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ESTUDOS PARA A LICITAÇÃO DA EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra Nota Técnica

ESTUDOS PARA A LICITAÇÃO DA EXPANSÃO DA ......Serra Pelada (tensões fase-terra e energia nos para-raios) ..... 58 Tabela 25 – Religamento tripolar da LT 500 kV Xingu – Serra

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ESTUDOS PARA A LICITAÇÃO DA EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO

Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão

Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos

de Manobra

Nota Técnica

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GOVERNO FEDERAL MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA Ministério de Minas e Energia Ministro Fernando Coelho Filho

Secretário-Executivo do MME Paulo Jerônimo Bandeira de Mello Pedrosa

Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético

Eduardo Azevedo Rodrigues

Secretário de Energia Elétrica Fabio Lopes Alves

Secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Márcio Félix Carvalho Bezerra

Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral Vicente Humberto Lôbo Cruz

ESTUDOS PARA A LICITAÇÃO DA EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO

Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de

Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios

Eletromagnéticos de Manobra

Nota Técnica Nota Técnica

Empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, instituída nos termos da Lei n° 10.847, de 15 de março de 2004, a EPE tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético, tais como energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados, carvão mineral, fontes energéticas renováveis e eficiência energética, dentre outras.

Presidente Luiz Augusto Nóbrega Barroso

Diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais Ricardo Gorini de Oliveira Diretor de Estudos de Energia Elétrica Amilcar Gonçalves Guerreiro

Diretor de Estudos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis José Mauro Ferreira Coelho Diretor de Gestão Corporativa Álvaro Henrique Matias Pereira URL: http://www.epe.gov.br

Sede

Esplanada dos Ministérios, Bloco U, Sl. 744 70065-900 – Brasília – DF

Escritório Central

Av. Rio Branco, 01 – 11º Andar

20090-003 - Rio de Janeiro – RJ

Coordenação Geral Luiz Augusto Nóbrega Barroso Amilcar Gonçalves Guerreiro

Coordenação Executiva José Marcos Bressane

Equipe Técnica Dourival de Souza Carvalho Junior João Henrique Magalhães Almeida

Sérgio Felipe Falcão Lima Paulo Fernando S. Dias de Carvalho

Nº EPE-DEE-NT-066/2017-rev0 Data: 29 de setembro de 2017

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Ministério de Minas e Energia

Contrato Data de assinatura

Projeto

ESTUDOS PARA A LICITAÇÃO DA EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO

Área de estudo

Estudos do Sistema de Transmissão

Sub-área de estudo

Produto (Nota Técnica ou Relatório) Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de

Transitórios Eletromagnéticos de Manobra EPE-DEE-NT-066/2017

Revisões Data Descrição sucinta

Rev0 29.09.2017 Emissão Original

i EPE-DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

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Ministério de Minas e Energia

GRUPO DE APOIO TÉCNICO

PARTICIPANTE EMPRESA

Dourival de Souza Carvalho Junior EPE-STE

João Henrique Magalhães Almeida EPE-STE

Sérgio Felipe Falcão Lima EPE-STE

Paulo Fernando S. Dias de Carvalho EPE-STE

Daniel Sinder ONS

Hélio Pessoa de Oliveira Júnior ONS

Márcio Nunes Accioly Lins ONS

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11

2 OBJETIVO ................................................................................................................. 13

3 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................. 14

3.1 Religamento monopolar ...................................................................................... 14

3.2 Energização de linhas de transmissão ........................................................... 15

3.3 Religamento tripolar de linhas de transmissão ......................................... 15

3.4 Rejeição de carga .................................................................................................. 15

3.5 Tensão máxima operativa .................................................................................. 16

3.6 Sumário de recomendações ............................................................................... 16

3.7 Sumário de requisitos por linha de transmissão ....................................... 17

3.7.1 LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 .......................................... 17

3.7.2 LT 500 kV Serra Pelada - Itacaiúnas ................................................... 18

3.7.3 LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2 .................................. 18

3.7.4 LT 500 kV Miracema - Gilbués ............................................................... 19

3.7.5 LT 500 kV Gilbués – Barreiras II ........................................................... 19

4 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS ........................................ 21

4.1 Condições pré-manobra ...................................................................................... 21

4.2 Modelagem da Rede ............................................................................................. 21

4.3 Procedimentos para religamento monopolar ............................................. 25

4.4 Procedimentos para energização de linhas ................................................. 27

4.5 Procedimentos para religamento tripolar .................................................... 28

4.6 Procedimentos para rejeição de carga .......................................................... 29

5 REDE REPRESENTADA ......................................................................................... 30

5.1 Configuração para energização e religamento ........................................... 30

5.2 Configuração para rejeição de carga e extinção de arco secundário 30

5.3 Configuração das linhas de transmissão de referência ........................... 31

5.4 Tensão máxima operativa das linhas de transmissão em 500 kV ....... 32

6 RELIGAMENTO MONOPOLAR ............................................................................ 33

6.1 Principais resultados ............................................................................................ 33

6.2 LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 ..................................................... 33

6.3 LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas ............................................................. 36

6.4 LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2 ............................................. 36

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6.5 LT 500 kV Miracema - Gilbués .......................................................................... 39

6.6 LT 500 kV Gilbués - Barreiras II ...................................................................... 42

7 ENERGIZAÇÃO DE LINHAS ................................................................................. 45

7.1 Principais Resultados ........................................................................................... 45

7.2 LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 ..................................................... 46

7.3 LT 500 kV Serra Pelada - Itacaiúnas .............................................................. 47

7.4 LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2 ............................................. 47

7.5 LT 500 kV Miracema - Gilbués .......................................................................... 50

7.6 LT 500 kV Gilbués – Barreiras II ...................................................................... 51

8 RELIGAMENTO TRIPOLAR .................................................................................. 53

8.1 Principais resultados ............................................................................................ 53

8.2 LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 ..................................................... 55

8.3 LT 500 kV Serra Pelada - Itacaiúnas .............................................................. 60

8.4 LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2 ............................................. 61

8.5 LT 500 kV Miracema – Gilbués ......................................................................... 67

8.6 LT 500 kV Gilbués – Barreiras II ...................................................................... 77

9 REJEIÇÃO DE CARGA ............................................................................................ 85

9.1 Principais resultados ............................................................................................ 85

9.2 LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 ..................................................... 86

9.3 LT 500 kV Serra Pelada - Itacaiúnas .............................................................. 92

9.4 LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2 ............................................. 93

9.5 LT 500 kV Miracema - Gilbués .......................................................................... 98

9.6 LT 500 kV Gilbués – Barreiras II .................................................................... 102

10 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 106

ANEXO A: DADOS DA REDE REPRESENTADA .................................................... 107

ANEXO B: ENTRADAS DE DADOS DO PROGRAMA ATP .................................. 112

B.1 ENTRADA DE DADOS COM CONFIGURAÇÃO COMPLETA ..................... 112

B.2 ENTRADA DE DADOS PELA ROTINA LINE CONSTANTS ......................... 134

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Sobretensões máximas e energias dissipadas nos para-raios – valores mais elevados encontrados para a LT 500 kV Xingu – Serra Pelada ............................................... 18 Tabela 2 – Sobretensões máximas e energias dissipadas nos para-raios – valores mais elevados encontrados para a LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1 e C2 ............................ 19 Tabela 3 – Sobretensões máximas e energias dissipadas nos para-raios – valores mais elevados encontrados para a LT 500 kV Miracema – Gilbués ................................................. 19 Tabela 4 – Sobretensões máximas e energias dissipadas nos para-raios – valores mais elevados encontrados para a LT 500 kV Gilbués – Barreiras .................................................. 20 Tabela 5 – Comparação dos níveis de curto-circuito, carga leve, obtidos com o ATP e o caso ANAFAS original ....................................................................................................................... 23 Tabela 6 – Coordenadas dos condutores na torre típica da LT 500 kV, SIL 1670 MW ............ 32 Tabela 7 – Estudo em regime permanente (60 Hz) para religamento monopolar na LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 Falta nas extremidades e meio da linha, com neutro dos reatores solidamente aterrados - corrente de arco secundário (A), valor eficaz.................... 34 Tabela 8 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 ......................................................... 35 Tabela 9 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, sem o circuito C2 ................................... 36 Tabela 10 – Estudo em regime permanente (60 Hz) para religamento monopolar na LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2 Falta nas extremidades e meio da linha, com neutro dos reatores solidamente aterrados - corrente de arco secundário (A), valor eficaz ............ 37 Tabela 11 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2 ................................................... 38 Tabela 12 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 (Sem circuito 2) ................................ 39 Tabela 13 – Estudo em regime permanente (60 Hz) para religamento monopolar na LT 500 kV Miracema - Gilbués Falta em diferentes localizações da linha, com neutro dos reatores solidamente aterrados ............................................................................................................. 39 Tabela 14 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Miracema – Gilbués ......................................................................... 41 Tabela 15 – Estudo em regime permanente (60 Hz) para religamento monopolar na LT 500 kV Gilbués - Barreiras II Falta nas extremidades e no meio da linha, com neutro dos reatores solidamente aterrados - corrente de arco secundário (A), valor eficaz .................................. 42 Tabela 16 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Gilbués - Barreiras II ....................................................................... 44 Tabela 17 – Energização da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1, por Serra Pelada (tensões fase - terra e energia nos para-raios) ....................................................................... 47 Tabela 18 – Energização da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1, por Serra Pelada ......... 48 Tabela 19 – Energização da 7.6 .. LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, por Gilbués (tensões fase - terra e energia nos para-raios) ............................................................................................... 51 Tabela 20 – Energização da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, por Gilbués (tensões fase - fase) ......................................................................................................................................... 51 Tabela 21 – Sumário dos principais resultados obtidos na análise de religamento tripolar. (tensões e energia nos para-raios) ......................................................................................... 54 Tabela 22 – Religamento tripolar da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Xingu (tensões fase-terra e energia nos para-raios) .............................................................. 55 Tabela 23 – Religamento tripolar da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Xingu (tensões fase-fase) ....................................................................................................... 56 Tabela 24 – Religamento tripolar da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Serra Pelada (tensões fase-terra e energia nos para-raios) ................................................... 58 Tabela 25 – Religamento tripolar da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Serra Pelada (tensões fase-fase) ............................................................................................ 58 Tabela 26 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1, pelo terminal de Serra Pelada (tensões fase-terra e energia nos para-raios) ................................................... 61

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Tabela 27 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1, pelo terminal de Serra Pelada (tensões fase-fase) ............................................................................................ 61 Tabela 28 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1, pelo terminal de Miracema (tensões fase-terra e energia nos para-raios) ................................................... 64 Tabela 29 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1, pelo terminal de Miracema (tensões fase-fase) ............................................................................................ 65 Tabela 30 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema (tensões fase-terra e energia nos para-raios) ........................................................ 67 Tabela 31 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema (tensões fase-fase) ................................................................................................. 68 Tabela 32 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Gilbués (tensões fase-terra e energia nos para-raios) ........................................................................ 72 Tabela 33 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Gilbués (tensões fase-fase) .................................................................................................................. 72 Tabela 34 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Gilbués (tensões fase-terra e energia nos para-raios) ............................................................ 78 Tabela 35 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Gilbués (tensões fase-fase) ..................................................................................................... 78 Tabela 36 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II (tensões fase-terra e energia nos para-raios) ..................................................... 81 Tabela 37 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II (tensões fase-fase) .............................................................................................. 81 Tabela 38 – Rejeição dupla na LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 ............................... 92 Tabela 39 – Rejeição de Carga na LT 500 kV Serra Pelada (A) – Miracema (B), C1 e C2 – sem a presença de Reator de Neutro .............................................................................................. 97 Tabela 40 – Rejeição de Carga na LT 500 kV Miracema - Gilbués ........................................... 99 Tabela 41 – Rejeição de Carga na LT 500 kV Gilbués (A) – Barreiras II (B) ......................... 103

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Diagrama esquemático com obras recomendadas, 2023 ........................................ 11

Figura 2 – Diagrama unifilar da rede representada, 2023 ......................................................... 24

Figura 3 - Curva indicativa da extinção do arco secundário para tempo morto de 500 ms ... 26

Figura 4 – Curva indicativa de tempo morto para extinção do arco secundário versus valor eficaz da corrente de arco secundário, para tensões até 765 kV .............................................. 27

Figura 5 – Linha de transmissão em 500 kV, SIL 1670 MW- Disposição geométrica ilustrativa dos condutores ............................................................................................................................. 31

Figura 6 – LT 500 kV Xingu – Serra Pelada Prospecção de tensões induzidas (valor eficaz) na fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, com neutro dos reatores solidamente aterrados . 34

Figura 7 – LT 500 kV Xingu – Serra Pelada Prospecção de tensões induzidas (valor eficaz) na fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, com reator de neutro de 800 Ω ............................. 35

Figura 8 – LT kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2 Tensão de fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, sem reator de neutro. .............................................................................................. 37

Figura 9 – LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2 Tensão de fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, para o reator de neutro escolhido (800 Ω). ...................................................... 38

Figura 10 – LT kV Miracema – Gilbués ........................................................................................ 40

Figura 11 – LT 500 kV Miracema – Gilbués ................................................................................. 41

Figura 12 – LT 500 kV Gilbués - Barreiras II Tensão de fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, sem reator de neutro. ............................................................................................................ 43

Figura 13 – LT 500 kV Gilbués - Barreiras II Tensão de fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, para o reator de neutro escolhido (800 Ω). .......................................................................... 43

Figura 14 – Energização da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, ......................................... 46

Figura 15 - Energização da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, ............................................. 46

Figura 16 – Energização da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1, por Serra Pelada Com falta no fim da linha, Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada e Circuito C2 Tensões fase-terra no terminal de Miracema 500 kV ............................................ 48

Figura 17 – Energização da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1, por Serra Pelada Com falta no fim da linha, Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada e Circuito C2 Energia nos para-raios no terminal de Miracema 500 kV ....................................... 49

Figura 18 - Energização da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, ............................................. 50

Figura 19 - Energização da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, ............................................. 50

Figura 20 – LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, por Gilbués Falta no fim da linha, sem sucesso, Rede completa Sobretensão fase-terra em Barreiras II 500 kV ................................ 51

Figura 21 – LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, por Gilbués Falta no fim da linha, sem sucesso, Rede completa Energia nos para-raios no terminal de Barreiras II 500 kV .............. 52

Figura 22 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Xingu Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada e Circuito C2 ............. 56

Figura 23 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Xingu Situação de indisponibilidade do Circuito C2 ............................................................................. 57

Figura 24 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Xingu Situação de Indisponibilidade do Circuito C2 ............................................................................. 57

Figura 25 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Serra Pelada Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada e Circuito C2 . 59

Figura 26 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Serra Pelada Situação de indisponibilidade do Circuito C2 ................................................................. 59

Figura 27 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Serra Pelada Situação de indisponibilidade do Circuito C2 ................................................................. 60

Figura 28 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1, pelo terminal de Serra Pelada Religamento com sucesso, falta em ½ da linha, situação de maior sobretensão Tensões fase-terra em ¾ da linha ......................................................................... 62

Figura 29 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1, pelo terminal de Serra Pelada Religamento sem sucesso, falta no final da linha, Situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Miracema 500 kV ................................... 63

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Ministério de Minas e Energia

Figura 30 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1, pelo terminal de Serra Pelada Religamento sem sucesso, falta no final da linha, Situação de maior energia dissipada nos PR Energia no para-raios no terminal de Miracema 500 kV .............................. 63

Figura 31 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1, pelo terminal de Miracema Religamento sem sucesso, falta em ½ linha, situação de maior sobretensão Tensões fase-terra no meio da linha ........................................................................................... 65

Figura 32 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1, pelo terminal de Miracema Religamento sem sucesso, falta em ½ linha, Situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Serra Pelada 500 kV .............................. 66

Figura 33 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1, pelo terminal de Miracema Religamento sem sucesso, falta em ½ linha Situação de maior energia dissipada nos PR Energia no para-raios no terminal de Serra Pelada 500 kV .......................................... 66

Figura 34 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II ......................... 68

Figura 35 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II ......................... 69

Figura 36 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II ......................... 69

Figura 37 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema Situação de Indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués - Barreiras ............................. 70

Figura 38 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema Situação de Indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués - Barreiras ............................. 71

Figura 39 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Gilbués Situação de Rede Completa ............................................................................................ 73

Figura 40 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Gilbués 74

Figura 41 – Religamento da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Gilbués Religamento sem sucesso, falta em Miracema. .......................................................................... 74

Figura 42 – Novo relig. tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Gilbués 75

Figura 43 – Novo relig. da LT 500 kV Miracema - Gilbués, por Gilbués, com indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II ............................................................... 76

Figura 44 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, por Gilbués, com indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II ............................................................... 77

Figura 45 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Gilbués Com falta em ½ da linha, situação de maior sobretensão Tensões fase-terra em ¾ linha 79

Figura 46 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Gilbués Com falta no fim da linha, situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Barreiras II 500 kV .................................................................................... 79

Figura 47 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Gilbués Com falta no fim da linha, situação de maior energia dissipada nos PR Energia no para-raios no terminal de Gilbués 500 kV .................................................................................. 80

Figura 48 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II Religamento sem sucesso, falta em ¾ da linha, maior sobretensão ao longo da linha Tensões fase-terra em ¾ da linha ..................................................................................... 82

Figura 49 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II. 82

Figura 50 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II Religamento sem sucesso, falta no meio da linha Situação de maior energia dissipada nos PR Energia no para-raios no terminal de Gilbués 500 kV .................................. 83

Figura 51 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II Religamento sem sucesso, falta no fim linha, situação de maior energia dissipada nos PR Tensões nos reatores de neutro nos terminais Gilbués e Barreiras II 500 kV 84

Figura 52 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE Xingu, com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs com Reator de Neutro de 800 ohms e rede completa Tensões fase-terra no terminal de Xingu 500 kV ................................ 86

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Figura 53 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE Xingu, com falta ............................................................................................................................ 87

Figura 54 – Rejeição da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE Xingu, com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs com Reator de Neutro de 800 ohms e Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada Tensões fase-terra no terminal de Xingu 500 kV 88

Figura 55 – Rejeição da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE Xingu, com falta 88

Figura 56 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE Xingu, com falta ............................................................................................................................ 89

Figura 57 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE Xingu, com falta ............................................................................................................................ 90

Figura 58 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE Xingu, com falta ............................................................................................................................ 90

Figura 59 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE Xingu, com falta ............................................................................................................................ 91

Figura 60 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2, a partir da SE Miracema, com reator de neutro de 800 Ω. Energia nos para-raios no terminal C1 em Miracema igual a 8,2 MJ. ............................................................................................................. 93

Figura 61 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, a partir da SE Miracema, com reator de neutro de 800 Ω. Com falta, sem a LT Serra Pelada - Itacaiúnas Energia nos para-raios no terminal C1 em Miracema 27,8 MJ. ............................................................................... 94

Figura 62 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2, a partir da SE Miracema Com falta, rede completa Tensões fase-terra 1,99 pu terminal C1 em Miracema 500 kV 95

Figura 63 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema,C1 e C2, a partir da SE Miracema Com falta, rede completa Energia nos para-raios 2,17 MJ no terminal C1 em Miracema 500 kV .......................................................................................................................... 95

Figura 64 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, a partir da SE Miracema Com falta, sem a LT 500 kV Serra Pelada– Itacaiúnas Tensões fase-terra 2,07 pu no terminal C1 em Miracema 500 kV .................................................................................................................... 96

Figura 65 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, a partir da SE Miracema Com falta, sem a LT 500 kV Serra Pelada– Itacaiúnas Energia nos para-raios 12,1 MJ no terminal C1 em Miracema 500 kV............................................................................................................... 96

Figura 66 – Rejeição da LT 500 kV Miracema – Gilbués, a partir da SE Miracema, .......... 100

Figura 67 – Rejeição da LT 500 kV Miracema – Gilbués, a partir da SE Miracema, ........... 100

Figura 68 – Rejeição da LT 500 kV Miracema – Gilbués, a partir da SE Miracema, .......... 101

Figura 69 – Rejeição da LT 500 kV Miracema – Gilbués, a partir da SE Miracema, ........... 101

Figura 70 – Rejeição da LT 500 kV Gilbués – Barreiras, a partir da SE Gilbués Com falta, rede completa Tensões fase-terra no terminal de Gilbués 500 kV ........................................ 104

Figura 71 – Rejeição da LT 500 kV Gilbués – Barreiras, a partir da SE Gilbués Com falta, rede completa Energia nos para-raios 3,6 MJ no terminal de Gilbués 500 kV ....................... 104

Figura 72 – Rejeição da LT 500 kV Gilbués – Barreiras, a partir da SE Gilbués ..................... 105

Figura 73 – Rejeição da LT 500 kV Gilbués – Barreiras, a partir da SE Gilbués ..................... 105

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1 INTRODUÇÃO

Os estudos para determinar um conjunto mínimo de reforços necessários para mitigar as restrições

de transmissão decorrentes do atraso de importantes instalações da Rede Básica, apresentados

através do relatório no EPE-DEE-RE-037/2017-rev0 [1], e complementados através nota técnica no

EPE-DEE-NT-038/2017-rev0 [ 2], indicaram um conjunto de linhas de transmissão em 500 kV para

reforçar o tronco de transmissão que se desenvolve desde a subestação de Xingu 500 kV (PA) até a

subestação de Barreiras II 500 kV (BA), como ilustrado na figura abaixo.

Figura 1 – Diagrama esquemático com obras recomendadas, 2023

O tronco de transmissão em atraso, originalmente indicado pelo planejamento, foi concebido com

dois tipos de linhas de transmissão em 500 kV de elevada potência natural (SIL de 1670 MW e 1450

MW), 6 sub condutores por fase, com compensação reativa em derivação e compensação série.

As investigações atuais [1] para planejamento do novo tronco de transmissão entre Xingu e

Barreiras II, resultaram em modificações substanciais na concepção de linhas, com adoção de um

único tipo de linha (potência natural 1670 MW), a retirada da compensação série e ajustes nas

compensações em derivação.

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Como essas modificações podem alterar de forma significativa o desempenho das linhas de

transmissão quando submetidas a manobras, foi indicado nas análises do planejamento a

importância de se refazer os estudos de transitórios eletromagnéticos de manobra para as linhas

integrantes do novo tronco de transmissão em 500 kV Xingu – Serra Pelada – Miracema – Gilbués II

– Barreiras II.

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2 OBJETIVO

As investigações atuais para planejamento do novo tronco de transmissão entre Xingu e Barreiras II,

resultaram em modificações substanciais na concepção de linhas, com adoção de um único tipo de

linha (potência natural 1670 MW), a retirada da compensação série e ajustes das compensações em

derivação.

Como essas modificações podem alterar de forma significativa o desempenho das linhas de

transmissão quando submetidas a manobras, tornou-se importante reavaliar o impacto dessas

manobras.

O objetivo principal desta Nota Técnica é apresentar os resultados dos estudos de transitórios

eletromagnéticos de manobra para o novo tronco de transmissão em 500 kV Xingu – Serra Pelada –

Miracema – Gilbués II – Barreiras II, incorporando as modificações indicadas no relatório no EPE-

DEE-RE-037/2017-rev1 [1].

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3 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Os estudos de detalhamento desenvolvidos nesta Nota Técnica indicam, quanto aos condicionantes

impostos por transitórios eletromagnéticos de manobra, que o o novo tronco de transmissão em 500

kV Xingu – Serra Pelada – Miracema – Gilbués II – Barreiras II, recomendado pelo planejamento [1]

é viável de ser implantado.

As principais conclusões e recomendações são apresentadas a seguir, por estudo realizado. São

apresentadas ainda, considerações relativa à máxima tensão operativa nas linhas de transmissão, um

sumário de recomendações e um sumário de requisitos por linha de transmissão.

3.1 Religamento monopolar

Para viabilizar o religamento monopolar de cada uma das linhas integrantes do tronco de transmissão

em 500 kV Xingu – Serra Pelada – Miracema – Gilbués – Barreiras II faz-se necessária a instalação de

reator de neutro nos respectivos reatores em derivação das linhas, indicando-se o reator de neutro

de impedância nominal 800 Ω. Posteriormente, na fase do Projeto Básico, com a concepção final da

linha de transmissão a ser implantada, poderá haver ajustes no reator de neutro.

Para essas linhas as análises indicaram a viabilidade da implantação do religamento monopolar,

desde que se considere tempos de extinção de arco secundário em até 2 s.

Para a LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas, com base nos resultados obtidos na fase de

planejamento da LT 500 kV Paraupebas – Itacaiúnas, é possível considerar que não existem

restrições quanto à viabilidade de extinção de arco secundário.

Entretanto, durante as análise de rejeição de carga, quando os reatores de neutro impactaram

substancialmente o desempenho do sistema degradado, foi verificada a necessidade de se aterrar os

neutros dos reatores em derivação das linhas em 500 kV Xingu – Serra Pelada e Serra Pelada –

Miracema.

De todo modo, como o sistema tende a evoluir, reduzindo as restrições observadas nesta análise, e

para manter a condição de religamento monopolar futura, é recomendado que a compensação em

derivação dessas linhas seja concebida considerando a conexão de reator de neutro, mas operando

inicialmente com neutros solidamente aterrados. Tão logo a topologia da rede permita, poderá ser

efetivamente implantado o religamento monopolar.

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3.2 Energização de linhas de transmissão

As sobretensões máximas nos terminais das linhas analisadas, resultaram na faixa entre 1,88 pu e

2,03 pu, enquanto que ao longo das linhas, entre 2,21 pu e 2,44 pu. Esses valores, para cada linha

situam-se ligeiramente inferiores aos correspondentes obtidos nas simulações de religamento

tripolar. Analogamente, as energias dissipadas nos para-raios resultaram inferiores.

3.3 Religamento tripolar de linhas de transmissão

Dentre as linhas analisadas a que resultou nos condicionantes mais severos para o religamento

tripolar foi a LT 500 kV Miracema – Gilbués, com sobretensão máxima no terminal Miracema igual a

2,11 pu, sobretensão na linha 2,54 e energia nos para- raios ZnO compatíveis com 2 colunas em

Miracema. A máxima sobretensão entre fases nessa linha resultou igual a 1,90 pu.

Para as demais linhas analisadas as sobretensões máximas resultaram inferiores e as energias

dissipadas nos para-raios indicaram a necessidade de uma coluna.

Vale ressaltar, com base nos condicionantes indicados na análises de rejeição de carga, que as linhas

em 500 kV Xingu – Serra Pelada e Serra Pelada - Miracema foram simuladas com os neutros dos

reatores em derivação solidamente aterrados.

Quanto às linhas em 500 kV Miracema – Gilbués – Barreiras II, essas foram simuladas com os

neutros dos reatores em derivação providos de reator de neutro com 800 Ω. Os resultados dessas

simulações indicaram a necessidade de prover os neutros desses reatores em derivação com nível de

isolamente superior a 72,5 kV, portanto, segunda as normas brasileiras, não inferior a 123 kV fase-

terra, com capacidade para suportar, a seco e sob chuva, por 60 segundos, 230 kV, valor eficaz (NBR

6939).

3.4 Rejeição de carga

Com os reatores em derivação das linhas do tronco em 500 kV Xingu – Serra Pelada – Miracema –

Gilbués – Barreiras II equipados com reator de neutro e a rede completa, as sobretensões

sustentadas resultaram em energia dissipada nos para-raios com valores não muito elevados, que

indicavam a necessidade de 1 a 3 colunas de ZnO, em função do terminal.

Entretanto, com a indisponibilidade da LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas, as rejeições de carga

tanto na LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, como na LT 500 kV Serra Pelada – Miracema resultaram

em energias muito elevadas nos para-raios ZnO, respectivamente, 34 MJ e 27,8 MJ, quando se

considera a instalação de reatores de neutro nos reatores em derivação dessas linhas.

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Nessa mesma condição, mas com os reatores em derivação solidamente aterrados, essas energias

são reduzidas para 9,4 MJ e 12,15 MJ, suficientes para serem dissipadas, respectivamente, em 2 e 3

colunas de para-raios.

Para as linhas LT 500 kV Miracema – Gilbués e Gilbués – Barreiras II, mesmo considerando os

reatores em derivação providos de reator de neutro e rede degradada, as energias dissipadas nos

para-raios de ZnO nas manobras de rejeição de carga não ultrapassaram, respectivamente, os limites

de 4,6 MJ e 8,4 MJ.

Em todos os casos, com exceção de um dos terminais da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, cuja

sobretensão resultou igual a 2,28 pu, as demais sobretensões encontradas nos terminais das linhas

resultaram inferiores a 2,2 pu. Para o meio da linha, entretanto, foram encontrados 2,67 pu e 2,77

pu, respectivamente, para a LT 500 kV Xingu – Serra Pelada e para a LT 500 kV Serra Pelada –

Miracema, indicando a necessidade de se recomendar cuidados especiais para o isolamento dessas

linhas.

3.5 Tensão máxima operativa

Para as linhas de transmissão em 500 kV do tronco Xingu – Serra Pelada, Serra Pelada – Miracema e

Miracema – Gilbués, foram verificadas, durante os ajustes de fluxo mínimo, com tensão terminal no

limite operativo de 1,1 pu, valores de tensão ao longo do comprimento da linha da ordem de 1,14

pu. Essas três linhas são longas, com comprimentos superiores a 400 km e com elevada potência

natural

Sendo assim, no projeto dessas linhas, para efeito do cálculo da coordenação de isolamento, deverá

ser adotada como tensão máxima de operação o valor de 580 kV, eficaz a 60 Hz.

3.6 Sumário de recomendações

Os resultados dos estudos permitem sumarizar as seguintes recomendações :

• Os reatores em derivação das linhas de transmissão em 500 kV Xingu – Serra Pelada,C1 e C2,

Serra – Miracema, C1 e C2, Miracema – Gilbués e Gilbués – Barreiras II deverão ser dotados

de reator de neutro de 800 Ω. Essas linhas deverão ser providas de todos os equipamentos e

sistemas necessários para a implantação do religamento monopolar.

• No caso das linhas em 500 KV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 e Serra Pelada – Miritituba, C1 e

C2, a implantação do religamento monopolar poderá ser efetivada em data a ser definida pelo

Operador do Sistema, em função da evolução da rede e dos estudos do Projeto Básico, a

critério do Operador do Sistema. Esses reatores em derivação também deverão ser providos

de dispositivos que permitam a operação com neutro solidamente aterrados.

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• O nível de isolamento do neutro dos reatores em derivação das linhas de transmissão em 500

kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 e Serra Pelada – Miritituba, C1 e C2, não poderá ser inferior

à tensão 72,5 kV fase-terra, com capacidade para suportar, a seco e sob chuva, por 60

segundos, 140 kV eficaz.

• Para as linhas em 500 kV Miracema – Gilbués e Gilbués – Barreiras II, os neutros dos reatores

em derivação deverão ser providos de nível de isolamento superior a 72,5 kV, portanto,

segunda as normas brasileiras, não inferior a 123 kV fase-terra, com capacidade para

suportar, a seco e sob chuva, por 60 segundos, 230 kV, valor eficaz (NBR 6939).

• Os para-raios de linha das linhas de transmissão em 500 kV Xingu – Serra Pelada,C1 e C2,

Miracema – Gilbués e Gilbués Barreiras II deverão ser providos de pelos menos duas colunas

de para-raios de ZnO, com características compatíveis com os considerados nos estudos de

planejamento.

• Os para-raios de linha da linhas de transmissão em 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2

deverão ser providos de pelos menos três colunas de para-raios de ZnO, com características

compatíveis com os considerados nos estudos de planejamento.

• No projeto das linhas de transmissão em 500 kV Xingu – Serra Pelada,C1 e C2 e Serra Pelada

– Miracema, C1 e C2, e Miracema – Gilbués, para efeito de cálculo da coordenação de

isolamento, deverá ser adotada como tensão máxima de operação o valor de 580 kV eficaz a

60 Hz.

• No projeto das linhas em 500 kV Xingu – Serra Pelada,C1 e C2 e Serra Pelada – Miracema, C1

e C2, deverão ser tomados cuidados especiais com o isolamento, em função dos resultados

dos estudos de manobra terem indicado sobretensões no meio das linhas de até 2,8 pu, valor

de pico.

