produtos químicos obsoletos; e

Adoção de sistemas nacionais para a prevenção e resposta a grandes

acidentes de processo em instalações industriais; ratificação da

Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes –

POPs;

Estabelecimento de Centros Toxicológicos; e de Registros de

Emissões e Transferência de Poluentes adequados à realidade dos

países ou regiões;

Desenvolver perfis nacionais onde sejam incluídas as principais

informações relativas à segurança química que sirvam de referência

para a preparação de planos de ação nacionais ou regionais;

Desenvolver a capacitação dos envolvidos com assuntos de segurança

química de maneira prioritária, e

Estabelecer estratégias para a prevenção, detenção e controle do

tráfico ilegal de substâncias químicas.

Participar dos esforços internacionais destinados a controlar a

movimentação transfronteiriça de resíduos perigosos cobertos pela

Page 306: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

284

Convenção da Basiléia e trabalhar nacionalmente para a regulamentação

e aplicação de seus instrumentos.

4.8.2.1.9.7. Comércio e Meio Ambiente

Princípios:

A busca do desenvolvimento econômico deve ocorrer em bases

sustentáveis e considerar as vocações e potencialidades regionais;

A cooperação entre os países da Região deve estimular a transferência de

tecnologia e a capacitação de recursos humanos;

A implementação da regulamentação ambiental não deve resultar em

barreira comercial; e

Deve ser priorizado o uso de normas voluntárias sobre a adoção de

regulamentos técnicos.

Recomendações:

Evitar a utilização protecionista de regulamentação e de normas

ambientais e, em especial, não incentivando padrões e normas baseadas

em métodos e processos produtivos, que tendem a funcionar como

barreiras não tarifárias ao comércio internacional;

Estabelecer um processo gradual de convergência das legislações,

regulamentos e normas técnicas utilizadas pelos países da região, sempre

contemplando as necessidades e condições locais e sub-regionais. A

adequação dos instrumentos de política ambiental deverá atender ao

requisito de não constituir entrave ao comércio entre os países da região;

Aplicar e difundir os resultados obtidos por experiências regionais ou sub-

regionais para facilitar o processo de integração entre blocos econômicos.

Considerar os acordos já realizados (MCCA, PA, CARICOM, ALADI,

MERCOSUL, NAFTA, bem como o Tratado de Cooperação Amazônica),

em seus objetivos e experiências;

Promover a difusão e o crescente atendimento dos acordos e protocolos

ambientais internacionais (Agenda 21, Convenção do Clima, Protocolo de

Montreal, Protocolo de Kyoto, etc.);

Page 307: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

285

Incentivar e dar credibilidade aos mecanismos voluntários de certificação,

negociados internacionalmente;

Proporcionar condições necessárias para que o setor privado possa

prover-se adequadamente de experiências, tecnologias,

Conhecimentos e serviços, de maneira a solucionar seus problemas

ambientais;

Estabelecer mecanismos de incentivos e financiamentos, em prazos e

demais condições adequadas, de forma a propiciar amplo acesso das

empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, aos recursos

necessários para a internalização dos custos ambientais resultantes da

utilização de sistemas de gestão e tecnologias e/de produção mais limpas;

Criar e manter atualizados inventários com todos os acordos sobre

medidas sanitárias e fitossanitárias; certificações e regulamentações

técnicas; e

Desenvolver e implementar infraestrutura técnica e jurídica que possibilite

a aplicação das legislações decorrentes dos acordos internacionais para

possibilitar as soluções de controvérsias.

4.8.2.1.9.5. Energia e Transporte

Princípios:

Energia:

A expansão da oferta de energia é condição essencial ao

desenvolvimento;

O desenvolvimento sustentável tem como fundamento matrizes

energéticas diversificadas, com aproveitamento dos recursos regionais; e

O uso de fontes renováveis de energia, a conservação e a eficiência

energética – na geração, distribuição e consumo – são fatores

indispensáveis ao desenvolvimento sustentável.

Transporte:

O sistema de transporte multimodal é importante para a competitividade

empresarial e a melhoria da qualidade de vida da população; e

Page 308: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

286

A utilização de combustíveis com menor potencial poluidor e a eficiência

do sistema de transporte coletivo urbano são fundamentais para o

aumento da eficácia dos meios e métodos de gestão do trânsito e

circulação viária, com vistas à redução da emissão de poluentes.

Recomendações:

Remover as barreiras regulatórias que impedem o efetivo desenvolvimento

do transporte multimodal, geração de energia distribuída e aproveitamento

de fontes renováveis;

Harmonizar as políticas regulatórias de transporte, visando a integração

regional;

Incrementar mecanismos de estímulo ao desenvolvimento do transporte

ferroviário e hidroviário, de forma sustentável;

Promover ampla política de conservação de energia, em todos os níveis,

incentivando, também, a capacitação em eficiência energética nas

universidades e centros de P, D & I;

Incentivar a implantação de programas tecnológicos para conservação de

energia e de fontes alternativas via cooperação técnica dos setores

público / privado;

Estimular a exploração do potencial em pequenas centrais hidrelétricas,

sistemas de co-geração, com aproveitamento dos potenciais energéticos

de cada região;

Estimular programas voluntários para redução das emissões de CO2;

Eliminar as reservas de cargas dos armadores de transporte de

cabotagem de modo a reduzir o transporte rodoviário por longas

distâncias; e

Estimular a conformação de redes multimodais, que articulem a melhor

utilização das vias terrestres, fluviais, marítimas e aéreas, bem como

facilitem o trânsito fronteiriço de pessoas, veículos e cargas, além de

contribuírem para a dinamização do comércio e dos investimentos no

conjunto da região.

Page 309: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

287

4.8.2.1.10. Projeto CETESB

A CETESB, órgão responsável pela qualidade ambiental e detentora de

conhecimento técnico na área de tratamento de resíduos, desenvolveu através de

seu Departamento de Tecnologia da Informação, um projeto inovador TI-Verde para

apontar metas ambientais para destinação adequada do lixo eletrônico, cabendo

ainda à CETESB o papel de agente credenciador das empresas de reciclagem, por

meio de concessão de Licenças de Instalação e de Operação, além do

acompanhamento dos índices de reciclagem e dos balanços de quantidades de lixo.

Um índice de reciclagem deve refletir valores referentes à quantidade de

material reciclado, como também o risco associado aos elementos (chumbo, cobre,

alumínio e outros) contidos nesses equipamentos. Através da implementação de um

projeto piloto que permitirá estabelecer metodologias de gerenciamento de resíduos

de TIC, gerados pelos órgãos do Governo do Estado de São Paulo, viabilizando a

participação pela primeira vez de um país sul-americano no Programa das Nações

Unidas - StEP - Solving the e-Waste Problem.

Segundo Marketing (2009), este projeto recebeu o primeiro prêmio na

categoria "Excelência em Inovação na Gestão Pública 2008" no 11º CONIP

(Congresso de Inovação da Gestão Pública). Este projeto tem como meta evitar a

contaminação ambiental e proteger a saúde pública dos efeitos nocivos causados

pela disponibilização incorreta do lixo eletrônico (computadores, celulares, aparelhos

de televisão e outros), como também agrega duas componentes:

Social: baseada no estímulo à inclusão digital, prevendo inciativas para

doação de equipamentos com potencial de uso educacional, para

comunidades carentes, aumentando assim, a vida útil dos aparelhos que

normalmente são disponibilizados; e

Econômica: proporcionar a geração de empregos, com a abertura de

indústrias e centros de reciclagem.

Finalmente, a CETESB cogita estabelecer programas de parcerias com ECT

(Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), supermercado e grandes

estabelecimentos comerciais junto às empresas de reciclagem para o recolhimento

de computadores e aparelhos de telefonia celular descartáveis pela população em

Page 310: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

288

geral. Essa parceria possibilitará que a população disponibilize equipamentos

considerados obsoletos nesses estabelecimentos, garantindo e centralizando a

coleta seletiva, para o envio às empresas recicladoras, parceiras do projeto TI-Verde

(Marketing, 2009).

4.8.2.1.11. Cooperativa Nacional

A integração e cooperação entre áreas é o primeiro passo mais significativo

no recolhimento e criação de Centrais Inteligentes de Reciclagem em pontos

estratégicos pelo país, seja de empresas de produção, ou de empresas de serviços

ou de distribuição. Não importa o tamanho da corporação, pequena, média ou

grande, deverá se integrar e planificar um objetivo comum, que é a formação da

Cooperativa Nacional de reutilização de materiais diversos pós-processo produtivo.

A formação e criação de uma Cooperativa Nacional de reutilização de

materiais diversos pós-processo produtivo, terá como objetivo centrar esforços no

recebimento e recolhimento de materiais pós-processo produtivo e recolocando

novamente para utilização das empresas conveniadas, evitando o descarte

impróprio.

Para a criação e execução deverá ser estimulada a cooperação da tríade

empresas x governos x sociedade civil, com o desenvolvimento de um sistema pelo

qual o se determinará que o usuário final paga pela coleta posteriormente à

reciclagem e recolocação de material reciclado de novo no processo produtivo. Isto

acontecerá por meio de um imposto verde agregado ao produto final, cujo valor, a

ser repassado à Cooperativa, se diferencia conforme o produto.

A Cooperativa Nacional se formará da união de todos, e serão criadas usinas

de reciclagem em vários locais para o recebimento de material pós-produção,

visando a seleção e reutilização de todos os segmentos. Para isso se faz

necessário:

a) Criação do imposto verde que será determinante na formação da

cooperação;

b) Redução de impostos, buscando a execução de programas inovadores de

reutilização e reciclagem nas empresas que visam a sustentabilidade e

Page 311: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

289

proteção do meio ambiente, de forma a fortalecer a cooperação e

reutilização de materiais pós-processo produtivo;

c) Envolvimento dos distribuidores no processo de coleta de bens sucateados

a serem reutilizados;

d) Formação de mão-de-obra especializada na coleta, separação e

reutilização de materiais diversos;

e) Incentivo às empresas para recuperação de matas ciliares, mangues e

outros em sua região de forma ordenada e colaborativa;

f) Criação do cadastro nacional de recolhimento, reutilização e estocagem

com selos de qualidades; e

g) Criação da plaqueta que será utilizada em equipamentos, informando a

vida útil, a forma de recolhimento e se estão utilizando materiais

recicláveis.

4.8.2.1.11.1. Cooperação, Integração e Logística

O processo é simples, onde as indústrias produzem peças e equipamentos,

empresas especializadas distribuem e clientes adquirem tais produtos. O diferencial

é que nesta linha de raciocínio o cliente estará pagando pelo recolhimento do

produto quando da sua não utilização. Por outro lado quando adquirir um produto

novo, o antigo será recolhido e encaminhado à Cooperativa Nacional, que dará a

destinação correta ao produto.

Desta forma, lojas, magazines, assistência técnica, entre outras, serão

incentivadas a integrar a Cooperativa Nacional porque receberá por este trabalho

por meio de bônus e desconto, ofertados pelos fabricantes, e até mesmo redução de

impostos. A empresa terá que estar integrada e trabalhando junto à Cooperativa

Nacional que é um bem de todos.

Todo produto terá sua destinação correta, e o imposto verde cobrirá todo o

processo logístico, tendo o cliente a tranquilidade de que seu equipamento usado ou

sucateado irá para a Cooperativa Nacional.

Page 312: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

290

4.8.2.1.11.2. Consumidor, Fornecedor e Fabricante

A relação entre consumidor, fornecedor e fabricante deve prever a troca de

produto eletroeletrônico usado por um novo, ou receber desconto, para atender a

política de reciclagem. Com isso, o produto usado será retirado do mercado pela

empresa, dentro da política de consumo e reciclagem.

Uma forma de incentivar os lojistas e as redes de assistências técnicas é o

oferecimento de benefícios fiscais pelos governos municipal, estadual e/ou federal.

Essa política irá beneficiar à loja, ao cliente e às indústrias e o meio ambiente,

promovendo inclusão social, por meio da criação de novos empregos.

A logística é um ponto fundamental, pois estará incluída no processo de

venda e recolhimento dos produtos eletroeletrônicos, levando-os para a destinação

correta.

É importante que haja uma forma de recolhimento desses produtos usados

nas empresas envolvidas, principalmente as pequenas empresas prestadoras de

serviço como as assistências técnicas que receberão equipamentos diversos.

Poderá ser por meio de lojas de grande porte que deverão ser compensadas pelo

serviço.

4.8.3. Infraestrutura Física

Estruturas físicas que apóiam a inovação centrada na P, D & I, Produção e

Logística, incluindo redes de informação, transporte, saúde, água e energia.

4.8.4. Considerações

As dimensões comuns deste estudo foram: Talento, Infraestrutura sócio-

politico-institucional, e Infraestrutura Física. Essas ações estão interligadas nas

áreas foco deste estudo, e se for contemplada uma visão de longo prazo das

consequências de um desenvolvimento industrial e o futuro do planeta, um

desenvolvimento industrial sustentável deverá se apoiar em três alicerces: o meio-

ambiente, o aspecto social e o contexto econômico.

Page 313: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

291

4.9. Considerações sobre o Panorama

O segmento da Automação Bancária no Brasil vem mostrando nesses últimos

anos sua importância e o dinamismo, bem como a presença significativa de

fornecedores que desenvolvem localmente a tecnologia de seus produtos e

soluções. Os dados da balança comercial mostram que é em função desse

desenvolvimento local que tais segmentos registram coeficientes significativamente

inferiores de importações quando comparados com o restante da informática, por

exemplo.

Na atual situação cambial do Brasil, a competitividade de um produto em nível

internacional depende, em boa medida, da máxima utilização de componentes

nacionais, do software aos periféricos, passando pelo projeto e pela manufatura dos

equipamentos. Decorre daí a necessidade, também, da existência de uma rede

nacional de fornecedores com preços competitivos.

4.10. Comparação entre diferentes modelos de integração em Automação

Os conceitos de automação e integração são direcionados a aplicações de

grandes áreas do segmento de serviços, dentre elas a Automação Industrial, predial,

comercial e bancária, diferenciando-se entre si em termos de equipamentos do setor

eletroeletrônico, recursos humanos e tecnologias envolvidas, conforme mostra o

Quadro 28.

Page 314: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

292

Quadro 28 - Comparação do Segmento de Serviços em Eletrônica para Automação.

Quadro Comparativo do Segmento de Serviços em Eletrônica para Automação

Automação Industrial Automação Predial Automação Comercial e

Bancária

Projeto

Focos nos Objetivos de produtividade, qualidade, segurança e redução de custo.

Foco nas pessoas e seus hábitos, visando facilitar o dia-a-dia.

Foco nas pessoas e seus hábitos, visando garantia de serviços, segurança e mercado competitivo.

Infraestrutura

Redes Complexas, inteligência descentralizada, harmonia com o ambiente industrial.

Redes relativamente simples, SDCDs e CLPs como cérebro do sistema, sensores e atuadores em grande número.

Redes simples, centralizada, importância nos instrumentos de controle do produto

Uso e Manutenção

O uso deve ser simples e intuitivo. Soluções de problemas mais simples são possíveis para o usuário comum

Requer familiarização com os equipamentos, manutenção feita por técnicos devidamente treinados, sempre presente na indústria.

O uso deve ser simples e intuitivo, confiável e seguro, e centrado em programa computacional de gestão de serviços.

Supervisão e Controle

Deve permitir controle remoto, não havendo necessidade de supervisão constante.

Relatórios e Indicadores frequentes, a fim de medir desempenho do sistema.

Relatórios e Indicadores, com controle de serviços.

Fonte: Rosário, 2004.

Page 315: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

293

5. Considerações Finais

Este estudo de panorama do setor de Eletrônica para Automação apresentou

um diagnóstico do setor, contemplando uma análise detalhada dos fatores que

condicionam sua estrutura industrial, bem como a dinâmica competitiva e inovadora

dos agentes que integram a cadeia produtiva industrial no Brasil e no contexto

mundial. Este panorama permitiu:

Mapear e conhecer a cadeia produtiva do setor de Eletrônica para

Automação, mapeando a realidade nacional, não apenas em termos de

recursos materiais e infraestrutura, como também em seus recursos

humanos e ambientais;

Mapear iniciativas de amplo alcance, que elevem o patamar de capacitação

em algumas áreas-chave para o desenvolvimento econômico sustentável;

Identificar vulnerabilidades importantes da sociedade e da economia e

entendê-las como oportunidade de alavancar o desenvolvimento científico

e tecnológico, social e econômico; e

Identificar a participação deste setor em diversos outros setores da

economia, tais como: Complexo de Defesa; Complexo Automotivo; TICs;

Petróleo, Gás Natural e Petroquímica; Celulose e Papel; Aeronáutico;

Siderúrgico; Têxtil e Confecções; Naval; Mineração; Complexo Industrial da

Saúde; Agroindustrial; Couro e Calçados; Transportes; Alimentício, entre

outros.

A partir dessa análise, este estudo busca sinalizar as perspectivas do setor,

por meio das tendências e questões relevantes, que permitirão em tempo futuro a

formulação e execução de um Plano Estratégico Setorial com vistas ao aumento da

competitividade do setor de Eletrônica para Automação no Brasil.

Isto permitirá o direcionamento de uma política de desenvolvimento de

produtos industriais para o setor de Eletrônica para Automação e geração de

serviços nas áreas de Automação Industrial, Predial, Comercial e Bancária no

horizonte temporal de quinze anos. Ressalta-se que os aspectos ambientais durante

Page 316: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

294

a concepção, o planejamento, a organização e a operação das empresas, evitam a

geração de resíduos sem os devidos cuidados de tratamento e descarte.

Diante do exposto, verifica-se a importância da Indústria de Automação para

modernizar o parque fabril dos diferentes setores industriais do país, considerando a

sua importância como gerador de riqueza, gerador de empregos qualificados,

melhora sensível da competitividade das empresas pela atualização tecnológica e

pelos impactos favoráveis com relação ao meio ambiente, bem como melhoria da

qualidade de vida dos cidadãos. Assim, o setor de Eletrônica para Automação

contribui de maneira sustentável para o desenvolvimento sócio-econômico e

ambiental do Brasil.

Page 317: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

295

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Page 333: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

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Page 334: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

312

APÊNDICE I – Fundamentação da Cadeia Produtiva

I.1. Conceito de Cadeia Produtiva

Para Dantas, Kertsnetzky e Prochnik (2002) apud Silva (2004), as cadeias

produtivas resultam da crescente divisão do trabalho e maior interdependência entre

os agentes econômicos. Por um lado, as cadeias são criadas pelo processo de

desintegração vertical e especialização técnica e social. Por outro lado, as pressões

competitivas por maior integração e coordenação entre as atividades, ao longo das

cadeias, ampliam a articulação entre os agentes. (...) cadeia produtiva é um conjunto

de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados e

transferidos os diversos insumos. Os autores destacam dois tipos principais de

cadeias:

Cadeia produtiva empresarial, onde cada etapa representa uma empresa,

ou um conjunto de poucas empresas que participam de um acordo de

produção. Este tipo de cadeia é útil para a realização de análises

empresariais, estudos de tecnologia e planejamento de políticas locais de

desenvolvimento; e

Cadeia produtiva setorial, onde as etapas são setores econômicos e os

intervalos são mercados entre setores consecutivos.

A Association Française de Normalisation (AFNOR) adota um conceito mais

amplo, considerando a cadeia produtiva como um encadeamento de modificações

da matéria-prima com finalidade econômica, que inclui desde a exploração dessa

matéria-prima, em seu meio ambiente natural, até o seu retorno à natureza,

passando pelos circuitos produtivos, de consumo, de recuperação, tratamento e

eliminação de efluentes e resíduos sólidos.

A cadeia produtiva compreende, portanto, os setores de fornecimento de

serviços e insumos, máquinas e equipamentos, bem como os setores de produção,

processamento, armazenamento, distribuição e comercialização (atacado e varejo),

serviços de apoio (assistência técnica, crédito, entre outros), além de todo aparato

tecnológico e institucional legal, normativo e regulatório, até os consumidores finais

de produtos e subprodutos da cadeia. Assim, envolve o conjunto de agentes

Page 335: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

313

econômicos ligados à produção, distribuição e consumo de determinado bem ou

serviço, e as relações que se estabelecem entre eles.

A cadeia produtiva é concebida como uma série de nós, ligados por vários

tipos de transações, como vendas e transferências intra-firma. Cada nó dentro da

cadeia produtiva de uma mercadoria envolve a aquisição ou a organização de

insumos visando a adição de valor ao produto em questão (MIELKE, 2006).

Segundo Rodrigues (2002), uma cadeia produtiva é uma rede de atividades

de produção, comércio e serviços funcionalmente integrada, cobrindo todos os

estágios de uma cadeia de suprimento, desde a transformação de matérias-primas,

passando pelos estágios intermediários de produção, até a entrega do produto

acabado ao mercado.

Trata-se, portanto, de uma sucessão de operações, ou de estágios técnicos

de produção e de distribuição integradas, realizadas por diversas unidades

interligadas como uma corrente, desde a extração e manuseio da matéria-prima até

a distribuição do produto.

―Na ótica adotada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior - MDIC, no seu programa Fórum de Competitividade, cadeia produtiva é o

conjunto de atividades que se articulam progressivamente desde os insumos básicos

até o produto final, incluindo distribuição e comercialização, constituindo-se em elos

de uma corrente (...). Para o MDIC, entre outras possibilidades, o uso do conceito de

cadeia produtiva permite‖ (MDIC, 2002, p.2 apud SILVA, 2004):

Visualizar a cadeia de modo integral;

Identificar debilidades e potencialidades nos elos;

Motivar articulação solidária dos elos;

Identificar gargalos, elos faltantes e estrangulamentos; e

Identificar os elos dinâmicos, em adição à compreensão dos mercados,

que trazem movimento às transações na cadeia produtiva.

I.2. Cadeia de Valor Genérica

A definição de cadeias de valores exige que as atividades com economias e

tecnologias distintas sejam estudadas isoladamente, sendo que as funções gerais

como fabricação ou marketing, de acordo com esta divisão, devem ser subdivididas

Page 336: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

314

em outras atividades. Por outro lado, a estrutura de mercado também pode ser

considerada como ponto estratégico para a empresa, uma vez que esta inclui

elementos de importância significativa para a análise do ambiente de atuação da

indústria.

Porter (1992) define cadeia de valores como as atividades relevantes de uma

empresa considerando as que representam custos importantes e as que podem

diferenciar as empresas das outras. A cadeia de valor não é uma coleção de

atividades independentes e sim um sistema de atividades interdependentes.

Assim, Porter (1992) afirma que o modo com que cada atividade é executada,

combinado com seu custo, determinará se uma empresa tem custo alto ou baixo em

relação à concorrência. O modo com que cada atividade de valor é executada,

também irá determinar sua contribuição para as necessidades do comprador, e

assim, para a diferenciação. As atividades de valor são, portanto, os blocos de

construção distintos da vantagem competitiva. Uma comparação das cadeias de

valores dos concorrentes expõe as diferenças que determinam a vantagem

competitiva. O valor e não o custo deve ser usado na análise da posição competitiva

de uma empresa.

Para Porter (1992) toda empresa é uma reunião de atividades que são

executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu produto e

podem ser representadas utilizando-se uma cadeia de valor. Assim, ele apresenta a

forma genérica de organização de uma cadeia de valor (Figura 23). Considerando

esse modelo de competitividade, o estudo da cadeia produtiva permite identificar os

agentes e suas relações a fim de proporcionar vantagem competitiva para o setor

em estudo. A estratégia competitiva deve responder ao meio ambiente do

setor/empresa de maneira que possa ser modelado considerando suas

peculiaridades.

É importante ressaltar que apesar de nem toda empresa do setor possuir

todas as atividades citadas no modelo de Porter (1992), porque algumas atividades

podem ser realizadas por outras empresas em parceria ou terceirizadas, ele

apresenta os requisitos necessários de organização da cadeia de valor do setor de

Eletrônica para Automação. Ressalta-se, também, que uma cadeia de valor excede

Page 337: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

315

as fronteiras da empresa a montante (fornecedores, fornecedores dos fornecedores,

e assim por diante) e a jusante (clientes, clientes dos clientes, e assim por diante).

Figura 23 – Forma de organização da cadeia de valor.

Fonte: Porter, 1992.

Com esse modelo, Porter (1992) estabelece uma divisão de áreas que

compõe as atividades de valor em atividades primárias e de apoio (suporte) que

formam a cadeia de valor, sendo que estas também podem ser contratadas pela

empresa. Todas as atividades contribuem para o valor percebido pelo cliente, sendo

divididas em:

Primárias: são as envolvidas com a transformação direta dos produtos

físicos, vendas e sua assistência técnica. Cada categoria pode ser divida

em uma série de atividades distintas, que dependem da indústria

particular e da empresa:

- Logística interna: Atividades relacionadas com o recebimento,

estocagem e distribuição de insumos e produtos;

- Operações: Atividades relacionadas ao processo produtivo em si, de

transformação dos insumos em bens;

- Logística Externa: Atividades relacionadas com a coleta, estocagem e

distribuição dos bens finais aos compradores;

Page 338: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

316

- Marketing e Vendas: Atividades relacionadas com provisão de um

mercado para os bens produzidos; e

- Serviços Pós-Venda: Atividades relacionadas com o atendimento ao

cliente, depois da aquisição do produto.

Apoio (suporte): são as que só atuam sobre os produtos de maneira

indireta, pois apenas afetam as atividades primárias, na tentativa de

torná-las mais produtivas.

- Infraestrutura da empresa: Atividades de administração, planejamento,

finanças, questões legais, etc.;

- Desenvolvimento de tecnologia: Atividades, de qualquer âmbito, que

estejam relacionadas com o desenvolvimento de novas tecnologias;

- Gerência de recursos humanos: Atividades relacionadas com

contratação, treinamento e desenvolvimento de mão-de-obra; e

- Aquisição: Atividades relacionadas a compra de insumos necessários

no processo produtivo.

Com relação à margem (lucratividade), esta será atingida conforme a

gerência da cadeia de valor.

Cadeia de valor ou fluxo de valor designa a série de atividades relacionadas e

desenvolvidas pela empresa para satisfazer as necessidades dos clientes, desde as

relações com os fornecedores e ciclos de produção e venda até a fase da

distribuição para o consumidor final. Cada elo dessa cadeia de atividades está ligado

ao seguinte. Segundo Porter (1992), existem dois tipos possíveis de vantagem

competitiva (liderança de custos ou diferenciação) em cada etapa da cadeia de

valor.

Desse modelo de Porter (1992), destaca-se que toda atividade, seja ela

primária ou de apoio (suporte), suporta todas as outras atividades e emprega

insumos comprados, recursos humanos e alguma combinação de tecnologias,

dependendo, também, da infraestrutura proporcionada pela empresa, o que envolve,

por exemplo, administração geral e finanças.

Page 339: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

317

Porter (1992) diz que os direcionadores são os determinantes estruturais do

custo de uma atividade e as razões subjacentes pelas quais uma atividade é

singular: economias de escala; padrão de utilização da capacidade; elos; inter-

relações; aprendizagem; oportunidade; localização; fatores institucionais; integração;

políticas de compras; políticas discricionárias.

As políticas discricionárias são segundo Porter (1992): características,

desempenho e configuração do produto; mix e variedade de produtos oferecidos;

nível de serviço oferecido; índice de gastos com atividades; de marketing e

desenvolvimento de tecnologia; tempo de entrega; compradores atendidos

(pequenos e grandes); canais empregados (grande varejo e pequeno comércio);

tecnologia de processo; especificidades de matérias-primas e insumos; políticas de

recursos humanos; e gestão da produção.

O setor de Eletrônica para Automação possui uma cadeia de valor que é a

interpretação de sua cadeia produtiva sob a ótica da produção industrial, das

atividades econômicas e de sua participação na produção nacional. A Figura 24

apresenta o modelo holístico de cadeia de valor em negócio na visão de Evans e

Berman (2001) apud Begnis (2007).

Figura 24 – Modelo holístico de cadeia de valor em negócios.

Fonte: Evans e Berman, 2001, p. 138 apud Begnis, 2007.

Page 340: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

318

I.3. Sistema de Valor

Sistema de Valor para Porter (1992) é o conjunto das cadeias de valores de

toda a indústria: estratos formados pelos fornecedores, pelos canais e pelos

consumidores O sistema de valor ocorre quando a cadeia de valores de uma

empresa/setor encaixa-se em uma corrente maior de atividades, as ligações não só

conectam as atividades dentro da empresa, como também criam interdependências

entre uma empresa e os seus fornecedores e canais. O serviço ou produto de uma

empresa/setor faz parte da cadeia de valor do consumidor.

Pode-se entender que ―a lógica da cadeia de valor pode ser extrapolada em

relação aos limites das firmas individuais, de tal modo que é inerente à própria lógica

de cadeia a existência de elos que representam pontes ligando as atividades de uma

empresa à outra. Desta forma, a cadeia de valor de uma empresa se ajusta em uma

corrente maior de atividades, a qual Porter (1992) chamou de Sistema de Valores‖

(BEGNIS, 2007). A Figura 25 apresenta o sistema de valores.

Ainda segundo Begnis (2007) o produto de uma firma representa o insumo

adquirido para a cadeia de valor da firma que o adquiriu. Este tipo de ligação entre

as cadeias de valor dos fornecedores e dos compradores (canal) e a cadeia de valor

de uma dada empresa, Porter (1992) chama de ―elos verticais‖. Tais elos, também,

proporcionam oportunidades para a firma obter vantagens competitivas, uma vez

que a forma como os fornecedores ou as empreses do canal executam as suas

atividades afeta o custo ou o desempenho das atividades da firma e vice-versa.

Logicamente a distribuição dos benefícios originados da otimização ou coordenação

de elos comuns às cadeias de valores de uma díade de empresas será uma função

do poder de barganha de cada firma, refletindo-se, portanto, em suas margens.

Page 341: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

319

Figura 25 – Sistema de valores.

Fonte: Porter, 1992 apud Begnis, 2007.

A análise da cadeia de valor serve para fortalecer a posição estratégica do

setor. Para Rocha (1999) apud Rocha e Borinelli (2007), a utilidade da análise da

cadeia de valor existe para ajudar a fornecer subsídios para o processo de

formulação de estratégias e tem por objetivos:

a) detectar oportunidades e ameaças;

b) identificar estágios fortes e fracos;

c) detectar oportunidades de diferenciação;

d) identificar os principais determinantes de custos;

e) localizar oportunidades de redução de custos; e

f) comparar com a cadeia de valor dos concorrentes, etc.

Rocha e Borinelli (2007) resumem dizendo que se pode afirmar que a análise

de cadeias de valor serve para subsidiar o processo de gerenciamento estratégico,

pois permite compreender e agir sobre a estrutura patrimonial, econômica, financeira

e operacional das suas principais atividades, processos e entidades. O objetivo

maior é conquistar e manter vantagem competitiva. E ainda comentam que Porter

(1992) apresenta uma série de etapas a serem seguidas na análise estratégica de

Page 342: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

320

custos de uma Cadeia de Valor; Shank & Govindarajan (1993, p.58) resumem essa

análise em quatro pontos específicos, tratados como um método para a análise da

cadeia:

a) elos com fornecedores (interação para beneficiar toda a cadeia de

suprimento);

b) elos com clientes (explorar e melhorar as relações com os canais de

distribuição);

c) elos das atividades internas (otimizar os processos e as atividades

internas); e

d) elos das unidades de negócio da empresa (otimizar as unidades de

negócio).

