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ESTUDO SOBRE A QUEDA DAS MURALHAS DE JERICÓ A QUEDA DAS MURALHAS DE JERICÓ. Texto base: INTRODUÇÃOJericó era uma fortaleza cercada de espessas muralhas de pedra e portas de ferro. Os portões da cidade de Jericó estavam bem fechados, para não deixar que os israelitas entrassem. Jericó era humanamente impenetrável. Ninguém podia entrar, nem sair da cidade. DESENVOLVIMENTOJosué estava perto da cidade de Jericó. De repente, viu um homem com uma espada na mão parado na sua frente. Josué chegou perto dele e perguntou: Você é do nosso exército ou é inimigo? “Não sou nem uma coisa nem outra. Estou aqui como comandante do exército de Deus, o Senhor”. Josué ajoelhou-se, encostou o rosto no chão e o adorou. E disse: Estou aqui meu senhor. O que quer que eu faça? O comandante do exército do Senhor respondeu:“Tire as sandálias dos seus pés, porque a terra que estás a pisando é santa.” E Josué obedeceu. Na vida cristã, o mais importante é conhecer os planos de Deus e experimentar a sua vontade, que é agradável e perfeita.Josué teve uma experiência, um encontro com o Senhor : “Tire as sandálias dos seus pés, porque a terra que estás a pisando é santa.” Deus fez isso com Moisés (vocês se lembram da sarça ardente?) e agora o faz com Josué. Santificar o lugar do encontro. Isso tem um profundo significado. Porque a sandália era uma proteção contra o calor da areia que poderia queimar a planta do pé, como proteção de pedras cortantes. Mas diante do Senhor não há necessidade desse tipo de proteção. Tirar as sandálias é abandonar o poder humano, é deixar de lado o orgulho, o raciocínio humano, o entendimento soberbo. Nesse campo santo, a humildade, a dependência e a obediência são as únicas vestimentas aceitáveis.Disse ainda o Senhor Deus a Josué:”Estou entregando em tuas mãos a cidade de Jericó, o seu rei e os seus corajosos soldados.” O Senhor orientou que todos os guerreiros de Israel deveriam rodear a cidade de Jericó uma vez, por seis dias, sem nada dizer. Á sua frente iriam sete sacerdotes, levando sete buzinas de carneiro, diante da arca. No sétimo dia deveriam rodear a cidade sete vezes e os sacerdotes tocariam a buzina. Ao ouvir o toque das buzinas, todo povo deveria gritar e então os muros ruiriam. Vejamos alguns pontos:1- A ARCA - O povo precisava ter a arca indo à frente. Nós sabemos que a arca representava a presença de Deus e sua aliança com Israel. Se queremos vencer as barreiras, precisamos ter compromisso com Deus e uma comunhão real com ele. 2- RODEAR A CIDADE - O povo precisava andar em volta da muralha. Aqui está a questão da obediência e da ação. Se você está consciente de que Deus lhe deu uma ordem, obedeça. Esta é a sua parte. Se você não sabe o que fazer diante do problema, ore, consulte a Bíblia, consulte o ministério e parta para a ação. Jesus disse: "Eu sou o caminho" (João 14.6). Logo, precisamos andar. A salvação é dinâmica. 3 – TEMPO - Israel deveria andar em torno de Jericó durante 7 dias. Aqui está o teste da

ESTUDO SOBRE A QUEDA DAS MURALHAS DE JERICÓ

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ESTUDO SOBRE A QUEDA DAS MURALHAS DE JERICÓ A QUEDA DAS MURALHAS DE JERICÓ. Texto base: INTRODUÇÃOJericó era uma fortaleza cercada de espessas muralhas de pedra e portas de ferro.