3.7 Sumário de requisitos por linha de transmissão

3.7.1 LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2

Com base nas avaliações realizadas são requisitos de referência para a LT 500 kV Xingu – Serra

Pelada C1 e C2:

• resistor de pré-inserção de 400 Ω nos disjuntores de manobra;

• duas colunas de para-raios de ZnO, 420 kV, com capacidade nominal de dissipação de

energia igual a 13,0 kJ/kV rating (5,46 MJ/coluna);

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• reator de neutro com impedância igual a 800 Ω, conforme ressalvas feitas no item 3.6.

A tabela a seguir sintetiza as solicitações mais severas verificadas nos estudos por manobra:

Tabela 1 – Sobretensões máximas e energias dissipadas nos para-raios – valores mais elevados encontrados para a LT 500 kV Xingu – Serra Pelada

Ponto de medição Manobra Tensão fase-terra [pu] Energia [kJ]

½ LT Rejeição de Carga 2,67 -

SE XINGU Rejeição de Carga 2,13 9400

3.7.2 LT 500 kV Serra Pelada - Itacaiúnas

Com base nas avaliações realizadas e apresentadas no relatório R2,] Detalhamento da Alternativa

de Referência LTs 500 kV Itacaiúnas – Colinas, Tucuruí II – Itacaiúnas e Parauapebas”, RE_ EPPT

_2.007/12 – revisão 00, Eletrobras Eletronorte – 29 de junho de 2012., aqui intitulado, estudo de

referência, são requisitos de referência para a LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas :

• resistor de pré-inserção de 400 Ω nos disjuntores de manobra;

• uma coluna de para-raios de ZnO, 420 kV, com capacidade nominal de dissipação de

energia igual a 13,0 kJ/kV rating (5,46 MJ/coluna);

Considerando a similaridade desse empreendimento [ 6 ] com o da linha de transmissão objeto

desta avaliação, e suas características básicas, com 115 km de extensão, 4 subcondutores por fase

(954 MCM), sem compensação em derivação, é pertinente considerar que para a nova linha, entre

as SE Serra Pelada e Itacaiúnas não devem existir restrições para as manobras objeto das

avaliações desta Nota Técnica.

3.7.3 LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2

Com base nas avaliações realizadas são requisitos de referência para LT 500 kV Serra Pelada –

Miracema C1 e C2:

• resistor de pré-inserção de 400 Ω nos disjuntores de manobra;

• três colunas de para-raios de ZnO, 420 kV, com capacidade nominal de dissipação de

energia igual a 13,0 kJ/kV rating (5,46 MJ/coluna);

• reator de neutro com impedância igual a 800 Ω, conforme ressalvas feitas no item 3.6.

A tabela a seguir sintetiza as solicitações mais severas verificadas nos estudos:

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Tabela 2 – Sobretensões máximas e energias dissipadas nos para-raios – valores mais elevados encontrados para a LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1 e C2

Ponto de medição Manobra Tensão fase-terra [pu] Energia [kJ]

½ LT Rejeição de Carga 2,77 -

SE MIRACEMA Rejeição de Carga 2,07 12147

3.7.4 LT 500 kV Miracema - Gilbués

Com base nas avaliações realizadas são requisitos de referência para a LT 500 kV Miracema –

Gilbués:

• resistor de pré-inserção de 400 Ω nos disjuntores de manobra;

• duas colunas de para-raios de de ZnO, 420 kV, com capacidade nominal de dissipação de

energia igual a 13,0 kJ/kV rating ( 5,46 MJ/coluna);

• reator de neutro com impedância igual a 800 Ω.

A tabela a seguir sintetiza as solicitações mais severas verificadas nos estudos:

Tabela 3 – Sobretensões máximas e energias dissipadas nos para-raios – valores mais elevados encontrados para a LT 500 kV Miracema – Gilbués

Ponto de medição Manobra Tensão fase-terra [pu] Energia [kJ]

½ LT Rejeição de Carga 2,54 -

SE GILBUÉS Rejeição de Carga 2,11 4630

SE MIRACEMA Religamento Tripolar 1,98 5260

3.7.5 LT 500 kV Gilbués – Barreiras II

Com base nas avaliações realizadas são requisitos de referência para a LT 500 kV Gilbués –

Barreiras:

• resistor de pré-inserção de 400 Ω nos disjuntores de manobra;

• duas colunas de para-raios de de ZnO, 420 kV, com capacidade nominal de dissipação de

energia igual a 13,0 kJ/kV rating ( 5,46 MJ/coluna);

• reator de neutro com impedância igual a 800 Ω.

A tabela a seguir sintetiza as solicitações mais severas verificadas nos estudos:

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Tabela 4 – Sobretensões máximas e energias dissipadas nos para-raios – valores mais elevados encontrados para a LT 500 kV Gilbués – Barreiras

Ponto de medição Manobra Tensão fase-terra [pu] Energia [kJ]

½ LT Religamento Tripolar 2,33 -

SE BARREIRAS Religamento Tripolar 2,11 6235

SE GILBUÉS Religamento Tripolar 2,06 8434

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4 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS

Neste capítulo são apresentados os principais critérios adotados para a realização dos estudos de

transitórios eletromagnéticos de manobra, considerados neste relatório, por religamento monopolar

(extinção de arco secundário), energização de linhas de transmissão, religamento tripolar de linhas

de transmissão e rejeição de carga.

4.1 Condições pré-manobra

Em regime permanente o sistema opera em condição normal, respeitando os seguintes critérios:

tensões nas barras em 500 kV, vizinhas as de estudo, dentro da faixa de 1,0 (mínima) a 1,1

(máxima) da tensão nominal;

tensões nas demais barras representadas, dentro da faixa de 0,95 a 1,05 pu.

Para a obtenção das condições de tensão pré-manobra necessárias às simulações de transitórios

eletromagnéticos, assumiu-se as seguintes premissas:

− Considerou-se disponível, para efeito de controle da tensão pré-manobra, toda a

compensação reativa em derivação manobrável de barra a montante do ponto de

manobra.

− Considerou-se indisponível a compensação controlável de reativos existente na rede

representada durante o procedimento de energização e religamento tripolar.

4.2 Modelagem da Rede

Representação de capacitores série das linhas de 500 kV

Durante a energização de linhas de transmissão, os capacitores série do circuito em manobra foram

considerados com by-pass ativado, por ser este o procedimento padrão neste tipo de manobra.

Nos casos de religamento, os capacitores série localizados nas extremidades do trecho de linha sob

defeito, recebem ordem de by-pass após decorrido um tempo que varia em função da localização da

falta. Defeitos no terminal próximo ao capacitor série, meio ciclo; faltas distantes entre ¼ e ¾ do

comprimento da linha, 1 ciclo; faltas a mais de ¾ do comprimento da linha, sem by-pass.

Representação de usinas

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As usinas, incluindo máquinas síncronas, foram representadas pelo seu modelo clássico de fonte de

tensão constante atrás de reatância subtransitória de eixo direto. Não foi considerada a ação dos

reguladores de tensão e de velocidade.

Representação de disjuntores

Foram representados por chaves ideais, acopladas a resistores de pré-inserção de 400 ohms, com

tempo médio de permanência de 10ms.

Representação de para-raios ZnO

Foram modelados por sua característica não linear V x I, para surtos de manobra, adotando-se a

tensão nominal de 420 kV. Considerou-se para-raios de classe 5 (serviço pesado), com uma

capacidade de dissipação de energia igual a 13,0 kJ/kV rating, correspondendo a uma dissipação

máxima de energia de 5,46 MJ.

Todos os casos foram processados, inicialmente, com a característica de curva máxima dos para-

raios para verificar os níveis de tensão. Posteriormente, os mesmos casos foram processados com a

característica de curva mínima com o intuito de avaliar as energias dissipadas nos para-raios.

Representação de reatores em derivação

Foram representados como impedância fixa, com fator de qualidade igual a 300, sem considerar as

características de magnetização.

Representação de transformadores

Para os transformadores existentes os dados foram extraídos dos arquivos disponíveis na EPE e no

ONS. Em caso de falta de informação, foi considerada uma característica de saturação típica, com

joelho de 1,2 pu, Xac de 30% e corrente de magnetização de 0,3%. As reatâncias dos

enrolamentos foram obtidas dos arquivos disponíveis na EPE.

Representação das redes receptoras

No presente estudo, com a finalidade de minimizar alterações na resposta em frequência das redes

receptoras, adotou-se uma metodologia que preserva a rede adjacente às linhas de transmissão

estudadas, representando, sempre que possível, os elementos até duas barras eletricamente

distantes das barras terminas dessas linhas. Às barras remotas dessas linhas (denominadas barras

de fronteira) foram conectadas impedâncias equivalentes, próprias e de transferência, calculadas na

frequência fundamental, através do programa ANAFAS do Cepel, de forma a preservar a potência

de curto-circuito na região de interesse.

Este procedimento conduziu a equivalentes para o horizonte do ano 2023, com as seguintes

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configurações e objetivos de estudo:

− carga leve, para as simulações de energização e religamento tripolar;

− carga pesada, para simulações de rejeição de carga e religamento monopolar.

Uma comparação entre os níveis de curto-circuito obtidos, com o equivalente de curto-circuito da

rede gerado pelo programa ANAFAS, e com o modelado no programa ATP, para a condição de carga

leve, por exemplo, indica que a rede receptora foi representada suficientemente aproximada, como

mostrado na Tabela 5.

As diferenças observadas entre os níveis de curto-circuito, resultantes das duas modelagens dos

programas computacionais, podem ser atribuídas, principalmente, à diferença entre os modelos de

representação dos elementos da rede utilizados nos programas, sobretudo quando se trata de barras

adjacentes às linhas de transmissão longas, pois na representação de linha de transmissão do

ANAFAS não é considerada a capacitância da linha.

Tabela 5 – Comparação dos níveis de curto-circuito, carga leve, obtidos com o ATP e o caso ANAFAS original

BARRAS 500kV CC TRIFÁSICO

ATP (kA) CC MONOFÁSICO

ATP (kA) CC TRIFÁSICO ANAFAS (kA)

CC MONOFÁSICO ANAFAS (kA)

Jurupari 18,06 13,14 19,67 14,03

Xingu 27,60 32,31 30,49 33,57

Belo Monte 2,69 31,25 29,7 32,89

Tucuruí I 25,75 29,50 27,02 30,68

Tucuruí II 32,15 33,96 34,68 36,05

Serra Pelada 15,33 9,37 16,17 10,46

Itacaiúnas 22,71 16,82 24,71 16,13

Maraba 27,04 21,43 29,56 20,53

Açailândia 18,17 10,76 19,61 11,4

Imperatriz 23,92 17,21 26,16 18,51

Colinas 24,93 13,11 26,98 15,18

Ribeiro Gonçalves 12,60 7,51 13,82 8,57

Miracema 26,59 20,81 27,4 21,29

Gilbués 13,52 8,43 13,43 9,24

Lajeado 19,96 16,74 19,84 16,69

Gurupi 24,23 13,58 24,61 13,7

Barreiras 15,46 9,67 15,6 9,61

Gentil do Ouro 9,85 8,26 9,73 8,2

São João do Piauí 17,04 12,41 17,77 12,95

Buritirama 12,30 8,80 12,38 8,82

Rio das Éguas 17,03 22,44 17,22 11,22

Bom Jesus da Lapa 10,63 10,53 10,83 10,68

As figuras a seguir apresentam os diagramas unifilares ilustrativos da rede para as configurações de

carga leve e carga pesada, ano 2023.

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JURUPARI

SERRA PELADA

XINGU

BELO MONTE

XIN-TR

XIN-ES

TUCURUÍ II

MIRACEMA

ITACAIUNAS

500 kV 230 kV138 kV

LEGENDA800 kV

244 km

1 x 136 MVAr

3 x 180 MVAr

443 km

115 km

415 km

2 x 136 MVAr

1 x 136 MVAr

265 km

UHEBELO MONTE

13 km

GURUPI

GILBUÉS II

174 km

418 km

30,3 km

MARABÁ

COLINAS I

LAJEADO

3 x 450 MVA

255 km

218 km

33,8 km

304 km

420 MVAr

420 MVAr

UHE TUCURUÍ

ALTAMIRA

MIRACEMA

TUCURUÍ I

AÇAILÂNDIA

COLINAS II

COLINAS

RIBEIRO GONÇALVES

BOM JESUS

SÃO JOÃO DO PIAUÍ

BURITIRAMA

BARREIRAS

RIO DAS ÉGUAS

BOM JESUS DA LAPA

GENTIO DO OURO II

3 x 100 MVAr

<138 kV

IMPERATRIZ

408 km

59,7 km

153 km

208 km

311 km

208 km

239,3 km

321,3 km 260 km

152 km

353 km379 km

367 km

343 km

182 km57 km

246 km

223,1 km

3 x 200 MVAr

2 x 150 MVAr

3 x 200 MVAr

2 x 180 MVA

2 x 50 MVA

300 MVA

2 x 180 MVA

250 MVA

REATO

R LIM

ITADOR

XINGU

Figura 2 – Diagrama unifilar da rede representada, 2023

Foram adotados como referência, para o ajuste em regime permanente pré-manobra, os casos de

fluxo de potência, carga leve e carga pesada, referente ao ano 2023.

Nota-se que os equivalentes utilizados na representação da rede elétrica do Sistema Interligado

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Nacional, nas duas configurações, foram obtidos a partir dos casos de curto circuito gerados com

base nos fluxos de potência, referentes aos correspondentes cenários extremos, considerados no

Relatório R1 [1].

As informações utilizadas para a representação da rede estão apresentadas no Anexo A.

4.3 Procedimentos para religamento monopolar

As análises para viabilidade de implantação do religamento monopolar nas linhas de transmissão

consideradas neste relatório são conduzidas através dos seguintes tipos de estudos:

• estudo em regime permanente;

• estudo de transitórios de manobra.

O estudo em regime permanente tem o objetivo de investigar as correntes de arco secundário e a

tensão sustentada na fase aberta, sob abertura monopolar, para a faixa de frequência operativa do

SIN, entre 55 Hz e 66 Hz, visando verificar possíveis condições de ressonância.

Para maximizar as correntes induzidas, o fluxo de potência na linha em investigação é ajustado para

a condição do maior fluxo. A tensões nas barras adjacentes foram ajustadas para valores próximos

1,1 pu.

Nessa investigação, deve-se adotar os seguintes limites para os parâmetros avaliados:

• corrente de arco secundário não superior a 50 A, valor eficaz;

• tensão induzida na fase aberta não superior à tensão máxima operativa do SIN, na classe de

tensão da linha de transmissão em investigação.

No estudo de transitórios de manobra é realizada a análise de extinção de arco secundário, com base

em metodologia expedita e largamente difundida [3], que consiste em verificar o valor eficaz da

corrente de falta interrompida e o primeiro pico de TRV, considerando uma resistência de falta (de

arco secundário) de 50 Ω.

De acordo com essa metodologia, reproduzida nos Procedimentos de Rede do ONS, para o tempo

morto de 500 ms, o sucesso da extinção do arco secundário no religamento monopolar é

caracterizado pelo último pico da corrente do arco secundário (Ia) e pelo valor do primeiro pico da

tensão de restabelecimento transitória (Vp) através do canal do extinto arco.

Caso este par de valores (Vp, Ia) esteja localizado no interior de uma curva que caracterize a zona de

alta probabilidade de extinção do arco secundário, como indicado na Figura 3, considera-se que a

extinção do arco secundário obteve sucesso.

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Figura 3 - Curva indicativa da extinção do arco secundário para tempo morto de 500 ms

Caso não se consiga evidências da extinção do arco secundário em 500 ms é considerada, para

tempos superiores, a curva reproduzida na Figura 4, que relaciona o tempo morto necessário à

extinção do arco secundário com o valor do último pico da corrente de arco. Deve ser viabilizado,

através de medidas mitigatórios, o menor tempo possível relacionado ao valor eficaz da corrente

obtida nas simulações.

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Figura 4 – Curva indicativa de tempo morto para extinção do arco secundário versus valor eficaz da corrente de arco secundário, para tensões até 765 kV

4.4 Procedimentos para energização de linhas

Para as simulações de energização das linhas de transmissão em 500 kV, o sistema foi ajustado

procurando-se estabelecer a tensão no ponto de origem da manobra, próxima a 1,10 pu. O reator

manobrável no terminal, no qual foi aplicada a manobra de energização, foi considerado desligado

visando obter uma condição mais favorável à ocorrência de sobretensões.

Foram monitorados os valores médios e máximos das tensões fase-fase e fase-terra, bem como a

energia dissipada nos para-raios de óxido de zinco situados nas extremidades das linhas

manobradas.

Todas energizações foram realizadas com resistores de pre-inserção de 400 Ω, com tempo médio de

permanência iguala a 10 ms.

As manobras foram simuladas através do modelo de chave estatística do programa ATP – Alternative

Transients Program, considerando um conjunto de 200 chaveamentos numa janela de tempo de um

ciclo de duração. Cada simulação com duração de 150 ms.

Com esse modelo de chaveamento estatístico considerou-se nas simulações uma distribuição normal

dos instantes de fechamento dos três polos, truncada em + 2 σ, sendo:

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desvio padrão para contato principal do disjuntor: σ = 0,8125 ms;

desvio padrão para contato auxiliar do disjuntor: σ = 1,375 ms.

Admite-se, assim, uma dispersão máxima dos instantes de fechamento dos três polos do resistor de

pré-inserção (pole spread) igual a 5,5 ms (4 σ).

As sobretensões mais elevadas encontradas nas simulações estatísticas são reproduzidas de forma

determinística, bem como as maiores sobretensões verificadas no terminal remoto da linha, com o

intuito de observar as energias dissipadas nos para-raios, porém com tempo de simulação maior,

igual a 300 ms.

Foram consideradas condições de energização sem falta, com falta no terminal remoto e no meio da

linha de transmissão.

Essas manobras de energização complementam as avaliações a 60 Hz, no que diz respeito às

sobretensões temporárias na extremidade aberta da linha ao final da simulação, em função da

suportabilidade dos equipamentos terminais. No entanto, como mecanismos de controle de tensão,

tais como, reguladores de tensão das máquinas não estão representados, os valores obtidos são, via

de regra, muito conservativos.

4.5 Procedimentos para religamento tripolar

O religamento corresponde a uma energização na presença de carga residual na linha manobrada.

Geralmente, as sobretensões resultantes são mais elevadas que aquelas encontradas durante as

energizações.

As consequências decorrentes de um religamento tripolar podem ser classificadas como de dois tipos

principais:

− com sucesso (com aplicação de falta e sua extinção, ou sem aplicação de falta);

− sem sucesso com aplicação e permanência da falta.

Em todos os tipos de religamento são avaliadas a dissipação de energia nos para-raios localizados

nas linhas de transmissão, bem como a suportabilidade dos equipamentos. Nas simulações, foram

ajustadas as tensões de pré-manobra em 1,1 pu.

As sobretensões mais elevadas encontradas nas simulações estatísticas são reproduzidas de forma

determinística, bem como as maiores sobretensões verificadas no terminal remoto da linha, com o

intuito de observar as energias dissipadas nos para-raios.

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As manobras de religamento tripolar foram processadas de acordo a seguinte sequencia de eventos,

onde o tempo total de simulação foi de até 900 ms:

a) aplicação de defeito monofásico em um dos terminais ou ao longo da linha, em t = 20

ms, no ponto de falta que foram verificadas as maiores sobretensões no estudo de

energização;

b) quando a linha manobrada dispuser de banco de capacitores série, by-pass do banco de

capacitores serie 1 ciclo após a aplicação das faltas;

c) abertura tripolar dos terminais em análise 100 ms após a incidência da falta para a LT

500 kV;

d) eliminação do defeito (extinção do arco secundário), 4 ciclos após a abertura das duas

extremidade, nos casos com sucesso. Já nos casos sem sucesso a falta é mantida até o

final da simulação;

e) tempo morto de 500 ms (contado a partir da abertura do terminal líder);

f) religamento estatístico da linha por um dos terminais (aquele que abriu em primeiro

lugar), com a simulação de 200 casos para cada manobra analisada, com as mesmas

premissas de distribuição estatística utilizadas no estudo de energização.

Todos os disjuntores foram modelados com resistores de pré-inserção de 400 Ω, com o tempo médio

de permanência de 10 ms.

Todas as manobras foram realizadas com a representação de para-raios tipo ZnO de 420 kV para o

setor de 500 kV e capacidade de absorção de 13,0 kJ/kV.

A análise contemplou as manobras de religamento tripolar por ambos os terminais da linha. Cabe

ressaltar que os reatores manobráveis nos terminais envolvidos na manobra foram considerados

desligados.

4.6 Procedimentos para rejeição de carga

Os estudos de rejeição de carga, realizados de forma determinística, visam calcular as sobretensões

transitórias que ocorrem nos primeiros ciclos após a manobra e as sobretensões temporárias que se

desenvolvem nos ciclos subsequentes, assim como as energias absorvidas pelos para-raios.

A rejeição foi considerada, em todas as situações, como sendo total, isto significa que nos trechos

estudados com a presença de dois circuitos considerou-se a rejeição dupla.

As manobras foram simuladas contemplando os seguintes eventos:

− rejeição sem curto-circuito nas linhas de transmissão;

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− rejeição seguida de curto-circuito monofásico, no instante e na fase em que foi

registrada a maior sobretensão no terminal da abertura ou no instante do primeiro

pico após a rejeição, sendo escolhida a situação mais estressante para o sistema.

Em todas as simulações de rejeição de carga os reatores manobráveis presentes nos terminais

envolvidos na rejeição foram considerados desligados, visando-se obter uma condição que

favorecesse sobretensões elevadas.

Cabe ressaltar que em todas as rejeições de carga sem falta avaliadas neste estudo, não foi

considerada a atuação do transfer trip. Esta premissa tem o objetivo de tornar mais conservativo os

resultados da manobra.

Entretanto, quando em falta, foi simulada a abertura do circuito pela extremidade remota, 100 ms

após o instante de incidência da falta. Essa abertura deve ser atribuída a uma ação da proteção

contra faltas.

5 REDE REPRESENTADA

5.1 Configuração para energização e religamento

Para as manobras de energização e religamento tripolar foi considerada a configuração prevista para

o ano 2023 com a rede no patamar de carga leve.

Os bipolos CCAT em 800 kV de Belo Monte foram representados através dos transformadores

conversores e filtros CA, num arrajo correspondente a uma transmissão de cerca de 800 MW por

bipolo. Dessa forma, além da consideração da curvas de saturação desses transformadores, foi

conectado na SE 500 kV Xingu, um conjunto de filtros tipo A e B, correspondente a cerca de 420

Mvar de compensação reativa por bipolo.

5.2 Configuração para rejeição de carga e extinção de arco secundário

Para as manobras de rejeição de carga foi considerada a rede completa prevista para 2023 no

patamar de carga pesada, com fluxo máximo nos troncos de transmissão em análise.

Para essa configuração o ponto de operação da rede foi ajustado para maximizar o fluxo de potência

nas linhas de transmissão estudadas.

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5.3 Configuração das linhas de transmissão de referência

Os estudos de detalhamento das linhas de transmissão integrantes do tronco de transmissão em 500

kV Xingu – Serra Pelada – Miracema - Gilbués – Barreiras II, consideradas neste relatório foram

originalmente realizados durante a elaboração do Relatório R1, EPE-DEE-RE-040_2011-r1, Expansão

das interligações Norte – Sudeste e Norte - Nordeste [ 4].

Essas linhas forma concebidas em colaboração com o Cepel [5], em circuito simples,

predominantemente com torres tipo cross rope, com feixes de 6 subcondutores por fase, tipo CAA,

795 MCM, Tern. Essa solução, resulta em linha com potência natural de 1670 MW e reatância série

limitada a 0,192 Ω/km.

A figura e a tabela apresentadas a seguir, extraídas do programa Elektra do Cepel, ilustram a

disposição geométrica dos condutores dessa linha de transmissão.

Figura 5 – Linha de transmissão em 500 kV, SIL 1670 MW- Disposição geométrica ilustrativa dos condutores

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Tabela 6 – Coordenadas dos condutores na torre típica da LT 500 kV, SIL 1670 MW

FASE X (m) Y (m)

A 6,5 30,5

B 0 31,8

C 6,5 31,8

PR1 -15 39

PR2 15 39

Para a LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas foi considerda a solução indicada no Relatório R1, com 4

sub condutores por fase, CAA, 954 MCM, Rail.

5.4 Tensão máxima operativa das linhas de transmissão em 500 kV

Para as linhas de transmissão em 500 kV do tronco Xingu – Serra Pelada – Miracema – Gilbués,

foram verificadas, durante os ajustes de fluxo mínimo, com tensão terminal no limite operativo de

1,1 pu, valores de tensão ao longo do comprimento da linha da ordem de 1,15 pu (medidos em 1/4 ,

½ e ¾ do comprimento), correspondente a cerca de 580 kV.

Importante destacar que são linhas longas de elevada potência natural (1670 MW), com capacitância

por unidade de comprimento substancialmente maior que os das linhas em 500 kV de menor

potência natural, comumente implantada no país (entre cerca de 1000 a 1200 MW).

Essas razões indicam que no projeto dessas linhas, para efeito do cálculo da coordenação de

isolamento, deverá ser adotada com tensão máxima de operação o valor de 580 kV, eficaz a 60 Hz.

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6 RELIGAMENTO MONOPOLAR

A análise de viabilidade de implantação do religamento monopolar foi realizada para cada linha

integrante do tronco em 500 kV Xingu – Serra Pelada – Miracema – Gilbués – Barreiras II. Para os

trechos com 2 circuitos, foram consideradas as situações dos dois circuitos operando, com um deles em

falta, assim como, aquelas com um dos circuitos delisgado e o remanescente operando e em falta.

6.1 Principais resultados

Em todos os casos verificou-se a necessidade de se instalar reator de neutro nos reatores em derivação

da linha de transmissão para viabilizar o religamento monopolar. Para agilizar essas análises de

viabilidade optou-se por testar apenas a reatância de neutro igual a 800 Ω, que se insere na faixa de

valores usualmente considerados na prática, e que não impactam, de forma significativa, os requisitos

das compensações em derivação. Posteriormente, na fase do Projeto Básico, haverá a oportunidade de

se ajustar esse valor, considerando as características da linha projetada.

Para a LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas, com base nos resultados obtidos na fase de planejamento

da LT 500 kV Paraupebas – Itacaiúnas, é possível considerar que não existem restrições quanto a

viabilidade de extinção de arco secundário.

Para as demais linhas do tronco em 500 kV Xingu - Serra Pelada – Miracema – Gilbués – Barreiras II as

análises indicaram a viabilidade da implantação do religamento monopolar, desde que se considere a

instalação de reator de neutro em todos os reatores em derivação das linhas de transmissão, e tempos

de extinção de arco secundário superiores a 500 ms, mas em acordo com o segundo critério adotado,

com tempo de extinção do arco secundário em até 2 s.

6.2 LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2

A análise em regime permanente com o objetivo de obter as correntes de arco secundário e as tensões

induzidas na fase aberta (sem existência de arco) foi realizada, inicialmente, com prospecção da

localização do curto circuito e da fase da linha, que apresentam as condições mais severas,

considerando os reatores em derivação da linha com neutros solidamente aterrados.

Com ambos circuitos energizados, a Tabela 7 apresenta um sumário das correntes de arco secundário.

Nota-se que todas as situações avaliadas apresentaram correntes de arco secundário elevadas,

caracterizando a necessidade da utilização do reator de neutro.

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Tabela 7 – Estudo em regime permanente (60 Hz) para religamento monopolar na LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2

Falta nas extremidades e meio da linha, com neutro dos reatores solidamente aterrados - corrente de arco secundário (A), valor eficaz

Fase em falta Local da falta

Xingu 1/2 LT Serra Pelada

A 257 246 259

B 226 220 227

C 257 246 257

A necessidade de utilização de reator de neutro fica evidenciada quando se compara as tensões de fase

aberta resultante com os reatores em derivação solidamente aterrados, e essas mesmas tensões com os

reatores em derivação providos de reator de neutro de 800 Ω, com ilustrado nas figuras que se seguem.

casobase_planob_xingu_sp_pesado_fase_c_sil_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTC 0.707

0

casobase_planob_xingu_sp_pesado_fase_b_sil_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTB 0.707

0

casobase_planob_xingu_sp_pesado_fase_a_sil_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTA 0.707

0

56 58 60 62 64 66[Hz]

0

1

2

3

4

5

6

7

8

[MV]

Figura 6 – LT 500 kV Xingu – Serra Pelada

Prospecção de tensões induzidas (valor eficaz) na fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, com neutro dos reatores solidamente aterrados

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casobase_planob_xingu_sp_pesado_fase_b_sil_800_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTB 0.707

0

casobase_planob_xingu_sp_pesado_fase_c_sil_800_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTC 0.707

0

casobase_planob_xingu_sp_pesado_fase_a_sil_800_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTA 0.707

0

56 58 60 62 64 66[Hz]

15

25

35

45

55

65

75

[kV]

Figura 7 – LT 500 kV Xingu – Serra Pelada Prospecção de tensões induzidas (valor eficaz) na fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz,

com reator de neutro de 800 Ω

A Tabela 8 apresenta os resultados mais severos encontrados das correntes de arco, e as respectivas

tensões e correntes nos reatores de neutro, com intuito de verificar a viabilidade da utilização do

equipamento quanto dos limites de tensão e corrente impostos ao mesmo. Mesmo com uma reatância

igual a 800 Ω, não foi possível reduzir a corrente de arco secundário ao limite de 50 A. Em

consequência, com esse reator, não se pode considerar viável a extinção do arco secundário em 500

ms, segundo o primeiro critério utilizado como referência. Todavia, o reator de 800 Ω atende o segundo

critério de extinção de arco secundário. Os respectivos valores de tensão e corrente no reator de neutro

estão dentro de faixas aceitáveis, possibilitando assim sua aplicação.

Tabela 8 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2

Fase Local da Falta Iarc (Aef) Freq. 60Hz

Vn (kVef) In (Aef)

Xingu Serra Pelada Xingu Serra Pelada

A Xingu 57 82 88 103 110

B Xingu 42 82 88 102 110

C Xingu 73 82 88 102 109

A Serra Pelada 65 89 84 112 105

B Serra Pelada 50 82 88 102 110

C Serra Pelada 55 88 83 110 104

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Esses resultados ficam mais severo com um dos circuitos fora de operação, como indicado na Tabela 9,

em particular para a corrente de arco secundário. Entretanto, como nessa situação o fluxo na linha

remanescente é extremamente elevado, uma pequena diminuição desse fluxo reduz a corrente de arco

secundário para limites aceitáveis, correspondentes a tempos de extinção da ordem de 1,5 a 2,0 s.

Tabela 9 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, sem o circuito C2

Fase Local da Falta Iarc (Aef) Freq. 60Hz

Vn (kVef) In (Aef)

Xingu Serra Pelada Xingu Serra Pelada

A Xingu 65,4 83 93 104 116

B Xingu 52 83 83 103 116

C Xingu 81(*) 83 96 103 120

A Serra Pelada 46 92 87 115 109

B Serra Pelada 53 82 85 115 107

C Serra Pelada 70 94 86 117 107

(*) O valor da corrente ultrapassa os limites recomendados pelo segundo critério, entretanto com pequena redução do fluxo de

potência na linha é possível reduzir para limites aceitáveis.

6.3 LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas

No relatório R2 ] Detalhamento da Alternativa de Referência LTs 500 kV Itacaiúnas – Colinas, Tucuruí II

– Itacaiúnas e Parauapebas”, RE_ EPPT _2.007/12 – revisão 00, Eletrobras Eletronorte – 29 de junho de

2012., aqui intitulado, estudo de referência, não foram indicadas restrições quanto a viabilidade de

extinção de arco secundário para a LT 500 kV Paraupebas – Itacaiuna.

Considerando a similaridade desse empreendimento com o da linha de transmissão objeto desta

avaliação, e suas características básicas, com 115 km de extensão, 4 subcondutores por fase (954

MCM), sem compensação em derivação, é pertinente considerar que para a nova linha, entre as SE

Serra Pelada e Itacaiúnas é possível viabilizar o religamento monopolar.

