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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

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FICHA TÉCNICA

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA Lucia Gomes Vieira Dellagnelo – Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico

Sustentável Amir Hamad – Diretor de Desenvolvimento Econômico

Márcia Helena Neves – Gerente de Desenvolvimento Econômico

CONSELHO DELIBERATIVO DO SEBRAE/SC Alcantaro Corrêa – Presidente do Conselho Deliberativo

Sérgio Alexandre Medeiros – Vice-Presidente do Conselho Deliberativo

ENTIDADES Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – FAESC

Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – FAMPESC Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC

Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina – FCDL Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC

Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina – FECOMÉRCIO Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina – BADESC

Banco do Brasil S.A. – BB Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE

Caixa Econômica Federal – CAIXA Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI

Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI/DR–SC Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

DIRETORIA EXECUTIVA DO SEBRAE/SC

Carlos Guilherme Zigelli – Diretor Superintendente Anacleto Angelo Ortigara – Diretor Técnico

Sérgio Fernandes Cardoso – Diretor Administrativo Financeiro

ORGANIZAÇÃO Ricardo Monguilhott de Brito – Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo – UAC

Roberto Tavares de Albuquerque – Coordenador do Núcleo da Indústria – UAC Claudio Ferreira – Analista Técnico – UGE

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CONSULTORIA TÉCNICA

ÁGAPE ASSESSORIA COMERCIAL LTDA. Marcos Durval Sabota Breda – Diretor administrativo

Daniel Marques de Lucena, Msc. – Responsável técnico Gustavo Gallo – Economista – Analista técnico de dados secundários

Davi Wazlawick – Analista técnico de dados secundários Elmo Tambosi Filho, Dr. – Consultor técnico de dados secundários

Mara Denise Brum – Analista técnicade dados primários Jean Carlos Schroder – Analista técnico de dados primários Paulo Queiroz – Pesquisador de levantamento qualitativo

João Luis Pasquali Savi – Pesquisador de levantamento qualitativo Alexandre Moura – Suporte e gestão de dados

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SUMÁRIO GERAL

INTRODUÇÃO ______________________________________________________________ 9 I. APRESENTANDO O ESTUDO SETORIAL _________________________________________ 9 II. PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC ___________________________________________ 9 III. O SETOR ECONÔMICO DE PLÁSTICO E BORRACHA DE SANTA CATARINA ____________ 10 RESUMO EXECUTIVO _______________________________________________________ 13 I. PANORAMA DO SETOR ____________________________________________________ 13 II. VISÃO DOS ESPECIALISTAS _________________________________________________ 17 III. VISÃO DO EMPRESÁRIO ___________________________________________________ 19 IV. PANORAMA DE NOVOS MERCADOS _________________________________________ 21 V. PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS ________________________________________ 24 CAPÍTULO I - PANORAMA DO SETOR __________________________________________ 27 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 33 1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 33 1.2 PROGRAMA NOVA ECONOMIA CATARINENSE ________ Erro! Indicador não definido. 1.3 OBJETIVO DO ESTUDO ________________________________________________ 35 1.4 METODOLOGIA DO ESTUDO ____________________________________________ 35 1.4.1 Tipo de pesquisa _____________________________________________________ 35 1.4.2 Critérios de análise ___________________________________________________ 36 1.5 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE ________________________________________ 36 1.6 CONTEXTO ATUAL ____________________________________________________ 38 2 DADOS MACROECONÔMICOS __________________________________________ 38 2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA ______ 38 2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA _________ 40 3 PANORAMA DA ATIVIDADE DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA ____________ 42 3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE ____________________________________ 42 3.1.1 Considerações gerais _________________________________________________ 43 3.1.2 Principais países produtores e consumidores ______________________________ 45 3.1.3 Principais países exportadores e importadores _____________________________ 45 3.1.4 Outros dados relevantes do setor no mercado internacional __________________ 45 3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE __________________________________ 46 3.2.1 Importância da atividade na economia nacional ____________________________ 48 3.2.2 Principais indicadores setoriais _________________________________________ 49 3.2.3 Número de empresas por região ________________________________________ 51 3.2.4 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 51 3.2.5 Investimentos realizados e previstos _____________________________________ 52 3.2.6 Principais polos produtores e consumidores nacionais _______________________ 54 3.2.7 Importação e exportação ______________________________________________ 56 3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE ________________________________ 58 3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense _________________________ 58 3.4 PRINCIPAIS INDICADORES SETORIAIS _____________________________________ 59 3.4.1 Participação catarinense no mercado nacional _____________________________ 61

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3.4.2 Perfil empresarial do setor _____________________________________________ 62 3.4.3 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 63 3.4.4 Principais polos produtores e consumidores catarinenses ____________________ 63 3.4.5 Importação e exportação ______________________________________________ 64 4 POLOS SETORIAIS DO ESTUDO _________________________________________ 66 4.1 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA DE SANTA

CATARINA __________________________________________________________ 66 4.1.1 Coordenadoria regional Norte __________________________________________ 66 4.1.2 Coordenadoria regional Oeste __________________________________________ 67 4.2 APRESENTAÇÃODO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA _______________________ 68 4.2.1 Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte _______________ 68 4.2.2 Polo Setorial da Cadeia do Setor de Plástico e Borracha do Oeste ______________ 69 4.3 NÚMERO DE EMPRESAS POR POLO ______________________________________ 69 4.4 EMPREGOS GERADOS POR POLO ________________________________________ 70 4.5 MÉDIA SALARIAL POR POLO ____________________________________________ 71 4.6 COMPARATIVO DO VAF, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E

COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ________________________________ 72 4.7 COMPARATIVO DE EXPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE

ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ___________________ 74 4.8 COMPARATIVO DE IMPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE

ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ___________________ 75 5 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE ___________________________________________ 76 5.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL,

NACIONAL E ESTADUAL _______________________________________________ 76 5.2 OPORTUNIDADE DE MERCADO _________________________________________ 80 5.3 AMEAÇAS DE MERCADO _______________________________________________ 81 5.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR __________________________________ 82 REFERÊNCIAS _____________________________________________________________ 83 ANEXOS _________________________________________________________________ 85 ANEXO A - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL NORTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS

POR CIDADE ________________________________________________________ 85 ANEXO B - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL OESTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR

CIDADE ____________________________________________________________ 86 ANEXO C - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA@SC _____________________ 87 CAPÍTULO II - VISÃO DOS ESPECIALISTAS _______________________________________ 89 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 93 1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 93 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS __________________________________________ 93 2.1 TIPO DE PESQUISA ___________________________________________________ 93 2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA _____________________________ 94 2.3 COLETA DOS DADOS __________________________________________________ 95 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA _____________________________________________ 96 3 ANÁLISE DOS DADOS _________________________________________________ 96 3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICOEM

SANTA CATARINA ____________________________________________________ 97

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3.1.1 Perspectivas de crescimento ___________________________________________ 97 3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR EM SANTA

CATARINA __________________________________________________________ 99 3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor _____________________________ 99 3.2.2 Situação da concorrência do setor ______________________________________ 102 3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICO

DE SANTA CATARINA ________________________________________________ 104 3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor de Produtos de Borracha e Plástico ____ 104 3.3.2 Expectativas de mercadosconsumidores para o setor de Produtos de Borracha e

de Plástico _________________________________________________________ 106 3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de Produtos de Borracha e de Plástico __ 108 3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE PRODUTOS DE

BORRACHA E DE PLÁSTICO DE SANTA CATARINA __________________________ 110 3.4.1 Infraestrutura logísticado setor de Produtos de Borracha e de Madeira ________ 110 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 113 ANEXOS ________________________________________________________________ 118 ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO _______________ 118 CAPÍTULO III - VISÃO DO EMPRESÁRIO ________________________________________ 121 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 125 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 125 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 126 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 127 2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 127 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 127 2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 128 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 128 3 ANÁLISE DOSDADOS ________________________________________________ 129 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 129 3.1.1 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 130 3.1.2 Região, município e polo das empresas __________________________________ 132 3.1.3 Início das atividades das empresas______________________________________ 134 3.1.4 Número de colaboradores das empresas _________________________________ 136 3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas ______________________ 138 3.1.6 Gênero dos entrevistados_____________________________________________ 140 3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados _________________________________ 142 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS

ATENDIDAS ________________________________________________________ 144 3.2.1 Mercados consumidores atendidos _____________________________________ 144 3.2.2 Gênero dos clientes _________________________________________________ 146 3.2.3 Faixa etária dos respondentes _________________________________________ 148 3.2.4 Classe social dos respondentes ________________________________________ 150 3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais ____________________________ 152 3.2.6 Fatores que influenciam as vendas _____________________________________ 154 3.2.7 Influência sazonal de consumo _________________________________________ 155 3.2.8 Meses de variação sazonal ____________________________________________ 158

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3.2.9 Prospecção de clientes finais __________________________________________ 161 3.2.10 Pesquisas de satisfação com clientes finais _______________________________ 162 3.2.11 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais _________________________ 163 3.2.12 Grau de satisfação dos clientes finais ____________________________________ 164 3.2.13 Frequência da pesquisa de satisfação ___________________________________ 166 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE

PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE _________________________________ 168 3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes __________________________________ 168 3.3.2 Região de origem dos clientes finais ____________________________________ 170 3.3.3 Região de origem dos fornecedores _____________________________________ 173 3.3.4 Região de origem dos concorrentes _____________________________________ 176 3.3.5 Nível de concorrência do mercado ______________________________________ 179 3.3.6 Percepção sobre o mercado ___________________________________________ 180 3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio ______________ 182 3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa ___________ 183 3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa _______________ 185 3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa ____________________________ 187 3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa ______ 189 3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidas na empresa _____________________________ 191 3.3.13 Impacto das inovações na empresa _____________________________________ 193 3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente ______________________ 194 3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa ___________________________ 196 3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados ________ 198 3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa ________________________ 200 3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa ___________________________________ 202 3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS _______________ 204 3.4.1 Modelos logísticos __________________________________________________ 204 3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas ________________________ 206 3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais ___________________________________ 208 3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores __________________ 210 3.4.5 Movimentação da produção na empresa_________________________________ 212 3.4.6 Canais de fornecedores da empresa ____________________________________ 214 3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa _________________________ 216 3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa ________________________________ 217 3.4.9 Quantidade de clientes na empresa _____________________________________ 220 3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa ____________ 222 3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa _____ 224 3.4.12 Gestão de estoque na empresa ________________________________________ 225 3.4.13 Software de logística_________________________________________________ 227 3.4.14 Cadeia logística da empresa ___________________________________________ 229 3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa _____________ 231 3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos ______________________ 233 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 235 4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 235 4.1.1 Perfil das empresas __________________________________________________ 235 4.1.2 Percepção do mercado atual – demandas atendidas _______________________ 236 4.1.3 Percepção do mercado atual – cadeia de players e conjuntura da atividade _____ 237

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4.1.4 Análise das características de logística das empresas _______________________ 239 ANEXOS ________________________________________________________________ 241 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 241

CAPÍTULO IV - PANORAMA DE NOVOS MERCADOS ______________________________ 251 1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES ________________________________________ 257 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 257 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 258 1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO ___________________________________________ 259 1.3.1 Tipo de pesquisa ____________________________________________________ 259 1.3.2 Critérios de análise __________________________________________________ 259 2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA ____________________________________________ 261 3 PANORAMA NACIONAL ______________________________________________ 261 4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL __________________________________ 263 4.1 REGIÃO NORTE _____________________________________________________ 265 4.2 REGIÃO NORDESTE __________________________________________________ 268 4.3 REGIÃO CENTRO OESTE ______________________________________________ 271 5 PANORAMA DOS ESTADOS ___________________________________________ 274 5.1 ESTADO DE SÃO PAULO ______________________________________________ 274 5.2 ESTADO DE SANTA CATARINA _________________________________________ 280 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 286 REFERÊNCIAS ____________________________________________________________ 289 CAPÍTULO V - PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS _____________________________ 291 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 295 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 295 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 296 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 296 2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 296 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 297 2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 298 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 298 3 ANÁLISE DOS DADOS ________________________________________________ 299 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 300 3.1.1 Região e município das empresas ______________________________________ 300 3.1.2 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 302 3.1.3 Início das atividades das empresas______________________________________ 304 3.1.4 Número de colaboradores das empresas _________________________________ 306 3.1.5 Porte e classificação das empresas______________________________________ 309 3.1.6 Gênero dos entrevistados_____________________________________________ 312 3.1.7 Escolaridade dos entrevistados ________________________________________ 314 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS ____ 316 3.2.1 Mercados atendidos _________________________________________________ 317 3.2.2 Canais de vendas ___________________________________________________ 320

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.3 Origem dos principais clientes _________________________________________ 323 3.2.4 Produtos adquiridos do setor de plástico e borracha _______________________ 326 3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de plástico e borracha __________ 329 3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha _ 332 3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha ______________ 334 3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia de

plástico e borracha __________________________________________________ 336 3.2.9 Aspectos da cadeia de plástico e borracha que necessitam de melhoramentos __ 338 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA AMOSTRA _ 341 3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas _______________ 341 3.3.2 Necessidadesde aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas _______ 344 3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha ___________________ 347 3.3.4 Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borracha ____________ 350 3.3.5 Contato com fornecedores de Santa Catarina _____________________________ 352 3.3.6 Aquisição de produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha com

fornecedores catarinenses ____________________________________________ 354 3.3.7 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da

indústria de plástico e borracha ________________________________________ 357 3.3.8 Tipos de fornecedores demandados ____________________________________ 359 3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM

FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE PLÁSTICO E BORRACHA __________________ 361 3.4.1 Estrato da demanda potencial por grupo e atividade econômica ______________ 362 3.4.2 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços ________ 366 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 372 4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 372 4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas ____________________________ 372 4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas ___ 373 4.1.3 Características da demanda ___________________________________________ 374 ANEXOS ________________________________________________________________ 377 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 377

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

INTRODUÇÃO

I. APRESENTANDO O ESTUDO SETORIAL

Este documento é fruto da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento

Econômico Sustentável de Santa Catarina e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas

Empresas de Santa Catarina – Sebrae/SC, para a realização de uma robusta análise

econômica intitulada “Estudo Setorial de Plástico e Borracha de Santa Catarina”. O

trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto Catarinense, os

quais se dividem em quarenta e sete polos industriais, que subsidia informações para o

Programa NovaEconomia@SC.

II. PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC

O Programa Nova Economia@ é uma parceria do Serviço de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas de Santa Catarina – Sebrae/SC com o Governo do Estado de Santa

Catarina, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico

Sustentável – SDS, que visa aumentar a competitividade da economia e dos polos

industriais catarinenses.

Além do Projeto Polos Industriais, o programa Nova Economia@SCconta com

outros projetos: Juro Zero, Polos de Economia Verde e Desenvolvimento Territorial.

O Projeto de Fortalecimento de Polos Industriais tem como objetivo promover

a inovação das micro e pequenas empresas, agrupadas em 47 polos setoriais regionais

de setores industriais estratégicos do Estado de Santa Catarina, objetivando ganhos de

qualidade e produtividade e a inserção dessas empresas em novos mercados.

O Setor de plástico e borracha é um dos polos industriais selecionados do

Programa Nova Economia@SC, conforme discriminado na Tabela 1.

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 1 - Lista de setores estudados e quantitativo de polos por setor

Setores estudados Número de polos por setor

Alimentos e Bebidas 4

Confecção de Vestuário e Acessórios 11

Calçados e Artefatos de Couro 2

Produtos de Madeira 3

Produtos de Borracha e de Plástico 2

Construção Civil 3

Eletrometalmecânico 9

Móveis 6

Tecnologia da Informação e Comunicação 4

Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica 1

Náutico 1

Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria 1

Total 47 Fonte: Elaborado pela empresa Ágape Consultoria Ltda.

III. O SETOR ECONÔMICO DE PLÁSTICO E BORRACHA DE SANTA CATARINA

O referido estudo buscou reunir informações de mercado sobre o cenário

econômico recente e atual das empresas catarinenses com atividades na cadeia

produtiva de produtos plásticos e de borracha em dois polos industriais definidos

neste Estado, descritos a seguir, no Capítulo 1. O período para sua completa

realização, iniciado em outubro do ano de 2012, teve a duração de 18 meses.

A análise de um setor econômico representa a iniciativa e o esforço em buscar

informações que representem e expliquem um determinado contexto econômico em

uma região, zona, distrito, atividade ou campo de ação. Para efeitos do presente

estudo, as atividades do setor em pauta são descritas em âmbito regional, estadual e

nacional, envolvendo o esforço de pesquisa de cinco levantamentos complementares,

descritos como capítulos ou etapas deste Estudo Setorial e correspondem aos

seguintes títulos:

I. Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina II. Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

III. Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina IV. Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de

Santa Catarina V. Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de

Santa Catarina

O primeiro capítulo – Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa

Catarina contempla um estudo exploratório de dados secundários, extraídos de fontes

de informação oficiais brasileiras, tais como da RAIS, IBGE e AliceWeb. Trata-se da

coleta e organização de informações, opiniões publicadas de instituições de classe e

outros estudos setoriais para fins comparativo e descritivo do cenário do setor de

plástico e borracha em Santa Catarina.

O segundo capítulo - Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de

Santa Catarina vai além, complementando o primeiro com um levantamento

qualitativo com a realização de entrevistas em profundidade, observando a opinião

dos representantes das entidades de classe e empresários deste setor no estado de

Santa Catarina. A ideia é que a opinião de dez especialistas descreva a atual conjuntura

do setor, apontando os desafios, problemas enfrentados pelo empresariado,

oportunidades e capacidades da cadeia de mercado.

Uma vez que a etapa anterior buscou profundidade de informações pela

discussão de conteúdo qualitativo, o terceiro capítulo - Visão do Empresário do Setor

de Plástico e Borracha de Santa Catarina caracteriza o mercado catarinense de

empresas da cadeia produtiva do plástico e da borracha em um levantamento

quantitativo descritivo, observando a opinião de 67 gestores de empresas espalhados

pelos dois polos deste Estado. Nessa etapa são tratadas informações de perfil

socioeconômico destas empresas, a percepção do mercado e aspectos logísticos

concernentes a cada natureza produtiva da amostra.

Os capítulos - Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e

Borracha de Santa Catarina e Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico

e Borracha de Santa Catarina, respectivamente IV e V, somam forças para explicar os

mercados potenciais de entrada para empresas catarinenses do setor de plástico e

borracha. Estes possíveis novos mercados são apontados pelos entrevistados nas

etapas II e III e observados em um estudo exploratório de dados secundários para

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

quantificação de indicadores econômicos de crescimento (etapa IV), seguido por um

levantamento quantitativo descritivo com empresas destes mercados potenciais

(etapa V). Nesta última parte, a pesquisa prioriza a descrição de quatro mercados, na

Região Norte, Nordeste, Centro Oeste, e o Estado de Santa Catarina e São Paulo, os

quais somam 400 entrevistas. Esta última etapa limita-se a analisar estes cinco

mercados geográficos, por entender, no decorrer do estudo, como os mais

promissores e viáveis para fomento, sem descartar quaisquer outras possibilidades em

âmbito nacional.

Por fim, o presente documento encerra com uma síntese dos principais

resultados encontrados nas cinco etapas aqui descritas, com o intuito de destacar a

sua importância e trazer à luz as questões principais que permeiam o presente

trabalho.

Page 15: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

13

Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

RESUMO EXECUTIVO

O Estudo do Setor de Plástico e Borracha em Santa Catarina busca a

compreensão do contexto econômico por meio de cinco levantamentos

complementares. Apresenta-se a seguir, a síntese das principais conclusões acerca dos

resultados encontrados.

I. PANORAMA DO SETOR

A indústria do plástico vem crescendo continuamente nos últimos 60 anos

(desde os anos de 1950). A produção mundial cresceu de 1,7 milhões de toneladas em

1950, para 265 milhões de toneladas em 2010. Apesar da crise econômica mundial e

da queda no consumo e produção de plásticos em 2008 e 2009, o mercado apresentou

rápida recuperação e a produção de plásticos em 2010 foi recorde, com um

crescimento em relação a 2009 de 6%.

A borracha, assim como o plástico, é um polímero e por sua característica é um

produto composto por moléculas formadas a partir de uma mesma unidade estrutural

repetida um grande número de vezes que são ligadas quimicamente entre si. Existem

três classes de polímeros: das borrachas, dos plásticos e das fibras sintéticas. Segundo

dados divulgados pelo International Rubber Study Group, o consumo anual de

borracha natural e sintética em todo o mundo alcançou 25,9 milhões de toneladas em

2011, representando 6% a mais que em 2010. A demanda mundial de2012 alcançou

27,2 milhões de toneladas.

No Brasil o setor de plásticos transformados teve no ano de 2010, produção

recorde, atingindo a marca de 5,9 milhões de toneladas, o que representa um

aumento médio de 4,3% ao ano desde 2000. O consumo aparente (produção +

importação - exportação) dos transformados plásticos também foi o máximo já visto

no país até o ano de 2010, chegando a cerca de 6,2 milhões de toneladas, pois foram

importadas aproximadamente 616 mil toneladas de transformados plásticos

(aproximadamente 10% da demanda interna) e exportadas aproximadamente 311 mil

toneladas. A demanda por resinas é considerada como sendo igual à produção de

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

transformados plásticos, ou seja, de 5,9 milhões de toneladas, valores recordes

também, com uma importação aproximada de 1,4 milhão de toneladas e uma

exportação de cerca de 1,2 milhão de toneladas de resinas (ABIPLAST, 2010). Já em

relação à borracha no Brasil, que no início do século XX detinha o monopólio da

produção mundial de borracha natural, hoje responde por apenas 1%, não

conseguindo sequer suprir as necessidades da indústria consumidora instalada no país.

No ano de 2010, no âmbito nacional, o Valor da Receita Bruta de Produção

alcançou a cifra de 68 milhões de reais. Já a Receita Líquida de Vendas do setor

alcançou no mesmo ano quase 69 milhões de reais. O número de empresas no Brasil

neste segmento era de 22.271, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),

que geravam mais de 440 mil empregos diretos, dados relativos ao ano de 2011. Sobre

a distribuição destas empresas no país, o estudo aponta concentração de 54,33% na

Região Sudeste. No tocante ao comércio internacional, os números brasileiros

apontam no ano de 2012 importações da ordem de mais de 5,8 bilhões de dólares, e

uma exportação de 3,1 bilhões de dólares.

Do setor de plástico e borracha catarinense, especialmente o segmento de

produtos plásticos, despontam marcas de destaque nacional e internacional, como por

exemplo, a Tubos e Conexões Tigre. Segundo a Federação das Indústrias do Estado de

Santa Catarina (FIESC), o Estado destaca-se na produção de tubos e conexões de PVC,

embalagens, descartáveis plásticos (copos, pratos etc.), utilidades domésticas, cordas e

fios de PET reciclado e produtos de EPS (isopor). É líder nacional na produção de

embalagens plásticas flexíveis para o agronegócio, segunda na América Latina e

terceira no mundo na produção de embalagens valvuladas manuais.

Neste estudo são analisados dois Polos do setor de plástico e borracha,

associados às duas Coordenadorias Regionais do Sebrae/SC, o Polo Setorial da Cadeia

da Indústria do Plástico da Região Norte e o Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e

Borracha do Oeste. Em se tratando de números este setor em Santa Catarina possui

1.708 empresas, que geraram mais de 38 mil dos empregos diretos no ano de 2011. A

soma do total de empresas nos Polos estudados é de 589, que geravam 17.322

empregos diretos. A indústria do plástico manteve-se, em 2011, como o terceiro maior

setor empregador industrial catarinense. Nestes indicadores o destaque fica para o

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte. No ano de 2011, o

Estado de Santa Catarina arrecadou um Valor Adicionado Fiscal1 (VAF) de mais R$ 116

bilhões, sendo que para o setor do Plástico e Borracha no mesmo ano o VAF foi de

mais de R$ 3 bilhões, o equivalente a 2,47% de participação. Com relação ao comércio

internacional o Estado, considerando o somatório dos CNAE abordados neste estudo,

tem-se uma exportação do setor de mais de 40 milhões de dólares, e uma importação

de mais de 114 milhões de dólares, no ano de 2012. No primeiro indicador, o Polo da

Região Norte contribui com 99,73% do volume total exportado. No segundo indicador,

observa-se certo equilíbrio entre percentuais de importação, uma vez que o Polo do

Oeste detém 48,83% contra 51,17% do Polo da Região Norte.

Sobre as tendências deste setor, a indústria de bioplástico é a novidade, por

utilizar matérias-primas agrícolas que poderiam ser destinadas à alimentação humana.

Todavia enfrenta severa crítica por conta da origem de sua matéria-prima, bem como

por seus elevados custos. O conceito de sustentabilidade e o estímulo ao

gerenciamento inteligente de resíduos se tornaram alguns dos principais pilares da

indústria. Por este motivo, o descarte final de produtos industriais deixou de ser

considerado um problema, transformando-se em uma boa oportunidade de negócios.

Em relação à borracha, o ano de 2013 prometia ser mais um ano difícil para a indústria

no Brasil. Não há previsão de grandes investimentos no setor, com exceção da possível

chegada de novos sistemas para atender as novas montadoras desta nova leva que

chega para produzir aqui no Brasil nos próximos anos (principalmente as asiáticas). A

grande mudança tecnológica mundial no setor da borracha em 2013 (e o Brasil segue

de perto essa tendência) é o crescimento do uso de “pneus verdes”, baseados em

polímeros mais modernos e sílicas de alto desempenho.

As pneumáticas, o setor correlato de reforma de pneus no qual o Brasil ocupa

um importante segundo lugar no mundo e o setor de borrachas automotivas vem

sofrendo os efeitos da recente política protecionista federal, cujo resultado final tem

sido pneu reformado no Brasil ter custo próximo a um pneu novo de origem asiática.

1 Valor Adicionado Fiscal é um indicador econômico-contábil utilizado pelo Estado para calcular o índice

de participação de uma região no repasse de receita do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte e de Comunicação para um determinado ano civil.

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

Em muitos casos, hoje, os custos para importar produtos acabados são menos da

metade dos custos de insumos vitais para produzi-los com a mesma qualidade no

Brasil. Menos sensível a esses problemas de competitividade internacional, o

segmento de mangotes, mangueiras e outros artefatos para petróleo e gás promete

ser o de maior crescimento relativo nos próximos anos no Brasil.

Existem oportunidades de mercado, pois os plásticos são materiais baratos,

leves e duradouros e devido à diversidade de resinas e da versatilidade de suas

propriedades, possuem inúmeras aplicações, destacando-se os setores de embalagens,

construção civil, automobilístico e de eletroeletrônicos. Todavia a demanda crescente

por esses produtos resulta no significativo aumento de geração de resíduos plásticos.

Apesar de ser um problema, esta situação propiciou outra oportunidade de negócio, a

indústria da reciclagem. Incentivos governamentais e de organizações, como a

promulgação de leis e adoção de medidas regulatórias, além da instituição de projetos

que destaquem a importância da gestão e disposição de resíduos plásticos são

essenciais para que práticas ambientalmente corretas de tratamentos destes resíduos

sejam eficazes.

Para o setor em nível nacional, as condições econômicas internas apontam para

boas oportunidades e novos mercados, por conta da elevação da renda das classes

menos abastadas, e do crescimento dos setores como a construção civil,

automobilístico e petróleo e gás. Todavia alguns percalços precisam ser solucionados,

como a disponibilidade de matérias-primas básicas em volumes e condições

econômicas adequadas para o desenvolvimento desta indústria em condições

competitivas globais, e o elevado custo de energia para produção. Somem-se as estes,

valorização excessiva do cambio, ingresso crescente de produtos importados

(especialmente os chineses).

Em se tratando de Santa Catarina, os entraves são os mesmos mencionados

para o cenário nacional. Todavia as empresas catarinenses na sua trajetória, em

especial neste setor, têm demonstrado competência e ofertado produtos de extrema

qualidade e inovadores, o que lhes confere as condições necessárias para conquistar

mercados e alavancar resultados econômicos.

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

II. VISÃO DOS ESPECIALISTAS

O setor de Produtos de Borracha e de Plástico, segundo a percepção da maioria

de entrevistados, cresce atrelado ao crescimento de outros setores da economia, tal

como a expansão da indústria imobiliária e ao incremento da produção agrícola em

âmbito nacional. As diversas aplicações do plástico, como possível substituto de outros

materiais tradicionais (vidro, madeira dentre outros), fez nascer a indústria de

substituição, que confere pujança ao setor. A expansão populacional brasileira é

lembrada como fator que expande naturalmente o mercado consumidor não apenas

deste setor econômico, mas sim da economia nacional como um todo e de forma

homogênea. Conforme opinião de outra parte do grupo, o cenário é de preocupação,

diante do ínfimo crescimento econômico brasileiro (período de 2012) e o alto grau de

endividamento da população.

No que tange aos obstáculos para o setor, o monopólio na aquisição da

matéria-prima é o principal percalço. A legislação tributária e trabalhista também

causa impacto, especialmente pelos custos que impõe ao produto catarinense. A

carência de mão de obra qualificada para o setor é debatida com veemência.

A totalidade da amostra destaca a existência da concorrência no setor. O grupo

aponta a concorrência como fator benéfico à evolução do setor, fomentando a busca

por aprimoramentos na cadeia produtiva, tanto em qualidade quanto em agilidade no

atendimento às demandas do mercado. O contraponto, a deslealdade proveniente da

informalidade no setor, prejudica àqueles que seguem as normas vigentes. O mercado

internacional, especialmente a China, é a origem da concorrência, pois seus produtos

adentram ao mercado interno com preços competitivos e dotados de elevados índices

de qualidade. Além da concorrência local, segundo informado, a região de Caxias do

Sul (RS) e São Paulo, concorre diretamente com empresas catarinenses.

A busca pela competitividade do produto catarinense é destaque no que

concerne à oportunidade, fator que perpassa a modernização, através de investimento

em novas tecnologias e novos investimentos. A complementaridade do setor com

outros setores da economia, a exemplo da Construção Civil, é apontada como

oportunidade de novos negócios para o empresário do setor. Para outro grupo de

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

especialista, o apelo de sustentabilidade desponta como excelente oportunidade, que

abarca também uma gestão ambiental, perpassando pela eliminação de desperdícios,

pela otimização dos processos produtivos e pelo desenvolvimento de produtos que

demandem menos recursos do planeta.

Em se tratando de novos mercados consumidores, geograficamente, metade

dos entrevistados cita as Regiões Norte e Nordeste do país como oportunas para o

empresariado catarinense, em virtude de suas as características climáticas e expansão

econômica das classes sociais. Igualmente, a exploração nas vendas para a totalidade

da Região Sul do Brasil é debatida. Em se tratando de setores em crescimento,

portanto, que podem se tornar potenciais mercados consumidores, a agricultura, com

a crescente automatização demandará muitos produtos plásticos A qualificação da

produção local através da inovação e do desenvolvimento de um centro de pesquisa

para aplicação do plástico é outro ponto destacado na pesquisa com vias de solidificar

esta produção.

A conjuntura do setor carrega expectativas e de preocupações para o

empresariado. A falta de investimentos e incentivos do governo são destaques

negativos para metade dos especialistas. Ademais, o baixo crescimento econômico do

país gera incertezas acerca do futuro do desenvolvimento do setor. Por outro lado, a

entrada de grande massa populacional na faixa de consumo do país, propicia certo

otimismo ao empresariado. O associativismo é destacado como ponto positivo para o

setor, visto que a união entre os empresários lhes atribui maior poder de barganha

perante suas demandas, sejam estas junto ao poder público ou em relação a

fornecedores.

Quanto à infraestrutura logística em suas regiões de operação, a amostra

pontua a debilidade desta em relação à demanda do empresariado catarinense. A

infraestrutura logística nacional é citada como um gargalo para o desenvolvimento do

país visto a dependência praticamente exclusiva de apenas um modal, o rodoviário.

Ademais, na questão relativa a fornecedores é perceptível o descontentamento dos

especialistas devido à existência de um monopólio na venda dos insumos para o setor.

No que tange a opções ao transporte rodoviário, a inserção do modal ferroviário e do

transporte marítimo é apontado pelo estudo.

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

III. VISÃO DO EMPRESÁRIO

A pesquisa de levantamento com os empresários e gestores do setor de

Borracha e Plástica em Santa Catarina apresenta a opinião destes acerca do seu

mercado, sua empresa e aspectos logísticos. O estudo revela em primeira instância

uma predominância de empresas do segmento de fabricação de artefatos plásticos

para uso pessoal/doméstico.

Neste setor, é verificável a consolidação das empresas, com idade média de 13

anos de atividade no mercado. No quesito porte das empresas, é constatada a

predominância de Empresas de Pequeno Porte, tendência seguida no Polo Setorial da

Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte, ao passo que o predomínio no Polo

Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste são de Microempresas. Em se

tratando de empregos, a média de funcionários é de dezesseis, com predomínio de

empresas que empregam entre 10 e 19 funcionários, ou seja, mais de 1/3 da amostra.

Seus gestores são predominantemente homens, e o ensino médio completo é o nível

de escolaridade dominante.

Nas empresas da amostra estudadas, o atendimento às empresas é maior que o

atendimento ao consumidor final pessoa física. O público é majoritariamente formado

por adultos, destacado por 40,3% da amostra, sendo que 19,4% dos inquiridos

destacam o atendimento principalmente à classe B. Em todos os polos do estudo, a

qualidade do produto/serviço é a principal razão para a compra dos clientes, seguida

pelo preço. A indicação de terceiros desponta como maior influenciador na compra de

produtos neste setor, o que ocorre também nos polos analisados. A sazonalidade afeta

este setor diretamente no faturamento e no volume de vendas, sendo que para 29,9%

dos entrevistados esta influência é negativa, ou seja, incorre no declínio das vendas,

frente a 17,9% dos inquiridos que creem na influência sazonal de forma positiva. A

venda direta ao consumidor final é o canal de venda preferencial das empresas, e é

fatídico que os clientes dos entrevistados encontram-se fora dos limites do bairro de

instalação das empresas.

Acerca da percepção sobre o seu mercado de atuação, a maioria dos

entrevistados acredita no crescimento deste. Já quando inquiridos sobre o

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

desempenho de suas próprias empresas, 2/3 (64%) indicam que está em fase de

crescimento com uma média de 18% ao ano. Em se tratando dos Polos, ambos

apresentam esta percepção de crescimento, seja com relação ao mercado, ou com

relação às suas empresas. Melhoramentos no processo interno é a prática mais

comum dentre o grupo de entrevistados que pontuam o crescimento nas atividades

das suas empresas, seguida por ações de inovação.

No tocante a inovações dentro da empresa, 67,2% dos entrevistados não

realizaram este tipo de ações, entretanto no grupo restante, aqueles que realizam

estas ações, 25,4% apontam impactos positivos sobre seus negócios por conta destas

ações, com destaque para o polo do Plástico e Borracha do Oeste.

Em se tratando da prospecção de novos mercados, é observável que esta busca

ativa não é comum aos entrevistados, todavia, para aqueles que a realizaram, atuar

em outro Estado e atuar em nova cidade do Estado são os maiores destaques da

pesquisa, e cujo resultado foi um aumento de até 10% nas vendas em relação ao

mesmo ano anterior. Referindo-se às expectativas para o próximo ano, a ampliação de

vendas neste período é destacada por pouco mais da metade dos entrevistados,

seguido por pouco mais de ¼ dos entrevistados que expectam crescimento superior

aos quinze pontos percentuais para o próximo ano, inferindo otimismo ao

empresariado entrevistado na pesquisa.

Analisando os aspectos que envolvem a logística dos entrevistados, o estudo

indica que o modelo logístico predominante, para a amostra, é aquele onde ocorre a

compra de insumo, a produção do produto acabado e a venda para o consumidor final,

prioritariamente. No tocante à compra de mercadorias o canal preferido é a compra

direta, seguido da compra via representante. A média de fornecedores por empresa é

de 14 empresas. O poder de barganha das empresas entrevistadas é classificado como

alto, segundo 49,3% destes.

Sobre dificuldades com fornecedores, é representativo o número daquele que

dizem não encontrar problemas, totalizando metade do total da amostra. O mercado

atendido pelas empresas da amostra revela-se com uma média geral de mais de

duzentos clientes atendidos por empresa entrevistada. Em se tratando de

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

movimentação de insumos e produtos, o estudo indica que internamente a

movimentação é feita por veículos pesados, o que ocorre também na venda.

A gestão de estoque é de suma importância para as empresas, especialmente

aquelas do setor industrial. Dentre os entrevistados, constata-se que a maioria

esmagadora, mais de 85% realiza a gestão de seus estoques, e dentro deste conjunto

da amostra, o uso de software como ferramenta de apoio é citada por 35,8% dos

respondentes, com destaque para as empresas do polo do Plástico e Borracha do

Oeste.

Conforme os respondentes, o não cumprimento dos prazos por parte dos

fornecedores desponta como principal problema da cadeia logística. Como proposição

de ação para melhorar estrutura e logística das empresas pesquisadas, foi apontada a

própria melhoria da operação interna, seguida pela qualificação dos colaboradores.

Ainda com o objetivo de melhorar seus resultados, as empresas participantes deste

estudo apontam as áreas que necessitam de maiores investimentos, que são em

ordem decrescente de importância, produção, vendas e setor financeiro.

IV. PANORAMA DE NOVOS MERCADOS

A análise exploratória de mercados potenciais buscou demonstrar o grau de

importância destes setores (indústria Automotiva, Alimentícia e Náutica, comércio

atacadista e varejista da Construção Civil) no Brasil, nas regiões Norte, Nordeste e

Centro Oeste, e no Estado de Santa Catarina, uma vez que foram indicados nos

levantamentos anteriores como as mais promissoras como novos mercados.

Como destaque de segmentos estudados, foram realizados agrupamentos por

setores do comércio da construção civil, com ênfase na atividade varejista de

ferragens, madeira e materiais de construção, varejista de material elétrico, atacadista

especializado de materiais de construção não especificados anteriormente e de

materiais de construção em geral, e atacadista de material elétrico. Em relação aos

setores industriais consumidores de artigos de plástico e borracha, no segmento

automotivo foram abordados as atividades de fabricação de peças e acessórios para o

sistema motor de veículos automotores, fabricação de peças e acessórios para os

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

sistemas de marcha e transmissão de veículos automotores, fabricação de peças e

acessórios para o sistema de freios de veículos automotores, fabricação de

automóveis, camionetas e utilitários, fabricação de cabines, carrocerias e reboques

para veículos automotores, e fabricação de pneumáticos e de câmaras de ar. Para a

indústria de alimentos abordou-se a fabricação de produtos alimentícios, a para a

indústria náutica foram abordadas as atividades de construção de embarcações e

estruturas flutuantes e construção de embarcações para esporte e lazer.

De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE), os setores nacionais consumidores de artigos de plástico e

borracha, tanto da indústria como do comércio, no ano de 2012 somavam mais de 320

mil empresas e empregava mais de 2,5 milhões de trabalhadores em todo o território

nacional. A balança comercial neste mesmo ano para as atividades industriais

anteriormente relacionadas obteve superávit superior a US$30 milhões, de acordo

com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

(MDIC).

Na Região Sudeste estava a maior concentração das empresas do comércio da

construção civil, principal revendedor de produtos de plástico, o equivalente a 47% do

total nacional, assim como 37% das empresas dos segmentos industriais automotivos,

alimentício e náutico. A região Sul comportava a segunda maior concentração de

empresas dessas indústrias e a terceira concentração de empresas do comércio da

construção civil.

Analisando a Distribuição da Receita Líquida de Vendas (RLV) para os três

setores industriais deste estudo, de acordo com a Pesquisa Industrial Anual (PIA)

realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2011, o

industrial de automóveis respondeu por 60% da RLV enquanto o industrial de

alimentos respondeu por 39%, e restando 1% para o industrial náutico.

A região Norte do Brasil acolhe apenas 5% do total de empresas nacionais dos

setores da indústria e do comércio analisados nesse estudo, entretanto estes setores

obtiveram expressivos índices de evolução, destaque para a indústria de alimentos que

obteve no período de 2007 a 2011 um incremento em sua Receita Líquida de Vendas

de mais de 125% no período, a uma taxa média de 22,6% ao ano. O comércio geral na

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

região Norte também obteve acréscimo em sua receita no mesmo período, alta de

mais de 75% na Receita Bruta de Revenda de Mercadorias. A evolução no número de

empresas nesta região também foi significativa, com destaque para a indústria náutica,

com uma média de crescimento de 11,76% ao ano entre 2008 a 2012.

Na Região Nordeste todos os setores industriais estudados registraram

crescimento em suas receitas no período analisado (2007 a 2011), sendo que o melhor

incremento desta receita fica por conta da fabricação de outros veículos de transporte

exceto veículos automotores, com alta de mais de 120% na Receita Líquida de Vendas

neste período, a uma taxa média de 22,43% ao ano. No setor do comércio, a evolução

da Receita Bruta de Revenda de Mercadoria (RBRM) no mesmo período, chega a mais

de oitenta pontos percentuais, e apresenta uma taxa média de 16,17% anual.

A região Centro Oeste se destaca pela expressiva evolução da indústria de

veículos automotores, reboques e carrocerias, que no período de 2007 a 2011 elevou

sua RLV em mais de 250%, e no período de 2008 a 2012, obteve crescimento no

número de empresas de mais de 37%. Saliente-se que, à exceção do setor de

fabricação de outros veículos de transporte exceto veículos automotores, todos os

demais setores industriais cresceram. O comércio em geral desta Região evoluiu no

período de 2007 a 2011, sendo que a sua RBRM cresceu 89,15% no quinquênio, à taxa

média anual de 17,27%.

O Estado de São Paulo, principal centro econômico e industrial do país, contém

o maior número de empresas consumidoras de produtos plásticos, principalmente a

indústria de alimentos e a indústria automotiva, sendo que no período de 2007 a 2011

o setor de fabricação de produtos alimentícios registrou crescimento na RLV, de

60,51%, expandindo a uma taxa média de 25,35% ao ano. No setor do comércio, este

Estado apresentou crescimento nos dois segmentos, sendo que o varejo cresceu mais

que o atacado. Particularmente o comércio de materiais de construção, segmento de

peso no consumo de materiais plásticos, contém mais de 36 mil empresas no Estado

de São Paulo em 2012, registrando crescimento médio de 5,01% ao ano.

Assim como nos demais Estados do Brasil, Santa Catarina tem sua indústria de

plástico e borracha interligada às atividades industriais de alimentos, automotiva e

náutica, além do comércio (atacado e varejo). Segundo o IBGE, no ano de 2011, a

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

indústria de alimentos era responsável por 83% da RLV dos três setores, ficando a

indústria automotiva com 15% e a náutica com apenas 2%. Entretanto, em termos de

evolução da RLV, no período de 2007 a 2011, a atividade de construção de

embarcações obteve alta de mais de 130%. Em relação à evolução do número de

empresas, no período de 2008 a 2012 a indústria náutica também foi mais pujante em

relação às demais, com crescimento de mais de 20% de seus participantes contra

pouco mais de 13% da outra.

O comércio atacadista catarinense apresentou acréscimo de mais de 85% da

Receita Bruta de Revenda de Mercadoria, ao passo que o varejo evoluiu quase 70%

entre os anos de 2007 e 2011. Com relação ao crescimento no número de empresas,

no período estudado, observa-se que novamente o setor da indústria náutica se

sobressai, com 21,25% de crescimento. Já o comércio de materiais de construção,

único representante do setor, cresceu quase 6,5% entre os anos de 2008 e 2012.

Analisando o saldo da balança comercial das indústrias catarinenses consumidoras de

produtos de plástico e borracha, observou-se superávit para as indústrias de alimentos

e automotivo.

V. PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS

O último levantamento do estudo setorial apresenta as opiniões dos

empresários dos setores produtivos do comércio e da indústria, principalmente nas

atividades descritas na etapa anterior (IV), acerca das suas demandas e aptidões em

trabalhar com empresas do setor do plástico e borracha provenientes de Santa

Catarina.

Respondendo diretamente à questão macro, sobre o interesse das empresas

entrevistadas em comercializar produtos e serviços de empresas catarinenses deste

setor, a resposta é positiva para praticamente metade da amostra, sobretudo para as

empresas do próprio Estado de Santa Catarina, onde mais de 65% das empresas

afirmam o interesse em comprar de empresas catarinenses. O segmento de indústrias:

automotiva/alimentos/náutico é que possui maior concentração de interessados em

produtos deste setor com fornecedores catarinenses. As maiores demandas da

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

amostra estão relacionadas a embalagens e embalagens a vácuo e produtos plásticos

em geral.

A respeito do perfil destas empresas, a maioria já demonstra consolidação das

operações, com média de 19 anos de atividade. A demanda é formada em primeiro

lugar por Empresas de Pequeno Porte, seguida por Empresas de Médio Porte, com

média corrigida de 40 colaboradores por empresa.

Sobre o mercado do Estado de São Paulo, é percebido que a aptidão por

produtos catarinenses é menor comparativamente às empresas das demais Regiões

deste levantamento, exceto Santa Catarina, visto que 32,8% dos entrevistados daquele

Estado afirma que “Sim, com certeza” ou “É provável que sim”, frente a 65,7% do

cluster catarinense. A Região Norte ocupa a segunda posição no “ranking” de

interessados em operar com fornecedores catarinenses, seguida pela Região Centro

Oeste e finalmente, a Região Nordeste.

Conforme a totalidade dos respondentes da pesquisa é observável que a

demanda potencial de empresas com interesse em negociar com fornecedores da

cadeia do plástico e da borracha de Santa Catarina tem maior expressividade no grupo

de entrevistados do segmento da indústria automotiva/alimentos/náutica, seguido

pelos integrantes da amostra do segmento do comércio varejista de materiais elétricos

e hidráulicos. O segmento de comércio de materiais de construção/serviços da

construção ocupa a terceira colocação, quanto ao grau de interesse em consumir

produtos deste setor, sendo que o grupo proveniente de São Paulo contém o mais

significativo índice de respondentes dentre todas as esferas da pesquisa, que afirmam

possuir interesse em negociar com fornecedores da cadeia do plástico e borracha do

Estado de Santa Catarina.

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Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

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Análise Exploratória do Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

CAPÍTULO I - PANORAMA DO SETOR

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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

LISTA DE SIGLAS

ABBA Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABIPLAST Associação Brasileira da Indústria de Plástico ABIQUIM Associação Brasileira da Indústria Química ADVFN Advanced Financial Network AmBev Companhia de Bebidas das Américas APL Arranjos Produtivos Locais BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BRIC Brasil, Rússia, Índia e China CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CNAE Classificação Nacional de Atividade Econômica CONCLA Comissão Nacional de Classificação CRQ IV Conselho Regional de Química - IV Região FGV Fundação Getúlio Vargas FIESC Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina GTIS Global Trade International System IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

IPI Imposto sobre Produtos Industrializados MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MPE Micro e Pequena Empresa MTE Ministério do Trabalho e Emprego MTI Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação PAC Programa de Aceleração do Crescimento PEIEx Projeto Extensão Industrial Exportadora PIA Pesquisa Industrial Anual PIB Produto Interno Bruto Pnad Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PVC Policloreto de Vinila RAIS Relação Anual de Informações Sociais RLV Receita Líquida de Vendas SDS Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SIMPEP Simpósio de Engenharia de Produção SIS Síntese de Indicadores Sociais UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UNISUL Universidade do Sul de Santa Catarina UNOESC Universidade do Oeste de Santa Catarina USD United States Dollar VAF Valor Adicionado Fiscal VBP Valor Bruto de Produção

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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 33 1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 33 1.2 PROGRAMA NOVA ECONOMIA CATARINENSE ________ Erro! Indicador não definido. 1.3 OBJETIVO DO ESTUDO ________________________________________________ 35 1.4 METODOLOGIA DO ESTUDO ____________________________________________ 35 1.4.1 Tipo de pesquisa _____________________________________________________ 35 1.4.2 Critérios de análise ___________________________________________________ 36 1.5 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE ________________________________________ 36 1.6 CONTEXTO ATUAL ____________________________________________________ 38 2 DADOS MACROECONÔMICOS __________________________________________ 38 2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA ______ 38 2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA _________ 40 3 PANORAMA DA ATIVIDADE DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA ____________ 42 3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE ____________________________________ 42 3.1.1 Considerações gerais _________________________________________________ 43 3.1.2 Principais países produtores e consumidores ______________________________ 45 3.1.3 Principais países exportadores e importadores _____________________________ 45 3.1.4 Outros dados relevantes do setor no mercado internacional __________________ 45 3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE __________________________________ 46 3.2.1 Importância da atividade na economia nacional ____________________________ 48 3.2.2 Principais indicadores setoriais _________________________________________ 49 3.2.3 Número de empresas por região ________________________________________ 51 3.2.4 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 51 3.2.5 Investimentos realizados e previstos _____________________________________ 52 3.2.6 Principais polos produtores e consumidores nacionais _______________________ 54 3.2.7 Importação e exportação ______________________________________________ 56 3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE ________________________________ 58 3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense _________________________ 58 3.4 PRINCIPAIS INDICADORES SETORIAIS _____________________________________ 59 3.4.1 Participação catarinense no mercado nacional _____________________________ 61 3.4.2 Perfil empresarial do setor _____________________________________________ 62 3.4.3 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 63 3.4.4 Principais polos produtores e consumidores catarinenses ____________________ 63 3.4.5 Importação e exportação ______________________________________________ 64 4 POLOS SETORIAIS DO ESTUDO _________________________________________ 66 4.1 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA DE SANTA

CATARINA __________________________________________________________ 66 4.1.1 Coordenadoria regional Norte __________________________________________ 66 4.1.2 Coordenadoria regional Oeste __________________________________________ 67 4.2 APRESENTAÇÃODO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA _______________________ 68 4.2.1 Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte _______________ 68 4.2.2 Polo Setorial da Cadeia do Setor de Plástico e Borracha do Oeste ______________ 69 4.3 NÚMERO DE EMPRESAS POR POLO ______________________________________ 69 4.4 EMPREGOS GERADOS POR POLO ________________________________________ 70

Page 34: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

32

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

4.5 MÉDIA SALARIAL POR POLO ____________________________________________ 71 4.6 COMPARATIVO DO VAF, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E

COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ________________________________ 72 4.7 COMPARATIVO DE EXPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE

ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ___________________ 74 4.8 COMPARATIVO DE IMPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE

ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ___________________ 75 5 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE ___________________________________________ 76 5.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL,

NACIONAL E ESTADUAL _______________________________________________ 76 5.2 OPORTUNIDADE DE MERCADO _________________________________________ 80 5.3 AMEAÇAS DE MERCADO _______________________________________________ 81 5.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR __________________________________ 82 REFERÊNCIAS _____________________________________________________________ 83 ANEXOS _________________________________________________________________ 85 ANEXO A - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL NORTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS

POR CIDADE ________________________________________________________ 85 ANEXO B - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL OESTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR

CIDADE ____________________________________________________________ 86 ANEXO C - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA@SC _____________________ 87

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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 APRESENTAÇÃO

As atividades econômicas têm convergido de forma não programada para

aglomerados produtivos, ou polos econômicos, em uma mesma região geográfica. Este

fenômeno pode ser observado em nível mundial e, a título deste estudo, em âmbito

regional no que concerne ao contexto catarinense e também brasileiro.

Polo econômico pode ser descrito como um conglomerado de empresas com

atividades afins, ou complementares, situadas em um ambiente de fácil intercâmbio2.

No caso de um polo de Plástico e Borracha, podemos defini-lo como uma concentração

de empresas e instituições de pesquisa que atuam na criação de novos produtos,

serviços ou processos de acesso de produção, empresas fornecedoras de insumos

químicos, empresas de distribuição (frete e transporte), empresas de reciclagem,

instituições de capacitação de mão de obra etc.

Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto

catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais (ver ANEXO C),

onde são observados em uma análise conjuntural de conglomerados para fins de

embasamento analítico de mercados, que subsidia informações para o Programa Nova

Economia@SC, descrito no item 1.2 deste relatório.

Especificamente para este estudo, são analisados diferentes dados

macroeconômicos com enfoque nas atividades do setor de Plástico e Borracha

catarinense e sua importância no Brasil e mundo. A seguir, apresentam-se diferentes

indicadores de mercado e análises de fontes de dados confiáveis. Esses dados foram

revisados e adaptados a este estudo (mantendo a fidedignidade e origem intactas)

para fazer-se a interpretação sob o contexto de importância dos polos setoriais

catarinenses, analisados nas diferentes esferas geográficas apresentadas.

2CARVALHO JR. L. C.; CAIRO, S. A.; SEABRA, F. Polos Industriais do Sul do Brasil: experiências de competitividades e

empreendedorismo. Florianópolis: FAPEU, 2007. 202 p.

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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Os polos analisados neste relatório são:

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte;

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste.

A composição de atividades econômicas incluídas no molde analítico desta

pesquisa provém da Classificação Nacional de Atividade Econômica, ou simplesmente

CNAE, sendo este o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade

econômica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da

Administração Tributária do país, contribuindo para a melhoria da qualidade dos

sistemas de informação que dão suporte às decisões e ações do Estado.3 Tendo como

estrutura:

Seção (Formato “x”)

Divisão (Formato “xx”)

Grupo (Formato “xxx”)

Classe (Formato “xxx-x”)

Subclasse (Formato “xxx-xx”)

Como demonstrado, a estrutura CNAE segue a seguinte hierarquia de

classificação: Seção, Divisão, Grupo, Classe e Subclasse. Com mais detalhamento e

descrições de atividade econômica à medida que se subdivide em uma classificação

cada vez mais específica.

Trata-se de um detalhamento da CNAE, versão 2.0, aplicada a todos os agentes

econômicos que estão engajados na produção de bens e serviços, podendo

compreender estabelecimentos de empresas de natureza privada ou pública,

estabelecimentos agrícolas, instituições sem fins lucrativos e agentes autônomos

(pessoa física). A CNAE resulta de um trabalho conjunto das três esferas de governo,

elaborado sob a coordenação da Secretaria da Receita Federal e orientação técnica do

3CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas - Subclasses. Disponível em:

<http://subcomissaocnae.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1>. Acesso em: 26 jul. 2013.

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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, com representantes da União, dos

Estados e dos Municípios.4

As CNAE analisadas neste relatório são as indicadas na Tabela 1.

Tabela 1 - Lista de CNAE do estudo setorial de Plástico e Borracha1

Divisão CNAE Descrição

Divisão 22 Fabricação de produtos de borracha e de material plástico

Grupo 221 Fabricação de produtos de borracha

Grupo 222 Fabricação de produtos de material plástico Fonte: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA); IBGE.

1.2 OBJETIVO DO ESTUDO

Este estudo tem como objetivo identificar as características sobre o setor de

Produtos de Plástico e Borracha, com dados de abrangências diversas, de forma a

contextualizar os grupos de empresas que compõem a população deste conglomerado

industrial de Santa Catarina. Para tanto, utilizam-se pesquisas e estudos como fontes

secundárias para coleta de dados, como por exemplo: dados do IBGE, dados do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Relação Anual de Informações Sociais

(RAIS), dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), dados do

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, além de dados de outras fontes

institucionais e privadas.

1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO

1.3.1 Tipo de pesquisa

A presente pesquisa é caracterizada por método exploratório que reúne

informações preexistentes sobre o assunto em pauta, identifica informações que

possam ser reunidas para a investigação, fontes e questões reais que possam ser

usadas como questões de mensuração e para estruturar a análise.

4BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Disponível em:

<http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridi/cacnaefiscal/ txtcnae.htm>. Acesso em: 4 mar. 2013.

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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O nível de informação é classificado como fonte secundária de dados, formada

por interpretações de dados primários, tais como enciclopédias, livros, manuais,

artigos de revistas e jornais, estudos de pesquisas e publicações de entidades de

classe, governos, universidades e empresas públicas ou privadas, dentre outros.

1.3.2 Critérios de análise

Como critério de análise, são coletados, das referidas fontes, os dados mais

atuais disponíveis, em geral observando uma evolução de triênio, ou seja, dos três

últimos anos a contar da base de dados mais recente, disponibilizada pelos principais

órgãos públicos responsáveis pela disponibilização de informações econômicas no

Brasil. Considera-se essencialmente a busca de resultados das CNAE analisadas neste

relatório, para os dados a seguir indicados:

Empregos diretos (fonte: RAIS) – Anos analisados: 2009, 2010, 2011;

Número de empresas (fonte: RAIS) – Anos analisados: 2009, 2010, 2011;

Valor Adicionado Fiscal (Fonte: Secretaria do Estado da Fazenda de SC) – Ano

analisado: 2010;

Valor Bruto de Produção Industrial ou somente de Produção, dependendo

da atividade (de acordo com a CNAE) analisada, (Fonte: IBGE) – Anos

analisados: 2008, 2009, 2010;

Valor Líquido de Vendas (Fonte: IBGE) – Anos analisados: 2008, 2009, 2010;

Movimentação da importação/exportação (Fonte: AliceWeb) – Anos

analisados: 2010, 2011, 2012.

1.4 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE

O termo “plástico” tem seu nome originário do grego “plastikos”, que significa

“capaz de ser moldado”. Os plásticos são materiais sintéticos ou derivados de

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37

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

substância naturais, geralmente orgânicas, atualmente obtidas em sua maioria, a partir

dos derivados de petróleo.5

Em 1862, ocasião da Exposição Internacional de Londres, o inglês Alexandre

Pakers apresentou as primeiras amostras do que podemos considerar o antecessor da

matéria plástica. No mesmo ano, o tipógrafo americano John Wesley Hyatt soube de

um concurso em Albany, no Estado de Nova York (EUA), lançado pela empresa

Phelanand Collander, que produzia bolas de bilhar. Quem fosse capaz de desenvolver

um material que pudesse substituir o marfim, que estava ficando raro na fabricação

das bolas de bilhar, ganharia dez mil dólares. A partir disso, Hyatt começou a pesquisa

do marfim artificial ou qualquer novo material que pudesse satisfazer as expectativas

da empresa.6

Hyatt obteve sucesso em 1870, aperfeiçoando a celuloide uma versão

comercial do nitrato de celulosa com adição de piroxilina, cânfora, álcool, polpa de

papel e serragem. Nasceu, então, a primeira matéria plástica artificial. Neste mesmo

ano foi inaugurada a primeira fábrica da nova matéria-prima, batizada de Albany

Dental Plate Company, nome que provém do fato de a celuloide ter sido utilizada

primeiramente por dentistas.7

No Brasil, a primeira fábrica de poliestireno, a Bakol S.A., foi inaugurada em

1949, na cidade de São Paulo. Logo foi iniciada a produção comercial do poliestireno

de alto impacto. No início dos anos 60, F.H. Lambert desenvolveu o processo para

moldagem de poliestireno expandido. O plástico substitui com vantagens uma série de

matérias-primas utilizadas pelo homem há milhares de anos, como vidro, madeira,

algodão, celulose e metais. Além disso, ao substituir matérias-primas de origem

animal, como couro, lã e marfim, possibilitou o acesso a bens de consumo pela

população de baixa renda.8

5A ORIGEM DO PLÁSTICO. Disponível em:<http://pt.scribd.com/doc/65802944/A-ORIGEM-DO-PLÁSTICO>. Acesso

em:7jun. 2013. 6Idem.

7 Idem.

8 Idem.

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38

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

1.5 CONTEXTO ATUAL

Nos dias de hoje, o plástico é considerado essencial para o progresso da

humanidade. O aperfeiçoamento das tecnologias de transformação viaja na mesma

intensidade da história dos polímeros.9

A cadeia petroquímico-plástica é composta por indústrias da primeira, segunda

e terceira gerações. A primeira geração produz os petroquímicos básicos: eteno,

benzeno, propeno, butadieno etc. O eteno e o propeno são os insumos utilizados

como matérias-primas pelos termoplásticos que, por sua vez, fazem parte da segunda

geração, juntamente com elastômeros, termofixos e fibras sintéticas.

Os produtos de matérias plásticas fazem parte da terceira geração, sendo

originários dos termoplásticos. Sua diferença em relação aos termofixos é que estes

não se fundem com o aquecimento, enquanto os termoplásticos não sofrem

alterações na sua estrutura química durante o aquecimento, podendo depois de

resfriados, serem fundidos novamente. É na terceira geração que estão as indústrias

transformadoras dos insumos petroquímicos produzidos na segunda geração.10

2 DADOS MACROECONÔMICOS

2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA11

A participação de Santa Catarina no PIB Nacional, juntamente com a taxa de

crescimento real do PIB, evoluiu entre os anos de 1996 e 2009, com um crescimento

praticamente constante, segundo o Caderno de Indicadores (2012). Este crescimento

passou de 3,54% em 1996, para 4,01% em 2009, ainda que, neste ano tenha havido

queda no PIB Estadual em razão da crise internacional e da economia Catarinense.

9A ORIGEM DO PLÁSTICO. Disponível em:<http://pt.scribd.com/doc/65802944/A-ORIGEM-DO-PLÁSTICO>. Acesso

em: 7 jun. 2013. 10

CARDOSO, A. C. Estrutura e concorrência do Setor de Plásticos do Norte do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 2004. 11

O conteúdo desta seção tem como referência: SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno de Indicadores. 2012. Florianópolis, 2012

Page 41: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

39

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

De acordo com os dados do referido Caderno, a evolução do número de

empregados por setor econômico na última década evidencia o crescimento da mão

de obra empregada e da estrutura produtiva do Estado em diferentes setores.

O emprego aumentou em média 91,25% no Estado, passando de 1.077.929

postos, em 2000, para 2.061.577 em 2011. No período de 2000 a 2010, o crescimento

do setor de Construção Civil foi de 137%, enquanto o Comércio cresceu 117,8% e o

setor de Serviços cresceu 93%. A indústria da transformação, que é o segmento que

mais emprega no Estado, cresceu 70% no mesmo período, acompanhando o ritmo da

produção industrial e do crescimento do emprego no âmbito nacional.