Os portões da cidade de Jericó estavam bem fechados, para não deixar que os israelitas entrassem. Jericó era humanamente impenetrável. Ninguém podia entrar, nem sair da cidade. DESENVOLVIMENTOJosué estava perto da cidade de Jericó. De repente, viu um homem com uma espada na mão parado na sua frente. Josué chegou perto dele e perguntou:

Você é do nosso exército ou é inimigo? “Não sou nem uma coisa nem outra. Estou aqui como comandante do exército de Deus, o Senhor”. Josué ajoelhou-se, encostou o rosto no chão e o adorou. E disse: Estou aqui meu senhor. O que quer que eu faça? O comandante do exército do Senhor respondeu:“Tire as sandálias dos seus pés, porque a terra que estás a pisando é santa.” E Josué obedeceu. Na vida cristã, o mais importante é conhecer os planos de Deus e experimentar a sua vontade, que é agradável e perfeita.Josué teve uma experiência, um encontro com o Senhor

: “Tire as sandálias dos seus pés, porque a terra que estás a pisando é santa.” Deus fez isso com Moisés (vocês se lembram da sarça ardente?) e agora o faz com Josué. Santificar o lugar do encontro. Isso tem um profundo significado. Porque a sandália era uma proteção contra o calor da areia que poderia queimar a planta do pé, como proteção de pedras cortantes.

Mas diante do Senhor não há necessidade desse tipo de proteção. Tirar as sandálias é abandonar o poder humano, é deixar de lado o orgulho, o raciocínio humano, o entendimento soberbo. Nesse campo santo, a humildade, a dependência e a obediência são as únicas vestimentas aceitáveis.Disse ainda o Senhor Deus a Josué:”Estou entregando em tuas mãos a cidade de Jericó, o seu rei e os seus corajosos soldados.” O Senhor orientou que todos os guerreiros de Israel deveriam rodear a cidade de Jericó uma vez, por seis dias, sem nada dizer.

Á sua frente iriam sete sacerdotes, levando sete buzinas de carneiro, diante da arca. No sétimo dia deveriam rodear a cidade sete vezes e os sacerdotes tocariam a buzina. Ao ouvir o toque das buzinas, todo povo deveria gritar e então os muros ruiriam.

Vejamos alguns pontos:1- A ARCA - O povo precisava ter a arca indo à frente. Nós sabemos que a arca representava a presença de Deus e sua aliança com Israel. Se queremos vencer as barreiras, precisamos ter compromisso com Deus e uma comunhão real com ele. 2- RODEAR A CIDADE - O povo precisava andar em volta da muralha. Aqui está a questão da obediência e da ação. Se você está consciente de que Deus lhe deu uma ordem, obedeça. Esta é a sua parte.

Se você não sabe o que fazer diante do problema, ore, consulte a Bíblia, consulte o ministério e parta para a ação. Jesus disse: "Eu sou o caminho" (João 14.6). Logo, precisamos andar. A salvação é dinâmica. 3 – TEMPO - Israel deveria andar em torno de Jericó durante 7 dias. Aqui está o teste da perseverança e da paciência. Você deve obedecer hoje e continuar obedecendo amanhã, mesmo que os obstáculos pareçam mais firmes do que antes.

Você deve ser mais firme do que a muralha. Sua fé deve ser mais resistente. Depois de rodear a cidade no primeiro dia, não houve nenhum resultado. Talvez tenha sido difícil para alguns israelitas levantarem de suas camas no segundo e no terceiro dia e nos dias seguintes, sabendo que nada aconteceu na véspera. Você já experimentou esse desânimo?

Não se deixe vencer por ele. Continue obedecendo ao Senhor.Josué ordenou que o povo executasse fielmente as ordens recebidas: durante seis dias, os valentes guerreiros de Israel deram uma volta em torno da cidade. No sétimo dia deram sete voltas. Durante a sétima volta ao som das trombetas, todo o povo levantou um grande clamor. Pelo poder de Deus, as muralhas de Jericó caíram e o povo pôde conquistar a cidade.Os homens que tinham servido de espiões foram à casa de Raabe e retiraram de lá ela e sua família

(Raabe nos fala da igreja gentílica, ela queria a benção, estava na revelação, entendeu a Obra e foi salva pelo fio de escarlate - sangue de Jesus), porém a cidade e tudo que nela havia queimaram no fogo,

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guardando somente a prata, o ouro, os vasos de metal e de ferro para o tesouro da casa do Senhor.