6.4 LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2

A análise em regime permanente com o objetivo de obter as correntes de arco secundário e as tensões

induzidas na fase aberta (sem existência de arco) foi realizada, inicialmente, com prospecção da

localização do curto circuito e da fase da linha, que apresentam as condições mais severas,

considerando os reatores em derivação da linha com neutros solidamente aterrados.

Com ambos circuitos energizados, a Tabela 10 apresenta um sumário das correntes de arco secundário.

Nota-se que todas as situações avaliadas apresentaram correntes de arco secundário elevadas,

caracterizando a necessidade da utilização do reator de neutro.

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Tabela 10 – Estudo em regime permanente (60 Hz) para religamento monopolar na LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2

Falta nas extremidades e meio da linha, com neutro dos reatores solidamente aterrados - corrente de arco secundário (A), valor eficaz

Fase em falta Local da falta

Serra Pelada 1/2 LT Miracema

A 244 233 240

B 220 215 216

C 245 234 240

A necessidade de utilização de reator de neutro fica evidenciada quando se compara as tensões de fase

aberta resultante com os reatores em derivação solidamente aterrados, e essas mesmas tensões com os

reatores em derivação providos de reator de neutro de 800 Ω, com ilustrado nas figuras que se seguem.

miracema_faseaberta_base_emerg_fasea_semrn.pl4: factors:

offsets:

v:FIML1A 0.707

0

miracema_faseaberta_base_emerg_faseb_semrn.pl4: factors:

offsets:

v:FIML1B 0.707

0

v:LIMITE 1

0

miracema_faseaberta_base_emerg_fasec_semrn.pl4: v:FIML1C

56 58 60 62 64 66[s]

0.2

0.6

1.0

1.4

1.8

2.2

2.6

[MV]

Tensões de Fase Aberta (kV rms) - LT Miracema - Serra Pelada C1 - Sem reator de neutro

Figura 8 – LT kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2

Tensão de fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, sem reator de neutro.

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Ministério de Minas e Energia

miracema_faseaberta_base_emerg_fasea.pl4: factors:

offsets:

v:FIML1A 0.707

0

miracema_faseaberta_base_emerg_faseb.pl4: factors:

offsets:

v:FIML1B 0.707

0

miracema_faseaberta_base_emerg_fasec.pl4: factors:

offsets:

v:FIML1C 0.707

0

v:LIMITE 1

0

56 58 60 62 64 66[s]

0

50

100

150

200

250

300

350

[kV]

Tensões de Fase Aberta (kV rms) - LT Miracema - Serra Pelada C1 - Reator de Neutro 800 ohms

Figura 9 – LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2

Tensão de fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, para o reator de neutro escolhido (800 Ω).

A Tabela 11 apresenta os resultados mais severos encontrados das correntes de arco, e as respectivas

tensões e correntes nos reatores de neutro, com intuito de verificar a viabilidade da utilização do

equipamento quanto dos limites de tensão e corrente impostos ao mesmo. Mesmo com uma reatância

igual a 800 Ω, não foi possível reduzir a corrente de arco secundário ao limite de 50 A. Em

consequência, com esse reator, não se pode considerar viável a extinção do arco secundário em 500

ms, segundo o primeiro critério utilizado como referência. Todavia, o reator de 800 Ω atende ao

segundo critério de extinção de arco secundário. Os respectivos valores de tensão e corrente no reator

de neutro estão dentro de faixas aceitáveis, possibilitando assim sua aplicação.

Tabela 11 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2

Fase Local da Falta Iarc (Aef) Freq. 60Hz

Vn (kVef) In (Aef)

Serra Pelada Miracema Serra Pelada Miracema

A Serra Pelada 66 81 79 101 99

B Serra Pelada 45 80 100 80 100

C Serra Pelada 73 81 80 102 99

A Miracema 79 85 79 107 99

B Miracema 55 84 79 105 99

C Miracema 63 85 79 84 102

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Ministério de Minas e Energia

Esses resultados ficam mais severo com um dos circuitos fora de operação, como indicado na Tabela

12, em particular para a corrente de arco secundário. Entretanto, como nessa situação o fluxo na linha

remanescente é extremamente elevado, uma pequena diminuição desse fluxo reduz a corrente de arco

secundário para limites aceitáveis, correspondentes a tempos de extinção da ordem de 1,5 a 2,0 s.

Tabela 12 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 (Sem circuito 2)

Fase Local da Falta Iarc (Aef) Freq. 60Hz

Vn (kVef) In (Aef)

Serra Pelada Miracema Serra Pelada Miracema

A Serra Pelada 87* 91 79 114 98

B Serra Pelada 56 85 78 106 79

C Serra Pelada 73 85 78 107 98

A Miracema 69 80 81 100 102

B Miracema 51 79 82 99 102

C Miracema 79 80 82 100 102

(*) O valor da corrente ultrapassa os limites recomendados pelo segundo critério, entretanto com pequena redução do fluxo de potência na linha é possível reduzir para limites aceitáveis.

6.5 LT 500 kV Miracema - Gilbués

A análise em regime permanente com o objetivo de obter as correntes de arco secundário e as tensões

induzidas na fase aberta (sem existência de arco) foi realizada, inicialmente, com prospecção da

localização do curto circuito e da fase da linha, que apresentam as condições mais severas,

considerando os reatores em derivação da linha com neutros solidamente aterrados.

A Tabela 13 apresenta um sumário das correntes de arco secundário. Nota-se que todas as situações

avaliadas apresentaram correntes de arco secundário elevadas, caracterizando a necessidade da

utilização do reator de neutro.

Tabela 13 – Estudo em regime permanente (60 Hz) para religamento monopolar na LT 500 kV Miracema - Gilbués

Falta em diferentes localizações da linha, com neutro dos reatores solidamente aterrados

A- corrente de arco secundário (A), valor eficaz

Fase em falta

Local da falta

Miracema 1/2 LT Gilbués

A 243 233 247

B 214 212 217

C 245 234 245

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A necessidade de utilização de reator de neutro fica evidenciada quando se compara as tensões de fase

aberta resultante com os reatores em derivação solidamente aterrados, e essas mesmas tensões com os

reatores em derivação providos de reator de neutro de 800 Ω, com ilustrado nas figuras que se seguem.

casobase_planob_miracema_gilbues_pesado_fase_a_sil_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTA 0.707

0

casobase_planob_miracema_gilbues_pesado_fase_b_sil_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTB 0.707

0

casobase_planob_miracema_gilbues_pesado_fase_c_sil_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTC 0.707

0

56 58 60 62 64 66[Hz]

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

[MV]

Figura 10 – LT kV Miracema – Gilbués

Tensões induzidas na fase aberta, na faixa entre 56 Hz e 66 Hz, com neutro dos reatores solidamente aterrados

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Ministério de Minas e Energia

casobase_planob_miracema_gilbues_pesado_fase_a_sil_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTA 0.707

0

casobase_planob_miracema_gilbues_pesado_fase_b_sil_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTB 0.707

0

casobase_planob_miracema_gilbues_pesado_fase_c_sil_tensao.pl4: factors:

offsets:

v:INILTC 0.707

0

56 58 60 62 64 66[Hz]

30

40

50

60

70

80

90

[kV]

Figura 11 – LT 500 kV Miracema – Gilbués Tensões induzidas na fase aberta, na faixa entre 56 Hz e 66 Hz, com reator de neutro de

800 Ω nos reatores em derivação.

A Tabela 12 apresenta os resultados mais severos encontrados das correntes de arco, e as respectivas

tensões e correntes nos reatores de neutro, com intuito de verificar a viabilidade da utilização do

equipamento quanto dos limites de tensão e corrente impostos ao mesmo. Mesmo com uma reatância

de neutro igual a 800 Ω, não foi possível reduzir a corrente de arco secundário ao limite de 50 A. Em

consequência, com esse reator, não se pode considerar viável a extinção do arco secundário em 500

ms, segundo o primeiro critério utilizado como referência. Todavia, o reator de 800 Ω atende ao

segundo critério de extinção de arco secundário. Os respectivos valores de tensão e corrente no reator

de neutro estão dentro de faixas aceitáveis, possibilitando assim sua aplicação.

Tabela 14 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Miracema – Gilbués

Fase Local da Falta Iarc (Aef) Freq. 60Hz

Vn (kVef) In (Aef)

Miracema Gilbués Miracema Gilbués

A Miracema 80 80 83 100 104

B Miracema 59 80 83 99 104

C Miracema 90* 80 84 100 104

A Gilbués 75 88 80 110 100

B Gilbués 45 87 80 108 100

C Gilbués 71 87 80 108 100

(*) O valor da corrente ultrapassa os limites recomendados pelo segundo critério, entretanto com pequena redução do fluxo de potência na linha é possível reduzir para limites aceitáveis.

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6.6 LT 500 kV Gilbués - Barreiras II

A análise em regime permanente com o objetivo de obter as correntes de arco secundário e as tensões

induzidas na fase aberta (sem existência de arco) foi realizada, inicialmente, com prospecção da

localização do curto circuito e da fase da linha, que apresentam as condições mais severas,

considerando os reatores em derivação da linha com neutros solidamente aterrados.

A Tabela 15 apresenta um sumário das correntes de arco secundário. Nota-se que todas as situações

avaliadas apresentaram correntes de arco secundário elevadas, caracterizando a necessidade da

utilização do reator de neutro.

Tabela 15 – Estudo em regime permanente (60 Hz) para religamento monopolar na

LT 500 kV Gilbués - Barreiras II Falta nas extremidades e no meio da linha, com neutro dos reatores solidamente aterrados

- corrente de arco secundário (A), valor eficaz

Fase em falta

Local da falta

Gilbués 1/2 LT Barreiras II

A 176 173 179

B 154 164 161

C 176 172 178

A necessidade de utilização de reator de neutro fica evidenciada quando se compara as tensões de fase

aberta resultante com os reatores em derivação solidamente aterrados, e essas mesmas tensões com os

reatores em derivação providos de reator de neutro de 800 Ω, com ilustrado nas figuras que se seguem.

43 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

gilbues_barreiras_faseaberta_a_semrn.pl4: factors:

offsets:

v:FIMLTA 0.707

0

gilbues_barreiras_faseaberta_b_semrn.pl4: factors:

offsets:

v:FIMLTB 0.707

0

gilbues_barreiras_faseaberta_c_semrn.pl4: factors:

offsets:

v:FIMLTC 0.707

0

v:LIMITE 1

0

56 58 60 62 64 66[s]

150

250

350

450

550

650

[kV]

Tensão de Fase Aberta (kV rms) - LT 500 kV Barreiras II-Gilbués - Sem Reator de Neutro

Figura 12 – LT 500 kV Gilbués - Barreiras II

Tensão de fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, sem reator de neutro.

gilbues_barreiras_faseaberta_b.pl4: v:FIMLTB gilbues_barreiras_faseaberta_c.pl4: v:FIMLTC gilbues_barreiras_faseaberta_c_semrn.pl4: v:LIMITE gilbues_barreiras_faseaberta_a.pl4: v:FIMLTA

55 57 59 61 63 65 67[s]

50

100

150

200

250

300

350

[kV]

Tensão de Fase Aberta (kV rms) - LT 500 kV Barreiras II-Gilbués - Reator de Neutro 800 ohms

Figura 13 – LT 500 kV Gilbués - Barreiras II

Tensão de fase aberta, na faixa entre 56 HZ e 66 Hz, para o reator de neutro escolhido (800 Ω).

44 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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A Tabela 16 apresenta os resultados mais severos encontrados das correntes de arco, e as respectivas

tensões e correntes nos reatores de neutro, com intuito de verificar a viabilidade da utilização do

equipamento quanto dos limites de tensão e corrente impostos ao mesmo. Mesmo com uma reatância

de neutro igual a 800 Ω, não foi possível reduzir a corrente de arco secundário ao limite de 50 A. Em

consequência, com esse reator, não se pode considerar viável a extinção do arco secundário em 500

ms, segundo o primeiro critério utilizado como referência. Todavia, o reator de 800 Ω atende ao

segundo critério de extinção de arco secundário. Os respectivos valores de tensão e corrente no reator

de neutro estão dentro de faixas aceitáveis, possibilitando assim sua aplicação.

Tabela 16 – Utilização do reator de neutro 800 Ω, em regime permanente, para religamento monopolar na LT 500 kV Gilbués - Barreiras II

Fase Local da Falta Iarc (Aef) Freq. 60Hz

Vn (kVef) In (Aef)

Gilbués Barreiras Gilbués Barreiras

A Gilbués 72 94 106 83 94

B Gilbués 53 93 106 92 94

C Gilbués 74 93 106 82 94

A Barreiras 80* 95 101 84 90

B Barreiras 63 94 102 84 91

C Barreiras 78 95 102 84 90

(*) O valor da corrente ultrapassa os limites recomendados pelo segundo critério, entretanto com pequena redução do fluxo de potência na linha é possível reduzir para limites aceitáveis.

45 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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7 ENERGIZAÇÃO DE LINHAS

As análises de energização de linhas tem primordialmente o objetivo de avaliar se as solicitações de

tensão ao longo da linha excedem os limites de suportabilidade resultantes do projeto da linha, assim

como avaliar a dissipação de energia nos para-raios e a suportabilidade dos equipamentos terminais.

Outra análise, de natureza similar é a de religamento tripolar, como indicado no item 8, que

corresponde a uma energização na presença de carga residual da linha manobrada. Geralmente as

sobretensões resultantes e as energias dissipadas nos para-raios são mais elevadas que aquelas

encontradas durante as energizações.

Nas avaliações desta nota técnica, tendo em conta a exiguidade do prazo para as recomendações

relativas ao desempenho do sistema de transmissão planejado frente a transitórios eletromagnéticos

de manobra, foi dado prioridade às análises de religamento tripolar, fazendo-se, posteriormente, uma

verificação sucinta de condicionantes de energização.

7.1 Principais Resultados

Em todas as simulações, as manobras de energização foram realizadas com o primeiro circuito do

tronco de transmissão (C1), considerando o segundo circuito em paralelo (C2) fora de operação e

aterrado.

Para cada simulação de energização, foi ajustada a tensão de 1,10 pu no terminal no qual é realizada

a manobra e a presença do resistor de pré-inserção de 400 Ω nos disjuntores. Foram simuladas

energizações sem falta e com falta na linha.

As sobretensões máximas nos terminais das linhas analisadas, resultaram na faixa entre 1,88 pu e

2,03 pu, enquanto que ao longo das linhas, entre 2,21 pu e 2,44 pu. Esses valores, para cada linha

situam-se ligeiramente inferiores aos correspondentes obtidos nas simulações de religamento

tripolar. Analogamente, as energias dissipadas nos para-raios resultaram inferior.

46 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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7.2 LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2

Figura 14 – Energização da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1,

por Xingu Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada e Circuito C2

Falta sem sucesso, em ½ da linha Tensões fase-terra em ½ da linha

Figura 15 - Energização da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1,

por Xingu Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada e Circuito C2

Falta sem sucesso, em ½ da linha Tensões fase-terra no terminal Serra Pelada

47 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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7.3 LT 500 kV Serra Pelada - Itacaiúnas

No relatório R2,] Detalhamento da Alternativa de Referência LTs 500 kV Itacaiúnas – Colinas, Tucuruí II

– Itacaiúnas e Parauapebas”, RE_ EPPT _2.007/12 – revisão 00, Eletrobras Eletronorte – 29 de junho de

2012., aqui intitulado, estudo de referência, foram apresentadas as seguintes conclusões e

recomendações no que se refere à energização da LT 500 kV Paraupebas – Itacaiúnas:

• As manobras de energização e religamento tripolar foram simuladas considerando resistores de

pré-inserção de 400 Ω nos disjuntores de manobra.

• As manobras de energização e religamento tripolar foram simuladas por ambas extremidades da

linha de transmissão, resultando nas extremidades, sobretensões e energia nos para-raios de

óxido de zinco abaixo dos limites considerados.

• Foram considerados para-raios de óxido de zinco com tensão nominal de 420 kV, classe 4, com

capacidade de dissipação de energia de 13 kJ/kV.

Considerando a similaridade desse empreendimento com o da linha de transmissão objeto desta

avaliação, e suas características básicas, com 115 km de extensão, 4 subcondutores por fase (954

MCM), sem compensação em derivação, é pertinente considerar que para a nova linha, entre as SE

Serra Pelada e Itacaiúnas não devem existir restrições nas manobras de energização.

7.4 LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2

Tabela 17 – Energização da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1, por Serra Pelada

(tensões fase - terra e energia nos para-raios)

TENSÕES FASE - TERRA E ENERGIA NOS PARA-RAIOS

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Para-raios

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (kJ)

I

---

1,10

Com Sucesso

1,46 0,06 1,64 1,51 0,06 1,70 1,53 0,06 1,68

1/2 da linha 1,95 0,10 2,23 1,90 0,10 2,10 1,79 0,08 1,94

Fim da linha 1,70 0,09 1,95 1,77 0,07 1,92 1,83 0,06 1,96

1/2 da linha Sem Sucesso

1,94 0,09 2,16 1,88 0,10 2,11 1,78 0,08 1,92

Fim da linha 1,69 0,10 1,95 1,77 0,08 1,94 1,83 0,07 1,97

II Fim da linha 1,10 Sem Sucesso 1,68 0,06 1,84 1,77 0,07 1,94 1,81 0,07 1,93 560

I) Indisponibilidade do Circuito C2; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada e Circuito C2

48 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

Tabela 18 – Energização da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1, por Serra Pelada

(tensões fase - fase)

TENSÕES FASE - FASE

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu)

I

---

1,10

Com Sucesso

1,44 0,07 1,61 1,45 0,07 1,62 1,45 0,08 1,63

1/2 da linha 1,37 0,08 1,64 1,39 0,08 1,65 1,40 0,09 1,64

Fim da linha 1,38 0,07 1,56 1,39 0,08 1,59 1,40 0,08 1,59

1/2 da linha Sem Sucesso

1,37 0,09 1,62 1,39 0,09 1,65 1,41 0,10 1,67

Fim da linha 1,37 0,08 1,65 1,39 0,09 1,61 1,40 0,09 1,66

II Fim da linha 1,10 Sem Sucesso 1,42 0,06 1,57 1,44 0,08 1,67 1,45 0,08 1,73

I) Indisponibilidade do Circuito C2; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada e Circuito C2

Figura 16 – Energização da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1, por Serra Pelada Com falta no fim da linha, Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra

Pelada e Circuito C2 Tensões fase-terra no terminal de Miracema 500 kV

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Figura 17 – Energização da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1, por Serra Pelada

Com falta no fim da linha, Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada e Circuito C2

Energia nos para-raios no terminal de Miracema 500 kV

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7.5 LT 500 kV Miracema - Gilbués

Figura 18 - Energização da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1,

por Xingu Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Colinas – Miracema C1

Falta sem sucesso, em ½ da linha, Tensões fase-terra em ¾ da linha

Figura 19 - Energização da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, por Xingu

Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Colinas – Miracema C1 Falta sem sucesso, em ½ da linha, Tensões fase-terra no terminal Gilbués

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7.6 LT 500 kV Gilbués – Barreiras II

Tabela 19 – Energização da 7.6 LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, por Gilbués (tensões fase - terra e energia nos para-raios)

TENSÕES FASE - TERRA E ENERGIA NOS PARA-RAIOS

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Para-raios

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (kJ)

I --- 1,10

Com Sucesso 1,38 0,05 1,47 1,17 0,32 1,51 1,35 0,05 1,67 6,1

Fim da linha 1,78 0,08 1,95 2,70 0,13 1,97 1,67 0,10 2,03 1486

I) Rede Completa

Tabela 20 – Energização da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, por Gilbués (tensões fase - fase)

TENSÕES FASE - FASE

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu)

I ---

1,10 Com Sucesso 1,32 0,05 1,42 1,22 0,03 1,46 1,30 0,05 1,45

Fim da linha 1,29 0,06 1,42 1,21 0,03 1,47 1,27 0,05 1,48

I) Rede Completa

Figura 20 – LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, por Gilbués Falta no fim da linha, sem sucesso, Rede completa

Sobretensão fase-terra em Barreiras II 500 kV

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Figura 21 – LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, por Gilbués

Falta no fim da linha, sem sucesso, Rede completa Energia nos para-raios no terminal de Barreiras II 500 kV

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8 RELIGAMENTO TRIPOLAR

Foram elaboradas manobras de religamento tripolar por ambos os terminais das linhas de

transmissão em estudo, considerando-se religamentos com sucesso e sem sucesso, 1,10 pu no

terminal no qual é realizada a manobra e a presença do resistor de pré-inserção de 400 Ω nos

disjuntores.

Em todos os casos que consideram as manobras de religamento tripolar com defeito, a falta é

aplicada em diferentes pontos da linha.

Os estudos de viabilidade de extinção de arco secundário apresentados no ítem 3.1 indicaram a

instalação de reatores de neutro de 800 ohms nos reatores em derivação das linhas de transmissão

integrantes do tronco em 500 kV, Xingu – Serra Pelada – Miracema – Gilbués – Barreiras II.

Entretanto, com base nos resultados dos estudos de rejeição de carga apresentados no item 9 desta

nota técnica, foi considerado na análise de religamento tripolar os reatores em derivação das linhas

em 500 kV Xingu – Serra Pelada e Serra Pelada Miracema solidamente aterrados.

8.1 Principais resultados

Dentre as linhas analisadas a que resultou nos condicionantes mais severos para o religamento

tripolar foi a LT 500 kV Miracema – Gilbués, com sobretensão máxima no terminal Miracema igual a

2,11 pu, sobretensão na linha 2,54 e energia nos para- raios ZnO compatíveis com 2 colunas em

Miracema. A máxima sobretensão entre fases nessa linha resultou igual a 1,90 pu.

Para as demais linhas analisadas as sobretensões máximas resultaram inferiores e as energias

dissipadas nos para-raios indicaram a necessidade de uma coluna, como sumarizado na Tabela 21.

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Tabela 21 – Sumário dos principais resultados obtidos na análise de religamento tripolar. (tensões e energia nos para-raios)

Linha de

transmissão

Terminal do

religamento

Maior tensão fase

terra registrada nos

terminais da linha

(kV)

Maior tensão

fase terra

registrada na

linha (kV)

Maior tensão

entre fases

registrada

(kV)

Maior energia

dissipada nos

para-raios ZnO

(kJ)

Xingu

Serra Pelada

Xingu 1,91 2,33 1,77 750

Serra Pelada 1,94 2,27 1,80 1820

Serra Pelada

Miracema

Serra Pelada 2,03 2,45 1,98 2220

Miracema 2,00 2,47 1,87 917

Miracema

Gilbués

Miracema 2,11 2,54 1,90 4630

Gilbués 2,04 2,34 1,85 5260 (duas

colunas)

Gilbués

Barreiras II

Gilbués 2,05 2,22 1,60 2210

Barreiras II 2,04 2,21 1,61 1792

Vale ressaltar, com base nos condicionantes indicados na análises de rejeição de carga, que as linhas

em 500 kV Xingu – Serra Pelada e Serra Pelada Miracema foram simuladas com os neutros dos

reatores em derivação solidamente aterrados.

Quanto as linhas em 500 kV Miracema – Gilbués – Barreiras II, essas foram simuladas com os

neutros dos reatores em derivação providos de reator de neutro com 800 Ω. Os resultados dessas

simulações indicaram a necessidade de prover os neutros desses reatores em derivação com nível de

isolamente superior a 72,5 kV, portanto, segunda as normas brasileiras, não inferior a 123 kV fase-

terra, com capacidade para suportar, a seco e sob chuva, por 60 segundos, 230 kV, valor eficaz (NBR

6939).

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8.2 LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2

A análise do religamento tripolar da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 foi realizada

considerando o circuito 2 fora de serviço, condição operativa de menor fluxo, com vistas à

prospecção de sobretensões de manobra mais elevadas.

Foi analisado também a condição de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada.

No religamento pelo terminal de Xingu 500 kV as sobretensões encontradas nos terminais fim da

linha (máximo fase-terra igual a 1,91 p.u., com rede deteriorada) estão dentro dos limites

considerados. O maior valor de sobretensão fase-terra foi de 2,33 p.u., registrado no ½ da linha,

para a religamento sem sucesso e com defeito a 1/2 do comprimento da linha. A maior energia

absorvida pelos para-raios foi de 750 kJ, valor inferior à sua capacidade nominal de absorção.

As tabelas mostradas a seguir apresentam um sumário com as sobretensões fase-terra e fase-fase

obtidas para distâncias de ½ da linha, ¾ da linha e fim da linha de transmissão, assim como a

energia absorvida pelos para-raios conectados nos terminais fim da linha. As figuras que se seguem

ilustram os principais resultados.

Tabela 22 – Religamento tripolar da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Xingu

(tensões fase-terra e energia nos para-raios) TENSÕES FASE - TERRA E ENERGIA NOS PARA-RAIOS

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Para-raios

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (kJ)

I

---

1,10 SIM

1,55 0,09 1,84 1,58 0,10 1,79 1,59 0,10 1,81 66

1/2 da linha 1,53 0,06 1,69 1,56 0,06 1,72 1,55 0,07 1,72 75

Fim da linha 1,53 0,07 1,78 1,55 0,07 1,77 1,57 0,08 1,76 201

1/2 da linha 1,10 NÃO

2,08 0,09 2,31 1,88 0,06 2,02 1,77 0,05 1,87 382

Fim da linha 1,71 0,09 2,00 1,82 0,06 1,98 1,81 0,04 1,87 750

II

---

1,10 SIM

1,52 0,08 1,78 1,55 0,08 1,71 1,56 0,09 1,78 25

1/2 da linha 1,51 0,06 1,68 1,54 0,05 1,7 1,54 0,06 1,68 93

Fim da linha 1,52 0,07 1,80 1,54 0,06 1,74 1,55 0,07 1,75 177

1/2 da linha 1,10 NÃO

2,06 0,10 2,33 1,88 0,07 2,08 1,75 0,05 1,87 460

Fim da linha 1,71 0,10 2,03 1,82 0,07 1,98 1,81 0,04 1,91 700

I) Indisponibilidade do Circuito C2; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada e Circuito C2

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Tabela 23 – Religamento tripolar da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Xingu (tensões fase-fase)

TENSÕES FASE - FASE

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu)

I

--- 1,10 SIM

1,47 0,06 1,66 1,49 0,06 1,71 1,51 0,07 1,77

1/2 da linha 1,46 0,06 1,63 1,48 0,06 1,62 1,50 0,07 1,68

Fim da linha

1,10 NÃO

1,46 0,06 1,63 1,48 0,07 1,64 1,50 0,07 1,68

1/2 da linha 1,42 0,07 1,58 1,43 0,08 1,59 1,44 0,08 1,64

Fim da linha 1,43 0,07 1,56 1,44 0,07 1,62 1,45 0,08 1,62

II

--- 1,10 SIM

1,44 0,05 1,56 1,46 0,05 1,57 1,47 0,06 1,64

1/2 da linha 1,44 0,05 1,53 1,48 0,05 1,61 1,49 0,05 1,63

Fim da linha

1,10 NÃO

1,44 0,05 1,72 1,47 0,05 1,76 1,48 0,06 1,82

1/2 da linha 1,41 0,06 1,54 1,41 0,07 1,59 1,42 0,07 1,63

Fim da linha 1,40 0,05 1,50 1,42 0,06 1,59 1,42 0,06 1,67

I) Indisponibilidade do Circuito C2; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada e Circuito C2

Figura 22 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Xingu

Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada e Circuito C2 Religamento sem sucesso, falta em ½ da linha, situação de maior sobretensão

Tensões fase-terra em ½ da linha

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Figura 23 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Xingu Situação de indisponibilidade do Circuito C2

Religamento sem sucesso, falta no fim da linha, situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Serra Pelada 500 kV

Figura 24 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Xingu

Situação de Indisponibilidade do Circuito C2 Religamento sem sucesso, falta no fim da linha, situação de maior energia dissipada nos PR

Energia no para-raios no terminal de Serra Pelada 500 kV

No religamento pelo terminal de Serra Pelada 500 kV as sobretensões encontradas nos terminais fim

da linha (máximo de 1,94 p.u.) também estão dentro dos limites considerados. O maior valor de

tensão encontrado foi de 2,27 p.u. na metade da linha, no caso sem sucesso e com defeito a 1/2 do

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comprimento da linha. A maior energia absorvida pelos para-raios foi de 1820 kJ, valor bem inferior à

capacidade nominal de absorção. As tensões entre fases resultaram inferiores as fase-terra.

As tabelas a seguir apresentam um sumário com as sobretensões fase-terra e fase-fase nos terminais

da linha de transmissão, assim como a energia absorvida pelos para-raios conectados nos terminais

da linha. As figuras ilustram os principais resultados.

Tabela 24 – Religamento tripolar da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Serra Pelada

(tensões fase-terra e energia nos para-raios) TENSÕES FASE - TERRA E ENERGIA NOS PARA-RAIOS

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Para-raios

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (kJ)

I

---

1,10 SIM

1,55 0,08 1,85 1,57 0,07 1,76 1,57 0,08 1,79 52

1/2 da linha 1,53 0,07 1,74 1,55 0,07 1,72 1,54 0,07 1,72 80

Fim da linha 1,48 0,05 1,66 1,50 0,05 1,65 1,49 0,05 1,70 511

1/2 da linha 1,10 NÃO

2,00 0,07 2,22 1,91 0,06 2,07 1,76 0,05 1,85 354

Fim da linha 1,75 0,09 2,07 1,79 0,07 2,01 1,81 0,05 1,94 1820

II

---

1,10 SIM

1,69 0,07 1,90 1,72 0,09 1,94 1,7 0,07 1,84 155

1/2 da linha 1,69 0,07 1,90 1,70 0,08 1,92 1,69 0,07 1,85 282

Fim da linha 1,62 0,07 1,83 1,65 0,08 1,82 1,63 0,07 1,81 901

1/2 da linha 1,10 NÃO

2,03 0,09 2,27 1,98 0,08 2,16 1,84 0,04 1,91 982

Fim da linha 1,83 0,06 1,98 1,92 0,07 2,09 1,87 0,04 1,93 1480

I) Indisponibilidade do Circuito C2; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada e Circuito C2

Tabela 25 – Religamento tripolar da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Serra Pelada (tensões fase-fase)

TENSÕES FASE - FASE

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu)

I

--- 1,10 SIM

1,52 0,06 1,68 1,56 0,06 1,72 1,56 0,06 1,72

1/2 da linha 1,50 0,05 1,64 1,53 0,05 1,68 1,53 0,06 1,70

Fim da linha

1,10 NÃO

1,45 0,04 1,54 1,48 0,04 1,56 1,48 0,04 1,57

1/2 da linha 1,49 0,06 1,62 1,52 0,06 1,69 1,52 0,07 1,69

Fim da linha 1,50 0,05 1,63 1,54 0,07 1,71 1,53 0,07 1,72

II

--- 1,10 SIM

1,64 0,06 1,79 1,67 0,06 1,80 1,66 0,06 1,79

1/2 da linha 1,63 0,05 1,76 1,65 0,05 1,78 1,64 0,05 1,79

Fim da linha

1,10 NÃO

1,57 0,05 1,70 1,60 0,05 1,74 1,59 0,05 1,78

1/2 da linha 1,61 0,06 1,72 1,63 0,06 1,77 1,62 0,06 1,77

Fim da linha 1,57 0,06 1,71 1,59 0,06 1,75 1,58 0,06 1,75

I) Indisponibilidade do Circuito C2; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada e Circuito C2

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Figura 25 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Serra Pelada

Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada e Circuito C2 Religamento sem sucesso, falta em ½ da linha, situação de maior sobretensão

Tensões fase-terra em ½ da linha

Figura 26 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Serra

Pelada Situação de indisponibilidade do Circuito C2

Religamento sem sucesso, falta no fim da linha, situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Xingu 500 kV

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Figura 27 – Religamento da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1, pelo terminal de Serra Pelada

Situação de indisponibilidade do Circuito C2 Religamento sem sucesso, falta no fim da linha, situação de maior energia dissipada nos PR

Energia no para-raios no terminal de Xingu 500 kV

8.3 LT 500 kV Serra Pelada - Itacaiúnas

No relatório R2,] Detalhamento da Alternativa de Referência LTs 500 kV Itacaiúnas – Colinas, Tucuruí II

– Itacaiúnas e Parauapebas”, RE_ EPPT _2.007/12 – revisão 00, Eletrobras Eletronorte – 29 de junho de

2012., aqui intitulado, estudo de referência, foram apresentadas as seguintes conclusões e

recomendações no que se refere ao religamento tripolar da LT 500 kV Paraupebas – Itacaiúnas:

• As manobras foram simuladas por ambas extremidades da linha de transmissão, resultando nas

extremidades, sobretensões e energia nos para-raios de óxido de zinco abaixo dos limites

considerados.