Com relação aos dados a serem coletados, Rocha (1999, p.103-111) apud

Rocha e Borinelli (2007), propõe que, para as principais variáveis de um segmento

relevante da cadeia, sejam identificados:

a) a missão, as principais características do modelo de gestão e o

posicionamento estratégico;

b) a amplitude da linha de produtos, as dimensões das instalações e a

capacidade ociosa; e

c) a estrutura de custos, gastos com pesquisas, programas de qualidade e de

preservação ambiental, etc.

Ademais, deve-se analisar as principais peças contábeis das entidades, para

compreender a sua situação econômico-financeira-patrimonial, e apurar os seguintes

índices:

a) a montante: a proporção das compras da empresa em relação às vendas

dos fornecedores e o custo de seu material em relação ao custo do produto acabado

da empresa; e

b) a jusante: a proporção das vendas da empresa em relação às compras dos

clientes e o custo do material ou serviço fornecido em relação ao custo do produto

acabado do cliente, etc.

Page 343: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

321

I.4. Criação e transferência de valor através de relacionamentos inter-firmas

―Walters e Lancaster (2000) apontam inicialmente três aspectos do valor: (a) o

valor é determinado pela utilidade resultante da combinação dos benefícios

transferidos ao consumidor menos o custo total de aquisição dos benefícios

recebidos; (b) valor relativo é a satisfação percebida em relação às alternativas

oferecidas; (c) proposição de valor é uma manifestação de como o valor está sendo

transferido para os consumidores‖ BEGNIS (2007).

―Partindo deste entendimento, Walters e Lancaster (2000) concluem que o

valor de qualquer produto ou serviço é o resultado da habilidade de satisfazer as

prioridades dos consumidores. Estas prioridades são simplesmente as coisas que

realmente importam para os consumidores e que pelas quais pagam um prêmio para

quem lhes proporcionem estas coisas‖ BEGNIS (2007).

―Disto resulta que as oportunidades de valor são distinguidas pelo

entendimento das prioridades dos consumidores, convertendo-se em produção,

comunicação e transferência deste valor identificado. Assim, Walters e Lancaster

(2000, p. 161) definem estratégia como ―a arte de criar valor‖ e a estratégia de valor

como ―a arte de posicionar a empresa no lugar certo sobre a cadeia de valor‖. Para

ele, a estratégia é um sistema de criação de valor em si mesma, no qual os

membros de uma organização trabalham juntos para criar valor. Cadeia de valor,

nesta perspectiva, é um sistema de negócios que cria satisfação (i.e. valor) para o

usuário final e ainda atinge os objetivos dos demais interessados na empresa

(stakeholders)‖ BEGNIS (2007). A Figura 26 apresenta o processo da cadeia de

valor.

Page 344: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

322

Figura 26 – O Processo da Cadeia de Valor.

Fonte: Walters e Lancaster, 2000 apud Begnis, 2007.

Walters e Lancaster (2000) afirmam, ―que a expansão da cadeia de valor

dificilmente ocorre sem a expansão dos ativos e competências centrais de uma

organização‖. Consequentemente, isto significa que através da gestão dos

relacionamentos e de informação, as atividades podem se tornar mais eficazes em

decorrência da identificação de restrições da cadeia de valor e das atividades

necessárias para que se assegure uma vantagem competitiva. Walters e Lancaster

(2000) concordam com outros autores no sentido de que ―as expectativas atuais dos

consumidores podem se modificar, o que requer uma contínua revisão da criação de

valor‖ BEGNIS (2007).

―Então, os resultados presentes e futuros da cadeia de valor podem

necessitar a adição de atividades somente disponíveis fora da cadeia de valor. Isto

implica na alternativa de junção de duas ou mais firmas para combinar estágios e

alcançar os recursos e capacidades necessárias à nova realidade da criação de

valor‖ BEGNIS (2007).

Page 345: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

323

APÊNDICE II - Principais Normas Técnicas - Eletrônica para

Automação

Quadro 29: Principais Normas Técnicas so setor de Eletrônica para Automação.

Nome Instituição Segmento Aplicação (Resumo)

C37.60 (2003)

IEEE Automação para o

Setor Elétrico

Equipamentos de Chaveamento para Redes de Distribuição de Energia Elétrica. Refere-se a testes elétricos e mecânicos e ao grau de suportabilidade dos equipamentos testados a várias condições limite de utilização

62271

IEC Automação para o

Setor Elétrico

Testes Mecânicos, Elétricos e outros padrões, para Equipamentos de chaveamento e controle de alta tensão

60068-2-30

IEC

Equipamentos Eletro/Eletrônicos

em Geral

Equipamentos Eletro/Eletrônicos. Refere-se a testes elétricos e mecânicos e ao grau de suportabilidade dos equipamentos testados a várias condições limite de utilização

60255

IEC

Automação para o Setor Elétrico

Testes Mecânicos, Elétricos e outros padrões, incluindo formatos de arquivos para Equipamentos de medição e relés de proteção

61000

IEC

Equipamentos Eletro/Eletrônicos

em Geral

Testes de Compatibilidade Eletromagnética em Equipamentos Eletro-Eletrônicos

60870 IEC Automação para o

Setor Elétrico

Testes Mecânicos, Elétricos e outros padrões, incluindo formatos de arquivos e protocolos para Equipamentos e Sistemas de Tele controle

C37.1 ANSI IEEE

Sistemas de Automação

Especificação e Análise de Sistemas usados em aplicações SCADA

CISPR 22 IEC Equipamentos de TI

em geral Limitações e Métodos de Medida: Características de Rádio Interferência

60079-0 a 60079-27

IEC ABNT-NBR

Produtos Ex

Normas para produtos de automação, quando utilizados em atmosferas potencialmente explosivas de indústrias: químicas, petroquímicas, farmacêuticas e similares. Observação: Segmento regulamentado com certificação compulsória de produtos coordenado pelo do INMETRO, Portaria 83 de 3-4-2006, que atualmente encontra-se em fase de revisão do regulamento

947-5-2 IEC Componentes

Eletro/Eletrônicos em Geral

Sensores de Proximidade (Low Voltage Switcher and Controller)

61000-xx series

IEC

Equipamentos Eletro/Eletrônicos

em Geral

Compatibilidade Eletromagnética (Eletromagnetic Compatibility)

Page 346: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

324

Nome Instituição Segmento Aplicação (Resumo)

61131-3 IEC

Equipamentos Eletro/Eletrônicos

em Geral

Norma para programação de controladores que uniformiza a forma como os sistemas de controle são interpretados, através da padronização da programação. São definidas as linguagens de Sequenciamento Gráfico de Funções (SFC), usada para a estruturação de programas, e outras quatro linguagens interoperáveis entre si: Lista de Instruções (IL), Diagrama Ladder (LD), Diagrama de Blocos Funcionais (DFB) e Texto Estruturado (ST). Através da modularização e declaração de variáveis, os programas podem ser devidamente estruturados, aumentando a utilização, reduzindo erros e melhorando a eficiência. Além disso, a norma define a forma de configuração dos sistemas de controle. A adoção da norma proporciona benefícios para os usuários finais, programadores, fornecedores de ferramentas de software, integradores de sistemas, fornecedores de máquinas, fornecedores de sistemas SCADA e SDCD, equipes de comissionamento, manutenção e treinamento em sistemas de controle. A grande maioria dos produtos existentes no mercado de automação já faz uso desta norma.

61499 IEC Equipamentos

Eletro/Eletrônicos em Geral

Norma para controle distribuído e automação, fornecendo blocos de base e funções para implementação de algoritmos de controle de eventos

60079-0 ABNT NBR IEC Equipamentos

Elétricos Atmosferas explosivas – Parte 0: Requisitos Gerais

60079-10 ABNT NBR IEC Equipamentos

Elétricos Parte 10: Classificação de áreas – Atmosferas explosivas de gás

60079-14 ABNT NBR IEC Equipamentos

Elétricos Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas

60079-17 ABNT NBR IEC Equipamentos

Elétricos Parte 17: Inspeção e manutenção de instalações elétricas

60079-19 ABNT NBR IEC Equipamentos

Elétricos Parte 19: Reparo, revisão e recuperação de equipamentos utilizados em atmosferas explosivas

60079-20 ABNT NBR IEC Equipamentos

Elétricos Parte 20: Dados de gases e vapores inflamáveis, referentes à utilização de equipamentos elétricos

61241-10 ABNT IEC Equipamentos

Elétricos Parte 10: Classificação das áreas onde poeiras combustíveis estão ou possam estar presentes

61241-14 ABNT IEC Equipamentos

Elétricos

Parte 14: Equipamentos elétricos para utilização na presença de poeiras combustíveis: Seleção e Instalação

RP 505 API

Equipamentos

Elétricos

Recommended Practice for classification of locations for electrical installations at petroleum facilities classified as Class I, Zone 0, Zone 1 and Zone 2 (American Petroleum Institute)

497 NFPA

Equipamentos

Elétricos

Recommended practice for the classification of flammable liquids, gases, or vapors and of hazardous (classified) locations for electrical installations in chemical process areas (National Fire Protection Association)

Page 347: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

325

APÊNDICE III - Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural

Quadro 30: Normas do Segmento de Petróleo e Gás Natural.

Nome Segmento Classificação Aplicação (Resumo)

NR13 Petróleo e Gás

Natural Sistemas de Segurança

Caldeiras e Vasos de Pressão Portaria MTE no 3214, 08/06/78

N-247 Petróleo e Gás

Natural Sistemas de Segurança

Válvula Esfera em Aço para Uso Geral e Fire Safe (PETROBRAS)

N-2595

Petróleo e Gás Natural

Sistemas de Segurança

Critérios de Projeto e Manutenção para Sistemas Instrumentados de Segurança em Unidades Industriais (PETROBRAS)

ISA 18.1 Petróleo e Gás

Natural Sistemas de Segurança

Annuciator Sequences and Specifications

NBR 5363 (ABNT)

Petróleo e Gás Natural

Grau e Tipo de Proteção para Equipamentos

Elétricos

Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas - Tipo de Proteção ―d‖ - Especificação

NBR IEC 60529 (ABNT)

Petróleo e Gás Natural

Grau e Tipo de Proteção para Equipamentos

Elétricos

Invólucros de Equipamentos Elétricos - Proteção

NBR IEC 8369

(ABNT)

Petróleo e Gás Natural

Grau e Tipo de Proteção para Equipamentos

Elétricos

Marcação de Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas

NBR 8447 (ABNT)

Petróleo e Gás Natural

Grau e Tipo de Proteção para Equipamentos

Elétricos

Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas de Segurança Intrínseca - Tipo de Proteção ―I‖

N-2547 (ABNT)

Petróleo e Gás

Natural Válvulas de Controle

Equipamentos Elétricos para Atmosferas Conversor de Frequência para Controle de Rotação de Motor Elétrico até 660 VCA (PETROBRAS)

IEC 60534-8-4

Petróleo e Gás Natural

Válvulas de Controle Industrial Process Control Valves Part 8: Noise Considerations - Section 4: Prediction of Noise Generated by Hydrodynamic Flow

ISA Petróleo e Gás

Natural Válvulas de Controle Handbook of Control Valves

ISA 75.01

Petróleo e Gás Natural

Sistemas de Segurança

Flow Equations for Sizing Control Valves)

ISA 75.05

Petróleo e Gás Natural

Sistemas de Segurança

Control Valve Terminology

ISA 75.11

Petróleo e Gás Natural

Sistemas de Segurança

Inherent Flow Characteristic and Rangeability of Control Valves

ISA 75.13

Petróleo e Gás Natural

Sistemas de Segurança

Method of Evaluating the Performance of Positioners with Analog Input Signals and Pneumatic Output

ISA 75.17

Petróleo e Gás Natural

Sistemas de Segurança

Control Valve Aerodynamic Noise Prediction

ISA 75.19

Petróleo e Gás Natural

Sistemas de Segurança

Hydrostatic Testing of Control Valves

FCI 70-2 Petróleo e Gás

Natural Sistemas de Segurança

Control Valve Seat Leakage

API RP 553 Petróleo e Gás

Natural Sistemas de Segurança

Refinery Control Valves

Page 348: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

326

Nome Segmento Classificação Aplicação (Resumo)

API STD 598 Petróleo e Gás

Natural Sistemas de Segurança

Valve Inspection and Testing

ISA RP75.23 Petróleo e Gás

Natural Sistemas de Segurança

Considerations for Evaluating Control Valve Cavitation

MSS SP-72 Petróleo e Gás

Natural

Sistemas de Segurança

Ball Valves with Flanged or Butt-Welding Ends for General Service

N-1645 Petróleo e Gás

Natural Válvulas de Segurança

Critérios de Segurança para Projeto de Instalações Fixas de Armazenamento de Gás Liquefeito de Petróleo (PETROBRAS)

ABNT NB 284

Petróleo e Gás Natural

Válvulas de Segurança

Válvulas de Segurança e/ou Alívio de Pressão - Aquisição, Instalação e Utilização

ABNT

NB 284

Petróleo e Gás Natural

Válvulas de Segurança

Válvulas de Segurança e/ou Alívio de Pressão - Aquisição, Instalação e Utilização

API RP 520 Petróleo e Gás

Natural Válvulas de Segurança

Part I - Sizing, Selection, and Installation of Pressure- Relieving Devices in Refineries

API RP 521 Petróleo e Gás

Natural Válvulas de Segurança

Guide for Pressure-Relieving and Depressuring Systems

API STD 526 Petróleo e Gás

Natural Válvulas de Segurança

Flanged Steel Pressure Relief Valves

API STD 527 Petróleo e Gás

Natural Válvulas de Segurança

Seat Tightness of Pressure Relief Valves

ASME PTC 25

Petróleo e Gás Natural

Válvulas de Segurança

Pressure Relief Devices

ASME Petróleo e Gás

Natural Válvulas de Segurança

Section I - Power Boilers

ASME Petróleo e Gás

Natural Válvulas de Segurança

Section VIII - Unfired Pressure Vessels

N-76 Petróleo e Gás

Natural Instalação Materiais de Tubulação (PETROBRAS)

N-550 Petróleo e Gás

Natural Instalação

Projeto de Isolamento Térmico a Alta Temperatura (PETROBRAS)

N-558 Petróleo e Gás

Natural Instalação

Construção, Montagem e Condicionamento de Instrumentação (PETROBRAS)

N-1996

Petróleo e Gás Natural

Instalação Projeto de Redes Elétricas em Envelopes de Concreto e com Cabos Diretamente no Solo (PETROBRAS)

N-1997

Petróleo e Gás Natural

Instalação Projeto de Redes Elétricas em Leitos para Cabos (PETROBRAS)

N-2384

Petróleo e Gás Natural

Instalação Cabo Elétrico de Instrumentação

ABNT NBR 5410

Petróleo e Gás Natural

Instalação Instalações Elétricas de Baixa Tensão

ABNT NBR 10300

Petróleo e Gás Natural

Instalação

Cabos de Instrumentação com Isolação Extrudada de PE ou PVC para Tensões até 300 V

IEC

61000-4-3

Petróleo e Gás

Natural

Instalação

Electromagnetic Compatibility (EMC) - Part 4: Testing and Measurement Techniques - Section 3: Radiated, Radio-Frequency, Electromagnetic Field Immunity Test

Page 349: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

327

Nome Segmento Classificação Aplicação (Resumo)

API MPMS Petróleo e Gás

Natural

Instalação Manual of Petroleum Measurement Standards

API RP 520

Petróleo e Gás

Natural

Instalação

Part II - Sizing, Selection, and Installation of Pressure- Relieving Devices in Refineries - Part II – Installation

API RP 551

Petróleo e Gás Natural

Instalação Process Measurement Instrumentation

API STD 2000

Petróleo e Gás Natural

Instalação Venting Atmospheric and Low Pressure Storage Tanks Nonrefrigerated and Refrigereted

IEC 60770-1 Petróleo e Gás

Natural

Avaliação de Desempenho de Transmissores

Methods for Performance Evaluation of Transmitters for Use in Industrial Process Control Systems

Page 350: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

328

APÊNDICE IV – Descrição dos Principais Produtos do Segmento de

Automação Industrial

IV.1. Sistemas de Controle Industrial

Entre os diversos tipos de sistemas de controle industriais, os mais

conhecidos são os sistemas digitais de controle distribuído (SDCD). Contudo, um

número cada vez maior de sistemas de controle se baseia na utilização dos CLPs,

com grande capacidade de realizar operações discretas e de controlar múltiplas

malhas, além de comunicar-se com sistemas na sala de controle, substituindo com

seu custo menor, diversas aplicações proprietárias do SDCD.

IV.1.1. Controlador Lógico Programável (CLP)

Controladores programáveis, também designados CLP (Controlador Lógico

Programável) são largamente utilizados em aplicações industriais, considerando sua

elevada capacidade de processamento e capacidade de funcionamento em tempo

real, sendo projetados para controlar múltiplas entradas e saídas e também para

funcionar em ambientes hostis, pois suportam grandes variações de temperatura e

têm imunidade a ruídos elétricos e resistência à vibração e impacto.

Os programas são, em geral, construídos em uma aplicação específica em

um microcomputador e depois carregados em um controlador por meio de cabo ou

via rede, sendo armazenados em memórias não-voláteis. O equipamento é fornecido

com um software de programação que possibilita ao usuário desenvolver aplicativos

voltados às suas necessidades específicas.

IV.1.2. Programmable Automation Controller (PAC)

O Programmable Automation Controller é um controlador de desenvolvimento

que desempenha funções muito semelhantes ao CLP, porém dispõe de recursos

mais sofisticados (hardware e software reprogramáveis) que facilitam a integração e

a troca de informações com outros dispositivos e programas de controle.

Page 351: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

329

O PAC acrescenta a capacidade de controlar também processos contínuos e

movimentos, podendo executar aplicações de automação tanto em indústrias de

processo como em indústrias discretas.

IV.1.3. SDCD

SDCD é um sistema integrado, na forma de um pacote proprietário fechado

(hardware + software + rede de comunicação) com recursos adaptados às

peculiaridades de cada um dos segmentos da indústria – siderurgia, fabricação de

cimento, metalurgia, produção de plásticos, refino de petróleo, alimentos, etc.

(Gutierrez e Pan (2008).

As funções de supervisão e comando são realizadas por um computador

central na sala de supervisão. Nela, é possível visualizar e operar todo o conjunto

das unidades centrais de controle por meio de consoles ou microcomputadores IHM.

Uma estrutura compartilhada de comunicação de dados na qual circulam

informações multiplexadas liga os controladores locais e o computador central.

IV.2. Monitoramento e Supervisão Remota

IV.2.1. Interface Homem-máquina (IHM)

A interface homem-máquina é um dispositivo utilizado para interação do

operador com o sistema controlado, permitindo a visualização de dados de um

processo, bem como para alteração de seus parâmetros e de condições de

operação das máquinas.

IV.2.2. Sistemas SCADA

Supervisório ou software de supervisão é um programa computacional que

permite a comunicação entre um computador e uma rede de automação, trazendo

ferramentas padronizadas para a construção de interfaces entre o operador e o

processo. Sua função básica é permitir a visualização e a operação do processo de

forma centralizada, por meio do recolhimento de dados em ambientes complexos,

podendo estar eventualmente dispersos geograficamente, além de apresentar uma

Page 352: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

330

visualização de modo amigável para o operador, utilizando-se interface homem-

máquina altamente sofisticada.

O supervisório mais conhecido é o SCADA (Supervisory Control and Data

Acquisition), que pode receber também orientações do sistema de gestão da

produção para determinar as operações de produção. Consequentemente deve

dialogar com os sistemas localizados hierarquicamente acima e abaixo dele,

proporcionando também recursos e um ambiente para a criação de aplicações de

controle e para a definição de funções de rede de protocolos específicos.

IV.2.3. Softwares disponíveis junto a um Sistema SCADA

Dentre os principais aplicativos que podem estar disponíveis em um sistema

SCADA, podem-se destacar:

Ferramentas voltadas à criação de aplicativos de controle baseados na

lógica PID, sistemas especialistas para controle de processos e aplicativos

de execução de lógicas fuzzy e neuro fuzzy;

Ferramentas para configuração de redes para aplicação de protocolos

industriais como o FF ou o Profibus;

MES (Manufacturing Execution System): Controla todo o fluxo produtivo,

incluindo estoques de matérias-primas, produtos em processamento e

disponibilidade de máquinas.

Utilizando-se o MES, podem ser calculados os KPI (Key Performance

Indicators), que contribuem para a melhoria do desempenho da planta

PIMS (Plant Information Management System), software utilizado para

armazenamento de todas as informações relevantes de processo. Coleta

informações dos sistemas de supervisão, sistemas de controle e sistemas

já existentes e os armazena em uma base de dados, que se distingue dos

bancos de dados convencionais por ter grande capacidade de

compactação e alta velocidade de resposta à consulta; e

EAM (Enterprise Asset Management): Software empregado no

gerenciamento dos equipamentos de uma planta.

Page 353: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

331

IV.3. Infraestrutura de Comunicação

IV.3.1. Redes de Comunicação Industrial

A transmissão de informações entre sensores, controladores e atuadores em

um processo automatizado é normalmente realizada por meio de sinais elétricos. No

caso da instrumentação analógica, a corrente que circulava pelos fios variava entre

4-20 mA, enquanto para a instrumentação digital utilizava-se a interface serial RS-

232. Recentemente o padrão que passou a ser utilizado é o USB (Universal Serial

Bus).

As redes industriais, também denominadas redes de campo (fieldbus)

distinguem-se das redes de comunicação corporativas de dados por precisarem

atender a requisitos mais rigorosos de resistência mecânica, por serem compatíveis

com ambientes agressivos e corrosivos, com operação em temperaturas elevadas, e

por possuírem maior imunidade a interferências eletromagnéticas.

IV.3.2. Transmissão de Dados

Considerando as necessidades de transmissão em termos de volume e

velocidade dos dados, que variam de acordo com o tipo de dispositivo. Fisicamente,

as redes industriais vêm sendo construídas com cabos metálicos: par trançado e

cabo coaxial, fibras ópticas e redes sem fio (Wireless).

As redes industriais são divididas em diferentes camadas de aplicação, de

acordo com os requisitos de comunicação exigidos:

Barramento de campo (sensorbus): conduz a comunicação de sensores e

atuadores com os controladores. Requer capacidade de transmissão de

pequeno volume de dados em altas velocidades.

Barramento de Controle (devicebus): atende à comunicação dos

controladores entre si e com o nível de supervisão. Requer capacidade de

transmissão de média quantidade de dados em médias velocidades;

Barramento de supervisão: conduz a comunicação entre as estações de

supervisão e controle e os CLPs e níveis superiores de administração.

Transfere grande volume de dados em tempos não-críticos, ou seja, não

precisa de tempo real; e

Page 354: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

332

Camada corporativa: atende ao software de engenharia (CAD/CAE), de

otimização de processo, ERP (Enterprise Resource Planning), entre

outros. Conduz um grande volume de dados em tempos não-críticos. O

meio de transmissão usual é a rede Ethernet.

Dentro do contexto atual, considerando o seu alto grau de confiabilidade e

forte redução de custos em relação às instalações convencionais, as redes sem fio

vêm sendo cada vez mais utilizadas em aplicações industriais em que a utilização de

cabos elétricos é inviável, como aquelas que envolvem dados a grandes distâncias,

obstáculos físicos, interferências elétricas ou em áreas classificadas, tais como:

manutenção de equipamentos, monitoramento de redes de distribuição de água,

energia e combustíveis. De acordo com o ARC (Advisory Group), os negócios

envolvendo redes sem fio constituem o segmento de negócios em automação

industrial com maiores perspectivas de crescimento, com taxas superiores a 32% ao

ano até 2010, quando deverão atingir US$ 1,18 bilhão.

IV.3.3. Protocolos de Comunicação

Para que diferentes dispositivos possam trocar informações, tornam-se

imprescindível estabelecer códigos e regras simples de comunicação, denominados

protocolos digitais, que podem ser industriais proprietários e abertos.

Os protocolos proprietários surgiram inicialmente, desenvolvidos por grandes

empresas fabricantes de dispositivos e fornecedores de sistemas completos

(pacotes) de automação, enquanto os protocolos abertos surgiram como

necessidade do mercado, sendo desenvolvidos por instituições internacionais

formadas principalmente por associações de fabricantes, responsáveis pela

divulgação e implementação em âmbito mundial.

Os protocolos abertos propiciaram a interoperabilidade entre equipamentos

produzidos por diferentes fabricantes, beneficiando os usuários, que se tornaram

menos dependentes de um único fornecedor. Foram beneficiados também os

fabricantes de menor porte, que tiveram aumentadas suas chances de participação

em fornecimentos de pacotes de automação das grandes fornecedoras.

Page 355: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

333

IV.3.4. Protocolos de Comunicação Comerciais

Os padrões de comunicação são estabelecidos em função das necessidades

do mercado face às diferentes aplicações industriais (indústria automotiva, refinarias

de petróleo, sistemas domóticos, entre outras), devendo o protocolo de comunicação

se ajustar adequadamente ao processo. Tal protocolo deverá refletir essas

diferenças, direcionando que um mesmo dispositivo individual precise ser ofertado

em diferentes padrões, elevando o custo não somente do seu desenvolvimento

como também da sua certificação individual.

A maioria dos padrões digitais foi levada ao mercado durante a década de

1990 por iniciativa dos próprios fabricantes, tanto nos Estados Unidos quanto na

Europa. Nos dias atuais, os dois padrões mais difundidos são o Fieldbus Foundation

(FF), dos EUA, e o Profibus, da Alemanha.

Outro protocolo muito usado é o HART (Highway Addressable Remote

Transducer Protocol), desenvolvido no começo dos anos 80, pela Rosemount (EUA),

sendo uma das primeiras implementações de barramento de campo com protocolo

proprietário, tornando-se pouco depois um padrão aberto, sofrendo significativa

evolução nos últimos anos. Embora digital, este protocolo aceita também

comunicação analógica no padrão 4-20 mA, o que o torna compatível com a enorme

base analógica instalada existente no mundo.

O protocolo Modbus, também muito utilizado industrialmente, desenvolvido

pela Modicon (EUA) em 1979 para uso em seus CLP, tornou-se rapidamente um

padrão industrial, apresentando algumas limitações, por não possibilitar a realização

de funções desempenhadas pelos CLPs atuais.

Mais recentemente, um grande número de sistemas de comunicação

industrial vem sendo desenvolvido para uso de redes Ethernet em tempo real como

base para os protocolos de controle, com o objetivo de facilitar a integração total da

empresa, apresentando algumas dificuldades na interoperabilidade entre

equipamentos de fornecedores diferentes.

Page 356: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

334

IV.4. Dispositivos Robóticos e Comandos Numéricos

IV.4.1. Robô Industrial

Um robô industrial é um sistema eletromecânico, normalmente com seis graus

de liberdade, que permite o posicionamento espacial de uma ferramenta terminal

(posição e orientação). Diferencia-se de um dispositivo automatizado programável

pelos seguintes aspectos:

Capacidade de interatividade com um ambiente por meio de sensores;

Capacidade de tomar decisões em função do ambiente;

Capacidade de aprendizagem;

Posicionamento completo de uma ferramenta por meio de movimentos de

rotação ou translação; e

Capacidade de manipulação coordenada e hábil.

O principal fator que impede uma maior utilização de sistemas robóticos na

indústria é seu alto custo inicial. O tempo que leva para se recuperar o investimento

em um robô depende dos custos de compra, instalação e manutenção. O preço de

um robô será determinado pelas suas dimensões, grau de sofisticação e

complexidade, exatidão e confiabilidade. Na especificação de sistemas

automatizados utilizando dispositivos robóticos devem-se levar em conta as

seguintes condições:

Número de empregados substituídos pelo robô;

Número de turnos realizados por dia;

Produtividade comparada ao seu custo;

Custo de projeto e manutenção; e

Custo dos equipamentos periféricos.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Comando Numérico,

Automatização Industrial e Computação Gráfica - SOBRACON, 60% dos robôs

instalados no Brasil desenvolvem atividades relacionadas à indústria automobilística.

Dentro do contexto mundial, o Brasil possui um número ainda muito baixo, embora

crescente, comparado com o de países industrializados (cerca de 2% do total de

robôs no mundo). A Asea Brown Boveri (ABB) detém cerca de 30% do mercado

brasileiro, seguido da FANUC (18%), KUKA (13%), COMAU (8%), e robôs de outras

marcas (28%). É importante notar o crescimento de aproximadamente 900% no

Page 357: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

335

número de robôs nas indústrias brasileiras nos últimos cinco anos, devido

principalmente a investimentos privados realizados majoritariamente pelas indústrias

automobilísticas.

Dentre as principais aplicações dos robôs nas indústrias brasileiras, em

termos percentuais, verifica-se, por exemplo, que os robôs da ABB são utilizados

para soldagem por resistência por pontos (33%), manipulação de

materiais/paletização (25%), soldagem por arco (18%), pintura (10%) e outras

aplicações, tais como: corte a jato de água, colagem, corte por gás, acabamento e

montagem (14%).

IV.4.2. Comando Numérico Computadorizado (CNC)

O Comando Numérico Computadorizado é um dispositivo dedicado ao

controle automático de máquinas-ferramenta, dentre eles, tornos, fresadoras,

mandrilhadoras e retificadoras, possibilitando que as ferramentas de corte ou

usinagem e as peças a serem processadas sigam automaticamente trajetórias

previamente programadas em código G.

Como em um robô industrial, a programação é realizada antes da operação,

consequentemente o programa pode ser introduzido na memória do CNC pelo

operador da máquina por meio de uma IHM própria ou pode ser carregado

diretamente por meio de um sistema CAD (Computer Aided Design) / CAM

(Computer Aided Manufacture). Nesse último caso, uma das fases finais do projeto

de uma peça feita com o auxílio do computador é a geração do programa para a

fabricação, a ser enviado ao CNC.

Além de executar o programa citado, o CNC recebe como entradas, sinais

dos sensores localizados na máquina com informações tais como a velocidade da

ferramenta e a posição da peça e envia, como saídas, sinais de controle para os

acionamentos dos motores da máquina. Desempenha, portanto, a função de

controlador no sistema automático constituído pela máquina.

IV.4.3. Sistemas de Manufatura Flexível (FMS)

Segundo Rosário (2004), desde os anos 80, as estruturas das plantas

industriais vêm se modificando rapidamente, em busca de melhoria na produtividade

Page 358: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

336

e da racionalização dos recursos investidos a fim de atender às necessidades do

mercado e da sociedade, assim como à competição entre os fornecedores e à

exigência dos clientes. A implementação de novos métodos de produção como as

células flexíveis de manufatura e de linhas de produção automatizadas tornam-se

necessárias para a obtenção destas melhorias.