Assim era o Senhor com Josué, e corria sua fama por toda a terra.CONCLUSÃONo sétimo dia, a muralha caiu. Não podemos fazer uma regra para Deus e dizer que ele sempre vai agir depois de 7 dias ou depois de 7 orações, Ele pode agir no primeiro dia, ou no sétimo, ou no vigésimo primeiro, como aconteceu com Daniel, ou em outro dia qualquer.

Por que sabemos que Deus tem um tempo certo para tudo, apesar de que, em alguns casos, nós é que retardamos as bênçãos devido à nossa incredulidade, passividade e desobediência. Josué creu na promessa de que o Senhor derrubaria as muralhas de Jericó.

Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. (Hebreus 11:1) Mas a fé cristã não é cega ela está firmada nas promessas de Deus. Quando o Senhor prometeu a Josué que a muralha de Jericó viria abaixo e que o povo de Israel subiria nela, nada mais faria Josué desistir de conquistar a cidade, pois ele sabia que Deus estava à frente e lhes concederia vitória.

O mesmo Deus que operou na vida de Moisés e de Josué continua a operar em nossas vidas. Na vida de um povo que clama pelo seu nome e que ora com fé. Nós clamamos no deserto por este Deus e vivemos continuamente com um grito em nossos lábios: Maranata! É o clamor de uma igreja fiel, que anseia a volta do Salvador, que virá nas nuvens para buscá-la. Ó vem Senhor Jesus.

Um Exemplo de Graça e Fé

A Conquista de Jericó (pdf)

A conteceu quase 3.500 anos atrás. A lei que governava os judeus era outra, que não está em vigor hoje. Mas a conquista de Jericó serve como um exemplo importante para nos instruir. Paulo disse que os exemplos do Antigo Testamento servem para nos instruir (1 Coríntios 10:6) e para demonstrar a fidelidade de Deus em cumprir as suas promessas (Romanos 15:4). O autor de Hebreus usou exemplos de fé da antigüidade para nos incentivar na nossa caminhada da fé (Hebreus 11:4-38; 12:1). Entre estes exemplos aparece esta simples afirmação: “Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias” (Hebreus 11:30). Vamos analisar a vitória dos israelitas sobre Jericó como exemplo para nossa instrução.

O Contexto Histórico

Uma geração – a geração incrédula que recuou quando Deus mandou tomar a terra prometida 39 anos antes – passou. Dos 603.550 homens contados depois da saída do Egito, apenas dois sobreviveram para guiar a nova geração de israelitas à terra de Canaã. Antes de morrer na planície transjordânica, Moisés dedicou suas últimas semanas à instrução do povo numa série de discursos registrados para nós no livro de Deuteronômio (leia, especialmente, 31:1-6).

Josué foi escolhido por Deus como sucessor de Moisés. Deus prometeu estar com ele e o animou para cumprir a sua tarefa, e Josué aceitou esta grande responsabilidade (Josué 1:6-11).

Quando aproximaram à terra, o novo líder dos israelitas mandou espiões para a cidade fortificada de Jericó, e eles voltaram com um relatório positivo (2:1,23-24). O povo atravessou o rio Jordão e colocou pedras como memorial do milagre que Deus fez para conduzi-lo à terra (capítulos 3 e 4).

Logo depois de chegar à terra, os israelitas do sexo masculino que nasceram no caminho do Egito foram circuncidados. Desta maneira, Deus tirou sua imundícia (5:1-9). Celebraram a Páscoa no dia designado (5:10). Agora que receberam uma terra boa que ia sustentar a nação, cessou o maná, o pão que Deus havia mandado do céu durante a peregrinação (5:12).

A Conquista de Jericó

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O príncipe do exército do Senhor apareceu a Josué e lhe deu orientação sobre a primeira batalha da conquista (5:13-15; 6:1-5). Quase 250 versículos na Bíblia falam do Senhor dos Exércitos, uma declaração da força de Deus como refúgio do seu povo, capaz de responder às orações e proteger os fiéis – “Ó SENHOR dos Exércitos, feliz o homem que em ti confia” (Salmo 84:12; cf. 24:10). O príncipe mandou Josué tirar suas sandálias, porque estava num lugar santo (5:15; cf. Êxodo 3:5).

