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Estudo setorial de pequenos negócios energointensivos

Estudo setorial de pequenos negócios energointensivos · Dicas de economia 37 Iluminação 37 Climatização 37 Na empresa 38 Programas de eficiência energética 38 ... to industrial

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Estudo setorial de pequenos negócios energointensivos

SUMÁRIO

Introdução 4

O que é a energia 7

Eletricidade - principal fonte de energia 8

Matriz energética 9

Matriz energética mundial 10

Matriz energética no Brasil 11

Mercado livre de energia 12

Direitos dos consumidores de energia 12

Energias alternativas 13

Energia para produzir 15

Principais setores consumidores de eletricidade 16

Pequenos negócios 16

Pequenos negócios energointensivos 17

Panificação 18

A indústria de panificação e o uso da energia elétrica 18

Eficiência energética na prática 20

Cerâmica 21

A indústria de cerâmica e o uso da energia elétrica 22

Eficiência energética na prática 24

Hotelaria 25

A indústria hoteleira e o uso da energia elétrica 26

Eficiência energética na prática 28

Pousada Encantos da Terra 29

Metalurgia 30

A indústria metalúrgica e o uso da energia elétrica 32

Bares e restaurantes 33

O setor de bares e restaurantes e o uso da energia elétrica 34

Eficiência energética na prática 35

Eficiência energética 36

Uso racional da energia 37

Dicas de economia 37

Iluminação 37

Climatização 37

Na empresa 38

Programas de eficiência energética 38

Programa de Eficiência Energética das empresas de distribuição (PEE) 38

Programa de Conservação de Energia Elétrica (Procel) 38

Programa Nacional de Racionalização do Uso de Derivados

de Petróleo e Gás Natural (Conpet) 39

Programa Sebrae de Eficiência Energética 39

P3E (Programa de Energia e Eficiência Energética) 39

Conclusões 41

Organismos setoriais 43

Outras leituras 45

Fontes 48

Introdução

5

A eletricidade é a forma de

energia mais utilizada por em-

presas de todos os portes, para

iluminar, refrigerar, esquentar,

mover máquinas e equipamentos

e uma enorme gama de trabalhos

realizados cotidianamente em to-

dos os setores da economia. Este

relatório vai tratar do uso intensi-

vo da eletricidade em atividades

econômicas pequenos negócios,

ou seja, atividades empresariais

eletrointensivas.

A disponibilidade e o uso ra-

cional da energia são alguns dos

principais fatores de desenvolvi-

mento humano e econômico do

mundo. O salto tecnológico que a

humanidade deu no século 20 so-

mente foi possível com o domínio

de novas fontes de energia, como

as diversas formas de produção

de eletricidade, o petróleo e o car-

vão mineral. Até então, a principal

fonte de energia conhecida era a

lenha.

O domínio da eletricidade e

dos derivados de petróleo levou a

imensas transformações na eco-

nomia. A eletricidade tornou a vida

mais confortável e, apesar de ser

uma invenção do século 19, ape-

nas no século 20 tornou-se um in-

sumo quase universal. O petróleo,

por sua vez, conseguiu oferecer

uma energia barata e portátil, e

a gasolina transformou as formas

de locomoção. O automóvel foi o

principal vetor do desenvolvimen-

to industrial na primeira metade do

século 20. Dessa forma, o domínio

de energias mais eficazes e de fá-

cil produção, transporte e oferta,

mudou o mundo, possibilitando o

desenvolvimento de máquinas e

equipamentos que ampliaram o

universo do empreendedorismo

e provocaram o crescimento da

oferta de produtos (YERGIN, 1991).

Neste trabalho vamos abordar

cinco setores empresariais que

têm na energia um de seus prin-

cipais insumos.

Panificação – A indústria de

panificação é composta por mi-

lhares de empreendimentos em

todo o país. Neste quesito, o Brasil

é conhecido pela qualidade e va-

riedade de sua panificação e as

padarias são ícones da cultura do

país.

Cerâmica – Os primeiros indí-

cios da produção de objetos com

cerâmica no Brasil foram regis-

trados na região da Amazônia e

datam de aproximadamente cinco

mil anos atrás. Contudo, a mo-

delagem mais elaborada, com a

utilização de técnicas como ras-

pagem, incisão, excisão e pintura,

tem seus primórdios na Ilha de

Marajó. Com a chegada dos por-

tugueses, foram criadas as pri-

meiras olarias e a mão de obra foi

concentrada e capacitada. Hoje,

o material é peça fundamental

para a indústria da construção ci-

vil, sendo facilmente encontrado

em redutos tradicionais, como as

cozinhas e os banheiros (HISTÓ-

RIA..., [20-?]).

Hotelaria – O potencial turístico

do Brasil só tende a crescer nos

próximos anos, pela importância

de sediar grandes eventos inter-

nacionais, como a Copa do Mundo

2014 e as Olimpíadas de 2016.

Detentor de quase 7.400 quilôme-

tros de litoral, belíssimos biomas,

como o Pantanal, a Amazônia, os

Pampas e a Mata Atlântica, além

do Cerrado e da Caatinga, oferece

ao turista opções variadas. Den-

tre elas, o turismo de negócios

também movimenta hotéis das

cidades o ano todo (GEOGRAFIA...,

[2010]; MÃO..., 2013).

Metalurgia – A industrialização

do Brasil, a partir dos anos 1950,

fortaleceu a metalurgia como um

dos setores mais dinâmicos da

economia. Grandes empresas

6

montadoras de automóveis e fa-

bricantes de eletrodomésticos,

além de outros demandantes de

peças e equipamentos, ajudaram

a criar e consolidar um grande

parque de pequenos negócios

metalúrgicos. A utilização inten-

siva de máquinas e equipamentos

nesse setor faz dele um grande

consumidor de energia (CAPUTO e

MELO, 2009; BARROS, 2011).

Bares e restaurantes – O em-

preendedorismo nessa área ocupa

todo o território brasileiro e tem na

energia, destinada principalmente

à refrigeração e à ambientação,

um de seus principais itens de

despesa.

O que é a energia

8

Eletricidade- principal fonte de energia

A primeira forma de energia

utilizada pela humanidade, e que

ainda tem muita importância em

diversas culturas e comunida-

des, foi a lenha. Durante séculos

a madeira foi queimada em todas

as sociedades humanas para o

cozimento dos alimentos, o aque-

cimento das casas e a metalurgia

para produzir ferramentas e ar-

mas.

Mesmo com o desenvolvimen-

to de novas fontes de energia, ain-

da hoje a lenha é um componente

importante da matriz energética

de diversas sociedades e de mui-

tos setores. Um exemplo é o uso

da lenha nos fornos de pizzarias

em todo o mundo. O setor ainda

dá preferência aos fornos a lenha,

apesar de existirem modelos a

gás e a eletricidade. A alegação

é que o sabor da pizza assada no

forno a lenha é característico e

mais ao gosto dos consumidores

(FORNOS..., 2012).

Ao longo do século 20, diver-

sas novas formas de geração de

energia foram introduzidas no

cotidiano da humanidade, mas al-

gumas das mais antigas, como a

lenha e o carvão mineral, não ape-

nas se mantiveram como alterna-

tivas, mas também ampliaram sua

participação na matriz energética

global, e hoje respondem por

cerca de 30% de toda a energia

consumida no mundo (AGÊNCIA

NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA,

2008a, p. 40). Mesmo o Brasil, de-

tentor de uma das matrizes de ge-

ração de eletricidade mais limpas

do mundo, com suas hidrelétricas

abastecendo 81,7% da eletrici-

dade consumida no país, segun-

do dados da Eletrobrás, ainda há

geração de eletricidade com base

em carvão mineral. Cerca de 1,4%

da eletricidade do país tem esse

combustível como fonte. No mun-

do, no entanto, o carvão mineral

responde por 27% de toda a ener-

gia produzida (BRASIL, 2012e).

Ainda assim, a forma de ener-

gia mais utilizada atualmente é a

eletricidade. É com ela que mo-

Gráfico 1: Aumento do consumo de energia desde a primeira revolução industrial. Fonte: United Nations (2009)

vemos a maior parte dos equi-

pamentos eletroeletrônicos, nas

residências e nas empresas.

(VENTURA FILHO, 2009).

O Gráfico 1, elaborado em 2009

pela Organização das Nações Uni-

das, mostra a evolução do uso

de energia no mundo a partir de

1850, período em que começou a

revolução industrial na Inglaterra

e se intensificou a necessidade de

energia para a economia.

Empresas brasileiras podem

escolher a fonte de energia que

desejam comprar (MERCADO...,

[20-?]).

Para fazer suas escolhas de

forma eficiente, é importante que

cada empresa conheça suas de-

mandas de energia, seus momen-

tos de pico (maior consumo) e as

tarifas que está pagando. Desta

forma poderá avaliar melhor as

opções oferecidas.

Matriz energética

10

Matriz energética mundialMais de 80% da energia pro-

duzida no mundo vem da queima

de combustíveis fósseis e, mesmo

com as restrições ambientais a

esse tipo de energia, a previsão é

que, nos próximos 20 anos, este

quadro não mude muito. O cres-

cimento da demanda global por

energia deve ser de 30% até o ano

de 2030, e o maior consumidor é a

China, que em 2009 ultrapassou a

demanda dos Estados Unidos (BP,

2013).

Cerca de 70% de toda a energia

consumida pela China provém de

usinas movidas a carvão mineral,

o que torna a matriz energética do

país a mais suja do mundo. No en-

tanto, dados de uma pesquisa do

Berkeley Lab, dos Estados Unidos,

apontam que a China é o país que

vem trabalhando mais fortemente

para limpar sua matriz energética

e que, até 2050, deverá reduzir

Gráfico 2: Oferta de energia primária no mundo em 2007. Fonte: Lopes (2010).

Gráfico 3: Matriz energética mundial 2006 – 2030. Fonte: Brauer (2011).

a participação proporcional do

carvão nessa matriz para cerca

de 30%. O mesmo estudo prevê

uma ampliação do uso da ener-

gia nuclear, que estava em oito

11

Gráfico 2: Oferta de energia primária no mundo em 2007. Fonte: Lopes (2010).

gigawatts (GW) em 2005 e deve

saltar para 550 GW em 2050. O

estudo aponta também, que nes-

se período 70% dos automóveis

vendidos na China deverão ser

elétricos (ZHOU et al., 2011; REIS,

2010).

Na média mundial, no entanto,

segundo o estudo World Energy Outlook 2013, da Agência Interna-

cional de Energia, utilizado como

referência pela Petrobras, uma

das maiores empresas de energia

do mundo, o petróleo continuará

sendo a principal fonte de ener-

gia utilizada no planeta. De forma

geral, a utilização de combustíveis

fósseis tende a se manter na li-

derança mundial, mesmo com a

pressão para a redução das emis-

sões de CO2. Em 2010, a matriz

energética global dependia de

combustíveis fósseis (carvão mi-

neral, petróleo e gás natural) para

81% de suas necessidades. A

previsão é que em 2030, com um

aumento de 45% na demanda de

energia, os combustíveis fósseis

representem 77%. Se considera-

do apenas o consumo brasileiro,

a participação dos combustíveis

fósseis deve passar de 53,4% em

2010 para 52% em 2030 (PETRÓ-

LEO..., 2013).

Estimativas sobre a demogra-

fia do mundo indicam que a hu-

manidade é composta atualmente

por pouco mais de sete bilhões

de indivíduos e que poderá che-

gar a nove bilhões de pessoas até

2050. Somente este dado já seria

suficiente para explicar um forte

aumento global da demanda por

energia.

No entanto, há o fator adicional

de melhoria do desempenho eco-

nômico de muitos países, o que

está incluindo um grande con-

tingente de pessoas no mercado

de consumo. Com isto aumenta

também a demanda por energia

em suas diversas formas para

atender a esse novo contingente

de consumidores (POPULAÇÃO...,

2009).

Matriz energética no BrasilO Brasil é considerado um dos

países com a matriz de geração

de energia mais limpa do mundo.

Isto porque grande parte da ele-

tricidade que chega nas casas e

empresas vem de usinas hidrelé-

tricas, que usam a água de rios e

represas para mover turbinas e

produzir eletricidade. Estas usinas

respondiam, em 2011, por 81,7%

de toda a eletricidade do país,

totalizando 467 terawatts-hora

(TWh), de acordo com dados do

Balanço Energético Nacional de

2012, produzido pela Empresa de

Pesquisa Energética (EPE) (BRA-

SIL, 2012e, p. 31).

A segunda maior fonte de ener-

gia do país é a termelétrica, res-

ponsável por 28,2% da capacida-

de instalada, sendo 4,6% térmicas

a gás, 6,5% térmicas a biomassa,

2,7% térmicas nucleares e 1,4%

térmicas a carvão mineral e deri-

vados. Outras fontes participantes

da matriz de energia elétrica são

a eólica (0,5%) e derivados do pe-

tróleo (2,5%) (BRASIL, 2012e).