Seguindo a análise do Caderno de Indicadores (2012), em relação às

exportações em 2011, verifica-se um aumento da participação dos produtos

originários de Santa Catarina, tais como motores, carnes congeladas e fumo, entre

outros. Naquele ano, estes produtos representavam 54,2% das exportações do Estado,

enquanto em 2000 os mesmos produtos detinham 34,9% deste total, evidenciando

uma concentração da produção exportada no período analisado. Destaca-se também a

importância das exportações de produtos cárneos, do fumo, da soja e dos motores

elétricos na balança comercial catarinense.

Em relação à infraestrutura, verifica-se um aumento per capita no número de

automóveis nas regiões Catarinenses, o que ilustra a forte expansão da frota de

automóveis no Estado, a qual duplicou em 10 anos, passando de 988.214 veículos em

2000, para 1.982.129 unidades em 2010, obtendo crescimento de 100,6%. Embora

haja um ritmo de crescimento diferenciado entre as regiões do Estado, observa-se que

em todas elas houve um crescimento substancial.

Ainda observando os dados de crescimento no Estado, a frota de caminhões

cresceu 27,9%, a de motos 258% e a de camionetas 132%. Como consequência deste

acentuado crescimento em apenas uma década, sem o suficiente investimento em

infraestrutura viária e nos transportes coletivos, houve o congestionamento de

veículos nos principais polos urbanos do Estado, o que representa um grande desafio a

ser solucionado e também um gargalo logístico para as empresas catarinenses.

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40

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 2 - Indicadores econômicos do Brasil e de Santa Catarina2

Indicadores Nacional Catarinense

PIB 2011 R$ 4.143.013.000.000,00 R$ 169.050.000.000,00

Valor Bruto Produção Industrial 2011 R$ 2.034.912.695.000,00 R$ 96.968.855.000

Emprego 2012 47.458.712 2.103.002

Exportações 2012 US$ 209.225.190.379,00 US$ 8.234.028.075,00

Importação 2012 US$ 206.977.406.917,00 US$ 14.003.344.148,00

Taxa de juros (Selic - junho 2014) 10,9% ao ano -

Inflação oficial (IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 05/2014

0,46% -

IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) em 06/2014

-0,64% -

Reservas internacionais em julho de 2013

US$ 373.643.000.000,00 -

Salário Mínimo em 2014 R$ 724,00 -

Fontes: IBGE; RAIS; CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados; AliceWeb2 MDIC; Banco Central do Brasil; FGV; portalbrasil.net.

2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA12

Analisando comparativamente os dados coletados junto ao IBGE sobre a

população brasileira e catarinense no ano de 2010, apresentados na Tabela 4,

constatou-se que no referido ano 3,28% dos brasileiros habitavam o Estado de Santa

Catarina e, assim como no Brasil, esta população era em sua maioria composta por

mulheres, sendo que a expectativa de vida da população catarinense era 2,5 anos a

mais do que a nacional. Em relação à densidade demográfica, Santa Catarina possuía

quase três vezes mais habitantes por km2 do que a média brasileira.

12

O conteúdo desta seção tem como referência: SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno de Indicadores. 2012. Florianópolis, 2012.

Page 43: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

41

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 3 - Indicadores demográficos do Brasil e de Santa Catarina3

Indicadores demográficos de 2010 Nacional Catarinense

População Total 190.755.799 de habitantes 6.248.436 de habitantes

Densidade demográfica 22,4 habitantes/km² 65,29 habitantes/km²

População - Mulheres 97.348.809 3.148.076

População - Homens 93.406.990 3.100.360

Expectativa de vida 73,48 anos 76 anos

Fontes: IBGE; Pnad (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios); SIS (Síntese de Indicadores Sociais).

A dinâmica demográfica, isto é, as transformações no ritmo de crescimento, na

distribuição e na estrutura da população, segundo o Caderno de Indicadores (2012), é

uma variável de fundamental na identificação daquilo que impulsiona a economia e

atua nas condições de vida da população.

Esse tipo de dinâmica é de extrema importância para o Estado de Santa

Catarina, uma mudança que é especialmente relevante devido às oportunidades que

abre e pelos desafios que propõe às políticas públicas. Também deve ser considerado

nessa dinâmica o movimento migratório, de análise mais complexa e que ocorre

principalmente nas regiões litorâneas do Estado.

O Estado de Santa Catarina atualmente passa por uma situação em que a taxa

de dependência – “definida como a razão entre a população inativa (soma das pessoas

com até 15 anos e com mais de 65 anos de idade) e a população potencialmente ativa

(entre 15 e 64 anos)” – deverá diminuir de 47,7% para 43,7% entre 2010 e 2030, além

de que a sua composição também deverá mudar. Ainda segundo expectativas, a razão

entre a população jovem e a população em idade ativa passará de 21,8% para 17%, e a

razão equivalente à população com mais de 65 anos aumentará de 10,5% para 13,3%

nesse mesmo período.

Considerando a expansão dos contingentes populacionais por faixa etária entre

2000 e 2010, faz-se uma projeção para 2030. A população jovem tende a cair, girando

em torno de 1.202.000 de pessoas no final da próxima década e “a população de 15 a

64 anos, que constitui a maior parte da força de trabalho potencial, aumentará dos

4.452.680 observados em 2010 para 4.929.000 em 2030, revelando, nessas duas

décadas, uma taxa de crescimento média de 0,9% ao ano”. A quantidade de idosos

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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

(acima de 65 anos) é o que mais deverá crescer, com taxas de variação de 3,9% ao ano,

entre 2010 e 2030.

Essa mudança no perfil demográfico levará a um movimento na demanda por

novos produtos que atendam a esse perfil, além de criar espaços para investimentos

na melhoria dos produtos já existentes e na melhoria da qualidade de atendimento.

3 PANORAMA DA ATIVIDADE DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA

3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE

A indústria do plástico vem crescendo continuamente nos últimos 60 anos. A

produção mundial cresceu de 1,7 milhões de toneladas, em 1950, para 265 milhões de

toneladas, em 2010. Destaca-se o aumento exponencial entre os anos 1950 e os anos

1970, e é possível observar como a produção de polímeros dobrou dos anos 1970 para

os 1990, e os valores de produção praticamente triplicaram nos anos 2000. Apesar da

crise econômica mundial e da queda no consumo e produção de plásticos em 2008 e

2009, o mercado vem se recuperando e a produção de plásticos em 2010 foi recorde,

com um crescimento em relação a 2009 de 6%.13

Já a borracha é um polímero, o que significa que é um produto composto por

moléculas formadas a partir de uma mesma unidade estrutural repetida um grande

número de vezes que são ligadas quimicamente entre si. Existem três classes de

polímeros: das borrachas, dos plásticos e das fibras sintéticas. O polímero que forma a

borracha natural é o cis-1,4-poliisopreno. Tipos diferentes de borracha são formados

por diferentes polímeros.

Em seu processamento industrial, as borrachas recebem vários aditivos, alguns

inertes, outros de reforço de estrutura, e alguns que conferem cor, odor e resistência,

entre diferentes características. Cada ingrediente desempenha uma função específica com

o correspondente impacto nas propriedades, na processabilidade e no preço do produto

final. Para obter os resultados que deseja, a indústria da borracha segue uma formulação

13

OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

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Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

conhecida como “receita”. O resultado final da mistura terá as características

predeterminadas.

Segundo dados divulgados pelo International Rubber Study Group, o consumo

anual de borracha natural e sintética em todo o mundo alcançou 25,9 milhões de

toneladas em 2011, 6% a mais que em 2010. A demanda mundial de2012 alcançou

27,2 milhões de toneladas. A borracha natural é produzida principalmente em países

em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. A Ásia produz 85% da borracha natural

comercializada no mundo, e seus principais países produtores são: Tailândia,

Indonésia, Malásia, China, Índia e Vietnã.

Depois dos asiáticos, vêm os países africanos como maiores produtores. O

Brasil produz apenas 1% da borracha natural consumida no mundo, com 108 mil

toneladas em 2008, de acordo com o International Rubber Study Group.14

3.1.1 Considerações gerais

Os plásticos são materiais baratos, leves e duradouros e, devido à diversidade

de resinas e da versatilidade de suas propriedades, possuem inúmeras aplicações,

destacando-se os setores de embalagens, construção civil, automobilístico e de

eletroeletrônicos. A indústria de plásticos tem aumentado a cada ano a produção de

resinas e transformados plásticos, seguindo os padrões mundiais de demanda.

Destacam-se, nesse setor, China, União Europeia e Estados Unidos. O Brasil importa

parte das resinas e transformados plásticos consumidos internamente, gerando

anualmente um déficit na balança comercial, mas, ainda assim, é o maior produtor de

plásticos da América Latina.

A demanda crescente por esses produtos resulta no significativo aumento de

geração de resíduos plásticos. As disposições e tratamentos mais adequados são: reuso

redução, reciclagem, incineração e, por último, aterros. Entretanto, sem que haja uma

gestão adequada, a maioria desses resíduos é enviada para aterros ou lixões, ou dispostos

irregularmente no ambiente, prejudicando a vida e a saúde de animais e dos seres

humanos.

14

CRQ IV. Borrachas: química e tecnologia. São Paulo, 2012. Disponível em: <www.crq4.org.br/ quimicaviva_borrachas>. Acesso em: 23 maio 2013.

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44

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Como opção favorável de disposição destaca-se a reciclagem, principalmente a

mecânica, que é a mais incentivada e praticada no mundo. Observam-se índices

crescentes desse processo na União Europeia e nos Estados Unidos. O mesmo ocorre

no Brasil, porém em proporções bem menores. É importante ressaltar que os

diferentes tipos de reciclagem (química, energética ou mecânica) possuem

especificidades próprias, inclusive em termos de custos e, dependendo do tipo de

resina, do grau de mistura de polímeros e da limpeza, essas serão mais bem

processadas por um método ou por outro. Dessa forma, um país não deve incentivar

apenas um método de tratamento com certeza absoluta de sua adequação, mas

também, e de preferência, utilizá-los complementarmente.

Incentivos governamentais e de organizações, e a promulgação de leis e adoção

de medidas regulatórias, além da instituição de projetos que destaquem a importância

da gestão e disposição de resíduos plásticos são essenciais para que práticas

ambientalmente corretas de tratamentos, como a reciclagem de resíduos plásticos,

sejam implementadas.15

Já as borrachas sintéticas são materiais elastoméricos que possuem capacidade

de retornar à forma original quando submetidos a um esforço ou deformação externa,

ou seja, são produtos com grande elasticidade. Foram desenvolvidas nas primeiras

décadas do século XX nos Estados Unidos e na Alemanha, como substitutas da

borracha natural.

As borrachas sintéticas têm como base os copolímeros (polímeros derivados de

mais de uma espécie de monômero) de estireno e butadieno. A primeira borracha

sintética foi a SBR – elastômero de estireno-butadieno – que não tinha todas as

propriedades da borracha natural, mas custava muito menos. Assim como a borracha

natural, a borracha sintética também pode ser submetida à vulcanização. Estados

Unidos, China e Japão são os principais produtores e consumidores de borrachas

sintéticas no mundo, enquanto Rússia, Alemanha, Brasil, França e Coréia do Sul são

importantes consumidores.16

15OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012.

Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. 16

CRQ IV. Borrachas: química e tecnologia. São Paulo, 2012. Disponível em: <www.crq4.org.br/ quimicaviva_borrachas>. Acesso em: 23 maio 2013.

Page 47: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

45

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.1.2 Principais países produtores e consumidores

Quanto à produção dos países, o maior produtor mundial de plástico em 2010

foi a China, com uma produção de aproximadamente 62 milhões de toneladas, seguido

pela União Europeia, que produziu aproximadamente 57 milhões de toneladas. 17

Em relação à borracha, atualmente a Tailândia e a Indonésia são os maiores

produtores de borracha natural do mundo, respondendo por 27% e 29% da produção

total mundial, respectivamente. Além destes dois países, o Vietnã tem merecido

atenção especial, dado o seu crescimento em termos de produção nos anos recentes.

O maior consumo da borracha natural está concentrado em países desenvolvidos ou

em processo de industrialização, como China, Estados Unidos, Japão e Índia.18

3.1.3 Principais países exportadores e importadores

A União Europeia sempre foi uma grande exportadora de plásticos (resinas e

transformados e/ou produtos plásticos). Tais exportações aumentaram em mais de

100% entre os anos 2000 e 2010. No caso das resinas, as maiores quantidades são

vendidas para China (incluindo Hong Kong), Turquia, Rússia e Suíça. Com relação aos

transformados plásticos, os maiores importadores de produtos plásticos europeus,

fora da União Europeia, são Suíça, Rússia e Estados Unidos. 19

Já em relação à borracha, Tailândia, Indonésia e Vietnã são responsáveis por

mais da metade do volume de exportação dessa matéria-prima.

3.1.4 Outros dados relevantes do setor no mercado internacional

Nos Estados Unidos, a indústria de plásticos é a terceira maior indústria deste

país. O aumento anual da produtividade entre 1980 e 2010 foi de 2,3% ao ano,

atingindo uma produção de plásticos em 2010 de aproximadamente 46,7 milhões de

17

OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. 18

ADVFN. Borracha natural: uma commodity de grande destaque socioeconômico e ambiental. Disponível em: </wiki.advfn.com/pt/Borracha_natural:_Uma_commodity_de_grande_destaque_socioeconômico_e_ambiental>. Acesso em: 26 maio 2013. 19

OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

Page 48: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

46

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

toneladas, apresentando um aumento de 4% em relação a 2009, quando a produção

foi de 44,9 milhões de toneladas. Do total fabricado em 2010, 87% são termoplásticos,

ou seja, 40,72 milhões de toneladas. A demanda interna foi de 46,9 milhões de

toneladas, das quais, aproximadamente 41 milhões eram de termoplásticos.

Analisando-se por segmento, o setor com maior demanda é o de embalagens

plásticas, seguido pela construção civil, transportes e eletroeletrônicos, semelhante,

portanto, à estrutura da União Europeia. Em relação à demanda por resina, 16,8

milhões de toneladas foram de polietileno, 7,8 milhões de toneladas de polipropileno

e 6,37 milhões de toneladas de PVC, nesta ordem. Nesse caso também, a demanda

estadunidense mostra-se semelhante à demanda europeia. As exportações de resinas

plásticas em 2010 atingiram 6,7 milhões de toneladas.20

Já a borracha, encontrou na Ásia, além do aspecto agronômico, a não existência

do fungo causador do mal-das-folhas (Microcyclusulei), que é uma das doenças mais

comuns nos seringais, sobretudo na Amazônia. Os investimentos em pesquisa agrícola

também explicam o forte crescimento da produção do látex na Ásia. A grande

disponibilidade de mão de obra naqueles países foi outra característica que permitiu o

avanço do cultivo, uma vez que o processo de sangria exige bastante trabalho manual.

3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE

No setor de plásticos transformados, o ano de 2010 teve produção recorde,

atingindo a marca de 5,9 milhões de toneladas, o que representa um aumento médio

de 4,3% ao ano desde 2000. O consumo aparente (produção + importação –

exportação) dos transformados plásticos também foi o máximo já visto no país,

chegando a cerca de 6,2 milhões de toneladas, pois foram importadas

aproximadamente 616 mil toneladas de transformados plásticos (aproximadamente

10% da demanda interna) e exportadas aproximadamente 311 mil toneladas. Verifica-

se também um aumento no consumo aparente de transformados plásticos de 4,6% ao

ano desde 2000.

20

OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

Page 49: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

47

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

A demanda por resinas é considerada como sendo igual à produção de

transformados plásticos, ou seja, de 5,9 milhões de toneladas, valores recordes

também, com uma importação aproximada de 1,4 milhão de toneladas e uma

exportação de cerca de 1,2 milhão de toneladas de resinas (ABIPLAST, 2010).

Analisando por tipo de resina, a demanda brasileira segue os padrões europeu

e estadunidense, sendo o polietileno o mais consumido (2,3 milhões de toneladas),

seguido pelo polipropileno (1,475 milhões de toneladas) e depois pelo PVC (1,12

milhões de toneladas)21.

Já em relação à borracha no Brasil, o governo insistia na extração na região

amazônica, gastando muito dinheiro para subsidiar esse sistema de produção. Quase

todas as tentativas de cultivo intensivo da seringueira na Amazônia fracassaram devido

à incidência do fungo microcyclus.

O impacto na economia extrativista da Amazônia foi muito forte. As tensões

cresceram entre proprietários de terras e de usinas e os seringueiros, há muito tempo

pressionados pelo regime de trabalho e remuneração injustos.

O Brasil, que no início do século XX detinha o monopólio da produção mundial

de borracha natural, hoje responde por apenas 1%, não conseguindo sequer suprir as

necessidades da indústria consumidora instalada no país.

O país só voltou a ter esperança de ser novamente um grande produtor de

borracha quando descobriu que poderia cultivar a seringueira fora da região

amazônica, escapando do mal-das-folhas e utilizando modernas técnicas agronômicas.

Aos poucos, agricultores e pesquisadores começaram a levar a seringueira para regiões

localizadas mais ao sul do país. Além disso, todas as políticas públicas, que sempre

foram destinadas exclusivamente à borracha da Amazônia, passaram a contemplar,

igualmente, as iniciativas de cultivo em outras regiões. Mas isso só começou a ocorrer

nas décadas de 1970 e 1980.

A seringueira encontrou, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil ótimas

condições de cultivo, particularmente nos Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e

Espírito Santo.

21

OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

Page 50: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

48

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Nessas regiões, há mão de obra especializada e maior volume de capital para

investimento em tecnologia. Além disso, a maior parte das indústrias consumidoras

está ali instalada, reduzindo os custos logísticos com o transporte da matéria-prima. O

clima apresentou-se adequado para a seringueira, que perde suas folhas na estação

seca, cortando o ciclo do fungo causador do mal-das-folhas e, consequentemente,

mantendo as árvores sadias.

Paralelamente, governo, entidades representadas por seringueiros e

organizações não governamentais intensificaram os esforços em busca de alternativas

para a sustentação das populações extrativistas da Amazônia. Hoje, o movimento em

defesa dos seringueiros da região Norte do país é bastante forte.22

3.2.1 Importância da atividade na economia nacional

Embora a indústria de transformados plásticos tenha, em 2012, apresentado

uma redução de 0,9% na sua produção em comparação com o ano anterior, as

expectativas da Associação Brasileira da Indústria do Plástico para 2013 no setor são

positivas.

De acordo com a entidade, a retomada de crescimento da economia no país

deve alavancar a demanda por transformados plásticos. A estimativa é que esse

aumento seja de 7%, superando os R$ 57,65 bilhões registrados pelo setor em 2012.

Outro indicador apontado pela ABIPLAST são os investimentos na indústria.

Espera-se que o setor invista cerca de R$ 2 bilhões na aquisição de novos

equipamentos. Um sinal positivo também para os fabricantes de máquinas nacionais.

Segundo IBGE (PIA 2011), o setor Industrial de Plástico e Borracha foi

responsável por 3,50% de toda Receita Líquida de Vendas nacional no ano de 2008,

3,71% em 2009 e 3,67% em 2010. Chegando a contabilizar mais de R$ 67 bilhões de

Receita Líquida de Vendas de atividades industriais em 2010, representando 3,79% do

total nacional que foi de mais de R$ 1,7trilhão.

22

ADVFN. Borracha natural: uma commodity de grande destaque socioeconômico e ambiental. Disponível em: </wiki.advfn.com/pt/Borracha_natural:_Uma_commodity_de_grande_destaque_socioeconômico_e_ambiental>. Acesso em: 26 maio 2013.

Page 51: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

49

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.2 Principais indicadores setoriais

Os principais indicadores setoriais analisados do setor de plástico e borracha

descrevem a quantidade de empresas e sua evolução no Brasil e por região, o Valor

Bruto de Produção nacional, a Receita Líquida de Vendas nacional e o número de

empregos do setor no Brasil. Na sequência outros indicadores são apresentados e

discutidos, pelos quais são observadas suas participações e importâncias.

No comparativo do total do Valor Bruto de Produção industrial nacional entre

2008 e 2010, nota-se um aumento na importância de 15,72%. A variação entre os anos

de 2008 e 2009 foi de -1,77%, partindo de quase R$ 58,8 milhões para mais de R$ 57,7

milhões. Entretanto, a variação do VBP dos anos de 2009 e 2010 foi inversa à primeira,

acarretando em alta de 17,81%, totalizando mais de R$ 68 milhões no final do período.

Gráfico 1 - Valor Bruto de Produção industrial nacional

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

Na Receita Líquida de Vendas nacional entre 2008 e 2010, constata-se um

incremento na importância de 16,25%.Entre os anos de 2008 e 2009 verificou-se uma

variação de-0,23%, partindo de mais de R$ 59,2 milhões para pouco mais de R$ 59

milhões. Assim como no caso da VBP, a variação do RLV dos anos de 2009 e 2010 foi

inversa ao primeiro período, acarretando em alta de 16,52%, totalizando quase R$ 69

milhões no final do período.

R$58.794.151.000,00 R$57.752.305.000,00 R$68.039.361.000,00

2008 2009 2010

Page 52: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

50

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 2 - Receita Líquida de Vendas nacional

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

No número de empresas no território nacional entre 2009 e 2011, verifica-se

uma diminuição na importância de -0,68%.A variação entre os anos de 2008 e 2009 foi

de -1,09%, partindo de pouco menos de 22,5 mil empresas para pouco mais de 22,1

mil. Nos anos de 2009 e 2010 a variação foi inversa ao primeiro período, acarretando

em alta de 0,41%, totalizando mais de 22,2 mil empresas no final do período.

Gráfico 3 - Número de empresas do setor em território nacional

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

No número de empregos no território nacional entre 2009 e 2011, vislumbrou-

se um aumento na ordem de 7,17%. Entre os anos de 2008 e 2009 verificou-se uma

variação de 7,68%, partindo de mais de 414,5 mil empregos para pouco mais de 446

mil. Entretanto, a variação do nos anos de 2009 e 2010 foi inversa ao primeiro período,

acarretando em queda de 0,47%, totalizando em pouco mais de 444 mil empregos no

final do período.

R$59.231.169.000,00 R$59.096.290.000,00 R$68.861.272.000,00

2008 2009 2010

22.425 22.180 22.271

2009 2010 2011

Page 53: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

51

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 4 - Número de empregos do setor em território nacional

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

3.2.3 Número de empresas por região

A Tabela 5 permite observar a predominância da Região Sudeste com 54,33%,

quanto à quantidade total de empresas do setor de Plástico e Borracha no Brasil e, em

contrapartida, a menor representatividade da Região Norte, com 2,23%.

Tabela 4 - Quantidade de empresas por região natural4

Região Natural Quantidade de Empresas

Norte 498

Nordeste 2.280

Sudeste 12.100

Sul 6.426

Centro-Oeste 967

Total 22.271

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

3.2.4 Mão de obra empregada na atividade

Em relação à mão de obra empregada no setor, uma pesquisa realizada pelo

CENNE no primeiro semestre deste ano revelou que 75% das empresas de

transformação aplicam algum tipo de treinamento em sua equipe. Pelo menos metade

delas respondeu que isso ocorre mais de cinco vezes por ano. Apenas 5%, no entanto,

disseram que também oferecem oportunidades de capacitação para a área

administrativa. A pesquisa foi realizada com 96 empresas do setor de transformação

de plástico e borracha do Estado de São Paulo.

414.540 446.369 444.267

2009 2010 2011

Page 54: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

52

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Os cursos à distância, ou in company, são uma alternativa para as empresas que

querem capacitar sua mão de obra, inclusive para aquelas que estão em áreas mais

distantes. “Os profissionais que ministram os treinamentos são mestres e doutores nas

áreas de gestão empresarial e possuem grande experiência na indústria de

transformação de plástico e borracha e na área de projetos de moldes”, explica

Marcelo Carvalho Reis, Diretor de Pesquisa do CENNE (Centro de Estudos e Inovação,

Unicamp) sobre os cursos oferecidos pelo CENNE.

Ainda de acordo com ele, os cursos devem ser personalizados e desenvolvidos

sobre os diversos assuntos de interesse da empresa. Um levantamento deve ser

realizado com o objetivo de definir quais são as reais necessidades dela e, a partir

disso, devem ser definidos o conteúdo e a carga horária necessária para a capacitação.

Uma opção mais barata e que tem se tornado cada vez mais comum no Brasil

são os cursos on-line. Além de ser uma opção mais viável financeiramente, são

acessíveis em qualquer lugar que tenha um computador com acesso à internet.

“A competitividade ferrenha faz com que a briga por consumidores seja mais e

mais feroz. Por isso, a chance de sucesso de uma empresa fica mais atrelada à sua

capacidade de desenvolver produtos e processos diferenciados da concorrência. Isto

implica em inovação e a busca constante de melhorias internas. Para os dois casos, os

resultados são obtidos com pessoas mais qualificadas”, explica Reis.23

3.2.5 Investimentos realizados e previstos

O BNDES criou em 2010 um programa de apoio à indústria do plástico. Trata-se

do programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Plástico – BNDES

Proplástico, que visa à modernização do parque industrial do setor, com o aumento da

produção de plásticos e seus produtos, aumento da quantidade de equipamentos e de

moldes para o segmento, além da melhoria dos padrões de qualidade e de

produtividade das indústrias instaladas no país. A dotação orçamentária foi de R$ 700

milhões e o prazo de vigência foi até 31 de setembro de 2012, o programa contemplou

23

CENNE. Setor de borracha e plástico puxam produção em Santa Catarina. Disponível em: <www.cenne.com.br/2011/03/setor-de-borracha-e-plástico-puxam-producao>. Acesso em: 23 de maio 2013.

Page 55: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

53

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

ações ligadas à produção, inovação, reciclagem, consolidação e internacionalização de

empresas do setor.

O programa abrangeu todos os portes de empresas do setor. O valor mínimo

das operações apoiadas no âmbito desse programa foi de R$ 3 milhões. O BNDES

Proplástico contou com cinco subprogramas:

Proplástico Produção e Modernização - investimentos para implantação,

expansão e modernização da capacidade produtiva de transformados de

plásticos e de reciclagem, bem como aquisição de equipamentos novos com

objetivo de aumentar a produtividade e a competitividade do segmento,

inclusive para reciclagem de material plástico.

Proplástico de Renovação de Bens de Capital - apoio à troca de

equipamentos antigos por novos, com a inutilização ("sucateamento

destrutivo") dos primeiros, de forma a não possibilitar a sobrevida de

equipamentos ineficientes, com baixa produtividade, reduzida segurança do

trabalhador e alto consumo energético.

Proplástico Fortalecimento das Empresas Nacionais - apoio à incorporação,

aquisição ou fusão de empresas que levem à criação de empresas de

controle nacional de maior porte, maior integração vertical ou

internacionalização, condicionando qualquer redução no número total de

empregos de acordo com as entidades sindicais representativas dos

trabalhadores das empresas envolvidas.

Proplástico Inovação - investimentos em pesquisa, desenvolvimento e

inovação para desenvolvimento de novos usos e aplicações, inclusive ligados

à reciclagem (química ou mecânica) de material plástico, além de "design".

Page 56: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

54

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Proplástico Socioambiental - investimentos envolvendo racionalização do

uso de recursos naturais, mecanismo de desenvolvimento limpo,

investimentos destinados à implantação, expansão e consolidação de

projetos e programas de investimentos sociais realizados por empresas ou

em parceria com instituições públicas ou associações de fins não

econômicos.

A política de desoneração tributária, no início de 2009, tornou-se uma medida

estratégica para o governo, como forma de enfrentar os efeitos da crise mundial. Entre

as várias medidas de redução dos tributos, como PIS, COFINS e Imposto de Renda, mas

a principal foi a do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que levou, em

especial, à queda dos preços dos materiais plásticos e de borracha, contribuindo para

o aumento de faturamento do setor.

Em 2009, mais de 90 itens da construção apresentavam desoneração completa ou

parcial. Em virtude do longo período de maturação dos investimentos no setor de

construção civil, prorrogou-se para meados de 2010 a redução da alíquota de IPI,

principalmente para os seguintes itens: cimento, tinta, verniz, banheiras, box, entre

outros.24

3.2.6 Principais polos produtores e consumidores nacionais

Percebe-se a importância da microrregião de São Paulo, o que fica evidenciado

pela expressiva especialização da sua estrutura industrial. Esse fato decorre da

concentração de produtores na região do Grande ABC paulista. Essa concentração

possui duas naturezas complementares, mas ambas estão associadas à proximidade

dos produtores aos seus mercados-destino. Primeiro, parte desses produtores atende

à demanda intermediária de indústrias localizadas na região. Um exemplo disso é a

indústria automobilística local, que certamente demanda aos produtores locais

produtos de plástico que vão ser utilizados na montagem dos automóveis. O mesmo

24

SIMPEP. BNDES cria programa de R$ 700 milhões para a indústria do plástico. Disponível em: <http://simpep.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/07/Boletim-SIMPEP-211.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013.

Page 57: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

55

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

raciocínio pode ser feito em relação a outras indústrias, como a eletrônica, de

alimentos e de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.

A segunda natureza da concentração dos produtores na microrregião de São

Paulo decorre da presença concentrada na região, de produtores de artefatos de

plásticos, como utensílios domésticos, que se beneficiam da proximidade geográfica

do maior mercado.

A presença de um conjunto concentrado de produtores de cosméticos na

região do Grande ABC e, em especial em Diadema, também representa uma

importante fonte de demanda dos fabricantes de transformados plásticos, usados na

embalagem dos produtos cosméticos.

Maior consumidora do país, a Região Metropolitana de São Paulo mostra que

as empresas são capazes de reduzir custos de logística de transportes e distribuição, o

que lhes confere certamente vantagens competitivas importantes.25

Já no Rio Grande do Sul, os investimentos programados para o Polo de Triunfo

ajudam a descortinar as oportunidades do setor Petroquímico, de Plástico e de

Borracha. Na região, estão previstas a expansão da unidade industrial de butadieno,

que é a matéria-prima da borracha, e a ampliação da unidade de polietileno verde,

além de investimentos em polipropileno verde e na duplicação da produção de

estireno para 500 mil toneladas ao ano. A tarefa de colocar a indústria química

brasileira entre as cinco maiores do mundo tornará o país superavitário em produtos

desse setor, além de líder em química verde.

O aproveitamento das riquezas advindas do Pré-Sal, por meio da agregação de

valor e conteúdo industrial às suas matérias-primas é fator importante para a

conquista dessa posição. Com uma produção adicional de dois milhões de barris de

petróleo diários, conforme os dados da Associação Brasileira da Indústria Química

(ABIQUIM), o aproveitamento das correntes petroquímicas associadas demandará

investimentos de US$ 15 bilhões no setor. Tendo em vista a expansão da classe média

brasileira, o consumo de plásticos e artefatos de borracha no país ainda tem muito a

crescer e a se sofisticar. No caso específico do plástico, o consumo per capita, hoje no

patamar de 27,7 kg ao ano, poderá superar em breve o da Argentina, de 35,5 kg ao

25

ABDI.Caracterização da cadeia petroquímica e da transformação de plásticos. São Paulo, 2009.

Page 58: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

56

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

ano. Mesmo assim, o setor ainda terá muito espaço para crescer até o nível de países

como os Estados Unidos, aonde uma pessoa chega a consumir 170 kg de produtos

plásticos ao ano, segundo a ABIPLAST.26

3.2.7 Importação e exportação

Em relação à importação nacional por período em dólares entre 2010 e 2012,

destaca-se um aumento na importância de 24,64%. No primeiro biênio da análise,

pertinente aos anos de 2010 a 2011, observou-se uma variação de 22,41%, saindo de

um valor superior à US$ 4,8 bilhões para mais de US$ 5,8 bilhões. No biênio seguinte,

sucedeu-se outra alta, porém menor que a primeira, de 1,82%, que levou as

importações atingirem quase US$ 6 bilhões no final do período.

Gráfico 5 - Importação nacional por período em dólares

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

Na importação nacional por período em peso líquido entre 2010 e 2012,

observa-se um crescimento na ordem de 9,60%. Analisando a variação ano a ano,

observa-se que entre 2010 e 2011, a variação foi de 8,7%, saindo de pouco mais de

1bilhão de toneladas e indo para pouco mais de 1,1 bilhão de toneladas.

Posteriormente, uma alta menor, na ordem de 0,83%, elevou ainda mais o peso líquido

das importações.

26

SIMPEP. BNDES cria programa de R$ 700 milhões para a indústria do plástico. Disponível em: <http://simpep.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/07/Boletim-SIMPEP-211.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013.

$4.812.513.807,00 $5.891.154.293,00 $5.998.191.909,00

2010 2011 2012

Page 59: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

57

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 6 - Importação nacional por período em peso líquido (kg)

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

Na exportação nacional por período em dólares entre 2010 e 2012, nota-se um

aumento no valor de 9,70%. No primeiro biênio da análise, pertinente aos anos de

2010 a 2011, observou-se uma alta de 17,6%, saindo de um valor superior a US$ 2,8

bilhões para mais de US$ 3,3 bilhões. No biênio seguinte, observou-se uma queda de

6,71% que retraiu o valor das exportações para pouco mais de US$ 3,1 bilhões no final

de 2012.

Gráfico 7 - Exportação nacional por período em dólares

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

Na exportação nacional por período em peso líquido entre 2010 e 2012, nota-

se uma redução na importância de 12,25%. Analisando a variação anual, observa-se

que entre 2010 e 2011, a variação foi de 0,87%, saindo de mais de 580 mil toneladas e

chegando a pouco mais de 590 mil toneladas. Posteriormente observa-se a variação de

-13,26% que baixou o peso líquido das exportações para menos de 515 mil toneladas.

1.020.440.186 1.109.230.919 1.118.407.265

2010 2011 2012

$2.838.573.764,00 $3.338.098.905,00

$3.114.135.130,00

2010 2011 2012

Page 60: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

58

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 8 - Exportação nacional por período em peso líquido (kg)

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE

3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense

Mesmo não sendo considerada como um polo plástico, as empresas existentes

nos municípios da região Sul e do polo da região Norte do Estado de Santa Catarina são

bastante antigas e originaram-se, por diversificação, de capitais oriundos de outras

atividades. No caso da indústria de produtos plásticos descartáveis (como são

classificados os copinhos e seus congêneres), alguns desses capitais originaram-se da

atividade carbonífera.

A origem deste segmento industrial na região Sul de Santa Catarina data do

início dos anos 1960 e está ligada a empresas como a Incoplast (fundada em 1962 no

município de São Ludgero), dedicada inicialmente à produção de calçados com uso de

PVC. No município de Orleans, em 1967, foi fundada a Plazom, produzindo sacolas e

embalagens. A estas duas precursoras juntam-se depois a Canguru (fundada em 1970,

como parte de um grupo maior – Zanatta, de Criciúma) e a Minasplast (1977, de

Urussanga, dedicada a descartáveis).

Outras empresas de porte considerável surgiram posteriormente, reforçando o

segmento de plásticos da região nas suas feições de produtor-exportador (para outras

regiões do Brasil). É o caso da Copobrás (no início dos anos 1990). Algumas destas

empresas, que se especializaram em algum segmento e grupo de produtos,

consolidaram posições industriais e econômicas bastante sólidas e passaram a

diversificar a sua presença regional. A Copobrás, por exemplo, possui filiais industriais

586.864.146 591.956.068 514.931.067

2010 2011 2012

Page 61: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

59

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

em Minas Gerais e no Paraná. O mesmo ocorre com outras empresas, que foram ao

encontro dos seus mercados consumidores Na Região de Joinville destaca-se a Tigre e

a Amanco.27

3.4 PRINCIPAIS INDICADORES SETORIAIS

Os principais indicadores setoriais analisados do setor de plástico e borracha

descrevem a quantidade de empresas e sua evolução no Brasil e por região, o Valor

Bruto de Produção nacional, a Receita Líquida de Vendas nacional e o número de

empregos do setor no Brasil. Na sequência, outros indicadores são apresentados e

discutidos, pelos quais são observadas suas participações e importâncias.

No comparativo do total do Valor Bruto de Produção industrial catarinense

entre 2008 e 2010, registrou-se um aumento na importância de 18,16%. Nos anos de

2008 e 2009 observou-se uma variação no VBP de -1,44%, levando o valor a sair de

mais de R$ 4,4 bilhões e reduzir-se a pouco mais de R$ 4,3 bilhões. No período

seguinte nota-se uma alta de 19,89%, impulsionando o VBP para mais de R$ 5,2

bilhões no final de 2010.

Gráfico 9 - Valor Bruto deProdução industrial catarinense

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

Em relação ao total da Receita Líquida de Vendas catarinense entre 2008 e

2010,destaca-se um aumento no valor de 24,44%. Nos anos de 2008 e 2009 observou-

se uma variação no RLV de 2,1%, saindo de mais de R$ 4,3bilhões e indo para mais de

27

ABDI. Caracterização da cadeia petroquímica e da transformação de plásticos. São Paulo, 2009.

R$4.439.034.000,00 R$4.374.945.000,00 R$5.245.330.000,00

2008 2009 2010

Page 62: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

60

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

R$ 4,4bilhões. No período seguinte ocorre outra alta, agora de 21,89%, impulsionando

o RLV para mais de R$ 5,4bilhões no final de 2010.

Gráfico 10 - Receita Líquida de Vendas catarinense

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

No número de empresas do setor em território catarinense entre 2009 e 2011,

visualiza-se um incremento na importância de 3,01%. Observou-se nos biênios 2009 e

2010 uma queda de 1,51% no número de empresas. No biênio seguinte essa tendência

é invertida, resultando em alta de 4,59%.

Gráfico 11 - Número de empresas no setor em território catarinense

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

No número de empregos do setor em território catarinense entre 2009 e 2011,

constata-se um aumento no montante de 6,80%. No biênio 2009 e 2010 o número de

empregos passou de mais de 36 mil para mais de 39 mil, uma alta de 8,75%. No biênio

seguinte, essa tendência também é invertida, resultando em pouco mais de 38,5 mil

empregos no final de 2011, uma queda de 1,79%.

R$4.346.576.000,00 R$4.437.659.000,00

R$5.409.065.000,00

2008 2009 2010

1.658 1.633 1.708

2009 2010 2011

Page 63: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

61

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 12 - Número de empregos no setor em território catarinense

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

3.4.1 Participação catarinense no mercado nacional

Verifica-se uma concentração de fabricantes de máquinas e equipamentos para

indústria de plásticos nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e

dentro desses há uma concentração nas microrregiões de São Paulo (SP), Joinville e

Criciúma (SC) e Caxias do Sul (RS). Ressalta-se que, não por coincidência, estas são

também as regiões que se destacam na produção de moldes e matrizes para a

indústria de transformação de produtos plásticos.

Os fabricantes de máquinas e equipamentos introduzem no setor novas

possibilidades de processamento, melhorando variáveis importantes no processo de

concepção de um produto plástico, como velocidade do ciclo, redução do desperdício,

qualidade, economia de matéria-prima e energia. A proximidade geográfica facilita a

cooperação entre os agentes da indústria, permitindo a troca de informações e a

prestação de serviços tecnológicos importantes para o desenvolvimento de novas

máquinas e o aprimoramento das já existentes.28

Santa Catarina destaca-se na produção de tubos e conexões de PVC,

embalagens, descartáveis plásticos (copos, pratos etc.), utilidades domésticas, cordas e

fios de PET reciclado e produtos de EPS (isopor). É líder nacional na produção de

embalagens plásticas flexíveis para o agronegócio, segunda na América Latina e

terceira no mundo na produção de embalagens valvuladas manuais.29

28

ABDI. Caracterização da cadeia petroquímica e da transformação de plásticos. São Paulo, 2009. 29

FIESC. Santa Catarina em dados: 2012. Florianópolis, 2012.

36.289 39.465 38.760

2009 2010 2011

Page 64: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

62

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.2 Perfil empresarial do setor

A Tubos e Conexões Tigre é uma das principais empresas fabricantes de tubos,

conexões e acessórios em PVC do país. De acordo com informações do relatório anual

de 2010, a Tigre estava presente em 40 países, contava com 6.763 funcionários e

faturava R$ 2,6 bilhões (2010) e possuía unidades fabris em Camaçari (BA), Castro (PR),

Escada (PE), Indaiatuba (SP), Joinville (SC), Pouso Alegre (MG), Rio Claro (SP), além de

unidades externas na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos,

Paraguai, Peru e Uruguai.

De acordo com informação exposta no site da Tigre, a companhia prevê investir

R$ 250 milhões em inovação, aumento de capacidade produtiva (inclusive com

inauguração de novas unidades fabris no Brasil e no exterior) e ações de marketing e

relacionamento. A previsão para o ano de 2011 foi de 10% de crescimento em relação

a 2010, com a contratação de 300 novos profissionais.

O cenário para os próximos anos vislumbra boas oportunidades para a empresa

de fabricação de tubos e conexões em PVC, visto que a realização de eventos como

Copa do Mundo e Olimpíadas aumentam a demanda por seus produtos.

A Mexichem Brasil Indústria de Transformação Plástica LTDA., localizada no

município de Joinville, onde contava com 1.317 trabalhadores, no ano de 2011 teve

um volume de produção de 30.152 toneladas e atingiu um faturamento de R$ 346

milhões. Seus principais produtos são: tubos em PVC, conexões e acessórios. Destaca-

se por ocupar a segunda posição no ranking nacional, dentro de seu setor de atuação.

A empresa possui unidades produtoras em 19 países, entre eles: México, Japão,

Canadá, Estados Unidos, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Chile, Argentina e

Inglaterra. A Mexichem Brasil, detentora das marcas Amanco, Plastubos e Bidim,

pertence ao Grupo Mexichem, que é uma empresa mexicana.30

30

SIMPEP. BNDES cria programa de R$ 700 milhões para a indústria do plástico. Disponível em: <http://simpep.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/07/Boletim-SIMPEP-211.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013.

Page 65: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

63

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.3 Mão de obra empregada na atividade

Segundo dados do IBGE (2012), do total de empregados no setor plástico, 83%

estão diretamente alocados na área de produção, 14% atuam nas áreas

administrativas e de marketing e os outros 3% dizem respeito aos proprietários e

sócios. Quanto ao nível de escolaridade da mão de obra empregada no setor plástico,

verifica-se que 48,9% dos empregados não têm o ensino médio completo, 43,7%

possuem o ensino médio, 3,1% estão cursando o ensino superior e 4,3% tem o nível

superior completo.

A indústria do plástico manteve-se, em 2011, como o terceiro maior setor

empregador industrial catarinense. Em 2011 foram criados cerca de 10 mil empregos

na indústria de transformação de material plástico. São 357 mil empregados no ano de

2011, contra 347 mil em 2010, representando um crescimento de 3%, e respondendo

por 4% do total de empregos da indústria da transformação. Das 11.465 empresas do

setor (contempladas em todos os CNAE do setor), 94% são consideradas pequenas

empresas, 5% são empresas de porte médio e apenas 1% são empresas de grande

porte.

3.4.4 Principais polos produtores e consumidores catarinenses

Dos dois polos do setor evidenciados em Santa Catarina, o maior polo produtor

e consumidor é o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte que,

segundo comparativo do VAF, grupo de atividade econômica e coordenadorias

regionais do Sebrae/SC arrecadou um valor de mais de R$ 101 milhões na fabricação

de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material plástico, o

valor foi de mais de R$ 1,3 bilhões.

Esta diferença nos valores do VAF ocorre pelo fato de que a indústria do

plástico da região norte supre diversos outros setores industriais, dentre estes

destacamos a fabricação de eletrodomésticos (Wirlpool), a indústria

eletrometalmecânica (WEG), ou indústria moveleira (Rudinick) e a indústria da

construção civil (Tigre e Amanco).

Page 66: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

64

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.5 Importação e exportação

Na importação catarinense por período em dólares entre 2010 e 2012, observa-

se um crescimento na ordem de 46,17%. Nos anos de 2010 e 2011 observou-se uma

variação de 33,75%, saindo de mais de US$ 603milhões para mais de US$ 807 milhões.

No período seguinte vê-se outra alta, agora de 9,29%, atingindo mais de US$

880milhões no final de 2012.

Gráfico 13 - Importação catarinense por período em dólares

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

Em relação à importação catarinense por período em peso líquido entre 2010 e

2012, destaca-se um aumento na importância de 25,05%. Nos anos de 2010 e 2011

observou-se uma variação do peso líquido das importações de 14,74%, passando de

180 milhões de toneladas para mais de 210 milhões de toneladas. No período seguinte

vê-se outra alta, agora de 8,98%, atingindo mais de 230 milhões de toneladas no final

de 2012.

Gráfico 14 - Importação catarinense por período em peso líquido (kg)

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

$603.852.583,00

$807.645.448,00 $882.671.493,00

2010 2011 2012

184.767.755 212.010.912

231.059.327

2010 2011 2012

Page 67: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

65

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Na exportação catarinense por período em dólares entre 2010 e 2012, nota-se

um incremento no valor de 5,26%. Nos anos de 2010 e 2011 observou-se uma variação

de 3,69%, saindo de mais de US$ 70 milhões para quase US$ 73 milhões. No período

seguinte vê-se outra alta, agora de 1,52%, atingindo quase US$ 74 milhões no final de

2012.

Gráfico 15 - Exportação catarinense por período em dólares

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

Na exportação catarinense por período em peso líquido entre 2010 e 2012,

observa-se uma retração de 5,46%. Nos anos de 2010 e 2011 observou-se que a

variação do peso líquido das exportações foi de -5%, passando de pouco mais de 14

milhões de toneladas para menos de 13,5 milhões de toneladas. No período seguinte

vê-se outra queda, agora de 0,48%, reduzindo ainda mais as exportações no final de

2012.

Gráfico 16 - Exportação catarinense por período em peso líquido

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

$70.123.434,00 $72.711.102,00 $73.815.424,00

2010 2011 2012

14.020.923 13.319.650 13.255.538

2010 2011 2012

Page 68: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

66

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

4 POLOS SETORIAIS DO ESTUDO

4.1 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA DE SANTA CATARINA

Neste estudo foram incluídas duas coordenadorias do Sebrae para compor os

polos industriais abordados: Região Norte e Região Oeste Catarinense. Na Figura 1 há a

indicação dessas regiões no mapa do Estado de Santa Catarina.

Figura 1 - Coordenadorias do SEBRAE deste estudo

Fonte: Elaborado pela empresa Ágape.

4.1.1 Coordenadoria regional Norte

É uma região rica em florestas nativas e provenientes de reflorestamento, onde se

concentra o polo florestal catarinense, o mais expressivo da América Latina, abrangendo

indústrias madeireiras, moveleiras, de papel e papelão. Os principais municípios são:

Joinville, Jaraguá do Sul Rio Negrinho, São Bento do Sul, Canoinhas, Corupá, Mafra, Três

Barras e Porto União. Com forte tradição germânica, essa região do Estado concilia uma

economia dinâmica com o respeito à natureza exuberante. Indústrias do ramo

eletrometalmecânico dividem espaço com as densas florestas da Serra do Mar e as águas

da Baía de Babitonga. A região tem alto poder aquisitivo e excelente qualidade de vida,

Oeste

Norte

Page 69: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

67

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

o que pode ser observado nos dados apresentados na Tabela 6referentes aos seus 26

municípios, somando uma população de 1.222.906 habitantes e um PIB per capita de

R$ 25.058, muito superior à média nacional31. A seguir, a tabela 6 apresenta os

principais dados geoeconômicos relativos a coordenadoria regional Norte Sebrae/SC.

Tabela 5 - Dados geoeconômicos da região Norte5

Total de Municípios 26

População 1.048.454

PIB (bilhões de R$) 38,0

PIB per capita (R$) 36.244

Densidade Demográfica (hab./km²) 82,0

Fontes: Total de Municípios: Unidade de Gestão Estratégica (UGE) População: IBGE Senso populacional 2010 PIB (bilhões de R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010 PIB per capita (R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010

4.1.2 Coordenadoria regional Oeste

Os campos do Oeste de Santa Catarina são responsáveis por boa parte da

produção brasileira de grãos, aves e suínos. Frigoríficos de grande e médio porte estão

associados aos produtores rurais em um modelo bem-sucedido de integração: as

empresas fornecem insumos e tecnologia e compram a produção de animais. A região

também começa a explorar o potencial turístico de suas fontes hidrotermais. Dos 54

municípios se destacam: Chapecó, Xanxerê e Concórdia. A região possui população de

601.521 habitantes e PIB per capita de R$ 21.391.32 A seguir, a tabela 7 apresenta os

principais dados geoeconômicos relativos a coordenadoria regional Oeste Sebrae/SC.

31

Governo do Estado de Santa Catarina, 2012. 32

Governo do Estado de Santa Catarina, 2012.

Page 70: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

68

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 6 - Dados geoeconômicos da região Oeste6

Total de Municípios 54

População 519.657

PIB (bilhões de R$) 12,9

PIB per capita (R$) 24.878

Densidade Demográfica (hab./km²) 53,0

Fontes: Total de Municípios: Unidade de Gestão Estratégica (UGE) População: IBGE Senso populacional 2010 PIB (bilhões de R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010 PIB per capita (R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010

4.2 APRESENTAÇÃODO SETOR DE PLÁSTICO E BORRACHA

Em Santa Catarina, no ano de 2011, existiam 1.708 empresas do setor de plástico

e borracha, 4,59% a mais do que havia em 2010. A atuação destas empresas engloba

atividades como a fabricação de produtos de borracha e fabricação de produtos de

material plástico. No mesmo período de 2011, estas empresas respondiam por 38.760

dos empregos diretos. No ano de 2010, as empresas do setor de plástico e borracha de

Santa Catarina responderam por mais de R$ 5 bilhões do Valor Bruto de Produção do

Estado.

4.2.1 Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

A mesorregião Norte tem na atividade de plástico uma de suas principais

economias, juntamente com as atividades de Tecnologia, Móveis e

Eletrometalmecânica. Segundo os dados do MTE sobre o setor, neste polo estavam

28,63% das empresas do ramo de plásticos e borracha em Santa Catarina no ano de

2011, assim como 41,45% dos empregos.

O município de Joinville é, indubitavelmente, o maior representante deste polo e

do Estado, respondendo por 48,67% das empresas e 78,48% dos empregos do polo,

em 2011. Em termos dessa representação em Santa Catarina, Joinville respondeu por

13,94% das empresas e 30,46% dos empregos.

Page 71: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

69

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

4.2.2 Polo Setorial da Cadeia do Setor de Plástico e Borracha do Oeste

Localizado na mesorregião Oeste, cujas atividades econômicas de móveis e

alimentos são destaque, este polo abrigava 5,85% das empresas e 3,24% dos empregos

do ramo de plásticos e borracha de Santa Catarina no ano de 2011, segundo os dados

do MTE sobre o setor. O município de Chapecó é o seu maior representante,

respondendo por 43% das empresas e 73,13% dos empregos do polo, em 2011.

4.3 NÚMERO DE EMPRESAS POR POLO

Ressalta-se a importância da posição de Santa Catarina em relação ao número

de empresas do setor de Plástico e Borracha no ranking nacional, pois o Estado

apresenta um número de empresas do setor superior à média dos Estados brasileiros,

estando, inclusive, à frente de Estados importantes em nível nacional.

Em 2011, o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

contemplava 489empresas com crescimento de 2,53%entre os anos de 2009 e 2010.

Entre os anos de 2010 e 2011 o aumento foi de 9,64%

O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste apresentava

100 empresas em 2011, revelando uma retração de 2,61% entre os anos de 2009 e

2010. Já entre 2010 e 2011, apresentou redução de 10,71%.

Tabela 7 - Número de empresas e variação por polo7

Polo Setorial Número de

empresas em 2011

Variação do número de empresas

entre 2009 e 2010 (%)

Variação do número de empresas

entre 2010 e 2011

(%)

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

489 2,53 9,64

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

100 -2,61 -10,71

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

Page 72: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

70

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 17 - Quantidade de empresas do mercado de plástico e borracha em SC

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

4.4 EMPREGOS GERADOS POR POLO

Em 2011, o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

contemplava 16.068 empregos, com crescimento de 8,67%entre os anos de 2009 e

2010. Entre os anos de 2010 e 2011 o aumento foi de 1,70%.

O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste registrava

1.254 empregos em 2011, com um incremento de 4,74% entre os anos de 2009 e

2010. Já entre 2010 e 2011, apresentou uma diminuição na ordem de 5,50%.

Tabela 8 - Número de empregos e variação por polo8

Polo Setorial Número de empregos em 2011

Variação do número de empregos entre

2009 e 2010 (%)

Variação do número de empregos

entre 2010 e 2011

(%)

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

16.068 8,67 1,70

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

1.254 4,74 -5,50

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

83%

17% Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

Page 73: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

71

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 18 - Quantidade de empregos do mercado de plástico e borracha em SC

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

4.5 MÉDIA SALARIAL POR POLO

Em 2012, o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

contemplava um salário médio do profissional de R$ 1.182,49, com redução de 1,34%

entre os anos de 2010 e 2011. Entre os anos de 2011 e 2012, o crescimento foi de

22,89%.

No Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste observava-se,

em 2012, um salário médio do profissional de R$ 973,63 com crescimento de 18,27%

entre os anos de 2010 e 2011. Entre os anos de 2011 e 2012, o incremento foi de

13,64%.

93%

7%

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

Page 74: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

72

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 9 - Média salarial e variação por polo9

Polo Setorial

Salário Médio do Profissional do setor

de Plástico e Borracha em Dezembro de

2012

(R$)

Crescimento entre Dezembro de 2010 e Dezembro de 2011

(%)

Crescimento entre Dezembro de 2011 e Dezembro de 2012

(%)

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

1.182,49 -1,34 22,89

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

973,63 18,27 13,64

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (CAGED, Novembro 2012). Nota1: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222. Nota2: Resultado obtido por meio da divisão entre o total de salários pagos no mês de referência pelo número de pessoas empregadas no mesmo mês. Meses de referência: Dezembro 2010, Dezembro 2011 e Dezembro 2012.

Gráfico 19 - Rendimento médio mensal por atividade econômica (R$)

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (CAGED, Novembro 2012). Nota1: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222. Nota2: Resultado obtido por meio da divisão entre o total de salários pagos no mês de referência pelo número de pessoas empregadas no mesmo mês. Meses de referência: Dezembro 2010, Dezembro 2011, Dezembro 2012.

4.6 COMPARATIVO DO VAF, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE

Valor Adicionado Fiscal (VAF) é um indicador econômico-contábil utilizado pelo

Estado para calcular o índice de participação de uma região no repasse de receita do

Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de

1.182,49

973,63

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

Page 75: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

73

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Serviços de Transporte (interestadual, intermunicipal ou internacional) e de Comunicação

(ICMS) para um determinado ano civil. São consideradas todas as operações com

mercadorias e produtos que constituem fato gerador do ICMS, desde que caracterizadas

como mercadorias ou insumos utilizados na produção ou comercialização; as prestações

de serviços de transportes e comunicação; e as imunes do imposto, tais como operações

com mercadorias ao exterior, operações de prestações de serviços de transporte e de

comunicação para o exterior, as remessas, para outra unidade da Federação, de petróleo,

inclusive lubrificantes e combustíveis dele derivados, e de energia elétrica, quando

destinados à comercialização ou à industrialização, e a circulação de livros, jornais,

periódicos e papel destinado à sua impressão.33

No ano de 2011, o Estado de Santa Catarina arrecadou um VAF de mais R$ 116

bilhões, sendo que para o setor plástico e borracha no mesmo ano o VAF foi de quase R$ 3

bilhões. Estas atividades representaram o equivalente a 2,47% da participação do VAF

catarinense.

Em2011, o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte,

segundo comparativo do VAF, grupo de atividade econômica e coordenadorias

regionais do Sebrae/SC, arrecadou um valor de mais de R$ 101 milhões na fabricação

de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material plástico o

valor foi superior a R$ 1,3 bilhão.

O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste, segundo

comparativo do VAF, grupo de atividade econômica e coordenadorias regionais do

Sebrae/SC, recolheu em 2011 um valor de mais de R$ 532 mil na fabricação de produtos

de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material plástico o valor foi demais

de R$ 63 milhões.

33

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais. Disponível em: <http://www.fazenda.mg.gov.br/governo/assuntos_municipais/vaf/nocoes.htm>. Acesso em: 15 ago. 2013.

Page 76: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

74

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 10 - Valor adicionado fiscal segundo polo e atividade econômica10

Polo Setorial Fabricação de Produtos de

Borracha (R$)

Fabricação de Produtos de Material Plástico

(R$)

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

101.379.861,33 1.342.594.959,64

Polo Setorial da Cadeia

do Setor Plástico e Borracha do Oeste

532.387,92

63.205.003,58

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do SEF de SC (Valor Adicionado Fiscal de 2011 por Município e Grupo CNAE). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

4.7 COMPARATIVO DE EXPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE

Em 2012, o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte,

segundo comparativo de exportação por polo, grupo de atividade econômica e

coordenadorias regionais do Sebrae/SC, exportou um valor perto de US$ 8 milhões na

fabricação de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material

plástico, o valor foi de mais de US$ 32 milhões.

O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste, segundo

comparativo de exportação por polo, grupo de atividade econômica e coordenadorias

regionais do Sebrae/SC, exportou em 2012 um valor de quase US$ 10 mil na fabricação

de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material plástico, o

valor foi de mais de US$98 mil.

Page 77: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

75

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 11 - Comparativo de exportação por polo e atividade econômica11

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

4.8 COMPARATIVO DE IMPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE

Em 2012 o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte,

segundo comparativo de importação por polo, grupo de atividade econômica e

coordenadorias regionais do Sebrae/SC, importou um valor de mais de US$ 15 milhões

na fabricação de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de

material plástico, o valor foi de mais de US$ 43 milhões.

O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste, segundo

comparativo de importação por polo, grupo de atividade econômica e coordenadorias

regionais do Sebrae/SC, importou em 2012 um valor de mais de US$ 53 milhões na

fabricação de produtos de borracha. Em relação à fabricação de produtos de material

plástico, o valor foi de quase US$ 3 milhões.

Polo Setorial Fabricação de Produtos de

Borracha (USD)

Fabricação de Produtos de Material Plástico

(USD)

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

7.979.609,00 32.631.510,00

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

9.865,00 98.934,00

Page 78: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

76

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 12 - Comparativo de importação por polo e atividade econômica12

Polo Setorial Fabricação de Produtos de

Borracha (USD)

Fabricação de Produtos de Material Plástico

(USD)

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

15.031.562,00 43.733.359,00

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

53.147.159,00 2.923.142,00

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

5 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE

5.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL, NACIONAL E ESTADUAL

O U

Uma das principais críticas reservadas às indústrias de bioplástico é o emprego

de matérias-primas agrícolas que poderiam ser destinadas à alimentação humana,

além dos seus elevados custos. No entanto, os grandes avanços da biotecnologia e o

crescente número de políticas governamentais que estimulam pesquisas no setor

prometem revolucionar o mercado com lançamentos importantes em termos de

produtos ecoeficientes.

No cenário mundial, a produção de materiais plásticos biodegradáveis não é

uma novidade, já que há alguns anos grandes nomes do setor químico investem em

pesquisas, buscando alternativas para substituir os plásticos sintéticos compostos por

derivados do petróleo. Diversos países, principalmente aqueles situados no Velho

Continente, possuem legislações específicas sobre plásticos biodegradáveis e

compostáveis, e também se esforçam para que a criação de entidades certificadoras

possa favorecer esse âmbito industrial.

A Europa ainda lidera o ranking de investimentos em pesquisas e

desenvolvimento no setor, com mais de 1.600 produtos comerciais certificados, mas

felizmente outros países também se revelaram altamente competitivos. Juntos, o

Page 79: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

77

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Japão e a Austrália registram 1.200 itens certificados; Estados Unidos e Canadá, cerca

de 600; números que representam uma forte demonstração da expansão do mercado.

O conceito de sustentabilidade e o estímulo ao gerenciamento inteligente de

resíduos se tornaram alguns dos principais pilares da indústria europeia. Por tal

motivo, o descarte final de produtos industriais deixou de ser considerado um

problema, transformando-se em uma boa oportunidade de negócios. Isso porque com

a adoção de medidas como coleta seletiva e reciclagem, as indústrias dependerão cada

vez menos de novos recursos não renováveis. Como se não bastasse, por outro lado,

ainda terão à disposição uma interessante fonte de renda, sem que isso comporte

grandes investimentos em outros equipamentos de transformação. Um exemplo é o

reaproveitamento de resíduos, um projeto coordenado por um consórcio chamado

Foodand Drink iNet e integrado por estudiosos britânicos vinculados às universidades

de Leicester, Nottingham, Lincoln e por investidores públicos e privados. A ideia é

transformar em plástico um dos resíduos orgânicos mais populares da indústria

alimentar, ou seja, simples cascas de ovos.

A inovadora proposta de reciclagem concentra-se no estudo das propriedades

dos glicosaminoglicanos (GAGs), que são cadeias polissacarídicas, longas, não

ramificadas, compostas por unidades dissacarídicas repetidas. Em outras palavras,

proteínas ligadas a açúcares, naturalmente presentes nas cascas de ovos e muito

empregadas no campo da biomedicina.

Por serem hidrofílicos, os glicosaminoglicanos aderem-se facilmente às

moléculas de água, hidratando-se e, em consequência, “inchando”. Graças a essa

propriedade, os GAGs desempenham funções importantes, como a proteção da maior

parte dos tecidos humanos. São capazes de conservar uma considerável reserva de

água, de manter constante a pressão de turgescência extracelular, além de permitir

que as cartilagens funcionem como uma espécie de amortecedor.