A expressão Sistema de Manufatura Flexível caracteriza elementos de uma

linha de produção interligados com a função de uma produção. A flexibilidade foi

incorporada aos sistemas de produção com a presença cada vez mais frequente dos

computadores nos sistemas de produção. Esta presença permitiu que a produção

fosse alterada conforme a necessidade. Pode-se, por exemplo, em uma mesma

linha de produção fazer peças tanto para móveis de cozinha como para móveis de

escritório e para isso bastam pequenos ajustes. Nos últimos anos, os sistemas

flexíveis de manufatura foram se tornando cada vez mais sofisticados e são muito

utilizados em fabricas digitais.

Um Sistema Flexível de Manufatura é composto das atividades desenvolvidas

pelas pessoas, que são os elementos que compõem o sistema automatizado de

manufatura. Estes elementos são os seguintes:

a) Operação;

b) Inspeção;

c) Máquinas de Transporte e esteiras transportadoras; e

d) Sistemas de Armazenamento.

IV.5. Sensores e Atuadores

IV.5.1. Instrumentação Industrial

A instrumentação é a área da engenharia que engloba as atividades

relacionadas a medição de grandezas físicas para monitoração ou controle de

sistemas de automação. Trata também do desenvolvimento de novos dispositivos de

medição e controle.

Na grande maioria dos processos automáticos é necessária uma

realimentação do processo. A realimentação consiste na medição de variáveis de

saída do sistema controlado e na comparação destas variáveis com valores de

Page 359: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

337

referência. A diferença é informada ao controlador do processo para que o mesmo

gere uma ação de controle adequada.

IV.5.2. Sensores

Termo empregado para dispositivos detetores de alguma forma de energia

sensibilizante (como por exemplo, luz, calor ou movimento) traz informação sobre

uma grandeza que se precisa medir (temperatura, pressão, velocidade, corrente,

aceleração, posição, entre outras). Um sensor nem sempre tem as características

elétricas necessárias para ser utilizado de imediato em um sistema de controle, e

normalmente o sinal de saída deve ser condicionado através de um circuito de

interface para adequação do sinal.

Nas plantas automatizadas os sensores são elementos muito importantes. O

sensor é um dispositivo capaz de monitorar a variação de uma grandeza física e

transmitir esta informação a um sistema em que a indicação seja inteligível para o

utilizador ou para o elemento de controle do sistema.

Dentre os principais sensores do mercado podem-se destacar os seguintes:

Proximidade: mecânicos, óticos, indutivos e capacitivos;

Posição/Velocidade: potenciômetros, LVDT, encoders, taco-geradores;

Força/Pressão; e

Vibração/aceleração.

Todos esses sensores devem possuir as seguintes características:

acuracidade, resolução, repetição, range de funcionamento, sensibilidade e

linearidade.

IV.5.3. Transdutores

Termo empregado para denominar um dispositivo completo, usado para

transformar uma grandeza qualquer em outra que pode efetivamente ser utilizada

pelos dispositivos de controle. Neste sentido pode-se considerar um transdutor como

uma interface entre o sensor e o circuito de controle ou eventualmente entre o

controle e o atuador.

Page 360: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

338

Os transdutores transformam uma grandeza física (temperatura, pressão,

entre outras) em um sinal de tensão ou corrente que pode ser facilmente

interpretado por um sistema de controle.

IV.5.4. Transmissores

Dispositivo que prepara o sinal de saída de um transdutor para utilização à

distância, fazendo certas adequações ao sinal. Estas adequações são os chamados

padrões de transmissão de sinais. Um exemplo bastante conhecido é o ―loop‖ 4 a 20

mA, que um padrão de transmissão de sinais em corrente.

IV.5.5. Atuadores

São dispositivos, que modificam o estado de uma variável, com o objetivo de

corrigir a variável controlada. Recebem, portanto um sinal proveniente do controlador

e agem sobre o sistema controlado. Trabalham com um nível de potência elevado.

Exemplo de atuadores:

Válvulas (Pneumáticas, Hidráulicas);

Relés (Estático, Eletromecânico);

Cilindro (Pneumáticos, Hidráulicos);

Motores (Step-motor, Syncro, Servomotor); e

Solenóides.

Page 361: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

339

APÊNDICE V – Descrição dos Principais Produtos do Segmento de

Automação Predial

V.1. Níveis de Automação de Serviços Prediais

A automação predial é um mercado em crescente expansão. A Associação

Brasileira de Automação Residencial - AURESIDE estima que nos próximos cinco

anos, o Brasil terá cerca de 40% das residências de médio e alto padrão

apresentando algum sistema de automação. Pode-se classificar em diferentes níveis

de integração os sistemas de automação predial:

a) Autônomos: são sistemas independentes, onde não há uma

interligação entre os dispositivos;

b) Sistemas Integrados: são sistemas integrados a um controlador, por

meio de um sistema de supervisão e controle; e

c) Sistemas Complexos: são sistemas que podem ser personalizados de

acordo com os desejos e hábitos do usuário, como deverá acontecer

no projeto de uma casa inteligente.

V.2. Sistemas Autônomos e Sistemas Integrados

O conceito de edifício inteligente está associado ao nível de integração dos

diferentes sistemas constituintes do mesmo. A interligação entre os sistemas permite

que um Sistema de Supervisão e Controle do Edifício possa monitorar sensores,

controlar atuadores e registrar eventos vindos de todas as partes do edifício.

A Automação Predial é responsável pelo gerenciamento das funções vitais do

edifício e pelo controle de acesso e segurança dos indivíduos. Estas funções são

independentes entre si, mas atuam de forma integrada através da central de controle

e supervisão. Os componentes da automação, distribuídos por todo o edifício, estão

interligados por uma rede de comunicação de dados, permitindo assim que todos os

sistemas autônomos ou não, possam se comunicar com a central de supervisão e

controle.

Page 362: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

340

V.3. Integrador de Sistemas Prediais

O integrador de sistemas Prediais como o profissional que elabora o projeto

integrado, acompanha a execução da obra, participa da contratação dos terceiros

envolvidos, supervisiona a instalação e garante o desempenho final do sistema

integrado. Para atingir estes resultados perante seu cliente, seja ele o incorporador

de um condomínio, um arquiteto ou o morador da residência, ele deve utilizar seus

conhecimentos e habilidades, dispor de uma metodologia e incorporar em sua rotina

novos fatores comportamentais.

Este profissional deverá integrar diversos tipos de sistemas e funções, como

iluminação, controles, segurança, controle de acesso, proteção contra incêndio,

energia, sistemas hidráulicos, sistemas elétricos, ar-condicionado e climatização, a

partir da troca de informações via Internet ou intranet através de softwares os

usuários podem trocar informações, independente do horário, dia e local de trabalho.

Constata-se que uma das principais dificuldades para se implantar a solução

integradora é a falta de profissionais de perfil adequado a esta nova realidade para

suprir as necessidades do mercado, levando atualmente a condução de recursos

atuando de forma isolada, constatando-se no final de uma obra a necessidade de

inúmeros ajustes e adaptações, comprometendo assim o resultado final do projeto.

V.4. Sistema de Supervisão e Controle

O Sistema de Supervisão e Controle do Edifício é responsável por diversas

ações, dentre as quais estão:

A centralização das informações vindas de todas as partes do prédio, com

o intuito de monitorar e controlar todas as funções operacionais do edifício;

Controle automático de equipamentos e lógica de funcionamento dos

sistemas;

A economia de energia e a redução de custos através do uso racional dos

recursos disponíveis e da energia elétrica;

O fornecimento de ferramentas de software para a programação de

manutenção preventiva dos equipamentos instalados; e

A tomada de providências visando sanar problemas funcionais, falhas ou

alarmes.

Page 363: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

341

A arquitetura de um sistema de supervisão e controle de um edifício é

baseada em uma rede de equipamentos (processadores e controladores). Esta rede

constitui um Sistema de Controle Distribuído (DCS – Distributed Control System), é

caracterizada pela topologia hierárquica, com vários níveis de controladores.

V.5. Integração e Protocolos Comerciais de Comunicação

Um sistema de automação predial eficiente permite que as decisões sobre

as plantas possam ser realizada de modo interativo com o usuário final, com

possibilidade da obtenção de gráficos das operações nas plantas, relatórios

automáticos, tendências e estatísticas estarão disponíveis a qualquer momento.

Estes sistemas integrados deverão atender as seguintes exigências:

Utilização de protocolos de comunicação abertos (aplicações e padrões como

BACNet, LONWorks e ModBus);

Soluções técnicamente integradas e abrangentes;

Flexibilidade (possibilidade de ajustes para mudança de padrões);

Fácil utilização a partir da implementação de interfaces simples e amigáveis

para serem operadas pelo usuário final.

Apesar de terem características diferentes, os protocolos de comunicação

desenvolvidos para a Automação Predial respeitam uma singularidade que é a

metodologia da modelagem e a integração de sistemas. No mercado pode-se

encontrar diversas soluções comerciais de protocolos prontos para a implementação

em projetos de Automação Predial, dentre as mais utilizadas pode-se destacar as

seguintes:

a) Padrão Americano: Sistemas X-10; SMART HOUSE; LonWorks,

Sistema CEBus; Sistema BatiBUS; e

b) Padrão Europeu: Sistema EIB (European Installation Bus); EHS

(European Home Systems).

Page 364: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

342

APÊNDICE VI – Descrição dos Principais Produtos do Segmento de

Automação Comercial

VI.1. Leitores de Códigos de Barras

Leitores de códigos de barras são equipamentos que "iluminam" o código de

barras por meio de uma fonte de luz própria, led ou laser, e, por meio de reflexão,

recebem a imagem do código de barras em um sensor, digitalizando e decodificando

a informação, podendo ser utilizados em aplicações diversas que requerem

informação segura obtida correta e rapidamente.

VI.2. Impressoras de Códigos de Barras

A impressora de códigos de barras é aquela que utiliza cabeça térmica para

uma impressão precisa e rápida do código de barras, já que os outros tipos de

impressora (jato de tinta, laser e matricial) imprimem com imperfeições, dificultando

a leitura do código de barras. Pode utilizar etiquetas termo-sensíveis ou etiquetas de

diversos materiais, em conjunto com ribbons de poliéster impregnados para

impressão.

VI.3. Coletores de Dados

Os coletores de dados são equipamentos com memória e processador que

permitem a entrada (coleta) de dados de maneira portátil (móvel), ou seja, sem

empecilhos para a livre movimentação do operador, apresentando alta robustez,

permitindo assim a utilização direta no local onde as informações são geradas. A

entrada de dados pode ser feita por meio de digitação, leitura de códigos de barras,

leitura de cartão magnético ou qualquer outro processo.

Estes equipamentos são largamente utilizados em sistemas de inventário de

produtos, conferência, coleta de pedidos, controle de processos, serviço de

entregas, entre outros, ou em qualquer outra aplicação que envolva a aquisição de

um importante volume de dados para processamento local ou posterior, podendo o

operador receber uma resposta no próprio ponto de atividade. Dentre os principais

benefícios desses equipamentos podem-se destacar:

Page 365: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

343

Aumento da produtividade;

Localização exata do ponto onde o produto será retirado;

Redução dos tempos de operação e de erros e eliminação de anotações

em papéis;

Otimização dos recursos de movimentação; e

Utilização de redes sem fio com entradas/saídas de dados via comando

de voz.

VI.4. Etiquetas Eletrônicas de Prateleiras

Também conhecida como Electronic Shelf Label (ESL), esta tecnologia é

capaz de comunicar, diretamente nas prateleiras, o preço, dados promocionais,

informações técnicas e gerenciais do produto, como por exemplo, estoque e

validade de promoções.

Este produto geralmente utiliza uma tecnologia baseada em raios

infravermelhos de alta frequência, livre de interferência e com grande capacidade de

transferência de dados. Ele não utiliza cabos e tem comunicação bidirecional,

tornando mais rápida a atualização de dados nas etiquetas e assegurando que

tenham realmente recebido todas as atualizações de preços e dados em geral,

informando imediatamente o administrador de qualquer problema que ocorra, como

a não atualização de preços, bateria fraca ou mesmo furto da etiqueta.

Estas etiquetas apresentam importantes características de utilização, dentre

outras se podem destacar as seguintes:

Robustez e leveza, com variedade de dimensões;

Maior visibilidade, com características semelhantes ao papel;

Robustez e leveza;

É possível utilizar qualquer fonte e qualquer imagem nas etiquetas;

Permite leitura de código de barras;

Fácil e simples utilização para os operadores;

Não requer investimento com infraestrutura;

Adaptável a qualquer regulamentação; e

Não requer contato próximo da etiqueta para atualização.

Page 366: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

344

Dentre os principais benefícios dessas etiquetas podem-se destacar: permite

mudanças automáticas de preços; maior rapidez na execução de campanhas

promocionais; e também proporciona maior agilidade na reposição dos produtos nas

gôndolas, assegurando também a supervisão do sistema e do pessoal operacional,

por meio, por exemplo, de relatórios trimestrais, semestrais ou diários que podem

ser emitidos sobre a eficácia do pessoal.

VI.5. Terminais de Auto-Atendimento

Os terminais de auto-atendimento multimídia permitem a adição de vários

tipos de periféricos como leitores de código de barras, câmeras de vídeo, leitores

RFID, impressoras para a impressão de cupons, sensores de presença, tela touch

screen, Wi-Fi, entre outras. Podem ser utilizados para diversas finalidades como:

Consultas de RH;

Divulgação interna da empresa;

Divulgação externa em ambientes públicos;

Feiras e shows; e

Auto-Serviço: recarga de celular, pagamento de contas, entre outros.

VI.6. Terminais de Consulta de Preços

O terminal de consulta de preços proporciona rapidez aos consumidores que

desejam consultar preços dentro das lojas, tirando dúvidas e evitando

constrangimento na hora de passar as compras pelo caixa, sendo atualmente

obrigatória por lei a disponibilidade desses equipamentos a uma distância máxima

de 15 metros de qualquer produto ou outro terminal, em lojas que trabalham com

código de barras.

VI.7. Tecnologia RFID

As "etiquetas inteligentes" utilizam a tecnologia de identificação por

rádiofrequência (ou simplesmente RFID), sendo utilizadas em uma série de

aplicações focando a cadeia de suprimento. Apesar de sua utilização recente no

Page 367: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

345

meio comercial, esta tecnologia já vem sendo aplicada desde a década de 60 em

diversos ramos de atividades como montadoras, autopeças, pedágios e até no

rastreamento de animais. Porém, em quase todas as aplicações não se tinha notícia

de um padrão que possibilitasse seu uso uniforme em todos os elos da cadeia de

suprimento.

Com base na tecnologia RFID, o EPCglobal e o MIT (Massachusetts Institute

of Technology), assistidos por órgãos independentes como a UCC/EAN

International, criaram um padrão de código eletrônico de produto, designado EPC

(Eletronic Product Code).

Este padrão permite que as informações sejam disponibilizadas de forma

padronizada, possibilitando que qualquer empresa envolvida na cadeia de

suprimentos possa se valer desta informação, mesmo que ela tenha sido gerada por

outra organização como, por exemplo, o fabricante. Consequentemente, qualquer

empresa da cadeia de suprimento consegue identificar um produto.

A partir do EPC as possibilidades de uso da tecnologia estão sendo

ampliadas, substituindo com vantagens algumas aplicações que até então eram

desenvolvidas com código de barras. Entretanto, vale a pena destacar que o RFID é

uma tecnologia de captura automática de dados que depende, para que sua

implantação ocorra com sucesso, de uma série de fatores, tais como:

Visão executiva do projeto, análise dos desafios, impactos e tendências;

Análise de processos, por meio do desenho ou de sua revisão;

Desenho da solução, por meio da definição da melhor tecnologia

(frequência, antenas, etiquetas inteligentes, entre outras) para atender às

necessidades do projeto;

Estudo e definição de pontos de leitura, e interface com o sistema de

gestão (ERP) ou com o sistema de gerenciamento de depósito (WMS); e

Serviços, como o levantamento em campo, instalação, configuração,

software aplicativos e dispositivos para interface com outros sistemas.

Dentre as inúmeras vantagens na utilização da tecnologia RFID em

aplicações comerciais, podem-se destacar as seguintes:

Redução dos níveis de inventário;

Page 368: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

346

Redução nos custos de transportes;

Aumento de vendas;

Redução do tempo de entrega e custos logísticos; e

Aspecto colaborativo entre os diferentes elos da cadeia como um todo.

VI.8. Redes Locais sem fio Wi-Fi

À medida que as empresas tornam-se cada vez mais móveis e que as redes

sem fio começam a ser mais utilizadas, a segurança passa a ocupar uma posição

fundamental entre as preocupações dos departamentos de TIC. Os técnicos de

informação enfrentam o desafio diário de manter as redes sem fio operando na sua

capacidade máxima e a baixo custo, ao mesmo tempo em que preservam a

integridade da rede e protegem os dados armazenados contra roubo e uso

impróprio, sem esquecer a adequação a normas governamentais e financeiras.

O conceito de Wireless switch permite cobertura de área com nível máximo

de segurança, com alto desempenho (54 Mbps) e baixo custo para comunicação de

dados, voz e imagem. Essas redes viabilizam a utilização ampla da rede de dados

por meio da tecnologia Wi-Fi, ou seja, você pode utilizar este sistema para outras

aplicações que não seja a dos coletores de dados, tais como: PDV sem fio, telefonia

IP, terminais de auto-atendimento sem fio, balanças, verificadores de preços,

impressoras e venda de acessos à Internet para terceiros.

A infraestrutura de radiofrequência é composta por um conjunto de

equipamentos destinados à formação de uma rede de comunicação sem fio em um

ambiente determinado. Pode ser constituída por duas formas de administração:

Descentralizada: composta por Access Points e antenas; e

Centralizada: composta por um ou mais Wireless switches, hubs ou

switches de rede e access ports.

Dentre os principais recursos dos sistemas Wi-Fi para utilização comercial,

podem-se destacar:

Detecção de intrusão/acesso não autorizado e de outros dispositivos não

autorizados para funcionamento em rede;

Page 369: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

347

Avaliação de vulnerabilidade por meio da identificação de pontos fracos

da rede e configurações incorretas de dispositivos;

Localização precisa dos dispositivos existentes na rede;

Cancelamento de dispositivos não autorizados, com resposta

imediata a ataques, permitindo aos administradores de segurança

encerrar as conexões de dispositivos sem fio não autorizados; e

Gerenciamento centralizado com diferentes níveis de usuários.

VI.9. Telefonia VoIP

A palavra VoIP (Voice over Internet Protocol) significa telefonia via Internet.

Essa tecnologia permite o roteamento de conversas telefônicas utilizando a rede da

Internet. Com ela é possível fazer ligações para telefones fixos tradicionais, não

sendo necessário que ambas as partes envolvidas na conversa estejam utilizando a

telefonia VoIP.

A infraestrutura Wi-Fi, apresentada anteriormente torna viável a utilização de

sistemas como esse, os quais permitem, além da economia, outros ganhos, tais

como:

Mobilidade entre os usuários;

Mensagens de alerta via display, de forma automática pelo sistema;

Gestão da conta (uso do telefone);

Chamadas roteadas automaticamente para o telefone VoIP,

independentemente de onde o usuário esteja localizado, sendo possível

levar seu telefone IP e utilizá-lo de qualquer lugar onde haja uma

conexão de Internet; e

Oferecimento de outros serviços, tais como conversas em vídeo, envio de

arquivos de texto, conferência em áudio, entre outros.

Page 370: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

348

APÊNDICE VII – Descrição dos Principais Produtos do Segmento de

Automação Bancária

VII.1. Terminais de Auto-Atendimento (ATM)

O principal equipamento para automação bancária é o terminal de auto-

atendimento – Automatic Teller Machine (ATM) –, que possibilita o saque de

numerário. Quando seu único atributo é o saque, geralmente denomina-se cash

dispenser. Este equipamento é fabricado com materiais leves e resistentes e possui

sensores anti-violação e dispensadores de cédulas. As principais características

desse equipamento são as seguintes:

Flexibilidade quanto ao local de instalação e ao horário de funcionamento,

Possibilidade de realizar operações dentro de um carro (drive thru) e,

Além de saques de numerário, diversas outras funções poderão ser

realizadas, como, por exemplo: consultas de saldos; aplicações

financeiras, impressas ou exibidas no vídeo; transferência de valores;

depósitos; impressão de folhas de cheque.

Apesar de possuir uma estrutura básica, o ATM é constituído por vários

módulos configuráveis, de forma a atender às necessidades de cada cliente:

Módulos básicos configuráveis: CPU, leitora de cartões (magnéticos

convencionais ou smart cards), impressora para comprovantes, monitor de

vídeo comum ou do tipo tela sensível a toque (touch screen), teclado,

dispensadores (de cédulas, envelopes e cheques), depositário, gabinetes

(chapa e cofre); e

Módulos opcionais: receptor para pagamento de contas,

aceitador/dispensador de moedas, câmera de vídeo, filtro de privacidade,

placa de som, identificador biométrico (reconhece o usuário através de suas

impressões digitais), entre outros.

Dentre esses módulos, o mais importante é o dispensador de numerário,

mecanismo responsável pela contagem, classificação e disponibilização de cédulas

ou, mais recentemente, moedas para o usuário.

Page 371: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

349

VII.2. Terminais Financeiros

Produto de concepção modular, análogos a um microcomputador e adaptados

às atividades de um caixa bancário, existindo também de mini-monitores de vídeo,

calculadora e de teclado com leitor de cartões magnéticos.

VII.3. Periféricos Diversos

Com o advento da legislação fiscal para o ICMS, que torna obrigatória a

emissão do cupom fiscal em substituição à nota fiscal de venda ao consumidor,

ganha destaque o produto denominado emissor de cupom fiscal (ECF), apresentado

em três versões: impressora fiscal (IF), terminal ponto de venda (PDV) ou caixa

registradora eletrônica. A seu lado, dentre os produtos oferecidos, destaca-se

também o PDV modular, similar a um microcomputador e um conjunto de periféricos

típicos (impressora, monitor, teclado entre outros), apresentados ou não sob a forma

de módulos (que lhe conferem flexibilidade), capaz de automatizar o processo de

venda, sendo composto de:

Módulos principais: CPU, teclado, display, gaveteiro;

Principais periféricos: impressora fiscal (ECF/IF), leitor óptico;

Outros periféricos: impressoras de cheque, balanças eletrônicas,

Teclado PIN: (identificador de senhas de usuários); e

Terminal opcional de consulta para clientes.

Entre os equipamentos ECFs, destacam-se as impressoras fiscais, periféricos

compactos capazes de funcionar interligados a terminais PDV, podendo ser

considerados um dos mais importantes módulos deste último, em virtude da

legislação do ICMS que determina a obrigatoriedade de emissão de cupom fiscal de

forma automatizada. Entre os seus atributos, existe a possibilidade de imprimir

cheques e outros documentos avulsos (como slips e recibos), bem como de

autenticar documentos.

VII.4. Soluções para Internet Banking

As empresas oferecem, basicamente, serviços de implantação e/ou

consultoria em sistemas de informática específicos para o setor bancário, além de

Page 372: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

350

assistência técnica, treinamento e soluções para Internet banking. Estas soluções

viabilizam as operações bancárias através da Internet, incluindo dispositivos de

segurança (criptografia), e redundam em comodidade e redução de custos para o

usuário final e a instituição prestadora do serviço bancário.

VII.5. Outros Produtos

VII.5.1. Leitores

Leitoras de códigos de barra e CMC-7: são aparelhos periféricos que

geralmente trabalham em conjunto com os terminais financeiros, executando

a atividade de leitura e identificação de documentos de modo bastante ágil;

Leitores ópticos: periféricos dos PDVs, similares a scanners, destinados à

decodificação de etiquetas de código de barras de produtos, informando as

suas características, principalmente o preço, apresentados nas versões fixa

(―de mesa‖) ou móvel (―pistola‖);

Unidades de resposta audível: trata-se de uma solução que integra telefonia

e informática (microcomputadores), capaz de automatizar o processo de

atendimento telefônico;

VII.5.2. Teclados

Teclados específicos para identificação de senhas de usuários (clientes), com

ou sem leitora de cartão e monitor do tipo liquid cristal display (LCD), que trabalham

em conjunto com os terminais financeiros;

VII.5.3. Impressoras

Impressoras de códigos de barra: periférico específico para os terminais

financeiros. Funcionam por sistema de transferência térmica para impressão

de etiquetas que irão identificar produtos através de seus códigos de barras;

Processadora de cheques e cartões: conhecida como terminal para

transferência eletrônica de fundos (TEF), objetiva, através de hardware e

software, o processamento de meios de pagamento em geral, como cheques,

cartões magnéticos e smart card, e funciona como periférico de um PDV,

Page 373: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

351

trabalhando com um teclado específico para identificação de senhas de

usuários; dentre as suas vantagens, destaca-se a redução de índices de

inadimplência de consumidores, em função da transferência on-line de

recursos para a conta da empresa, após consulta sobre o limite de crédito do

cliente.

VII.5.4. Serviços

Compreendem assistência técnica, treinamento e consultoria, além de

sistemas de informática que visam à automação de procedimentos administrativos,

comerciais, fiscais ou financeiros, isto é, processos de caráter operacional ou não,

em empresas comerciais, sendo exemplos típicos os postos de gasolina, os

supermercados, as lojas de conveniência entre outros.

Page 374: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

352

ANEXO I – Relação das Empresas integrantes do FEET - Fórum de

Empresários Exportadores de Tecnologia

Quadro 31: Empresas Integrantes do FEET. Fonte: ABINEE, 2009.

No Empresa Linha de Produtos Área Estado

1 Aegis Semicondutores Ltda.

Chave estática

Diodos retificadores

Dissipadores de calor

Acessórios p/semicondutor de Potência

Ponte retificadora

Diodos e Tiristores

Componentes (AI)

SP

2 Altus Sistemas de Informática S.A.

Controlador lógico/programável (CLP)

Controladores e Conversores, Inversores de Frequência para Motores,

Contador

Conversor serial p/tcp/ip ethernet

Integrador sistema-automação predial e segurança

Interface de comunicação p/clp via tcp/ip

Interface homem/máquina

Isolador eletrônico de sinal

Modulo didático p/clp

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão

Painel/cabine/cubículo p/sistema energia media tensão

Repetidores, geradores e equipamentos de rede

Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados

Softwares para automação

Terminal de aquisição de dados

Unidade terminal remota

Automação (AI, AP)

RS

3 BCM Engenharia Ltda.

Automação de usina elétrica

Controlador de fator de potencia/banco de capacitores

Controlador lógico/programável (CLP)

Controlador/registrador de demanda

Modulo didático p/CLP

Sistema de controle p/subestações transmissão/distribuição de energia

Unidade terminal remota

Automação (AI)

RS

4 Bematech Ind. Com. Equip. Eletrônicos S/A

Balanças

Coletor de dados portátil/fixo

Gaveta de dinheiro p/equipamento de automação comercial

Impressora de cheques

Impressora fiscal

Impressora matricial

Impressora p/ código de barras

Impressora térmica

Impressoras diversas

Interface display

Leitora de código de barras/CMC-7

Leitora óptica p/aplicações diversas

Mecanismo p/impressora

Micro terminal

Modem

Automação (AC, AB)

PR

5 Cerâmica Santa Terezinha S/A

Isolador de porcelana p/distribuição

Isolador de porcelana p/subestação

Isolador de porcelana p/transmissão

Isolador de porcelana-bucha p/passagem/transformador

Isolador de vidro p/distribuição

Isolador de vidro p/transmissão

GTD (AI)

SP

AI: Automação Industrial AP: Automação Predial AC: Automação Comercial AB: Automação Bancária

Page 375: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

353

No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado

6 Coel Controles Elétricos Ltda.

Contador

Controlador de nível

Controlador de temperatura

Relé de proteção p/operador de máquina

Relé de tempo

Relé p/comando e controle de máquinas

Relé térmico

Relés p/diversas aplicações

Sensor de proximidade indutivo

Sensor de proximidade infravermelho (fotoelétrico)

Temporizador

Timer programável

Totalizador Horário

Automação (AI, AP)

SP

7 Coester Automação S.A.

Atuador elétrico

Conversor de protocolo p/rede industrial (gateway)

Equipamentos e acessórios p/ redes industriais Integrador sistema-industrial

Redutor p/atuador elétrico

Automação

(AI)

RS

8 CP Eletrônica S/A

Analisador de bateria

Conversor de frequência p/ informática

Estabilizador de tensão

Inversor cc/ca

No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia

Retificador industrial-corrente/proteção catódica/espec

Unidade retificadora-ca/cc

Automação (AI)

RS

9 Digicon S/A

Botoeira p/controlador de tráfego

Coletor de dados portátil/fixo

Controlador de acesso em terminais por fichas/bilhetes

Controlador de semáforos/central de controle de tráfego

Controlador entrada passageiros por leitor magnético

Controlador entrada passageiros-leitor cartão s/contato

Controle estatístico da produção

Detector de veículos p/controle de tráfego (sensor)

Equipamento p/contagem e seleção de cédulas

Indicador/contador digital p/máquina operatriz

Integrador sistema-bilhetagem eletrônica para /transporte público

Integrador sistema-controle de tráfego de veículos

Parquímetro e sistema de gerenciamento

Sistema de medição e controle de espessura p/filmes

Sistema p/supervisão de máquinas injetoras

Transdutor linear p/automatização de máquina operatriz

Automação

(AI, AP)

RS

10 Digistar Telecomunicações S/A

Central privada comutação telefônica ip-pabx

Central privada comutação telefônica -key system

Central privada comutação telefônica -micro pabx

Central privada comutação telefônica -pabx

Conversor de protocolo voz sobre ip - gateway voip

Porteiro eletrônico

Telefone digital p/pabx

Telecomunicação

(AI, AP) SP

AI: Automação Industrial AP: Automação Predial AC: Automação Comercial AB: Automação Bancária

Page 376: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

354

No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado

11 Digitel S/A Indústria Eletrônica

Conversor de interface

Conversor de protocolo voz sobre ip - gateway voip

Modem

Modem hdsl

Modem óptico pdh/sdh

Modem shdsl

Multiplex óptico

Multiplexador e1

Plataforma de acesso multisserviços p/redes tdm

Radio digital

Radio modem

Roteador

Telecomunicação (AI, AP, AC)

RS

12 Ecil Informática Indústria e Com Ltda

Computador industrial

Conversor de protocolo e1-r2

Conversor de Sinais Eletro-Ótico

Fonte de alimentação p/equipamentos de automação

Gateways p/protocolos do setor elétrico

Gerador de Base de Tempo para sincronismo de equipamentos via GPS

Oscilógrafo digital-registrador digital de perturbação

Plataforma de correio eletrônico-voz/fax/dados

Sistema de áudio conferencia

Sistema de controle p/subestações transm/distr energia

Sistema de gerenciamento de energia elétrica

Sistema de medição de energia centralizado

Sistema de qualidade na distribuição de energia

Sistema digital p/gravação de mensagens

Sistema medição de fronteira p/energia elétrica

Sistema web de telemetria

Terminal linux p/call center

Terminal Server Industrial

Unidade de resposta audível (ura)

Unidade terminal remota

Automação (AI, AP)

SP

13 Elo Sistemas Eletrônicos S/A

Estação de calibração de medidores de energia

Medidor de demanda de energia

Medidor de energia elétrica monofásico eletrônico

Medidor de energia elétrica polifásico eletrônico

Registrador microprocessado p/supervisão de energia

Sistema de gerenciamento de energia elétrica

Sistema medição de fronteira p/energia elétrica

Tarifador de energia diferenciada

GTD (AI)

RS

14 Engetron Eng. Eletr. Indústria e Com Ltda

No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia

Automação (AI)

MG

15

FAE Ferragens e Aparelhos Elétricos S/A

Medidor de energia elétrica monofásico eletromecânico

Medidor de energia elétrica monofásico eletrônico

Medidor de energia elétrica polifásico eletromecânico

Medidor de energia elétrica polifásico eletrônico

Medidor do consumo de água – hidrômetro

GTD (AI, AP)

CE

AI: Automação Industrial AP: Automação Predial AC: Automação Comercial AB: Automação Bancária

Page 377: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

355

No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado

16

Force Line Ind. Com. Comp. Eletrônicos Ltda.