O Brasil tem focado na busca

por novas fontes de geração de

eletricidade e cresceram os inves-

timentos em parques eólicos nos

últimos anos. De acordo com a

Agência Nacional de Energia Elé-

trica (Aneel), o país possui quase

660 megawatts de capacidade

instalada de eletricidade produ-

zida a partir dos ventos. Ao todo,

são 35 empreendimentos que já

estão em operação.

O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro (BRASIL, 2001), elabo-

rado pelo Centro de Pesquisas de

Energia Elétrica (Cepel), mostra

um potencial bruto de 143,5 GW, o

12

que torna a energia eólica uma al-

ternativa importante para manter

o perfil limpo da geração elétrica

brasileira.

O maior potencial foi identifica-

do no litoral, desde o Rio Grande

do Sul até o Nordeste. O potencial

anual deste tipo de geração de

energia para o Nordeste é de cer-

ca de 144,29 terawatts-hora por

ano (TWh/ano), para a região Su-

deste de 54,93 TWh/ano, e para a

região Sul de 41,11 TWh/ano.

Toda esta energia é consumi-

da, conforme Tabela 1, principal-

mente pelo setor industrial.

Em seguida, aparecem as resi-

dências, que consomem três ve-

zes mais do que o setor comercial.

Contudo, a longo prazo, esse qua-

dro deve se modificar um pouco.

Segundo as perspectivas da EPE,

em 2021, o consumo do setor

comercial deve quase dobrar, en-

quanto os outros não ampliarão o

consumo de maneira tão expres-

siva.

Mercado livre de energiaOutro aliado da economia é a

aquisição de máquinas e equi-

pamentos mais modernos e que

consomem menos energia. Uma

empresa que sabe dimensionar

suas necessidades de energia

pode recorrer à compra no mer-

cado livre, aquele em que os con-

sumidores podem escolher seus

fornecedores, negociando direta-

mente preços, prazo contratual e

serviços associados à comerciali-

zação.

Esse mercado oferece ao con-

sumidor a oportunidade de fazer a

gestão da energia de acordo com

suas necessidades e característi-

cas de consumo, o que não é pos-

sível no mercado tradicional, que

Brasil – Consumo de eletricidade na rede por classe (GWh)Brasil – Consumo de eletricidade na rede por classe (GWh)Brasil – Consumo de eletricidade na rede por classe (GWh)Brasil – Consumo de eletricidade na rede por classe (GWh)Brasil – Consumo de eletricidade na rede por classe (GWh)Brasil – Consumo de eletricidade na rede por classe (GWh)

Ano Residencial Industrial Comercial Outros Total

2012 117.088 192.206 77.388 61.985 449.6682016 140.053 225.262 96.617 72.609 534.5412021 173.706 266.546 128.876 86.962 656.090

Período Variação (% a.a.)Variação (% a.a.)Variação (% a.a.)Variação (% a.a.)Variação (% a.a.)2011 – 2016 4,6 4,2 5,6 2,6 4,32016 – 2021 4,4 3,4 5,9 3,7 4,22011 – 2021 4,5 3,8 5,8 3,1 4,2

Fonte: EPEFonte: EPEFonte: EPEFonte: EPEFonte: EPEFonte: EPE

Tabela  1:  Consumo  de  eletricidade  na  rede  por  classe.  Fonte:  Brasil  (2012b,  p.  39)Tabela  1:  Consumo  de  eletricidade  na  rede  por  classe.  Fonte:  Brasil  (2012b,  p.  39)Tabela  1:  Consumo  de  eletricidade  na  rede  por  classe.  Fonte:  Brasil  (2012b,  p.  39)Tabela  1:  Consumo  de  eletricidade  na  rede  por  classe.  Fonte:  Brasil  (2012b,  p.  39)Tabela  1:  Consumo  de  eletricidade  na  rede  por  classe.  Fonte:  Brasil  (2012b,  p.  39)Tabela 1: Consumo de eletricidade na rede por classe. Fonte: Brasil (2012b, p. 39)

é a oferta de eletricidade na porta

da empresa.

No mercado livre de energia, o

empreendedor participa de leilões

de energia promovidos pelas em-

presas geradoras, podendo deci-

dir qual o preço máximo que está

disposto a pagar pelo insumo. O

Mercado Livre de Energia Elétri-

ca foi estabelecido por lei federal

e dá aos consumidores acima de

500 quilowatts (kW) o direito de

negociar livremente com as em-

presas produtoras de eletricidade

(MERCADO..., [20-?]).

Direitos dos consumidores de en-ergia

As distribuidoras de todo o país

seguem um guia de normas que

prevê quais são suas obrigações

para com seus clientes e também

o que estes devem fazer (AGÊNCIA

NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA,

13

[201?]).

• Indenização por danos – o

consumidor pode pedir ressarci-

mento pelo conserto ou reposição

de equipamentos danificados por

algum problema causado pelo for-

necimento de energia. Antes do

pagamento, há uma checagem

para constatação ou não da ocor-

rência;

•Desligamento programa-

do – a informação deve ser feita

com uma antecedência mínima

de 72 horas por carta ou meios de

comunicação de massa;

•Débitos pendentes – o

cliente deve ser informado, na

própria conta de luz, sobre faturas

anteriores não pagas;

• Interrupção no forneci-

mento – a notificação deve vir por

escrito, com antecedência mínima

de 15 dias, sobre possível suspen-

são do fornecimento caso haja dé-

bito em atraso;

•Prazo de religação – se

houver suspensão do fornecimen-

to por falta de pagamento, o supri-

mento deve ser restabelecido em

até 24 horas após a confirmação

de que a conta foi quitada.

•Para que a relação fun-

cione, os consumidores têm tam-

bém alguns deveres (AGÊNCIA

NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA,

[201?]):

• Instalações seguras – o

consumidor deve manter a ade-

quação térmica e a segurança

das instalações elétricas do seu

imóvel, de acordo com as normas

oficiais brasileiras;

•Equipamento de medi-

ção – conservar em bom estado

o equipamento de medição e ga-

rantir a entrada de representantes

credenciados para inspeção e lei-

tura do medidor;

•Pagar a conta – quitar a

fatura de energia elétrica até a

data do vencimento. Em caso de

atraso, haverá cobrança de multa

e juros. Se isto não for resolvido,

a instalação poderá ter o forneci-

mento interrompido;

•Cadastro atualizado – o

cliente deve manter seus dados

cadastrais em dia. Alterações de

atividade (residência, comércio,

indústria, serviços) e a existência

de pessoa que use equipamentos

elétricos indispensáveis à vida,

como respiradouros, por exemplo,

também devem ser comunicadas.

Energias alternativasO termo energia alternativa é

utilizado para qualificar fontes que

são consideradas não poluentes.

Trata-se de uma nomenclatura

que caracteriza técnicas que uti-

lizam fontes inesgotáveis, como o

vento e o sol, em detrimento das

matérias-primas finitas, como o

petróleo e o gás natural. São vá-

rias as fontes que se enquadram

nesta classificação e são conside-

radas maneiras viáveis de garantir

o suprimento a longo prazo, além

de trazer economia e não poluir

(SANTOS e MOTHÉ, 2007/2008).

•Energia solar – obtida a

partir da luz do sol, pode ser utili-

zada para produção de eletricida-

de e aquecimento;

•Energia eólica – prove-

niente do vento, grandes turbinas

com formato de cata-vento são

instaladas em locais de grande

ocorrência de ventos, e geram

energia elétrica;

•Energia das ondas – ge-

rada a partir do movimento das

ondas do mar, também é a fonte

de origem da energia maremotriz,

que vem do movimento das ma-

rés. É obtida a partir das correntes

marítimas ou pela diferença de

altura entre as marés alta e baixa;

•Energia do lixo – resultan-

te do gás produzido nos depósitos

por resíduos animais (dejetos) e

14

orgânicos (restos de alimentos)

(SANTOS, 2002);

•Energia geotérmica – pro-

duto do calor do centro da Terra.

Em várias regiões do planeta,

existem fontes de água quente

e vapor que, ao serem drenadas

para a superfície, passam por ge-

radores de centrais elétricas que

transformam o calor em eletrici-

dade;

•Hidrogênio combustível –

vem da célula do elemento quími-

co e gera eletricidade para mover

veículos. No fim do processo, o hi-

drogênio se junta ao oxigênio para

formar as moléculas de água que

serão expelidas pelo escapamen-

to (PROGRAMAS..., [20-?]).

A matriz energética brasileira

é uma das mais diversificadas do

mundo. Para poder aproveitar de

forma mais eficiente e sustentá-

vel essa diversidade, é importante

que cada empresa conheça bem

seu perfil de consumo, principal-

mente em relação a seus horários

de maior demanda.

Também é preciso compre-

ender, dentro de cada negócio,

quais são as reais oportunidades

de atuar com geração própria de

energia, seja por meio de painéis

solares ou com o aproveitamento

de calor gerado por caldeiras ou

fornos. Desta forma, o empreen-

dedor estará melhor preparado

para fazer suas opções de compra

de energia elétrica no mercado

brasileiro.

Energia para produzir

16

Principais setores consu-midores de eletricidade

As grandes indústrias eletroin-

tensivas respondem pelo consu-

mo de 20% de toda a eletricidade

produzida no Brasil, o que repre-

senta 40% de toda a eletricidade

consumida pela indústria, segun-

do dados da Associação Brasi-

leira de Grandes Consumidores

Industriais de Energia (ASSOCIA-

ÇÃO BRASILEIRA DE GRANDES

CONSUMIDORES INDUSTRIAIS DE

ENERGIA E DE CONSUMIDORES

LIVRES, [20-?]). As grandes em-

presas consumidoras de energia

estão principalmente nos setores

de produção de alumínio, aço, pa-

pel, cimento e montadoras de ele-

troeletrônicos e veículos (CASTRO

e SIMÕES, 2009).

Na primeira década do século

21, houve um aumento na deman-

Tabela 2: Consumo de energia elétrica no Brasil por setor da economia. Fonte: Brasil (2001;

2010)

da por energia na maior parte dos

setores da economia, conforme

especificado na Tabela 2. Os se-

tores que mais impactaram este

crescimento de demanda foram

as indústrias leve e pesada, o se-

tor energético e o agropecuário.

Pequenos negóciosEntre os pequenos negócios,

há diversos setores que têm a

energia elétrica como um de seus

principais insumos. As contas de

energia das residências e empre-

sas embutem, também, uma sé-

rie de impostos e taxas, além dos

custos de produção e transporte

da eletricidade. Os cálculos para

se chegar ao valor final são com-

plexos, porque incluem subsídios

cruzados entre consumidores de

diversas classes, mais impostos,

como ICMS (estadual) e federal

(PIS/Cofins) (ENTENDA..., [20-?]).

No final de 2012, o governo

federal mudou o cálculo para a

remuneração das empresas con-

cessionárias de energia elétrica

no Brasil, possibilitando a redução

dos preços da eletricidade para

os consumidores finais (BRA-

SIL, 2012a). A Federação das In-

dústrias do Estado de São Paulo

(Fiesp), uma das entidades que

fez campanha para a redução de

preços, colocou à disposição dos

consumidores uma ferramenta

de internet para ajudar a calcular

o valor da conta de luz: <http://

www.energiaaprecojusto.com.

br/>.

No campo dos pequenos negó-

cios, os setores que mais conso-

mem energia em suas atividades

são as indústrias de cerâmica,

panificadoras, indústrias metalúr-

gicas, hotelaria e empresas usuá-

rias de refrigeração em geral. São,

em sua maior parte, empresas que

têm parte importante de suas ati-

vidades na geração de calor ou na

refrigeração, por meio de fornos,

refrigeradores e aparelhos condi-

cionadores de ar (climatizadores)

(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA

INDÚSTRIA, 2009; BAJAY; GORLA;

BORDONI, 2009).

Font

e: M

ME.

Bal

anço

Ene

rgét

ico

Naci

onal

200

1 e

2010

Pequenos negócios energointensivos

18

PanificaçãoUm levantamento realizado

pela Associação Brasileira da In-

dústria de Panificação aponta que

existem no Brasil cerca de 63 mil

estabelecimentos que podem ser

chamados de padarias. Destes,

95% são pequenos negócios, e

a maior parte empreendimentos

familiares (ASSOCIAÇÃO BRASI-

LEIRA DA INDÚSTRIA DE PANIFI-

CAÇÃO E CONFEITARIA, [20-?]).

A padaria, em seus diversos

formatos, é um dos pontos de en-

contro preferidos dos brasileiros.