• Foram considerados para-raios de óxido de zinco com tensão nominal de 420 kV, classe 4, com

capacidade de dissipação de energia de 13 kJ/kV.

• As manobras foram simuladas considerando resistores de pré-inserção de 400 Ω nos disjuntores

de manobra.

Considerando a similaridade desse empreendimento com o da linha de transmissão objeto desta

avaliação, e suas características básicas, com 115 km de extensão, 4 subcondutores por fase (954

MCM), sem compensação em derivação, é pertinente considerar que para a nova linha, entre as SE

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Serra Pelada e Itacaiúnas não devem existir restrições quanto ao religamento tripolar.

8.4 LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2

A análise do religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1 e C2 foi realizada

considerando o circuito 2 fora de serviço, condição operativa de menor fluxo, com vistas à

prospecção de sobretensões de manobra mais elevadas.

Foi analisado também a condição de indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada.

No religamento pelo terminal de Serra Pelada 500 kV as sobretensões encontradas nos terminais fim

da linha (máximo fase-terra igual a 2,03 pu) estão dentro dos limites considerados. O maior valor de

sobretensão fase-terra foi de 2,45 pu, registrado a ¾ do comprimento da linha, para a religamento

sem sucesso e com defeito no meio da linha. As tensões entre fases resultaram inferiores a esses

valores máximos. A maior energia absorvida pelos para-raios foi de 2.220 kJ, valor inferior à

capacidade nominal de absorção de 1 coluna.

As tabelas a seguir apresentam um sumário com as sobretensões fase-terra e fase-fase nos terminais

da linha de transmissão, assim como a energia absorvida pelos para-raios conectados nos terminais

da linha. As figuras ilustram os principais resultados.

Tabela 26 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1, pelo terminal de Serra Pelada (tensões fase-terra e energia nos para-raios)

TENSÕES FASE - TERRA E ENERGIA NOS PARA-RAIOS

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Para-raios

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (kJ)

I

---

1,10

Com Sucesso

1,51 0,10 1,79 1,56 0,10 1,94 1,58 0,11 1,89 145

1/2 da linha 1,44 0,08 1,82 1,48 0,10 1,82 1,49 0,10 1,85 223*

Fim da linha 1,48 0,08 1,79 1,53 0,09 1,96 1,55 0,10 1,86 572

1/2 da linha Sem Sucesso

1,91 0,10 2,24 1,87 0,10 2,16 1,77 0,08 1,96 552

Fim da linha 1,63 0,09 1,93 1,72 0,09 2,01 1,78 0,08 1,95 933

II

---

1,10

Com Sucesso

1,69 0,10 1,95 1,75 0,10 2,04 1,77 0,09 1,98 279

1/2 da linha 1,65 0,08 1,85 1,69 0,09 1,99 1,71 0,09 1,92 319

Fim da linha 1,66 0,10 1,99 1,70 0,11 2,18 1,70 0,10 1,94 340

1/2 da linha Sem Sucesso

2,04 0,12 2,44 2,01 0,14 2,45 1,88 0,07 2,02 1258

Fim da linha 1,80 0,10 2,09 1,91 0,11 2,24 1,90 0,06 2,03 2220

I) Indisponibilidade do Circuito C2; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada e Circuito C2

Tabela 27 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1, pelo terminal de Serra Pelada (tensões fase-fase)

62 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

TENSÕES FASE - FASE

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu)

I

---

1,10

Com Sucesso

1,43 0,09 1,76 1,47 0,10 1,91 1,48 0,10 1,92

1/2 da linha 1,38 0,06 1,54 1,42 0,07 1,65 1,43 0,08 1,67

Fim da linha 1,41 0,08 1,67 1,45 0,08 1,71 1,47 0,09 1,71

1/2 da linha Sem Sucesso

1,32 0,07 1,52 1,35 0,08 1,68 1,36 0,09 1,68

Fim da linha 1,33 0,07 1,53 1,36 0,08 1,61 1,37 0,09 1,62

II

---

1,10

Com Sucesso

1,61 0,09 1,85 1,66 0,10 1,96 1,69 0,11 1,98

1/2 da linha 1,57 0,07 1,76 1,63 0,08 1,84 1,65 0,10 1,92

Fim da linha 1,58 0,07 1,76 1,63 0,08 1,89 1,66 0,10 1,91

1/2 da linha Sem Sucesso

1,53 0,08 1,78 1,57 0,10 1,85 1,60 0,12 1,88

Fim da linha 1,53 0,07 1,75 1,57 0,10 1,86 1,60 0,10 1,88

Figura 28 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1, pelo terminal

de Serra Pelada Religamento com sucesso, falta em ½ da linha, situação de maior sobretensão

Tensões fase-terra em ¾ da linha

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Ministério de Minas e Energia

Figura 29 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1, pelo terminal

de Serra Pelada Religamento sem sucesso, falta no final da linha,

Situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Miracema 500 kV

Figura 30 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1, pelo terminal de Serra Pelada

Religamento sem sucesso, falta no final da linha, Situação de maior energia dissipada nos PR

Energia no para-raios no terminal de Miracema 500 kV

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Ministério de Minas e Energia

No religamento pelo terminal de Miracema 500 kV as sobretensões encontradas nos terminais fim da

linha (máximo de 2,00 p.u.) também estão dentro dos limites considerados. O maior valor de tensão

encontrado foi de 2,47 p.u. na metade da linha, no caso sem sucesso e com defeito a 1/2 do

comprimento da linha. A maior energia absorvida pelos para-raios foi de 917 kJ, valor bem inferior à

capacidade nominal de absorção. As tensões entre fases resultaram inferiores as fase-terra.

As tabelas a seguir apresentam um sumário com as sobretensões fase-terra e fase-fase nos terminais

da linha de transmissão, assim como a energia absorvida pelos para-raios conectados nos terminais

da linha. As figuras ilustram os principais resultados.

Tabela 28 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1, pelo terminal de Miracema (tensões fase-terra e energia nos para-raios)

TENSÕES FASE - TERRA E ENERGIA NOS PARA-RAIOS

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Para-raios

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (kJ)

I

---

1,10

Com Sucesso

1,55 0,12 1,97 1,59 0,12 1,90 1,62 0,12 1,89 30

1/2 da linha 1,55 0,10 1,85 1,60 0,10 1,94 1,63 0,11 1,90 56

Fim da linha 1,56 0,10 1,88 1,61 0,10 1,90 1,63 0,11 1,93 114

1/2 da linha Sem Sucesso

2,00 0,11 2,47 1,96 0,11 2,26 1,84 0,07 1,97 917

Fim da linha 1,75 0,11 2,08 1,83 0,10 2,11 1,87 0,06 1,99 423

II

---

1,10

Com Sucesso

1,53 0,12 1,85 1,59 0,13 1,94 1,61 0,12 1,89 145

1/2 da linha 1,57 0,11 1,91 1,62 0,11 1,89 1,64 0,11 1,91 102

Fim da linha 1,57 0,10 1,90 1,62 0,10 1,97 1,63 0,10 1,92 258

1/2 da linha Sem Sucesso

2,00 0,13 2,34 1,98 0,12 2,29 1,85 0,08 2,00 500

Fim da linha 1,75 0,12 2,12 1,83 0,10 2,10 1,87 0,07 1,99 830

I) Indisponibilidade do Circuito C2; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada e Circuito C2

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Tabela 29 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1, pelo terminal de Miracema (tensões fase-fase)

TENSÕES FASE - FASE

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu)

I

---

1,10

Com Sucesso

1,45 0,10 1,72 1,49 0,10 1,74 1,51 0,11 1,81

1/2 da linha 1,47 0,08 1,68 1,52 0,09 1,74 1,53 0,10 1,76

Fim da linha 1,47 0,09 1,68 1,52 0,09 1,80 1,54 0,10 1,84

1/2 da linha Sem Sucesso

1,42 0,10 1,67 1,46 0,10 1,72 1,48 0,11 1,75

Fim da linha 1,43 0,09 1,74 1,46 0,10 1,74 1,48 0,10 1,81

II

---

1,10

Com Sucesso

1,45 0,10 1,73 1,50 0,10 1,78 1,52 0,10 1,78

1/2 da linha 1,49 0,09 1,78 1,54 0,10 1,87 1,56 0,10 1,87

Fim da linha 1,48 0,09 1,69 1,54 0,10 1,80 1,56 0,10 1,82

1/2 da linha Sem Sucesso

1,43 0,10 1,77 1,47 0,10 1,78 1,49 0,11 1,81

Fim da linha 1,45 0,09 1,63 1,49 0,09 1,66 1,51 0,10 1,75

I) Indisponibilidade do Circuito C2; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas-Serra Pelada e Circuito C2

Figura 31 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1, pelo terminal de Miracema

Religamento sem sucesso, falta em ½ linha, situação de maior sobretensão Tensões fase-terra no meio da linha

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Figura 32 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1, pelo terminal de Miracema

Religamento sem sucesso, falta em ½ linha, Situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Serra Pelada 500 kV

Figura 33 – Religamento tripolar da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1, pelo terminal de Miracema

Religamento sem sucesso, falta em ½ linha Situação de maior energia dissipada nos PR

Energia no para-raios no terminal de Serra Pelada 500 kV

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8.5 LT 500 kV Miracema – Gilbués

A análise do religamento tripolar da LT 500 kV Miracema – Gilbués foi realizada considerando as

condições de rede completa e de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II.

No religamento pelo terminal de Miracema 500 kV as sobretensões encontradas nos terminais fim da

linha (máximo fase-terra igual a 2,11 pu) estão dentro dos limites considerados. O maior valor de

sobretensão fase-terra foi de 2,54 pu, registrado a 3/4 da linha, para a religamento sem sucesso e

defeito no meio da linha. As sobretensões entre fase resultaram inferiores a 1,90 pu. A maior energia

absorvida pelos para-raios foi de 4.630 kJ, valor inferior à capacidade nominal de absorção de uma

coluna.

As tabelas a seguir apresentam um sumário com as sobretensões fase-terra e fase-fase nos terminais

da linha de transmissão, assim como a energia absorvida pelos para-raios conectados nos terminais

da linha. As figuras ilustram os principais resultados.

Tabela 30 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema (tensões fase-terra e energia nos para-raios)

TENSÕES FASE - TERRA E ENERGIA NOS PARA-RAIOS

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Para-raios

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (kJ)

I

---

1,10 SIM

1,56 0,12 1,97 1,62 0,11 2,01 1,7 0,11 1,95 118

1/2 da linha 1,51 0,08 1,71 1,56 0,09 1,79 1,64 0,1 1,85 986

Fim da linha 1,51 0,08 1,73 1,57 0,08 1,8 1,63 0,1 1,86 985

1/2 da linha 1,10 NÃO

1,51 0,07 1,69 1,56 0,08 1,77 1,63 0,1 1,85 3770

Fim da linha 1,49 0,07 1,67 1,55 0,08 1,76 1,61 0,1 1,86 2930

II

---

1,10 SIM

1,61 0,12 1,96 1,67 0,1 1,9 1,76 0,11 1,94 243

1/2 da linha 1,64 0,1 2,06 1,72 0,1 2,01 1,79 0,1 1,96 762

Fim da linha 1,62 0,1 1,93 1,7 0,1 2,01 1,78 0,1 1,94 592

1/2 da linha 1,10 NÃO

2,14 0,1 2,48 2,22 0,12 2,54 2,01 0,06 2,11 4630

Fim da linha 1,96 0,11 2,21 2,11 0,12 2,43 2,01 0,06 2,11 3340

I) Rede Completa; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II

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Tabela 31 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema (tensões fase-fase)

TENSÕES FASE - FASE

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu)

I

--- 1,10 SIM

1,44 0,1 1,69 1,49 0,1 1,7 1,51 0,1 1,76

1/2 da linha 1,4 0,07 1,61 1,44 0,07 1,64 1,46 0,08 1,63

Fim da linha

1,10 NÃO

1,4 0,08 1,62 1,43 0,09 1,63 1,45 0,09 1,67

1/2 da linha 1,39 0,08 1,56 1,43 0,08 1,61 1,44 0,08 1,63

Fim da linha 1,39 0,07 1,6 1,43 0,07 1,63 1,45 0,07 1,65

II

--- 1,10 SIM

1,47 0,1 1,75 1,53 0,11 1,77 1,56 0,11 1,84

1/2 da linha 1,49 0,12 1,85 1,55 0,13 1,89 1,58 0,13 1,94

Fim da linha

1,10 NÃO

1,49 0,1 1,72 1,55 0,12 1,8 1,59 0,12 1,86

1/2 da linha 1,42 0,11 1,7 1,49 0,14 1,83 1,53 0,15 1,83

Fim da linha 1,43 0,1 1,74 1,49 0,14 1,86 1,52 0,14 1,90

I) Rede Completa; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II

Figura 34 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de

Miracema Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II

Religamento sem sucesso, falta em ½ da linha, situação de maior sobretensão Tensões fase-terra em ¾ da linha

Na prospecção de situações mais severas foi observado, com indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués

– Barreiras II, que a simulação de religamento sem sucesso, com falta no meio da linha, resultava

em energia muito elevada nos para-raios, como ilustrado nas figuras a seguir.

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Figura 35 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema

Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II Religamento sem sucesso, falta em ½ da linha, situação de maior energia dissipada nos PR

Tensões fase-terra no terminal de Gilbués 500 kV

Figura 36 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Miracema

Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II Religamento sem sucesso, falta em ½ da linha, situação de maior energia dissipada nos PR

Energia no para-raios no terminal de Gilbués 500 kV

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Essa simulação, com objetivo de dimensionamento de equipamento, tem por base critério conservativo,

que não considera a abertura dos terminas da linha pela proteção quando a falta é mantida, levando a

elevadas e pouco amortecidas sobretensões sustentadas, que acarretam elevada energia nos para-raios.

Nesse tipo de manobra a situação prática mais provável é que a proteção da linha promova a abertura

do disjuntor do religamento quando a falta estiver mantida. Assim considerando, com abertura do

disjuntor em tempo pouco superior a 100 ms, foram encontradas sobretensões que amortecem mais

rapidamente e resultam em energia dissipada nos para-raios em patamar inferior ao limite desses

equipamentos com 1 coluna. Os resultados da nova simulação estão ilustrados nas figuras que se

seguem.

Figura 37 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de

Miracema Situação de Indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués - Barreiras

Religamento sem sucesso, falta em ½ da linha, situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Gilbués 500 kV

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Figura 38 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de

Miracema Situação de Indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués - Barreiras

Religamento sem sucesso, falta em ½ da linha, situação de maior energia dissipada nos PR Energia no para-raios no terminal de Gilbués 500 kV

No religamento pelo terminal de Gilbués 500 kV as sobretensões encontradas nos terminais fim da

linha (máximo fase-terra igual a 2,04 pu) estão dentro dos limites considerados. O maior valor de

sobretensão fase-terra foi de 2,34 pu, registrado na metade da linha, para a religamento sem

sucesso e falta no meio da linha. As sobretensões entre fases resultaram inferior a 1,85 pu. A maior

energia absorvida pelos para-raios foi de 5.260 KJ, na condição de indisponibilidade da LT 500 kV

Gilbués – Barreiras II, valor superior a 90% da capacidade nominal de absorção (0,9*5.460 kJ) de 1

coluna ZnO, o que leva à recomendação de se considerar 2 colunas de ZnO.

As tabelas a seguir apresentam um sumário com as sobretensões fase-terra e fase-fase nos terminais

da linha de transmissão, assim como a energia absorvida pelos para-raios conectados nos terminais

da linha. As figuras subsequentes ilustram os principais resultados.

72 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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Tabela 32 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Gilbués (tensões fase-terra e energia nos para-raios)

TENSÕES FASE - TERRA E ENERGIA NOS PARA-RAIOS

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Para-raios

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (kJ)

I

---

1,10 SIM

1,62 0,1 1,88 1,67 0,1 1,97 1,74 0,11 1,94 250

1/2 da linha 1,52 0,06 1,7 1,56 0,07 1,76 1,62 0,1 1,83 670

Fim da linha 1,53 0,07 1,82 1,57 0,08 1,8 1,63 0,1 1,87 2840

1/2 da linha 1,10 NÃO

2 0,08 2,34 2,05 0,07 2,28 1,92 0,03 2,04 2960

Fim da linha 1,81 0,07 2,05 1,93 0,07 2,15 1,93 0,03 1,99 3905

II

---

1,10 SIM

1,64 0,08 1,89 1,68 0,1 1,95 1,73 0,09 1,93 270

1/2 da linha 1,55 0,06 1,78 1,58 0,06 1,77 1,61 0,07 1,82 1590

Fim da linha 1,55 0,06 1,85 1,57 0,07 1,77 1,61 0,08 1,87 4920

1/2 da linha 1,10 NÃO

2,02 0,06 2,3 2,03 0,06 2,23 1,92 0,03 1,98 2170

Fim da linha 1,85 0,07 2,08 1,94 0,06 2,13 1,93 0,03 1,98 5260

I) Rede Completa; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II

Tabela 33 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Gilbués (tensões fase-fase)

TENSÕES FASE - FASE

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu)

I

--- 1,10 SIM

1,49 0,11 1,78 1,54 0,11 1,79 1,58 0,12 1,85

1/2 da linha 1,42 0,07 1,59 1,45 0,07 1,65 1,47 0,08 1,69

Fim da linha

1,10 NÃO

1,42 0,07 1,65 1,45 0,08 1,74 1,48 0,08 1,75

1/2 da linha 1,38 0,05 1,58 1,4 0,06 1,59 1,44 0,08 1,62

Fim da linha 1,38 0,06 1,6 1,4 0,07 1,62 1,43 0,09 1,65

II

--- 1,10 SIM

1,55 0,06 1,76 1,57 0,06 1,79 1,58 0,07 1,8

1/2 da linha 1,48 0,05 1,64 1,5 0,05 1,64 1,5 0,06 1,65

Fim da linha

1,10 NÃO

1,48 0,05 1,64 1,5 0,05 1,65 1,5 0,06 1,66

1/2 da linha 1,48 0,05 1,61 1,5 0,06 1,63 1,51 0,06 1,66

Fim da linha 1,46 0,05 1,61 1,48 0,05 1,6 1,48 0,06 1,62

I) Rede Completa; II) Indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II

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Figura 39 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de

Gilbués Situação de Rede Completa

Religamento sem sucesso, falta em ½ da linha, situação de maior sobretensão Tensões fase-terra em ½ da linha

De forma similar ao religamento pelo terminal de Miracema, quando por Gilbués, na prospecção de

situações mais severas foi observado, com a indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II,

que a simulação de religamento sem sucesso, com falta em Miracema, resultava em energia muito

elevada nos para-raios, como ilustrado nas figuras a seguir.

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Figura 40 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de

Gilbués Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras

Religamento sem sucesso, falta em Miracema, situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Miracema 500 kV

Figura 41 – Religamento da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Gilbués Religamento sem sucesso, falta em Miracema.

Situação de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II Situação de maior energia dissipada nos PR

Energia no para-raios no terminal de Miracema 500 kV

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Essa simulação, com objetivo de dimensionamento de equipamento, tem por base critério conservativo,

que não considera a abertura dos terminas da linha pela proteção quando a falta é mantida, levando a

elevadas e pouco amortecidas sobretensões sustentadas, que acarretam elevada energia nos para-raios.

Nesse tipo de manobra a situação prática mais provável é que a proteção da linha promova a abertura

do disjuntor do religamento quando a falta estiver mantida. Assim considerando, com abertura do

disjuntor em tempo pouco superior a 100 ms, foram encontradas sobretensões que amortecem mais

rapidamente e resultam em energia dissipada nos para-raios em patamar compatível com 2 colunas. Os

resultados da nova simulação estão ilustrados nas figuras que se seguem.

Figura 42 – Novo relig. tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, pelo terminal de Gilbués

com indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras Relig. sem sucesso, falta em Miracema, agora com abertura posterior dos terminais de

Gilbués (situação de maior energia nos PRs) Tensões fase-terra no terminal de Miracema 500 kV

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Figura 43 – Novo relig. da LT 500 kV Miracema - Gilbués, por Gilbués,

com indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II Religamento sem sucesso, falta em Miracema, agora com abertura posterior dos terminais

de Gilbués (situação de maior energia dissipada nos PR) Energia no para-raios no terminal de Miracema 500 kV

Uma outra variável monitorada durante essas simulações foi a tensão imposta ao reatores de neutro

dos reatores em derivação nos terminais de Miracema e Gilbués. A figura a seguir indica valores

máximos da tensão superiores a 300 kV pico. Vale destacar que nessas simulações não foram

representados para-raios de ZnO entre o neutro e terra.

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Figura 44 – Religamento tripolar da LT 500 kV Miracema - Gilbués, por Gilbués,

com indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II Religamento sem sucesso, falta em Miracema, situação de maior energia dissipada nos PR

Tensões nos reatores de neutro nos terminais Miracema e Gilbués II 500 kV

8.6 LT 500 kV Gilbués – Barreiras II

A análise do religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II foi realizada considerando as

condições de rede completa e de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Buritirama.

No religamento pelo terminal de Gilbués 500 kV as sobretensões encontradas nos terminais fim da

linha (máximo fase-terra igual a 2,05 pu) estão dentro dos limites considerados. O maior valor de

sobretensão fase-terra foi de 2,22 pu, registrado a 3/4 da linha, para a religamento sem sucesso e

defeito no meio da linha. As sobretensões entre fase resultaram inferiores a 1,60 pu. A maior energia

absorvida pelos para-raios foi de 2.210 kJ, valor inferior à capacidade nominal de absorção de uma

coluna.

As tabelas a seguir apresentam um sumário com as sobretensões fase-terra e fase-fase nos terminais

da linha de transmissão, assim como a energia absorvida pelos para-raios conectados nos terminais

da linha. As figuras ilustram os principais resultados.

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Tabela 34 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Gilbués (tensões fase-terra e energia nos para-raios)

TENSÕES FASE - TERRA E ENERGIA NOS PARA-RAIOS

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Para-raios

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (kJ)

I

---

1,10

Com Sucesso

1,33 0,05 1,57 1,36 0,06 1,59 1,39 0,09 1,76 0,7

1/2 da linha 1,41 0,08 1,70 1,44 0,11 1,88 1,51 0,16 1,94 25

Fim da linha 1,36 0,06 1,54 1,40 0,08 1,63 1,44 0,11 1,77 22

1/2 da linha Sem Sucesso

1,88 0,07 2,16 1,94 0,09 2,22 1,93 0,06 2,05 1560

Fim da linha 1,68 0,08 1,90 1,81 0,07 1,99 1,94 0,05 2,04 2210

II

---

1,10

Com Sucesso

1,29 0,04 1,43 1,31 0,05 1,49 1,36 0,09 1,73 7,1

1/2 da linha 1,38 0,07 1,61 1,41 0,10 1,85 1,47 0,16 2,00 277

Fim da linha 1,35 0,07 1,57 1,38 0,08 1,68 1,43 0,12 1,82 235

1/2 da linha Sem Sucesso

1,86 0,05 2,04 1,91 0,07 2,14 1,91 0,07 2,03 1140

Fim da linha 1,68 0,07 1,90 1,80 0,07 1,96 1,93 0,05 2,04 1582

I – Rede Completa II - Rede degradada - sem LT 500 kV Gilbués - Buritirama

Tabela 35 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Gilbués (tensões fase-fase)

TENSÕES FASE - FASE

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu)

I

---

1,10

Com Sucesso

1,28 0,03 1,41 1,29 0,03 1,41 1,29 0,04 1,42

1/2 da linha 1,33 0,05 1,58 1,35 0,05 1,60 1,36 0,06 1,60

Fim da linha 1,32 0,06 1,45 1,33 0,06 1,52 1,34 0,06 1,53

1/2 da linha Sem Sucesso

1,28 0,05 1,43 1,29 0,06 1,49 1,30 0,07 1,55

Fim da linha 1,28 0,04 1,41 1,29 0,05 1,44 1,30 0,05 1,44

II

---

1,10

Com Sucesso

1,25 0,03 1,32 1,26 0,03 1,33 1,26 0,03 1,35

1/2 da linha 1,33 0,06 1,49 1,35 0,07 1,54 1,35 0,07 1,57

Fim da linha 1,31 0,06 1,46 1,32 0,06 1,46 1,33 0,07 1,47

1/2 da linha Sem Sucesso

1,28 0,06 1,46 1,29 0,07 1,53 1,30 0,07 1,58

Fim da linha 1,27 0,05 1,41 1,28 0,05 1,46 1,28 0,06 1,48

I – Rede Completa II - Rede degradada - sem LT 500 kV Gilbués - Buritirama

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Figura 45 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de

Gilbués Com falta em ½ da linha, situação de maior sobretensão

Tensões fase-terra em ¾ linha

Figura 46 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Gilbués

Com falta no fim da linha, situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Barreiras II 500 kV

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Figura 47 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Gilbués

Com falta no fim da linha, situação de maior energia dissipada nos PR Energia no para-raios no terminal de Gilbués 500 kV

No religamento pelo terminal de Barreiras II 500 kV as sobretensões encontradas nos terminais fim

da linha (máximo fase-terra igual a 2,04 pu) estão dentro dos limites considerados. O maior valor de

sobretensão fase-terra foi de 2,21 pu, registrado no meio da linha, para a religamento sem sucesso e

com defeito no meio da linha. As sobretensões entre fases resultaram inferiores a 1,61 pu. A maior

energia absorvida pelos para-raios foi de 1.792 kJ, valor consideravelmente inferior à sua capacidade

nominal de absorção.

As tabelas a seguir apresentam um sumário com as sobretensões fase-terra e fase-fase nos terminais

da linha de transmissão, assim como a energia absorvida pelos para-raios conectados nos terminais

das linhas. As figuras subsequentes ilustram os principais resultados.

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Tabela 36 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II (tensões fase-terra e energia nos para-raios)

TENSÕES FASE - TERRA E ENERGIA NOS PARA-RAIOS

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Para-raios

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (kJ)

I

---

1,10

Com Sucesso

1,27 0,05 1,46 1,30 0,07 1,57 1,35 0,10 1,68 4,8

1/2 da linha 1,36 0,07 1,58 1,39 0,08 1,66 1,46 0,11 1,76 341

Fim da linha 1,29 0,06 1,49 1,31 0,07 1,59 1,35 0,09 1,68 195

1/2 da linha Sem Sucesso

1,85 0,08 2,12 1,90 0,10 2,21 1,90 0,08 2,04 1677

Fim da linha 1,64 0,08 1,91 1,78 0,07 2,07 1,92 0,06 2,04 1792

II

---

1,10

Com Sucesso

1,30 0,05 1,49 1,33 0,06 1,53 1,39 0,09 1,65 2,8

1/2 da linha 1,41 0,10 1,73 1,43 0,11 1,76 1,49 0,12 1,86 334

Fim da linha 1,31 0,06 1,47 1,33 0,06 1,50 1,38 0,09 1,62 197

1/2 da linha Sem Sucesso

1,89 0,07 2,05 1,92 0,07 2,07 1,91 0,06 2,01 1457

Fim da linha 1,67 0,07 1,84 1,80 0,06 2,02 1,92 0,05 2,02 1721

I – Rede Completa II - Rede degradada - sem LT 500 kV Gilbués - Buritirama

Tabela 37 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II (tensões fase-fase)

TENSÕES FASE - FASE

Caso Local do defeito Vpré (pu) SUCESSO

1/2 da linha 3/4 da linha Fim da linha

Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx Vméd σ Vmáx

(pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu) (pu)

I

---

1,10

Com Sucesso

1,24 0,03 1,33 1,25 0,03 1,35 1,26 0,04 1,38

1/2 da linha 1,27 0,04 1,37 1,28 0,04 1,42 1,29 0,05 1,45

Fim da linha 1,24 0,05 1,36 1,25 0,05 1,41 1,27 0,06 1,44

1/2 da linha Sem Sucesso

1,25 0,05 1,41 1,26 0,05 1,43 1,27 0,06 1,49

Fim da linha 1,23 0,04 1,32 1,23 0,04 1,33 1,24 0,05 1,40

II

---

1,10

Com Sucesso

1,25 0,04 1,33 1,26 0,04 1,38 1,27 0,05 1,44

1/2 da linha 1,31 0,06 1,49 1,33 0,07 1,54 1,35 0,08 1,61

Fim da linha 1,25 0,05 1,36 1,27 0,05 1,39 1,28 0,05 1,42

1/2 da linha Sem Sucesso

1,26 0,05 1,45 1,28 0,05 1,50 1,29 0,06 1,56

Fim da linha 1,24 0,04 1,37 1,26 0,05 1,39 1,27 0,06 1,45

I – Rede Completa II - Rede degradada - sem LT 500 kV Gilbués - Buritirama

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Figura 48 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II

Religamento sem sucesso, falta em ¾ da linha, maior sobretensão ao longo da linha Tensões fase-terra em ¾ da linha

Figura 49 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II.

Religamento sem sucesso, falta no fim linha, situação de maior energia dissipada nos PR Tensões fase-terra no terminal de Gilbués 500 kV

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Figura 50 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II

Religamento sem sucesso, falta no meio da linha Situação de maior energia dissipada nos PR

Energia no para-raios no terminal de Gilbués 500 kV

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Uma outra variável monitorada durante essas simulações foi a tensão imposta ao reatores de neutro

dos reatores em derivação nos terminais de Gilbués e Barreiras II. A figura a seguir indica valores

máximos de tensão da ordem de 300 kV pico. Vale destacar que nessas simulações não foram

representados para-raios de ZnO entre o neutro e terra.

Figura 51 – Religamento tripolar da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, pelo terminal de Barreiras II

Religamento sem sucesso, falta no fim linha, situação de maior energia dissipada nos PR Tensões nos reatores de neutro nos terminais Gilbués e Barreiras II 500 kV

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9 REJEIÇÃO DE CARGA

As simulações de rejeição de carga foram realizadas de acordo com os critérios definidos no item 4.6,

por ambos os terminais de cada linha de transmissão analisada.

Na avaliação de sobretensões foram representados os para-raios de óxido de zinco através de suas

características máximas enquanto que na avaliação das energias dissipadas, através de suas

características mínimas.

A abertura do circuito em falta pela extremidade remota, 100 ms após o instante de incidência do

defeito, foi simulada em todos os casos desse tipo. É conveniente assinalar que essa abertura não

deve ser atribuída a uma ação do tipo transferência de disparo e sim à atuação da proteção contra

faltas. Esta premissa tem o objetivo de tornar mais conservativo os resultados referentes á absorção

de energia pelos para-raios.

9.1 Principais resultados

Os estudos de viabilidade de extinção de arco secundário apresentados no ítem 3.1 indicaram a

instalação de reatores de neutro de 800 ohms nos reatores em derivação das linhas de transmissão

integrantes do tronco em 500 kV Xingu – Serra Pelada – Miracema – Gilbués – Barreiras II.

Com os reatores em derivação dessas linhas equipados com reator de neutro e a rede completa, as

sobretensões sustentadas resultaram em energia dissipada nos para-raios com valores não muito

elevados, que indicavam a necessidade entre 1 a 3 colunas de ZnO, em função do terminal.

Entretanto, com a indisponibilidade da LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas, as rejeições de carga

tanto na LT 500 kV Xingu – Serra Pelada como na LT 500 kV Serra Pelada – Miracema resultaram em

energia muito elevadas nos para-raios ZnO, respectivamente, 34 MJ e 27,8 MJ, quando se considera

a instalação de reatores de neutro nos reatores em derivação dessas linhas.

Nessa mesma condição, mas com os reatores em derivação solidamente aterrados, essas energias

são reduzidas para 9,4 MJ e 12,15 MJ, suficientes para serem dissipadas, respectivamente, em 2 e 3

colunas de para-raios.

