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ESTUDO SOBRE A UTILIZACAO

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ESTUDO SOBRE A UTILIZACAO

ESTUDO SOBRE A UTILIZACAO DO GAS NATURAL NA INDUSTRIA CERAMICA

Conselho Nacional do SENAI

Fernando Luiz Gongalves Bezerra Presidente

Comissao de Apoio Tecnico e Administrative ao Presidente do Conselho Nacional do SENAI

Carlos Eduardo Moreira FerreiraPresidente da Federagao das Industries do Estado de Sao Paulo

Dagoberto Lima GodoyPresidente da Federagdo das Industries do Estado do Rio Grande do Sul

Fernando Cirino GurgelPresidente da Federagdo das Industries do Estado do Ceard

SENAI - Departamento Nacional

Alexandre Figueira Rodrigues Diretor-Geral

Fiumberto Brandao de Araujo Diretor de Desenvolvimento

Jose Manuel de Aguiar Martins Diretor de Operagoes

CNISENAI

ConfederagSo Nacional da industrla Serv/po Nacional da Aprendizagem Induatrial

Dapartamanto Nacional

ESTUDO SOBRE A UTILIZACAO DO GAS NATURAL NA INDUSTRIA CERAMICA

1998

©1998. SENAI - Departamento NacionalQualquer parte desta obra podera ser reproduzida, desde que citada a fonte.

SENAI/DNNETEC - Unidade de Negocio Tecnologia

Este documento foi elaborado par uma equipe, cujos names encontram-se relacionados na folha de creditos.

Ficha Catalografica

SENAI. DN. Estudo sobre a utilizapao do gas natural na industrla ceramica. Rio de Janeiro, 1998. 95 p.

TITULO

CDU 666:662.767

SENAIServigo Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional

SedeSetor Bancario Norte Quadra I - Bloco CEdiflcio Roberto Simonsen 70040-903 - Brasilia - DF

Av. Nilo Peganha, 50 - 29° andar 20044-900 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021)534-8534 Fax: (021)262-4770 E-mail: [email protected].: (061)317-9000

fax. 7) 3 77-9790

SUMARIO

LIST A DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

APRESENTAQAO

RESUMO

1 O GAS NATURAL 151.1 Produgao 151.2 Principals aplicagdes 161.3 Caracteristicas e propriedades 161.4 Vantagens da utilizagdo do gas natural coma insumo energetico 18

2 PANORAMAS SETORIAIS DA INDUSTRIA CERAMICA 212.1 Cerdmica para revestimento 212.2 Ceramica estrutural 26

3 DO USO DO GAS NATURAL NA INDUSTRIA CERAMICA 273.1 Aspectos tecnicos 283.1.1 Processamento termico 303.1.1.1 Informagoes gerais sabre a utilizagdo de energeticos no processamento ceramica 313.1.1.2 Vantagens da combustdo de combustlveis gasosos 333.1.1.2.1 Aplicagdo no industria ceramica 353.2 Aspectos econdmicos 353.2.1 Simulagdo de caso para ceramica estrutural 373.3 Aspectos relacionados a qualidade das produtos e ao meio ambiente 393.4 Aspectos de loglstica 403.4.1 Transpose do gas natural para a industria cerdmica 403.4.1.1 Por gasodutos 403.4.1.2 Pela liquefagdo 423.4.1.3 Pela compressao 423.4.2 A evolugdo da utilizagdo do gas natural no Brasil para a industria cerdmica 423.4.3 A cogeragao na industria cerdmica 473.4.3.1 Estudo de caso de cogeragdo para cerdmica de revestimento 48

4 SISTEMATIZAQAO DE EXPECTATIVAS E AVALIAQAO DO IMPACTO DO USO DO GASNATURAL NA INDUSTRIA CERAMICA 53

5 CONCLUSOES E RECOMENDAQOES 55

REFERENCES BIBLIOGRAFICAS 57

ANEXOS1 Metodo para cdlculo da quantidade de gas natural para substituigdo

de outros combustlveis 632 Classificagdo dos produtos cerdmicos quanto as materias-primas 663 Fornecedores de equipamentos e servigos para o setor ceramico relacionados

a utilizagdo de gas natural 674 Enderegos de fornecedores de equipamentos e servigos para o setor ceramico

relacionados a utilizagdo de gas natural 87

LISTA DE FiGURAS

Figure 1 - Produgao de gas natural no Brasil em 1995 15

Figure 2 - Utilizagao do gas natural no Brasil em 1995 16

Figura 3 - Distribuigao regional do mercado brasileiro de ceramica para 21revestimento - azulejo

Figura 4 - Distribuigao regional do mercado brasileiro de ceramica para 21revestimento - pisos

Figura 5 - Perfil do segmento de ceramica para revestimento - azulejo 23

Figura 6 - Perfil do segmento de ceramica para revestimento - piso 23

Figura 7 - Destine das exportagoes brasileiras de ceramica para 24revestimento em 1995 - piso

Figura 8 - Destine das exportagoes brasileiras de ceramica para 25revestimento em 1995 - azulejo

Figura 9 - Maiores produtores mundiais de ceramica para revestimento 25

Figura 10 - Diagrama esquematico das perdas no processamento ceramico 27

Figura 11 - Exemplos de casos tlpicos de consume energetico por eta pa 28do processo por kg de produto no setor de revestimento - azulejo

Figura 12 - Fluxograma esquematico do processo de fabricagao 29de materials ceramicos por moldagem a trio

Figura 13 - Consume medio de energia eletrica por eta pa 31do processamento ceramico (estrutural) - empresa com consume de 90.000 kWh/mes

Figura 14 - Balangos de energia de fornos continues e 32intermitentes empregados na Industrie ceramica

Figura 15 - Exemplos de casos tlpicos de consume energetico 34por etapa do processo por kg de produto no setor de revestimento - piso

Figura 16 - Evolugao das reserves medidas e indicadas 43de gas natural no Brasil

Figura 17 - Perfil de utilizagao de insumos energeticos na Industrie ceramica 43no Brasil - 1984

Figura 18 - Perfil de utilizagao de insumos energeticos na industria ceramica no Brasil -1995

44

Figura 19 - Evolugao da matriz de consumo das 44principals fontes de energia no setor ceramico

Figura 20 - Evolugao da matriz de consumo de outras fontes 45de energia no setor ceramico

Figura 21 - Relagao de pregos entre gas natural e 46outros combustlveis utilizados na industria ceramica

Figura 22 - Evolugao de pregos da matriz de combustlveis 46do setor ceramico

Figura 23 - Diagrama esquematico do suprimento 48de color e eletricidade numa industria ceramica

Figura 24 - Sistema de cogeragao adotado para o estudo de caso 51

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Consume de gas canalizado no Brasil (media de 11 meses de 1995)

Tabela 2 - Composigao tfpica do gas natural apos o processamento numa UPON

Tabela 3 - Aspectos comparatives de gases combustiveis disponfveis atualmente no Brasil

Tabela 4 - Exemplos de utilizagao do gas natural como combusti'vel em nivel industrial

Tabela 5 - Perfil das industrias brasileiras de ceramica estrutural no periodo 1993-1996

Tabela 6 - Consume especffico tfpico por equipamento de linha de produgao de ceramica branca

Tabela 7 - Dados de produgao de uma Industrie de ceramica vermelha do RJ

Tabela 8 - Caracteristicas da Industrie de cerSmica de revestimento do estudo de caso

Tabela 9 - Tipos de turbinas a gas aplicaveis no sistema de cogeragao citado no estudo de caso

Tabela 10 - Resultados da analise energetica para o estudo de caso

Tabela 11 - Resultados da analise economica para o estudo de caso

17

17

18

19

26

33

38

49

50

51

52

1

APRESENTAQAO

Uma preocupagao constante da Industrie ceramica: o consume de energia. Parcela significativa do custo de produgao nesse setor esta relacionada a demanda energetica inerente ao processamento ceramico, tendo em vista as elevadas temperatures neces­saries d produgao.

Utilizer a energia disponivel da melhor forma foi e e um dos objetivos permanentes da Industrie. Hoje, entretanto, o uso racional da energia por si so ndo atende ao nlvel de competitividade exigido das empresas. E adicionalmente indispensdvel buscar fontes energeticas mais adequadas aos processes produtivos, principalmente para aqueles segmentos nos quais o consume total de energia e superior a 20% do custo de produ­gao, percentual esse ndo incomum na fabricagao de materials cerdmicos. (BERG, 1996)

Gas natural: combustlvel com importante papel projetado para atendimento das ne- cessidades de energia pri maria do Brasil. Lin ha de agdo do Programa Nacional de Ra- cionalizagdo do Uso dos Derivados de Petroleo e do Gas Natural (PETROBRAS.CONPET, 1996), esse energetico terd importancia cada vez maior na matriz energetica brasileira, saindo de nlveis pouco representatives - 2,5% a 4% (95/96) - para rapidamente galgar patamares de equivalence a sua participagdo no mix de energia de economies extremamente competitivas do hemisferio norte - 20%. Esse programa considera a pro- posta de que, em 2010, ao gas natural corresponded uma participagdo de 11,8% na matriz energetica nacional.

Assim, o objetivo deste estudo e apresentar:

os ganhos, as vantagens estrategicas e os beneflcios do uso do gas natural como energetico, ao lado das caracteristicas e propriedades desse combustlvel, tornando disponivel a abordagem de aspectos tecnicos, econdmicos, ambientais e de aumento de qualidade dos produtos obtidos a partir de seu emprego na Industrie: de ceramica de revestimentos e estrutural, abordando sua adequagdo aos processes empregados nesses segmentos, paralelamente a sua aplicagao nas etapas de secagem e queima, acrescentando a discussao o escopo da cogeragao de energia.

Atualmente, o conceito de qualidade do seculo XX esta ligado ao da produgao do se- culo XXI: produzir bens com o minima posslvel de defeitos a um custo competitivo, em processes ambientalmente corretos. Nesse sentido, o gas natural e considerado pela Industrie como gerador de um color limpo.

A revolugao ambiental que esta em curso em todo o mundo nos impele a trazer os aspectos ecologicos para o piano dos negocios, transformando-os em argumentos de venda de produtos. O energetico gas natural e tambem uma opgdo nessa diregao.

Apresenta, assim, o SENAI, para as industries, um incentive as iniciativas de modificagao do modelo energetico nacional fomentadas pelo Governo Federal, mostrando uma oferta energetica que certamente se adequard as diversas peculiaridades regionais do Pals e de sua Industrie ceramica, informando-a e induzindo sua modernizagao: objetivo permanente do Sistema CNI.

Alexandre Figueira Rodrigues Diretor-Geral do SENAI-DN

RESUMO

O CONSUMO DE ENERGIA NA INDUSTRIA CERAMICA

Do custo total da produgao de uma Industrie ceramica, o gasto com energia pode che- gar a 20%, Portanto, ndo basta usd-la racionalmente; deve-se buscar a energia que melhor se adapte a cada processo produtivo. Um consume global medio de energia equivalente entre 2 a 2,5 meal/kg de produto acabado se tornou a forga motriz para que a mudanga do mix de energeticos fosse permanentemente perseguida por um seg- mento industrial intensive em energia como o ceramico.

Em dez anos (1986-1995) o consume global de energia do setor ndo registrou mudanga significante. Entretanto o mix de energeticos utilizados pela Industrie ceramica alterou-se bastante. A lenha, que chegou a se constituir no combustlvel que representava 61% dessa matriz, vem sendo substitulda por outros energeticos de maior eficiencia no pro- cessamento ceramico - gas natural e GLP p.ex. - que de uma participagdo de 5,5% repre-sentam hoje mais de 15% do mix de energeticos do setor. O perfil de consume das outras duas importantes fontes de energia do setor, energia eletrica e oleo combustlvel, mostrou pouca variagdo - de 33,7 para 37,2%.

Quanto a politico de pregos, e nltida a orientagdo de tornar o gas natural mais compe­titive no mercado energetico, sendo seus pregos fixados em paridade termica com os pregos dos derivados de petroleo substituldos, favorecendo os segmentos industrials relevantes. O prego de venda do gas natural que vem sendo praticado pela PETROBRAS - US$ 0.12/m3; US$ 2.92/milhao de BTU - demonstra a clara intengdo de fomentar a alte- ragao da matriz energetica do setor, favorecendo sua utilizagao em substituigdo aos combustlveis tradicionalmente utilizados.

A IMPORTANCE DO GAS NATURAL COMO ENERGETICO NA INDUSTRIA CERAMICA

Apesar do negocio Industrie ceramica representor um faturamento superior a US$ 1,5 bi- Ihaos no mercado interno e de US$ 150 mil hoes de exportagao, produzindo mais de 430 milhoes de m2/ano em pisos e azulejos, o setor trabalha com pad roes de qualidade e eficiencias/rendimentos de processo dependentes da introdugao no seu mix energetico de um combustlvel mais adequado as peculiaridades de sua produgao. O gas natural representa hoje pouco mais de 4% do total de energeticos consumidos pelo setor no Brasil. A industria ceramica, que no exterior percebeu as vantagens inerentes ao seu em- prego, ja o utiliza em percentuais acima de 20% de sua matriz energetica. Sua aplica- bilidade nas diferentes etapas dos processes ceramicos que envolvem secagem e quei- ma traz beneflcios Btecnicos, Becondmicos, Bloglsticos, 0de melhoria da qualidade da produgao e Bambientais:

0 0 elevado rendimento e eficiencia - combustao completa com menor excesso de ar;

0 reduz a emissao de CO? - efeito estufa;

0 0 dispense area de armazenamento (lenha e dleo) e elimina gasto com energia de nebulizagao (dleo);

0 disponibilidade em redes crescentes de distribuigao (AL, BA, CE, ES, MG, PB, PE, RJ, RN, SE, SP); projeto para PR e SC - gasoduto Brasil/Bolivia;

0 0 limpeza dos produtos de combustao - color limpo;

0 0 ausencia de ataque quimico de refratarios;

0 reserves medidas acima de 150 bilhoes de m3;

0 0 possibilidade de produgao de “materials de primeira” (sem defeitos e de coloragao homogenea);

0 reduzido custo de manutengao de sistemas;

0 estabilidade e formatos de chama adequados para cada aplicagdo;

0 0 criagdo de matriz de consume a partir de GLP - disponibilidade imediata;

0 menor custo de investimento no sistema de combustao;

0 0redugao drastica de emissoes (SO* e NOx) - chuva acida e destruigao da camada de ozonio;

0 redugao do desmatamento;

0 0 viabiliza a cogeragdo - autofornecimento firme.

A evolugao do mercado brasileiro de gas natural, um combustlvel de elevada qualidade, considerando sua disponibilidade e prego, favorece sobremaneira a cogeragdo em turbinas a gas, flexibilizando o emprego dessa fonte primaria de energia. Ao lado de significativas vantagens - cerdmica de revestimento com produgao de 8.200 t/mes de massa granulada o economia de US$ 580 mil/ano, p.ex. - a industria cerdmica poderd contribuir na atenuagdo para o setor dos atrasos nos programas de expansdo do parque de geragdo e dos sistemas de transmissdo e distribuigao de energia eletrica no Brasil.

PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO COMPLEMENTAR A ESTE ESTUDO PARAFOMENTAR O USO DO GAS NATURAL NA INDUSTRIA CERAMICA

a Desenvolvimento de cadastro de industries que usam gas natural - cogeragdo inclusive;

□ Desenvolvimento de um banco de dados de fornecedores de equipamentos e servigos relacionados ao uso do gas natural na industria cerdmica;

a Desenvolvimento de um sistema de informagdo sob re malhas de distribuigao, capacidade e condigdes de fornecimento do gas natural;

□ Levantamento de materias-primas p/incentivar o desenvolvimento regional da industria cerdmica.

1 O GAS NATURAL

1.1 Produgao

O gas natural1 ocorre na natureza acumulado em rochas porosas no subsolo, frequentemente acompanhado por petroleo, constituindo um reservatorb. Sua produgao pode ocorrer em regioes distantes dos centres de consume, agregando ao sistema de suprimento do gas natural importance significativa, tendo em vista sua inter!igagao com atividades de exploragao, produgao, proces-samento, transporte e distribuigdo.

Com reserves comprovadas de mais de 150 bilhoes de m3 e com as novas tecnicas de exploragao e produgao que vem sendo empregadas2, o Brasil certamente alterara a participagao do gas natural na matriz energetica atual - hoje da ordem de 2 a 4% -para nlveis equivalentes ou ate superiores a sua participagao em nlvel mundial - 20%. No Estado de Sao Paulo essa participagao ja alcanga 15%; na Argentina o gas natural e responsavel por 40% da matriz energetica.

Atualmente, dez estados da Federagao possuem sistemas de produgao de gas natural - figure 1 -, sendo responsaveis totalmente pelo fornecimento equivalente ao consume oriundo de jazidas nacionais. Em implantagdo, a importagao de gas da Bolivia; em fase de estudo a importagao do gas da Argentina.

Produgao brasileira de gas natural - 1995

■ RJ ■ PR DBA BCE BAL BBS BSE BSP □ RN BAM

figure 1- Produgao de gas natural no Brasil em 1995 Fonte: PETROBRAS.CONPET.l 996

1 Gas Natural: mistura de hidrocarbonetos leves que a temperature ambiente e pressdo atmosferica permanece no estado gasoso.2 Com a utilizagao dessas tecnicas, as reserves brasileiras poderao aumentar em ate 5 vezes.

15

Nesses sistemas, o gas natural depots de processado3 - seco e fracionado - e transportado par meio de dutos que compoem a rede de transmissao e distribuigao ate as industrias consumidoras. Nessa altura, o gas natural atende a pad roes de especificagao e esta praticamente isento de contaminantes, minimizando a ocorrencia de problemas em equipamentos onde sera utilizado coma combustivel ou materia- prima. Geralmente na eta pa de distribuigao o gas natural e odorizado, de modo a facilitar sua detecgao em concentragoes bem inferiores ao minima necessario a sua combustao ou que possam provocar prejulzos a saude.

1.2 Principals aplicagoes

As propriedades particulars e os custos relativamente baixos fazem do gas natural uma importante fonte de energia que desloca outros combustlveis integrantes da matriz ener- getica dos poises industrializados.

Sua utilizagao industrial atende as necessidades como combustivel para fornecimento de color, geragdo de eletricidade e de forgo motriz, como materia-prima nos setores qulmico, petroquimico e de fertilizantes, e como redutor siderurgico na fabricagao de ago. A participagao do gas natural nos diferentes setores e apresentada na figura 2. A media, por Estado, de consume de gas canalizado (natural e de refinaria)4 em 1995 foi de 8.477 mil m3 - tabela 1.