Estima-se que 35 milhões de pes-

soas frequentam padarias no Bra-

sil diariamente. Mesmo com esse

sucesso de público, o consumo

brasileiro de pães está ainda mui-

to abaixo do que é recomendado

pela Organização Mundial de Saú-

de. O consumo médio individual

dos brasileiros é de 33 quilos por

ano, enquanto o organismo inter-

nacional recomenda 60 quilos por

pessoa por ano. Respondendo por

cerca de 2% do PIB nacional, o

setor de panificação movimentou

na última década cerca de R$ 24

bilhões e gera cerca de 600 mil

empregos diretos e mais de 1,5

milhão indiretos (SERVIÇO NACIO-

NAL DE APRENDIZAGEM INDUS-

TRIAL DO RIO GRANDE DO SUL,

2007).

O faturamento médio de uma

padaria pode ser dividido em meio

a meio. Cerca de 50% vem de

seus próprios produtos, aqueles

feitos no próprio estabelecimento,

como o pão francês (normalmente

o carro-chefe), pães em geral, do-

ces e confeitos, enquanto a outra

metade vem da revenda de produ-

tos normalmente industrializados,

que vão de leite, frios e queijos, a

produtos de conveniência e cigar-

ros.

Sob o ponto de vista ambien-

tal, os estabelecimentos de pani-

ficação não têm quase nenhuma

diferenciação dos estabelecimen-

tos residenciais, em termos de

geração de resíduos. Nenhum dos

resíduos cotidianamente gerados

Gráfico 4: Curva ABC – consumo energético na padaria. Fonte: Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresa; Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria ([20-?]).

é considerado perigoso, tanto

que a legislação não exige dessa

classe de estabelecimento a ela-

boração de Relatórios de Impacto

Ambiental (RIMA) para seu fun-

cionamento. No entanto, o setor

tem preocupação em relação à

produção mais limpa. O Senai do

Rio Grande do Sul produziu a pu-

blicação Produção Mais Limpa em Padarias e Confeitarias com im-

portantes dicas de como melhorar

o perfil ambiental do setor (SERVI-

ÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

INDUSTRIAL DO RIO GRANDE DO

SUL, 2007).

A indústria de panificação e o uso da energia elétrica

Um dos insumos importantes

do setor de panificação é a eletrici-

dade, que responde, em média, de

19

8% a 10% das despesas de suas

empresas. As maiores demandas

por energia vêm da necessidade

de refrigeração, que responde por

mais de 40% da conta de energia,

e do forno, que gasta outros 29%

do total consumido em uma pada-

ria (SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO

E PEQUENAS EMPRESA; ASSOCIA-

ÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA

DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA,

[20-?]).

Dados do setor apontam que

ainda há fornos a lenha e a gás

sendo utilizados por empresas de

panificação. No entanto, 63% das

padarias já utilizam fornos elé-

tricos, que são mais modernos e

eficientes sob o ponto de vista de

consumo energético e em resulta-

dos.

A busca por eficiência ener-

gética nesse setor já gerou exce-

lentes oportunidades de negócios

para empresas que produzem

equipamentos para a indústria de

panificação, a ponto de apenas

uma empresa dominar cerca de

40% desse mercado, graças aos

resultados obtidos por seus equi-

pamentos (EMPRESA..., 2013).

Além das iniciativas no campo

tecnológico, que aprimoram e ino-

vam em equipamentos, um dado

importante para o setor de pani-

ficação é a oferta de crédito para

a renovação de suas máquinas.

Neste contexto, uma das princi-

pais iniciativas vem do governo

federal, por meio do Banco Nacio-

nal de Desenvolvimento Econômi-

co e Social (BNDES), que instituiu

uma linha de crédito específica

para projetos de modernização e

eficiência energética, o PROESCO

(APOIO..., [20-?]).

Dados do BNDES (BNDES...,

2003) mostram que a década

1990-2000 foi especialmente

preocupante para o setor de pani-

ficação, com a redução do núme-

ro de estabelecimentos de 60 mil,

em 1995, para pouco mais de 42

mil em 2000. O crédito oferecido

ao setor no início dessa década

foi a forma que o governo encon-

trou para estimular a inovação e

a atualização tecnológicas das

padarias.

O engenheiro eletricista Ri-

cardo Wargas, que trabalha na

unidade de Inovação e Acesso a

Tecnologias do Sebrae do Rio de

Janeiro, acredita que os pequenos

negócios que fazem uso intensi-

vo de energia elétrica devem ter

condições especiais de acesso a

crédito para melhorar seu perfil de

eficiência energética e modernizar

seus equipamentos. Para ele, o im-

pacto do custo da energia elétrica

em um micro ou pequeno negócio

varia de acordo com o segmento

no qual atua. “Em uma confecção

de roupas, por exemplo, a energia

elétrica representa, em média,

0,5% a 1,5% dos custos opera-

cionais. Já em um pequeno hotel,

a média oscila entre 5% e 15%”,

explica (EFICIÊNCIA..., 2011).

O especialista alerta que se

pode economizar até 60% em sis-

temas de iluminação, com a troca

de lâmpadas e modernização das

instalações elétricas, e que em

sistemas de refrigeração a eco-

nomia pode oscilar entre 10% e

25%. Em sistemas de climatiza-

ção (refrigeração ou aquecimento

ambiente), o empreendedor pode

chegar a economizar 50% de sua

despesa com a modernização de

equipamentos e adequação do

local a ser refrigerado (BRITO,

2013).

Em setembro de 2012, o Ins-

tituto Nacional de Metrologia,

Qualidade e Tecnologia (Inme-

tro) divulgou a norma nº 446 de

classificação de fornos elétricos

industriais, categoria na qual se

enquadram os fornos das pada-

20

rias. Pela norma, os fornos terão

de se adequar em consumo de

eletricidade, que, de acordo com

o Inmetro, deverá ter uma redu-

ção de 30% (BRASIL, 2012c). Para

isso será criado um selo que vale-

rá tanto para fornos produzidos no

Brasil, como para importados.

O selo deverá conter informa-

ções sobre cinco itens:

• consumo de energia elé-

trica;

• potência;

• volume útil;

• quantidade de assadeiras.;

• Quantidade de fases.

As empresas fabricantes deve-

rão se adequar à nova norma até o

início de 2014, submetendo seus

produtos à análise de laboratórios

certificados. Após o prazo conce-

dido pelo Inmetro, nenhum forno

sem o selo da certificação poderá

ser vendido no país.

Uma pesquisa da Associação

Brasileira da Indústria de Equipa-

mentos para Panificação, Biscoi-

tos e Massas Alimentícias (Abie-

pan) e da Associação Brasileira

da Indústria da Panificação e Con-

feitaria (Abip) apontou que uma

padaria gasta em média, por mês,

com consumo de energia, R$ 2 mil

(pequeno porte), R$ 6 mil (médio)

e R$ 10 mil (grande) (INMETRO...,

2012).

Uma dica importante para a

sustentabilidade do negócio é

adequar os equipamentos ao ta-

manho de sua demanda. Não

adianta ter um forno grande, su-

perdimensionado para sua pro-

dução, se ele for trabalhar com

ociosidade. Da mesma forma, um

forno pequeno, que terá de ser uti-

lizado diversas vezes para suprir

a demanda do estabelecimento,

também é um fator de desperdício

de energia.

Eficiência energética na práticaAlgumas adequações do am-

biente e mudanças de atitude no

dia a dia podem tornar as pani-

ficadoras mais eficientes no uso

da energia elétrica. (SERVIÇO DE

APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS

EMPRESAS; ASSOCIAÇÃO BRASI-

LEIRA DA INDÚSTRIA DE PANIFI-

CAÇÃO E CONFEITARIA, [20-?]).

•Realizar a substituição de

equipamentos obsoletos ou com

defeitos que possam comprome-

ter seu desempenho energético;

•Montar um cronograma

de rotina para a manutenção de

fornos e aparelhos de refrigeração

e climatização;

•Programar a produção e o

estoque de acordo com a deman-

da, pois estocar produtos em refri-

geração demanda energia;

•Buscar apoio técnico para

as manutenções e a substituição

Gráfico 5: Composição média do custo dos produtos produzidos em uma padaria. Fonte: Asso-

ciação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria, [20-?]

Composição média do custo dos produtos produzidos em uma padaria

21

programada de equipamentos;

•Trabalhar a iluminação

de forma a dirigir as luzes princi-

palmente para os pontos neces-

sários, como áreas de circulação,

exposição de produtos e vitrines;

•Modificar os sistemas

de iluminação para utilização de

lâmpadas econômicas;

•Estabelecer controle se-

torial da iluminação com inter-

ruptores separados.

O investimento no uso respon-

sável da energia elétrica pode se

converter em benefícios para os

proprietários de padarias tam-

bém no momento da composição

dos preços dos produtos comer-

cializados. Conforme Gráfico 5,

na produção de pães e outros

itens do portfólio de uma padaria,

a conta de energia responde, em

média, por 8,7% do custo total,

ficando atrás apenas dos gastos

com impostos (15,38%), despe-

sas com pessoal (33,84%) e alu-

guel (27%). Neste panorama, a

despesa com eletricidade é a úni-

ca que pode ser considerada um

item variável, ou seja, que pode

ser controlada pelo empreen-

dedor. Assim, de acordo com os

dados apresentados, entende-se

que uma padaria com eficiência

energética torna-se mais compe-

titiva em relação ao mercado.

CerâmicaEnquadrada no segmento da

indústria de transformação, a in-

dústria de cerâmica tem sua ca-

deia produtiva inserida no com-

plexo industrial de materiais de

construção. O setor é subdividido

em duas categorias (CONSTANTI-

NO; ROSA; CORRÊA, 2006):

•Cerâmica estrutural ver-

melha – responsável principal-

mente pela produção de tijolos,

telhas e outros refratários;

•Cerâmica branca – tem

como principais produtos pisos e

revestimentos.

Em ambas as classes são utili-

zados como matéria-prima mate-

riais naturais e sintéticos. Entre os

naturais, o principal deles é a argi-

la, extraída do ambiente. A retirada

deste material é feita em geral por

mineradoras terceirizadas, com

as quais as empresas cerâmicas

selam acordos, em sua maioria de

curto prazo. Contudo, de acordo

com o Panorama do Setor de Re-vestimentos Cerâmicos, publicado

em 2006, pelo Banco Nacional do

Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES), o grande número

de mineradoras clandestinas leva

algumas empresas cerâmicas de

maior porte a optarem por jazidas

próprias (CONSTANTINO; ROSA;

CORRÊA, 2006).

O Panorama aponta ainda que,

em 2004, a Associação Nacional

dos Fabricantes de Cerâmica para

Revestimentos (Anfacer) infor-

mou que a indústria brasileira de

revestimento cerâmico (cerâmi-

ca branca) era composta por 94

empresas ativas e 117 plantas

industriais, que geraram no ano

25 mil empregos diretos e cerca

de 250 mil indiretos em toda a ca-

deia produtiva. As empresas são,

em quase sua totalidade, de capi-

tal nacional e de pequeno e médio

portes. O faturamento brasileiro

do setor em 2005 foi estimado em

R$ 4,3 bilhões (CONSTANTINO;

ROSA; CORRÊA, 2006).

No que tange à cerâmica bran-

ca, existem dois importantes po-

los produtivos, sendo um deles

localizado no estado de Santa Ca-

tarina e outro em São Paulo. As-

sim, segundo a Anfacer, 64% das

empresas estão sediadas na re-

gião Sudeste, 24% na Sul, 8% na

Nordeste e apenas 4% se situam

no Centro-Oeste (CONSTANTINO;

ROSA; CORRÊA, 2006).

22

Já o setor de cerâmica verme-

lha apresenta números mais ex-

pressivos. Dados divulgados pela

Associação Nacional da Indústria

de Cerâmica (Anicer) apontam a

existência de 6,9 mil empresas,

que geram 1,2 milhão de empre-

gos diretos e indiretos. As infor-

mações relatam ainda um cresci-

mento de 7,5% do segmento em

2008 (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA

INDÚSTRIA DE CERÂMICA, [20-?]).

Apesar de positivo, esse nú-

mero poderia ser maior, de acor-

do com Luis Lima, empresário do

ramo de cerâmica vermelha, pro-

prietário da Cerâmica Argibem e

ex-presidente da Anicer. Segundo

ele, “o setor sofre com a falta de

mão de obra qualificada. Progra-

mas como o Minha Casa Minha

Vida, do governo federal, impul-

sionaram o mercado nos últimos

anos, mas o crescimento ainda

pode ser considerado orgânico.

Faltam também linhas de crédito

específicas para empresas me-

nores, que são a maioria nesse

ramo”1.

Os números da Anicer desta-

cam ainda que o setor de cerâmi-

1 Luis Lima, proprietário da Cerâmica Argibem

e ex-presidente da Anicer. Entrevista concedida a

Alice Marcondes por telefone, São Paulo, 16 abr.

2013.

ca vermelha representa 4,8% da

indústria nacional da construção

civil, com faturamento superior a

R$ 18 bilhões anuais (ASSOCIA-

ÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE

CERÂMICA, [20-?]).