Nas instruções que Deus deu a Josué, vemos a importância da graça de Deus e da obediência fiel dos homens (6:1-5). Deus disse: “Entreguei na tua mão Jericó” (6:2). Ao mesmo tempo, ele deu instruções aos homens de Israel e disse: “...assim fareis” (6:3-5). Ele falou para: ➊ Os israelitas rodearem a cidade uma vez por dia durante seis dias; ➋ Eles rodearem a cidade sete vezes no sétimo dia; ➌ Os sacerdotes tocarem suas trombetas; ➍ O povo gritar; e ➎ Subir e tomar a cidade quando o muro caísse.

Os israelitas obedeceram. Começaram imediatamente (Josué 6:6-7) e continuaram durante seis dias (6:8-14). No sétimo dia, rodearam a cidade sete vezes e seguiram as instruções especiais (6:15-21). Entre outras coisas, Deus falou para evitar certas coisas condenadas (6:18-19). Os sacerdotes tocaram, e o povo gritou, subiu, tomou a cidade (6:20) e queimou as coisas nela (6:24).

Graça e Fé na Conquista da Terra

Quando fala da conquista de Jericó, o texto diz que eles fizeram várias coisas e tomaram a cidade (6:3-5,20-21). Também diz que Deus lhes entregou a cidade (6:2,16). A mesma linguagem aparece em outras conquistas: a cidade de Ai (8:1,7-8); a guerra contra cinco reis (10:8,12,19); a guerra contra Jabim e seus aliados (11:7-8); a terra toda (21:43-45; 24:8,11).

Pela graça, Deus lhes entregou as cidades e a terra. Pela fé, eles pelejaram, tomaram e possuíram a terra. Qualquer falha na conquista foi culpa do povo por não obedecer – conseqüência de uma falta de fé – e não culpa de Deus, pois a graça não falhou (21:45; Juízes 2:2-3).

Graça e Fé na Nossa Salvação

E fésios 2:8-10 pode ser visto como o resumo mais completo no Novo Testamento do processo da nossa salvação: “Porque pela graça sois salvos mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”

Somos salvos pela graça. Seria errado limitar a graça de uma maneira que nega todas as obras de Deus na nossa salvação. A graça inclui tudo que Deus fez e faz para nos salvar. A graça que nos salva inclui: a promessa eterna de Deus (Tito 1:2); a lei que conduzia homens a Cristo (Gálatas 3:24); o envio do Filho amado (João 3:16); a morte de Jesus na cruz (2 Coríntios 5:15); o sangue de Jesus (Apocalipse 1:5); a ressurreição de Jesus (Rm 4:25); a obra renovadora do Espírito Santo (Tito 3:5); etc.

Seria absurdo alguém argumentar que a graça nos salva independente de todas estas coisas que Deus tem feito. Quando falamos da graça de Deus, obviamente falamos de tudo que ele faz, e entendemos que a graça dele é a parte maior da nossa salvação. Nada que o homem faz se compara à graça de Deus. A graça dele, porém, não anula a necessidade da nossa resposta de fé, o aspecto da salvação que veremos agora.

Somos salvos mediante a fé. Seria igualmente errado limitar a fé do homem de uma maneira que nega todas as obras que Deus pede na nossa salvação. A fé inclui tudo que o homem faz para receber a salvação que Deus estende a ele. A fé necessária para a nossa salvação inclui: o arrependimento dos pecados (Lucas 13:3); a confissão da fé (Romanos 10:9), mesmo se a confissão for difícil devido às atitudes das pessoas ao nosso redor (Marcos 8:38); o batismo para remissão dos pecados (Atos 2:38; 22:16); a perseverança (Hebreus 10:36,39).

Da mesma maneira que seria absurdo tentar separar a graça das obras de Deus, seria errado tentar separar a fé das obras de obediência do homem. Pessoas que ensinam a salvação sem a obediência negam a palavra da Nova Aliança (Tiago 2:14,17,24,26).

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A graça e a fé não negam as obras salvadoras da Nova Aliança. Obras da lei anulariam a graça de Deus, mas nem as obras divinas (a morte de Jesus, etc.) nem a vida de fé ativa anula a graça (Gálatas 2:15-21).