Esses e outros benefícios conferiram aos glicosaminoglicanos o status de

substanciais aliados da indústria farmacêutica e cosmética, em aplicações delicadas

como regeneração de tecidos, tratamento de patologias como a osteoartrite e

também em produtos de beleza combinados ao ácido hialurônico. Apesar de tantas

vantagens, os glicosaminoglicanos ainda representam um mercado incipiente. Não é

Page 80: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

78

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

raro que os processos de fermentação para a produção de GAG sejam considerados

pouco interessantes para a indústria em razão de sua baixa produtividade e do lento

crescimento dos micro-organismos. Isso é devido, sobretudo, à escassez de fontes

nutrientes e à presença de elementos que inibem o crescimento das biomassas como o

ácido acético, o ácido láctico e a amoníaca.

Tudo indica que o suposto problema, porém, começa a ser superado. O centro

de pesquisas napolitano Bioteknet, na Itália, por exemplo, é capaz de desenvolver

processos de fermentação em biorreatores equipados com inovadores sistemas de

microfiltragem, capazes de remover in situ produtos tóxicos e manter constante o nível

de crescimento de micro-organismos e células. O sucesso desse processo permitiu que

a Bioteknet transferisse essa tecnologia para empresas locais, que hoje produzem

toneladas de polissacarídeos de uso farmacêutico como sulfato de condroitina (CHS),

um dos principais componentes estruturais da cartilagem e ácido hialurônico (HA).34

Em relação à borracha, o ano de 2013 prometia ser mais um ano difícil para a

indústria no Brasil. Não há previsão de grandes investimentos no setor, com exceção

da possível chegada de novos sistemas para atender as novas montadoras desta nova

leva que chega para produzir aqui no Brasil nos próximos anos (principalmente as

asiáticas), e de investimentos no setor dedicado ao petróleo. Incluindo o setor

pneumático, o crescimento real não deve passar de 3%.

A grande mudança tecnológica mundial no setor da borracha em 2013 (e o

Brasil segue de perto essa tendência) foi o crescimento do uso de “pneus verdes”,

baseados em polímeros mais modernos e sílicas de alto desempenho. Com taxas de

crescimento de mais de 10% ao ano, essa tecnologia deve decolar ainda mais com uma

grande mudança mercadológica, que é o início do uso de etiquetas em pneus, para

mostrar ao consumidor com uma só informação como o tripé consumo-segurança-

ruído pode impactar diretamente no seu dia a dia e no meio ambiente. A “rotulagem” já

está em vigor na Europa e nos próximos três anos estará em vários outros países,

incluindo o Brasil.

34

PLÁSTICO. Perspectivas 2013: indústria antevê ano difícil e aposta no avanço no verde. Disponível em: <http://www.plástico.com.br/plástico/borracha/perspectivas-2013-abtb-indústria-anteve-ano-dificil-e-aposta-no-avanco-do-verde>. Acesso em: 19 maio 2013.

Page 81: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

79

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Apesar dos avanços neste setor, as pneumáticas, o setor correlato de reforma

de pneus no qual o Brasil ocupa um importante segundo lugar no mundo e o setor de

borrachas automotivas vem sofrendo os efeitos da recente política protecionista

federal, que tem tornado o produto acabado nacional pouco competitivo, a ponto de

um pneu reformado no Brasil ter custo próximo a um pneu novo de origem asiática.

Em muitos casos, hoje, os custos para importar produtos acabados são menos

da metade dos custos de insumos vitais para produzi-los com a mesma qualidade no

Brasil. Evidentemente, o setor de borracha quer trabalhar junto com a petroquímica

nacional para que ele cresça e mantenha-se atual e competitivo, mas a atual estratégia

aduaneira pode acabar enfraquecendo e desindustrializando outros setores que geram

mais empregos e renda no Brasil.

Menos sensível a esses problemas de competitividade internacional, o

segmento de mangotes, mangueiras e outros artefatos para petróleo e gás promete

ser o de maior crescimento relativo nos próximos anos no Brasil. Várias empresas

estrangeiras estão construindo ou já construíram recentemente fábricas no Brasil para

atuar localmente nesse setor, e este setor deve ultrapassar 10% do total de artefatos

do Brasil em breve.

Na área de borracha natural, apesar dos investimentos contínuos no oeste

paulista, a produção brasileira continua sendo apenas cerca de um terço do consumo

local, e o Brasil representa cerca de 1% da produção mundial. Muito pouco para o país

que foi responsável no século XIX pelo primeiro grande ciclo do uso da seringueira,

conhecida no setor pelo nome científico Hevea brasiliensis.

Olhando um pouco mais à frente o cenário global do setor de borracha, as

previsões são de crescimento contínuo no consumo de borracha natural e sintética.

Em 2012, o consumo esteve na ordem de 26 milhões de toneladas (sendo cerca de 11

milhões de toneladas de borracha natural e 15 milhões de toneladas de sintética) e

para o ano de 2020, a previsão é de 36 milhões de toneladas (16,5 de natural e 19,5 de

sintética). A grande maioria das novas plantas de borracha sintética estará na Ásia,

embora já apareçam novos países produtores no Oriente Médio. Já a produção de

borracha natural continuará crescendo no Sudeste Asiático, principalmente no já

importante Vietnã e nos novos produtores Camboja, Laos e Myanmar.

Page 82: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

80

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Quanto à divisão geográfica do consumo mundial, a China continuará

representando mais de 30%; a Europa tem cerca de 15%; e os EUA, cerca de 13%.35

5.2 OPORTUNIDADE DE MERCADO

Existem oportunidades de mercado, pois os plásticos são materiais baratos,

leves e duradouros e, devido à diversidade de resinas e da versatilidade de suas

propriedades, possuem inúmeras aplicações, destacando-se os setores de embalagens,

construção civil, automobilístico e de eletroeletrônicos.

A indústria de plásticos tem aumentado a cada ano as produções de resinas e

transformados plásticos, seguindo os padrões mundiais de demanda. Destacam-se,

nesse setor: China, União Europeia e Estados Unidos. O Brasil importa parte das

resinas e transformados plásticos consumidos internamente, gerando anualmente um

déficit na balança comercial, mas, ainda assim, é o maior produtor de plásticos da

América Latina.

Como opção favorável de disposição, destaca-se a reciclagem, principalmente a

mecânica, que é a mais incentivada e praticada no mundo. Observam-se índices

crescentes desse processo na União Europeia e nos Estados Unidos. O mesmo ocorre

no Brasil, porém em proporções bem menores. É importante ressaltar que os

diferentes tipos de reciclagem (química, energética ou mecânica) possuem

especificidades próprias, inclusive em termos de custos e, dependendo do tipo de

resina, do grau de mistura de polímeros e da limpeza, essas serão mais bem

processadas por um método ou por outro. Dessa forma, um país não deve incentivar

apenas um método de tratamento com certeza absoluta de sua adequação, mas sim, e

de preferência, utilizá-los complementarmente.

Incentivos governamentais e de organizações, como a promulgação de leis e

adoção de medidas regulatórias, além da instituição de projetos que destaquem a

importância da gestão e disposição de resíduos plásticos são essenciais para que

35

PLÁSTICO. Perspectivas 2013: indústria antevê ano difícil e aposta no avanço no verde. Disponível em: <http://www.plástico.com.br/plástico/borracha/perspectivas-2013-abtb-indústria-anteve-ano-dificil-e-aposta-no-avanco-do-verde>. Acesso em: 19 maio 2013.

Page 83: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

81

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

práticas ambientalmente corretas de tratamentos, como a reciclagem de resíduos

plásticos sejam implementadas.

5.3 AMEAÇAS DE MERCADO

Duas tendências recentes são especialmente importantes: de um lado, o

avanço do tema da sustentabilidade e das suas questões associadas, incluindo a

reciclagem, fenômeno relevante em termos ambientais, com uma importante

dimensão social na realidade brasileira e de outro lado as perspectivas com relação às

matérias-primas.

A criação de alternativas tecnológicas e econômicas para a produção de

matérias-primas renováveis a lastrearem a química verde dos materiais (e da energia)

deverão produzir importantes transformações no quadro que hoje conhecemos.

Destaque para governança e o modelo de gestão dos recursos.

Um problema sério da atualidade é a disponibilidade de matérias-primas

básicas em volumes e condições econômicas adequadas para o desenvolvimento dessa

indústria em condições competitivas globais e, com ela, de todos os segmentos

industriais subsequentes.

O mesmo problema de indisponibilidade (em condições competitivas

internacionalmente) afeta vários outros segmentos industriais dependentes de

matérias-primas de origem petroquímica. Ao problema do plástico soma-se o

problema da energia despendida em sua produção.

O problema das matérias-primas não é exclusivamente brasileiro. Empresas dos

Estados Unidos e da Europa padecem desse mesmo grave problema (embora em

proporções diferentes e com intensidades incomparáveis). Quanto mais uma empresa

petroquímica depende de matérias-primas, e quanto mais ela produz commodities

básicas (quer dizer, mais indiferenciadas, mais próximas da base de recursos), maiores

são os impactos das políticas de atração de investimentos e de valorização dos

recursos dos países com disponibilidade delas, como: Arábia Saudita, Kuwait, Omã e

Qatar.

Page 84: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

82

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Por isso mesmo, as respostas das empresas petroquímicas mais tradicionais

(dos EUA e da Europa) à política de oferta de matérias-primas para atração de

investimentos praticada pelos países do Oriente Médio incluíram as duas extremidades

do espectro, a busca por fontes confiáveis e a bom preço; e a fuga em direção aos

produtos diferenciados, nos quais o custo da matéria-prima influencia menos a

competitividade.36

5.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR

A indústria brasileira de transformados plásticos, em 2010, exportou 391 mil

toneladas gerando receita total US$ 1.475 milhões. Em comparação ao resultado do

ano anterior, as exportações brasileiras de transformados plásticos apresentaram

crescimento de 39,5% no volume e 24,2% nas receitas. No último decênio encerrado

em 2010, as exportações de transformados plásticos cresceram aproximadamente

230%, numa média de 12,6% ao ano, apenas os anos de 2002 e 2009 não

acompanharam a trajetória de crescimento, pois apresentaram retração de 10,7% e

14,7% na variação anual, respectivamente. O crescimento das exportações de

transformados plásticos foi motivado pela demanda global aquecida e políticas de

estímulo ao setor, como é o caso do Programa Export Plastic.

O programa Export Plastic foi criado em 2003, resultado da parceria entre o

Instituto Nacional do Plástico (INP) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e

Investimento (Apex Brasil), com o intuito de que os produtos brasileiros se tornassem

mais competitivos no mercado internacional. Ele representa a união de todos os elos

da cadeia petroquímica brasileira, com o objetivo de fortalecer o setor da

transformação do plástico.

Outro objetivo do Programa é ser reconhecido como o Programa de Promoção

Comercial que posicionará a indústria de transformação plástica brasileira como um

grande player exportador mundial de artigos de plástico.37

36

ABDI. Caracterização da cadeia petroquímica e da transformação de plásticos. São Paulo, 2009. 37

SIMPEP. BNDES cria programa de R$ 700 milhões para a indústria do plástico. Disponível em: <http://simpep.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/07/Boletim-SIMPEP-211.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013.

Page 85: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

83

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

REFERÊNCIAS

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Page 86: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

84

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

______. Secretaria da Receita Federal. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/ pessoajuridica/ cnaefiscal/txtcnae.htm>. Acesso em: 4 mar. 2013. CARDOSO, A. C. Estrutura e concorrência do Setor de Plásticos do Norte do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 2004. CARVALHO JR. L. C.; CAIRO, S. A.; SEABRA, F. Polos Industriais do Sul do Brasil: experiências de competitividades e empreendedorismo. Florianópolis: FAPEU, 2007. 202 p. CENNE. Setor de borracha e plástico puxam produção em Santa Catarina. Disponível em:<www.cenne.com.br/2011/03/setor-de-borracha-e-plástico-puxam-producao>. Acesso em: 23 maio 2013. CRQ IV. Borrachas: química e tecnologia. São Paulo, 2012Disponível em:<www.crq4.org.br/quimicaviva_borrachas>. Acesso em: 23 maio 2013. FIESC. Santa Catarina em dados:2012.Florianópolis, 2012. OLIVEIRA, M. C. B. R. Gestão de resíduos plásticos pós-consumo: perspectivas para a reciclagem no Brasil. 2012. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético)- Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. PLÁSTICO. Perspectivas 2013:indústria antevê ano difícil e aposta no avanço no verde. Disponível em:<http://www.plástico.com.br/plástico/borracha/perspectivas-2013-abtb-indústria-anteve-ano-dificil-e-aposta-no-avanco-do-verde>. Acesso em: 19 maio 2013. SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Secretaria de Estado da Fazenda. Valor Adicionado Fiscal, Índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS. Florianópolis, 2011. SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno de Indicadores: 2012. Florianópolis, 2012. SEBRAE. Santa Catarina em números: 2010. Florianópolis, 2010.

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Page 87: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

85

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

ANEXOS

ANEXO A - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL NORTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR CIDADE

Municípios-Região Norte 2011

Araquari 49

Balneário Barra do Sul 3

Barra Velha 5

Campo Alegre 4

Canoinhas 5

Corupá 5

Garuva 3

Guaramirim 16

Itaiópolis 1

Itapoá 1

Jaraguá do Sul 67

Joinville 238

Mafra 6

Major Vieira 1

Massaranduba 11

Papanduva 9

Porto União 5

Rio Negrinho 17

São Bento do Sul 35

São Francisco do Sul 0

Schroeder 5

Três Barras 3

Total 489

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

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86

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

ANEXO B - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL OESTE E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR CIDADE

Municípios-Região Oeste 2011

Abelardo Luz 3

Bom Jesus 1

Chapecó 43

Concórdia 11

Cordilheira Alta 2

Entre Rios 1

Faxinal dos Guedes 4

Herval D’Oeste 0

Ipumirim 0

Itá 1

Lajeado Grande 1

Lindóia do Sul 1

Modelo 0

Pinhalzinho 6

Ponte Serrada 1

São Domingos 3

São Lourenço do Oeste 4

Seara 1

Serra Alta 1

Vargeão 1

Xanxerê 11

Xaxim 4

Total 100

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelos Grupos CNAE: 221 e 222.

Page 89: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

87

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

ANEXO C - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA@SC

Polo Região

Produtos Alimentícios e Bebidas

Polo Setorial da Indústria de Alimentos do Extremo Oeste

EXTREMO OESTE

Polo Setorial da Indústria de Alimentos e Bebidas do Meio Oeste

MEIO OESTE

Polo Agroindustrial do Oeste Catarinense OESTE

Polo Setorial da Indústria de Alimentos do Vale do Itajaí

VALE DO ITAJAÍ

Calçados e Artefatos de Couro

Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas FOZ DO ITAJAÍ

Polo Setorial de Calçados da Região Sul SUL

Confecção de vestuário e acessórios

Polo Setorial de Confecções da Região Extremo Oeste

EXTREMO OESTE

Polo Setorial da Indústria da Moda Íntima e Praia de Ilhota

FOZ DO ITAJAÍ

Polo Setorial de Confecções Brusque e Região FOZ DO ITAJAÍ

Polo Setorial de Confecções do Vale do Rio Tijucas FOZ DO ITAJAÍ

Polo Setorial de Confecções da Grande Florianópolis

GRANDE FPOLIS

Polo Setorial de Confecções da Região Meio Oeste

MEIO OESTE

Polo Setorial da Cadeia da Indústria Têxtil e de Confecções da Região Norte

NORTE

Polo Setorial de Confecções da Região Oeste OESTE

Polo Setorial de Confecção e Ateliês da Região Sul SUL

Polo Setorial do Setor de Confecções do Vale do Itajaí

VALE DO ITAJAÍ

Polo Setorial do Setor de Confecções de Rio do Sul e Região

VALE DO ITAJAÍ

Construção Civil

Polo Setorial de Construção Civil da Foz do Itajaí FOZ DO ITAJAÍ

Polo Setorial de Construção Civil do Sul SUL

Polo Setorial de Construção Civil da Região de Blumenau

VALE DO ITAJAÍ

Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria

Polo Setorial de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria do Estado de Santa Catarina

SC

Eletrometalmecânico

Polo Setorial Eletrometalmecânico do Extremo Oeste Catarinense

EXTREMO OESTE

Polo Setorial Metalmecânico da Foz do Itajaí FOZ DO ITAJAÍ

Polo Setorial Metalmecânico do Meio Oeste MEIO OESTE

Polo Setorial da Cadeia do Metalmecânico da Região do Norte Catarinense

NORTE

Polo Setorial Metalmecânico e Aço Inox do Oeste OESTE

Polo Setorial Metalmecânico da Região de Lages SERRA

Polo Setorial de Eletrometalmecânico do Sul SUL

Page 90: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

88

Panorama do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Polo Setorial Eletrometalmecânico do Vale do Itajaí

VALE DO ITAJAÍ

Polo Setorial Eletrometalmecânico de Rio do Sul e Região

VALE DO ITAJAÍ

Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica

Polo Setorial de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

SC

Produtos de Madeira

Polo Setorial das Indústrias Madeireiras da Região Meio Oeste

MEIO OESTE

Polo Setorial Madeireiro do Oeste Catarinense OESTE

Polo Setorial das Indústrias de Madeira da Serra Catarinense

SERRA

Móveis

Polo Setorial de Móveis e Aberturas do Extremo Oeste Catarinense

EXTREMO OESTE

Polo Setorial das Indústrias de Móveis da Região Meio Oeste

MEIO OESTE

Polo Setorial de Móveis do Norte NORTE

Polo Setorial de Móveis do Oeste OESTE

Polo Setorial das Indústrias de Móveis da Serra Catarinense

SERRA

Polo Setorial de Móveis e Madeira da Região Sul de SC

SUL

Náutico

Polo Setorial Náutico do Litoral Catarinense SC

Produtos de Borracha e de Plástico

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte

NORTE

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

OESTE

Tecnologia da Informação e Comunicação

Polo Setorial de Tecnologia da Informação da Grande Florianópolis

GRANDE FPOLIS

Polo Setorial da Cadeia da Indústria de Software e TI da Região Norte

NORTE

Polo Setorial de Software e TI da Região Oeste OESTE

Polo Setorial de Tecnologia e Informação do Vale do Itajaí

VALE DO ITAJAÍ

Page 91: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão dos Especialistas do Setor de Produtos de Borracha e de Plástico em Santa Catarina

89

CAPÍTULO II - VISÃO DOS ESPECIALISTAS

Page 92: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

90

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Page 93: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

91

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 93 1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 93 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS __________________________________________ 93 2.1 TIPO DE PESQUISA ___________________________________________________ 93 2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA _____________________________ 94 2.3 COLETA DOS DADOS __________________________________________________ 95 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA _____________________________________________ 96 3 ANÁLISE DOS DADOS _________________________________________________ 96 3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICO EM

SANTA CATARINA ____________________________________________________ 97 3.1.1 Perspectivas de crescimento ___________________________________________ 97 3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR EM SANTA

CATARINA __________________________________________________________ 99 3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor _____________________________ 99 3.2.2 Situação da concorrência do setor ______________________________________ 102 3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICO

DE SANTA CATARINA ________________________________________________ 104 3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor de Produtos de Borracha e Plástico ____ 104 3.3.2 Expectativas de mercadosconsumidores para o setor de Produtos de Borracha e

de Plástico _________________________________________________________ 106 3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de Produtos de Borracha e de Plástico __ 108 3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE PRODUTOS DE

BORRACHA E DE PLÁSTICO DE SANTA CATARINA __________________________ 110 3.4.1 Infraestrutura logísticado setor de Produtos de Borracha e de Madeira ________ 110 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 113 ANEXOS ________________________________________________________________ 118 ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO _______________ 118

Page 94: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

92

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Page 95: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

93

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 APRESENTAÇÃO

Este relatório de pesquisa aplicada corresponde à análise de entrevistas em

profundidade com lideranças e especialistas do setor de Produtos de Borracha e de

Plástico de Santa Catarina e têm, como objetivo maior, prover informações sobre a

percepção destas lideranças quanto à dinâmica atual do mercado em pauta e procurou

levantar conhecimentos sobre o mercado, os principais problemas ou ameaças

enfrentados pelas empresas, as oportunidades evidentes de mercados e as questões

logísticas do setor neste estado.

O estudo de caráter exploratório foi realizado com 10 especialistas do setor de

Produtos de Borracha e de Plástico atuantes do estado de Santa Catarina, os quais

representam empresas com destaque reconhecido no mercado regional ou com

representantes de entidades de classe, tais como sindicatos e associações.

Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto

Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais observados em

uma análise conjuntural de conglomerados para fins de embasamento analítico de

mercados, o que subsidia informações para o Programa NovaEconomia@SC.

2 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para o alcance dos objetivos pretendidos pela pesquisa, dada a natureza do

problema a ser trabalhado, o delineamento metodológico a ser seguido consta dos

aspectos descritos a seguir.

2.1 TIPO DE PESQUISA

A pesquisa é caracterizada por método qualitativo de caráter exploratório, em

que se busca conhecer um cenário econômico por meio da percepção dos sujeitos de

pesquisa. O método usado para a coleta de dados foi de entrevista individual em

profundidade, técnica qualitativa que explora um assunto a partir da busca de

Page 96: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

94

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

informações, percepções e experiências de informantes para analisá-las e apresentá-

las de forma estruturada. Realizada por um entrevistador junto a um entrevistado, a

pesquisa representa uma abordagem flexível, que permite ao informante definir os

termos da resposta e ao entrevistador ajustar livremente as perguntas no momento da

entrevista. Procura intensidade nas respostas e não a quantificação ou representação

estatística.

A entrevista em profundidade é uma técnica, um recurso metodológico que

busca nas teorias e pressupostos definidos pelo investigador, recolher respostas a

partir da experiência de uma fonte, selecionada por deter informações que se deseja

conhecer. Desta forma, os dados não são apenas colhidos, mas resultado de

interpretação e reconstrução pelo pesquisador, permitindo explorar um assunto ou

aprofundá-lo, descrever processos e fluxos, compreender o passado, analisar, discutir

e fazer prospectivas38.

Estas características são necessárias para o cumprimento do objetivo deste

trabalho e expressas por meio de aplicação de entrevista com roteiro semiestruturado,

que permite flexibilizar a narrativa da coleta de dados, sem perder consistência das

informações.

2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA

Para o cumprimento dos objetivos propostos, em conformidade com as

necessidades expressas pelo Sebrae/SC, foram entrevistados 10 formadores de opinião

para compor a amostra de especialistas do mercado de Produtos de Borracha e de

Plástico de Santa Catarina. Estes especialistas são empresários com experiência no

setor de tecnologia, bem como representantes de entidades de classe que defendem a

categoria.

No caso de entrevistas em profundidade, a literatura assume que a amostra

não tem seu significado mais usual, o de representatividade estatística em

determinado universo e está ligada à capacidade que as fontes têm de fornecer

informações confiáveis. Aqui, especificamente, as fontes selecionadas foram de

38

DUARTE, J; BARROS, A. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. Ed. ATLAS, São Paulo, 2009.

Page 97: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

95

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

sujeitos com poder suficiente para representar as entidades de classe pelas quais estão

vinculados. A lista dos especialistas entrevistados é descrita a seguir na Tabela 1:

Tabela 1 - Lista de especialistas entrevistados na pesquisa

Participante Cargo ocupado Entidade/empresa representada

Alceu Lorenzon Presidente Sindicato das Indústrias do Material Plástico e Borracha do Oeste

Antonio Carlos Danielli

Diretor Presidente TECNOPERFIL

Luis Carlos Novakoski

Diretor Geral Borrachas ARTBOR

Flávio Pasquali Sócio-Administrador

Plásticos Pasquali

Hilário Wolfgramm Sócio-Gestor HOMEPLAST PERFIS EM PVC

Anselmo Freitas Presidente SINDESC – Sindicato das Indústrias dos Descartáveis Plásticos de SC

Roberto Marcondes de Mattos

Diretor Industrial e Presidente

INPLAC – INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S.A.

Isaldo Pimentel Diretor de Planejamento

Mantac - Tecnologia em Mangueiras, Tubos e

Acessórios

Rubens Giese Presidente SIAPB – Sindicato das Indústrias de Artefatos Plásticos e Brinquedos de Blumenau

Vernon Luis de Campos

Diretor Executivo SIMPESC – Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado de Santa Catarina

Fonte: Dados da pesquisa

2.3 COLETA DOS DADOS

A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista pessoal in loco, com

entrevistadores experientes e treinados em técnicas de coleta de dados qualitativas.

As entrevistas ocorreram nas sedes das entidades ou empresas representadas, via

entrevista pessoal ou por meio digital de teleconferência. As entrevistas foram

realizadas entre os meses de janeiro e agosto de 2013 com o consentimento dos

entrevistados registrado no momento das entrevistas, que foram realizadas no tempo

médio de uma hora. Todas as entrevistas foram gravadas para posterior edição.

Page 98: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

96

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos

especialistas participantes, mas podem ser aplicáveis às entidades que representam,

formando opinião do mercado de entidades de classe. Os comentários e opiniões

descritos no corpo deste trabalho estão limitados geograficamente à região de Santa

Catarina, exceto para as afirmações sobre o contexto nacional e internacional.

3 ANÁLISE DOS DADOS

Neste capítulo são apresentados os resultados da pesquisa com base no

conjunto de respostas encontradas nas entrevistas em profundidade, bem como

descritas em quatro dimensões em torno das quais esta investigação foi organizada:

percepção do cenário geral do setor em Santa Catarina e Brasil, as dificuldades e

desafios do setor, as oportunidades de mercados e a conjuntura da infraestrutura

logística do setor no estado ou região.

Nota-se que a análise omite os nomes dos entrevistados e apresenta o

resultado do conjunto de apontamentos convergentes (refletem o pensamento da

maioria dos entrevistados) juntamente com os divergentes (observações singulares,

únicas ou distintas daquelas convergentes). Este formato de análise foi escolhido para

preservar as opiniões individuais dos especialistas, destacando o conjunto de respostas

em sua interpretação objetiva.

Apesar da forma individual de contato das entrevistas realizadas entre

pesquisador e entrevistado, é parafraseado o pensamento do grupo de entrevistados

nas análises a seguir, quando pertinente ao contexto. Esta forma de apresentação

inclui o termo “grupo” para representar o pensamento generalizado pelo conjunto de

entrevistas individuais formadas para esta pesquisa.

Antes do início de cada entrevista, uma breve discussão sobre o papel de cada

associação de classe ou entidade representada pelo especialista foi debatida, no

sentido de posicionar e orientar as perguntas e respostas do roteiro semiestruturado

que segue. Como forma de introdução central da pesquisa, após a explicação do seu

Page 99: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

97

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

objetivo principal, o texto a seguir foi narrado ao entrevistado, dando prosseguimento

nas perguntas-chave.

O objetivo deste roteiro de pesquisa é obter o máximo de insights do especialista entrevistado, sobre o mercado em pauta. A pergunta central é: Quais as deficiências, dificuldades, tendências e oportunidades dos setores industriais (deste Estudo)? A seguir o conjunto de perguntas acessórias deverá ser respondido conforme o seu conhecimento e experiência sobre o mercado específico pelo qual foi contatado. (Texto introdutório do roteiro semiestruturado de entrevistas, 2013).

3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICOEM SANTA CATARINA

Esta parte inicial da análise observa as opiniões dos especialistas entrevistados

quanto à tendência de crescimento ou declínio das atividades econômicas de Produtos

de Borracha e de Plástico no estado de Santa Catarina.

3.1.1 Perspectivas de crescimento

PERGUNTA 1: Em linhas gerais, você percebe que o mercado do setor de

Produtos de Borracha e de Plásticos está em crescimento ou em declínio? Comente os

indicadores ou motivos.

Quando questionados sobre a conjuntura mercadológica do setor de Produtos

de Borracha e de Plásticos em Santa Catarina, é observável a existência de divergências

na percepção dos especialistas. A maior parte do grupo, seis dentre os dez

entrevistados, acredita no crescimento do setor, ao passo que o restante dos

respondentes destaca o evidente declínio do setor de Produtos de Borracha e de

Plásticos no mercado catarinense. Dentro do primeiro grupo, um dos especialistas

observa a necessidade de dividir o setor, para então analisar em profundidade o

mercado de Borracha e de Plásticos no estado, como ilustrado a seguir:

[...] É necessário dividir o setor em plástico de produtos voltados para dentro da indústria ou produtos técnicos - perfis voltados para gôndolas,

Page 100: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

98

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

ou perfis técnicos para saídas de supermercados e para a indústria automobilística, perfis de extrusão e perfis para injeção - e produtos especialmente para as áreas da construção civil e automotiva. A indústria automotiva e, sobretudo, a construção civil, são destaques de crescimento no país, convergindo com as previsões do empresariado atrelado ao apoio do governo em termos de redução de impostos para o setor automotivo e programas sociais como o “Minha Casa Minha Vida” para o mercado da construção civil. [...]

Neste prospecto, é verificável a associação do crescimento do setor de

Produtos de Borracha e de Plásticos com demais setores da economia nacional, como

cita um dos respondentes, atrelando a ampliação do setor à expansão imobiliária no

país, bem como ao incremento da produção agrícola e industrial no âmbito nacional.

Dentre aqueles que evidenciam a pujança do setor no contexto estadual, um dos

especialistas cita a expansão deste, associada ao movimento da substituição, sendo que o

plástico pode ser o substituto de outros materiais tradicionais, como por exemplo, a

madeira, metais, vidros e materiais ferrosos. Para ele, a leveza do material, associada à

facilidade de trabalho, de produção e o custo inferior tornam o plástico material cada vez

mais difundido e utilizado, especialmente por outros setores da economia (construção

civil, moveleiro, automobilístico, dentre outros), sendo um grande mercado para o setor

por conta da facilidade da fabricação e da produção, bem como devido à rapidez no

desenvolvimento de novos moldes e modelos. Um dos especialistas, por sua vez, percebe

a expansão do setor associada ao aumento da população brasileira, não especificamente

por mudanças no perfil do consumidor. Isto significa mais pessoas consumindo diversos

produtos que fazem uso do plástico, como por exemplo, o setor de alimentos, no

segmento de embalagens.

Por outro lado, quatro dentre os especialistas evidenciam o declínio do setor de

Produtos de Borracha e de Plásticos no estado. Embora seu nicho de atuação tenha vários

produtos destinados à construção civil, um dos respondentes percebe o mercado como

decrescente desde o ano passado, visto a estagnação da demanda do setor da construção

civil por produtos do segmento plástico. Três dos entrevistados creditam ao baixo

crescimento da economia brasileira o momento decrescente vivenciado no setor, como

ilustra o excerto a seguir:

Page 101: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

99

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

[...] No ano passado, visto a pouca expansão do Produto Interno Bruto Nacional, toda a economia teve uma queda e o setor plástico decresceu meio ponto percentual. Essa queda foi influenciada principalmente pelo fraco desempenho da economia nacional, visto que o mercado de embalagens é diretamente influenciado por indicadores econômicos. [...]

Atrelado à situação econômica do país, a atuação do poder público - tanto

estadual quanto federal - de incentivar a facilitação ao crédito leva um dos

especialistas a questionar esta forma de expandir o setor, visto o alto grau de

endividamento da população. Para o entrevistado, a expansão do crédito facilitado

afugenta o empreendedor, inferindo a insegurança para investir no setor devido a dois

fatores: a incerteza do futuro do mercado do setor devido ao elevado endividamento

da população e a elevação do custo do dinheiro para o empresariado.

3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR EM SANTA CATARINA

Esta parte é referente às necessidades de investimento e descrição dos

problemas e desempenho da concorrência que o setor de Produtos de Borracha e de

Plástico Catarinense enfrenta para atender suas demandas.

3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor

PERGUNTA 2: Quais seriam as principais dificuldades e ameaças que o setor

de Produtos de Borracha e de Plástico enfrenta em Santa Catarina? E no Brasil?

Para os entrevistados, as dificuldades e ameaças que as empresas enfrentam

para crescer são grandes e diversificadas, provenientes de diferentes origens. Algumas

destas dificuldades são de cunho regional e outras atingem todo o segmento de

Produtos de Borracha e de Plásticos em Santa Catarina. Dentre as diferenças regionais,

o Oeste do estado é penalizado geograficamente, segundo a análise de um dos

especialistas, como ilustra o excerto a seguir:

Page 102: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

100

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

[...] Pelo visto nos debates e reuniões, o crescimento na região Oeste do estado é sempre inferior às regiões litorâneas do estado. Um dos fatores para este quadro é a distância entre o Oeste e o restante do estado, associado a uma infraestrutura defasada na região. A matéria-prima é proveniente de outras regiões, bem como o destino da produção e somadas à falta de qualificação do profissional local, o custo para o produtor do Oeste Catarinense é superior ao custo do empresariado do restante do estado, imprimindo a este, perda de competitividade em âmbito estadual. [...]

Por outro lado, referente às dificuldades enfrentadas pelo empresariado

catarinense como um todo, o maior percalço segundo oito dentre os dez especialistas é o

monopólio na aquisição de matéria-prima, destacado como ameaça ao desenvolvimento

do setor no estado.

[...] A aquisição de resinas plásticas caracteriza-se atualmente por um monopólio no estado, visto a dependência praticamente exclusiva de um único fornecedor. Deste modo, a elevação do preço deste fator produtivo dificulta a expansão do setor. A ameaça é caracterizada seguindo a premissa da continuidade neste perfil do fornecimento, e o aumento do custo desta matéria-prima é uma ameaça ao setor. O micro e pequeno empresário não têm como importar matéria-prima e desta forma, é perceptível a sensação de vulnerabilidade frente a esta dificuldade. Entendemos a posição da empresa nacional em busca da afirmação no mercado, entretanto existem questionamentos sobre os motivos do fornecedor nacional ter um preço maior do que o importado. [...]

O conjunto de legislações brasileiras é destacado como ameaça para o setor de

Produtos de Borracha e de Plásticos. Quatro dentre os dez especialistas citam o

descompasso da legislação trabalhista com as necessidades do empresariado como

entrave para o setor. Já acerca da legislação tributária, oito dos entrevistados

qualificam esta como obstáculo para o empresariado, devido à elevada carga tributária

brasileira, e um dos especialistas cita o sistema de Substituição Tributária implantado

no país como entrave à expansão do setor no país, como ilustra o trecho a seguir:

Page 103: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

101

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

[...] Com a implantação da Substituição Tributária no país, é necessário antecipar os impostos. Este fator é um percalço ao empresariado do setor, visto o peso desta antecipação para o fluxo de caixa do empreendedor e, concomitantemente, acarreta o aumento do custo para clientes que estão no sistema integrado de pagamento de impostos e contribuições das microempresas e empresas de pequeno porte, o SIMPLES. [...]

Outro problema citado por quatro dentre os respondentes é a escassez de mão de

obra qualificada para o setor. Neste prospecto, um dos entrevistados cita como

característica do brasileiro não mostrar engajamento e comprometimento com o

trabalho, destacando o Seguro Desemprego como benesse oferecida pelo governo, ao

invés de ser um auxílio ao trabalhador que perdeu o emprego. Assim, este especialista cita

que o benefício governamental tem servido àqueles que não têm comprometimento com

o trabalho e utilizam-se deste benefício de forma errônea, afetando negativamente o

setor produtivo. Dois especialistas, por sua vez, citam a variação da taxa de câmbio como

ameaça para o produtor brasileiro.

Acerca de dificuldades e ameaças dentro do setor de Produtos de Borracha e

de Plásticos, um dos entrevistados traça um panorama geral do cenário incidente

sobre o produtor catarinense, como ilustra o seguinte trecho:

[...] É possível afirmar as semelhanças das dificuldades tanto no estado quanto no país incidentes ao setor. A primeira dificuldade perceptível para o setor é a falta de infraestrutura adequada. Além desta, outros limitantes ao desenvolvimento do segmento são a alta carga tributária brasileira e a flutuação cambial, esta última propulsora de importações. O custo tanto da matéria-prima quanto da mão de obra no nosso país é muito alto. O governo protege o setor das importações de matéria-prima, e desta forma dificulta a disputa com o monopólio no fornecimento destas. Para mim, a maior dificuldade ao setor está no conjunto destes fatores, que são muitos, entretanto, estes são homogêneos ao país como um todo, sem maiores diferenciações entre os estados brasileiros. Acerca do alto custo da mão de obra, é possível citar a defasagem da legislação trabalhista brasileira, sendo o maior problema desta os altos encargos relativos à contratação do profissional. [...]

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102

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.2 Situação da concorrência do setor

PERGUNTA 3: Comente sobre a situação atual da concorrência deste setor

(Produtos de Borracha e de Plástico) na região de Santa Catarina, Brasil e mundo.

A concorrência está presente no setor de Produtos de Borracha e de Plástico,

de acordo com a percepção da totalidade dos entrevistados. Dentro deste cenário, um

dos especialistas relata o motivo da extensiva concorrência dentro do setor, como

ilustra o trecho a seguir:

[...] A concorrência é típica do nosso setor, porque para montar uma indústria de plástico não é necessário um investimento elevado, sendo observável a facilidade para o início das atividades no setor. Este fator faz com que o setor de Produtos de Borracha e de Plástico seja um dos setores com maior proliferação em número de empresas. [...]

Quatro dos especialistas citam a concorrência como fator absolutamente

necessário para o crescimento e para a evolução do setor. A existência da concorrência

infere a busca por melhorias na cadeia produtiva, tanto em qualidade, atendimento

quanto em agilidade. O consumidor brasileiro elevou seu poder aquisitivo na última

década e concomitantemente à elevação do porte financeiro deste, elevou-se a

exigência pela qualidade dos produtos buscados.

[...] Acho que a concorrência é salutar, estão todos trabalhando com bastante lealdade. O nosso setor é um setor onde a sonegação é muito baixa, porque atendemos a indústria e as indústrias precisam das notas, dos créditos dos impostos, então a concorrência em si não é desleal. O maior patrimônio de uma empresa não é a máquina, é o ser humano. O estímulo, o incentivo, o conhecimento, não ter medo de ensinar são importantes para o desenvolvimento do setor. As empresas que não fazem a lição de casa e não se preocupam muito com estes fatores correm o risco de serem sobrepujadas. Faz parte do processo de competitividade, na concorrência leal e sadia. [...]

A contraponto, três dos respondentes citam a existência da deslealdade na

concorrência dentro do setor, advinda da informalidade. Para um destes especialistas,

Page 105: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

103

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

a deslealdade ainda é característica forte no setor, e como consequência prejudica a

expansão do produto daqueles que seguem as normas vigentes.

Acerca da procedência da concorrência incidente ao setor, seis dentre os

especialistas relatam o mercado externo como origem deste fator. A concorrência

internacional consegue entrar com preços mais competitivos no mercado brasileiro,

principalmente o produto chinês. O antigo dogma acerca da falta de qualidade deste

produto foi superado e é verificável que a qualidade acompanha estes produtos

atualmente. A carga tributária brasileira influencia na elevação do preço do produto

local e infere perda de competitividade frente a estes produtos, mesmo dentro do

mercado interno. Tratando-se da busca de matéria-prima estrangeira para fazer frente

ao monopólio do fornecimento local, um dos especialistas cita que até pouco tempo

atrás alguns empresários conseguiam importar devido ao incentivo estadual em

relação à importação da matéria-prima, bem como em função da cotação favorável do

dólar para isso. Todavia, atualmente é observável a dificuldade nesta realidade,

porque para se obter vantagens nas compras de fornecedores externos deve haver

volume de compra, além de capital e crédito. Neste prospecto, a importação não é

interessante aos olhos do pequeno e do médio empresário, como destaca o

respondente. Por outro lado, dois dos especialistas citam a origem da concorrência no

mercado interno brasileiro, com destaque a concorrência no próprio estado, com

grande parte dos players localizados em Joinville. Além da concorrência local, dois

outros núcleos são citados como procedência da concorrência do produto catarinense:

o núcleo do setor na região de Caxias do Sul - RS e outro núcleo em São Paulo.

Um dos entrevistados caracteriza a indústria do setor no estado como

encurralada entre dois tipos de concorrência: a forte competição com o produto

chinês e a falta de concorrência no fornecimento de matéria-prima para o produtor.

A visão de um especialista busca traçar um panorama da concorrência no setor,

como ilustra o excerto a seguir:

[...] A concorrência nacional é definida pela competitividade conquistada pelo empreendedor, seja tanto na gestão, quanto na inovação dos processos ou dos produtos. As empresas catarinenses têm conseguido status de referência em termos nacionais. Em termos mundiais, a competitividade de matéria-prima há alguns anos provinha do

Page 106: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

104

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

continente asiático, entretanto nos últimos anos esse nicho tem se voltado para o mercado norte-americano, que tem recuperado a vanguarda na produção e no custo de matérias-primas. Em relação ao produto final, a competitividade chinesa tem se mostrado realmente forte e os seus produtos vem adentrando facilmente no mercado brasileiro, sendo um grande concorrente do produto brasileiro. [...]

3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICO DE SANTA CATARINA

Esta parte da análise abrange as oportunidades de mercado, mercados

emergentes e de consumidores que o setor de Produtos de Borracha e Plástico

Catarinense tem demandado.

3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor de Produtos de Borracha e Plástico

PERGUNTA 4: E quais seriam as maiores ou mais interessantes oportunidades

de mercado que você percebe para este setor? Percebe diferenças regionais? País?

Mundo? Comente.

Tratando-se de oportunidades para as empresas de Produtos de Borracha e de

Plástico em Santa Catarina, é verificável a vasta gama de opções levantadas pelos

especialistas. Dentre o grupo dos respondentes, dois citam a ausência de um

segmento específico com mais oportunidades do que os outros, todavia destacam

como norte ao empresariado local a busca pela competitividade, fator que perpassa a

modernização e inovação, através de investimentos em novas tecnologias e novos

equipamentos. Para estes formadores de opinião, existem condicionantes externos a

este investimento, tais como políticas de governo, infraestrutura, bem como

financiamentos com juros competitivos e em longo prazo. Neste prospecto, a

industrialização caracteriza-se como meio de otimizar a produtividade com o menor

uso de recursos possível, postulando-se como grandes oportunidades ao

empreendedor catarinense. O trecho a seguir demonstra este intento:

Page 107: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

105

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

[...] Quando se trata de uma tecnologia totalmente nova e única, você pode cobrar o preço desejado desde que haja interesse em alguém adquirir o seu produto. Estou falando de inovações, aprimoramento daquilo que já existe. Trazer novidades, design e funcionalidade são oportunidades para o setor. A inovação traz muitas oportunidades para o plástico. [...]

Dentre os especialistas entrevistados, quatro citam a complementaridade do

setor com outros setores da economia como oportunidade de expansão para o

empresariado de Produtos de Borracha e de Plástico. Neste quadro, um dos

respondentes cita a atuação do empreendedor local voltado à construção civil, à

indústria metalmecânica, bem como ao setor Náutico. Exemplo da ação em outros

setores é a busca pela oferta de produtos alternativos para as construtoras no

programa “Minha Casa, Minha Vida”, como destaca um dos respondentes.

Outra oportunidade destacada por quatro dos entrevistados é o

direcionamento para a atuação referente a uma questão de pertinência ímpar no

contexto atual: a sustentabilidade. Esta questão perpassa pela eliminação de

desperdícios, bem como pela otimização dos processos, evitando dispêndios na cadeia

produtiva. Existe uma evolução dos processos e dos produtos, e esta evolução ocorre

em função de demandar menos do planeta. A mecanização do setor corrobora com

este intento e um dos entrevistados destaca como oportuna a adequação do mercado

ao plástico verde, derivado da cana-de-açúcar. Tratando-se de insumos, como

oportunidade para fazer frente ao monopólio do fornecimento de matéria-prima, dois

especialistas destacam a possibilidade da importação deste fator produtivo. É factível a

dificuldade desta ação para pequenos e médios empresários, inclusive pelo

desconhecimento desta área. Todavia, o estudo de viabilidade de importação é o meio

para a compreensão e a adequação a funções de crédito, formas de pagamentos e

transações comerciais entre países, como destaca um especialista.

Igualmente, dois entrevistados citam a busca por novas regiões consumidoras

como oportuna ao empresariado do setor, com uma estratégia específica para a

inserção a outras regiões do país. Neste prospecto, o excerto a seguir ilustra a busca

pelos mercados das regiões Norte e Nordeste:

Page 108: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

106

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

[...] A produção está se descentralizando e estão surgindo novas oportunidades no Norte e Nordeste, com menor custo de frete, e hoje este fator é decisivo para competição. Estas regiões são quentes o ano inteiro e neste contexto é necessário buscar mercados que consomem descartáveis o ano inteiro, onde faz calor o ano inteiro, onde bebe água o ano inteiro. [...]

Especificamente acerca da região Oeste, um dos entrevistados faz relevante

análise acerca da criação de um polo de reciclagem de plástico, remontando ao

conceito de sustentabilidade anteriormente citado. O excerto a seguir caracteriza o

pensamento deste acerca de oportunidades neste prospecto.

[...] A região Oeste, por sua vez, criou um polo de reciclagem de plástico. Todavia, há dificuldade na aquisição de matéria-prima e neste quadro, cabe ao empresariado buscar com o poder público soluções para o problema, visto que a municipalidade, por vezes, não faz coleta seletiva do lixo e impossibilita a expansão do segmento da reciclagem no setor. O resíduo urbano não é utilizado como matéria-prima no estado, todavia deveria ser. A transformação daquilo que seria lixo em matéria-prima para as empresas é uma força para a geração de empregos, arrecadação de tributos e o desenvolvimento da sustentabilidade no estado. [...]

A partir da análise dos relatos dos especialistas, é verificável a vasta gama de

opções levantadas como oportunidades para o desenvolvimento e para a expansão do

setor. Portanto, a busca pela ampliação do parque fabril local e a busca pela

qualificação da produção são fatores preponderantes para a expansão de Produtos de

Borracha e de Plástico no estado, visto a agregação de valor atribuída a estas

melhorias.

3.3.2 Expectativas de mercados consumidores para o setor de Produtos de Borracha e de Plástico

PERGUNTA 5: E quanto às expectativas de novos mercados consumidores para

este setor? Comente também por região, país e mundo, se puder.

Page 109: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

107

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Acerca de expectativas de novos mercados consumidores, a percepção do

empresariado perpassa, mormente, a expansão para outras regiões do país. Metade

do grupo dos especialistas destaca as regiões Norte e Nordeste como atrativas para

novos mercados. Geograficamente falando, esta é a realidade para o setor e pelo

intuito do empresariado, a intensificação da atuação nestas áreas é preponderante

para o desenvolvimento do setor. O excerto a seguir demonstra um dos fatores

atribuídos a estas regiões como fator atrativo destes mercados: a linearidade do

consumo dos produtos descartáveis.

[...] Geograficamente, as regiões que são colocadas como grandes nichos de mercado consumidor para o setor de Produtos de Borracha e de Plástico são as regiões Norte e Nordeste. Estas regiões são caracterizadas por clima quente durante o ano inteiro, praticamente inexistindo inverno nestas áreas. Desta forma, a sazonalidade no consumo de descartáveis vista tanto na região Sul quanto na região Sudeste não é característica do consumo destas regiões, associando linearidade à demanda nestes mercados. [...]

Como expansão a novos mercados, um dos especialistas cita ainda a

extrapolação do produto catarinense para a totalidade da região Sul, sendo que tanto

o Paraná quanto o Rio Grande do Sul são estados com grandes polos de produção do

setor de Borracha e de Plásticos. Assim sendo, estes novos mercados situam-se na

linha da produção de peças automotivas, máquinas agrícolas, equipamentos e

indústria naval. Ainda no prospecto de atuação frente a necessidades de outros

setores, a flexibilidade faz do plástico uma matéria-prima com uso em diversas

aplicações, sendo a complementaridade que os Produtos de Borracha e de Plástico

têm frente a outros setores postulada como relevante para a expansão do ramo. Neste

contexto, o excerto a seguir relata esta intersecção:

[...] A nossa região, com a instalação do novo polo automobilístico, indubitavelmente, terá grandes oportunidades no mercado do plástico. No Brasil, existem dois setores pujantes da economia: a construção civil, com crescimento constante, e que neste aspecto, demanda abundantemente da produção do nosso setor; e a indústria agrícola, impulsionada pela automatização do setor, urge cada vez mais produtos plásticos. Estes mercados têm boas tendências de crescimento e

Page 110: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

108

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

proporcionalmente, o crescimento no consumo do nosso produto é inserido neste contexto. [...]

Ademais, pelo relato dos especialistas, é verificável que uma referência para o

setor de Produtos de Borracha e de Plástico é a inovação e o desenvolvimento do

centro tecnológico de pesquisa para aplicação do plástico. A partir do momento que o

produtor catarinense tiver maior leque de produtos, com o correto atendimento à

demanda consumidora, a construção de novos mercados é solidificada pela qualidade

da produção local. Neste contexto, um dos entrevistados cita a necessidade que o

produtor local tem de adequar-se ao intento do consumidor, suprindo os seus desejos,

por mais específicos que sejam. O trecho a seguir ilustra este pensamento:

[...] Hoje temos produtos voltados para câmaras frigoríficas e caminhões frigoríficos, que até pouco tempo atrás eram produtos em metal. Nós temos o produto que faz o arredondamento entre a parede e o piso, seja na construção civil, seja numa câmara frigorífica ou no caminhão frigorífico. São demandas que vão surgindo, por necessidades específicas onde o plástico tem uma aplicação melhor, e cabe ao empreendedor suprir esta necessidade e adequar-se ao mercado. [...]

3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de Produtos de Borracha e de Plástico

PERGUNTA 6: Na sua opinião, como o empresariado percebe este setor na

conjuntura atual? Quais suas expectativas e/ou frustrações?

A partir dos relatos dos especialistas entrevistados no setor de Produtos de

Borracha e de Plástico de Santa Catarina, elucidam-se suas frustrações e expectativas

acerca da conjuntura atual do setor. Percebe-se a proeminência de frustrações,

exacerbada por oito dentre os dez respondentes. Dentre as queixas incidentes ao

setor, cinco delas referem-se direta ou indiretamente ao descaso do poder público em

relação à demanda do empresariado. A primeira delas, destacada no trecho abaixo,

refere-se à visão negativa da sociedade acerca do empresário, destacando o

empreendedor como vilão e não como propulsor do crescimento econômico nacional.

Page 111: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

109

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

[...] Geralmente, quando o momento é favorável ao crescimento econômico nacional, o poder público volta as atenções ao empresariado. Todavia, quando o momento é negativo economicamente para o país, a primeira atitude do governo é aumentar a arrecadação e neste cenário, o empresariado é o primeiro a sofrer as consequências. Antigamente era motivo de orgulho dizer que a minha profissão era ser empresário, existia valorização por parte da sociedade. Atualmente o empresário é considerado vilão pela sociedade, visto como explorador do povo e que tem dentre as suas funções sustentar o governo. A união destes fatores infere desânimo à classe empresarial e isto é perigoso. O sentimento do empresariado perpassa a falta de perspectivas em relação ao poder público. [...]

O baixo crescimento econômico do país infere incertezas acerca do

desenvolvimento do setor. Neste cenário evidencia-se o descaso do poder público com

a demanda do empresariado de Produtos de Borracha e de Plástico, intercedendo

exclusivamente em favor de outros setores da economia brasileira, como

exemplificado na redução e/ou exoneração de impostos apenas para setores

específicos, não para a totalidade do empresariado. Por outro lado, a frustração do

empresariado perpassa inclusive o monopólio do fornecimento de matérias-primas

para o setor, devido a apreensão dos empresários frente à manutenção dos preços

desta matéria ou a possível elevação destes, visto a ausência do fator concorrência na

oferta de matéria-prima para o estado de Santa Catarina e o Brasil. Outro fator

destacado por um dos especialistas diz respeito à concessão de crédito facilitado pelo

governo, fator que para este pode estar manipulando o consumo no país, sem as

alterações necessárias na estrutura da gestão pública, tributária e política. O excerto a

seguir aclara esta ideia:

[...] O consumidor brasileiro é impulsionado pelo governo a consumir e desta forma, acredita-se na expansão contínua da economia nacional. Entretanto, é necessário estar atento a este consumo desenfreado, visto que o momento econômico brasileiro não é tão positivo como prega o governo. [...]

Acerca de expectativas para o setor de Produtos de Borracha e de Plástico, dois

entrevistados citam o crescimento do país na última década como fator

Page 112: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

110

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

preponderante para a entrada de grande massa populacional na faixa de consumo e,

consequentemente, destacam este crescimento como oportunidade de ganhos para o

empreendedor do segmento. Este fato denota a perspectiva de melhorias para o setor,

visto o ganho real do poder aquisitivo da população, buscando por produtos de

qualidade, destacando este novo mercado consumidor como a engrenagem para a

economia brasileira, de acordo com um dos especialistas. O associativismo é citado

como ponto positivo para o empresariado do setor, visto que a união entre os

empresários atribui a estes maior poder de barganha perante suas demandas. O

trecho a seguir ilustra esta ideia:

[...] Quanto ao associativismo das empresas, creio que precisa ser viabilizado para somar e todos ganharem com isto. O ideal seria a intermediação de algum órgão superior ou mesmo o sindicato patronal e tentar trazer os empresários para uma mesa conjunta. [...]

Apesar das adversidades incidentes ao setor, um dos entrevistados cita o

otimismo por parte do empresariado, visto a vasta gama de oportunidades de

crescimento e expansão para o setor. A adequação do negócio à realidade da demanda

deve pautar a ação do empreendedor catarinense e é necessário que haja

preocupação constante com a inovação dos processos, a criação de novos produtos

devido à ampla aplicabilidade do plástico.

3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE PLÁSTICO DE SANTA CATARINA

Esta última parte da análise procura integrar as percepções dos entrevistados

sobre aspectos da infraestrutura logística que atende ao mercado de Produtos de

Borracha e de Plástico.

3.4.1 Infraestrutura logística do setor de Produtos de Borracha e de Madeira

PERGUNTA 7: Como está a infraestrutura logística deste setor? Bem ou mal

estruturada? Com muitos ou poucos players (fornecedores, intermediários,

Page 113: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

111

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

varejistas, consumidores)? O que seria, neste caso, uma boa infraestrutura para

atender às demandas atuais e futuras?

A gestão da cadeia logística (do inglês: Supply Chain Management)39, também

conhecida como gestão da cadeia de suprimentos ganhou bastante popularidade,

apesar de existir confusão sobre o seu significado. Esta noção é comumente utilizada

como um substituto de logística. No entanto, a definição de gestão da cadeia logística

é mais abrangente que o conceito de logística.

Na cadeia logística padrão, as matérias-primas são procuradas e os bens são

produzidos em uma ou mais fábricas, transportadas para depósitos como

armazenamento intermédio, e depois transportadas para os atacadistas distribuidores

e/ou clientes. A cadeia logística consiste de fornecedores, centros de fabricação,

armazéns e centro de distribuição, assim como matérias-primas, produtos no processo

de fabricação, e produtos finais que circulam entre as fábricas e os consumidores.

Neste prospecto, os entrevistados foram instigados a comentar sobre a

condição atual da infraestrutura logística do setor, seus atores e sobre qual seria a

estrutura desejada para atender as demandas atuais e futuras.

Acerca da cadeia logística, ou seja, o conjunto entre fornecedores, os canais de

venda e os meios de transporte, percebe-se por meio dos relatos dos especialistas a

crença na debilidade desta em relação à demanda do empresariado catarinense, de

acordo com oito dentre os dez entrevistados. Um dos entrevistados cita a localização

geográfica de Santa Catarina como percalço ao desenvolvimento econômico local,

devido à distância do produtor em relação a fornecedores de matéria-prima, bem

como em relação aos grandes centros consumidores. Neste prospecto, o excerto a

seguir demonstra a preocupação de um dos especialistas quando questionado acerca

da infraestrutura logística do setor:

[...] Santa Catarina é um estado com uma das piores infraestruturas do Brasil. O estado tem elevado potencial econômico, entretanto não tem ferrovias, hidrovias e nem boas rodovias. A vantagem que nós temos é o grande número de portos, sendo uma das poucas vantagens em questão

39

CHOPRA, Sumil e MEINDL, Peter. Supply Chain Management: Strategy, Planning, and Operation.

New Jersey: Prentice-Hall, Inc., 2001.

Page 114: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

112

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

de logística. E quanto à distância, não estamos na melhor posição para distribuir e atingir o mercado nacional, nós estamos numa ponta do país, quase no extremo. Não estamos bem localizados geograficamente quanto ao mercado nacional. Nós preferiríamos ter todas as estradas com pedágio e com qualidade a ter que conviver com a precariedade vista nas rodovias do estado. [...]

Um dos entrevistados cita a semelhança tanto nas dificuldades quanto nas

benesses da logística local e da logística nacional. Os entraves vistos para a distribuição

são os mesmos em todo o país, sem particularização das críticas. A infraestrutura

logística nacional é citada como um gargalo para o desenvolvimento do país por um

dos entrevistados visto a dependência quase exclusiva de um modal defasado, o

rodoviário. Ademais, na questão relativa a fornecedores é perceptível o

descontentamento dos especialistas, em sua maioria, devido à existência de um

monopólio na venda dos insumos para o setor. Outro entrevistado cita a deficiência

estrutural na educação do país como impeditivo ao crescimento sustentado do setor,

como demonstra o trecho a seguir:

[...] Acerca da infraestrutura básica, como supracitado, existe o percalço referente à mão de obra. Nós temos duas competências fortes na região: o setor metalmecânico e o plástico, e no mínimo deveriam existir cursos técnicos voltados para estas áreas. Estamos contratando funcionários que não têm nem o nível básico de educação porque não atingiram a maioridade para ingressar no supletivo. Isto faz parte da infraestrutura, infraestrutura da educação, infraestrutura de mobilidade. Uma boa infraestrutura para atender a demanda do empresariado seria a educação voltada ao crescimento e valorização do trabalho e da produtividade. [...]

Por outro lado, dois especialistas acreditam na adequação da infraestrutura

logística perante a necessidade do empresariado do setor de Produtos de Borracha e

de Plástico. Um deles cita o trabalho específico nas regiões Sul e Sudeste e desta

forma, o modal rodoviário é suficiente para sanar a demanda do setor. Acerca dos

canais de distribuição, este cita a possibilidade de encontrar bons varejistas

trabalhando no setor, bem como o trabalho em conjunto com representantes, além da

venda direta com o cliente. Neste prospecto, a adequação do empresariado à

Page 115: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

113

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

realidade logística nacional faz-se necessária para a possibilidade de expansão dos

negócios, sem a ampliação dos riscos para o empreendedor.

Acerca de opções e alternativas ao modal rodoviário, três respondentes citam a

inserção do modal ferroviário à cadeia logística nacional, ao passo que outro

especialista cita a ampliação e a melhoria do transporte marítimo no estado como

meios de reduzir o dispendioso transporte do produto do setor. Os trechos a seguir

ilustram este cenário:

[...] Além da debilidade rodoviária, do alto custo da energia e da falta, inclusive, de caminhões, é visível a inadequação da utilização dos portos nacionais para o escoamento da produção. O transporte marítimo seria uma melhoria significativa para o setor, no tocante à logística no processo de distribuição do produto, além da facilitação na aquisição de matérias-primas. Atualmente, o modal é rodoviário, fator este que dificulta e muito a nossa atuação, visto os inúmeros problemas relativos a este segmento logístico, como a precariedade das rodovias e além desta, a falta de caminhões para efetuarem o transporte da produção em questão. [...]

[...] A melhor solução para nossa indústria seria um transporte diferenciado como o trem, por exemplo, que é próprio para volumes maiores. [...]

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a interpretação das opiniões dos especialistas entrevistados buscou-se

objetivamente identificar e descrever quais as deficiências, dificuldades, tendências e

oportunidades da indústria de Produtos de Borracha e derivados de Santa Cantarina.

As informações coletadas e descritas neste relatório tencionam a formar um panorama

econômico deste setor para que apontamentos possam ser realizados em ações de

fomento ao mercado. Em geral, identificou-se com a pesquisa que:

Para seis dentre os dez especialistas, o setor de Produtos de Borracha e de

Plásticos apresenta viés crescente no mercado. É possível associar o

crescimento do setor com demais setores da economia nacional, atrelando a

ampliação do setor à expansão imobiliária no país, bem como ao incremento

Page 116: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

114

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

da produção agrícola e industrial no âmbito nacional. Ademais, a

substituição de madeira, metais e outros materiais por plástico postula-se

como possibilidade de expansão no consumo do produto do setor. A

contraponto, quatro entrevistados acreditam no declínio do setor, três

destes devido à estagnação econômica nacional, enquanto o quarto percebe

o mercado como decrescente visto a estagnação da demanda do setor da

construção civil por produtos do segmento plástico.

Entre as ameaças destacadas pelos especialistas para o setor de Produtos de

Borracha e de Plásticos estão: (1) dificuldade na aquisição da matéria-prima

do setor, devido ao monopólio existente no mercado; (2) legislações

incidentes sobre o setor, tanto trabalhista quanto tributária, onerosas e

dispendiosas ao empreendedor; (3) escassez de mão de obra qualificada

para atender a demanda do empresariado. Um dos entrevistados, por sua

vez, destaca a penalização do Oeste do estado devido à sua localização

geográfica, dificultando toda a cadeia produtiva, desde a aquisição de

matéria-prima até o escoamento da produção.

A concorrência é típica para o setor estudado, devido ao baixo investimento

necessário para a implantação da uma indústria de plásticos, por exemplo.

Assim, é perceptível a existência da concorrência dentro do setor, sendo que

quatro especialistas percebem-na como fator salutar ao desenvolvimento

qualitativo do setor, inferindo a necessidade de constante inovação nos

processos e nos produtos. Por outro lado, três entrevistados citam a

informalidade no setor como obstáculo ao crescimento do setor,

prejudicando a expansão do produtor formal, que trabalha de acordo com

as regras estabelecidas. Outrora reconhecido pela falta de qualidade do seu

produto, o mercado chinês adentrou ao mercado nacional com preços

competitivos e quebrando este dogma, segundo relato de seis entrevistados.