1.3 Caracteristicas e propriedades

Por ja se constituir num combustivel no estado gasoso, o gas natural nao precisa ser ato- mizado para queimar. Sua combustao e limpa, com melhor rendimento termico e redu- zida emissao de poluentes, induzindo uma melhor qualidade de vida para a sociedade.

Utilizagdo de gas natural no Brasil -19951

7,2%

1,6%

82,2%

□ Combustivel ■ Automotive ■ Redutor □ Domestico ■ Petroquimico

figura 2 - Utilizagao do gas natural no Brasil em 1995 Fonte: PETROBRAS.CONPET, 19965

3 UPGN: unidade de processamento de gas natural.4 Gas de refinaria: oriundo de processos de refino de petroleo (craq. catal., dest., reforma e coqueamento retardado)5 Nao inclui gas consumido para produgdo e refino de petrdleo.

16

A resol ugdo n° 17/87 do CNP6 especifica as caracteristicas e propriedades do gas natu­ral a ser disponibilizado. Sao elas:

• poder calorifico superior (PCS): 8.500 a 12.500 kcal/m3;• poder calorifico inferior (PCI): 7.600 a 11.500 kcal/m3;• densidade relative ao ar: 0,60 a 0,81;• enxofre total: 110 mg/m3 (maxima);• H2S: 29 mg/m3 (maxima);• N2 + C02: 6% em volume (maxima);• isento de hidrocarbonetos condensados, oleos e partlculas solidas.

tabela 1 - Consume de gas canalizado no Brasil (media de 11 meses de 1995)

EstadosMedia consume

(mil m3)ALAGOAS 256,8

BAHIA 1.228,9cearA 76,1

ESPIRITO SANTO 417,9MINAS GERAIS 122,6

PARAIBA 43,5PERNAMBUCO 492,7

RIO DE JANEIRO 3.224,8RIO GRANDE DO NORTE 40.0

SERGIPE 58,5SAO PAULO 2.487,8

Fonte: BERG, 1996

A tabela 2 apresenta uma composigao tlpica do gas natural apos o processamento numa UPGN, caracteristica da corrente gasosa a ser distribulda as Industries.

tabela 2 - Composigdo tipica do gas natural apos o processamento numa UPGNCom pastas %

METANO 87,59ETANO 9,13

PROPANO 0,36NITROGENIO 1,18

DIOXIDO DE CARBONO 1,74Densidade 0,6242

Riqueza (% mol C3+) 0,36Poder Color. Inf. (kcal/m3) 8.500

Fonte: PETROBRAS.CONPET, 1996

A tabela 3 apresenta as diferengas e semelhangas entre o GAS NATURAL e outros gases disponlveis no Brasil hoje: CLP, o gas de retinaria e o gas de rua.

6 Resolugdo emitida pelo antigo Conselho Nacional do Petroleo em 01/12/87.

1.4 Vantagens da utilizagao do gas natural como insumo energetico

A proposta do emprego do GAS NATURAL como energetico industrial tern por premissa trocar a baixa eficiencia das tradicionais fontes de energia caras - poluidoras e ultra- passadas (oleos combustiveis, biomassas e eletricidade) - por nova energia: o gas natural (COMGAS, 1997).

Combustlvel de elevado rendimento termico na queima, facilita o controle e regulagem da proporgao ar/gas para alcangar a combustao completa. A facilidade da obtengao de uma mistura adequada combustlvel e comburente e caracteristica indispensavel a uma combustao perfeita e de alta eficiencia, decorrente do emprego de um mlnimo de excesso de ar.

Uma queima isenta de produtos contaminantes, ausencia de oxidos de enxofre e de partfculas solidas, torna posslvel o contato dos gases da combustao do gas natural com os produtos fabricados. Aliado a isso, um controle de temperature extremamente preci-so favorece a fabricagao de produtos de melhor qualidade, ganhando competitividade nos mercados interno e externo.

tabela 3 - Aspectos comparatives de gases combustiveis disponlveis atualmente no Brasil

Aspectos Gas natural GLP Gas de rua Gas de refinaria

ORIGEM reservatdrios de petroleo e gas nao associados

destilagdo de petroleo e

processamento de gas natural

reforma termo- catalltica de gas natural

processes de refino de petroleo

PESO MOLECULAR 17 A21 44 A 56 16 24PODER CALORIFICO SUPERIOR (keal/m3) umido: 10.900

seco: 9.300 24.000 a 32.000 4.300 10.000DENSIDADE RELATIVA

0,58 A 0,72 1,50 A 2,0 0,55 0,82PRINCIPAISCOMPONENTES

metano e etano

propano e butano

hidrogenio, metano,

nitrogdnio, CO e CO2

hidrogenio, nitrog&nio,

metano, etano

PRINCIPAISUTILIZAQOES

residencial, comercial e automotivo:

(combustlvel) industrial:

(combustlvel, petroqulmica e

siderurgica)

residencial e comercial

(combustlvel)

residencial e comercial:

(combustlvel)

industrial:(combustlvel)

PRESSAO DE ARMAZENAMENTO 200 kgf/cm2 15 kgf/cm2Fonte: PETROBRAS.CONPET, 1996

O aumento da vida util de equipamentos e instalapbes, pela nao-deposipao de impu- rezas nas superficies de troca termica, representa uma economic significativa em manu- tenpao, A eliminapao de areas de armazenamento, que se traduz em economic de espapo, maior seguranpa e menor gasto em seguros, tambem favorece a implementapdo da utilizapao do gas natural em nivel industrial.

Quanto ao meio ambiente, o uso do gas natural como combustivel, seja pelos teores minimos de dxidos de enxofre, seja pela ndo-gerapdo de fuligem, dispense a instalapdo de filtros antipoluentes, ao mesmo tempo em que elimina suas frequentes e caras manu- tenpoes. Esse aspecto muitas vezes pode significar a ampliapdo da capacidade de pro- dupao de industries ou a implantapdo de novas empresas, permitindo o desenvol- vimento regional, tendo em vista a possibilidade de ndo degradar a qualidade de vida da regiao, tornando possivel uma perfeita integrapdo do setor produtivo com a popu- lapdo.

Como exemplos prdticos de economic com o uso do gas natural como combustivel em alguns setores industrials, a tabela 4 mostra, em linhas gerais, os bons indices obtidos em algumas atividades industrials.

tabela 4 - Exemplos de utilizapao do gas natural como combustivel em nivel industrial

Segmento Utilizapao Combustiveis utilizados EconomicIND. forno de forja de oleo diesel: 1.193 gas natural:METALURGICA metal keal/kg de latdo 1.002 keal/kg de 16%

nao-ferroso latdoIND. VIDRO alimentadores e oleo gas natural:

requeima combustivel: 208.710 keal/kg 25%278.280 keal/kg de vidro fundido

de vidro fundido

IND. ALIMENTiCIA torrador de cafe oleo diesel: gas natural:21.270 kcal/saco 12.300 kcal/saco 42,2%

de cafe de cafeFonte: COMGAS, 1997

19

2 PANORAMAS SETORIAIS DA INDUSTRIA CERAMICA

2.1 Ceramica para revestimento

A segmentagao geografica do mercado brasileiro de ceramica para revestimento e apresentada nas figures 3 e 4. Embora a capacidade instalada das industries de reves- timentos ceramicos esteja dividida per dezesseis Estados brasileiros, o mercado interne esta concentrado na Regido Sudeste, mostrando a Regiao Nordeste com um percentual apenas 1,8% e 4,7% menor que a Regiao Sul (segundo o mercado regional), respectiva- mente nos segmentos de piso e de azulejo.

Segmentagao Geografica do Mercado de Azulejosl

9,4% 2’8%12,^ |

9 SudesteB Sul□ Nordeste□ Centro-OesteB Norte

17,5%58,1%

flgura 3 - Distribuigao regional do mercado brasileiro de ceramica para revestimento - azulejo Fonte: LEMOS, 1996

Segmentagao Geografica do Mercado de Rises

13,4%

15,2%

figure 4- Distribuigao regional do mercado brasileiro de ceramica para revestimento - pisos Fonte: LEMOS, 1996

21

Representada por 118 empresas (LEMOS, 1996), a Industrie nacional de pisos e azulejos e responsavel por mais de 22.000 empregos diretos. Segundo a ANFACER7, em 1995 a pro­dugao de suas associadas correspondeu a utilizagao de 79% da capacidade instalada, registrando um crescimento de produgao de 0,8%, acompanhado de redugao de ven- das internas (-5,3%) e manutengao do patamar de exportagoes obtido em 1994, com leve contragao (< 1%) - figures 5 e 6.

Com a implementagao de programas de Qualidade Total e participagao agressiva em eventos internacionais, o faturamento do setor em nlvel nacional chegou a US$ 1,5 bilhao, com exportagoes da ordem de US$ 150 mil hoes (10%).

A produgao de pisos e significativamente maior que a de azulejos, dada a versatilidade de seu uso. Os pisos vem ocupando lugares antes revestidos com outros materials, como dormitories e solas de estar e jantar. A definigao de um novo mix de produtos, favorecendo a produgao de pisos, e decorrente da elevagao de demanda deste item.

Em termos de processo produtivo, a ANFACER revela que 39% da produgao e de pisos por via seca, 35% de pisos por via umida e 27% de azulejos por via umida.

E importante ressaltar que os beneficios da introdugao do gas natural em linhas de produgao que operem em via umida serao, certamente, mais sentidos, principalmente em termos economicos. Por outro lado, tecnicamente, o emprego do gas natural como combustfvel nesses processes agregara um diferencial de qualidade bem nitido na produgao, tendo em vista a quantidade de agua a ser liberada das pegas, apds a conformagao, nos estagios iniciais da secagem. Um controle rigoroso de temperature e atmosfera nessa etapa contribuird, no minima, para minimizar a perda de pegas; a utilizagao do gas natural agregara maior rentabilidade nesses casos.

Investindo na modernizagao das industries, na adogao de processes de fabricagao mais eficientes e na formagao de profissionais especializados, o empresariado do setor de ceramica para revestimento tern conquistado fatias de mercado no exterior (EUA, Ca­nada, America Central, Extreme Oriente, Australia e Europe), fomentando um aumento de mais de 130% nos volumes exportados no decorrer da decada de 90.

7 ANFACER - Associagdo Nacional dos Fabricantes de Ceramica para Revestimento conta com mais de 50 associadas, responsaveis por 67% da produgao nacional.

22

Valo

res

em m

ilhoe

s de

m:

140 Perfil Anual do Segmento de Azulejos

120

100

□ Produgao0 Vendas Merc. Int.

□ Exportagao

figure 5 - Perfil do segmento de ceramica para revestimento - azulejo Fonte: LEMOS, 1996

figure 6 - Perfil do segmento de ceramica para revestimento - pisos Fonte: LEMOS, 1996

O setor mostra-se pronto a atender a aumentos na demanda interna, resultants de me- didas que tambem busquem ampliar a competitividade da Industrie brasileira no exte­rior. Com uma capacidade de produgao instalada das empresas associadas a ANFA- CER de 242 milhoes de m2/ano, o Brasil se constitui no 3° maior polo exportador do mun- do - figure 7.

Exportagoes brasileiras de pisosl

■ America do Norte ■America Latina DMercosul ■Africa ■ Europa □ Oceania ■ Asia

figure 7 - Destine das exportagoes brasileiras de ceramica para revestimento em 1995 - pise Fonte: LEMOS,1996

A distribuigao das exportagdes brasileiras de revestimentos ceramicos mostra a forga do MERCOSUL e da America Latina, que vem competindo e, em conjunto, superando a America do Norte como principal destine da exportagao do setor - figura 8.

Tanto a Europa quanto a Africa podem, num future proximo, ganhar maior importancia como mercados para a Industrie ceramica brasileira. No cotejo da analise do impacto de mercados no desenvolvimento regional - caso Nordeste o Europa, p.ex. - sua geo- grafia devera ser considerada, dado as distancias continentals do mercado interne do Brasil. Essa realidade pode representor uma efetiva alavancagem da Industrie ceramica em Estados/Regides nos quais a disponibilizagao de uma fonte energetica de qualidade como o gas natural venha a ser priorizada.

Quarto pais em produgao, o Brasil responde, ao lado da Italia, China e Espanha, por mais de 50% (1,47 bilhao de m2) da ceramica para revestimento fabricada em todo o mundo (2,6 bilhoes de m2) - figura 9.

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Exportapoes brasileiras de azulejos

■ America do Norte ■ America Latina □ Mercosul 0 Africa ■Europa □ Oceania ■ Asia !

figure 8 - Destine das exportagoes brasileiras de ceramica para revestimento em 1995 - azulejo Fonte: LEMOS, 1996

Maiores produtores de ceramica!

'43,3%

11,3%

■ Italia ■ China ■ Espanha □ Brasil ■ outros

figure 9 - Maiores produtores mundiais de ceramica para revestimento Fonte: LEMOS,!996

Com uma capacidade instalada em 1995 de 352 mil hoes de m2/ano de ceramica para revestimento no Brasil, espera-se que em 1996 este valor tenha sido elevado para 430 milhoes de m2/ano, tendo em vista os investimentos em ampliapao e novas empresas. E

tambem expectativa que o mercado interne tenha aumentado de 3 a 5% em 1996 e que a participapao do Brasil nos volumes totals exportados tenha sido elevada em 10%.8

2.2 Ceramica estrutural

A produpao desse setor da industria ceramica responde pela fabricapao de tijolos, blo- cos, telhas, tubes, lajes, lajotas, agregado leve de argila expandida, consumindo men- saimente cerca de 5 milhoes de toneladas de argila.

O setor se constitui num importante segmento industrial, produzindo de 1,6 a 2,2 bilhoes de pepas por ano, principalmente nos estados de SP, RJ, MT e PR. Sao mais de 10.000 empresas que empregam diretamente entre 300.000 e 400.000 pessoas. (BARROS FILHO, 1994; ZANDONADI, 1996; HENRIQUES JUNIOR, 1993) - tabela 5.

tabela 5 - Perfil das industries brasileiras de ceramica estrutural no periodo 1993-1996

Itens Unidade QuantidadesN° de estabelecimentosCapac. mensal instalada

fabrica 10.000 a 11.000

• Tijolos pepas 2,2 bilhoes• Telhas pepas 500 milhoesProdupao mensal tijolos pepas 2,0 bilhoesProdupao mensal telhas pepas 350 milhoesConsume mensal argila ton. 5,5 milhoesCons, mensal energ. eletrica kWh 100 milhoesCons, mensal energ. termica kcal 25 milhoesN° empregos diretos postos de trabalho 400 milFaturamento anual US$ 5,0 bilhoes* Adaptado de Barros Filho, 1994 e Henriques Junior, 1993; atualizado com dados de Zandonadi, 1996 Fonte: BARROS FILHO, 1994; ZANDONADI, 1996; HENRIQUES JUNIOR, 1993.

Nos ultimos 30 anos, o raio economico adotado para a viabilizapao de uma indusi _ ^ ceramica vermelha cresceu de 20 km para 100 km, chegando hoje, em alguns casos, a ate 700 km em decorrencia de diversos fatores - piso salarial, ICMS diferenciado, p.ex..

Cerca de 30% da produpao do setor sao consumidos pelas construtoras, sendo o res- tante absorvido pelos revendedores de materials para a construpdo civil. Uma vez que o crescimento dessa atividade nao vem ocorrendo na medida em que se eleva o deficit habitacional, o setor vem buscando aiternativas de valorizapao de seus produtos, atraves de mudanpas em seus processes produtivos. Centre as transformapoes imple- mentadas destaca-se a otimizapdo dos processes de queima, diretamente associada a sinterizapdo do material e sua qualidade final.

Esse e urn memento extremamente propicio a mudanga do mix de energeticos utilizados no setor; a utilizagao do gas natural atenderia plenamente a essas tranformagdes, agregando qualidade e produtividade ao processamento ceramica.

8 Ate a edipao deste estudo, a Associapao Brasileira de Cerdmica ainda nao dispunha, para consulta, do Anuario de 1997 com as informapoes relatives a 1996.

26

3 DO USO DO GAS NATURAL NA INDOSTRIA CERAMICA

Uma premissa basica na gestao de instalagbes industrials e a consideragao da dispo- nibilidade de recursos energeticos e de seu consumo em nivel de prioridade aos criterios usualmente utilizados: rentabilidade, volume de recursos, escalas de produgao etc.

Nesse sentido, o gas natural se configura como urn insumo energetico de grande importancia para a industria ceramica, pois o desenvolvimento exigido da capacidade de produzir e utilizar essa nova fonte energetica no Brasil vem sendo plenamente aten- dido. Esse atendimento tern sido assegurado pela adopao de medidas governamentais que garantam o seu fornecimento e busquem a organizapao de infra-estrutura ade- quada de processamento, armazenamento, distribuipdo etc.

Este item demonstra :• a real potencialidade de uso do gas natural no setor, atraves da ade-

quapao do processo produtivo empregado;

• as vantagens tecnicas, economicas e estrategicas de emprego do gas natural como energetico;

• o impacto que a alterapao da matriz energetica do setor tera no meio ambiente, na melhoria da qualidade dos produtos e no aumento da competitividade nos mercados interne e externo.

A industria ceramica, por se caracterizar, na sua grande maioria, como um segmento in­tensive em energia, agrega a selepdo da fonte energetica a ser empregada a busca permanente da otimizagao do seu processo. Ao se caracterizarem as perdas irreversiveis motivadas, muttas vezes, pela inadequagao do combustivel empregado em eta pas cri- ticas do processo ceramico, e necessario procurer e pesquisar condipoes de reverte-las - figure 10.

MATERIA-PRIMAPERDA DE

MATERIA-PRIMA

figura 10 - Diagrama esquematico das perdas no processamento ceramico Fonte: IKEDA, 1980

27

Uma das formas de efetivar a redugao dessas perdas e a utilizagao de uma font© ener- getica coma o gas natural, tendo em vista (BARDINU990):

O elevado rendimento de combustao;@ limpeza das produtos de combustao;© facilidade de combustao completa;© reduzido custo de manutengao de sistemas;© formatos de chama adequados a cada aplicagao.

Nesse sentido, vale ressaltar que, alem do forno, outros equipamentos, tais como, estufas, secadores e "sprays-driers" utilizados no processo ceramico, possuem um consumo de energia, individual ou conjuntamente, significativo - figura 11.

3.1 Aspectos tecnicos

Uma Industrie de processo quimico: essa e a real caracterizagao de uma Industrie cera- mica. O seu produto final pode ser compreendido como originado de uma sequencia de processomentos aos quais foi submetido o mix de materias-primas, adquirindo, em cada, etapa novas propriedades ou alterando, com gastos de energia, suas caracte- nsticas fisicas e quimicas. Essa relagao de causa e efeito e de extrema importancia dentro da conceituagao de avaliagao do impacto do uso de uma font© energetica em qualquer setor industrial.

