123
Criação de unidades de conservação em Bonito, Mato Grosso do Sul (Convênio FNB-PMB Nº 010/2015) ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAIS EM BONITO, MS REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE BANHADO DO RIO FORMOSO Parceria: 2016 Bonito MS

ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

  • Upload
    phamanh

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Criação de unidades de conservação em

Bonito, Mato Grosso do Sul (Convênio FNB-PMB Nº 010/2015)

ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO MUNICIPAIS EM BONITO, MS

REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE BANHADO DO RIO FORMOSO

Parceria:

2016

Bonito – MS

Page 2: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

1. INTRODUÇÃO

A criação de áreas naturais protegidas é considerada como um dos mais

eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na

Terra. A Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), um dos mais significativos

acordos internacionais nessa área, firmado durante a Conferência das Nações Unidas

sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, reconheceu a conservação in situ

como uma das principais prioridades para a conservação de biodiversidade em todo o

mundo. No âmbito da Convenção, as áreas protegidas são consideradas o pilar central

para o desenvolvimento de estratégias nacionais de conservação (IUCN, 1994 apud

AYRES et al, 2005).

No Brasil, existem hoje 320 UCs Federais, além das Estaduais, Municipais e

particulares (RPPNs), que somadas significam pouco mais de 10% do nosso território.

Juntas, compõem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e são

regidas pela a Lei 9.985/2000, que determina as categorias e objetivos de manejo. Em

sua maioria são espaços raros e insubstituíveis, que contém aquilo que há de mais

expressivo da mega diversidade brasileira. (Rede Pró-UC, 2015). Porém, considerando

as dimensões do nosso território e ainda sua importância biológica, os parques e

reservas existentes não são suficientes para assegurar a conservação da

biodiversidade brasileira (AYRES et al, 2005).

Entre as principais dificuldades enfrentadas pelas UC do Brasil, está o crescente

isolamento entre áreas naturais, protegidas ou não. Esta é uma questão que deve ser

resolvida com um planejamento mais adequado que, além da representatividade

ecológica, deve passar a considerar a possibilidade de construção de “estruturas de

rede”, levando em conta a dinâmica da paisagem e o inter-relacionamento necessário

entre as áreas protegidas existentes e a serem criadas (AYRES et al, 2005).

2. JUSTIFICATIVAS PARA CRIAÇÃO DAS UCs

Nos últimos anos, as fisionomias encontradas no Estado do Mato Grosso do Sul

têm sofrido intensa descaracterização devido à ação antrópica, particularmente da

atividade agropecuária (UETANABARO et al., 2007). Essa intensa modificação

Page 3: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

ambiental implica em um processo de degradação e fragmentação do ambiente, cujo

resultado para a biodiversidade é a redução do tamanho das populações, podendo

ocasionar extinções locais (PRIMACK, 2002). O Estado do Mato Grosso do Sul engloba

áreas que abrangem fitofisionomias típicas do Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e

Chaco, tais como brejos, matas estacionais e veredas, com componentes bióticos

particulares (PRADO & GIBBS, 1993; SPICHIGER et al., 2004; MORRONE 2006),

formando um mosaico de ecossistemas, muitas vezes integrados, distribuídos ao longo

de um vasto território, proporcionando um imenso campo para estudos de ambientes

naturais (UETANABARO et al. 2007).

O domínio do bioma Mata Atlântica ocupa uma área de 1.300.000 km², ou seja,

cerca de 15% do território nacional, incluindo 17 estados brasileiros, Paraguai e

Argentina. Essa imensa variabilidade territorial, topográfica e climática abrangida pela

Mata Atlântica explica as grandes diferenças biológicas entre regiões distintas, que se

apresentam como um grande mosaico de ecossistemas. Atualmente, mais de 90% de

sua formação original já foi devastada. O alto grau de destruição se deve,

principalmente, à expansão da indústria, agricultura, turismo e urbanização de modo

não planejado. A perda de biodiversidade em decorrência desta devastação é

incalculável, incluindo espécies ainda não conhecidas pela ciência. Além disso, esta

devastação tem impactos negativos sobre a quantidade e qualidade da água de rios e

mananciais, a fertilidade dos solos, bem como características do microclima,

contribuindo para o aquecimento global.

Buscando mudar esse cenário, a UNESCO (Organização das Nações Unidas

para a Educação, a Ciência e a Cultura) criou no Brasil, em 1991, a primeira Reserva

da Biosfera, a RBMA - Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Sua criação teve o

objetivo de buscar alternativas de desenvolvimento humano que sejam compatíveis

com a conservação da biodiversidade. Essa concepção é resultado da “Conferência

sobre Conservação e Uso Racional dos Recursos da Biosfera”, realizada pela UNESCO

em Paris (1968). Inicialmente a RBMA abrangia algumas áreas isoladas em São Paulo,

Paraná e Rio de Janeiro. Posteriormente, passou por quatro fases de ampliação e

atualmente abrange 35 milhões de hectares em 15 estados brasileiros, incluindo Mato

Grosso do Sul.

Page 4: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

O Parque Nacional da Serra da Bodoquena (PNSBd), na região de Bonito, Mato

Grosso do Sul, está localizado numa das áreas núcleos da RBMA. Nele está

resguardada uma importante parte (76.481 ha) dos remanescentes de formações

florestais estacionais (decidual submontana, semidecidual aluvial e semidecidual de

terras baixas) de Mata Atlântica do interior do Brasil (Lei nº 11.428/06). Trata-se de uma

região de contato entre o Bioma Mata Atlântica e a porção sudoeste do Cerrado, zona

caracterizada pela complexa transição vegetacional e biogeográfica de seus

constituintes biológicos. Por tais atributos, é considerada uma área prioritária para a

conservação da biodiversidade nos biomas do Cerrado e do Pantanal e extremamente

alta no Bioma da Mata Atlântica (área MA 662 no Mapa das Áreas Prioritárias para

Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade

Brasileira de 2003).

É inquestionável a importância do PNSBd para a preservação da biodiversidade

dessa região, mas, infelizmente muitos remanescentes de vegetação nativa e também

as nascentes dos rios mais importantes do município de Bonito dependem diretamente

de áreas externas para manutenção de sua qualidade ambiental.

2.1 Refúgio de Vida Silvestre Banhado do Rio Formoso

O IBAMA e o Ministério do Meio Ambiente consideram que as áreas úmidas são

ecossistemas frágeis e de alta complexidade ecológica. Elas apresentam grande

importância para o processo de estabilidade ambiental e manutenção da

biodiversidade. Por estarem em relevos planos ou abaciados encontram-se

frequentemente com elevados níveis de saturação hídrica. Isso resulta em alta

capacidade de retenção e filtragem das águas e em regularização da vazão dos rios.

No projeto RADAMBRASIL a vegetação das áreas úmidas é enquadrada nas “Áreas

Pioneiras de Influência Fluvial”.

Tamanha a importância de proteção destas áreas, em 1971 foi assinada a

Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, mais conhecida como

Convenção de Ramsar, da qual o Brasil é signatário desde 1993. Este tratado

intergovernamental estabelece marcos para ações nacionais e para a cooperação entre

Page 5: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

países com o objetivo de promover a conservação e o uso racional de zonas úmidas no

mundo.

As zonas úmidas fornecem serviços ecológicos fundamentais para as espécies

de fauna e flora e para o bem-estar de populações humanas, fornecendo serviços

ecossistêmicos insubstituíveis. São capazes de conter inundações, permitir a recarga

de aqüíferos, reter nutrientes e sedimentos e purificar a água. O colapso desses

serviços, decorrente da destruição das zonas úmidas, pode resultar em desastres

ambientais com elevados custos em termos de vidas humanas e em termos

econômicos (MMA, 2016).

Os ambientes úmidos também cumprem um papel vital no processo de

adaptação e mitigação das mudanças climáticas, já que muitos desses ambientes são

grandes reservatórios de carbono.

Preservar e conservar as áreas úmidas, como é o caso dos banhados do Rio

Formoso é fundamental, pois as ações antrópicas estão ocasionando a perda da

biodiversidade e a desestruturação desses ecossistemas, com consequências serias

também para os cursos d’agua na região. As comunidades herbáceas destas áreas

estão fortemente ameaçadas tanto por perturbações locais como desmatamentos e

queimadas, quanto por mudanças no uso da terra da bacia hidrográfica (conversão de

áreas nativas por campos de pastagens e lavouras). Essas intervenções influenciam

diretamente na redução da quantidade e da qualidade das águas que formam estas

áreas de banhado e que são responsáveis por manter diversos atrativos na região da

Serra da Bodoquena. Logo, além da preservação dessas áreas, também é necessária a

manutenção desses recursos hídricos, para que se possa, assim, garantir sua efetiva

conservação.

Em conjunto com as fitofisionomias florestais, áreas úmidas formam mosaicos de

diferentes fisionomias altamente dinâmicas. Estes mosaicos, por sua vez, fornecem

habitats para uma ampla gama de espécies que tanto podem utilizá-los eventualmente

como ser diretamente dependentes deles. A conectividade entre os mosaicos de áreas

úmidas assume o papel fundamental na conservação da flora e fauna à medida que

esses não são habitats isolados, mas complexos dinâmicos com conexões bióticas e

abióticas com todos os habitats contíguos (AMEZAGA et al. 2002).

Page 6: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Desta forma, os banhados do Rio Formoso constituem áreas prioritárias para

conservação, pois possuem características extraordinárias, abrigam uma grande

diversidade ambiental, apresentam ecossistemas frágeis e de alta complexidade

biológica, possuem grande importância para o processo de estabilidade ambiental e

manutenção da biodiversidade, além de resguardar a ocorrência de diversas espécies

ameaçadas de extinção, muitas destas, contidas em Planos de Ação Nacional para a

Conservação de Espécies Ameaçadas.

3. DIAGNÓSTICO SOCIECONÔMICO DA REGIÃO DE BONITO, MS

O Município de Bonito está localizado no sudoeste do Mato Grosso do Sul, e faz

parte da região conhecida como Serra da Bodoquena.

Em 1911, o Distrito de Bonito foi desmembrado do Município de Miranda – MS,

sendo elevado à categoria de município apenas em 1948. O topônimo do município

adveio do nome da fazenda em cujas terras sua sede foi fundada. Desde 2007, Bonito

– MS é composto de dois distritos: Águas de Miranda e o distrito sede (IBGE, 2010a).

3.1 Atividades econômicas

Das atividades econômicas realizadas no entorno do banhado, a pecuária e

agricultura ocupam a maior extensão de terras. Nos últimos cinco anos, a produção

agrícola vem superando a pecuária, especialmente nas bacias dos rios cênicos de

Bonito. Os principais impactos que estas atividades causam são o acesso do gado às

áreas úmidas, a substituição da vegetação nativa por gramíneas exóticas nas suas

bordas, carreamento e solo para as áreas úmidas, abertura de açudes, canalizações e

perda de solo.

Destaca-se ainda o turismo, praticado em diversos pontos do rio Formoso e rio

da Prata, com diversos empreendimentos próximos as áreas de banhado, os quais

dependem diretamente da qualidade ambiental e de características naturais da região

de entorno.

Page 7: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Em relação à pecuária, em 2010, a criação de animais do município somava

aproximadamente 474,66 mil unidades, sendo que a maioria (83,15%) era relativa à

produção bovina, seguida pela produção de aves (11%) (IBGE, 2010a) (Figura 2).

Em 2010, foram registradas 214 toneladas de culturas permanentes, constituídas

basicamente de banana, laranja, maracujá e uva e 56 mil frutos de coco-da-baía. Essas

culturas geraram uma receita de R$273 mil. Também em 2010, a soja e o milho foram

as principais culturas temporárias do município, com produções de 38.340 e 19.680

toneladas, respectivamente (Figura 3), gerando uma receita de aproximadamente

R$1,9 milhão (Figura 4). Além disso, foram produzidas 33 mil unidades de abacaxi.

Neste mesmo ano, todas as lavouras temporárias geraram uma receita de mais de

R$25 milhões (IBGE, 2010b).

Figura 2 – Produção pecuária de animais (cabeças) do Município de Bonito – MS, em 2010

Fonte: IBGE (2010)

Page 8: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 3 – Produção de culturas temporárias, em toneladas, no Município de Bonito – MS, em 2010

Fonte: IBGE (2010)

Figura 4 – Receita gerada pelas culturas temporárias no Município de Bonito em 2010 Fonte: IBGE (2010)

O extrativismo gerou uma receita de mais de R$1,7 milhão (dados 2010), sendo

a produção de carvão vegetal o produto mais representativo (Tabela 1).

Page 9: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Tabela 1 - Produção do extrativismo vegetal no Município de Bonito – MS, em 2010

Produto Quantidade (ton) Receita (R$) % receita

Carvão vegetal 5.400 ton 1,73 milhões 99,78

Lenha 1.500m³ 38 mil 0,22

Total 1,7318 milhões 100

Fonte: IBGE (2010a)

O turismo é a maior atividade realizada no Município de Bonito – MS, tendo

como principais atrações são as paisagens naturais, mergulhos em águas cristalinas,

cachoeiras e cavernas.

De acordo com o levantamento da Secretaria de Turismo de Bonito, com dados

do ISSQn e do Portal Voucher Digital, o ano de 2011 fechou com 304.885 visitações e

estimativa de que 150 mil turistas visitaram a cidade. Houve um aumento de 10,4% em

relação a 2010, superando o crescimento de 4,4% no mundo, conforme dados da

Organização Mundial do Turismo (OMT) divulgados pelo Ministério do Turismo (MTur)

(COMTUR, 2012).

De acordo com um artigo da Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e

Comércio de Bonito – MS houve uma considerável evolução na arrecadação de tributos

municipais (ISS) a partir do ano de 2003, quando foram implantados novos métodos de

cobrança. Isso fez com que a receita aumentasse em 40,84% no primeiro ano, sendo a

atividade turística responsável, direta e indiretamente por grande parte desta receita.

Segundo este artigo, a atividade turística também foi responsável pela evolução do PIB

per capita, observando um aumento de 72% do ano 2000 para 2004.

A partir dessas atividades produtivas, segundo dados do IBGE (2010a) a renda

média das famílias residentes em domicílios particulares era de R$2.284,51 na área

urbana e R$1.361,39 da área rural. Naquele ano, Bonito – MS possuía 10.417 pessoas

economicamente ativas, em 6.188 domicílios diferentes. As diferentes classes de

rendimento podem ser observadas na figura abaixo (Figura 5).

Page 10: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 5 – Distribuição de domicílios por classe de rendimento nominal mensal domiciliar, em salários mínimos. Fonte: IBGE (2010)

Segundo dados do PNUD (2000), o IDH geral do Município de Bonito – MS era

0,767, e 0,83 (educação), 0,788 (longevidade), 0,682 (renda).

O Índice Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) de

Desenvolvimento Municipal (IFDM) mede o desenvolvimento humano brasileiro, na

escala municipal, uma medida semelhante ao IDH. Embora seus indicadores principais

também sejam renda, educação e saúde, o IFDM traz ênfase maior ao fator “trabalho”

ao medir o índice renda. No Município de Bonito, o IFDM cresceu quase continuamente

entre os 2000 e 2009 (Figura 6).

Figura 6 – Evolução do Índice FIRJAN do Município de Bonito – MS

Fonte: FIRJAN (2009)

Page 11: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

3.2 Estrutura Populacional

De acordo com dados do Censo do IBGE 2010 (IBGE, 2010a), o Município de

Bonito – MS apresenta uma área de 4.934,425 km2 e uma população de mais de

19.500 pessoas.

Desse total, 50,43% são homens e 49,57% são mulheres. Mais de 16 mil

pessoas (82,5%) vivem na área urbana, enquanto 17,5% vivem na área rural (2010).

Entre os anos 2000 e 2010, houve um aumento de 6% da população da área urbana

em relação à área rural.

O crescimento populacional (urbano e rural) entre 1991 e 2010 pode ser

observado no gráfico abaixo (Figura 7).

Figura 7 – Crescimento populacional no Município de Bonito, entre 1991 e 2010

Fonte: IBGE (2010)

A distribuição etária da população de Bonito – MS pode ser observada na figura

abaixo (Figura 8).

Page 12: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 8 – Porcentagem da população de Bonito – MS distribuída por faixa etária

Fonte: IBGE (2010)

3.3 Serviços públicos disponíveis no município

Em relação à existência de serviços públicos no município, dos 6.188 domicílios

particulares permanentes, 5.081 possuem abastecimento de água e 6.148 possuem

energia elétrica (IBGE, 2010a).

Quanto à destinação do lixo, o Quadro 1 apresenta a situação de Bonito – MS

em 2000.

Quadro 1 – Situação e destino do lixo, por moradores, em domicílios particulares na zona urbana e rural, no Município de Bonito – MS, no ano 2000

Destino do Lixo Situação do domicílio Número de moradores em

domicílios particulares permanentes

%

Coletado Urbana 12146 72,56

Rural 446 2,66

Coletado por serviço de limpeza

Urbana 12143 72,54

Rural 446 2,66

Coletado em caçamba Urbana 3 0,02

Rural 0 0

Queimado (na propriedade)

Urbana 463 2,77

Rural 2759 16,48

Enterrado (na propriedade)

Urbana 10 0,06

Rural 507 3,03

Jogado em terreno Urbana 123 0,73

Page 13: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Destino do Lixo Situação do domicílio Número de moradores em

domicílios particulares permanentes

%

baldio Rural 154 0,92

Jogado em rio, lago ou mar

Urbana 0 0

Rural 7 0,04

Outro destino Urbana 5 0,03

Rural 120 0,72

Fonte: IBGE (2010)

Segundo dados levantados pelo Plano de Desenvolvimento Integrado do

Turismo (PDITS, 2011), a coleta de lixo no Município de Bonito – MS é realizada

diariamente no centro da cidade, nas demais ruas, de duas a três vezes por semana e,

em locais mais distantes, esse serviço é realizado apenas uma vez por semana.

A situação do abastecimento de água nos domicílios particulares permanentes

em 2000 era: 69,99% dos domicílios da zona urbana recebiam água da rede geral,

3,4% possuíam poço ou nascente na propriedade e 0,57% dos domicílios conseguiam

água de outra forma; na zona rural, 2,69% dos domicílios eram abastecidos pela rede

geral, 19,12% a água vinha de poço ou nascente existente na propriedade e 4,23% de

outra fonte. De acordo com dados da Pesquisa Nacional do Saneamento Básico de

2008, coletados pelo IBGE, o município apresentava 6.714 unidades de economias

abastecidas e 5.662 residências abastecidas por água. O município distribuía,

diariamente, 3.454m³ de água tratada com simples desinfecção (cloração e outros) e

158m³ de água sem tratamento.

Na zona urbana, 28,34% dos domicílios fazem o esgotamento sanitário na rede

geral de esgoto, 3,15% usam fossa séptica, 39,76% possuem fossa rudimentar, 0,4%

por outras formas e 2,32% não possuem banheiro ou sanitário. Na zona rural, 0,02%

têm rede geral de esgoto, 0,75 fossa séptica, 21,52% fossa rudimentar, 1,72% outros e

2,03% não possuíam banheiro ou sanitário (IBGE, 2008).

Em relação aos estabelecimentos de saúde (IBGE, 2010), Bonito – MS

apresentava, em 2009, 13 estabelecimentos, sendo nove municipais e quatro

estabelecimentos privados. Apenas um estabelecimento apresentava serviço de

internação total com 21 leitos. Um estabelecimento apresentava atendimento de

Page 14: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

emergência total, oito com atendimento ambulatorial com médicos em especialidades

básicas, dois com outras especialidades e quatro também com atendimento

odontológico.