Além da concorrência externa, dois respondentes citam a concorrência local

como procedência da concorrência do produto catarinense. Para um

especialista, as empresas catarinenses são referência em termos nacionais e

Page 117: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

115

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

a concorrência deve pautar-se pela competitividade conquistada tanto na

gestão quanto na inovação dos processos ou dos produtos.

Acerca de oportunidades para as empresas de Produtos de Borracha e de

Plástico em Santa Catarina, é verificável a vasta gama de opções levantadas

pelos especialistas. Dois respondentes citam a busca pela competitividade,

perpassando a modernização como oportunidades de expansão do setor. A

otimização da produtividade provém da industrialização dos procedimentos,

sendo atraente para o empreendedor local. Ademais, a complementaridade

do setor em relação a outros setores da economia catarinense é destaque

para quatro entrevistados. A busca por soluções que incluam

sustentabilidade no produto local é outro ponto abordado por quatro

respondentes, no intuito de buscar sempre reduzir a demanda do planeta,

evitando desperdícios na cadeia produtiva.

A percepção de metade dos especialistas acerca de novos mercados

perpassa a inserção das regiões Norte e Nordeste como oportunidades para

a expansão dos negócios do empresariado catarinense. Esta expansão deve-

se ao consumo linear de produtos descartáveis nestes mercados, visto a

elevada temperatura durante todo o ano nestas áreas. Outro respondente

cita a totalidade da região Sul como foco para o empreendedor local, visto a

ascensão de produtos de peças automotivas, para máquinas, equipamentos

e indústria naval na região. Pelo relato dos especialistas, é verificável que o

norte para o setor de Produtos de Borracha e de Plástico é a inovação e o

desenvolvimento do centro tecnológico de pesquisa para aplicação do

plástico. A partir do momento que o produtor catarinense tiver maior leque

de produtos, com o correto atendimento à demanda consumidora, a

construção de novos mercados é solidificada pela qualidade da produção

local.

Acerca de expectativas e frustrações dos entrevistados no setor de Produtos

de Borracha e de Plásticos, a maior parte das queixas refere-se, direta ou

indiretamente, ao setor público. O baixo desempenho da economia

brasileira traz incertezas ao empresariado do setor e a despreocupação do

Page 118: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

116

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

poder público em relação ao mercado de Produtos de Borracha e de

Plásticos exacerba-se no momento em que o governo reduz ou exonera

impostos para outros setores da economia nacional, e não para o setor do

presente estudo. Outra frustração salientada pelos especialistas refere-se ao

monopólio no fornecimento de matérias-primas para o setor, fato que

mantém o empreendedor como refém dos preços aplicados pelo

fornecedor. Outro fator destacado por um dos especialistas diz respeito à

concessão de crédito facilitado pelo governo, fator que para este pode estar

manipulando o consumo no país, sem as alterações necessárias na estrutura

da gestão pública, tributária e política. A contraponto, positivamente

expectam dois especialistas, embasados no crescimento do país nos últimos

anos e pelo aumento do ganho real de poder aquisitivo da população,

adentrando na faixa de consumo no país. O associativismo é citado como

ponto positivo para o empresariado do setor, visto que a união entre os

empresários atribui a estes, maior poder de barganha perante suas

demandas.

Acerca da cadeia logística, ou seja, o conjunto entre fornecedores, os canais

de venda e os meios de transporte, percebe-se por meio dos relatos dos

especialistas a crença na debilidade desta em relação à demanda do

empresariado catarinense, de acordo com oito dentre os dez entrevistados.

Um dos entrevistados cita a localização do estado como entrave ao setor,

visto a distância dos grandes centros consumidores do país, mormente

região Sudeste, bem como dos vindouros nichos de mercados, as regiões

Norte e Nordeste. A infraestrutura logística nacional é citada como um

gargalo para o desenvolvimento do país por um dos entrevistados, visto a

dependência quase exclusiva de um modal defasado, o rodoviário. Ademais,

na questão relativa a fornecedores é perceptível o descontentamento dos

especialistas devido à existência de um monopólio na venda dos insumos

para o setor. Outro entrevistado cita a educação como problema na

infraestrutura do país. Por outro lado, dois especialistas creditam adequação

da infraestrutura logística perante a necessidade do empresariado do setor

Page 119: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

117

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

de Produtos de Borracha e de Plástico, perceptivelmente pela atuação

geográfica destes, espalhada nas regiões Sul e Sudeste, onde o modal

rodoviário satisfaz a demanda do empreendedor local.

Como alternativa ao modal rodoviário, um entrevistado cita a melhoria no

transporte marítimo estadual, bem como a inserção do modal ferroviário ao

estado, fatores que diminuíram custos ao produtor e elevariam a

competitividade do produto catarinense.

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118

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

ANEXOS

ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO

O objetivo deste roteiro de pesquisa é obter o máximo de insights do especialista

entrevistado, sobre o mercado em pauta. A pergunta central é: Quais as deficiências,

dificuldades, tendências e oportunidades dos setores industriais em pauta? A seguir

o conjunto de perguntas acessórias deverá ser respondido conforme o seu conhecimento

e experiência sobre o mercado específico pelo qual foi contatado.

CONTROLE

Esta parte integra os dados do respondente e o setor da economia pelo qual irá comentar.

1. Nome completo do participante: _____________________________________________________________________

2. Cargo do participante: _____________________________________________________________________

3. Empresa ou instituição a qual é vinculado: _____________________________________________________________________

4. Endereço completo da empresa ou instituição: _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

5. Telefone para contato: _____________________________________________________________________

6. E-mail do participante: _____________________________________________________________________

7. CNPJ da empresa ou instituição:

8. Atividade principal da empresa ou instituição: _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

9. Setor da economia pelo qual tecerá comentários neste questionário:

1. Produtos alimentícios e bebidas 7. Eletrometalmecânico

Page 121: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

119

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

2. Confecção do vestuário e acessórios 8. Móveis

3. Calçados e artefatos de couro 9. Tecnologia da informação e comunicação

4. Produtos de madeira 10. Acessórios, gemas, joias e cristais

5. Prod. de borracha e de plástico 11. Náutica

6. Construção civil 12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria

QUESTÕES SOBRE O MERCADO

As seguintes perguntas devem ser respondidas com maior ou menor intensidade, dependendo do

conhecimento e experiência do participante da pesquisa sobre o assunto em pauta.

10. Em linhas gerais, você percebe o mercado do setor de ____ em crescimento ou em

declínio? Comente os indicadores ou motivos. _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

11. Quais seriam as principais dificuldades e ameaças que o setor ______ enfrenta em

Santa Catarina? E no Brasil? _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

12. Comente sobre a situação atual da concorrência deste setor na região de Santa

Catarina, Brasil e mundo: _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

13. E quais seriam as maiores ou mais interessantes oportunidades de mercado que você

percebe para este setor? Percebe diferenças regionais? País? Mundo? Comente. _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Page 122: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

120

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

14. E quanto às expectativas de novos mercados consumidores para este setor? Comente

também por região, país e mundo, se puder. _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

15. Como está a infraestrutura logística deste setor? Bem ou mal estruturada? Com muitos

ou poucos players (fornecedores, intermediários, varejistas, consumidores)? O que seria, neste caso,

uma boa infraestrutura para atender as demandas atuais e futuras? _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

16. Na sua opinião, como o empresariado percebe este setor na conjuntura atual? Quais

suas expectativas e/ou frustrações? _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Aceito participar deste projeto e atesto a veracidade das informações por mim

prestadas, sendo estas disponibilizadas para publicação referente ao Estudo dos Polos

Industriais do PREC para o Programa NovaEconomia@SC.

Assim subscrevo:

Nome:________________________________________________________________

RG:______________________________________

Assinatura:____________________________________________________________

Entrevistado

Data: __/__/____

Local:________________________________________________________

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121

Visão dos Especialistas do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

CAPÍTULO III - VISÃO DO EMPRESÁRIO

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122

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Page 125: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

123

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 125 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 125 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 126 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 127 2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 127 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 127 2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 128 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 128 3 ANÁLISE DOSDADOS ________________________________________________ 129 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 129 3.1.1 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 130 3.1.2 Região, município e polo das empresas __________________________________ 132 3.1.3 Início das atividades das empresas______________________________________ 134 3.1.4 Número de colaboradores das empresas _________________________________ 136 3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas ______________________ 138 3.1.6 Gênero dos entrevistados_____________________________________________ 140 3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados _________________________________ 142 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS

ATENDIDAS ________________________________________________________ 144 3.2.1 Mercados consumidores atendidos _____________________________________ 144 3.2.2 Gênero dos clientes _________________________________________________ 146 3.2.3 Faixa etária dos respondentes _________________________________________ 148 3.2.4 Classe social dos respondentes ________________________________________ 150 3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais ____________________________ 152 3.2.6 Fatores que influenciam as vendas _____________________________________ 154 3.2.7 Influência sazonal de consumo _________________________________________ 155 3.2.8 Meses de variação sazonal ____________________________________________ 158 3.2.9 Prospecção de clientes finais __________________________________________ 161 3.2.10 Pesquisas de satisfação com clientes finais _______________________________ 162 3.2.11 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais _________________________ 163 3.2.12 Grau de satisfação dos clientes finais ____________________________________ 164 3.2.13 Frequência da pesquisa de satisfação ___________________________________ 166 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE

PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE _________________________________ 168 3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes __________________________________ 168 3.3.2 Região de origem dos clientes finais ____________________________________ 170 3.3.3 Região de origem dos fornecedores _____________________________________ 173 3.3.4 Região de origem dos concorrentes _____________________________________ 176 3.3.5 Nível de concorrência do mercado ______________________________________ 179 3.3.6 Percepção sobre o mercado ___________________________________________ 180 3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio ______________ 182 3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa ___________ 183 3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa _______________ 185 3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa ____________________________ 187

Page 126: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

124

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa ______ 189 3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidas na empresa _____________________________ 191 3.3.13 Impacto das inovações na empresa _____________________________________ 193 3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente ______________________ 194 3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa ___________________________ 196 3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados ________ 198 3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa ________________________ 200 3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa ___________________________________ 202 3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS _______________ 204 3.4.1 Modelos logísticos __________________________________________________ 204 3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas ________________________ 206 3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais ___________________________________ 208 3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores __________________ 210 3.4.5 Movimentação da produção na empresa_________________________________ 212 3.4.6 Canais de fornecedores da empresa ____________________________________ 214 3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa _________________________ 216 3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa ________________________________ 217 3.4.9 Quantidade de clientes na empresa _____________________________________ 220 3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa ____________ 222 3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa _____ 224 3.4.12 Gestão de estoque na empresa ________________________________________ 225 3.4.13 Software de logística_________________________________________________ 227 3.4.14 Cadeia logística da empresa ___________________________________________ 229 3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa _____________ 231 3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos ______________________ 233 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 235 4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 235 4.1.1 Perfil das empresas __________________________________________________ 235 4.1.2 Percepção do mercado atual – demandas atendidas _______________________ 236 4.1.3 Percepção do mercado atual – cadeia de players e conjuntura da atividade _____ 237 4.1.4 Análise das características de logística das empresas _______________________ 239 ANEXOS ________________________________________________________________ 241 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 241

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125

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 APRESENTAÇÃO

A etapa de pesquisa de mercado, intitulada Visão do Empresário é uma

iniciativa do Programa Nova Economia@SC e procura em sua abordagem, analisar o

cenário das empresas do Setor de Produtos de Borracha e de Plástico de Santa

Catarina, no que diz respeito às percepções do empresariado sobre o seu mercado,

buscando conhecer a interação com os agentes econômicos (clientes, mercado

consumidor e fornecedores) e os aspectos da sua logística aplicada.

Neste cenário de pesquisa em âmbito estadual, serão considerados os polos

econômicos, também conhecidos como arranjos produtivos locais, do setor de

Produtos de Borracha e de Plástico em SC pelos quais serão caracterizados em

aspectos de mercado e logística neste Estudo.

Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto

Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais (descritos no

item 6 - Anexos), onde são observados em uma análise conjuntural de conglomerados

para fins de embasamento analítico de mercados, que subsidia informações para o

Programa NovaEconomia@SC.

Os Polos analisados neste relatório são:

Polo Setorial da Cadeia da Indústria de Plástico da Região Norte;

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste.

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126

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Figura 1 - Coordenadorias regionais dos polos de Pláticos e Borracha1

Fonte: Elaborado pela empresa Ágape.

1.2 OBJETIVO DO ESTUDO

Objetivo de levantar e caracterizar as principais percepções do empresariado

do setor de Produtos de Borracha e de Plástico em cada polo regional, referente aos

aspectos da atividade, suas vantagens, desvantagens, dificuldades enfrentadas,

caracterizar o perfil da empresa, produção, empregados, faturamento e tempo de

atividade, bem como caracterizar o perfil do empresário e sua atuação no setor. Neste

trabalho também se observa a caracterização da cadeia de distribuição e produtiva,

transporte e armazenagem de mercadorias, insumos e produtos.

Oeste

Norte

Page 129: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

127

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

2 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para o alcance dos objetivos da presente pesquisa, dada à natureza deste

estudo, o delineamento metodológico seguido consta dos seguintes aspectos:

2.1 TIPO DE PESQUISA

A pesquisa é caracterizada por método quantitativo (mensuração da

quantidade de respostas, que possibilita a aplicação de inferência), de caráter

exploratório e descritivo (busca mensurar atitudes e opiniões da população de

empresas-alvo da pesquisa), com o processo de amostragem não probabilístico, com

amostra selecionada por casos típicos (empresas com características semelhantes,

sendo estas da indústria de produtos de borracha e de plástico catarinense e de micro

e pequeno porte). O corte da pesquisa é transversal, ou seja, a coleta dos dados ocorre

num só momento.

2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população da pesquisa é formada por pessoa jurídica, empresas de porte

pequeno e micro, pertencentes ao setor de Produtos de Borracha e de Plástico,

instaladas em dois polos industriais do Estado de Santa Catarina e que somam

1708empresas segundo dados da RAIS, 2011. Porém, a soma de empresas dos polos

econômicos deste levantamento, indicados na Tabela 1, atinge o total de589 empresas

no referido ano e, cuja diferença entre o total e a soma dos polos é a quantidade de

empresas nas demais regiões geográficas do estado. A amostra é formada por67

empresas.

Page 130: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

128

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 1 - Distribuição amostral da pesquisa1

Fonte: dados da pesquisa.

A Tabela 1 revela a proporção da amostra realizada por polo regional de Santa

Catarina e considera empresas de atividades com CNAE da divisão 22:221- Fabricação

de produtos de borracha; 222 - Fabricação de produtos de material plástico.

2.3 COLETA DOS DADOS

A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista pessoal in loco, em

empresas referentes aos segmentos do setor de Produtos de Borracha e de Plástico,

descritos na Tabela 1 e detalhados no Gráfico 1 de análises. A abordagem com

empresas deu-se pela sua especificidade de atuação e disponibilidade em fornecer os

dados através de seus gestores, responsáveis pelo fornecimento das informações da

pesquisa e sujeitos de análise. As entrevistas ocorreram entre os meses de março e

junho de 2013, sendo a aplicação de entrevista via questionário estruturado com

perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha, previamente aprovadas pela

comissão responsável pela realização deste trabalho, do Sebrae/SC.

2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos

empresários e gestores entrevistados do setor de Produtos de Borracha e de Plástico,

inseridos no respectivo polo econômico regional catarinense.

Polo Regional Total de Empresas Amostra Realizada

Polo Setorial da Cadeia da Indústria de Plástico da Região Norte

489 38

Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

100 29

Total 589 67

Page 131: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

129

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3 ANÁLISE DOSDADOS

Esta parte tem como finalidade apresentar e analisar os resultados da

investigação sobre a percepção das empresas industriais catarinenses (setores e polos

identificados no capítulo 2), quanto aos aspectos do mercado onde estão inseridas, sua

percepção de futuro para o negócio e seu processo logístico. Está organizado em três

partes: na primeira são apresentados e analisados os dados relativos às características

socioeconômicas das empresas pesquisadas; a segunda analisa o mercado das

empresas; e a terceira descreve as características de logística envolvidas no negócio.

No quesito apresentação das tabelas e gráficos do relatório, a dinâmica de

leitura é realizada na sequência em que as perguntas de pesquisa foram aplicadas aos

entrevistados (instrumento de coleta de dados consta em anexo). A análise segue

apresentando o gráfico sob o total de respostas, seguido dos cruzamentos da variável

em questão com as regiões-polo do Estudo (expresso no Gráfico 2), e da possibilidade

de outros gráficos de correlação expressivos, mas há exceções em que o gráfico

cruzado substitui o total por conter esta informação. Ao término, uma síntese geral

apresenta as principais conclusões do trabalho.

Ressalta-se que, ao longo da análise, diversos gráficos são de múltipla resposta,

fator em que a soma das citações de pesquisa excede o total de respondentes,

ultrapassando 100% do total de respostas indicadas em gráficos desta natureza

(múltipla resposta). A análise cruzada realizada de uma variável de múltipla resposta

também pode ultrapassar o total de respondentes. Optou-se por este método em

razão da melhor interpretação do comportamento dos dados percentuais, sempre

apresentando os dados pelo total de empresas, ou seja, indicando quantas “empresas

entrevistadas” indicam cada alternativa de resposta do levantamento e não somente

quantas vezes uma alternativa foi marcada/indicada.

3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS

As categorias de análise das características das empresas pesquisadas foram:

ramo de atividade e o porte das empresas, o número de funcionários por empresa e o

nível de escolaridade dos entrevistados, cidade de instalação da empresa, data de

Page 132: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

130

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

início das atividades, faturamento e entidades associadas às empresas, e conforme

demonstram os resultados a seguir.

3.1.1 Descrição da atividade econômica

Descreva sua principal atividade econômica:

Gráfico 1 – Atividade principal1

Fonte: dados da pesquisa.

Conforme exposto no Gráfico 1,as atividades principais das empresas

entrevistadas neste estudo. Entre as nove atividades apresentadas, pode-se constatar

que o ramo mais frequente é a fabricação de artefatos plásticos para uso

pessoal/doméstico, com 29,9% do total dos respondentes, seguido pela fabricação de

embalagens plásticas, com 17,9% dos respondentes. A atividade com o menor

percentual de respondentes é o segmento fabricação de garrafas pet, com apenas

1,5% da amostra total.

RAMO DE ATIVIDADE

Fabricação de artefatos plásticos para uso pessoal/doméstico 20 29,9%

Fabricação de embalagens plásticas 12 17,9%

Fabricação/reforma de pneumáticos 11 16,4%

Fabricação de sacolas plásticas/polietileno 6 9,0%

Fabricação de artefatos plásticos para uso indústrial 5 7,5%

Fabricação de tubos e acessórios para uso na construção 5 7,5%

Fabricação de peças/acessórios para veículos 4 6,0%

Fabricação de brindes plásticos 3 4,5%

Fabricação de garrafas pet 1 1,5%

Total 67 100,0%

Page 133: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

131

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 1.1 – Atividade principal X Região- Polo2

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 1.1 correlaciona os índices do Gráfico 1 ao polo econômico a que este

pertence. A fabricação de artefatos plásticos para uso pessoal/doméstico tem amplo

destaque para o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte, com

34,2%, seguido por 21,1% da fabricação de embalagens plásticas. Igualmente, neste

Polo, a fabricação de artefatos plásticos para uso industrial destaca-se com 13,2% da

amostra. Os respondentes do Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do

Oeste, por sua vez, têm 24,1% de seus integrantes em duas faixas de resposta, são

elas: fabricação de artefatos plásticos para uso pessoal/doméstico e

fabricação/reforma de pneumáticos.

ATIVIDADE PRINCIPAL / POLO EM SC

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Fabricação de embalagens plásticas

Fabricação de sacolas plásticas/polietileno

Fabricação de garrafas pet

Fabricação de brindes plásticos

Fabricação de artefatos plásticos para uso pessoal/doméstico

Fabricação/reforma de pneumáticos

Fabricação de artefatos plásticos para uso indústrial

Fabricação de tubos e acessórios para uso na construção

Fabricação de peças/acessórios para veículos

Total

8 21,1% 4 13,8%

2 5,3% 4 13,8%

0 0,0% 1 3,4%

2 5,3% 1 3,4%

13 34,2% 7 24,1%

4 10,5% 7 24,1%

5 13,2% 0 0,0%

3 7,9% 2 6,9%

1 2,6% 3 10,3%

38 100,0% 29 100,0%

Page 134: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

132

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.1.2 Região, município e polo das empresas

Cidade-região onde a empresa está instalada:

Gráfico 2 – Região-Polo de instalação das empresas 3

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 2 relaciona a região-polo da instalação das empresas pesquisadas.

Predomina na amostra empresas do polo do Setor de Plástico da Região Norte,

responsável por 56,7% dos respondentes da amostra, frente a 43,3% do total inquirido

oriundo do polo do Setor de Plástico e Borracha do Oeste.

POLO DO SETOR EM SC

Plástico da Região Norte 38 56,7%

Plástico e Borracha do Oeste 29 43,3%

Total 67 100,0%

Page 135: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

133

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 3 – Município de instalação das empresas X Região-Polo4

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 3 apresenta o cruzamento entre o município de instalação das

empresas entrevistadas com o seu polo econômico. Neste prospecto, a maior

concentração de empresas instaladas num único município é vista em Joinville, com

42,1% dos entrevistados do Setor de Plástico da Região Norte. Chapecó, por sua vez,

detém o maior índice de empresas situadas em um mesmo município no polo do Setor

CIDADE DE INSTALAÇÃO / POLO EM SC

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Joinville

Chapecó

São Bento do Sul

Xaxim

Caçador

Guaramirim

Jaraguá do Sul

Massaranduba

Papanduva

Rio Negrinho

Xanxerê

Canoinhas

Cordilheira Alta

Nova Erechim

Pinheiro Preto

Seara

Timbó

Vargeão

Total

16 42,1% 0 0,0%

0 0,0% 11 37,9%

9 23,7% 0 0,0%

0 0,0% 8 27,6%

0 0,0% 3 10,3%

3 7,9% 0 0,0%

2 5,3% 0 0,0%

2 5,3% 0 0,0%

2 5,3% 0 0,0%

2 5,3% 0 0,0%

0 0,0% 2 6,9%

1 2,6% 0 0,0%

0 0,0% 1 3,4%

0 0,0% 1 3,4%

0 0,0% 1 3,4%

0 0,0% 1 3,4%

1 2,6% 0 0,0%

0 0,0% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 136: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

134

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

de Plástico e Borracha do Oeste, com 37,9% dos respondentes deste polo econômico

situados no município.

3.1.3 Início das atividades das empresas

Data de início das atividades: (Questão convertida para “idade das empresas no

mercado”).

Gráfico 4 – Idade das empresas (referência de 2013)5

Fonte: dados da pesquisa.

Segundo o gráfico acima, o índice de maior expressividade no que concerne ao

tempo de atividade das empresas no setor ocorre na faixa de 10 a 19 anos, com 41,8%

do total inquirido, seguido pelas faixas de 5 a 9 com 31,3%. A faixa de 20 a 29 anos e

de 2 a 4 anos, contem uma com 10,4% do total entrevistado. Cabe salientar, ademais,

que nenhuma empresa da amostra possui um ano ou menos de atividade no mercado.

A idade média das empresas participantes deste estudo é de 13 anos.

Page 137: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

135

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 4.1 – Idade das empresas X Região-Polo (referência de 2013)6

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 4.1 cruza os dados entre o polo pesquisado e o tempo de atividade

das empresas respondentes, sendo que a faixa de destaque para o polo do Setor do

Plástico da Região Norte e para o polo do Setor do Plástico e Borracha do Oeste é

entre 10 a 19, com respectivamente 44,7% e 37,9% dos respondentes. A faixa de 5 a 9

anos ocupa a segunda posição nos dois polos estudados, enquanto apenas quatro

entrevistados possuem trinta anos ou mais de atuação no mercado do setor, três deles

provenientes do polo Plástico da Região Norte, enquanto o outro é oriundo do polo

Plástico e Borracha do Oeste.

Gráfico 4.2 – Idade média das empresas X Região-Polo (referência de 2013)7

Fonte: dados da pesquisa.

POLO EM SC / TEMPO EM ATIVIDADE

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Plástico da

Região Norte

N % obs.

De 2 a 4

De 5 a 9

De 10 a 19

De 20 a 29

30 e mais

Total

4 13,8% 3 7,9%

10 34,5% 11 28,9%

11 37,9% 17 44,7%

3 10,3% 4 10,5%

1 3,4% 3 7,9%

29 100,0% 38 100,0%

POLO EM SC / TEMPO EM ATIVIDADE

TEMPO EM ATIVIDADE

Média Mín Máx

Plástico e Borracha do Oeste

Plástico da Região Norte

Total

11 3 32

14 3 48

13 3 48

Page 138: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

136

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico 4.2 relaciona a média de idade das empresas por polo, sendo a média

dos respondentes do polo do Plástico e Borracha do Oeste a menor média do estudo,

11 anos por empresa, enquanto a maior média é de 14 anos por empresa, do polo

Plástico da Região Norte.

3.1.4 Número de colaboradores das empresas

Número de colaboradores da empresa:

Gráfico 5 – Número de colaboradores8

Fonte: dados da pesquisa.

Dentre as empresas entrevistadas, segundo o Gráfico 5, é verificável a

diversificação do número de colaboradores dos respondentes. O número mais

significativo situa-se na faixa de 10 a 19 colaboradores, com índice de 35,8% dos

respondentes. Dentre o grupo pesquisado, 16,4% dos respondentes tem cinco ou

NÚMERO DE COLABORADORES

Média = 16 Desvio-padrão = 17

Mín = 1 Máx = 127

m (10,0% - 90,0%) = 12

Menos de 1 0 0,0%

1 2 3,0%

De 2 a 3 2 3,0%

De 4 a 5 7 10,4%

De 6 a 7 11 16,4%

De 8 a 9 5 7,5%

De 10 a 19 24 35,8%

De 20 a 29 9 13,4%

De 30 a 49 5 7,5%

De 50 a 99 1 1,5%

100 e mais 1 1,5%

Total 67 100,0%

Page 139: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

137

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

menos colaboradores, ao passo que apenas 10,5% tem mais de trinta. A média é de 16

colaboradores por empresa.

Gráfico 5.1 – Número de colaboradores X Região-Polo9

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento entre o número de colaboradores das empresas e seu respectivo

polo é apresentado no Gráfico 5.1. Nos dois polos da pesquisa a faixa de destaque é

entre 10 a 19 colaboradores por empresa, com 34,5% dos inquiridos Polo Setorial da

Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste e 36,8% dos entrevistados do Polo

Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte nesta faixa de resposta.

Apenas um entrevistado da pesquisa afirma ter cem ou mais colaboradores em sua

empresa, e o mesmo é proveniente do polo Plástico da Região Norte.

NÚMERO DE COLABORADORES / POLOS DE SC

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Plástico da

Região Norte

N % obs.

1

De 2 a 3

De 4 a 5

De 6 a 7

De 8 a 9

De 10 a 19

De 20 a 29

De 30 a 49

De 50 a 99

100 e mais

Total

1 3,4% 1 2,6%

2 6,9% 0 0,0%

3 10,3% 4 10,5%

5 17,2% 6 15,8%

4 13,8% 1 2,6%

10 34,5% 14 36,8%

2 6,9% 7 18,4%

1 3,4% 4 10,5%

1 3,4% 0 0,0%

0 0,0% 1 2,6%

29 100,0% 38 100,0%

Page 140: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

138

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 5.2 – Número médio de colaboradores X Região-Polo10

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico acima correlaciona as médias e a variação mínima/máxima de

colaboradores por empresa e com o polo na qual está inserida no estado. O polo com

menor média é o polo do Plástico e Borracha do Oeste, com média de doze

colaboradores por empresa, enquanto a maior média é de dezoito colaboradores por

empresa, característica do polo de Plástico da Região Norte.

3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas

Porte/Classificação da empresa (anual):

Gráfico 6 – Porte/Classificação da empresa11

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 6 apresenta a classificação das empresas entrevistadas segundo o seu

faturamento declarado. A maioria das empresas da pesquisa, 52,2%, são Empresas de

Pequeno Porte e faturaram em 2012 entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões, enquanto

40,3% da amostra é Microempresas, com faturamento de até R$ 360 mil no período.

POLO EM SC / NÚMERO MÉDIO DE COLABORADORES

NÚMERO DE

COLABORADORES

Média Mín Máx

Plástico e Borracha do Oeste

Plástico da Região Norte

Total

12 1 50

18 1 127

16 1 127

Page 141: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

139

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 6.1 – Porte/Classificação da empresa X Região-Polo12

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 6.1 indica a disposição das empresas por porte/classificação de

acordo com seu faturamento por polo econômico em Santa Catarina. O gráfico infere

que a concentração de Microempresas é superior à concentração de Empresas de

Pequeno Porte no polo do Plástico e Borracha do Oeste, onde 48,3% da amostra é

composta por Microempreendedores. Por outro lado, no polo do Plástico da Região

Norte, é observável a predominância de Empresas de Pequeno Porte, com 57,9% dos

entrevistados desta esfera da pesquisa nesta faixa de resposta. Cabe salientar, que

apenas neste polo existem Empresas de Médio Porte, com 7,9% dentre os

entrevistados do grupo nesta faixa de classificação.

Page 142: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

140

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.1.6 Gênero dos entrevistados

Sexo do entrevistado:

Gráfico 7 – Gênero dos respondentes13

Fonte: dados da pesquisa.

De acordo com a leitura do Gráfico 7 – Gênero dos respondentes, 71,6% dos

entrevistados são homens, enquanto 28,4% do grupo é composto por mulheres.

GÊNERO DO ENTREVISTADO

Masculino 48 71,6%

Feminino 19 28,4%

Total 67 100,0%

71,6%

28,4%

Page 143: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

141

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 7.1 – Gênero dos respondentes X Região-Polo14

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O gráfico acima apresenta a distribuição por polo do setor do gênero dos

respondentes. O sexo masculino é maioria nos dois polos do estudo, com

concentração variando entre 69% a 73,7% do total, índices observados

respectivamente no polo do Plástico e Borracha do Oeste e no polo do Plástico da

Região Norte.

GÊNERO DOS ENTREVISTADOS / POLO DO SETOR EM SC

Plástico da Região

Norte

N % obs.

Plástico e Borracha

do Oeste

N % obs.

Masculino

Feminino

Total

28 73,7% 20 69,0%

10 26,3% 9 31,0%

38 100,0% 29 100,0%

Page 144: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

142

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados

Grau de escolaridade do entrevistado:

Gráfico 8 – Grau de escolaridade dos respondentes15

Fonte: dados da pesquisa

A análise do Gráfico 8 indica que 35,8% do total inquirido possui Ensino Médio

Completo. O índice de respondentes com Ensino Superior Completo ocupa a segunda

posição no estudo, com 26,9% do total da amostra.

GRAU DE ESCOLARIDADE DO ENTREVISTADO

Ensino Fundamental Incompleto 1 1,5%

Ensino Fundamental Completo 3 4,5%

Ensino Médio Incompleto 3 4,5%

Ensino Médio Completo 24 35,8%

Superior Incompleto 10 14,9%

Superior Completo 18 26,9%

Especialização 8 11,9%

Mestrado 0 0,0%

Doutorado 0 0,0%

Sem Escolaridade 0 0,0%

Total 67 100,0%

Page 145: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

143

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 8.1 – Grau de escolaridade dos respondentes X Região-Polo16

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 8.1 apresenta o nível de escolaridade dos entrevistados de acordo

com o polo econômico em que estes estão localizados. É observável que nos dois polos

da pesquisa predominam respondentes com Ensino Médio Completo, com ápice no

índice de 37,9%, verificável no polo de Plástico e Borracha do Oeste. Oito entrevistados

possuem especialização, sete oriundos do polo Plástico da Região Norte, enquanto

apenas um proveniente do polo de Plástico e Borracha do Oeste.

GRAU DE ESCOLARIDADE / POLO EM SC

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Ensino Fundamental Incompleto

Ensino Fundamental Completo

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio Completo

Superior Incompleto

Superior Completo

Especialização

Total

1 3,4% 0 0,0%

2 6,9% 1 2,6%

1 3,4% 2 5,3%

11 37,9% 13 34,2%

5 17,2% 5 13,2%

8 27,6% 10 26,3%

1 3,4% 7 18,4%

29 100,0% 38 100,0%

Page 146: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

144

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS ATENDIDAS

Esta seção apresentará os resultados da análise das características da demanda

das empresas estudadas, suas características e práticas de gestão de clientes. É

composta por quatorze variáveis que explicam a demanda das empresas de Produtos

de Borracha e de Plástico em Santa Catarina.

3.2.1 Mercados consumidores atendidos

Quais mercados a sua empresa atende?

Gráfico 9 – Mercados Atendidos17

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 9 refere-se à distribuição de mercados atendidos pelas empresas

pesquisadas. Empresas são o mercado atendido pela maioria dos respondentes, 88,1%

dentre o grupo, seguido pelo consumidor final pessoa física, com índice de 40,3% das

respostas. Já na esfera do poder público, a soma de governos municipais, estaduais e

empresas públicas atinge o produto de 4,5% dos respondentes da amostra.

Page 147: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

145

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 9.1 – Mercados Atendidos X Região-Polo18

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 9.1 cruza as informações dos polos econômicos com seus respectivos

mercados atendidos. É relevante salientar que uma mesma empresa do setor pode

atender a diversos mercados. Ambos os polos têm preponderância no atendimento a

empresas, sendo que o Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste

detém 93,1% da amostra, enquanto o Polo Setorial de Plástico do Norte é responsável

84,2% dos inquiridos da pesquisa que afirmam atender a este mercado. Em segundo

lugar, destaca-se o atendimento ao consumidor final pessoa física com 34,2% e 48,3%

respectivos aos polos de Plástico do Norte e da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do

Oeste. Apenas entrevistados do Oeste atendem ao poder público.

Page 148: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

146

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.2 Gênero dos clientes

Sexo (predominante) dos clientes:

Gráfico 10 – Gênero dos clientes19

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 10 refere-se ao gênero predominante dos clientes das empresas

pesquisadas. O destaque do presente estudo é o índice de empresas que atendem

ambos os sexos, 23,9% dos respondentes. Na amostra, 14,9% dos entrevistados

relatam o atendimento ao sexo masculino, enquanto apenas 1,5% dos respondentes

atendem apenas ao público feminino.

GÊNERO PREDOMINANTE DE CLIENTES

Não resposta 40 59,7%

Ambos 16 23,9%

Masculino 10 14,9%

Feminino 1 1,5%

Total 67 100,0%59,7%

23,9%

14,9%

1,5%

Page 149: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

147

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 10.1 – Gênero dos clientes X Região-Polo20

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

De acordo com o cruzamento entre o gênero dos clientes e o polo econômico

dos respondentes, é verificável que a predominância do atendimento aos clientes do

gênero masculino ocorre no polo do Plástico e Borracha do Oeste, onde 24,1% dos

respondentes destacam os homens como maior público atendido. Já para o polo do

Plástico da Região Norte, o índice dos respondentes que afirmam atender a ambos os

sexos é o de maior expressividade, com 26,3% dos entrevistados desta esfera da

pesquisa nesta faixa de resposta.

POLO EM SC / GÊNERO PREDOMINANTE DE CLIENTES

Plástico e

Borracha do Oeste

N % obs.

Plástico da Região

Norte

N % obs.

Ambos

Masculino

Feminino

Total

6 20,7% 10 26,3%

7 24,1% 3 7,9%

1 3,4% 0 0,0%

29 100,0% 38 100,0%

Page 150: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

148

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.3 Faixa etária dos respondentes

Faixa Etária (predominante) dos clientes:

Gráfico 11 – Faixa etária dos clientes21

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 11 ilustra a faixa etária dos clientes dos polos estudados.

Majoritariamente, o público-alvo é formado por adultos, com 40,3% das respostas,

seguido distantemente pelo público jovem, com 20,9% da amostra.

FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE DE CLIENTES

Não resposta 40 59,7%

Adultos 27 40,3%

Jovens 14 20,9%

Idosos 8 11,9%

Total 67

Page 151: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

149

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 11.1 – Faixa etária dos clientes X Região-Polo22

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 11.1 cruza os dados entre faixa etária predominante dos clientes da

amostragem e seu respectivo polo econômico. O predomínio do público adulto faz-se

presente nos dois segmentos pesquisados, com índice mais significativo para o polo do

Plástico e Borracha do Oeste, onde 48,3% dos respondentes afirmam atender

principalmente a este público. Observa-se, ademais, que o destaque na faixa de

atendimento ao público jovem e ao público idoso também ocorre neste polo

econômico, com respectivamente 27,6% e 13,8% dos entrevistados desta esfera da

pesquisa nesta faixa de resposta.

POLO EM SC / FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE DE CLIENTES

Plástico e Borracha

do Oeste

N % obs.

Plástico da Região

Norte

N % obs.

Adultos

Jovens

Idosos

Total

14 48,3% 13 34,2%

8 27,6% 6 15,8%

4 13,8% 4 10,5%

29 100,0% 38 100,0%

Page 152: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

150

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.4 Classe social dos respondentes

Classe social (predominante) dos clientes:

Gráfico 12 – Classe social dos clientes23

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 12 analisa o perfil dos clientes por classe social, sendo verificável que

17,9% das empresas não distinguem seu público por classe social. Dentre aqueles

entrevistados da amostra que distinguem, a classe B tem índice de maior

expressividade, com 19,4% das empresas respondentes. A Classe C, com 11,9% da

amostra, é a segunda mais citada. Aqueles que não responderam representam 59,7%

da amostra pesquisada.

CLASSE SOCIAL PREDOMINANTE DE CLIENTES

Não resposta 40 59,7%

Classe A 3 4,5%

Classe B 13 19,4%

Classe C 8 11,9%

Classe D 1 1,5%

Classe E 0 0,0%

Todas as classes 12 17,9%

Total 67

Page 153: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

151

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 12.1 – Classe social dos clientes X Região-Polo24

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 12.1 cruza os dados entre classe social predominante dos clientes dos

respondentes e o polo econômico das empresas pesquisadas. A categoria “Todas as

Classes” detém 20,7% dos respondentes do polo do Plástico e Borracha do Oeste,

mesmo índice deste polo para aqueles que afirmam atender especificamente a classe

B. Esta mesma classe tem a maior expressividade no polo do Plástico da Região Norte,

com 18,4% dos entrevistados do polo nesta faixa de resposta. Ademais, a Classe C,

neste Polo, é bastante representativa, 15,8% dos entrevistados.

POLO EM SC / CLASSE SOCIAL PREDOMINANTE DE CLIENTES

Plástico e Borracha

do Oeste

N % obs.

Plástico da Região

Norte

N % obs.

Classe A

Classe B

Classe C

Classe D

Todas as classes

Total

1 3,4% 2 5,3%

6 20,7% 7 18,4%

2 6,9% 6 15,8%

0 0,0% 1 2,6%

6 20,7% 6 15,8%

29 100,0% 38 100,0%

Page 154: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

152

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais

Quais as principais razões de compra dos clientes da empresa?

Gráfico 13 – Principais razões de compra dos clientes finais25

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 13 destaca os atributos citados pelos clientes finais como principais

razões na hora da compra, de acordo com os empresários. É verificável a

complementaridade entre estes atributos, razão pela qual a totalidade das respostas

ultrapassa 100%. O motivo citado com maior significância é a qualidade do produto ou

serviço ofertado, atingindo 83,6% das respostas, seguido por preço competitivo, com

68,7% das respostas; e em terceiro lugar, amplamente atrás dos dois primeiros

atributos citados, está o prazo de entrega ao cliente, com 13,4% do grupo

entrevistado.

PRINCIPAIS RAZÕES DE COMPRA

Qualidade 56 83,6%

Preço 46 68,7%

Prazo de entrega 9 13,4%

Beleza/design 7 10,4%

Forma de pagamento 6 9,0%

Outro 6 9,0%

Marca 4 6,0%

Total 67

Page 155: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

153

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 13.1 – Principais razões de compra dos clientes finais26

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 13.1 indica o cruzamento das principais razões de compra dos

clientes com o polo do setor das empresas pesquisadas. A totalidade dos polos destaca

a qualidade como principal razão de compra dos clientes, atingindo 89,7% dos

entrevistados do Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste. O

fator preço é o segundo atributo de compra mais importante para os clientes, de

acordo com os entrevistados dos dois polos pesquisados. O prazo de entrega e a forma

de pagamento oferecida ao cliente tem maior expressividade para os inquiridos do

Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte, com 21,1% e 15,8%

respectivamente, nestas faixas de resposta.

POLO DO SETOR / PRINCIPAIS RAZÕES DE COMPRA

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Qualidade

Preço

Prazo de entrega

Beleza/design

Forma de pagamento

Outro

Marca

Total

30 78,9% 26 89,7%

25 65,8% 21 72,4%

8 21,1% 1 3,4%

5 13,2% 2 6,9%

6 15,8% 0 0,0%

2 5,3% 4 13,8%

3 7,9% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 156: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

154

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.6 Fatores que influenciam as vendas

Quem ou o que principalmente influencia a compra dos produtos da sua empresa?

Gráfico 14– Principais influências na venda dos produtos da empresa27

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 14 destaca as principais influências na venda dos produtos e serviços

das empresas respondentes, sendo a indicação de terceiros, citada por 61,2% dos

entrevistados. Em seguida observa-se promotor/vendedor, com 37,3%, em terceiro,

propaganda com 31,3%, apontados pelos respondentes, como influenciadores na

compra dos produtos das empresas da amostra.

Gráfico 14.1 – Principais influências na venda dos produtos da empresa X Região-Polo28

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 14.1 correlaciona os fatores que influenciam a venda de produtos e

serviços do setor e o polo econômico das empresas pesquisadas. A indicação de

terceiros tem o maior poder influenciador no polo de Plástico e Borracha do Oeste,

com 79,3% dos respondentes da região nesta faixa de resposta. A ação do

PRINCIPAL INFLUÊNCIA NA VENDA

Indicação de terceiros 41 61,2%

Promotor/Vendedor 25 37,3%

Propaganda 21 31,3%

Total 67

POLO EM SC / PRINCIPAL INFLUÊNCIA NA VENDA

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Indicação de terceiros

Promotor/Vendedor

Propaganda

Total

18 47,4% 23 79,3%

21 55,3% 4 13,8%

13 34,2% 8 27,6%

38 100,0% 29 100,0%

Page 157: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

155

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Promotor/Vendedor tem maior expressividade para os respondentes do polo Plástico

da Região Norte, citado por 55,3% dos respondentes deste polo econômico como

principal influência na venda de produtos e serviços do setor.

3.2.7 Influência sazonal de consumo

Há alterações sazonais de compra/consumo dos produtos da empresa (por parte dos clientes)?

Gráfico 15 – Alterações sazonais de consumo29

Fonte: dados da pesquisa.

As alterações sazonais de consumo expressam a variação no volume de vendas

das empresas entrevistadas em um determinado intervalo de tempo, envolvendo a

periodicidade em meses que há aumento ou queda significativa nas vendas ou receitas

das empresas.

O gráfico acima indica que para a maioria dos respondentes, 55,2%, há

influência sazonal significativa nas vendas de seus produtos e serviços. Por outro lado,

44,8% dos entrevistados afirmam não haver influência significativa da sazonalidade no

volume de venda de seus produtos e serviços.

INFLUÊNCIA SAZONAL

Sim 37 55,2%

Não 30 44,8%

Total 67 100,0%

Page 158: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

156

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 15.1 – Alterações sazonais de consumo X Região-Polo30

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 15.1 cruza a influência sazonal com o segmento em que as empresas

estudadas atuam. Neste aspecto, pouco mais da metade dos entrevistados que

afirmam sentir esta influência 62,1%, é oriundo do Polo Setorial de Plástico e Borracha

do Oeste. Observa-se que no polo Plástico da Região Norte 50% dos respondentes

afirma existir sazonalidade em seus negócios, enquanto a outra metade dos

representantes deste polo, não sente esta influência.

Gráfico 15.2 – Importância da Alteração sazonal de consumo31

Fonte: dados da pesquisa

Quando existe aumento de vendas advindo da influência sazonal, afirma-se que

esta é positiva ao empresariado, enquanto no momento de queda de vendas ou

faturamento no período indica influência sazonal negativa. Dentro da amostra, 29,9%

dos inquiridos apontam a influência negativa da sazonalidade, ao passo que para

SAZONALIDADE POSITIVA X NEGATIVA

Insignif icante 35 52,2%

Negativa (de queda em vendas/faturamento) 20 29,9%

Positiva (de crescimento) 12 17,9%

Total 67 100,0%

52,2%

29,9%

17,9%

Page 159: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

157

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

17,9% dos entrevistados esta influência eleva as vendas ou o faturamento no período.

É relevante citar o alto índice de entrevistados que afirma que a sazonalidade é

insignificante para o seu negócio, 52,5% dos entrevistados.

Gráfico 15.3 – Importância da Alteração sazonal de consumo X Região-Polo32

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 15.3 cruza a alteração sazonal com o polo econômico das empresas

pesquisadas. A sazonalidade positiva tem maior expressividade no polo do Plástico e

Borracha do Oeste, com 24,1% das respostas desta faixa de escolha. Constata-se a

existência de equilíbrio dentre os polos para aqueles que percebem a influência

negativa, com pouco mais da metade dos respondentes desta faixa de escolha

proveniente de cada polo da pesquisa. Dentre aqueles que consideram esta influência

insignificante, 60,5% são respondentes do polo do Plástico da Região Norte.

Page 160: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

158

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.8 Meses de variação sazonal

Em caso positivo, quais? (citar meses em que há variação sazonal nas vendas)

Gráfico 16 – Meses de variação sazonal33

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 16 destaca os meses com maior alteração sazonal para as empresas

entrevistadas. O maior índice observado, 46,3% dos entrevistados, não sabe responder

a este questionamento, sendo passível de inserção a premissa da ausência de um

estudo em relação a este tópico. Dentre aqueles que responderam ao levantamento, o

período mais significativo de variação ocorre nos meses de janeiro e julho, ambos com

19,4% dos respondentes da amostra.

MESES DE VARIAÇÃO SAZONAL

Não resposta 31 46,3%

Jan 13 19,4%

Fev 11 16,4%

Mar 7 10,4%

Abr 6 9,0%

Mai 7 10,4%

Jun 12 17,9%

Jul 13 19,4%

Ago 10 14,9%

Set 6 9,0%

Out 10 14,9%

Nov 8 11,9%

Dez 9 13,4%

Total 67

Page 161: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

159

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 16.1 – Meses de variação sazonal X Região-Polo34

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 16.1 correlaciona os meses de variação sazonal com o polo

econômico das empresas pesquisadas. Para o Polo Setorial da Cadeia da Indústria do

Plástico da Região Norte o destaque é o mês de janeiro, citado por 21,1% dos

respondentes deste polo econômico. Já para 27,6% e 24,1% dos inquiridos do Polo

Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste, destacam-se os meses de

agosto e julho como sendo o de maior variação sazonal.

MESES DE VARIAÇÃO SAZONAL / POLO EM SC

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Total

5 17,2% 8 21,1%

4 13,8% 7 18,4%

3 10,3% 4 10,5%

4 13,8% 2 5,3%

4 13,8% 3 7,9%

6 20,7% 6 15,8%

7 24,1% 6 15,8%

8 27,6% 2 5,3%

5 17,2% 1 2,6%

6 20,7% 4 10,5%

3 10,3% 5 13,2%

4 13,8% 5 13,2%

29 100,0% 38 100,0%

Page 162: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

160

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 16.2 – Meses de variação sazonal X Importância da Alteração sazonal de consumo35

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 16.2 evidencia a relação entre os meses em que há influência sazonal

nas vendas e o resultado desta influência, positiva (aumento em vendas) ou negativa

(queda nas vendas/faturamento). A maior sazonalidade negativa das empresas

entrevistadas foi decorrente no mês de julho, com 45% dos respondentes. O resultado

mais expressivo na sazonalidade positiva ocorre nos meses de outubro e novembro,

ambos com 50% dos inquiridos.

MESES DE VARIAÇÃO SAZONAL / SAZONALIDADE POSITIVA X NEGATIVA

Negativa (de

queda em

vendas/fat

uramento)

N % obs.

Positiva (de

crescimento)

N % obs.

Insignif icante

N % obs.

Não resposta

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Total

2 10,0% 1 8,3% 28 80,0%

5 25,0% 3 25,0% 5 14,3%

5 25,0% 2 16,7% 4 11,4%

2 10,0% 3 25,0% 2 5,7%

3 15,0% 3 25,0% 0 0,0%

3 15,0% 3 25,0% 1 2,9%

4 20,0% 4 33,3% 4 11,4%

9 45,0% 1 8,3% 3 8,6%

6 30,0% 2 16,7% 2 5,7%

4 20,0% 2 16,7% 0 0,0%

3 15,0% 6 50,0% 1 2,9%

1 5,0% 6 50,0% 1 2,9%

5 25,0% 3 25,0% 1 2,9%

20 100,0% 12 100,0% 35 100,0%

Page 163: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

161

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.9 Prospecção de clientes finais

A empresa realiza prospecção de clientes?

Gráfico 17 – Prospecção dos clientes finais36

Fonte: dados da pesquisa.

Baseado em respostas diretas dos respondentes, o Gráfico 17 destaca a

questão da prospecção ou não prospecção de clientes, influenciando na pró-atividade

acerca da captação de novos clientes para a empresa. Aqueles que realizam

prospecção de clientes são maior número na amostra, 68,7% do total, ao passo que

31,3% não realizam prospecção de clientes, de acordo com os entrevistados.

Gráfico 17.1 – Prospecção dos clientes finais X Região-Polo37

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 17.1 mostra os polos econômicos em que as empresas mais

realizaram atividades prospectivas para o seu negócio. O índice de maior

expressividade para a prospecção de clientes ocorre no polo do Plástico e Borracha do

REALIZA PROSPECÇÃO DE CLIENTES

Sim 46 68,7%

Não 21 31,3%

Total 67 100,0%

Page 164: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

162

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Oeste, com 69% dos entrevistados que afirmam realizar esta prospecção. No polo do

Plástico da Região Norte, este índice é de 68,4% da amostra. Dentre aqueles que não

realizam prospecção de clientes, os índices são semelhantes em ambos os polos.

3.2.10 Pesquisas de satisfação com clientes finais

A empresa realiza pesquisa de satisfação de clientes?

Gráfico 18 – Pesquisa de satisfação com clientes finais38

Fonte: dados da pesquisa.

De acordo com o gráfico acima, 74,6% das empresas entrevistadas não realizam

pesquisa de satisfação com seus clientes, enquanto apenas 25,4% dos respondentes

afirmam realizar este procedimento de análise.

Gráfico 18.1 – Pesquisa de satisfação com clientes finais X Região-Polo39

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Segundo o Gráfico 18.1, 79,3% dentre os entrevistados que não realizam

pesquisa de satisfação com clientes são oriundos do polo do Plástico e Borracha do

REALIZA PESQUISA DE SATISFAÇÃO

Não 50 74,6%

Sim 17 25,4%

Total 67 100,0%

74,6% 25,4%

Page 165: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

163

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Oeste, ao passo que 28,9% daqueles que afirmam utilizar este procedimento de

análise para medir a satisfação de seus clientes provém do polo Plástico da Região

Norte.

3.2.11 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais

Como realiza pesquisa de satisfação de clientes?

Gráfico 19 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais40

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 19 demonstra que dentre aqueles que realizam pesquisa de

satisfação, todos utilizam a equipe interna para este fim.

Gráfico 19.1 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais X Região-Polo41

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

FORMA DE PESQUISA DE SATISFAÇÃO

Não faz pesquisa 51 76,1%

Equipe Interna 16 23,9%

Total 67 100,0%

POLO EM SC / FORMA DE PESQUISA DE SATISFAÇÃO

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Não faz pesquisa

Equipe Interna

Total

27 71,1% 24 82,8%

11 28,9% 5 17,2%

38 100,0% 29 100,0%

Page 166: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

164

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O cruzamento do tipo de pesquisa de satisfação com clientes com o polo

econômico das empresas pesquisadas indica que a predominância do índice dos

entrevistados que não realizam este procedimento analítico ocorre no polo do Plástico

e Borracha do Oeste, com 82,8% dos entrevistados. Já no polo do Plástico da Região

Norte é observável que os 28,9% que realizam pesquisa de satisfação com seus

clientes o fazem por meio da equipe interna.

3.2.12 Grau de satisfação dos clientes finais

Qual o grau de satisfação dos clientes?

Gráfico 20 – Grau de satisfação dos clientes finais42

Fonte: dados da pesquisa

De acordo com a pesquisa, 79,2% (acumulado) dos entrevistados afirmam que

seus clientes encontram-se satisfeitos ou muito satisfeitos com a empresa que vende o

produto ou presta o serviço em questão. Ressalte-se que estas percepções quanto ao

grau de satisfação dos clientes são fruto mais de interações com os mesmos, do que

resultado de aplicação de pesquisa de satisfação, uma vez que apenas 23,9% (Gráfico

19) dos entrevistados afirmam realizar esta avaliação.

Page 167: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

165

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 20.1 – Grau de satisfação dos clientes finais X Região-polo43

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 20.1 relaciona o grau de satisfação dos clientes e polo econômico das

empresas pesquisadas. Nos dois polos da pesquisa a faixa de destaque é o índice de

entrevistados que afirmam que seus clientes encontram-se Muito Satisfeitos com o

produto ou o serviço ofertado pela empresa, sendo que 58,6% dos respondentes do

polo do Plástico e Borracha do Oeste e 42,1% do grupo do polo do Plástico da Região

Norte situam-se nesta faixa de resposta.

Page 168: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

166

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.13 Frequência da pesquisa de satisfação

Qual a frequência destas pesquisas?

Gráfico 21 – Frequência da pesquisa de satisfação44

Fonte: dados da pesquisa.

Neste gráfico é apontada a frequência de execução da pesquisa de satisfação,

para aqueles que relatam realizá-la. Observa-se percentual igual para a frequência

anual e mensal, ambas com 7,5% das citações. A bimestralidade é apontada por 3% da

amostra.

FREQUÊNCIA EM PESQUISA DE SATISFAÇÃO

Não faz pesquisa 51 76,1%

Mensal 5 7,5%

Anual 5 7,5%

Esporadicamente 2 3,0%

Bimestral 2 3,0%

Semestral 1 1,5%

Trimestral 1 1,5%

Total 67 100,0%

Page 169: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

167

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 21.1 – Frequência da pesquisa de satisfação X Região-Polo45

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

De acordo com o Gráfico 21.1, o índice de empresas que fazem pesquisas

anualmente é destaque no polo do Plástico da Região Norte, com 10,5% dos

entrevistados deste polo nesta faixa de resposta. Para o polo do Plástico e Borracha do

Oeste, o destaque é para aqueles que realizam este procedimento de análise

mensalmente, com 10,3% dos inquiridos nesta faixa de escolha. Vale ressaltar que a

execução bimestral da pesquisa só ocorre no polo do Plástico do Norte, com 5,3% de

respondentes neste estudo.

POLO EM SC / FREQUÊNCIA EM PESQUISA DE SATISFAÇÃO

Plástico e

Borracha do Oeste

N % obs.

Plástico da Região

Norte

N % obs.

Anual

Semestral

Bimestral

Trimestral

Mensal

Esporadicamente

Não faz pesquisa

Total

1 3,4% 4 10,5%

0 0,0% 1 2,6%

0 0,0% 2 5,3%

0 0,0% 1 2,6%

3 10,3% 2 5,3%

1 3,4% 1 2,6%

24 82,8% 27 71,1%

29 100,0% 38 100,0%

Page 170: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

168

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE

Esta seção apresentará os resultados da análise das características de

suprimentos da cadeia de mercado ou players (clientes, fornecedores e concorrentes)

e da conjuntura da atividade da empresa ante o mercado (práticas, problemas

enfrentados, novos mercados). É composta por dezenove variáveis que explicam a

conjuntura do mercado das empresas de Produtos de Borracha e de Plástico em Santa

Catarina.

3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes

E quais seriam os seus canais de vendas?

Gráfico 22 – Canais de venda46

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Os canais de vendas utilizados pelos entrevistados são abordados no Gráfico

22. A ampla maioria dos respondentes, 71,6%, destaca a venda direta como melhor

forma de acessar seus clientes ou potenciais clientes para venda de seus

produtos/serviços. Outros canais de venda aparecem atrás da venda direta, são eles:

atacadista/distribuidor, com 38,8% dos respondentes, e o varejista, com 20,9%. Dentre

os entrevistados é perceptível a baixa utilização da internet como canal de venda, com

apenas 6,0% da amostra.

CANAIS DE VENDAS MAIS USADOS

Venda direta ao cliente f inal 48 71,6%

Atacadista/Distribuidor 26 38,8%

Varejista 14 20,9%

Internet via site próprio 4 6,0%

Outros 3 4,5%

Total 67

Page 171: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

169

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 22.1 – Canais de venda do cliente X Região-Polo47

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

A análise do Gráfico 22.1 é o cruzamento entre canais de vendas e os polos

econômicos do estudo, tendo como premissa a utilização de diversos canais de vendas

para o cliente por uma mesma empresa. A venda direta é predominante nos dois polos

estudados, com destaque para o Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha

do Oeste, onde 72,4% dos respondentes utilizam-se deste canal de venda. O uso de

Atacadista/Distribuidor é destacado no Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico

da Região Norte, uma vez que 39,5% da amostra utiliza este canal de venda. O canal

varejista é mais significativo para as empresas do polo do Plástico e Borracha do Oeste

quando comparado com o polo do Plástico do Norte. Esta situação se repete quando

analisado o canal de venda pela internet.

POLO EM SC / CANAIS DE VENDA MAIS USADOS

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Venda direta ao cliente final

Atacadista/Distribuidor

Varejista

Internet via site próprio

Outros

Total

27 71,1% 21 72,4%

15 39,5% 11 37,9%

6 15,8% 8 27,6%

1 2,6% 3 10,3%

2 5,3% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 172: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

170

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.2 Região de origem dos clientes finais

Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:

Gráfico 23 – Região de origem dos clientes finais48

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

De acordo com o Gráfico 23, é observável que a origem dos clientes finais situa-

se fora dos limites do bairro em que a empresa está instalada, de acordo com 50,7%

dos entrevistados. Sequencialmente, 34,3% dos respondentes indicam que os clientes

são da própria região em que a empresa se localiza. Cabe salientar que 20,9% dos

clientes das empresas estudadas situam-se em estados de outras regiões do país. O

mercado na região sul também se apresenta com boa significância para os

respondentes, com 20,9% de citações.

REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS CLIENTES

Do bairro onde a empresa está localizada 12 17,9%

De outros bairros do município 34 50,7%

Da região onde sua empresa se localiza 23 34,3%

De outras regiões do estado 15 22,4%

De outros estados do sul do Brasil 14 20,9%

De estados de outras regiões do Brasil 14 20,9%

Do exterior 0 0,0%

Total 67

Page 173: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

171

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 23.1 – Região de origem dos clientes finais X Região-Polo49

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 23.1 correlaciona o polo econômico das empresas estudadas e a

região que seus clientes estão instalados, baseando-se na premissa de que uma

mesma empresa tem diversos clientes, oriundos de diferentes regiões. O índice de

maior expressividade no polo do Plástico da Região Norte é para a faixa que afirma que

seus clientes são de outros bairros do município, com 57,9% da amostra deste polo. O

maior número de respondentes que afirmam que seus clientes são de outras regiões

do estado está no polo do Plástico e Borracha do Oeste, com 34,5% dos

representantes desta esfera do estudo nesta faixa de resposta. Com relação ao

mercado no sul do Brasil, o destaque, com 24,1% é para o polo do Plástico e Borracha

do Oeste. Já em termos de mercado de abrangência nacional, o polo do Plástico da

Região Norte contém o maior número de respondentes, 23,7%.

POLO EM SC / REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS CLIENTES

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

De outros bairros do município

Da região onde sua empresa se localiza

De outras regiões do estado

De outros estados do sul do Brasil

De estados de outras regiões do Brasil

Do bairro onde a empresa está localizada

Total

22 57,9% 12 41,4%

14 36,8% 9 31,0%

5 13,2% 10 34,5%

7 18,4% 7 24,1%

9 23,7% 5 17,2%

6 15,8% 6 20,7%

38 100,0% 29 100,0%

Page 174: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

172

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 23.2 – Descrição da região de origem dos clientes finais - Composto de 3 gráficos50

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 23.2 está relacionado ao Gráfico 23 o qual descreve a origem de

instalação dos clientes das empresas entrevistadas (respostas espontâneas) e

representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua origem respostas

diferentes para as categorias de respostas apresentadas no Gráfico 23 e foi

particionado da seguinte forma:

O Gráfico “1: Origem dos clientes – Regionais SC” apresenta a distribuição

de respostas por mesorregiões do Estado em que os clientes estão

instalados e que foram citadas na alternativa “De outras regiões do

Estado” no Gráfico 23. As regiões mais citadas são a região Oeste e Norte,

com 17,9% e 16,4% dos respondentes, respectivamente.