Para as linhas LT 500 kV Miracema – Gilbués e Gilbués – Barreiras II, mesmo considerando os

reatores em derivação providos de reator de neutro e rede degradada, a energia dissipada nos par-

raios de ZnO nas manobras de rejeição de carga não ultrapassaram, respectivamente, os limites de

4,6 MJ e 8,4 MJ.

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Em todos os casos, com exceção de um dos terminais da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, cuja

sobretensão resultou igual a 2,28 p.u, as demais sobretensões encontradas nos terminais das linhas

resultaram inferiores a 2,2 p. u. Para o meio da linha, entretanto, foram encontrados 2,67 p.u. e 2,77

p.u., respectivamente, para a LT 500 kV Xingu – Serra Pelada e para a LT 500 kV Serra Pelada –

Miracema, indicando a necessidade de se recomendar cuidados especiais para o isolamento dessas

linhas.

9.2 LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2

Com os reatores em derivação das linhas de transmissão do tronco em 500 kV Xingu – Serra Pelada

– Miracema – Gilbués – Barreiras II equipados com reator de neutro de 800 ohms, as simulações de

rejeição de carga da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, seguidas de falta, com a rede

completa, resultaram em sobretensões sustentadas com energia nos para-raios do terminal de Xingu

da ordem de 12 MJoule, como ilustrado nas figuras mostradas a seguir.

Figura 52 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE

Xingu, com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs com Reator de Neutro de 800 ohms e rede

completa Tensões fase-terra no terminal de Xingu 500 kV

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Figura 53 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE

Xingu, com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs com Reator de Neutro de 800 ohms e rede

completa Energia nos para-raios no terminal de Xingu 500 kV

Esses resultados indicam a necessidade de 3 colunas de para-raios de ZnO, 420 kV ( capacidade de

dissipação de 13 kJ/KV) no terminal Xingu 500 kV da linha de transmissão. Entretanto, em condições

de indisponibilidade da LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas, as sobretensões sustentadas resultaram

em energia dissipadas nos para-raios do terminal de Xingu extremamente elevadas, da ordem de 34

MJoule, como ilustrado nas figuras mostradas a seguir.

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Figura 54 – Rejeição da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE Xingu, com

falta Situação de maior energia dissipada nos PRs com Reator de Neutro de 800 ohms e

Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada Tensões fase-terra no terminal de Xingu 500 kV

Figura 55 – Rejeição da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE Xingu, com

falta Situação de maior energia dissipada nos PRs com Reator de Neutro de 800 ohms e

Indisponibilidade da LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada Energia nos para-raios no terminal de Xingu 500 kV

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Com os neutros dos reatores em derivação da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, solidamente

aterrados, observou-se uma considerável redução na energia dissipada nos para-raios de ZnO dessa

linha, por ocasião da rejeição dupla seguida de falta, com a rede completa, ou mesmo com a

indisponibilidade da LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas. As figuras a seguir ilustram os resultados.

Figura 56 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE

Xingu, com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs sem Reator de Neutro e rede completa

Tensões fase-terra no terminal de Xingu 500 kV

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Figura 57 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE

Xingu, com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs sem Reator de Neutro e rede completa

Energia nos para-raios no terminal de Xingu 500 kV

Figura 58 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE

Xingu, com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs sem Reator de Neutro e Indisponibilidade da

LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada Tensões fase-terra no terminal de Xingu 500 kV

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Figura 59 – Rejeição dupla da LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2, a partir da SE

Xingu, com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs sem Reator de Neutro e Indisponibilidade da

LT 500 kV Itacaiúnas – Serra Pelada Energia nos para-raios no terminal de Xingu 500 kV

A Tabela 38 apresenta um sumário dos resultados obtidos com os reatores da linha solidamente

aterrados para a condição de rede completa e para a condição de indisponibilidade da LT 500 kV

Serra Pelada – Itacaiúnas. Para a rede completa foi ajustado um fluxo de potência nos circuitos da

linha em análise, da ordem do SIL (1670 MW) e com a rede degradada com fluxo ligeiramente

inferior.

Esses resultados indicam a necessidade de 2 colunas de para-raios de ZnO, 420 kV ( capacidade de

dissipação de 13 kJ/KV) no terminal Xingu 500 kV. Quanto às sobretensões impostas aos terminais

da linha os maiores valores encontrados foram, respectivamente, 2,16 p.u e 2,13 p.u., para tensão

entre fase e terra e para tensão entre fases. No que diz respeito a tensão no meio da linha, o maior

valor encontrado foi 2,67 p.u., valor ligeiramente superior ao limite considerado para o isolamento da

linha em surtos de manobra, exigindo que o projetista da linha tome cuidados especiais no projeto

final dessa linha de transmissão.

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Tabela 38 – Rejeição dupla na LT 500 kV Xingu – Serra Pelada, C1 e C2 Reatores em derivação com neutros aterrados

Condição da Rede

Local de Abertura

Fluxo Linha (MW)

Falta aplicada

em

Sobretensões Máximas (pu) Energia nos para-raios (kJ)

tipo Terminal A

½ da LT

Terminal B

Terminal A

Terminal B

I

Terminal A 1700

–----- fase-terra 1,82 1,82 1,67

176 0,17 fase-fase 1,62 1,61 1,44

Terminal A

(fase A C2)

fase-terra 1,97 2,25 1,87 3500 720

fase-fase 1,62 1,61 1,44

Terminal B 1500

–-- fase-terra 1,50 1,87 1,81

0,61 144 fase-fase 1,39 1,60 1,82

Terminal B

(fase C C1)

fase-terra 1,89 2,18 1,97 700 1615

fase-fase 1,45 1,75 1,82

II

Terminal A 1700

–----- fase-terra 1,91 2,34 1,91

175 0,17 fase-fase 2,11 2,10 1,97

Terminal A

(fase A C2)

fase-terra 2,13 2,67 1,93 9400 1280

fase-fase 2,16 2,17 1,98

Terminal B 1500

–-- fase-terra 1,49 1,78 1,78

0,54 101 fase-fase 1,41 1,63 1,83

Terminal B

(fase C C1)

fase-terra 1,88 2,21 1,93 660 1445

fase-fase 1,39 1,72 1,77

I) Rede completa; II) Sem a LT 500 kV Serra Pelada - Itacaiúnas

Valores medidos em C1

Valores medidos em C2

9.3 LT 500 kV Serra Pelada - Itacaiúnas

No relatório R2,] Detalhamento da Alternativa de Referência LTs 500 kV Itacaiúnas – Colinas, Tucuruí II

– Itacaiúnas e Parauapebas”, RE_ EPPT _2.007/12 – revisão 00, Eletrobras Eletronorte – 29 de junho de

2012., aqui intitulado, estudo de referência, foram apresentadas as seguintes conclusões e

recomendações no que se refere à rejeição de carga na LT 500 kV Paraupebas – Itacaiúnas:

• Nas avaliações de rejeição de carga, mesmo na situação seguida de falta, as maiores

sobretensões e energias dissipadas nos para-raios de óxido de zinco, registradas em qualquer

dos terminais da linha, resultaram inferior aos limites considerados.

• Foram considerados para-raios de óxido de zinco com tensão nominal de 420 kV, classe 4, com

capacidade de dissipação de energia de 13 kJ/kV.

Considerando a similaridade desse empreendimento com o da linha de transmissão objeto desta

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avaliação, e suas características básicas, com 115 km de extensão, 4 subcondutores por fase (954

MCM), sem compensação em derivação, é pertinente considerar que para a nova linha, entre as SE

Serra Pelada e Itacaiúnas não devem existir restrições quanto a rejeição de carga.

9.4 LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2

Os estudos de viabilidade de extinção de arco secundário apresentados no ítem 3.1 indicaram a

instalação de reatores de neutro de 800 ohms nos reatores em derivação das linhas de transmissão

integrantes do tronco em 500 kV Xingu – Serra Pelada – Miracema – Gilbués – Barreiras II.

Com os reatores em derivação dessas linhas equipados com reator de neutro de 800 ohms, as

simulações de rejeição de carga da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1 e C2, seguidas de falta,

com a rede completa, resultaram em sobretensões sustentadas com energia nos para-raios do

terminal de Miracema da ordem de 8,2 MJoule, como ilustrado na figura mostrada a seguir.

Figura 60 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2, a partir da SE

Miracema, com reator de neutro de 800 Ω. Energia nos para-raios no terminal C1 em Miracema igual a 8,2 MJ.

Esses resultados indicam a necessidade de 2 colunas de para-raios de ZnO, 420 kV ( capacidade de

dissipação de 13 kJ/KV) no terminal Xingu 500 kV da linha de transmissão. Entretanto, em condições

de indisponibilidade da LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas, as sobretensões sustentadas resultaram

em energia dissipadas nos para-raios do terminal de Miracema extremamente elevadas, da ordem

de 27,8 MJoule, como ilustrado na figura mostrada a seguir.

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Figura 61 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, a partir da SE Miracema, com

reator de neutro de 800 Ω. Com falta, sem a LT Serra Pelada - Itacaiúnas

Energia nos para-raios no terminal C1 em Miracema 27,8 MJ.

Com os neutros dos reatores em derivação da LT 500 kV Serra Pelada - Miracema, C1 e C2,

solidamente aterrados, observou-se uma considerável redução na energia dissipada nos para-raios de

ZnO dessa linha, quando da rejeição dupla seguida de falta, com a rede completa, ou mesmo com a

indisponibilidade da LT 500 kV Serra Pelada – Itacaiúnas. As figuras a seguir ilustram os resultados.

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Figura 62 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, C1 e C2, a partir da SE

Miracema Com falta, rede completa

Tensões fase-terra 1,99 pu terminal C1 em Miracema 500 kV

Figura 63 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema,C1 e C2, a partir da SE

Miracema Com falta, rede completa

Energia nos para-raios 2,17 MJ no terminal C1 em Miracema 500 kV

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Figura 64 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, a partir da SE Miracema

Com falta, sem a LT 500 kV Serra Pelada– Itacaiúnas Tensões fase-terra 2,07 pu no terminal C1 em Miracema 500 kV

Figura 65 – Rejeição da LT 500 kV Serra Pelada – Miracema, a partir da SE Miracema Com falta, sem a LT 500 kV Serra Pelada– Itacaiúnas

Energia nos para-raios 12,1 MJ no terminal C1 em Miracema 500 kV

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A Tabela 39 apresenta um sumário dos resultados obtidos com os reatores da linha solidamente

aterrados para a condição de rede completa e para a condição de indisponibilidade da LT 500 kV

Serra Pelada – Itacaiúnas.

Esses resultados indicam a necessidade de 2 colunas de para-raios de ZnO, 420 kV ( capacidade de

dissipação de 13 kJ/KV) no terminal Serra Pelada 500 kV e de 3 colunas no terminal Miracema 500

kV. Quanto às sobretensões impostas aos terminais da linha os maiores valores encontrados foram,

respectivamente, 2,07 p.u e 2,28 p.u., para tensão entre fase e terra e para tensão entre fases. No

que diz respeito a tensão no meio da linha, o maior valor encontrado foi 2,77 p.u., valor pouco

superior ao limite considerado para o isolamento da linha em surtos de manobra, exigindo que o

projetista da linha tome cuidados especiais no projeto final dessa linha de transmissão.

Tabela 39 – Rejeição de Carga na LT 500 kV Serra Pelada (A) – Miracema (B), C1 e C2 – sem a presença de Reator de Neutro

Condição da Rede

(*) Local de Abertura

Fluxo Linha (MW)

Falta aplicada

em

Sobretensões Máximas (pu) Energia nos para-raios (kJ)

tipo Terminal A

½ da LT

Terminal B

Terminal A

Terminal B

I

Terminal A 1500

–-----

fase-terra 1,65 1,62 1,29 16 0,2

fase-fase 1,54 1,52 1,31

Terminal A (fase A C1)

fase-terra 1,95 1,86 1,74 1168 66

fase-fase 1,55 1,52 1,31

Terminal B 1500

–--

fase-terra 1,51 1,93 1,91 1,3 518

fase-fase 1,53 1,85 1,99

Terminal A (fase A C1)

fase-terra 1,83 2,48 1,95 707 2691

fase-fase 1,50 1,65 1,66

II

Terminal A 1500

–-----

fase-terra 1,61 1,58 1,30 8,6 0,2

fase-fase 1,49 1,45 1,33

Terminal A (fase A C1)

fase-terra 1,93 2,07 1,88 1049 503

fase-fase 1,49 1,49 1,27

Terminal B 1500

–--

fase-terra 1,95 2,36 1,99 1976 562

fase-fase 1,97 2,30 2,27

Terminal A (fase A C1)

fase-terra 1,98 2,77 2,07 6735 12147

fase-fase 1,97 2,30 2,28

I) Rede completa; II) Sem LT 500 kV Serra Pelada– Itacaiúnas;

Valores medidos em C1

Valores medidos em C2

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9.5 LT 500 kV Miracema - Gilbués

A tabela e as figuras apresentadas no seguimento deste item mostram os principais resultados

encontrados nas manobras de rejeição de carga para a LT 500 kV Miracema – Gilbués, por ambos os

terminais, considerando os reatores em derivação dotados de reator de neutro de 800 ohms, como

indicado no ítem 6.5 deste relatório.

Foram consideradas as alternativas de rede completa e de indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués –

Barreiras II. Para a rede completa foi ajustado um fluxo de potência na linha em análise, da ordem

do SIL (1670 MW) e com a rede degradada com fluxo ligeiramente inferior.

Na tabela a seguir são apresentados os valores máximos de tensão registrados nas extremidades e

no meio da linha, e os valores máximos de energia absorvidos pelos para-raios. As figuras

apresentam a evolução ao longo do tempo das tensões nos circuitos com faltas e da energia

absorvida pelos para-raios.

A ocorrência de rejeição através de quaisquer dos terminais da linha resultou em baixa energia

dissipada nos para-raios e sobretensões máximas nos terminais, não superiores a 1,95 p.u., portanto,

com valores que não ultrapassam os limites usualmente admissíveis para o projeto de linhas de

transmissão do tipo da considerada como referência. Mesmo no meio da linha foram encontrados

valores pouco elevados, com 2,24 pu máximo, em condição de curto na linha. Esse nível de

sobretensão não deve representar dificuldades para o desempenho adequado da linha, a ser

estudada no Projeto Básico.

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Tabela 40 – Rejeição de Carga na LT 500 kV Miracema - Gilbués Reatores em derivação com reator de neutro de 800 Ω

Condição da Rede

Local de Abertura

Fluxo Linha (MW)

Falta aplicada

em

Sobretensões Máximas (pu) Energia nos para-raios (kJ)

tipo Terminal A

½ da LT

Terminal B

Terminal A

Terminal B

I

Terminal A 1700

–----- fase-terra 1,80 1,70 1,30

62 0,07 fase-fase 1,50 1,45 1,32

Terminal A

(fase A)

fase-terra 1,92 2,19 1,87 1450 600

fase-fase 1,51 1,42 1,39

Terminal B 1500

–-- fase-terra 1,26 1,75 1,87

0,06 133 fase-fase 1,24 1,48 1,65

Terminal B

(fase A)

fase-terra 1,89 2,17 2,10 480 3700

fase-fase 1,33 1,48 1,65

II

Terminal A 1700

–----- fase-terra 1,82 1,70 1,36

77 0,08 fase-fase 1,51 1,50 1,32

Terminal A

(fase C)

fase-terra 1,95 2,24 1,82 4600 508

fase-fase 1,59 1,58* 1,41

Terminal B 1500

–-- fase-terra 1,23 1,69 1,80

0,63 58 fase-fase 1,21 1,41 1,56

Terminal B

(fase A)

fase-terra 1,86 2,11 1,98 480 2900

fase-fase 1,33 1,42 1,56

I) Rede completa; II) Sem a LT 500 kV Gilbués – Barreiras II

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Figura 66 – Rejeição da LT 500 kV Miracema – Gilbués, a partir da SE Miracema,

com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs com reator de neutro de 800 ohms e rede

completa Tensões fase-terra no terminal de Miracema 500 kV

Figura 67 – Rejeição da LT 500 kV Miracema – Gilbués, a partir da SE Miracema,

com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs com reator de neutro de 800 ohms e rede

completa Energia nos para-raios no terminal de Miracema 500 kV

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Figura 68 – Rejeição da LT 500 kV Miracema – Gilbués, a partir da SE Miracema,

com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs com Reator de Neutro de 800 ohms e

Indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II Tensões fase-terra no terminal de Miracema 500 kV

Figura 69 – Rejeição da LT 500 kV Miracema – Gilbués, a partir da SE Miracema,

com falta Situação de maior energia dissipada nos PRs com Reator de Neutro de 800 ohms e

Indisponibilidade da LT 500 kV Gilbués – Barreiras II Energia nos para-raios no terminal de Miracema 500 kV

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9.6 LT 500 kV Gilbués – Barreiras II

A tabela e as figuras apresentadas no seguimento deste item mostram os principais resultados

encontrados nas manobras de rejeição de carga para a LT 500 kV Gilbués – Barreiras II, por ambos

os terminais, considerando os reatores em derivação dotados de reator de neutro de 800 ohms,

como indicado no ítem 6.6 deste relatório.

Foram consideradas as alternativas de rede completa e de indisponibilidade da LT 500 kV Buritirama

– Barreiras II.

Na tabela a seguir são apresentados os valores máximos de tensão registrados nas extremidades e

no meio da linha, e os valores máximos de energia absorvidos pelos para-raios. As figuras

apresentam a evolução ao longo do tempo das tensões nos circuitos com faltas e da energia

absorvida pelos para-raios.

Esses resultados indicam a necessidade de 2 colunas de para-raios de ZnO, 420 kV ( capacidade de

dissipação de 13 kJ/KV) nos terminais Gilbués 500 kV e Barreirras II 500 kV. Quanto às sobretensões

impostas aos terminais da linha os maiores valores encontrados foram, respectivamente, 2,11 p.u e

2,12 p.u., para tensão entre fase e terra e para tensão entre fases. No que diz respeito a tensão no

meio da linha, o maior valor encontrado foi 2,33 p.u., valor inferior ao limite considerado para o

isolamento da linha em surtos de manobra. Esse nível de sobretensão não deve representar

dificuldades para o desempenho adequado da linha, a ser estudada no Projeto Básico.

103 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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Tabela 41 – Rejeição de Carga na LT 500 kV Gilbués (A) – Barreiras II (B)

Condição da Rede Local de

Abertura

Fluxo Linha (MW)

Falta aplicada

em

Sobretensões Máximas (pu) Energia nos para-raios (kJ)

tipo Terminal

A ½ da

LT Terminal

B Terminal

A Terminal

B

I

Terminal A

2300

–-----

fase-terra 1,88 1,75 1,42 179 0,2

fase-fase 1,57 1,37 1,25

Terminal A (fase A)

fase-terra 2,00* 1,89 1,87 3648 451

fase-fase 1,36 1,35 1,44

Terminal B

2300

–--

fase-terra 1,43 1,87 2,01 0,2 789

fase-fase 1,33 1,56 1,73

Terminal B (fase A)

fase-terra 1,53 2,33 2,11 2,2 3422

fase-fase 1,45 1,56 1,73

II

Terminal A

2300

–-----

fase-terra 1,86 2,0 1,61 536 4,8

fase-fase 1,66 1,64 1,50

Terminal A (fase A)

fase-terra 2,06 2,16 1,90 8434 329

fase-fase 1,66 1,67 1,49

Terminal B

2300

fase-terra 1,66 1,94 2,06

3,7 1694 fase-fase 1,52 1,76 2,03

Terminal B (fase A)

fase-terra 1,96 2,18 2,11 415 6235

fase-fase 1,55 1,80 2,12

I) Rede completa; II) Rede degradada - Para manobras no terminal A sem a LT 500 kV Buritirama – Barreiras e para manobras no terminal B sem a LT 500 kV Gilbués – Buritirama.

104 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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Figura 70 – Rejeição da LT 500 kV Gilbués – Barreiras, a partir da SE Gilbués Com falta, rede completa

Tensões fase-terra no terminal de Gilbués 500 kV

Figura 71 – Rejeição da LT 500 kV Gilbués – Barreiras, a partir da SE Gilbués

Com falta, rede completa Energia nos para-raios 3,6 MJ no terminal de Gilbués 500 kV

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Figura 72 – Rejeição da LT 500 kV Gilbués – Barreiras, a partir da SE Gilbués

Com falta, sem a LT 500 kV Buritirama - Barreiras Tensões fase-terra no terminal de Gilbués 500 kV

Figura 73 – Rejeição da LT 500 kV Gilbués – Barreiras, a partir da SE Gilbués

Com falta, sem a LT 500 kV Buritirama - Barreiras Energia nos para-raios 8,4 MJ no terminal de Gilbués 500 kV

106 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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10 REFERÊNCIAS

[1] Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas Estudo; relatório no EPE-DEE-RE-037/2017-rev1, setembro de 2017.

[ 2] Atrasos de instalações de transmissão concedidas - Diagnóstico do desempenho do SIN e recomendação de soluções; nota técnica no EPE-DEE-NT-038/2017-rev0, julho de 2017.

[3] Balossi , A,;Malaguti, M,;Ostano, P, Laboratory full-scale tests for determination of the secondary arc extinction time in high-speed reclosing, IEEE Summer Power Meeting, New Orleans, July 10-15, 1966.

[ 4] Expansão das interligações Norte – Sudeste e Norte – Nordeste, Relatório R1, no EPE-DEE-RE-040_2011-r1, agosto 2011.

[5] Salari, J. C.; Silva Filho, J., I.; Dart, F., C..O Sistema computacional ELEKTRA - Integração de modelos matemáticos para o dimensionamento otimizado de linhas de transmissão com feixes convencionais e não convencionais, X SEPOPE, Florianópolis, Brasil, maio 2006.

[ 6] Detalhamento da Alternativa de Referência LTs 500 kV Itacaiúnas – Colinas, Tucuruí II – Itacaiúnas e Parauapebas”, RE_ EPPT _2.007/12 – revisão 00, Eletrobras Eletronorte – 29 de junho de 2012.

107 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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ANEXO A: DADOS DA REDE REPRESENTADA

A.1 Linhas de Transmissão

Tabela A.1.1 – Parâmetros distribuídos das linhas de transmissão de 500kV

LT's 500kV R1 (Ω/km)

X1 (Ω/km)

C1 (uS/km)

R0 (Ω/km)

X0 (Ω/km)

C0 (uS/km) Nº DE De Nº PARA Para NC km

10008 Xingu 4986 Serra

Pelada 1 443,0 0,0139 0,1920 8,6638 0,3216 1,4003 3,2557

10008 Xingu 4986 Serra

Pelada 2 443,0 0,0139 0,1920 8,6638 0,3216 1,4003 3,2557

4986 Serra

Pelada 571 Miracema 1 415,0 0,0139 0,1920 8,6638 0,3216 1,4003 3,2557

4986 Serra

Pelada 571 Miracema 2 415,0 0,0139 0,1920 8,6638 0,3216 1,4003 3,2557

4986 Serra

Pelada 912 Itacaiúnas 1 115,0 0,0170 0,2687 6,1600 0,3920 1,1000 3,3130

4942 Belo Monte 10008 Xingu 1 13,2 0,0176 0,3082 5,3038 0,2290 0,8720 3,0398

4942 Belo Monte 10008 Xingu 2 13,1 0,0176 0,3082 5,3038 0,2290 0,8720 3,0398

4942 Belo Monte 10008 Xingu 3 13,0 0,0176 0,3082 5,3038 0,2290 0,8720 3,0398

4942 Belo Monte 10008 Xingu 4 12,9 0,0176 0,3082 5,3038 0,2290 0,8720 3,0398

4942 Belo Monte 10008 Xingu 5 13,0 0,0176 0,3082 5,3038 0,2290 0,8720 3,0398

10209 Jurupari 10211 Xingu 1 244,0 0,0190 0,2690 6,2433 0,2187 0,9523 3,4787

10208 Jurupari 10210 Xingu 2 244,0 0,0190 0,2690 6,2433 0,2187 0,9523 3,4787

596 Tucuruí II 10206 Xingu 1 265,0 0,0190 0,2690 6,2433 0,2187 0,9523 3,4787

596 Tucuruí II 10207 Xingu 2 265,0 0,0190 0,2690 6,2433 0,2187 0,9523 3,4787

597 Tucuruí I 499 Marabá 1 223,1 0,0258 0,3263 5,0970 0,4310 1,2680 3,3680

597 Tucuruí I 399 Marabá 2 223,1 0,0170 0,2660 6,0860 0,4240 1,3570 2,7080

596 Tucuruí II 397 Marabá 1 218,0 0,0181 0,2713 6,0330 0,3520 1,4980 2,7960

596 Tucuruí II 197 Marabá 2 218,0 0,0181 0,2713 6,0330 0,3520 1,4980 2,7960

599 Maraba 859 Açailândia 1 246,0 0,0170 0,2660 6,0860 0,4240 1,3570 2,7080

599 Maraba 759 Açailândia 2 246,0 0,0170 0,2660 6,0860 0,4240 1,3570 2,7080

599 Maraba 539 Imperatriz 1 182,0 0,0259 0,3260 5,0670 0,4310 1,2680 3,3680

599 Maraba 539 Imperatriz 2 182,0 0,0170 0,2660 6,0860 0,4240 1,3570 2,7080

539 Imperatriz 559 Açailândia 1 57,0 0,0170 0,2660 6,0860 0,4230 1,3570 2,7080

711 Imperatriz 712 Colinas 1 343,0 0,0172 0,2596 6,2938 0,3644 1,0641 3,1469

715 Imperatriz 735 Colinas 2 343,0 0,0172 0,2596 6,1771 0,3841 1,3389 3,0886

587 Bom Jesus

da Lapa 585 Rio das Éguas 1 321,3 0,0160 0,2730 6,1230 0,3482 1,4170 3,5340

12320 Barreiras 12319 Rio das Éguas 1 239,3 0,0139 0,1917 8,6621 0,3594 1,1546 3,1676

860 Barreiras 855 Rio das Éguas 2 239,3 0,0138 0,1920 8,6500 0,3460 1,1430 3,1600

585 Bom Jesus

da Lapa 11560 Gentio do

Ouro 1 260,0 0,0135 0,1856 8,7454 0,2615 1,0202 5,2472

11560 Gentio do

Ouro 12318 Buritirama 1 152,0 0,0173 0,2711 6,1116 0,3819 1,2543 2,8891

4433 Gurupi 4434 Miracema 1 255,0 0,0164 0,2614 6,1401 0,3637 1,0627 3,0700

4295 Miracema 4296 Gurupi 2 255,0 0,0164 0,2614 6,1401 0,3637 1,0627 3,0700

402 Miracema 5003 Gurupi 3 255,0 0,0164 0,2614 6,1401 0,3637 1,0627 3,0700

166 Colinas 571 Miracema 1 174,0 0,0167 0,2679 6,1110 0,3404 1,2894 3,0555

757 Colinas 571 Miracema 2 174,0 0,0167 0,2679 6,1110 0,3404 1,2894 3,0555

710 Colinas 571 Miracema 3 173,0 0,0167 0,2679 6,1110 0,3404 1,2894 3,0555

571 Miracema 836 Gilbués 1 418,0 0,0139 0,1920 8,6638 0,3216 1,4003 3,2557

571 Miracema 593 Lajeado 1 30,3 0,0190 0,3267 5,1083 0,3713 1,3449 2,5541

571 Miracema 593 Lajeado 2 30,3 0,0232 0,3346 4,9097 0,2374 0,8952 2,9447

591 Colinas 191 Itacaiúnas 1 304,0 0,0155 0,2498 5,9750 0,3290 1,4071 2,9875

108 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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LT's 500kV R1 (Ω/km)

X1 (Ω/km) Nº DE

C1 (uS/km)

R0 (Ω/km)

X0 (Ω/km)

C0 (uS/km) Nº DE De Nº PARA Para NC km

12318 Buritirama 836 Gilbués 1 208,0 0,0173 0,2711 6,1116 0,3819 1,2543 2,8891

854 Gilbues 842 Barreiras 1 311,0 0,0139 0,1920 8,6638 0,3216 1,4003 3,2557

836 Gilbués 537 São João do

Piauí 1 408,0 0,0138 0,2210 7,5377 0,3750 1,1733 2,9957

846 Barreiras 12318 Buritirama 1 208,0 0,0138 0,1920 8,6570 0,3580 1,1600 3,1790

599 Marabá 912 Itacaiúnas 1 33,8 0,0170 0,2680 6,2243 0,1840 0,9230 3,4232

599 Marabá 912 Itacaiúnas 2 33,8 0,0170 0,2680 6,2243 0,1840 0,9230 3,4232

407 Ribeiro

Gonçalves 594 Colinas 1 379,0 0,0183 0,2598 5,9893 0,3464 1,4586 2,9947

453 Ribeiro

Gonçalves 594 Colinas 2 367,0 0,0189 0,2683 6,1852 0,3577 1,5063 3,0926

856 Ribeiro

Gonçalves 537 São João do

Piauí 1 353,0 0,0183 0,2599 5,9827 0,3471 1,4617 2,9964

946 Ribeiro

Gonçalves 537 São João do

Piauí 2 353,0 0,0159 0,2606 6,2799 0,3458 1,4610 3,1399

Tabela A.1.2 – Parâmetros distribuídos das linhas de transmissão de 230kV LT's 230kV R1

(Ω/km) X1

(Ω/km) C1

(uS/km) R0

(Ω/km) X0

(Ω/km) C0

(uS/km) Nº DE De Nº PARA Para NC km

362 Xingu 13502 Altamira 1 59,7 0,0424 0,3028 5,4145 0,4279 1,6373 2,3493

11050 Bom Jesus do Piauí 11051 Gilbués 1 153,0 0,0768 0,4664 3,2044 0,4671 1,6828 1,9226

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Tabela A.1.3 – Compensação reativa das Linhas de 500 kV de tensão nominal

Nº DE Barra DE Nº PARA Barra PARA Circuito

Reatância em

derivação DE(MVAr)

Reatância em derivação PARA(MVAr)

Compensação Série DE(X%)

Compensação Série

PARA(X%)

10008 Xingu 4986 Serra Pelada 1 -345 -345

10008 Xingu 4986 Serra Pelada 2 -345 -345

4986 Serra Pelada 571 Miracema 1 -300 -300

4986 Serra Pelada 571 Miracema 2 -300 -300

571 Miracema 836 Gilbués 1 -300 -300

836 Gilbués 846 Barreiras 1 -200 -200 -0,81 -0,81

599 Marabá 539 Imperatriz 1 -136 -150

599 Marabá 539 Imperatriz 2 -136 -150

599 Marabá 559 Açaiândia 1 -100 -0,792

599 Marabá 559 Açaiândia 2 -100 -0,792

539 Imperatriz 591 Colinas 1 -136 -272 -0,64 -0,95

539 Imperatriz 591 Colinas 2 -136 -272 -0,64 -0,96

536 Ribeiro Gonçalves 591 Colinas 1 -180 -180 -1,88

536 Ribeiro Gonçalves 591 Colinas 2 -180 -180 -1,88

571 Miracema 5002 Gurupi 1 -136 -136 -0,95 -0,95

571 Miracema 5002 Gurupi 2 -136 -136 -0,95 -0,95

571 Miracema 5002 Gurupi 3 -136 -136 -0,95 -0,95

836 Gilbués 537 São João do Piauí 1 -270 -270

12318 Buritirama 836 Gilbués 1 -210

536 Ribeiro Gonçalves 537 São João do Piauí 1 -180 -180 -1,78

536 Ribeiro Gonçalves 537 São João do Piauí 2 -180 -180 -1,78

846 Barreiras 587 Rio das Éguas 1 -175 -175 -0,578 -0,578

846 Barreiras 587 Rio das Éguas 2 -175 -175 -0,578 -0,578

846 Barreiras 12318 Buritirama 1 -150 -150

11560 Gentio do Ouro 12318 Buritirama 1 -210

585 Bom Jesus da Lapa 11560 Gentio do Ouro 1 -180 -180

587 Rio das Éguas 585 Bom Jesus da Lapa

1 -200 -150

10008 Xingú 10009 Jurupari 1 -136 -136 -0,99 -0,99

10008 Xingú 10009 Jurupari 2 -136 -136 -0,99 -0,99

10008 Xingú 596 Tucuruí 2 1 -136 -1,988

10008 Xingú 596 Tucuruí 2 2 -136 -1,988

597 Tucuruí 599 Marabá 1 -100 -0,876

597 Tucuruí 599 Marabá 2 -100 -0,712

596 Tucuruí 2 599 Marabá 1 -136 -0,69

596 Tucuruí 2 599 Marabá 2 -136 -0,704

912 Itacaiúnas 591 Colinas 1 -136 -1,58

912 Itacaiúnas 591 Colinas 2 -136

571 Miracema 591 Colinas 1 -136 -0,952

571 Miracema 591 Colinas 2 -136 -0,952

571 Miracema 591 Colinas 3 -136 -0,96

539 Imperatriz-TCSC* 591 Colinas-TCSC* 1 -0,95

539 Imperatriz-TCSC* 591 Colinas-TCSC* 2 -0,952

*Linha Imperatriz-Colinas com capacitores série controláveis

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A.2 Transformadores

Tabela A.2.1 – Parâmetros dos autotransformadores e transformadores

Subestação Unidades Pot. (MVA) Relação Ligação Dados de Reatância por Transformadores