De acordo com o último censo do IBGE (2010a), Bonito – MS possui 13 pré-

escolas, 13 escolas do ensino fundamental e quatro do ensino médio.

3.4 Escolaridade da população

Em 1991, 26,63% da população de Bonito – MS com mais de cinco anos era

analfabeta. No censo de 2000, esse valor baixou para 14,52%, mesmo com o

incremento da população que ocorreu neste mesmo período.

Os dados dos números de matrículas, docentes e escolas de pré-escola, ensino

fundamental e médio referentes a 2009 encontram-se na tabela 2.

Tabela 2 - Número de matrículas, docentes e escolas existentes no Município de Bonito – MS em 2009

Nível de Ensino Matrículas Docentes Escolas

Pré-escolar 310 22 13

Fundamental 4068 206 13

Médio 742 70 4

Fonte: IBGE (2009)

Das 13 escolas pré-escolares, 10 pertencem à rede pública municipal e três são

particulares. Em relação ao ensino médio, duas escolas são privadas e duas são

municipais, enquanto no ensino fundamental, oito são municipais, duas estaduais e três

privadas.

3.5 PIB municipal

Em 2008, o PIB total de Bonito – MS foi de R$214,13 milhões (figura 9) e o seu

PIB per capita atingiu R$11,99 mil. No ano de 2012, houve um aumento significativo,

atingindo R$298.493.000,00 e alçando o município a 31ª posição no ranking do Estado

(SEBRAE, 2012).

O setor de comércio e serviços é o principal responsável por estes valores.

Dados coletados pelo Sebrae (2012), indicam que o este setor alcançou em 2012, a

Page 15: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

marca de 53% de representatividade no PIB do município. Neste ponto, vale destacar

que boa parte deste é advinda das atividades turísticas, a qual gera aproximadamente

4.000 empregos, direta e indiretamente, equivalendo a cerca de 40% montante de

comércio e serviços (Secretaria de Turismo de Bonito, 2015).

No ano de 2008, a agropecuária foi responsável por aproximadamente 30% do

Produto Interno Bruto de Bonito (Figura 9). Em 2012, este valor decresceu, sendo

responsável por 28% do acumulado total (SEBRAE, 2012).

Figura 9 – Produto Interno Bruto no Município de Bonito – MS, no ano 2008

Fonte: IBGE (2008)

4. DIAGNÓSTICO FÍSICO

4.1 Clima

O Mato Grosso do Sul está localizado na confluência dos principais sistemas

atmosféricos da América do Sul, estando sujeito a mais de um regime pluviométrico. O

Município de Bonito – MS possui um clima controlado por massas tropicais e polares,

com predomínio da Massa Polar Atlântica e participação da Massa Tropical Continental

(ZAVATINI, 1992 apud DIAS, 1998).

De acordo com a classificação de Köppen o clima predominante da região é o

Tropical Úmido (AW), caracterizado por uma estação seca acentuada entre junho e

setembro e precipitações concentradas entre novembro e janeiro, variando entre 900 e

1.800 mm ao ano. A temperatura média anual é de 22°C, e evapotranspiração anual

Page 16: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

superando os 1.400 mm (ANA, 2004; REATTO et al., 1998; EITEN, 1993; MENDES et

al., 2003 apud COSTACURTA, 2006).

A variação dos dados Pluviométricos registrados para a região está ilustrada na

figura 10.

Figura 10 – Dados Pluviométricos dos anos de 1982 a 2005, registrados pela COOAGRI/Bonito/MS

Fonte: Baptista-Maria (2007)

4.2 Geologia, Hidrogeologia e Recursos Minerais

A região de Bonito – MS está localizada em uma área de contato de diferentes

tipos e grupos litológicos, com intensos processos tectônicos, implicando na produção

de paisagens particulares. Está assentada, basicamente, sobre rochas carbonáticas –

calcários e dolomitos – das Formações Cerradinho e Bocaina, do Grupo Corumbá no

topo, e rochas do Grupo Cuiabá na base, arcabouço geológico da Serra da Bodoquena

(DIAS, 2000). Segundo Dias (2000), desenvolveu-se em Bonito – MS uma formação

geológica pouco típica, representada pela Formação Xaraiés. Essa formação aparece

em três pontos isolados na região de Bonito – MS, acompanhando as margens muito

úmidas e planas dos rios Formoso e Perdido. Constitui-se de um calcário pulverulento

de cor branco-amarelada ou cinza composto por imensa quantidade de materiais

fósseis.

Decorrente destas formações, Boggiani et al. (1998) descrevem os recursos

minerais que são exploradas na região da Serra da Bodoquena. Segundo os autores,

Page 17: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

destaca-se a exploração de rochas carbonáticas para fabricação de cimento e

aplicação como corretivo de solo (incluindo para esta finalidade calcários

pulverulentos); extração de metadolomitos de granulação fIna (mármores) e; argilas

para construção civil. No mesmo artigo também são mencionadas as potencialidades

do local para outras explorações minerais, como rochas fosfáticas, rochas ornamentais

e quartzos.

Segundo Souza & Lastoria, (2003) de acordo com o Macrozoneamento

Geoambiental de Mato Grosso do Sul, o Município de Bonito – MS está inserido na

porção sudoeste da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai, sub-bacia do Miranda e

Aquidauana, sendo os principais cursos d’água o Rio Miranda, Rio Formoso e Rio da

Prata. Os rios que nascem no município são Rio do Peixe, Formoso, Perdido e Sucuri.

Um estudo da SANESUL/TAHAL (1998) fez um levantamento de poços tubulares

existentes no Mato Grosso do Sul e apresentou a classificação dos aquíferos de acordo

com as diferentes unidades geológicas (SOUZA & LASTORIA, 2003). Dentro deste

trabalho, Bonito – MS fica localizado sobre rochas pertencentes ao aquífero do tipo

fissurado. O potencial de armazenamento destes aquíferos está relacionado aos

falhamentos e fraturas da rocha, que são de tamanho limitado.

4.3 Geomorfologia da área cárstica da Serra da Bodoquena e os banhados

dos rios Formoso e Prata

Paisagens cársticas são regiões sustentadas por rochas carbonáticas onde

predominam processos de dissolução química da rocha pela água, gerando o

desenvolvimento de porosidade secundária na forma de condutos e,

consequentemente, sistemas hidrológicos subterrâneos (SALLUN-FILHO & KARMANN,

2012). Assim, os relevos cársticos são caracterizados pela presença de cavernas,

sumidouros, ressurgências e pela escassez de escoamento superficial (FORD &

WILLIAMS, 2007; SALLUN-FILHO & KARMANN, 2012). Essas regiões representam

cerca de 10% da superfície dos continentes, onde ocorre uma biodiversidade

subterrânea endêmica de alto interesse científico, além de abrigar aquíferos de grande

importância econômica e social devido sua alta produtividade (FORD & WILLIAM, 2007;

WATSON et al., 1997).

Page 18: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Apesar da extensão relativamente reduzida das áreas cársticas em superfície

continental, aproximadamente 25% da população mundial depende dos aquíferos

cársticos para atender suas necessidades vitais, direta ou indiretamente (FORD &

WILLIAMS, 2007). Além do valor significativo para a conservação dos recursos hídricos

e da biodiversidade (devido ao elevado endemismo de espécies subterrâneas), essas

regiões são de fundamental importância econômica pela presença de atividades

turísticas associadas às feições cársticas. O mais relevante exemplo brasileiro de tal

uso econômico do carste é a região de Bonito, área cárstica da Serra da Bodoquena,

no Mato Grosso do Sul, onde cavernas submersas, ressurgências, rios cristalinos e

cachoeiras com tufas calcárias são atrativos turísticos que movimentam a economia

local (LOBO & MORETTI, 2009; BOGGIANI et al., 2011).

Sallum & Karmann (2007) apresentam o mapeamento geomorfológico da Serra

da Bodoquena contextualizando suas feições cársticas. Estes autores descrevem a

Serra da Bodoquena como um conjunto de planícies, a leste, que drenam para bacia do

Rio Miranda (Rios Salobra, Formoso e Prata), e um planalto (chamado de Planalto da

Bodoquena), a oeste, drenado ao norte pelo rio Salobra e, ao sul, pelo Rio Perdido

(Bacia do Rio Apa) (ALMEIDA, 1965; SALLUN-FILHO & KARMANN, 2007) (Anexo 1 ).

Neste contexto geomorfológico, Sallun & Karmann (2007) denominam as áreas

que incluem os banhados dos rios Formoso e Prata como Planícies de Tufas (Tufas

Plains – TP). Neste caso, a água infiltrada no Planalto a oeste (na região do rio Perdido)

percorre sistemas hidrológicos subterrâneos, enriquecendo-se de carbonato de cálcio e

ressurgindo, a leste, em nascentes de grande vazão, como nas nascentes do Prata e

do Formoso (BOGGIANI et al. 2002). Boggiani et al. (2002) denominam os depósitos

de tufas calcárias da Serra da Bodoquena como Formação Xaraiés, originalmente

descrita por Almeida (1945), que é caracterizada por calcário Quaternários com idade

de até 5 mil anos. No caso dos depósitos do rio Formoso, o calcário dissolvido na água

durante sua circulação subterrânea e superficial é acumulado na forma de tufas, em

meandros abandonados, promovendo a diminuição da profundidade dos lagos

marginais, o que resulta na formação de brejos ao final do trecho de maior da

deposição (BOGGIANI et al., 2002). Assim, a manutenção dos banhados é essencial

para o constante processo de deposição das tufas calcárias típicas da região.

Page 19: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Nota-se que Boggiani et al. (2002) chama atenção para fragilidade das

tufas calcárias da Serra da Bodoquena, cujo crescimento pode ser afetado pela

temperatura da água, presença de magnésio, fosfatos e certos componente orgânicos,

que mesmo em baixas concentrações, podem afetar a deposição de calcita. Além disso,

maior atenção deve ser dada as condições de turbidez da água peculiar da região, pois

o aumento deste parâmetro pode afetar o crescimento de algas as quais está associado

o crescimento das tufas (BOGGIANI et al. 2002).

4.4 Aquíferos da Serra da Bodoquena e suas espécies subterrâneas

ameaçadas

Os ecossistemas subterrâneos aquáticos e terrestres podem ser especialmente

complexos nas áreas cársticas (relevos de rochas que sofrem corrosão química pela

água) (CULVER et al., 2009; GIBERT et al., 1994). Isto é possível devido a sua

dinâmica distinta do meio epígeo, com a ausência permanente de luz e os diferentes

níveis de compartimentação dos espaços no subsolo (GIBERT et al., 1994). Estas

condições permitem a origem de um endemismo elevado de espécies estritamente

subterrâneas, denominadas de troglóbios (BARR, 1967; CULVER et al., 2009).

A presença de grandes condutos submersos é uma das características típicas do

carste da Serra da Bodoquena. Algumas cavernas alagadas já foram exploradas

através de espeleomergulho (NETO, 2010) e revelam a presença de um aquífero de

condutos bem desenvolvido, mais comuns à leste (SALLUN & KARMANN, 2007).

Cavernas como: o Buraco das Abelhas, uma das mais extensas da região, com 2 km de

condutos subaquáticos mapeados e mais 60 m de profundidade; a Nascente da Ceita

Curê, uma nascente freática desenvolvida em fenda vertical com 120 m de

profundidade; a Lagoa Misteriosa, uma das mais profundas do Brasil, com 220 m de

desnível; e a Gruta do lago Azul, cujo lago é contemplado por milhares de visitantes

todos os anos, são exemplos desde grandes sistemas de condutos freáticos

exploráveis pelo homem e de grande beleza cênica regional (LOBO & MORETTI, 2009;

SALLUN-FILHO et al., 2004).

Page 20: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

A fauna troglóbia, endêmica e especializada à hábitats subterrâneos, que ocorre

os aquíferos cársticos é geralmente acessada através de rios e de lagos em (CULVER

et al., 2009; GIBERT et al., 1994; HUMPHREYS, 2006). Na área cárstica da Serra da

Bodoquena, já foram reconhecidas 34 espécies endêmicas de animais troglóbios, entre

espécies terrestres e aquáticas, sendo a maioria ainda não descrita formalmente

(CORDEIRO, 2013; CORDEIRO et al., 2014; TRAJANO & BICHUETTE, 2010).

Destacam-se entre os troglóbios endêmicos da Serra da Bodoquena a riqueza de

peixes, elementos conspícuos no meio subterrâneo aquático e que ocupam o topo das

cadeias tróficas no aquífero (CORDEIRO et al., 2013; TRAJANO, 2001). O cascudo

troglóbio Ancistrus formoso Sabino & Trajano 1994, é considerado espécie vulnerável

na Lista Brasileira de Fauna Ameaçada (MACHADO et al., 2005) e ocorre somente na

Nascente do Rio Formoso, um sistema de cavernas submersas. As espécies

recentemente estudadas quanto à distribuição geográfica, Trichomycterus dali Rizzato,

Costa-Jr., Trajano & Bichuette 2011, mais quatro não descritas (duas de

Trichomycterus, uma de Rhamdia e uma de Ancistrus), ocorrem em rios subterrâneos

de cavernas que estão expostos a diversos impactos antrópicos (CORDEIRO et al.,

2013). Os impactos mais graves, estão: o assoreamento de condutos subterrâneos, a

contaminação por insumos agrícolas, o rebaixamento do lençol freático por uso

indiscriminado da água subterrânea e a presença de espécies invasoras por alteração

das comunidades superficiais (BORGHEZAN, 2013; CORDEIRO, 2014).

4.5 Solos

Segundo Costacurta (2006), os solos predominantes na região da Bacia do Rio

Miranda são os Latossolos e os Neossolos, com algumas manchas de Cernossolo e

Argissolo. São solos minerais, não hidromórficos, caracterizados por apresentarem

saturação de bases alta, argila de atividade alta e horizonte B textural imediatamente

abaixo de horizonte A. Possuem coloração avermelhada, com sequencia bem nítida

entre os horizontes A, B e C. Apresentam textura argilosa, bem drenados,

moderadamente ácidos e alcalinos e com fertilidade natural elevada. São desenvolvidos

a partir das litologias das Formações Cerradinho e Bocaina, do Grupo Corumbá e

Page 21: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Cuiabá, associados aos Chernossolos. Ocorrem em dois pequenos trechos, ao longo

do Rio Formoso e de um de seus afluentes (DIAS, 1998 apud COSTACURTA, 2006).

De acordo com Dias (2000), as áreas de depósito da Formação Xaraiés,

apresentam solos do tipo Glei Húmico eutrófico vértico, e outros tipos de solo em menor

escala. Existe ainda, conforme apresentado anteriormente, a presença de outras

classes como: Podzólico Vermelho-Amarelo, Plintossolo Solódico, Glei Húmico Vértico,

Brunizem Avermelhado, Latossolo Roxo, Solonetz Solodizado, Solos Litólicos, Glei

Pouco Húmico, Areias Quartzosas e Podzólico Vermelho-Escuro. Em sua maioria são

solos minerais profundos, de boa drenagem, textura média, e com baixa fertilidade

(MMA, 2007), sendo utilizados intensamente para pastagens e lavouras, principalmente

soja e milho.

Devido as suas características físicas e constante utilização com lavouras, existe

uma grande preocupação com o potencial erosivo do solo dessa região, além do

intenso desgaste decorrente do mau uso, devendo-se levar em consideração a

inclinação do relevo que pode ocasionar deslizamentos nas encostas dos morros e

propiciar maior velocidade de escoamento superficial (fator que pode originar e agravar

processos erosivos). Os problemas elencados podem ser evitados e/ou minimizados

por meio da adoção de medidas conservadoras do solo. Os processos erosivos

influenciam diretamente na qualidade dos cursos d’água locais, uma vez que, partículas

de solos são carreadas, conferindo uma maior turbidez e podendo acarretar no

assoreamento destes mananciais hídricos.

Em especial, a Bacia Hidrográfica do Rio da Prata foi objeto de levantamento

pedológico do tipo exploratório, no âmbito do Projeto RADAMBRASIL, do

Macrozoneamento Geoambiental do Estado de Mato Grosso do Sul (Mato Grosso do

Sul, 1989) e do Programa de Conservação da Bacia do Alto Paraguai (PCBAP). O

Podzólico Vermelho-Amarelo com 27,9% da área da bacia é a classe de solo com maior

expressão. A seguir vem o Latossolo Vermelho-Escuro com 25,8% da área. Na porção

oeste da bacia, nas bordas da Serra da Bodoquena, há ocorrência de Podzólico

VermelhoEscuro latossólico eutrófico e Rendzina.

Page 22: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

5. REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE BANHADO DO RIO FORMOSO

5.1 HISTÓRICO DE CRIAÇÃO DA UC

A preocupação com as áreas úmidas do Município de Bonito – MS sempre foi um

assunto presente, tanto por parte da gestão pública quanto por instituições

conservacionistas. A importância destes ambientes, assim como sua fragilidade, já há

muito tempo são entendidos como questões prioritárias para a conservação dos

recursos naturais e sustentabilidade das atividades locais.

O brejão ou banhado do Rio Formoso consiste na porção mais baixa da planície

onde há a convergência de águas subterrâneas e superficiais, que permanecem

temporariamente aprisionadas e são drenadas para o rio. Desde a década de 70, com a

conversão de áreas naturais em pastagens e solos agricultáveis, verifica-se que a

supressão dos fragmentos florestais no entorno do Rio Formoso ocorreu em áreas

planas, diminuindo, consequentemente, a capacidade de armazenamento de água.

Como tentativa de amenizar estes problemas, duas ações paralelas foram

iniciadas nesta região, sendo uma por parte da Promotoria de Justiça de Bonito e outra

pela Fundação Neotrópica do Brasil.

Em 2008, a pedido da Promotoria de Justiça de Bonito – MS, foi realizado um

diagnóstico que expressasse a situação das áreas úmidas do Rio Formoso, tendo este

sido executado através de uma parceria entre IBAMA, Secretaria Municipal de Bonito –

MS, Fundação Neotrópica do Brasil, IMASUL e Polícia Militar Ambiental. O documento,

intitulado “Identificação das áreas úmidas do Rio Formoso a montante da MS 178”, teve

como principal objetivo mapear as áreas úmidas remanescentes do curso alto do Rio

Formoso, além dos processos responsáveis pela degradação deste ambiente.

Por meio deste estudo, foram identificados os impactos sofridos neste ambiente

através da amostragem de 11 propriedades distintas, onde foram constatados

processos erosivos, drenagem e redução de áreas úmidas, perda de matas ciliares e

consequente assoreamento por conta do carreamento de sedimentos. Assim, muito

além da simples caracterização dos impactos e pressões sofridos por esta área, esta

ação conjunta possibilitou ainda a proposição de formas de recuperar e conservar estes

ambientes.

Page 23: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Em outra frente de atuação, a Fundação Neotrópica do Brasil também investiu

esforços na conservação das áreas úmidas do município. Para tanto, este ambiente foi

incluído nas atividades do projeto “Corredor de biodiversidade Miranda-Serra da

Bodoquena”, em parceria com a Conservação Internacional. No âmbito deste projeto,

foram realizadas diversas ações em áreas de banhado, tais como caracterização dos

componentes biológicos através de inventários faunísticos e florísticos, análise do

entorno destes ambientes e de uso e ocupação destas localidades.

Com base nos resultados obtidos em ambas as frentes de atuação, assim como

na complementação dos dados gerados, firmou-se então a parceria entre a Prefeitura

Municipal de Bonito – MS e a Fundação Neotrópica do Brasil, na tentativa inédita de

conservação das áreas úmidas da região. Para tanto, foi acordada a criação de uma

unidade de conservação municipal, como uma forma de garantir a manutenção dos

recursos naturais que sustentam grande parte das atividades turísticas do município.