Consumo Energetico - Azulejoi_____________________________

UNIDADE A UNIDADE B UNIDADE C

figura 11 - Exemplos de cases tfpicos de consumo energetico por etapa do processo por kg de produto no setor de revestimento - azulejo

Fonte: IKED A, 1980

Na Industrie ceramica sao caracterizadas tres etapas fundamentals do processo: prepa- ragao de materias-primas, conformagao e processamento termico. Assim sendo, a quali- dade dos produtos obtidos e bastante dependent© do tratamento a altas temperatures,

28

regulando os mecanismos de sinterizagao e sua interligagao com a geragao (p.ex.) de trincas, inchamentos ou porosidade na etapa final do processo ceramico.

COMPOSIQAOBASICA

COMPACTADA

MEIO UQUIDO

MATERIA-PRIMA

COMINUIQAOCOMINUIQAO

MATERIA-PRIMAMATERIA-PRIMA

COMINUIQAO

ENERGIA AUXIUAR

MOLDAGEM POR COLAGEM

ESPECIFICAQAO DAS PROPRIEDADES

FRACIONAMENTOGRANULOMETRICO

CONTROLS DE MICROTEXTURA

ENERGIA DE MOLDAGEM

FRACIONAMENTOGRANULOMETRICO

ADITIVO PARA PROCESSAMENTO

ACABAMENTOFINAL

FRACIONAMENTOGRANULOMETRICO

remoqAo DOUQUIDO

MOLDAGEM SOB PRESSAO

MOLDAGEMPLASUCA

PROCESSAMENTOTERMICO

CONTROLS DOS POROS OU VAZIOS

MOLDAGEMSUPLEMENTAR

CONTROLS E ENSAIOS DE QUAUDADE

COMPOSIQAO BASICA DE

granulaqAo

CONTROLADA

COMPOSipAOBASICA

ESTABILIZADA E AGLOMERADA

PEQA CERAMICA COMPLETAMENTE ACABADA

PEQA CERAMICA COMPLETAMENTE CARACTERIZADA EM FORMA E

DIMENSOES

figura 12 - Fluxograma esquematico do processo de fabricaqdo de materiais ceramicos por moldagem a frio Fonte: IKED A. 1980; SOUZA SANTOS, 1989

Em linhas gerais, o conjunto de materias-primas e submetido a seguidas operagoes - de- sagregagao, moagem, classificagao granulometrica, mistura/homogeneizagao - antes

29

de ser submetido a conformagao na forma de massa plastica, barbotina ou pd com baixa umidade - figura 12.

A transformagao das materias-primas em pega ceramica se da, comumente, atraves de quatro processes principals. (NORTON, 1973; JONES, 1972)

barbotina 9> 9> 9> colagem o 9> 9> o sanitarios, xi'earas

extrusao o o o o c>massa plastica 9> o conformagao plastica 9> tijolos, telhas, pratos

prensagem 99999pd c/baixo tear deumidade 9999 prensagem 9>oooo azulejose pisos

A importancia das etapas de secagem e de queima que se seguirao ao processamento ceramico das pegas conformadas esta concentrada principalmente em um aspecto: a seguranga da invariabilidade das caracteristicas da fonte energetica empregada. Se apenas esse aspecto for descuidado, ocorrerd a inutilizagao das pegas que passaram portodo o processo produtivo incorporando energia a coda etapa - figura 12.

3.1.1 Processamento termico

A importancia do processamento termico na area ceramica concentra-se na secagem e na queima das pegas ja preparadas - tratamento termico -, uma vez que e durante essas operagdes que se dao as transformagdes de estrutura e composigao responsaveis pela obtengao de propriedades finals, como brilho, cor, porosidade, resistencia a flexao, ao ataque de agentes quimicos etc.

Ja na secagem, onde o corpo a verde perde significative porgao de dgua livre, eindispensavel que a fonte energetica empregada possibilite um cuidadoso controle de temperatura, umidade e homogeneidade do ambiente, de modo a agregar qualidade a produgao e garantir custos compativeis.

Na queima, estabelece-se um ciclo para o tratamento termico das pegas conformadas e secas em atmosfera controlada, a mais homogenea posslvel. As caracteristicas finals do produto sao fundamentalmente decorrentes dos fendmenos fisicos e quimicos que se desenvolvem ao longo do ciclo de queima, principalmente na regiao de mais alta temperatura, onde o emprego do gas natural mostra grande vantagem tendo em vista sua estabilidade de chama, isenta de residues e particulados. (LECHNER, 1997)

Portanto, dentre os aspectos fundamentals do processamento ceramico voltados a utilizagao de fonte energetica adequada, temos: (IKEDA, 1980)

• o forno se constitui no foco de atengdo principal relacionado ao desempenho da fonte energetica utilizada;

• o forno revel a, como nenhum outro equipamento constituinte do processo ce- rdmico, as relagdes causa e efeito entre as diferentes etapas do processo;

30

• a necessidade de um rigoroso controle operacional da queima do combustivel e do regime do forno.

3.1.1.1 Informagoes gerais sobre a utilizagao de energeticos no processamento ceramico

Em termos energeticos, so no Rio de Janeiro o setor de ceramica vermelha consome 175.000 tEP/ano9 na forma de oleo combustivel e lenha, e 92.400 MWh/ano de energia eletrica. A utilizagao de lenha atinge 80% do consumo total do setor industrial no Estado. No setor de ceramica estrutural, a distribuigao do consumo de energia eletrica pelas diferentes eta pas do processo ceramico revela uma participagdo significativa na queima. Provavelmente, a cargo eletrica esta concentrada em motores de queimadores, resistencias eletricas, bombas de oleo e exaustores - figure 13.

O consumo de combustlveis no processamento ceramico pode ser expresso por coeficientes que relacionam os gastos de energia por milheiro de pegas produzidas. Os combustlveis mais utilizados na produgdo de ceramica vermelha sao o oleo combustivel e a lenha. Os fornos de menor eficiencia chegam a consumir 2 m3 de lenha/milheiro de tijolos queimados. Coeficientes de 1,5 a 1,8 m3 de lenha por milheiro ou 100 a 115 kg de oleo combustivel por milheiro referem-se a fornos de desempenho mediano. Os fornos tipo Hoffmann, os mais utilizados ainda por esse segmento da Industrie ceramica, mostram coeficientes mais atrativos, mesmo trabalhando com oleo ou lenha: 0,8 a 1,0 m3 de lenha ou 70 kg de oleo por milheiro.10 (HENRIQUES JUNIOR, 1993)

figure 13 - Consumo medio de energia eletrica por etapa do processamento ceramico (estrutural) - empresa com consumo de 90.000 kWh/mes

Fonte: HENRIQUES JUNIOR, 1993

9 tEP: toneladas equivalentes de petroleo; essa unidade foi escolhida por estar relacionada com um energetico importante; por expressar uma realidade flsica do que signified; por ser coerente com o SIU (Sistema Internacional de Unidades).'o O uso de oleo combustivel impde sua manutengdo pelo menos a 110 °C;

31

O acompanhamento em industries tern mostrado que a produgao de ate 20 a 30 mi- Iheiros de tijolos per dia nao justifica a implantagao de femes tipo Hoffmann ou tunel, dado o investimento e mao-de-obra exigidos,

A figure 14 mostra diferentes balangos de energia para alguns femes de use comum na Industrie ceramica.

A tabela 6 e a figura 15 ilustram, para o segmento de ceramica branca, o consume especlfico representative de etapas/equipamentos do processamento ceramico.

Vale ressaltar que as variagoes anotadas na tabela 6 sao decorrentes tanto da exis­tence em operagao de femes antiquados, de elevado consume (com baixa relagao carga/mobllia), com poucos recursos de uniformizagao de temperature e regulagens, sem pre-aquecimento de ar, com circuitos de ar, oleo e gases mal projetados, come de femes modernos automatizados, com pre-aquecimento e elevada relagdo carga/mobllia.

|Distribuigao de Color em Fornoshg

Forno Plataforma Forno Hoffmann Forno Tunel

■ Chamine ■ Produtos DRadiagao/Convecgao D Estrutura DCarrinho

figura 14 - Balangos de energia de fomos continues e intermrtentes empregados na industria ceramica Fonte: HENRIQUES JUNIOR, 1993

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tabela 6 - Consume especifico tlpico por equipamento de linha de produgao de ceramica branca

Fungao EquipamentoConsumo especifico

(kcal/kg)n

QUEIMA BISCOITOforno tunel queima direta

oleo BPF 1.616forno tunel semi-muflado

oleo BTE 708

QUEIMA ESMALTEforno tunel muflado

oleo BPF 2.093forno tunel muflado

oleo BTE 978

secador de esteira 136

SECAGEM secador rotative 190

secadort") 227Fonts: HENRIQUES, 1980; BERG & NOGUEIRA, 1996 (*) kg de produto util (produgao - rejeito)(**) opera queimando oleo de xisto - PCS = 10.036 keal/kg

Nesse ponto, esclarecemos que a apresentagao de estudos de caso sera feita para cada um dos dois setores - estrutural e revestimento. Uma vez que a cogeragao na In­dustrie ceramica Integra essa avaliagao, entendemos come oportuno aborda-la num dos estudos de caso: uma ceramica do setor de revestimento. Para a ceramica estru­tural, a substituigao de lenha por gas natural sera apresentada.

3.1.1.2 Vantagens da combustao de combustlveis gasosos

Apesar da participagao ainda bastante reduzida no Brasil, os combustlveis gasosos vem se projetando dia a dia no campo industrial, mostrando desta maneira uma perspective bastante favoravel, podendo tomar-se um dos principals combustlveis ainda nesta decada.

33

2 jConsumo Energetico - Pisos

UNIDADF I UNIDADF II UNIDADF III UNIDADF IV

figure 15 - Exemplos de cases tlpicos de consume energetico per etapa do processo por kg de produto no setor de revestimento - piso

Fonte: IKEDA, 1980

De mode simplificado, a queima de um combustivel se constitui em uma reagao qulmi- ca rapida, a alta temperature, com velocidade de reagao crescente e com intensa liberagao de color e luz. Assim sendo, a garantia de uma mistura Intima combustlvel-ar e essencial para uma boa combustao. Sem contato nao ha reagao qulmica.

Ao aplicar esse conceito aos combustiveis solidos que vem sendo utilizados pela Industrie ceramica - lenha e carvao entende-se a razdo de sua baixa eficiencia, mesmo quando utilizados em equipamentos e sistemas dimensionados para seu processamento.

Para que um combustivel llquido como o dleo combustivel atenda a esse requisite, ele deve ser aquecido, nebulizado (atomizagao - transformer 1cm3 de o.c. em 10 milhoes de gotfculas = aumentar a superficie 250 vezes) e craqueado para que possa misturar-se perfeitamente com o ar. Desde seu bombeamento e utilizagao a temperatures da or- dem de 130°C, necessdria a uma boa nebulizagao, ocorre um gasto energetico no seu autocondicionamento - figures 11 e 15. (POLUNIFILHO, 1978; HENRIQUES JUNIOR,1983; FIASCHI, 1983)

Todo esse procedimento para criar condigoes adequadas de mistura Intima ar - com­bustivel e desnecessdrio para a queima de um combustivel gasoso (gas natural, GLP, p.ex.). Os combustiveis gasosos sao os que melhor se apresentam para termos uma com­bustao rapida, segura e isenta de residues. As principals razoes das vantagens dos combustiveis gasosos sao: (POLUNI FILHO, 1978; LECHNER, 1997)

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O O processo de nebulizagao de um combustivel e suprimido, eliminando o gasto de energia para o seu armazenamento e atomizagao;© A otima mistura gas/ar permite operar com menor excesso de ar, elevando a eficiencia do processo;© O sistema de queima de gas possui uma faixa de regulagem maior que qualquer sistema operando com combustivel liquido;0 Maior estabilidade de chama isenta de residues e particulados;© Menor custo de parados para manutengao e limpeza do sistema de combustao, associadas a facilidade operacional;© Ataque quimico aos ref rata rios da edmara de combustao praticamente inexistente, em razao da ausencia de enxofre e vanadio;© Redugao drastica das emissoes (SO2, SO3, NOx, particulados) com a queima de gas em comparagdo a combustiveis liquidos.

3.1.1.2.1 Aplicagao na industrial ceramica

No processamento ceramico, os combustiveis gasosos podem ser utilizados em vdriaseta pas. Como exemplo temos:

1. Forno tunel: Nao ha impedimenta que interfira no uso do gas como combustivel, tanto na zona de pre-aquecimento como na zona de queima em fornos tunel. A vantagem do uso do gas e que este produz uma chama limpa, sendo que em alguns fornos podera ate ser eliminado o sistema de mufla, o que aumentaria a eficiencia do mesmo.

2. Spray-drier (Atomizador): O "spray-drier" pode ser considerado o equipamento onde a queima de gas pode ser realizada sem nenhum risco e de maneira bastante simples. Aunica modificagdo em um sistema convencional (operando ou nao) e a troca do sistema de combustao ou parte do mesmo. A edmara de combustao pode per- manecer a mesma, nao havendo problema com a temperature da chama.

3. Secadores: O uso de combustiveis gasosos em secadores e tambem uma aplicagao relativamente simples. E uma das alternatives que vem ganhando importdncia no momenta, em razao nao so da forma com que estes gases podem ser queimados (diretamente), com implicagdes na maior eficiencia da operagao, como tambem da possibilidade de acoplamento desses equipamentos a sistemas de cogeragdo.

4. Outras aplicagdes: Embora nao mencionadas acima, outras aplicagdes tambem poderdo utilizar o gas como combustivel. Centre elas destaca-se; secadores de mate- ria-prima (rotativos ou estaciondrios); calcinadores rotativos (para chamota e bauxita); fornos intermitentes (tipo garrafdo).

3.2 Aspectos econdmicos

De modo generico, o gas natural pode substituir todos os combustiveis atualmente em uso na Industrie ceramica, seja em fornos, secadores ou atomizadores. Excetuando a geragdo termoeletrica, serdo as substituigdes de oleos combustiveis em fornos, caldeiras,

geradores de gases quentes e geradores de atmosferas para tratamento termica que irao se constituir nas utilizagdes mais importantes para o gas natural. (SOUSA, 1997)Urn consorcio formado par firmas do Brasil e Canada realizou em 1991 urn estudo de viabilidade tecnico-economica para a instalagao de sistema de gasodutos para supri- mento de gas natural nos Estados do Parana e Santa Catarina (Sul viabiliza Projeto de uso do Gas, 1991; Gas Natural para o Parana e Santa Catarina, 1992). O prego medio considerado para os vinte a nos de fornecimento e de US$ 4.44/milhao de BTU no Parana e de US$ 4.51/milhao de BTU em Santa Catarina.

Considerando esse valor (US$ 4.51/milhao de BTU), teriamos um custo aproximado de US$0.16 par m3 de gas natural para aquela regiao.11

Esse estudo, alem de quantificar os investimentos necessaries para o transpose e a distribuigdo do gas na regiao - US$ 96 mil hoes para o transpose Curitiba Criciuma; US$ 78 mil hoes para as redes no PR e US$ 62 milhoes para a distribuigdo em SC -, avaliou as possibilidades de uso do gas da Bolivia, Argentina e a importagao de gas liquefeito (GNL).

Quanto ao custo para viabilizar a utilizagao do gas natural como energetico no processamento ceramico, para os equipamentos que ja operam com outro combustlvel gasoso, a conversao e simples. Segundo COSTA (1987), as modificagdes se resumem ao estabelecimento de novas pressoes e/ou modificagdes dos didmetros de injetores e oriflcios.

Nessa conversao oleo gas e importante atentar se no equipamento a ser convertido, a troca de color e indireta (forno muflado, p.ex.), Em caso afirmativo, a vantagem energetico na transformagao para queima direta e bastante significativa. O aumento na eficiencia termica do equipamento decorrente de uma combustdo perfeita resulta em economia de combustlvel. O ANEXO 1 apresenta um metodo proposto por COSTA (1987) para relacionar os conteudos energeticos de diferentes combustlveis, permitindo aval la r o consume de gas natural equivalente de uma forma mais precisa do que simplesmente atraves da comparagao do poder calorifico.

Casos em que a atmosfera a ser mantida no equipamento deva ser ligeiramente redutora, o gas natural pode ser utilizado com essa dupla fungao por meio da pratica da combustdo subestequiometrica.

Para os profissionais que projetam, constroem, operam e/ou se dedicam a manutengdo desses equipamentos cuja troca do combustlvel sera implementada, alguns aspectos devem ser destacados: (SOUSA, 1997)

O Necessidade de otimizar o aproveitamento de ventiladores de insuflamento do ar de combustdo e da exaustao de gases, em fungao dos para metros de vazdo de ar e dos gases de combustdo por unidade de potencia a ser liberada no equipamento;

© A massa de dgua formada por unidade de energia liberada influi fortemente no comportamento de atmosferas protetoras, no ataque de ref rata rios por dlealis e na temperatura de orvalho do acido sulfurico, fator limitante da eficiencia termica, vinculado ao tear de enxofre do combustlvel;

11 1 BTU = 252,36 cal; 1 m3 gas natural - 9.000 kcal; 1 m3 - 35.663 BTU; 106 BTU = 28,04 m3 gas natural

36

© Formagao e emissao de poluentes, dependente nao apenas dos teores de enxofre, nitrogenio e hidrocarbonetos pesados contidos em percentuais bastante diferentes no 61 eo combustivel e no gas natural, mas tambem no modo como e realizada a combustao;

© Trocas de color entre chamas e paredes e/ou cargos em processamento e ref rata rios; chamas de oleo e gas natural podem a presenter comportamentos radicalmente diferentes, resultando em modificagao de perfis de temperatures e de solicitagoes mecdnicas nos ref rata rios das superficies internes dos equipamentos de combustao,

Todos esses aspectos, se avaliados comparativamente na substituigao de urn com­bustivel pelo gas natural, mesmo admitindo-se a paridade de custo pelo poder calorifico, sao amplamente favoraveis a efetivagao da utilizagao do gas natural.

A opgdo de inumeras industries no exterior pelo gas natural vem se traduzindo em vantagem competitive num mercado globalizado, no qual nossa Industrie ainda nao auferiu significativas vantagens desse energetico, de modo a elevar o impacto de seus produtos nas disputes por qualidade e prego. Para atender a esse bindmio, a utilizagao do gas natural como combustivel se traduz em: (LECHNER, 1997)

O Menor custo de investimento para sistemas de combustao; © Aumento de vida e redugao do tempo de manutengao de equipamentos; © Menor custo operacional do sistema de combustao; © Maior flexibilidade e seguranga da operagao; 0 Dispense tanques de armazenamento de combustivel; © Disponibilidade nas prdximas decodes.