A indústria de cerâmica e o uso da energia elétrica

A indústria de cerâmica, seja

ela branca ou vermelha, de acor-

do com o Energético Na-

cional, divulgado em 2011 pela

Empresa de Pesquisa Energética,

do governo federal, apresenta o

consumo de energia provenien-

te de diversas fontes. A principal

delas é a energia térmica, oriunda

da queima de lenha, que equivale

a 50,7% da energia utilizada pelo

setor em 2010. Em seguida apa-

recem o gás natural com 24,4%,

o óleo combustível com 7,8%, e a

energia elétrica com 7,3%. Outras

fontes de energia representam

9,8% do consumo do setor (BRA-

SIL, 2010, p. 90).

Vagner Oliveira2, assessor

técnico de qualidade da Anicer,

explica que a energia elétrica é

utilizada principalmente nas eta-

pas de secagem, quando exis-

2 Vagner Oliveira, assessor técnico de qualidade

da Anicer. Entrevista concedida a Alice Marcondes

por e-mail, 9 abr. 2013.

tem ventiladores e exaustores em

operação, e na queima. Ele aponta

que, quanto mais automatizada

a indústria, menor o consumo de

energia elétrica. “Para a secagem,

o maior ou menor consumo de

energia elétrica depende do di-

mensionamento de motores e da

utilização da técnica correta de

secagem para cada tipo de produ-

to”, disse.

Já na etapa de queima, Olivei-

ra lembra que, apesar de grande

parte das empresas ainda utiliza-

rem a lenha como fonte geradora

de energia térmica, a tendência é

que os fornos sejam substituídos

por equipamentos elétricos. “En-

tre um forno túnel automatizado

e um forno abóbada, que opera

exclusivamente com chaminé

para a movimentação dos gases,

o primeiro apresentará maior con-

sumo de energia elétrica, porém,

apresentará uma melhor eficiên-

cia térmica. Ao contrário, o forno

abóbada, que praticamente não

consome energia elétrica, apre-

senta um péssimo desempenho

térmico”, exemplifica o assessor

técnico3.

A troca é necessária para que a

indústria apresente mais eficiên-

3 Idem

23

cia energética. De acordo com a

Anicer, para medir a eficiência de

uma empresa, a Associação cor-

relaciona o consumo de energia, a

quantidade de peças elaboradas e

o tempo de elaboração. Assim, o

desempenho energético de uma

indústria cerâmica está direta-

mente ligado ao seu grau de au-

tomatização4.

Um diagnóstico realizado pelo

projeto Conservação de Energia na

Pequena e Média Indústria do Es-

tado do Rio de Janeiro, desenvol-

vido em parceria com o Ministério

da Ciência e Tecnologia, apontou

que, se analisado da perspectiva

de gastos, o consumo energético

representa pelo menos 15% do

custo de produção destas empre-

sas, podendo chegar a cerca de

30% (ECONOMIA..., [20-?a]).

Para analisar o consumo ener-

gético, é preciso também levar em

consideração o modelo utilizado

pela indústria no processo de pre-

paração da massa. Existem duas

técnicas (CONSTANTINO; ROSA;

CORRÊA, 2006):

•Via úmida – mistura de

várias matérias-primas (argilas,

materiais fundentes, talco, car-

bonatos, etc.), que são moídas e

4 Idem

homogeneizadas em moinhos de

bolas, em meio aquoso.

A secagem e granulação da

massa é feita em spray dryer

(secador por aspersão, que re-

cebe o material em estado fluído

e converte em forma particulada

seca pela aspersão do fluido em

um agente de secagem aquecido,

usualmente o ar);

•Via seca – processo de

moagem a seco das matérias-pri-

mas, por moinhos de martelo e

pendulares e, depois, levemente

umidificada para a prensagem.

•A Anfacer e a Associa-

ção Paulista das Cerâmicas de

Revestimento (Aspacer) apontam

que 65% da produção brasileira

de cerâmica branca é realizada

pelo processo de via seca e 35%

pelo de via úmida (CONSTANTINO;

ROSA; CORRÊA, 2006).

De acordo com o estudo Perfil da Cerâmica de Revestimento, re-

alizado pela consultoria J. Mendo,

a pedido do Ministério de Minas e

Energia, e divulgado em 2009, o

consumo energético é especial-

mente baixo nas indústrias de ce-

râmica que utilizam a via seca, em

relação às que usam a via úmida

(COELHO, 2009).

Eficiência energética na prática Para Luis Lima, o alto custo da

energia é o principal motivo pelo

qual empresas do setor têm in-

vestido em adequações para efi-

ciência energética. Sua empresa,

a Cerâmica Argibem, realizou no

ano de 2000 diversas melhorias,

visando a se tornar mais eficien-

te. Ele afirma que, em alguns ca-

sos, a energia representa, para as

indústrias do setor de cerâmica

vermelha, até 50% dos custos no

processo produtivo. “Se falarmos

somente de energia elétrica, esse

número pode chegar a 20%”, res-

salta o empresário5.

A Cerâmica Argibem é uma

empresa de pequeno porte, fun-

dada em 1986, localizada no mu-

nicípio de Três Rios, no interior do

Estado do Rio de Janeiro. A em-

presa é especializada em cerâmi-

ca industrial e tem como principal

produto sua linha de blocos. Para

atingir o objetivo de ampliar sua

eficiência energética, a empresa

atuou em duas frentes: capacita-

ção e educação dos profissionais

e investimento em tecnologia. O

5 Luis Lima, proprietário da Cerâmica Argibem

e ex-presidente da Anicer. Entrevista concedida a

Alice Marcondes por telefone, São Paulo, 16 abr.

2013.

24

dois anos para serem implantadas

e proporcionaram economia de

energia elétrica de 23%, porém,

com o dobro da produção. “Nós

produzimos mais, consumindo

menos eletricidade do que antes”,

conta Lima. O capital investido no

projeto foi próprio e levou cerca

de três anos para voltar aos cofres

da empresa. O empresário acredi-

ta que, se não tivesse o dinheiro,

talvez não conseguisse executar o

projeto. “No Brasil, existem linhas

de financiamento específicas, po-

rém, as exigências legais dificul-

tam muito o acesso a esses crédi-

tos por empresas de menor porte.

Algumas vezes, são as garantias,

outras a parcela mínima, que não

cabem no nosso bolso”, relata8.

HotelariaA indústria hoteleira faz parte

do conjunto de 11 atividades que,

de acordo com a Classificação

Internacional Uniforme das Ati-

vidades Turísticas, estabelecida

pela Organização Mundial do Tu-

rismo (OMT), integram o setor de

turismo. Figuram na lista, junto à

hotelaria, outros serviços como

transporte, alimentação e lazer

(MELLO; GOLDENSTEIN, 2011).

8 Idem

capital investido no projeto atingiu

R$ 2,5 milhões6.

O maquinário da empresa foi

objeto de análise e os motores

foram redimensionados, para que

não fossem nem subutilizados,

nem sobrecarregados. “A ideia

era colocá-los operando em ca-

pacidade adequada ao volume da

produção”, explica Lima. Alguns

equipamentos foram também tro-

cados, por outros de melhor tec-

nologia.

O layout da fábrica sofreu mu-

danças para que houvesse melhor

aproveitamento da luz externa,

menor utilização de equipamentos

como ares-condicionados e mais

eficiência no uso dos maquiná-

rios. As mudanças diminuíram a

necessidade de transporte inter-

no de materiais e melhoraram as

condições de trabalho, na medida

em que afastaram os funcionários

das regiões mais próximas aos

fornos e por consequência mais

quentes. A empresa adquiriu ain-

da um software de gestão que

permite o controle do consumo de

energia e dos sistemas financeiro,

administrativo, base de clientes,

produção e estoques7.

As mudanças levaram cerca de

6 Idem

7 Idem

No Brasil, o serviço de hote-

laria começou a ser prestado no

período colonial. Segundo a publi-

cação Caminhos do Futuro – Ho-telaria e Hospitalidade, elaborada

pelo Ministério do Turismo (MTur),

na época, os viajantes hospeda-

vam-se em casarões das cidades,

conventos, fazendas e ranchos à

beira da estrada.

Com o passar dos anos e a

abertura dos portos, em 1808, o

fluxo de viajantes aumentou e sur-

giram as primeiras casas de pen-

são, hospedarias e tavernas. Em

1908, foi inaugurado o primeiro

grande hotel no país. Localizado

na cidade do Rio de Janeiro, cha-

mava-se O Avenida e possuía 220

apartamentos. Nos anos 1960 e

1970, chegaram as redes hotelei-

ras internacionais, marcando uma

nova fase da hotelaria brasileira

(POPP, 2007).

Segundo o artigo Perspectivas da Hotelaria no Brasil, encomen-

dado pelo BNDES, atualmente,

estas grandes redes administram

mais de 500 hotéis no Brasil,

responsáveis por 18,8% das uni-

dades habitacionais (quartos)

disponíveis no mercado. Destas,

a Accor, empresa líder no Brasil,

responde por 5,4% da oferta de

25

quartos (MELLO; GOLDENSTEIN,

2011).

O Ministério do Turismo traba-

lha com a projeção de que exis-

tiam, em 2010, de 22 mil a 26 mil

estabelecimentos hoteleiros e de

outros tipos de alojamento tem-

porário no país. Ainda de acordo

com o documento, a empresa de

consultoria HVS Hospitality Servi-

ces utiliza a ordem de grandeza

de 440 mil quartos disponíveis

no país, o que corresponde a um

mercado pequeno e ainda com

potencial de crescimento, uma

vez que esse número representa

apenas 2% das unidades habita-

cionais disponíveis nos Estados

Unidos (MELLO; GOLDENSTEIN,

2011).

São necessários três a quatro

anos para a inauguração de um

empreendimento da indústria de

hotelaria no Brasil. Hotéis do tipo

econômico (apartamentos de di-

mensões em torno de 20 metros

quadrados e tarifas mais baixas),

segundo a classificação interna-

cional, requerem o desembolso

de, em média, R$ 90 mil por quar-

to. Os classificados como midsca-le (apartamentos de dimensões

em torno de 25 metros quadrados

e tarifas intermediárias) necessi-

tam R$ 140 mil. Já os classifica-

dos como upscale (apartamentos

de dimensões em torno de 32 me-

tros quadrados e tarifas altas) de-

mandam o desembolso de R$ 250

mil por unidade habitacional. De

acordo com análise da consultoria

HVS, o tempo de retorno do inves-

timento varia de seis a dez anos.

(MELLO; GOLDENSTEIN, 2011;

JACOB, 2012).

A cadeia produtiva do setor

gera, de acordo com a Associação

Brasileira da Indústria de Hotéis

(ABIH), 400 mil empregos diretos

e pelo menos 1,5 milhão de ocu-

pações indiretas (QUEM..., [20-?]).

Os estabelecimentos da indús-

tria hoteleira brasileira são clas-

sificados de acordo com o Siste-

ma Brasileiro de Classificação de

Meios de Hospedagem (SBClass),

elaborado pelo MTur. O sistema

estabelece que as empresas po-

dem enquadrar-se em sete ca-

tegorias. Cada empreendimento

recebe ainda uma avaliação da

qualidade dos serviços prestados,

representada por estrelas, que va-

riam de uma a cinco, conforme a

seguir (SISTEMA..., [20-?]).

•Hotel – disponibiliza ao

hóspede serviço de recepção, alo-

jamento temporário, com ou sem

alimentação, ofertados em unida-

des individuais e de uso exclusivo

do hóspede, mediante cobrança

de diária. Subclassificação varia

de uma estrela (mínimo) a cinco

estrelas (máximo).

•Resort – apresenta infra-

estrutura de lazer e entretenimen-

to que oferece serviços de estéti-

ca, atividades físicas, recreação e

convívio com a natureza no próprio

empreendimento. A subclassifica-

ção vai de quatro estrelas (míni-

mo) a cinco estrelas (máximo).

•Hotel Fazenda – localiza-

do em ambiente rural, dotado de

exploração agropecuária, ofere-

ce entretenimento e vivência do

campo. Subclassificação de uma

estrela (mínimo) a cinco estrelas

(máximo).

•Cama e Café – hospeda-

gem em residência, na qual o pro-

prietário do estabelecimento resi-

da, com no máximo três unidades

habitacionais para uso turístico.

Disponibiliza café da manhã e

limpeza. A subclassificação vai de

uma estrela (mínimo) a quatro es-

trelas (máximo).

•Hotel Histórico – obrigato-

riamente instalado em edificação

preservada em sua forma origi-

nal ou restaurada, ou ainda que

26

tenha sido palco de fatos históri-

co-culturais de importância reco-

nhecida. Subclassificação de três

estrelas (mínimo) a cinco estrelas

(máximo).