Cabe ressaltar que a realização desta ação fez parte do planejamento estratégico do

Conselho Municipal de Meio Ambiente de bonito (COMDEMA), o qual é representado

por diversos segmentos da sociedade.

5.2 ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DA UC NAS ÁREAS ÚMIDAS DO RIO

FORMOSO

Nome da área

Refúgio de Vida Silvestre Banhado do Rio Formoso

Categoria de manejo sugerida

Refúgio de Vida Silvestre (RVS)

Justificativa para a categoria de manejo

Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) - Lei 9.985,

de 18 de julho de 2000, o Refúgio de Vida Silvestre (RVS) é uma área, tem como

objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência

Page 24: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou

migratória. O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas particulares,

desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra

e dos recursos naturais do local pelos proprietários. A área proposta para tal fim se

enquadra nesta categoria e, vale destacar, que toda a área de banhado do Rio

Formoso já possui seu uso restringido, pois continuam sendo consideradas Áreas de

Uso Restrito, segundo o Novo Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651, de 25 de maio de

2012).

Localização

A área da UC Municipal se localiza na região central do Município de Bonito -

MS, na Bacia Hidrográfica do Rio Formoso e entorno do Parque Nacional da Serra da

Bodoquena, nos domínios do bioma Mata Atlântica e Cerrado (Figura 1)

Page 25: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados
Page 26: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Descrição dos limites da UC

O Refúgio de Vida Silvestre (RVS) - Banhado do Rio Formoso é constituído por áreas

contínuas, localizadas no Município de Bonito – MS, com 2.275,41 hectares e com os

seguintes limites com coordenadas UTM (Universal Transversa De Mercartor),

referenciadas ao Meridiano Central 57Wgr e Datum SIRGAS 2000, seguindo por linhas

que ligam ordenadamente os pontos: M-1) 557079.76 e 7658459.79; M-2) 557036.96 e

7658418.00; M-3) 556999.96 e 7658386.05; M-4) 556964.65 e 7658349.05; M-5)

556934.38 e 7658303.65; M-6) 556902.43 e 7658261.61; M-7) 556875.52 e

7658219.57; M-8) 556861.91 e 7658194.33; M-) 9 556866.64 e 7658170.64; M-10)

556868.04 e 7658163.59; M-11) 556867.29 e 7658150.48; M-12) 556865.83 e

7658139.06; M-13) 556864.84 e 7658131.40; M-14) 556860.19 e 7658063.76; M-15)

556836.33 e 7658016.16; M-16) 556807.47 e 7658010.13; M-17) 556779.29 e

7657984.08; M-18) 556773.59 e 7657956.40; M-19) 556746.41 e 7657938.66; M-20)

556726.28 e 7657972.27; M-21) 556697.73 e 7657983.62; M-22) 556687.28 e

7657987.78; M-23) 556676.56 e 7657991.80; M-24) 556628.49 e 7658009.81; M-25)

556608.38 e 7658003.71; M-26) 556574.11 e 7657993.31; M-27) 556569.69 e

7657982.16; M-28) 556573.56 e 7657973.22; M-29) 556575.11 e 7657969.63; M-30)

556552.36 e 7657947.89; M-31) 556536.23 e 7657941.63; M-32) 556522.77 e

7657936.41; M-33) 556497.68 e 7657933.93; M-34) 556467.48 e 7657909.94; M-35)

556439.13 e 7657873.82; M-36) 556444.96 e 7657861.52; M-37) 556491.01 e

7657842.07; M-38) 556501.34 e 7657784.21; M-39) 556498.32 e 7657653.10; M-40)

556489.49 e 7657610.10; M-41) 556478.97 e 7657585.22; M-42) 556476.73 e

7657554.11; M-43) 556476.73 e 7657524.51; M-44) 556473.35 e 7657494.52; M-45)

556470.73 e 7657475.04; M-46) 556457.99 e 7657382.47; M-47) 556435.50 e

7657326.25; M-48) 556413.01 e 7657285.77; M-49) 556397.27 e 7657273.78; M-50)

556372.54 e 7657270.78; M-51) 556333.56 e 7657277.53; M-52) 556307.33 e

7657283.53; M-53) 556287.84 e 7657288.77; M-54) 556257.86 e 7657284.27; M-55)

556232.37 e 7657269.28; M-56) 556209.88 e 7657240.05; M-57) 556206.89 e

7657206.32; M-58) 556212.13 e 7657151.60; M-59) 556223.38 e 7657123.12; M-60)

556234.62 e 7657095.39; M-61) 556249.67 e 7657058.52; M-62) 556249.67 e

7657058.52; M-63) 556265.11 e 7657022.28; M-64) 556295.38 e 7656965.11; M-65)

Page 27: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

556318.92 e 7656912.98; M-66) 556334.05 e 7656857.49; M-67) 556334.05 e

7656786.86; M-68) 556334.05 e 7656724.64; M-69) 556319.08 e 7656641.88; M-70)

556294.06 e 7656582.68; M-71) 556265.11 e 7656546.39; M-72) 556170.94 e

7656450.54; M-73) 556113.77 e 7656329.47; M-74) 556098.72 e 7656265.11; M-75)

556100.45 e 7656217.29; M-76) 556100.45 e 7656174.56; M-77) 556109.44 e

7656143.83; M-78) 556128.18 e 7656113.85; M-79) 556144.67 e 7656084.61; M-80)

556170.16 e 7656064.38; M-81) 556180.65 e 7656047.14; M-82) 556182.90 e

7656024.65; M-83) 556176.15 e 7656005.16; M-84) 556167.91 e 7655976.68; M-85)

556160.41 e 7655948.94; M-86) 556152.17 e 7655901.72; M-87) 556145.17 e

7655861.99; M-88) 556154.63 e 7655823.11; M-89) 556166.43 e 7655799.51; M-90)

556177.74 e 7655774.92; M-91) 556178.23 e 7655753.28; M-92) 556179.22 e

7655718.37; M-93) 556182.17 e 7655692.80; M-94) 556183.15 e 7655663.78; M-95)

556176.27 e 7655643.13; M-96) 556152.17 e 7655582.64; M-97) 556142.33 e

7655555.10; M-98) 556126.60 e 7655506.91; M-99) 556113.81 e 7655462.65; M-100)

556116.76 e 7655425.27; M-101) 556129.55 e 7655409.54; M-102) 556150.20 e

7655389.86; M-103) 556158.07 e 7655363.31; M-104) 556159.05 e 7655343.64; M-

105) 556150.20 e 7655320.03; M-106) 556131.02 e 7655298.40; M-107) 556122.17 e

7655282.17; M-108) 556116.76 e 7655264.95; M-109) 556115.29 e 7655254.14; M-

110) 556115.78 e 7655240.37; M-111) 556122.17 e 7655220.20; M-112) 556129.06 e

7655206.93; M-113) 556130.04 e 7655180.86; M-114) 556123.15 e 7655160.70; M-

115) 556113.81 e 7655143.00; M-116) 556103.48 e 7655129.23; M-117) 556083.32 e

7655110.54; M-118) 556068.08 e 7655094.31; M-119) 556047.42 e 7655069.72; M-

120) 556026.77 e 7655044.15; M-121) 556017.42 e 7655024.97; M-122) 556013.98 e

7655007.27; M-123) 556009.55 e 7654990.55; M-124) 556003.16 e 7654980.22; M-

125) 555984.47 e 7654965.47; M-126) 555960.38 e 7654953.17; M-127) 555938.74 e

7654948.25; M-128) 555925.46 e 7654947.27; M-129) 555903.82 e 7654951.20; M-

130) 555890.05 e 7654958.09; M-131) 555860.92 e 7654959.15; M-132) 555828.20 e

7654954.57; M-133) 555749.41 e 7654914.85; M-134) 555702.32 e 7654876.40; M-

135) 555616.02 e 7654854.72; M-136) 555535.30 e 7654811.00; M-137) 555498.31 e

7654740.37; M-138) 555457.95 e 7654676.47; M-139) 555417.59 e 7654642.84;

M-140) 555333.51 e 7654629.39; M-141) 555205.71 e 7654636.11; M-142) 555061.09

Page 28: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

e 7654646.20; M-143) 554979.69 e 7654596.22; M-144) 554966.51 e 7654547.46; M-

145) 554929.13 e 7654494.35; M-146) 554905.10 e 7654402.80; M-147) 554872.12 e

7654359.33; M-148) 554804.66 e 7654308.36; M-149) 554777.67 e 7654273.88; M-

150) 554744.96 e 7654222.44; M-151) 554734.87 e 7654175.36; M-152) 554691.14 e

7654101.37; M-153) 554664.24 e 7653990.38; M-154) 554761.77 e 7653933.21; M-

155) 554919.84 e 7653896.21; M-156) 555024.10 e 7653832.31; M-157) 555085.93 e

7653777.76; M-158) 555138.45 e 7653731.42; M-159) 555182.17 e 7653566.62; M-

160) 555168.71 e 7653475.82; M-161) 555108.18 e 7653408.55; M-162) 555047.64 e

7653354.74; M-163) 554993.83 e 7653280.75; M-164) 554973.65 e 7653220.22; M-

165) 554923.20 e 7653129.41; M-166) 554872.76 e 7653045.33; M-167) 554842.49 e

7652991.52; M-168) 554792.04 e 7652957.89; M-169) 554741.59 e 7652853.63; M-

170) 554728.14 e 7652749.37; M-171) 554765.13 e 7652685.47; M-172) 554758.41 e

7652628.30; M-173) 554738.23 e 7652584.58; M-174) 554741.59 e 7652524.04; M-

175) 554818.94 e 7652476.96; M-176) 554892.93 e 7652453.41; M-177) 554983.74 e

7652409.69; M-178) 555027.46 e 7652362.61; M-179) 555084.64 e 7652318.89; M-

180) 555094.73 e 7652278.53; M-181) 555057.73 e 7652244.90; M-182) 554980.38 e

7652258.35; M-183) 554946.75 e 7652305.43; M-184) 554859.30 e 7652315.52; M-

185) 554829.03 e 7652291.98; M-186) 554785.31 e 7652248.26; M-187) 554781.95 e

7652187.72; M-188) 554738.23 e 7652144.00; M-189) 554691.14 e 7652137.28; M-

190) 554637.33 e 7652197.81; M-191) 554556.62 e 7652241.53; M-192) 554475.90 e

7652228.08; M-193) 554415.36 e 7652207.90; M-194) 554408.64 e 7652197.81; M-

195) 554361.55 e 7652194.45; M-196) 554321.20 e 7652248.26; M-197) 554331.29 e

7652325.61; M-198) 554338.01 e 7652456.78; M-199) 554331.29 e 7652561.03; M-

200) 554270.75 e 7652631.66; M-201) 554220.30 e 7652675.38; M-202) 554173.22 e

7652722.47; M-203) 554173.22 e 7652761.14; M-204) 554173.22 e 7652826.73; M-

205) 554186.67 e 7652900.71; M-206) 554216.94 e 7652978.07; M-207) 554213.57 e

7653065.51; M-208) 554176.58 e 7653159.68; M-209) 554119.41 e 7653203.40; M-

210) 554035.33 e 7653210.13; M-211) 553994.97 e 7653166.41; M-212) 553981.52 e

7653146.23; M-213) 553974.79 e 7653102.51; M-214) 553937.79 e 7653089.05; M-

215) 553907.53 e 7653031.88; M-216) 553853.71 e 7653008.34; M-217) 553786.45 e

7653025.15; M-218) 553730.42 e 7653072.24; M-219) 553700.82 e 7653065.92; M-

Page 29: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

220) 553675.15 e 7653033.37; M-221) 553628.38 e 7652984.79; M-222) 553554.39 e

7652951.16; M-223) 553507.31 e 7652890.63; M-224) 553440.04 e 7652762.82; M-

225) 553359.33 e 7652661.93; M-226) 553308.88 e 7652638.39; M-227) 553258.43 e

7652678.75; M-228) 553246.66 e 7652730.87; M-229) 553199.58 e 7652774.60; M-

230) 553115.50 e 7652801.50; M-231) 553061.69 e 7652809.91; M-232) 553009.56 e

7652816.64; M-233) 552959.11 e 7652811.59; M-234) 552918.75 e 7652801.50; M-

235) 552853.17 e 7652781.32; M-236) 552785.91 e 7652783.00; M-237) 552722.01 e

7652794.78; M-238) 552648.02 e 7652796.46; M-239) 552543.76 e 7652793.09; M-

240) 552426.05 e 7652786.37; M-241) 552338.61 e 7652749.37; M-242) 552264.62 e

7652739.28; M-243) 552193.99 e 7652709.01; M-244) 552093.09 e 7652614.85; M-

245) 552072.92 e 7652550.95; M-246) 552046.01 e 7652476.96; M-247) 552029.19 e

7652433.23; M-248) 551998.93 e 7652372.70; M-249) 551958.57 e 7652339.07;