3.2.1 Simulagao de case para ceramica estrutural

A tabela 7 apresenta os dados preliminares de avaliagdo comparativa da troca de combustivel feita em uma ceramica da regiao norte do Rio de Janeiro, em 1995. Essa ceramica utilizava lenha como insumo energetico e passou a consumir gas natural.

Assim, considerando que a Ceramica paga um prego medio de US$ 0.12/m3 de gas natural - US$ 2.92/milhao de BTU (city gate) - e US$ 0.04 por kg de lenha - 300 kg/m3 -, temos:

gasto diario com gas natural para produgao de 66.000 tijolos US$ 0.12/m3 x 1.830 m3 = US$219.6

gasto diario com lenha para produgao de 66.000 tijolos para um consume diario de lenha = 0,9 x 66 = 59,4 m3 US$ 0,04/kg x 300 kg/m3 x 59,4 m3 = US$ 712.8

economia mensal apenas considerando o combustivel (US$ 712.8 - US$ 219.6) x 22 dias = US$ 10,850.4/mes

De acordo com BERG (1996), a maior parte da industria ceramica de revest!mento produz com padroes inferiores aos dos poises desenvolvidos. Em alguns casos, segundo o autor, sao registrados indices 30% inferiores no que diz respeito ao material de primeira qualidade. Em termos de indices de rejeito na ceramica estrutural, IKEDA (1980)

37

menciona que cerca de 4 a 10% da produgao e rejeitada. Considerando que a utilizagao do gas natural Ira contribuir na redugao/eliminagao desses indices, aeconomic sera maior.

Nao foram levados em consideragao as economias inerentes a essa substituigao - manuseio da lenha, umidade da lenha, firmeza do fornecimento, pessoal, gastos com transpose - e seus desdobramentos tecnicos e ambientais. Vale tambem ressaltar que o consume de lenha que foi informado (PADILHA, 1995) e, pelo menos, um tergo do valor que a literatura registra para um forno Hoffmann - 0,8 a 1,0 m3 de lenha por milheiro (HENRIQUES JUNIOR, 1993), jd considerado na simulagao.

tabela 7 - Dados de produgao de uma Industrie de ceramica vermelha do RJ

Parametros Valores

Color especifico do gas natural

Massa especifico do gas natural

Color especifico da madeira (lenha)

Massa especifico aparente da madeira

Consume de madeira no forno Hoffmann

Consume especifico do forno Hoffmann

Massa do tijolo queimado

Consume especifico do forno Hoffmann

Produgao diaria da Ceramica

Consume diario de energia

Consume diario de gas natural

Consume especifico de gas no forno

13.000 keal/kg

0,7168 kg/rrpn)

2.770 kcal/kg®

300 kg/m3®

0,32 m3 ou 96 kg/1.000 tijolos queimados

265.920 kcal/1.000 tijolos queimados

1,8 kg de argila

147 kcal/kg de argila queimada <4>

66.000 tij. ou 118.000 kg de argila queimada

118.800 x 147 = 17,46. 103 kcal

1.830 m3

15,42 m3/t de argila queimada

Fonte: PADILHA, 1995(1) a 0°C e 760 mm Hg; (2) estimado; (3) varia com a umidade e geometria da lenha.(4) a secagem em estufa elevaria o consume para o dobro.OBS.: no forno, grande parte da energia e consumida para evaporar agua da argila; qualquer variaqdo na umidade da argila gera elevagao do consume de combustlvel; condigoes ideais 8% agua livre;D a literatura informa valor ate tres vezes superior a este. (HENRIQUES JUNIOR, 1993)

38

1

3.3 Aspectos relacionados a qualidade dos produtos e ao meio ambiente

Tradicionalmente, o conceito de qualidade esta ligado ao da produgao: produzir bens com o minimo possivel de defeitos a um custo competitivo.O impacto da queima e do combustfvel nela empregado na qualidade dos produtos obtidos no processamento ceramico e de dependence direta. Empenamentos e trincasprovocados por chama direta ou descontrole no aquecimento ou resfriamento, colo- ragao nao-uniforme em razao de atmosfera nao-homogenea, dentre outras, sdo ocorrencias diretamente vinculadas ao descontrole da queima e/ou flutuabilidade das caracteristicas do combustfvel.

A aplicagao de vidrados em pegas ceramicas - pisos e azulejos, p.ex. - tern por finalidade desenvolver uma superffcie dura, nao-absorvente e de facil limpeza, alem de agregar valor significativo a produgao. O vidrado permite tambem a obtengao de uma varie-dade maior de texturas e superficies coloridas do que seria possivel apenas com o corpo ceramico. A estabilidade dessas cores esta diretamente relacionada nao so a qualidade da fonte energetica - ausencia de contaminantes - como tambem a homogeneidade de suas caracteristicas de fornecimento. O gas natural, considerado pela Industrie ceramica como gerador de um color limpo, torna possivel a obtengao de produtos com homogeneidade e fidelidade de cores, condigao indispensavel ao alcance de padroes de qualidade mais exigentes.

A formagao de uma fase vitrea continue e o resultado da reagao entre o vidrado e a pega ceramica, na qual se desenvolve a ancoragem da cobertura impermeavel. Na melhoria da qualidade dos produtos fabricados a partir de operagoes de queima - sinterizagao - conduzidas com gas natural, e nitida, na ceramica para revestimento, a facilidade com que e respeitado o acoplamento vidrado-biscoito em razao da possi- bilidade de um controle fino de temperatura. (NORTON, 1973)

Com a difusao dos beneficios do uso do gas natural em industries intensive em energia como as que compoem o setor ceramico, sera possivel melhorar significativamente os in­dices de produgao nacional que ainda mantem padroes de qualidade, em alguns ca­ses, 30% inferior ao chamado "material de primeira" .(BERG, 1996)

A distribuigdo para consume do gas natural nao e feita diretamente dos pogos, em ra­zao da presenga de hidrocarbonetos liquidos e contaminantes. Apos o processamento nas UPGNs, onde foram recuperadas suas fragoes liquidas (GLP e gasolinas naturals), o gas e condicionado de forma a remover seus contaminantes e/ou satisfazer especificagoes como poder calorifico, teores de CO2, agua, solidos e compostos de enxofre. Apos esse processamento, o gas natural (gas residual) e distribuido para o consume. (COSTA, 1987)

Ao considerarmos apenas a energia utilizada no processo ceramico como combustfvel, seja para secagem ou para queima, tem-se consciencia de que seu emprego esta relacionado com a protegao ao meio ambiente. O uso eficiente de energia passa por um projeto e construgdo adequada do forno, associado a aspectos operacionais e de manuseio que levam a uma melhor queima com um minimo de residues nos gases de saida das chamines.

39

A revolugao ambiental que esta em curso em todo o mundo nos impele a trazer os aspectos ecologicos para o piano dos negdcios, transformando-os em argumentos de venda de produtos. O energetico gas natural e tarmbem uma opgao nessa diregao, uma vez que: (LUZITANIAGAS, 1997; MENDONQA & LUCAS, 1982)

O Nao produz oxidos de enxofre (SOx);© Reduz, na ordem de 40%, a emissao de oxidos de nitrogenio (NOx)

responsaveis pela chuva acida e destruigao da camada de ozonio;© Reduz substancialmente a emissao de CO2 responsavel pelo efeito

estufa;© A sua combustao e isenta de poeiras e cinzas.

3.4 Aspectos de loglstica

No setor industrial, a competitividade das empresas depende significativamente dos custos da energia. O gas natural e o combustlvel que vem se caracterizando como o energetico que proporciona: poupanga energetica, elevagdo dos nlveis de produgao, aumento da qualidade dos produtos, redugdo de custos de manutengao, aumento da vida util de equipamentos e meio ambiente mais puro.

Apesar de destacar a potencialidade da utilizagao de gas nao derivado de petroleo como alternativa energetica industrial a ser implementada no Brasil, MONTEIRO (1980) ja esclarecia os beneflcios do uso de combustlvel gasoso na industria ceramica. Mais do que isso; o autor em suas consideragdes finals destaca um fator estrategico: qualquer sis- tema de combustao projetado para funcionar com combustlvel gasoso terd condigdes de, com pequenos ajustes, vir a utilizer outros tipos de fonte energetica gasosa, de aeon do com disponibilidade e custo. Nessa ocasido e ressaltado pelo tecnico da COMGAS que a opgao gas natural deveria permanecer cotejada, tendo em vista a poten­cialidade de ampliagdo das reserves nacionais descobertas.

Nessa diregao, varies Unidades de Processamento de Gas Natural estdo instaladas e em operagdo no Brasil - AM(1) - Urucu; CE(1) - Fortaleza; RJ(3) - REDUC (2) e Cabiunas/-Campos (1); ES(1) - Lagoa Parda; BA(1) - Candeias; SE(1) - Atalaia; e RN(1) - Guamare -, algumas delas ha mais de dez a nos. (PETROBRAS, COSTA, 1987)

3.4.1 Transport© do gas natural para a industria ceramica

3.4.1.1 Per gasodutos

O transpose de gas natural atraves de gasodutos vem sendo o modo mais utilizado para sua distribuigdo (COSTA, 1987). Para atender a demanda crescente, os desenvol- vimentos tecnologicos em nlvel mundial tem-se voltado no sentido de elevar o didmetro e a pressdo de operagdo dos gasodutos para 1.625 mm e 100 a 140 bar.12

As redes de gasodutos no Brasil - 3.174 km, incluindo alguns em construgdo, exceto o sis- tema de gas natural SUL -, que compoem o Quadro I, sdo ainda discretas, se compa- radas as de outros poises, que investiram pesado nesta area - EUA/1.600.000 km.

12 1 bar = 105 N/m2.

40

• Amazonas — 1.009 mil m3/dia;• Ceara — 249 mil m3/dia;• Esplrito Santo — 720 mil m3/dia;• Rio Grande do Norte — 2.607 mil m3/dia;• Alagoas — 1.757 mil m3/dia;• Sergipe — 1.995 mil m3/dia;• Rio de Janeiro — 9.773 mil m3/dia;• Parana — 539 mil m3/dia;• Sao Paulo — 1.759 mil m3/dia;• Bahia -- 4.767 mil m3/dia.

A produgao de gas natural no Brasil esta assim distribulda (1996): (PETROBRAS; COSTA, 1987)

Para o setor ceramico, o transporte do gas natural por gasodutos e o que mais desperta interesse das industrias.

Quadro 1 - Principals Gasodutos Terrestres no Brasil

Fonte: PETROBRAS

41

3.4.1.2 Pela liquefapao

A liquefapao do gas natural a -160 °C e pressao superior a atmosferica representa outra modalidade de transpose e armazenamento. Entretanto, o consumo energetico dessa operapao e de 0,3 a 0,7 kWh/Nm3, significando um equivalente energetico que corres- ponde de 2,7 a 6,4 % do PCS do gas natural. (COSTA, 1987)

Esta alternativa esta em segundo piano para o setor ceramico, nao devendo, entre­tanto, ser descartada. Para o transpose maritimo a longas distancias e econo- micamente viavel a importapdo do GNL. A essa altura devemos considerar dois aspec- tos a seguir descritos:

O primeiro diz respeito a utilizapdo do GNL em regioes onde nao exista gasoduto, tornando posslvel a criapdo de uma matriz de consumo. Nesse sentido, o que vem ocor- rendo em SC - regido de Criciuma - se traduz na demonstrapdo da viabilidade dessa alternativa, mesmo considerando que o combustlvel naquele caso e o GLP. Desenvolve- se uma matriz de consumo, estabelecendo-se, assim, condipoes para a utilizapdo de um energetico gasoso de qualidade.

A substituipdo de combustlveis tradicionais - lenha e dleo combustlvel - agregard qua­lidade e maior rentabilidade a produpdo, induzindo condipoes favoraveis a ampliapdo das redes de distribuipdo do gas natural. Outra iniciativa nesse sentido esta ocorrendo em Natal/RN - regido do vale do Rio Assu -, onde o Sindicato das Industries Ceramicas do RN, em conjunto com o CENATEC de Ceramica-SENAI/SP, vem estudando o uso do GLP nas ceramicas da regido.

O segundo seriam as plantas de "peak-saving", que teriam como objetivo complemen­ter o fornecimento nos perlodos de pico de demanda, possibilitando a otimizapdo dos volumes transportados pelo gasoduto, atraves do aumento da demanda contratada.

Desde 1987 que parcela superior a 20% de todo o gas natural comercializado no mundo e transportado por meio de navios metaneiros, traduzindo-se numa movimentagdo de 50 bilhoes de m3

3.4.1.3 Pela compressao

O transpose de 50 a 70 Nm3 de gas natural comprimido (GNC) necessita de 1 t de equi- pamento; volume cerca de dez vezes inferior ao volume transportado em condipoes analogas sob a forma criogenica. A viabilidade desta oppdo se restringe a distancias pequenas e a volumes de gas tambem pequenos, tendo como exemplo o transpose veicular e aplicapoes de oxicorte. Essa modalidade nao e de interesse da Industrie cera-mica.

3.4. 2 A evolupao da utilizapdo do gas natural no Brasil para a industria ceramica

As reserves medidas e indicadas de gas natural no Brasil sao hoje de 154 bilhoes de m3. (BRASIL. MME, 1996). A evolupao dessas reserves e mostrada na figura 16.

42

Reserves medidas de gas natural

160 -

figura 16 - Evolugao das reserves medidas e indicadas de gas natural no Brasil Fonte: BRASIL. MME, 1996

Da utilizagao do gas natural como energetico, a Industrie brasileira em geral responde por cerca de 67% do consumo.

A mudanga significativa do perfil de utilizagao de insumos energeticos na Industrie ceramica brasileira e apresentada na figura 17.

1984

ENERGIA

figura 17 - Perfil de utilizagao de insumos energeticos na Industrie ceramica no Brasil - 1984 Fonte: BRASIL. MME, 1996

43

figura 18 - Perfil de utilizagdo de insumos energeticos na industria ceramica no Brasil-1995 Fonte: BRASIL. MME, 1996

A evolugao da matriz de consumo de combustiveis na industria ceramica no periodo de 1980 a 1995 e apresentada nas figuras 17, 18, 19 e 20. Como se observa, nenhuma outra fonte energetica teve uma evolugao de consumo comparavel ao gas natural. Nesse periodo sua participagao cresceu de 0,1% para 3,8%.

Ao lado do GLP, o gas natural vem deslocando combustiveis tradicionais do setor, como a lenha, numa demonstragao clara de que a busca por mais competitividade no setor cerdmico nacional, aliada ao necessdrio aumento da qualidade dos produtos diante do mercado exterior, induz uma alteragao profunda de sua matriz energetica.

Fontes de Energia na Industria Ceramica

figura 19 - Evolugao da matriz de consumo das principals fontes de energia no setor cerdmico Fonte: BRASIL. MME, 1996

44

Quanto a politico de prepos, e nltida sua orientapao de tornar o gas natural competitivo no mercado energetico, sendo seus prepos fixados em paridade termica com os prepos dos derivados de petroleo substituldos, favorecendo os segmentos industrials entendidos como prioritarios. Afigura 21, que mostra a relapdo de prepos praticados para o gas na­tural em relapdo ao oleo combustlvel, lenha e eletricidade industrial, demonstra essa postura.

Considerando os aspectos abordados, a fonte de energia que melhor atende as nesse- cidades da industria ceramica hoje e o gas natural. Esse tipo de insumo energetico so- mente nos ultimos a nos comepou a ser colocado a disposipdo da industria brasileira, desenhando uma matriz energetico que maximiza a participapao do gas natural como vem sendo implementado pela PETROBRAS - figura 22. Isso abre a industria ceramica brasileira a perspectiva de introdupao no mercado de produtos de qualidade superior, nivelados internacionalmente, agregando competitividade e lucratividade a esse im- portante setor industrial no Brasil.

OOn Oiitroc frintao Ha z^nornio Ho inHi'ictrio

a_141

figura 20 - Evolucpao da matriz de consumo de outras fontes de energia no setor cerdmico

Fonte: BRASIL. MME, 1996

45

US$

de 1

995

/ BEP

Relagoes entre pregos de fontes de energia

Gas Natural/Lenha Reflorestamento Gas Natural/Eletricidade I ndustrialGas Natural/Oleo Comb.

s' <& _cv> _6&

figura 21 - Relagdo de pregos entre gas natural e outros combustiveis utilizados na Industrie ceramica

Fonte: BRASIL. MME, 1996

E letriadctis InaUs trid Gcb NaTurd

GLPd eo Comfcus tf vel

Cavao Vegetd

Cavao Vcpor

LenhaNativa

Lenhado R eflores tanento

figura 22 - Evolugao de pregos da matriz de combustiveis do setor ceramico Fonte: BRASIL. MME,1996

46

3.4.3 A cogeragao na industria ceramica

De acordo com BERG & NOGUEIRA (1996), a cogeragao e entendida como a produgao combinada de potencia eletromecanica e color util a partir da queima de um unico combustlvel, permitindo o aproveitamento do color inevitavelmente rejeitado na con- versao de energia term lea em trabalho.

A cogeragao permite elevada eficiencia energetica e reduzido impacto ambiental, mas sua viabilizagao e em fungao de condicionantes normativos e tarifarios, que ainda dificultam sua desejavel expansao no Brasil. A cogeragao vem se difundindo de modo significativo em praticamente tod os os poises desenvolvidos e pode configurar, tambem, uma interes-sante alternativa para o processamento cerdmico a custos competitivos, flexibilizando o emprego de fontes primdrias de energia (BERG & NOGUEIRA, 1996). A implantagao de sistemas de cogeragao, inclusive em industries cerdmicas, certamente atenua os atrasos nos programas de expansao do parque de geragdo e dos sistemas de transmissdo e dis-tribuigao, configurando uma perspective de retomada do equilibria entre a oferta e o consumo desse vetor energetico - energia eletrica.

Nesse novo enfoque de geragdo e de exigencies ambientais, a cogeragao se destaca como uma solugdo extremamente atraente pelas vantagens que proporciona: centra is "verdes" (menor emissdo de poluentes), menor investimento, redugdo de custo da ener­gia total, utilizagdo de combustlveis com disponibilidade local associada a uma maior geragdo de empregos. (MENDES, 1997)

O estudo realizado por BERG & NOGUEIRA (1996) mostra a relevdncia dessa avaliagao no momenta em que a disponibilidade de gas natural e ampliada no Brasil. A cogeragao e analisada no contexto da industria ceramica, sendo exemplificada para uma industria de revestimento, atraves da geragdo de energia eletrica a partir de turbina a gas, empregando os gases quentes do escape no processo de secagem em atomizador (spray drier).