Autotransformador p/eletroeletrônicos domésticos

Carregador de bateria p/equipamento portátil

Cerca elétrica

Conversor estático/fonte alimentação p/tel celular

Cordão prolongador/extensão elétrica

Estabilizador de tensão

Filtro de linha p/proteção de equipamentos

Fonte de alimentação p/eliminação de pilhas/bateria

Intercomunicador

No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia

Reator eletrônico p/ lâmpada fluorescente Transformador com laminas de aço silício-bt, com núcleo de

ferrite, p/ lâmpada halogena dicróica

Informática (AI, AP)

SP

17 Intelbras S/A Ind. Telecom. Eletrônica Brasileira

Central portaria

Central privada comutação telefônica-micro pabx

Central privada comutação telefônica-pabx

Equipamento p/atendimento automático em pabx

No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia

Tarifador p/central/pabx/telex/telefone público

Telefone com identificador de chamada

Telefone de assinante

Telefone sem fio

Telecomunicação (AP, AC)

SC

18 Itautec S/A

Computador de médio porte

Computador de pequeno porte

Computador portátil

Impressora fiscal

Integrador sistema-automação bancária

Integrador sistema-automação comercial

Modulo de memória

Microcomputador para automação bancária

Microcomputador para automação comercial

Placa mãe p/computador (motherboard)

Servidor

Sistema p/atendimento ao público-terminal/painel senhas

Software p/automação bancária

Software p/automação comercial

Teclado p/ automação comercial

Terminal de auto serviço bancário-saque/depósito/extr/.

Terminal de auto atendimento p/ checkout

Terminal de caixa automático

Terminal de caixa bancário

Terminal de consulta

Terminal de consulta multimídia-totem ou quiosque

Terminal de pagamento de contas

Terminal de ponto de venda

Terminal de transferência eletrônica de fundos

Terminal dispensador de cédulas

Terminal dispensador de talão/folha de cheque

Unidade de resposta audível (ura)

Informática (AB, AC)

SP

19

Leucotron Equipamentos Ltda.

Adaptador de telefone analógico p/rede ip (ata)

Central de atendimento-call center

Central privada comutação telefônica IP-PABX

Central privada comutação telefônica key system,

micro PABX, pabx,sistema hibrido

Dispositivo p/ligação telefônica via computador

Interface celular p/PABX

Software aplicativo p/PABX

Telefone de assinante

Telefone IP

Telecomunicação (AP, AC)

MG

AI: Automação Industrial AP: Automação Predial AC: Automação Comercial AB: Automação Bancária

Page 378: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

356

No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado

20 Microsol Tecnologia S/A

Estabilizador de tensão Iluminação de emergência No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia

Informática (AI, AP)

CE

21 Nansen S/A Instrumentos de Precisão

Conjunto de medição energia elétrica p/uso externo Instrumento p/aferição/calibração medidores de energia Medidor de energia elétrica monofásico eletromecânico Medidor de energia elétrica monofásico eletrônico Medidor de energia elétrica polifásico eletromecânico Medidor de energia elétrica polifásico eletrônico Medidor eletrônico de energia multifunção e multitarifa Mesa p/aferição de medidor de energia em laboratório Registrador microprocessado p/supervisão de energia Sistema de aferição automática de medidores de energia Sistema de medição de energia centralizado Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados Sistema de telemedição de consumo de energia Software p/analise/comunicação/leitura medidor energia Unidade terminal remota

GTD (AP, AI)

MG

22 Novus Produtos Eletrônicos Ltda.

Amperímetro/miliampermetro digital p/painel Chave estática p/chaveamento de potencia Contador Controlador de temperatura Controlador digital single-loop Controlador eletrônico diversos Indicador de sinal digital Medidor de umidade relativa do ar Modulo de potencia tiristorizado Registrador gráfico p/uso laboratorial Relé de estado solido Sistema de aquisição de dados (data logger) Software supervisão p/processo industrial pequeno porte Temporizador Termoelemento Termômetro digital Termômetro portátil digital Termopar Termo-resistência Termostato digital Termostato industrial Transmissor de temperatura e umidade relativa Transmissor eletrônico de temperatura Voltímetro/milivoltímetro digital p/painel

Automação (AI)

RS

AI: Automação Industrial AP: Automação Predial AC: Automação Comercial AB: Automação Bancária

Page 379: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

357

No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado

23 Orteng Equipamentos

e Sistemas Ltda.

Carregador de bateria industrial Centro de controle de motores-ccm (painel) Conjunto de medição energia elétrica p/uso externo Fonte de alimentação p/equipamentos telecomunicações Grupo motor gerador Integrador sistema: automação industrial, linha de transmissão, energia, usina hidroelétrica, usina termoelétrica Painel de controle/força p/grupo motor gerador Painel elétrico de proteção/comando/distribuição Painel/cabine/cubículo p/sistema energia: alta, baixa, média tensão Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento indl Retificador industrial-corrente/proteção catódica/espec Sistema de automação de rede de distribuição de energia Sistema de gerenciamento de energia elétrica Sistema digital de automação industrial Subestação: blindada, compacta, móvel, retificadora Subestação-projeto/instalação em mt/at Subestações Transformador de corrente Transformador de corrente industrial Transformador de potencial industrial Transformador de potencial indutivo Unidade supervisora de corrente alternada industrial Unidade terminal remota

GTD (AI)

MG

24 Parks S/A

Comunicações Digitais

Concentrador de acesso ethernet Conversor de interface Conversor de sinais Dispositivo de acesso ethernet Modem Modem adsl Modem shdsl Multiplexador sdh Radio digital ponto a ponto-wimax Radio digital ponto multiponto Radio digital-wimax-estação base/assinante Roteador Roteador sem fio Sistema de gerenciamento de modem

Telecomunicação (AI)

RS

25

Positivo Informática Ltda.

Computador de médio porte Computador de pequeno porte Computador portátil Mesa educacional informatizada- vários módulos didáticos Servidor Software educacional Software p/gerenciamento de rede de computadores

Informática (AI)

PR

26 Romagnole Produtos

Elétricos Ltda.

Ferragens diversas p/linha transmissão/distribuição Fio esmaltado/nu Transformador/autotransformador de distribuição

GTD (AI)

PR

AI: Automação Industrial AP: Automação Predial AC: Automação Comercial AB: Automação Bancária

Page 380: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

358

No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado

27 Sense Eletrônica Ltda.

Barreiras de Segurança Intrínseca Conector para Sensor de Proximidade Conversores/Condicionadores/Amplificadores de Sinais Cortinas de Luz/Barreiras Fotoelétricas Derivadores para Redes Industriais Distribuidor de Sinais Discretos e para Redes Industriais Fontes de Alimentação Interface para Redes Industriais (I/O) Isoladores Galvânicos de Sinais Isoladores Ópticos de Sinais Monitor/Sinalizador de Válvulas Sensor de Proximidade à Prova de Explosão (Exd) Sensor de Proximidade Capacitivo Sensor de Proximidade Efeito Hall Sensor de Proximidade Fotoelétrico (Infravermelho e Laser) Sensor de Proximidade Indutivo Sensor de Proximidade Magnético Sensor de Proximidade para Segurança Aumentada (Exe) Sensor de Proximidade para Segurança Intrínseca (Exi) Sensor de Proximidade Ultrasônico Supervisor de Rotação Válvula Solenóide

Automação

(AI) SP

28 Sensores Eletrônicos

Instrutech Ltda.

Barreira óptica p/proteção em máquina operatriz Comando bi-manual eletrônico p/prensa Controle de simultaneidade p/acionamento de máquina Cortina de luz Sensor de proximidade capacitivo, indutivo, infravermelho (fotoelétrico), magnético

Automação (AI)

SP

29 Setha Indústria Eletrônica Ltda.

Alto falante a prova de explosão Circuito fechado de televisão-cftv Intercomunicador Materiais elétricos diversos a prova de explosão Sinalizador acústico e visual a prova de explosão Sistema de chamada em alta voz-alarme e conversação Sistema de onda portadora-carrier p/ferrovia/metro/proc Sistema telefônico de emergência Telefone a prova de explosão

Equipamentos

Industriais (AI)

RJ

30

SMS Tecnologia Eletrônica Ltda

Condicionador de energia p/equipamentos de áudio/vídeo Estabilizador de tensão Filtro de linha p/proteção de equipamentos Modulo de baterias No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia Software p/gerenciamento remoto de energia Variador de luminosidade-dimmer

Informática (AI, AP)

SP

31 Sweda Informática

Ltda.

Caixa registradora eletrônica Computador compacto p/automação comercial Impressora de: cheques, fiscal, p/autenticação de documentos, térmica Leitora de código de barras/cmc-7 Leitora óptica com balança eletrônica Microterminal de automação comercial Pistola laser p/leitura de código de barras Terminal de ponto de venda Terminal touchscreen p/automação comercial

Informática (AC)

SP

AI: Automação Industrial AP: Automação Predial AC: Automação Comercial AB: Automação Bancária

Page 381: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

359

No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado

32 Tecsys do Brasil Industrial Ltda.

Amplificador de potencia p/head-end catv Codificador-encoder mpeg-2/dvb Combinador p/tv por assinatura Conversor de fi p/frequência de banda l - up-converter Conversor uhf/vhf Demodulador p/tv por assinatura Modulador adjacente com filtro saw Modulador digital: qam p/sistema tv a cabo, qpsk-sistema transmissão via satélite, p/tv por assinatura Multiplexador digital Receptor de satélite: analógico, digital Receptor de tv via satélite, digital com decodificador, digital Sistema de acesso condicional p/tv-satélite/cabo/mmds

Telecomunicação (AP, AC)

SP

33

Teikon Tecnologia Industrial S/A

Montagem de placa circuito impresso-componente convenc Montagem de placa circuito impresso-componente smd Serviço de montagem/teste de produto eletrônico

Informática (AI)

RS

34 Trafo Equipamentos

Elétricos S/A

Chave a óleo Controlador de energia-corte e religamento automático Detector do desvio de energia Disjuntor a gás sf6 Reatores diversos p/sistemas elétricos de potencia Regulador de tensão p/sistemas de potencia Serviço de reforma em transformador Subestação compacta, móvel Transformador de aterramento, p/forno Transformador/autotransformador de distribuição, de força, indl a seco/resina, indl especiais

GTD (AI)

RS

AI: Automação Industrial AP: Automação Predial AC: Automação Comercial AB: Automação Bancária

Page 382: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

360

No Empresa Linha de Produtos Segmento Estado

35 WEG S/A

Acionamentos de Corrente Alternada Acionamentos de Corrente Contínua Acionamentos de Servomotores Automação de Sistemas de Geração de Energia Automação de Usinas de Açúcar e Álcool Bornes e Réguas de Bornes Botoeiras e Sinalizadores Capacitores de Correção de Fator de Potência Centros de Controle de Motores (CCM) Convencionais Centros de Controle de Motores (CCM) Inteligentes Chaves de Partida Compensadora Chaves de Partida Direta Chaves de Partida Estrela-Triângulo Chaves de Partida Soft-Starters Chaves Seccionadoras Componentes para Comando, Controle, Proteção e Sinalização Contatores de Comando e de Força Controladores Lógicos Programáveis Conversores de Corrente Contínua Conversores de Frequência Conversores de Frequência com PLC Disjuntores Termomagnéticos Disjuntores em Caixa Moldada Disjuntores-motor Fusíveis tipo D Fusíveis tipo NH Geradores Interfaces Homem Máquina Inversores de Frequência Inversores de Frequência com PLC Motores de Corrente Continua Motores de Corrente Alternada Painéis de Comando e Controle em Baixa e Média Tensão Quadros de Distribuição Elétrica Relés de Nível Relés de Sobrecarga Relés Inteligentes Relés Programáveis Relés Temporizadores Servoconversores Servomotores Sistemas de Automação e Controle de Máquinas Sistemas de Automação e Controle de Processos Sistemas de Controle para Subestações de Energia Sistemas de Supervisão e Controle de Processos Industriais Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD) Sistemas de Posicionamento Sistemas Elétricos e Eletrônicos Industriais Sistemas Supervisórios Soft-Starters Transformadores de Comando Transformadores de Força

Equipamentos Industriais

(AI) SC

AI: Automação Industrial

Page 383: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

361

ANEXO II – Análise Econômica do Setor de Eletrônica para

Automação

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO

ALARMES 4.484 12.371 52% 8%

8531.10.10 ALARMES CONTRA INCENDIO OU SOBREAQUECIMENTO 123 497 3.362 119.802 24% 12%

8531.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE ALARME,P/PROTECAO CONTRA ROUBO 4.197 319.174 7.749 2.113.879 60% 3%

8543.81.00 CARTOES E ETIQUETAS DE ACIONAM.POR APROXIM. 164 1.124.479 1.259 8.569.648 -27% 36%

APARELHOS ELETROMÉDICOS 5.973 89.509 15% 28%

8421.29.11 HEMODIALISADOR TIPO CAPILAR 0 8 9.200 1.166.562 -98% 5%

9018.90.21 BISTURI ELÉTRICO 859 814 1.148 172.469 86% -34%

9018.90.29 OUTROS 18 1.465 1.751 32.530.283 1050% -18%

9022.12.00 APARELS.DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 213 1 31.452 141 nihil 74%

9022.13.11 APARS.DE RAIOS X,DE DIAGNOST.DE TOMADA MAXILAR PANORAM. 93 104 1.893 139 -21% 22%

9022.13.19 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.DE ODONTOLOGIA 3.790 6.181 43 2.557 -2% 639%

9022.13.90 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/ODONTOLOGIA 315 425 0 0 64% -100%

9022.14.11 OUTROS APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/MAMOGRAFIA 31 1 3.357 93 nihil 67%

9022.14.12 APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/ANGIOGRAFIA 0 0 10.214 51 nihil 34%

9022.14.13 APARS.COMPUTADORIZ.DE DIAGNOSTICO,P/DENSITOMETRIA OSSEA 0 0 2.227 84 nihil 78%

9022.14.19 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.MEDICO,CIRURGICO,ETC. 491 49 2.275 63 121% -26%

9022.14.90 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/USO MEDICO,CIRURGICO,VETERINAR. 33 99 6.143 96 -52% 30%

9022.19.10 ESPECTROMETROS/ESPECTROGRAFOS DE RAIOS X 0 0 3.961 75 -100% -6%

9022.19.90 OUTROS APARELS.DE RAIOS X, P/OUTROS USOS 0 0 0 0 -100% -100%

9022.21.10 APAREL.DE RADIOCOBALTO 0 0 0 0 nihil -100%

9022.21.20 APARELHO DE GAMATERAPIA 0 0 0 0 nihil nihil

9022.21.90 OUTS.APARS.DE RADIACAO ALFA,BETA,GAMA,P/USO MEDICO,ETC. 18 216 11.681 689 nihil 41%

9022.29.00 APARELS.Q.UTILIZEM RADIACOES ALFA/BETA/GAMA P/OUTRO USO 0 0 0 0 nihil nihil

9022.90.11 GERADORES DE TENSAO,P/APARS.DE RAIOS X/OUTS.RADIACOES 56 11 134 6 -7% -19%

9022.90.19 OUTROS APARS.GERADORES DE RAIOS X 0 0 445 14.917 -100% -9%

9022.90.80 OUTROS DISPOSITIVOS GERADORES DE RAIOS X 39 29 2.798 5.439 -75% 16%

9025.11.10 TERMOMETROS CLINICOS DE LEITURA DIRETA 18 35.403 786 3.653.698 98% -35%

APARELHOS PARA SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO 3.525 1.731 126% -43%

8530.10.10 APARS.ELETR.DIGIT.P/CONTROLE DE TRAFEGO DE VIAS FERREAS 9 8 65 1.444 1749% -49%

8530.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE SINALIZACAO,ETC.P/VIAS FERREAS 3.115 384 600 4.093 121% -74%

8530.80.10 OUTROS APARELS.DIGITAIS P/CONTROLE DE TRAFEGO DE CARROS 158 153 203 5.458 66% -19%

8530.80.90 OUTS.APARS.ELETR.SINALIZACAO,ETC.P/VIAS TERRESTRES,ETC. 243 6.356 864 17.036 328% 153%

COMANDO NUMÉRICO 5.907 29.877 36% 7%

8472.90.90 OUTROS MAQS.E APARS.DE ESCRITORIO,BANCARIO,ETC. 1.750 4.839 1.048 65.661 -21% 190%

8537.10.11 QUADROS C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T<=1KV,PROC.BARR>=32BITS 188 0 17.236 0 132% -12%

8537.10.19 OUTS.QUADROS,PAINEIS,ETC.C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T<=1KV 3.969 0 11.593 0 95% 47%

INSTRUMENTOS DE MEDIDA 88.455 592.474 11% -11%

9025.19.10 PIROMETROS OPTICOS 281 1.196 941 5.870 -38% -26%

9025.19.90 OUTROS TERMOMETROS E PIROMETROS 1.433 278.243 4.939 1.787.930 -1% 0%

9025.80.00 DENSIMETROS,AREOMETROS,HIGROMETROS E OUTS.INSTRUMENTOS 374 451.290 2.696 159.893 158% 36%

9026.10.11 MEDIDOR-TRANS. ELETRON.INDUC.ELETROMAGNET.DE VAZAO 1.849 7.510 4.601 7.367 -1% -7%

9026.10.19 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE DE VAZAO 8.122 38.553 18.058 48.220 25% -3%

9026.10.21 DE METAIS, MEDIANTE CORRENTES PARASITAS 72 278 478 73.926 117% 55%

9026.10.29 OUTROS 2.500 108.866 12.274 600.305 65% 18%

9026.20.10 MANOMETROS 13.233 7.520.434 6.584 656.838 23% 0%

9026.20.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE DA PRESSAO 7.615 476.971 40.005 3.350.923 55% 32%

9026.80.00 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE DE LIQ.ETC. 493 106.408 17.992 1.149.996 -7% 17%

9027.10.00 ANALISADORES DE GASES OU DE FUMACA (FUMO) 2.429 180.829 25.109 878.062 28% 44%

9027.20.11 CROMATOGRAFOS DE FASE GASOSA 0 0 12.023 827 nihil 68%

9027.20.12 CROMATOGRAFOS DE FASE LIQUIDA 0 0 16.458 1.114 -100% 57%

9027.20.19 OUTROS CROMATOGRAFOS 20 3.706 1.548 1.087 123% 38%

Fonte: MDIC / SECEX

DESCRIÇÃOEXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES VAR. % EM US$ - 05 / 04

ANEXO I

BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (1)

(Detalhamento dos produtos - Ano de 2005)

NCM

Page 384: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

362

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO

9027.20.20 APARELHOS DE ELETROFORESE 0 0 0 0 nihil nihil

9027.30.11 ESPECTROMETROS DE EMISSAO OPTICA 0 0 4.249 132 -100% 21%

9027.30.19 OUTROS ESPECTROMETROS 85 41 5.882 549 43% 23%

9027.30.20 ESPECTROFOTOMETROS 142 22 8.578 1.782 152% 13%

9027.40.00 INDICADORES DE TEMPO DE EXPOSICAO 13 9 37 674 nihil -75%

9027.50.10 COLORIMETROS 2 42 7.615 4.231 -15% 71%

9027.50.20 FOTOMETROS 187 15.488 14.446 168.287 181% 11%

9027.50.30 REFRATOMETROS 6 10 1.130 4.693 2108% 82%

9027.50.40 SACARIMETROS 0 28 73 13 -81% -24%

9027.50.90 OUTROS INSTRUMENT.E APARELS.P/ANALISES FISICAS 141 36 11.140 6.261 2458% 13%

9027.80.11 CALORIMETROS 160 70 1.625 139 560% 70%

9027.80.12 VISCOSIMETROS 5 15 2.028 765 -77% 20%

9027.80.13 DENSITOMETROS 0 2 334 375 nihil -40%

9027.80.14 APARS.MEDIDORES DE PH 51 712 1.622 12.260 33% 48%

9027.80.20 ESPECTROMETROS DE MASSA 0 1 10.107 660 -100% 149%

9027.80.30 POLAROGRAFOS 0 0 196 258 nihil -8%

9027.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/ANALISE/ENSAIO/MEDIDA,ETC. 348 215.122 60.813 254.148 -66% 35%

9027.90.10 MICROTOMOS 0 0 927 215 -100% 49%

9028.10.11 DOS TIPOS UTILIZADOS EM POSTOS (ESTAÇÕES) DE SER. OU GARAG. 58 4 1.196 182 317% -14%

9028.10.19 OUTROS 42 131 1.248 9.855 317% -12%

9028.10.90 OUTROS CONTADORES DE GASES 224 22 4.035 100.669 2109% 30%

9028.20.10 CONTADORES DE LIQUIDOS,PESO<=50KG 7.600 765.008 5.542 336.395 23% 57%

9028.20.20 CONTADORES DE LIQUIDOS,PESO>50KG 8.948 1.895 3.592 341 7% 240%

9029.20.20 ESTROBOSCOPIOS 6 28 183 13.281 85% -11%

9030.10.10 MEDIDORES DE RADIOATIVIDADE 15 115 862 7.575 -77% -6%

9030.10.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA RADIACOES IONIZANTES 2 34 2.236 1.185 -89% 132%

9030.20.10 OSCILOSCOPIOS DIGITAIS 10 21 2.239 1.451 -15% 44%

9030.20.21 OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS DE FREQUENCIA > = 60 MHZ 0 0 119 260 -100% 22%

9030.20.22 VETORSCOPIOS 0 0 93 11 nihil 112%

9030.20.29 OUTROS OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS 2 8 184 1.352 nihil -42%

9030.20.30 OSCILOGRAFOS 0 0 570 78 nihil -39%

9030.31.00 MULTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 49 370 3.145 548.407 -50% 3%

9030.39.11 VOLTIMETROS DIGITAIS,SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 39 593 185 134.256 159% 26%

9030.39.19 OUTROS VOLTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 321 5.080 543 322.006 100% -26%

9030.39.21 AMPERIMETROS SEM DISPOSIT.REGISTRADOR,P/VEIC.AUTOMOVEIS 412 1.297 45 12.028 31% 130%

9030.39.29 OUTROS AMPERIMETROS S/DISPOSITIVO REGISTRADOR 39 1.435 980 156.165 65% 42%

9030.39.90 OUTS.APARS.E INSTRUM.P/MEDIDA/CONTROLE TENSAO,ETC. 1.515 7.794 10.188 1.148.396 -10% 41%

9030.40.10 ANALISADORES DE PROTOCOLO 0 0 2.371 115 nihil -58%

9030.40.20 ANALISADORES DE NIVEL SELETIVO 0 0 299 29 nihil 72%

9030.40.30 ANALISADORES DIGITAIS DE TRANSMISSAO 185 188 2.164 994 -26% 67%

9030.40.90 OUTROS INSTRUMENTOS E APARS.P/TELECOMUNICACAO 204 79 25.327 8.720 -6% -35%

9030.82.10 INSTRUMENTOS E APARS.P/TESTES DE CIRCUITOS INTEGRADOS 15 117 148 157 -95% 663%

9030.82.90 UTROS INSTRUMENTOS E APARELS.P/MEDIDA/CONTROLE D.DISCO 0 0 60 72 -100% 44%

9030.83.10 OUTROS,DE TESTE DE CONTINUIDADE DE CIRCUITOS IMPRESSOS 0 0 141 15 -100% 213%

9030.83.20 OUTROS,DE TESTE AUTOMATICO DE CIRCUITO IMPRESSO MONTADO 0 0 1.063 2.648 -100% -32%

9030.83.30 OUTROS,DE MEDIDAS DE PARAMETROS DE SINAIS DE TV./VIDEO 0 0 871 1.442 nihil 121%

9030.83.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.C/DISP.REG 639 65 13.090 33.520 -48% -33%

9030.89.10 ANALISADORES LOGICOS DE CIRCUITOS DIGITAIS 0 1 220 3.058 -70% 84%

9030.89.20 ANALISADORES DE ESPECTRO DE FREQUENCIA 13 16 4.398 1.003 111% 11%

9030.89.30 FREQUENCIMETROS 4 74 362 19.165 4% 20%

Fonte: MDIC / SECEX

NCM DESCRIÇÃOEXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES VAR. % EM US$ - 05 / 04

ANEXO I

BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (2)

(Detalhamento dos produtos - Ano de 2005)

Page 385: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

363

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO

9030.89.40 FASIMETROS 1 8 22 1.762 838% -5%

9030.89.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.ETC. 877 94.965 15.021 503.604 -10% 37%

9031.10.00 MAQS.DE EQUILIBRAR PECAS MECANICAS 406 220 6.395 377 8% 86%

9031.30.00 PROJETORES DE PERFIS 55 28 834 1.360 -48% 16%

9031.41.00 INSTRUMENTOS E APARS.OPTICOS,P/CONTROLE DE DISCOS,ETC. 0 0 84 10 -100% -82%

9031.80.11 DINAMOMETROS 70 71 1.077 1.472 -33% -42%

9031.80.12 RUGOSIMETROS 0 0 1.286 469 nihil 10%

9031.80.20 MAQS.P/MEDICAO TRIDIMENSIONAL 2.227 211 7.779 266 60% 24%

9031.80.30 METROS PADROES 403 174 135 7.996 -9% -88%

9031.80.50 APARELS.P/ANALISE DE TEXTEIS, COMPUTADORIZADOS 1 5 1.620 270 -99% 40%

9031.80.60 CELULAS DE CARGA 109 657 5.105 70.953 88% -4%

9031.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS,APARS.E MAQS.DE MEDIDA/CONTROLE 82 10.539 3.155 1.516 -99% -97%

9032.89.30 EQUIPAMENTO DIGITAL AUTOMAT.P/CONTROLE DE VEIC.FERROV. 1.546 11 1.548 187 4813% -17%

9032.89.81 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE PRESSAO 383 7.637 6.010 486.861 102% -21%

9032.89.82 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE TEMPERATURA 3.966 246.511 13.293 1.045.112 74% 4%

9032.89.83 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE UMIDADE 173 2.537 1.010 11.669 95% 62%

9032.89.84 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE VELOCID.MOTORES 8.085 257.624 2.984 434.216 20% 21%

9032.89.89 OUTS.INSTRUM.E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE GRANDEZ.N/ELETR 1.412 6.740 14.670 467.616 -24% -24%

9032.89.90 OUTS.INSTRUMS.E APARS.AUTOMAT.P/REGULACAO/CONTROLE 8.253 43.847 126.387 1.501.292 17% -11%

9107.00.10 INTERRUPTORES HORARIOS 483 197.624 1.518 835.388 30% 29%

9107.00.90 OUTS.APARS.P/ACIONAR MECANIS. EM TEMPO DETERMINADO,ETC 20 4.045 333 974.942 -17% -28%

OUTROS EQUIPAMENTOS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 35.346 102.762 70% 11%

8421.19.10 CENTRIFUGADOR P/LABORAT.DE ANALISE,ENSAIO,PESQ.CIENTIF 174 321 1.755 2.408 88% -20%

8423.20.00 BASCULAS DE PESAGEM CONTINUA EM TRANSPORTADORES 535 65 1.897 169 104% 42%

8423.30.11 BASCULAS DOSADORAS C/APARS.PERIFERICOS C/UNID.FUNCIONAL 301 19 1.452 529 162% 52%

8423.81.10 APARS.E INSTRUM.PESAGEM,DE MESA,C<=30KG,C/DISP.REG.ETC. 200 229 80 609 67% -51%

8423.81.90 OUTROS APARS.E INSTRUM.DE PESAGEM,CAPACIDADE<=30KG 526 4.523 1.162 10.998 -20% -10%

8472.30.10 MAQUINAS AUTOMATICAS PARA OBLITERAR SELOS POSTAIS 0 0 0 0 nihil nihil

8472.30.20 MAQUINAS AUTOMATICAS P/SELECAO DE CORRESPONDENCIA 0 0 11.977 2 nihil nihil

8472.30.30 MAQUINAS AUTOMATICAS P/SELECAO, ETC, DE ENCOMENDAS 0 0 0 0 nihil -100%

8472.30.90 OUTS.MAQS.P/SELECIONAR,DOBRAR,ABRIR,ETC.CORRESPONDENCIA 264 26 129 2.184 64490% -60%

8472.90.10 DISTRIBUIDORES AUTOMAT.PAPEL-MOEDA,INCL.EFET.OUTS.OPER. 19.789 2.367 61 10 1338% -50%

8472.90.21 MAQS.ELETRONICAS, C/COMUNICACAO BIDIRECIONAL 0 0 14 5 nihil 437%

8472.90.29 OUTROS MAQS.BANCARIAS,C/DISPOSIT.P/AUTENTICAR 0 0 6 79.350 -100% nihil

8472.90.30 MAQS.P/SELECIONAR E CONTAR MOEDAS OU PAPEL-MOEDA 210 237 6.084 1.890 -34% 599%

8472.90.40 MAQS.DE APONTAR LAPIS,PERFURADORES,GRAMPEADORES,ETC. 42 28.611 3.053 7.776.070 -75% 69%

8472.90.51 CLASSIFICADORAS DE DOCUMENTOS SUPERIOR A 400 DOCTOS/MIN 0 0 2.492 26 -100% 1788%

8472.90.59 OUTRAS CLASSIFICADORAS AUTOMATICAS DE DOCUMENTOS 0 0 5 6 nihil nihil

8514.40.00 OUTROS APARELHOS PARA TRATAMENTO TERMICO DE MATERIAS 239 15 2.767 1.898 35% 51%

8537.10.20 QUADROS C/APARS.CONTROL.PROGRAMAVEIS,T<=1KV 1.794 2.793 34.394 39.592 29% -14%

9031.20.10 BANCOS DE ENSAIO P/MOTORES 42 8 1.927 176 -97% -21%

9031.20.90 OUTROS BANCOS DE ENSAIO,EXC.P/MOTORES 1.789 2.410 9.430 787 -6% -16%

9032.10.10 TERMOSTATOS AUTOMATICOS,DE EXPANSAO DE FLUIDOS 5.993 3.250.585 906 247.539 -33% -37%

9032.10.90 OUTROS TERMOSTATOS AUTOMATICOS 1.742 1.247.361 13.137 8.124.662 3% -14%

9032.20.00 MANOSTATOS AUTOMATICOS (PRESSOSTATOS) 1.706 682.119 10.033 1.291.020 -15% -12%

TOTAL ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 143.690 828.724 26% -5%