M-250) 551921.57 e 7652328.98; M-251) 551861.04 e 7652345.79; M-252) 551793.77

e 7652376.06; M-253) 551753.41 e 7652431.55; M-254) 551743.32 e 7652460.14; M-

255) 551726.51 e 7652478.64; M-256) 551692.88 e 7652475.27; M-257) 551671.02 e

7652445.01; M-258) 551637.38 e 7652416.42; M-259) 551617.21 e 7652394.56; M-

260) 551590.30 e 7652382.79; M-261) 551553.31 e 7652396.24; M-262) 551533.13 e

7652413.06; M-263) 551516.31 e 7652419.78; M-264) 551494.45 e 7652414.74; M-

265) 551477.63 e 7652396.24; M-266) 551462.50 e 7652372.70; M-267) 551445.68 e

7652332.34; M-268) 551440.64 e 7652297.03; M-269) 551440.64 e 7652260.03; M-

270) 551433.91 e 7652204.54; M-271) 551418.78 e 7652169.23; M-272) 551403.64 e

7652135.59; M-273) 551376.74 e 7652108.69; M-274) 551364.97 e 7652073.37; M-

275) 551370.01 e 7652054.88; M-276) 551412.05 e 7652027.97; M-277) 551445.68 e

7652017.88; M-278) 551504.54 e 7651994.34; M-279) 551544.90 e 7651969.12; M-

280) 551588.62 e 7651930.44; M-281) 551613.84 e 7651900.17; M-282) 551619.73 e

7651852.25; M-283) 551642.43 e 7651824.50; M-284) 551640.75 e 7651801.80; M-

285) 551629.82 e 7651787.51; M-286) 551610.48 e 7651753.03; M-287) 551613.84 e

7651732.01; M-288) 551606.28 e 7651716.88; M-289) 551561.71 e 7651689.97; M-

290) 551525.56 e 7651662.23;M-291) 551499.49 e 7651641.21; M-292) 551475.11 e

7651626.07; M-293) 551443.16 e 7651622.71; M-294) 551416.26 e 7651615.98; M-

295) 551395.24 e 7651607.58; M-296) 551374.61 e 7651608.64; M-297) 551352.97 e

Page 30: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

7651617.49; M-298) 551333.30 e 7651632.24; M-299) 551320.10 e 7651641.23; M-

300) 551308.25 e 7651643.01; M-301) 551299.86 e 7651633.22; M-302) 551298.88 e

7651612.57; M-303) 551290.03 e 7651576.18; M-304) 551281.17 e 7651556.51; M-

305) 551257.57 e 7651529.95; M-306) 551237.90 e 7651508.31; M-307) 551226.10 e

7651492.58; M-308) 551204.46 e 7651477.82; M-309) 551177.90 e 7651457.17; M-

310) 551139.54 e 7651418.81; M-311) 551100.20 e 7651383.40; M-312) 551072.66 e

7651326.36; M-313) 551063.81 e 7651302.75; M-314) 551060.86 e 7651265.38; M-

315) 551062.83 e 7651217.19; M-316) 551061.84 e 7651168.99; M-317) 551054.96 e

7651121.78; M-318) 551044.14 e 7651082.44; M-319) 551031.45 e 7651051.43; M-

320) 551013.06 e 7651002.47; M-321) 550967.58 e 7650942.23; M-322) 550919.35 e

7650904.67; M-323) 550884.76 e 7650889.25; M-324) 550852.41 e 7650885.90; M-

325) 550840.03 e 7650902.99; M-326) 550818.45 e 7650913.08; M-327) 550784.82 e

7650901.31; M-328) 550749.51 e 7650867.68; M-329) 550725.97 e 7650827.32; M-

330) 550680.28 e 7650778.43; M-331) 550674.41 e 7650744.38; M-332) 550692.33 e

7650716.33; M-333) 550742.78 e 7650696.16; M-334) 550776.53 e 7650668.96; M-

335) 550796.59 e 7650618.80; M-336) 550773.05 e 7650570.04; M-337) 550757.92 e

7650504.46; M-338) 550746.14 e 7650462.42; M-339) 550709.15 e 7650405.24; M-

340) 550626.75 e 7650353.11; M-341) 550542.10 e 7650316.40; M-342) 550455.23 e

7650295.94; M-343) 550421.60 e 7650272.40; M-344) 550407.99 e 7650205.13; M-

345) 550411.51 e 7650147.77; M-346) 550421.09 e 7650056.07; M-347) 550362.52 e

7650013.18; M-348) 550303.89 e 7649989.89; M-349) 550243.35 e 7649962.98; M-

350) 550220.06 e 7649878.59; M-351) 550157.09 e 7649872.77; M-352) 550132.37 e

7649812.63; M-353) 550094.70 e 7649745.36; M-354) 550093.97 e 7649705.73; M-

355) 550140.49 e 7649666.52; M-356) 550229.80 e 7649591.89; M-357) 550349.26 e

7649554.99; M-358) 550398.69 e 7649492.01; M-359) 550419.16 e 7649435.95; M-

360) 550501.04 e 7649359.17; M-361) 550483.56 e 7649304.09; M-362) 550391.58 e

7649192.06; M-363) 550349.26 e 7649080.98; M-364) 550317.47 e 7649058.92; M-

365) 550298.52 e 7649033.65; M-366) 550345.06 e 7648991.50; M-367) 550367.79 e

7648933.85; M-368) 550310.61 e 7648849.77; M-369) 550226.53 e 7648738.79; M-

370) 550169.36 e 7648661.44; M-371) 550095.37 e 7648587.45; M-372) 550007.93 e

7648530.27; M-373) 549921.99 e 7648460.40; M-374) 549907.60 e 7648421.19; M-

Page 31: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

375) 549848.15 e 7648379.34; M-376) 549762.42 e 7648301.58; M-377) 549685.06 e

7648224.22; M-378) 549651.94 e 7648169.40; M-379) 549590.42 e 7648086.40; M-

380) 549521.53 e 7647954.51; M-381) 549476.50 e 7647912.27; M-382) 549428.19 e

7647873.63; M-383) 549447.93 e 7647729.40; M-384) 549485.58 e 7647693.53; M-

385) 549496.85 e 7647658.90; M-386) 549478.87 e 7647608.56; M-387) 549449.23 e

7647562.03; M-388) 549393.73 e 7647559.92; M-389) 549372.07 e 7647521.07; M-

390) 549357.35 e 7647480.68; M-391) 549347.98 e 7647430.95; M-392) 549327.27 e

7647410.37; M-393) 549277.17 e 7647408.82; M-394) 549239.19 e 7647390.32; M-

395) 549173.86 e 7647279.17; M-396) 549086.42 e 7647247.45; M-397) 549015.38 e

7647239.39; M-398) 548983.20 e 7647141.51; M-399) 549000.78 e 7647105.21; M-

400) 549037.68 e 7647066.15; M-401) 549044.00 e 7647013.99; M-402) 549024.33 e

7646962.21; M-403) 548956.75 e 7646887.97; M-404) 548916.71 e 7646807.50; M-

405) 548928.35 e 7646730.98; M-406) 548904.81 e 7646683.89; M-407) 548844.27 e

7646636.81; M-408) 548770.28 e 7646515.73; M-409) 548733.29 e 7646431.65; M-

410) 548729.92 e 7646367.75; M-411) 548709.74 e 7646310.58; M-412) 548655.93 e

7646243.32; M-413) 548608.85 e 7646206.48; M-414) 548557.58 e 7646211.81; M-

415) 548500.24 e 7646235.92; M-416) 548349.88 e 7646139.06; M-417) 548306.16 e

7646085.25; M-418) 548281.55 e 7646017.03; M-419) 548284.59 e 7645931.62; M-

420) 548339.79 e 7645866.64; M-421) 548378.19 e 7645842.94; M-422) 548415.75 e

7645840.40; M-423) 548453.49 e 7645855.30; M-424) 548498.91 e 7645853.44; M-

425) 548526.74 e 7645822.03; M-426) 548518.04 e 7645779.04; M-427) 548464.23 e

7645711.94; M-428) 548390.24 e 7645577.41; M-429) 548356.61 e 7645510.15; M-

430) 548312.89 e 7645429.43; M-431) 548256.62 e 7645392.43; M-432) 548237.22 e

7645330.22; M-433) 548230.49 e 7645281.45; M-434) 548232.17 e 7645222.59; M-

435) 548223.77 e 7645173.83; M-436) 548201.90 e 7645143.56; M-437) 548164.91 e

7645094.79; M-438) 548132.96 e 7645062.84; M-439) 548118.89 e 7645036.64; M-

440) 548124.55 e 7644993.90; M-441) 548119.51 e 7644966.71; M-442) 548094.28 e

7644941.77; M-443) 548079.15 e 7644901.41; M-444) 548051.91 e 7644882.99; M-

445) 548013.57 e 7644886.28; M-446) 547969.85 e 7644913.18; M-447) 547922.76 e

7644913.18; M-448) 547885.77 e 7644893.00; M-449) 547837.00 e 7644839.19; M-

450) 547799.59 e 7644795.19; M-451) 547793.28 e 7644750.07; M-452) 547778.15 e

Page 32: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

7644724.84; M-453) 547754.60 e 7644716.44; M-454) 547719.29 e 7644726.53; M-

455) 547680.61 e 7644745.02; M-456) 547655.39 e 7644738.30; M-457) 547640.25 e

7644709.71; M-458) 547638.57 e 7644672.72; M-459) 547652.03 e 7644627.31; M-

460) 547675.57 e 7644592.00; M-461) 547705.84 e 7644555.00; M-462) 547747.88 e

7644521.37; M-463) 547783.19 e 7644502.88; M-464) 547794.96 e 7644475.97; M-

465) 547793.28 e 7644435.61; M-466) 547779.83 e 7644393.57; M-467) 547776.46 e

7644341.44; M-468) 547810.10 e 7644307.81; M-469) 547848.77 e 7644289.31; M-

470) 547870.63 e 7644290.15; M-471) 547899.22 e 7644284.27; M-472) 547915.19 e

7644275.86; M-473) 547924.44 e 7644264.93; M-474) 547931.17 e 7644242.23; M-

475) 547927.81 e 7644231.30; M-476) 547917.72 e 7644222.05; M-477) 547904.26 e

7644222.05; M-478) 547874.00 e 7644238.03; M-479) 547849.61 e 7644230.46; M-

480) 547810.94 e 7644209.44; M-481) 547792.44 e 7644183.37; M-482) 547773.10 e

7644149.74; M-483) 547755.44 e 7644117.79; M-484) 547722.65 e 7644097.61; M-

485) 547705.84 e 7644058.94; M-486) 547666.32 e 7643979.06; M-487) 547641.10 e

7643923.57; M-488) 547603.26 e 7643830.24; M-489) 547590.65 e 7643754.57; M-

490) 547541.04 e 7643660.40; M-491) 547478.82 e 7643556.14; M-492) 547409.04 e

7643447.68; M-493) 547356.91 e 7643404.80; M-494) 547284.60 e 7643361.08; M-

495) 547220.70 e 7643338.38; M-496) 547153.44 e 7643339.22; M-497) 547124.85 e

7643313.99; M-498) 547083.65 e 7643234.96; M-499) 547084.49 e 7643181.15; M-

500) 547107.19 e 7643127.34; M-501) 547108.03 e 7643085.30; M-502) 547130.73 e

7643055.03; M-503) 547159.32 e 7643001.22; M-504) 547157.64 e 7642955.82; M-

505) 547149.23 e 7642865.01; M-506) 547137.46 e 7642760.75; M-507) 547108.87 e

7642639.68; M-508) 547058.43 e 7642552.24; M-509) 547031.52 e 7642491.70; M-

510) 547004.62 e 7642444.61; M-511) 546991.16 e 7642379.03; M-512) 546965.94 e

7642301.68; M-513) 546927.26 e 7642234.42; M-514) 546858.32 e 7642168.83; M-

515) 546772.56 e 7642113.34; M-516) 546682.59 e 7642068.78; M-517) 546648.12 e

7642062.05; M-518) 546586.82 e 7642056.31; M-519) 546553.95 e 7642072.98; M-

520) 546538.47 e 7642093.02; M-521) 546516.96 e 7642095.69; M-522) 546495.94 e

7642097.37; M-523) 546486.69 e 7642108.30; M-524) 546491.73 e 7642129.32; M-

525) 546500.98 e 7642142.77; M-526) 546501.82 e 7642173.04; M-527) 546495.10 e

7642199.10; M-528) 546476.60 e 7642225.17; M-529) 546457.26 e 7642254.60; M-

Page 33: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

530) 546459.78 e 7642296.63; M-531) 546463.14 e 7642329.43; M-532) 546453.90 e

7642355.49; M-533) 546432.04 e 7642379.03; M-534) 546398.40 e 7642405.10; M-

535) 546364.77 e 7642438.73; M-536) 546307.60 e 7642469.00; M-537) 546272.28 e

7642500.95; M-538) 546225.20 e 7642549.71; M-539) 546191.57 e 7642611.93; M-

540) 546176.43 e 7642692.65; M-541) 546173.07 e 7642781.77; M-542) 546196.61 e

7642828.86; M-543) 546206.70 e 7642870.90; M-544) 546210.07 e 7642928.07; M-

545) 546211.75 e 7642973.47; M-546) 546225.20 e 7643007.10; M-547) 546228.56 e

7643040.74; M-548) 546213.43 e 7643086.14; M-549) 546208.38 e 7643109.68; M-

550) 546220.16 e 7643138.27; M-551) 546218.47 e 7643168.54; M-552) 546196.61 e

7643185.35; M-553) 546162.98 e 7643203.85; M-554) 546149.53 e 7643224.03; M-

555) 546129.35 e 7643291.29; M-556) 546127.67 e 7643326.61; M-557) 546139.44 e

7643341.74; M-558) 546154.57 e 7643380.42; M-559) 546152.89 e 7643417.41; M-

560) 546144.48 e 7643454.41; M-561) 546137.76 e 7643494.76; M-562) 546144.48 e

7643530.08; M-563) 546171.39 e 7643560.35; M-564) 546223.52 e 7643590.61; M-

565) 546268.19 e 7643613.68; M-566) 546300.87 e 7643667.97; M-567) 546314.32 e

7643731.87; M-568) 546321.05 e 7643826.04; M-569) 546318.96 e 7643898.92; M-

570) 546342.21 e 7643929.88; M-571) 546373.47 e 7644025.32; M-572) 546437.59 e

7644089.22; M-573) 546476.33 e 7644138.81; M-574) 546469.03 e 7644180.85; M-

575) 546398.85 e 7644231.36; M-576) 546262.20 e 7644352.37; M-577) 546262.20 e

7644377.60; M-578) 546321.05 e 7644406.18; M-579) 546344.59 e 7644411.23; M-

580) 546401.77 e 7644391.05; M-581) 546440.44 e 7644399.46; M-582) 546453.90 e

7644434.77; M-583) 546457.26 e 7644481.86; M-584) 546440.44 e 7644522.21; M-

585) 546435.40 e 7644572.66; M-586) 546455.58 e 7644624.79; M-587) 546511.07 e

7644676.92; M-588) 546526.20 e 7644705.51; M-589) 546539.66 e 7644735.77; M-

590) 546539.91 e 7644775.02; M-591) 546524.52 e 7644808.08; M-592) 546507.71 e

7644831.63; M-593) 546483.34 e 7644845.24; M-594) 546460.62 e 7644834.99; M-

595) 546450.53 e 7644813.13; M-596) 546443.81 e 7644777.81; M-597) 546426.99 e

7644745.86; M-598) 546409.76 e 7644731.84; M-599) 546373.18 e 7644737.46; M-

600) 546248.74 e 7644781.18; M-601) 546245.38 e 7644819.85; M-602) 546286.18 e

7644850.82; M-603) 546351.30 e 7644929.35; M-604) 546445.49 e 7645072.09; M-

605) 546553.11 e 7645164.58; M-606) 546620.37 e 7645238.57; M-607) 546674.18 e

Page 34: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

7645268.84; M-608) 546701.09 e 7645283.97; M-609) 546726.31 e 7645277.25; M-

610) 546738.08 e 7645250.34; M-611) 546766.67 e 7645235.21; M-612) 546801.98 e

7645231.84; M-613) 546820.48 e 7645240.25; M-614) 546833.93 e 7645263.79; M-

615) 546860.84 e 7645287.34; M-616) 546912.97 e 7645309.20; M-617) 546973.51 e

7645357.96; M-618) 547008.82 e 7645415.14; M-619) 547018.07 e 7645427.75; M-

620) 547032.36 e 7645434.47; M-621) 547044.13 e 7645437.00; M-622) 547060.95 e

7645430.27; M-623) 547076.92 e 7645418.50; M-624) 547093.74 e 7645415.98; M-

625) 547109.71 e 7645423.54; M-626) 547124.01 e 7645436.16; M-627) 547133.26 e

7645449.61; M-628) 547141.66 e 7645468.95; M-629) 547150.91 e 7645489.13; M-

630) 547166.89 e 7645506.78; M-631) 547185.39 e 7645510.99; M-632) 547203.88 e

7645505.10; M-633) 547216.50 e 7645497.53; M-634) 547233.31 e 7645496.69; M-

635) 547248.45 e 7645504.26; M-636) 547271.15 e 7645518.55; M-637) 547279.55 e

7645533.69; M-638) 547282.92 e 7645558.91; M-639) 547283.76 e 7645578.25; M-

640) 547280.40 e 7645599.27; M-641) 547271.99 e 7645614.40; M-642) 547256.85 e

7645627.02; M-643) 547249.29 e 7645633.74; M-644) 547252.65 e 7645657.28; M-

645) 547266.10 e 7645674.94; M-646) 547283.76 e 7645684.19; M-647) 547296.37 e

7645697.64; M-648) 547304.78 e 7645719.50; M-649) 547304.78 e 7645738.84; M-

650) 547304.78 e 7645760.70; M-651) 547308.14 e 7645787.61; M-652) 547318.23 e

7645817.03; M-653) 547326.35 e 7645831.65; M-654) 547681.22 e 7645779.08; M-

655) 548517.31 e 7647731.95; M-656) 547950.67 e 7648094.74; M-657) 547938.74 e

7648124.17; M-658) 547910.15 e 7648201.52; M-659) 547893.33 e 7648283.92; M-

660) 547910.15 e 7648332.69; M-661) 547952.19 e 7648410.04; M-662) 548000.96 e

7648462.17; M-663) 548053.08 e 7648574.84; M-664) 548071.58 e 7648605.10; M-

665) 548113.62 e 7648680.78; M-666) 548174.16 e 7648753.08; M-667) 548236.38 e

7648808.58; M-668) 548307.00 e 7648896.02; M-669) 548342.32 e 7649027.18; M-

670) 548367.54 e 7649096.13; M-671) 548404.54 e 7649168.44; M-672) 548448.26 e

7649218.88; M-673) 548495.34 e 7649247.47; M-674) 548556.76 e 7649264.36; M-

675) 548613.81 e 7649262.39; M-676) 548662.98 e 7649246.66; M-677) 548714.13 e

7649209.28; M-678) 548747.57 e 7649156.17; M-679) 548767.24 e 7649085.36; M-

680) 548781.01 e 7649022.41; M-681) 548784.94 e 7648965.37; M-682) 548802.65 e

7648918.16; M-683) 548824.29 e 7648900.45; M-684) 548905.65 e 7648892.66; M-

Page 35: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

685) 548946.01 e 7648869.11; M-686) 548991.41 e 7648875.84; M-687) 549048.58 e

7648887.61; M-688) 549104.08 e 7648890.97; M-689) 549169.66 e 7648887.61; M-

690) 549248.69 e 7648874.16; M-691) 549371.45 e 7648828.75; M-692) 549479.07 e

7648761.49; M-693) 549542.97 e 7648751.40; M-694) 549569.87 e 7648788.40; M-

695) 549542.97 e 7648879.20; M-696) 549532.88 e 7648959.92; M-697) 549526.15 e

7649023.82; M-698) 549559.79 e 7649111.26; M-699) 549569.87 e 7649218.88; M-

700) 549596.78 e 7649413.95; M-701) 549643.86 e 7649498.03; M-702) 549664.04 e

7649629.19; M-703) 549697.68 e 7649709.91; M-704) 549737.01 e 7649742.36; M-

705) 549758.65 e 7649770.89; M-706) 549778.32 e 7649796.46; M-707) 549790.12 e

7649823.01; M-708) 549792.09 e 7649864.32; M-709) 549776.35 e 7649885.96; M-

710) 549757.67 e 7649889.90; M-711) 549738.98 e 7649881.04; M-712) 549723.24 e

7649868.26; M-713) 549706.52 e 7649864.32; M-714) 549674.13 e 7649884.79; M-

715) 549603.51 e 7649938.60; M-716) 549583.33 e 7650009.23; M-717) 549583.33 e

7650096.67; M-718) 549600.14 e 7650187.48; M-719) 549603.51 e 7650268.19; M-

720) 549602.29 e 7650293.82; M-721) 549615.28 e 7650305.19; M-722) 549645.55 e

7650313.60; M-723) 549707.76 e 7650306.87; M-724) 549739.71 e 7650279.96; M-

725) 549778.39 e 7650236.24; M-726) 549800.25 e 7650249.69; M-727) 549808.66 e

7650291.73; M-728) 549808.66 e 7650340.50; M-729) 549791.84 e 7650389.27; M-

730) 549769.98 e 7650429.62; M-731) 549739.71 e 7650468.30; M-732) 549692.63 e

7650506.98; M-733) 549625.37 e 7650517.07; M-734) 549517.75 e 7650512.02; M-

735) 549443.76 e 7650493.52; M-736) 549357.99 e 7650486.80; M-737) 549253.74 e

7650513.70; M-738) 549173.02 e 7650543.97; M-739) 549058.67 e 7650628.05; M-

740) 548944.32 e 7650688.59; M-741) 548806.43 e 7650705.40; M-742) 548818.21 e

7650745.76; M-743) 548811.48 e 7650779.39; M-744) 548821.71 e 7650802.79; M-

745) 548823.25 e 7650806.30; M-746) 548841.75 e 7650831.52; M-747) 548870.34 e

7650878.61; M-748) 548889.96 e 7650927.88; M-749) 548887.15 e 7651066.95; M-

750) 548927.51 e 7651147.66; M-751) 548961.14 e 7651167.84; M-752) 549041.86 e

7651164.48; M-753) 549119.21 e 7651194.75; M-754) 549166.29 e 7651235.10; M-

755) 549169.66 e 7651292.28; M-756) 549154.52 e 7651462.14; M-757) 549151.80 e

7651472.23; M-758) 549182.38 e 7651710.52; M-759) 549300.82 e 7651840.48; M-

760) 549337.82 e 7651927.92; M-761) 549351.27 e 7651995.18; M-762) 549349.59 e

Page 36: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

7652037.22; M-763) 549332.77 e 7652085.99; M-764) 549319.32 e 7652112.89; M-

765) 549312.59 e 7652165.02; M-766) 549324.36 e 7652207.06; M-767) 549337.82 e

7652240.69; M-768) 549342.86 e 7652284.41; M-769) 549347.91 e 7652333.18; M-

770) 549346.22 e 7652361.77; M-771) 549361.36 e 7652365.13; M-772) 549376.49 e

7652353.36; M-773) 549413.49 e 7652296.18; M-774) 549440.39 e 7652249.10; M-

775) 549458.89 e 7652228.92; M-776) 549472.34 e 7652254.15; M-777) 549479.07 e

7652301.23; M-778) 549492.52 e 7652341.59; M-779) 549507.66 e 7652376.90; M-

780) 549522.79 e 7652390.35; M-781) 549532.88 e 7652390.35; M-782) 549559.79 e

7652375.22; M-783) 549574.92 e 7652348.31; M-784) 549588.37 e 7652326.45; M-

785) 549606.87 e 7652297.87; M-786) 549653.95 e 7652279.37; M-787) 549709.45 e

7652281.05; M-788) 549739.71 e 7652294.50; M-789) 549780.07 e 7652319.73; M-

790) 549842.29 e 7652383.63; M-791) 549870.88 e 7652429.03; M-792) 549909.56 e

7652526.56; M-793) 549923.01 e 7652573.65; M-794) 550010.45 e 7652706.49; M-

795) 550076.03 e 7652773.76; M-796) 550188.70 e 7652856.15; M-797) 550259.32 e

7652925.10; M-798) 550286.23 e 7652978.91; M-799) 550313.14 e 7653020.95; M-

800) 550345.09 e 7653054.58; M-801) 550383.76 e 7653078.12; M-802) 550430.85 e

7653089.89; M-803) 550474.57 e 7653089.89; M-804) 550504.84 e 7653105.03; M-

805) 550531.74 e 7653128.57; M-806) 550562.01 e 7653157.16; M-807) 550595.64 e

7653173.97; M-808) 550629.27 e 7653179.02; M-809) 550684.77 e 7653173.97; M-

810) 550740.26 e 7653157.16; M-811) 550778.93 e 7653157.16; M-812) 550832.75 e

7653173.97; M-813) 550883.19 e 7653185.74; M-814) 550968.95 e 7653197.51; M-