As industries cerdmicas apresentam requerimentos de calor e energia eletrica em faixas oportunas a adogdo de sistemas de produgao combinada, tecnologia que merece ser avaliada neste contexto. Nesse sentido, MENDONQA & LUCAS (1982) citam os elevados rendimentos passlveis de serem alcangados em processamentos que envolvam a utilizagdo direta dos gases efluentes de turbinas para eta pas de secagem.

O resultado da pesquisa de informagoes que serao apresentadas a seguir ba-seou-se no trabalho de BERG & NOGUEIRA (1996), que, com isengao, apresentou os principals aspectos desta tecnologia de conversed energetica, procurando atender as condigoes das industries de revestimento cerdmico, tendo em conta o cendrio institucional brasileiro. A estrutura de topicos do artigo foi pouco alterada, de modo a preserver o objetivo deste estudo.

As industries cerdmicas correspondem a um conjunto bastante heterogeneo, que inclui desde unidades de grande porte ate pequenas olarias. Assim, do ponto de vista dos sistemas de cogeragao, e importante considerar a existencia de demandas energeticas entre centenas de kW a poucas dezenas de MW, sob fatores de cargo entre 30 a 80% e com requerimentos de calor desde 200°C a mais de 1.000°C. Sob tais condigoes, sdo diversos os sistemas de cogeragao que podem ser utilizados na industria ceramica.

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A evolugao do mercado brasileiro de gas natural, um combustivel de elevada quali- dade, considerando sua disponibilidade e prego, favorece sobremaneira a cogeragao com turbinas a gas, tecnologia que foi considerada no estudo de caso desenvolvido no trabalho. Nesse caso, tem-se os ciclos usuais de cogeragao (topping), cujo color rejei- tado atende as necessidades do processo, nao competindo com os sistemas conven- cionais de recuperagdo de color (regeneradores).

Conforme os autores exemplificam, a figure 23 representa uma unidade de cogeragao em uma Industrie ceramica, que se constitui, essencialmente, de uma unidade motora (turbina a vapor ou a gas), associada ao alternador eletrico e um equipamento de recuperagdo e distribuigdo de color, vinculado ao forno ceramico ou ao secador - nao ha impedimenta ao uso de sistemas de combustao complementer que permitam o adequado atendimento das necessidades de color e nivel de temperature. A operagdo de um sistema de cogeragao pode dar lugar a produgdo de excedentes ou a necessidade de complementagdo de energia eletrica, transacionados com a concessionary.

ELETRICIDADE ELETRICIDADE

CALOR

SISTEMADE

COGERAQAO

FORNECEDORDE

COMBUSTIVEL

FORNECEDOR

COMBUSTIVEL

INDUSTRIACERAMICA

CALOR

figura 23 - Diagrama esquematico do suprimento de color e eletricidade numa industria ceramica

Fonte: BERG & NOGUEIRA, 1996

3.4.3.1. Estudo de caso de cogeragao para ceramica de revestimento

Visando exemplificar a aplicagdo da cogeragao em industries cerdmicas, e apresen- tado o resumo de um estudo de pre-viabilidade para uma instalagdo utilizando turbina a gas em fdbrica de revestimento, cujas principals caracteristicas sdo dados na tabela 8.

Estas informagoes constituiram o caso base e to ram aplicadas em um programa de

48

analise de sistemas de cogeragao, em torno dos quais se avaliou a sensibilidade de alguns para metros.13

Os dados a seguir correspondem a uma demanda total de color da ordem de 2.237 MWh/mes e um consume efetivo de cerca de 60% deste valor, em razao de perdas inerentes ao sistema de secagem. Tal demanda permite determinar a relagdo adimensional de demandas para esta industria, cujo valor (0,59) auxilia, segundo os auto res, na definigao do sistema de cogeragao a ser adotado. Considerando ainda que a operagao mais racional de um sistema de cogeragao industrial como o proposto ocorre em paridade termica, isto e, visando atender prioritariamente a demanda de color e apoiando-se na concessionary para atender a eventuais deficits de eletricidade, tem-se que o sistema deverd operar a plena cargo durante 69% do tempo.

tabela 8 - Caracteristicas da industria de cerdmica de revestimento do estudo de caso

Dados de produgao do secador

• produgao de massa granulada 8.200 t/mes• agua evaporada 2.400 t/mes• numero de horas de operagao 497 hDados de consumo de color

• consumo de combustlvel (oleo de xisto) 215 m3/mes• densidade relative do combustlvel 0,87• poder calorifico superior do combustlvel 10.036 keal/kg• temperatura da secagem 500 °C• consumo especlfico na secagem 0,026 L dleo/kg massaDados do consumo de eletricidade

• consumo de energia eletrica 1.327 MWh/mes• fator de cargo 50%

Fonte: BERG & NOGUEIRA, 1996

No tempo restante, a concessionary deverd suprir a demanda de eletricidade, evidente- mente cobrando pela energy e pela potency fornecidas. Assim, conhecendo-se a energia termica a ser fornecida e o tempo requerido para sua utilizagdo, tem-se a potency termica necessdria para secagem, que deve ser da ordem de 4,5 MW termicos. Para atender a tal condigdo, poderiam ser adotadas diversas configuragoes com uma ou duas unidades de turbinas a gas disponlveis no mercado brasileiro, como se indica na tabela 9, onde constam as potencias eletrica e termica dos equipamentos e seu rendimento.

Da tabela 9, pode-se observer que em algumas turbinas dispoe-se de mais color que em outras, por unidade de potency fornecida no eixo da turbina. Assim, o equipamento A torna disponlvel apenas 1,82 MWh, enquanto a maquina C permite obter 2,43 MWh em con-digdes similares, como consequencia, entre outros fatores, da diferenga de rendimentos,

13 As references de outros estudos realizados pelos autores sdo informados na bibliografia

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O estudo segue adotando a configuragao correspondente a dues turbines C, modelo ja adotado em instalagbes de cogeragao no Brasil. Neste caso, o sistema de cogeragao adotado pode ser esquematizado conforme a figura 24, podendo substituir toda a demanda de combustivel para secagem e reduzir de modo apreciavel a demanda de energia eletrica.

A partir das dados da Industrie ceramica em estudo e da configuragao proposta, os autores efetuaram sua analise energetica, cujos resultados sao apresentados na tabela 10. Eles empregaram um metodo de convolugao das curvas de duragdo das demandas extraldo de SANTOS (1989), permitindo determiner os valores da energia eletrica gerada e economizada, as potencies requeridas e disponlveis e o volume de gas consumido. O maior consume de color para o sistema de cogeragao, comparativamente ao sistema atual, deve-se a geragdo de energia eletrica, efetuada sob eficiencias elevadas.

tabela 9 - Tipos de turbines a gas aplicaveis no sistema de cogeragao citado no estudo de caso.

fabricantepotenciaeletrica

(kW)

potenciatermica

(kW)rendimento

(%)A 1.330 2.423 25,9

B 782 1.896 24,5

C 1.080 2.629 23,0Fonte: BERG & NOGUEIRA, 1996

De posse destes resultados e adotando-se ainda valores de pregos e tarifas energeticas correspondentes ao cenario industrial tlpico no Brasil, bem como assumindo-se um custo unitdrio da capacidade de US$ 920.00/kW (FOB) para a turbina, tem-se os resultados para os indicadores basicos de viabilidade economica, como se apresenta na tabela 11.

Nesta avaliagdo, os autores consideraram um custo de investimento adicional de 40% sob re o valor da turbina para as despesas de transpose e instalagdo, bem como um custo anual de 5% deste mesmo valor para cobrir a operagao e a manutengao adicionais associadas ao sistema de cogeragao. Ndo foi considerada, pelo menos no caso base, a venda dos excedentes de energia eletrica.

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ELETRICIDADE (2 MW)

GAS NATURAL

TURBINAAGAS

TURBINAAGAS

GASES QUENTES (580C)

PARA O SECADOR (5,2 MW)

figure: 24 - Sistema de cogeragao adotado para o estudo de caso Fonte: BERG & NOGUEIRA, 1996

O trabalho apresenta uma breve avaliagao da sensibilidade dos resultados da analise economica diante as variagdes em alguns para metros mais significativos, Assim, redugoes no custo da turbina em 10 e 20%, factlveis considerando-se os prepos praticados no mercado internacional, permitem elevar as taxas internas de retorno para 24,7 e 28,8%, respec-tivamente.

Outro fator importante para permitir maior economicidade do sistema de cogeragao refere-se a venda dos excedentes de energia eletrica, atualmente ja permitida pela pgislagao. Neste caso, ao se adotar valores tarifarios de 25 e 50 US$/MWh, inferiores aos

oust os marginals praticados no Setor Eletrico brasileiro, tem-se, respective mente, 25,9 e 27,0% para a taxa interna de retorno.

Tais situapdes, evidentemente, configuram um cenario mais estimulante para a cogeragao e permitem a recuperagao dos investimentos em prazos ao redor de 3 a nos. Por outro lado, ao se considerar a utilizagdo de combustiveis convencionais de baixo custo (5 US$/Gcal), a serem deslocados pelo gas natural, as condigoes se tornam bem desfavoraveis, com TIP de 14,5% e retornos em prazos superiores a 6 a nos.

tabela 10 - Resultados da analise energetica para o estudo de caso

Potencia maxima para venda Demanda maxima (compra)Energia gerada totalEnergia excedente (disponfvel para venda) Energia em deficit (a ser comprada)Energia gerada liquida Consumo de color (com cogeragao) Consume de color (sem cogeragao) Consumo de gas natural (com cogeragao)

Fonte: BERG & NOGUEIRA,1996

988,95 kw3650.00 kW 10833,48 mwh/ano 995,15 MW/ano 6042,80 MW/ano 5047,66 MWh/ano 40.507,81 Gcal/ano37.781.00 Gcal/ano 406,05 mil m3/mes

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tabela 11 - Resultados da analise economica para o estudo de caso

Gusto unitario da capacidadeVida util previstaGusto do combustivel (para cogeragao)Gusto do combustivel (convencional)Tarifa de consumo de energia eletrica (Grupo A4)Tarifa de demanda de energia eletrica (Grupo A4)Taxa de desconto anualInvestimento total na cogeragao

USS 920.00/kW15 anosUSS 15/GcalUSS 15 /GcalUSS 76 /MWhUSS 11/MWh0,10%USS 2576,00 mil

Despesa anual sem cogeragao:combustivel 566,72 mil USSeletricidade 1250,90 mil USSenergia total 1817,62 mil USS

Despesa anual com cogeragao:combustivel 607,62 mil USSeletricidade 499,40 mil USSenergia total 1107,02 mil USScustos de O&M 128,80 mil USStotal 1235,82 mil USS

• Economia anual 581,80 mil USS• Tempo de retorno 4,4 anos• Valor presente liquido 4425,19 mil USS• Taxa interna de retorno 21,3%

Fonte: BERG & NOGUEIRA,1996

Naturalmente que urn estudo mais detalhado deve ser efetuado para o atendimento de uma necessidade concrete, inclusive incorporando a estrutura tarifaria hora/sazonal e os aspectos fiscals envolvidos.

De qualquer modo deve ser lembrado que a cogeragao possui vantagens proprias, energeticas e econdmicas, decorrentes da redugao das perdas e utilizagao de fluxos re­siduals, sendo razoavel esperar que sua logica venha a prevalecer, com beneficios de produgao, Entretanto, cada caso deve ser cuidadosamente avaliado no sentido de ma­xi mizar as vantagens desta tecnologia e reduzir seus riscos, em boa medida associados ao quadro tarifario e normative do setor energetico. A evolugdo recente desse quadro pode ser considerada bastante favoravel para a introdugao de sistemas de produgao combina-da de calor e potencia eletrica em industries.

52

4 SISTEMATIZAQAO DE EXPECTATIVAS E AVALIAQAO DO IMPACTO DO USO DO GAS NATURAL NA INDUSTRIA CERAMICA

A matriz energetica do setor ceramico e composta majoritariamente - 85,2% - pela lenha, o 61 eo combustivel e a eletricidade. O gas natural e um vetor energetica de grande importancia para a industria ceramica, atualmente ainda submetida, na sua imensa maioria, a resultante de modelos passados que ainda nao o contemplava em valores significativos - 3,8%. (BRASIL, MME, 1996)

Combustiveis tradicionalmente de baixo custo coma a lenha e o carvao vegetal perdem competitividade para o gas natural, principalmente em regibes afastadas das fontes produtoras nas quais a disponibilidade critica e agravada - chuvas.

As areas atendidas por gasodutos no Brasil vem crescendo significativamente, sendo ainda timidas em razao de nossas dimensoes territorials. Os varies polos industrials implan- tados ou em desenvolvimento tern registrado preocupapdo constante no sentido de tornar disponivel o gas natural em nivel regional, motivados pelos atrativos de sua utilizapao como energetico.

Sua queima e isenta de residues, tais como o dioxido de enxofre, particulas de carbono e cinzas, permitindo sua utilizapao direta em processes onde o uso do oleo combustivel exigiria equipamentos muflados, de modo a impedir o contato dos produtos da combus­tao com a cargo de produpdo.

Na combustao, a facilidade de mistura do gas natural com o meio comburente exige baixo nivel de excesso de ar na queima, refletindo em maior eficiencia comparativa- mente aos combustiveis liquidos.

O gas natural se constitui num combustivel limpo e que dispense aquecimento e bom- beamento na industria consumidora, gerando significative economic.

As vantagens tecnicas ja destacadas relacionadas a perfeita combustao do gas natural e a homogeneidade de suas caracteristicas no suprimento, criam condipoes para um controle de temperature extremamente precise nas varies eta pas do processamento ceramico onde e aplicado, Como decorrencia, uma produpdo de melhor qualidade gera melhores condipoes de competitividade nos mercados interno e externo.

Caracterizado como um combustivel ecologico, o gas natural gera na combustao produtos isentos de compostos sulfurosos e fuligem, atendendo nao so aos requisites de orgaos de protepdo ambiental, como tambem favorece a integrapao entre o setor produtivo e a populapao, Nesse sentido, o incentive a criapao de infra-estruturas (gerapdo, processamento e distribuipdo) que favorepam o uso de alternativas energeticas de reduzido potencial poluidor encontra no gas natural a possibilidade de conjugapao dos varies aspectos exigidos para um combustivel: elevada eficiencia, grande disponibilidade, custo adequado, nao poluente e agregador de qualidade a produpdo.

A cogerapao pode ser considerada como uma alternativa efetiva para a racionalizapao energetica nas industries ceramicas, reduzindo os custos e elevando a autonomia das atividades produtivas em um contexto onde os codes de suprimento de energia eletrica nao estao descartados.

53

5 CONCLUSOES E RECOMENDAQOES

□ A utilizagdo do gas natural na industria ceramica em substituigao ao oleo combustivel e a lenha trara vantagens significativas - 0 tecnicas, 0 economicas, 0 logisticas, 0 de qualidade e 0 ambientais tendo em vista uma participagao de ate 20% do custo de produgao com energia, atualmente, de baixa eficiencia e rendimento e que por vezes compromete a produgao em decorrencia ou da variabilidade de suas carac- teristicas - lenha - ou da presenga de contaminantes - oleo.

□ A dimensao das reserves nacionais de gas natural, sua distribuigao e a realidade da execugao de projetos que garantem sua disponibilidade endossam as vantagens logisticas das diretrizes industrials que buscam a substituigao extensive de energeticos como a lenha e o oleo combustivel no processamento ceramico.

□ A produgao combinada de color e eletricidade acoplada a utilizagdo de gases de exaustdo oriundos de turbines a gas em processes de secagem favorecem a imple- mentagao de sistemas de cogeragdo na industria ceramica, tornando o processamento mais eficiente e com menor impacto ambiental, associado a ganhos consideraveis.

□ A criagdo de matriz de consume com o uso de combustivel gasoso de qualidade e disponibilidade imediata - GLP, p.ex. - como energetico na industria ceramica possi- bilitara a disseminagao acelerada dos resultados e beneficios do emprego de uma fonte energetico de elevada qualidade como o gas natural, direcionando na extensdo e diregao desejadas as redes de distribuigao, com vistas a gerar condigoes para que o setor ceramico eleve para niveis competitivos - 20% - a participagao do gas natural na sua matriz de consume energetico.

□ O crescimento da utilizagdo do gas natural como combustivel na industria ceramica certamente agregard competitividade aos produtos cerdmicos brasileiros no exterior, seja pela melhoria de sua qualidade, seja pela redugao de seu custo de produgao, possibilitando um crescimento das exportagoes para continentes ainda com pequena participagao no destine de nossas exportagoes, em razdo, principalmente, da baixa qualidade e eficiencia/rendimento dos energeticos que ainda representam a maior parte do consume do setor no Brasil.

55

"1

REFERENCES BIBLIOGRAFICAS

1 BARDINI, C. Consideragoes sobre a utilizagao do gas natural. In: CONGRESSOBRASILEIRO DE CERAMIC A, 34. Anais. Santa Catarina, Associagao Brasileira de Ceramica, 1990. p. 409-414.

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4 BERG, E. A. T.; NOGUEIRA, L. A. H. Cogeragao na Industrie ceramica. CeramicaIndustrial, v. 1, n, 3, p. 27-30, 1996.

5 BIFFI, G.; SAVORANI, G. A monoqueima; aspectos tecnicos, industrials e economicos.Ceramica, v. 34, n. 218, p. 45-60, 1988.

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9 COSTA, F. C. O gas natural na Industrie ceramica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DECERAMICA, 31. Anais. Brasilia, Associagao Brasileira de Ceramica, 1987. p. 692-701.

10 ___ , Utilizagao de gases pobres em fornos a rolo. Ceramica, v. 32, n, 193, p. 39-42,1986.

11 COSTA, F. C.; BELLINI, S. Geragao de gases pobres atraves de atmosferas enriquecidascom oxigenio, Ceramica, v. 32, n, 201, p. 243-244, 1986.

12 FERREIRA, H. C, et al. Estudo de caracterizagao preliminar visando aplicagoesceramicas de caulins do nordeste brasileiro (PB e RN). Ceramica, v. 20, n 78, p. 123- 131,1974.

13 FIASCHI, Adriano Aldo, coord. Conservagao de energia na Industrie do vidro; manualde recomendagdes. Sao Paulo, IPT, 1983. 316 p. (Publicagdo IPT, 1245).

14 GAS natural para o Parana e Santa Catarina. Ceramica, v. 38, n. 258, p. 11-A, 1992.15 HENRIQUES JUNIOR, Maurlcio F.; SCHWOB, Marcelo R. Valenga; FERREIRA JUNIOR, Jose

Augusta et al. Manual de conservagao de energia na Industrie de ceramica vermelha. Rio de Janeiro, INT, 1993. 39 p.