A Circuncisão da Nova Aliança: Quem Opera?

A história da entrada na terra de Canaã apresenta mais uma comparação importante. Deus mandou que Josué circuncidasse os filhos de Israel (5:2). Josué o fez (5:3,7). Quando a obra foi feita, Deus disse: “Hoje, removi de vós o opróbrio do Egito” (5:9). Os homens se submetiam à circuncisão que Josué fez, mas foi Deus que operou. Foi uma obra de Deus, não uma obra de mérito dos homens.

Em Colossenses 2:10-13, Paulo compara a circuncisão ao batismo. Estamos aperfeiçoados em Cristo. Os cristãos receberam a circuncisão espiritual no sepultamento do batismo. Desta maneira, Deus nos dá a vida, perdoando os pecados. Considere a comparação:

Mesmo assim, algumas pessoas recusam a “cirurgia” oferecida pelo grande Médico, dizendo que acreditam tanto no Senhor que não precisam da cirurgia! Que loucura!

O Desequilíbrio Doutrinário nos Dias Atuais

Há tendências doutrinárias que levam as pessoas a desviarem da palavra, tanto para a direita como para a esquerda. A igreja católica enfatiza obras sem fé, até praticando o batismo de recém-nascidos. Muitas igrejas evangélicas vão a outro extremo, ensinando a fé sem obras e defendendo a salvação sem o batismo. Mas Deus inclui o batismo como condição para ser salvo (Marcos 16:16), para receber a remissão dos pecados (Atos 2:38; 22:16), para entrar em Cristo (Gálatas 3:27), e para ressuscitar para uma nova vida (Romanos 6:4).

Precisamos nos livrar de doutrinas humanas para fazer o que Jesus mandou. Assim, deixaremos o Senhor operar em nossas vidas, removendo o opróbrio do pecado!

- por Dennis AllanD151           

ARQUEOLOGIA DA CIDADE DE JERICÓ

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JERICÓ DO TEMPO DE JOSUÉJericó, cidade da orla oriental de Gor, à distancia de 10 quilômetros do rio Jordão. Foi a primeira cidade conquistada pelos israelitas sob o comando de Josué.

Jericó foi uma cidade real da antiguidade, a principal do Vale do Jordão, à qual se referem como bem conhecida naquele tempo os livros de Números e Deuteronômio (Nm 22.1; Dt 32.49). Ela achava-se protegida por muralhas e portas de grande resistência (Js 2.5). Os cidadãos de Jericó eram abastados, sendo produtivos os terrenos que a circundavam.

Depois da queda dos muros foi pronunciada uma maldição sobre aquele que tentasse reedificar Jericó “E naquele tempo, Josué os esconjurou, dizendo: Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó: perdendo o seu primogênito, a fundará, e sobre o seu filho mais novo lhe porá as portas” (Js 6.26).

A maldição caiu quinhentos anos mais tarde sobre Hiel, de Betel “durante seu reinado, Hiel de Betel, reconstruiu Jericó. Lançou os alicerces à custa da vida de seu filho mais velho, Abirão, e instalou as suas portas à custa da vida do seu filho mais novo, Segube, de acordo com a palavra que o Senhor tinha falado por meio de Josué filho de Num". (I Rs 16.34).

Foi em Jericó estabelecida uma escola de profetas, sendo visitada por Elias e Eliseu (2Rs 2.4-18). A cidade foi tomada pelos caldeus (2Rs 25.5), mas repovoada depois da volta do cativeiro babilônico (Ed 2.34).

ARQUEOLOGIA DE JERICÓJericó é agora um montículo de três hectares chamado de Tell es-Sultão, localizado ao lado de abundante manancial conhecido como Fonte de Eliseu.

O montículo foi escavado por Charles Warren (1868), Ernest Sellin (1907-1911), Jonh Garstang (1929-1936) e a senhorita Kathleen Kenyon (1952-1958).