O Gráfico “2: Origem dos clientes – Estados” apresenta a distribuição de

respostas por Estados do Brasil. Nota-se que a região Sul é a mais citada

no grupo dos entrevistados, inferindo a proximidade geográfica como

fator preponderante para a expansão dos negócios para o empresariado

catarinense. O Paraná e o Rio Grande do Sul apresentam significativos

índices de respondentes neste levantamento, respectivamente 22,4% e

14,9% dos respondentes. São Paulo detém o mesmo índice do Rio Grande

1: ORIGEM DOS CLIENTES - REGIONAIS SC

Não resposta 43 64,2%

Foz do Itajaí 1 1,5%

Meio Oeste 4 6,0%

Norte 11 16,4%

Oeste 12 17,9%

Sul 2 3,0%

Vale do Itajaí 4 6,0%

Total 67

2: ORIGEM DOS CLIENTES - ESTADOS

Não resposta 43 64,2%

BA 1 1,5%

GO 1 1,5%

MA 1 1,5%

MG 2 3,0%

PB 1 1,5%

PE 1 1,5%

PI 1 1,5%

PR 15 22,4%

RS 10 14,9%

SP 15 22,4%

Total 67

3: ORIGEM DOS CLIENTES - PAÍSES

Brasil 67 100,0%

Total 67 100,0%

Page 175: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

173

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

do Sul neste apontamento. Estas respostas foram citadas na alternativa

“De Estados de outras regiões do País” no Gráfico 23;

O Gráfico 23: Origem dos clientes – “Países” apresenta a distribuição de

respostas por outros países em que os clientes estão instalados e que

foram citadas na alternativa “Do exterior” no Gráfico 23. Em sua

totalidade, os negócios dos respondentes situam-se dentro dos limítrofes

nacionais.

3.3.3 Região de origem dos fornecedores

Seus principais Fornecedores são originários, em sua maior parte:

Gráfico 24 – Região de origem dos fornecedores51

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Neste levantamento, o índice total ultrapassa 100% devido à possibilidade de

múltiplas respostas por um mesmo entrevistado. De acordo com o Gráfico 24, as

empresas pesquisadas têm elevada dependência de fornecedores de fora do estado de

Santa Catarina, com ápice no índice de 40,3% dos entrevistados que afirmam que seus

fornecedores são oriundos de outros estados do sul do Brasil. Segundo 34,5% das

citações, os fornecedores são oriundos de outras regiões do país. É observável,

ademais, a ínfima relevância de fornecedores situados fora dos limites nacionais para o

empresariado entrevistado, apenas 1,5% das citações da pesquisa.

REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS FORNECEDORES

Do bairro onde a empresa está localizada 7 10,4%

De outros bairros do município 15 22,4%

Da região onde sua empresa se localiza 20 29,9%

De outras regiões do estado 11 16,4%

De outros estados do sul do Brasil 27 40,3%

De Estados de outras regiões do Brasil 23 34,3%

Do exterior 1 1,5%

Total 67

Page 176: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

174

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 24.1 – Região de origem dos fornecedores X Região-Polo52

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 24.1 relaciona o polo econômico em que a empresa atua com o local

em que seus fornecedores estão instalados, levando em consideração a premissa de

que uma mesma empresa tem diversos fornecedores. Neste prospecto, o Polo Setorial

da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte é predominantemente abastecido

por fornecedores da região onde as empresas estão situadas, conforme 42,1% dos

respondentes. O Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste tem

maior proeminência para os entrevistados com fornecedores de outros estados do sul

do país, com 69% dos entrevistados deste polo nesta faixa de resposta. Em se tratando

de fornecedores de outras regiões do Brasil, os polos apresentam percentuais muito

próximos, 36,8% no polo do Plástico da Região Norte e 31,0% no polo do Plástico e

Borracha do Oeste.

POLO EM SC / RELAÇÃO DE INSTALAÇÃO DOS FORNECEDORES

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

De outros estados do sul do Brasil

De Estados de outras regiões do Brasil

Da região onde sua empresa se localiza

De outros bairros do município

De outras regiões do estado

Do bairro onde a empresa está localizada

Do exterior

Total

7 18,4% 20 69,0%

14 36,8% 9 31,0%

16 42,1% 4 13,8%

10 26,3% 5 17,2%

6 15,8% 5 17,2%

4 10,5% 3 10,3%

0 0,0% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 177: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

175

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 24.2 – Descrição da região de origem dos fornecedores - Composto de 3 gráficos53

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 24.2 está relacionado ao Gráfico 24 o qual descreve a origem de

instalação dos fornecedores das empresas entrevistadas (respostas espontâneas) e

representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua origem respostas

diferentes para as categorias de respostas apresentadas no Gráfico 24 e foi

particionado da seguinte forma:

O Gráfico “1: Origem dos fornecedores – Regionais” apresenta a

distribuição de respostas por mesorregiões do Estado em que os

fornecedores estão instalados e que foram citadas na alternativa “De

outras regiões do Estado” no Gráfico 24. A região de maior destaque neste

apontamento é a Região Norte, com 23,9% das citações do grupo.

O Gráfico “2: Origem dos fornecedores – Estados” apresenta a distribuição

de respostas por Estados do Brasil, onde seus fornecedores estão

instalados e que foram citadas na alternativa “De Estados de outras regiões

do País” no Gráfico 24. Neste prospecto, São Paulo, Paraná e o Rio Grande

do Sul são os estados com maior número de fornecedores para o

empresariado catarinense, com índices respectivamente de 43,3%, 34,3% e

25,4% das citações do grupo;

1:ORIGEM DOS FORNECEDORES-REGIONAIS SC

Não resposta 49 73,1%

Norte 16 23,9%

Foz do Itajaí 5 7,5%

Vale do Itajaí 4 6,0%

Grande Florianópolis 2 3,0%

Sul 1 1,5%

Oeste 1 1,5%

Total 67

2: ORIGEM DOS FORNECEDORES-ESTADOS

Não resposta 21 31,3%

SP 29 43,3%

PR 23 34,3%

RS 17 25,4%

MG 4 6,0%

Total 67

3: ORIGEM DOS FORNECEDORES-PAÍSES

Brasil 67 100,0%

Total 67 100,0%

Page 178: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

176

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico “3: Origem dos fornecedores – Países” apresenta a distribuição

de respostas por outros países em que os fornecedores estão instalados e

que foram citadas na alternativa “Do exterior, quais países” no Gráfico 24.

A dependência do empresariado catarinense em relação ao fornecimento é

exclusiva do país, visto que inexistem fornecedores de fora do país para os

entrevistados do presente estudo.

3.3.4 Região de origem dos concorrentes

Seus principais concorrentes são originários, em sua maior parte:

Gráfico 25 – Região de origem dos concorrentes54

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

De acordo com o Gráfico 25, é verificável que para as empresas pesquisadas, a

concorrência é oriunda principalmente de outros bairros do município onde a empresa

está situada, com índice de 47,8%, seguido por 31,3% dos entrevistados com

afirmativa de que a concorrência provém da região onde a empresa está localizada.

Para 37,3% dos entrevistados, a concorrência advém de fora dos limites estaduais,

sejam de estados vizinhos, de estados longínquos ou de outros países.

REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS CONCORRENTES

Do bairro onde a empresa está localizada 15 22,4%

De outros bairros do município 32 47,8%

Da região onde sua empresa se localiza 21 31,3%

De outras regiões do estado 6 9,0%

De outros Estados do sul do Brasil 12 17,9%

De Estados de outras regiões do Brasil 11 16,4%

Do exterior 2 3,0%

Total 67

Page 179: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

177

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 25.1 – Região de origem dos concorrentes X Região-Polo55

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 25.1 relaciona o polo econômico das empresas pesquisadas com o

local que os concorrentes estão instalados, levando em consideração a premissa de

que uma mesma empresa tem diversos concorrentes. O destaque para os dois polos

da pesquisa é: concorrentes de outros bairros do município onde as empresas estão

localizadas, com ápice no índice de 52,6% dos entrevistados do polo do Plástico da

Região Norte para esta faixa de resposta. Concorrentes da região onde a empresa está

localizada têm destaque no polo do Plástico e Borracha do Oeste, com 34,5% das

citações dos pesquisados desta esfera da amostra. Concorrentes de outros estados do

sul do país, bem como do bairro onde a empresa está situada são ocorrências com

iguais percentuais, 24,1% para os inquiridos do polo do Plástico e Borracha do Oeste.

POLO EM SC / RELAÇÃO DE INSTALAÇÃO DOS CONCORRENTES

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

De outros bairros do município

Da região onde sua empresa se localiza

Do bairro onde a empresa está localizada

De outros Estados do sul do Brasil

De Estados de outras regiões do Brasil

De outras regiões do estado

Do exterior

Total

20 52,6% 12 41,4%

11 28,9% 10 34,5%

8 21,1% 7 24,1%

5 13,2% 7 24,1%

6 15,8% 5 17,2%

5 13,2% 1 3,4%

1 2,6% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 180: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

178

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 25.2 – Descrição da região de origem dos concorrentes - Composto de 3 gráficos56

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 25.2 está relacionado ao Gráfico 25 o qual descreve a origem ou

localização de instalação dos concorrentes das empresas entrevistadas (respostas

espontâneas) e representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua

origem respostas diferentes para as categorias apresentadas no Gráfico 25 e foi

particionado da seguinte forma:

O Gráfico “1: Origem dos concorrentes – Regionais SC” apresenta a

distribuição de respostas por mesorregiões do Estado em que os

concorrentes estão instalados e que foram citadas na alternativa “De

outras regiões do Estado” no Gráfico 25. As regiões mais citadas foram as

regiões Norte e Oeste do estado, com respectivamente 20,9% e 14,9% das

citações da amostra;

O Gráfico “2: Origem dos concorrentes – Estados” apresenta a distribuição

de respostas por Estados do Brasil, onde seus concorrentes estão

instalados e que foram citadas na alternativa “De Estados de outras regiões

do País” no Gráfico 25. Os estados de origem de seus concorrentes mais

citados foram São Paulo e o Paraná com respectivamente 16,4% e 11,9%

dos inquiridos da amostra nesta faixa de resposta;

1: ORIGEM DOS CONCORRENTES - REGIONAIS

Não resposta 44 65,7%

Extremo Oeste 2 3,0%

Foz do Itajaí 1 1,5%

Meio Oeste 1 1,5%

Norte 14 20,9%

Oeste 10 14,9%

Sul 1 1,5%

Vale do Itajaí 5 7,5%

Total 67

3: ORIGEM DOS CONCORRENTES - PAÍSES

Brasil 67 100,0%

Total 67 100,0%

2: ORIGEM DOS CONCORRENTES - ESTADOS

Não resposta 47 70,1%

PR 8 11,9%

RJ 1 1,5%

RS 4 6,0%

SP 11 16,4%

Total 67

Page 181: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

179

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico “3: Origem dos concorrentes – Países” apresenta a distribuição

de respostas por outros países em que os concorrentes estão instalados e

que foram citadas na alternativa “Do exterior, quais países” no Gráfico 25.

É observável, segundo a totalidade dos respondentes, que a concorrência

advém de dentro dos limites territoriais brasileiros.

3.3.5 Nível de concorrência do mercado

E como você percebe o mercado concorrente atual, na área de atuação da sua

empresa?

Gráfico 26 – Nível de concorrência do mercado57

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 26 indica o nível de concorrência no mercado, sendo que de acordo

com a opinião de 67,2% dos entrevistados existem muitos concorrentes no setor, ao

passo que 9% do total da amostragem acreditam na existência de poucos concorrentes

dentro do setor. Uma terceira percepção, daqueles que acreditam em um equilíbrio da

concorrência – nem muitos e nem poucos concorrentes – têm índice de 23,9% dentre

os respondentes.

NÍVEL DE CONCORRÊNCIA

Muitos concorrentes 45 67,2%

Nem poucos nem muitos concorrentes 16 23,9%

Poucos concorrentes 6 9,0%

Total 67 100,0%

Page 182: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

180

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 26.1 – Nível de concorrência do mercado X Região-Polo58

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 26.1 cruza o nível de concorrência de mercado com o polo econômico

das empresas pesquisadas. Nos dois polos da pesquisa o destaque é para o índice de

respondentes que acreditam na existência de muitos concorrentes dentro do setor,

com exacerbação no índice do polo do Plástico da Região Norte, onde 68,4% dos

respondentes do grupo estão inclusos nesta faixa de resposta. Aqueles que acreditam

em poucos concorrentes dentro do setor são em maior número no polo do Plástico e

Borracha do Oeste, com 10,3% dos entrevistados desta esfera da pesquisa, enquanto

24,1% da amostra deste polo econômico acreditam no equilíbrio no que cerne ao

quesito concorrência.

3.3.6 Percepção sobre o mercado

Como você (enquanto empresário) percebe o mercado onde atua, em termos de expansão, nos últimos 12 meses?

Gráfico 27 – Impressão sobre o mercado de atuação59

Fonte: dados da pesquisa.

POLO EM SC / NÍVEL DE CONCORRÊNCIA

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Muitos concorrentes

Nem poucos nem muitos concorrentes

Poucos concorrentes

Total

26 68,4% 19 65,5%

9 23,7% 7 24,1%

3 7,9% 3 10,3%

38 100,0% 29 100,0%

SITUAÇÃO DO MERCADO DE ATUAÇÃO

Está em crescimento 48 71,6%

Está estável (não cresce nem encolhe) 17 25,4%

Está decrescente ou em queda 2 3,0%

Total 67 100,0%

Page 183: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

181

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico 27 avalia a impressão sobre o mercado de atuação dos entrevistados.

A percepção da maioria dos entrevistados, 71,6% indica o crescimento do mercado de

atuação das empresas do setor, enquanto 25,4% indicam a estabilidade deste. Apenas

3% dos entrevistados postulam o declínio do mercado de atuação no setor.

Gráfico 27.1 – Impressão sobre o mercado x Região-Polo60

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

De acordo com o Gráfico 27.1, a maioria dos entrevistados que acredita que o

mercado está em crescimento pertence ao polo do Plástico e Borracha do Oeste com

75,9% da amostra. Nesta direção os respondentes do polo do Plástico da Região Norte

somam 68,4%, assim como prevalecem entre o grupo que pontua a estabilidade do

mercado de atuação das empresas, com 28,9% da amostra nesta faixa de resposta. Em

se tratando do polo de Plástico e Borracha do Oeste, o índice de respondentes que

acreditam na estabilidade do mercado é de 20,7%. Por outro lado, o destaque no

grupo que infere no decréscimo do mercado de atuação das empresas é neste mesmo

polo.

Page 184: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

182

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio

E a sua empresa está em qual fase? Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas?

Gráfico 28 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas61

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 28, por sua vez, apresenta a opinião dos respondentes acerca da

situação da sua própria empresa, considerando crescimento, estabilidade ou queda no

nível de vendas. A maior parte dos entrevistados, 64,2%, afirmam que a sua empresa

está em fase de crescimento, enquanto 32,8% indicam a estabilidade do nível de

vendas desta. Apenas 3% dentre os respondentes postulam queda no nível de vendas

da empresa em que atuam.

Gráfico 28.1 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas X Região-Polo62

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 28.1 destaca o estágio do ciclo de vida da empresa por polo

econômico das empresas pesquisadas. Os entrevistados de todos os polos do estudo

ESTÁGIO DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA

Está em crescimento 43 64,2%

Está estável (não cresce nem encolhe) 22 32,8%

Está decrescente ou em queda 2 3,0%

Total 67 100,0%

POLO EM SC / ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Está em crescimento

Está estável (não cresce nem encolhe)

Está decrescente ou em queda

Total

24 63,2% 19 65,5%

12 31,6% 10 34,5%

2 5,3% 0 0,0%

38 100,0% 29 100,0%

Page 185: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

183

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

são maioria dos respondentes na faixa daqueles que indicam o crescimento no nível de

vendas das empresas, com respectivamente 63,2% e 65,5% dos respondentes do Polo

Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte e do Polo Setorial da Cadeia

do Setor Plástico e Borracha do Oeste nesta faixa de resposta. A estabilidade tem

maior proeminência para 34,5% dos entrevistados do polo do Plástico e Borracha do

Oeste, enquanto 5,3% do grupo do polo do Plástico da Região Norte pontua o declínio

do nível de vendas de suas empresas.

3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa

Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa está crescendo em relação ao último ano em termos de faturamento e vendas (caso tenha marcado "Está em crescimento" na questão anterior).

Gráfico 29 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas63

Fonte: dados da pesquisa.

TAXA DE CRESCIMENTO - FATURAMENTO

[ESTÁGIO DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA] In "Está em crescimento"

Média = 18 Desvio-padrão = 13

Mín = 2 Máx = 60

Não resposta 5 11,6%

Menos de 10 8 18,6%

De 10 a 19 13 30,2%

De 20 a 29 8 18,6%

De 30 a 39 6 14,0%

De 40 a 49 2 4,7%

De 50 a 59 0 0,0%

De 60 a 69 1 2,3%

De 70 a 79 0 0,0%

De 80 a 89 0 0,0%

De 90 a 99 0 0,0%

100 e mais 0 0,0%

Total 43 100,0%

11,6%

18,6%

30,2%

18,6%

14,0%

4,7%

0,0%

2,3%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

Page 186: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

184

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico 29 é o desdobramento da questão anterior e indica a taxa percentual

de crescimento médio para as empresas que apresentam situação atual de

crescimento em faturamento e vendas. O maior número de respondentes indica

crescimento entre 10 e 19 pontos percentuais, com índice de 30,2% das respostas,

seguido por 18,6% dos entrevistados que citam o crescimento inferior a dez pontos

percentuais, mesmo índice da faixa de crescimento entre 20 e 29 pontos percentuais.

Gráfico 29.1 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo64

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 29.1 é o cruzamento da taxa anual de crescimento em faturamento e

vendas com o polo econômico das empresas pesquisadas. Para o polo do Plástico e

Borracha do Oeste é verificável a proeminência na faixa de crescimento entre 10 e 19

pontos percentuais, com 42,1% dos entrevistados nesta faixa de resposta. Ainda neste

polo, 15,8% apontam um crescimento entre 30 e 39 pontos percentuais. Os

entrevistados do polo do Plástico da Região Norte, por sua vez, destacam a faixa de

crescimento entre 20 e 29 pontos percentuais, citada por ¼ dos entrevistados desta

esfera do estudo. Apenas entrevistados deste último polo citam crescimento superior

a quarenta pontos percentuais, atingindo o índice de 12,5% de inquiridos do polo nas

faixas entre 40 e 69 pontos percentuais.

POLO EM SC / TAXA DE CRESCIMENTO DE FATURAMENTO

[ESTÁGIO DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA] In "Está em

crescimento"

Plástico e Borracha

do Oeste

N % obs.

Plástico da Região

Norte

N % obs.

Menos de 10

De 10 a 19

De 20 a 29

De 30 a 39

De 40 a 49

De 60 a 69

Total

6 31,6% 2 8,3%

8 42,1% 5 20,8%

2 10,5% 6 25,0%

3 15,8% 3 12,5%

0 0,0% 2 8,3%

0 0,0% 1 4,2%

19 100,0% 24 100,0%

Page 187: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

185

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 29.2 – Taxa média anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo65

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 29.2 demonstra a taxa média de crescimento no faturamento por

polo, que apresenta porcentagem média mais significativa no Polo da Região Norte.

3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa

Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa perdeu em faturamento e vendas em relação ao último ano (caso tenha marcado "Está em queda" na questão anterior).

Gráfico 30 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa66

Fonte: dados da pesquisa.

De acordo com o Gráfico 30, apenas 2 respondentes dentre todos os polos

informou o percentual anual do decréscimo das suas atividades. Estes entrevistados

POLO EM SC / MÉDIA DA TAXA DE CRESCIMENTO DE FATURAMENTO

TAXA DE CRESCIMENTO -

FATURAMENTO

Média Mín Máx

Plástico e Borracha do Oeste

Plástico da Região Norte

Total

14 2 30

23 5 60

18 2 60

Page 188: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

186

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

pontuam o decréscimo entre 30 a 49 pontos percentuais em faturamento ou vendas

em relação ao último ano na sua empresa.

Gráfico 30.1 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo67

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

A escala de taxa de declínio por região-polo das empresas pesquisadas (Gráfico

30.1), indica que a principal variação de declínio é entre 30 e 49 por cento para 2

empresas, ocorrência exclusiva do polo do Plástico da Região Norte.

Gráfico 30.2 – Taxa Média anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo68

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 30.2 expõe a taxa média de queda no faturamento por polo, que no

polo do Plástico da Região Norte é a porcentagem mais significativa.

Page 189: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

187

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa

O que a sua empresa está fazendo hoje para atingir este crescimento? Indique (caso tenha informado "em crescimento” no item 3.3.7).

Gráfico 31 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa69

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

As práticas de crescimento utilizadas nas empresas são expressas no Gráfico 31.

Aqui as alternativas tentam responder ao que as empresas estão fazendo para atingir o

crescimento. Dentre as alternativas, a mais utilizada pelos respondentes são

melhoramentos no processo interno, com índice de 34,3% das respostas. Em seguida,

aparece a criação de inovações, com 23,9% dos respondentes, mesmo índice daqueles

que pontuam a aquisição de tecnologias como prática de crescimento, utilizada pelas

empresas estudadas. O desenvolvimento de novos produtos apresenta-se na quinta

posição, com 14,9% de citações do total da amostra.

PRÁTICAS DE CRESCIMENTO

Não resposta 24 35,8%

Melhoramentos no processo interno 23 34,3%

Criando inovação 16 23,9%

Adquirindo tecnologias 16 23,9%

Formando parcerias 11 16,4%

Desenvolvendo novos produtos 10 14,9%

Investindo em qualif icação profissional 8 11,9%

Atuando em novos mercados 6 9,0%

Outro 5 7,5%

Profissionalizando toda a empresa 4 6,0%

Aperfeiçoando a logística 3 4,5%

Total 67

Page 190: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

188

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 31.1 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa X Região-Polo70

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento das práticas de crescimento utilizadas nas empresas pesquisadas

com o polo econômico das empresas pesquisadas é descrito no Gráfico 31.1. De

acordo com o estudo, a principal prática de crescimento para os dois polos do estudo

são melhoramentos no processo interno, com exacerbação no polo do Plástico e

Borracha do Oeste, com 37,9% dos entrevistados nesta faixa de resposta. Para o polo

do Plástico da Região Norte, o mesmo índice de respondentes, 31,6% da amostra, é

verificável na faixa daqueles que acreditam que adquirir tecnologias é uma importante

prática de crescimento utilizada pelas empresas da pesquisa. No polo do Plástico e

Borracha do Oeste, observa-se índice significativo para o uso da inovação, como forma

de promoção do crescimento, 31,0% de citações.

PRÁTICAS DE CRESCIMENTO / POLO EM SC

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Adquirindo tecnologias

Aperfeiçoando a logística

Atuando em novos mercados

Criando inovação

Desenvolvendo novos produtos

Formando parcerias

Investindo em qualif icação profissional

Melhoramentos no processo interno

Outro

Profissionalizando toda a empresa

Total

4 13,8% 12 31,6%

0 0,0% 3 7,9%

3 10,3% 3 7,9%

9 31,0% 7 18,4%

3 10,3% 7 18,4%

7 24,1% 4 10,5%

1 3,4% 7 18,4%

11 37,9% 12 31,6%

2 6,9% 3 7,9%

3 10,3% 1 2,6%

29 100,0% 38 100,0%

Page 191: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

189

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa

Se a empresa apresenta um quadro de estabilidade ou declínio em vendas ou faturamento, indique os principais motivos.

Gráfico 32 – Motivos da estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa71

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 32 expressa os motivos da estagnação ou declínio das empresas

pesquisadas, e o principal motivo do declínio apontado pelas empresas é a

concorrência acirrada no setor, com 10,4% dos respondentes. Outro motivo citado

pela amostra, a falta de recursos próprios para capital de giro, com 6%. Nota para

67,2% de não respostas respectivas a parcela da amostra que não apresentou declínio

(indicativo no gráfico 28).

Page 192: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

190

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 32.1 – Motivos de estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo72

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 32.1 apresenta os motivos de estabilidade ou queda no faturamento

das empresas estudadas. A análise dos dados infere que a concorrência acirrada é o

destaque nos dois polos da pesquisa. Ainda neste polo, encontra-se um elevado

percentual, 7,9%, que aponta a falta de mão de obra qualificada como motivo para

declínio das vendas. Cabe ressaltar que 6,9% dos entrevistados do polo do Plástico e

Borracha do Oeste pontuam a falta de recursos próprios para capital de giro como

motivo para a estabilidade ou queda no faturamento das empresas da amostra,

mesmo índice neste polo econômico para aqueles que pontuam a falta de recursos

para investimentos como problema ao desenvolvimento do setor.

MOTIVOS DO DECLÍNIO / POLO EM SC

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Outra

Concorrência acirrada

Falta de recursos próprios para capital de giro

Falta de modernização tecnológica

Falta de recursos para investimentos

Mão-de-obra não qualif icada

Custo elevado dos produtos ou insumos comprados

Inadequação a legislação vigente

Qualidade da matéria prima

Total

6 15,8% 5 17,2%

4 10,5% 3 10,3%

2 5,3% 2 6,9%

2 5,3% 1 3,4%

1 2,6% 2 6,9%

3 7,9% 0 0,0%

0 0,0% 1 3,4%

0 0,0% 1 3,4%

1 2,6% 0 0,0%

38 100,0% 29 100,0%

Page 193: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

191

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidas na empresa

Caso tenha realizado, quais os tipos de inovação a sua empresa desenvolveu ou

desenvolve?

Gráfico 33 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa73

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Dentro da amostragem, 67,2% dos entrevistados não realizaram ações de

inovação, conforme mostra o Gráfico 33. Para aquelas empresas que realizaram ações

de inovação, observa-se que 14,9% das empresas introduziram novos processos ou

métodos de trabalho, mesmo índice de respondentes que ofertaram novos produtos e

serviços para novos segmentos de mercado.

TIPOS DE INOVAÇÃO REALIZADAS

Não realizou essas ações de inovação no período 45 67,2%

Introduziu novos produto/serviços em novos segmentos 10 14,9%

Introduziu novos processos ou métodos de trabalho 10 14,9%

Criou produtos e fez modificações nas atributos do produto, não patenteadas 5 7,5%

Introduziu mudanças no seu modelo de negócio 5 7,5%

Total 67

Page 194: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

192

Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 33.1 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa X Região-Polo74

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Esta amostra analisa os principais tipos de inovação que os polos adotam. É observável que o destaque para o polo do Plástico e

Borracha do Oeste é para os entrevistados que introduziram novos processos ou métodos de trabalho, com 17,2% das citações no polo. Já no

polo do Plástico da Região Norte é verificável a predominância daqueles que introduziram novos produtos e serviços para novos segmentos de

mercado, com 15,8% dos representantes deste polo nesta faixa de resposta. Cabe salientar que 10,3% dos entrevistados do polo de Plástico e

Borracha do Oeste criaram produtos e fizeram modificações nos atributos do produto, não patenteados e acreditam que esta seja uma ação de

inovação realizada por estes.

POLO EM SC / TIPOS DE INOVAÇÃO REALIZADAS

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Criou produtos e fez modificações nas atributos do produto, não patenteadas

Introduziu mudanças no seu modelo de negócio

Introduziu novos processos ou métodos de trabalho

Introduziu novos produto/serviços em novos segmentos

Não realizou essas ações de inovação no período

Total

3 10,3% 2 5,3%

2 6,9% 3 7,9%

5 17,2% 5 13,2%

4 13,8% 6 15,8%

19 65,5% 26 68,4%

29 100,0% 38 100,0%

Page 195: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

193

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.13 Impacto das inovações na empresa

Com relação às inovações realizadas por sua empresa, você diria que:

Gráfico 34 – Impacto das inovações na empresa75

Fonte: dados da pesquisa.

De acordo com o Gráfico 34, 67,2% da amostra afirma que não realizou as

ações de inovação. Da amostra total, 25,4% dos respondentes indicam que o impacto

foi positivo no negócio, índice que salta para 77,3% (17 entre 22 empresas da amostra)

das empresas que realizaram ações de inovação (32,8% da amostra total realizaram

inovação).ao passo que 7,5% ainda estão em fase de implementação das ações de

inovações, não sendo possível mensurar os resultados destas ações.

Gráfico 34.1 – Impacto das inovações na empresa X Região-Polo76

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

No Gráfico 34.1, é visto que 21,1% dos respondentes do polo do Plástico da

Região Norte afirmam o impacto positivo daquelas inovações em seu negócio, ao

IMPACTO DAS AÇÕES DE INOVAÇÃO

Não realizou ações de inovação 45 67,2%

Impactaram positivamente no seu negócio 17 25,4%

Ainda em fase de implementação das ações de inovação 5 7,5%

Não impactaram nem positiva nem negativamente 0 0,0%

Impactaram negativamento no seu negócio 0 0,0%

Total 67 100,0%

POLO EM SC / IMPACTO DAS AÇÕES DE INOVAÇÕES

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Não realizou ações de inovação

Impactaram positivamente no seu negócio

Ainda em fase de implementação das ações de inovação

Total

26 68,4% 19 65,5%

8 21,1% 9 31,0%

4 10,5% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 196: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

194

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

passo que 31,0% dos entrevistados do polo do Plástico e Borracha do Oeste situam-se

nesta faixa de resposta. O maior índice de respondentes que ainda estão em fase de

implementação destas ações é observado no polo do Plástico da Região Norte, 10,5%

dos entrevistados nesta esfera da pesquisa.

3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente

Gostaria de comentar sobre os principais problemas/desafios que sua empresa enfrenta atualmente?

Gráfico 35 – Problemas ou desafios enfrentados pela empresa77

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 35 apresenta os problemas e desafios enfrentados pelas empresas

entrevistadas. Por ser uma questão de múltiplas respostas, uma empresa pode ter

vários tipos de problemas ou desafios enfrentados. Dentre os comentários dos

entrevistados, os mais apontados são: falta de mão de obra qualificada, com 34,3% dos

Page 197: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

195

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

respondentes, seguido por concorrência acirrada/desleal e falta de capital para

investimento, com respectivamente 19,4% e 14,9% dos entrevistados.

Gráfico 35.1 – Problemas ou desafios enfrentados pelo cliente X Região-Polo78

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 35.1, mostra em valores percentuais os problemas mais relevantes e

evidencia que a falta de mão de obra qualificada é o percalço mais significativo para as

empresas do polo de Plástico da Região Norte, citado por metade dos entrevistados

desta esfera da pesquisa. Neste polo, a concorrência acirrada/desleal é problemática

para 23,7% dos entrevistados. No polo do Plástico e Borracha do Oeste é verificável

que o maior percentual da amostra, 17,2% dos entrevistados, referem-se àqueles que

pontuam a falta capital para investimento como um dos maiores problemas

enfrentado pelas suas empresas. Tal índice repete-se na faixa daqueles que pontuam a

elevada carga tributária como fator negativo ao desenvolvimento do setor.

Page 198: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

196

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa

A sua empresa realizou alguma dessas ações de acesso a novos mercados nos últimos 12 meses?

Gráfico 36 – Ações de acesso a novos mercados na empresa79

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Demonstrar as ações das empresas para entrar em novos mercados é a

premissa do Gráfico 36. Nota-se que 65,7% das empresas não realizaram quaisquer

ações para acessar novos mercados. Todavia, 22,4% dos respondentes destacaram a

atuação em outro Estado e 14,9% destacaram a “Atuação em nova cidade no Estado”

para ter acesso a novos clientes. “Vendas pela internet” foi a estratégia de 14,9% da

amostra.

AÇÕES PARA NOVOS MERCADOS

Não realizou estas ações 44 65,7%

Atuação em outro Estado 15 22,4%

Atuação em nova cidade no Estado 10 14,9%

Vendas pela internet 10 14,9%

Nova filial ou ponto de venda na mesma cidade 1 1,5%

Total 67

Page 199: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

197

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 36.1 – Ações de acesso a novos mercados na empresa X Região-Polo80

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Objetivo do Gráfico 36.1, as ações para acessar novos mercados cruzadas por

polo econômico das empresas pesquisadas apresenta índices extremamente elevados

daqueles que não realizaram estas ações nos dois polos da pesquisa. A estratégia de

atuar em outro Estado tem maior expressividade para os respondentes dos dois polos

econômicos estudados, com destaque para o polo do Plástico e Borracha do Oeste,

onde 24,1% dos entrevistados destacam esta faixa de resposta como ação para acessar

novos clientes. Já para 21,1% das empresas do polo do Plástico da Região Norte, atuar

em outro Estado foi a prerrogativa. Comparativamente o uso da internet para venda é

maior neste Polo do que no polo do Plástico e Borracha do Oeste, 15,8% e 13,8%

respectivamente.

POLO EM SC / AÇÕES PARA NOVOS MERCADOS

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Não realizou estas ações

Atuação em outro Estado

Atuação em nova cidade no Estado

Vendas pela internet

Nova filial ou ponto de venda na mesma cidade

Total

25 65,8% 19 65,5%

8 21,1% 7 24,1%

7 18,4% 3 10,3%

6 15,8% 4 13,8%

1 2,6% 0 0,0%

38 100,0% 29 100,0%

Page 200: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

198

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados

Caso tenha realizado ações de acesso a novos mercados, estas:

Gráfico 37 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados81

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 37 indica que, dentre as empresas da amostra total que realizaram

ações para acessar novos mercados, 17,9% desta amostra informa que o resultado das

ações superou as vendas em até 10% em relação ao mesmo período do ano passado

(Considerar o período da entrevista, conforme citado nos Aspectos Metodológicos).

Para 9%, da mesma amostra total, o aumento nas vendas foi maior do que 10% em

relação ao mesmo período do ano anterior, e para 9% não houve aumento nas vendas,

não incorrendo em resultados positivos.

RESULTADO DAS AÇÕES - NOVOS MERCADOS

Não realizou ações para acessar novos mercados 43 64,2%

Resultaram em aumento de vendas de até 10% em relação ao mesmo período do ano passado 12 17,9%

Resultaram em aumento de vendas superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado 6 9,0%

Não resultaram em aumento de vendas 6 9,0%

Total 67 100,0%

Page 201: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

199

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 37.1 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados X Região-Polo82

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Em ambos os polos a mais da metade dos respondentes afirmam que não realizaram ações para acessar mercados. Por outro lado,

24,1% dos entrevistados do polo de Plástico e Borracha do Oeste acreditam que as ações realizadas de prospecção a novos mercados

resultaram em aumento de vendas de até 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Já para 13,2% dos representantes do Polo

Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte, as ações realizadas para acesso a novos mercados, resultados no aumento de

vendas superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado.

Page 202: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

200

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa

Descreva o que seria uma oportunidade para um novo mercado na sua região ou fora dela, considerando o mercado em que sua empresa atua?

Gráfico 38 – Oportunidades de novos mercados83

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

OPORTUNIDADES DE MERCADO

Sem perspectiva 31 46,3%

Expandir a venda ao mercado nacional 5 7,5%

Ampliar venda ao mercado estadual/SC 5 7,5%

Fabricação de pneus na região da empresa 2 3,0%

Trabalhar com injeção de plástico na cidade 2 3,0%

Comercializar pneus novos/usados 2 3,0%

Fabricação de copos 1 1,5%

Fabricação/comercialização de embalagens na região da empresa 1 1,5%

Fabricação de moldes plásticos 1 1,5%

Abrir borracharia na região da empresa 1 1,5%

Fornecer matéria prima p5 1 1,5%

Produzir cifão/triplo/torneira 1 1,5%

Abrir centro de distribuição de peças no território nacional 1 1,5%

Produzir peças para construção civil 1 1,5%

Produzir peças e acessórios para automóveis 1 1,5%

Trabalhar com recapagem de pneus 1 1,5%

Fabricação velas de baixo custo 1 1,5%

Produzir escadas de f ibra 1 1,5%

Fabricação de fossas e f iltros para construção 1 1,5%

Trabalhar com o setor moveleiro 1 1,5%

Impressão e fabricação de bubinas 1 1,5%

Vendas pela internet 1 1,5%

Fabricação de embalagens para alimentos agrícolas 1 1,5%

Fabricação de embalagens para frigoríf ico 1 1,5%

Abrir fábrica de reposição de peças 1 1,5%

Nacionalizar peças importadas 1 1,5%

Fabricação de sacolas/mangueiras 1 1,5%

Total 67

Page 203: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

201

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico 38 apresenta as respostas espontâneas dos empresários sobre a

percepção do que seria um novo mercado para a sua empresa na região ou fora desta.

As oportunidades mais citadas são expandir a venda para o mercado nacional e

ampliar a venda ao mercado estadual, ambas com 7,5% do total entrevistado. É

observável, no entanto, que 46,3% do grupo não observa perspectiva de novos

mercados.

Gráfico 38.1 – Oportunidades de novos mercados X Região-Polo84

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Page 204: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

202

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico 38.1 apresenta as oportunidades citadas pelas empresas de acordo

com o polo econômico destas. Expandir a venda ao mercado nacional tem destaque

para 10,3% dos entrevistados do polo do Plástico e Borracha do Oeste, ao passo que a

ampliação das vendas ao mercado estadual é pontuada por 10,5% dos representantes

do polo do Plástico da Região Norte. Oportuno ressaltar que o índice dos respondentes

sem perspectivas é de 37,9% e 52,6% dos entrevistados, índices pertencentes

respectivamente ao polo do Plástico e Borracha do Oeste e ao polo do Plástico da

Região Norte.

3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa

E quais as suas expectativas em relação ao seu negócio, para o próximo ano?

Gráfico 39 – Expectativas estratégicas da empresa85

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

As expectativas das empresas entrevistadas quanto ao seu negócio,

considerando as respostas espontâneas e múltiplas, revelam-se mais significativas para

a ampliação das vendas, com 56,7% dos entrevistados. A expectativa do crescimento

superior aos quinze pontos percentuais é citada por 25,4% dos pesquisados, dentre

outros.

EXPECTATIVAS ESTRATÉGICAS

Ampliar as vendas 38 56,7%

Crescimento acima de 15% 17 25,4%

Aumentar a produção 6 9,0%

Estabilidade/Manter a cartela de clientes 4 6,0%

Expectativa de queda nas vendas 3 4,5%

Investimento em equipamentos 2 3,0%

Expandir para o mercado nacional 1 1,5%

Abertura de novas unidades estratégicas 1 1,5%

Ampliar as vendas pela internet 1 1,5%

Total 67

Page 205: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

203

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 39.1 – Expectativas estratégicas da empresa X Região-Polo86

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

A análise por polo econômico apresenta a expectativa dos empresários para o

próximo ano em relação ao seu negócio, conforme descreve o Gráfico 39.1 e indica

que o destaque para os dois polos da pesquisa é a ampliação de vendas, com

exacerbação no polo do Plástico e Borracha do Oeste, com 62,1% de seus

entrevistados situados nesta faixa de resposta. O índice de maior expressão para o

grupo que pontua o crescimento acima de quinze pontos percentuais para o próximo

ano, por sua vez, destaca-se no polo do Plástico da Região Norte, com 34,2% do total

da amostra deste polo econômico incidente a esta faixa de resposta.

EXPECTATIVAS DA EMPRESA / POLO EM SC

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Ampliar as vendas

Crescimento acima de 15%

Aumentar a produção

Estabilidade/Manter a cartela de clientes

Expectativa de queda nas vendas

Investimento em equipamentos

Ampliar as vendas pela internet

Abertura de novas unidades estratégicas

Expandir para o mercado nacional

Total

20 52,6% 18 62,1%

13 34,2% 4 13,8%

3 7,9% 3 10,3%

1 2,6% 3 10,3%

2 5,3% 1 3,4%

1 2,6% 1 3,4%

1 2,6% 0 0,0%

0 0,0% 1 3,4%

0 0,0% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 206: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

204

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS

Esta seção apresentará os resultados da análise das características de

suprimentos logísticos (como atendem clientes ou são atendidos por fornecedores) e

da conjuntura logística atual da atividade (características do processo de atendimento,

problemas enfrentados e necessidades). É composta por dezessete variáveis que

explicam o sistema logística do setor de Plástico e Borracha em Santa Catarina.

3.4.1 Modelos logísticos

Quais dos seguintes modelos logísticos mais se assemelham ao da sua empresa?

Gráfico 40 – Características do Suprimento Logístico87

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 40 apresenta os modelos logísticos aplicáveis às empresas

pesquisadas, no que tange a forma de produção dos seus produtos e serviços

ofertados. Para 52,2% das empresas, se compra insumos, produz o produto acabado e

vende-se diretamente ao consumidor final, pessoa física. Outros 35,8% compram

insumos, produz o produto acabado e vende para empresas, enquanto 25,4% compra

produto acabado, monta produto final e revende para empresas.

MODELO LOGÍSTICO APLICADO

Compra insumos - produz produto acabado - vende ao consumidor f inal 35 52,2%

Compra insumos - produz produto acabado - vende para empresas 24 35,8%

Compra produto acabado - monta produto f inal - revende para empresas 17 25,4%

Compra serviços de terceiros - cria produtos - vende por encomenda 6 9,0%

Outros 4 6,0%

Total 67

52,2

%

35,8

%

25,4

%

9,0

%

6,0

%

Page 207: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

205

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 40.1 – Características do Suprimento Logístico X Região-Polo88

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 40.1 apresenta o cruzamento das características do suprimento logístico, tidos como processos básicos de entrada e saída de

insumos e mercadorias nas empresas estudadas por polo econômico. A caracterização de comprar insumos para produzir o produto acabado e

vender ao consumidor final, tem nos respondentes do polo do Plástico da Região Norte, 52,6% dos inquiridos desta faixa de resposta

provenientes deste polo econômico. A compra de insumos, produção do produto acabado e venda para empresas, bem como a compra do

produto acabado, montagem do produto final e revenda para empresas ocorrem em ambos os polos. Este último modelo, destaca-se no polo

do Plástico da Região Norte, com 36,8% das citações. O modelo – compra de serviços de terceiros, criação do produto e venda por encomenda

– ocorre com mais expressividade nos entrevistados provenientes do polo do Plástico e Borracha do Oeste, com 13,8% dos integrantes desta

faixa de resposta, neste polo.

Page 208: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

206

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas

No que diz respeito à logística da sua empresa, especifique o(s) tipo(s) de produto(s) que a sua empresa compra, para realizar a sua produção/operação.

Gráfico 41 – Natureza da compra de mercadorias das empresas89

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 41 aponta a natureza da compra de matéria-prima das empresas

entrevistadas na pesquisa. O percentual mais significativo, 71,6% da amostra, para

aqueles que afirmam comprar matéria-prima (partes e/ou peças) para fabricar produto

acabado, em segundo com 35,8% compram a matéria-prima para montagem, e apenas

6% contratam serviços de terceiros.

Page 209: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

207

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 41.1 – Natureza da compra de mercadorias das empresas X Região-Polo90

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 42.1 apresenta o tipo ou natureza de compra das empresas por polo econômico. A caracterização de comprar matéria-prima

(partes e/ou peças) para fabricar produto acabado tem a maioria de seus integrantes oriundos do polo do Plástico da Região Norte, com 76,3%

dos inquiridos desta faixa de resposta provenientes deste polo econômico. No grupo daqueles que compram a matéria-prima (partes e/ou

peças) para montagem verifica-se o predomínio de empresas provenientes deste mesmo polo econômico. Na contratação de serviços de

terceiros, todavia, existe a maior expressividade de entrevistados provenientes do polo do Plástico e Borracha do Oeste, responsável por 10,3%

dos integrantes desta faixa de resposta.

Page 210: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

208

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais

A sua empresa tem alguma dificuldade em encontrar e trabalhar com fornecedores da sua região? Se positivo, cite quais.

Gráfico 42 – Dificuldades com fornecedores locais91

Fonte: dados da pesquisa. Nota 1: A soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas

O Gráfico 42 apresenta as principais dificuldades das empresas da pesquisa

junto à cadeia de fornecedores do seu negócio. Para 50,7% dos entrevistados não

existem dificuldades, enquanto a falta de fornecedores locais é destacada por 28,4%

dos inquiridos neste estudo. Para 13,4% o percalço é a falta de fornecedores de

matéria-prima na região.

DIFICULDADES COM FORNECEDORES

Sem dif iculdades 34 50,7%

Faltam fornecedores locais 19 28,4%

Falta matéria prima na região 9 13,4%

Fornecedores com custo elevado 4 6,0%

Fornecedores não atendem demanda da empresa 4 6,0%

Falta matéria prima com qualidade 2 3,0%

Fornecedores sem estoque 2 3,0%

Monopólio da Braskem 2 3,0%

Demora na entrega dos pedidos 1 1,5%

Não trabalha com fornecedores locais 1 1,5%

Falta de qualidade dos terceirizados 1 1,5%

Poucos fornecedores de pet 1 1,5%

Total 67

Page 211: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

209

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 42.1 – Dificuldades com fornecedores locais X Região-Polo92

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

As dificuldades das empresas para com seus fornecedores, cruzada com o polo

econômico das empresas pesquisadas é mostrada no Gráfico 42.1 e indica que 44,8%

dos entrevistados do polo do Plástico e Borracha do Oeste apontam a falta de

fornecedores locais. Para a amostra do polo do Plástico da Região Norte, a falta de

matéria-prima na região da empresa é lembrada por 13,2% dos respondentes. Cabe

salientar que a maior parte dos respondentes deste último polo da pesquisa, 60,5% da

amostra, destaca a ausência de dificuldades junto à cadeia de fornecedores de seu

negócio, ocorrência para37,9% dos respondentes do polo do Plástico e Borracha do

Oeste que se situam nesta faixa de resposta.

DIFICULDADE COM FORNECEDORES / POLO EM SC

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Sem dif iculdades

Faltam fornecedores locais

Falta matéria prima na região

Fornecedores com custo elevado

Fornecedores não atendem demanda da empresa

Fornecedores sem estoque

Monopólio da Braskem

Falta matéria prima com qualidade

Poucos fornecedores de pet

Falta de qualidade dos terceirizados

Não trabalha com fornecedores locais

Demora na entrega dos pedidos

Total

23 60,5% 11 37,9%

6 15,8% 13 44,8%

5 13,2% 4 13,8%

2 5,3% 2 6,9%

1 2,6% 3 10,3%

1 2,6% 1 3,4%

1 2,6% 1 3,4%

0 0,0% 2 6,9%

1 2,6% 0 0,0%

1 2,6% 0 0,0%

1 2,6% 0 0,0%

0 0,0% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 212: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

210

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores

Avalie o poder de barganha da sua empresa em relação a seus fornecedores.

Gráfico 43 – Poder de barganha da empresa X fornecedores93

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 43 avalia o poder de barganha da empresa para com seus

fornecedores. Nem alto/Nem baixo é citado por 23,9% dos entrevistados, enquanto

49,3% dos respondentes afirmam que este poder é alto, o qual se resume na

capacidade da empresa em conseguir negociar prazos, preços e condições de

pagamento. Dentre a amostra, 26,9% dos entrevistados afirmam que este poder é

baixo, ou seja, que a empresa não consegue negociar prazos, preços ou condições de

pagamento junto a seus fornecedores.

PODER DE BARGANHA DA EMPRESA

Alto, (minha empresa consegue negociar prazo/preço e condições) 33 49,3%

Baixo, minha empresa não consegue negociar prazo/preço ou condições de pagamento 18 26,9%

Nem alto/Nem Baixo 16 23,9%

Total 67 100,0%

Page 213: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

211

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 43.1 – Poder de barganha da empresa X fornecedores X Região-Polo94

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 43.1 apresenta a análise de poder de barganha por polo econômico

estudado. Nesta análise verifica-se a predominância do polo do Plástico e Borracha do

Oeste na faixa de respostas daqueles que acreditam que o poder de barganha da sua

empresa é alto, responsável por 58,6% dos entrevistados desta faixa de resposta. Por

outro lado, aqueles que pontuam que este poder de barganha é baixo ou nem

alto/nem baixo destacam-se no polo do Plástico da Região Norte, com

respectivamente 28,9% dos entrevistados destas faixas de resposta incidentes a este

polo econômico.

Page 214: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

212

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.5 Movimentação da produção na empresa

A movimentação de insumos e matérias-primas na sua empresa é realizada por qual tipo de equipamento?

Gráfico 44 – Movimentação da produção na empresa95

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 44 mostra a movimentação da produção interna das empresas e

infere que esta é realizada manualmente ou através de carrinho por 50,7% dos

respondentes, seguida pelo uso de empilhadeiras, com 32,8% do total entrevistado.

Para 9,0%, a movimentação é feita por meio de guindaste. Apenas um entrevistado

utiliza ponte rolante para a movimentação da produção interna na empresa.

MOVIMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO INTERNA

Manual ou carrinho 34 50,7%

Empilhadeira 22 32,8%

Veículo pesado 17 25,4%

Veículo leve 12 17,9%

Esteiras 7 10,4%

Guindaste 6 9,0%

Ponte rolante 1 1,5%

Retroescavadeira 0 0,0%

Total 67

Page 215: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

213

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 44.1 – Movimentação da produção na empresa X Região-Polo96

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 44.1 cruza o tipo de movimentação interna da produção com o polo

econômico das empresas estudadas e demonstra que esta é realizada principalmente

manualmente ou através de carrinho pelos respondentes nos dois polos da pesquisa,

com exacerbação no índice de 55,2% dos entrevistados do polo do Plástico e Borracha

do Oeste, situados nesta faixa de resposta. O uso de empilhadeira, o uso de veículo

pesado e o uso de veículo leve aparecem respectivamente na segunda, terceira e

quarta posição deste levantamento nos dois polos da pesquisa, inferindo similaridade

no grau de usabilidade na movimentação da produção interna dentro da amostra no

presente estudo.

POLO EM SC / MOVIMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO INTERNA

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Manual ou carrinho

Empilhadeira

Veículo pesado

Veículo leve

Esteiras

Guindaste

Ponte rolante

Total

18 47,4% 16 55,2%

12 31,6% 10 34,5%

7 18,4% 10 34,5%

6 15,8% 6 20,7%

4 10,5% 3 10,3%

4 10,5% 2 6,9%

1 2,6% 0 0,0%

38 100,0% 29 100,0%

Page 216: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

214

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.6 Canais de fornecedores da empresa

Considerando a cadeia logística da sua empresa, qual ou quais os tipos de fornecedores com que a sua empresa trabalha?

Gráfico 45 – Canais de fornecedores da empresa97

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Sobre os canais de fornecedores utilizados pelas empresas da pesquisa,

objetivo do Gráfico 45, tem-se o acesso direto ao fabricante como a forma mais

utilizada pelas empresas, citada por 73,1% dos entrevistados. Em seguida constata-se

que a compra por representante comercial é destacada por 28,4% da amostragem e a

compra por meio de atacadistas é a opção para 23,9% da amostra.

FORMA DE COMPRA COM FORNECEDORES

Compra direto do fabricante 49 73,1%

Compra de representante comercial 19 28,4%

Compra de atacadistas 16 23,9%

Compra de cooperativa 6 9,0%

Compra no varejo 3 4,5%

Utiliza prestação de serviço de terceiros 2 3,0%

Total 67

Page 217: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

215

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 45.1 – Canais de fornecedores da empresa X Região-Polo98

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento dos canais de fornecedores com o polo econômico das empresas

pesquisadas é descrito no Gráfico 45.1 e infere que a compra direta pelo fabricante é

destaque em todos os polos estudados, com destaque para o polo do Plástico da

Região Norte, onde o índice de respondentes que se utiliza deste canal de fornecedor

atinge 73,7% dos entrevistados desta esfera da pesquisa. A compra por meio de

representante comercial tem maior expressividade no polo do Plástico e Borracha do

Oeste, com 34,5% dos respondentes, enquanto a compra de atacadistas tem seu maior

índice de citações, 24,1% dentre os inquiridos deste mesmo polo econômico. A compra

de cooperativa é citada por 13,2% da amostrado polo do Plástico da Região Norte.

POLO EM SC / FORMA DE COMPRA COM FORNECEDORES

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Compra direto do fabricante

Compra de representante comercial

Compra de atacadistas

Compra de cooperativa

Compra no varejo

Utiliza prestação de serviço de terceiros

Total

28 73,7% 21 72,4%

9 23,7% 10 34,5%

9 23,7% 7 24,1%

5 13,2% 1 3,4%

2 5,3% 1 3,4%

2 5,3% 0 0,0%

38 100,0% 29 100,0%

Page 218: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

216

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa

A sua empresa negocia as suas compras de que forma?

Gráfico 46 – Formas de negociação das compras99

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

A forma mais usual de negociação das compras dos fornecedores é por

telefone, citada por 89,6% dos respondentes, seguida da compra por e-mail, lembrada

por 58,2% destes. A compra direta com o vendedor ocupa a terceira posição, com

52,2% das citações. Apenas quatro entrevistados negociam as compras através do site

do da empresa.

Gráfico 46.1 – Formas de negociação das compras X Região-Polo100

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

FORMA DE INTERMEDIAÇÃO DE COMPRA

Por telefone 60 89,6%

Por e-mail 39 58,2%

Pessoalmente com vendedor 35 52,2%

Através do site da empresa 4 6,0%

Total 67

POLO EM SC / FORMA DE INTERMEDIAÇÃO DE COMPRA

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Por telefone

Por e-mail

Pessoalmente com vendedor

Através do site da empresa

Total

33 86,8% 27 93,1%

19 50,0% 20 69,0%

21 55,3% 14 48,3%

0 0,0% 4 13,8%

38 100,0% 29 100,0%

Page 219: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

217

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico 46.1 cruza as formas de negociação das compras com fornecedores

com o polo econômico das empresas estudadas. Em todos os segmentos do presente

estudo, o meio de contato mais realizado é o telefone, com destaque no índice de

93,1% dos respondentes nesta faixa de resposta visto no polo do Plástico e Borracha

do Oeste. Pessoalmente com vendedor tem seu ápice no polo do Plástico da Região

Norte, com 55,3% das citações. Já para 69,0% da amostra do polo do Plástico e

Borracha do Oeste utiliza-se do e-mail para intermediar as compras da empresa.

Ademais, este polo contém a totalidade dos entrevistados que afirma intermediar suas

compras através do site da empresa.

3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa

A sua empresa trabalha com quantos fornecedores diferentes?

Gráfico 47 – Quantidade de fornecedores101

Fonte: dados da pesquisa.

QUANTIDADE DE FORNECEDORES

Média = 14 Desvio-padrão = 20

Mín = 1 Máx = 100

m (10,0% - 90,0%) = 9

Menos de 1 0 0,0%

1 2 3,0%

De 2 a 4 15 22,4%

De 5 a 9 19 28,4%

De 10 a 19 20 29,9%

De 20 a 29 3 4,5%

De 30 a 39 0 0,0%

De 40 a 49 1 1,5%

De 50 a 69 5 7,5%

70 e mais 2 3,0%

Total 67 100,0%

0,0%

3,0%

22,4%

28,4%

29,9%

4,5%

0,0%

1,5%

7,5%

3,0%

Page 220: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

218

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico 47 expressa a quantidade de fornecedores para as empresas da

pesquisa. A faixa de maior destaque é entre 10 a 19 fornecedores, com 29,9% dos

entrevistados nesta opção, seguida por 28,4% dos respondentes da faixa entre 5 a 9

fornecedores. A média geral é de 14 fornecedores por empresa.

Gráfico 47.1 – Quantidade de fornecedores x Região-Polo102

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 47.1 cruza a quantidade de fornecedores com o polo econômico das

empresas da pesquisa. A faixa de 10 a 19 fornecedores é destaque no polo do Plástico da

Região Norte, com 31,6% dos respondentes desta esfera da pesquisa nesta faixa de

resposta. No polo do Plástico e Borracha do Oeste o índice de 27,6% dos entrevistados

repete-se em três faixas de resposta, entre 2 a 4, entre 5 a 9 e entre 10 a 19 fornecedores

por empresa. Apenas dois entrevistados da pesquisa afirmam ter setenta ou mais

fornecedores, ambos oriundos do polo do Plástico e Borracha do Oeste.

QUANTIDADE DE FORNECEDORES / POLO EM SC

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Plástico da

Região Norte

N % obs.

1

De 2 a 4

De 5 a 9

De 10 a 19

De 20 a 29

De 40 a 49

De 50 a 69

70 e mais

Total

0 0,0% 2 5,3%

8 27,6% 7 18,4%

8 27,6% 11 28,9%

8 27,6% 12 31,6%

0 0,0% 3 7,9%

1 3,4% 0 0,0%

2 6,9% 3 7,9%

2 6,9% 0 0,0%

29 100,0% 38 100,0%

Page 221: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

219

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 47.2 – Quantidade média de fornecedores x Região-Polo103

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 47.2 apresenta quantidades médias de fornecedores distintas entre

os polos do estudo, sendo que a maior média de fornecedores está no polo do Plástico

e Borracha do Oeste.

Page 222: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

220

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.9 Quantidade de clientes na empresa

E trabalha/atende quantos clientes (atualmente)?

Gráfico 48 – Quantidade de clientes104

Fonte: dados da pesquisa.

A média geral de clientes por empresa da pesquisa entrevistada é de 222,

conforme gráfico acima. Na distribuição de frequência, nota-se que 29,9% dos

entrevistados têm entre 100 a 249 clientes. Já 10,4% dos respondentes têm ou entre

10 a 19, ou entre 30 a 39 ou entre 50 a 69 clientes. Na faixa que vai de 500 a 4.999

clientes, tem-se acumulado 12,0% da amostra. É observável que nenhum entrevistado

tem mais de cinco mil clientes e que apenas quatro respondentes possuem acima de

mil clientes.

Page 223: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

221

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 48.1 – Quantidade de clientes X Região-Polo105

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

A quantidade de clientes por polo econômico é apresentada no Gráfico 48.1 e é

visível que para os dois polos da pesquisa a maior frequência é verificada na faixa de

100 ou mais clientes, com destaque para o polo do Plástico e Borracha do Oeste, onde

este índice atinge 37,9% dos entrevistados na pesquisa. Observa-se, ademais, que

31,6% dos entrevistados do polo do Plástico da Região Norte tem menos de vinte

clientes.

Page 224: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

222

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 48.2 – Quantidade Média de clientes X Região-Polo106

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 48.2 reúne as médias gerais de clientes por empresas de cada polo do

estudo. O polo do Plástico e Borracha do Oeste contém a maior média, 288 clientes

por empresa e o polo do Plástico da Região Norte a menor média, 171 clientes por

empresa.

3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa

Como a sua empresa realiza o transporte para a compra de insumos e matérias-

primas?

Gráfico 49 – Meios de transporte utilizados na compra de matérias-primas107

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Page 225: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

223

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico 49 apresenta os meios de transportes usados na compra de insumos

e matérias- primas das empresas entrevistadas. Para 73,1% dos respondentes o meio

de transporte mais utilizado na compra são veículos pesados, enquanto os veículos

leves são utilizados por 37,3% das empresas.

Gráfico 49.1 – Meios de transporte para compra de matérias-primas X Região-Polo108

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 49.1 cruza os meios de transportes usados na compra de insumos e

matérias- primas das empresas entrevistadas com o polo econômico destas. A análise

do gráfico revela que é destaque nas duas esferas do estudo o uso principalmente de

veículos pesados, com destaque para o polo do Plástico e Borracha do Oeste, onde o

índice de respondentes nesta faixa atinge 75,9% do total da amostra. O índice de

respondentes é de 39,5% da amostra no polo do Plástico da Região Norte, para

aqueles que indicam o uso de veículos leves no transporte da compra de insumo e

matérias-primas.

POLO EM SC / MEIO DE TRANSPORTE DE LOGÍSTICA E COMPRA

Plástico da Região

Norte

N % obs.

Plástico e Borracha

do Oeste

N % obs.

Veículo pesado

Veículo leve

Total

27 71,1% 22 75,9%

15 39,5% 10 34,5%

38 100,0% 29 100,0%

Page 226: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

224

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa

Como a sua empresa realiza o transporte para a venda de insumos e produtos?

Gráfico 50 – Meios de transporte utilizados na venda de produtos 109

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O transporte para a venda é feito principalmente por veículos pesados, de

acordo com 64,2% das empresas entrevistadas. Os veículos leves são utilizados por

35,8% das empresas. O cliente busca o seu produto, de acordo com 19,4% da amostra

entrevistada.

Gráfico 50.1 – Meios de transporte utilizados na venda de produtos X Região-Polo110

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 50.1 revela que todos os polos utilizam principalmente veículos

pesados para a logística da venda de seus produtos, com ápice no índice de 69% dos

entrevistados do polo do Plástico e Borracha do Oeste nesta faixa de resposta. A

POLO EM SC / MEIO DE TRANSPORTE DE LOGÍSTICA E VENDA

Plástico da Região

Norte

N % obs.

Plástico e Borracha

do Oeste

N % obs.

Veículo pesado

Veículo leve

Cliente busca

Não se aplica

Total

23 60,5% 20 69,0%

15 39,5% 9 31,0%

7 18,4% 6 20,7%

4 10,5% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 227: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

225

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

utilização de veículos leves tem maior expressividade no polo do Plástico da Região

Norte, citada por 39,5% dos entrevistados da região. Já 20,7% dos inquiridos do polo

de Plástico e Borracha do Oeste afirmam que o cliente busca o seu produto.

3.4.12 Gestão de estoque na empresa

E como a sua empresa realiza a gestão do estoque na empresa?

Gráfico 51 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal111

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 51 destaca a gestão de estoque das empresas e é visível que 38,8%

dos entrevistados utilizam o processo informal de gestão de estoque. Outros

respondentes, 35,8% utilizam o processo formal com software, enquanto 14,9% dos

entrevistados utilizam o processo formal sem software.

GESTÃO DE ESTOQUE

Processo informal 26 38,8%

Processo formal com softw are 24 35,8%

Processo formal sem softw are 10 14,9%

Não realiza 7 10,4%

Total 67 100,0%

Page 228: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

226

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 51.1 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal X Região-Polo112

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 51.1 demonstra que o processo informal de gestão de estoque é a

faixa de destaque para os dois polos econômicos estudados no estado, com maior

expressividade no polo do Plástico e Borracha do Oeste, onde 41,4% dos entrevistados

situam-se nesta faixa de resposta. É observável, ademais, que este índice repete-se

neste polo na faixa daqueles que fazem uso de processo formal com software na

gestão de estoque. Aqueles que não realizam gestão de estoque tem maior

expressividade no polo do Plástico da Região Norte, 15,8% do grupo.