16 IKEDA, Saburo, coord. Conservagao de energia na Industrie ceramica; manual derecomendagdes. Sao Paulo, IPT, 1980. 214 p. (Publicagdo IPT, 1161).

57

17 JONES, J. T,; BERARD, M. F. Ceramics; industrial processing and testing, E.U.A, Iowa StateUniversity Press, 1972. 213 p,

18 LECHNER, H. Queima de combustiveis gasosos versus combustiveis llquidos. In:SEM1NARIO GAS NATURAL E MEIO AMBIENTE. Palestras. Sao Paulo, 1997.

19 LEMOS, A. Revestimentos ceramicos. Anuario Brasileiro de Ceramica, Sao Paulo, p. 31-33,1996.

20 LUZITANIAGAS. Gas natural. Portugal, 1997.

21 MARINHO, R. M. et al. Caracterizagao de materias-primas utilizadas em piso erevestimento ceramicos no Estado da Paralba. Ceramica, v. 43, n. 279, p. 67, 1997.

22 MEDEIROS, B. L; FERREIRA, H. C. Secagem de argilas em ar quente produzido porradiagao solar. Ceramica, v. 25, n. Ill, p. 67-72, 1979.

23 MENDES, L. F. S. A cogeragdo como alternative energetica; vantagens ambientais. In:SEMINARIO GAS NATURAL E MEIO AMBIENTE. Palestras. Sao Paulo, 1997.

24 MENDONQA, J.; LUCAS, A. Gas natural; aplicagoes e perspectives futures. Estoril,Centro de Energia e Tecnologia, 1982.

25 MONTEIRO, V. A. C. Gas encanado; perspectives de uma alternativa ndo derivada dopetrdleo. Ceramica, v. 26, n. 129, p. 243-250, 1980.

26 NIZZOLA, L. D. A moldagem e sua influencia nas sucessivas fases do processo defabricagao. Ceramica, v. 31, n. 190, p. 207-216, 1985.

27 NORTON, F. H. Introdugao a tecnologia ceramica. Sao Paulo, Ed. Edgard Blucher, 1973.324 p.

28 OLIVEIRA, T. U,; MEDEIROS, B. L. Gas solar na secagem de pegas estruturais deceramica. Ceramica, v. 32, n. 201, p. 223-233, 1986.

29 OLIVEIRA E SILVA, E. FI. R. Argilas industrials no nordeste. Ceramica, v. 23, n. 96, p. 285-291,1977.

30 ___ . O projeto argila da SUDENE; em que consiste a sua significagao para o nordeste.Ceramica, v. 24, n. 99, p. 97-101,1978.

31 PADILHA, P. S. Instrumentagao de um forno Hoffmann para balango termico eavaliagao de diversos combustiveis. Rio de Janeiro, TECNORTE, 1995. 8 p.

32 PERSON, S. P, PL; LOTFI, S. J.; GELABERT, A. S. Redugao do consume de combustiveis naIndustrie ceramica com o uso de oxigenio. Ceramica, v. 29, n. 167, p. 313-316, 1983.

33 PETROBRAS. CONPET. Gas natural; informagoes tecnicas, 1996. 11 p.

58

34 POLLINI FILHO, E. Combustao e queimadores. Sao Paulo, Associagao Brasileira deCeramica, 1978, 130 p.

35 ROSSI, A, Aspect os juridicos do estudo previo de impacto ambiental na Industrieceramica, Ceramica, v, 43, n, 279, p, 41, 1997.

36 SILVA, N. F.; ACCHAR, W.; GOMES, U, U. Estudo de argilas do RN. Ceramica, v. 43, n, 279,p, 39, 1997.

37 SOLTERMANN, O. E, Gas natural e novas exigencies em prevengao de perdas. In:SEMINARIO GAS NATURAL E MEIO AMBIENTE, Palestras. Sao Paulo, 1997.

38 SOUSA, F. D. A. Alguns aspectos da substituigao de oleos combustlveis por gas naturalem equipamentos industrials. In: SEMINARIO GAS NATURAL E MEIO AMBIENTE, Palestras. Sao Paulo, 1997.

39 SOUZA SANTOS, P. Ciencia e tecnologia de argilas. Sao Paulo, Ed. Edgard Blucher,1989. 3 v.

40 ___ . A gaseificagao do carvao e a moderna Industrie do gas; uma revisdo.Ceramica, v. 25, n. 119, p. 255-262, 1979.

41 SUL viabiliza projeto de uso do gas. Ceramica, v. 37, n. 250, p. 6-A, 1991.

42 VINHA, R. A cogeragdo como alternativa energetica; vantagens ambientais. In:SEMINARIO GAS NATURAL E MEIO AMBIENTE, Palestras. Sao Paulo, 1997.

43 WHITTEMORE, O, J. Consume de energia para a Industrie ceramica; calculos econservagao. Ceramica, v, 23, n. 95, p. 203-216, 1977.

44 ZANDONADI, A, R. Ceramica estrutural, Anuario Brasileira de Ceramica, Sao Paulo, p16-17, 1996.

59

ANEXOS

1 Metodo para calculo da quantidade de gas natural para substituigao de outros combustlveis (COSTA, 1987)

Para se calcular a quantidade de gas natural necessaria para substituir outros combus­tlveis, deve-se levar em conta um grande numero de informagoes, incluindo o balango termico de cada equipamento, nem sempre disponlvel. Par isso, foi desenvolvido um metodo generico exposto a seguir, que permite avaliar o consume de gas de uma forma mais precisa do que a simples relagao entre poder calorifico dos combustlveis en- volvidos.

A tabela 1 apresenta o prego no mercado brasileiro de alguns energeticos passlveis de serem consumidos pela Industrie ceramica. A tabela 2 fornece diretamente os fatores de transformagao F que, para cada situagao, basta ser multiplicado pelo consumo de combustivel para gerar o volume de gas natural equivalente. Para o calculo dos fatores da tabela 2 foram assumidas as seguintes consideragoes:

1. poder calorifico superior do gas natural de 9.400 keal/m3- e dos demais combustlveis, nas unidades em que sdo comercializados, conforme indicado;

2. comburente: ar atmosferico com 20,8% de oxigenio;3. excesso de ar de combustao de 20% para os combustlveis llquidos e 10% para os

combustlveis gasosos;4. temperature do ar de combustao de 20°C, 200°C e 400°C;5. temperature dos gases de exaustdo de 200°C, 400°C, 600°C, 800°C e 1,000°C, a serem

considerados no ponto a partir do qual nao mais trocam calor com o processo;6. eficiencias de combustao calculadas por computador, a partir da composigao dos

combustlveis brasileiros;7. fator de transformagao calculado atraves da relagao:

PCSc ncF = _________ X

PCSg ng

onde: PCS = poder calorifico superiorn = eficiencia de combustaoc = combustivelg = gas natural

A utilizagao da tabela 2 e simples. Basta multiplicar o fator F pela quantidade expressa na unidade indicada para obter o volume em metros cubicos de gas natural. Valores intermediaries para o fator F podem ser obtidos por interpolagao linear, Vejamos dois exemplos:

1. Um forno continue consome mensalmente 52,5 t de CLP. A queima e feita com ar de combustao na temperature ambiente, e a temperature media dos gases de exaustdo e 200°C. O consumo equivalente de gas natural sera:CLP o temp, ambiente = 20°C; temp, exaustdo = 200°C «=> F = 1,254

52.500 kg GLP/mes x 1,254 = 65.835 m3 de gas natural/mes

63

2. Um forno clclico opera da seguinte forma: O na eta pa do aquecimento consome 300 kg de OC-4; as temperatures medias dos gases de exaustao e do ar de combustao sao 600°C e 200°C, respectivamente; © na eta pa do patamar consome 100 kg de OC-4; as temperatures medias dos gases de exaustao e do ar de combustao sao 1,000°C e 300°C; ® na eta pa do resfriamento: os queimadores permanecem desligados. O consume de gas natural equivalente sera:

300 x 1,112 + inn r 1-039+ 1,078) = 440m32

Como se trata de um metodo generico, poderao ocorrer algumas diferengas em razao de outros fatores nao considerados, particulares a cada caso, como modificagbes na turbulencia da atmosfera interior do equipamento, infuencia da radiagdo da chama etc.

tabela 1 - Comparagdo custo de energeticos de uso na industria ceramica dentre outros f>

Energeticos UnidadeCusto

unitario(US$/Unid.)

Custoespeclfico

(US$/106BTU)(4>OLEO COMBUSTIVEL OC1A® kg 0.14 2.84OLEO COMBUSTIVEL OC1B kg 0.18 352GAS NATURAL® - city gate m3 0.12 2.92CARVAO VEGETAL (Belo Horizonte-MG) kg 0.08 2.79LENHA (Belo Horizonte-MG) kg 0.04 3.08GLP (a granel - industrial) kg 0.34® 7.31GLP ENVASADO (13 kg) kg 0.64 13.81OLEO DIESEL L 0.37 10.14GAS CEG (4.300 keal/rrp) m3 0.31 17.97

(*) FONTE: Setor de Informagoes de Marketing e Pregos e Assessoria de Pregos da Area de Abastecimento da PETROBRAS(1) A = alto tear de enxofre; B = baixo teor de enxofre(2) vendas diretas da PETROBRAS como combustivel para a industria ® valor de 1995 (MINISTERIO DAS MINAS E ENERGIA, 1996)

1BTU = 252 cal□ uso para transpose e residencial

64

tabela 2 - Fatores de transformagdo para gas natural

COMBUSTIVEL TEMP.AR

COMB.

GASES DE EXAUSTAO CO

TIRO UN PCS(kcal/un.)

CO) 200 400 600 800 1.000

20 1,087 1,066 1,041 1,008 0,962OLEO BPF kg 10.350 200 1,105 1,088 1,065 1,038 1,000

400 - 1,109 1,090 1,067 1,03620 1,103 1,081 1,055 1.017 0,968

OLEO BTE kg 10,515 200 1,122 1,103 1,080 1,048 1,008400 - 1,125 1,105 1,079 1,04620 1,137 1,114 1,086 1,049 0,996

OLEO OC-4 kg 10.840 200 1,157 1,137 1,112 1,080 1.039400 - 1,159 1,139 1,112 1,07820 0,948 0,928 0,905 0,873 0,830

OLEO DIESEL L 9.034 200 0,964 0,947 0,926 0,899 0,864400 - 0,966 0,948 0,927 0.89720 1,254 1.235 1,213 1,183 1,143

GLP kg 11.900 200 1,266 1,251 1,229 1,205 1,171400 - 1.266 1,249 1.227 1.19920 0,452 0,446 0,438 0,427 0,411

GAS CEG m3 4.300 200 0,455 0,448 0,441 0,431 0,418400 - 0,451 0,444 0,436 0,42520 0,495 0.487 0,479 0,466 0,450

GAS COMGAS m3 4.700 200 0,497 0,490 0,482 0,471 0,456400 - 0,493 0,486 0,477 0,46420 0,123 0,117 0,110 0,101 0,088

GAS POBRE m3 1.200 200 0,123 0,117 0,111 0,102 0,090400 - 0,117 0,111 0,103 0,093

Fonte: COSTA, 1987

65

2 Classificagao dos produtos ceramicos quanto as materias-primas

PRODUTOS MATERIAS-PRIMAS* CERAMICA ESTRUTURAL

#••#•##

Tijolos de alvenariaTijolos furadosLajes cerdmicasTijolos prensadosTelhasElementos vazados ornamentals Ceramica utilitdria

Argilas plasticas caulinito-iliticas ou em camadas mistas com materia organica, oxidos e hidroxidos de ferro e de aluminio.Materials geralmente de margem de rios, logos ou de vdrzeas.Material queimado entre 900°C e 1,000°C.

• Ladrilhos de piso prensados de• cores vermelha, amarela,• negro e perolaa) sem vidradob) com vidrado colorido opaco

Argilas plasticas caulinito-iliticas ou em camadas mistas, ricas em ferro e m eta is alcalino-terrosos, vitrificando em temperature de ordem de 1.050°C. Argilas sedimentares ou folhelhos de cores variadas: taguas (S. Paulo); massape (Bahia).Argilas plasticas refratarias. Fluxos e pigmentos. Material queimado entre 1,050°C e 1,150°C as vezesate 1.350°C.

• Manilhas vidrados Argilas plasticas semi-refratarias capazes de receber o vidrado sal de cozinha ou vidrado sintetico. Material queimado acerca de 1,000°C - 1.10CTC.

• Agregado leve Folhelhos iliticos, argilas + fundentes + oleo combustivel. Material expandido piroplasticamente entre 1.050°C e 1.250°C.

• CERAMICA BRANCA

• Azulejos com vidrados coloridos opacos

• Pastil has para revestimento externo

a) com vidrado coloridob) com vidrado transparent©c) sem vidradod) de vidrados coloridos opacos

a) Caulim + quartzo + feldspato + argila plastica que queima com cor Clara; b) silicates de baixo ponto de fusao; c) talco, pirofilita, sericita, agalmatolito; d) calcita ou dolomita; e) pigmentos inorganicos; f) fundentes (vidros, biscoitos). Temperature de queima da ordem de 1.200°C.a) Caulim + quartzo + feldspato + argila plastica que queima com cor Clara; b) silicates de baixo ponto de fusao; c) talco, pirofilita, sericita, agalmatolito; d) calcita ou dolomita; e) pigmentos inorganicos. Temperature de queima da ordem de 1.200°C.

66

3 Fornecedores de equipamentos e servigos para o setor ceramico relecionados a utilizagao de gas natural

—^FOIIIPAMFIMTOS

EMPRESASAQUECEDOR

ACMAADOLFO SCHAUB

AQUECEDOR A GAS

AQUECIMENTO ATOMIZADOR CALCINADOR CHAMINES COMBUSTOR

AEROCENTERAEROVENTO

AICHELINALEM MAR

ALJAAPOIO MECANICA

AQUALOJAATA CALDEIRAS

ASTROSOL BIO SOLARAUTO FERRBARIONKARBERNAUER

BIOSYSTEMSBISON DO BRASIL

BO NF ANTIBP-ENGENHARIA

BRASIMETBRASKILNS

CARBORUNDUM GASP

CERAMICA JUPITERCERTECHCERTECKI

CIFELCODEMIL

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

EQUIPAMENTOS

EMPRESAS^"""-^^ AQUECEDOR AQUECEDOR A GAS

AQUECIMENTO ATOMIZADOR CALCINADOR CHAMINES COMBUSTOR

COMBUSTHERMCOMBUSTOL

CONAICONFOR

CONSTRUMECDABLIOGE

DAKO DO BRASILDAVID

DEGANIADELP

DELTECDORSTECAL

EDG EQUIPAMENTOSEDWARDS

ELBACELINO FORNOS

ENAPLICENGE APLIC

ENIPLANESTIVA

FABRIZIOFARGON

FLEXADE OUROFORNOS GENOA

FORNOS MCFORNOS SANCHIS

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associate Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

4

05CO

'^^EQUIPAMENTOS

EMPRESAS AQUECEDOR AQUECEDOR A GAS

AQUECIMENTO ATOMIZADOR CALCINADOR

FORNOSSUPERFECTAFORNOS UNIVERSO

GARDELINGAZLUX

GIACOMETIGTI

GUMAGOHARTMANN & BRAUN

HAZE MAGHISPANO SUIZA

HITECHHOECHST

ICONINALTEC

INCOETERMICIMEQUI

IPIAC DO BRASILIRMAOS MACEDO

KLOECKNERLINDBERG

MAQUINAS MANMARRARI

MECANICA PESADAMILANO

MINERALMAQMONTEC

CHAMINES COMBUSTOR

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

a

EQUIPAMENTOS

EMPRESAS AQUECEDOR AQUECEDOR A GAS

AQUECIMENTO

MONTEC/CERAMITECMORANDOMORGANITE

MSA DO BRASILMS INSTRUMENTOS

NASSETTI USMACNETZSCH

NGK RINNAINIRO

NOFORNORDEQ

PETRAPFF

PHILIPSPOLI

PROCERAMICAPROFORNOS

PULSEQUIMIS

RAW MATERIALREFRASELLER

REFR. RIO DE JANEIRORESILETRIC

REXROAL

SACMI

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industrias. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

ATOMIZADOR CALCINADOR CHAMINES COMBUSTOR

^^^^EQUIPAMENTOS

EMPRESASAQUECEDOR AQUECEDOR A

GASAQUECIMENTO ATOMIZADOR CALCINADOR CHAMINES COMBUSTOR

SCARCELISERGIO SOARES

SID EROSSITI

SOLD ATE LSOSILTEC

STANDAR ESTUFASSVEDALA FAQO

TECAFITECNOCERAMICA

TECNOFUNDTECNOSOL

TERMOQUIPTERMUS

THERMOSOLDATRANSMICRON

TRIARTETURBIMAC

ULIANAURSO BRANCO

VERDESVOMM EQUIPAMENTOSWEISHAUPT DO BRASIL

WEMAWHITE MARTINS

ZUCCO EQUIPAMENTOS

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuariodas Industrias. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

rv

ACM AADOLFO SCHAUB

AEROCENTERAEROVENTO

AICHELINALEM MAR

ALJAAPOIO MECANICA

AQUALOJAATA CALDEIRAS

ASTROSOL BIO SOLARAUTO FERRBARIONKARBERNAUER

BIOSYSTEMSBISON DO BRASIL

BONFANTIBP-ENGENHARIA

BRASIMETBRASKILNS

CARBORUNDUMGASP

CERAMICA JUPITER CERTECH CERTECKI

CIFEL CODEMIL

EQUIP.COMBUSTAO

EQUIP.P/QUEIMA

EQUIP.P/SEGURANCA

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996 Anuario das Industrias. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

ESTUFA FORNO (AC ESSO RIOS)

FORNO A GAS FORNO A ROLOS

■vlGO

^^^EQUIPAMENTOS

EMPRESAS^^^^^^EQUIP.

COMBUSTAOEQUIP.