O primeiro escavador concentrou sua atenção apenas no montículo, enquanto o segundo realizou descobertas suficientes para despertar um grande interesse geral. Mais tarde Jonh Garstang desenterrou partes de quatro cidades que tinham existido sucessivamente no lugar desde o ano de 3000 a.C. Ao escavar até a base do montículo encontrou vestígios de civilizações da antiguidade extraordinária, as mais antigas que se tem encontrado na Palestina.

O quarto nível de ocupação, o qual Gastang denominou “cidade D”, adquiriu uma importância primordial para os estudiosos e historiadores da Bíblia, assim como para os arqueólogos, os quais discutiam frequentemente sobre a data do êxodo israelita do Egito e sua subsequente entrada na Palestina. Os eruditos discordavam em dois séculos ou mais em seus cálculos ao datar esse acontecimento. Jericó era o lugar onde a dúvida podia ser estudada mais a fundo. Este quarto nível de ocupação parecia ser a cidade que Josué havia tomado, e os escavadores procederam com muito cuidado.

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Dois muros de nove metros de altura, que corriam quase paralelos rodeavam o cume do monte. Estes muros foram construídos de ladrilhos secados ao sol, de uns dez centímetros de espessura, e de uma extensão de 60 a 90 centímetros. O muro interior tem uma espessura de 3,4 a 3,7 metros, e foi construído sobre alicerces de um muro anterior. O último muro anterior tem mais ou menos 1,82 metros de espessura, e está na borda do montículo. O espaço entre os dois muros varia entre quatro a oito metros, e os muros se encontram unidos em intervalos periódicos por paredes de ladrilho.

Nas imediações do montículo da antiga cidade foi descoberto um cemitério. Garstang abriu um grande número de tumbas das quais extraiu muitas vasilhas de cerâmica, uma considerável quantidade de joias e uns 170 escaravelhos sagrados. Nessas tumbas Garstang achou peças de alvenaria dos períodos recente, Médio e tardio da Idade do Bronze, mas só foram encontrados uns poucos fragmentos de vasilhas micênicas, que começaram a ser importadas em torno de 1400 a.C. Os *escaravelhos sagrados egípcios podem ser datados com exatidão, já que mencionam vários faraós em seus nomes, e representam cada um deles. Um escaravelho sagrado apresenta o nome da rainha Hat-shep-sut e de Tutmósis III; outro menciona o nome de Amenhotep II, que está representado como um arqueiro, e isto coincide com os registros de sua tumba no Egito. A série de escaravelhos sagrados datados finaliza com dois selos reais de Amenhotep III, que reinou desde 1413 até 1376 a.C. Nenhuma outra coisa nas tumbas indica datas posteriores.

Ao regressar ao montículo da cidade, Garstang comparou detidamente os fragmentos de cerâmica com os que haviam sido descobertos nas tumbas, e descobriu que alguns deles correspondiam a Idade do Bronze tardia. Depois de examinar quase 100.000 pedaços de cerâmica, 1.500 vasilhas intactas, assim como 80 escaravelhos intactos, os muros caídos e outros tipos de evidencia, Garstang não hesitou em datar a cidade em torno de 1400 a.C., identificando-a como a cidade Cananéia de Jericó, que caiu nas mãos dos israelitas comandados por Josué. Os restos carbonizados que se encontravam em todas as partes eram para Garstang uma confirmação do registro bíblico, “a cidade e tudo o que nela havia queimaram-no no fogo” (Js 6.24), e os muros caídos foram uma confirmação de como os israelitas caminharam “em frente de si e a tomaram” (Js 6.20).

Desejando ser o mais cuidadoso possível, e agindo como um verdadeiro cientista, Garstang consultou três dos principais arqueólogos e especialistas em alvenaria em toda a Palestina: Pere Vincent, Clarence S. Fischer e Alan Rowe. Quando essas autoridades examinaram detidamente e em separado a cerâmica, as ruínas carbonizadas e os muros caídos assinaram declarações junto com Gastang confirmando a data de 1400 a.C. esta data concorda com a cronologia que aparece em I Reis 6.1.

O reinado de Salomão começou provavelmente em torno de 961 a.C. Se esta data é correta, o quarto ano de seu reinado seria aproximadamente o ano de 957. Somando-se 480 anos, 1437 é a data mais provável da saída dos israelitas do Egito. Se levarmos em conta os 40 anos que os israelitas passaram errantes no deserto, chegamos a data de 1397

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a.C. para a destruição de Jericó; e isto está claramente dentro dos limites dos estudos de Garstang.