Fonte: MDIC / SECEX

(Detalhamento dos produtos - Ano de 2005)

NCM DESCRIÇÃOEXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES VAR. % EM US$ - 05 / 04

ANEXO I

BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (3)

Page 386: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

364

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO

ALARMES 4.710 11.960 5% -3%

8531.10.10 ALARMES CONTRA INCENDIO OU SOBREAQUECIMENTO 701 189 3.450 166.768 472% 3%

8531.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE ALARME,P/PROTECAO CONTRA ROUBO 3.629 242.448 6.782 1.919.329 -14% -12%

8543.81.00 CARTOES E ETIQUETAS DE ACIONAM.POR APROXIM. 380 783.884 1.727 27.214.937 132% 37%

APARELHOS ELETROMÉDICOS 7.516 119.111 26% 33%

8421.29.11 HEMODIALISADOR TIPO CAPILAR 0 0 12.171 1.482.602 -100% 32%

9018.90.21 BISTURI ELÉTRICO 655 702 1.387 194.484 -24% 21%

9018.90.29 OUTROS 23 13.510 2.183 67.709.499 26% 25%

9022.12.00 APARELS.DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 2.532 11 47.721 180 1091% 52%

9022.13.11 APARS.DE RAIOS X,DE DIAGNOST.DE TOMADA MAXILAR PANORAM. 114 104 2.010 1.324 23% 6%

9022.13.19 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.DE ODONTOLOGIA 2.794 3.818 41 446 -26% -3%

9022.13.90 OUTROS APARS.DE RAIOS X,P/ODONTOLOGIA 169 396 10 10 -46% nihil

9022.14.11 OUTROS APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/MAMOGRAFIA 75 3 6.600 146 142% 97%

9022.14.12 APARELS.DE DIAGNOSTICO (USO MEDICO) P/ANGIOGRAFIA 83 1 16.073 77 nihil 57%

9022.14.13 APARS.COMPUTADORIZ.DE DIAGNOSTICO,P/DENSITOMETRIA OSSEA 0 0 2.061 83 nihil -7%

9022.14.19 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/DIAGNOST.MEDICO,CIRURGICO,ETC. 869 67 2.732 71 77% 20%

9022.14.90 OUTS.APARS.DE RAIOS X,P/USO MEDICO,CIRURGICO,VETERINAR. 86 217 6.659 381 163% 8%

9022.19.10 ESPECTROMETROS/ESPECTROGRAFOS DE RAIOS X 0 0 3.167 52 nihil -20%

9022.19.90 OUTROS APARELS.DE RAIOS X, P/OUTROS USOS 0 0 0 0 nihil nihil

9022.21.10 APAREL.DE RADIOCOBALTO 0 0 0 0 nihil nihil

9022.21.20 APARELHO DE GAMATERAPIA 0 0 0 0 nihil nihil

9022.21.90 OUTS.APARS.DE RADIACAO ALFA,BETA,GAMA,P/USO MEDICO,ETC. 0 0 7.405 40 -100% -37%

9022.29.00 APARELS.Q.UTILIZEM RADIACOES ALFA/BETA/GAMA P/OUTRO USO 0 0 0 0 nihil nihil

9022.90.11 GERADORES DE TENSAO,P/APARS.DE RAIOS X/OUTS.RADIACOES 88 7 353 33 56% 164%

9022.90.19 OUTROS APARS.GERADORES DE RAIOS X 0 0 1.583 31 nihil 255%

9022.90.80 OUTROS DISPOSITIVOS GERADORES DE RAIOS X 15 47 5.845 5.652 -61% 109%

9025.11.10 TERMOMETROS CLINICOS DE LEITURA DIRETA 13 743 1.112 5.327.267 -28% 43%

APARELHOS PARA SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO 5.252 8.559 49% 394%

8530.10.10 APARS.ELETR.DIGIT.P/CONTROLE DE TRAFEGO DE VIAS FERREAS 2.708 347 265 435 28734% 310%

8530.10.90 OUTS.APARS.ELETR.DE SINALIZACAO,ETC.P/VIAS FERREAS 1.980 50 6.756 4.796 -36% 1026%

8530.80.10 OUTROS APARELS.DIGITAIS P/CONTROLE DE TRAFEGO DE CARROS 511 107 251 1.014 223% 24%

8530.80.90 OUTS.APARS.ELETR.SINALIZACAO,ETC.P/VIAS TERRESTRES,ETC. 53 3.435 1.287 43.643 -78% 49%

COMANDO NUMÉRICO 4.501 27.784 -24% -7%

8472.90.90 OUTROS MAQS.E APARS.DE ESCRITORIO,BANCARIO,ETC. 878 4.506 1.170 123.638 -50% 12%

8537.10.11 QUADROS C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T<=1KV,PROC.BARR>=32BITS 324 0 16.063 0 72% -7%

8537.10.19 OUTS.QUADROS,PAINEIS,ETC.C/APARS.CMD.NUM.COMPUT.T<=1KV 3.299 0 10.551 0 -17% -9%

INSTRUMENTOS DE MEDIDA 138.950 652.957 57% 10%

9025.19.10 PIROMETROS OPTICOS 22 293 1.364 3.198 -92% 45%

9025.19.90 OUTROS TERMOMETROS E PIROMETROS 1.435 120.408 6.451 2.548.296 0% 30%

9025.80.00 DENSIMETROS,AREOMETROS,HIGROMETROS E OUTS.INSTRUMENTOS 494 1.113.697 3.186 199.227 32% 18%

9026.10.11 MEDIDOR-TRANS. ELETRON.INDUC.ELETROMAGNET.DE VAZAO 2.448 6.915 4.399 7.943 32% -4%

9026.10.19 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE DE VAZAO 10.220 40.214 20.038 57.648 26% 11%

9026.10.21 DE METAIS, MEDIANTE CORRENTES PARASITAS 56 815 731 110.787 -22% 53%

9026.10.29 OUTROS 3.511 136.632 20.699 470.020 40% 69%

9026.20.10 MANOMETROS 12.626 6.082.692 7.517 828.003 -5% 14%

9026.20.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE DA PRESSAO 7.766 308.597 46.000 3.816.708 2% 15%

9026.80.00 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE DE LIQ.ETC. 830 33.698 12.010 622.888 69% -33%

9027.10.00 ANALISADORES DE GASES OU DE FUMACA (FUMO) 2.561 169.542 27.669 983.547 5% 10%

9027.20.11 CROMATOGRAFOS DE FASE GASOSA 0 0 13.326 618 nihil 11%

9027.20.12 CROMATOGRAFOS DE FASE LIQUIDA 54 1 16.904 1.038 nihil 3%

9027.20.19 OUTROS CROMATOGRAFOS 14 20 1.708 2.097 -29% 10%

Fonte: MDIC / SECEX

ANEXO I

BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (1)

(Detalhamento dos produtos - Ano de 2006)

EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES VAR. % EM US$ - 05 / 04NCM DESCRIÇÃO

Page 387: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

365

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO

9027.20.20 APARELHOS DE ELETROFORESE 0 0 0 0 nihil nihil

9027.30.11 ESPECTROMETROS DE EMISSAO OPTICA 24 1 7.373 59.153 nihil 74%

9027.30.19 OUTROS ESPECTROMETROS 19 4 8.351 1.040 -78% 42%

9027.30.20 ESPECTROFOTOMETROS 70 31 13.200 1.881 -51% 54%

9027.40.00 INDICADORES DE TEMPO DE EXPOSICAO 0 0 46 1.037 -100% 24%

9027.50.10 COLORIMETROS 27 147 8.435 2.179 1373% 11%

9027.50.20 FOTOMETROS 42 24 13.900 212.791 -77% -4%

9027.50.30 REFRATOMETROS 387 57 2.027 3.715 5940% 79%

9027.50.40 SACARIMETROS 0 64 515 32 4900% 605%

9027.50.90 OUTROS INSTRUMENT.E APARELS.P/ANALISES FISICAS 589 19 16.993 6.274 316% 53%

9027.80.11 CALORIMETROS 316 60 1.685 152 98% 4%

9027.80.12 VISCOSIMETROS 16 28 3.087 1.004 239% 52%

9027.80.13 DENSITOMETROS 7 1 418 382 1436% 25%

9027.80.14 APARS.MEDIDORES DE PH 45 509 1.974 13.332 -13% 22%

9027.80.20 ESPECTROMETROS DE MASSA 141 1 11.178 108 28912% 11%

9027.80.30 POLAROGRAFOS 4 1 239 210 nihil 22%

9027.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/ANALISE/ENSAIO/MEDIDA,ETC. 1.232 230.583 69.808 395.972 254% 15%

9027.90.10 MICROTOMOS 0 0 1.249 144 nihil 35%

9028.10.11 DOS TIPOS UTILIZADOS EM POSTOS (ESTAÇÕES) DE SER. OU GARAG. 0 0 637 430 -100% -47%

9028.10.19 OUTROS 5 121 933 7.887 -89% -25%

9028.10.90 OUTROS CONTADORES DE GASES 1.452 569 3.924 84.582 549% -3%

9028.20.10 CONTADORES DE LIQUIDOS,PESO<=50KG 15.935 1.510.193 6.435 187.356 110% 16%

9028.20.20 CONTADORES DE LIQUIDOS,PESO>50KG 23.173 7.345 1.499 860 159% -58%

9029.20.20 ESTROBOSCOPIOS 3 10 250 11.409 -54% 37%

9030.10.10 MEDIDORES DE RADIOATIVIDADE 6 1 1.094 17.830 -58% 28%

9030.10.90 OUTS.INSTRUMENTOS E APARS.P/MEDIDA RADIACOES IONIZANTES 1 7 2.207 1.026 -56% -1%

9030.20.10 OSCILOSCOPIOS DIGITAIS 23 19 2.607 1.972 120% 16%

9030.20.21 OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS DE FREQUENCIA > = 60 MHZ 8 6 136 156 nihil 14%

9030.20.22 VETORSCOPIOS 0 0 64 16 nihil -32%

9030.20.29 OUTROS OSCILOSCOPIOS ANALOGICOS 67 6 450 4.167 3706% 145%

9030.20.30 OSCILOGRAFOS 0 0 788 68 nihil 38%

9030.31.00 MULTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 134 1.129 3.879 6.439.260 174% 23%

9030.39.11 VOLTIMETROS DIGITAIS,SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 23 555 356 84.464 -42% 92%

9030.39.19 OUTROS VOLTIMETROS SEM DISPOSITIVO REGISTRADOR 219 3.247 752 228.025 -32% 38%

9030.39.21 AMPERIMETROS SEM DISPOSIT.REGISTRADOR,P/VEIC.AUTOMOVEIS 459 1.783 100 10.596 12% 124%

9030.39.29 OUTROS AMPERIMETROS S/DISPOSITIVO REGISTRADOR 109 2.055 1.498 174.430 177% 53%

9030.39.90 OUTS.APARS.E INSTRUM.P/MEDIDA/CONTROLE TENSAO,ETC. 1.677 28.448 13.295 1.529.671 11% 30%

9030.40.10 ANALISADORES DE PROTOCOLO 0 0 2.039 83 nihil -14%

9030.40.20 ANALISADORES DE NIVEL SELETIVO 0 0 435 24 nihil 46%

9030.40.30 ANALISADORES DIGITAIS DE TRANSMISSAO 2 4 2.484 1.736 -99% 15%

9030.40.90 OUTROS INSTRUMENTOS E APARS.P/TELECOMUNICACAO 1.937 608 22.358 9.981 850% -12%

9030.82.10 INSTRUMENTOS E APARS.P/TESTES DE CIRCUITOS INTEGRADOS 55 64 2.360 1.685 256% 1489%

9030.82.90 UTROS INSTRUMENTOS E APARELS.P/MEDIDA/CONTROLE D.DISCO 1 1 156 641.409 nihil 160%

9030.83.10 OUTROS,DE TESTE DE CONTINUIDADE DE CIRCUITOS IMPRESSOS 0 0 69 38 nihil -51%

9030.83.20 OUTROS,DE TESTE AUTOMATICO DE CIRCUITO IMPRESSO MONTADO 393 24 2.622 1.269 nihil 147%

9030.83.30 OUTROS,DE MEDIDAS DE PARAMETROS DE SINAIS DE TV./VIDEO 9 2 1.496 2.700 nihil 72%

9030.83.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.C/DISP.REG 1.883 497 7.725 15.565 195% -41%

9030.89.10 ANALISADORES LOGICOS DE CIRCUITOS DIGITAIS 111 4 331 341 90072% 52%

9030.89.20 ANALISADORES DE ESPECTRO DE FREQUENCIA 61 52 4.732 1.208 369% 8%

9030.89.30 FREQUENCIMETROS 4 92 405 21.512 -11% 12%

Fonte: MDIC / SECEX

DESCRIÇÃOEXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES VAR. % EM US$ - 05 / 04

NCM

ANEXO I

BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (2)

(Detalhamento dos produtos - Ano de 2006)

Page 388: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

366

US$ FOB (MIL) QUANTIDADE US$ FOB (MIL) QUANTIDADE EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO

9030.89.40 FASIMETROS 2 102 42 4.094 308% 87%

9030.89.90 OUTS.INSTRUM.E APARS.P/MEDIDA/CONTROLE ELETR.ETC. 880 22.170 19.305 1.737.234 0% 28%

9031.10.00 MAQS.DE EQUILIBRAR PECAS MECANICAS 506 187 5.325 498 25% -17%

9031.30.00 PROJETORES DE PERFIS 57 9 837 190 3% 0%

9031.41.00 INSTRUMENTOS E APARS.OPTICOS,P/CONTROLE DE DISCOS,ETC. 0 0 299 20 nihil 256%

9031.80.11 DINAMOMETROS 39 284 1.762 1.041 -45% 64%

9031.80.12 RUGOSIMETROS 39 17 1.235 522 nihil -4%

9031.80.20 MAQS.P/MEDICAO TRIDIMENSIONAL 2.113 361 11.414 266 -5% 47%

9031.80.30 METROS PADROES 569 180 123 24.125 41% -9%

9031.80.50 APARELS.P/ANALISE DE TEXTEIS, COMPUTADORIZADOS 2 9 1.988 255 93% 23%

9031.80.60 CELULAS DE CARGA 187 15.433 7.127 161.529 72% 40%

9031.80.90 OUTS.INSTRUMENTOS,APARS.E MAQS.DE MEDIDA/CONTROLE 0 0 0 4 -100% -100%

9032.89.30 EQUIPAMENTO DIGITAL AUTOMAT.P/CONTROLE DE VEIC.FERROV. 7 1 550 131 -100% -64%

9032.89.81 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE PRESSAO 454 13.699 6.822 474.246 19% 13%

9032.89.82 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE TEMPERATURA 5.148 477.133 22.318 1.118.721 30% 68%

9032.89.83 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE DE UMIDADE 179 3.118 1.030 33.663 4% 2%

9032.89.84 INSTRUMENTOS E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE VELOCID.MOTORES 13.811 468.800 4.521 212.696 71% 51%

9032.89.89 OUTS.INSTRUM.E APARS.AUTOMAT.P/CONTROLE GRANDEZ.N/ELETR 1.521 7.399 15.291 518.896 8% 4%

9032.89.90 OUTS.INSTRUMS.E APARS.AUTOMAT.P/REGULACAO/CONTROLE 20.107 100.701 120.136 1.324.248 144% -5%

9107.00.10 INTERRUPTORES HORARIOS 572 307.382 1.755 1.194.663 18% 16%

9107.00.90 OUTS.APARS.P/ACIONAR MECANIS. EM TEMPO DETERMINADO,ETC 52 11.331 484 841.568 165% 45%

OUTROS EQUIPAMENTOS DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 56.623 91.103 60% -11%

8421.19.10 CENTRIFUGADOR P/LABORAT.DE ANALISE,ENSAIO,PESQ.CIENTIF 282 344 2.651 2.681 62% 51%

8423.20.00 BASCULAS DE PESAGEM CONTINUA EM TRANSPORTADORES 717 58 3.089 579 34% 63%

8423.30.11 BASCULAS DOSADORAS C/APARS.PERIFERICOS C/UNID.FUNCIONAL 245 235 2.323 368 -18% 60%

8423.81.10 APARS.E INSTRUM.PESAGEM,DE MESA,C<=30KG,C/DISP.REG.ETC. 272 317 247 1.798 36% 208%

8423.81.90 OUTROS APARS.E INSTRUM.DE PESAGEM,CAPACIDADE<=30KG 234 689 2.232 161.094 -56% 92%

8472.30.10 MAQUINAS AUTOMATICAS PARA OBLITERAR SELOS POSTAIS 0 0 0 0 nihil nihil

8472.30.20 MAQUINAS AUTOMATICAS P/SELECAO DE CORRESPONDENCIA 0 0 0 0 nihil -100%

8472.30.30 MAQUINAS AUTOMATICAS P/SELECAO, ETC, DE ENCOMENDAS 0 0 0 0 nihil nihil

8472.30.90 OUTS.MAQS.P/SELECIONAR,DOBRAR,ABRIR,ETC.CORRESPONDENCIA 0 1 938 1.350 -100% 629%

8472.90.10 DISTRIBUIDORES AUTOMAT.PAPEL-MOEDA,INCL.EFET.OUTS.OPER. 34.221 4.448 282 112 73% 363%

8472.90.21 MAQS.ELETRONICAS, C/COMUNICACAO BIDIRECIONAL 0 0 6 2 nihil -60%

8472.90.29 OUTROS MAQS.BANCARIAS,C/DISPOSIT.P/AUTENTICAR 0 0 0 2 nihil -99%

8472.90.30 MAQS.P/SELECIONAR E CONTAR MOEDAS OU PAPEL-MOEDA 112 325 1.831 20.677 -47% -70%

8472.90.40 MAQS.DE APONTAR LAPIS,PERFURADORES,GRAMPEADORES,ETC. 34 11.095 4.120 9.994.517 -20% 35%

8472.90.51 CLASSIFICADORAS DE DOCUMENTOS SUPERIOR A 400 DOCTOS/MIN 0 0 6.654 71 nihil 167%

8472.90.59 OUTRAS CLASSIFICADORAS AUTOMATICAS DE DOCUMENTOS 0 1 108 16 nihil 1932%

8514.40.00 OUTROS APARELHOS PARA TRATAMENTO TERMICO DE MATERIAS 136 5 4.545 976 -43% 64%

8537.10.20 QUADROS C/APARS.CONTROL.PROGRAMAVEIS,T<=1KV 4.462 4.102 27.329 61.761 149% -21%

9031.20.10 BANCOS DE ENSAIO P/MOTORES 34 9 2.527 80 -19% 31%

9031.20.90 OUTROS BANCOS DE ENSAIO,EXC.P/MOTORES 2.799 2.362 7.829 8.548 56% -17%

9032.10.10 TERMOSTATOS AUTOMATICOS,DE EXPANSAO DE FLUIDOS 6.695 3.538.534 1.218 399.284 12% 35%

9032.10.90 OUTROS TERMOSTATOS AUTOMATICOS 3.422 1.377.204 12.230 6.825.021 96% -7%

9032.20.00 MANOSTATOS AUTOMATICOS (PRESSOSTATOS) 2.959 1.534.836 10.945 1.350.232 73% 9%

TOTAL ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 217.553 911.474 51% 10%

Fonte: MDIC / SECEX

(Detalhamento dos produtos - Ano de 2006)

NCM DESCRIÇÃOEXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES VAR. % EM US$ - 05 / 04

ANEXO I

BALANÇA COMERCIAL DE PRODUTOS DA ÁREA DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL (3)

Page 389: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

367

ANEXO III – Expectativas das Entidades

Quadro 32: Expectativas das Entidades - Volume de Produção - (4º Trimestre de 2008). Fonte: ABINEE, 2009.

Estabilidade

Mais de

20%

11% a

20%

6% a

10%Até 5% 0% Até 5%

6% a

10%

11% a

20%

Máquinas e equipamentos mecânicos x

Eletro eletrônicos

Máquinas agricolas x

Aluminio primário e transformados x

Celulose e papel x

Tubos e acessórios de metal x

Siderurgia x

Pneus x

Papelão ondulado x

Fundidos M x

Fundidos NM x

Autoveículos x

Autopeças

Alimentação x

Calçados x

Editorial e gráfica x

Medicamentos x

Categorias de

uso

Setores de Representação

das Entidades

Queda Aumento

Bens de Capital

Insumos e Bens

Intermediários

Bens de Consumo

Duráveis

Bens de Consumo

não Duráveis

Fonte: ABIMAQ – ABINEE – ANFAVEA – ABAL – Bracelpa – IBS – ABPO – ABIA – Abrigaf – Abimo – Abicalçados – ANIP – Abifa, 2009.

Quadro 33: Expectativas das Entidades - Vendas para o Mercado Interno - (4º Trimestre 2008). Fonte: ABINEE, 2009.

Estabilidade

Mais de

20%

11% a

20%

6% a

10%Até 5% 0% Até 5%

6% a

10%

11% a

20%

Mais de

20%

Máquinas e equipamentos mecânicos x

Eletro eletrônicos x

Máquinas agricolas x

Aluminio primário e transformados x

Celulose e papel x

Tubos e acessórios de metal x

Siderurgia x

Pneus x

Papelão ondulado x

Fundidos M

Fundidos NM

Autoveículos x

Autopeças x

Alimentação x

Calçados x

Editorial e gráfica x

Medicamentos x

Categorias de

uso

Setores de Representação

das Entidades

Queda Aumento

Bens de Capital

Insumos e Bens

Intermediários

Bens de Consumo

Duráveis

Bens de Consumo

não Duráveis

Fonte: ABIMAQ – ABINEE – ANFAVEA – ABAL – Bracelpa – IBS – ABPO – ABIA – Abrigaf – Abimo – Abicalçados – ANIP – Abifa, 2009.

Page 390: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

368

Quadro 34: Expectativas das Entidades - Vendas para o mercado externo - (4º Trimestre 2008). Fonte: ABINEE, 2009.

Estabilidade

Mais de

20%

11% a

20%

6% a

10%Até 5% 0% Até 5%

6% a

10%

11% a

20%

Mais de

20%

Máquinas e equipamentos mecânicos x

Eletro eletrônicos x

Máquinas agricolas x

Aluminio primário e transformados x

Celulose e papel x

Tubos e acessórios de metal x

Siderurgia x

Pneus x

Papelão ondulado x

Fundidos M x

Fundidos NM x

Autoveículos x

Autopeças x

Alimentação x

Calçados x

Editorial e gráfica x

Medicamentos x

Bens de consumo

duráveis

Bens de consumo

não duráveis

Queda Aumento

Bens de capital

Insumos e bens

intermediários

Categorias de

uso

Setores de Representação

das Entidades

Fonte: ABIMAQ – ABINEE – ANFAVEA – ABAL – Bracelpa – IBS – ABPO – ABIA – Abrigaf – Abimo – Abicalçados – ANIP – Abifa, 2009.

Page 391: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

369

ANEXO IV – Empresas Nacionais - Automação Industrial

Quadro 35: Empresas Nacionais de Automação Industrial. Fonte: ABINEE, 2009.

No Empresa Linha de Produtos Estado

1 ABB

Analisador/Detector/Controlador de Gases em Geral Anunciador Eletrônico de Alarme Chave de Nível Eletrônica Controle Estatístico da Produção Integrador Sistema-Automação Industrial Integrador Sistema-Industrial Medidor de Vazão Magnético Medidor de Vazão Mássica Painel de Automação com CLP Registrador de Processo Gráfico Retangular Transmissor Eletrônico de Pressão Transmissor Eletrônico de Pressão Diferencial Transdutor Eletrônico de Corrente/Pressão Transdutor de Temperatura Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)

SP

2 Able Fonte de Alimentação p/Equipamentos de Automação SP

3

Ace Schmersal Sensor de Proximidade Capacitivo Sensor de Proximidade Indutivo Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)

SP

4 ACS

Isolador Óptico Unidade Terminal Remota Sistema de Controle de Demanda de Energia Elétrica Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica Sistema de Medição de Energia Centralizado Sistema de Medição de Energia/Água/Gás Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados Software p/gerenciamento de Energia Elétrica

SP

5 Actaris

Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica Sistema de Medição de Energia/Água/Gás Sistema de Medição p/Consumidor Livre Sistema de Telemedição de Consumo de Energia Software p/Supervisão Sistema Refrigeração e Climatização

SP

6 Advantech Computador Industrial SP

7 Agilent Integrador Sistema-Teste e Medição p/Autom. Industrial Segura SP

8 Altus

Controlador lógico/programável (CLP)

Controladores e Conversores, Inversores de Frequência para Motores

Contador

Conversor serial p/tcp/ip ethernet

Interface de comunicação p/ CLP via TCP/IP

Interface homem/máquina

Isolador eletrônico de sinal

Modulo didático p/clp

Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados

Unidade terminal remota

Terminal de aquisição de dados

Repetidores, geradores e equipamentos de rede Softwares para automação

RS

9

Areva

Integrador Sistema-Energia Integrador Sistema-Industrial Integrador Sistema-Infraestrutura Unidade Terminal Remota

SP

Page 392: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

370

No Empresa Linha de Produtos Estado

10 Arteche EDC

Digitalização de Subestação de Energia Integrador Sistema-energia Unidade Terminal Remota Sistema de Controle p/Subestações Transm/Distr Energia Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD) Sistema Integrado p/Proteção/Controle Sistemas Energia

PR

11 Asten Atuador Eletromecânico SP

12 ATI

Interface p/Comunicação de Dados Unidade Terminal Remota Sistema de Supervisão e Comando de Chave Seccionadora Sistema Telesupervisão p/Sistema Distribuição Energia Software P/Gerencia de Equipamentos de Telesupervisão

SP

13 AZ

Controlador de Atuador Sem Fio a Longa Distância Controlador de Bomba Sem Fio a Longa Distância Controlador de Equipamento Sem Fio a Longa Distância Equipamento de Supervisão e Controle Equipamento de Telemetria Transmissor/Receptor de RF p/Sistemas de Automação

RS

14 Balluff

Chave Múltipla Rotativa Encoder Incremental/Absoluto

Programador de Posição Sensor de Proximidade Capacitivo Sensor de Proximidade Indutivo Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico) Sensor de Proximidade Magnético Sensor de Proximidade ultra-sônico Supervisor de Rotação e Fonte de Alimentação Transdutor Linear ultra-sônico

SP

15 BCM

Automação de Usina Elétrica Controlador Lógico/Programável (CLP) Unidade Terminal Remota Sistema de Controle p/Subestações Transm/Distr Energia

RS

16 CAS Sistema p/Medição Remota/Automação Distribuição Energia SP

17 Coel Sensor de Proximidade Indutivo Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)

SP

18

Coester

Atuador Elétrico Conversor de Protocolo p/Rede Industrial (Gateway) Equipamentos e acessórios p/ redes industriais Integrador Sistema-Industrial

Redutor p/atuador elétrico

RS

19 Conexel Fonte de Alimentação p/Equipamentos de Automação SP

20

Consistec Termopar Termoresistência Transmissor Eletrônico Diversos

SP

21 Controle Eng Painel de Automação com CLP MG

22 Digicon

Controle Estatístico da Produção Indicador/Contador Digital p/ Máquina Operatriz Sistema de Medição e Controle de Espessura p/Filmes Sistema p/Supervisão de Máquinas Injetoras Transdutor Linear p/Autom. de Máquina Operatriz

RS

23 Dimelthoz Controlador Lógico/Programável (CLP) RS

24 Eletroppar Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico) SP

25 Elepot Software p/Setor Elétrico RJ

26 Eletromatic Medidor de Nível p/ Poço Artesiano SP

27 Eliseu Kopp Sistema de Gerenciamento de Apartes RS

Page 393: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

371

No Empresa Linha de Produtos Estado

28 Elo Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica Sistema de Medição de Energia Centralizado Sistema Medição de Fronteira p/Energia Elétrica

SP

29 Elster Sistema de Medição de Energia Centralizado RS

30 Engro

Registrador de Processo Gráfico Retangular Transdutor de Temperatura Termoelemento Termopar Termopar com Isolação Mineral Termoresistência

SP

31 Ecil

Computador industrial

Conversor de protocolo e1-r2

Conversor de Sinais Eletro-Ótico

Fonte de alimentação p/equipamentos de automação

Gateways p/protocolos do setor elétrico

Gerador de Base de Tempo para sincronismo de equipamentos via GPS

Oscilógrafo digital-registrador digital de perturbação

Plataforma de correio eletrônico-voz/fax/dados

Sistema de áudio conferencia

Sistema de controle p/subestações transm/distr energia

Sistema de gerenciamento de energia elétrica

Sistema de medição de energia centralizado

Sistema de qualidade na distribuição de energia

Sistema digital p/gravação de mensagens

Sistema medição de fronteira p/energia elétrica

Sistema web de telemetria

Terminal linux p/call center

Unidade de resposta audível (ura) Unidade terminal remota

SP

32 Equipe-Equips

Transmissor Eletrônico de Temperatura Termopar Termopar com Isolação Mineral Termoresistência

SP

33 Esystech Software de Missão Crítica Software de Missão Crítica de Tempo Real Tecnologia ARM

PR

34 Exacta

Cabos de extensão e compensação Controladores de Temperatura Poços termométricos Termopares Termoresistências PT-100 Transmissores de temperatura e pressão Tubos cerâmicos

SP

35 Festo

Modulo de Controle-Eixo Eletromecânico Sensor de Proximidade de Efeito Hall Sensor de Proximidade Indutivo Sensor de Proximidade Magnético Sensor Óptico Sensor Pneumático Terminal de Válvula Eletro Pneumático

SP

36 Frata Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico) SP

37 Full Gauge Pressostato Industrial Termostato Industrial Software p/Supervisão Sistema Refrigeração e Climatização

RS

38 GE

Integrador Sistema-Automação Industrial Integrador Sistema-Energia Integrador Sistema-Industrial Integrador Sistema-Industrial-Siderurgia/Metalurgia

SP

Page 394: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

372

No Empresa Linha de Produtos Estado

39 GTA

Controlador Lógico/Programável (CLP) Controlador/Indicador Eletrônico p/Processo Transmissor Eletrônico de Temperatura Sistema de Supervisão de Grandezas Não Elétricas Via PC Transmissor Digital de RPM

SP

40 Hasco Sensor de Proximidade Magnético SP

41 Helmut Mauell

Controladores Programáveis (UACs) Relés Sistemas de Anunciadores e Registradores de Alarmes e Eventos Sistemas Visuais para Salas de Controle

SP

42 Heraeus

Coletor de Amostra em Metais Líquido Sensor de Oxigênio em Metais Líquidos Aço-Cobre Sensor p/ Sistema Sublanca Termopar Descartável