P/QUEIMACOMBUSTHERM

COMBUSTOLCONAI

CONFORCONSTRUMEC

DABLIOGEDAKO DO BRASIL

DAVIDDEGANIA

DELPDELTECDORSTECAL

EDG EQUIPAMENTOSEDWARDS

ELBACELINO FORNOS

ENAPLICENGE APLIC

ENIPLANESTIVA

FABRIZIOFARGON

FLEXADE OUROFORNOS GENGA

FORNOS MCFORNOS SANCHIS

EQUIP.P/SEGURANCA

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

ESTUFA FORNO(ACESSORIOS)

FORNO A GAS FORNO A ROLOS

4

EQUIPAMENTOS

EMPRESAS

FORNOS SUPERFECTAFORNOS UNIVERSO

GARDELINGAZLUX

GIACOMETIGTI

GUMACOHARTMANN & BRAUN

HAZE MAGHISPANO SUIZA

HITECHHOECHST

ICONINALTEC

INCOETERMICIMEQUI

IPIAC DO BRASILIRMAOS MACEDO

KLOECKNER LINDBERG

MAQUINAS MANMARRARI

MECANICA PESADAMILANO

MINERALMAQMONTEC

EQUIP.COMBUSTAO

EQUIP. EQUIP.P/QUEIMA P/SEGURANCA

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996 Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

ESTUFA FORNO(ACESSORIOS)

FORNO A GAS FORNO A ROLOS

1

EQUIP.P/SEGURANCA

MS INSTRUMENTSNASSETTI USMAC

NETZSCHNGK RINNAI

NIRONOFOR

NORDEQPETRA

cn PFFPHILIPS

POLIPROCERAMICA

PROFORNOSPULSE

QUIMISRAW MATERIAL

REFRASELLERREFR. RIO DE JANEIRO

RESILETRICREX

ROALSAC Ml

EQUIPAMENTOS

EMPRESAS^^^ EQUIP. EQUIP.COMBUSTAO P/QUEIMA

MORANDO MORGAN ITE

MSA DO BRASIL

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industrias. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

EQUIPAMENTOS

EMPRESA EQUIP.COMBUSTAO

EQUIP.P/QUEIMA

EQUIP.P/SEGURANCA

ESTUFA FORNO(ACESSORIOS)

FORNO A GAS FORNO A ROLOS

SCARCE LISERGIO SOARES

SIDEROSSITI

SOLDATELSOSILTEC

STANDAR ESTUFASSVEDALA FAQO

TECAFITECNOCERAMICA

TECNOFUNDTECNOSOL

TERMOQUIPTERMUS

THERMOSOLDATRANSMICRON

TRIARTETU RBI MAC

ULIANAURSO BRANCO

VERDESVOMM EQUIPAMENTOSWEISHAUPT DO BRASIL

WEMAWHITE MARTINS

ZUCCO EQUIPAMENTOS

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industrias. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

N

FORNO A VACUO

ACM AADOLFO SCHAUB

AEROCENTERAEROVENTO

AICHELINALEM MAR

ALJAAPOIO MECANICA

AQUALOJAATA CALDEIRAS

ASTROSOL BIO SOLARAUTO FERRBARIONKARBERNAUER

BIOSYSTEMSBISON DO BRASIL

BONFANTIBP-ENGENHARIA

BRASIMETBRASKILNS

CARBORUNDUMGASP

CERAMICA JUPITER CERTECH CERTECKI

CIFEL CODEMIL

FORNOINDUSTRIAL

FORNOFUSAOVIDRO

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

FORNOROTATIVO

FORNOTUNEL

GERADOR GAS QUENTE

QUEIMADOR

4

■vl00

FORNO A VACUO

COMBUSTHERMCOMBUSTOL

CONAICONFOR

CONSTRUMECDABLIOGE

DAKO DO BRASILDAVID

DEGANIADELP

DELTECDORSTECAL

EDG EQUIPAMENTOS EDWARDS

ELBACELINO FORNOS

ENAPLICENGE APLIC

ENIPLAN ESTIVA

FABRIZIO FARGON

FLEXADEOURO FORNOS GENGA

FORNOS MC FORNOS SANCHIS

FORNOFORNO FUSAO

INDUSTRIAL VIDRO

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996 Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

FORNOROTATIVO

FORNOTUNEL

GERADOR GAS QUENTE

QUEIMADOR

i

EQUIPAMENTOS

"si

CD

EMPRESAS FORNO A^ VACUO

FORNOS SUPERFECTAFORNOS UNIVERSO

GARDELINGAZLUX

GIACOMETIGTI

GUM AGOHARTMANN & BRAUN

HAZE MAGHISPANO SUIZA

HITECHHOECHST

ICONINALTEC

INCOETERMICIMEQUI

IPIAC DO BRASILIRMAOS MACEDO

KLOECKNERLINDBERG

MAQUINAS MANMARRARI

MECANICA PESADAMILANO

MINERALMAQMONTEC

FORNOFORNO FUSAO

INDUSTRIAL VIDRO

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

FORNOROTATIVO

FORNOTUNEL

GERADOR GAS QUENTE

QUEIMADOR

EQUIPAMENTOS

EMPRESAS

ooo

MONTEC/CERAMITECMORANDOMORGANITE

MSA DO BRASILMS INSTRUMENTS

NASSETTI USMACNETZSCH

NGK RINNAINIRO

NOFORNORDEQ

PETRAPFF

PHILIPSPOLI

PROCERAMICAPROFORNOS

PULSEQUIMIS

RAW MATERIALREFRASELLER

REFR. RIO DE JANEIRORESILETRIC

REXROAL

SAC Ml

FORNO A VACUO

FORNOINDUSTRIAL

FORNOFUSAOVIDRO

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

FORNOROTATIVO

FORNOTUNEL

GERADOR GAS QUENTE

QUEIMADOR

^^^EQUIPAMENTOSEMPRESAS^^^^^^^

FORNO A VACUO

SCARCE LISERGIO SOARES

SID EROSSITI

SOLDATELSOSILTEC

STANDAR ESTUFASSVEDALA FAQO

TECAFITECNOCERAMICA

TECNOFUNDTECNOSOL

TERMOQUIPTERMUS

THERMOSOLDATRANSMICRON

TRIARTETU RBI MAC

ULIANAURSO BRANCO

VERDESVOMM EQUIPAMENTOSWEISHAUPT DO BRASIL

WEMAWHITE MARTINS

ZUCCO EQUIPAMENTOS

FORNOINDUSTRIAL

FORNOFUSAOVIDRO

FontsAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

A

FORNOROTATIVO

FORNOTUNEL

GERADOR GAS QUENTE

QUEIMADOR

4

^^EQUIPAMENTOS

EMPRESAS^\^ SECADOR“SPRAY”

SECADORCONTINUO

SECADORDE CAMARA/

INDUSTRIAL

SECADORPERIODICO

SECADORROTATIVO

SISTEMA DE AQUECIMENTO

TURBINA A GAS

ACM AADOLFO SCHAUB

AEROCENTERAEROVENTO

AICHELINALEM MAR

ALJAAPOIO MECANICA

AQUALOJAATA CALDEIRAS

ASTROSOL BIO SOLARAUTO FERRBARIONKARBERNAUER

BIOSYSTEMSBISON DO BRASIL - „ Tfc™ ' -'3".

BONFANTIBP-ENGENHARIA

BRASIMETBRASKILNS

CARBORUNDUMGASP

CERAMICA JUPITER CERTECH CERTECKI

CIFELCODEMIL

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

'>v\EQUIPAMENTOS

EMPRESAS N.SECADOR“SPRAY”

SECADORCONTINUO

SECADORDE CAMARA/

INDUSTRIALCOMBUSTHERM

COMBUSTOLCONAI

CONFORCONSTRUMEC

DABLIOGEDAKO DO BRASIL

DAVIDDEGANIA

DELPDELTEC

oo DORST“ ECAL

EDG EQUIPAMENTOS EDWARDS

ELBACELINO FORNOS

ENGE APLICENIPLANESTIVA

FABRIZIOFARGON

FLEXADEOUROFORNOS GENGA

FORNOS MCFORNOS SANCHIS

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industrias. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

SECADORPERIODICO

SECADORROTATIVO

SISTEMADEAQUECIMENTO

TURBINA A GAS

EQUIPAMENTOS

oo

EMPRESAS

FORNOS SUPERFECTAFORNOS UNIVERSO

GARDELINGAZLUX

GIACOMETIGTI

GUMACOHARTMANN & BRAUN

HAZE MAGHISPANO SUIZA

HITECHHOECHST

ICONIN ALTEC

INCOETERMICIMEQUI

IPIAC DO BRASILirmAos macedo

KLOECKNERLINDBERG

MAQUINAS MANMARRARI

MECANICA PESADAMILANO

MINERALMAQMONTEC

SECADOR“SPRAY”

SECADOR SECADOR CONTINUO DE CAMARA/

INDUSTRIAL

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996 Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

SECADORPERIODICO

SECADORROTATIVO

SISTEMA DE AQUECIMENTO

TURBINA A GAS

00cn

EMPRESAS

EQUIPAMENTOS

SECADOR“SPRAY”

SECADOR SECADOR SECADOR SECADOR SISTEMADECONTINUO DE CAMARA/ PERIODICO ROTATIVO AQUECIMENTO

INDUSTRIALMONTEC/CERAMITEC

MORANDOMORGANITE

MSA DO BRASILMS INSTRUMENTS

NASSETTI USMACNETZSCH

NGK RINNAINIRO

NOFORNORDEQ

PETRAPFF

PHILIPSPOLI

PROCERAMICAPROFORNOS

PULSEQUIMIS

RAW MATERIALREFRASELLER

REFR. RIO DE JANEIRORESILETRIC

REXROAL

SAC Ml

TURBINA A GAS

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associagao Brasileira de Ceramica, 1996Anuario das Industrias. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

EQUIPAMENTOS

oom

EMPRESAS

SCARCELISERGIO SOARES

SID EROSSITI

SOLDATELSOSILTEC

STANDAR ESTUFASSVEDALA FAQO

TECAFITECNOCERAMICA

TECNOFUNDTECNOSOL

TERMOQUIPTERMUS

THERMOSOLDATRANSMICRON

TRIARTETURBIMAC

ULIANAURSO BRANCO

VERDESVOMM EQUIPAMENTOSWEISHAUPT DO BRASIL

WEMAWHITE MARTINS

ZUCCO EQUIPAMENTOS

SECADOR“SPRAY”

SECADOR SECADOR CONTINUO DE CAMARA/

INDUSTRIAL

FonteAnuario Brasileiro de Ceramica. Sao Paulo, Associate Brasileira de Ceramica, 1996 Anuario das Industries. Sao Paulo, EPIL, FIESP/CIESP, 1995

SECADORPERIODICO

SECADORROTATIVO

SISTEMA DE AQUECIMENTO

TURBINA A GAS

4 Enderegos de fornecedores de equipamentos e servigos para o setor ceramico relacionados a utilizagao de gas natural

ACM A Ind. e Com. Exportadora Ltda.Rua Dr. Elton Cesar, 130 - Campo dos Amarals 13082-070 - Campinas - SP Tel.: (0192) 42-6711

ADOLF SCHAUB Eng. Termica Ltda.Av. Clemente Rosa, 1.157 - Jd. Nogueira 13210-000-Jundial-SP Tel.: (011)437-7507 Fax (011) 731-3212

AEROCENTER Equipamentos Ltda.Rodovia SC, 446 km 14 - Santa Luzia 88840-000 - Urussanga - SC Telefax: (0484) 65-1804 Telex: 48-4313 Cx. Postal 168

AEROVENTO Tecnologia do Ar Ltda.Av. Duque de Caxias, 1.500 13220-000 - Varzea Paulista - SP Telefax: (011)480-1501 Telex: 11.79881/79653 Cx. Postal 071

AJCHELIN Ind. e Com. de Fornos Industrials Ltda.Av. Prestes Mala, 515 - Jardim das Nagoes 09930-270 - Diadema - SP Tel.: (011) 456-3988

ALEM MAR Comercial e Industrial S/AAv. Senador Queiroz, 96,5° andar 01026-000 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011) 229-8344 Fax: (011) 228-5407 Telex: 11.23194Cx. Postal 9851 cep 01065-970 - Sdo Paulo - SP

ALJA Ind. e Com. Ltda.R. Firmino Morgado, 103 - Jardim Brasilia 03583-000 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011)216-3583

APOIO MECANICA Industrial Ltda.Rua Pedro Beni, 3.630 13857-000 - Estiva Tels.: (019) 868-9333/9334/9593 Fax: (019) 868-9593 Gerbi SPAQUALOJA Com. Equip. Hidrau. Ltda.AV. Pres. Getulio Vargas, 1.999 - Agua Verde 80250-180- Curitiba - PR Tel.: (041) 342-5697

ASTROSOL Bio Solar Energ. Alternat. Ltda.Av. dos Bandeirantes, 3530 Planalto Paulista 04071 -000 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011) 533-2553

AUTO FERR Com. de Queimadores Ltda.R. Etram, 324 - Planalto09890-410 - Sdo Bernardo do Campo - SPTel.: (011) 759-4894

BARIONKAR Indl. de Maquinas Ltda.R. William Speers, 1.212/1.222 - La pa 05065-011 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011)261-9322

BERNAUER Secadores Industrials Ltda.Pga. Wilhelm Bernauer, 37 - Vila Prudente 03126-090 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011)274-7066

BIOSYSTEMS Com. Imp. e Exp. de Equipamentos para Laboratdrio Ltda.R. Cel. Amazonas Marcondes, 336-A Cabral

BISON DO BRASIL Ind. e Com. Ltda.Av. Carlos Gomes, 815, si 706 - Auxiliadora 90480-003 - Porto Alegre - RS Tel.: (051)341-2376

BONFANTI Mecanica S.A.R. Jodo Arrais Serddio, 17 13610-000 - Leme - Sdo Paulo Tel.: (0195) 71-2210 Fax: (0195) 71-2385 Telex: 19.1774 Cx. Postal 33 13610-000 BP ENGENHARIA Ind. e Com. Ltda.R. Dr. Elton Cesar, 441- Campos dos Amarals 13082-070 - Campinas - SP Tel.: (0192) 41-4700 Fax: (0192) 41-8997 Cx. Postal 700 13001-970 - Campinas - SPBRASIMET Com. e Ind. S.A.Av. das Nagoes Unidas, 21.476 - Jurubatuba04795-912 - Sdo Paulo - SPTel.: (011) 522-0133 Fax: (011) 522-7427Telex: 11.57604/57546Cx. Postal 22531 04798-970 - Sdo Paulo - SP

87

CARBORUNDUM do Brasil Ltda.Av. Independdncia, 7.031- Jardim S. Mateus13280-000 - Vinhedo - Sdo PauloTelS.: (019) 876-3555/3300Fax: (019) 876-4338/3620 Telex: 19.2063/1838

CASP S.A. Ind. e Com.R. Sebastido Gongalves Cruz, 477 13904-904 - Amparo - Sdo Poulo Tel.: (019) 870-8022 Fax: (019) 870-2422 Telex: 19.1684 Cx. Postal 133 13904-080

CERAMICA JUPITER Ltda.Chacara Jupiter, 364 - Capivari 13290-000 - Louveira - SP Cx. Postal 01 13290-970 Tel.: (0192) 78-1201

CERTECH Servigos Tecnicos Representagdes Ltda.R. Tubalcaim Faraco, 2, S/50688701-150-Tubardo-SCTel.: (0486) 22-0938 Fax: (0486) 22-0938

CERTECKI Equipamentos Industrials Ltda.Av. 2A, n. 86- Centro13510-000 - Santa Gertrudes - SPTel.: (0195) 45-1651 Fax: (0195) 45-1756

CIFEL Termoindustrial Ind. e Com. Ltda.Estrada Vela de Itupeva, 740 - Retire 13270-320- Jundial-SP Tel.: (011) 732- 6933 Fax: (011) 732-6937 Cx. Postal 908 13200-970

CODEMIL Ind. e Com. de Equipamentos para Mineragao Ceramica Ltda.R. Henrique Lage, 2.162 - Santa Barbara8804-010-Crisciuma-SCTel.: (0484) 33-6722 Fax: (0484) 33-0252Telex: 48.4038 RODA BRCx. Postal 342 88801-970

COMBUSTHERM Projetos e Com. de Equipamentos Industrials Ltda.Av. Itatiba, 126 - Vila Liberdade 13215-250-Jundial-SP Tel.: (011) 436-4299

COMBUSTOL Ind. e Com. Ltda.R. Cel. Jose Rufino Freire, 453 - J. Maristela 05156-900 - Sdo Paulo - SP Fax: (011) 834-4285/7680 Tel.: (011)836-3000

CONAI Equipamentos Ind. Ltda.R. Alonso Calamarez, 247 03335-080 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011) 295-0044 Fax: (011) 296-7607

CONFOR Instruments de Medigao Ltda.R. Dr. Olavo Egldio, 57902037-001 - Sdo Paulo SPTel.: (011) 298-5567Fax: (011) 959-5172 Telex: 11.25636

CONSTRUMEC Constru. Mecanicas Ltda.Rod. SP 342, km 174,5 13840-000 - Mogi-Guagu - SP Tel.: (0192)61-2894 Fax: (0192) 61-2024 Telex: 19.244

DABLIOGE Metalurgica Ltda.Pga. Dr. Alcindo Sod re, 29 25625-070 - Petrdpolis - RJ Tel.: (0242) 42-6292

DAKO DO BRASIL Ind. e Com. S.A.R. Croda, 399 - Distrito Industrial13055-650 -. Campinas - SPTel.: (0192) 45-5858 Fax: (0192) 45-5554

DAVID Maquinas Ceramicas Ltda.R. Sdo Joaquim, 1.064 93010-190 - Sdo Leopoldo - RS Tel.: (051)592-1744 Fax: (051) 592-7401 Cx. Postal 183

DEGANIA Ltda.Av. Gov. Benedito Valadares, 750 - Vila Oeste30532-000 - Belo Horizonte - MG Tel.: (031) 375-3566

DELP Engenharia Mecanica S.A.R. Haeckel Bern Hur Salvador, 1.333 Cidade Industrial de Contagem, 5 - MG 32010-120 Tel.: (031)391 -2600 Fax: (031) 391-2410 Telex: 31.6287 DELP BR

DELTEC Equipamentos Ltda.R. Conceta Padula, 716 - Jd. Aurelia13033-020 - Campinas - SPTel.: (0192) 42-3400 Fax: (0192) 43-4341

88

DORST Comercio e As. Tecnica Ltda.R. Demostenes, 1.561 - Campo Belo02414-015 -Sao Paulo - SPTelefax: (Oil) 241 -4757/530-9260/542-6787

ECAL Caldeiras e Aquecedores Ltda.R. dos Campineiros, 447 - Mooca 03167-020 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011) 292-6866

EDG EQUIPAMENTOS e Controls Ltda.R. Delfino Martins Camargo Penteado, 64 Jd. Sao Carlos 13560-100 - S.Carlos - SP Tel.: (016) 272-2022/(011) 571-7703 Fax: (016) 272-9422 Telex: 16.1024

EDWARDS Boo do Brasil Ltda.R. Bernardo Wrona, 222 - Bairro do Limao02710-060-Sdo Paulo - SPTel.: (011)858-0377Fax: (011) 265-2766Telex: 11.30772