815) 551037.90 e 7653194.15; M-816) 551091.71 e 7653189.11; M-817) 551128.70 e

7653236.19; M-818) 551153.93 e 7653288.32; M-819) 551190.92 e 7653343.81; M-

820) 551231.28 e 7653385.85; M-821) 551275.00 e 7653421.17; M-822) 551340.58 e

7653459.84; M-823) 551402.80 e 7653481.70; M-824) 551470.07 e 7653491.79; M-

825) 551550.78 e 7653505.25; M-826) 551614.68 e 7653533.83; M-827) 551723.99 e

7653559.06; M-828) 551779.48 e 7653580.92; M-829) 551828.24 e 7653602.78; M-

830) 551846.74 e 7653644.82; M-831) 551851.79 e 7653676.77; M-832) 551851.79 e

7653707.04; M-833) 551852.63 e 7653740.67; M-834) 551851.79 e 7653762.53; M-

835) 551856.83 e 7653777.66; M-836) 551871.12 e 7653799.52; M-837) 551889.62 e

7653816.34; M-838) 551919.05 e 7653826.43; M-839) 551954.36 e 7653832.31; M-

Page 37: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

840) 551975.38 e 7653841.56; M-841) 551990.52 e 7653854.17; M-842) 552002.29 e

7653868.47; M-843) 552016.58 e 7653879.40; M-844) 552035.08 e 7653881.92; M-

845) 552066.19 e 7653876.88; M-846) 552082.16 e 7653868.47; M-847) 552104.02 e

7653851.65; M-848) 552131.77 e 7653840.72; M-849) 552161.20 e 7653832.31; M-

850) 552194.83 e 7653822.22; M-851) 552219.21 e 7653820.54; M-852) 552252.84 e

7653845.77; M-853) 552268.82 e 7653861.74; M-854) 552293.20 e 7653900.42; M-

855) 552300.77 e 7653923.96; M-856) 552311.70 e 7653946.66; M-857) 552328.52 e

7653968.52; M-858) 552346.17 e 7653993.75; M-859) 552368.87 e 7654017.29; M-

860) 552391.58 e 7654035.79; M-861) 552410.91 e 7654047.56; M-862) 552455.48 e

7654051.76; M-863) 552479.86 e 7654051.76; M-864) 552550.49 e 7654089.60; M-

865) 552577.39 e 7654113.14; M-866) 552602.61 e 7654140.88; M-867) 552611.02 e

7654157.70; M-868) 552621.11 e 7654171.99; M-869) 552652.22 e 7654189.65; M-

870) 552698.47 e 7654199.74; M-871) 552722.85 e 7654212.35; M-872) 552772.45 e

7654222.44; M-873) 552815.34 e 7654235.05; M-874) 552859.06 e 7654267.84; M-

875) 552886.80 e 7654299.79; M-876) 552967.52 e 7654402.37; M-877) 553003.67 e

7654450.30; M-878) 553028.06 e 7654474.68; M-879) 553073.46 e 7654518.40; M-

880) 553091.96 e 7654550.35; M-881) 553100.36 e 7654578.10; M-882) 553108.77 e

7654619.30; M-883) 553127.27 e 7654637.79; M-884) 553150.81 e 7654669.74; M-

885) 553184.44 e 7654711.78; M-886) 553213.03 e 7654738.69; M-887) 553233.21 e

7654770.64; M-888) 553248.34 e 7654811.00; M-889) 553255.07 e 7654869.85; M-

890) 553265.16 e 7654948.89; M-891) 553268.52 e 7654977.47; M-892) 553283.66 e

7654980.84; M-893) 553302.15 e 7654974.11; M-894) 553322.33 e 7654952.25; M-

895) 553347.56 e 7654933.75; M-896) 553371.10 e 7654918.62; M-897) 553406.41 e

7654895.08; M-898) 553433.32 e 7654886.67; M-899) 553480.40 e 7654890.03; M-

900) 553556.07 e 7654906.85; M-901) 553606.52 e 7654923.66; M-902) 553630.06 e

7654964.02; M-903) 553675.47 e 7655011.11; M-904) 553712.46 e 7655064.92; M-

905) 553719.19 e 7655113.68; M-906) 553746.09 e 7655137.22; M-907) 553835.22 e

7655157.40; M-908) 553931.07 e 7655165.81; M-909) 554021.87 e 7655157.40; M-

910) 554100.91 e 7655157.40; M-911) 554191.71 e 7655149.00; M-912) 554252.25 e

7655135.54; M-913) 554373.32 e 7655100.23; M-914) 554445.63 e 7655093.50; M-

915) 554521.30 e 7655103.59; M-916) 554596.98 e 7655120.41; M-917) 554699.55 e

Page 38: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

7655140.59; M-918) 554761.77 e 7655175.90; M-919) 554803.81 e 7655221.30; M-

920) 554860.98 e 7655305.38; M-921) 554901.34 e 7655369.28; M-922) 554933.29 e

7655413.00; M-923) 554978.70 e 7655465.13; M-924) 555005.60 e 7655483.63; M-

925) 555025.78 e 7655480.27; M-926) 555037.55 e 7655471.86; M-927) 555072.86 e

7655468.50; M-928) 555104.81 e 7655470.18; M-929) 555126.68 e 7655490.36; M-

930) 555140.13 e 7655520.63; M-931) 555143.49 e 7655555.94; M-932) 555168.71 e

7655619.84; M-933) 555205.71 e 7655688.78; M-934) 555256.16 e 7655729.14; M-

935) 555357.05 e 7655794.72; M-936) 555446.18 e 7655873.76; M-937) 555542.03 e

7655967.93; M-938) 555624.42 e 7656025.10; M-939) 555710.19 e 7656110.86; M-

940) 555789.22 e 7656181.49; M-941) 555859.85 e 7656252.12; M-942) 555901.89 e

7656334.51; M-943) 555932.15 e 7656458.95; M-944) 555918.70 e 7656524.53; M-

945) 555901.89 e 7656581.71; M-946) 555861.53 e 7656620.38; M-947) 555839.67 e

7656662.42; M-948) 555832.94 e 7656719.60; M-949) 555846.39 e 7656775.09; M-

950) 555898.52 e 7656855.80; M-951) 555962.42 e 7656894.48; M-952) 555992.69 e

7656949.97; M-953) 555999.42 e 7657030.69; M-954) 556002.78 e 7657089.55; M-

955) 555982.60 e 7657121.50; M-956) 555920.38 e 7657143.36; M-957) 555910.29 e

7657178.67; M-958) 555945.61 e 7657232.48; M-959) 555957.38 e 7657282.93; M-

960) 555970.83 e 7657321.60; M-961) 555997.26 e 7657318.59; M-962) 556034.64 e

7657300.89; M-963) 556060.21 e 7657291.05; M-964) 556078.89 e 7657303.84; M-

965) 556077.91 e 7657332.36; M-966) 556079.88 e 7657369.74; M-967) 556089.71 e

7657401.21; M-968) 556115.45 e 7657422.50; M-969) 556147.40 e 7657449.40; M-

970) 556150.76 e 7657494.81; M-971) 556150.76 e 7657555.34; M-972) 556174.30 e

7657639.42; M-973) 556184.39 e 7657730.23; M-974) 556167.58 e 7657834.49; M-

975) 556147.40 e 7657962.29; M-976) 556157.49 e 7658006.01; M-977) 556201.21 e

7658019.46; M-978) 556241.57 e 7658059.82; M-979) 556241.57 e 7658137.17; M-

980) 556263.80 e 7658228.86; M-981) 556301.18 e 7658297.71; M-982) 556328.71 e

7658342.95; M-983) 556371.99 e 7658394.09; M-984) 556450.67 e 7658441.31; M-

985) 556537.23 e 7658462.94; M-986) 556582.47 e 7658492.45; M-987) 556604.11 e

7658535.73; M-988) 556635.95 e 7658563.76; M-989) 556690.04 e 7658580.48; M-

990) 556740.20 e 7658577.53; M-991) 556791.35 e 7658577.53; M-992) 556847.41 e

7658578.51; M-993) 556881.83 e 7658577.53.

Page 39: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

6. DIAGNÓSTICO BIÓTICO DAS ÁREAS DE BANHADO E REGIÃO DE ENTORNO

6.1. Flora

6.1.1. Introdução

A primeira definição de áreas úmidas foi descrita pelo Serviço de Pesca e Vida Silvestre dos Estados Unidos (USFWS) publicado por Shaw & Fredine (1956):

“O termo Área Úmida se refere a terras baixas, cobertas permanente ou temporariamente por águas, ou ainda com águas intermitentes. Podem ser constituídos por pântanos, banhados costeiros, brejos, turfeiras, ilhas flutuantes, entre outras. Se inclui na definição os lagos e lagoas superficiais, usualmente com vegetação emergente como característica distinta, bem como as águas permanentes de riachos e águas profundas dos lagos. Não se inclui nesta definição aquelas áreas úmidas tão temporárias que têm pouco ou nenhum efeito no desenvolvimento de solos úmidos”.

Desta forma, internacionalmente, o termo área úmida ou zona úmida designa

espaços terrestres onde se observa o encharcamento sazonal ou permanente do solo.

A saturação por água determina o desenvolvimento do solo e das formas de vida

dessas áreas que, no Brasil, são conhecidas como brejos, brejões, pântanos,

pantanais, varjões, charcos, alagados e banhados, entre outros.

Neste contexto, as Áreas Úmidas (conhecidas como wetlands, em inglês) são

formações naturais cujo substrato está sujeito a inundações periódicas ou

permanentes. Este fator é determinante da origem e desenvolvimento do solo e das

espécies vegetais distribuídas nestas áreas (MEIRELLES et al. 2004).

Os sistemas de áreas úmidas estão entre os ecossistemas mais produtivos da

Terra e possuem alta diversidade biológica (BARBIER et al. 1997). Estas áreas têm

funções importantes na paisagem como armazenamento de água, tampão climático

local, fonte e receptora dos ciclos biogeoquímicos, hábitats para plantas e animais

altamente adaptados, hábitats para populações humanas, áreas de produção de

peixes, gado, agricultura, floresta e pontos focais para o turismo (SILVA, 2007).

Segundo Suso & Llamas (1993), as áreas úmidas ocupam 2% do planeta,

possuem importantes funções ecológicas e são os ambientes mais ameaçados em todo

o mundo. Porém, estes ecossistemas estão submetidos a uma magnitude sem

precedentes de distúrbios antrópicos locais e globais (SAUNDERS et al., 2002). Além

da importante função ecológica das áreas úmidas, sua manutenção é primordial para

Page 40: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

conservação dos recursos hídricos. A utilização racional da água em propriedades

rurais é a grande meta a ser alcançada neste século (SILVA et al. 2004).

Convém mencionar que a importância ecológica, biológica, o valor cultural,

científico e recreativo das áreas úmidas do planeta foram reconhecidos pelos 138

países que assinaram a Convenção de Ramsar1. Os termos desta convenção, que trata

da cooperação internacional visando a conservação de zonas úmidas e de aves

aquáticas do planeta, foi concluída em 2 de fevereiro de 1971, na cidade de Ramsar no

Irã, e passou a vigorar em 1975 após os primeiros países terem se tornado Partes

Contratantes. O Brasil tornou-se signatário deste tratado em 1993.

No Brasil, conforme legislação vigente, as áreas úmidas ou áreas alagadas não

consistem necessariamente em Áreas de Preservação Permanente (APP). Segundo a

lei nº 12651, em seu art. 6º, áreas úmidas e várzeas são consideradas APP apenas

quando declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo.

Isto faz com que em sua maioria, as áreas úmidas sejam negligenciadas em

termos de conservação. Em regiões onde a pecuária é a atividade produtiva, o gado

utiliza estas áreas para dessedentação e forrageamento, contribuindo para sua

alteração, por vezes, irreversível. Além disso, sua drenagem ocasiona o surgimento de

vegetação arbustivo-arbórea atípica, com consequente perda do estrato herbáceo e

diversidade vegetal (MEIRELLES et al., 2004).

Por este prisma, vê-se a importância da manutenção das áreas úmidas

brasileiras e, decorrente disso, do banhado do Rio Formoso. Este banhado é primordial

para manutenção do sistema hídrico superficial e subterrâneo do Município de Bonito –

MS, Parque Nacional da Serra da Bodoquena e Pantanal sul mato-grossense, pois

recolhem, filtram e estocam água das adjacências, funcionando como zona tampão e

de recarga dos aquíferos.

1 Convenção de Ramsar é um tratado intergovernamental que estabelece o quadro de ação nacional e

cooperação internacional para a conservação e utilização racional das zonas úmidas e dos seus recursos

(www.ramsar.org)

Page 41: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

6.1.2 Metodologia

Foram realizadas amostragens da composição florística nas áreas de Banhado

do Rio Formoso e do rio da Prata inseridos no município de Bonito, MS. As atividades

de campo se concentraram no período de 30 de março a 03 de abril de 2009, em quatro

fazendas amostrais previamente selecionadas no banhado do rio Formoso: São

Geraldo; Água Azul / Barra do Sucuri; Barreiro Grande; e Parque Ecológico do Rio

Formoso (Figuras 15 a 18). No banhado rio da Prata, as atividades se concentraram

nas adjacências da Fazenda Gramado e no Assentamento Santa Lúcia.

Figura 15 – Área úmida da Fazenda São Geraldo Foto: Lucia Monteiro

Figura 16 – Área úmida da Fazenda Água Azul / Barra do Sucuri Foto: Lucia Monteiro

Figura 17 – Área úmida da Fazenda Barreiro Grande Foto: Lucia Monteiro

Figura 18 – Área úmida da Fazenda Parque Ecológico Rio Formoso Foto: Vivian Baptista-Maria

Page 42: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Para o levantamento da vegetação foram selecionados Pontos de Observação

(PO) em cada sítio, levando em consideração a presença de alta umidade do solo e de

cursos d’água. A quantidade de pontos em cada fazenda foi influenciada pela

diversidade de ambientes.

O levantamento florístico foi realizado em nove áreas, distribuídas nas áreas

amostrais (Quadro 2). Em cada PO foram realizadas caminhadas para observação,

segundo método de Filgueiras (1993), e anotação da composição florística (Figura 19),

cuja identificação foi possível in loco e/ou as plantas foram coletadas para posterior

confirmação taxonômica e identificação segundo o APG II (2003).

Quadro 2 – Lista dos pontos de observação (PO) nas diferentes fisionomias com suas respectivas localizações geográficas

Pontos de Observação

Pontos Georreferenciados 21k/UTM

Altitude (m)

PO-01 0546419 / 7656489 430

PO-02 0545729 / 7644473 432

PO-03 0543963 / 7644236 432

PO-04 0547039 / 7649391 323

PO-05 0546346 / 7649042 433

PO-06 0546993 / 7649375 305

PO-07 0555767 / 7654969 283

PO-08 0554628 / 7654368 298

PO-09 0556271 / 7657149 284

PO-10 0540427 / 7634446 270

PO-11 0542846 / 7637088 272

Page 43: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Para cada PO foi feita a descrição geral da área e da vegetação do entorno,

relacionando a evidência de ameaça, o uso geral da terra, topografia e relevo, umidade

e/ou profundidade do corpo d’água, drenagem e tipo de solo.

Figura 19 – Levantamento florístico das Áreas Úmidas da Bacia Hidrográfica do Rio Formoso – MS

Foto: Daniela Matsumoto

6.1.3. Resultados e Discussões

Descrições das Fisionomias Amostradas

As áreas úmidas, conforme mencionado anteriormente, apresentam vegetação

hidrófila, ou seja, vegetação adaptada à saturação hídrica do solo (permanente ou

sazonal), com afloramento permanente do lençol freático, com água aparentemente

estagnada ou com grande residência no solo.

As plantas aquáticas que ocupam estas áreas de saturação hídrica são também

denominadas de macrófitas aquáticas, termo este mencionado pela primeira vez por

Weaver & Clements (1938), definindo-as como plantas herbáceas que crescem na

água, em solos cobertos por água ou em solos saturados com água. Na denominação

de Sculthorpe (1967) as macrófitas são as plantas hidrófitas vasculares, contudo, este

termo exclui as algas macroscópicas e as briófitas. Para o Programa Internacional de

Biologia (IBP), macrófitas aquáticas é a denominação mais adequada para caracterizar

vegetais que habitam desde brejos até ambientes verdadeiramente aquáticos; desta

forma o termo inclui vegetais que vão desde algas macroscópicas até plantas

vasculares (SCREMIN-DIAS, 1999).

Page 44: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Entre os diversos papéis desempenhados pelas macrófitas aquáticas podem ser

citados:

Liberação de nutrientes através do chamado efeito de "bombeamento" - que

constitui na absorção de nutrientes das partes profundas do sedimento e sua

posterior liberação na coluna d'água por excreção ou durante sua decomposição;

Função de hospedeiras para associações com algas perifíticas e bactérias

fixadoras de nitrogênio (ESTEVES, 1998);

Fornecimento de habitats diversificados e abrigo para larvas de peixes, além de

suas partes submersas servirem de receptáculo para ovos de diversas espécies

(NOTARE, 1992) ampliando, assim, a disponibilidade de nichos a serem

utilizados por estes organismos. Suas raízes também atuam como local de

proliferação de micro-organismos importantes na sua alimentação. Também

fornecem locais sombreados para abrigo de formas sensíveis às altas

intensidades de radiação solar;

Importante papel trófico por servirem como fonte de alimento para algumas

espécies de aves e mamíferos aquáticos; Esteves (1988) cita os altos conteúdos

de proteínas e carboidratos solúveis presentes em sua reduzida fração de

parede celular, sendo que em regiões tropicais, onde as altas temperaturas

aceleram o processo da decomposição, as macrófitas aquáticas podem ser os

mais importantes fornecedores de matéria orgânica para a cadeia detritívora; e,

Papel bioindicador, por exemplo, a presença de "taboa" (Typha domingensis) é

indicativa da presença de solo úmido ou pantanoso.

Riqueza Florística

Foram inventariadas 145 espécies, distribuídas em 89 gêneros, pertencentes a

47 famílias botânicas (Anexo 2). Este número não reflete toda a diversidade de plantas

aquáticas e palustres presentes nas áreas úmidas do Formoso, visto que as coletas

foram centralizadas em um curto período e por se tratar de uma avaliação rápida. Se

Com maior período amostral para a realização coletas ao longo de um ano,

possivelmente esse número aumentaria.

Page 45: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

As famílias botânicas mais representativas foram Asteraceae, Cyperaceae e

Poaceae, seguidas de Onagraceae e Euphorbiaceae (Figura 21). A família Asteraceae

foi representada por 19 espécies; Cyperaceae, por 14 espécies e Poaceae por sete

espécies. Espécies destas famílias germinam nas áreas úmidas que limitam os

banhados, corroborando com dados obtidos para outros campos úmidos do Centro-

Oeste, em formações de campo úmidos e de Veredas (MEIRELLES et al. 2004) e de

covais (POTT & POTT, 2006).

Figura 21 – Famílias de maior riqueza presentes nas áreas úmidas do Rio Formoso, Bonito –MS

Meirelles et al. (2004) citam, além de Poaceae e Cyperaceae, as famílias

Asteraceae, Melastomataceae e Fabaceae como as mais abundantes para áreas

úmidas do Cerrado. Os resultados obtidos para as áreas úmidas da região de Bonito –

MS demonstraram que quase não há representantes da família Melastomataceae,

comuns em campos úmidos do cerrado, ocorrendo apenas as espécies de ampla

distribuição como Tibouchina gracilis e Acisanthera alsinaefolia, provavelmente devido

aos solos calcários não serem favoráveis ao estabelecimento de espécies desta família,

que preferencialmente se distribuem em solo ácido (POTT & POTT, 1994).

A família Characeae, constituída por algas macroscópicas continentais muito

comuns em ambientes cársticos, está representada pelos dois gêneros que ocorrem no

Brasil – Chara e Nitella. A espécie Chara rusbyana é a mais abundante e, juntamente

Page 46: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

com as demais espécies do gênero, originam pequenos tubos calcários facilmente

visualizados no leito dos rios da região. Ressalta-se que, dentre os grupos de algas e

musgos, Characeae foi a única família possível de ser determinada devido ao fácil

acesso à especialista deste grupo. Convém mencionar, que as várias espécies de

musgos aquáticos, além das massas de algas filamentosas, não foram identificadas a

nível genérico, em decorrência da dificuldade de determinação destes grupos.