Xps(Ω) Xpt(Ω) Xst(Ω)

Usina Belo Monte Alstom 4 680 525/18 YD 165,89

Usina Belo Monte Siemens 14 680 525/18 YD 165,87

Xingu 1 336 500/230 YY 98,63 Xingu Elos CC 2 1186,3 500,6/335,7 YD 67,47 Xingu Elos CC 2 1186,3 500/335,7 YY 34,27 Xingu Elos CC 2 1186,3 530/335,7 YD 82,80 Xingu Elos CC 2 1186,3 530/335,7 YY 40,23

Itacaiúnas 3 450 534/230/13,8 YYD 74,98 1884,41 350,61

Miracema 2 180 516/138/13,8 YYD 173,65 199,48 0,15

Colinas 2 180 500/138 YYD 325,00 160,21 11,3488

Gilbués 1 250 501/232/13,8 YYD 128,96 1038,62 223,07

Gilbués 2 250 500,6/232,1 YDY 415,71 119,22 25,81

Barreiras Autotransfomador 1 300 296/230/13,8 AAD 85,13 2120,75 1228,17

Maraba 2 300 296/230 YYD 100,94 5461,17 1124,84

A.3 Pára-raios ZnO

Tabela A.5.1 – Curvas de descarga 30 x 60 µs e capacidades de dissipação

Corrente (A) Tensão Residual 420 kV

Curva Mínima (V) Curva Máxima (V) 2 633974 700708 6 656331 725418

20 681754 753518 60 705799 780094

200 733134 810306 600 760469 840519

1000 767600 848400 2000 790400 873600

Capacidade de dissipação máximas (kJ) 5460

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A.4 Equivalentes

Tabela A.4.1 – Parâmetros elétricos dos equivalentes próprios, base 100 MVA

NOME BARRA DE N BARRA DE

TIPO R1 % X1 % R0 % X0 %

Colinas_A 138 20600 GERADOR 499,82 1365 4,2942 30,985

Buritirama 500 12318 GERADOR 0,33303 6,3331 0,48558 4,965

Gentil do Ouro 500 11560 GERADOR 0,20946 8,8343 0,2164 3,1803

Barreiras 230 11286 GERADOR 3,4921 33,445 1,2914 9,0373

B. Jesus-PI 230 11050 GERADOR 11,363 186,67 0,53034 9,6425

Jurupari 500 10009 GERADOR 0,25787 2,8452 0,18825 2,0493

Gurupi 500 5002 GERADOR 0,11021 1,441 0,75049 3,0554

Itacaiúnas 230 913 GERADOR 1,4694 30,947 5,3141 28,734

Miracema 138 911 GERADOR 27,659 90,675 4,2224 22,968

Tucuruí I 500 597 GERADOR 0,00004 1,0124 0,00206 0,37454

Tucuruí II 500 596 GERADOR 0,00069 1,0152 0,00757 0,45929

Lajeado 500 593 GERADOR 0,0352 4,9127 0,01257 1,8165

Rio das Éguas 500 587 GERADOR 0,14894 2,2552 0,51518 3,04 Bom Jesus da Lapa

500 585 GERADOR 0,12129 2,7303 0,08259 1,3662

Açailândia 500 559 GERADOR 0,10061 4,8229 0,78615 6,2272

Imperatriz 500 539 GERADOR 0,06404 1,9721 0,23645 1,8542

São João do Piauí 500 537 GERADOR 0,1112 1,6954 0,25184 1,9587

Ribeiro Gonçalves 500 536 SHUNT 10000 10000 0,29711 6,7908

Altamira 230 362 GERADOR 0,74409 13,966 0,53371 6,2475

Maraba 230 299 GERADOR 27,479 186,15 0,24819 11,835

Tabela A.4.2 – Parâmetros elétricos dos equivalentes mútuos, base 100 MVA

NOME BARRA DE N

BARRA DE

NOME BARRA PARA

N BARRA PARA TIPO R1 % X1 % R0 % X0 %

Colinas_B 138 9805 Colinas_A 138 20600 LINHA 20,393 44,892 245,55 459,17

Miracema 138 911 Colinas_A 138 20600 LINHA 19,821 48,059 149,42 345,9

Lajeado 500 593 Miracema 138 911 TRANSFORMADOR 5,311 19,952 200,78 463,45

Rio das Éguas 500 587 Gurupi 500 5002 LINHA 0,32846 1,9132 37,775 77,42

Rio das Éguas 500 587 Bom Jesus da Lapa 500 585 LINHA 0,82427 9,4128 261,81 495,53

Bom Jesus da Lapa 500 585 Gurupi 500 5002 LINHA 3,8751 31,962 403000 199000

Bom Jesus da Lapa 500

585 Barreiras 230 11286 TRANSFORMADOR 6,1131 29,732 47,379 141,25

Açailândia 500 559 Imperatriz 500 539 LINHA 0,56982 3,4874 66,155 136,11

São João do Piauí 500

537 Imperatriz 500 539 LINHA 1,4206 7,8453 184,33 289,94

São João do Piauí 500 537 Açailândia 500 559 LINHA 1,5661 11,239 427,75 720,59

São João do Piauí 500 537 B. Jesus-PI 230 11050 TRANSFORMADOR 6,8686 36,698 258000 393000

São João do Piauí 500

537 Gentil do Ouro 500

11560 LINHA 0,68316 5,9784 73,908 134,97

São João do Piauí 500 537 Buritirama 500 12318 LINHA 0,39487 4,934 19,121 46,889

Altamira 230 362 Tucuruí I 500 597 TRANSFORMADOR 2,38 19,19 41,117 160,84

Maraba 230 299 Itacaiúnas 230 913 LINHA 1,134 6,8164 5,5904 21,571

112 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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ANEXO B: ENTRADAS DE DADOS DO PROGRAMA ATP

B.1 ENTRADA DE DADOS COM CONFIGURAÇÃO COMPLETA

BEGIN NEW DATA CASE C -------------------------------------------------------- C Generated by ATPDRAW setembro, quarta-feira 27, 2017 C A Bonneville Power Administration program C by H. K. Høidalen at SEfAS/NTNU - NORWAY 1994-2009 C -------------------------------------------------------- POWER FREQUENCY 60. C dT >< Tmax >< Xopt >< Copt ><Epsiln> 2.5E-5 .3 60. 60. 500 1 1 1 1 0 0 1 0 C 1 2 3 4 5 6 7 8 C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890 /BRANCH C < n1 >< n2 ><ref1><ref2>< R >< L >< C > C < n1 >< n2 ><ref1><ref2>< R >< A >< B ><Leng><><>0 C Bom Jesus da Lapa 500 kV - BJLS C Jurupari 500 kV - JRPRS C Xingu 500 kV - XNGS C Belo Monte 500 kV - BMNTS C Tucuruí I 500 kV - TCR1S C Serra Pelada 500 kV - SPLDS C Itacaiúnas 500 kV - ITCNS C Maraba 500 kV - MRBS C Açailândia 500 kV - ACLNS C Colinas_A 138 kV - CLNAM C Imperatriz 500 kV - IMPRS C Colinas 500 kV - CLNS C Ribeiro Gonçalves 500 kV - RGNCS C Miracema 500 kV - MRCS C Gilbués 500 kV - GLBS C Lajeado 500 kV - LJDS C Gurupi 500 kV - GRPS C Barreiras 500 kV - BRRS C Gentil do Ouro 500 kV - GDORS C São João do Piauí 500 kV - SJPS C Buritirama 500 kV - BRTRS C Rio das Éguas 500 kV - RDEGS C Xingu 230 kV - XNGO C Gilbués 230 kV - GLBO C Altamira 230 kV - ALTO C B. Jesus-PI 230 kV - BJPIO C Xingu 500 kV - XNGS C Belo Monte 500 kV - BMNTS C LT 500 kV Belo Monte - Xingu C1 -1BMNTSAXNGSA .00023.00087.0030413200. 0 0 0 -2BMNTSBXNGSB 1.8E-5.00031 .005313200. 0 0 0 -3BMNTSCXNGSC 0 C LT 500 kV Belo Monte - Xingu C1 -1BMNTSAXNGSA .00023.00087.0030413100. 0 0 0 -2BMNTSBXNGSB 1.8E-5.00031 .005313100. 0 0 0 -3BMNTSCXNGSC 0 C LT 500 kV Belo Monte - Xingu C1 -1BMNTSAXNGSA .00023.00087.00304 1.3E4 0 0 0 -2BMNTSBXNGSB 1.8E-5.00031 .0053 1.3E4 0 0 0 -3BMNTSCXNGSC 0 C LT 500 kV Belo Monte - Xingu C1 -1BMNTSAXNGSA .00023.00087.0030412900. 0 0 0 -2BMNTSBXNGSB 1.8E-5.00031 .005312900. 0 0 0 -3BMNTSCXNGSC 0 C LT 500 kV Belo Monte - Xingu C1 -1BMNTSAXNGSA .00023.00087.00304 1.3E4 0 0 0 -2BMNTSBXNGSB 1.8E-5.00031 .0053 1.3E4 0 0 0

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Ministério de Minas e Energia

-3BMNTSCXNGSC 0 C Trafo - Xingu 500/230 TRANSFORMER 1.9841 1355.X0001A 0 1.984086691 1354.974764 661.3622305 1555.49042 9999 1XNGSA 1.2349.313 500. 2XNGOA .2610.435 230. TRANSFORMER X0001A X0001B 0 1XNGSB 2XNGOB TRANSFORMER X0001A X0001C 0 1XNGSC 2XNGOC C Xingu 230 kV - XNGO C Altamira 230 kV - ALTO C LT 230 kV Xingu - Altamira -1ALTOA XNGOA .00043.00164.0023559700. 0 0 0 -2ALTOB XNGOB 4.2E-5 .0003.0054159700. 0 0 0 -3ALTOC XNGOC 0 C LT 500 kV Juruapari - Xingu C1 -1X0007AX0006A .00022.00095.003482.44E5 0 0 0 -2X0007BX0006B 1.9E-5.00027.006242.44E5 0 0 0 -3X0007CX0006C 0 C LT 500 kV Juruapari - Xingu C2 -1X0008AX0009A .00022.00095.003482.44E5 0 0 0 -2X0008BX0009B 1.9E-5.00027.006242.44E5 0 0 0 -3X0008CX0009C 0 C Jurupari 500 kV - JRPRS XX0002 1.E8 0 C TRAFO CONVERSOR XINGU 500Y/335,7D KV - 1188 MVA TRANSFORMER 2.35 1083.X0003A 1.E6 0 2.35 1083. 8.7 1137. 24.3 1191. 735. 1223. 765. 1235. 3104. 1408. 9999 1XNGSA .4735 18.94288.68 2X0075AX0075B .6404225.617193.82 TRANSFORMER X0003A X0003B 0 1XNGSB 2X0075BX0075C TRANSFORMER X0003A X0003C 0 1XNGSC 2X0075CX0075A C TRAFO CONVERSOR XINGU 500Y/335,7D KV - 1186,3 MVA TRANSFORMER 2.81 1083.X0004A 1.E6 0 2.81 1083. 13.1 1137. 43.1 1188. 673. 1231. 712. 1248. 2860. 1502. 9999 1XNGSA .3372 16.84288.68 2X0081AX0081B .456 22.77 335.7 TRANSFORMER X0004A X0004B 0 1XNGSB 2X0081BX0081C TRANSFORMER X0004A X0004C 0 1XNGSC 2X0081CX0081A C TRAFO CONVERSOR XINGU 500Y/335,7D KV - 1188 MVA TRANSFORMER 2.35 1083.X0005A 1.E6 0 2.35 1083. 8.7 1137. 24.3 1191. 735. 1223. 765. 1235. 3104. 1408. 9999 1XNGSA .4735 18.94288.68 2X0087AX0087B .6404225.617193.82 TRANSFORMER X0005A X0005B 0 1XNGSB 2X0087BX0087C

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TRANSFORMER X0005A X0005C 0 1XNGSC 2X0087CX0087A C Capacitor - LT 500 kV Juruapari - Xingu C1 - XNG XNGSA X0006A 40388. 0 XNGSB X0006B 40388. 0 XNGSC X0006C 40388. 0 C Capacitor - LT 500 kV Juruapari - Xingu C1 - JRPR X0007AJRPRSA 40388. 0 X0007BJRPRSB 40388. 0 X0007CJRPRSC 40388. 0 C Capacitor - LT 500 kV Juruapari - Xingu C2 - JRPR X0008AJRPRSA 40388. 0 X0008BJRPRSB 40388. 0 X0008CJRPRSC 40388. 0 C Capacitor - LT 500 kV Juruapari - Xingu C2 - XNG XNGSA X0009A 40388. 0 XNGSB X0009B 40388. 0 XNGSC X0009C 40388. 0 C Tucuruí 500 kV - TCR2S C LT 500 kV Tucuruí II - Xingu C1 -1X0010ATCR2SA .00022.00095.003482.65E5 0 0 0 -2X0010BTCR2SB 1.9E-5.00027.006242.65E5 0 0 0 -3X0010CTCR2SC 0 C LT 500 kV Tucuruí II - Xingu C2 -1X0011ATCR2SA .00022.00095.003482.65E5 0 0 0 -2X0011BTCR2SB 1.9E-5.00027.006242.65E5 0 0 0 -3X0011CTCR2SC 0 C Capacitor - LT 500 kV Tucuruí II - Xingu C1 - XNG X0010AXNGSA 20117. 0 X0010BXNGSB 20117. 0 X0010CXNGSC 20117. 0 C Capacitor - LT 500 kV Tucuruí II - Xingu C2 - XNG X0011AXNGSA 20117. 0 X0011BXNGSB 20117. 0 X0011CXNGSC 20117. 0 C Tucuruí II 500 kV - TCR2S C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Juruapari - Xingu C1 - XNG X0006A 6.131838.2 0 X0006B 6.131838.2 0 X0006C 6.131838.2 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Juruapari - Xingu C1 - JRPR X0007A 6.131838.2 0 X0007B 6.131838.2 0 X0007C 6.131838.2 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Juruapari - Xingu C2 - JRPR X0008A 6.131838.2 0 X0008B 6.131838.2 0 X0008C 6.131838.2 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Juruapari - Xingu C2 - XNG X0009A 6.131838.2 0 X0009B 6.131838.2 0 X0009C 6.131838.2 0 C Tucuruí I 500 kV - TCR1S C Shunt 136 MVA -LT 500 kV Tucuruí II - Xingu C1 - XNG X0010A 6.131838.2 0 X0010B 6.131838.2 0 X0010C 6.131838.2 0 C Shunt 136 MVA -LT 500 kV Tucuruí II - Xingu C2 - XNG X0011A 6.131838.2 0 X0011B 6.131838.2 0 X0011C 6.131838.2 0 C Maraba 500 kV - MRBS C Reator entre barras - Tucuruí I - Tucuruí II TCR1SATCR2SA 20. 0 TCR1SBTCR2SB 20. 0 TCR1SCTCR2SC 20. 0 C LT 500 kV Tucuruí I - Maraba C1 -1X0012ATCR1SA .00043.00127.003372.23E5 0 0 0 -2X0012BTCR1SB 2.6E-5.00033 .00512.23E5 0 0 0 -3X0012CTCR1SC 0 C Capacitor -0.876% - LT 500 kV Tucuruí I - Maraba C1 - MRB MRBSA X0012A 45662. 0 MRBSB X0012B 45662. 0 MRBSC X0012C 45662. 0 C LT 500 kV Tucuruí I - Maraba C2 -1X0013ATCR1SA .00042.00136.002712.23E5 0 0 0 -2X0013BTCR1SB 1.7E-5.00027.006092.23E5 0 0 0

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-3X0013CTCR1SC 0 C Capacitor -0.712% - LT 500 kV Tucuruí I - Maraba C2 - MRB MRBSA X0013A 56180. 0 MRBSB X0013B 56180. 0 MRBSC X0013C 56180. 0 C Shunt 136 MVA -LT 500 kV Tucuruí I - Maraba C1 - MRB X0013A 6.131838.2 0 X0013B 6.131838.2 0 X0013C 6.131838.2 0 C Shunt 136 MVA -LT 500 kV Tucuruí I - Maraba C1 - MRB X0012A 6.131838.2 0 X0012B 6.131838.2 0 X0012C 6.131838.2 0 C LT 500 kV Tucuruí II - Maraba C1 -1X0014ATCR2SA .00035 .0015 .00282.18E5 0 0 0 -2X0014BTCR2SB 1.8E-5.00027.006032.18E5 0 0 0 -3X0014CTCR2SC 0 C Capacitor -0.69% - LT 500 kV Tucuruí II - Maraba C1 - MRB MRBSA X0014A 57971. 0 MRBSB X0014B 57971. 0 MRBSC X0014C 57971. 0 C Shunt 100 MVA -LT 500 kV Tucuruí II - Maraba C1 - MRB X0014A 8.33 2500. 0 X0014B 8.33 2500. 0 X0014C 8.33 2500. 0 C LT 500 kV Tucuruí II - Maraba C2 -1X0015ATCR2SA .00035 .0015 .00282.18E5 0 0 0 -2X0015BTCR2SB 1.8E-5.00027.006032.18E5 0 0 0 -3X0015CTCR2SC 0 C Capacitor -0.704% - LT 500 kV Tucuruí II - Maraba C2 - MRB MRBSA X0015A 56818. 0 MRBSB X0015B 56818. 0 MRBSC X0015C 56818. 0 C Shunt 100 MVA -LT 500 kV Tucuruí II - Maraba C1 - MRB X0015A 8.33 2500. 0 X0015B 8.33 2500. 0 X0015C 8.33 2500. 0 C Serra Pelada 500 kV - SPLDS C LT 500 kV Xingu - Serra Pelada C1 -1X0102ASPLDSA .00036.00115.003174.43E5 0 0 0 -2X0102BSPLDSB 1.4E-5.00019.008654.43E5 0 0 0 -3X0102CSPLDSC 0 C LT 500 kV Xingu - Serra Pelada C1 -1XNGSA SPLDSA .00036.00115.003174.43E5 0 0 0 -2XNGSB SPLDSB 1.4E-5.00019.008654.43E5 0 0 0 -3XNGSC SPLDSC 0 C Shunt 345 MVA - LT 500 kV Xingu - Serra Pelada C1 - XNG X0102A 2.415724.64 0 X0102B 2.415724.64 0 X0102C 2.415724.64 0 C Shunt 345 MVA - LT 500 kV Xingu - Serra Pelada C1 - SPLD SPLDSA 2.415724.64 0 SPLDSB 2.415724.64 0 SPLDSC 2.415724.64 0 C Shunt 345 MVA - LT 500 kV Xingu - Serra Pelada C1 - XNG XNGSA 2.415724.64 0 XNGSB 2.415724.64 0 XNGSC 2.415724.64 0 C Shunt 345 MVA - LT 500 kV Xingu - Serra Pelada C1 - SPLD SPLDSA 2.415724.64 0 SPLDSB 2.415724.64 0 SPLDSC 2.415724.64 0 C Itacaiúnas 500 kV - ITCNS C LT 500 kV Maraba - Itacaiúnas C1 -1ITCNSAMRBSA .00018.00092.0034233800. 0 0 0 -2ITCNSBMRBSB 1.7E-5.00027.0062233800. 0 0 0 -3ITCNSCMRBSC 0 C LT 500 kV Maraba - Itacaiúnas C1 -1ITCNSAMRBSA .00018.00092.0034233800. 0 0 0 -2ITCNSBMRBSB 1.7E-5.00027.0062233800. 0 0 0 -3ITCNSCMRBSC 0 C Açailândia 500 kV - ACLNS C LT 500 kV Maraba - Açailandia C1 -1MRBSA X0016A .00042.00136.002712.46E5 0 0 0 -2MRBSB X0016B 1.7E-5.00027.006092.46E5 0 0 0 -3MRBSC X0016C 0 C Capacitor --0.792% - LT 500 kV Maraba - Açailandia C1 - MRB X0016AACLNSA 50505. 0

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X0016BACLNSB 50505. 0 X0016CACLNSC 50505. 0 C LT 500 kV Maraba - Açailandia C2 -1MRBSA X0017A .00042.00136.002712.46E5 0 0 0 -2MRBSB X0017B 1.7E-5.00027.006092.46E5 0 0 0 -3MRBSC X0017C 0 C Shunt 100 MVA -LT 500 kV Maraba - Açailandia C1 - ACLN X0016A 8.33 2500. 0 X0016B 8.33 2500. 0 X0016C 8.33 2500. 0 C Capacitor --0.792% - LT 500 kV Maraba - Açailandia C2 - MRB X0017AACLNSA 50505. 0 X0017BACLNSB 50505. 0 X0017CACLNSC 50505. 0 C Shunt 100 MVA -LT 500 kV Maraba - Açailandia C2 - ACLN X0017A 8.33 2500. 0 X0017B 8.33 2500. 0 X0017C 8.33 2500. 0 C Imperatriz 500 kV - IMPRS C LT 500 kV Maraba - Imperatriz C1 -1IMPRSAMRBSA .00043.00127.003371.82E5 0 0 0 -2IMPRSBMRBSB 2.6E-5.00033.005071.82E5 0 0 0 -3IMPRSCMRBSC 0 C Shunt 150 MVA - LT 500 kV Maraba - Imperatriz C1 - IMPR IMPRSA 5.551666.7 0 IMPRSB 5.551666.7 0 IMPRSC 5.551666.7 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Maraba - Imperatriz C1 - MRB MRBSA 6.131838.2 0 MRBSB 6.131838.2 0 MRBSC 6.131838.2 0 C LT 500 kV Maraba - Imperatriz C2 -1IMPRSAMRBSA .00042.00136.002711.82E5 0 0 0 -2IMPRSBMRBSB 1.7E-5.00027.006091.82E5 0 0 0 -3IMPRSCMRBSC 0 C Shunt 150 MVA - LT 500 kV Maraba - Imperatriz C2 - IMPR IMPRSA 5.551666.7 0 IMPRSB 5.551666.7 0 IMPRSC 5.551666.7 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Maraba - Imperatriz C2 - MRB MRBSA 6.131838.2 0 MRBSB 6.131838.2 0 MRBSC 6.131838.2 0 C LT 500 kV Açailandia - Imperatriz -1IMPRSAACLNSA .00042.00136.00271 5.7E4 0 0 0 -2IMPRSBACLNSB 1.7E-5.00027.00609 5.7E4 0 0 0 -3IMPRSCACLNSC 0 C LT 500 kV Serra Pelada - Itacaiúnas -1SPLDSAITCNSA .00039 .0011.003311.15E5 0 0 0 -2SPLDSBITCNSB 1.7E-5.00027.006161.15E5 0 0 0 -3SPLDSCITCNSC 0 C Trafo 1 Belo Monte 500/18 - Sinc - 3 Unidades - 3x680 MVA TRANSFORMER 10.47 1260.X0019A 1.E6 0 10.47 1259. 20.23 1285. 32.99 1299. 52.42 1305. 162.98 1311. 1245.26 1399. 9999 1BMNTSA .3208912.835288.68 2X0018AX0018B .0012 .0499 18. TRANSFORMER X0019A X0019B 0 1BMNTSB 2X0018BX0018C TRANSFORMER X0019A X0019C 0 1BMNTSC 2X0018CX0018A 51X0020AX0018A .040824 52X0020BX0018B .040824 53X0020CX0018C X0117A .1 0 X0117B .1 0 X0117C .1 0 C TRAFO3 450/450 MVA 500 kV/230 kV Xps=2,22 Xt=6,667 ITACAIÚNAS TRANSFORMER 7.35011169.3X0021A 1.E6 0 7.35012766 1169.28131 36.5788525 1299.20146

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228.02549 1385.81489 494.574054 1450.77496 9999 1ITCNSA .868234.726 308.3 2ITCNOA .18677.4671132.79 3X0117AX0117B .03091.2353 13.8 TRANSFORMER X0021A X0021B 0 1ITCNSB 2ITCNOB 3X0117BX0117C TRANSFORMER X0021A X0021C 0 1ITCNSC 2ITCNOC 3X0117CX0117A X0116A .1 0 X0116B .1 0 X0116C .1 0 C TRAFO1 450/450 MVA 500 kV/230 kV Xps=2,22 Xt=6,667 ITACAIÚNAS TRANSFORMER 7.35011169.3X0022A 1.E6 0 7.35012766 1169.28131 36.5788525 1299.20146 228.02549 1385.81489 494.574054 1450.77496 9999 1ITCNSA .868234.726 308.3 2ITCNOA .18677.4671132.79 3X0115AX0115B .03091.2353 13.8 TRANSFORMER X0022A X0022B 0 1ITCNSB 2ITCNOB 3X0115BX0115C TRANSFORMER X0022A X0022C 0 1ITCNSC 2ITCNOC 3X0115CX0115A X0115A .1 0 X0115B .1 0 X0115C .1 0 C TRAFO2 450/450 MVA 500 kV/230 kV Xps=2,22 Xt=6,667 ITACAIÚNAS TRANSFORMER 7.35011169.3X0023A 1.E6 0 7.35012766 1169.28131 36.5788525 1299.20146 228.02549 1385.81489 494.574054 1450.77496 9999 1ITCNSA .868234.726 308.3 2ITCNOA .18677.4671132.79 3X0116AX0116B .03091.2353 13.8 TRANSFORMER X0023A X0023B 0 1ITCNSB 2ITCNOB 3X0116BX0116C TRANSFORMER X0023A X0023C 0 1ITCNSC 2ITCNOC 3X0116CX0116A C Colinas_A 138 kV - CLNAM C Colinas_B 138 kV - CLNBM C Colinas 500 kV - CLNS C Capacitor -0.950% - LT 500 kV Imperatriz - Colinas C1 - IMPR TCSC X0024AX0025A 42105. 0 X0024BX0025B 42105. 0 X0024CX0025C 42105. 0 C LT 500 kV Imperatriz - Colinas C1 -1X0026AX0024A .00036.00106.003153.43E5 0 0 0 -2X0026BX0024B 1.7E-5.00026.006293.43E5 0 0 0 -3X0026CX0024C 0 C Capacitor -0.640% - LT 500 kV Imperatriz - Colinas C1 - IMPR X0025AIMPRSA 62500. 0 X0025BIMPRSB 62500. 0 X0025CIMPRSC 62500. 0 C Capacitor --0.950% - LT 500 kV Imperatriz - Colinas C1 - CLNS CLNSA X0026A 42105. 0 CLNSB X0026B 42105. 0 CLNSC X0026C 42105. 0 C Capacitor -0.952% - LT 500 kV Imperatriz - Colinas C2 - IMPR TCSC X0027AX0028A 42017. 0 X0027BX0028B 42017. 0

118 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

X0027CX0028C 42017. 0 C LT 500 kV Imperatriz - Colinas C2 -1X0029AX0027A .00038.00134.003093.43E5 0 0 0 -2X0029BX0027B 1.7E-5.00026.006183.43E5 0 0 0 -3X0029CX0027C 0 C Capacitor -0.640% - LT 500 kV Imperatriz - Colinas C2 - MRB X0028AIMPRSA 62500. 0 X0028BIMPRSB 62500. 0 X0028CIMPRSC 62500. 0 C Capacitor --0.960% - LT 500 kV Imperatriz - Colinas C2 - CLNS CLNSA X0029A 41667. 0 CLNSB X0029B 41667. 0 CLNSC X0029C 41667. 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Imperatriz - Colinas C1 - IMPR X0024A 6.131838.2 0 X0024B 6.131838.2 0 X0024C 6.131838.2 0 C Shunt 272 MVA - LT 500 kV Imperatriz - Colinas C1 - CLN X0026A 3.06919.12 0 X0026B 3.06919.12 0 X0026C 3.06919.12 0 C Shunt 272 MVA - LT 500 kV Imperatriz - Colinas C2 - CLN X0029A 3.06919.12 0 X0029B 3.06919.12 0 X0029C 3.06919.12 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Imperatriz - Colinas C2 - IMPR X0027A 6.131838.2 0 X0027B 6.131838.2 0 X0027C 6.131838.2 0 C LT 500 kV Colinas - Itacaiúnas -1CLNSA X0030A .00033.00141.002993.04E5 0 0 0 -2CLNSB X0030B 1.6E-5.00025.005983.04E5 0 0 0 -3CLNSC X0030C 0 C Capacitor -1.58% - LT 500 kV Colinas - Itacaiúnas - ITCN X0030AITCNSA 25316. 0 X0030BITCNSB 25316. 0 X0030CITCNSC 25316. 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Colinas - Itacaiúnas - ITCN X0030A 6.131838.2 0 X0030B 6.131838.2 0 X0030C 6.131838.2 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Colinas - Itacaiúnas - CLN CLNSA 6.131838.2 0 CLNSB 6.131838.2 0 CLNSC 6.131838.2 0 C Ribeiro Gonçalves 500 kV - RGNCS C Miracema 500 kV - MRCS C LT 500 kV Serra Pelada - Miracema C1 -1MRCSA SPLDSA .00036.00115.003174.15E5 0 0 0 -2MRCSB SPLDSB 1.4E-5.00019.008654.15E5 0 0 0 -3MRCSC SPLDSC 0 C LT 500 kV Serra Pelada - Miracema C2 -1MRCSA SPLDSA .00036.00115.003174.15E5 0 0 0 -2MRCSB SPLDSB 1.4E-5.00019.008654.15E5 0 0 0 -3MRCSC SPLDSC 0 C Shunt 300 MVA - LT 500 kV Serra Pelada - Miracema C1 - SPLD SPLDSA 2.77833.33 0 SPLDSB 2.77833.33 0 SPLDSC 2.77833.33 0 C Shunt 300 MVA - LT 500 kV Serra Pelada - Miracema C1 - MRCS MRCSA 2.77833.33 0 MRCSB 2.77833.33 0 MRCSC 2.77833.33 0 C Shunt 300 MVA - LT 500 kV Serra Pelada - Miracema C2 - SPLD SPLDSA 2.77833.33 0 SPLDSB 2.77833.33 0 SPLDSC 2.77833.33 0 C Shunt 300 MVA - LT 500 kV Serra Pelada - Miracema C2 - MRCS MRCSA 2.77833.33 0 MRCSB 2.77833.33 0 MRCSC 2.77833.33 0 C LT 500 kV Colinas - Miracema C1 -1MRCSA X0104A .00034.00129.003061.74E5 0 0 0 -2MRCSB X0104B 1.7E-5.00027.006111.74E5 0 0 0 -3MRCSC X0104C 0 C Capacitor -0.952% - LT 500 kV Colinas - Miracema C1 - CLNS X0104ACLNSA 42017. 0 X0104BCLNSB 42017. 0