ELBAC Resistencias Elbac Ltda.R. Deputado Miguel Petrilli, 81 06700-000 - Cotia - SP Tel.: (011) 493-4535 Fax: (011) 493-7498 Telex: 11.71745 RELB BR

ELINO Fornos Industrials S.A.Estrada de Itupeva, 1.375 13200-000-Jundial-SP Tel.: (011) 434-4744

ENAPLIC Industrie e Comercio Ltda.R. Alegre, 1.099 - Barcelona 09550-250 - Sdo Caetano do Sul - SP Tel.: (011)453-5000 Fax: (011) 453-5815 Telex: 11.44728

ENGE APLIC Montagens Industrials Ltda.R, Artur de Azevedo, 657 - Cerqueira Cesar05404-011 - Sdo Paulo - SPTel.: (011) 64-3571/ 853-9693 Fax: (011) 852-8897

ENIPLAN Ind. e Planejamento Ltda.Al. Santos, 2.223, cj 61,6° andar Cerqueira Cesar 01419-002-Sdo Paulo-SP Tel.: (011)853-8422

ESTIVA Refratarios Especials Ltda.R. Pedro Beni, 3.440 - Centro 13857-000 Esiva - Gerbi - SP Tel.: (019) 868-9222 Fax: (019) 868-9215 Telex: 19,7478 EREF BR

FABRIZIO (Industrie) OR Junqueira Ltda.Av. 5.533 - Centro 14620-000-Orldndia-SP Tel.: (016) 726-6388

FARGON Engenharia e Industrie Ltda.R. Guaratiba, 181- Socorro 04776-060 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011)523-7211

FLEXA DE OURO Fornos Eletricos Industrie e Comercio Ltda.Av. Celso Garcia, 1.662 - Bras 03014-000 - Sdo Paulo -SP Tel.: (011)693-0313

FORNOS GENGA Inforgel Industrie de Fornos Genga Ltda,R. Maximiliano Lorenzini, 291- B. Fundagdo 09520-520 - Sdo Coetano do Sul - SP Tels.: (011) 441-6877/744-4639 Fax: 011453-4923 Cx. Postal 398

FORNOS MC Manoel de Jesus CardosoR. Pereira Neto, 59 - Centro88303-120-Itajal-SCTel.: (0473) 44-3120 Fax: (0473) 44-3120

FORNOS SANCHIS Irmaos Sanchis Ltda.Av. Maranhdo, 832 90230-040 - Porto Alegre - RS Tel.: (051)242-4719 Fax: (051) 243-0407

FORNOS SUPERFECTA Industrie Ltda.Rua dos Ciclames, 460 - Vila Lucia 03146-010-Sdo Paulo - SP Tel.: (011)274-3688

FORNOS UNIVERSO Ind. e Com. Ltda.R. Botucatu, 20008576-660 - Itaquaquecetuba - SP Tel.: (011)464-4066

89

GARDELIN Construgoes Mecanicas LtdaAv. Teixeira Cristina, 266 - Ipiranga 01553-000 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011)914-3922 Fax: (Oil) 274-8789 Telex: 11.38355 CMGD

GAZLUX Aquecedores S.A.R. Bruno Sea bra, 101 - Jacare 20975-200 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021)261-4711

GIACOMET Termometalurgica Ltda.R. Sinimbu, 1.107 95020-002 - Caxias do Sul - RS Tel.: (054) 222-3611

GTI Industrial Ltda.R. Agenor de Paula Estrela, 120 - B.Jaqueline31785-000 - Belo Horizonte - MGTel.: (031)454-1155Fax: (031)454-1805Telex: 31.3125

GUMACO Industrie e Comercio Ltda.Av. Roberto de Jesus Affonso, 351 Distrito Industrial, 2 14.808-901 - Araraquara - SP Tel.: (0162) 22-4300

HARTMANN & BRAUN do BrasilAv. Mario Lopes Ledo, 1.097 - Santo Amaro 04754-010 - Sao Paulo - SP Tel.: (011) 247-3311 Fax: (011) 522-5268 Telex: 11.22312

HAZE MAG Ind. e COM. de Maqinas Ltda.

HISPANO SUIZA do Brasil Equipam. Ltda.Av. Rio Branco, 311,9° andar - Centro 20040-009 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021)532-1120

HITECH Hicad Sistemas Ltda.Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 80,10° andarBrooklin Novo04571-901-Sdo Paulo - SPTel.: (011) 531-9355 Fax: (011) 240-2650

HOECHST do Brasil Quim. e Farm. S.AAv. das Napdes Unidas, 18.001, Sala 503 04795-900 - Sao Paulo - SP Telefax: (011) 525-7789 Telex: 11.70501 HOEC BR

IMEQUI Ind. Metal, de Equip. Ltda.R. Carlos Weber, 692 - Vila Leopoldina 05303-000 - Sdo Paulo SP Tel.: (011)832-1103

IN ALTEC Tecnologia Instrumental Ltda.R. das Flechas, 376 - Jardim Pruddncia 04364-030 - Sdo Paulo - SP Telefax: (011) 563-0676

INCOETERMIC Industrie, e Com. de Equipamentos Termicos Ltda.R. Copersucar, 125 06700-000 - Cotia - SP Tel.: (011) 493-4277

IPIAC DO BRASIL Ind. e Com. Ltda.R. Nicolau Von Zuben, 200 (Km 78 Anhanguera) - Bairro da Capela 13280-000 - Vinhedo - SP Tel.: (0192) 76-1078 Fax: (0192) 76-3418 Cx. Postal 034

IRMAOS MACEDO Metalurgica Ltda.R. Cel. Cunha, 120 28595-000 - Portela - RJ Tel.: (0249)61-2011

KLOECKNER Ind. e Com. Ltda.R. Carlos Coimbra da Luz, 57 - Vila Euro 09810-110 - Sdo Bernardo do Campo - SP Tel.: (011) 752-3600

LINDBERG do Brasil Ind. e Com. Ltda.Av. Casa Grande, 2935 - Jardim Portinari 09961-350 - Diadema - SP Tel.: (011) 746-7688

MAQUINAS MAN Mateus RodriguesR. Marcos Bortion, 212 - Distrito Industrial17512-330-Manila-SPTel.: (0144) 33-3022 Fax: (0144) 33-3070Telex: 14.4058 MAMA BRCx. Postal 622 17500-970

90

MS INSTRUMENTSMARRARI Automate IndustrialR. Piaui, 1.07280220-240 - Curitiba - PRTel.: (041) 222-9030

MS INSTRUMENTS

MECANICA PESADA S.A.Av. Charles Schneider, s/n - Pq. Sr. do Bonfim, 12040-001 - Taabate - SPTel.: (0122) 32-2699

NASSETTI USMAC do Brasil Ltda.Rod. SP, 342, Km 174,513840-000 - Mogi-Guagu - SPTel.: (019)861-2844Fax: (019) 861-2024 Telex: 192441Cx. Postal 167

MILANO Mecanica e Metalurgica Ltda.Av. Catarinense, 27188806-300- Criciuma- SCTel.: (048) 438-1954 Fax: (048) 438-1520Telex: 48.4802Cx. Postal 31 88801-970

NETZSCH do Brasil Ind. Com. Ltda.R. Michigan, 166 - Brooklin04566-000 - Sdo Paulo SPTel.: (011) 536-9166 Fax: (011) 543-2716 Telex: 11.56781

MINERALMAQ Maquinas p/ Mineragao Metalurgica e Qutmica Ltda.R. Dam Pedrito, 100 - Cumbica07223-060 - Guarulhos - SPTel.: (011)912-3205 Fax: (011)912-2644

NGK RINNAI Equipamentos ltda.Av. Bem-te-vi, 38 - Indianapolis04524-030 - Sdo Paulo - SPTel.: (011) 531-8422 Fax: (011) 240-6483

MONTEC Montagens Construgoes, Industrie e Comercio Ltda.Av. Cardeal Eugenio Pacelli, 2.040Cidade Industrial32210-003- Contagem - MG Tel.: (031) 333-4177

NIRO Industrie e Comercio Ltda.Av. Prestes Mala, 539 - Jardim das Nagoes 09930-270 - Diadema - SPTel.: (011)445-1099

MONTEC/CERAMTiEC EquparentosCeicrnicosLtdaR. Dais, 684 - Centro13510-000 - Santa Gertrudes - SPFax: (0195)45-1160Tel.: (0195) 45-1160/1646/1616

NO FOR Projetos e Equip. Ind. Ltda.Rua Souza Lopes, 103 - Lauzane Paulista 02436-000 - Sdo Paulo - SPTels.: (011) 299-3422/299-3586Fax: 290-9237

MORANDO Maquinas Ceramicas S.AR. Unido, 681- Jundianopolis13206-350 - Jundial - SPTel.: (011) 7397-1011 Fax: (011) 7397-1019Cx. Postal 478 13200-970

NORDEQ Industrial S.AAv. Ermano Marcetti, 98905038-001 - Sdo Paulo - SPTel.: (011) 260-2404Fax: (011)831-9884

MORGANITE Isolantes Termicos Ltda.R. Darcy Pereira, 83 - Zona Indl. Santa Cruz 23565-190 - Rio de Janeiro - RJTelS,: (021) 395-2366/2164/2400Fax: (021) 395-2405 Telex: 21.32781

PETRA QueimadoresR. Artur Orlando, 161- Vila Jaguara05118-000-Sdo Paulo - SPTels.: (011) 832-1513/982-4367/982-4368 Fax: (011) 260-2253

MSA DO BRASIL Equipamentos e Instruments de Seguranga Ltda.Av. Roberto Gordon, 13809990-090 - Diadema - SPTel.: (011) 445-1499 Fax: (011) 456-6433Telex: 11,44993/44241

PFF Industrie de Queimadores Ltda.R. Manuel Justiniano Quintao, 430 (027) 28-020 - Sdo Paulo - SPTel.: (011) 857-7588 Fax: (011) 857-6003 Telex: 11.26091

91

PHILIPS do Brasil Ltda.R. Conde de Sarzedas, 55 - Centro 09400-000 - Ribeirao Fires - Sdo Paulo

Tel.: (011)459-8157 Fax: (011) 459-8282 Telex: 11.44349

POLI Representations Business & ConsultingR, Brig. Faria Lima, 707 - Jardim Colina 13478-210 - Americana - SP Tel.: (0194) 60-8627 Fax: (0194) 60-8627

PROCERAMICA Importagao e Exp. Ltda.R. Nazareth Rezek Farah, 300 - Vila Santa Catarina04367-050 - Sdo Paulo - SP

Tel.: (011) 564-5633 Fax: (011) 562-8285

PROFORNOS Ind. e Com. de Fornos Ltda.R. Alegre, 53 - Santa Paula 09550-250 - Sao Caetano do Sul - SP Telefax: (011) 441-6077

PULSE Tecnologia Digital Industrie Eletronica Ltda.Av. Pedro Bueno, 232/236 04342-000 - Sdo Paulo - SP Telefax: 578-4566

QUIMIS Aparelhos Cientrficos Ltda.R. Gema, 278 - Tabodo 09930-290 - Diadema - SP Tel.: (011)456-2377 Fax: (011) 456-6557 Telex: 11.44065

RAW MATERIAL Proceramica Importagao e Exportagao Ltda.R. Estela, 51, Bloco G, Cj 52 - Vila Mariana 04011-904 - Sdo Paulo - SP

Tel.: (011)574-7344 Fax: (011) 572-2957

REFR. RIO DE JANEIRO Refratarios Comercio e Industrie Ltda.R. Ingal, 25 - Penha - Rio de Janeiro - RJTel.: (021) 280-4342/590-4947Fax: (021) 280-4342 Telex: 21.39425

REFRASELLER Ind. e Com. Ltda.R. Manoel Pinto, 45 05776-460 - Sdo Paulo - SP Telefax: (011)512-9863

RESILETRIC Resistencias Ind. Ltda.R. Roca, 38701330-000-Sdo Paulo - SP Tel.: (011)284-1417 Fax: (011)283-3169

REX Lubrificantes Ltda.Av. Eng. Roberto Zuccolo, 215 Vila Ribeiro de Barros 05307-190 - Sdo Paulo - SP Telefax: (011) 837-0133 Telex: 11.82281

ROAL Mecanica Ltda.Av. Sete Quedas, 838 - Vila Progresso 13300-000 - Itu - Sdo Paulo Tel.: (011) 783-0208 Fax: (011) 783-0229 Telex: 11.79635 Cx. Postal 257

SACMI Impianti do Brasil Ind. Com. Ltda.Al. Santos, 147 Cj 1.104/1.105/1.106 01418-100-Sdo Paulo-SP Tels.: (011) 288-9153/285-1010 Fax: (011) 288-2267 Telex: 11.30440

SCARCELI Ind. Metal, e Refrig. Ltda.R, Tomas de Araujo, 375 - Vila Ipd 13044-270 - Campinas - SP Tel.: (0192) 33-1719

SERGIO SOARES Pro), e Equip.Ind. Ltda.Av. Aim. Barroso, 4.871 66013-000 - Belem - PA Tel.: (091) 243-4166/4521/3817 Fax: (091)231-6679

SIDEROS Consultoria e Repr. Ltda.R. Pascal, 1.776 04616-005 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011)535-4211 Fax: (011)530-3271

SITI S.A. Sac. Inst. Termoeletricas Inds.Av. Suecia, 564 - Jd. Santa Terezina 13840-000 - Mogi-Guagu - SP Tel.: (019) 861-1893 Fax: (019) 861-1279 Telex: 19.7486 Cx. Postal 12

SOLDATEL Eletrosoldas do Brasil Ltda.R. Batista Carneiro, 140 - Salgado Filho 30550-090 - Belo Horizonte - MG Tel.: (031) 334-0855

92

SOSILTEC Com, Repres. de Prod. Metalurgicos Ltda.R. Debret, 122 - Ipiranga 04274-010 - Sdo Paulo - SP

Telefax: (011)215-1209

STANDAR Estufas Ltda.Av. S. Mateus do Maranhdo, 249 - Cldade Satelite de Cumbica 07222-140 - Guarulhos - SP Tel.: (011)912-5099

SVEDALA FAQO Ltda.Av. Fernando Stecca, 5.501- Eden18078-450 - Sorocaba - SPTel.: (0152) 25-2955 Fax: (0152) 25-2997

TECNOCERAMICA Ass. Com. Rep. Ltda.R. Sete de Setembro,l 7 s/4 88801-170-Criciuma-SC Tels.: (0484) 33-3178/4188 Fax: (0484) 33-3178

TECNOFUND Ltda.R. Rio Tiet£, 33132265-260 - Contagem - MGTelefax: (031)391-2105

TECNOSOL Aparelhos Termicos Ltda.R. Erwino Menegotfi, 1.496 89254-000 - Jaragua do Sul - SC Tel.: (0473) 71-1679

TERMOQUIR Energia Alternative Ltda.R. Projetada, 260 - Jardim Santa Genebra 13080-290 - Campinas - SP Telefax: (0192) 42-0371

TRANSMICRON Automagao Medigao e Sistema Ltda.R. do Tunel, 9509731-460 - Sdo Bernardo do Campo - SP Telefax: (011) 457-2985

TRIARTE Com. de Mat. Ceramicos Ltda.Al. dos Nhambiquaras,1991 04090-013 - Sdo Paulo - SP

Telefax: (011) 543-6738

TURBIMAC Turbinas e Maquinas Ltda.Av. Agua Branca, 300 - Higienopolis 13424-360 - Piracicaba - SP Tel.: (0194) 33-4599

ULIANA Maquinas Uliana Ltda.Pga. Carlos Gomes, 120 13710-000-Tambau-SP Tel.: (0196) 73-1816 Fax: (0196) 73-2144 Telex: 19.2947 MAUL BR

URSO BRANCO Ind. Maq. Equip. Ltda.Rod. Comdte. Jodo Ribeiro de Barros, s/n Km 34517207-400 - Jau - SP Tel.: (0146) 22-4923

VERDES S.A. Maquinas e InstalagdesAv. Tiradentes, 2.600 - Parq. das Industries 13300-000 - Itu - SP - Cx. Postal 162 Tels.: (011) 7824-2211/2212/2213 Fax: (011) 7824-1407 Telex: 11.79652

VOMM EQUIPAMENTOS e Processes Ltda.R. Manoel Pinto de Carvalho, 161 B. Limbo02712-120-Sdo Paulo - SPTel.: (011) 266-9888 Fax: (011) 266-9743Telex: 11.30555 VOMM BR

TERMUS Equipamentos Termicos Industrials Ltda. WEISHAUPT DO BRASIL Ind. Com. Ltda.R. 3 Irmdos, 149 - Vila Prog red lor 05615-190-Sdo Paulo - SP Tel.: (011)813-7275

THERMOSOLDA Ltda.R. Dom Duarte Leopoldo, 860 - Cambuci 01542-000-Sdo Paulo - SP Tel.: (011)270-0266 Fax: (011)270-0123

R. Andre de Ledo, 143 - Vila Socorro 04762-030 - Sdo Paulo - SP Tel.: (011)548-6133 Telex: 11.57631 Fax: (011)521-5771/522-203

WEMA Automagao Industrial Ltda.Av. Jose Maria de Faria, 74 05038-190-Sdo Paulo - SP Tel.: (011) 261-8811 Fax: (011) 832-4168 Telex: 11.83472

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WHITE MARTINS Gases Industrials S.A.Rua Mayrink Veiga, 9 20090-050 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (021)211-6622 Fax: (021)211-6342/6683/6879

ZUCCO EQUIPAMENTOS Fundigdo e Metalurgia Ltda.R. Joaquim Zucco, 1.680 - Santa Terezina 88350-000 - Brusque - SC Tel.: (0473) 55-1588/1671 Fax: (0473) 55-1827

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SENAI/DNNETEC - Unidade de Negocio Tecnologia

Marcus Carvalho Fonseca Coordenador

Equipe Tecnica

Elaboragao

Fernando de Mello Bougas Marcus Vint'cius de Araujo Fonseca

Colaboragao

llson PiovesanSENAI/SC - Centro de Educagao e Tecnologia de Tijucas

Jorge Jose NunesSENAI/SP - Centro Nacional de Tecnlogia de Ceramica - Nucleo de Tecnologia Ceramica

Jose Vitorio EmilianoSENAI/SC - Centro de Tecnologia em Ceramica

Paulo Sergio R. Alonso PETROBRAS/SERPLAN

Rosely Aparecida L. ImbernonSENAI/SP - Centro Nacional de Tecnologia de Ceramica - Nucleo de Tecnologia Ceramica

COINF - Unidade de Conhecimento Informagao Tecnologica

Equipe Tecnica Responsavel pela Editoragao

Simone Faury Dib Normalizagao bibliografica

Eduardo A. Micas Monica Mercadante Diagramagao

Roberto Azul Revisao Gramatical