POLO EM SC / GESTÃO DE ESTOQUE

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Processo informal

Processo formal com softw are

Processo formal sem softw are

Não realiza

Total

14 36,8% 12 41,4%

12 31,6% 12 41,4%

6 15,8% 4 13,8%

6 15,8% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 229: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

227

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.13 Software de logística

A sua empresa utiliza software que integra a logística de compra, transporte, armazenamento e venda?

Gráfico 52 – Software integrado de logística113

Fonte: dados da pesquisa

Quanto ao uso de software que integre a logística de compra, transporte,

armazenamento e venda pelas empresas entrevistadas, o Gráfico 52 apresenta que

44,8% das empresas utilizam esse software, e 53,7% das empresas não utilizam o

software que integra os sistemas.

SOFTWARE DE LOGÍSTICA

Não 36 53,7%

Sim 30 44,8%

Não se aplica 1 1,5%

Total 67 100,0%53,7%

44,8%

1,5%

Page 230: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

228

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 52.1 – Software integrado de logística X Região-Polo114

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 52.1 aponta que a maioria dos entrevistados do polo do Plástico e

Borracha do Oeste não utiliza o software integrado de logística, com 62,1% dos

entrevistados deste polo econômico nesta faixa de resposta. Por outro lado, metade

do grupo do polo do Plástico da Região Norte são adeptos ao software que integra a

logística de compra, transporte, armazenamento e venda.

POLO EM SC / SOFTWARE DE LOGÍSTICA

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Não

Sim

Não se aplica

Total

18 47,4% 18 62,1%

19 50,0% 11 37,9%

1 2,6% 0 0,0%

38 100,0% 29 100,0%

Page 231: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

229

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.14 Cadeia logística da empresa

Por favor, comente quais seriam os gargalos ou problemas mais sérios da sua cadeia logística atual?

Gráfico 53 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística115

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Quando questionados sobre os problemas que enfrentam junto à cadeia

logística de suas empresas, 38,8% dos empresários afirmam que não possuem

problemas significativos em sua logística. Dentre aqueles que pontuam problemas na

cadeia logística, 13,4% dos respondentes informam o não cumprimento de prazos de

PROBLEMAS NA CADEIA LOGÍSTICA

Sem problemas signif icativos 26 38,8%

Não cumprimento de prazo de entrega 9 13,4%

Alto custo do frete 7 10,4%

Necessidade de ampliação da estrutura de operação 5 7,5%

Falta de infraestrutura viária 4 6,0%

Alto custo com tributação de transporte/combustível 3 4,5%

A constante falta da matéria prima 3 4,5%

Falta de mão de obra qualif icada 2 3,0%

Ausência de transportadora na região da empresa 2 3,0%

Baixa produção 1 1,5%

Grande distância dos fornecedores 1 1,5%

Falta de indústrias de matéria prima 1 1,5%

Falta de capital para investimento 1 1,5%

Falta de maquinário para injeção 1 1,5%

Alto custo da matéria prima 1 1,5%

Falta do capital de giro 1 1,5%

Necessidade de aumento da frota 1 1,5%

Baixo poder de barganha com fornecedores 1 1,5%

Extravio de produtos 1 1,5%

Distância dos grandes centros 1 1,5%

Total 67

Page 232: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

230

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

entrega, seguido por 10,4% dos entrevistados que afirmam que o alto custo do frete é

outro entrave ao funcionamento da cadeia logística. A falta de estrutura viária aparece

na quarta posição, com 6,0% das citações.

Gráfico 53.1 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística X Região-Polo116

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Quanto aos problemas logísticos apontados por atividade econômica das

empresas pesquisadas, é verificável que os índices de maior expressividade dos

entrevistados nos dois polos da pesquisa são daqueles que não têm problemas

significativos na cadeia logística, com o índice destacado para os respondentes do polo

do Plástico da Região Norte, com metade dos entrevistados nesta faixa de resposta. O

não cumprimento de prazos de entrega é citado por 17,2% dos entrevistados do polo

do Plástico e Borracha do Oeste, enquanto 13,8 % dos inquiridos deste polo

PROBLEMAS NA CADEIA LOGÍSTICA / POLO EM SC

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Sem problemas signif icativos

Não cumprimento de prazo de entrega

Alto custo do frete

Necessidade de ampliação da estrutura de operação

Falta de infraestrutura viária

A constante falta da matéria prima

Alto custo com tributação de transporte/combustível

Falta de mão de obra qualif icada

Ausência de transportadora na região da empresa

Necessidade de aumento da frota

Falta do capital de giro

Baixo poder de barganha com fornecedores

Distância dos grandes centros

Extravio de produtos

Alto custo da matéria prima

Grande distância dos fornecedores

Falta de indústrias de matéria prima

Falta de capital para investimento

Baixa produção

Falta de maquinário para injeção

Total

19 50,0% 7 24,1%

4 10,5% 5 17,2%

3 7,9% 4 13,8%

2 5,3% 3 10,3%

2 5,3% 2 6,9%

2 5,3% 1 3,4%

2 5,3% 1 3,4%

0 0,0% 2 6,9%

0 0,0% 2 6,9%

0 0,0% 1 3,4%

0 0,0% 1 3,4%

1 2,6% 0 0,0%

0 0,0% 1 3,4%

0 0,0% 1 3,4%

1 2,6% 0 0,0%

0 0,0% 1 3,4%

0 0,0% 1 3,4%

1 2,6% 0 0,0%

1 2,6% 0 0,0%

1 2,6% 0 0,0%

38 100,0% 29 100,0%

Page 233: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

231

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

econômico afirmam que o alto custo do frete é o maior percalço à cadeia logística

incidente ao setor.

3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa

Em sua opinião, o que seria necessário para melhorar a infraestrutura e logística do seu negócio?

Gráfico 54 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa117

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 54 apresenta as sugestões de melhorias na infraestrutura e logística

dos respondentes. Dentre o grupo, 41,8% da amostra não tem opinião formada sobre

este apontamento. Todavia 23,9% dos respondentes afirmam ser a melhoria na

estrutura de operação da empresa, uma sugestão de melhoria na logística das

empresas. Cerca de9% dos respondentes apontam o investimento em qualificação dos

funcionários, seguida por 7,5% dos inquiridos que pontuam o acesso ao crédito como

sugestão para a evolução da infraestrutura e da logística das empresas pesquisadas.

SUGESTÕES DE MELHORIA NA LOGÍSTICA

Sem opinião formada 28 41,8%

Melhoria na estrutura operacional da empresa 16 23,9%

Melhorar o fornecimento de energia 1 1,5%

Melhorar infraestrutura viária 2 3,0%

Melhorar infraestrutura das transportadoras 1 1,5%

Investir em qualif icação dos funcionários 6 9,0%

Investir em equipamentos/ novas tecnologias 4 6,0%

Investimento no transporte ferroviário 1 1,5%

Encontrar fornecedores na região da empresa 1 1,5%

Criar novas unidades estratégicas 1 1,5%

Aumento da oferta de transportadoras 3 4,5%

Aquisição de veículos próprios 3 4,5%

Acesso a crédito 5 7,5%

Abrir indústrias de matéria prima na região 2 3,0%

Total 67

Page 234: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

232

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 54.1 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa X Região-Polo118

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

As sugestões de melhorias na infraestrutura e logísticas cruzadas por polo

econômico das empresas do estudo estão descritas no Gráfico 54.1 e indicam que

21,1% dos respondentes do polo do Plástico da Região Norte acreditam na melhoria da

estrutura de operação da empresa como uma melhoria logística às empresas do setor.

Esta resposta é a faixa de destaque para o polo do Plástico e Borracha do Oeste, com

27,6% dos respondentes. O investimento em qualificação dos funcionários é destacado

por 13,8% dos inquiridos deste polo econômico como sugestão à melhoria logística das

empresas da pesquisa.

SUGESTÕES DE MELHORIA LOGÍSTICA / POLO EM SC

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Investir em qualif icação dos funcionários

Sem opinião formada

Melhoria na estrutura operacional da empresa

Acesso a crédito

Aquisição de veículos próprios

Investir em equipamentos/ novas tecnologias

Aumento da oferta de transportadoras

Encontrar fornecedores na região da empresa

Investimento no transporte ferroviário

Criar novas unidades estratégicas

Abrir indústrias de matéria prima na região

Melhorar infraestrutura viária

Melhorar infraestrutura das transportadoras

Melhorar o fornecimento de energia

Total

2 5,3% 4 13,8%

19 50,0% 9 31,0%

8 21,1% 8 27,6%

2 5,3% 3 10,3%

1 2,6% 2 6,9%

2 5,3% 2 6,9%

1 2,6% 2 6,9%

1 2,6% 0 0,0%

1 2,6% 0 0,0%

0 0,0% 1 3,4%

1 2,6% 1 3,4%

1 2,6% 1 3,4%

1 2,6% 0 0,0%

0 0,0% 1 3,4%

38 100,0% 29 100,0%

Page 235: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

233

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos

Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de novidades ou aprimoramentos tecnológicos?

Gráfico 55 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos119

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

As áreas ou setores internos que as empresas da amostra apontam como mais

carentes de novidades ou aprimoramentos tecnológicos são a produção, de acordo

com 62,7% dos respondentes, vendas, conforme 31,3% destes e o financeiro, de

acordo com 22,4% dos inquiridos.

ÁREAS COM NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS

Produção 42 62,7%

Vendas 21 31,3%

Financeiro 15 22,4%

Logística e distribuição 13 19,4%

Marketing 11 16,4%

RH ou Gestão de Pessoas 5 7,5%

Outros 3 4,5%

Softw are integrado (tipo ERP ou B.I.) 3 4,5%

Softw are CRM ou Banco de Dados de clientes 2 3,0%

Total 67

Page 236: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

234

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 55.1 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos X Região-Polo120

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

As áreas ou setores internos em que as empresas da amostra mais precisam de

novidades ou aprimoramentos tecnológicos versus o polo econômico das empresas

pesquisadas é apresentado no Gráfico 55.1. Esta análise revela que os dois polos do

estudo destacam a necessidade de investimento na produção, com ápice no índice de

63,2% nesta faixa de resposta vista no polo do Plástico da Região Norte. O setor

financeiro tem maior expressividade no índice de respondentes oriundos do polo do

Plástico e Borracha do Oeste, com 27,6% da amostra da região, enquanto o marketing

é citado por 24,1% dos respondentes deste polo econômico. É observável, ademais,

que 39,5% dos entrevistados do polo Plástico da Região Norte pontuam a necessidade

de investir em vendas.

POLO EM SC / ÁREAS COM NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS

Plástico da

Região Norte

N % obs.

Plástico e

Borracha do

Oeste

N % obs.

Produção

Vendas

Financeiro

Logística e distribuição

Marketing

RH ou Gestão de Pessoas

Outros

Softw are integrado (tipo ERP ou B.I.)

Softw are CRM ou Banco de Dados de clientes

Total

24 63,2% 18 62,1%

15 39,5% 6 20,7%

7 18,4% 8 27,6%

7 18,4% 6 20,7%

4 10,5% 7 24,1%

2 5,3% 3 10,3%

2 5,3% 1 3,4%

2 5,3% 1 3,4%

2 5,3% 0 0,0%

38 100,0% 29 100,0%

Page 237: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

235

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados da pesquisa com o mercado empresarial Catarinense de Borracha

e Plástico apontam para índices e distribuições de frequências de grau contundente de

significância, observando a concentração de respostas de cada variável pesquisada e

de seus cruzamentos e correlações interessantes.

Neste cenário, as percepções dos empresários quanto a seus mercados de

atuação, gargalos produtivos, aspirações de crescimento, inovações aplicadas,

interesse em mercados não atendidos e em logística são demonstrados seguindo um

roteiro de perguntas de pesquisas que buscam o objetivo de descrever estas

percepções e moldar um cenário mercadológico, tal qual se apresenta neste capítulo.

4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS

4.1.1 Perfil das empresas

As empresas fabricantes de Borracha e Plástico do presente estudo, instaladas

em Santa Catarina, são representadas principalmente por EPP (Empresa de Pequeno

Porte) e apresentam perfil longevo de atuação no mercado, com média de 13 anos de

idade e em alguns casos, chegando a 48 anos de existência. Os gestores são

predominantemente homens (aproximadamente 3/4), com ensino médio (quase 1/3

da amostra) e superior (38,8%), incluindo pós-graduação, o que revela uma parcela

significativa com grau de instrução elevado.

As empresas pesquisadas atuam principalmente na fabricação de artefatos

plásticos para uso pessoal/doméstico, tendência seguida no polo Plástico da Região

Norte, ao passo que no Polo de Plástico e Borracha do Oeste destaca-se além desta

atividade a fabricação/reforma de pneumáticos.

A idade média das empresas por polo é de 11 e 14 anos, respectivamente no

polo de Plástico e Borracha do Oeste e no polo Plástico da Região Norte.

A predominância de Empresas de Pequeno Porte é observada no Polo Plástico

da Região Norte, enquanto no polo de Plástico e Borracha do Oeste o predomínio é de

Page 238: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

236

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Micro Empresas. Cabe salientar que 4,5% das empresas estudadas classificam-se como

Empresas de Médio Porte.

4.1.2 Percepção do mercado atual – demandas atendidas

No que cerne ao perfil do mercado atendido pelas empresas pesquisadas, é

observável a predominância do atendimento a empresas, ainda que pouco menos da

metade da amostra atenda, também, consumidor final pessoa física, caracterizados

como adultos de ambos os sexos, com predominância da classe B (classificação sócio

econômica com renda familiar mensal entre 10 e 20 salários mínimos, segundo critério

do IBGE, 2012).

A percepção do empresariado é que o diferencial da oferta está na qualidade

de seus produtos, aliado a preços competitivos, o que remete a busca por

competitividade do setor, sendo a indicação de terceiros, a venda por promotor de

vendas e a propaganda, os meios mais utilizados para alavancar as vendas. Fato que

corrobora com quase 69% da amostra que realiza prospecção de novos clientes com

frequência, índice considerado alto para o padrão Brasileiro. As empresas pouco fazem

ações de pesquisa de satisfação, abstendo-se de analisar em grande parte o retorno

que os clientes podem fornecer à sua oferta de produtos e serviços.

Nos dois polos da pesquisa a classe social B é predominante, com destaques,

também, para as classes A e C (Acima de 20 salários mínimos e entre 4 e 10 salários

mínimos, respectivamente, segundo critério do IBGE, 2012).

Além dos atributos qualidade e preço competitivo, outros fatores também são

destaque na opinião dos entrevistados, como é verificável no polo Plástico da Região

Norte, onde o prazo de entrega aos clientes é uma razão que influencia o cliente na

hora da compra, conforme 21,1% dos entrevistados desta esfera da pesquisa.

Como elementos influenciadores na decisão de compra, A indicação de

terceiros tem o maior poder influenciador no polo de Plástico e Borracha do Oeste,

enquanto a ação do promotor/vendedor é a faixa de resposta com maior

expressividade para os respondentes do polo Plástico da Região Norte.

Page 239: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

237

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O índice de maior expressividade para a prospecção de clientes ocorre no polo

Plástico e Borracha da Região Oeste, responsável por 69% dos entrevistados que

realizam estas ações, enquanto 31,6% dos entrevistados que não realizam prospecção

de clientes provém do polo Plástico da Região Norte.

4.1.3 Percepção do mercado atual – cadeia de players e conjuntura da atividade

A venda direta ao cliente final (pessoa física ou jurídica) é o canal mais utilizado

pela amostra (71,6%), mas as empresas diversificam para a revenda através de

atacadista/distribuidor e também por meio de varejistas. Sendo que o público destes

provém principalmente do município de instalação das empresas, mas grande parte

(mais de 20%) atende outras regiões do país, principalmente o Paraná, Rio Grande do

Sul e São Paulo. Os fornecedores são provenientes, principalmente da Região Sul do

Brasil, não estando concentrados somente em Santa Catarina, mas em estados

vizinhos e os concorrentes (que são muitos, segundo 67% da amostra) se concentram

neste estado, indicando a forte concorrência catarinense, sobretudo na região Norte e

Oeste do estado.

As empresas de Plástico e Borracha estão crescendo. Observa-se incrível índice

de quase 72% de empresas da amostra que indicam que o seu mercado está em

crescimento, ainda que em menor escala percentual, 64% revelam que a sua empresa

está em fase de crescimento, a uma taxa média de 18% ao ano. Nota-se que a

diferença de 8% entre a relação de desempenho “do mercado versus da empresa”,

indica que uma parcela (ainda que pequena) não se vê acompanhando o crescimento

mercadológico, mas encontram-se, segundo relatam, em fase de estabilidade, critério

em que quase 1/3 da amostra informa estar vivenciando fase de estabilidade do ciclo

de vida da sua empresa. A estabilidade e declínio em vendas/faturamento (somente

3% indicou queda em faturamento) estão atribuídos principalmente a forte

concorrência, a falta de recursos para capital de giro (problema de gestão do negócio)

e mão de obra não qualificada.

Tamanho crescimento pode ser atribuído a melhoramentos do processo

interno das empresas da amostra e da criação da inovação, a qual se revela como

Page 240: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

238

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

prática de 32,8% das empresas entrevistadas no período em que a pesquisa foi

aplicada. Nota-se que estas empresas estão crescendo em virtude das inovações já

implementadas fato que pode ser corroborado por 77% do estrato da amostra que

realizou ações de inovação. Exatamente o mesmo índice revela que sua

competitividade está em adquirir novas tecnologias. Tais fatores explicam um

comportamento revelador da gestão destas empresas estudadas, uma vez que

concentram mais esforços em processo para crescer, tanto quanto em novos produtos

e serviços.

Em relação a suas expectativas, os empresários e gestores entrevistados

pretendem expandir as vendas, em parte ao mercado catarinense e também nacional,

indicando a força do mercado catarinense enquanto possibilidade de crescimento.

A análise por polo econômico revela que ambos caracterizam-se pelo uso da

venda direta ao cliente como principal canal de venda utilizado.

Enquanto o polo Plástico da Região Norte é predominantemente abastecido

por fornecedores da região onde as empresas estão situadas, o polo de Plástico e

Borracha do Oeste tem maior proeminência para os entrevistados com fornecedores

de outros estados do sul do país, excedendo metade do grupo desta esfera da

pesquisa nesta faixa de resposta.

No polo de Plástico e Borracha do Oeste, 48,2% dos respondentes desta região

afirmam impactos positivos das ações de inovação em seus negócios.

Quando abordados sobre os maiores problemas ou desafios à expansão da

empresa no setor, regionalmente, a falta de mão de obra qualificada é o maior

problema para as empresas do polo Plástico da Região Norte, enquanto a falta de

capital para investimentos é o destaque para os integrantes do polo de Plástico e

Borracha do Oeste.

Sobre o impacto destas ações de acesso a novos mercados obtidos nas vendas,

observa-se que os entrevistados do polo de Plástico e Borracha do Oeste obtiveram os

resultados mais positivos com estas ações, com índice de 58,3% dos inquiridos deste

polo que indicam o crescimento das vendas de até dez pontos percentuais em relação

ao mesmo período do ano anterior.

Page 241: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

239

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Quanto às expectativas das empresas entrevistadas quanto ao negócio, os dois

polos da pesquisa destacam-se pela expectativa em relação à ampliação de suas

vendas, com exacerbação no polo de Plástico e Borracha do Oeste, onde 62,1% dos

entrevistados situam-se nesta faixa de resposta. O polo Plástico da Região Norte

detém o índice de maior expressividade para aqueles que pontuam o crescimento

acima de quinze pontos percentuais para o próximo ano, com 34,2% da amostra do

referido polo.

4.1.4 Análise das características de logística das empresas

Dentre as características do suprimento logístico, os modelos logísticos

aplicáveis às empresas pesquisadas destacam principalmente a compra de insumos –

produção do produto acabado – venda para cliente final ou a compra de insumos –

produção do produto acabado – venda para empresa e utilizam o processo para

fabricar produto final, muito mais que partes e peças para montagem. Em geral

compram diretamente os insumos do fabricante (3/4 da amostra), mas também usam

representantes em escala (23% das empresas). A média de quantidade de

fornecedores é de 14 por empresa, contra média de 222 clientes/empresa. Apesar da

boa relação entre fornecedores e clientes, quase ¼ dos entrevistados revela que

necessitam melhorar a estrutura operacional do seu negócio, principalmente aspectos

concernentes a logística de transporte interno de mercadorias e insumos para

produção. De modo geral as empresas necessitam melhorar aspectos da gestão de

produção, vendas e finanças, principalmente.

Cerca 52,6% dos respondentes oriundos do polo do Plástico da Região Norte. A

compra de serviços de terceiros, criação do produto e venda por encomenda tem

maior expressividade no polo do Plástico e Borracha do Oeste, responsável por 13,8%

dos integrantes desta faixa de resposta.

No tocante à natureza da compra de mercadorias das empresas, a compra

direta é destaque nas duas esferas da pesquisa, e o índice desta faixa de resposta tem

seu ápice para o polo Plástico da Região Norte, onde 73,7% dos entrevistados da

pesquisa afirmam comprar diretamente do fabricante. A compra de representantes

Page 242: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

240

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

comerciais, por sua vez, tem seu maior índice de citações, 34,5%, dentre os

entrevistados do polo de Plástico e Borracha do Oeste.

A média de fornecedores para cada empresa da Cadeia de Plástico e Borracha

em Santa Catarina é seguida no polo Plástico da Região Norte, onde 31,6% dos

entrevistados incidem a esta faixa de resposta. O polo de Plástico e Borracha do Oeste,

por sua vez, destaca-se em três faixas de resposta, entre 2 a 4, entre 5 a 9 e entre 10 a

19 fornecedores por empresa, cada uma com 27,6% das citações deste polo

econômico. Este polo econômico é o único dentre os pesquisados que possui empresas

com setenta ou mais fornecedores, com dois respondentes desta esfera da pesquisa

nesta faixa de resposta.

Os dois polos econômicos do presente estudo destacam-se na faixa com 100 ou

mais clientes, com ápice no índice do polo de Plástico e Borracha do Oeste, onde este

índice atinge 51,6% dos entrevistados na pesquisa. A média de clientes por polo

econômico difere-se altamente entre uma região e outra, sendo a menor média

observada no polo da Região Norte, com 171 clientes por empresa, enquanto a maior

média é observada no polo de Plástico e Borracha do Oeste, com 288 clientes por

empresa.

Quanto ao transporte para venda de seus produtos, o destaque também é para

veículos pesados, citado por 64,2% dos entrevistados, novamente sendo o mais

lembrado em todos os polos do estudo, com ápice no índice de 69% dos entrevistados

do polo de Plástico e Borracha do Oeste nesta faixa de resposta. Nota-se, entretanto,

que 20,7% dos representantes do polo de Plástico e Borracha do Oeste afirmam que o

cliente busca o seu produto.

A necessidade de investimento principalmente na produção é o destaque da

pesquisa nos dois polos estudados, sendo que 63,2% dos inquiridos do polo Plástico da

Região Norte situam-se nesta faixa de resposta. É observável que 27,6% dos

entrevistados do polo de Plástico e Borracha do Oeste pontuam a necessidade de

investir no setor financeiro, enquanto 24,1% dos entrevistados deste polo citam a

necessidade de investimento em marketing. Cerca de 39,5% dos entrevistados do polo

Plástico da Região Norte pontuam a necessidade de investir em vendas.

Page 243: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

241

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

ANEXOS

ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

QUESTIONÁRIO - VISÃO DO EMPRESÁRIO Esta pesquisa é referente ao Projeto de perfil das indústrias Catarinenses

desenvolvido pelo Sebrae/SC. Tem como objetivo levantar as principais percepções dos

empresários sobre o seu mercado e processo logístico.

FICHA DE INSCRIÇÃO

Dados da empresa

1. Nome fantasia:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

2. Razão social

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

3. Descreva sua principal atividade econômica (Ramo de atividade):

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

4. CNPJ:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

5. Descrição CNAE:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

6. Contato (nome completo do respondente empresário)

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

7. Sexo do entrevistado:

1. Masculino

2. Feminino

8. CPF do entrevistado:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Page 244: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

242

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

9. Grau de escolaridade do entrevistado:

1. Sem escolaridade

2. Ensino Fundamental incompleto

3. Ensino Fundamental completo

4. Ensino Médio incompleto

5. Ensino Médio completo

6. Superior incompleto

7. Superior completo

8. Especialização

9. Mestrado

10. Doutorado

10. Data de nascimento do entrevistado:

______________

11. Endereço completo da empresa:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

12. Cidade:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

13. CEP:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

14. Telefone da empresa

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

15. E-mail de contato do entrevistado ou da empresa:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

16. Data de início das atividades:

___/___/______

17. Número de colaboradores

______________

18. Porte/Classificação da empresa:

1. Empreendedor Individual - até R$ 60.000,00

2. Microempresa - Até R$ 360.000,00

3. Pequeno Porte - R$ 360.000,01 até 3.600.000,00

4. Médio Porte

5. Grande Porte

Page 245: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

243

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

19. Faturamento anual e 2011(R$)

1. R$ 0,00 a R$ 360.000,00

2. R$ 360.000,01 a R$ 2.400.000,00

3. R$ 2.400.000,01 a R$ 3.600.000,00

4. Acima de R$ 3.600.000,00

20. Categoria:

1. Produtos alimentícios e bebidas

2. Confecção do vestuário e acessórios

3. Calçados e artefatos de couro

4. Produtos de madeira

5. Prod. de borracha e de plástico

6. Construção civil

7. Eletrometalmecânico

8. Móveis

9. Tecnologia da informação e comunicação

10. Acessórios, Gemas, Joias e Cristais

11. Náutica

12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria

21. Quais mercados a sua empresa atende?

1. Consumidor final pessoa física: (característica)

2. Empresas (citar segmento)

3. Governos municipais

4. Governos Estaduais

5. Governo Federal

6. Empresas públicas

7. Outros

22. A empresa faz parte de alguma associação de classe? Qual ou quais?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Page 246: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

244

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

CARACTERÍSTICAS DO MERCADO

23. Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:

1. Do bairro onde a empresa está localizada

2. De outros bairros do município

3. Da região onde sua empresa se localiza, quais?

4. De outras regiões do Estado, quais?

5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?

6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?

7. Do exterior, quais países?

24. Seus principais Fornecedores são originários, em sua maior parte:

1. Do bairro onde a empresa está localizada

2. De outros bairros do município

3. Da região onde sua empresa se localiza, quais?

4. De outras regiões do Estado, quais?

5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?

6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?

7. Do exterior, quais países?

25. Seus principais Concorrentes são originários, em sua maior parte:

1. Do bairro onde a empresa está localizada

2. De outros bairros do município

3. Da região onde sua empresa se localiza, quais?

4. De outras regiões do Estado, quais?

5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?

6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?

7. Do exterior, quais países?

26. E como você percebe o mercado concorrente atual, na área de atuação da sua empresa?

1. Muitos concorrentes

2. Nem poucos nem muitos concorrentes

3. Poucos concorrentes

27. Comovesse (enquanto empresário) percebe o mercado onde atua, em termos de

crescimento real, nos últimos 12 meses?

1. Está em crescimento

2. Está estável (não cresce nem encolhe)

3. Está decrescente ou em queda

Em termos de produção e faturamento

Page 247: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

245

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

28. E a sua empresa está em qual fase? Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas?

1. Está em crescimento

2. Está estável (não cresce nem encolhe)

3. Está decrescente ou em queda

29. Em termos perceptuais, indique o quanto a sua empresa está crescendo em relação ao

último ano em termos de faturamento. (Caso tenha marcado "Está em crescimento" na questão

anterior). ______________

30. Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa perdeu em faturamento em

relação ao último ano. (Caso tenha marcado "Está em queda" na questão anterior). ______________

31. O que a sua empresa está fazendo hoje para atingir este crescimento? Indique: (caso

tenha informado “em crescimento” na q32).

1. Atuando em novos mercados

2. Melhoramentos no processo interno

3. Adquirindo tecnologias

4. Desenvolvendo novos produtos

5. Formando parcerias

6. Criando inovação

7. Aperfeiçoando a logística

8. Investindo em qualificação profissional

9. Profissionalizando toda a empresa

10. Outro, qual?

32. Caso tenha realizado, quais os tipos de inovação a sua empresa desenvolveu ou

desenvolve?

1. Introduziu novos processos ou métodos de trabalho

2. Introduziu novos segmentos de produtos ou serviços

3. Introduziu mudanças no seu modelo de negócio

4. Criou produtos e fez modificações nos atributos do produto, não patenteados

5. Criou produtos ou fez modificações nos atributos do produto patenteado

6. Não realizou essas ações de inovação no período: Outro:

33. Com relação às inovações realizadas por sua empresa, você diria que:

1. Não realizou ações de inovação

2. Impactaram negativamente no seu negócio

3. Não impactaram nem positiva nem negativamente

4. Impactaram positivamente no seu negócio

5. Ainda em fase de implementação das ações de inovação

Page 248: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

246

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

34. Se a empresa apresenta um quadro de estabilidade ou declínio em vendas ou

faturamento (caso tenha informado "em declínio" na q32). Indique os principais motivos:

1. Problemas de distribuição

2. Custo elevado dos produtos ou insumos comprados

3. Mão de obra não qualificada

4. Recursos financeiros escassos para promoção/marketing

5. Falta de modernização tecnológica

6. Qualidade da matéria-prima

7. Qualidade dos produtos finais

8. Fornecedores inadequados

9. Inadequação dos produtos às necessidades dos clientes

10. Localização ruim dos pontos de vendas

11. Falta de recursos próprios para capital de giro

12. Falta de recursos para investimentos

13. Concorrência acirrada

14. Outra, qual?

35. Gostaria de comentar sobre os principais problemas/desafios que sua empresa enfrenta

atualmente? _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

36. A sua empresa realizou alguma dessas ações de acesso a novos mercados nos últimos 12

meses?

1. Vendas pela internet

2. Nova filial ou ponto de venda na mesma cidade

3. Atuação em nova cidade no Estado

4. Atuação em outro Estado

5. Atuação em outro país

6. Não realizou estas ações

7. Outra, qual?

37. Caso tenha realizado ações de acesso a novos mercados, estas:

1. Não resultaram em aumento de vendas

2. Resultaram em aumento de vendas de até 10% em relação ao mesmo período do ano passado

3. Resultaram em aumento de vendas superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado

4. Não realizou ações para acessar novos mercados

38. Descreva o que seria uma oportunidade para um novo mercado na sua região (ou fora

dela)? _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Page 249: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

247

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

39. E quais as suas expectativas em relação ao seu negócio, para o próximo ano? _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

CARACTERÍSTICAS DA LOGÍSTICA

40. Quais dos seguintes modelos logísticos mais se assemelham ao da sua empresa:

1. Compra insumos - produz produto acabado - vende ao consumidor final

2. Compra produto acabado - monta produto final - revende para empresas

3. Compra insumos - produz produto acabado - vende para empresas

4. Compra serviços de terceiros - desenvolve/cria produtos - vende por encomenda

5. Outros

41. No que diz respeito à logística da sua empresa, especifique o(s) tipo(s) de produto(s) que

a sua empresa COMPRA, para realizar a sua produção/operação.

1. Matéria-prima (partes e/ou peças) para produto acabado

2. Matéria-prima (partes e/ou peças) para montagem

3. Insumos para alimentos

4. Compra serviços de terceiros

5. Outro:

42. A movimentação de insumos e matérias-primas na sua empresa é realizada por qual

tipo de equipamento?

1. Esteiras

2. Empilhadeira

3. Veículo leve

4. Veículo pesado

5. Retroescavadeira

6. Guindaste

7. Ponte rolante

8. Outros:

43. Considerando a cadeia logística da sua empresa, qual ou quais os tipos de fornecedores

com que a sua empresa trabalha:

1. Compra direto do fabricante

2. Compra de atacadistas

3. Compra de representante comercial

4. Compra no varejo

5. Utiliza prestação de serviço de terceiros

6. Outros

Page 250: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

248

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

44. A sua empresa negocia as suas compras de que forma?

1. Por telefone

2. Pessoalmente com vendedor

3. Por e-mail

4. Através do site da empresa

5. Através do site do fornecedor

6. Outro:

45. A sua empresa trabalha com quantos fornecedores diferentes? ______________

46-47. Transporte logístico: 1 : Veículo leve, 2 : Veículo pesado, 3 : Navio/Cabotagem, 4 : Avião, 5 : Outro:, 6 : Não se aplica

1 2 3 4 5 6

Como a sua empresa realiza o transporte para a compra de

insumos, mercadorias, produtos, etc. ?

Como a sua empresa realiza o transporte para a venda de insumos,

mercadorias, produtos, etc. ?

48. E como a sua empresa realiza a gestão do estoque na empresa?

1. Processo informal

2. Processo formal sem software

3. Processo formal com software

4. Não realiza

49. A sua empresa utiliza software que integra a logística de compra, transporte,

armazenamento e venda?

1. Sim

2. Não

3. (Não sabe)

4. Não se aplica

50. Por favor, comente quais seriam os gargalos ou problemas mais sérios da sua cadeia

logística atual? _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Pode ser referente ao desempenho de seus fornecedores, da cadeia como um todo ou de um quesito em

particular.

Page 251: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

249

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

51. Na sua opinião, o que seria necessário para melhorar a infraestrutura e logística do seu

negócio? _____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

52. Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de novidades ou

aprimoramentos tecnológicos?

1. Produção

2. Logística e distribuição

3. Financeiro

4. Vendas

5. Marketing (CRM ou Banco de dados)

6. RH ou Gestão de Pessoas

7. Software integrado (tipo ERP ou B.I.)

8. Outros:

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250

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Page 253: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

251

Visão do Empresário do Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

CAPÍTULO IV - PANORAMA DE NOVOS MERCADOS

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252

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Page 255: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

253

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

LISTA DE SIGLAS

CNAE Classificação Nacional de Atividade Econômica IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MTE Ministério do Trabalho e Emprego PAC Pesquisa Anual do Comércio PIA Pesquisa Industrial Anual RAIS Relação Anual de Informações Sociais RLV Receita Líquida de Vendas RBRM Receita Bruta de Revenda de Mercadorias SECEX Secretaria de Comércio Exterior

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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

SUMÁRIO

1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES ________________________________________ 257 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 257 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 258 1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO ___________________________________________ 259 1.3.1 Tipo de pesquisa ____________________________________________________ 259 1.3.2 Critérios de análise __________________________________________________ 259 2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA ____________________________________________ 261 3 PANORAMA NACIONAL ______________________________________________ 261 4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL __________________________________ 263 4.1 REGIÃO NORTE _____________________________________________________ 265 4.2 REGIÃO NORDESTE __________________________________________________ 268 4.3 REGIÃO CENTRO OESTE ______________________________________________ 271 5 PANORAMA DOS ESTADOS ___________________________________________ 274 5.1 ESTADO DE SÃO PAULO ______________________________________________ 274 5.2 ESTADO DE SANTA CATARINA _________________________________________ 280 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 286 REFERÊNCIAS ____________________________________________________________ 289

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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES

1.1 APRESENTAÇÃO

O presente relatório faz parte da análise setorial do mercado produtos de

plástico e de borracha em Santa Catarina e compreende a descrição de setores

econômicos no contexto nacional. Estes setores são observados em uma análise

conjuntural de dados secundários de conglomerados para fins de embasamento

analítico de novos mercados, que subsidia informações para o Programa

NovaEconomia@SC.

Novos mercados ou novo mercado a priori, compreende ao sinônimo de

mercado potencial de entrada para organizações e empresas que anseiam atender

estes mercados. Aqui se verifica o tamanho e característica econômica dos setores e

segmentos inseridos nestes, para fins de estudo da condição mercadológica de

crescimento destes mercados, fornecendo subsídios para se criar estratégias de

penetração a todos aqueles interessados.

Especificamente para este estudo, são analisados diferentes dados

macroeconômicos com enfoque nas atividades de quatro setores econômicos, assim

divididos : indústria Automotiva, Alimentícia e Náutica, comércio atacadista e varejista

da Construção Civil nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e nos estados de

Santa Catarina e São Paulo, bem como sua importância no Brasil.

A composição de atividades econômicas incluídas no molde analítico desta

pesquisa provém da Classificação Nacional de Atividade Econômica - CNAE, sendo este

o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos

critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da Administração

Tributária do país, contribuindo para a melhoria da qualidade dos sistemas de

informação que dão suporte às decisões e ações do Estado. As CNAE40analisadas neste

relatório estão indicadas nas Tabelas 1 e 2.

40

CNAE. Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Subclasses. Disponível em: <http://subcomissao cnae.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1>. Acesso em: 26 jul. 2013.

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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 1 - CNAE de Comércio do Estudo

CNAE do Comércio de Plástico e Borracha

Construção Civil

4744 COMÉRCIO VAREJISTA DE FERRAGENS, MADEIRA E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

4742 COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL ELÉTRICO

4679 COMÉRCIO ATACADISTA ESPECIALIZADO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE E DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL

4673 COMÉRCIO ATACADISTA DE MATERIAL ELÉTRICO

Fonte: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA); IBGE.

Tabela 2 - CNAE de Indústria do Estudo

Caída Indústria de Plástico e Borracha

Automotivo

2941 FABRICAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA O SISTEMA MOTOR DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

2942 FABRICAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA OS SISTEMAS DE MARCHA E TRANSMISSÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

2943 FABRICAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA O SISTEMA DE FREIOS DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

2910 FABRICAÇÃO DE AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS E UTILITÁRIOS

2930 FABRICAÇÃO DE CABINES, CARROCERIAS E REBOQUES PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES

2211 FABRICAÇÃO DE PNEUMÁTICOS E DE CÂMARAS-DE-AR

Alimentos

10 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

Indústria Náutica

3011 CONSTRUÇÃO DE EMBARCAÇÕES E ESTRUTURAS FLUTUANTES

3012 CONSTRUÇÃO DE EMBARCAÇÕES PARA ESPORTE E LAZER

Fonte: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA); IBGE.

1.2 OBJETIVO DO ESTUDO

Descrever os principais indicadores econômicos da indústria e do comércio nas

regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e nos estados de Santa Catarina e São Paulo, de

modo a identificar as condições mercadológicas atuais destas regiões geográficas, que

possam permitir o aproveitamento das oportunidades à entrada de empresas do setor

de Plástico e Borracha em mercados potenciais é o objetivo deste estudo.

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259

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

A escolha dos setores econômicos para a realização desta análise foi originada a

partir dos resultados de outros dois estudos: Visão dos Especialistas e Visão do

Empresário, que objetivaram, também, detectar possíveis oportunidades de negócios

para novos mercados ou mercados potenciais. A escolha por estudar indicadores dos

setores produtivos de indústria e comércio se justifica para analisar a composição da

cadeia de mercado em que estes segmentos aqui listados estão inseridos, os quais

estão descritos nas Tabelas 1 e 2.

1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO

1.3.1 Tipo de pesquisa

A presente pesquisa é caracterizada por método exploratório que reúne

informações preexistentes sobre o assunto em pauta. A priori identifica informações

que possam ser reunidas para a investigação, identifica fontes de dados reais que

possam ser usadas como questões de mensuração para estruturar a análise.

O nível de informação é classificado como fonte secundária de dados, formada

por interpretações de dados primários gerados por instituições governamentais, tais

como IBGE, Ministério do Desenvolvimento de Indústria e Comércio, através do site

AliceWeb, e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Também foram consultadas

informações pertinentes e complementares em enciclopédias, livros, manuais, artigos

de revistas e jornais, estudos de pesquisas e publicações de entidades de classe,

governos, universidades e empresas públicas ou privadas.

1.3.2 Critérios de análise

Como critério de análise, são coletados, das referidas fontes, os dados mais

atuais disponíveis, em geral observando uma evolução de quinquênio, ou seja, dos

cinco últimos anos a contar da base de dados mais recente, disponibilizada pelos

principais órgãos públicos responsáveis pela disponibilização de informações

econômicas no Brasil. Considera-se essencialmente a busca de resultados das CNAE

analisadas neste relatório, para os dados a seguir indicados:

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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Movimentação da importação/exportação (Fonte: AliceWeb) Ano 2012;

Empregos diretos (fonte: RAIS) – Ano 2012;

Número de empresas (fonte: RAIS) – Ano 2012;

Receita Líquida de Vendas - RLV da Pesquisa Industrial Anual – PIA – Anos

analisados 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011;

Receita Bruta de Revenda de Mercadorias - RBRM da Pesquisa Anual do

Comércio – PAC – Anos analisados 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011.

O indicador - Receita Líquida de Vendas - RLV, segundo Normativo: RIR/1999,

art. 280, significa a receita bruta diminuída: a) das devoluções e vendas canceladas; b)

dos descontos concedidos incondicionalmente; e c) dos impostos e contribuições

incidentes sobre vendas.

O indicador – Receita Bruta de Revenda de Mercadorias – RBRM, segundo o

Normativo: RIR/1999, art. 279; IN SRF nº 51, de 1978; e ADN CST nº 19, de 1981,

compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o resultado

auferido nas operações de conta alheia e o preço dos serviços prestados. Deve ser

adicionado à receita bruta, para cálculo da receita líquida, o crédito‐prêmio de IPI

decorrente da exportação incentivada ‐ Befiex. Na receita bruta não se incluem os

impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e

adicionados ao preço do bem ou serviço, e do qual o vendedor dos bens ou o

prestador dos serviços seja mero depositário (IPI). Da mesma forma, para que a

apuração dos resultados não sofra distorções, não se computam, no custo de aquisição

das mercadorias para revenda e das matérias‐primas, os impostos não cumulativos

que devam ser recuperados (IPI, ICMS). O ICMS integra a receita bruta e é considerado

uma parcela redutora para fins de apuração da receita líquida.

Para a análise de evolução dos indicadores econômicos apresentados nesse

trabalho, aplicou-se a Análise de Índice Simples41, onde a comparação entre as

grandezas de duas épocas (t0 e t1) se faz através da razão entre as mesmas (t1/t0)

resultando em um indicador de evolução (i1). De mesmo modo, o índice de evolução

total para “n” períodos é realizada através do produto dos índices calculados

41

Técnica de cálculos utilizada para análise em estudos econômicos.

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261

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

(i1*i2*i3...*in). De posse do índice de evolução total de “n”períodos, obtém-se o índice

médio de evolução através da raiz “n” deste produto (ni1*i2*i3...*in).

2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA

As limitações encontradas em relação à coleta dos dados em fontes

secundárias concernem aos valores do IBGE referentes à Receita Líquida de Vendas -

RLV, da Pesquisa Industrial Anual - PIA e Receita Bruta de Revenda de Mercadorias –

RBRM, da Pesquisa Anual do Comércio – PAC. O filtro por grupos de CNAE consideram

os 3 primeiros dígitos da numeração nas tabelas da PIA, conforme a classificação das

tabelas do PAC. Nota-se que todos os resultados envolvendo estes dados foram

adequados aos grupos de forma mais detalhada possível.

Outra limitação deve-se ao fato de não constarem informações sobre a Receita

Líquida de Vendas (RLV) na Pesquisa Anual da Indústria (PIA) referente ao CNAE da

indústria náutica do estado São Paulo, limitado à análise comparativa de receita das

indústrias paulistas, presentes no item 5.1, somente aos setores automotivo e

alimentício.

3 PANORAMA NACIONAL

De acordo com os dados coletados junto ao Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio (MDIC), no ano de 2012 o Brasil importou mais de US$ 20 bilhões

e exportou mais de US$ 54 bilhões em bens e serviços ligados à fabricação de produtos

alimentícios, automotivos e náuticos, gerando assim o superávit total de mais de US$

34 bilhões. No mesmo período o número de empregos nestas atividades, incluindo

indústrias (alimentícia, automotiva e náutica) e comércio (Construção Civil), superou

2,5 milhões e o número de empresas superou a marca de 320 mil.

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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 3 –Valores de importação e exportação/número de empregos/empresas em2012

Importação42 Exportação42 Número de empregos43

Número de empresas43

Nacional US$20.303.892.744,00 US$54.487.165.622,00 2.517.692 326.561 Fonte: MTE - RAIS / MDIC - ALICEWEB2 - Acesso 14-10-2013

Com relação à Receita Líquida de Vendas (RLV) da Indústria brasileira,

analisando os dados divulgados pela última Pesquisa Industrial Anual (PIA) do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constata-se que a indústria nacional de

produtos alimentícios respondeu por mais da metade da parcela da RLV total dos três

setores analisados no ano de 2011. Para os demais setores, observamos a indústria

automotiva na segunda posição, e a indústria náutica, com a menor parcela da RLV,

que respondeu a 1%.

Gráfico 1 –Distribuição da Receita Líquida de Vendas Industrial Nacional em 2011

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 10-10-2013

42

Soma das atividades CNAE: 2941, 2942, 2943, 2910, 2930, 2211, 3011, 3012 e divisão 10. 43

Soma das atividades CNAE: 4744, 4742, 4679, 4673, 2941, 2942, 2943, 2910, 2930, 2211, 3011, 3012 e

divisão 10.

R$231.941.359.000,00 39%

R$357.095.573.000,00 60%

R$5.684.485.000,00 1%

Automotivo

Alimentos

Náutica

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263

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL

A distribuição das empresas dos quatro setores abordados pelo território

nacional no ano de 2012 e divulgada na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)

do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revelou que a região Sudeste detém a

maior concentração destas, seguida pela região Sul e Nordeste. Entre estas se constata

pequena diferença entre o número absoluto de empresas, apontando o segundo e

terceiro maiores percentuais respectivamente. Por fim, detentoras das menores

participações, estão as regiões Centro-Oeste e Norte, 8% e 5% respectivamente.

Gráfico 2 - Distribuição das Empresas por Regiõesdo Brasil 2012

Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 14-10-2013

Analisando separadamente a distribuição por regiões naturais das empresas do

comércio e da indústria para os setores abordados, evidencia-se a manutenção da mesma

ordem de concentração presente na indústria, como demonstrado no Gráfico 4,

hegemonia da região Sudeste. Já em relação às Regiões Sul e Nordeste, a situação não se

verifica, uma vez que há diferença significativa em números absolutos entre estas, o que

16.076 5%

68.251 21%

145.933 45%

69.787 21%

26.514 8%

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-oeste

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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

equivale a quase 6 mil empresas em favor da Região Sul. O cenário para as regiões Norte e

Centro Oeste se repete.

Considerando a distribuição das empresas de comércio por região, observa-se

uma ligeira vantagem quantitativa da Região Nordeste em relação à Região Sul, que

em números absolutos, ultrapassa a cifra de 4 mil empresas, e que em termos

percentuais, corresponde a apenas 2% como apresentado no Gráfico 3. Para as demais

regiões as participações não sofrem mudanças, ou seja, a região Sudeste continua com

a maior fatia, Centro Oeste antecede a Norte, que apresenta a menor participação.

Gráfico 3 - Distribuição das Empresas do Comércio por Regiõesdo Brasil 2012

Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 14-10-2013

12.061 5%

51.531 21%

115.645 47%

47.071 19%

18.826 8%

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-oeste

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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 4 - Distribuição das Empresas da Indústria por Regiõesdo Brasil 2012

Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 14-10-2013

4.1 REGIÃO NORTE

Formada por sete estados, a saber: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia,

Roraima e Tocantins. Possui a maior extensão terriotorial dentre as regiões brasileiras,

o que equivale a 42,17% do território brasileiro. Sua população em 2012, segundo o

IBGE é de aproximadamente 16 milhões, e detém o segundo menor indice de

densidade demográfica (4,2 hab/km²). Sua economia baseia-se nas atividades

industriais, extrativismo vegetal e mineral (petróleo e gás natural), agricultura e

pecuária, turismo. Em 2011 o PIB da região era de aproximadamente R$ 223 bilhões, e

um PIB per capita de R$ 13.888,49.

Avaliando a evolução histórica dos quatro setores industriais indicados,

constatamos que todos obtiveram crescimento da Receita Líquida de Vendas (RLV) no

período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PIA do IBGE, destacando-

se o desempenho da indústria de alimentos frente aos demais. Este foi o único que

apresentou crescimento ao longo dos cinco anos analisados, com variação de 125,78%, a

4.015 5%

16.720 21%

30.288 37%

22.716 28%

7.688 9%

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-oeste

Page 268: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

266

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

maior alta dentre os setores. A indústria de veículos automotores, incluindo reboques e

carrocerias, obteve a segunda melhor receita, registrando alta de 59,05%, seguida pela

indústria de outros veículos de transporte (exceto veículos automotores), com variação de

24,5% no período.

Em termos de média de crescimento anual da RLV, o segmento de fabricação

de produtos alimentícios obteve a melhor taxa média, 2,26% ao ano. O segmento de

fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias obteve a segunda melhor

taxa de crescimento da RLV, média de 1,59% ao ano. Os segmentos de fabricação de

outros veículos de transporte, exceto veículos automotores, e de fabricação de

produtos de borracha e material plástico, obtiveram respectivamente médias anuais

de crescimento da RLV de 1,25% e 1,17%.

Gráfico 5 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados na Região Norte

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013

Analisando a evolução histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias

(RBRM), do setor de comércio em geral, observamos elevação continuada do

faturamento das empresas no período compreendido entre os anos de 2007 a 2011,

segundo a PAC do IBGE. O setor de comércio nesta região registrou alta no quinquênio

de 75,28%, média de 15,06% de crescimento anual, sendo destaque o ano de 2010,

com o melhor desempenho de vendas, evoluindo em 21,05% em relação ao ano de

2009.

Fabricação de produtos alimentícios

Fabricação de produtos de borracha e material

plástico

Fabricação de veículos automotores, reboques e

carrocerias

Fabricação de outros veículos de transporte

exceto veículos automotores

2007 R$5.699.628.000,00 R$2.211.913.000,00 R$498.513.000,00 R$11.525.377.000,00

2008 R$7.627.635.000,00 R$2.746.823.000,00 R$633.599.000,00 R$12.928.504.000,00

2009 R$7.875.164.000,00 R$2.402.047.000,00 R$476.848.000,00 R$11.287.353.000,00

2010 R$10.313.632.000,00 R$2.570.461.000,00 R$670.892.000,00 R$12.740.999.000,00

2011 R$12.868.529.000,00 R$2.593.237.000,00 R$792.871.000,00 R$14.349.546.000,00

Page 269: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

267

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 6 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Norte

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013

A análise da evolução do número de empresas dos cinco setores indicados da

indústria e comércio da região Norte, durante o período de 2008 a 2012 foi realizada

analisando os dados do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor que registrou o maior crescimento

no número de empresas foi a indústria náutica, com uma variação percentual de

56,03% no período de 2008 a 2012, média de crescimento de 11,76% ao ano. Em

seguida está a indústria de veículos com alta de 46,07% no número de empresas,

média de crescimento de 9,94% ao ano.

O comércio de materiais para construção civil registrou a terceira melhor

evolução no número de empresas, alta de 19,94% no período de 2008 a 2012, média

de crescimento anual de 4,65%. A indústria de alimentos, no mesmo período, registrou

alta de 7,53%, média de crescimento de 1,83% ao ano. Procedendo a análise em

números absolutos, o setor de comércio de materiais para a construção civil, foi o que

mais evoluiu, com um total de 2005 novas empresas no quinquênio.

Nota-se que por conta do baixo número de empresas existentes na região

Norte, qualquer acréscimo ou decréscimo neste número gera grandes oscilações no

índice.

Comércio Geral

2007 R$47.409.477.000,00

2008 R$54.706.422.000,00

2009 R$60.649.231.000,00

2010 R$73.416.140.000,00

2011 R$83.101.101.000,00

Page 270: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

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Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 7 - Evolução Histórica da quantidade de empresas nas atividades indicadas na Região Norte

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013

4.2 REGIÃO NORDESTE

É a região brasileira que possui o maior número de estados (nove no

total):Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí,Pernambuco (incluindo o

Distrito Estadual de Fernando de Noronha e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo),

Rio Grande do Norte, (incluindo a Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas) e

Sergipe. Possuía uma população de 53.081.510 hab. e um PIB de R$ 553 bilhões em

2011 que representa 13,4% do total nacional, segundo dados do IBGE, e uma renda per

capita de R$ 10.379,55 no mesmo ano.

Analisando a evolução histórica dos quatro setores industriais indicados,

constatamos que todos obtiveram crescimento na Receita Líquida de Vendas (RLV) no

período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PIA do IBGE,

destacando-se o ótimo desempenho da indústria de outros veículos de transporte

(exceto veículos automotores), que registrou a maior alta dentre os setores, variação de

124,5% durante o período da análise, média de 22,43% de crescimento anual. Embora

tenha registrado 6,19% de queda da RLV no ano de 2008 em relação a 2007, e outra

expressiva redução de 46,76% em 2011 comparado a 2010, o crescimento no

Ind. Alimentos Ind. Veículos Ind. Náutica Comércio de materiais para

Construção Civil

2008 3.439 89 116 10.056

2009 3.371 101 148 10.523

2010 3.673 104 151 11.087

2011 3.773 123 175 11.921

2012 3.698 130 181 12.061

Page 271: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

269

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

quinquênio foi possível devido ao ótimo desempenho de 224,46% de crescimento da

RLV no ano de 2009, quando comparado com 2008.

A indústria de alimentos também obteve um expressivo resultado, com a

segunda melhor variação de receita dentre os setores da análise, registrando alta de

111,69% no período de 2007 a 2011, com uma taxa média anual de crescimento de

20,62%. Cabe destacar que este foi o único setor que não registrou decréscimo de

receita ao longo dos anos analisados.

A indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias, durante o

quinquênio, registrou crescimento de 45,23% mesmo amargando uma queda de 7,63%

no ano de 2009, em relação a 2008, ano em que obteve alta de 40,58% quando

comparado ao ano anterior. A taxa média de crescimento deste segmento foi de 9,78%

ao ano. O setor de fabricação de produtos de plástico e material plástico apresenta a

terceira taxa média de crescimento anual, 12,68%.

Gráfico 8 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados

na Região Nordeste

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013

Analisando a evolução histórica do comércio em geral da região Nordeste,

constatamos elevação da Receita Bruta de Revenda de Mercadoria (RBRM) em todos

os anos do período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PAC do

Fabricação de produtos alimentícios

Fabricação de produtos de borracha e material

plástico

Fabricação de veículos automotores, reboques e

carrocerias

Fabricação de outros veículos de transporte

exceto veículos automotores

2007 R$20.208.242.000,00 R$4.590.030.000,00 R$7.381.922.000,00 R$338.718.000,00

2008 R$25.218.201.000,00 R$5.384.584.000,00 R$10.377.799.000,00 R$317.763.000,00

2009 R$27.461.384.000,00 R$6.083.645.000,00 R$9.585.913.000,00 R$1.031.028.000,00

2010 R$31.809.264.000,00 R$6.770.787.000,00 R$10.284.079.000,00 R$1.429.140.000,00

2011 R$42.778.464.000,00 R$7.399.010.000,00 R$10.720.975.000,00 R$760.944.000,00

Page 272: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

270

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

IBGE. O desempenho da RBRM demonstra evolução do comércio em geral,que no final

do período apontou crescimento de 82,7%, média de 16,17% de crescimento ao ano.

Gráfico 9 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Nordeste

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013

A evolução do número de empresas dos cinco setores indicados da indústria e

do comércio da região Nordeste durante o período de 2008 a 2012 foi feita através da

análise dos dados do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor que registrou o maior crescimento

no número de empresas foi o da indústria de veículos, com uma variação percentual

de 33,11% no período de 2008 a 2012, média de crescimento de 7,41% ao ano, seguida

do comércio de materiais para construção civil com alta de 18,34% no mesmo período

e média de 4,30% de crescimento anual. O setor da indústria de alimentos registrou a

terceira melhor evolução no número de empresas, alta de 15,41%, o equivalente a um

crescimento anual de 3,65%. A indústria náutica registrou alta no período de 8,97%, ou

2,17% ao ano.

Procedendo a análise em números absolutos, constata-se que o setor do

comércio de materiais para a construção civil, ao longo do período, obteve um

crescimento nominal de 7.986 novas empresas. O setor da indústria de produtos

Comércio Geral

2007 R$191.428.836.000,00

2008 R$226.921.773.000,00

2009 R$257.697.180.000,00

2010 R$306.964.675.000,00

2011 R$349.755.418.000,00

Page 273: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

271

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

alimentícios registrou a abertura de 2.165 novas empresas, seguido pela indústria de

veículos com 98, e finalmente, o setor náutico com 7 empresas.

Gráfico 10 - Evolução Histórica da quantidade de empresas das atividades indicadas na Região Nordeste

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013

4.3 REGIÃO CENTRO OESTE

Esta é composta por quatro unidades federativas, os estados do Mato Grosso,

Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal. De acordo com o IBGE, a população

total do Centro-Oeste é de 14.058.094, o que corresponde a apenas 7,25% da

população total do Brasil. Outros dados relevantes desta pujante região brasileira, no

ano de 2010: o PIB de R$ 350,5 bilhões; o PIB per capita era de R$ 24.953,00; e a

participação no PIB Nacional foi de 9,3%.

Analisando a evolução histórica dos quatro setores industriais indicados,

constatamos que todos obtiveram elevação da Receita Liquida de Vendas (RLV) no

período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PIA do IBGE,

Ind. Alimentos Ind. Veículos Ind. Náutica Comércio de materiais para Construção Civil

2008 14.053 296 78 43.545

2009 13.714 305 77 45.926

2010 16.074 320 82 48.371

2011 16.343 356 83 51.187

2012 16.218 394 85 51.531

Page 274: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

272

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

destacando-se o ótimo desempenho da indústria de veículos automotores, reboques e

carrocerias, que registrou a maior alta dentre os setores, variação de 263,13% no

período, computando alta em todos os anos analisados, obtendo uma média de

crescimento de 38,04% ao ano.

O setor da indústria de produtos de borracha e material plástico também

obteve elevação da RLV em todos os anos da análise, registrando a segunda melhor

variação de receita dentre os setores da análise, alta de 92,32% no período de 2008 a

2012, média de 17,76% de crescimento anual. A indústria de alimentos variou 68,77%

no mesmo período, registrando queda de receita no ano de 2009 em relação ao ano

anterior, mas a média de crescimento anual permaneceu positiva, 13,47%.

O segmento de fabricação de outros veículos de transporte, exceto veículos

automotores foi o único com decréscimo de receita no quinquênio. Apesar dos bons

índices de crescimento em 2008 e 2011, altas respectivas de 45,78% e 72,33%, houve

quedas sucessivas de 46,76% em 2009 e 27,49% em 2010, que contribuíram para uma

retração da RLV na ordem de 3,02% ao final do período, o equivalente a uma variação -

0,76% ao ano.

Gráfico 11 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados na Região Centro Oeste

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013

Fabricação de produtos alimentícios

Fabricação de produtos de borracha e material

plástico

Fabricação de veículos automotores, reboques e

carrocerias

Fabricação de outros veículos de transporte

exceto veículos automotores

2007 R$3.629.765.000,00 R$106.700.100,00 R$328.677.900,00 R$2.086.100,00

2008 R$4.804.509.400,00 R$150.887.500,00 R$549.043.000,00 R$3.041.100,00

2009 R$4.484.169.900,00 R$171.467.100,00 R$659.175.800,00 R$1.619.100,00

2010 R$4.934.661.600,00 R$196.406.200,00 R$880.192.900,00 R$1.174.000,00

2011 R$6.017.004.100,00 R$205.200.500,00 R$1.193.518.700,00 R$2.023.100,00

Page 275: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

273

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Analisando a evolução histórica do comércio em geral da região Centro-Oeste,

constatamos elevação da Receita Bruta de Revenda de Mercadoria (RBRM) em todos

os anos do período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PAC do

IBGE. O desempenho da evolução da RBRM do comércio no final do período apontou

um crescimento de 89,15%. A média anual de crescimento da RBRM foi de 17,27%.

Gráfico 12 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Centro Oeste

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013

A evolução do número de empresas dos cinco setores indicados da indústria e

comércio da região Centro Oeste durante o período de 2008 a 2012 foi realizada

analisando os dados do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor que registrou o maior crescimento

no número de empresas foi o da indústria de veículos, com uma variação percentual

de 37,08% no período de 2008 a 2012, média de 8,20% de crescimento ao ano, seguida

pela indústria náutica com alta de 36,36% no mesmo período e média de 8,06% de

crescimento ao ano. O comércio de materiais de construção registrou a terceira

melhor evolução no número de novas empresas, alta de 13,26% no período,

equivalente a 3,16% ao ano. A indústria de alimentos, no mesmo período, registrou

alta de 4,72% no quinquênio, ou 1,16% ao ano.

Comércio Geral

2007 R$114.396.641.000,00

2008 R$139.687.721.000,00

2009 R$153.683.318.000,00

2010 R$181.993.026.000,00

2011 R$216.377.574.000,00

Page 276: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

274

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 13 - Evolução Histórica da quantidade de empresas das atividades indicadas na Região Centro Oeste

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013

5 PANORAMA DOS ESTADOS

5.1 ESTADO DE SÃO PAULO

São Paulo é o estado mais rico do Brasil, o qual concentra a maior densidade

populacional e de empresas. Possui o maior PIB dentre os estados brasileiros e o

segundo maior PIB per capita da Federação. Em 2011 o valor deste PIB era

aproximadamrnte de R$ 1,3 trilhões de reais, a um valor exato de R$ 32.454,91 de PIB

per capita, no referido ano. Possui uma economia diversificada, composta por

indústrias metalmecânica, sucroalcooleira, têxtil, química, automobilística, aeronáutica

e de informática, alémda prestação de serviços, centro financeiro e alimentos. Em

termos populacionais, São Paulo é o Estado mais populoso do Brasil, com 41,2 milhões

Ind. Alimentos Ind. Veículos Ind. Náutica Comércio de materiais para Construção Civil

2008 7.059 178 33 16.622

2009 7.024 192 39 17.362

2010 7.725 208 41 17.846

2011 7.619 228 45 18.531

2012 7.392 244 45 18.826

Page 277: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

275

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

de residentes em seus 645 municípios, o que representa 21,6% da população

brasileira, e apresenta densidade demográfica de 166,2 hab./km44.