Todavia, estas descobertas e as interpretações que se lhes tem dado não satisfazem a alguns pesquisadores, porque eles não podiam encontrar lugar em suas mentes para uma Jericó que se ajustasse tanto ao registro bíblico. Durante quase dois decênios houve constante oposição às conclusões de Garstang, e foram exercidas pressões para que se reexaminasse Jericó.

Este desejo foi satisfeito no principio de 1952, quando uma expedição conjunta da Escola Britânica de Arqueologia, o Fundo de Exploração da Palestina, as Escolas Americanas de Investigação Oriental e o Departamento de Antiguidades do Jordão, começaram a escavar novamente em Jericó, sob a direção da senhorita Kathleen Kenyon. O trabalho foi realizado com diligencia pelo espaço de cinco temporadas, durante as quais escavaram fossos até o leito rochoso em seis lugares diferentes do montículo. Em um destes, um empreendimento próximo ao extremo norte oriental foram encontrados restos da primeira ocupação de Jericó.

Durante uma escavação posterior, a senhorita Kathleen Kenyon informou que havia encontrado os fragmentos e a base de um muro de aproximadamente um metro quadrado de piso intacto, os restos de um edifício denominado “edifício médio”, um forno e um pequeno jarro; tudo isso pertencente a Idade do Bronze tardia (1500-1200 a.C.). Ao falar sobre esses restos a senhorita Kenyon disse: “Pelo menos demonstram que existiu uma povoação nesse período. Data do século 14 a.C., e concorda muito bem com as descobertas realizadas nas tumbas e datadas com mais precisão pelo professor Garstang. Parece-nos que a evidencia demonstra que o pequeno fragmento de edifício que encontramos é parte de uma cozinha de uma mulher Cananéia”.

A JERICÓ DO NOVO TESTAMENTOEm 10 de fevereiro de 1950, o doutor James L. Kelson e seus associados iniciaram a escavação da Jericó do Novo Testamento. Encontraram a capital invernal de Herodes, o Grande, a cidadela, o hipódromo, a piscina, as fontes, os jardins, as quintas e as ruínas de outras edificações que haviam sido construídas com pedras de cantaria [esquadrejadas] caracteristicamente herodiana, com o suave calado marginal nos quatro costados. O número de quintas diminui na direção leste, e um pouco mais além vê-se a Jericó moderna, a que o doutor Kelson pensou que poderia estar sobre as extensões dos setores mais pobres da Jericó do Novo Testamento.

A Jericó do tempo de Jesus era a segunda cidade da Judéia. Foi ali que Jesus curou o cego Bartimeu, e que Zaqueu recebeu a visita do Salvador em sua casa.

Por algum tempo Jericó fez parte da propriedade de Cleópatra, que foi dada por Antonio, sendo depois arrendada por Herodes, o Grande, que ali construiu muitos palácios e edifícios públicos. Foi destruída pelos romanos por volta do ano de 230 d.C.

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*AS CRENÇAS SOBRE O ESCARAVELHODa família dos Lamelicór-neos, este tipo de besouro possuía algumas características sui generis: a fêmea punha seus ovos em pedaços de excremento, que eram acondicionados em buracos feitos na terra. As larvas que nasciam disso se alimentavam da matéria pútida e desenvolviam-se.

Do ritual da mumificação fazia parte retirar o coração do morto e substituir por um amuleto na forma de um desses bichos. Assim como ele era capaz de nascer da matéria putrefata, ajudaria o defunto a renascer e devido à sua íntima relação com o sol, poderiam auxiliar a jornada do desencarnado ao lado de "Rá", o deus Sol. O astro-rei portava os germes da vida, como a bola de excrementos e o ato de rolá-la para o buraco, guardava o significado do nascente e do poente. No amuleto lia-se a inscrição: Sou Thoth, inventor e fundador das curas e das terras; vem a mim, ó tu que estás debaixo da terra, levanta-te, ó grande espírito.