•Pousada – empreendi-

mento de característica horizon-

tal, composto de, no máximo, 30

unidades habitacionais e 90 lei-

tos, com serviços de recepção,

alimentação e alojamento tempo-

rário, podendo ser em um prédio

único com até três pavimentos, ou

contar com chalés ou bangalôs.

Subclassificação de uma estrela

(mínimo) a cinco estrelas (máxi-

mo).

• Flat ou Apart-Hotel – uni-

dades habitacionais que dispo-

nham de dormitório, banheiro,

sala e cozinha equipada, em edi-

fício com administração e comer-

cialização integradas, que possua

serviço de recepção, limpeza e ar-

rumação. Subclassificação de três

estrelas (mínimo) a cinco estrelas

(máximo).

De acordo com a ABIH, o fa-

turamento da hotelaria nacional

pode chegar a US$ 2 bilhões ao

ano e o setor está em franca ex-

pansão, devido aos grandes even-

tos que acontecerão no Brasil nos

próximos anos (Copa do Mundo

em 2014 e Olimpíadas em 2016).

Conforme informações disponí-

veis no 4º Balanço das Ações do Governo Brasileiro para a Copa de 2014, haverá um incremento de

15% da oferta hoteleira nas cida-

des-sedes e no entorno até o ano

de realização do evento esportivo.

Os investimentos serão da ordem

de R$ 1,5 bilhão, comprometidos

na linha de financiamento ProCo-

pa Turismo (BRASIL, 2012d).

A indústria hoteleira e o uso da energia elétrica

Em um estabelecimento do

ramo de hotelaria existem diver-

sos pontos de consumo de ener-

gia, utilizados em geral para colo-

car em funcionamento aparelhos

elétricos, como ares-condiciona-

dos e elevadores. Os pontos de

maior consumo variam conforme

o porte do empreendimento.

De acordo com Rodrigo Aguiar,

especialista em eficiência ener-

gética do Programa Pró-Hotéis,

que auxilia empresários do ramo

a reduzirem os gastos com ener-

gia em suas empresas, o valor

desembolsado é o segundo maior

custo de um empreendimento ho-

teleiro. A energia consumida é, em

geral, de fonte elétrica9.

Aguiar explica que, além do

ar-condicionado e dos elevadores,

o aquecimento da água e a ilumi-

nação também demandam grande

consumo de energia elétrica.

Segundo o especialista, em

capitais e grandes centros brasi-

leiros, é mais comum encontrar

hoteleiros preocupados com a

questão do consumo de energia.

“São hóspedes de negócios, que

exigem mais modernidade do ho-

tel. É possível perceber que exis-

te uma preocupação do hoteleiro

em, de um lado, oferecer mais

conforto ao hóspede e, de outro,

reduzir os custos de operação e

manutenção. São dois lados da

mesma moeda, que é a eficiência

energética”, disse10.

Para melhorar a eficiência

energética dos estabelecimentos,

o Programa Pró-Hotéis realiza

um amplo diagnóstico do local.

“Analisamos onde está o maior

consumo de energia, se nas áreas

comuns ou nas unidades habita-

9 Rodrigo Aguiar, especialista em eficiência

energética do Programa Pró-Hotéis. Entrevista

concedida a Alice Marcondes por telefone, São

Paulo, 11 abr. 2013.

10 Rodrigo Aguiar, especialista em eficiência

energética do Programa Pró-Hotéis. Entrevista

concedida a Alice Marcondes por telefone, São

Paulo, 11 abr. 2013.

27

cionais. Depois analisamos em

cada um desses ambientes quais

são os principais pontos de con-

sumo”, conta Aguiar11.

Com base nos dados coleta-

dos, é feito um planejamento que

pode proporcionar uma econo-

mia de até 30% no consumo de

energia. Se considerado apenas

o consumo de energia elétrica,

a economia pode chegar a 60%

(PROGRAMA..., [20-?]).

No final de 2012, o Programa

já havia atendido 151 hotéis em

todo o país. Com base no traba-

lho desenvolvido, obteve-se a es-

timativa de que o valor investido

nas melhorias leva cerca de 2,8

anos para retornar aos cofres da

empresa (PROGRAMA..., [20-?]).

“É difícil dimensionar o gasto, pois

varia muito de acordo com o porte

do hotel. Uma pousada gasta mui-

to menos do que um grande hotel.

Um valor médio distorceria a rea-

lidade, dando a impressão de que

para um pequeno hoteleiro seria

impossível realizar o investimen-

to”, comenta o especialista12.

As melhorias realizadas con-

sistem na troca de aparelhos elé-

tricos por outros de melhor tecno-

logia e na adoção de dispositivos

11 Idem

12 Idem

de redução de consumo, como,

por exemplo, sensores de presen-

ça (PROGRAMA..., [20-?]). “Uma

medida bastante adotada é a que

liga a energia do quarto apenas

quando o hóspede está no local”,

explica Aguiar13.

No que se refere ao ar-con-

dicionado, são recomendadas

algumas medidas ou troca de

equipamentos, de acordo com o

tamanho do hotel e número de

quartos (PROGRAMA..., [20-?]).

São elas:

•Troca de sistemas de ar-

condicionado central, chamados

de centrais de água gelada, por

equipamentos mais modernos,

que consomem até 30% menos

energia. Além disso, modelos an-

tigos utilizavam gases causadores

de efeito estufa, que foram proibi-

dos pelo Protocolo de Quioto e por

isso não podem ser repostos. Es-

ses sistemas são mais facilmente

encontrados em hotéis antigos;

•Troca de aparelhos de ar-

condicionado de parede por outros

do modelo split. Esta mudança

traz um controle maior da clima-

tização, com menor nível de ruído,

já que a condensadora de ar fica

fora do quarto, o que proporciona

13 Idem

mais conforto para o hóspede. So-

mente a evaporadora fica dentro

da unidade habitacional.

•Para hotéis de porte mé-

dio, o ideal é a utilização do mode-

lo chamado de multisplit, no qual

uma única condensadora atende

várias evaporadoras, em vários

quartos.

•Em hotéis com mais de

150 unidades habitacionais, a

tecnologia mais recomendada é

o ar-condicionado VRF. Trata-se

de um sistema multisplit de maior

capacidade, no qual uma única

condensadora pode atender até

64 evaporadoras. O consumo de

energia do aparelho é proporcio-

nal ao número de evaporadoras

ligadas.

Entre os estabelecimentos que

participaram do programa, 30%

são hotéis de rede e 70% hotéis

independentes. Além disso, 60%

são hotéis com 150 unidades ou

mais (PROGRAMA..., [20-?]), o

que, segundo Aguiar, “é um em-

preendimento considerado como

adequado para o mercado ho-

teleiro brasileiro. Em Las Vegas

existem hotéis de 15 mil quartos.

No Brasil não existe isso, não tem

mercado. O maior hotel que eu

atuo tem 650 quartos, o que é um

28

grande hotel”, disse14.

O programa também oferece

aos hoteleiros mecanismos de

financiamento para implantação

das melhorias, de modo que a

parcela mensal paga seja equi-

valente ao valor economizado no

período. O capital é disponibili-

zado, segundo Aguiar, por meio

de parcerias com empresas de

crédito. O International Finance

Corporation (IFC), braço financeiro

do Banco Mundial, e a Desenvolve

SP - Agência de Desenvolvimento

Paulista também são parceiros do

projeto.

Eficiência energética na práticaDesde sua idealização, a Pou-

sada Praia do Portinho, localizada

no município de Ilhabela, no lito-

ral norte do estado de São Paulo,

foi pensada para ser um ambien-

te onde a energia é utilizada de

maneira eficiente. Quando abriu

as portas, há pouco mais de três

anos, o empreendimento já con-

tava com aquecimento solar com

apoio a gás, iluminação com lâm-

padas econômicas, dispositivo

mecânico de economia nos apar-

14 Rodrigo Aguiar, especialista em eficiência

energética do Programa Pró-Hotéis. Entrevista

concedida a Alice Marcondes por telefone, São

Paulo, 11 abr. 2013.

tamentos, ares-condicionados

split, frigobares e tevês LCD com

selo de baixo consumo, além de

áreas comuns envidraçadas, para

aproveitar a luz solar15.

Ainda assim, Leopoldo Pedalini

Neto, proprietário do local, aderiu

ao programa Pró-Hotéis. Entre

as melhorias propostas pelo pro-

grama e adotadas por ele estão

a implantação de uma câmara

de congelados que substitui seis

freezers, a colocação de sensores

de presença e calor nos quartos,

que evitam o funcionamento dos

equipamentos da unidade aluga-

da que estejam fora do padrão de

eficiência, com janelas ou portas

abertas, por exemplo, e a instala-

ção de gerenciador de energia na

entrada do hotel, que controla ho-

rários de pico e desliga os equipa-

mentos que estejam ligados des-

necessariamente naquele período,

para assim estabilizar a curva de

consumo16.

Neto conta que, mesmo utili-

zando outras fontes, como a solar

e o gás, o consumo de energia

elétrica continua sendo o segun-

do principal gasto em sua pou-

15 Assessoria de Imprensa do Programa Pró-

Hotéis. Entrevista concedida a Alice Marcondes por

email, 10 abr. 2013.

16 Idem

sada, perdendo apenas para a

remuneração de pessoal. “Com

as melhorias, tenho tido 30% me-

nos gastos”, disse. Para realizar

as alterações na pousada de 20

quartos, o proprietário precisou

investir R$ 90 mil, que serão pa-

gos ao programa em 60 parcelas

calculadas de acordo com o valor

mensalmente economizado no es-

tabelecimento17.

Pousada Encantos da TerraQuando comprou, em 2003, a

Pousada Encantos da Terra, loca-

lizada no município de Canela, no

Rio Grande do Sul, o administrador

Mauro Vinícius Salles Moura18 já

tinha entre seus objetivos aplicar

ao seu primeiro negócio próprio

os princípios da sustentabilidade.

Desde o início, ações pontuais

foram realizadas, mas não havia

planejamento e nem acompanha-

mento de resultados.

A situação mudou quando, em

2007, o empreendedor foi convi-

dado pelo Sebrae a participar do

Programa Bem Receber, uma ini-

17 Assessoria de Imprensa do Programa Pró-

Hotéis. Entrevista concedida a Alice Marcondes por

email, 10 abr. 2013.

18 Mauro Vinícius Salles Moura, proprietário da

Pousada Encantos da Terra. Entrevista concedida

a Alice Marcondes por telefone, São Paulo, 13 jun.

2013.

29

ciativa que, entre outros objetivos,

incentiva a gestão sustentável dos

estabelecimentos. “Eu aceitei na

hora porque ali estava a oportu-

nidade de fazermos uma gestão

profissional das questões da sus-

tentabilidade”, conta Mauro.

O Programa atua formando

grupos de empresários, que, jun-

to com o Sebrae, buscam solu-

ções para melhorar seus empre-

endimentos. Entre as mudanças

implantadas por Mauro em sua

pousada, estão medidas para um

melhor uso da energia elétrica.

A troca das lâmpadas incan-

descentes por lâmpadas de led,

que consomem menos energia,

foi a primeira medida adotada. Os

locais de uso comum do estabe-

lecimento ganharam sensores de

presença ou fotocélulas que con-

trolam a iluminação. A compra de

equipamentos passou a ter um

novo critério, que é a presença do

selo Procel. “Nós verificamos se

o produto tem o selo e vamos a

fundo, fazemos comparações com

outros equipamentos e analisa-

mos tecnologias antes de realizar

qualquer compra”, explica o em-

presário.

Outra melhoria importante foi a

substituição do sistema de calefa-

ção, já que a região onde a pousa-

da está localizada é bastante fria.

“Aposentamos o sistema movido

a diesel e instalamos ares-condi-

cionados inverter, que utilizam um

gás ecológico e tanto aquecem

quanto resfriam. Aumentamos o

consumo de energia elétrica, mas

reduzimos custos operacionais e

nos tornamos menos poluentes.

O sistema traz também mais con-

forto para o hóspede, que controla

a temperatura no próprio quarto.

Além disso, os equipamentos que

instalamos eram 40% mais eco-

nômicos do que os modelos split que existiam na época”, lembra o

proprietário.

Para o aquecimento da água

dos chuveiros dos quartos, Mau-

ro optou por placas de geração de

energia solar. “Usamos energia

caldeira movida a óleo diesel so-

mente quando o dia está nublado

ou quando acaba a energia arma-

zenada”, conta Mauro.

Para ele, todos esses pontos

são importantes, mas o funda-

mental é o empreendedor ter

consciência de que estas melho-

rias são investimentos e não gas-

tos. Hoje o desembolso mensal

com energia na Pousada é cerca

de 30% menor do que quando

Mauro assumiu o empreendimen-

to. Os recursos financeiros investi-

dos foram recuperados em pouco

mais que dois anos. “Utilizei, prin-

cipalmente, capital próprio, mas

precisei de financiamento para a

instalação das placas de energia

solar, o que consegui com juros

baixos e prazo de cinco anos para

pagar”, explica.