Analisando a Receita Líquida de Vendas (RLV) da indústria paulista no ano de

2011, disponíveis na Pesquisa Anual da Indústria (PIA) observa-se que o setor de

alimentos obteve melhor resultado frente ao setor automotivo, porém muito

pequeno. Ambos praticamente responderam por 50% do total da RLV dos dois setores

no ano de 2011.

Gráfico 14 - Receita Líquida de Vendas Industrial do Estado deSão Pauloem 2011

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 06-05-2014

Ao verificarmos a evolução histórica dos dois setores industriais indicados,

constatamos que ambos obtiveram elevação da RLV no período compreendido entre

os anos de 2007 a 2011, segundo a PIA do IBGE. O setor de fabricação de produtos

alimentícios destaca-se por registrar a maior alta dentre ambos, variação de 60,51%,

com crescimento em todos os anos da análise, e uma taxa anual de crescimento da

receita de 12,56%.

44

Fundação Sistema de Análise de Dados do estado de São Paulo.

R$98.415.585.000,00 50%

R$99.501.844.000,00 50% Automotivo

Alimentos

Page 278: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

276

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Mesmo apresentando queda da receita no ano de2009, em relação ao ano

anterior, a indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias computou alta

de 25,35% no quinquênio estudado. A média anual de crescimento da RLV do setor foi

de 5,81%.

Gráfico 15 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados no Estado deSão Paulo

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013

Em relação ao faturamento do comércio paulista, foi analisado os dados da

Receita Bruta de Revenda de Mercadorias (RBRM) disponíveis na última Pesquisa

Anual de Comércio (PAC) do IBGE, dos setores atacadista e varejista. Constatou-se que

no ano de 2011 o setor atacadista possuía maior participação na receita total do

comércio.

Fabricação de produtos alimentícios Fabricação de veículos automotores, reboques e

carrocerias

2007 R$61.313.043.000,00 R$79.381.479.000,00

2008 R$67.715.502.000,00 R$89.563.992.000,00

2009 R$79.449.165.000,00 R$88.762.242.000,00

2010 R$91.411.634.000,00 R$98.394.262.000,00

2011 R$98.415.585.000,00 R$99.501.844.000,00

Page 279: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

277

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 16 - Receita Bruta de Revendas de Mercadorias do Estado de São Paulo em 2011

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013

Analisando a evolução histórica dos dois setores comerciais indicados no

estado de São Paulo, constatamos que ambos obtiveram elevação da RBRM em todos

os anos do período compreendido entre 2007 e 2011, segundo a PAC do IBGE. O setor

de varejo obteve o maior crescimento, variação de 80,73%, enquanto o setor de

atacado registrou alta de 68,76%. A média de crescimento da RBRM desses segmentos

foi respectivamente de 15,95% e 13,98% ao ano.

R$353.817.968.000,00 54%

R$296.176.116.000,00 46%

Comércio Atacadista

Comércio Varejista

Page 280: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

278

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 17 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Comerciais indicados em São Paulo

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013

A evolução do número de empresas dos setores indicados da indústria e

comércio paulista no período de 2008 a 2012 foi realizada através da análise dos dados

do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e

Emprego (MTE). O setor que registrou maior aumento percentual foi a indústria

náutica com alta de 26,09% no período, média anual de 5,97%. Esse grande percentual

se deve ao fato do setor náutico possuir o menor número de empresas dentre as

demais pesquisadas, de modo que qualquer variação absoluta no número de empresas

incorre em uma variação percentual mais expressiva que nos demais setores.

A indústria de veículos registrou o segundo melhor crescimento dentre os

setores industriais estudados, com variação de 14,65%, seguida pela indústria de

alimentos, com 12,66%. O setor de comércio de materiais para construção civil obteve

crescimento percentual de 21,58% no mesmo período, segunda maior alta dentre os

segmentos estudados, além de deter a maior concentração de empresas dentre eles.

Comércio por Atacado Comércio Varejista

2007 R$209.656.682.000,00 R$163.876.954.000,00

2008 R$242.181.441.000,00 R$196.790.765.000,00

2009 R$255.097.061.000,00 R$212.240.063.000,00

2010 R$296.349.784.000,00 R$250.141.466.000,00

2011 R$353.817.968.000,00 R$296.176.116.000,00

Page 281: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

279

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 18 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado em SãoPaulo

Fonte: MTE - RAIS - Acesso 14-10-2013 Nota: CNAE analisados vide tabela 1 e 2 para cada setor por correspondência exata.

Baseados nos dados mais recentes disponíveis no Sistema de Análise das

Informações de Comércio Exterior via Internet, denominado AliceWeb, da Secretaria

de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior (MDIC), se constata que a indústria de alimentos o Estado de São Paulo foi a

que deteve o maior superávit na balança comercial dentre os três setores abordados

no ano de 2012, com mais de US$ 11,5 bilhões. A indústria automotiva obteve o

segundo melhor desempenho, superávit de quase de US$ 3bilhões. A indústria náutica,

no ano de 2012, registrou déficit na balança comercial de quase US$ 13 milhões.

Ind. Alimentos Ind. Veículos Ind. Náutica Comércio de materiais para Construção Civil

2008 6350 628 46 30.193

2009 6165 618 42 31.545

2010 7447 649 48 33.617

2011 7234 696 60 35.773

2012 7154 720 58 36.709

Page 282: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

280

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 19 - Importação e Exportação de Setores Indicados em São Paulo em 2012

Fonte: MDIC - ALICEWEB2 - Acesso 10-10-2013

5.2 ESTADO DE SANTA CATARINA

Estado detentor de uma economia bastante diversificada, fortemente ancorada

no setor industrial com expressiva participação nos segmentos da agroindústria,

metalmecânica, têxtil e cerâmica, ocupou a sexta posição na economia brasileira, no

ano de 2011, com um PIB aproximado de R$ 170 bilhões de reais e PIB per capita de R$

26.760,82, (IBGE, 2013). Sua população atual é de 6.634.254, com uma densidade

demográfica de 65,27 hab./km². Em se tratando de exportações, segundo dados da

Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)45, Santa Catarina exportou em 2012 um total

de U$ 8,9 bilhões de dólares, tendo como destaque a exportação de frangos, motores

elétricos, bombas de ar dentre outros produtos. Também possui uma pujante indústria

tecnológica, especialmente no setor de desenvolvimento de softwares, que já superou

em faturamento o setor de turismo, também expressivo neste Estado.

Analisando a Receita Líquida de Vendas (RLV) da indústria catarinense no ano

de 2011 observa-se que o setor de alimentos obteve o melhor resultado dentre os três

setores analisados, respondendo com uma RLV mais de cinco vezes maior que a receita

do setor automotivo, e quase quarenta e três vezes maior que a receita do setor

náutico.

45

O SECEX utiliza o AliceWeb como fonte de dados para a análise.

$2.192.701.978,00

$2.120.698.973,00

$14.157.572,00

$5.101.885.186,00

$13.635.267.692,00

$1.175.559,00

Automotivo

Alimentos

Náutica

Exportação Importação

Page 283: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

281

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 20 - Receita Líquida de Vendas Industrial do Estado de Santa Catarina em 2011

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013

Ao verificarmos a evolução histórica dos três setores industriais indicados,

constatamos que todos obtiveram elevação da RLV no período compreendido entre os

anos de 2007 a 2011, segundo a PIA do IBGE. O setor de construção de embarcações

destaca-se por registrar a maior alta dentre os setores, variação de 131,64%, mesmo

apresentando queda da receita nos dois últimos anos do período analisado. A média

anual de crescimento deste setor foi de 23,37%.

O segundo melhor desempenho veio da indústria de produtos alimentícios com

alta de 89,76%, seguida pela indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias

com alta de 28,06%. Estes setores registraram crescimento anual de 17,37% e 6,38%

respectivamente.

R$4.102.435.000,00 15%

R$22.618.684.000,00 83%

R$526.116.000,00 2%

Automotivo

Alimentos

Náutica

Page 284: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

282

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 21 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados no Estado de Santa Catarina

Fonte: IBGE - PIA - Acesso 14-10-2013

Em relação ao faturamento do comércio catarinense, foram analisados os

dados da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias (RBRM) disponíveis na última

Pesquisa Anual de Comércio (PAC) do IBGE, dos setores atacadista e varejista.

Constatou-se que no ano de 2011 os dois setores possuíam participação bem próxima

da RBRM total, com leve vantagem para o setor atacadista.

Fabricação de produtos alimentícios Fabricação de veículos automotores,

reboques e carrocerias Construção de Embarcações

2007 R$11.919.818.000,00 R$2.920.056.000,00 R$227.122.000,00

2008 R$14.706.757.000,00 R$3.761.833.000,00 R$415.969.000,00

2009 R$14.697.358.000,00 R$2.641.087.000,00 R$624.429.000,00

2010 R$17.544.407.000,00 R$3.132.928.000,00 R$540.384.000,00

2011 R$22.618.684.000,00 R$3.739.300.000,00 R$526.116.000,00

Page 285: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

283

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 22 - Receita Bruta de Revendas de Mercadorias do Estado de Santa Catarina em 2011

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013

Analisando a evolução histórica dos dois setores comerciais indicados,

constatamos que ambos obtiveram elevação da RBRM no período compreendido entre

os anos de 2007 a 2011, segundo a PAC do IBGE, com alta em todos os anos do

período. O setor de atacado deteve o maior crescimento, variação de 85,53% e o setor

de varejo 68,73%. A média de crescimento da RBRM desses segmentos foi

respectivamente de 16,71% e 13,97% ao ano.

R$51.061.084.000,00 51%

R$48.141.203.000,00 49%

Comércio Atacadista

Comércio Varejista

Page 286: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

284

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 23 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Comerciais indicados em Santa Catarina

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 14-10-2013

A evolução do número de empresas catarinenses dos setores indicados da

indústria e comércio catarinense no período de 2008 a 2012 foi realizada através da

análise dos dados do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor que registrou melhor variação

percentual foi a indústria náutica com alta de 21,25% no período, média anual de

4,94%.

A indústria de alimentos registrou o segundo melhor desempenho dentre os

setores estudados, com variação de 13,06%, seguida pela indústria de veículos, com

8,40%, e pelo comércio de materiais para construção civil, com alta de 6,47%. A

evolução média do número de empresas foi respectivamente de 3,12%, 2,04% e

1,58%.

Comércio por Atacado Comércio Varejista

2007 R$27.521.736.000,00 R$28.531.258.000,00

2008 R$33.620.209.000,00 R$34.235.883.000,00

2009 R$35.259.446.000,00 R$36.959.152.000,00

2010 R$44.175.047.000,00 R$42.381.728.000,00

2011 R$51.061.084.000,00 R$48.141.203.000,00

Page 287: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

285

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 24 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado em Santa Catarina

Fonte: MTE - RAIS - Acesso 14-10-2013 Nota: CNAE analisados vide tabela 1 e 2 para cada setor por correspondência exata.

Baseados nos dados mais recentes disponíveis no Sistema de Análise das

Informações de Comércio Exterior via Internet, denominado AliceWeb, da Secretaria

de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior (MDIC), constata-se que a indústria de alimentos do Estado de Santa Catarina

foi a que deteve o maior saldo na balança comercial dentre os três setores abordados

no ano de 2012, superávit de mais de US$ 3,5 bilhões. A indústria automotiva obteve o

segundo melhor desempenho, superávit de mais de US$ 470 milhões. A indústria

náutica, no ano de 2012, registrou déficit na balança comercial de mais de US$ 30

milhões.

Ind. Alimentos Ind. Veículos Ind. Náutica Comércio de materiais para Construção Civil

2008 4.856 238 80 9.501

2009 4.902 239 79 9.715

2010 5.816 236 88 9.915

2011 5.519 262 94 10.129

2012 5.490 258 97 10.116

Page 288: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

286

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 25 - Importação e Exportação de Setores Indicados em Santa Catarina em 2012

Fonte: MDIC - ALICEWEB2 - Acesso 10-10-2013

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O plástico é uma das mais importantes criações da humanidade, estando

presente em quase todos os setores econômicos. Sua composição permite que este

seja reciclado inúmeras vezes, barateando assim a sua aquisição como insumo para as

indústrias.

Sua utilização é largamente aplicada nas indústrias automotiva, náutica e de

alimentos, seja como embalagens para armazenamentos e conservação, como peças e

componentes de estruturas. A construção civil também faz uso do plástico, em

diversas etapas, como na construção quando se utiliza de tubos e conexões, ou no

acabamento, quando instala interruptores, ou revestimentos e corrimões em

hospitais.

Em se tratando de setores econômicos, em âmbito nacional e que podem

oferecer oportunidades de negócios para as empresas catarinenses que produzem

produtos plásticos e de borracha, destaca-se primeiramente o setor da indústria de

alimentos, que neste estudo demonstrou movimentar uma receita de

aproximadamente R$ 355 bilhões de reais em 2011, seguido pelo setor automobilístico

com quase R$ 232 bilhões.

$390.159.946,00

$852.567.045,00

$31.350.448,00

$867.826.041,00

$4.523.643.143,00

$101.010,00

Automotivo

Alimentos

Náutica

Exportação Importação

Page 289: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

287

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Avaliando separadamente as regiões geográficas do Brasil, constata-se que a

região Sudeste oferece maiores condições à entrada de produtos da indústria plástica

catarinense por deter a maior concentração de empresas da indústria e do comércio

nacional. Entretanto, uma análise mais detalhada em nível regional revela que na

região Norte do Brasil, a indústria de alimentos obteve um crescimento de receita

(22,58% ao ano) muito superior ao crescimento no número de empresas (1,83% ao

ano), revelando a possibilidade de entrada de produtos plásticos voltados às

embalagens para conservação e transporte desses produtos. Outros potenciais

mercados nesta região são a indústria náutica e a de veículos, que vêm apresentando

bom crescimento no número de empresas (11,76% a ano).

Na região Nordeste os setores com maior potencial de investimento devido ao

aumento de suas receitas foram a indústria de outros veículos de transporte (exceto

automotores), com média de crescimento anual de 22,43% na Receita Líquida de

Vendas (RLV) e a indústria de alimentos, com média de crescimento anual de 20,62%

na RLV.

Na região Centro Oeste o destaque é a indústria de veículos automotores, cujo

crescimento da receita foi de mais de 200% no quinquênio. A taxa de crescimento no

número de empresas desse setor também foi a maior nesta região (8,20% de

crescimento anual), se comparada aos demais setores analisados neste estudo. Isto

revela que novas empresas vêm surgindo nesta região com grandes perspectivas de

ganhos, o que fomenta a entrada de novos produtos de plástico e borracha oriundos

de indústrias catarinenses.

Nas três regiões analisadas, o setor comercial em geral demonstrou

crescimento considerável, sem apresentar queda em nenhum dos anos da análise.

No estado de São Paulo, podemos constatar a força que o comércio exerce

mesmo com o maior número de empresas esse segmento obteve a segunda melhor

taxa de crescimento de participantes, e uma evolução constante de sua Receita Bruta

de Revenda de Mercadoria (RBRM) tanto para o atacado, com quase 70% de

crescimento na renda, quanto para o varejo que obteve mais de 80% de crescimento

de RBRM.

Page 290: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

288

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Em Santa Catarina, a indústria náutica e de alimentos são destaques. Ambas

detêm as melhores taxas de crescimento de receita e no número de empresas no

quinquênio (média de 23,37% e 17,37% ao ano respectivamente). A indústria náutica

obteve mais de 100% de incremento de receita e a alimentícia com quase 90%.

Entretanto, em termos de comércio internacional, a indústria de alimentos obteve

superávit enquanto a náutica obteve déficit, caracterizando a dependência deste

último sobre o mercado interno de embarcações.

Page 291: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

289

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior –AliceWeb2. Fevereiro, 2012. Disponível em: <http://www3.mte.gov.br/pdet/index.asp>. Acesso em: 14 out. 2013.

______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Anual do Comércio – PAC. Disponível em: http://questionarios.ibge.gov.br/downloads-questionarios/pac-pesquisa-anual-de-comercio. Acesso em: 14 out. 2012. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Industrial Anual – PIA. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pia/empresas/defaultempresa.shtm. Acesso em: 10 out. 2013.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação das estatísticas do trabalho. Bases estatísticas RAIS. Disponível em: <http://www3.mte.gov.br/pdet /index.asp>. Acesso em: 14 out. 2013.

ENDO, S.K. Números Índices. São Paulo: Editora Atual, 1986.

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290

Panorama de Novos Mercados para o Setor de Plástico e Borracha de Santa Catarina

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291

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

CAPÍTULO V - PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS

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292

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

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293

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 295 1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 295 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 296 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 296 2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 296 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 297 2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 298 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 298 3 ANÁLISE DOS DADOS ________________________________________________ 299 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 300 3.1.1 Região e município das empresas ______________________________________ 300 3.1.2 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 302 3.1.3 Início das atividades das empresas______________________________________ 304 3.1.4 Número de colaboradores das empresas _________________________________ 306 3.1.5 Porte e classificação das empresas______________________________________ 309 3.1.6 Gênero dos entrevistados_____________________________________________ 312 3.1.7 Escolaridade dos entrevistados ________________________________________ 314 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS ____ 316 3.2.1 Mercados atendidos _________________________________________________ 317 3.2.2 Canais de vendas ___________________________________________________ 320 3.2.3 Origem dos principais clientes _________________________________________ 323 3.2.4 Produtos adquiridos do setor de plástico e borracha _______________________ 326 3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de plástico e borracha __________ 329 3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha _ 332 3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha ______________ 334 3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia de

plástico e borracha __________________________________________________ 336 3.2.9 Aspectos da cadeia de plástico e borracha que necessitam de melhoramentos __ 338 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA AMOSTRA _ 341 3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas _______________ 341 3.3.2 Necessidadesde aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas _______ 344 3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha ___________________ 347 3.3.4 Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borracha ____________ 350 3.3.5 Contato com fornecedores de Santa Catarina _____________________________ 352 3.3.6 Aquisição de produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha com

fornecedores catarinenses ____________________________________________ 354 3.3.7 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da

indústria de plástico e borracha ________________________________________ 357 3.3.8 Tipos de fornecedores demandados ____________________________________ 359 3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM

FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE PLÁSTICO E BORRACHA __________________ 361 3.4.1 Estrato da demanda potencial por grupo e atividade econômica ______________ 362 3.4.2 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços ________ 366 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 372

Page 296: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

294

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 372 4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas ____________________________ 372 4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas ___ 373 4.1.3 Características da demanda ___________________________________________ 374 ANEXOS ________________________________________________________________ 377 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 377

Page 297: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

295

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 APRESENTAÇÃO

O estudo setorial da demanda por Produtos de Plástico e de Borracha em Santa

Catarina contempla este relatório de pesquisa de novos mercados, que representa o

último levantamento que compõe os quatro relatórios complementares de dados

setoriais e que procura, especificamente neste trabalho, sobre diferentes perspectivas

quantitativas, caracterizar o perfil das empresas que podem demandar por produtos e

serviços de fornecedores catarinenses da cadeia de plástico e borracha. Este trabalho é

caracterizado como uma pesquisa quantitativa descritiva com empresas de diferentes

segmentos(Indústria Automotiva, Construção Civil, Agronegócio e Indústria Náutica).

Ao todo, a amostra entrevistada é de 400 empresas destes segmentos, instaladas nas

Regiões Norte, Centro Oeste, Nordeste e nos estados de Santa Catarina e São Paulo.

A priori, estas entrevistas, realizadas com empresários e gestores, prioriza o

entendimento do sujeito pesquisado sobre o seu mercado de atuação enquanto

empresa, atendendo ao preenchimento de perguntas sobre a empresa, a relação e

situação da empresa com o seu mercado (clientes, fornecedores, concorrentes) e

sobre a aptidão em demandar por produtos do setor de plástico e borracha.

Mas por que estudar novos mercados? Em tese este trabalho busca uma

reflexão sobre possibilidades de novas demandas para as empresas catarinenses, ainda

que estas demandas estejam em grande parte dentro deste Estado (SC), ou em São

Paulo ou mesmo noutras regiões do País ou em diversos países. O que se busca aqui é

o construto de mercado, especificamente apontando para cinco regiões estratégias

para as empresas Catarinenses, dentro de Santa Catarina e São Paulo, nas Regiões

Norte, Nordeste e Centro Oeste.

Referencialmente, novos mercados são, de fato, mercados potenciais que

podem gerar demandas economicamente viáveis, ainda que a viabilidade de cada

negócio em particular não seja objeto deste levantamento, mas sim o seu

apontamento e descrição.

Page 298: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

296

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

A escolha destes novos mercados foi realizada com base nos estudos

anteriores, previamente citados, tais como a pesquisa qualitativa com formadores de

opinião e visão do empresário.

Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto

Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais onde são

observados em uma análise conjuntural de conglomerados para fins de embasamento

analítico de mercados, que subsidia informações para o Programa NovaEconomia@SC.

1.2 OBJETIVO DO ESTUDO

O estudo tem como objetivo identificar as características de setores de

atividades promissores a demandarem por produtos de plástico e borracha, com

ênfase a priorizar potenciais demandas às empresas instaladas em Santa Catarina. Para

efeitos de levantamento de dados, são consideradas para efeito deste Estudo três

Regiões do Brasil, Nordeste, Centro Oeste e Norte, bem como, os estados de Santa

Catarina e São Paulo.

2 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para o alcance dos objetivos pretendidos pela pesquisa, dada a natureza do

problema trabalhado, o delineamento metodológico seguido consta dos seguintes

aspectos:

2.1 TIPO DE PESQUISA

A pesquisa é caracterizada por método quantitativo (mensuração da

quantidade de respostas, que possibilita a aplicação de inferência), de caráter

exploratório e descritivo (busca mensurar atitudes e opiniões da população de

empresas-alvo da pesquisa), com o processo de amostragem não probabilístico, com

amostra selecionada por casos típicos (empresas com características semelhantes de

atividades). O corte da pesquisa é transversal, ou seja, a coleta dos dados ocorre num

só momento.

Page 299: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

297

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população da pesquisa é formada por pessoa jurídica, empresas pertencentes

a setores produtivos da indústria e comércio principalmente, mas sem exclusão da

prestação de serviços, instaladas nos Estados de Santa Catarina e São Paulo, nas

Regiões Nordeste, Centro Oeste e Norte que somam 192.302 empresas, segundo

dados da Secretaria da Fazenda (2013). A amostra é formada por 400 empresas,

calculada com base na margem de erro de 4,6% com índice de confiabilidade de 95%.

A amostra foi subdividida por segmentos de atuação, previamente selecionados nos

demais estudos que compõem este Estudo Setorial.

Tabela 1 – Proporção amostral aplicada na pesquisa de campo1

Setores Pesquisados Regiões Total de

Empresas Total de

Amostras

Automotivo/Alimentos/Náutico

Santa Catarina 3.489 99

São Paulo 7.932 4

Nordeste 5.787 35

Centro Oeste 3.533 16

Norte 1.159 12

Total do Segmento

21.900 166

Comércio de Materiais de Construção/Serviços da Construção

Santa Catarina 18.611 26

São Paulo 78.727 84

Nordeste 33.857 20

Centro Oeste 25.730 33

Norte 7.299 16

Total do Segmento

164.224 179

Comércio Varejista de Materiais Elétricos e Hidráulicos

Santa Catarina 646 12

São Paulo 3.571 25

Nordeste 890 8

Centro Oeste 844 6

Norte 227 4

Total do Segmento

6.178 55

TOTAL 192.302 400

Fonte: Elaborado pela empresa Ágape

A Tabela 1 apresenta a distribuição da amostra e considera empresas de

setores heterogêneos entre si, segmentadas por estados ou regiões. Foram abordados

Page 300: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

298

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

neste estudo os setores de comércio e serviços oriundos da construção civil, da

indústria composto pelos segmentos de alimentos, automotivo e náutico, os quais

foram agrupados em três grandes grupos listados na coluna “setores pesquisados”.

Nota-se que se obteve amostra mínima entre 4 e 8 empresas entrevistadas na Região

Centro Oeste para o segmento de comércio varejista de materiais elétrico e hidráulico.

Situação similar ocorreu no estado de São Paulo para o setor das indústrias. Tal

situação é justificada pela dificuldade em encontrar os gestores responsáveis pela

empresa, no período em que foram realizadas as pesquisas.

Para tratamento e consistência de dados, a amostra das regiões é agrupada por

estado da federação. A distribuição amostral por estados foi pesquisada inversamente

ao número de empresas de cada região, ainda que, na prática, não se obteve números

proporcionais. Para efeitos de coleta, a distribuição foi discrepante entre estados em

razão do maior peso dado às empresas catarinenses para efeito de coleta de dados.

2.3 COLETA DOS DADOS

A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista telefônica. A abordagem

com empresas deu-se pela sua especificidade de atuação e disponibilidade em

fornecer os dados através de seus gestores, responsáveis pelo fornecimento das

informações da pesquisa e sujeitos de análise. As entrevistas ocorreram entre os

meses de janeiro a fevereiro de 2014. A aplicação de entrevista foi realizada via

questionário estruturado com perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha,

previamente aprovadas pela comissão responsável do Sebrae/SC.

2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos gestores

e empresários dos setores entrevistados. A distribuição das entrevistas em

determinadas regiões não obteve a devida consistência numérica em razão da

dificuldade de penetração nestes mercados. A proporção amostral viável para análise é

a apresentada nos gráficos do Capítulo 3.

Page 301: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

299

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3 ANÁLISE DOS DADOS

Esta parte do estudo tem como finalidade apresentar e analisar os resultados

da investigação sobre a percepção dos sujeitos de pesquisa, acerca dos aspectos que

caracterizam estas empresas, o grau e caracterização do consumo atual sobre

produtos e serviços da indústria do Plástico e Borracha e do interesse e aptidão por

produtos e serviços desta cadeia setorial econômica.

A análise dos dados está organizada em três partes: na primeira são

apresentados e analisados os dados relativos às características socioeconômicas das

empresas pesquisadas; na segunda, analisa-se o mercado das empresas; e na terceira

descrevem-se as características da demanda por produtos do setor em estudo. Nesta

última parte, uma seção é dedicada a comparar os dados da amostra em sua

totalidade com o segmento da amostra que indicou interesse expresso em comprar de

fornecedores catarinenses do setor de Plásticos e de Borracha.

No quesito apresentação das tabelas e gráficos do relatório, a dinâmica de

leitura é realizada na sequência em que as perguntas de pesquisa foram aplicadas aos

entrevistados (instrumento de coleta de dados consta em anexo). A análise segue

apresentando o gráfico de cada variável sob o total de respostas, seguido dos

cruzamentos da variável em questão com a região de instalação da empresa e a

atividade econômica da amostra (expressos nos Gráficos 1 e 2).

Ressalta-se que, ao longo da análise, diversos gráficos são de múltipla resposta,

fator em que a soma das citações de pesquisa excede o total de respondentes,

ultrapassando 100% do total de respostas indicadas em gráficos desta natureza

(múltipla resposta). A análise cruzada realizada de uma variável de múltipla resposta

também pode ultrapassar o total de respondentes. Optou-se por este método em

razão da melhor interpretação do comportamento dos dados percentuais, sempre

apresentando os dados pelo total de empresas, ou seja, indicando quantas “empresas

entrevistadas” indicam cada alternativa de resposta do levantamento e não somente

quantas vezes uma alternativa foi marcada/indicada.

Page 302: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

300

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS

As categorias de análise das características das empresas pesquisadas foram:

ramo de atividade ou atividade principal, localização de instalação da empresa, data de

início das atividades, número de funcionários por empresa, o porte/faturamento das

empresas, gênero e nível de escolaridade dos entrevistados, conforme demonstram os

resultados a seguir.

3.1.1 Região e município das empresas

Região onde a empresa está instalada:

Gráfico 1 – Estado de instalação da amostra1

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 1 revela a proporção de entrevistas realizadas entre os

estados/região dos respondentes desta amostra. Santa Catarina ocupa a primeira

posição neste levantamento, com 34,3% do grupo entrevistado, enquanto 28,3% das

empresas são oriundas do estado de São Paulo. O menor índice da pesquisa ocorre no

grupo proveniente da Região Norte, com 8% da amostra inquirida.

Page 303: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

301

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Tabela 2 – Região de instalação das empresas entrevistadas2

Estados Regionais Qtd. Empresas % Total

Centro Oeste

Distrito Federal 2 0,50% Goiás 13 3,25%

Mato Grosso do Sul 40 10,00% Total 55 13,75%

Nordeste

Bahia 51 12,75% Ceará 10 2,50%

Pernambuco 2 0,50% Total 63 15,75%

Norte Amazonas 17 4,25%

Pará 15 3,75% Total 32 8,00%

Santa Catarina

Região Extremo Oeste 10 2,50% Região Foz do Itajaí 11 2,75%

Região Grande Florianópolis 13 3,25% Região Meio Oeste 9 2,25%

Região Norte 22 5,50% Região Oeste 27 6,75% Região Serra 5 1,25%

Região Sul 23 5,75% Região Vale do Itajaí 17 4,25%

Total 137 34,25%

São Paulo

Região de Bauru 5 1,25% Região de Campinas 11 2,75% Região de Piracicaba 6 1,50%

Região de Ribeirão Preto 5 1,25% Região Macro Metropolitana Paulista 10 2,50% Região Metropolitana de São Paulo 62 15,50%

Região de São José do Rio Preto 4 1,00% Região de Araçatuba 3 0,75% Região de Araraquara 3 0,75%

Região de Marília 1 0,25% Região do Vale do Paraíba Paulista 2 0,50%

Região do Litoral Sul Paulista 1 0,25% Total 113 28,25%

Total geral

400 100%

Fonte: dados da pesquisa

A Tabela 2 apresenta a distribuição da amostra pelas Regiões Nordeste, Centro

Oeste, Norte e pelos estados de Santa Catarina e São Paulo, segmentados por

mesorregiões de cada estado ou pelo sinônimo de regionais.

Page 304: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

302

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.1.2 Descrição da atividade econômica

Descreva sua principal atividade econômica

Gráfico 2 – Atividade econômica principal2

Fonte: dados da pesquisa.

Dentre as atividades econômicas das empresas partícipes deste levantamento,

o segmento de comércio de materiais de construção/serviços da construção contém o

índice mais significativo, com 44,8% da amostra, frente a 41,5% de empresas das

indústrias: automotiva/alimentos/náutico. O menor agrupamento de atividade

econômica ocorre no comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos, com 13,8%

da amostra total de entrevistados.

Page 305: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

303

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 2.1 – Estado de instalação X Atividade econômica principal3

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Quando cruzadas as atividades econômicas das empresas da amostra com o

estado/região de localização destas, verifica-se diversidade nas cinco esferas da

pesquisa. Santa Catarina e a Região Nordeste destacam-se principalmente no

segmento de indústrias: automotiva/alimentos/náutico, ao passo que o estado de São

Paulo e as Regiões Centro Oeste e Norte têm predominância de empresas do

segmento do comércio de materiais de construção/serviços da construção.

Page 306: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

304

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.1.3 Início das atividades das empresas

Data de início das atividades: (Questão convertida para “idade das empresas no

mercado”).

Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2014)4

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 3 apresenta a idade das empresas entrevistadas no mercado

estudado. A data de início das atividades foi convertida em tempo de atuação em

anos, mediante a diferença entre o ano corrente de 2014. A distribuição de frequência

indica que apenas uma empresa tem menos de dois anos de atuação no mercado e

que 16,6% das empresas entrevistadas têm 30 ou mais anos de atividades no mercado.

A faixa predominante é entre 10 a 19 anos, com 33,8% das citações do estudo, seguido

pela faixa de 20 a 29 anos, com 25,8% da amostragem. A média de idade das empresas

da amostra é de 19 anos de atuação no mercado.

Page 307: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

305

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 3.1 – Estado de instalação X Idade das empresas (referência de 2013)5

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Gráfico 3.2 –Atividade Econômica X Idade das empresas (referência de 2014)6

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

A distribuição das empresas por estado e idade das empresas indica padrão

semelhante nas cinco esferas do estudo, sendo observável que em todas elas a faixa

de destaque ocorre entre 10 a 19 anos de atividades no mercado, com exceção

verificável no estado de São Paulo, onde o destaque neste levantamento são empresas

com idade entre 20 a 29 anos, com 31% da amostra desta esfera da pesquisa. Cabe

salientar que o índice de maior expressividade na faixa de idade acima dos trinta anos

Page 308: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

306

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

de atuação no mercado ocorre no estado de Santa Catarina, onde 22,6% (acumulado)

da amostragem enquadra-se nesta faixa de resposta.

O Gráfico 3.2 cruza a atividade econômica das empresas pesquisadas com a

idade destas. É verificável que tanto para comércio de materiais de

construção/serviços da construção quanto no comércio varejista de materiais

elétricos/hidráulicos a faixa de destaque é entre 20 a 29 anos de atividade dentro do

setor, com destaque ao segundo, onde 36,4% dos entrevistados situam-se nesta faixa

de resposta. O segmento de indústrias: automotiva/alimentos/náutico detém o maior

percentual de seus respondentes na faixa entre 10 a 19 anos de atividade no mercado,

com 41,6% de seus integrantes nesta faixa de escolha.

3.1.4 Número de colaboradores das empresas

Quantos colaboradores têm a sua empresa:

Gráfico 4 – Número de colaboradores7

Fonte: dados da pesquisa

O número de colaboradores das empresas entrevistadas varia principalmente

entre 10 e 19, com 19,3%, mesmo índice para a faixa de 100 ou mais colaboradores. A

média aritmética é de 144 colaboradores por empresa (uma empresa apresentou total

de 15 mil funcionários, instalada em Santa Catarina). A média corrigida, calculada com

Page 309: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

307

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

base em 80% da variação principal das respostas do desvio padrão, é de 40

colaboradores por empresa. Cabe ressaltar que 25,6% (acumulado) dos inquiridos

possuem até nove colaboradores dentro de suas empresas

Gráfico 4.1 – Estado de instalação X Número de colaboradores8

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Gráfico 4.2 – Atividade Econômica X Número de colaboradores9

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Page 310: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

308

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Considerando a distribuição por estados/regiões pesquisados, São Paulo é o

único estado/região com índice de maior expressividade neste levantamento na faixa

entre 10 a 19 colaboradores, enquanto a Região Nordeste tem maior destaque na faixa

de 100 e mais colaboradores. Santa Catarina destaca principalmente a faixa entre 5 a 9

colaboradores, ao passo que a Região Norte detém mais de 1/3 de seus entrevistados

na faixa acima de cem colaboradores. A Região Centro Oeste, por sua vez, apresenta o

mesmo índice de entrevistados, 20% da amostra, em três faixas de resposta: de 5 a 9,

de 10 a 19 e entre 30 a 49 colaboradores.

Na distribuição por atividade econômica, observam-se diferenças nos padrões

dos três segmentos do estudo. O comércio de materiais de construção/serviços da

construção tem maior proeminência para os inquiridos na faixa entre 30 a 49

colaboradores, com 19,6% de seus integrantes nesta faixa de resposta, ao passo que o

comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos apresenta maior expressividade

na faixa entre 10 a 19 colaboradores, com 21,8% da amostra nesta faixa de escolha. Já

27,1% dos respondentes do segmento industrial encontram-se na faixa acima de 100

colaboradores.

Page 311: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

309

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.1.5 Porte e classificação das empresas

Porte/Classificação da empresa (anual):

Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa10

Fonte: dados da pesquisa

A classificação por porte e faturamento da amostra apresenta o destaque da

pesquisa para Empresas de Pequeno Porte, com 41% do grupo pesquisado, seguido

por 28,8% dos respondentes provenientes de Empresas de Médio Porte. A categoria

de Microempresa ocupa a terceira posição dentre os entrevistados.

Page 312: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

310

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 5.1 – Estado de instalação X Porte/Classificação da empresa11

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

A distribuição por estado/região da classificação por porte e faturamento das empresas pesquisadas destaca que tanto em São Paulo

quanto em Santa Catarina a proeminência das empresas estudadas é de Empresas de Pequeno Porte, com respectivamente 50,4% e 41,6% dos

integrantes destas esferas da pesquisa nesta categoria. Por outro lado, as Regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste apresentam maior

expressividade para o grupo de respondentes de Empresas de Médio Porte, com respectivamente 36,4%, 37,5% e 44,4% de seus inquiridos

nesta faixa de resposta. Empresas de Grande Porte têm maior quantitativo no estado de Santa Catarina, com treze de seus respondentes

inclusos nesta faixa de resposta.

Page 313: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

311

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 5.2 – Atividade Econômica X Porte/Classificação da empresa12

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 5.2 revela que Empresas de Médio Porte são destaque no segmento industrial, com 33,7% de seus integrantes neste

enquadramento tributário. Por outro lado, tanto o comércio de materiais de construção/serviços da construção quanto o comércio varejista de

materiais elétricos/hidráulicos demonstram maior destaque de seus integrantes enquadrados como Empresas de Pequeno Porte, com

faturamento entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões. Os índices destes segmentos são de 46,9% e 49,1%, respectivamente. Empresas de grande

porte estão em maior número no segmento industrial neste estudo.

Page 314: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

312

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.1.6 Gênero dos entrevistados

Sexo dos entrevistados:

Gráfico 6 – Gênero dos entrevistados13

Fonte: dados da pesquisa

Gráfico 6.1 – Estado de instalação X Gênero dos entrevistados14

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Os entrevistados da amostra são predominantemente do sexo masculino, com

54,5% dos inquiridos, ao passo que os 45,5% restantes são mulheres.

O Gráfico 6.1 apresenta o estado/região dos entrevistados cruzado com o

gênero destes. As mulheres predominam nos cargos de gestão tanto em São Paulo

quanto no Centro Oeste, com ápice neste último, onde 56,4% dos entrevistados são do

sexo feminino. As Regiões Norte e Nordeste, bem como o estado de Santa Catarina,

tem a maioria de seus respondentes do gênero masculino, com intensificação no

Page 315: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

313

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

índice do grupo de respondentes catarinenses, onde 62% da amostra é composta por

homens.

Gráfico 6.2 – Atividade Econômica X Gênero dos entrevistados15

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 6.2 destaca que todos os segmentos da pesquisa têm predominância

do sexo masculino no que tange ao gênero dos respondentes, com destaque para o

setor da indústria, onde 59% dos entrevistados são homens.

Page 316: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

314

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.1.7 Escolaridade dos entrevistados

Grau de escolaridade do entrevistado:

Gráfico 7 – Grau de escolaridade do entrevistado16

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 7 apresenta o grau de escolaridade dos entrevistados. O destaque

são os respondentes com Ensino Superior Completo, com 43,3% da amostra, enquanto

27,5% do grupo possui Ensino Médio Completo. Apenas dois entrevistados da amostra

possuem Mestrado, enquanto três respondentes declaram não ter escolaridade.

Page 317: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

315

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 7.1 – Estado de instalação X Grau de escolaridade do entrevistado17

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 7.1 apresenta todas as regiões/estados da pesquisa com destaque ao número de entrevistados com Ensino Superior

Completo, sendo que neste aspecto é verificável no estado de Santa Catarina, o maior índice (46,7%) da amostra. A exceção neste

levantamento, em relação à tendência central da amostragem, ocorre na Região Norte, onde o grau de escolaridade dos entrevistados é

predominantemente Ensino Médio Completo, com 53% dos inquiridos desta esfera da pesquisa nesta faixa de resposta.

Page 318: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

316

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 7.2 – Atividade Econômica X Grau de escolaridade do entrevistado18

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O grau de escolaridade cruzado com a atividade econômica desempenhada

pelos entrevistados da amostra demonstra que em todos os segmentos do estudo

predominam respondentes com Ensino Superior Completo, com ápice no índice do

segmento industrial, onde 45,2% dos entrevistados incluem-se nesta faixa de resposta.

A ausência de escolaridade dos respondentes ocorre somente no segmento varejista

de materiais de construção e serviços da construção. O Ensino Médio Completo

apresenta o maior quantitativo de respondentes no segmento varejista de materiais

de construção e serviço da construção, ao passo que o índice mais elevado pertence ao

varejo de materiais elétricos e hidráulicos.

3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS

Esta seção apresentará os resultados da análise das características da demanda

das empresas estudadas e práticas de gestão de clientes. É composta por quatorze

variáveis que explicam a demanda das empresas de plástico e borracha em Santa

Catarina.

Page 319: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

317

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.1 Mercados atendidos

Quais mercados a sua empresa atende?

Gráfico 8 – Mercados que a empresa atende19

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 8 apresenta os mercados atendidos pelas empresas entrevistadas. É

observável o destaque ao atendimento ao consumidor final pessoa física, com 49% dos

entrevistados, frente a 45,8% do grupo que afirma atender as empresas. O

atendimento ao poder público é relatado por apenas 2,5% (acumulado) da amostra.

Page 320: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

318

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 8.1 – Estado de instalação X Mercados que a empresa atende20

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 8.1 indica os mercados que as empresas da amostra atendem cruzado por estado/região de instalação dos inquiridos.

Observa-se o destaque do atendimento ao consumidor final pessoa física na Região Nordeste, em Santa Catarina e na Região Centro Oeste,

com respectivamente 50,8%, 65% e 67,3% dos entrevistados nesta faixa de resposta. O atendimento a empresas é predominante na Região

Norte e no estado de São Paulo, com respectivamente 50% e 69% dos entrevistados destas esferas da pesquisa que afirmam atender

exclusivamente a este mercado. As empresas da Região Centro Oeste, neste estudo, relatam não atender ao poder público.

Page 321: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

319

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 8.2 – Atividade Econômica X Mercados que a empresa atende21

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Segundo o Gráfico 8.2, verifica-se a predominância do atendimento ao

consumidor final pessoa física em dois dentre os três segmentos estudados, são eles:

comércio de materiais de construção/serviços da construção e indústrias:

automotiva/alimentos/náutico, com destaque ao último, onde 52,4% dos

entrevistados situam-se nesta faixa de resposta. Por outro lado, o atendimento às

empresas ocorre no comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos, onde 61,8%

da amostra afirma atender este mercado, embora quantitativamente o segmento

varejista de materiais de construção e serviços da construção apresente o maior

contingente de entrevistados.

Page 322: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

320

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.2 Canais de vendas

E quais seriam os seus canais de vendas?

Gráfico 9 – Canais de vendas22

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 9 revela que o principal canal de venda utilizado pelas empresas do

estudo é a venda direta ao cliente final, conforme 48,5% da amostra. O uso de loja

própria é segundo canal mais citado, com 16,3% das respostas, seguido por 10,3% das

empresas que contam com representantes comerciais. O canal internet é pouco

explorado pela amostra, pois apenas 3,3% (acumulado) relatam utilizar esta

ferramenta de venda.

Page 323: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

321

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 9.1 – Estado de instalação X Canais de vendas23

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 9.1 apresenta o cruzamento entre o uso dos canais de venda das empresas da amostra por estado/região onde estão

instaladas. Em todas as esferas da pesquisa, é verificável o destaque da venda direta ao cliente final, com relevância do índice no estado de

Santa Catarina, com 59,1% dos entrevistados nesta faixa de resposta. O uso de loja própria é significativo na Região Centro Oeste, onde 29,1%

da amostra desta região utiliza-se deste canal de venda. Na Região Norte ocorre o maior índice de entrevistados que utilizam representantes

comerciais como canal de venda, com 21,9% dos inquiridos desta região nesta faixa de resposta. A venda por internet em site próprio é

destacado no estado de São Paulo, com 8% de respondentes, que relatam usar este canal de venda, ao passo que na Região Norte esta

ferramenta não é utilizada.

Page 324: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

322

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 9.2 – Atividade Econômica X Canais de vendas24

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 9.2 demonstra que em todos os segmentos do presente estudo, o destaque quanto aos canais de venda utilizados é a venda

direta ao cliente final, com evidência ao segmento industrial, onde 51,8% dos entrevistados apontam esta opção neste estudo. O uso de loja

própria tem maior expressividade no comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos. No segmento do comércio de materiais de

construção e serviços da construção observa-se que 5,1% (acumulado) fazem uso da internet como canal de venda.

Page 325: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

323

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.3 Origem dos principais clientes

Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:

Gráfico 10 – Origem dos Principais Clientes25

Fonte: dados da pesquisa

Com relação à região de instalação dos clientes das empresas da amostra,

observa-se que 55,5% dos respondentes informam atender clientes do município onde

estão instaladas. Já para 15,3% da amostra o atendimento ocorre noutras regiões do

estado. Apenas 2% relatam atender clientes fora dos limites nacionais.

Page 326: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

324

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 10.1 – Estado de instalação X Origem dos Principais Clientes26

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Na distribuição por estado/região, a Região Centro Oeste contém o maior índice de entrevistados que afirmam que a demanda das

empresas é circunscrita ao município de instalação destas, segundo 69,1% dos entrevistados. Observa-se que esta faixa de resposta é o

destaque em todas as esferas da pesquisa. O atendimento aos clientes da região metropolitana de onde está localizada a empresa tem maior

relevância para o grupo proveniente da Região Norte, sendo que 21,9% de seus integrantes encaixam-se nesta faixa de resposta. Aqueles que

afirmam atender aos clientes de outros estados do país são em maior número no estado de São Paulo, contendo 24,8% de seus integrantes

que se situam nesta faixa de resposta. O atendimento a clientes no exterior ocorre com mais relevância na Região Nordeste (7,9%) quando

comparada com as demais localizações. No estado de Santa Catarina os clientes na sua maioria têm origem no próprio município de instalação

das empresas entrevistadas.

Page 327: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

325

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 10.2 – Atividade Econômica X Origem dos Principais Clientes27

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 10.2 indica que nos três segmentos estudados os clientes são

originários do município de instalação das empresas pesquisadas, com maior

expressividade aos 63,6% da amostra do comércio varejista de materiais

elétricos/hidráulicos. Por outro lado, o destaque dentre aqueles que relatam como

origem dos principais clientes atendidos a região metropolitana onde a empresa está

instalada, pertence ao segmento do comércio varejista de materiais

elétricos/hidráulicos com 18,2%. Já o segmento industrial, com 19,9% dos

respondentes, se sobressai no atendimento a clientes em outras regiões do Estado.

Este por sua vez, também contém o único contingente de entrevistados que atendem

clientes no exterior. Atender clientes noutros estados do Brasil é relevante para 14,5%

de empresas do comércio de materiais de construção e serviços da construção.

Page 328: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

326

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.4 Produtos adquiridos do setor de plástico e borracha

Especifique os tipos de produtos ou serviços que a sua empresa compra ou contrata da

cadeia de plástico e borracha:

Gráfico 11 – Produtos adquiridos da cadeia de plástico e borracha28-

Fonte: dados da pesquisa Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 11 destaca os produtos adquiridos da indústria de plástico e borracha

e neste aspecto, destaca-se a compra produtos de plástico nas suas mais diversas

variações e aplicações, conforme 70,8% do grupo pesquisado. Amplamente atrás,

situa-se a compra de produtos de borracha, com 8% da amostra pesquisada, cuja

variedade estende-se de buchas de amortecedores, correias, batentes e até tarugos de

borracha para fins industriais. Já 6% do grupo compra embalagens em geral, que são

utilizados para embalar alimentos, peças e partes plásticas e inúmeras aplicações.

Page 329: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

327

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 11.1 –Estado de instalação X Produtos adquiridos da cadeia de plástico e borracha29

Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.

A compra de produtos da indústria de plástico e borracha cruzada com o estado/região de localização das empresas pesquisadas infere

que a compra de produtos de plástico é o destaque nas cinco esferas da pesquisa, com destaque para a Região Nordeste neste prospecto,

sendo que 82,5% de seus integrantes situam-se nesta faixa de resposta. A compra de produtos de borracha tem maior destaque em Santa

Catarina, mesma esfera da pesquisa que destaca a compra de embalagens em geral. Os respondentes do Estado de São Paulo relatam a

compra de insumos para utilização industrial advindos do setor plástico e de materiais para construção, com percentuais de 7,1% e 6,2%

respectivamente.

Page 330: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

328

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 11.2 – Atividade Econômica X Produtos adquiridos deplástico e borracha30

Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.

Quanto ao cruzamento dos produtos adquiridos da indústria de plástico e

borracha pela atividade econômica das empresas da amostra, é observável que o

destaque nos três segmentos do estudo é a compra de produtos de plástico, sendo o

índice de maior expressividade pertence ao segmento de comércio de materiais de

construção/serviços da construção, conforme 77,7% dos entrevistados deste

segmento. Sobre a compra de produtos de borracha, o estudo aponta o setor

industrial como o maior comprador. Um segmento em que a indústria plástica tem

grande participação, o de materiais elétricos/eletrônicos em geral, é destacadamente

consumido por 36,4% dos entrevistados deste comércio varejista especializado.

Page 331: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

329

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de plástico e borracha

E quais seriam os seus canais de COMPRAS?

Gráfico 12 – Canais de compra31

Fonte: dados da pesquisa

No Gráfico 12 destacam-se os principais canais de compra das empresas

participantes do estudo, sendo que a compra direta junto ao fornecedor revela-se a

mais usual dentre as demais (39%), seguido pela compra através do representante

comercial com 26%. O canal distribuidor e o canal atacadista também são utilizados

por expressivo contingente de entrevistados.

Page 332: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

330

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 12.1 – Estado de instalação X Canais de compra32

Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.

A análise por regiões/estado de instalação das empresas da amostra revela que 54,9% das empresas de São Paulo compram

diretamente do fornecedor, enquanto 43,8% dos entrevistados da Região Norte utilizam-se de representantes comerciais no que concerne a

canais de compra. O uso de distribuidores, por sua vez, tem maior proeminência no grupo proveniente da Região Nordeste, onde 23,8% dos

entrevistados incluem-se nesta faixa de resposta. Em Santa Catarina, os índices de respostas apontam um leve predomínio do canal

representante comercial em relação à compra direta junto ao fornecedor.

Page 333: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

331

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 12.2 – Atividade Econômica X Canais de compra33

Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento da atividade econômica das empresas da amostra pelos canais

de compra por estas utilizadas destaca o segmento do comércio varejista de materiais

elétricos e hidráulicos como referência em termos percentuais, quanto à predileção

por canais de compra apontados na pesquisa, quais sejam: a compra diretamente do

fornecedor (41,8%) e a compra através de representante comercial (29,1%). Há que se

salientar que estes dois canais de compra são também os mais citados pelos

respondentes dos outros segmentos aqui estudados.

Page 334: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

332

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha

Com que frequência a sua empresa contrata fornecedores da indústria de plástico e

borracha? (Considerar o principal fornecedor ou o mais frequente).

Gráfico 13 – Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha34

Fonte: dados da pesquisa

Gráfico 13.1 – Estado de instalação X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha35

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 13 apresenta a frequência com que os entrevistados compram dos

fornecedores da indústria de plástico e borracha. A frequência é mensal para 49,5% e

esporádica (sem período de tempo predefinido) para 22,5% da amostra. A opção – sob

demanda contém 16,5% dos entrevistados da pesquisa.

Page 335: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

333

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Através do Gráfico 13.1 verifica-se a predominância da contratação mensal de

fornecedores da indústria de plástico e borracha para as cinco esferas da pesquisa,

com destaque para a Região Norte, onde 56,3% dos entrevistados destacam esta

frequência de compra. As opções – esporadicamente e sob demanda, são mais comuns

nas empresas do Estado de São Paulo, com iguais 25,7% de respondentes nestas faixas

de resposta.

Gráfico 13.2 – Atividade Econômica X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha36

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Na distribuição por atividade econômica, a contratação mensal é destacada nos

três segmentos da pesquisa, sendo que 65,5% do grupo do comércio varejista de

materiais elétricos/hidráulicos situa-se nesta faixa de resposta. Já 23,5% da

amostragem do comércio de materiais de construção/serviços da construção destacam

a compra sob demanda dos fornecedores da indústria de plástico e borracha. O setor

industrial, quantitativamente, é aquele que mais compra esporadicamente.

Page 336: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

334

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha

Quantos fornecedores da indústria de plástico e borracha a sua empresa possui?

Gráfico 14 – Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha37

Fonte: dados da pesquisa

Gráfico 14.1 – Estado de instalação X Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha38

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 14 apresenta a quantidade de fornecedores e como as empresas da

amostra operam, bem como revela a média de fornecedores por empresa no universo

Page 337: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

335

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

de pesquisa. Observa-se que a média é de 28 fornecedores por empresa, todavia,

quando particionada por 80% das empresas com maior concentração de respostas

semelhantes, a média corrigida situa-se em 13 fornecedores por empresa. A faixa de

resposta destacada é de 2 a 4 fornecedores, com 1/4 das citações da pesquisa, seguida

pela faixa de 5 a 9 fornecedores por empresa (20,3%). O percentual de empresas que

operam com 100 e mais fornecedores é de 7,6% (acumulado), frente a 7% daqueles

que relatam ter menos de 2 fornecedores.

A distribuição por estado/região destaca a predominância de respondentes

com variação entre 2 a 4 fornecedores no Centro Oeste, em Santa Catarina e no

Nordeste, sendo que este último contém o maior percentual dos representantes da

amostra (30,2%) nesta faixa de resposta. A segunda faixa destaque, de 5 a 9

fornecedores, tem maior relevância na Região Norte e no estado de São Paulo,

respectivamente com 28,1% e 31% dos entrevistados destas esferas da pesquisa.

Empresas que operam com menos de dois fornecedores são mais frequentes na

Região Centro Oeste.

Gráfico 14.2 – Atividade Econômica X Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha39

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Page 338: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

336

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O cruzamento por atividade econômica revela discrepâncias no que tange a

quantidade de fornecedores dos três segmentos estudados. O segmento do comércio

de materiais de construção/serviços da construção tem maior ênfase na faixa de 5 a 9

fornecedores, ao passo que o comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos se

destaca principalmente na faixa de 10 a 19 fornecedores. O segmento das indústrias:

automovia/alimentos/náutico, por sua vez, tem maior expressividade na faixa de

resposta entre 2 a 4 fornecedores por empresa, bem como na faixa de 10 a 19

colaboradores.

3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia de

plástico e borracha

No que se refere à sua satisfação em relação aos produtos de seus fornecedores da

cadeia de plástico e borracha que você contrata, você diria que está em geral:

Gráfico 15 – Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha40

Fonte: dados da pesquisa

Gráfico 15.1 – Estado de instalação X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha41

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Page 339: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

337

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico 15 apresenta o grau de satisfação dos entrevistados para com seus

fornecedores atuais. Nota-se que 94,1% (acumulado) das empresas se dizem satisfeitas

ou muito satisfeitas neste aspecto. Segmentando a pesquisa por estado/região,

observa-se a semelhança dos índices de todas as faixas de resposta em todas as

esferas da pesquisa, sendo que o maior índice de respondentes satisfeitos/muito

satisfeitos ocorre no estado de São Paulo, com 98,2% (acumulado) de seus integrantes

no índice acumulado. Ademais na Região Nordeste encontra-se o mais expressivo

índice de insatisfeitos, 9,5%, ao passo que em Santa Catarina está o maior contingente

de respondentes nesta condição, dez empresas.

Gráfico 15.2 – Atividade Econômica X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha42

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Na análise por atividade econômica, todos os segmentos se mostram

amplamente satisfeitos com seus fornecedores, sendo que 98,2% dos inquiridos do

comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos demonstra satisfação neste

levantamento. O maior índice de insatisfação ocorre no comércio de materiais de

construção/serviços da construção, com 7,3% (acumulado) das citações.

Page 340: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

338

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.2.9 Aspectos da cadeia de plástico e borracha que necessitam de melhoramentos

Em qual aspecto estes produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha precisam

melhorar, na sua opinião?

Gráfico 16 – Melhorias da cadeia de fornecedores43

Fonte: dados da pesquisa

Quando inquiridos sobre aspectos que necessitam melhorias nos produtos e

serviços da cadeia de plástico e borracha, constatou-se que os entrevistados relatam

principalmente uma situação que não incide diretamente em melhoria no produto

ofertado, mas sim sobre condições para aquisição deste, como por exemplo, a

diminuição da tributação sobre produtos, com 54,3% das citações. Já no tocante aos

serviços dos fornecedores, os entrevistados foram mais pontuais, informando que

precisa de melhoria na agilidade/qualidade no atendimento (13,8%) e na

agilidade/pontualidade nas entregas, com 13,3% das respostas da amostra pesquisada.

Page 341: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

339

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 16.1 – Estado de instalação X Melhorias da cadeia de fornecedores44

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 16.1 indica a distribuição por estado/região e aponta para a tendência geral, com índices variando entre 36,3% até 78,1% dos

entrevistados que pontuam a necessidade da diminuição da tributação sobre produtos. Estes índices são respectivamente do estado de São

Paulo e da Região Norte. Sobre melhorias nos serviços dos fornecedores e seus associados, constata-se que em Santa Catarina é preciso

melhorar a agilidade e a qualidade do atendimento prestado ao cliente, segundo 30,7% dos respondentes. Já para 18,6% das empresas de São

Paulo e 15,6% das empresas do Norte, faz-se necessária a melhoria na pontualidade das entregas por parte dos seus fornecedores atuais.

Page 342: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

340

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 16.2 – Atividade Econômica XMelhoriasda cadeia de fornecedores 45

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

No cruzamento por atividade econômica com as necessidades de melhorias de

produtos ou serviços da cadeia de plástico e borracha, observa-se a repetição dos

cenários quando da análise por região/estado, ou seja, a pressão sobre a redução de

tributos sobre os produtos comprados, onde 68,2% dos integrantes do grupo de

comércio de materiais de construção/serviços da construção e 54,8% do setor

industrial destacam esta necessidade. Já 80%das empresas do comércio varejista de

materiais elétricos/hidráulicos pontuam principalmente a necessidade de melhorar a

agilidade/pontualidade nas entregas. Por outro lado, 31,9% dos inquiridos das

indústrias destacam a indispensabilidade de melhorias no que concerne a agilidade e a

qualidade no atendimento por parte dos fornecedores.

Page 343: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

341

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA AMOSTRA

Esta seção apresentará os resultados da análise das características da demanda

das empresas estudadas, suas características e práticas de gestão de clientes. É

composta por quatorze variáveis que explicam a demanda das empresas de plástico e

borracha.

3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas

Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de aprimoramentos?

(De forma geral sem necessidade de estar relacionado a fornecedores de plástico e

borracha).

Gráfico 17 – Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas46

Fonte: dados da pesquisa.

No que diz respeito às áreas com necessidades de aprimoramento nas

empresas da amostra, 24,8% do grupo destaca a necessidade de aperfeiçoamento em

logística e distribuição, enquanto 23% do grupo pontua a necessidade de aprimorar a

área de produção. Marketing e vendas aparecem como a terceira e quarta áreas das

empresas que necessitam de aprimoramentos.

Page 344: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

342

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Visão do Empresário do Setor de

Gráfico 17.1 – Estado de instalação XAprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas47

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Na análise cruzada por estado/região da amostra, a área que mais demanda melhorias em todas as esferas da pesquisa é a logística e

distribuição, com intensificação na Região Norte, onde 28,1% dos entrevistados situam-se nesta faixa de resposta. A exceção neste

levantamento, em relação à tendência geral, ocorre na Região Nordeste, onde a área com mais necessidade de aprimoramentos é a produção,

segundo 31,7% dos integrantes desta esfera da pesquisa nesta faixa de resposta. Curioso observar que as áreas de marketing e de vendas não

apresentam os maiores índices de respondentes.

Page 345: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

343

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 17.2 – Atividade Econômica X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas48

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Quando do cruzamento da atividade econômica com as áreas de maior

necessidade de aprimoramentos dentro das empresas pesquisadas, observa-se que

tanto para o comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos quanto para o

segmento de indústrias a relevância está na necessidade de aprimoramentos em

logística e distribuição, com respectivamente 34,5% e 27,7% de seus integrantes nesta

faixa de resposta. Por outro lado, a amostra do comércio de materiais de

construção/serviços da construção destaca principalmente vendas (22,3%) seguido do

marketing (21,2%), no que concerne a áreas ou setores nas empresas com necessidade

de aprimoramentos. Destaque-se que no segmento da indústria é relevante o

quantitativo de respondentes que postulam melhorias na área da produção.

Page 346: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

344

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.2 Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas

Aponte as necessidades de aprimoramentos de produtos e serviços da sua empresa.

(Ex.: Produção – pessoal capacitado ou sistema de controle da produção)

Gráfico 18 – Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas49

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Quando questionados sobre a necessidade de aprimoramento ou

melhoramento de produtos e serviços nas empresas, constata-se que os entrevistados

relatam melhorias não diretamente no produto/serviço e sim em relação ao negócio

como um todo, uma vez que 74,3% dos entrevistados indicam a necessidade

treinamento/qualificação da equipe, seguido amplamente atrás de 9,8% de indicações

para a necessidade de melhorar a estrutura de produção dentro das empresas. As

únicas respostas com relação a proporcionar melhoria direta no produto/serviço

refere-se ao uso da inovação e a aquisição de equipamentos de alta tecnologia.

Page 347: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

345

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 18.1 – Estado de instalação X Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas50

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento entre as necessidades de aprimoramento dos produtos e serviços nas empresas por estado/região estudado indica

prioritariamente treinar e qualificar a equipe nas cinco esferas do estudo, com destaque a Região Norte, onde 90,6% dos entrevistados situam-

se nesta faixa de resposta. A melhoria da estrutura de produção apresenta-se como a segunda necessidade, em quatro das cinco esferas

pesquisadas, especialmente para 11,1% dos inquiridos da Região Nordeste, seguido por 10,9% da amostra catarinense, 10,6% dos

respondentes de São Paulo e finalmente, 6,3% das empresas da Região Norte, presentes neste estudo. Na Região Centro Oeste é indispensável

otimizar o controle de produção e distribuição e investir em divulgação/marketing e promoções, conforme 9,1% dos inquiridos.