Figura 22 – Echinodorus sp. Foto: Lúcia Monteiro

Figura 23 – Ipomoea cf. subrevoluta Foto: Lúcia Monteiro

Nas áreas limítrofes, formam-se vastas áreas distribuídas em diversas

propriedades, que se encontram em diferentes estados de conservação. Estas áreas, já

retratadas por Behr (2001), apresentam, em diversos locais, formações homogêneas de

capim-navalha (Cladium jamaicense), com indivíduos de aproximadamente 1,5 - 2,5m

de altura. São margeadas por campo úmidos e/ou cursos d’água que contém espécies

herbáceas como a carnívora Utricularia gibba, Eryngium spp., Justicia laevillinguis,

Echinodorus bolivianus, Bacopa australis, Chara spp., Eleocharis acutangula, E.

minima, E. sellowiana, E. geniculata, E. filiculmis, Mayaca sellowiana, Nymphaea

gardneriana, entre outras espécies de macrófitas aquáticas. Mais próximo às nascentes

ou curso d’ água o capim-navalha ocorre em manchas entremeado com algumas

Poaceae como Setaria paucifolia e Panicum parvifolium. Espécies de dicotiledôneas

emergentes, pertencentes a diversas famílias botânicas, estão esparsamente

distribuídas na formação, como, por exemplo, Eupatorium crenulatum, Rapanea

guianensis, Cecropia pachystachya e espécies de Mimosa. Algumas espécies de menor

porte distribuem-se entre os indivíduos de capim-navalha, como Vernonia brasiliana,

Page 47: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Baccharis dracunculifolia e B. trimera, além das pteridófitas Thelypteris patens,

Thelypteris serrata e Pteris denticulata (figuras 24 a 27).

Figura 24 – Vernonia sp. Foto: Lúcia Monteiro

Figura 25 – Thelypteris sp. Foto: Lúcia Monteiro

Figura 26 – Ludwigia peruvian Foto: Lúcia Monteiro

Figura 27 – Nymphaea sp. Foto: Lúcia Monteiro

Como ocorrem pequenos cursos d’água em alguns locais destas áreas úmidas

visitadas, foram observados pontos com pisoteio de gado que acessa estes locais à

procura de água nos períodos de estiagem. A espécie rabo-de-burro (Andropogon

bicornis), presente neste ponto, indica que o campo úmido está mais seco pela

drenagem, facilitando a entrada do gado (Figura 28). Segundo Moyle & Leidy (1992)

apud Primack & Rodrigues (2002) a manutenção de áreas alagadiças é necessária para

preservar populações de aves aquáticas, peixes, anfíbios, plantas aquáticas e muitas

outras espécies. Frequentemente, as áreas alagadiças estão interligadas, portanto,

Page 48: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

uma decisão que afete os níveis de água e a qualidade de uma localidade tem

repercussões em outras áreas.

Toda a extensão dos campos úmidos de nascente é vulnerável às queimadas

comuns nos meses secos. É comum a ocorrência de fogo em extensas áreas,

principalmente devido a grande quantidade de material combustível (folhas secas) da

vegetação herbácea, em especial do capim-navalha (Figura 30).

Figura 28 – Andropogon bicornis Foto: Vivian Baptista-Maria

Figura 29 – Eleocharis interstincta Foto: Lúcia Monteiro

Figura 30 – Cladium jamaicense

Foto: Lúcia Monteiro

Plantas em destaque

Capim-navalha (Cladium jamaicense)

A principal espécie inventariada nas áreas de maior saturação hídrica - tanto no

banhado do rio Formoso, quanto no banhado do rio da Prata - foi o capim-navalha

Page 49: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

(Cladium jamaicense). Esta espécie ocorre em áreas naturais desde os EUA, nos

Everglades (“saw grass”) (KUSHLAN 1991, MITSCH & GOSSELINK 1993) até a

Argentina (MISSOURI BOTANICAL GARDEN, 2006) e Rio Grande do Sul (COSTA et

al. 2003). É uma espécie aquática emergente que pode chegar a 3m de altura incluindo

a inflorescência (de cor marrom). Possui extenso sistema de aerênquima que se

estende através das raízes, rizomas, escapos florais e folhas, para poder sobreviver em

solo alagado anaeróbico (CRAWFORD, 1989). As folhas possuem um bordo fortemente

serrilhado e cortante, por isso o nome comum é bem apropriado. Segundo Rodwell

(1984) apud Costa et al. (2003), o capim-navalha tende a dominar em áreas ricas em

cálcio, mas pobres em nitrogênio e fósforo. Sua dominância indica que o banhado ainda

está em bom estado de conservação, pois estas espécies protegem parcialmente essas

áreas do acesso de gado e pessoas.

Figura 31 - Flores de capim navalha (Cladium jamaicense)

Foto: Vivian Baptista-Maria

Chara rusbyana

A espécie de alga Chara rusbyana (Figura 32) é bastante abundante na região e,

juntamente com as demais espécies do gênero, originam pequenos tubos calcários

facilmente visualizados no leito dos rios da região. Segundo Boggiani (1999), este

grupo de organismos é privilegiado em relação às demais plantas aquáticas, pois

podem absorver o bicarbonato de cálcio presente na água, e dele obterem o gás

carbônico necessário aos processos de fotossíntese.

Page 50: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 32 – Chara rusbyana

Foto: Lúcia Monteiro

Polygonum hydropiperoide

Erva anfíbia (Figura 33), que possui uso medicinal. Segundo Pott & Pott (2000), o

uso interno é estimulante, diurético, vermicida, no tratamento de hemorroidas, varizes,

febre, artrite, em uso externo é cicatrizante de úlcera e erisipela.

Figura 33 – Flores de Polygonum hydropiperoides

Foto: Lúcia Monteiro

Taboa (Typha domingensis)

É uma planta aquática típica de brejos e várzeas (Figura 34). Mede cerca de dois

metros e na época de reprodução apresenta espigas contendo milhões de sementes

que se espalham pelo vento. É considerada depuradora de águas poluídas, absorvendo

metais pesados. Sua fibra, durável e resistente, vem sendo utilizada como matéria-

prima para papel, fabricação de “água-ardente” cartões, pastas, envelopes, cestas,

bolsas e outros itens de artesanato.

Page 51: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 34 – Typha domingensis

Foto: Lúcia Monteiro

6.1.4. Recomendações Gerais

Preservar e conservar as áreas úmidas é fundamental, pois as ações antrópicas

estão ocasionando a perda da biodiversidade e a desestruturação das comunidades

vegetais locais, com consequências sérias também para os cursos d’água na região. As

comunidades herbáceas destas áreas estão fortemente ameaçadas tanto por

perturbações locais como desmatamentos e queimadas, quanto por mudanças no uso

da terra da bacia hidrográfica (conversão de áreas nativas por campos de pastagens e

lavouras). Essas intervenções influenciam diretamente na redução da quantidade e da

qualidade das águas que formam as áreas de banhado. Estas alterações afetam a

vegetação que ocupa estas áreas, sendo necessárias medidas efetivas de conservação

da vegetação local.

O potencial biológico e o serviço que as áreas úmidas prestam à natureza ainda

são subestimados, principalmente em função do desconhecimento das suas diversas

funções. Sabe-se que, fisicamente, estas áreas são filtros dos materiais particulados,

berçário de diversas comunidades da fauna e sítios de alta concentração de nutrientes,

fundamental para a manutenção da vida silvestre animal e vegetal.

6.2. Herpetofauna

6.2.1. Introdução

Segundo a Sociedade Brasileira de Herpetologia (2009) e Bérnils (2009), são

conhecidas para o Brasil 849 espécies de anfíbios (sendo 821 Anuros, uma de

Caudata, 27 Gymnophionas) e 708 espécies de répteis (36 quelônios, seis jacarés, 237

Page 52: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

lagartos, 64 anfisbênias e 365 serpentes). Diante destes números, o Brasil ocupa a

primeira colocação na relação de países com maior riqueza de espécies de anfíbios,

seguido por Colômbia e Equador e a terceira colocação na relação de países com

maior riqueza de espécies de répteis, atrás da Austrália e do México (SBH, 2009).

O estado situa-se na porção central da grande área diagonal de formações

abertas da América do Sul, que se estende desde a Caatinga no nordeste do Brasil até

o Chaco na Argentina, onde ocorrem áreas de contato entre o Pantanal, o Chaco e o

Cerrado, uma região que abriga uma grande diversidade de anfíbios e répteis, sendo

algumas endêmicas (UETANABARO et al., 2007). Apesar de sua importância

biogeográfica, essa diagonal tem sido pouco considerada em estudos com abrangência

regional. Além disso, segundo MMA (2002), o Mato Grosso do Sul é considerado área

prioritária para a realização de inventários.

O objetivo deste trabalho foi realizar um inventário preliminar da herpetofauna

(anfíbios e répteis) ocorrente em áreas de banhado e seu entorno, em Bonito – MS,

para fornecer subsídios para a criação de Unidades de Conservação nestas áreas.

6.2.2. Metodologia

Para a caracterização da herpetofauna local foram realizadas amostragens em

dois períodos: chuvoso e seco. O levantamento em período chuvoso foi feito entre 30

de março e 02 de abril de 2009 e no período seco entre 12 e 14 de setembro de 2012,

nos pontos descritos no Quadro 4.

A amostragem de período chuvoso ocorreu em sete pontos, abrangendo o

banhado e seu entorno. O Ponto 1 está localizado na Barra do Sucuri, que compreende

área de mata ciliar, margem do rio e banhado (Figura 35). Os Pontos 2, 3 e 4 estão

localizados na Barreiro Grande, sendo o Ponto 2 uma área antropizada, na margem do

rio (com presença de macrófitas aquáticas em seu leito (Figura 36)), o Ponto 3, área de

Floresta Estacional Semidecidual (Figura 37) e o Ponto 4 o banhado (Figura 38). Os

Pontos 5 e 6 localizam-se na fazenda São Geraldo, ambos são lagoas rodeadas por

áreas abertas e de banhado (Figuras 39 e 40, respectivamente). O Ponto 7 localiza-se

no Parque Ecológico do Rio Formoso, e inclui área de Floresta Estacional Semidecidual

Aluvial e área de banhado (Figura 41 a 44).

Page 53: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Durante o período seco foram amostradas três áreas, onde foi percorrida toda a

extensão do banhado e seu entorno, abrangendo mata ciliar e áreas alagadas. O Ponto

8 se localiza na Fazenda Tamires, o ponto 9 na Fazenda Canindé, e o ponto 10 no

Parque Ecológico do Rio Formoso (Figuras 42, 43 e 44, respectivamente).

Quadro 4 – Pontos de amostragem da Herpetofauna, Bonito/MS. (BAD): Busca Ativa Diurna, (BAN) Busca Ativa Noturna, (PE) Ponto de escuta, (EN): Entrevista.

Ponto de Amostragem

Coordenadas Metodologia Horas de

Amostragem

Ponto 1 21°15'24.7"S, 56°32'51.3"W BAD, BAN, PE, EN 10

Ponto 2 21°12'12.7"S, 56°27'33.6"W BAD, BAN, PE, EN 3

Ponto 3 21°12'46.3"S, 56°28'06.0"W BAD, BAN, PE, EN 7

Ponto 4 21°12'45.5"S, 56°28'22.2"W BAD, BAN, PE, EN 3

Ponto 5 21°18'03.2"S, 56°33'30.5"W BAD, BAN, PE, EN 6

Ponto 6 21°18'12.5"S, 56°34'31.0"W BAD, BAN, PE, EN 3

Ponto 7 21°11'00.9"S, 56°27'22.6"W BAN, PE, EN 3

Ponto 8 21°11’49,4’’S, 56°27’09,3’’W BAD, BAN, PE, EN 8

Ponto 9 21°12’57.3”S, 56°29’39.6’’W BAD, BAN, PE, EN 8

Ponto 10 21°11’15.7’’S, 56°27’25.7’’W BAD, BAN, PE, EN 8

Page 54: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 39 – Ponto 5 de amostragem da Herpetofauna.

Figura 35 – Ponto 1 de amostragem da Herpetofauna. Foto: Camila Aoki

Figura 36 – Ponto 2 de amostragem da Herpetofauna. Foto: Camila Aoki.

Figura 37 – Ponto 3 de amostragem da Herpetofauna. Foto: Camila Aoki

Figura 38 – Ponto 4 de amostragem da Herpetofauna. Foto: Camila Aoki

Page 55: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 40 – Ponto 6 de amostragem da Herpetofauna. Fotos: Camila Aoki

Figura 41 - Ponto 7 de amostragem da Herpetofauna.

Figura 42 – Ponto 8 de amostragem da Herpetofauna.

Figura 43 – Ponto 9 de amostragem da Herpetofauna.

Figura 44 – Ponto 10 de amostragem da Herpetofauna.

Fotos: Jaire M. Torres

Page 56: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

A metodologia consistiu em busca ativa nos períodos diurno e noturno, realizada

por duas pessoas (Figura 45), em transectos aleatórios, vasculhando-se os ambientes

onde os animais habitualmente se abrigam (como, por exemplo, em cavidades de

árvores, entre frestas de rochas, sob rochas e troncos, no solo, na serrapilheira, nas

moitas de bromélias e ao longo de vegetação marginal dos cursos d’água) (HEYER et

al., 1994). Quando possível, foram efetuadas gravações dos cantos e fotos dos

espécimes coletados para posterior auxílio na sua identificação.

Figura 45 – Busca ativa de herpetofauna em área de banhado e entorno, Bonito/MS

Foto: Jaire M. Torres

Registros oportunísticos, como amostragens realizadas por terceiros ou em

locais fora dos sítios selecionados – porém na área objeto de estudo – também foram

considerados. Para cada transecto percorrido, foram estimadas a riqueza e a

abundância através de observação direta, onde o número de indivíduos de cada

espécie foi registrado ao longo do tempo de amostragem em cada transecto. Para os

anuros estes parâmetros também foram estimados através das vocalizações em

períodos de atividade reprodutiva. Essa metodologia possibilitou a determinação das

espécies mais representativas de cada ponto.

Page 57: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

6.2.3. Resultados e Discussão

Foi registrado um total de 31 espécies (incluindo seis registros por entrevista),

sendo 16 de anfíbios e 15 de répteis (Anexo 3). A família de anfíbios mais

representativa foi Hylidae, com oito espécies (Figura 46.), enquanto para os répteis a

família mais representativa foi a Viperidae, com três espécies (Figura 47). Em estudo

realizado no Parque Nacional da Serra da Bodoquena - MS, Uetanabaro e

colaboradores (2007) encontraram 37 espécies de Anuros, uma espécie de

Gymnophiona e 25 espécies de répteis. Ou seja, neste trabalho, foram registrados

quase 43,24% das espécies de anuros descritas para a região e cerca de 60% das

espécies de répteis.

Figura 46 – Proporção representativa das famílias de anfíbios encontradas nas áreas de banhado e entorno

Page 58: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 47 – Proporção representativa das famílias de répteis encontradas nas áreas de banhado e entorno

O menor número de espécies registrado em comparação com Uetanabaro et al.

(2007) pode ser devido ao menor esforço de amostragem, que totalizou 450

horas/homem. Considerando que a herpetofauna, principalmente os anfíbios anuros,

possuem atividade altamente relacionada com temperatura, pluviosidade e umidade do

ar, é possível que a continuidade de estudos na região leve ao registro de mais

espécies para a área.

A acumulação de espécies demonstrou um acréscimo no número de registros

com a realização de novas amostragens, embora este aumento seja pequeno (Figura

48). O registro de mais espécies provavelmente está relacionado ao fato de que todos

os pontos foram amostrados nos horários em que apresentam pico de atividade

(horários mais quentes para lagartos, e início da noite para anuros), não sendo de

grande importância a quantidade de tempo destinado aquele determinado ponto.

Certamente, a amostragem em outras estações, no pico da estação chuvosa, por

exemplo, influenciariam bem mais o número de registros e espécies que o tempo

despendido em cada ponto.

Page 59: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 48 – Acumulação de espécies pela quantidade de amostragens realizadas

As espécies registradas em maior número de pontos, e também as mais

abundantes em número de indivíduos foram Dendropsophus nanus (Figura 49), D.

minutus (Figura 50) e Rhinella scitula (Figura 51). As duas primeiras podem ser

consideradas generalistas quanto ao hábitat, entretanto, R. scitula, é uma espécie mais

exigente quanto ao hábitat, presente em áreas mais restritas, como nascentes com

predominância de gramíneas, formação ciliar florestada ou afloramentos rochosos

(UETANABARO et al,. 2007).

Figura 49 – Dendropsophus nanus, uma das espécies mais comuns na área de estudo

Fotos: Paulo Landgref Filho

Figura 50 – Dendropsophus minutus, uma das espécies mais comuns na área de estudo

Page 60: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 51 – Rhinella scitula, uma das espécies mais comuns na área de estudo

Foto: Camila Aoki

A maioria das espécies registrada apresenta ampla distribuição, sendo

encontradas em diversos estudos realizados no Mato Grosso do Sul (UETANABARO et

al. 2006, 2007), Goiás (BASTOS et al. 2003, VAZ-SILVA et al, 2007) e Mato Grosso

(STRÜSSMANN 2000). Aparentemente estas espécies estão associadas a ambientes

abertos, como os anuros Dendropsophus nanus, Scinax fuscomarginatus, Scinax

fuscovarius (Figura 50), Leptodactylus podicipinus (Figura 53) e Eupemphix nattereri

(Figura 54); além dos répteis Ameiva ameiva (Figura 55) e Mabuya nigropunctata

(Figura 56).

Figura 52 – Scinax fuscovarius fotografado na Fazenda Canindé, Bonito/MS. Fotos: Jaire M. Torres

Figura 53 – Leptodactylus podicipinus fotografado no Parque Ecológico Rio Formoso, Bonito/MS

Page 61: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 54 – Eupemphix nattereri fotografado na área amostrada, Bonito/MS

Foto: Paulo Landgref Filho

Figura 55 – Ameiva ameiva fotografado na Barra do Sucuri Foto: Camila Aoki.

Figura 56 – Mabuya nigropunctata fotografado na Fazenda Tamires, Bonito/MS Foto: Jaire M. Torres

Espécies de Relevante Interesse

Dentre as espécies registradas apenas uma é exótica a lagartixa de parede

(Hemidactylus mabouia) esta espécie apresenta hábito predominantemente noturno e

grande abundância em áreas antropizadas. Ocorre em todas as regiões do Brasil e

presumivelmente, foi introduzida no Novo Mundo através de navios negreiros vindos da

África (VITT, 1995). Esta espécie foi citada como ocorrência na área de estudo por meio

de entrevistas.

A herpetofauna amostrada não apresentou nenhum representante inserido nas

listas oficiais nacionais de ameaçadas de extinção (IBAMA, 2007). Entretanto, listados

Page 62: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

nos apêndices I (todo o comércio internacional proibido) e II (comércio internacional

monitorado e regulado) da CITES estão os répteis: sucuri-verde (Eunectes murinus) (II,

Figura 57), teiú (Tupinambis merianae) (II, Figura 58), o jacaré-de-papo-amarelo

(Caiman latirostris) (I, Figura 59) e o anfíbio Ameerega picta (II) (CITES, 2007).

Figura 57 – Sucuri (Eunectes murinus) fotografada na Fazenda Tamires, Bonito/MS

Foto: Jaire M. Torres

Figura 58 – Teiú (Tupinambis merianae) fotografado na área amostrada, Bonito/MS Foto: Camila Aoki

Figura 59 – Caiman latirostris atropelado na área amostrada, Bonito/MS Foto: Paulo Landgref Filho

6.2.4. Recomendações Gerais

Page 63: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Dentre os principais problemas observados na área de estudo quanto à

conservação de répteis e anfíbios está o alto índice de atropelamento de animais na

estrada Bonito – São Geraldo. Em quatro dias de amostragem, foram encontrados

cinco animais mortos em um trecho inferior a 20 km, sendo eles: cascavel (Crotalus

durissus) (Figura 60), jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) e cobra-cega

(Amphisbaena alba). Sendo assim, recomendamos que sejam realizadas iniciativas no

sentido de conscientização dos motoristas em relação ao tráfego de animais na estrada

para que, desta forma, eles aumentem a atenção e diminuam a velocidade. Placas de

sinalização podem ser inseridas nessas áreas com este objetivo.