SP

43 HI Tecnologia

Bridge de comunicação Modbus/TCP-Modbus/RTU Condicionar de sinais Controlador Lógico Programável (CLP) Controlador para unidade de Plunger Lift Controlador para unidade elevação de óleo BCP/BCS Controlador para unidade Gás Lift Controlador Unidade Bombeio Mecânico Conversor serial RS232/RS485 Conversor serial/Ethernet Fonte de Alimentação Interface Homem Máquina Kit para treinamento em CLP

SP

44

Hobeco

Rede de Telemetria Registrador Sequencial de Evento Unidade Terminal Remota Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados

RJ

45 Ingeteam Integrador Sistema-Industrial-Siderurgia/Metalurgia SP

46 Inova Termostato Industrial RS

47 Instrutech

Sensor de Proximidade Capacitivo Sensor de Proximidade Indutivo Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico) Sensor de Proximidade Magnético

SP

Page 395: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

373

No Empresa Linha de Produtos Estado

48 Invensys

Controladores Eletrônicos Diversos Conversor de Sinal Eletrônico Conversor de Sinal Pneumático Extrator de Raiz Quadrado Pneumático Fonte de Alimentação p/Equipamentos de Automação Integrador de Sinal Eletrônico Integrador de Sinal Pneumático Isolador Eletrônico de Sinal Pressostato p/Equip de Refrigeração e Ar-Condicionado Registrador de Processo Gráfico Retangular Registrador Pneumático Relé de Calculo Eletrônico Multiplicador/Divisor Relé de Calculo Eletrônico Somador/Subtrator Relé de Calculo/Limitação Pneumática Seletor de Sinal Eletrônico/Chave Seletora Transmissor Eletrônico de Temperatura Transmissor Eletrônico de Pressão Transmissor Eletrônico de Pressão Diferencial Transmissor Pneumático de Nível Transmissor Pneumático de Pressão Transmissor Pneumático de Pressão Diferencial Transmissor Pneumático de Temperatura Transmissor de Vazão Eletrônico Transmissor de Vazão Pneumático Transmissor Eletrônico de Nível Transmissor Pneumático de Pressão/Corrente Transdutor Eletrônico de Corrente/Pressão Termostato Industrial Termoelemento Termopar Termoresistência

SP

49 IMS Software p/Gerenciamento de Energia Elétrica RS

50 I-Vision

Câmeras industriais inteligentes Sistemas de imagem e processamento de imagens, customizados Sistemas de rastreabilidade por imagem Sistemas de visão computacional p/indústria Sistemas embarcados de alto desempenho Sistemas para visualização em processos Metalúrgicos/Siderúrgicos

MG

51 Jonhis

Controladores Eletrônicos Diversos Controlador/Indicador Eletrônico p/Processo Registrador de Processo Gráfico Circular Registrador de Temperatura/Pressão Através de Software

Transmissor Eletrônico de Temperatura Transmissor Eletrônico de Pressão Termopar Termopar com Isolação Mineral Termoresistência

SP

52 Kap Sensor de Proximidade Magnético SP

53 Koblitz Integrador Sistema-Energia Integrador Sistema-Industrial

SP

54 Landis+Gyr

Controlador de Energia-Corte e Religamento Automático Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica Sistema de Medição de Energia Centralizado Sistema de Medição de Energia/Água/Gás Sistema de Telemedição de Consumo de Energia

PR

55 Lince Medidor de Nível com Tecnologia RF Admitância RJ

56 Magnetrol Chave de Fluxo Chave de Nível Eletromecânica Chave de Nível Eletrônica

SP

57 Mar Girius Chave de Nível Eletromecânica Pressostato Industrial

SP

Page 396: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

374

No Empresa Linha de Produtos Estado

58 MCM Fonte de Alimentação p/Equipamentos de Automação MG

59

MDI Controlador Lógico/Programável (CLP) Potenciômetro Digital

RS

60 Metaltex

Caixas plásticas para botões de comando Interfaces a relé eletromecânico Interfaces a relé estado sólido Relés Sensores magnéticos reed Temporizadores

SP

61 Metso Integrador Sistema-Automação Industrial SP

62 Mettler

Sonda p/Medição de Condutividade Sonda p/Medição de Oxigênio Dissolvido Sonda p/Medição de PH Sonda p/Medição de Redox

SP

63 MS

Chave de Nível Nuclear Medidor de Nível de Ultra-som Medidor de Umidade/Espessura/Gramatura-Processo NIR Medidor de Vazão por Ultra-som

RJ

64 MSA Analisador/Detector/Controlador de Gases em Geral Analisador/Detector/Controlador de Oxigênio

SP

65 Nansen

Unidade Terminal Remota Sistema de Medição de Energia Centralizado Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados Sistema de Telemedição de Consumo de Energia Software p/Analise/Comunicação/Leitura Medidor Energia

MG

66 NBN Sistema Automático p/Execução dos Processos de Couro RS

67 NCR Integrador Sistema-Industrial SP

68 Novus

Controlador Digital Single-Loop Controladores Eletrônicos Diversos Transmissor Eletrônico de Temperatura Termostato Industrial Software Supervisão p/Processo Industrial Pequeno Porte

Termoelemento Termopar Termoresistência Transmissor de Temperatura e Umidade Relativa

RS

69 Omron Integrador Sistema-Automação Industrial SP

70 Orbe Fonte de Alimentação p/Equipamentos de Automação SP

71 Orteng

Integrador Sistema-Automação Industrial Integrador Sistema-Energia Unidade Terminal Remota Sistema de Automação de Rede de Distribuição Energia Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica Sistema Digital de Automação Industrial

MG

72 Ottime

Acionamento de Motor de Passo Controlador Programável Linha de Montagem Automática Linha de Montagem Manual Manipulador p/Carga/Descarga/Movimentação Componentes Movimentador Linear Modular

SP

73 Pextron Detector Fotoelétrico SP

74 PHB Fonte de Alimentação p/Equipamentos de Automação SP

75 Phoenix Controlador Lógico/Programável (CLP) SP

76

Pilz Integrador Sistema-Soluções p/Automação Indl Segura SP

77 Rockwell Centro de controle de motores-ccm (painel) Chave elétrica seccionadora Chopper p/sistema de tração

SP

Page 397: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

375

No Empresa Linha de Produtos Estado

Controlador lógico/programável (clp) Conversor estático p/acion motor ca/inversor frequência Conversor estático p/acionamento motor cc Integrador sistema-automação industrial Integrador sistema-industrial Modulo eletrônico p/partida/parada suave motor elétrico Motor elétrico de corrente alternada Motor elétrico de corrente contínua Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento indl Sistema de controle distribuído Sistema de potência distribuída Sistema supervisório industrial

78

Roque&Correia Integrador Sistema-Saneamento Sistema Integrado Telecomando/Telemetria p/Saneamento Software p/Teste/Comunicação/Controle/Automação

PR

79 Saturnia Integrador Sistema-Energia SP

80

Schneider

Controlador Programável Controlador Programável com IHM alfanumérica integrada Interface Homem Máquina alfanumérica Interface Homem Máquina gráfica Remota de E/S distribuída Software de Programação

SP

81 SEG Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados SP

82 S&E

Amperímetros digitais para painel Chave seletora de termopar Contadores digitais Cronômetros digitais para painel Encoders incrementais Frequencímetros digitais para painel Horímetros digitais para painel Indicadores de sinais de processo Ohmímetros para painel Ohmímetros portáteis/ Pirômetros (indicadores/ controladores de temperatura) digitais p/ painel Tacômetros digitais para painel Termômetros portáteis Voltímetros digitais para painel

SP

83 Sense

Barreiras de Segurança Intrínseca Conector para Sensor de Proximidade Conversores/Condicionadores/Amplificadores de Sinais Cortinas de Luz/Barreiras Fotoelétricas Derivadores para Redes Industriais Distribuidor de Sinais Discretos e para Redes Industriais Fontes de Alimentação Interface para Redes Industriais (I/O) Isoladores Galvânicos de Sinais Isoladores Ópticos de Sinais Monitor/Sinalizador de Válvulas Sensor de Proximidade à Prova de Explosão (Exd) Sensor de Proximidade Capacitivo Sensor de Proximidade Efeito Hall Sensor de Proximidade Fotoelétrico (Infravermelho e Laser) Sensor de Proximidade Indutivo Sensor de Proximidade Magnético Sensor de Proximidade para Segurança Aumentada (Exe) Sensor de Proximidade para Segurança Intrínseca (Exi) Sensor de Proximidade Ultrasônico Supervisor de Rotação Válvula Solenóide

SP

84 SGF Sistema p/Controle e Contagem de Vasilhames SP

Page 398: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

376

No Empresa Linha de Produtos Estado

85 Siemens

Analisador/Detector/Controlador de Gases em Geral Anunciador Eletrônico de Alarme Barreira de Segurança Intrínseca Computador Industrial Integrador Sistema-Automação Industrial Integrador Sistema-Industrial Sistema de Controle Distribuído

SP

86 Syncro Acionamento de Motor de Passo SP

87 Splice Sistema p/Rastreamento Bovino SP

88 Tecnotron

Conector p/Sensor de Proximidade Fonte p/Sensor de Proximidade Sensor de Proximidade Capacitivo Sensor de Proximidade Indutivo Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico) Sensor de Proximidade Magnético Sinalizador p/ Válvula Solenóide

SP

89 Tectrol Fonte de Alimentação p/Equipamentos de Automação SP

90 Telvent Unidade Terminal Remota Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)

SP

91 Toshiba Transdutor de Temperatura MG

92 Trafo Controlador de Energia-Corte e Religamento Automático RS

93 Tron

Controlador de Energia-Corte e Religamento Automático Sensor de Nível Sensor de Proximidade Capacitivo Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados

PE

94 Unidigital Interfaces Diversas p/CLP e Outros Equipamentos Software de Supervisão e Controle

Sistema de Inspeção Visual p/ Indústria RS

95 Ward Transdutor de Temperatura MG

96 Vorax Integrador Sistema-Industrial SP

97 WEG Sistema de Automação e Controle SC

98 XPS Fonte de Alimentação p/Equipamentos de Automação SP

99 Yaskawa Integrador Sistema-Industrial Integrador Sistema-Robotizado

SP

100 Yokogawa Sistema de Condicionamento de Amostras p/Gases/Líquidos Sistema Digital de Controle Distribuído (SDCD)

SP

Page 399: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

377

ANEXO V - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado

Nacional de Automação Industrial

Quadro 36: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Industrial.

Fonte: ABINEE, 2009.

Item Especificação do Produto

1 Acessorios P/Sensores Descartaveis P/Metalurgia/Siderurgia

2 Acionamento de Motor de Passo

3 Acionamentos de Corrente Alternada

4 Acionamentos de Corrente Contínua

5 Acionamentos de Servomotores

6 Alarme de Fluxo

7 Alarme de Nível

8 Analisador de Concentração

9 Analisador de Oxi-Redução

10 Analisador/Controlador/Transmissor de Cloro

11 Analisador/Detector/Controlador de Gases Em Geral

12 Analisador/Detector/Controlador de Oxigênio

13 Analisador/Medidor/Transmissor Indl de Redox

14 Analisador/Medidor/Transmissor Indl. de Condutividade

15 Analisador/Medidor/Transmissor Industrial de Ph

16 Anunciador Eletrônico de Alarme

17 Atuador Elétrico

18 Atuador Eletromcânico

19 Atuador Pneumático

20 Automação de Sistemas de Geração de Energia

21 Automação de Usina Elétrica

22 Automação de Usinas de Açúcar e Álcool

23 Barreira de Segurança Intrinseca

24 Bornes

25 Botoeiras

26 Bridge de Comunicação-Modbus/Tcp-Modbus/Rtu

27 Célula Industrial P/Climpagem Modulos/Componentes Mecan

28 Capacitores de Correção de Fator de Potência

29 Célula Industrial P/Montagem/Teste Componentes Automot

30 Célula Industrial P/Parafusamento Com Torque Controlado

31 Célula Industrial P/Prensagem Componentes Mcânicos

32 Célula Industrial P/Rebitagem Com Controle Forca/Avanco

Page 400: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

378

Item Especificação do Produto

33 Central Telesupervisão/Telecomando/Telemetria P/Saneam

34 Centros de Controle de Motores (CCM) Convencionais

35 Centros de Controle de Motores (CCM) Inteligentes

36 Chave de Fluxo

37 Chave de Nível Eletromecanica

38 Chave de Nível Eletrônica

39 Chave de Nível Nuclear

40 Chave de Nível Pneumatica

41 Chave de Vazao

42 Chave Multipla Rotativa

43 Chaves de Partida Compensadora

44 Chaves de Partida Direta

45 Chaves de Partida Estrela-Triângulo

46 Chaves de Partida Soft-Starters

47 Chaves Seccionadoras

48 Chaves Soft-Starters

49 Coletor de Amostra em Metais Líquidos

50 Coluna Manométrica

51 Comando Numerico Computadorizado (CNC)

52 Computador de Vazão

53 Computador Industrial

54 Condicionador de Sinais

55 Conector P/Sensor de Proximidade

56 Contatores Auxiliares

57 Contatores de Comando

58 Contatores de Força

59 Controlador Contínuo de Peso

60 Controlador de Atuador Sem Fio a Longa Distancia

61 Controlador de Bomba Sem Fio a Longa Distancia

62 Controlador de Dispositivos P/Controle Consumo Energia

63 Controlador de Energia-Corte e Religamento Automatico

64 Controlador de Equipamento Sem Fio a Longa Distancia

65 Controlador Digital Multi-Loop

66 Controlador Digital Single-Loop

67 Controlador Eletrônico Diversos

68 Controlador Lógico/Programável (CLP)

69 Controlador P/Elevação de Óleo Multi Métodos

70 Controlador Programável

Page 401: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

379

Item Especificação do Produto

71 Controlador/Indicador Eletrônico P/Processo

72 Controle Automatizado P/Secadores e Aeração de Graos

73 Controle Estatistico da Produção

74 Controle Temperatura/Monitor Umidade P/Graos Em Fluxo

75 Conversor de Protocolo P/Rede Industrial (Gateway)

76 Conversor de Sinal Eletrônico

77 Conversor de Sinal Pneumático

78 Conversor Eletropneumático

79 Conversores de Corrente Contínua

80 Conversores de Frequência

81 Conversores de Frequência Com PLC

82 Detector Fotoelétrico

83 Digitalização de Subestação de Energia

84 Distribuidor Eletrônico de Sinal

85 Disjuntores Em Caixa Moldada

86 Disjuntores Termomagnéticos

87 Disjuntores-Motor

88 Elementos Primarios de Vazão

89 Encoder Incremental/Absoluto

90 Equipamento de Supervisão e Controle

91 Equipamento de Telemetria

92 Equipamento P/Telealarme em Subestações

93 Estação Controladora de Reservatorio P/Saneamento

94 Estação de Razao Eletrônica

95 Extrator de Raiz Quadrada Eletrônico

96 Extrator de Raiz Quadrada Pneumático

97 Filtro Regulador

98 Fluxostato

99 Fonte de Alimentação P/Equipamentos de Automação

100 Fonte P/Sensor de Proximidade

101 Fusíveis Tipo D

102 Fusíveis Tipo Nh

103 Gateway P/Protocolo do Setor Elétrico

104 Gerador de Impulso Rotativo

105 Geradores

106 Indicador/Contador Digital P/Máquina Operatriz

107 Integrador de Sinal Eletrônico

108 Integrador de Sinal Pneumático

Page 402: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

380

Item Especificação do Produto

109 Integrador Sistema-Automação Industrial

110 Integrador Sistema-Energia

111 Integrador Sistema-Industrial

112 Integrador Sistema-Industrial-Siderurgia/Metalurgia

113 Integrador Sistema-Infraestrutura

114 Integrador Sistema-Robotizado

115 Integrador Sistema-Saneamento

116 Integrador Sistema-Soluções P/Automação Industrial Segura

117 Integrador Sistema-Teste e Medição P/Automação Industrial

118 Interface de Comunicação P/Clp Via Tcp/Ip

119 Interface de Comunicação P/Protocolo Fieldbus

120 Interface Homem/Máquina

121 Interface P/Comunicação de Dados

122 Interfaces Diversas P/Clp e Outros Equipamentos

123 Inversores de Frequência

124 Inversores de Frequência Com PLC

125 Isolador Eletrônico de Sinal

126 Isolador Óptico

127 Linha de Montagem Automatica

128 Linha de Montagem Manual

129 Manipulador P/Carga/Descarga/Movimentação Componentes

130 Manômetro

131 Medidor de Nível Capacitivo

132 Medidor de Nível Com Tecnologia Rf Admitância

133 Medidor de Nível Condutivo

134 Medidor de Nível Diversos

135 Medidor de Nível Eletromcânico

136 Medidor de Nível Hidrostático

137 Medidor de Nível Nuclear

138 Medidor de Nível P/Poco Artesiano

139 Medidor de Nível Por Ultra-Som

140 Medidor de Nível/Densidade/Vazão-Eletrônico Nuclear

141 Medidor de Umidade/Espessura/Gramatura-Processo Nir

142 Medidor de Vácuo Diversos

143 Medidor de Vácuo Tipo Penning

144 Medidor de Vácuo Tipo Pirani

145 Medidor de Vazão Diversos

146 Medidor de Vazão Magnético

Page 403: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

381

Item Especificação do Produto

147 Medidor de Vazão Massica

148 Medidor de Vazão por Ultra-Som

149 Medidor de Vazão Sólido

150 Medidor de Vazão Tipo Turbina

151 Modulo de Controle-Eixo Eletromcânico

152 Monitor de Sinal de Processo

153 Motores de Corrente Alternada

154 Motores de Corrente Continua

155 Movimentador Linear Modular

156 Oscilografo Digital-Registrador Digital de Perturbação

157 Painéis de Comando e Controle em Baixa e Média Tensão

158 Painel de Automação Com CLP

159 Pirometro de Radiação

160 Pirometro Digital

161 Pirometro Diversos

162 Pirometro Óptico

163 Pirometro Registrador

164 Placa Eletrônica P/Composição Servocontroles Eletrohidr

165 Potenciometro Digital

166 Pressostato Industrial

167 Pressostato P/Equip de Refrigeração e Ar-Condicionado

168 Programador de Posição

169 Programador Sequenciador

170 Purgador P/Vapor e Ar Comprimido

171 Quadros de Distribuição Elétrica

172 Rede de Telemetria

173 Rede Industrial P/CLP

174 Registrador de Processo Grafico Circular

175 Registrador de Processo Grafico Retangular

176 Registrador de Temperatura/Pressão Atraves de Software

177 Registrador Pneumático

178 Registrador Sequencial de Evento

179 Réguas de Bornes

180 Relé de Calculo Eletrônico Multiplicador/Divisor

181 Relé de Calculo Eletrônico Somador/Subtrator

182 Relé de Calculo/Limitação Pneumático

183 Relés de Nível

184 Relés de Sobrecarga

Page 404: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

382

Item Especificação do Produto

185 Relés Inteligentes

186 Relés Programáveis

187 Relés Temporizadores

188 Seletor de Sinal Eletrônico/Chave Seletora

189 Sensor de Analise Carbono/Carbono Equiv. em Ferros Fundidos

190 Sensor de Carbono Em Aco

191 Sensor de Nível

192 Sensor de Oxigênio Em Metais Líquidos Aco-Cobre

193 Sensor de Proximidade A Prova de Explosão

194 Sensor de Proximidade Capacitivo

195 Sensor de Proximidade de Efeito Hall

196 Sensor de Proximidade Indutivo

197 Sensor de Proximidade Infravermelho (Fotoelétrico)

198 Sensor de Proximidade Magnético

199 Sensor de Proximidade Ultra-Sonico

200 Sensor de Temperatura em Metais Líquidos

201 Sensor Óptico

202 Sensor P/Sistema Sublanca

203 Sensor Pneumático

204 Sequenciador Programável

205 Servoconversores

206 Servomotores

207 Sinalizadores

208 Sinalizador P/Valvula Solenoide

209 Sincro P/Comando e Indicação de Posição Angular

210 Sistema A Laser P/Posicionamento

211 Sistema Automatico de Dosagem-Ver Tambem Balanca Indl

212 Sistema Automatico P/Execucao dos Processos de Couro

213 Sistema de Aferição de Vazão em Linha Com Bocais Sonico

214 Sistema de Automação de Rede de Distribuição de Energia

215 Sistema de Automação e Controle

216 Sistema de Condicionamento de Amostras P/Gases/Líquidos

217 Sistema de Controle de Demanda de Energia Elétrica

218 Sistema de Controle Distribuido

219 Sistema de Controle P/Subestações Transm/Distr Energia

220 Sistema de Controle Remoto

221 Sistema de Gerenciamento de Apartes

222 Sistema de Gerenciamento de Energia Elétrica

Page 405: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

383

Item Especificação do Produto

223 Sistema de Gerenciamento de Producao

224 Sistema de Gerenciamento Em Redes Elétricas

225 Sistema de Imagem e Visão

226 Sistema de Inspeção Visual P/Indústria

227 Sistema de Localização de Falhas Em Redes Distribuição

228 Sistema de Medição de Energia Centralizado

229 Sistema de Medição de Energia/Agua/Gas

230 Sistema de Medição e Controle de Espessura P/Filmes

231 Sistema de Medição P/Consumidor Livre

232 Sistema de Potencia Distribuida

233 Sistema de Qualidade na Distribuição de Energia

234 Sistema de Supervisão de Grandezas Nao Elétricas Via Pc

235 Sistema de Supervisão e Comando de Chave Seccionadora

236 Sistema de Supervisão/Controle/Aquisição de Dados

237 Sistema de Telemedição de Consumo de Energia

238 Sistema de Telessupervisão de Eventos Via Rádio

239 Sistema de Termometria P/Silo/Armazem-Central/Portatil

240 Sistema de Transmissão de Programas P/Cnc e Clp

241 Sistema Digital de Automação Industrial

242 Sistema Digital de Controle Distribuido (Sdcd)

243 Sistema Integrado P/Protecao/Controle Sistemas Energia

244 Sistema Integrado Telecomando/Telemetria P/Saneamento

245 Sistema Medição de Fronteira P/Energia Elétrica

246 Sistema P/Controle e Contagem de Vasilhames

247 Sistema P/Controle/Tarifa/Demanda/Automação

248 Sistema P/Medição Remota/Automação Distribuição Energia

249 Sistema P/Rastreamento Bovino

250 Sistema P/Supervisão de Máquinas Injetoras

251 Sistema Supervisorio Industrial

252 Sistema Telesupervisão P/Sistema Distribuição Energia

253 Sistema Web de Telemetria

254 Sistemas de Automação e Controle de Máquinas

255 Sistemas de Automação e Controle de Processos

256 Sistemas de Controle para Subestações de Energia

257 Sistemas de Posicionamento

258 Sistemas de Supervisão e Controle de Processos Industriais

259 Sistemas Elétricos e Eletrônicos Industriais

260 Sistemas Supervisórios

Page 406: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

384

Item Especificação do Produto

261 Soft-Starters

262 Software de Missão Crítica

263 Software de Missão Crítica de Tempo Real Tecnologia Arm

264 Software de Supervisão e Controle

265 Software P/Analise/Comunicação/Leitura Medidor Energia

266 Software P/Automação do Processo de Calibração

267 Software P/Gerencia de Equipamentos de Telesupervisão

268 Software P/Gerenciamento de Energia Elétrica

269 Software P/Leitura e Configuração de Medidores

270 Software P/Monitoração e Registro de Variaveis Processo

271 Software P/Setor Elétrico

272 Software P/Sistema Fieldbus

273 Software P/Supervisão Sistema Refrigeração/Climatização

274 Software P/Telemedição/Teleleitura de Consumo Energia

275 Software P/Teste/Comunicação/Controle/Automação

276 Software Supervisão P/Processo Industrial Pequeno Porte

277 Sonda de Profundidade P/Medição Nível Em Reservatorio

278 Sonda P/Medição de Condutividade

279 Sonda P/Medição de Oxigênio Dissolvido

280 Sonda P/Medição de Ph

281 Sonda P/Medição de Redox

282 Supervisor de Dados de Producao

283 Supervisor de Rotação e Fonte de Alimentação

284 Terminal de Supervisão

285 Terminal de Valvula-Eletropneumático

286 Terminal Industrial Dnc

287 Termoelemento

288 Termopar

289 Termopar Com Isolação Mineral

290 Termopar Descartavel

291 Termoresistencia

292 Termostato Industrial

293 Totalizador de Vazão

294 Totalizador Eletrônico de Sinal

295 Transdutor de Pressão/Corrente

296 Transdutor de Pressão/Vácuo

297 Transdutor de Temperatura

298 Transdutor Eletrônico de Corrente/Pressão

Page 407: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

385

Item Especificação do Produto

299 Transdutor Linear Indutivo

300 Transdutor Linear P/Automatização de Máquina Operatriz

301 Transdutor Linear Ultra-Sônico

302 Transdutor Pneumático de Pressão/Corrente

303 Transformadores de Comando

304 Transformadores de Força

305 Transmissor de Temperatura e Umidade Relativa

306 Transmissor de Vazão Eletromcânico

307 Transmissor de Vazão Eletrônico

308 Transmissor de Vazão Pneumático

309 Transmissor Digital de RPM

310 Transmissor Eletrônico de Nível

311 Transmissor Eletrônico de Pressão

312 Transmissor Eletrônico de Pressão Diferencial

313 Transmissor Eletrônico de Temperatura

314 Transmissor Eletrônico Diversos

315 Transmissor Magnético de Fluxo

316 Transmissor Pneumático de Nível

317 Transmissor Pneumático de Pressão

318 Transmissor Pneumático de Pressão Diferencial

319 Transmissor Pneumático de Temperatura

320 Transmissor/Receptor de Rf P/Sistemas de Automação

321 Unidade Galvanicamente Isolada/Intrinsecamente Segura

322 Unidade Terminal Remota

323 Valvula de Controle

324 Valvula Eletropneumatica

325 Valvula Industrial

326 Valvula Reguladora de Pressão/Regulador de Pressão

327 Valvula Solenoide

328 Valvula Termostatica

329 Visor de Fluxo

330 Visor de Nível

Page 408: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

386

ANEXO VI - Empresas Nacionais - Automação Predial-Residencial

Quadro 37: Empresas Nacionais de Automação Predial-Residencial. Fonte: ABINEE, 2009.

No Empresa Linha de Produtos Estado

1 Acces Integrador Sistema-CFTV Integrador Sistema-Controle de Acesso p/Área Restrita Integrador Sistema-Detecção/Combate de Incêndio

SP

2 ACS

Cartão modular de entrada/saída Controlador de fator de potencia/banco de capacitores Controlador/registrador de demanda Interface serial de comunicacao Isolador óptico Micromodem p/linha privada Registrador microprocessado p/supervisao de energia Sistema de controle de demanda de energia elétrica Sistema de gerenciamento de energia elétrica Sistema de medicao de energia centralizado Sistema de medicao de energia/agua/gas Sistema de supervisao/controle/aquisicao de dados Software p/gerenciamento de energia elétrica Transdutor de tensao Transdutor digital de grandezas elétricas Unidade de processamento digital de variaveis elétricas Unidade terminal remota

SP

3

Amelco

Automatização de Porta e Portão Central de Portaria Fechadura Elétrica Porteiro Eletrônico Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas Vídeo Porteiro

SP

4 Alcatel Circuito Fechado de Televisão-CFTV SP

5 Altus Controlador lógico programável CLP Integrador Sistema-Automação Predial e Segurança

RS

6 Areva

Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas Sistema Integrado de Automação Predial e Segurança Sistema Integrado de Supervisão e Controle p/ Segurança Integrador Sistema-Automação Predial e Segurança

SP

7 ATI Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas MG

8 AZ

Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios Central Decodificadora de Telealarme Central Receptora de Rádio Codificador de Rádio Alarme Coletor Transmissor de Dados p/Sistema de Alarme Controlador de atuador sem fio a longa distância Controlador de bomba sem fio a longa distância Controlador de equipamento sem fio a longa distância Equipamento de Rádio Monitoramento de Alarme Equipamento de supervisão e controle Equipamento de telemetria Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança Sensor Magnético p/Sistema de Segurança Sensor Magnético RF p/Sistema de Alarme

RS

Page 409: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

387

No Empresa Linha de Produtos Estado

9 Biometrus

Chave de Segurança Biométrica Controle/Registro/Coleta de Dados p/Acesso/Ponto/Rota Integrador Sistema-Controle de Acesso p/Área Restrita Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas Software p/Controle de Acesso

MG

10 Bycon Gravador digital de vídeo p/CFTV (DVR) SP

11 Compatec

Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios Cerca Elétrica Discador Automático p/Sistema de Alarme Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança Sensor Magnético p/Sistema de Segurança Sensor Magnético por RFp/sistema de alarme Teclado p/Controle de Acesso Transmissor/Receptor de RF p/Sistema de Segurança

RS

12 Comtex

Câmera móvel-domo (analógica, IP e Wireless) Circuito fechado de televisão-CFTV Console de operação p/ câmera móvel-domo Modulo de monitoramento integrado p/ câmera Sistema móvel de vídeo vigilância p/viaturas Unidade gerenciadora de comando e vídeo p/ câmera móvel

RJ

13 Controle

Centro de controle de motores-ccm (painel) Painel de automação com CLP Painel elétrico de proteção/comando/distribuição Painel/cabine/cubiculo p/sistema energia baixa tensão Painel/cabine/cubiculo p/sistema energia media tensão

MG

14 Contronics Claviculário eletrônico Controle/registro/coleta de dados-p/acesso/ponto/rota/. Sistema p/controle de rondas

SC

15 Danval

Campainha p/extensão de telefone Campainha p/ônibus Campainha-cigarra/musical/eletrônica Interruptor de cordel p/ônibus Monitor e vídeo p/ônibus Painel de destino p/ônibus Relé p/veículo

SP

16 Digistar Porteiro Eletrônico RS

17 Eletromatic

Automatização de Porta e Portão Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios Cerca Elétrica Controle Remoto p/ Porta Automática Discador Automático p/Sistema de Alarme Fechadura Elétrica Porteiro Eletrônico Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança Sensor Magnético p/Sistema de Segurança Sensor Magnético RF p/Sistema de Alarme Sirene p/ Alarme

SP

Page 410: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

388

No Empresa Linha de Produtos Estado

18 Eletroppar

Automatização de Porta e Portão Cancela Automática p/ Veiculo Central de Alarme Contra Roubo e Acessórios Cerca Elétrica Comunicador de Dados por GPRS/Ethernet-Segurança Controle Remoto p/ Porta Automática Discador Automático p/Sistema de Alarme Porteiro Eletrônico Receptor de Dados por GPRS/Ethernet-Segurança Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança Sistema de Monitoramento de Ambiente-Segurança