A preocupação com a susten-

tabilidade de seu negócio já ren-

deu a Mauro e à Pousada Encantos

da Terra prêmios e certificações

reconhecidas, como o Prêmio Ta-

lentos Empreendedores, em 2007,

do Sebrae/RS; reconhecimento da

Revista Veja, em 2008, como uma

das 500 Delícias do Turismo e da

Gastronomia Nacional; Selo Verde

de Sustentabilidade do Guia 4 Ro-

das, em 2009; Prêmio MPE 2010;

e a certificação do Bem Receber.

MetalurgiaA indústria metalúrgica é res-

ponsável, de acordo com a Clas-

sificação Nacional de Atividades

Econômicas (CNAE), pela “conver-

são de minérios ferrosos e não-

ferrosos em produtos metalúrgi-

cos e produtos intermediários do

processo” (COMISSÃO NACIONAL

DE CLASSIFICAÇÃO, [20-?]). O

30

setor possui muitas subclassifi-

cações, sendo a mais comumen-

te utilizada a determinada pelo

Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE), que divide a

metalurgia em oito classes (INSTI-

TUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA

E ESTATÍSTICA, 2013).

•Metalurgia básica – si-

derurgias, fabricação de produtos

siderúrgicos, fabricação de tubos,

fabricação de metais não-ferrosos

e fundição;

•Produtos de metal – exce-

to máquinas e equipamentos;

•Máquinas e equipamen-

tos;

•Máquinas para escritório

e equipamentos de informática;

•Máquinas, aparelhos e

materiais elétricos;

•Material eletrônico, apa-

relhos, equipamentos de comuni-

cações;

•Veículos automotores;

•Outros equipamentos de

transporte.

Segundo o estudo Indústria Metalúrgica Básica Brasileira: Per-fil Setorial, Inovatividade e Intera-tividade, desenvolvido na Univer-

sidade Estadual de Campinas, o

setor é o segundo maior exporta-

dor da indústria de transformação

nacional, superado apenas pela

indústria de alimentos e bebidas

(SILVA, 2011).

A siderurgia, subsetor que in-

tegra a metalurgia básica, no qual

ocorre a produção do aço em for-

ma de semiacabados, laminados,

relaminados, trefilados e tubos

sem costura, é responsável por

grande parte destas exportações.

De acordo com o Instituto Aço

Brasil, os principais consumido-

res dos produtos das siderúrgicas

são os setores da construção civil,

automotivo, bens de capital, má-

quinas e equipamentos (incluindo

agrícolas), utilidades domésticas e

comerciais (DADOS..., 2012).

A atividade de metalurgia sur-

giu na antiguidade, quando o ho-

mem, após dominar o fogo, per-

cebeu que poderia utilizar o calor

para moldar metais e assim criar

utensílios que facilitavam suas

atividades diárias. No Brasil, a

metalurgia tem seus primeiros re-

gistros no período de colonização,

quando profissionais portugueses

do setor desembarcaram no país

e começaram a desempenhar a

atividade (LANDGRAF; TSCHIPTS-

CHIN; GOLDENSTEIN, [20-?]).

Desde então, o setor cresceu

e se tornou um dos mais impor-

tantes da indústria nacional. Em

2011, a indústria metalúrgica

apresentou receita de R$ 58,7 bi-

lhões, o que corresponde a 8,6%

do PIB de toda a indústria brasilei-

ra e 2,4% do PIB do país, segundo

dados do Anuário Estatístico do Setor Metalúrgico de 2012, publi-

cado pelo Ministério de Minas e

Energia (BRASIL, 2012f, p. 25).

O Mapeamento do Emprego e Desempenho da Indústria Meta-lúrgica do Brasil, realizado pelo

Departamento Intersindical de

Estatística e Estudos Socioeconô-

micos (Dieese), aponta que o se-

tor era também responsável, em

novembro de 2010, por 26,4% do

emprego industrial e 5,2% do total

de pessoas ocupadas no país.

Se analisadas de acordo com

o porte da instituição onde traba-

lham, é possível perceber que a

maior parte das pessoas que la-

boram no setor estão em micro,

médios e pequenos negócios. Se-

gundo dados do Dieese, em 2009,

35,7% das pessoas ocupadas

no setor estavam em empresas

com mais de 500 trabalhadores,

30,6% em organizações de dez a

99 trabalhadores, 26,3% em insti-

tuições que empregam de cem a

499 pessoas, e apenas 7,5% em

31

empresas com até nove funcioná-

rios.

Na classificação por atividade

da indústria metalúrgica, consi-

derando as classes adotadas pela

CNM/CUT-FEM/CUT, identifica-se

que o setor de siderurgia, inte-

grante da metalurgia básica, é o

que concentra a maior parte dos

ocupados (33,6%, pouco mais de

um terço), e na sequência apare-

cem os setores automotivo, com

22,9%, e máquinas e equipamen-

tos (bens de capital), com 21,4%.

O setor eletroeletrônico também

se destaca com 17,4%. As em-

presas dos setores aeroespacial,

naval e outros materiais de trans-

portes somam 4,8% dos postos

(SERRÃO; CARDOSO, [20-?]).

A indústria metalúrgica e o uso da energia elétrica

A abrangência do setor da in-

dústria metalúrgica também o

coloca no topo da lista dos con-

sumidores de energia no país. Em

2011, o segmento era responsável

pela utilização de 23,7% do con-

sumo energético do setor indus-

trial. Se considerado o consumo

total de energia do país, o percen-

tual era de 11,4%, segundo o anu-

ário estatístico do setor (BRASIL,

2012f, p. 25).

Se a análise for feita consi-

derando apenas o consumo de

energia elétrica, a participação da

indústria metalúrgica sobe para

30,1% do consumo do setor in-

dustrial e 14,6% do total de ener-

gia utilizado em todo o país para

atividades de quaisquer fins (BRA-

SIL, 2012f, p. 25).

De acordo com o relatório

Oportunidades de Eficiência Ener-

gética para a Indústria, desenvol-

vido pela Confederação Nacional

das Indústrias (CNI), por se tratar

de um ramo com muitas subdi-

visões, há dificuldade em se de-

terminar quais equipamentos e

etapas do processo produtivo são

responsáveis pelo consumo da

energia elétrica, porém, se reali-

zada a análise da indústria como

um todo, torna-se mais fácil iden-

tificar que o maior ou menor con-

sumo, e consequente gasto com

energia elétrica, está diretamente

ligado à tecnologia utilizada nos

maquinários fabris.

Assim como em outros setores

industriais, estes equipamentos

precisam estar corretamente di-

mensionados para o seu uso, de

modo que não haja energia gas-

ta de maneira ociosa, ou motores

sobrecarregados de modo que

puxem mais energia do que o ne-

cessário.

O cálculo do custo de um mo-

tor elétrico deve ser feito com

base no custo da energia, custo

de manutenção e custo de aqui-

Tabela 3: Distribuição dos trabalhadores do ramo metalúrgico segundo tamanho do es-tabelecimento. Fonte: Serrão e Cardoso ([20-?], p. 7).

Distribuição dos trabalhadores do ramo metalúrgico segundo tamanho do estabelecimento

Brasil 2009Faixa de trabalhadores Nº de trabalhadores %

Até 9 trabalhadores 152.265 7,5De 10 a 99 trabalhadores 621.045 30,6De 100 a 499 trabalhadores 534.028 26,3Acima de 500 trabalhadores 725.135 35,7

Total 2.032.473 100Fonte: RAIS 2009 e CAGED 2010.

Elaboração: Subseção Dieese – CNM/CUT-FEM/CUT.

32

sição, sendo que, nesta compo-

sição, aproximadamente 95%

do custo total é constituído pela

energia. O relatório recomenda

a substituição de motores velhos

por motores de alto rendimento,

ou o dimensionamento do motor

baseado em seu fator de carga. O

texto destaca que “o rendimento

máximo é, geralmente, obtido en-

tre 60% e 100% da plena carga.

Para valores inferiores a 40% da

plena carga, o rendimento cai de

forma brusca e o fator de potên-

cia também diminui, aumentando,

assim, o consumo de potência

reativa. É importante dimensionar

os motores levando em conta um

fator de carga adequado” (GUAR-

DIA et al., 2010).

A Associação Brasileira de

Metalurgia, Metais e Mineração

(ABM) aponta que existe uma pre-

ocupação crescente do empre-

sariado brasileiro com a questão

da eficiência energética das plan-

tas. Um ponto de preocupação

frequente são os fornos, que em

muitos casos utilizam energia tér-

mica de fontes não elétricas, mas

que se tornam mais eficientes se

a substituição por equipamentos

elétricos é feita19.

19 Associação Brasileira de Metalurgia, Metais

e Mineração (ABM). Entrevista concedida a Alice

A preocupação do setor recai

também sobre questões como

iluminação e refrigeração dos am-

bientes, porém, o consumo destes

itens torna-se pouco expressivo

ante o consumo do maquinário

utilizado no processo produtivo20.

A questão dos fornos é trata-

da no estudo Análise Térmica em Fornos de Tratamento Térmico,

desenvolvido na Fundação Educa-

cional Regional de Jaraguá do Sul.

A pesquisa aponta a redução das

perdas energéticas com a aplica-

ção de isolantes térmicos como

opção para reduzir o consumo de

energia elétrica. O estudo realizou

testes em fornos resistivos, utili-

zados no tratamento de chapas de

aço e concluiu que:

No equipamento estudado a perda

energética é de 38,5 kW, a tarifa do

kWh de $ 0,18, e o regime de traba-

lho para estes fornos (24h, 30 dias/

mês), verifica-se um gasto na ordem

de R$ 500,00 mês. Para reduzir es-

tes valores foi sugerida a aplicação

de uma nova camada isolante, esta

composta por ar. O ar em condição

estacionária não produz o efeito da

convecção, comporta-se como iso-

lante térmico, pois possui baixa con-

dutividade térmica.

Marcondes por email, 11 abr. 2013.

20 Idem

O consumo com esta alternativa re-

duz as perdas em 27,5 kW, esse re-

sultado proporciona uma economia

mensal de R$ 350,00 isso a um custo

de implantação de R$ 100,00. Os be-

nefícios são claros, custo financeiro,

redução da temperatura superficial

de 90°C para 40°C aproximadamen-

te, e redução do consumo dos recur-

sos energéticos.

O estudo busca uma alternativa para

um problema real dentro de uma

indústria metalúrgica, que é o des-

perdício de energia elétrica (SILVA,

2009).

O estudo é um retrato de que,

com medidas relativamente sim-

ples, é possível melhorar a efici-

ência energética deste forno res-

ponsável por parte expressiva do

consumo de uma indústria meta-

lúrgica.

Bares e restaurantesInvestir em bares ou restauran-

tes no Brasil é, certamente, uma

escolha com grandes chances de

dar certo. Um levantamento reali-

zado pela empresa de pesquisas

Tora (The Oxford Research Agen-

cy) apontou que os brasileiros es-

tão em segundo lugar no ranking

de populações que dizem comer

33

com frequência em restaurantes,

perdendo apenas para a China

(BRASILEIROS..., 2010).

As despesas com alimentação

estão também em segundo lugar

no orçamento dos brasileiros, logo

abaixo da habitação, de acordo

com dados do Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE),

levantados durante a Pesquisa

de Orçamento Familiar, realizada

entre os anos de 2008 e 2009.

As informações demonstram que

os brasileiros gastam 16,1% da

sua renda para comer. Deste total,

31,1% são gastos com alimenta-

ção fora de casa. Se consideradas

apenas as famílias com renda

classificada como alta, este nú-

mero sobe para 49,3% (INSTITU-

TO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E

ESTATÍSTICA, 2010).

O ambiente propício fez com

que o setor de bares e restau-

rantes se tornasse um gigante

no Brasil. Atualmente, segundo a

Associação Brasileira de Bares e

Restaurantes (Abrasel), são mais

de um milhão de estabelecimen-

tos, que geram seis milhões de

empregos diretos e representam

2,4% do PIB do país (PERFIL...,

2012).

Contudo, o estudo O Cenário e

o Valor Percebido do Restaurante,

desenvolvido em 2008 pela Fun-

dação Getúlio Vargas (FGV), relata

que as informações fornecidas na

época pela Abrasel diagnostica-

vam que, de cada cem bares e

restaurantes que abrem as portas

no Brasil, 35 deles fecham em

apenas um ano de funcionamen-

to. Ainda assim, o setor crescia a

taxas médias superiores a 15% ao

ano.

A pesquisa lembra ainda que

há poucos dados no Brasil sobre

o setor de restaurantes, por con-

ta de sua composição ser, em sua

maioria, de pequenos negócios,

dos quais 70% têm menos de 20

funcionários (CARRACEDO, 2008).