Figura 60 – Crotalus durissus atropelada na área amostrada, Bonito/MS

Foto: Paulo Landgref Filho

Embora não tenham sido encontradas espécies ameaçadas de extinção ou

endêmicas na área, mais estudos são necessários para identificar as espécies

ocorrentes nos banhados de Bonito – MS. Devido às características ímpares deste

local, e o pouco tempo de estudo, é muito provável que outras espécies da

herpetofauna ocorram na área em questão, principalmente, que ocorram registros de

espécies raras, que são de mais difícil visualização.

6.3. Ornitofauna

6.3.1. Introdução

Page 64: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Áreas úmidas formam mosaicos de diferentes fisionomias ou ecossistemas

altamente dinâmicos, de bordas instáveis, onde a estabilidade e a diversidade estão

condicionadas primeiramente pela hidrologia dos fluxos e materiais (NEIFF, 1999).

Estes mosaicos fornecem hábitats para uma ampla gama de espécies de aves que

tanto podem utilizá-los eventualmente como ser dependentes (BLANCO, 1999). A

diversidade de estruturas de vegetação quer seja para alimentação, refúgio ou

substrato para ninho, determina, em grande medida, a riqueza potencial das aves que

habitam uma área úmida (BLANCO, 1999). A Convenção Ramsar considera como aves

aquáticas “todas as espécies ecologicamente dependentes de áreas úmidas” (Ramsar

2009).

As aves raramente se distribuem uniformemente dentro das áreas úmidas,

estando suas riquezas e abundâncias associadas às características ambientais locais

(BLANCO, 1999). Além da variação sazonal, a estrutura da avifauna também sofre

variações espaciais dentro de paisagens em mosaico, no sentido empregado por

Forman (1995), onde regiões são formadas por diferentes unidades de paisagem

compostas de vários ecossistemas locais ou fisionomias. A densidade e distribuição

dentro de um mosaico dependem de três fatores: a) padrões de movimentação dos

indivíduos dentro do mosaico; b) imigração a partir das fisionomias do mosaico, e c)

perda de indivíduos conforme os mesmos se dispersam pelos elementos da paisagem

(WIENS et al. 1993).

Estudos recentes sobre a dinâmica das comunidades de aves aquáticas em

escala temporal e espacial relacionados com as variáveis do hábitat demonstram a

importância e a interdependência entre avifauna aquática e as áreas úmidas (SILVA,

2007). A conectividade entre mosaicos de áreas úmidas, portanto, assume papel

fundamental na conservação da avifauna à medida que esses não são hábitats isolados

mas, pelo contrário, são complexos e dinâmicos com conexões bióticas e abióticas com

todos os hábitats contíguos (AMEZAGA et al. 2002).

Dada a relação de dependência de muitas espécies de aves com as áreas

úmidas, um esforço crescente tem sido dispensado a seu estudo, para expandir o

conhecimento sobre a biologia dessas espécies e propor medidas efetivas de

conservação e manejo (ACCORDI, 2003). Existe um interesse particular na

Page 65: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

conservação destas áreas devido ao impacto causado sobre elas, o que tem acarretado

grande perda de biodiversidade (LYTLE & POFF, 2004).

A conectividade entre os limites sul do Pantanal e o Planalto da Bodoquena

resultam em uma significativa diversidade de aves na região, com 353 espécies

registradas por Pivatto et al. (2006), sendo 55 identificadas como ecologicamente

dependentes de áreas úmidas (RAMSAR, 2009). Assim, para ampliar os argumentos

que visam à criação de uma unidade de conservação para o banhado do Rio Formoso,

este relatório apresenta um estudo prévio da diversidade de aves registradas neste

ambiente, confirmando sua importância ecológica.

6.3.2. Metodologia

Esforço Amostral

O esforço amostral total em campo durante o período chuvoso foi de 30 horas,

entre 31 de março e 04 de abril de 2009 e entre 2 e 6 dezembro de 2015. Neste

período, os pontos escolhidos para inventário de avifauna localizavam-se nas Fazendas

São Geraldo e Barreiro Grande, Sítio Água Azul e Parque Ecológico Rio Formoso

(banhado do Rio Formoso); Fazenda Gramado, Fazenda São Francisco e

Assentamento Santa Lúcia (banhado do rio da Prata).

Para o período seco foram realizadas amostragens entre os dias 12 e 14 de

setembro de 2012 e em 13 e 14 de julho de 2015, sendo o esforço amostral realizado

de 28 horas. O levantamento foi realizado nas Fazenda Tamires, Fazenda Canindé e o

Parque Ecológico Rio Formoso (banhado do rio Formoso) e na Fazenda Gramado e

Assentamento Santa Lúcia (banhado do rio da Prata).

Foram ainda utilizados dados disponíveis na plataforma Wikiaves

(www.wikiaves.com.br), em inventários anteriores não publicados realizados nos sítios

turísticos do Bonito Aventura, Praia das Figueiras e na Fazenda Santa Efigênia e em

publicação realizada por Pivatto et al. (2006).

Levantamento de Dados em Campo

O levantamento das espécies foi feito por meio de coleta exaustiva de dados

(DEVELEY, 2004) e pontos de escuta (VIELLIARD & SILVA 1990), com caminhadas

aleatórias ao longo de trilhas, bordas do banhado e interior de fragmentos.

Page 66: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Foram registradas informações sobre cada espécie identificada, local da

observação, forma de registro (observação direta – OD ou Vocalização – Voc). O

horário de início da atividade variou entre 06h00 e 06h30 no período da manhã e entre

16h00 e 16h30 no período da tarde. Não houve observação noturna durante este

inventário.

A identificação das espécies foi feita através de reconhecimento in situ (binóculo

e luneta, figura 61), reconhecimento acústico e consulta bibliográfica. Algumas espécies

tiveram registro fotográfico e acústico (Figura 62). Para nomenclatura das espécies

foram adotadas as normas estabelecidas pelo Comitê Brasileiro de Registros

Ornitológicos (CBRO, 2011).

Figura 61 - Identificação visual das aves em campo Foto: Tietta Pivatto

Figura 62 – Registro fotográfico das espécies observadas Foto: Ulli Braun

6.3.3. Resultados e Discussão

Riqueza de espécies

Durante este inventário foram identificadas 209 espécies de aves no banhado e

seu entorno (Anexo 4), valor este somado aos dados prévios (Wikiaves 2016; Pivatto et

al. 2006; Pivatto dados não publicados). Como resultado, registrou-se 59,2% do total de

espécies registradas para o Planalto da Bodoquena (PIVATTO et al. 2006).

Estes dados ilustram um perfil pontual da comunidade de aves existente na área

estudada, visto que os dados de campo foram coletados em um curto período de tempo

Page 67: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

e em apenas uma estação climática. Acredita-se que um maior esforço amostral ao

longo das diferentes estações climáticas poderá acrescentar novas espécies à lista,

conforme observa Vasconcelos (2006).

Representação por tipo vegetacional

Segundo Silva (2007), uma comunidade se caracteriza por incluir dentro dos

seus limites geográficos um determinado conjunto de espécies, com tamanho

populacional especifico. Dois aspectos da vegetação do hábitat afetam a avifauna: a

fisionomia da vegetação e a vRefúgio de Vida Silvestredade de espécies vegetais

(BLOCK & BREMNAM, 1993). Portanto, as mudanças na estrutura dessa comunidade

podem influenciar a comunidade local, assim como as variações do ambiente, presença

de competidores e predadores ou a ação de eventos casuais (WIENS, 1989).

As áreas de banhado foram ocupadas especialmente por espécies aquáticas

(RAMSAR, 2009), embora aves não exclusivamente dependentes deste ambiente

também tenham sido identificadas. Isto confirma a importância desta fisionomia para a

comunidade de aves em geral.

Devido às variações sazonais dos níveis da água no campo úmido, ocorre uma

variação no perfil da comunidade de aves ao longo do ano nos banhados, ou seja,

durante os períodos de seca os capinzais são explorados por aves como a ema (Rhea

americana), perdiz (Rhynchotus rufecens) e seriema (Cariama cristata). Já no período

chuvoso, a predominância de ambientes úmidos favorece espécies como jaçanã

(Jacana jacana), sanã-carijó (Porzana albicollis) e saracura-três-potes (Aramides

cajanea).

Observa-se também a relação direta de diversas aves campícolas com as matas

ciliares circundantes, utilizadas como dormitório e área para reprodução de diversas

espécies que passam o dia nas áreas abertas (ex. psittacídeos e columbídeos) ou que

utilizam a borda das matas para explorar os campos úmidos (RODRIGUES & LEITÃO

FILHO, 2000).

Segundo Reys (2002), as matas ciliares são importantes corredores para a

avifauna visto que, em virtude dos desmatamentos, elas se tornam as únicas áreas

florestadas na paisagem para a sobrevivência das aves da região. De acordo com

Rodrigues e Leitão Filho (2000), estas também podem ser formações importantes na

Page 68: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

manutenção da riqueza e diversidade das comunidades de aves que habitam regiões

com perfis variados de vegetação. Ainda segundo os autores, a mata ciliar atrai

numerosas espécies florestais de aves e oferece condições ambientais suficientes para

seu estabelecimento. São espécies de distribuição geográfica ampla e de espectro

ecológico largo, sendo a maior parte composta por elementos oportunistas. Além disso,

as matas ciliares possuem um importante papel na manutenção da temperatura da

água e na recarga de nutrientes para o ambiente aquático.

Com relação às áreas antrópicas, especialmente as áreas ocupadas por

braquiária, foram observadas espécies que se adaptaram à presença deste capim

exótico em substituição aos campos nativos. A braquiária oferece abrigo e alimento

(sementes, invertebrados) para estas aves, embora sem a mesma biodiversidade.

Destaca-se a presença de representantes específicos de paisagens campestres, como

perdizes (Figura 63) e representantes da família Emberizidae.

Figura 63 – Perdiz (Rhynchotus rufescens) observada na Fazenda Barreiro Grande, Bonito – MS

Foto: Camila Aoki

Representação por Guildas

1. Ocupação do Hábitat

Segundo Straube e Urben-Filho (2006), a maneira como as espécies exploram e

ocupam o hábitat, assim como a representação de cada tipo ecológico, é ferramenta

importante para o diagnóstico da avifauna.

Page 69: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Do total de aves observadas em campo, 35 (37%) são consideradas

dependentes de áreas úmidas de acordo com a Convenção Ramsar (2009), ocupando

especificamente as áreas de banhado como anhuma (Anhima cornuta), maçarico-

solitário (Tringa solitaria), jaçanã (Jacana jacana), chopim-do-brejo (Pseudoleistes

guirahuro), japacanim (Donacobius atricapila) e baiano (Sporophila nigricollis), utilizando

as matas ciliares para descanso ou reprodução como biguá (Phalacrocorax brasilianus),

biguatinga (Anhinga anhinga), anatídeos, ardeídeos, (gavião-caramujeiro) Rostrhamus

socialibis, gavião belo (Busarellus nigricolis) ou ainda vivendo permanentemente sob a

proteção da vegetação ciliar, como saracura-três-potes (Aramides cajanea).

Entretanto diversas outras espécies associadas a áreas campestres acabam por

estar confinadas as áreas de banhado, uma vez que todos os ambientes adjacentes já

foram convertidos em pastagens ou em agricultura. Destaca-se a presença de

Alectrurus tricolor e seu congênere, A. risora; Os membros pertencentes ao gênero

Sporophila (S. cinnamomea, S. palustris, S. hypoxantha, S. ruficollis); Emberizoides

ypiranganus e os Tyrannidae Culicivora caudacuta e Polystictus pectoralis.

Nas matas ciliares foram identificadas três principais categorias de espécies,

conforme classificação de Rodrigues e Leitão Filho (2000): aves que vivem

preferencialmente neste tipo de hábitat (ex. soldadinho - Antilophia galeata); espécies

que ocupam vários tipos de hábitat semi-arbóreos (ex. jaó - Crypturellus undulatus), e

espécies típicas das formações de Cerrado que, durante a época seca, procuram um

refúgio nas matas ciliares (ex. sebinho-de-olho-de-ouro - Hemitriccus

margaritaceiventer). Também foram registradas espécies que dependem da presença

de trechos arbóreos de mata ciliar para repouso ou dormitório, como o carão (Aramus

guarauna), psittacídeos e columbídeos.

As bordas de florestas são utilizadas por um grande número de espécies de

áreas abertas e, paralelamente, há espécies florestais que as evitam (BIERREGAARD

& LOVEJOY, 1989). Durante os inventários realizados nas áreas estudadas, as aves

encontradas nas bordas de mata foram preferencialmente espécies independentes e

semi dependentes de florestas, como sebinho-de-olho-de-ouro (Hemitriccus

margaritaceiventer) e as marias-cavaleira (Myiarchus tyrannulus e M. ferox).

Page 70: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Com relação à distribuição das espécies amostradas dentro dos ambientes

estudados, foram seguidas as definições adotadas por Straube e Urben-Filho (2006).

As espécies silvícolas apresentam como hábitat preferencial os ambientes florestados;

campícola tem como hábitat preferencial os ambientes savânicos ou abertos; e aerícola

aquela que passa a maior parte de seu ciclo circadiano em atividade de voo. São

consideradas aquáticas apenas as espécies que permanecem em contato permanente

com cursos d’água, como representantes das famílias Anatidae, Anhimidae,

Phalacrocoracidae, Anhingidae, Ardeidae, Threskiornithidae, Rallidae, Scolopacidae,

Charadriidae e Jacanidae.

As aves campícolas observadas possuem alguma dependência das áreas

florestadas para ninho ou abrigo (RODRIGUES & LEITÃO FILHO, 2000) e aquelas

registradas como terrestres possuem alguma dependência com ambientes aquáticos,

como Coraciiformes, ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula ruficauda), japacanim

(Donacobius atricapilla), alguns acipitrídeos e tiranídeos.

Além de espécies natantes (anatídeos) e mergulhadoras (biguá - Phalacrocorax

brasilianus – e biguatinha – Anhinga anhinga), são verificadas entre as espécies

aquáticas algumas limnícolas (Ciconniformes e Charadriiformes), usando inclusive

açudes artificiais abertos nos limites entre o banhado e as pastagens introduzidas.

Foram identificadas 13 espécies de hábito corticícola (especificamente famílias

Picidae e Dendrocolaptidae). Estas aves caminham pelos troncos e galhos em busca

de insetos, necessitando de ambientes arborizados. Além disto, a manutenção de

árvores mortas como fonte de alimento (cupins, larvas de coleópteros), também é

importante para viabilizar construção de ninhos nas partes ocas da madeira, incluindo

outras aves como psitacídeos, falconiformes e ramphastídeos.

2. Guilda alimentar

O perfil alimentar da avifauna permite identificar o grau de alteração em

fragmentos florestais, principalmente ao se analisar a população de espécies frugívoras

presentes, visto que este o grupo é mais sensível a estas alterações (PIZO, 2001).

Page 71: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Utilizando a classificação para guildas alimentares sugerida por Sick (1997),

foram identificadas dez qualificações, (Figura 64), sendo que o grupo dominante foi o

insetívoro, com 85 espécies (42,08%) distribuídas em todos os ambientes amostrados.

Figura 64 – Distribuição da avifauna de acordo com suas guildas alimentares (Sick 1997)

O campo úmido é um ambiente com grande oferta de invertebrados, visto que

diversos grupos de artrópodes tem fase reprodutiva em cursos d’água (ex. Díptera,

Odonata e Belostomatidae) ou vivem especificamente neste tipo de vegetação,

favorecendo a avifauna insetívora.

Espécies onívoras e granívoras juntas perfazem 31,68% do total de espécies de

aves amostradas. A maior incidência de luz nos ambientes abertos proporciona maior

produção de frutos e de plantas produtoras de sementes, que são a base alimentar

destas aves. Ainda segundo Dário et al. (2002), o efeito de borda sobre os ambientes

favorece as espécies de aves onívoras e granívoras que habitam o sub-bosque das

florestas.

Das 15 (7,43%) espécies frugívoras registradas neste trabalho, apenas três são

de grande porte (aracuã-do-pantanal – Ortalis canicollis, jacutinga-de-garganta-azul –

Page 72: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Aburria cumanensis e araçari-castanho – Pteroglossus castanotis), todos de hábito

florestal. Segundo Laps et al. (2003), os frugívoros de grande porte são os que sofrem

maior impacto quando da redução de diversidade de espécies vegetais zoocóricas em

fragmentos. Aves frugívoras são responsáveis pela disseminação de sementes, sendo

importantes na manutenção e recomposição da vegetação nativa. Segundo Pizo

(2001), os deslocamentos de frugívoros frequentemente envolvem movimentos entre

ambientes em diferentes estágios sucessionais, devido à disponibilidade de pequenos

frutos na vegetação secundária ao longo das estações climáticas. Este padrão se

repete nas matas ciliares, neste caso atuando nas bordas entre os ambientes de campo

úmido e florestal.

Embora tenham sido identificadas apenas três espécies de aves nectarívoras

(família Trochilidae), acredita-se que um esforço amostral maior possa acrescentar mais

espécies, visto que Pivatto et al. (2006) registraram 11 beija-flores para a região. Estas

aves são responsáveis diretas pela polinização de várias plantas, e uma redução desta

população pode interferir na reprodução vegetal e, consequentemente, na oferta de

frutos e sementes para aves frugívoras e granívoras florestais. Destaque para Polytmus

guanumbi, espécie que possui preferência por ocupar áreas abertas e banhados.

Espécies piscívoras, malacófagas e fitófagas perfazem 8,42% do total, sendo

diretamente dependentes dos ambientes aquáticos (Figura 65). Além disto, espécies

limícolas e insetívoras como Charadriformes e tresquiornitídeos dependem diretamente

de invertebrados aquáticos. Outros insetívoros como a lavadeira-de-cara-banca

(Fluvicola albiventer), freirinha (Arundinicola leucocephala) e jacapanim (Donacobius

atricapilla) caçam insetos preferencialmente em vegetação do banhado, próximo do

espelho d’água.

Page 73: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 65 – A espécie piscívora Chloroceryle amazona (Martim-pescador-verde) registrado na Fazenda Tamires

Foto: Jaire M. Torres

Foram encontradas 6,43 (7%) espécies carnívoras (Falconiformes e Strigiformes,

figura 66 e 67 respectivamente) e quatro (1,98%) de necrófagas. Carnívoros são

considerados como o topo da cadeia alimentar (RICKLEFS, 2003), e exercem

importante função no equilíbrio da população das demais espécies.

Figura 66 – Gavião-carrapateiro (Milvago chimachima) fotografado na Fazenda Tamires, Bonito/MS Foto: Jaire M. Torres.

Figura 67 – Caburé (Glaucidium brasilianum) observada no Sítio Água Azul Foto: Camila Aoki

Espécies migratórias

Foram identificados dois visitantes setentrionais (SICK, 1997): O maçarico-

solitário – Tringa solitária e a águia-pescadora (Pandion halyaetus) durante os trabalhos

de campo e 21 espécies que fazem movimentos migratórios regionais em busca de

áreas para alimentação ou reprodução (SICK, 1997).