119 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

X0104CCLNSC 42017. 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Colinas - Miracema C1 - MRC MRCSA 6.131838.2 0 MRCSB 6.131838.2 0 MRCSC 6.131838.2 0 C LT 500 kV Colinas - Miracema C2 -1MRCSA X0105A .00034.00129.003061.74E5 0 0 0 -2MRCSB X0105B 1.7E-5.00027.006111.74E5 0 0 0 -3MRCSC X0105C 0 C Capacitor -0.952% - LT 500 kV Colinas - Miracema C2 - CLNS X0105ACLNSA 42017. 0 X0105BCLNSB 42017. 0 X0105CCLNSC 42017. 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Colinas - Miracema C2 - MRC MRCSA 6.131838.2 0 MRCSB 6.131838.2 0 MRCSC 6.131838.2 0 C LT 500 kV Colinas - Miracema C3 -1MRCSA X0106A .00034.00129.003061.73E5 0 0 0 -2MRCSB X0106B 1.7E-5.00027.006111.73E5 0 0 0 -3MRCSC X0106C 0 C Capacitor -0.960% - LT 500 kV Colinas - Miracema C3 - CLNS X0106ACLNSA 41667. 0 X0106BCLNSB 41667. 0 X0106CCLNSC 41667. 0 C Shunt 136 MVA - LT 500 kV Colinas - Miracema C3 - MRC MRCSA 6.131838.2 0 MRCSB 6.131838.2 0 MRCSC 6.131838.2 0 C Trafo 1 - Colinas 500/138/13.8 - 180 MVA TRANSFORMER .15253 270.9X0031A 0 0.152531 270.904 0.243645 541.808 0.327146 812.712 0.432827 948.163 0.881816 1083.615 1.873286 1151.341 13.012198 1252.93 101.963216 1354.519 412.282038 1422.245 9999 1CLNSA 4.0625 162.5288.68 2CLNAMA .30912.379 79.67 TRANSFORMER X0031A X0031B 0 1CLNSB 2CLNAMB TRANSFORMER X0031A X0031C 0 1CLNSC 2CLNAMC C Trafo 1 - Colinas 500/138/13.8 - 180 MVA TRANSFORMER .15253 270.9X0032A 0 0.152531 270.904 0.243645 541.808 0.327146 812.712 0.432827 948.163 0.881816 1083.615 1.873286 1151.341 13.012198 1252.93 101.963216 1354.519 412.282038 1422.245 9999 1CLNSA 4.0625 162.5288.68 2CLNBMA .30912.379 79.67 TRANSFORMER X0032A X0032B 0 1CLNSB 2CLNBMB TRANSFORMER X0032A X0032C 0 1CLNSC 2CLNBMC X0033A 1.E6 0 X0033B 1.E6 0 X0033C 1.E6 0 C Lajeado 500 kV - LJDS C Gurupi 500 kV - GRPS C LT 500 kV Miracema - Gurupi C1 -1X0035AX0034A .00036.00106.003072.55E5 0 0 0 -2X0035BX0034B 1.6E-5.00026.006142.55E5 0 0 0 -3X0035CX0034C 0

120 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

C Capacitor -0.950% - LT 500 kV Miracema - Gurupi C1 - MRC X0034AMRCSA 42105. 0 X0034BMRCSB 42105. 0 X0034CMRCSC 42105. 0 C Capacitor -0.950% - LT 500 kV Miracema - Gurupi C1 - GRP GRPSA X0035A 42105. 0 GRPSB X0035B 42105. 0 GRPSC X0035C 42105. 0 C Shunt 136 MVA -LT 500 kV Miracema - Gurupi C1 - MRC X0034A 6.131838.2 0 X0034B 6.131838.2 0 X0034C 6.131838.2 0 C Shunt 136 MVA -LT 500 kV Miracema - Gurupi C1 - GRP X0035A 6.131838.2 0 X0035B 6.131838.2 0 X0035C 6.131838.2 0 C LT 500 kV Miracema - Gurupi C2 -1X0037AX0036A .00036.00106.003072.55E5 0 0 0 -2X0037BX0036B 1.6E-5.00026.006142.55E5 0 0 0 -3X0037CX0036C 0 C Capacitor -0.950% - LT 500 kV Miracema - Gurupi C2 - MRC X0036AMRCSA 42105. 0 X0036BMRCSB 42105. 0 X0036CMRCSC 42105. 0 C Capacitor -0.950% - LT 500 kV Miracema - Gurupi C2 - GRP GRPSA X0037A 42105. 0 GRPSB X0037B 42105. 0 GRPSC X0037C 42105. 0 C Shunt 136 MVA -LT 500 kV Miracema - Gurupi C2 - MRC X0036A 6.131838.2 0 X0036B 6.131838.2 0 X0036C 6.131838.2 0 C Shunt 136 MVA -LT 500 kV Miracema - Gurupi C2 - GRP X0037A 6.131838.2 0 X0037B 6.131838.2 0 X0037C 6.131838.2 0 C LT 500 kV Miracema - Gurupi C3 -1X0039AX0038A .00036.00106.003072.55E5 0 0 0 -2X0039BX0038B 1.6E-5.00026.006142.55E5 0 0 0 -3X0039CX0038C 0 C Capacitor -0.950% - LT 500 kV Miracema - Gurupi C3 - MRC X0038AMRCSA 42105. 0 X0038BMRCSB 42105. 0 X0038CMRCSC 42105. 0 C Capacitor -0.950% - LT 500 kV Miracema - Gurupi C3 - GRP GRPSA X0039A 42105. 0 GRPSB X0039B 42105. 0 GRPSC X0039C 42105. 0 C Shunt 136 MVA -LT 500 kV Miracema - Gurupi C3 - MRC X0038A 6.131838.2 0 X0038B 6.131838.2 0 X0038C 6.131838.2 0 C Shunt 136 MVA -LT 500 kV Miracema - Gurupi C3 - GRP X0039A 6.131838.2 0 X0039B 6.131838.2 0 X0039C 6.131838.2 0 C LT 500 kV Miracema - Lajeado C1 -1LJDSA MRCSA .00037.00134.0025530300. 0 0 0 -2LJDSB MRCSB 1.9E-5.00033.0051130300. 0 0 0 -3LJDSC MRCSC 0 C LT 500 kV Miracema - Lajeado C2 -1LJDSA MRCSA .00037.00134.0025530300. 0 0 0 -2LJDSB MRCSB 1.9E-5.00033.0051130300. 0 0 0 -3LJDSC MRCSC 0 X0118A .1 0 X0118B .1 0 X0118C .1 0 X0119A .1 0 X0119B .1 0 X0119C .1 0 C AUTOTRANSFORMADOR BARREIRAS II 500/230/13.8kV 1x300MVA TRANSFORMER 2.2 1251.X0040A 0 2.2 1251. 4.79 1276. 8.7 1299. 27.25 1310. 37.58 1314. 206.39 1742.

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Ministério de Minas e Energia

9999 1BRRSA BRROA 2.146485.858170.89 2BRROA .011-.4408132.79 3X0033AX0033B .1106 4.423 13.8 TRANSFORMER X0040A X0040B 0 1BRRSB BRROB 2BRROB 3X0033BX0033C TRANSFORMER X0040A X0040C 0 1BRRSC BRROC 2BRROC 3X0033CX0033A C LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - Colinas C1 -1CLNSA X0041A .00035.00146.002993.79E5 0 0 0 -2CLNSB X0041B 1.8E-5.00026.005993.79E5 0 0 0 -3CLNSC X0041C 0 C Capacitor -1.88% - LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - Colinas C1 - RGNC X0041ARGNCSA 21277. 0 X0041BRGNCSB 21277. 0 X0041CRGNCSC 21277. 0 C Shunt 180 MVA -LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - Colinas C1 - CLN CLNSA 4.631388.9 0 CLNSB 4.631388.9 0 CLNSC 4.631388.9 0 C Shunt 180 MVA -LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - Colinas C1 - RGNC X0041A 4.631388.9 0 X0041B 4.631388.9 0 X0041C 4.631388.9 0 C LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - Colinas C2 -1CLNSA X0042A .00036.00151.003093.67E5 0 0 0 -2CLNSB X0042B 1.9E-5.00027.006193.67E5 0 0 0 -3CLNSC X0042C 0 C Capacitor -1.88% - LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - Colinas C2 - RGNC X0042ARGNCSA 21277. 0 X0042BRGNCSB 21277. 0 X0042CRGNCSC 21277. 0 C Shunt 180 MVA -LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - Colinas C2 - CLN CLNSA 4.631388.9 0 CLNSB 4.631388.9 0 CLNSC 4.631388.9 0 C Shunt 180 MVA -LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - Colinas C2 - RGNC X0042A 4.631388.9 0 X0042B 4.631388.9 0 X0042C 4.631388.9 0 C Gilbués 500 kV - GLBS C LT 500 kV Miracema - Gilbues -1MRCSA GLBSA .00036.00115.003174.18E5 0 0 0 -2MRCSB GLBSB 1.4E-5.00019.008654.18E5 0 0 0 -3MRCSC GLBSC 0 C Shunt 300 MVA - LT 500 kV Miracema - Gilbues - MRC MRCSA 2.77833.33 0 MRCSB 2.77833.33 0 MRCSC 2.77833.33 0 C Shunt 300 MVA - LT 500 kV Miracema - Gilbues - GLBS GLBSA 2.77833.33 0 GLBSB 2.77833.33 0 GLBSC 2.77833.33 0 C Trafo - Gilbues 500/230/13.8 - 250 MVA TRANSFORMER 1.9841 1355.X0043A 0 9999 1GLBSA 1.625 65.288.68 2GLBOA .34375 13.75132.79 3X0044AX0044B .0185 .74 13.8 TRANSFORMER X0043A X0043B 0 1GLBSB 2GLBOB 3X0044BX0044C TRANSFORMER X0043A X0043C 0 1GLBSC 2GLBOC 3X0044CX0044A X0044A .001 0 X0044B .001 0 X0044C .001 0 C Gilbués 230 kV - GLBO C B. Jesus-PI 230 kV - BJPIO C LT 230 kV Gilbués - Bom de Jesus PI -1BJPIOAGLBOA .00047.00168.001921.53E5 0 0 0

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-2BJPIOBGLBOB 7.7E-5.00047 .00321.53E5 0 0 0 -3BJPIOCGLBOC 0 C Trafo 1 - Gilbues 230/69/13.8 TRANSFORMER 1.9841 1355.X0045A 0 9999 1GLBOA 3.1025124.05132.79 2X0107AX0107B .656526.249 69. 3X0046AXX0047 .0004-.0174 7.96 TRANSFORMER X0045A X0045B 0 1GLBOB 2X0107BX0107C 3X0046BXX0047 TRANSFORMER X0045A X0045C 0 1GLBOC 2X0107CX0107A 3X0046CXX0047 X0046A .001 0 X0046B .001 0 X0046C .001 0 C Trafo 1 - Gilbues 230/69/13.8 TRANSFORMER 1.9841 1355.X0048A 0 9999 1GLBOA 3.1025124.05132.79 2X0108AX0108B .656526.249 69. 3X0049AXX0050 .0004-.0174 7.96 TRANSFORMER X0048A X0048B 0 1GLBOB 2X0108BX0108C 3X0049BXX0050 TRANSFORMER X0048A X0048C 0 1GLBOC 2X0108CX0108A 3X0049CXX0050 X0049A .001 0 X0049B .001 0 X0049C .001 0 C São João do Piauí 500 kV - SJPS C LT 500 kV Gilbués - São João do Piauí -1GLBSA SJPSA .00038.00117 .0034.08E5 0 0 0 -2GLBSB SJPSB 1.4E-5.00022.007544.08E5 0 0 0 -3GLBSC SJPSC 0 C Shunt 270 MVA - LT 500 kV Gilbués - São João do Piauí - GLB GLBSA 3.09925.93 0 GLBSB 3.09925.93 0 GLBSC 3.09925.93 0 C Shunt 270 MVA - LT 500 kV Gilbués - São João do Piauí - SJPS SJPSA 3.09925.93 0 SJPSB 3.09925.93 0 SJPSC 3.09925.93 0 C Capacitor -1.78% - LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - São João do Piaui C1 - RGNC X0109AX0051A 22472. 0 X0109BX0051B 22472. 0 X0109CX0051C 22472. 0 C LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - São João do Piaui C1 -1X0051ASJPSA .00035.00146 .0033.79E5 0 0 0 -2X0051BSJPSB 1.8E-5.00026.005983.79E5 0 0 0 -3X0051CSJPSC 0 C Shunt 180 MVA -LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - São João do Piaui C1 - RGNC X0051A 4.631388.9 0 X0051B 4.631388.9 0 X0051C 4.631388.9 0 C Shunt 180 MVA -LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - São João do Piaui C1 - SJPS SJPSA 4.631388.9 0 SJPSB 4.631388.9 0 SJPSC 4.631388.9 0 C Capacitor -1.78% - LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - São João do Piaui C2 - RGNC X0110AX0052A 22472. 0 X0110BX0052B 22472. 0 X0110CX0052C 22472. 0 C LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - São João do Piaui C2 -1X0052ASJPSA .00035.00146.003143.79E5 0 0 0 -2X0052BSJPSB 1.6E-5.00026.006283.79E5 0 0 0 -3X0052CSJPSC 0 C Shunt 180 MVA -LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - São João do Piaui C2 - RGNC X0052A 4.631388.9 0 X0052B 4.631388.9 0 X0052C 4.631388.9 0 C Shunt 180 MVA -LT 500 kV Ribeiro Gonçalves - São João do Piaui C2 - SJPS

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SJPSA 4.631388.9 0 SJPSB 4.631388.9 0 SJPSC 4.631388.9 0 C Colinas_B 138 kV - CLNBM C Barreiras 500 kV - BRRS C Maraba 230 kV - MRBO C LT 500 kV Gilbues - Barreiras -1X0054AX0053A .00036.00115.003173.11E5 0 0 0 -2X0054BX0053B 1.4E-5.00019.008653.11E5 0 0 0 -3X0054CX0053C 0 C Shunt 200 MVA -LT 500 kV Gilbues - Barreiras - GLBS X0053A 4.17 1250. 0 X0053B 4.17 1250. 0 X0053C 4.17 1250. 0 C Shunt 200 MVA -LT 500 kV Gilbues - Barreiras - BRR X0054A 4.17 1250. 0 X0054B 4.17 1250. 0 X0054C 4.17 1250. 0 C Capacitor -0.814% - LT 500 kV Gilbues - Barreiras - GLBS X0053AGLBSA 49140. 0 X0053BGLBSB 49140. 0 X0053CGLBSC 49140. 0 C Capacitor -0.814% - LT 500 kV Gilbues - Barreiras - BRRS BRRSA X0054A 49140. 0 BRRSB X0054B 49140. 0 BRRSC X0054C 49140. 0 C Buritirama 500 kV - BRTRS C LT 500 kV Barreiras - Buritirama -1BRRSA BRTRSA .00036.00116.003182.08E5 0 0 0 -2BRRSB BRTRSB 1.4E-5.00019.008662.08E5 0 0 0 -3BRRSC BRTRSC 0 C Shunt 150 MVA - LT 500 kV Barreiras - Buritirama - BRR BRRSA 5.561666.7 0 BRRSB 5.561666.7 0 BRRSC 5.561666.7 0 C Shunt 150 MVA - LT 500 kV Barreiras - Buritirama - BRTR BRTRSA 5.561666.7 0 BRTRSB 5.561666.7 0 BRTRSC 5.561666.7 0 C LT 500 kV Buritirama - Gilbues -1BRTRSAGLBSA .00038.00125.002892.08E5 0 0 0 -2BRTRSBGLBSB 1.7E-5.00027.006112.08E5 0 0 0 -3BRTRSCGLBSC 0 C Shunt 210 MVA -LT 500 kV Buritirama - Gilbues - GLBS GLBSA 3.971190.5 0 GLBSB 3.971190.5 0 GLBSC 3.971190.5 0 C Bom Jesus da Lapa 500 kV - BJLS C Gentil do Ouro 500 kV - GDORS C LT 500 kV Gentil do Ouro - Buritirama -1GDORSABRTRSA .00038.00125.002891.52E5 0 0 0 -2GDORSBBRTRSB 1.7E-5.00027.006111.52E5 0 0 0 -3GDORSCBRTRSC 0 C Shunt 210 MVA - LT 500 kV Gentil do Ouro - Buritirama - GDORS GDORSA 3.971190.5 0 GDORSB 3.971190.5 0 GDORSC 3.971190.5 0 C Rio das Éguas 500 kV - RDEGS C LT 500 kV Barreiras - Rio das Éguas C1 -1X0056AX0055A .00036.00115.003172.39E5 0 0 0 -2X0056BX0055B 1.4E-5.00019.008662.39E5 0 0 0 -3X0056CX0055C 0 C Shunt 175 MVA - LT 500 kV Barreiras - Rio das Éguas C1 - BRR X0055A 4.761428.6 0 X0055B 4.761428.6 0 X0055C 4.761428.6 0 C Shunt 175 MVA - LT 500 kV Barreiras - Rio das Éguas C1 - RDEG X0056A 4.761428.6 0 X0056B 4.761428.6 0 X0056C 4.761428.6 0 C Capacitor -0.578% - LT 500 kV Barreiras - Rio das Éguas C1 - BRR X0055ABRRSA 69204. 0 X0055BBRRSB 69204. 0 X0055CBRRSC 69204. 0 C Capacitor -0.578% - LT 500 kV Barreiras - Rio das Éguas C1 - RDEG RDEGSAX0056A 69204. 0 RDEGSBX0056B 69204. 0 RDEGSCX0056C 69204. 0

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C LT 500 kV Barreiras - Rio das Éguas C2 -1X0058AX0057A .00035.00114.003162.39E5 0 0 0 -2X0058BX0057B 1.4E-5.00019.008652.39E5 0 0 0 -3X0058CX0057C 0 C Shunt 175 MVA -LT 500 kV Barreiras - Rio das Éguas C2 - BRR X0057A 4.761428.6 0 X0057B 4.761428.6 0 X0057C 4.761428.6 0 C Shunt 175 MVA -LT 500 kV Barreiras - Rio das Éguas C2 - RDEG X0058A 4.761428.6 0 X0058B 4.761428.6 0 X0058C 4.761428.6 0 C Capacitor -0.578% - LT 500 kV Barreiras - Rio das Éguas C2 - BRR X0057ABRRSA 69204. 0 X0057BBRRSB 69204. 0 X0057CBRRSC 69204. 0 C Capacitor -0.578% - LT 500 kV Barreiras - Rio das Éguas C2 - RDEG RDEGSAX0058A 69204. 0 RDEGSBX0058B 69204. 0 RDEGSCX0058C 69204. 0 C LT 500 kV Bom Jesus da Lapa - Rio das Éguas -1RDEGSABJLSA .00035.00142.003533.21E5 0 0 0 -2RDEGSBBJLSB 1.6E-5.00027.006123.21E5 0 0 0 -3RDEGSCBJLSC 0 C Shunt 150 MVA - LT 500 kV Bom Jesus da Lapa - Rio das Éguas - BJL BJLSA 5.561666.7 0 BJLSB 5.561666.7 0 BJLSC 5.561666.7 0 C Shunt 200 MVA -LT 500 kV Bom Jesus da Lapa - Rio das Éguas - RDEG RDEGSA 4.17 1250. 0 RDEGSB 4.17 1250. 0 RDEGSC 4.17 1250. 0 C LT 500 kV Bom Jesus da Lapa - Gentil do Ouro -1BJLSA GDORSA .00026.00102.00525 2.6E5 0 0 0 -2BJLSB GDORSB 1.3E-5.00019.00875 2.6E5 0 0 0 -3BJLSC GDORSC 0 C Shunt 180 MVA - LT 500 kV Bom Jesus da Lapa - Gentil do Ouro - BJL BJLSA 4.631388.9 0 BJLSB 4.631388.9 0 BJLSC 4.631388.9 0 C Shunt 180 MVA - LT 500 kV Bom Jesus da Lapa - Gentil do Ouro - GDOR GDORSA 4.631388.9 0 GDORSB 4.631388.9 0 GDORSC 4.631388.9 0 C Barreiras 500 kV - BRRO C Barreiras 230 kV - BRRO C Itacaiúnas 230 kV - ITCNO C Itacaiúnas 230 kV - ITCNO C Miracema 138 kV - MRCM C Maraba 230 kV - MRBO C AUTO-TRANSFORMADOR DE MARABA 1 - 550/246.8/14.8 kV - 300 MVA TRANSFORMER .645751191.2X0059A 0 0.64574953 1191.1935 2.3078627 1310.3129 6.1179067 1369.8725 9.058017 1393.6964 30.218452 1488.9919 132.479951 1564.8637 9999 1MRBSA 2.462 123.1288.68 2X0103A .0938 -4.69126.15 3X0060AX0060B .0935 4.67713.455 TRANSFORMER X0059A X0059B 0 1MRBSB 2X0103B 3X0060BX0060C TRANSFORMER X0059A X0059C 0 1MRBSC 2X0103C 3X0060CX0060A X0060A .001 0 X0060B .001 0 X0060C .001 0 C AUTO-TRANSFORMADOR DE MARABA 2 - 550/246.8/14.8 kV - 450 MVA TRANSFORMER 3.34021191.2X0061A 0 3.3402411406 1191.1935126 7.4985913805 1310.3128639 17.697719133 1399.6523773

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53.982274515 1429.4322152 483.85799089 1548.5515664 9999 1MRBSA .471 23.56288.68 2X0103A .076 3.82126.15 3X0062AX0062B .07 3.48 13.8 TRANSFORMER X0061A X0061B 0 1MRBSB 2X0103B 3X0062BX0062C TRANSFORMER X0061A X0061C 0 1MRBSC 2X0103C 3X0062CX0062A X0062A .001 0 X0062B .001 0 X0062C .001 0 C Miracema 138 kV - MRCM C Equivalente - Colinas_A 138 kV - CLNAE C Equivalente - Buritirama 500 kV - BRTRE C Equivalente - Gentil do Ouro 500 kV - GDORE C Equivalente - Barreiras 230 kV - BRRE C Equivalente - B. Jesus-PI 230 kV - BJPIE C Equivalente - Jurupari 500 kV - JRPRE C Equivalente - Gurupi 500 kV - GRPE C Equivalente - Itacaiúnas 230 kV - ITCNE C Equivalente - Miracema 138 kV - MRCE C Equivalente - Tucuruí I 500 kV - TCR1E C Equivalente - Tucuruí II 500 kV - TCR2E C Equivalente - Lajeado 500 kV - LJDE C Equivalente - Rio das Éguas 500 kV - RDEGE C Equivalente - Bom Jesus da Lapa 500 kV - BJLE C Equivalente - Açailândia 500 kV - ACLNE C Equivalente - Imperatriz 500 kV - IMPRE C Equivalente - São João do Piauí 500 kV - SJPE C Equivalente - Altamira 230 kV - ALTE C Equivalente - Maraba 230 kV - MRBE C Equivalente Transformação - LJDS - MRCM 51LJDSA X0063A 5019.5 11586.25 52LJDSB X0063B 132.78 498.8 53LJDSC X0063C C Transformador de transferência TRANSFORMER X0064A 0 9999 1X0063A .0001 .0001 500. 2MRCMA .0001 .0001 138. TRANSFORMER X0064A X0064B 0 1X0063B 2MRCMB TRANSFORMER X0064A X0064C 0 1X0063C 2MRCMC C Lajeado 500 kV - LJDS C Miracema 138 kV - MRCM C Equivalente Transformação - BJLS - BRRO 51BJLSA X0065A 1184.5 3531.25 52BJLSB X0065B 152.83 743.3 53BJLSC X0065C C Transformador de transferência TRANSFORMER X0066A 0 9999 1X0065A .0001 .0001 500. 2BRROA .0001 .0001 230. TRANSFORMER X0066A X0066B 0 1X0065B 2BRROB TRANSFORMER X0066A X0066C 0 1X0065C 2BRROC C Bom Jesus da Lapa 500 kV - BJLS C Barreiras 230 kV - BRRO C Equivalente Transformação - SJPS - BJPIO 51SJPSA X0067A 6.45E6 9.825E6 52SJPSB X0067B 171.72 917.45 53SJPSC X0067C C Transformador de transferência TRANSFORMER X0068A 0 9999

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1X0067A .0001 .0001 500. 2BJPIOA .0001 .0001 230. TRANSFORMER X0068A X0068B 0 1X0067B 2BJPIOB TRANSFORMER X0068A X0068C 0 1X0067C 2BJPIOC C São João do Piauí 500 kV - SJPS C B. Jesus-PI 230 kV - BJPIO C Equivalente Transformação - ALTO - TCR1S 51X0069AALTOA 217.51 850.8436 52X0069BALTOB 12.59 101.5151 53X0069CALTOC C Transformador de transferência TRANSFORMER X0070A 0 9999 1TCR1SA 1.E-7 1.E-7 500. 2X0069A 1.E-7 1.E-7 230. TRANSFORMER X0070A X0070B 0 1TCR1SB 2X0069B TRANSFORMER X0070A X0070C 0 1TCR1SC 2X0069C C Tucuruí I 500 kV - TCR1S C Altamira 230 kV - ALTO C TRAFO CONVERSOR XINGU 500Y/335,7Y KV - 1186,3 MVA TRANSFORMER 2.35 1083.X0071A 1.E6 0 2.35 1083. 8.7 1137. 24.3 1191. 735. 1223. 765. 1235. 3104. 1408. 9999 1XNGSA .3372 16.84288.68 2X0114AXX0002 .1897 7.589193.82 TRANSFORMER X0071A X0071B 0 1XNGSB 2X0114BXX0002 TRANSFORMER X0071A X0071C 0 1XNGSC 2X0114CXX0002 XX0072 1.E8 0 C TRAFO CONVERSOR XINGU 500Y/335,7Y KV - 1188 MVA TRANSFORMER 2.35 1083.X0073A 1.E6 0 2.35 1083. 8.7 1137. 24.3 1191. 735. 1223. 765. 1235. 3104. 1408. 9999 1XNGSA .4735 18.94288.68 2X0111AXX0072 .2135 8.539193.82 TRANSFORMER X0073A X0073B 0 1XNGSB 2X0111BXX0072 TRANSFORMER X0073A X0073C 0 1XNGSC 2X0111CXX0072 XX0074 1.E8 0 C TRAFO CONVERSOR XINGU 500Y/335,7Y KV - 1188 MVA TRANSFORMER 2.35 1083.X0076A 1.E6 0 2.35 1083. 8.7 1137. 24.3 1191. 735. 1223. 765. 1235. 3104. 1408. 9999 1XNGSA .4735 18.94288.68 2X0112AXX0074 .2135 8.539193.82 TRANSFORMER X0076A X0076B 0 1XNGSB 2X0112BXX0074 TRANSFORMER X0076A X0076C 0

127 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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1XNGSC 2X0112CXX0074 X0075A .1 0 X0075B .1 0 X0075C .1 0 XX0078 1.E8 0 C TRAFO CONVERSOR XINGU 500Y/335,7D KV - 1186,3 MVA TRANSFORMER 2.81 1083.X0079A 1.E6 0 2.81 1083. 13.1 1137. 43.1 1188. 673. 1231. 712. 1248. 2860. 1502. 9999 1XNGSA .3372 16.84288.68 2X0077AX0077B .456 22.77 335.7 TRANSFORMER X0079A X0079B 0 1XNGSB 2X0077BX0077C TRANSFORMER X0079A X0079C 0 1XNGSC 2X0077CX0077A C TRAFO CONVERSOR XINGU 500Y/335,7Y KV - 1186,3 MVA TRANSFORMER 2.35 1083.X0080A 1.E6 0 2.35 1083. 8.7 1137. 24.3 1191. 735. 1223. 765. 1235. 3104. 1408. 9999 1XNGSA .3372 16.84288.68 2X0113AXX0078 .1897 7.589193.82 TRANSFORMER X0080A X0080B 0 1XNGSB 2X0113BXX0078 TRANSFORMER X0080A X0080C 0 1XNGSC 2X0113CXX0078 X0081A .1 0 X0081B .1 0 X0081C .1 0 C Trafo 1 Belo Monte 500/18 - Usina - 3 Unidades - 3x680 MVA TRANSFORMER 13.96 1251.X0083A 1.E6 0 13.96 1251. 31.79 1276. 50.6 1299. 122.2 1310. 226.84 1314. 4567.13 1742. 9999 1BMNTSA .3208912.835288.68 2X0082AX0082B .0012 .0499 18. TRANSFORMER X0083A X0083B 0 1BMNTSB 2X0082BX0082C TRANSFORMER X0083A X0083C 0 1BMNTSC 2X0082CX0082A 51X0084AX0082A .034992 52X0084BX0082B .034992 53X0084CX0082C C ATR02 MIRACEMA 500/138/13.8kV, 180MVA TRANSFORMER 2.94011169.3X0085A 0 2.94005106 1169.28131 14.631541 1299.20146 91.2101959 1385.81489 197.829621 1450.77496 9999 1MRCSA 4.359174.38297.91 2MRCMA .0001 .0001 79.67 3X0118AX0118B .001 .018 13.8 TRANSFORMER X0085A X0085B 0 1MRCSB 2MRCMB 3X0118BX0118C TRANSFORMER X0085A X0085C 0

128 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

1MRCSC 2MRCMC 3X0118CX0118A C ATR01 MIRACEMA 500/138/13.8kV, 180MVA TRANSFORMER 2.94011169.3X0086A 0 2.94005106 1169.28131 14.631541 1299.20146 91.2101959 1385.81489 197.829621 1450.77496 9999 1MRCSA 4.359174.38297.91 2MRCMA .0001 .0001 79.67 3X0119AX0119B .001 .018 13.8 TRANSFORMER X0086A X0086B 0 1MRCSB 2MRCMB 3X0119BX0119C TRANSFORMER X0086A X0086C 0 1MRCSC 2MRCMC 3X0119CX0119A X0087A .1 0 X0087B .1 0 X0087C .1 0 X0108A .001 0 X0108B .001 0 X0108C .001 0 X0107A .001 0 X0107B .001 0 X0107C .001 0 X0077A .1 0 X0077B .1 0 X0077C .1 0 C Shunt 136 MVA - Barra Xingu 500 XNGSA 6.131838.2 0 XNGSB 6.131838.2 0 XNGSC 6.131838.2 0 C Shunt 300 MVA - BRRS BRRSA .001833.33 0 BRRSB .001833.33 0 BRRSC .001833.33 0 C Shunt 600 MVA - GLBS GLBSA .001416.67 0 GLBSB .001416.67 0 GLBSC .001416.67 0 51RGNCSA .38575 347.225 52RGNCSB 1.E6 999999. 53RGNCSC C Shunt 2x136 MVA - Barra Colinas 500 CLNSA .001919.12 0 CLNSB .001919.12 0 CLNSC .001919.12 0 C Shunt 2x136 MVA - Barra Miracema 500 MRCSA .001919.12 0 MRCSB .001919.12 0 MRCSC .001919.12 0 C Shunt 4x180 MVA - Serra Pelada SPLDSA .001462.96 0 SPLDSB .001462.96 0 SPLDSC .001462.96 0 C Shunt 3x180 MVA - Maraba 500 MRBSA .001462.96 0 MRBSB .001462.96 0 MRBSC .001462.96 0 C Shunt 136 MVA - Itacaiúnas ITCNSA .0011838.2 0 ITCNSB .0011838.2 0 ITCNSC .0011838.2 0 C Carga Ribeiro Goncalves: -42.6 MW + j 42.7 MVar RGNCSA 3227.4 309. 0 RGNCSB 3227.4 309. 0 RGNCSC 3227.4 309. 0 C Filtro - Bipolo 1 - C1 - TIPO A XNGSA X0088A 863.31 0 XNGSB X0088B 863.31 0 XNGSC X0088C 863.31 0 RGNCSA 1.347.22 0 RGNCSB 1.347.22 0