Page 348: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

346

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 18.2 – Atividade Econômica X Necessidadede aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas51

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

No cruzamento por atividade econômica, observa-se a repetição da tendência

da amostra total, qual seja a de treinar e qualificar a equipe, conforme apontam os

maiores índices presentes no segmento do comércio de materiais de

construção/serviços da construção e no segmento das indústrias, com

respectivamente 80,4% e 80,1% das citações neste estudo. Todavia, os entrevistados

do comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos destacam principalmente a

necessidade do investimento em melhoria da estrutura de produção, com 41,8% das

citações da amostra (importante esclarecer que melhorias na estrutura de produção

em empresas de varejo, normalmente estão associadas às melhorias de processos

internos, especialmente no tocante ao atendimento ao cliente, as entregas e/ou em

relação ao layout dos estabelecimentos, conforme a amostra). Com base neste

esclarecimento, torna-se factível que a segunda necessidade de melhoria para a

amostra deste segmento seja treinar e qualificar a equipe, seguida pela necessidade de

otimizar o controle da produção e da distribuição.

Page 349: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

347

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha

Onde estão instalados os seus fornecedores da cadeia de plástico e borracha?

Gráfico 19 – Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha52

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 19revela que para a amostra total os fornecedores dos entrevistados

estão localizados principalmente no município de instalação das empresas, conforme

36% dos entrevistados. Para 28,5% dos entrevistados, seus fornecedores são

provenientes de dentro dos seus estados de origem, ao passo que apenas dois

entrevistados da amostra pontuam fornecedores que extrapolam as fronteiras

brasileiras.

Page 350: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

348

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 19.1 – Estado de instalação X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha53

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

A análise do Gráfico 19.1 demonstra que o destaque quanto ao fornecimento de produtos da cadeia de plástico e borracha é

principalmente de fornecedores de outras regiões do estado para as Regiões Centro Oeste, Nordeste e Norte, com respectivamente 32,7%,

33,3% e 37,5% das citações nesta faixa de resposta. Tanto os entrevistados de Santa Catarina quanto do estado de São Paulo pontuam,

principalmente que seus fornecedores são do município de instalação das empresas, com respectivamente 36,5% e 49,6% das citações da

amostra destes estados. Apenas dois entrevistados da pesquisa possuem fornecedores de fora das fronteiras nacionais, um proveniente de

Paulo e outro oriundo da Região Nordeste.

Page 351: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

349

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 19.2 – Atividade Econômica X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha54

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 19.2 indica que as empresas que mais compram de fornecedores de

outros estados do Brasil estão no comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos,

com 23,6% das citações nesta faixa de resposta. Cabe ressaltar, entretanto, que todos

os segmentos do estudo destacam o próprio município de instalação das empresas

como procedência dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha, com maior

expressividade no segmento de indústrias: automotiva/alimentos/náutico, com 38%

dos inquiridos desta atividade econômica incidente a esta faixa de resposta. Oportuno

ressaltar que o gráfico confirma a tendência da amostra total, quando relata que as

empresas deste estudo, em todos os segmentos analisados compra de empresas de

dentro de seus estados.

Page 352: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

350

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.4 Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borracha

Ainda com relação a seus fornecedores, qual seu gasto aproximado com a compra de

produtos/matéria-prima de plástico e borracha em 2013?

Gráfico 20 – Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachano ano de 201355

Fonte: dados da pesquisa

Gráfico 20.1 – Estado de instalação XInvestimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachano ano de 201356

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Page 353: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

351

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Em razão do alto índice de empresas que expressaram montantes elevados de

compra de insumos e produtos, a média geral obtida foi expressiva, mais de R$ 1,5

milhão de reais por empresa. Todavia, ao corrigir para a média da concentração de

respostas de 80% da amostra com variação próxima de valores, reduz para pouco

menos de R$ 250 mil. A faixa de valores destaque neste levantamento é de R$

100.000,00 a R$ 499.999,00, com 41,5% seguida da faixa daqueles que investiram

entre R$ 10.000,00 a R$ 49.999,00, com 8,3% das respostas. Oportuno esclarecer que

37,3% dos entrevistados não responderam a questão, por entenderem que esta

resposta é sigilosa.

Todas as esferas geográficas do presente estudo destacam principalmente a

faixa de gasto entre R$ 100.000,00 a R$ 499.999,00, com ápice no índice de Santa

Catarina, onde 51,1% citou esta faixa de investimento. A amostra da Região Norte, por

sua vez, tem o maior índice na faixa daqueles que aplicaram entre R$ 10.000,00 e R$

49.999,00, com 21,9% do grupo inquirido. Cabe ressaltar que Santa Catarina contém o

maior índice daqueles que compram acima de R$ 1 milhão em produtos/matéria-

prima no setor no ano de 2013, 6,6% de seus integrantes.

Gráfico 20.2 – Atividade Econômica X Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachae acessórios no ano de 201357

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Page 354: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

352

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

A análise dos investimentos cruzada com a atividade econômica das empresas

da amostra revela que nos três segmentos do estudo a proeminência ocorre na faixa

entre R$ 100.000,00 e R$ 499.999,00, com intensificação do índice do segmento de

indústrias: automotiva/alimentos/náutico, onde 45,8% dos respondentes destacam

esta faixa de investimentos para a compra de produtos/matéria-prima de plástico e

borracha no ano de 2013. Na faixa de investimentos acima de um milhão de reais, o

segmento do varejo de materiais elétricos e hidráulicos se sobressai aos demais. A

amostra de maneira geral demonstrou-se resistente ao questionamento, uma vez que

se observa elevado índice de não respondentes nos três segmentos da pesquisa.

3.3.5 Contato com fornecedores de Santa Catarina

A sua empresa já teve contato (comprou) com fornecedores da indústria de plástico e

borracha de Santa Catarina?

Gráfico 21 – Contato com fornecedores de Santa Catarina58

Fonte: dados da pesquisa

Page 355: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

353

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 21.1 – Estado de instalação X Contato com fornecedores de Santa Catarina59

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

De acordo com a análise do Gráfico 21, a maioria dos entrevistados, 50,8% da

amostra, já teve contato com fornecedores de produtos plásticos e borracha de Santa

Catarina.

O cruzamento das empresas que compraram com fornecedores deste setor

provenientes de Santa Catarina por estado/região de localização indica um elevado

índice para o próprio Estado, onde 85,4% das empresas catarinenses afirmam ter

realizado compras de empresas catarinenses. As quatro esferas restantes têm maior

índice daqueles que não compraram com fornecedores catarinenses, sendo o

destaque o estado de São Paulo, onde apenas 25,7% dos entrevistados afirmam ter

realizado compras com empresas de Santa Catarina. Estes elevados índices de não

compra da indústria catarinense podem representar grandes oportunidades de

negócio nestes mercados.

Gráfico 21.2 – Atividade Econômica X Contato com fornecedores de Santa Catarina60

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Page 356: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

354

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O cruzamento por atividade econômica demonstra que o grupo que mais

comprou é oriundo do segmento de industrial, com 58,4% dos inquiridos incidentes

nesta faixa de resposta. Por outro lado, a amostra do comércio varejista de materiais

elétricos/hidráulicos é a que menos realizou compras, com 41,8% dos entrevistados.

3.3.6 Aquisição de produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha com fornecedores catarinenses

Se positivo (na questão anterior) cite quais produtos e serviços já comprou de

fornecedores Catarinenses.

Gráfico 22 – Produtos e serviços da cadeia de plástico e borrachaadquiridos com fornecedores catarinenses61

Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 22 apresenta a lista de produtos comprados pelas empresas da

amostra de fornecedores catarinenses da cadeia de plástico e borracha. O maior índice

daqueles que pontuam a compra de produtos, 18,8% dos entrevistados, relatam a

compra de produtos de plástico em geral, seguido pelo índice de 8,3% de

entrevistados que citam a compra de embalagens em geral.

Page 357: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

355

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 22.1 – Estado de instalação X Produtos e serviços da cadeia de plástico e borrachaadquiridos com fornecedores catarinenses62

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

No Gráfico 22.1, o cruzamento por estado/região revela que as empresas de

todas as esferas da pesquisa pontuam principalmente a compra de produtos de

plástico em geral (esta designação abarca uma grande variedade de produtos

declarados pelos respondentes, como por exemplo, luvas de borracha, baldes, tampas,

grampos de roupa e outros diversos itens citados pela amostra), com destaque ao

estado de Santa Catarina, onde 30,7% dos integrantes da amostra estudada situam-se

nesta faixa de resposta. Em relação a produtos específicos feitos de matéria plástica ou

de borracha, constata-se a compra de canos/conexões/PCV/tubulações por empresas

das Regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste. Cabe destacar, entretanto, que estas

Regiões Centro Oeste, Nordeste, Norte e o estado de São Paulo tem ampla maioria dos

inquiridos que não responderam a este questionamento.

Page 358: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

356

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 22.2 – Atividade Econômica X Produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha adquiridos com fornecedores catarinenses63

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 22.2 apresenta o cruzamento dos produtos e serviços da cadeia de

plástico e borracha adquiridos com fornecedores catarinenses com a atividade

econômica desempenhada pelos respondentes da pesquisa. O comércio varejista de

materiais elétricos/hidráulicos apresenta seu destaque na faixa daqueles que

compram materiais elétricos em geral de fornecedores catarinenses, com 14,5% dos

entrevistados, seguido da compra de materiais de construção em geral (9,1%). Por sua

vez, o segmento do comércio de materiais de construção/serviços da construção e o

segmento de indústrias destacam a compra de produtos de plástico em geral, com

respectivamente 16,8% e 24,7% dos entrevistados destes segmentos incidentes a esta

faixa de resposta. Oportuno salientar que as compras destes dois segmentos, no

tocante a produtos de plástico e borracha, provavelmente é bastante divergente, uma

vez que cada um tem finalidades diferentes para os produtos adquiridos.

Page 359: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

357

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

3.3.7 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha

A sua empresa teria interesse em trabalhar com fornecedores Catarinenses da

indústria de plástico e borracha?

Gráfico 23 – Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha64

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 23 revela a demanda potencial direta, ou seja, expressamente

indicada pelos respondentes quanto ao interesse em trabalhar com fornecedores da

indústria de plástico e borracha de Santa Catarina. Somando as respostas “sim, com

certeza” e “é provável que sim”, temos uma demanda potencial direta de 49,3% da

amostra total. Os indecisos, ou seja, indicados pela alternativa “talvez sim/talvez não”,

representam 1/3 da amostra e a taxa de recusa, ou seja, “é provável que não” e “não

com certeza” soma 17,6% do total da amostra.

Gráfico 23.1 – Estado de instalação X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha65

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Page 360: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

358

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Através da análise do Gráfico 23.1, observa-se que o índice de certeza em

trabalhar com fornecedores catarinenses aumenta para o conjunto de empresas deste

Estado, totalizando 65,7% dos entrevistados que responderam positivamente a este

levantamento. Analisando as demais esferas da pesquisa constata-se um grau de

interesse crescente, iniciando com 32,8% da amostra de São Paulo, depois 38,1% da

amostra da Região Nordeste, 52,7% dos entrevistados da Região Centro Oeste e o

ápice, 53,2% da amostra da Região Norte. A taxa de recusa tem maior significância

para o conjunto de respondentes do estado de São Paulo, sendo que 32,7% dos

inquiridos desta esfera da pesquisa correspondem à soma do produto entre as faixas

“é provável que não” e “não com certeza” neste levantamento.

Gráfico 23.2 – Atividade Econômica X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha66

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

A partir do Gráfico 23.2 observa-se que o grupo do segmento de indústrias:

automotiva/alimentos/náutico detém o maior percentual de interessados em

trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha, com

57,9% dos entrevistados quando somadas as opções “sim, com certeza” e “é provável

que sim”. A amostra do comércio de materiais de construção/serviços da construção é

o segmento que tem o maior índice de rejeição quanto a este levantamento, com

21,2% dos entrevistados deste segmento quando somados os índices daqueles que

Page 361: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

359

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

afirmam que é “provável que não” e “não, com certeza” em relação ao interesse em

trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha.

3.3.8 Tipos de fornecedores demandados

E qual seria esta necessidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha?

Especifique o tipo de fornecedor

Gráfico 24 – Tipos de fornecedores demandados67

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 24 indica os tipos de fornecedores demandados pelos entrevistados.

As empresas que não responderam somam 45% da amostra. Dentre os que

responderam ao questionamento, a demanda por embalagens/embalagens a vácuo é

o destaque da pesquisa, com 31,5% dos entrevistados nesta faixa de resposta, seguido

amplamente atrás pelo grupo de respondentes que demandam produtos plásticos em

geral (novamente é importante lembrar a diversidade de produtos contidos nesta

categoria de reposta), com o índice de 10,3% do total da amostragem incidente a esta

faixa de resposta.

Page 362: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

360

Prospecção de novos mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 24.1 – Estado de instalação X Tipos de fornecedores demandados68

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O destaque nas cinco esferas da pesquisa é a demanda por embalagens/embalagens a vácuo, com ápice no índice de Santa Catarina,

onde 48,2% da amostra demanda este tipo de produto, seguidos de 29,1% dos entrevistados nesta faixa de resposta, oriundos da Região

Centro Oeste. Esta última, por sua vez, demanda por fornecedores de produtos elétricos e hidráulicos, conforme 20% dos entrevistados nesta

esfera da pesquisa. Outrossim, o índice mais expressivo daqueles que não responderam a este questionamento é observável no estado de São

Paulo, onde 61,9% do grupo não soube/quis responder a esta indagação.

Page 363: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

361

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 24.2 – Setor produtivo X Tipos de fornecedores demandados69

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Quanto ao cruzamento por atividade econômica da demanda das empresas

entrevistadas, observa-se novamente a predominância daqueles que pontuam a

necessidade de embalagens/embalagens a vácuo, com superioridade do índice para as

indústrias automotiva/alimentos/náutico, com 45,2% da amostra deste segmento

incidente a esta demanda em especial. Já para 20% dos entrevistados do comércio

varejista de materiais elétricos/hidráulicos, a demanda é por produtos elétricos e

hidráulicos em geral. As empresas do comércio de materiais de construção, na

proporção de 10,6% de sua amostra, apresentam demanda por produtos de plástico

em geral.

3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE PLÁSTICO E BORRACHA

Esta parte da análise complementa os dados gerais até aqui apresentados. É

formada essencialmente por estratos de empresas interessadas em produtos e

serviços da indústria de plástico e borracha, de empresas catarinenses, em nível

comparativo com a amostra total. A estratificação de dados foi realizada com base na

variável 3.3.7, apresentada no Gráfico 23, onde foram separadas as respostas daquelas

empresas que indicaram as alternativas “Sim com certeza” e “É provável que sim”. A

Page 364: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

362

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

soma destas respostas positivas eleva as empresas correspondentes à condição de

demandantes por produtos e serviços passíveis de serem ofertados por empresas

catarinenses, aqui chamados de demanda potencial.

3.4.1 Estrato da demanda potencial por grupo e atividade econômica

Gráfico 25 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha70

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 25 apresenta o cruzamento das atividades econômicas realizadas

pelas empresas entrevistadas, agrupados em clusters, ou seja, em conjuntos de

atividades fins semelhantes na cadeia de mercado, versus a demanda potencial, a qual

é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com

fornecedores catarinenses da cadeia de plástico e borracha. O gráfico aponta para a

comparação entre a amostra total de respondentes e a demanda de interessados em

produtos catarinenses, revelando que 39,1% destes demandantes são do comércio de

materiais de construção/serviços da construção, seguido de 27,9% dos interessados

provenientes da indústria alimentícia e de 16,2% dos inquiridos oriundos da indústria

automotiva.

Page 365: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

363

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 25.1 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra de Santa Catarina71

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 25.1 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas

empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas em Santa Catarina, versus

a demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse

em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. O

interesse de compra das empresas com atividades da indústria alimentícia representa

36,7% deste cluster, contra 30,7% da amostra total.

Gráfico 25.2 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra de São Paulo72

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 25.2 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas

empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas em São Paulo, versus a

Page 366: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

364

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em

trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria do plástico e borracha. Dentre as

empresas entrevistadas instaladas neste estado com interesse em comprar de

fornecedores catarinenses, 83,8% são do comércio de materiais de

construção/serviços da construção, enquanto o restante provém do segmento do

comércio varejista e materiais elétricos/hidráulicos.

Gráfico 25.3 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Centro Oeste73

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 25.3 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas

empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas na Região Centro-Oeste,

versus a demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma

interesse em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria do plástico e

borracha. Dentre as empresas entrevistadas instaladas nesta região com interesse em

comprar de fornecedores catarinenses, 58,6% são do comércio de materiais de

construção/serviços de construção, seguido por 17,2% que são empresas da indústria

alimentícia.

Page 367: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

365

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 25.4 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Nordeste74

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 25.4 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas

empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas na Região Nordeste, versus

a demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse

em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria do plástico e borracha.

Dentre as empresas entrevistadas instaladas nesta região com interesse em comprar

de fornecedores catarinenses, 45,8% são da indústria alimentícia, seguido por 29,2%

que são empresas do comércio de materiais de construção/serviços da construção.

Gráfico 25.5 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Norte75

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

Page 368: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

366

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

O Gráfico 25.5 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas

empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas na Região Norte, versus a

demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em

trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Dentre as

empresas entrevistadas instaladas nesta região com interesse em comprar de

fornecedores catarinenses, 35,3% são do comércio de materiais de

construção/serviços da construção, mesmo índice de respondentes neste

levantamento provenientes da indústria alimentícia.

3.4.2 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços

Gráfico 26 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha76

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 26 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse

das empresas entrevistadas do estado de Santa Catarina versus a demanda potencial,

que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com

fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas

interessadas, 61,9% tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo.

Distante na segunda colocação neste levantamento observa-se que 16,2% dos

interessados em comprar com fornecedores catarinenses destacam a demanda por

Page 369: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

367

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

produtos plásticos em geral (nas suas mais diferentes formas de uso, conforme

declarado pela amostra).

Gráfico 26.1 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borrachaX Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra de

Santa Catarina 77

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 26.1 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse

das empresas entrevistadas do estado de Santa Catarina versus a demanda potencial,

que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com

fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas

interessadas, 73,3% tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo. Na

segunda posição neste levantamento, observa-se que 14,4% dos interessados de Santa

Catarina em comprar com fornecedores catarinenses destacam a demanda por

produtos plásticos em geral.

Page 370: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

368

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 26.2– Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra de

São Paulo78

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 26.2 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse

das empresas entrevistadas do estado de São Paulo versus a demanda potencial, que é

parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com

fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas

interessadas, 48,6% tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo. Ao

passo que 29,7% dos interessados do estado de São Paulo desejam comprar com

fornecedores catarinenses produtos plásticos em geral.

Page 371: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

369

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 26.3 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da

Região Centro Oeste79

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 26.3 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse

das empresas entrevistadas da Região Centro Oeste versus a demanda potencial, que é

parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com

fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas

interessadas, 48,4% tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo.

Igualmente, o levantamento aponta que 29% dos interessados da Região Centro Oeste

em comprar com fornecedores catarinenses destacam a demanda por produtos

elétricos e hidráulicos em geral.

Page 372: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

370

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 26.4– Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da

Região Nordeste80

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 26.4 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse

das empresas entrevistadas da Região Nordeste versus a demanda potencial, que é

parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com

fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas

interessadas, 66,7% tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo. Na

segunda posição neste levantamento, observa-se que 12,5% dos interessados desta

Região em comprar com fornecedores catarinenses destacam a demanda por produtos

plásticos em geral, mesmo índice daqueles que demandam materiais elétricos e

hidráulicos em geral.

Page 373: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

371

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Gráfico 26.5– Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da

Região Norte81

Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 26.5 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse

das empresas entrevistadas da Região Norte versus a demanda potencial, que é parte

da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com fornecedores

catarinenses da indústria de plástico e borracha. Das empresas interessadas, 41,2%

tem interesse em comprar embalagens/embalagens a vácuo. Na segunda posição

neste levantamento, observa-se que 23,5% dos interessados desta Região em comprar

com fornecedores catarinenses, destacam a demanda por produtos elétricos e

hidráulicos em geral. Igualmente, 11,8% demonstram interesse em comprar produtos

de plástico em geral, mesmo índice daqueles que demandam por materiais em geral

para a construção civil e matéria prima em geral.

Page 374: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

372

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados da pesquisa com o mercado empresarial demandante por

produtos catarinenses de plástico e borracha apontam para índices e distribuições de

frequências de grau contundente de significância, quando apontados na análise,

observando a concentração de respostas de cada variável pesquisada e de seus

cruzamentos e correlações interessantes.

Neste cenário das empresas entrevistadas, as percepções dos gestores de

diferentes segmentos quanto a seus mercados de atuação, capacidade de compra de

produtos do setor de plástico e borracha e o interesse em produtos desta natureza,

são demonstrados seguindo um roteiro de perguntas de pesquisas que buscam o

objetivo de descrever estas percepções e moldar um cenário mercadológico.

4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS

4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas

A amostra de empresas do levantamento representa empresas que são

potencialmente demandantes por produtos da cadeia produtiva de plástico e

borracha. É representada por empresas de comércio de materiais de construção,

incluindo toda a gama de serviços, bem como da indústria automotiva, náutica e de

alimentos, as quais foram agrupadas em razão da necessidade de ajuste amostral e

também empresas do comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos.

Constitutivamente, estas empresas estão enquadradas em sua maioria no

critério de EPP (Empresa de Pequeno Porte) e médio porte e detém média de 40 a 144

colaboradores por empresa, dependendo do porte e atividade fim, com tempo médio

de 19 anos de atuação no mercado, o que indica empresas maduras, tanto no quesito

de idade (tempo de atuação no mercado), quanto em porte (maior parte é ultrapassa o

critério de micro empresa).

Quanto ao perfil dos gestores entrevistados, mais da metade são homens, mas

a participação de mulheres (45%) é quase tão significativa quanto. A escolaridade dos

Page 375: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

373

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

gestores também é elevada, uma vez que 46,3% possui ensino superior completo ou

além (pós-graduação representa 3%).

Nota para Santa Catarina, que se destaca dentre as demais regiões do estudo,

com 46,7% com gestores graduados (somente ensino superior completo).

Na segmentação por atividade econômica, percebe-se que tanto o comércio de

materiais de construção/serviços da construção quanto o comércio varejista de

materiais elétricos/hidráulicos contêm mais empresas entre 20 a 29 anos de atuação

no mercado, ao passo que o segmento das indústrias contém maior expressividade de

seus integrantes na faixa entre 10 a 19 anos de operação.

Predominam da faixa entre 10 a 19 colaboradores no comércio varejista de

materiais elétricos/hidráulicos. No comércio de materiais de construção/serviços da

construção está a maior concentração de empresas que declaram ter entre 30 a 49

colaboradores. Para a amostra do segmento de indústrias automotiva/alimentos/

náutico, por sua vez, o índice com maior significância de seus integrantes ocorre na

faixa acima de 100 colaboradores.

Nas duas atividades comerciais pesquisadas a predominância de seus

integrantes enquadra-se como Empresas de Pequeno Porte, ao passo que o segmento

de indústrias: automotiva/alimentos/náutico ocorre principalmente em Empresas de

Médio Porte na amostra do presente estudo.

As três atividades econômicas segmentadas nesta pesquisa destacam

principalmente entrevistados com Ensino Superior Completo, com ápice do índice no

segmento de indústrias: automotiva/alimentos/náutico, onde 45,2% dos respondentes

possui este grau de escolaridade.

4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas

As empresas entrevistadas atendem quase que na mesma proporção,

consumidores pessoa física e empresas, em sua maioria privadas. Os segmentos

industriais e comerciais de automotivo/alimentos/náutico, atendem mais pessoa física,

assim como comércio de materiais de construção e serviços. Já o varejo de materiais

elétricos atende em maior escala, empresas. Como o varejo tem grande participação

Page 376: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

374

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

na pesquisa, o canal de venda mais usado é a venda direta ao cliente final (pessoa

física ou jurídica) conforma indica quase a metade da amostra, sendo que estas

empresas atendem principalmente o município (principal área de influência de venda).

Apesar das indústrias atenderem, também em maior escala, outras regiões de seus

estados e outros estados, o que implica em atendimento de uma área de influência

maior. No que se refere a inputs, ou compras, a amostra compra em maior proporção

diretamente do fabricante, mas variações em torno de ¼ das empresas também

compram através de representantes comerciais, em ambas a compra é feita

mensalmente, o que infere alto fluxo de giro de mercadorias (compra e venda

constante). Notadamente a prática da compra direta implica (normalmente) em

redução de custos, ao passo que a venda por representante pode ser customizada.

Nota-se, que esta prática de compra direta aplica-se mais aqueles fornecedores locais,

uma vez que 54% da amostra informa que seus fornecedores estão localizados no seu

município ou na sua região metropolitana.

Ao cruzar o canal de compra pela atividade econômica desempenhada pelas

empresas da amostra, verifica-se a proeminência da compra direta do fabricante em

todos os segmentos do estudo, com destaque ao comércio varejista de materiais

elétricos e hidráulicos.

As micro empresas detém média de 13 fornecedores/empresa, ao passo que

EPP e médias saltam para 28. As maiores empresas chegam a ter 200 fornecedores

diferentes, sobretudo nos ramos automotivo/alimentos/náutico.

Referente à necessidade de melhorias junto a seus fornecedores de produtos

ou serviços da cadeia produtiva do plástico e borracha, constata-se que a demanda

principal dos entrevistados é pela diminuição da tributação sobre os produtos

adquiridos, e não em relação ao preço final de compra dos mesmos. Regionalmente, a

tendência se espraia nas cinco esferas da pesquisa.

4.1.3 Características da demanda

As empresas entrevistadas têm mais necessidades de aprimoramentos nas

áreas internas de logística e distribuição, seguido da própria produção de seus

Page 377: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

375

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

produtos e serviços. Estes gargalos vivenciados nas empresas implicam em potenciais

soluções para melhorar a compra e entrega de mercadorias, tanto quanto a criação,

manufatura/montagem de produtos, até a execução de serviços ao cliente final. É por

este motivo, principalmente, que cerca de ¾ da amostra aponta a necessidade de

treinar e qualificar a sua equipe, sendo esta aptidão maior do que qualquer outra

ligada a produção (estrutura e controle de produção também são citadas, cada,por

menos de 10% dos entrevistados).

No cruzamento por atividade econômica desempenhada, verificam-se

diferenças neste aspecto, sendo que o comércio varejista de materiais

elétricos/hidráulicos destaca principalmente a logística e distribuição como área com

maior necessidade de aprimoramentos, ao passo que vendas contém o maior índice

dos inquiridos do comércio de materiais de construção/serviços da construção.

No tocante à necessidade de aprimoramentos dos produtos e serviços das

empresas entrevistadas, o destaque é o treinamento e qualificação da equipe em

todas as esferas, em contrapartida o comércio varejista de materiais

elétricos/hidráulicos tem maior indicação na amostra de entrevistados que afirmam a

necessidade de melhorar a estrutura de produção, com índice superior aos 2/5 da

amostra inquirida neste segmento. Entenda-se por estrutura de produção na atividade

do varejo as atividades ligadas ao atendimento do cliente, entrega e modificações no

layout.

Sobre o montante gasto, o estudo aponta uma média aproximada de R$ 246

mil em compras com fornecedores no ano de 2013 e metade da amostra já comprou

de fornecedores de plástico e borracha instalados em Santa Catarina. Como o

comportamento de compra de insumos/produtos descrito anteriormente remete a

procura por fornecedores locais ou próximos das empresas da amostra, 8 em 10

empresas catarinenses do estudo compraram de fornecedores catarinenses,

proporção que cai para ¼ das empresas instaladas em São Paulo. A região centro oeste

é que mais compra de Santa Catarina (4 entre 10 empresas), depois do próprio estado

catarinense.

Praticamente a metade das empresas entrevistadas tem interesse expresso em

trabalhar com fornecedores catarinenses de produtos plásticos e borracha, com maior

Page 378: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

376

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

concentração de interesse em empresas instaladas em Santa Catarina, Centro Oeste e

Norte do país.

A segmentação por atividade econômica infere a maior demanda potencial

proveniente do grupo de indústrias: automotiva/alimentos/náutico, com 57,9% dos

entrevistados quando somadas as opções “sim, com certeza” e “é provável que sim”.

Por outro lado, o índice de maior rejeição, quando somadas as opções “é provável que

não” e “não, com certeza”, têm maior expressividade dentre os entrevistados do

comércio varejista de materiais elétricos/hidráulicos, com 21,8% dos inquiridos desta

atividade econômica incidentes a estas faixas de resposta.

O principal tipo de fornecedores demandados pelos entrevistados é de

fornecedores de embalagens/embalagens a vácuo, segundo 31,5% das respostas dos

pesquisados, seguido de 10,3% da amostra que aponta produtos plásticos em geral

como maior demanda por fornecedores da indústria de plástico e borracha. Esta

tendência é seguida em todas as esferas geográficas deste estudo.

A demanda potencial cruzada com a atividade econômica desempenhada

pelos entrevistados infere que 39,1% dos respondentes que apresentam interesse de

compra com fornecedores da cadeia de plástico e borracha de Santa Catarina são do

comércio de materiais de construção/serviços da construção. No estado de Santa

Catarina, especificamente, a indústria alimentícia contém 36,7% dos interessados em

comprar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha do próprio estado,

enquanto neste mesmo segmento 45,8% dos respondentes da Região Nordeste estão

interessados em negociar com fornecedores catarinenses do setor. O estado de São

Paulo, por sua vez, apresenta 83,8% de seus entrevistados interessados em comprar

com fornecedores da cadeia de plástico e borracha catarinense provenientes do

segmento do comércio de materiais de construção/serviços da construção, mesmo

segmento de interesse de 58,6% dos respondentes da amostra da Região Centro

Oeste. A Região Norte, por sua vez, apresenta empate entre a indústria alimentícia e o

comércio de materiais de construção/serviços da construção, ambas responsáveis por

35,3% dos interessados desta região em comprar de fornecedores de plástico e

borracha do estado de Santa Catarina.

Page 379: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

377

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

ANEXOS

ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

QUESTIONÁRIO - NOVOS MERCADOS

Bom dia/Boa Tarde! Meu nome é... Estou entrando em contato com sua

empresa, em nome do Sebrae/SC. Estamos realizando uma pesquisa para identificar o

potencial de mercado para alguns segmentos produtivos do estado de Santa Catarina e

queremos identificar a demanda por produtos e serviços da cadeia de PLÁSTICO E

BORRACHA, assim como pontos a serem melhorados neste segmento, além de ter

como objetivo geral, aproximar as empresas com interesses comuns e incentivar

potenciais parcerias.

QUESTÕES FILTRO

1. Natureza do respondente:

1. Indústria

2. Comércio

3. Prestação de Serviços

4. Pessoa Física

5. Entidade Pública

2. A empresa trabalha com fornecedores da indústria de plástico e borracha?

1. Sim (CONTINUA)

2. Não (ENCERRAR QUESTIONÁRIO)

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE DA EMPRESA

3. Qual a principal atividade da sua empresa? (o que a empresa produz e/ou vende?)

__________________________________

__________________________________

Page 380: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

378

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

4. Quais mercados a sua empresa atende?

Múltipla resposta (até 6 alternativas)

1. Consumidor final pessoa física: (característica):

2. Empresas (citar segmento):

3. Governos municipais

4. Governos Estaduais

5. Governo Federal

6. Empresas públicas

7. Outros:

5. Citar segmento da questão anterior: __________________________________

__________________________________

6. E quais seriam os seus canais de vendas?

Múltipla resposta (até 6 alternativas)

1. Venda direta (a empresa vende ao cliente final)

2. Atacadista

3. Distribuidor

4. Varejista (lojas de terceiros)

5. Internet via site próprio

6. Internet via site de terceiros/portais/promocionais

7. Representante Comercial

8. Loja Própria

9. Sacoleiros

10. Outros:

7. Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:

Múltipla resposta (até 3 alternativas)

1. No município onde sua empresa está instalada

2. Na região metropolitana onde sua empresa se localiza

3. Em outras regiões do Estado, quais?

4. Em outros Estados do Brasil, quais?

5. No exterior, quais países?

8. Descrição das regiões ou Estados, regiões do Brasil ou quais outros países indicados na questão

anterior, em caso de marcação das alternativas 3, 4, 5 ou 6. __________________________________

__________________________________

Page 381: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

379

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

9. Especifique os tipos de produtos ou serviços que sua empresa compra ou contrata da cadeia de

plástico e borracha:

1. Produtos de borracha

2. Produtos de plástico

3. Outros:

10. E quais seriam os seus canais de COMPRAS?

Múltipla resposta (6 alternativas)

1. Venda direta (a empresa vende ao cliente final)

2. Atacadista

3. Distribuidor

4. Varejista (lojas de terceiros)

5. Internet via site próprio

6. Internet via site de terceiros/portais/promocionais

7.Representante Comercial

8. Outros:

11. Com que frequência a sua empresa contrata fornecedores da indústria de plástico e borracha?

(considerar o principal fornecedor ou o mais frequente).

1. Mensal 2. Bimestral

3. Trimestral 4. Semestral

5. Anual 6. Esporadicamente

7. Outro período: 8. Nunca

Se "Nunca, pular para questão 15.

12. Quantos fornecedores da ind. de plástico e borracha a sua empresa possui?

______________

13. No que se refere à sua satisfação em relação aos produtos de seus fornecedores da cadeia de

plástico e borracha que você contrata, você diria que está, em geral...

1. Muito insatisfeito 2. Insatisfeito

3. Satisfeito 4. Muito satisfeito

14. Em qual aspecto estes produtos ou serviços da cadeia de plástico e borracha precisam melhorar,

na sua opinião? __________________________________

__________________________________

15. Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de aprimoramentos? (De forma

geral, sem necessidade de estar relacionado a fornecedores de plástico e borracha).

Múltipla resposta (até 3 alternativas)

1. Produção

2. Logística e distribuição

3. Financeiro

4. Vendas

5. Marketing

6. RH ou Gestão de Pessoas

7. Outros:

Page 382: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

380

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

16. Aponte as necessidades de aprimoramentos de produtos e serviços da sua empresa. (Ex:

Produção - pessoal capacitado ou Sistema de controle da produção) __________________________________

__________________________________

DEMANDAS DO PREC

17. Onde estão instalados os seus fornecedores da cadeia de plástico e borracha ?

1. No município onde sua empresa está instalada

2. Na região metropolitana onde sua empresa se localiza

3. Em outras regiões do Estado, quais?

4. Em outros Estados do Brasil, quais?

5. No exterior, quais países?

18. Descrição das regiões ou Estados, regiões do Brasil ou quais outros países indicados na questão

anterior, em caso de marcação das alternativas 3, 4, ou 5. __________________________________

__________________________________

19. Ainda com relação a seus fornecedores, qual seu gasto aproximado com a compra de

produtos/mat. prima de plástico e borracha em 2012? ______________

20. A sua empresa já teve contato (comprou) com fornecedores da indústria de plástico e borracha

de Santa Catarina?

1. Sim 2. Não

21. Se positivo (na questão anterior) cite quais produtos e serviços já comprou de fornecedores

Catarinenses. __________________________________

__________________________________

22. A sua empresa teria interesse em trabalhar com fornecedores Catarinenses da ind. de plástico e

borracha?

1. Sim, com certeza

2. É provável que sim

3. Talvez sim / Talvez não

4. É provável que não

5. Não Com certeza

23. E qual seria esta necessidade de fornecedores da ind. de plástico e borracha? Especifique o tipo

de fornecedor __________________________________

__________________________________

DADOS DA EMPRESA

24. Nome fantasia:

__________________________________

__________________________________

Page 383: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

381

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

25. Razão social __________________________________

__________________________________

26. E qual o principal produto ou serviço da empresa? (Carro Chefe do negócio) __________________________________

__________________________________

27. CNPJ:

__________________________________

__________________________________

28. Descrição CNAE (da principal atividade): __________________________________

__________________________________

29. Contato (nome completo do respondente empresário)

__________________________________

__________________________________

30. Sexo do entrevistado:

1. Masculino 2. Feminino

31. Grau de escolaridade do entrevistado:

1. Sem escolaridade

2. Ensino Fundamental incompleto

3. Ensino Fundamental completo

4. Ensino Médio incompleto

5. Ensino Médio completo

6. Superior incompleto

7. Superior completo

8. Especialização

9. Mestrado

10. Doutorado

32. Data de nascimento do entrevistado:

___/___/______

33. Endereço completo da empresa:

__________________________________

__________________________________

34. Cidade:

__________________________________

__________________________________

35. Telefone da empresa

__________________________________

__________________________________

Page 384: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

382

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

36. E-mail de contato do entrevistado ou da empresa: __________________________________

__________________________________

37. Data de início das atividades:

___/___/______

38. Número de colaboradores

______________

39. Porte/Classificação da empresa (ano de 2012):

1. Empreendedor Individual - até R$ 60.000,00

2. Microempresa - Até R$ 360.000,00

3. Pequeno Porte - R$ 360.000,01 até 3.600.000,00

4. Médio Porte - acima de R$ 3.600.000,00 a R$ 48.000.000,00

5. Grande Porte - acima de R$ 48.000.000,01

40. Categoria correspondente do PREC:

1. Produtos alimentícios e bebidas

2. Confecção do vestuário e acessórios

3. Calçados e artefatos de couro

4. Produtos de madeira

5. Prod. de borracha e de plástico

6. Construção civil

7. Eletrometalmecânico

8. Móveis

9. Tecnologia da informação e comunicação

10. Acessórios, Gemas, Joias e Cristais

11. Náutica

12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria

CAMPO DO ENTREVISTADOR

41. Nome do(a) entrevistador(a) responsável pela aplicação do diagnóstico:

__________________________________

42. Observação: __________________________________

__________________________________

__________________________________

__________________________________

__________________________________

__________________________________

__________________________________

__________________________________

Page 385: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

383

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

43. Resultado da entrevista:

1. Realizada com sucesso

2. Parcialmente realizada

3. Interrompida pelo entrevistado

4. Não realizada

5. Outra situação (descrever):

44. Data e hora da entrevista:

___/___/______

Page 386: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

384

Prospecção de Novos Mercados para Produtos de Plástico e Borracha de Santa Catarina

Page 387: Estudo Setorial Plástico e Borracha de Santa Catarina

385

Lista de Tabelas e Gráficos

LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS

LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO I – PANORAMA DO SETOR

Tabela 1 - Lista de CNAE do estudo setorial de Plástico e Borracha ...................................................... 35 Tabela 2 - Indicadores econômicos do Brasil e de Santa Catarina ......................................................... 40 Tabela 3 - Indicadores demográficos do Brasil e de Santa Catarina ...................................................... 41 Tabela 4 - Quantidade de empresas por região natural ........................................................................ 51 Tabela 5 - Dados geoeconômicos da região Norte ................................................................................ 67 Tabela 6 - Dados geoeconômicos da região Oeste ................................................................................ 68 Tabela 7 - Número de empresas e variação por polo ............................................................................ 69 Tabela 8 - Número de empregos e variação por polo ............................................................................ 70 Tabela 9 - Média salarial e variação por polo ........................................................................................ 72 Tabela 10 - Valor adicionado fiscal segundo polo e atividade econômica ............................................ 74 Tabela 11 - Comparativo de exportação por polo e atividade econômica ............................................ 75 Tabela 12 - Comparativo de importação por polo e atividade econômica ............................................ 76

LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO II – VISÃO DOS ESPECIALISTAS

Tabela 1 - Lista de especialistas entrevistados na pesquisa ________________________________ 95

LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO III – VISÃO DO EMPRESÁRIO

Tabela 1 - Distribuição amostral da pesquisa1 _________________________________________ 128

LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO IV – PANORAMA DE NOVOS MERCADOS

Tabela 1 - CNAE de Comércio do Estudo ______________________________________________ 258 Tabela 2 - CNAE de Indústria do Estudo _______________________________________________ 258 Tabela 3 - Valores de importação e exportação/número de empregos/empresas em2012 _______ 262

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Lista de Tabelas e Gráficos

LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO V – PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS

Tabela 1 – Proporção amostral aplicada na pesquisa de campo1 ___________________________ 297 Tabela 2 – Região de instalação das empresas entrevistadas2 _____________________________ 301

LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO I – PANORAMA DO SETOR

Gráfico 1 - Valor Bruto de Produção industrial nacional ___________________________________ 49 Gráfico 2 - Receita Líquida de Vendas nacional __________________________________________ 50 Gráfico 3 - Número de empresas do setor em território nacional ___________________________ 50 Gráfico 4 - Número de empregos do setor em território nacional ___________________________ 51 Gráfico 5 - Importação nacional por período em dólares __________________________________ 56 Gráfico 6 - Importação nacional por período em peso líquido (kg) ___________________________ 57 Gráfico 7 - Exportação nacional por período em dólares __________________________________ 57 Gráfico 8 - Exportação nacional por período em peso líquido (kg) ___________________________ 58 Gráfico 9 - Valor Bruto deProdução industrial catarinense _________________________________ 59 Gráfico 10 - Receita Líquida de Vendas catarinense ______________________________________ 60 Gráfico 11 - Número de empresas no setor em território catarinense ________________________ 60 Gráfico 12 - Número de empregos no setor em território catarinense ________________________ 61 Gráfico 13 - Importação catarinense por período em dólares_______________________________ 64 Gráfico 14 - Importação catarinense por período em peso líquido (kg) _______________________ 64 Gráfico 15 - Exportação catarinense por período em dólares _______________________________ 65 Gráfico 16 - Exportação catarinense por período em peso líquido ___________________________ 65 Gráfico 17 - Quantidade de empresas do mercado de plástico e borracha em SC _______________ 70 Gráfico 18 - Quantidade de empregos do mercado de plástico e borracha em SC _______________ 71 Gráfico 19 - Rendimento médio mensal por atividade econômica (R$) _______________________ 72

LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO III – VISÃO DO EMPRESÁRIO

Gráfico 1 – Atividade principal1 _____________________________________________________ 130 Gráfico 1.1 – Atividade principal X Região- Polo2 _______________________________________ 131 Gráfico 2 – Região-Polo de instalação das empresas 3 ___________________________________ 132 Gráfico 3 – Município de instalação das empresas X Região-Polo4 __________________________ 133 Gráfico 4 – Idade das empresas (referência de 2013)5 ___________________________________ 134 Gráfico 4.1 – Idade das empresas X Região-Polo (referência de 2013)6 ______________________ 135 Gráfico 4.2 – Idade média das empresas X Região-Polo (referência de 2013)7 ________________ 135 Gráfico 5 – Número de colaboradores8 _______________________________________________ 136 Gráfico 5.1 – Número de colaboradores X Região-Polo9 __________________________________ 137 Gráfico 5.2 – Número médio de colaboradores X Região-Polo10 ___________________________ 138 Gráfico 6 – Porte/Classificação da empresa11 _________________________________________ 138 Gráfico 6.1 – Porte/Classificação da empresa X Região-Polo12 ____________________________ 139 Gráfico 7 – Gênero dos respondentes13 ______________________________________________ 140 Gráfico 7.1 – Gênero dos respondentes X Região-Polo14 _________________________________ 141

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Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 8 – Grau de escolaridade dos respondentes15 ___________________________________ 142 Gráfico 8.1 – Grau de escolaridade dos respondentes X Região-Polo16 ______________________ 143 Gráfico 9 – Mercados Atendidos17 __________________________________________________ 144 Gráfico 9.1 – Mercados Atendidos X Região-Polo18 _____________________________________ 145 Gráfico 10 – Gênero dos clientes19 __________________________________________________ 146 Gráfico 10.1 – Gênero dos clientes X Região-Polo20 _____________________________________ 147 Gráfico 11 – Faixa etária dos clientes21 _______________________________________________ 148 Gráfico 11.1 – Faixa etária dos clientes X Região-Polo22 _________________________________ 149 Gráfico 12 – Classe social dos clientes23 ______________________________________________ 150 Gráfico 12.1 – Classe social dos clientes X Região-Polo24 _________________________________ 151 Gráfico 13 – Principais razões de compra dos clientes finais25 ____________________________ 152 Gráfico 13.1 – Principais razões de compra dos clientes finais26 ___________________________ 153 Gráfico 14 – Principais influências na venda dos produtos da empresa27 ____________________ 154 Gráfico 14.1 – Principais influências na venda dos produtos da empresa X Região-Polo28 _______ 154 Gráfico 15 – Alterações sazonais de consumo29 ________________________________________ 155 Gráfico 15.1 – Alterações sazonais de consumo X Região-Polo30 ___________________________ 156 Gráfico 15.2 – Importância da Alteração sazonal de consumo31 ___________________________ 156 Gráfico 15.3 – Importância da Alteração sazonal de consumo X Região-Polo32 _______________ 157 Gráfico 16 – Meses de variação sazonal33 ____________________________________________ 158 Gráfico 16.1 – Meses de variação sazonal X Região-Polo34 _______________________________ 159 Gráfico 16.2 – Meses de variação sazonal X Importância da Alteração sazonal de consumo35 ____ 160 Gráfico 17 – Prospecção dos clientes finais36 __________________________________________ 161 Gráfico 17.1 – Prospecção dos clientes finais X Região-Polo37 _____________________________ 161 Gráfico 18 – Pesquisa de satisfação com clientes finais38 ________________________________ 162 Gráfico 18.1 – Pesquisa de satisfação com clientes finais X Região-Polo39 ___________________ 162 Gráfico 19 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais40 _________________________ 163 Gráfico 19.1 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais X Região-Polo41 ____________ 163 Gráfico 20 – Grau de satisfação dos clientes finais42 ____________________________________ 164 Gráfico 20.1 – Grau de satisfação dos clientes finais X Região-polo43 _______________________ 165 Gráfico 21 – Frequência da pesquisa de satisfação44 ____________________________________ 166 Gráfico 21.1 – Frequência da pesquisa de satisfação X Região-Polo45 _______________________ 167 Gráfico 22 – Canais de venda46 _____________________________________________________ 168 Gráfico 22.1 – Canais de venda do cliente X Região-Polo47 _______________________________ 169 Gráfico 23 – Região de origem dos clientes finais48 _____________________________________ 170 Gráfico 23.1 – Região de origem dos clientes finais X Região-Polo49 ________________________ 171 Gráfico 23.2 – Descrição da região de origem dos clientes finais - Composto de 3 gráficos50 ____ 172 Gráfico 24 – Região de origem dos fornecedores51 _____________________________________ 173 Gráfico 24.1 – Região de origem dos fornecedores X Região-Polo52 ________________________ 174 Gráfico 24.2 – Descrição da região de origem dos fornecedores - Composto de 3 gráficos53 _____ 175 Gráfico 25 – Região de origem dos concorrentes54 _____________________________________ 176 Gráfico 25.1 – Região de origem dos concorrentes X Região-Polo55 ________________________ 177 Gráfico 25.2 – Descrição da região de origem dos concorrentes - Composto de 3 gráficos56 _____ 178 Gráfico 26 – Nível de concorrência do mercado57 ______________________________________ 179 Gráfico 26.1 – Nível de concorrência do mercado X Região-Polo58 _________________________ 180 Gráfico 27 – Impressão sobre o mercado de atuação59 __________________________________ 180 Gráfico 27.1 – Impressão sobre o mercado x Região-Polo60 ______________________________ 181 Gráfico 28 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas61 ___________________________ 182 Gráfico 28.1 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas X Região-Polo62 ______________ 182 Gráfico 29 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas63 ________________________ 183 Gráfico 29.1 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo64 ___________ 184 Gráfico 29.2 –Taxa média anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo65 ______ 185

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Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 30 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa66 _________________ 185 Gráfico 30.1 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo67 ____ 186 Gráfico 30.2 –Taxa Média anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo68 ________________________________________________________________________ 186 Gráfico 31 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa69 _____________________________ 187 Gráfico 31.1 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa X Região-Polo70 _______________ 188 Gráfico 32 – Motivos da estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa71 ______ 189 Gráfico 32.1 – Motivos de estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo72 __________________________________________________________________ 190 Gráfico 33 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa73 ______________________________ 191 Gráfico 33.1 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa X Região-Polo74 ________________ 192 Gráfico 34 – Impacto das inovações na empresa75 _____________________________________ 193 Gráfico 34.1 – Impacto das inovações na empresa X Região-Polo76 ________________________ 193 Gráfico 35 – Problemas ou desafios enfrentados pela empresa77 __________________________ 194 Gráfico 35.1 – Problemas ou desafios enfrentados pelo cliente X Região-Polo78 ______________ 195 Gráfico 36 – Ações de acesso a novos mercados na empresa79 ____________________________ 196 Gráfico 36.1 – Ações de acesso a novos mercados na empresa X Região-Polo80 _______________ 197 Gráfico 37 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados81 _________ 198 Gráfico 37.1 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados X Região-Polo82 ________________________________________________________________________ 199 Gráfico 38 – Oportunidades de novos mercados83______________________________________ 200 Gráfico 38.1 – Oportunidades de novos mercados X Região-Polo84 ________________________ 201 Gráfico 39 – Expectativas estratégicas da empresa85 ____________________________________ 202 Gráfico 39.1 – Expectativas estratégicas da empresa X Região-Polo86 ______________________ 203 Gráfico 40 – Características do Suprimento Logístico87 __________________________________ 204 Gráfico 40.1 – Características do Suprimento Logístico X Região-Polo88 _____________________ 205 Gráfico 41 – Natureza da compra de mercadorias das empresas89 _________________________ 206 Gráfico 41.1 – Natureza da compra de mercadorias das empresas X Região-Polo90 ____________ 207 Gráfico 42 – Dificuldades com fornecedores locais91 ____________________________________ 208 Gráfico 42.1 – Dificuldades com fornecedores locais X Região-Polo92 _______________________ 209 Gráfico 43 – Poder de barganha da empresa X fornecedores93 ____________________________ 210 Gráfico 43.1 – Poder de barganha da empresa X fornecedores X Região-Polo94 _______________ 211 Gráfico 44 – Movimentação da produção na empresa95 _________________________________ 212 Gráfico 44.1 – Movimentação da produção na empresa X Região-Polo96 ____________________ 213 Gráfico 45 – Canais de fornecedores da empresa97 _____________________________________ 214 Gráfico 45.1 – Canais de fornecedores da empresa X Região-Polo98 ________________________ 215 Gráfico 46 – Formas de negociação das compras99 _____________________________________ 216 Gráfico 46.1 – Formas de negociação das compras X Região-Polo100 _______________________ 216 Gráfico 47 – Quantidade de fornecedores101 __________________________________________ 217 Gráfico 47.1 – Quantidade de fornecedores x Região-Polo102 _____________________________ 218 Gráfico 47.2 – Quantidade média de fornecedores x Região-Polo103 _______________________ 219 Gráfico 48 – Quantidade de clientes104 ______________________________________________ 220 Gráfico 48.1 – Quantidade de clientes X Região-Polo105 _________________________________ 221 Gráfico 48.2 – Quantidade Média de clientes X Região-Polo106 ___________________________ 222 Gráfico 49 – Meios de transporte utilizados na compra de matérias-primas107 _______________ 222 Gráfico 49.1 – Meios de transporte para compra de matérias-primas X Região-Polo108 ________ 223 Gráfico 50 – Meios de transporte utilizados na venda de produtos109 ______________________ 224 Gráfico 50.1 – Meios de transporte utilizados na venda de produtos X Região-Polo110 _________ 224 Gráfico 51 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal111 ________________ 225 Gráfico 51.1 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal X Região-Polo112 ___ 226 Gráfico 52 – Software integrado de logística113 ________________________________________ 227

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Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 52.1 – Software integrado de logística X Região-Polo114 ___________________________ 228 Gráfico 53 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística115 __________________________ 229 Gráfico 53.1 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística X Região-Polo116 _____________ 230 Gráfico 54 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa117 _____________ 231 Gráfico 54.1 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa X Região-Polo118 _______________________________________________________________________ 232 Gráfico 55 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos119 _____________________ 233 Gráfico 55.1 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos X Região-Polo120 ________ 234

LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO IV – PANORAMA DE NOVOS MERCADOS

Gráfico 1 - Distribuição da Receita Líquida de Vendas Industrial Nacional em 2011 ____________ 262 Gráfico 2 - Distribuição das Empresas por Regiõesdo Brasil 2012 ___________________________ 263 Gráfico 3 - Distribuição das Empresas do Comércio por Regiõesdo Brasil 2012 ________________ 264 Gráfico 4 - Distribuição das Empresas da Indústria por Regiõesdo Brasil 2012 _________________ 265 Gráfico 5 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados na Região Norte ___________________________________________________________________ 266 Gráfico 6 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Norte ________________________________________________________ 267 Gráfico 7 - Evolução Histórica da quantidade de empresas nas atividades indicadas na Região Norte _________________________________________________________________________ 268 Gráfico 8 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados na Região Nordeste _________________________________________________________________ 269 Gráfico 9 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Nordeste _____________________________________________________ 270 Gráfico 10 - Evolução Histórica da quantidade de empresas das atividades indicadas na Região Nordeste _______________________________________________________________________ 271 Gráfico 11 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados na Região Centro Oeste ___________________________________________________________ 272 Gráfico 12 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias dos setores Comerciais na Região Centro Oeste __________________________________________________ 273 Gráfico 13 - Evolução Histórica da quantidade de empresas das atividades indicadas na Região Centro Oeste ___________________________________________________________________ 274 Gráfico 14 - Receita Líquida de Vendas Industrial do Estado deSão Pauloem 2011 _____________ 275 Gráfico 15 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados no Estado deSão Paulo ____________________________________________________________ 276 Gráfico 16 - Receita Bruta de Revendas de Mercadorias do Estado de São Paulo em 2011 _______ 277 Gráfico 17 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Comerciais indicados em São Paulo ___________________________________________________________________ 278 Gráfico 18 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado em SãoPaulo ___________ 279 Gráfico 19 - Importação e Exportação de Setores Indicados em São Paulo em 2012 ____________ 280 Gráfico 20 - Receita Líquida de Vendas Industrial do Estado de Santa Catarina em 2011 ________ 281 Gráfico 21 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Industriais indicados no Estado de Santa Catarina _______________________________________________________ 282 Gráfico 22- Receita Bruta de Revendas de Mercadorias do Estado de Santa Catarina em 2011 ___ 283 Gráfico 23 - Evolução Histórica da Receita Líquida de Vendas dos setores Comerciais indicados em Santa Catarina _______________________________________________________________ 284

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Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 24 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado em Santa Catarina _______ 285 Gráfico 25 - Importação e Exportação de Setores Indicados em Santa Catarina em 2012 ________ 286

LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO V – PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS

Gráfico 1 – Estado de instalação da amostra ___________________________________________ 300 Gráfico 2 – Atividade econômica principal ____________________________________________ 302 Gráfico 2.1 – Estado de instalação X Atividade econômica principal ________________________ 303 Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2014) ____________________________________ 304 Gráfico 3.1 – Estado de instalação X Idade das empresas (referência de 2013) ________________ 305 Gráfico 3.2 –Atividade Econômica X Idade das empresas (referência de 2014) ________________ 305 Gráfico 4 – Número de colaboradores ________________________________________________ 306 Gráfico 4.1 – Estado de instalação X Número de colaboradores ____________________________ 307 Gráfico 4.2 – Atividade Econômica X Número de colaboradores ___________________________ 307 Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa____________________________________________ 309 Gráfico 5.1 – Estado de instalação X Porte/Classificação da empresa________________________ 310 Gráfico 5.2 – Atividade Econômica X Porte/Classificação da empresa _______________________ 311 Gráfico 6 – Gênero dos entrevistados ________________________________________________ 312 Gráfico 6.1 – Estado de instalação X Gênero dos entrevistados ____________________________ 312 Gráfico 6.2 – Atividade Econômica X Gênero dos entrevistados ____________________________ 313 Gráfico 7 – Grau de escolaridade do entrevistado ______________________________________ 314 Gráfico 7.1 – Estado de instalação X Grau de escolaridade do entrevistado __________________ 315 Gráfico 7.2 – Atividade Econômica X Grau de escolaridade do entrevistado __________________ 316 Gráfico 8 – Mercados que a empresa atende __________________________________________ 317 Gráfico 8.1 – Estado de instalação X Mercados que a empresa atende ______________________ 318 Gráfico 8.2 – Atividade Econômica X Mercados que a empresa atende ______________________ 319 Gráfico 9 – Canais de vendas _______________________________________________________ 320 Gráfico 9.1 – Estado de instalação X Canais de vendas ___________________________________ 321 Gráfico 9.2 – Atividade Econômica X Canais de vendas ___________________________________ 322 Gráfico 10 – Origem dos Principais Clientes ___________________________________________ 323 Gráfico 10.1 – Estado de instalação X Origem dos Principais Clientes _______________________ 324 Gráfico 10.2 – Atividade Econômica X Origem dos Principais Clientes _______________________ 325 Gráfico 11 – Produtos adquiridos da cadeia de plástico e borracha _________________________ 326 Gráfico 11.1 –Estado de instalação X Produtos adquiridos da cadeia de plástico e borracha _____ 327 Gráfico 11.2 – Atividade Econômica X Produtos adquiridos deplástico e borracha _____________ 328 Gráfico 12 – Canais de compra _____________________________________________________ 329 Gráfico 12.1 – Estado de instalação X Canais de compra _________________________________ 330 Gráfico 12.2 – Atividade Econômica X Canais de compra _________________________________ 331 Gráfico 13 – Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha ____ 332 Gráfico 13.1 – Estado de instalação X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha ____________________________________________________________ 332 Gráfico 13.2 – Atividade Econômica X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de plástico e borracha ____________________________________________________________ 333 Gráfico 14 – Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha ________________ 334 Gráfico 14.1 – Estado de instalação X Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha _______________________________________________________________________ 334

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Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 14.2 – Atividade Econômica X Quantidade de fornecedores da indústria de plástico e borracha _______________________________________________________________________ 335 Gráfico 15 – Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha _______________________________________________________________________ 336 Gráfico 15.1 – Estado de instalação X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha ______________________________________________________ 336 Gráfico 15.2 – Atividade Econômica X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de plástico e borracha ______________________________________________________ 337 Gráfico 16 – Melhorias da cadeia de fornecedores ______________________________________ 338 Gráfico 16.1 – Estado de instalação X Melhorias da cadeia de fornecedores __________________ 339 Gráfico 16.2 – Atividade Econômica X Melhoriasda cadeia de fornecedores _________________ 340 Gráfico 17 – Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas _______________ 341 Gráfico 17.1 – Estado de instalação X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas ____________________________________________________________________ 342 Gráfico 17.2 – Atividade Econômica X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas ____________________________________________________________________ 343 Gráfico 18 – Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas _________ 344 Gráfico 18.1 – Estado de instalação X Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas ____________________________________________________________ 345 Gráfico 18.2 – Atividade Econômica X Necessidadede aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas ___________________________________________________________________ 346 Gráfico 19 – Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha __________ 347 Gráfico 19.1 – Estado de instalação X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha _______________________________________________________________ 348 Gráfico 19.2 – Atividade Econômica X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de plástico e borracha _______________________________________________________________ 349 Gráfico 20 – Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachano ano de 2013 __ 350 Gráfico 20.1 – Estado de instalação XInvestimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachano ano de 2013 __________________________________________________________ 350 Gráfico 20.2 – Atividade Econômica X Investimentos em produtos/matéria-prima de plástico e borrachae acessórios no ano de 2013 ________________________________________________ 351 Gráfico 21 – Contato com fornecedores de Santa Catarina _______________________________ 352 Gráfico 21.1 – Estado de instalação X Contato com fornecedores de Santa Catarina ___________ 353 Gráfico 21.2 – Atividade Econômica X Contato com fornecedores de Santa Catarina ___________ 353 Gráfico 22 – Produtos e serviços da cadeia de plástico e borrachaadquiridos com fornecedores catarinenses ____________________________________________________________________ 354 Gráfico 22.1 – Estado de instalação X Produtos e serviços da cadeia de plástico e borrachaadquiridos com fornecedores catarinenses ____________________________________ 355 Gráfico 22.2 – Atividade Econômica X Produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha adquiridos com fornecedores catarinenses ____________________________________________ 356 Gráfico 23 – Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha ____________________________________________________________ 357 Gráfico 23.1 – Estado de instalação X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha _______________________________________ 357 Gráfico 23.2 – Atividade Econômica X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de plástico e borracha _______________________________________ 358 Gráfico 24 – Tipos de fornecedores demandados _______________________________________ 359 Gráfico 24.1 – Estado de instalação X Tipos de fornecedores demandados ___________________ 360 Gráfico 24.2 – Setor produtivo X Tipos de fornecedores demandados _______________________ 361 Gráfico 25 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha _________________________________________ 362

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Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 25.1 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra de Santa Catarina __________________ 363 Gráfico 25.2 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra de São Paulo ______________________ 363 Gráfico 25.3 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Centro Oeste _____________ 364 Gráfico 25.4 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Nordeste _________________ 365 Gráfico 25.5 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia de plástico e borracha: Amostra da Região Norte ___________________ 365 Gráfico 26 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha _____________ 366 Gráfico 26.1 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra de Santa Catarina __________________________________________________________________ 367 Gráfico 26.2 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra de São Paulo ______________________________________________________________________ 368 Gráfico 26.3 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da Região Centro Oeste _____________________________________________________________ 369 Gráfico 26.4 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da Região Nordeste _________________________________________________________________ 370 Gráfico 26.5 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de plástico e borracha X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de plástico e borracha: amostra da Região Norte ___________________________________________________________________ 371

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Lista de Tabelas e Gráficos

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Lista de Tabelas e Gráficos