SP

19 Exatron

Apontador laser/controle remoto por laser Chave magnética p/iluminação publica Dispositivo de proteção contra surtos Fotocélula (fotoresistor) Fotosoquete Interruptor automático por presença/sensor de presença Lanterna recarregável por a oel Minuteria (interruptor temporizado) Protetor contra surto/transiente em circuito alimentação Relé fotoelétrico p/iluminação publica Relé fotoelétrico p/instalação comercial ou industrial Relé fotoeletrônico Relé fotolux Relé fototimer p/instalação comercial ou industrial Sensor corporativo monitoramento + iluminação Sensores de presença para iluminação Sensor do nível de lux Sensor infravermelho p/monitoramento sistema segurança Sensor infravermelho p/sistema de segurança Shorting gap Soquete/tomada p/relé a oelétrico Variador de luminosidade-dimmer

RS

20 Fort Knox Integrador Sistema-CFTV Integrador Sistema-Contra Roubo/Intrusão Integrador Sistema-Controle de Acesso p/Área Restrita

SP

21 Garen

Automatização de Porta e Portão Autotransformador p/eletroeletrônicos domésticos Cancela Automática p/ Veiculo Cerca Elétrica Controle Remoto p/ Porta Automática Fonte de alimentação p/eliminação de pilhas/bateria Motor a,baixa tensão,ate 600v,monofásico Motor a,baixa tensão,ate 600v,trifásico Motor elétrico especial p/aplicações diversas Motor elétrico p/churrasqueira Motor elétrico p/maquina de lavar Motor elétrico p/portão eletrônico Motor elétrico p/ventilador Reator eletrônico p/ lâmpada fluorescente

SP

Page 411: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

389

No Empresa Linha de Produtos Estado

22 General Electric

Centro de controle de motores-ccm (painel) Contator Disjuntor em caixa moldada industrial Disjuntor em caixa moldada residencial/comercial Gerador Elétrico-sincrono Hidrogerador p/grande central Hidrogerador p/media central Hidrogerador p/mini usina Hidrogerador p/pequena central Ignitor p/lâmpada de descarga a vapor Iluminação de Emergência Integrador sistema-Automação Industrial Integrador Sistema-Automação Predial e Segurança Integrador sistema-energia Integrador sistema-industrial Integrador sistema-infra-estrutura Integrador sistema-telecomunicações Lâmpada de multivapores metálicos Lâmpada de vapor: mercúrio e sódio Lâmpada fluorescente compacta Lâmpada fluorescente tubular Lâmpada halogena Lâmpada incandescente Lâmpada p/veiculo Luminária: industrial/comercial, pública e residencial/decorativa Painel de Comando p/Alarme Painel elétrico de proteção/comando/distribuição Painel mosaico/sinótico Painel/cabine/cubículo p/sistema energia alta tensão Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão Painel/cabine/cubículo p/sistema energia media tensão Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento industrial Regulador de tensão p/sistemas de potencia Regulador eletrônico p/turbina hidráulica/hidrogerador Relé auxiliar Relé de proteção/supervisão p/sistema elétrico Serviço de reforma em gerador/motor elétrico Turbogerador a gás Turbogerador a vapor

SP

23 GLOBUS Controlador programável Termostatos digitais e analógicos Controladores digitais

RS

24 HDL

Automatização de porta e portão Câmera p/circuito fechado de televisão Central portaria Central privada comutação telefônica-micro ABX Central privada comutação telefônica-pabx Fechadura elétrica Gravador digital de vídeo p/CFTV (DVR) Intercomunicador Porteiro eletrônico Sistema de controle de acesso a áreas restritas Vídeo Porteiro

SP

Page 412: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

390

No Empresa Linha de Produtos Estado

25 HELMUT

Anunciador eletrônico de alarme Painel dinâmico digital de retroprojeção (DVD á wall) Painel mosaico/sinótico Registrador seqüencial de evento Relé auxiliar Relé de alarme ou sinalização Relé de tempo Sistema de controle remoto Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados

SP

26 Imply Sinalizador de Advertência p/ Obras RS

27 Intelbras

Anunciador eletrônico de alarme Central portaria Central privada comutação telefônica-micro DVD Central privada comutação telefônica –pabx Equipamento p/atendimento automático em DVD No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia Tarifador p/central/DVD /telex/telefone público Telefone com identificador de chamada Telefone de assinante Telefone ip Telefone sem fio

SC

28 KVA Iluminação de Emergência RS

29 Kodo Câmera p/Circuito Fechado de Televisão Quadriculador de Imagem-PB/Cor

BA

30 Labramo Sinalizador Visual p/ Edifício/Torre SP

31 Microsol Iluminação de Emergência CE

32 Netio Backup p/ Painel de Centrais de Alarme Comunicador GPRS/IP p/Telecomando/Telecontrole

SP

33

Nitrix

Câmera p/Circuito Fechado de Televisão Circuito Fechado de Televisão-CFTV Quadriculador de Imagem-PB/Cor

MG

34 Panasonic

Aparelho de som conjugado (micro/mini system) Auto-rádio (cd/mp3 players/DVD) Câmera: de vídeo-filmadora e Fotográfica digital Forno domestico de microondas Gravador de DVD Lanterna DVD átil Pilha: alcalina e bateria seca Telefone de assinante Televisor: CRT, LCD e PLASMA Vídeo cassete Vídeo disco digital (DVD)

SP

Page 413: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

391

No Empresa Linha de Produtos Estado

35 Pial Legrand

Arandela Armário/painel/quadro p/distribuição energia-bt Caixa com tomada e disjuntor Caixa de derivação ou de passagem de parede Campainha-cigarra/musical/ icróica a Canaleta: p/painel e plástica/acessórios Chave elétrica de baixa tensão p/instalação Chave interruptora blindada Chave/lâmpada de teste Conector elétrico/borne Contator Cordão prolongador/extensão elétrica Disjuntor em caixa moldada residencial/comercial Espelho p/interruptor/tomada de embutir Fita/abraçadeira p/amarração de fios e cabos Fusível: cartucho e rolha Identificador p/painel/cabo Iluminação de emergência Interruptor automático por presença/sensor de presença Interruptor: centro e fim de cordão Interruptor: p/ embutir e p/ sobrepor Interruptor p/campainha/pulsador de embutir/sobrepor Isolante-fita de borracha de autofusão Isolante-fita isolante adesiva p/instalação elétrica Luminária: blindada e residencial/decorativa Minuteria (interruptor temporizado) Plugue/pino: industrial, polarizado e residencial Porta-starter p/ icróic fluorescente Porteiro eletrônico Quadro blindado Relé fotoelétrico p/instalação comercial ou industrial Soquete p/lâmpada especial-lapiseira/ icróica/halogena/ Soquete p/lâmpada fluorescente tubular Soquete p/lâmpada incandescente/fluorescente compacta Starter p/lâmpada fluorescente Terminal elétrico Timer programável Tomada: de embutir em parede e p/ sobrepor Tomada industrial: de embutir e de sobrepor Tomada: p/TV/dados e polarizada Tomada/pino/adaptador p/telefone/dados (RJ) Variador de luminosidade-dimmer Vídeo porteiro

SP

36 Procomp Integrador Sistema-Contra Roubo/Intrusão SP

Page 414: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

392

No Empresa Linha de Produtos Estado

37 Robert Bosch

Alternador p/veiculo Bobina de ignição p/veiculo Bomba de injeção eletrônica p/veiculo Bomba em tanque de combustível p/veiculo Buzina p/veiculo Dínamo p/veiculo Distribuidor p/veiculo Esmerilhadeira Furadeira Injeção eletrônica de combustível p/veiculo Lixadeira Martelete Modulo eletrônico p/diversas aplicações em veiculo Motor elétrico p/limpador/lavador pára-brisa de veiculo Motor elétrico p/partida/arranque de veiculo Motor elétrico p/ventilador de veiculo Plaina Politriz Regulador de voltagem p/veiculo Retificadeira Sensor de estacionamento p/veiculo Serra circular Serra tico-tico Vela de ignição p/veiculo Vela incandescente p/veiculo

SP

38 Rontan Aviso Luminoso p/ Saída de Veiculo SP

39

Saturnia

Acumulador elétrico estacionário reg p/válvula-bateria Acumulador elétrico estacionário ventilado-bateria Acumulador elétrico tracionario-bateria Fonte de alimentação p/equipamentos telecomunicações Integrador sistema-energia Quadro p/telefonia-especial/distribuição-ca/cc Sistema de energia p/telecomun em container/gabinete Sistema retificador chaveado em alta freqüência Unidade condicionadora de corrente alternada Unidade condicionadora de tensão Unidade conversora-cc/cc Unidade de diodo de queda Unidade de supervisão de corrente alternada Unidade de supervisão de corrente continua Unidade retificadora-ca/cc

RJ

Page 415: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

393

No Empresa Linha de Produtos Estado

40

Schneider

Barramento blindado Barramento blindado p/alta corrente Bobina de impedância p/sistema de tração Botão e botoeira: p/comando, p/sinalização Canaleta e ferragem p/instalação aérea industrial Canalização elétrica pré-fabricada Centro de controle de motores-ccm (painel) Chave elétrica: compensadora, comutadora, de partida direta, Chave elétrica: estrela/triangulo, interruptora, reversora Chave elétrica: seccionadora, série/paralela Chave eletrônica fim-de-curso (micro switch) Chave fim de curso: eletromecânica e rotativa Chave interruptora a gás p/poste Chopper p/sistema de tração Computador industrial Conector elétrico/borne Contato elétrico Contator: Geral, a gás SF6 e a prova de explosão, sobre barra Contator integrado (disjuntor/seccionador) Controlador lógico programável (CLP) Conversor estático p/acionamento motor ca/inversor freqüência Conversor estático p/acionamento motor cc Conversor/inversor p/sistema de tração Disjuntor: a gás SF6, a seco, p/rede aérea Disjuntor em caixa moldada: industrial, Residencial/Comercial Dispositivo de comando e proteção naval Equipamentos diversos p/sistema de tração Interface Homem-Máquina (IHM) Interruptor: de embutir, de sobrepor Interruptor p/campainha/pulsador de embutir/sobrepor Interruptor-seccionador com comando rotativo Isolante-fita ou laminado de poliéster Mesa de comando local de rota (controle de tráfego) Modulo elétrico/eletrônico p/controle grupo gerador Painel elétrico de proteção/comando/distribuição Painel mosaico/sinótico, sinótico p/controle de rota e tráfego Painel/cabine/cubículo p/sistema energia: alta, baixa e média tensão Painel/quadro/mesa de comando naval Plugue/pino: industrial, polarizado e residencial Pressostato industrial Rede industrial p/CLP Relé p/comando e controle de máquinas, p/sistema de tração Relé térmico Relés p/diversas aplicações Retificador industrial-corrente/proteção catódica/espec Sensor de proximidade: fotoelétrico, indutivo e magnético Sistema de sinalização p/ferrovia/metro (tráfego) Sistema de transmissão dados p/controle tráfego veículo Sistema de transmissão de programas p/CNC e CLP Subestação: blindada, compacta, móvel e retificadora Subestações Terminal de supervisão Tomada: polarizada, p/ sobrepor, industrial de embutir e sobrepor Transformador/autotransformador industrial a seco/resina

SP

Page 416: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

394

No Empresa Linha de Produtos Estado

41 Setha Circuito Fechado de Televisão-CFTV Sistema Telefônico de Emergência

RJ

42 Siemens

Acionador de Alarme de Incêndio Analisador/detector/controlador de gases em geral Anunciador eletrônico de alarme Aparelho de ondas curtas p/terapia Aparelhos diversos de ultra-som p/uso medico Armário/painel/quadro p/distribuição energia-bt Balança eletrônica p/pesagem industrial Balança eletrônica rodoviária Banco de capacitor automático p/correção fator potencia Bandeja/leito/calha p/condutor elétrico Barramento blindado Barramento blindado p/alta corrente Barreira de segurança intrínseca Base p/fusível Base p/fusível nh Bisturi eletrônico Bobina p/motor elétrico Botão e botoeira p/comando Botão e botoeira p/sinalização Caixa de derivação ou de passagem de piso Central de Alarme de Incêndio Centro de controle de motores-ccm (painel) Centro de controle de tráfego p/trem/metro Chave elétrica compensadora Chave elétrica comutadora Chave elétrica de baixa tensão p/instalação Chave elétrica de outros tipos/especial Chave elétrica de partida direta Chave elétrica estrela/triangulo Chave elétrica interruptora Chave elétrica reversora Chave elétrica rotativa Chave elétrica seccionadora Chave elétrica serie/paralela Chave fim de curso eletromecânica Chave interruptora blindada Chopper p/sistema de tração Compensador de energia estático Compensador de energia síncrono Computador industrial Comutador de derivação em carga p/transformador Contator Contator a vácuo Controle e automação de trem/metro Conversor estático p/acion motor ca/inversor freqüência Conversor estático p/acionamento motor cc Conversor estático p/acionamento servomotores Conversor/inversor p/sistema de tração Detector de chama/faísca p/sistema de alarme incêndio Detector infravermelho/uv p/sistema de alarme incêndio Detector iônico de fumaça p/sistema de alarme incêndio Detector óptico de fumaça p/sistema alarme incêndio

SP

Page 417: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

395

No Empresa Linha de Produtos Estado

42 Siemens

Detector térmico p/sistema de alarme incêndio Detector termovelocimétrico p/sistema alarme incêndio Disjuntor a gás SF16 Disjuntor a óleo Disjuntor a seco Disjuntor a vácuo Disjuntor em caixa moldada industrial Disjuntor em caixa moldada residencial/comercial Dispositivo diferencial residual Dispositivos diversos p/sistema de alarme incêndio Eletrocardiógrafo Equipamento de raio x p/diagnostico medico Equipamentos diversos p/sistema de tração Estabilizador de tensão Excitatriz estática p/maquina elétrica rotativa Foco cirúrgico halogênio Fusível diazed Fusível nh Gerador elétrico-síncrono Gerador síncrono naval Gerador/alternador p/sistema de tração Hidrogerador p/grande central Hidrogerador p/media central Hidrogerador p/mini usina Hidrogerador p/pequena central Ignitor p/lâmpada de descarga a vapor Iluminação de Emergência Integrador sistema-automação industrial Integrador sistema-controle de tráfego de veiculos Integrador sistema-industrial Interruptor de embutir Interruptor de sobrepor Luminária industrial/comercial Luminária publica Medidor de radiação p/aparelho de raio x Monitor de umidade em óleo Monitor hospitalar de beira de leito No-break rotativo No-break-sistema p/fornecimento ininterrupto de energia Painel de comando p/alarme Painel elétrico de proteção/comando/distribuição Painel mosaico/sinótico Painel sinótico p/controle de rota (controle tráfego) Painel/cabine/cubículo p/sistema energia alta tensão Painel/cabine/cubículo p/sistema energia baixa tensão Painel/cabine/cubículo p/sistema energia media tensão Painel/quadro/mesa de comando naval Painel/quadro/mesa p/comando/controle equipamento indl Porta-escova p/motor elétrico Projetor p/iluminação Reatores diversos p/sistemas elétricos de potencia Regulador de tensão p/sistemas de potencia Regulador eletrônico p/turbina hidráulica/hidrogerador Relé de proteção/supervisão p/sistema elétrico Relés p/diversas aplicações

SP

Page 418: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

396

No Empresa Linha de Produtos Estado

42 Siemens

Seccionador p/operação com carga Seccionador p/operação sem carga Serviço de reforma em gerador/motor elétrico Serviço de reforma em transformador Sinalizador acústico e visual p/alarme de incêndio Sinalizador acústico/visual de alarme Sirene p/alarme Sistema de controle distribuído Sistema de monitoração de transformador Sistema de sinalização p/ferrovia/metro (tráfego) Subestação blindada Subestação compacta Subestação movel Subestação retificadora Subestações Tomada de embutir em parede Tomada de embutir no piso Tomada de sobrepor Tomada industrial de sobrepor Transformador de corrente Transformador de corrente industrial Transformador de potencial capacitivo Transformador de potencial industrial Transformador de potencial indutivo Transformador p/forno Transformador/autotransformador de distribuição Transformador/autotransformador de forca Transformador/autotransformador indl a seco/resina Transformador/autotransformador indl especiais Trilho p/montagem de conector Turbogerador a gás Turbogerador a vapor

PR

43 Sony

Aparelho de áudio portátil-cd player Aparelho de áudio portátil-mp3/mp4 player Aparelho de som conjugado (micro/mini system) Auto-radio (CD/MP3 players/DVD) Câmera de vídeo-filmadora Câmera fotográfica digital Computador portátil Gravador de DVD Radio gravador Sistema home theater Televisor-LCD Toca disco modular a laser Vídeo disco digital (DVD)

SP

44 Sulton

Carregador de bateria com fonte chaveada Central de alarme contra roubo e acessórios Cerca elétrica Controle remoto p/central de alarme Controle remoto p/porta automática Discador automático p/sistema de alarme Fonte de alimentação Sensor infravermelho p/sistema de segurança Sensor magnético p/sistema de segurança Sensor magnético por RF p/sistema de alarme Sirene p/alarme

PR

Page 419: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

397

No Empresa Linha de Produtos Estado

45 Teikon Montagem de placa circuito impresso-componente convenc Montagem de placa circuito impresso-componente smd Montagem/teste de produtos eletrônicos

RS

46 Thevear

Amplificador de potencia p/antena Amplificador de sinal p/antena (booster) Antena coletiva Antena doméstica: TV-externa, TV-interna Central portaria Circuito Fechado de Televisão-CFTV Conversor de sinal p/antena Distribuidor de sinal p/antena Divisor de frequencia p/antena Intercomunicador Misturador/equalizador de frequencia p/antena Modulador de áudio e vídeo p/antena Porteiro Eletrônico Receptor de sinais de vídeo/áudio via satélite Separador de VHF/UHF p/antena Sinalizador Acústico/Visual de Alarme Tomada de alta frequencia p/antena Vídeo Porteiro

SP

47 Tron

Controlador de energia-corte e religamento automático Controladores: nível, temperatura Conversor serial p/tcp/ip ethernet Dosador de líquido p/lavanderia/cozinha/tratamento água Fonte p/redução consumo energia em rede de iluminação Gerador trifásico p/simulação e teste em equipamentos Indicador digital de temperatura Pára-raios de baixa tensão Protetor contra surto/transiente em circuito alimentação Relé: auxiliar, proteção, tempo, térmico Relé de proteção p/motor elétrico Relé de proteção térmica Relés p/diversas aplicações Sensor: nível, proximidade capacitivo Sistema de controle acesso a armários/ambientes telefon Sistema de supervisão/controle/aquisição de dados Temporizador Temporizador p/eventos cíclicos Timer programável Totalizador horário

PE

48 Upsai Sensor Infravermelho p/Sistema de Segurança SP

49 Vertex Iluminação de Emergência Luminária residencial/decorativa

RS

50 VMI Equipamento de raio X p/inspeção de bagagem/carga MG

Page 420: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

398

No Empresa Linha de Produtos Estado

51 WEG

Acionamentos de Corrente Alternada Bornes e Réguas de Bornes Botoeiras e Sinalizadores Capacitores de Correção de Fator de Potência Centros de Controle de Motores (CCM) Convencionais Centros de Controle de Motores (CCM) Inteligentes Chaves de Partida Compensadora Chaves de Partida Direta Chaves de Partida Estrela-Triângulo Chaves de Partida Soft-Starters Chaves Seccionadoras Componentes para Comando, Controle, Proteção e Sinalização Contatores de Comando e de Força Controladores Lógicos Programáveis Conversores de Frequência Conversores de Frequência Com PLC Disjuntores Termomagnéticos Disjuntores DM Caixa Moldada Disjuntores-Motor Fusíveis Tipo D e Nh Interfaces Homem-Máquina Inversores de Frequência Inversores de Frequência Com PLC Motores de Corrente Alternada Painéis de Comando e Controle em Baixa e Média Tensão Quadros de Distribuição Elétrica Relés de Nível Relés de Sobrecarga Relés Inteligentes Relés Programáveis Relés Temporizadores Sistemas de Automação e Controle de Máquinas Sistemas de Automação e Controle de Processos Sistemas Supervisórios Sistemas de Supervisão e Controle Soft-Starters

SC

Page 421: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

399

ANEXO VII - Principais Produtos Comerciais Fabricados

no Mercado Nacional de Automação Predial-Residencial

Quadro 38: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Predial-Residencial. Fonte: ABINEE, 2009.

Item Especificação do Produto

1 Acionador de Alarme de Incêndio

2 Acionamentos de Corrente Alternada

3 Automatização de Porta e Portao

4 Aviso Luminoso P/Saída de Veiculo

5 Backup P/Painel de Centrais de Alarme

6 Botoeiras e Sinalizadores

7 Cabeça de Comando Elétrico P/Sistema Combate Incêndio

8 Câmera Móvel-Domo

9 Câmera P/Circuito Fechado de Televisão

10 Cancela Automática P/Veiculo

11 Canhão de Iluminação Infravermelha P/CFTV

12 Capacitores de Correção de Fator de Potência

13 Central de Alarme Contra Roubo e Acessorios

14 Central de Alarme de Incêndio

15 Central Decodificadora de Telealarme

16 Central Portaria

17 Central Receptora de Rádio

18 Centros de Controle de Motores (CCM) Convencionais ou Inteligentes

19 Cerca Elétrica

20 Chave de Segurança Biométrica

21 Chaves de Partida Compensadora

22 Chaves de Partida Direta

23 Chaves de Partida Estrela-Triângulo

24 Chaves de Partida Soft-Starters

25 Chaves Seccionadoras

26 Circuito Fechado de Televisão-CFTV

27 Claviculario Eletrônico

28 Codificador de Rádio Alarme

29 Codificador P/Rádio Monitoramento

30 Coletor Transmissor de Dados P/Sistema de Alarme

31 Componentes para Comando, Controle, Proteção e Sinalização

32 Comunicador de Dados por Gprs/Ethernet-Segurança

Page 422: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

400

Item Especificação do Produto

33 Comunicador GPRS/IP P/Telecomando/Telecontrole

34 Console de Operação P/Câmera Móvel

35 Contatores de Comando e de Força

36 Controlador de Acesso em Terminais por Fichas/Bilhetes

37 Controlador de Panoramizador-Pan/Tilt

38 Controle Remoto P/Porta Automática

39 Controle/Registro/Coleta de Dados-P/Acesso/Ponto/Rota

40 Conversores de Frequência

41 Conversores de Frequência com PLC

42 Cortina de Luz

43 Detector de Chama/Faisca P/Sistema de Alarme Incêndio

44 Detector de Gás Residencial

45 Detector de Metal P/Revista Pessoal Fixo/Portatil

46 Detector de RF/Tel Celular/Celular Espião/Câmera Oculta

47 Detector Infravermelho/UV P/Sistema de Alarme Incêndio

48 Detector Ionico de Fumaca P/Sistema de Alarme Incêndio

49 Detector Óptico de Fumaca P/Sistema Alarme Incêndio

50 Detector Térmico P/Sistema de Alarme Incêndio

51 Detector Termovelocimetrico P/Sistema Alarme Incêndio

52 Discador Automático P/Sistema de Alarme

53 Disjuntores

54 Dispositivo P/Senha Digital

55 Dispositivos Diversos P/Sistema de Alarme Incêndio

56 Equipamento de Rádio Monitoramento de Alarme

57 Equipamento Segurança C/Câmara Fotográfica Operada Remotamente

58 Fechadura Elétrica

59 Fusíveis Tipo D E Nh

60 Gravador Digital de Vídeo P/CFTV (DVR)

61 Iluminação de Emergência

62 Integrador Sistema-Automação Ar-Condicionado/Iluminação

63 Integrador Sistema-Automação Predial e Segurança

64 Integrador Sistema-CFTV

65 Integrador Sistema-Contra Roubo/Intrusão

66 Integrador Sistema-Controle de Acesso P/Área Restrita

67 Integrador Sistema-Detecção/Combate de Incêndio

68 Interfaces Homem Máquina

69 Inversores de Frequência

70 Inversores de Frequência Com PLC

Page 423: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

401

Item Especificação do Produto

71 Maleta P/Monitoramento/Gravação de Áudio/Vídeo Sem Fio

72 Microcâmera Sem Fio

73 Microfone Sem Fio P/Escuta de Ambientes

74 Modulo de Monitoramento Integrado P/Câmera Móvel-Domo

75 Monitor de Vídeo/Áudio Com/Sem Receptor

76 Motores de Corrente Alternada

77 Painéis de Comando E Controle Em Baixa E Média Tensão

78 Painel de Comando P/Alarme

79 Panoramizador-Pan/Tilt

80 Placa de Captura Digital de Imagens

81 Porteiro Eletrônico

82 Porteiro Eletrônico Sem Fio

83 Processador de Interface em Tempo Real

84 Processador de Rede em Tempo Real

85 Processador P/Controle de Acesso em Tempo Real

86 Processador P/Monitoramento em Tempo Real

87 Quadriculador de Imagem-Pb/Cor

89 Quadros de Distribuição Elétrica

90 Receptor de Dados por Gprs/Ethernet-Segurança

91 Receptor de Vídeo/Áudio P/Microcâmera

92 Relés de Nível

93 Relés de Sobrecarga

94 Relés Inteligentes

95 Relés Programáveis

96 Relés Temporizadores

97 Relógio Elétrico/Eletrônico de Ponto

98 Sensor Infravermelho P/Sistema de Segurança

99 Sensor Magnético P/Sistema de Segurança

100 Sensor Magnético por RF P/Sistema de Alarme

101 Sinalizador Acustico e Visual P/Alarme de Incêndio

102 Sinalizador Acustico/Visual de Alarme

103 Sinalizador de Advertencia P/Obras

104 Sinalizador Visual P/Edificio/Torre

105 Sirene P/Alarme

106 Sistema de Controle de Acesso a Áreas Restritas

107 Sistema de Monitoramento de Ambiente-Segurança

108 Sistema Integrado de Automação Predial E Segurança

109 Sistema Integrado de Supervisão E Controle P/Segurança

Page 424: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

402

Item Especificação do Produto

110 Sistema Rádio Monitoramento P/Segurança-Acesso/Incêndio

112 Sistema Telefonico de Emergência

113 Sistemas de Automação e Controle de Máquinas

114 Sistemas de Automação e Controle de Processos

115 Sistemas de Supervisão e Controle

116 Sistemas Supervisórios

117 Soft-Starters

118 Software P/Controle de Acesso

119 Teclado P/Controle de Acesso

120 Tele Alarme P/Monitorização

121 Terminal de Acesso P/Estacionamento

122 Terminal de Acesso-Catraca

123 Transformador de Impedancia P/CFTV (Balun)

124 Transmissor Portatil de Vídeo/Áudio

125 Transmissor/Receptor de Rf P/Sistema de Segurança

126 Transmissor/Receptor de Vídeo Via Rede Elétrica

127 Transmissor/Receptor P/Controle Base Móvel de Câmera

128 Unidade Gerenciadora de Comando e Vídeo P/Câmera Móvel

129 Valvula de Retencao P/Sistema Combate Incêndio

130 Vídeo Porteiro

Page 425: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

403

ANEXO VIII - Empresas Nacionais - Automação Comercial

Quadro 39: Empresas Nacionais de Automação Comercial. Fonte: ABINEE, 2009.

No Empresa Linha de Produtos Estado

1 ACS

Cartão Modular de Entrada e Saída SP

2 AIDC Impressora Térmica SP

3 APB Controlador Entrada Passageiros por Leitor Magnético Controlador entrada passageiros-leitor cartão s/contato

SP

4 Balluf Sistema de Identificação com Etiqueta Eletrônica SP

5 Bematech

Balanças

Coletor de dados portátil/fixo

Gaveta de dinheiro p/equipamento de automação comercial

Impressora de cheques

Impressora fiscal

Impressora matricial

Impressora p/ código de barras

Impressora térmica

Impressoras diversas

Interface display

Leitora de código de barras/CMC-7

Leitora óptica p/aplicações diversas

Mecanismo p/impressora

Micro terminal

Modem

PR

6 Brtec Relógio de Parede SP

7 Contronics Sistema p/Controle de Rondas SC

8 Dataregis

Impressoras Diversas Integrador Sistema-Automação Comercial Modem GSM/GPRS Software p/ Automação Comercial Terminal de Consulta de Preço Terminal de Ponto de Venda

SP

9 Digicon Coletor de Dados Portátil/Fixo Controlador Entrada Passageiros por Leitor Magnético Controlador entrada passageiros-leitor cartão s/contato

RS

10 Elgin Impressora p/ Código de Barras SP

11 Eliseu Kopp

Painel Elétrico p/Mensagens Publicitárias-Triedro Painel Eletrônico p/ Mídia Externa Painel p /Informação Visual-Indústria/Comércio/Prédio Painel p/ Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura Placar Eletrônico Poliesportivo

RS

12 Engebras Controle Eletrônico de Estacionamento Público (Tráfego) SP

13 Gertec

Computador Compacto p/Automação Comercial Display p/consumidor Microterminal de Automação Comercial Modem GSM/GPRS Teclado p/Equipamento de Automação Comercial Terminal de Consulta de Preço

SP

14 IBM Sistema p/Atendimento ao Público-Terminal/Painel Senhas SP

Page 426: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

404

No Empresa Linha de Produtos Estado

15 Imply

Painel Eletrônico p/ Mídia Externa Painel p /Informação Visual-Indústria/Comércio/Prédio Painel p/ Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura Placar Eletrônico Poliesportivo

RS

16 I-Vision Câmera Industrial de Imagem e Visão MG

18 Itautec

Impressora fiscal

Integrador sistema-automação comercial Microcomputador para automação comercial

Sistema p/atendimento ao público-terminal/painel senhas

Software p/automação comercial

Teclado p/ automação comercial Terminal de auto atendimento p/ checkout

Terminal de consulta

Terminal de consulta multimídia-totem ou quiosque

Terminal de pagamento de contas Terminal de ponto de venda

SP

19 Mecaf Impressora Térmica Impressoras Diversas

SP

20 Menno Impressora Térmica Modulo Gaveteiro p/Automação Comercial

RS

21 Procomp

Impressora Térmica Integrador Sistema-Automação Comercial Terminal de Atendimento – SUS Terminal de Ponto de Venda Terminal Lotérico

SP

22 Sagem-Orga Cartão Inteligente SP

20 Serttel Integrador Sistema-Estacionamento Público P/VE Sistema de Monitoramento/Rastreamento Veículos (GPS)

PE

23 Shempo

Painel Elétrico p/ Mensagens Publicitárias-Triedro Painel Eletrônico p/ Mídia Externa Painel p /Informação Visual-Indústria/Comércio/Prédio Painel p/ Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura Relógio Digital Outdoor Relógio e Termômetro Digital p/ Painel Publicitário Sistema p/Atendimento ao Público-Terminal/Painel Senhas

SP

25 Sweda

Computador Compacto p/Automação Comercial Impressora Térmica Leitora Ótica com Balança Eletrônica Microterminal de Automação Comercial Pistola Laser p/ Leitura de Código de Barras Terminal de Ponto de Venda Touchscreen p/ Automação Comercial

SP

26 Tecpoint Máquina Automática de Impressão de Carimbos SP

27 TESC Controle Eletrônico de Estacionamento Público (Tráfego) SP

28 Unisys Integrador Sistema-Automação Comercial Terminal de Ponto de Venda

SP

Page 427: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

405

ANEXO IX - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado

Nacional de Automação Comercial

Quadro 40: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Comercial.