O setor de bares e restaurantes e o uso da energia elétrica

Refrigeração e iluminação são

os pontos em que ocorre o maior

consumo de energia elétrica em

estabelecimentos do setor de ba-

res e restaurantes, de acordo com

o estudo Eficiência Energética na Indústria, elaborado em 2009 pela

Eletrobrás, em parceria com o sis-

tema Sesi-Senai (CONFEDERAÇÃO

NACIONAL DA INDÚSTRIA, 2009).

Somente o sistema de refrige-

ração, que em geral é composto

por frigoríficos, geladeiras e fre-ezers, pode ser responsável por

25% a 60% do total de energia

elétrica consumida, conforme

estimativas do Programa Celesc

de Eficiência Energética (proCe-

leficiência). A energia utilizada

por estes equipamentos varia de

acordo com a capacidade e tec-

nologia, porém, mesmo que sejam

modernos e utilizados de manei-

ra adequada, continuam sendo

responsáveis por grande parte da

energia elétrica consumida pelo

estabelecimento (EFICIÊNCIA...,

[20-?]).

O ar-condicionado é outro apa-

relho que representa um consumo

expressivo. Por ser essencial para

o conforto do cliente em muitas

regiões do país, permanece muito

tempo ligado. Estabelecimentos

que optam por substituí-lo por

ventiladores gastam menos. O

consumo de energia elétrica cai

90% e o custo de implantação é

80% menor (EFICIÊNCIA..., [20-?]).

Por sua característica de local

de prestação de serviço, pode-se

comparar as ações para melhorar

a eficiência energética de um bar

ou restaurante com posturas ado-

tadas em residências, no que se

refere ao comportamento dos pro-

34

fissionais. A ausência de grandes

maquinários torna as pessoas as

principais responsáveis pela eco-

nomia.

A conscientização dos funcio-

nários é destacada pelo proCele-

ficiência como um ponto funda-

mental. Além disso, o local pode

ser planejado desde sua concep-

ção para ser mais eficiente, apro-

veitando a luz e a ventilação natu-

rais. O proprietário deve também

se preocupar em comprar equi-

pamentos elétricos que tenham o

Selo Procel Eletrobrás de Econo-

mia de Energia, que desde 1993

mede a eficiência energética de

produtos (EFICIÊNCIA..., [20-?]).

Algumas outras pequenas pro-

vidências podem fazer a diferença

na conta de energia elétrica no fi-

nal do mês.

Frigoríficos e geladeiras (EFICI-

ÊNCIA..., [20-?])

• Instalar a unidade de con-

densação em local que permita

boa circulação de ar na serpentina

e o mais próximo possível da câ-

mara frigorífica;

•Abrir as portas apenas

quando for necessário e mantê-las

abertas o mínimo tempo possível;

•Não guardar alimentos

quentes;

•Não forrar as prateleiras

com vidros ou plásticos, o que

obstrui a circulação natural inter-

na;

•Prefira geladeiras de qua-

tro portas (a abertura de portas

menores permite reduzir saída do

ar frio).

• Iluminação (EFICIÊNCIA...,

[20-?])

•Utilizar circuitos que per-

mitam o desligamento parcial de

grupos de lâmpadas, permitindo

economia durante o dia;

•Pintar os ambientes com

cores claras;

•Utilizar lâmpadas de baixo

consumo, como as fluorescentes

compactas;

•Optar por interruptores

separados para acionar a ilumina-

ção de grandes espaços;

•Reduzir ao mínimo neces-

sário o tempo de funcionamento

de letreiros luminosos. Use um

temporizador (timer) para progra-

mar o desligamento.

• Fogão elétrico (EFICIÊN-

CIA..., [20-?])

•Tampar as panelas para

cozinhar alimentos e ferver água.

Sempre que possível utilize pane-

la de pressão;

• Ficar atento ao escolher a

temperatura adequada para cada

tipo de alimento;

•Utilizar o forno para assar

vários alimentos ao mesmo tempo.

A crescente preocupação do

setor de bares e restaurantes

em se tornar mais sustentável e

mais eficiente energeticamente

se reflete no surgimento de selos

de certificação destes estabeleci-

mentos. Para obter o selo, o local

precisa preencher uma série de

requisitos, que incluem as ques-

tões de economia de energia. Na

cidade de São Paulo, a consultoria

Oficina Ambiental criou o selo Res-

taurante Sustentável. A empresa

realiza uma análise do estabele-

cimento e, se for o caso, sugere

melhorias como, por exemplo, a

instalação de sensores de movi-

mento para automatização da ilu-

minação. Atualmente dez restau-

rantes da cidade já receberam a

certificação (SELO..., 20-?).

Eficiência energética na práticaA crescente preocupação do

setor de bares e restaurantes

em se tornar mais sustentável e

mais eficiente energeticamente

se reflete no surgimento de selos

de certificação destes estabeleci-

mentos. Para obter o selo, o local

35

precisa preencher uma série de

requisitos, que incluem as ques-

tões de economia de energia. Na

cidade de São Paulo, a consultoria

Oficina Ambiental criou o selo Res-

taurante Sustentável. A empresa

realiza uma análise do estabele-

cimento e, se for o caso, sugere

melhorias como, por exemplo, a

instalação de sensores de movi-

mento para automatização da ilu-

minação.

Atualmente, dez restaurantes

da cidade já receberam a certifi-

cação (SELO, [20-?]).

Eficiência energética

37

A demanda global por energia

também seria muito maior se a

maioria dos países e das ativida-

des econômicas não estivesse,

também, promovendo grandes

programas de eficiência energéti-

ca, o que pressupõe volumes me-

nores de energia por equipamento

produzido ou utilizado.

Uso racional da energiaUtilizar racionalmente a energia

é o melhor caminho para alcançar

a eficiência energética. Uma sé-

rie de providências simples pode

fazer a diferença no consumo de

energia, qualquer que seja o ramo

de atividade da empresa.

A eletricidade é a principal

energia utilizada na maior parte

das empresas e, em alguns casos,

a única (SERVIÇO DE APOIO ÀS

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS,

2012). Uma providência impor-

tante para reduzir o consumo é

envolver os funcionários e cola-

boradores em todos os níveis da

empresa, que podem ser sensibi-

lizados para usar a iluminação ar-

tificial racionalmente, já que este

é um item que, em muitos casos,

pode chegar a 20% da conta de

luz (SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO

E PEQUENAS EMPRESAS, 2012).

Não deixar lâmpadas acesas e

aparelhos de climatização (ares-

condicionados e aquecedores) li-

gados sem que ninguém esteja no

ambiente são os exemplos mais

comuns e fáceis para se evitar

desperdício.

Dicas de economia

Iluminação•Manter as lâmpadas lu-

minárias e demais itens de ilumi-

nação sempre limpos. Instalar nos

ambientes de menor movimenta-

ção sensores de presença ou re-

lógios programáveis (timer), para

que a iluminação artificial seja

utilizada somente quando houver

pessoas no local;

•Potencializar o uso da

iluminação natural, preferindo

edificações com fachadas e vãos

envidraçados e janelas amplas.

Objetos que impedem a entrada

da luz do dia devem ser removi-

dos;

•Pintar os ambientes com

cores claras, que favorecem a ilu-

minação já existente;

•Adequar os níveis de ilu-

minação às necessidades ineren-

tes às atividades realizadas no lo-

cal. Um ambiente iluminado além

do necessário gasta mais energia

e pode incomodar as pessoas,

causando cansaço e maior chance

de erros e acidente);

•Usar lâmpadas fluores-

centes, de maior eficiência e du-

rabilidade (DICAS..., [2006]);

Climatização •Uma temperatura agradá-

vel é cada vez mais um parâmetro

de conforto nos locais de trabalho

e pode representar um valor signi-

ficativo na conta de luz;

•Melhorar o isolamento

térmico de edifícios ajuda na efi-

ciência de qualquer sistema de

refrigeração;

•Termostatos regulados

para uma temperatura que esteja

de acordo com a estação do ano e

o número de pessoas no ambiente

gastam menos energia, evitando

desperdício;

•Manter filtros de ar limpos

e com manutenção em dia;

•Quando o ar-condiciona-

do estiver ligado, feche portas e

janelas para não consumir mais

energia;

•Sempre que possível op-

tar por aparelhos multisplits, que

aumentam a eficiência e contri-

buem para que a manutenção es-

38

teja sempre em ordem (DICAS...,

[2006]).

Na empresa Grande parte dos processos in-

dustriais precisa de energia tér-

mica (calor ou frio). As formas de

produção variam de caldeiras e

geradores de ar quente, a fornos

e sistemas de cogeração.

A utilização de equipamentos

mais eficientes é um fator im-

portante na redução do consumo

energético (ECONOMIA..., [20-

?b]).

•Em equipamentos como

caldeiras, uma boa afinação da

combustão, medindo de tempos

em tempos o teor de oxigênio dos

gases de escape, traz melhor ren-

dimento e gasta menos energia;

•Reaproveitar o calor em

excesso dos gases de escape por

meio de permutador. Este mesmo

calor pode ser utilizado no pré-a-

quecimento da água da caldeira

ou ar para combustão, ou outro

processo fabril que necessite de

água quente.

Programas de eficiência energética

O governo federal criou pro-

gramas para racionalizar o uso da

energia (ECONOMIA..., [20-?a]).

Algumas das principais ações vi-

gentes na atualidade são:

Programa de Eficiência Energéti-ca das empresas de distribuição (PEE)

No contrato firmado pelas

empresas concessionárias de

distribuição, a Aneel estabelece,

conforme previsto na Lei 9.991,

de 24 de julho de 2000, obriga-

ções como a de que seja aplica-

do anualmente o mínimo de 0,5%

da receita operacional líquida em

ações de combate ao desperdício

de energia elétrica, o que consiste

no que a Aneel chama de Progra-

ma de Eficiência Energética das

Empresas de Distribuição (PEE).

Os projetos que recebem estes

investimentos são desenvolvidos

de acordo com uma cartilha da

Aneel e podem estar enquadrados

em temas como educação, gestão

energética e atendimento a co-

munidades de baixa renda entre

outros.

A agência realiza ainda a

aprovação da ação antes que ela

tenha início, além dos acompa-

nhamentos de desenvolvimento

e financeiro do projeto (AGÊNCIA

NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA,

2008b).

Programa de Conservação de En-ergia Elétrica (Procel)

Criado pelo Ministério das Mi-

nas e Energia, instituído por de-

creto presidencial em 1993 e geri-

do pela Eletrobrás, o Programa de

Conservação de Energia Elétrica

(Procel) é uma outra iniciativa de

estímulo ao uso eficiente da ener-

gia, que interage com todos os

segmentos da sociedade ligados à

produção e ao uso de eletricidade.

Entre as ações deste programa,

está o Selo Procel, desenvolvido

em parceria com o Instituto Na-

cional de Metrologia, Qualidade e

Tecnologia (Inmetro). O selo orien-

ta o consumidor no ato da com-

pra, relacionando produtos como

lâmpadas e eletroeletrônicos que

apresentam os melhores níveis de

gasto adequado de energia. Re-

cebem a certificação os produtos

que estiverem caracterizados na

faixa “A” da Etiqueta Nacional de

Conservação de Energia (ENCE),

do Programa Brasileiro de Etique-

tagem (PBE). Esta etiqueta confe-

re classificações de “A” a “G” para

os itens, sendo que “A” representa

o melhor nível de eficiência ener-

gética e “G” o menor nível.

O Procel Edifica e o Procel In-

dústria são certificações seme-

39

lhantes ao Selo Procel, voltados

para edificações e para o setor

industrial, respectivamente. Estes

selos conferem também classifi-

cações que certificam a constru-

ção ou indústria de acordo com

a sua eficiência energética (FON-

TES..., [20-?]).

As certificações são acompa-

nhadas de campanhas de cons-

cientização à sociedade, para que

optem pelos itens que ostentam o

selo. Para exemplificar os benefí-

cios que esta escolha pode trazer,

a Eletrobrás aponta que, em um

universo de 50 milhões de resi-

dências no Brasil, a troca de cin-

co lâmpadas incandescentes de

60W em cada casa, por modelos

fluorescentes com o Selo Pro-

cel, representa uma redução de

demanda energética de 11.250

MW, o que equivale a uma usina

hidrelétrica do tamanho de Itaipu

ou 1.500 quilômetros quadrados

de florestas que deixariam de ser

alagadas, ou ainda, no caso de

usinas termelétricas a gás natural,

seis mil toneladas/h de CO2 que

deixarão de ser lançados na at-

mosfera (FONTES..., [20-?]).