129 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

RGNCSC 1.347.22 0 C Filtro - Bipolo 1 - L1 - TIPO A X0088AX0089A 2.6782 0 X0088BX0089B 2.6782 0 X0088CX0089C 2.6782 0 C Filtro - Bipolo 1 - R1 - TIPO A X0088A 1200. 0 X0088B 1200. 0 X0088C 1200. 0 C Filtro - Bipolo 1 - R2 - TIPO A X0089AX0090A 1200. 0 X0089BX0090B 1200. 0 X0089CX0090C 1200. 0 C Filtro - Bipolo 1 - L2 - TIPO A X0089AX0090A 11.801 0 X0089BX0090B 11.801 0 X0089CX0090C 11.801 0 C Filtro - Bipolo 1 - C2 - TIPO A X0089AX0090A 8486.5 0 X0089BX0090B 8486.5 0 X0089CX0090C 8486.5 0 C Filtro - Bipolo 1 - R3 - TIPO A X0090A 2500. 0 X0090B 2500. 0 X0090C 2500. 0 C Filtro - Bipolo 1 - 3 - TIPO A X0090A 6.3687 0 X0090B 6.3687 0 X0090C 6.3687 0 C Filtro - Bipolo 1 - C3 - TIPO A X0090A 252.21 0 X0090B 252.21 0 X0090C 252.21 0 C Filtro - Bipolo 1 - C1 - TIPO B XNGSA X0091A 717.41 0 XNGSB X0091B 717.41 0 XNGSC X0091C 717.41 0 C Filtro - Bipolo 1 - L1 - TIPO B X0091AX0092A 3.0239 0 X0091BX0092B 3.0239 0 X0091CX0092C 3.0239 0 C Filtro - Bipolo 1 - R1 - TIPO A X0091A 1500. 0 X0091B 1500. 0 X0091C 1500. 0 C Filtro - Bipolo 1 - R2 - TIPO B X0092AX0093A 500. 0 X0092BX0093B 500. 0 X0092CX0093C 500. 0 C Filtro - Bipolo 1 - L2 - TIPO B X0092AX0093A 1.8141 0 X0092BX0093B 1.8141 0 X0092CX0093C 1.8141 0 C Filtro - Bipolo 1 - C2 - TIPO B X0092AX0093A 1990.5 0 X0092BX0093B 1990.5 0 X0092CX0093C 1990.5 0 C Filtro - Bipolo 1 - R3 - TIPO B X0093A 400. 0 X0093B 400. 0 X0093C 400. 0 C Filtro - Bipolo 1 - 3 - TIPO B X0093A .47238 0 X0093B .47238 0 X0093C .47238 0 C Filtro - Bipolo 1 - C3 - TIPO B X0093A 2148.1 0 X0093B 2148.1 0 X0093C 2148.1 0 C Filtro - Bipolo 1 - C1 - TIPO A XNGSA X0094A 863.31 0 XNGSB X0094B 863.31 0 XNGSC X0094C 863.31 0 C Filtro - Bipolo 1 - L1 - TIPO A X0094AX0095A 2.6782 0 X0094BX0095B 2.6782 0 X0094CX0095C 2.6782 0 C Filtro - Bipolo 1 - R1 - TIPO A

130 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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X0094A 1200. 0 X0094B 1200. 0 X0094C 1200. 0 C Filtro - Bipolo 1 - R2 - TIPO A X0095AX0096A 1200. 0 X0095BX0096B 1200. 0 X0095CX0096C 1200. 0 C Filtro - Bipolo 1 - L2 - TIPO A X0095AX0096A 11.801 0 X0095BX0096B 11.801 0 X0095CX0096C 11.801 0 C Filtro - Bipolo 1 - C2 - TIPO A X0095AX0096A 8486.5 0 X0095BX0096B 8486.5 0 X0095CX0096C 8486.5 0 C Filtro - Bipolo 1 - R3 - TIPO A X0096A 2500. 0 X0096B 2500. 0 X0096C 2500. 0 C Filtro - Bipolo 1 - 3 - TIPO A X0096A 6.3687 0 X0096B 6.3687 0 X0096C 6.3687 0 C Filtro - Bipolo 1 - C3 - TIPO A X0096A 252.21 0 X0096B 252.21 0 X0096C 252.21 0 C Filtro - Bipolo 1 - C1 - TIPO B XNGSA X0097A 717.41 0 XNGSB X0097B 717.41 0 XNGSC X0097C 717.41 0 C Filtro - Bipolo 1 - L1 - TIPO B X0097AX0098A 3.0239 0 X0097BX0098B 3.0239 0 X0097CX0098C 3.0239 0 C Filtro - Bipolo 1 - R1 - TIPO A X0097A 1500. 0 X0097B 1500. 0 X0097C 1500. 0 C Filtro - Bipolo 1 - R2 - TIPO B X0098AX0099A 500. 0 X0098BX0099B 500. 0 X0098CX0099C 500. 0 C Filtro - Bipolo 1 - L2 - TIPO B X0098AX0099A 1.8141 0 X0098BX0099B 1.8141 0 X0098CX0099C 1.8141 0 C Filtro - Bipolo 1 - C2 - TIPO B X0098AX0099A 1990.5 0 X0098BX0099B 1990.5 0 X0098CX0099C 1990.5 0 C Filtro - Bipolo 1 - R3 - TIPO B X0099A 400. 0 X0099B 400. 0 X0099C 400. 0 C Filtro - Bipolo 1 - 3 - TIPO B X0099A .47238 0 X0099B .47238 0 X0099C .47238 0 C Filtro - Bipolo 1 - C3 - TIPO B X0099A 2148.1 0 X0099B 2148.1 0 X0099C 2148.1 0 C Trafo Elevador Equ. Tuc. 2 - Apenas Saturacao - 9 Unid.x 370 MVA TRANSFORMER 189.681340.1X0100A 1.E6 0 189.684 1340.105362 446.468625 1407.110631 868.25295 1474.115899 1513.31625 1621.527489 2634.1875 1701.93381 4662.225 1755.538025 9999 1TCR2SA 1.E-5 1.E-5 1. 2TCR2TA 1.E-5 1.E-5 1. TRANSFORMER X0100A X0100B 0 1TCR2SB 2TCR2TB TRANSFORMER X0100A X0100C 0

131 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

1TCR2SC 2TCR2TC C Trafo Elevador Equ. Tuc. 1 - Apenas Saturacao - 8 Unid.x 370 MVA TRANSFORMER 168.611340.1X0101A 1.E6 0 168.608 1340.105362 396.861 1407.110631 771.7804 1474.115899 1345.17 1621.527489 2341.5 1701.93381 4144.2 1755.538025 9999 1TCR1SA 1.E-5 1.E-5 1. 2TCR1TA 1.E-5 1.E-5 1. TRANSFORMER X0101A X0101B 0 1TCR1SB 2TCR1TB TRANSFORMER X0101A X0101C 0 1TCR1SC 2TCR1TC C Tucuruí 500 kV - TCR2S C Tucuruí 500 kV - TCR2S C Equivalente de Rede - Impedâncias Próprias e de Transferência C 1 2 3 4 5 6 7 8 C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890 C BARR1\BARR2\ \-R1-\------X----\ 51CLNAMACLNAEA 8.177859.007834 52CLNAMBCLNAEB 951.852599.506 53CLNAMCCLNAEC 51BRTRSABRTREA 12.139124.125 52BRTRSBBRTREB 8.3257158.3275 53BRTRSCBRTREC 51GDORSAGDOREA 5.41 79.5075 52GDORSBGDOREB 5.2365220.8575 53GDORSCGDOREC 51BRROA BRREA 6.831547.807317 52BRROB BRREB 18.473176.92405 53BRROC BRREC 51BJPIOABJPIEA 2.805451.008825 52BJPIOBBJPIEB 60.110987.4843 53BJPIOCBJPIEC 51JRPRSAJRPREA 4.706251.2325 52JRPRSBJRPREB 6.446771.13 53JRPRSCJRPREC 51CLNBMACLNAMA 467.62874.443348 52CLNBMBCLNAMB 38.83685.4923248 53CLNBMCCLNAMC 51GRPSA GRPEA 18.76276.385 52GRPSB GRPEB 2.755236.025 53GRPSC GRPEC 51ITCNOAITCNEA 28.111152.00286 52ITCNOBITCNEB 7.7731163.70963 53ITCNOCITCNEC 51MRCMA CLNAMA 284.55658.73196 52MRCMB CLNAMB 37.74791.5235596 53MRCMC CLNAMC 51MRCMA MRCEA 8.041143.7402592 52MRCMB MRCEB 52.673172.68147 53MRCMC MRCEC 51TCR1SATCR1EA 0.05159.3635 52TCR1SBTCR1EB 0.001 25.31 53TCR1SCTCR1EC 51TCR2SATCR2EA 0.189211.48225 52TCR2SBTCR2EB 0.017225.38 53TCR2SCTCR2EC 51LJDSA LJDEA 0.314245.4125 52LJDSB LJDEB 0.88 122.8175 53LJDSC LJDEC C BARR1\BARR2\ \-R1-\------X----\ 51RDEGSAGRPSA 944.371935.5 52RDEGSBGRPSB 8.211547.83 53RDEGSCGRPSC C BARR1\BARR2\ \-R1-\------X----\ 51RDEGSARDEGEA 12.879 76. 52RDEGSBRDEGEB 3.7235 56.38 53RDEGSCRDEGEC C BARR1\BARR2\ \-R1-\------X----\ 51RDEGSABJLSA 6545.212388.25 52RDEGSBBJLSB 20.606235.32

132 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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53RDEGSCBJLSC 51BJLSA GRPSA 1007504975000 52BJLSB GRPSB 96.877799.05 53BJLSC GRPSC 51BJLSA BJLEA 2.064734.155 52BJLSB BJLEB 3.032268.2575 53BJLSC BJLEC 51ACLNSAACLNEA 19.653155.68 52ACLNSBACLNEB 2.5152120.5725 53ACLNSCACLNEC 51ACLNSAIMPRSA 1653.83402.75 52ACLNSBIMPRSB 14.24587.185 53ACLNSCIMPRSC 51IMPRSAIMPREA 5.911246.355 52IMPRSBIMPREB 1.601 49.3025 53IMPRSCIMPREC 51SJPSA IMPRSA 4608.27248.5 52SJPSB IMPRSB 35.515196.1325 53SJPSC IMPRSC 51SJPSA ACLNSA 10693.18014.75 52SJPSB ACLNSB 39.152280.975 53SJPSC ACLNSC 51SJPSA GDORSA 1847.73374.25 52SJPSB GDORSB 17.079149.46 53SJPSC GDORSC 51SJPSA BRTRSA 478.021172.225 52SJPSB BRTRSB 9.8717123.35 53SJPSC BRTRSC 51SJPSA SJPEA 6.296 48.9675 52SJPSB SJPEB 2.78 42.385 53SJPSC SJPEC C 51RGNCSARGNCEA 7.4277347.23 C 52RGNCSBRGNCEB 250000250000 C 53RGNCSCRGNCEC 51ALTOA ALTEA 2.823333.049275 52ALTOB ALTEB 3.936273.88014 53ALTOC ALTEC 51MRBOA ITCNOA 29.573114.11059 52MRBOB ITCNOB 5.998836.058756 53MRBOC ITCNOC 51MRBOA MRBEA 1.312962.60715 52MRBOB MRBEB 145.36984.7335 53MRBOC MRBEC /SWITCH C < n 1>< n 2>< Tclose ><Top/Tde >< Ie ><Vf/CLOP >< type > XNGSA X0102A MEASURING 1 XNGSB X0102B MEASURING 1 XNGSC X0102C MEASURING 1 RGNCSAX0109A MEASURING 1 RGNCSBX0109B MEASURING 1 RGNCSCX0109C MEASURING 1 RGNCSAX0110A MEASURING 1 RGNCSBX0110B MEASURING 1 RGNCSCX0110C MEASURING 1 /SOURCE C < n 1><>< Ampl. >< Freq. ><Phase/T0>< A1 >< T1 >< TSTART >< TSTOP > 14X0020A 13880.4419 60. -38. -1. 100. 14X0020B 13880.4419 60. -158. -1. 100. 14X0020C 13880.4419 60. -278. -1. 100. C BRTRE 14BRTREA 396353. 60. -28.03 -1. 100. 14BRTREB 396353. 60. -148.03 -1. 100. 14BRTREC 396353. 60. -268.03 -1. 100. C GDORE 14GDOREA 376595. 60. -11.28 -1. 100. 14GDOREB 376595. 60. -131.28 -1. 100. 14GDOREC 376595. 60. -251.28 -1. 100. C GRPE 14GRPEA 429876. 60. -10. -1. 100. 14GRPEB 429876. 60. -130. -1. 100. 14GRPEC 429876. 60. -250. -1. 100. C TCR1E 14TCR1EA 410005. 60. .11 -1. 100. 14TCR1EB 410005. 60. -119.89 -1. 100. 14TCR1EC 410005. 60. -239.89 -1. 100. C TCR2E 14TCR2EA 412139. 60. -2.29 -1. 100. 14TCR2EB 412139. 60. -122.29 -1. 100.

133 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

14TCR2EC 412139. 60. -242.29 -1. 100. C Jurupari 500 kV- Jurupari 14JRPREA 401070. 60. -19.44 -1. 100. 14JRPREB 401070. 60. -139.44 -1. 100. 14JRPREC 401070. 60. -259.44 -1. 100. C LJDE 14LJDEA 376471. 60. -1. 100. 14LJDEB 376471. 60. -120. -1. 100. 14LJDEC 376471. 60. -240. -1. 100. C Arinos 500 kV- ARNE 14RDEGEA 428187. 60. -26.43 -1. 100. 14RDEGEB 428187. 60. -146.43 -1. 100. 14RDEGEC 428187. 60. -266.43 -1. 100. C BJLE 14BJLEA 459135. 60. -36.34 -1. 100. 14BJLEB 459135. 60. -156.34 -1. 100. 14BJLEC 459135. 60. -276.34 -1. 100. C ACLNE 14ACLNEA 433365. 60. -37.89 -1. 100. 14ACLNEB 433365. 60. -157.89 -1. 100. 14ACLNEC 433365. 60. -277.89 -1. 100. C IMPRE 14IMPREA 396840. 60. -15.54 -1. 100. 14IMPREB 396840. 60. -135.54 -1. 100. 14IMPREC 396840. 60. -255.54 -1. 100. C SJPE 14SJPEA 463244. 60. -22.59 -1. 100. 14SJPEB 463244. 60. -142.59 -1. 100. 14SJPEC 463244. 60. -262.59 -1. 100. C BRRE 14BRREA 221257. 60. -69.18 -1. 100. 14BRREB 221257. 60. -189.18 -1. 100. 14BRREC 221257. 60. -309.18 -1. 100. C BJPIE 14BJPIEA 92142. 60. 62.94 -1. 100. 14BJPIEB 92142. 60. -57.06 -1. 100. 14BJPIEC 92142. 60. -177.06 -1. 100. C ITCNE 14ITCNEA 602342. 60. -100.94 -1. 100. 14ITCNEB 602342. 60. -220.94 -1. 100. 14ITCNEC 602342. 60. -340.94 -1. 100. C ALTE 14ALTEA 198550. 60. -35.2 -1. 100. 14ALTEB 198550. 60. -155.2 -1. 100. 14ALTEC 198550. 60. -275.2 -1. 100. C MRBE 14MRBEA 794876. 60. 53.5 -1. 100. 14MRBEB 794876. 60. -66.5 -1. 100. 14MRBEC 794876. 60. -186.5 -1. 100. C CLNAE 14CLNAEA 1218386. 60. 62.6 -1. 100. 14CLNAEB 1218386. 60. -57.4 -1. 100. 14CLNAEC 1218386. 60. -177.4 -1. 100. C MRCE 14MRCEA 114794. 60. -77.86 -1. 100. 14MRCEB 114794. 60. -197.86 -1. 100. 14MRCEC 114794. 60. -317.86 -1. 100. 14X0075A-1-408.24829 60. -48. -1. 100. 14X0075B-1-408.24829 60. -168. -1. 100. 14X0075C-1-408.24829 60. -288. -1. 100. 14X0077A-1-228.61904 60. -50. -1. 100. 14X0077B-1-228.61904 60. -170. -1. 100. 14X0077C-1-228.61904 60. -290. -1. 100. 14X0113A-1-228.61904 60. -20. -1. 100. 14X0113B-1-228.61904 60. -140. -1. 100. 14X0113C-1-228.61904 60. -260. -1. 100. 14X0081A-1-228.61904 60. -50. -1. 100. 14X0081B-1-228.61904 60. -170. -1. 100. 14X0081C-1-228.61904 60. -290. -1. 100. 14X0111A-1-228.61904 60. -18. -1. 100. 14X0111B-1-228.61904 60. -138. -1. 100. 14X0111C-1-228.61904 60. -258. -1. 100. 14X0084A 13880.4419 60. -38. -1. 100. 14X0084B 13880.4419 60. -158. -1. 100. 14X0084C 13880.4419 60. -278. -1. 100. 14X0114A-1-228.61904 60. -20. -1. 100. 14X0114B-1-228.61904 60. -140. -1. 100. 14X0114C-1-228.61904 60. -260. -1. 100.

134 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

14X0087A-1-408.24829 60. -48. -1. 100. 14X0087B-1-408.24829 60. -168. -1. 100. 14X0087C-1-408.24829 60. -288. -1. 100. 14X0112A-1-228.61904 60. -18. -1. 100. 14X0112B-1-228.61904 60. -138. -1. 100. 14X0112C-1-228.61904 60. -258. -1. 100. /OUTPUT GDORSAGDORSBGDORSCXNGSA XNGSB XNGSC BLANK BRANCH BLANK SWITCH BLANK SOURCE BLANK OUTPUT BLANK PLOT BEGIN NEW DATA CASE BLANK

B.2 ENTRADA DE DADOS PELA ROTINA LINE CONSTANTS

Os códigos a seguir apresentam a entrada de dados pela rotina line constants do ATP, a qual é fundamental para a modelagem dos troncos de transmissão com circuitos paralelos, a saber:

• LT 500 kV Xingu – Serra Pelada C1 e C2; • LT 500 kV Serra Pelada – Miracema C1 e C2;

Alternative Transients Program (ATP), GNU Linux or DOS. All rights reserved by Can/Am user group of Portland, Oregon, USA. Date (dd-mth-yy) and time of day (hh.mm.ss) = 02-Oct-17 15:36:34 Name of disk plot file is lt1.pl4 Consult the 860-page ATP Rule Book of the Can/Am EMTP User Group in Portland, Oregon, USA. Source code date is 19 December 2003. Total size of LABCOM tables = 9872109 INTEGER words. 31 VARDIM List Sizes follow: 6002 10K 192K 900 420K 1200 15K 120K 2250 3800 720 1200 72800 510 90K 800 90 254 120K 100K 3K 15K 192K 120 30K 160K 600 210K 1K 19 200 --------------------------------------------------+-------------------------------------------------------------------------------- Descriptive interpretation of input data cards. | Input data card images are shown below, all 80 columns, character by character 0 1 2 3 4 5 6 7 8 012345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890 --------------------------------------------------+-------------------------------------------------------------------------------- Comment card. NUMDCD = 1. |C data:LT1.DAT Marker card preceding new EMTP data case. |BEGIN NEW DATA CASE Compute overhead line constants. Limit = 120 |LINE CONSTANTS Erase all of 0 cards in the punch buffer. |$ERASE Pairs of 6-character bus names for each phase. |BRANCH IN___AOUT__AIN___BOUT__BIN___COUT__CIN___DOUT__DIN___EOUT__EIN___FOUT__F Request for metric (not English) units. |METRIC Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 10.375 0.0734 4 2.701 7.55 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 10.375 0.0734 4 2.701 7.025 31.799 14.599 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 10.375 0.0734 4 2.701 5.975 31.799 14.599 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 10.375 0.0734 4 2.701 5.45 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 10.375 0.0734 4 2.701 5.975 29.201 12.001 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 10.375 0.0734 4 2.701 7.025 29.201 12.001 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 20.375 0.0734 4 2.701 0.48 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 20.375 0.0734 4 2.701 0.24 31.193 13.993 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 20.375 0.0734 4 2.701 -0.24 31.193 13.993 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 20.375 0.0734 4 2.701 -0.48 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 20.375 0.0734 4 2.701 -0.24 29.807 12.607 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 20.375 0.0734 4 2.701 0.24 29.807 12.607 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 30.375 0.0734 4 2.701 -5.45 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 30.375 0.0734 4 2.701 -5.975 31.799 14.599 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 30.375 0.0734 4 2.701 -7.025 31.799 14.599 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 30.375 0.0734 4 2.701 -7.55 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 30.375 0.0734 4 2.701 -7.025 29.201 12.001 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 30.375 0.0734 4 2.701 -5.975 29.201 12.001 Line conductor card. 5.000E-01 4.189E+00 4 | 0 0.5 4.1889 4 0.914 -15. 39.5 30. Line conductor card. 5.000E-01 4.189E+00 4 | 0 0.5 4.1889 4 0.914 15. 39.5 30. Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 40.375 0.0734 4 2.701 67.55 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 40.375 0.0734 4 2.701 67.025 31.799 14.599 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 40.375 0.0734 4 2.701 65.975 31.799 14.599 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 40.375 0.0734 4 2.701 65.45 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 40.375 0.0734 4 2.701 65.975 29.201 12.001 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 40.375 0.0734 4 2.701 67.025 29.201 12.001 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 50.375 0.0734 4 2.701 60.48 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 50.375 0.0734 4 2.701 60.24 29.807 12.607 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 50.375 0.0734 4 2.701 59.76 29.807 12.607 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 50.375 0.0734 4 2.701 59.52 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 50.375 0.0734 4 2.701 59.76 29.807 14.599 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 50.375 0.0734 4 2.701 60.24 29.807 14.599 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 60.375 0.0734 4 2.701 54.55 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 60.375 0.0734 4 2.701 54.025 31.193 14.599 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 60.375 0.0734 4 2.701 52.975 31.193 14.599 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 60.375 0.0734 4 2.701 52.45 30.5 13.3 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 60.375 0.0734 4 2.701 52.975 29.201 12.001 Line conductor card. 3.750E-01 7.340E-02 4 | 60.375 0.0734 4 2.701 54.025 29.201 12.001 Line conductor card. 5.000E-01 4.189E+00 4 | 0 0.5 4.1889 4 0.914 45. 39.5 30. Line conductor card. 5.000E-01 4.189E+00 4 | 0 0.5 4.1889 4 0.914 75. 39.5 30. Blank card terminating conductor cards. |BLANK CARD ENDING CONDUCTOR CARDS Frequency card. 1.000E+03 6.000E+01 7.383E+01 | 1.E3 60. 73.83 1 Line conductor table after sorting and initial processing. Table Phase Skin effect Resistance Reactance data specification Diameter Horizontal Avg height Row Number R-type R (ohm/km) X-type X(ohm/km) or GMR ( cm ) X (mtrs) Y (mtrs) Name 1 1 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 7.550 19.033

135 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

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2 2 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 0.480 19.033 3 3 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 -5.450 19.033 4 4 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 67.550 19.033 5 5 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 60.480 19.033 6 6 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 54.550 19.033 7 1 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 7.025 20.332 8 1 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 5.975 20.332 9 1 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 5.450 19.033 10 1 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 5.975 17.734 11 1 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 7.025 17.734 12 2 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 0.240 19.726 13 2 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 -0.240 19.726 14 2 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 -0.480 19.033 15 2 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 -0.240 18.340 16 2 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 0.240 18.340 17 3 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 -5.975 20.332 18 3 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 -7.025 20.332 19 3 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 -7.550 19.033 20 3 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 -7.025 17.734 21 3 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 -5.975 17.734 22 4 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 67.025 20.332 23 4 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 65.975 20.332 24 4 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 65.450 19.033 25 4 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 65.975 17.734 26 4 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 67.025 17.734 27 5 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 60.240 18.340 28 5 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 59.760 18.340 29 5 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 59.520 19.033 30 5 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 59.760 19.668 31 5 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 60.240 19.668 32 6 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 54.025 20.130 33 6 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 52.975 20.130 34 6 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 52.450 19.033 35 6 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 52.975 17.734 36 6 .37500 .07340 4 .000000 2.70100 54.025 17.734 37 0 .50000 4.18890 4 .000000 .91400 -15.000 33.167 38 0 .50000 4.18890 4 .000000 .91400 15.000 33.167 39 0 .50000 4.18890 4 .000000 .91400 45.000 33.167 40 0 .50000 4.18890 4 .000000 .91400 75.000 33.167 Matrices are for earth resistivity = 1.00000000E+03 ohm-meters and frequency 6.00000000E+01 Hz. Correction factor = 1.00000000E-06 Modal parameters at frequency FREQ = 6.00000000E+01 Hz Mode Resistance Reactance Susceptance The surge impedance in units of [ohms] Lossless and actual Attenuation ohms/km ohms/km s/km real imag lossless velocity in [km/sec] nepers/km 1 7.170116E-01 1.857900E+00 3.327165E-06 7.605747E+02 -1.416707E+02 7.472639E+02 1.516292E+05 1.489755E+05 4.713617E-04 2 2.171255E-02 5.829721E-01 3.661469E-06 3.990906E+02 -7.429403E+00 3.990214E+02 2.580356E+05 2.579909E+05 2.720253E-05 3 1.292434E-02 2.142259E-01 7.697946E-06 1.668960E+02 -5.029881E+00 1.668202E+02 2.935673E+05 2.934340E+05 3.871975E-05 4 1.272423E-02 2.120684E-01 7.667667E-06 1.663802E+02 -4.986971E+00 1.663054E+02 2.956388E+05 2.955060E+05 3.823843E-05 5 1.256015E-02 1.711324E-01 9.400632E-06 1.350142E+02 -4.947985E+00 1.349235E+02 2.972258E+05 2.970261E+05 4.651419E-05 6 1.256417E-02 1.729368E-01 9.300031E-06 1.364544E+02 -4.950306E+00 1.363646E+02 2.972660E+05 2.970703E+05 4.603800E-05 Eigenvector matrix [Ti] for current transformation: I-phase = [Ti]*I-mode. First the real part, row by row: 4.692791552689671E-01-3.459446753575988E-01 5.017163163266355E-01-5.114655598131553E-01-4.326974868861664E-01-9.04869445506000E-02 2.556251627929401E-01-2.593579638631260E-01-3.195729974204037E-03-9.104477867754525E-02 7.758796939482848E-01 2.34175455488961E-01 4.650843767205997E-01-5.590324195868839E-01-5.077437365437620E-01 4.739634262710838E-01-3.597408466083684E-01-1.32444695208558E-01 4.662471839591444E-01 5.612098293264298E-01-4.992875284459775E-01-4.777338607838046E-01 8.140978050687861E-02-3.77746940491857E-01 2.555037305923623E-01 2.594212103496129E-01-3.687395220315804E-03 8.667161095063250E-02-2.228429883463471E-01 7.79403781878470E-01 4.641775309201124E-01 3.439224405465197E-01 4.910857260162816E-01 5.193562265668620E-01 1.583778987905123E-01-4.11423583872056E-01 Finally, the imaginary part, row by row: 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.00000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.00000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.00000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.00000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.00000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.000000000000000E+00 0.00000000000000E+00 Z-surge in the phase domain. Resistance and the imaginary part of [Ti] are ignored. 2.945125082195591E+02 1.685439552695974E+02 3.288615285454018E+02 1.304383694705139E+02 1.701611852067062E+02 2.968291481243291E+02 6.055128335502191E+01 5.777023165618231E+01 5.533052296031953E+01 2.968656594308376E+02 6.329321485824404E+01 6.018179807368417E+01 5.733732745812052E+01 1.700918407329351E+02 3.307042877530293E+02 6.793284606971248E+01 6.389796288518703E+01 6.054187772065989E+01 1.302798608655930E+02 1.691729872838878E+02 2.96481451172480E+02 Blank card terminating frequency cards. |BLANK CARD ENDING FREQUENCY CARDS Request for flushing of punch buffer. |$PUNCH A listing of 80-column card images now being flushed from punch buffer follows. =============================================================================== 1234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890123456789 =============================================================================== C <++++++> Cards punched by support routine on 02-Oct-17 15:36:34 <++++++> C **** UNTRANSPOSED K.C. Lee line calculated at 6.000E+01 HZ. **** C LINE CONSTANTS C $ERASE C BRANCH IN___AOUT__AIN___BOUT__BIN___COUT__CIN___DOUT__DIN___EOUT__EIN___FOUT_ C METRIC C 10.375 0.0734 4 2.701 7.55 30.5 13.3 C 10.375 0.0734 4 2.701 7.025 31.799 14.599 C 10.375 0.0734 4 2.701 5.975 31.799 14.599 C 10.375 0.0734 4 2.701 5.45 30.5 13.3 C 10.375 0.0734 4 2.701 5.975 29.201 12.001 C 10.375 0.0734 4 2.701 7.025 29.201 12.001 C 20.375 0.0734 4 2.701 0.48 30.5 13.3 C 20.375 0.0734 4 2.701 0.24 31.193 13.993 C 20.375 0.0734 4 2.701 -0.24 31.193 13.993 C 20.375 0.0734 4 2.701 -0.48 30.5 13.3 C 20.375 0.0734 4 2.701 -0.24 29.807 12.607 C 20.375 0.0734 4 2.701 0.24 29.807 12.607 C 30.375 0.0734 4 2.701 -5.45 30.5 13.3 C 30.375 0.0734 4 2.701 -5.975 31.799 14.599 C 30.375 0.0734 4 2.701 -7.025 31.799 14.599 C 30.375 0.0734 4 2.701 -7.55 30.5 13.3

136 EPE- DEE-NT-066/2017-rev0– Nota Técnica - Recomendação de Reforços para Mitigar Atrasos de Instalações de Transmissão Concedidas - Avaliação de Transitórios Eletromagnéticos de Manobra.

Ministério de Minas e Energia

C 30.375 0.0734 4 2.701 -7.025 29.201 12.001 C 30.375 0.0734 4 2.701 -5.975 29.201 12.001 C 0 0.5 4.1889 4 0.914 -15. 39.5 30. C 0 0.5 4.1889 4 0.914 15. 39.5 30. C 40.375 0.0734 4 2.701 67.55 30.5 13.3 C 40.375 0.0734 4 2.701 67.025 31.799 14.599 C 40.375 0.0734 4 2.701 65.975 31.799 14.599 C 40.375 0.0734 4 2.701 65.45 30.5 13.3 C 40.375 0.0734 4 2.701 65.975 29.201 12.001 C 40.375 0.0734 4 2.701 67.025 29.201 12.001 C 50.375 0.0734 4 2.701 60.48 30.5 13.3 C 50.375 0.0734 4 2.701 60.24 29.807 12.607 C 50.375 0.0734 4 2.701 59.76 29.807 12.607 C 50.375 0.0734 4 2.701 59.52 30.5 13.3 C 50.375 0.0734 4 2.701 59.76 29.807 14.599 C 50.375 0.0734 4 2.701 60.24 29.807 14.599 C 60.375 0.0734 4 2.701 54.55 30.5 13.3 C 60.375 0.0734 4 2.701 54.025 31.193 14.599 C 60.375 0.0734 4 2.701 52.975 31.193 14.599 C 60.375 0.0734 4 2.701 52.45 30.5 13.3 C 60.375 0.0734 4 2.701 52.975 29.201 12.001 C 60.375 0.0734 4 2.701 54.025 29.201 12.001 C 0 0.5 4.1889 4 0.914 45. 39.5 30. C 0 0.5 4.1889 4 0.914 75. 39.5 30. C BLANK CARD ENDING CONDUCTOR CARDS C 1.E3 60. 73.83 1 C The transformation matrix was calculated at 6.00000000E+01 Hz. $VINTAGE, 1 -1IN___AOUT__A 7.17012E-01 7.47264E+02 1.51629E+05-7.38300E+01 1 6 -2IN___BOUT__B 2.17125E-02 3.99021E+02 2.58036E+05-7.38300E+01 1 6 -3IN___COUT__C 1.29243E-02 1.66820E+02 2.93567E+05-7.38300E+01 1 6 -4IN___DOUT__D 1.27242E-02 1.66305E+02 2.95639E+05-7.38300E+01 1 6 -5IN___EOUT__E 1.25602E-02 1.34924E+02 2.97226E+05-7.38300E+01 1 6 -6IN___FOUT__F 1.25642E-02 1.36365E+02 2.97266E+05-7.38300E+01 1 6 $VINTAGE, 0 0.46927916 -0.34594468 0.50171632 -0.51146556 -0.43269749 -0.09048694 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.25562516 -0.25935796 -0.00319573 -0.09104478 0.77587969 0.23417546 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.46508438 -0.55903242 -0.50774374 0.47396343 -0.35974085 -0.13244470 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.46624718 0.56120983 -0.49928753 -0.47773386 0.08140978 -0.37774694 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.25550373 0.25942121 -0.00368740 0.08667161 -0.22284299 0.77940378 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.46417753 0.34392244 0.49108573 0.51935623 0.15837790 -0.41142358 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 0.00000000 =========< End of LUNIT7 punched cards as flushed by $PUNCH request >======= Blank card ending "LINE CONSTANTS" cases. |BLANK CARD ENDING LINE CONSTANT Timing figures characterizing central processor (CP) solution speed. ---------------------------- CP sec Wait sec Real sec Totals 0.000 0.000 0.000