Fonte: ABINEE, 2009.

Item Especificação do Produto

1 Câmera Industrial de Imagem e Visão

2 Cartao Inteligente

3 Cartao Magnético/de Código de Barras

4 Cartao Modular de Entrada/Saída

5 Coletor de Dados Portatil/Fixo

6 Computador Compacto P/Automação Comercial

7 Computador de Pequeno Porte (Mac)-Comércio

8 Controlador de Abastecimento de Frota de Veiculos

9 Controlador Eletrônico P/Fila Unica

10 Controlador Entrada Passageiros por Leitor Magnético

11 Controlador Entrada Passageiros-Leitor Cartao S/Contato

12 Controlador Entrada Passageiros-Leitor Ótico/Indutivo

13 Controladora Remota de Terminais

14 Controle Eletrônico de Estacionamento Público (Tráfego)

15 Display P/Consumidor

16 Equipamento de Automação Postal

17 Equipamento de Reconhecimento de Fala

18 Equipamento P/Inserir Informações em Banco Dados Via Fax

19 Equipamento P/Rastreamento/Autenticação de Objeto

20 Etiqueta Eletrônica Anti-Furto/Rígida

21 Impressora P/Código de Barras

22 Impressora Térmica

23 Impressoras Diversas

24 Integrador Sistema-Automação Comercial

25 Integrador Sistema-Empresarial

26 Integrador Sistema-Estacionamento Rotativo Público P/Veículos

27 Leitora Optica com Balanca Eletrônica

28 Leitora Optica P/Aplicações Diversas

29 Máquina Automática de Impressão de Carimbos

30 Microterminal de Automação Comercial

31 Modem GSM/GPRS

32 Modulo Gaveteiro P/Automação Comercial

Page 428: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

406

Item Especificação do Produto

33 Painel de Imagem Digital-Outdoor

34 Painel Elétrico P/Mensagens Publicitárias - Triedro

35 Painel Eletrônico P/Midia Externa

36 Painel P/Informação Visual-Aeroporto/Metro/Rodoviária

37 Painel P/Informação Visual-Indústria/Comercio/Predio

38 Painel P/Publicidade e Indicação de Horas/Temperatura

39 Painel P/Publicidade/Resultado em Estádios

40 Painel Rotativo P/Mensagens Publicitarias em Estadios

41 Pistola Laser P/Leitura de Código de Barras

42 Placar Eletrônico Poliesportivo

43 Relógio de Parede

44 Relógio de Vigia

45 Relógio Digital-Outdoor

46 Relógio e Termômetro Digital P/Painel Publicitário

47 Relógio Sinaleiro Digital

48 Sistema de Identificação com Etiqueta Eletrônica

49 Sistema de Monitoramento/Rastreamento Veiculos por GPS

50 Sistema de Vigilancia Eletrônica de Mercadoria

51 Sistema P/Atendimento ao Público-Terminal/Painel Senhas

52 Sistema P/Controle de Rondas

53 Software P/Automação Comercial

54 Software-Plataforma de Segurança Empresarial

55 Teclado P/Equipamento de Automação Comercial

56 Terminal de Atendimento-Sus

57 Terminal de Consulta de Preço

58 Terminal de Ponto de Venda

59 Terminal Loterico

60 Terminal Touchscreen P/Automação Comercial

61 Transponder-Rf Tag-Etiqueta Eletrônica de Leitura RF

Page 429: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

407

ANEXO X - Empresas Nacionais - Automação Bancária

Quadro 41: Empresas Nacionais de Automação Bancária. Fonte: ABINEE, 2009.

No Empresa Linha de Produtos Estado

1 AIDC Impressora Fiscal SP

2 Alcatel-Lucent Terminal de Comunicação Terminal de Consulta Terminal de Vídeo-Texto

SP

3 Amelco Sistema de Controle de Acesso p/Atm SP

5 Braview Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD MG

6 Bull Integrador Sistema-Automação Bancária SP

7 Canon Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Scanner/Fax SP

8

CIS

Leitor/Gravador de Cartões Inteligentes (Smart Cards) Leitora de Cartão Magnético Leitora de Código de Barras/CMC-7

SP

9 Cobra

Computador de Médio Porte Integrador Sistema-Automação Bancária Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extrato Terminal de Caixa Automático

RJ

10 Daiken Integrador Sistema-Salas de Auto-Atendimento P/Bancos SP

11 Daruma Impressora Fiscal SP

12 Dataregis Caixa Registradora Eletrônica Impressora Fiscal Terminal de Consulta

SP

13 Dell Computador de Médio Porte RS

14 Digicon

Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax SP

15 Elgin Impressora Matricial SP

16 Envision Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD SP

17 Epson Impressora Fiscal Impressora Jato de Tinta Impressora Matricial

SP

18 Esystech Software p/Controle de Ativo de TI Software p/Gerenciamento de Rede de Computadores

PR

19 Gertec

Leitor/Gravador de Cartões Inteligentes (Smart Cards) Leitora de Cartão Magnético Leitora de Código de Barras/CMC-7 Micro terminal com Display em Cristal Líquido Terminal de Transferência Eletrônica de Fundos

SP

20 HP

Computador de Médio Porte Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax Impressora Jato de Tinta Impressora Laser

SP

Page 430: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

408

No Empresa Linha de Produtos Estado

21 IBM

Computador de Grande Porte Computador de Médio Porte Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extrato Terminal de Caixa Automático Terminal de Caixa Bancário Terminal de Consulta Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque Terminal Dispensador de Talão / Folha de Cheques

SP

22 Imply Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque RS

23 Itautec

Integrador sistema-automação bancária

Microcomputador para automação bancária

Software p/automação bancária

Terminal de auto serviço bancário-saque/depósito/extr/.

Terminal de caixa automático

Terminal de caixa bancário

Terminal de transferência eletrônica de fundos

Terminal dispensador de cédulas

Terminal dispensador de talão/folha de cheque

SP

24 Konica Minolta

Copiadora/Duplicadora/Máquina Reprográfica SP

25 Lexmark Impressora Jato de Tinta Impressora Laser

SP

26

LG Monitor de Vídeo p/ Informática – CRT Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD

SP

27 Mecaf

Impressora Fiscal Impressora p/Autenticação de Documentos Leitor/Gravador de Cartão Magnético Leitora de Código de Barras/CMC-7

SP

28 Menno Aparelho P/ Verificação de Autenticidade de Papel Moeda Cofre com Fechadura Eletrônica

RS

29 Microtarget Modulo Terminal de Vídeo SP

30 Mineoro Porta de Acesso Giratória p/ Segurança RS

31 Motorola Leitora de Código de Barras/CMC-7 SP

32 NCR Integrador Sistema-Automação Bancária PR

33 Nilko Cassete P/ Máquina Dispensadora de Moedas PR

34

Oki Impressora LED Impressora Matricial

SP

35 Positivo Computador de Médio Porte Software p/Gerenciamento de Rede de Computadores

PR

36 Procomp

Computador de Médio Porte Impressora Matricial Impressora p/Autenticação de Documentos Integrador Sistema-Automação Bancária Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extrato Terminal de Caixa Automático Terminal de Caixa Bancário Terminal de Consulta Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque Terminal de Pagamento de Contas Terminal de Transferência Eletrônica de Fundos Terminal Dispensador de Talão / Folha de Cheques Terminal Financeiro

SP

37 Sagem Leitora de Cartão com Chip SP

Page 431: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

409

No Empresa Linha de Produtos Estado

38 Samsung Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax Impressora Laser Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD

SP

39 Semp Toshiba Monitor de Vídeo p/ Informática - LCD SP

40 Sweda

Caixa Registradora Eletrônica Impressora de Cheques Impressora Fiscal Impressora p/Autenticação de Documentos Leitora de Código de Barras/CMC-7

SP

41 Technometal Cofre P/ATM Gabinete P/Automação Bancária

SP

42

Tecpoint Impressora p/Autenticação de Documentos Leitora de Código de Barras/CMC-7 Terminal de Pagamento de Contas

SP

43 Xerox Copiadora/Duplicadora/Máquina Reprográfica Equipamento Multifunção- Impressora/Copiador/Escaner/Fax Impressora Laser

RJ

44 ZPM Impressora Fiscal RS

Page 432: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

410

ANEXO XI - Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado

Nacional de Automação Bancária

Quadro 42: Principais Produtos Comerciais Fabricados no Mercado Nacional de Automação Bancária.

Fonte: ABINEE, 2009.

Item Especificação do Produto

1 Aparelho de Revista de Pessoal por Amostragem

2 Aparelho P/Verificação de Autenticidade de Papel Moeda

3 Caixa Registradora Eletrônica

4 Cassete P/Máquina Dispensadora de Moedas

5 Cofre Com Fechadura Eletrônica

6 Cofre P/ATM

7 Computador de Grande Porte

8 Computador de Medio Porte

9 Copiadora/Duplicadora/Máquina Reprografica

10 Datador/Carimbador Automatico

11 Dispensador Automatico de Cédulas P/Caixa

12 Emulador de Terminal de Vídeo

13 Equipamento Multifuncao-Impressora/Copiador/Escaner/Fax

14 Equipamento P/Contagem E Selecao de Cédulas

15 Gabinete P/Automação Bancária

16 Gaveta de Dinheiro P/Equipament0 de Automação Comercial

17 Guarda Volumes Eletrônico

18 Impressora de Cheques

19 Impressora Fiscal

20 Impressora Jato de Tinta

21 Impressora Laser

22 Impressora Led

23 Impressora Matricial

24 Impressora P/Autenticação de Documentos

25 Integrador Sistema-Automação Bancária

26 Integrador Sistema-Salas de Auto-Atendimento P/Bancos

27 Leitor/Gravador de Cartao Magnético

28 Leitor/Gravador de Cartoes Inteligentes (Smart Cards)

29 Leitora Classificadora de Cheques

30 Leitora de Cartao com Chip

31 Leitora de Cartao Magnético

32 Leitora de Cheques

Page 433: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

411

Item Especificação do Produto

33 Leitora de Código de Barras/CMC-7

34 Mecanismo Depositario

35 Mecanismo Dispensador de Cédula

36 Microterminal Com Display em Cristal Líquido

37 Modulo Sensor Óptico P/Leitura de Código de Barras

38 Modulo Terminal de Vídeo

39 Monitor de Cristal Líquido Com Touchscreen

40 Monitor de Vídeo P/Informática-CR

41 Monitor de Vídeo P/Informática-LCD

42 Porta de Acesso Giratória P/Segurança

43 Sistema de Controle de Acesso P/ATM

44 Software P/Automação Bancária

45 Software P/Controle de Ativo de TI

46 Software P/Gerenciamento de Rede de Computadores

47 Terminal de Auto Serviço Bancário-Saque/Depósito/Extr/.

48 Terminal de Caixa Automático

49 Terminal de Caixa Bancário

50 Terminal de Coleta/Consulta de Dados

51 Terminal de Comunicação

52 Terminal de Consulta

53 Terminal de Consulta Multimidia-Totem ou Quiosque

54 Terminal de Pagamento de Contas

55 Terminal de Pagamento de Contas/Dispensador de Cartões

56 Terminal de Transferência Eletrônica de Fundos

57 Terminal de Vídeo

58 Terminal de Vídeo-Texto

59 Terminal Depositário de Cédulas

60 Terminal Dispensador de Cédulas

61 Terminal Dispensador de Talão/Folha de Cheque

62 Terminal Financeiro

63 Terminal P/Transação Comercial Via Cartão

64 Unidade Digital de Armazenamento de Dados em Disco

65 Verificadora/Impressora de Cheques

Page 434: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

412

ANEXO XII – Empresas atuantes no Setor de Eletrônica para

Automação

Quadro 43: Empresas Atuantes no Setor de Eletrônica para Automação. Fonte: ABINEE/SINAEES, 2009.

No Empresa Área Estado

1 Abancar Comercial (AP) SP

2 ABB (AI) SP

3 Able (AI) SP

4 Acces (AI, AP) SP

5 Ace Schmersal (AI) SP

6 Acros Automação Industrial (AI) SP

7 ACS (AI, AC) SP

8 Actaris (AI) SP

9 Actron (AI) SP

10 Advantech (AI) SP

11 Aegis Semicondutores Ltda. (AI) SP

12 AES (AI, AP) SP

13 Aeroeletrônica Ind. Comp. Aviônicos S/A (AI) RS

14 Agena (AP) RJ

15 Agilent (AI) SP

16 AIDC (AC, AB) SP

17 Alarm Wolx (AP) SP

18 ALbarsch (AI) RS

19 Alcatel-Lucent (AP, AB) SP

20 Alstom Hydro Energia Brasil (AI) SP

21 Alta Segurança Ind. E Com. (AI) SP

22 Altus Sistemas de Informática S.A. (AI, AP) RS

23 Amelco (AP, AB) SP

24 Analion Ind. E Com. (AI) SP

25 Anixter do Brasil (AP) SP

26 APB (AC, AI) SP

27 Areva (AI, AP) SP

28 Arteche EDC (AI)

PR

29 ASCA Equip. Ind. (AI) RJ

30 Asten (AI) SP

31 Atan Ciência da Informação (AI) MG

32 ATEEI Equip. Elet. (AI) PR

Page 435: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

413

No Empresa Área Estado

33 ATI (AI, AP) SP

34 Áudiolab (AI) MG

35 Aureon (AP) SP

36 Automação ICS (AI) MG

37 Autron (AI) SP

38 AUXXI Sistema Eletrônicos (AI) SP

39 Avibras Ind. Aeroespacial (AI) SP

40 AZ (AI, AP) RS

41 Aztec Sistemas (AI) SP

42 Balluff (AI, AC)

SP

43 BCM Engenharia Ltda. (AI) RS

44 Bematech Ind. Com. Equip. Eletrônicos S/A (AC, AB) PR

45 BI2TI (AI) MG

46 Biometrus (AP) MG

47 BMS (AI) MG

48 Boc Edwards Brasil (AI) SP

49 Brapenta Eletrônica LTDA (AI, AP) SP

50 Brascontrol (AI) SP

51 Braview (AB) MG

52 Brink Mobil Equip. Educacionais (AI) PR

53 Brtec (AC) SP

54 Brumark (AI) SP

55 BSE Sistemas Eletrônicos LTDA (AI) SP

56 Bucka (AP) SP

57 Bull (AB) SP

58 CAM Brasil Multiserviços (AI) RJ

59 Canon (AB) SP

60 Carmon Ind. Eletrônica (AI) SP

61 CAS (AI) SP

62 CCK Automação LTDA (AI) SP

63 Cegelec (AI, AP) SP

64 Cerâmica Santa Terezinha S/A GTD (AI) SP

65 Chimbo (AI) SP

66 CIS (AB) SP

67 Cobra (AB) RJ

68 Coel Controles Elétricos Ltda. (AI, AP) SP

69 Coester Automação S.A. (AI) RS

70 Cofibam (AI) SP

Page 436: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

414

No Empresa Área Estado

71 Colortec Iluminação Técnica (AP) SP

72 Compatec (AP) RS

73 Compsis – Computadores Sist. Ind. Com. LTDA

(AI) SP

74 Comtex (AP) SP

75 Conaut Controles Automáticos (AI) SP

76 Condata (AI) RS

77 Conexel (AI) SP

78 Confor Instrum. De Medição (AI) SP

79 Conprove Ind. E Com. (AI) SC

80 Consensum Ind. E Com. (AI) SP

81 Consistec (AI) SP

82 Contech (AI) SP

83 Controles Gráficos Daru (AI) RJ

84 Comtemp (AI) SP

85 Contrasin Indústria e Comércio LTDA (AI) MG

86 Controle Eng (AI) MG

87 Contronics (AC) SC

88 CP Eletrônica S/A (AI) RS

89 CPDIA – Centro de Pesq. e Desenv. Inform e Aut.

(AI) SP

90 Cronotec Eletrônica LTDA (AI) SP

91 CTC – Centro Tecn. Desenvolvimento de Campinas

(AP) SP

92 CTF Tcnologies do Brasil LTDA (AI) SP

93 Curtis Eletrônica (AI) SP

94 Daiken (AB) SP

95 Daitech (AI) PR

96 Dani Condutores (AP) SP

97 Daruma (AB) SP

98 Datacabos (AP) RS

99 Datanav Engenharia LTDA (AI) SP

100 Dataprom (AI, AP) PR

101 Dataregis (AC, AB) SP

102 Decibel (AP) SP

103 Dell (AB) RS

104 Denise Brandemburg Scholz (AI) SC

105 Detector Eletr. BR (AI, AP) RJ

106 Dettecta Sist. de Segurança (AP) SP

107 Deutschebras Iman (AP) SP

Page 437: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

415

No Empresa Área Estado

108 DI Elétrons (AI) MG

109 Digicon S/A (AI, AP, AC, AB) RS

110 Digimat (AI) SP

111 Digimec (AI) SP

112 Digistar Telecomunicações S/A Telecomunicação

(AI, AP) SP

113 Digisystem (AI) PR

114 Digitel S/A Indústria Eletrônica Telecomunicação

(AI, AP, AC) RS

115 Dimas de Melo Pimenta SIS Ponto ACES (AI, AP) SP

116 Dimelthoz (AI) RS

117 Dover (AI) RS

118 Dresser (AI) SP

119 Durcon Equip. Ind. (AI) SP

120 ECB (AI) SP

121 Ecil Informática Indústria e Com Ltda (AI, AP) SP

122 Efacec (AI) SP

123 Eicasa (AI) SP

124 Eirich Industrial (AI) SP

125 Elepot (AI) RJ

126 Eletrocontroles Varitec (AI, AP) SP

127 Eletromatic (AI, AP) SP

128 Eletrônica Lidbom (AP) RS

129 Eletropar Eletromecânica (AP) PR

130 Eletroppar (AI, AP) SP

131 Eletrotela Tecnologia digital (AI) MG

132 Eletrothermo (AI) SP

133 Elgin (AC, AB) SP

134 Eliseu Kopp (AI, AC) RS

135 Elo Sistemas Eletrônicos S/A GTD (AI)

RS

136 Elster (AI) RS

137 Emerson Process Management (AI) SP

138 Engebras (AC) SP

139 Engeletro (AI) MG

140 Engetron Eng. Eletr. Indústria e Com Ltda (AI) MG

141 Engistrel (AI) SP

142 Engro (AI) SP

143 Enmetec (AI, AP) SP

144 Ensec Enga Sist. de Segurança (AP) SP

Page 438: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

416

No Empresa Área Estado

145 Envision (AB) SP

146 EPP (AI, AP) SP

147 Epson (AB) SP

148 Equipe-Equips (AI) SP

149 Escher Inst. Ind. (AI) RJ

150 Escontrol (AI) SP

151 Esystech (AI, AB) PR

152 Exacta (AI) SP

153 Exata Inst. Eletrônica (AP) SC

154 Exatron (AP) RS

155 Ezamv (AP) RJ

156 Fábrica de Manômetros Record (AI) SP

157 FAE Ferragens e Aparelhos Elétricos S/A GTD

(AI, AP) CE

158 Famabras (AI) SP

159 Fascitec (AI) SP

160 Festo (AI) SP

161 Filizola S.A. Pesagem e Automação (AI) SP

162 Fluid Ind. Com. Cont. Automáticos (AI) SP

163 Fockink (AI) RS

164 Fokus Brasil Sinalização Viária (AI) SP

165 Force Line Ind. Com. Comp. Eletrônicos Ltda. Informática

(AI, AP) SP

166 Fort Knox (AP) SP

167 Fotosensores Tec. Eletronica (AI) CE

168 Frata (AI) SP

169 FT (AI) SP

170 Full Gauge (AI) RS

171 GA Energia S/A (AI) SP

172 Garen (AP) SP

173 GE (AI, AP) SP

174 Gertec (AC, AB)

SP

175 GLOBAL (AI) SP

176 GLOBUS (AP) RS

177 GTA (AI) SP

178 Hahntel - Pollux (AI) SC

179 Hasco (AI) SP

180 HDL (AP) SP

181 Helmut Mauell (AI) SP

Page 439: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

417

No Empresa Área Estado

182 Helzin (AI) SP

183 Henry Equip. Eletrônicos (AP) PR

184 Heraeus (AI) SP

185 HI Tecnologia (AI) SP

186 Hiter (AI) SP

187 Hobeco (AI) RJ

188 Honeywell do Brasil (AI) SP

189 Hossoi (AP) SP

190 HP (AB) SP

191 Hytronic (AI) SP

192 IBM (AC) SP

193 IBRACON (AI) RS

194 ICP (AI) SP

195 Imply (AP, AC, AB) RS

196 IMS (AI) RS

197 Incontrol (AI) SP

198 Ind. E Com. Barcha (AI) SP

199 Ind. Elétricas Elite S/A - Inelsa (AI) CE

200 Ineltec Tecnologias (AP) SP

201 Infranav (AI) RJ

202 Ingeteam (AI) SP

203 Inova (AI) RS

204 Instrutech (AI) SP

205 Intelbras S/A Ind. Telecom. Eletrônica Brasileira

Telecomunicação (AP, AC)

SC

206 Interdidactic Sistemas Educacionais (AI) SP

207 Invensys (AI) SP

208 IOPE (AI) SP

209 Ipsis Sistemas de Controle (AI) SP

210 Italterm (AI) SP

211 Itautec S/A Informática (AB, AC)

SP

212 I-Vision (AI, AC) MG

213 João Wagner Wood Rossi - Telebell (AI) DF

214 Johnson Controles (AP) SP

215 Jonhis (AI) SP

216 Kap (AI) SP

217 Karrow (AI) PR

218 KL Ind. E Com. (AP) RS

Page 440: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

418

No Empresa Área Estado

219 Koblitz (AI) SP

220 Kodo (AP) BA

221 Konica Minolta (AB) SP

222 Kratos Dinamômetros (AI) SP

223 KRON (AI) SP

224 Kuttner (AI) MG

225 KVA (AP) RS

226 Labramo (AP) SP

227 Landis+Gyr (AI) PR

228 Lase (AP) RJ

229 LCA (AP) SP

230 Leucotron Equipamentos Ltda. Telecomunicação

(AP, AC) MG

231 Leuze Electronic (AI, AP) SP

232 Lexmark (AB) SP

233 LG (AB) SP

234 LGM Engenharia e Tecnologia D‘Agua LTDA (AI) DF

235 Lince (AI) RJ

236 Locktron (AP) SP

237 Loefer do Brasil (AI) SP

238 Luxtron (AP) SP

239 Madis Rodbel (AP) SP

240 Maelli (AP) RS

241 Magnetrol (AI) SP

242 Maquel Ind. Maq. Equip. Elet. (AI) SP

243 Mar Girius (AI) SP

244 Marposs Aparelhos Eletr. de Medição LTDA (AI) SP

245 Martom Segurança Eletrônica (AP) SP

246 MCM (AI) MG

247 MCS Engenharia LTDA (AI) SP

248 MDI (AI) RS

249 Mecaf (AC, AB) SP

250 MEKAB (AI) SP

251 Menno (AC, AB) RS

252 MEPA (AI) SP

253 Metaltex (AI) SP

254 Metalúrgica Nova Amaericana (AI) SP

255 Metso (AI) SP

256 Mettler (AI) SP

Page 441: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

419

No Empresa Área Estado

257 Microblau (AI, AP) SP

258 Microhard (AI) RS

259 Microsistemas Sistemas Eletrônicos S/A (AI, AP) PR

260 Microsol Tecnologia S/A Informática

(AI, AP) CE

261 Microtarget (AB) SP

262 Mineoro (AB) RS

263 Mirabit (AI, AP) RJ

264 MOOG do Brasil Controles (AI) SP

265 Motorola (AB) SP

266 MS (AI) RJ

267 MSA (AI) SP

268 MTC Engenharia S/A (AI) RJ

269 Naka Inst. Ind. (AI) SP

270 Nansen S/A Instrumentos de Precisão GTD

(AP, AI) MG

271 NBN (AI) RS

272 NCR (AI, AB) SP

273 Netio (AP) SP

274 Newlux (AI) SP

275 Newtec Produtos Inteligentes LTDA (AI) MA

276 Niágara S/A (AI) SP

277 Nilko (AB) PR

278 Nitrix (AP) MG

279 NIVE-CON (AI) SP

280 Norgren (AI) SP

281 Novotec Exp. E Imp. (AI) RS

282 Novus Produtos Eletrônicos Ltda. Automação

(AI) RS

283 Nykon Dwyler (AI) SP

284 OFF Light Automação e Conservação LTDA (AI) PR

285 Oki (AB) SP

286 Omron (AI) SP

287 Opto Eletrônica S/A (AI) SP

288 Optsensys Instrum. Óptica e Eletrôn. LTDA (AI) SP

289 Orbe (AI) SP

290 OMEL (AI) SP

291 Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda. GTD (AI)

MG

292 Ottime (AI) SP

293 Parker Hannifin (AI) SP

Page 442: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

420

No Empresa Área Estado

294 Parks S/A Comunicações Digitais Telecomunicação

(AI) RS

295 Passo Ind. Com. Equip. Elet. (AP) RS

296 PC Microship (AP) SP

297 Perkons S/A (AI) PR

298 Periscópio Equip. Optronicos (AI) RJ

299 Pextron (AI) SP

300 PHB (AI) SP

301 Phoenix (AI) SP

302 Pial Legrand (AP) SP

303 Pilz (AI) SP

304 Plantech Eng. de Sistemas (AP) SP

305 Ponfac (AI) RS

306 Positivo Informática Ltda. Informática

(AI, AB) PR

307 Positronic (AI) SP

308 Presys (AI) SP

309 Priel Eletrônica (AI, AP) SP

310 Pró-Digital (AP) PR

311 Procomp (AP, AC, AB) SP

312 RBS Tecn. de Informação (AP) ES

313 Reason Tecnologia S/A (AI) SC

314 RELM CHATRAL (AI) SP

315 REMATEL (AI) RS

316 Renno Tecnologia (AI) SP

317 Resmat Parsh Sist. contra Incêndio (AP) SP

318 Rontan (AP) SP

319 Rockwell (AI) SP

320 Roque&Correia (AI) PR

321 Romagnole Produtos Elétricos Ltda. GTD (AI)

PR

322 RSP Technology (AP) SP

323 Sagem-Orga (AC, AB) SP

324 Samsung (AB) SP

325 SAN-EI (AP) SP

326 Sandvik do Brasil (AI) SP

327 Saturnia (AI) SP

328 Schalt (AP) SP

329 Schenck Process Equips Industriais LTDA (AI) SP

330 Schneider (AI) SP

Page 443: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

421

No Empresa Área Estado

331 SDC Engenharia de Sistemas (AI) SP

332 SDM (AI) PR

333 SEG (AI) SP

334 S&E (AI) SP

335 Sekron (AI, AP) SP

336 Selco Sistemas Eletrônicos LTDA (AI) SC

337 Selcon Sist. Eletrônicos Controle LTDA (AI) SP

338 Semp Toshiba (AB) SP

339 Sense Eletrônica Ltda. (AI) SP

340 Sensonic Ind. Eletrônica (AP) RJ

341 Sensores Eletrônicos Instrutech Ltda. (AI) SP

342 Sensormatic (AP) SP

343 Serttel (AC) PE

344 Set Point Com. E Ind. (AI) SP

345 Setha Indústria Eletrônica Ltda. Equipamentos

Industriais (AI, AP)

RJ

346 SGF (AI) SP

347 Shadow Detectores de Metais (AP) PR

348 Shempo (AC) SP

349 SHW Instrumentação (AI) SP

350 Siemens (AI, AP) SP

351 Silkan (AP) SP

352 Sinatron (AI) RS

353 Siproel (AI, AP) PR

354 Sistron Sist. de Energia (AI) MG

355 Sitron Equip. Eletro. (AI) SP

356 SLG (AP) SP

357 SMAR (AI) SP

358 SMS Tecnologia Eletrônica Ltda Informática

(AI, AP) SP

359 Soliton Eletrônica (AI) SP

360 Spacecomm (AP) PR

361 Spectro Enga (AP) PR

362 Sphera Planetaria (AI) SP

363 Spider Tecnologia (AI, AP) SP

364 Spin Engenharia de Automação (AI, AP) DF

365 Splice (AI) SP

366 Staefa Control (AP) SP

Page 444: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

422

No Empresa Área Estado

367 STM Tecnologia e Equipamentos Especiais LTDA

(AI) SP

368 Sulton (AP) PR

369 Suprasonic Eletrônica (AI) SP

370 Sweda Informática Ltda. Informática (AC, AB)

SP

371 Symnetics (AI) SP

372 Syncro (AI) SP

373 System Partner (AI) SP

374 Technometal (AB) SP

375 Tecnac do Brasil (AI) RJ

376 Tecnotron (AI) SP

377 Tecpoint (AC, AB) SP

378 Tecsys do Brasil Industrial Ltda. Telecomunicação

(AP, AC) SP

379 Tectelcom Aeroespacial (AI) SP

380 Tectrol (AI) SP

381 Teikon Tecnologia Industrial S/A Informática

(AI) RS

382 TEL Telecomunicações e Eletrônica (AP) SP

383 Telecomando (AP) SP

384 Telemática Sist. Inteligentes (AP) SP

385 Telesparker Digital (AP) SP

386 Telvent (AI) SP

387 TESC (AC) SP

388 Therma Inst. Medição Autom. Projetos (AI) SP

389 Thevear (AP) SP

390 Toledo do Brasil Ind. Balanças (AI) SP

391 Toshiba (AI) MG

392 Trafo Equipamentos Elétricos S/A GTD (AI)

RS

393 Trafit (AI) BA

394 Transdata (AI, AP) SP

395 Translancier Ind. E Com. (AI) RJ

396 Tron (AI) PE

397 Tropico Eq. El. Ilumnação (AI) SP

398 Turotest Medidores LTDA (AI) SP

399 Tyco Valves Controls (AI) SP

400 Ultrak Tecn. de Segurança (AP) SP

401 Unidigital (AI) RS

402 Uniontec (AP) SP

Page 445: Estudo Prospectivo Setorial – Eletrônica para Automação

423

No Empresa Área Estado

403 Unisys (AC) SP

404 Unitron Engenharia (AP) SP

405 Upsai (AP) SP

406 Varixx Ind. Elterônica (AI) SP

407 Vector Eng. e Sistemas de Automação LTDA (AI) SP

408 Veeder Root (AI) SP

409 Versão Automação (AI) RS

410 Vertex (AP) RS

411 Viasat tecn. em Comunicações (AP) MG

412 View Tech Automação Industrial (AI) SP

413 Vincere (AI) SP

414 Visual Sistemas Eletrônicos (AI) MG

415 Voith Siemens Hydro Power Generation (AI) SP

416 Vorax (AI) SP

417 Ward (AI) MG

418 WEG S/A Equipamentos

Industriais (AI, AP)

SC

419 Weguardyou (AP) SP

420 Wetzel (AP) SP

421 Whyte Martins Gases Industriais (AI) RJ

422 Xerox (AB) RJ

423 XPS (AI) SP

424 Yaskawa (AI) SP

425 Yokogawa (AI) SP

426 ZAF Sistemas Analíticos (AI) SP

427 ZPM (AB) RS