Programa Nacional de Raciona-lização do Uso de Derivados de

Petróleo e Gás Natural (Conpet)O governo federal atua ainda

no incentivo à redução do uso de

derivados de petróleo e gás natu-

ral. O Programa Nacional de Ra-

cionalização do Uso de Derivados

de Petróleo e Gás Natural (Conpet)

existe desde 1991, com execu-

ção da Petrobras. A finalidade é

desenvolver ações que visem a

racionalização do uso destes in-

sumos. O Selo Conpet indica quais

equipamentos, como fogões, for-

nos a gás, aquecedores de água

e gás, são energeticamente mais

eficientes. A conscientização da

população também está compre-

endida no Conpet, por meio de ini-

ciativas de esclarecimento como

Eficiência Energética de Equipa-

mentos, Conpet no Transporte e

Conpet na Educação (PROGRAMA

NACIONAL DA RACIONALIZAÇÃO

DO USO DOS DERIVADOS DO

PETRÓLEO E DO GÁS NATURAL,

2012).

Programa Sebrae de Eficiência Energética

O Programa Sebrae de Eficiên-

cia Energética auxilia os pequenos

negócios a repensarem o uso de

energia. As ações do programa

mostram que o uso eficiente de

energia pode ser um bom negócio.

A primeira delas é uma autoava-

liação do uso da energia elétrica,

realizada pelo próprio empresário,

que preenche um formulário sim-

ples. A partir do resultado, elabo-

ra-se um gráfico que mostra como

a empresa usa a energia. Isso

permite identificar a necessidade

de possíveis ações para raciona-

lizar e otimizar o uso. A empresa

recebe também a visita de um

consultor, que analisa as instala-

ções e identifica possibilidades de

melhorar o uso da energia (ALVES,

[20-?]).

P3E (Programa de Energia e Efi-ciência Energética)

O Programa de Energia e Efi-

ciência Energética (P3E) é desen-

volvido pelo Sebrae Rio de Janei-

ro, que possui mais de 30 anos de

experiência na temática da efici-

ência energética. Segundo infor-

mações do Sebrae-RJ, por meio

de ações diferenciadas, funda-

mentadas na constituição de par-

cerias técnicas e operacionais em

segmentos de classe empresarial,

é oferecido aos empresários de

pequenos negócios a possibilida-

de de desenvolverem ações mais

eficazes e reduzirem seus custos

40

com energia. Além de diferentes

produtos, como manuais, aplicati-

vos, clínicas e oficinas, foi desen-

volvida uma metodologia inovado-

ra para realização de Diagnósticos

Energéticos, em que são criados

mecanismos de incentivo à efeti-

va identificação e implantação de

medidas de eficiência energética.

A partir dos resultados, medidos e

monitorados, o empresário, além

de tornar mais eficiente a sua

gestão energética, melhora a qua-

lidade do ambiente de trabalho,

reduz a geração de resíduos, me-

lhora o aproveitamento de água,

dentre outros benefícios.

Ainda de acordo com o Se-

brae-RJ, também inovador é

certamente a Autoavaliação,

que permite ao empresário ava-

liar o estágio em que se encon-

tra sua empresa quanto ao uso

da energia. É gratuito, on-line,

de rápido e fácil preenchimen-

to (http://187.84.228.138:8081/

Default.aspx). Inicialmente, foram

atendidos os setores de hotelaria,

bares e restaurantes, comércio

lojista, cabeleireiros, cerâmica

vermelha e um “outros” para os

demais setores. Merecedor de

destaque foi o resgate de dados

energéticos de mais de 13 mil

diagnósticos desenvolvidos em

pequenos negócios nos últimos

dez anos. Com isso, foi possível a

criação de um sistema de proces-

samento de dados, denominado

Sistema de Avaliação e Informa-

ções de Desempenho Energético

(Avalie), em que os empresários

têm uma referência para compa-

rar o seu uso de energia com em-

presas similares. O P3E promove

ainda a capacitação e sensibiliza-

ção de equipes de empresas, para

que apliquem os conceitos nas

organizações e com vistas à cor-

reta operação dos equipamentos

eficientes instalados.

Conclusões

42

A partir das informações desse

relatório, os empreendedores po-

dem ter uma visão de seu próprio

negócio e das suas necessidades

de energia. Assim como compre-

ender melhor o papel da energia

em suas atividades produtivas.

Como apresentado, a energia é

utilizada de forma distinta por

cada setor da economia, assim

como tem um ciclo diferente den-

tro de cada empresa. É muito im-

portante que cada empreendedor

possua uma visão integrada desse

insumo, conhecendo sua origem,

seus impactos ambientais e so-

ciais, e quais são as oportunida-

des que a oferta diferenciada de

energia apresenta para seu negó-

cio.

O empreendedor deve buscar,

por meio de suas entidades de

classe e organismos do setor elé-

trico, as melhores soluções para a

eficiência energética em seu ne-

gócio, tendo em conta princípios

de boas práticas sociais e am-

bientais na geração dessa energia,

na forma de distribuição e no uso

final. A gestão correta desse pro-

cesso possibilitará ganhos para o

negócio nas três vertentes da sus-

tentabilidade (econômica, social

e ambiental), posicionando a em-

presa de forma mais competitiva

em seus principais mercados.

Organismos setoriais

44

Cada setor da economia possui

reivindicações específicas e inte-

resses comuns às empresas ou

cidadãos que o integram.

Para defender estes interesses

são criados organismos setoriais,

que têm a missão de fiscalizar,

orientar, fornecer estatísticas, en-

tre outras atividades.

Estas entidades são referência

dentro de cada meio e norteiam

ações e decisões que, de alguma

maneira, impactam coletivamente

a categoria.

Os principais organismos se-

toriais dos setores abordados no

relatório são:

PanificaçãoAssociação Brasileira da In-

dústria de Panificação – http://

www.abip.org.br/

CerâmicaAssociação Nacional da Indús-

tria de Cerâmica – http://www.

anicer.com.br/

HotelariaAssociação Brasileira da In-

dústria de Hotéis – http://www.

abih.com.br/

MetalurgiaAssociação Brasileira da In-

dústria de Metalurgia, Materiais e

Mineração – http://www.abmbra-

sil.com.br/

Bares e RestaurantesAssociação Brasileira de Ba-

res e Restaurantes – http://www.

abrasel.com.br/

Setor elétricoAgência Nacional de Energia

Elétrica – http://www.aneel.gov.

br/

Eletrobrás – www.eletrobras.

com.br

Petrobras – www.petrobras.

com.br

Ministério de Minas e Energia

– http://www.mme.gov.br/mme

Portal Brasil Energia – http://

www.brasil.gov.br/sobre/econo-

mia/energia

Outras leituras

46

Oportunidades de eficiên-cia energética para a indústria

Fruto de uma parceria entre a

Eletrobrás e o Procel, esta publi-

cação tem o objetivo de identificar

oportunidades de ganho de com-

petitividade associadas ao uso efi-

ciente da energia nas indústrias. O

conteúdo inclui ações de eficiên-

cia energética desenvolvidas nas

indústrias brasileiras e internacio-

nais, além de informações sobre

programas de fomento ao uso ra-

cional de energia.

Link para acesso on-line:

http://admin.cni.org.br/por-

tal/data/pages/FF808081310B-

1CBB01314F2230716926.htm.

Manual Copel de Eficiência Energética na Indústria

Manual desenvolvido pela

Companhia Paranaense de Ener-

gia (Copel), que oferece informa-

ções para indústrias sobre for-

necimento de energia, análise de

consumo, instalações elétricas e

muitos outros temas, com foco no

dia a dia da indústria.

Link para acesso on-line:

http://www.copel.com/hpco-

pel/root/sitearquivos2.nsf/arqui-

vos/manual/$FILE/manual_efi-

ciencia_energ.pdf.

Eficiência energética para indústrias de pequeno porte

Este artigo apresenta resul-

tados dos projetos de eficiência

energética no universo das Micro,

Pequenas e Médias Empresas

– MPME. A experiência relatada

é parte da cooperação bilateral

entre os governos do Brasil e da

Alemanha para o desenvolvimento

do Projeto Conservação de Ener-

gia nas Micro, Pequenas e Médias

Indústrias do Rio de Janeiro.

Link para acesso on-line:

http://www.seeds.usp.br/pir/

arquivos/congressos/CBPE2004/

Artigos/EFICI%CANCIA%20ENER-

G%C9TICA%20EM%20IND%DAS-

TRIA%20DE%20PEQUENO%20

PORTE%20-%20UMA%20A.pdf.

Eficiência Energética na in-dústria brasileira

Edição da revista Corrente Contínua, uma publicação da Ele-

tronorte, que traz conteúdos vol-

tados à eficiência energética das

indústrias brasileiras.

Link para acesso on-line:

http://www.eln.gov.br/open-

cms/export/sites/eletronorte/

modulos/correnteContinua/arqui-

vosCC/Corrente_Continua_234_

internet.pdf.

Atuação da Eletrobrás, por meio do Procel, na eficiência energética de indústrias bra-sileiras

Artigo técnico que defende

a ideia de execuções sistemáti-

cas de análises dos diagnósticos

energéticos das indústrias, prática

atualmente realizada de maneira

pontual. A abordagem compreen-

de o Procel Indústria.

Link para acesso on-line:

http://www.eletrobras.com/

elb/data/documents/storedDo-

cuments/%7BAEBE43DA-69AD-

4278-B9FC-41031DD07B52%-

7D/%7BE338A9B4-F851-4C4A

-A853-6DA690C76B7A%7D/

Atua%E7%E3o%20da%20Eletro-

bras%20atrav%E9s%20do%20

Procel.pdf.

Análise da aplicação da eti-quetagem de eficiência ener-gética de edificações em em-preendimentos hoteleiros

Esta análise avalia a aplicação

em edificações do segmento ho-

teleiro das certificações do Pro-

grama Brasileiro de Etiquetagem

(PBE), do governo federal. O obje-

tivo é destacar as barreiras e as

oportunidades que giram em torno

da possibilidade de etiquetagem.

47

Link para acesso on-line:

h t tps : / /www.google .com.

br /ur l?sa=t&rc t= j&q=&esr-

c=s&source=web&cd=9&s-

qi=2&ved=0CH0QFjAI&url=ht-

tp%3A%2F%2Fwww.sbpe.org.

b r%2Fsoc ios%2Fdownload .

php%3Fid%3D251&ei=qnF0UYy-

jDpCi8ATZqIH4Cg&usg=AFQjC-

NHM3chf42IDKell-3H3J_N7ZmK-

TiA.

O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade no Século XXI – Oportunidades e Desa-fios

Resultado de uma parceria en-

tre organizações socioambientais

e um grupo de pesquisadores,

esta publicação traz uma análise

crítica sobre o tema. O conteúdo

compreende também a elabo-

ração de propostas de políticas

públicas para o setor elétrico bra-

sileiro.

Link para acesso on-line:

http://www.simposioenergia.

com.br/images/O%20Setor%20

eletrico%20Brasileiro%20e%20

a%20Sus ten tab i l i dade%20

no%20Sec%2021-Oportunida-

des%20e%20Desafios.pdf.

Eficiência Energética na In-

dústria

Publicação desenvolvida pelo

Procel Indústria, em parceria com

a Eletrobrás, dedicada a realizar

um diagnóstico das principais

oportunidades e prioridades para

o desenvolvimento do mercado de

eficiência energética industrial. O

conteúdo traz relatos de experi-

ências da indústria nacional nos

últimos dez anos e práticas inter-

nacionais bem-sucedidas.

Link para acesso on-line:

http://arquivos.portaldaindus-

tria.com.br/app/conteudo_24/201

2/09/05/220/201211261325145

23849i.pdf.

Manuais Elektro de Eficiên-

cia Energética – Setor Industrial

Publicação que aborda de ma-

neira simples e didática questões

relacionadas ao uso da energia

em indústrias. Estão contempla-

dos pontos importantes como cal-

deiras, fornos, isolamento térmico

e cogeração. Trata-se de uma pu-

blicação da Elektro - Eletricidade e

Serviços S.A.

Link para acesso on-line:

http://www.elektro.com.br/

Documents/GERACAO_DE_VA-

POR_E_CALOR.PDF.

Fontes

49

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AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Manual para elaboração do programa de eficiência ener-gética - Aprovado pela Resolução Normativa nº 300, de 12 de fevereiro de 2008. Brasília, DF; 2008b. Dispo-nível em: < http://www.aneel.gov.br/cedoc/aren2008300_2.pdf>. Acesso em: 3 abr. 2013.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Direitos e Deveres do Consumidor de Energia Elétrica - Resolução normativa nº 414. Brasília, DF; [201?]. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/folder_perguntas%20e%20respostas_414_final.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2013.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BARES E RESTAURANTES. 2012. Disponível em: <http://www.abrasel.com.br/>. Acesso em: 04 abr. 2013.

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Coordenadora: Suênia Sousa

Conteudista: Adalberto Wodianer Marcondes

Revisão e Supervisão: Ricardo Wargas, Dóris Ziegler e Márcio Américo

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