Straube e Urben-Filho (2006) identificaram a predominância de espécies

paludícolas, principalmente nas áreas pantaneiras, para o Corredor Miranda-Serra da

Bodoquena. Para a região estudada, observou-se uma predominância de espécies

campestres e paludícolas, sendo que destas, a anhuma (Anhima cornuta), gavião-

caramujeiro (Rostrhamus sociabilis), maçarico solitário (Tringa solitária), anu-coroca

Page 74: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

(Crotophaga major), viuvinha (Colonia colonus) e Sporophila collaris possuem algum

grau de dependência de ambientes úmidos, seja para alimentação direta, abrigo ou

reprodução.

Segundo Accordi (2003), conhecer os padrões de movimentação da avifauna

dentro e entre mosaicos de áreas úmidas sejam eles impulsionados por ciclos de

mudanças climáticas ou de indisponibilidade de recursos, é de particular interesse na

sua conservação. Straube e Urben-Filho (2006), observam que grande parte da

avifauna na região apresenta algum tipo de deslocamento, desde simples movimentos

inter hábitats até pequenas viagens, na maior parte das vezes acompanhando o ciclo

pluvial anual, que faz oscilar a presença e volume dos corpos d'água. Ainda segundo os

autores, esse fenômeno é amplamente conhecido no Brasil Central, onde várias

espécies alternam sua presença entre as vegetações savânicas (período de chuvas) e

as matas ciliares (períodos de seca) e, desta forma, não se restringem apenas a

ambientes tidos como predominantemente aquáticos como no caso do Pantanal. Esta

situação foi observada na área estudada (ex. maguari – Ciconia maguari, tuiuiú – Jabiru

micteria, colhereiro - Platalea ajaja e pernilongo de costas branca – Himantopus

melanurus).

Segundo Negret (1988), algumas espécies de aves migratórias parecem

alcançar o Planalto Central do Brasil vindas do sul através dos vales dos rios Paraná-

Paranaíba. Hayer et al. (1994) observaram movimentações de grandes bandos de

gavião caramujeiro (Rostrhamus sociabilis) ao longo do Rio Paraguai. Willis (1988)

reconheceu que, além de migrações lineares (entre dois pontos), provavelmente

ocorram migrações circulares (três ou mais pontos visitados regular e anualmente)

entre troquilídeos, psitacídeos e columbídeos. Negret (1988) supôs a existência de um

movimento sazonal entre o Planalto Central brasileiro e o Pantanal de Mato Grosso.

De modo geral, espécies migratórias sofrem com a degradação ambiental, visto

que ao chegarem necessitam recuperar a energia despendida durante o longo

deslocamento. Ao encontrarem um ambiente sem disponibilidade de recursos

alimentares, podem não conseguir realizar outros deslocamentos em busca de novas

áreas (LAPS et al., 2003). Aves aquáticas de voo longo, como por exemplo, o maçarico-

solitário, são as mais afetadas.

Page 75: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Cabe lembrar que, observando a lista de aves migratórias registradas por

Straube e Urben-Filho (2006), espera-se que em futuros inventários outras espécies

sejam acrescentadas ao banhado do Rio Formoso, visto que este relatório abrangeu

um período muito curto de amostragem em estação climática desfavorável aos seus

avistamentos.

Espécies Endêmicas

Foi registrada uma espécie considerada endêmica do território brasileiro, como o

garrinchão-de-bico-grande (Cantorchilus longirostris) de acordo com o CBRO (2008) e

cinco espécies consideradas endêmicas por Silva (1997), como o papagaio galego -

Alipiopsitta xanthops, chorozinho de bico comprido - Herpsilochmus longirostris, fura-

barreira - Hylocryptus rectirostris, soldadinho - Antilophia galeata e Saltator atricollis.

Das espécies citadas por Rodrigues e Leitão Filho (2000) como estritamente endêmicas

das matas ciliares do Brasil Central, foram registradas o soldadinho, fura-barreira e

pula-pula-de-barriga-branca (Basileuterus hypoleucus).

Das espécies endêmicas registradas, chorãozinho-de-bico-comprido, fura

barreira e soldadinho são dependentes de floresta (Silva 1995), enquanto papagaio-

galego e Saltator atricollis habitam fisionomias de cerrado. Destas, apenas Saltator

atricollis foi observada diretamente na vegetação de campo úmido.

Espécies ameaçadas

Foram encontradas seis espécies ameaçadas na região do banhado, de acordo

com IUCN (2008):

Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) – EN (em perigo, IUCN, 2008); VU

(vulnerável, MMA, 2003).

A arara-azul foi avistada dentro da Fazenda São Geraldo por Pivatto et al.

(2006), ocorrendo em poucos casais no Planalto da Bodoquena (Figura 69). A

população maior desta espécie encontra-se no Pantanal, onde esforços para sua

conservação são conduzidos dentro do Projeto Arara Azul (2009). Sua principal ameaça

é a caça (tráfico de fauna) e destruição do hábitat.

Page 76: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 69 – Anodorhynchus hyacinthinus (arara-azul) fotografada no Parque Nacional da Serra da Bodoquena - Foto: Tietta Pivatto

Caboclinho de chapéu-cinzento (Sporophila cinnamomea) – EN (em perigo,

IUCN 2008); VV (vulnerável, MMA 2003)

Espécie que realiza migrações regionais entre Goiás até o norte da Argentina

seguindo sementes de capinzais, junto com outros Thraupidae.

Sua principal ameaça é a perda de hábitat, visto que os grandes campos nativos

estão sendo substituídos por plantações. Foi observado apenas no Parque Nacional da

Serra da Bodoquena (STRAUBE & URBEN-FILHO 2006) e, durante este trabalho, na

Fazenda Barreiro Grande (Figura 70), alimentando filhotes e associado com o baiano

(Sporophila nigricollis) e coleiro-do-brejo (S. collaris).

Figura 70 - Um grupo de Caboclinho-de-chapéucinzento (Sporophila cinnamomea), fotografado na

Fazenda Barreiro Grande - Foto: Tietta Pivatto

Page 77: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Sporophila palustris - EN (em perigo, IUCN 2015)

Juntamente com S. cinnamomea, esta espécie depende diretamente de áreas de

campos naturais, estando associada a áreas de banhado. Realiza migrações anuais

regionalmente. Há registros desta espécie para o banhado do rio Formoso e sua

ocorrência no banhado do rio da Prata é esperada devido a fitofisionomia semelhante

entre as áreas.

Galito (Alectrurus tricolor) – VU (Vulnerável, IUCN 2015)

Pequeno Tyrannidae ameaçado que possui sua ocorrência associada a campos

abertos e paludícolas (Sick 1997). A espécie não se adapta em áreas perturbadas,

ficando basicamente restrita às fisionomias de campos nativos

Tesoura-do-campo (Alectrurus risora) – VU (Vulnerável, IUCN 2015)

A espécie foi visualizada em 2012 na região do Banhado do rio Formoso (MELO,

2012). Trata-se de uma espécie com escassos registros no território nacional. Estando

associada a campos naturais no Paraguai, Argentina e Uruguai.

Papa-moscas-do-campo (Culicivora caudacuta) – VU (Vulnerável, IUCN

2015)

Espécie campestre, restrita a capinzais altos, onde a vegetação herbácea é

abundante e não há excessiva exposição do solo. É ausente em pastagens modificadas

e nãos e adapta a áreas antropizadas. Vive sozinho ou em casais, formando grupos

familiares.

O Curió (Sporophila angolensis), registrado na Fazenda Santa Efigênia (banhado

do rio Formoso) e Fazenda Gramado (banhado do rio da Prata), é uma das aves

canoras mais visadas no país (SICK, 1997) pelo tráfico de fauna, estando extinta

localmente em várias regiões. João pinto (Icterus croconotus) também é visado pelo

tráfico como ave de gaiola por sua beleza e canto melodioso. Da mesma forma,

psitacídeos sofrem grande pressão pela captura ilegal de filhotes, especialmente

Page 78: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

papagaios e periquitos como o tiriba-fogo (Pyrrhura devillei), espécie florestal de

ocorrência restrita a uma porção de Mato Grosso do Sul, Bolívia e Paraguai, que foi

registrada no Sítio Água Azul, Parque Ecológico Rio Formoso, Fazenda Barreiro

Grande e Praia das Figueiras (Pivatto et al., 2006).

Embora a caça não seja tão expressiva na região, cabe ressaltar que a presença

de espécies de aves cinegéticas (ex. tinamídeos e cracídeos) merece especial atenção

para a sua conservação.

Conservação

Estudos sobre as comunidades de aves aquáticas e sua relação com os hábitats

são especificamente importantes, pois possibilitam gerar subsídios para o melhor

entendimento destas relações e fornecem informações sobre os requisitos do hábitat

das espécies, podendo ser utilizados no manejo e conservação das espécies de aves

destes locais (SILVA, 2007).

De maneira geral, a perda de hábitat devido à supressão florestal ou à sua

descaracterização em consequência da fragmentação, extração de madeira ou fogo,

constitui-se na principal ameaça às aves (SICK, 1997; PIZO, 2001). Este padrão, que

se repete em quase todo o Brasil (STRAUBE & URBEN-FILHO, 2006), é também

observado na região estudada, com formação de mosaicos muitas vezes isolados e

fragmentos pequenos demais para conter uma área suficientemente viável que garanta

a sobrevivência das espécies originalmente presentes na região (RICKLEFS, 2003).

De acordo com Jansen (1986), a fragmentação torna-se um problema quando

não há migração e a qualidade do hábitat é muito pobre ou a área é muita pequena

para sustentar populações viáveis. À medida que áreas úmidas e pastagens nativas

são extensivamente convertidas em terras agrícolas, diminui a heterogeneidade natural

da área e aumenta a ameaça de supressão daquelas espécies que dependem da

conectividade de hábitats para realizar seus movimentos migratórios (STOTZ et al.,

1996).

A fragmentação é consequência das atividades humanas, e as áreas de

vegetação natural restantes encontram-se geralmente próximas de áreas com

perturbação antrópica, como fazendas agrícolas e de exploração florestal, estando

sujeitas a tensão excessiva de agentes externos como fogo, inseticidas e espécies

Page 79: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

invasoras. A diminuição de uma área natural pode levar à diminuição exponencial do

número de espécies e afetar a dinâmica de populações de plantas e animais existentes,

podendo comprometer a regeneração natural e, consequentemente, a sustentação

destas áreas (HARRIS, 1984). Para conservar esses organismos, é fundamental a

retenção de densidades mínimas de áreas úmidas em paisagens dominadas pelo uso

antrópico (GIBB, 2000).

Historicamente, a expansão da agricultura e da pecuária foram os principais

fatores que geraram desmatamento e fragmentação em Mato Grosso do Sul.

Especificamente sobre os campos úmidos, o que se tem observado é a drenagem

associada com queimadas para viabilizar a expansão de pastagens exóticas ou plantio

de culturas como soja, milho e arroz. Embora algumas espécies sejam favorecidas pelo

aumento destas culturas (ex. ema – Rhea americana, perdiz - Rynchotus rufecens,

coleirinho – Sporophila caerulescens e tiziu – Volatinia jacarina), com o tempo observa-

se o empobrecimento da riqueza de espécies, como observaram Robson et al. (2001),

que encontraram alta riqueza e abundância de aves granívoras em hábitats arados e

redução na riqueza de espécies, salientando que a paisagem agrícola com hábitats de

características similares tendem a favorecer a homogeneização das espécies na escala

da paisagem.

A drenagem observada em alguns pontos amostrados no banhado terá como

resultado a eliminação das áreas úmidas que fornecem abrigo a espécies paludícolas

como Anseniformes, Ciconiiformes, Charadriiformes e demais espécies que dependem

deste tipo de ambiente para alimentação e reprodução (Ramsar, 2009).

Ao mesmo tempo, inexistem estudos que correlacionem os banhados do Planalto

da Bodoquena (Figura 71) e o Pantanal Sul (Porto Murtinho, Nabileque, Miranda), ainda

que diversas aves pantaneiras sejam registradas na região (TUBELIS & TOMAS, 2003;

PIVATTO et al., 2006; STRAUBE et al., 2006a; STRAUBE et al., 2006b).

Page 80: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 71 – Áreas alagadas dentro do Parque Nacional Serra da Bodoquena

Foto: Tietta Pivatto

O entendimento das relações das aves aquáticas com seus hábitats, distribuição,

alterações na população e comunidade contribuem para o manejo local adequado,

preservação das espécies, incremento nas populações, restauração de ambientes e a

criação de reservas (BURTON et al., 2002; GREEN et al, 2002; LUNDBERG et al.

2003). Assim, a conservação do banhado do Rio Formoso poderá contribuir não apenas

na proteção da avifauna local, mas também fornecer futuras informações sobre a

ecologia da região, ainda pouco conhecida.

Para aprofundar este conhecimento, recomenda-se a continuidade deste

trabalho de forma a enriquecer as informações sobre a avifauna do banhado do Rio

Formoso, suas áreas circundantes e sua correlação com o Pantanal.

6.3.4. Recomendações Gerais

Continuidade dos inventários de avifauna no Banhado do Rio Formoso e

áreas circundantes, com amostragens nas quatro estações climáticas e em todas as

fisionomias vegetacionais;

Estudo dos recursos alimentares (flores, frutos, sementes) e reprodutivos

(sítios e materiais para construção de ninhos) disponíveis em cada tipo de hábitat;

Monitoramento das comunidades de aves em todos os ambientes

amostrados, especialmente naqueles que sofrem influência antrópica direta, através de

estudos sobre abundância e frequência das aves nos ambientes naturais;

Page 81: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Acompanhamento das atividades reprodutivas, locais de nidificação e

dormitórios dentro e nos arredores das áreas estudadas;

Promover educação ambiental para os proprietários das áreas abrangidas

pelo banhado e seus funcionários de forma a coibir caça, captura ilegal e destruição de

ninhos, contribuindo com a conservação das aves;

Promover atividades de educação ambiental com crianças da comunidade

e filhos de funcionários das fazendas com temática conservacionista, tendo a avifauna

nativa como foco principal;

6.4. Mastofauna

6.4.1. Introdução

Mamíferos neotropicais são representados por um grande número de espécies,

distribuídas em 11 ordens que ocorrem no Brasil (EMMONS & FEER, 1997), do total de

22 ordens conhecidas no mundo (FONSECA et al., 1996). Marsupiais, roedores,

morcegos e carnívoros compreendem mais de 60% das espécies de vertebrados

neotropicais (CÁCERES et al. 2008, EISENBERG & REDFORD 1999). O Brasil é o país

que possui a maior riqueza de espécies de mamíferos (mais de 650 espécies) e um dos

que detém o maior número de endemismos (com. 131 espécies endêmicas), com

destaque para primatas e roedores (FONSECA et al. 1996, Ministério do Meio Ambiente

2000; REIS et al., 2006). Em número de espécies de mamíferos nativos do Brasil,

destacam-se os pequenos mamíferos não voadores com 288 espécies

(Didelphimorphia, Lagomorpha e Rodentia) e os morcegos (Chiroptera) com 164

espécies (REIS et al., 2006). Dentre os domínios brasileiros reconhecidos pelo

Ministério do Meio Ambiente do Brasil, a Amazônia e a Mata Atlântica são os mais ricos

em espécies de mamíferos (311 e 250 espécies respectivamente), seguidos pelo

Cerrado (195), Caatinga (148), Pantanal (132) e por último, pelo Pampa ou Campos

Sulinos (102) (REIS et al. 2006). O conhecimento sobre a fauna de mamíferos do

estado ainda é pouco conhecido, especialmente a de pequenos mamíferos (CÁCERES

et al., 2008). Devido à grande heterogeneidade ambiental, com diferentes domínios

vegetacionais e transicionais, é esperada grande riqueza de espécies deste grupo em

Mato Grosso do Sul (VELOSO et al., 1991; VIVO, 199; CÁCERES et al., 2008).

Page 82: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

6.4.2. Metodologia

A busca por vestígios de mamíferos de médio e grande porte ocorreu durante

quatro dias no período de chuvas em 2009 e durante três dias no período seco de

2012. No período chuvoso foram amostradas as áreas das Fazendas Barreiro Grande e

Barra do Sucuri, enquanto no período de estiagem foram amostradas as áreas da

Fazenda Tamires, Fazenda Canindé e Parque Ecológico do Rio Formoso (Figura 72).

Todas as pegadas, fezes e avistamentos diretos foram anotados para compor a

lista de espécies da região. Entrevistas com os moradores locais complementaram as

informações obtidas diretamente no campo. Os entrevistados foram indagados sobre os

animais que costumam ver na região, com base numa lista previamente elaborada

contendo as espécies esperadas para a região, e que também são conspícuas e fáceis

de identificar.

Capturas de morcegos foram realizadas em período chuvoso, durante duas

noites em bordas de matas do entorno do banhado. Os morcegos foram capturados

com duas ou três redes de neblina (na primeira noite foram duas de 9,0 x 2,8m e uma

de 18,00 x 2,8 m; na segunda noite foi utilizada uma de 9,0 x 2,8m e uma de 18,0 x 2,8

m), as quais totalizaram 100,8 m² de área de rede por hora na primeira noite e 75,6 m²

na segunda. As redes foram abertas logo após o ocaso e fechadas por volta da meia

noite. A identificação prévia dos morcegos capturados foi realizada em campo conforme

Vizotto e Taddei (1973). Para material testemunho e confirmação das espécies foram

mortos de um a três exemplares de cada espécie capturada. Após atingir este número,

exemplares de espécies já coletadas foram devolvidos ao ambiente. Animais coletados

foram depositados na coleção zoológica da Universidade Federal de Mato Grosso do

Sul (ZUFMS) e estão em processo de confirmação da espécie por especialistas.

Page 83: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 72 – Região do banhado do Rio Formoso e a localização das fazendas (1) Barreiro Grande e (2) Barra do Sucuri, onde foram empreendidos esforços na obtenção de informações sobre mamíferos voadores e de médio e grande porte Mapa: Ana Ribeiro

6.4.3. Resultados

Foram identificadas 31 espécies de mamíferos terrestres para as áreas de

banhado e seu entorno (Anexo 5), sendo a ordem Carnívora a mais representativa

quanto à riqueza (Figura 73). A maior parte das espécies foi registrada por meio de

entrevistas, mesmo assim foi possível a observação direta de 15 espécies componentes

da mastofauna terrestre (Figura 74).

Page 84: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 73 – Proporção representativa de espécies das ordens de mamíferos na área de banhado e seu entorno

Figura 74 – Número de espécies verificadas em cada forma de registro utilizada. Ent: Entrevista; OD: Observação direta; Peg: Pegadas; Fez: Fezes

Quanto aos vestígios, foram registradas pegadas de anta (Tapirus terrestres)

(Figura 75), de capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), mão-pelada (Procyon cacrivorus)

(Figura 76), onça-parda (Puma concolor), entre outros. Pelo registro das fezes, foram

verificadas as presenças de cutia (Dasyprocta azarae), capivara (Hydrochoerus

hydrochaeris) e anta (Tapirus terrestres).

Page 85: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 75 – Pegada de anta (Tapirus terrestris) fotografado na área amostrada, Bonito/MS Foto: Jaire M. Torres

Figura 76 – Pegada de mão-pelada (Procyon cancrivorus) no entorno do banhado Foto: Jaire M. Torres.

Todas as espécies inventariadas foram citadas durante as entrevistas realizadas

com moradores e funcionários das áreas amostradas. Dentre estas espécies, os

canídeos lobinho e lobo-guará, a queixada, o gato-mourisco, a lontra, a anta, o gambá,

os tamanduás bandeira e mirim e o tatu peba e galinha foram indicados como

frequentes. Algumas espécies também registradas por entrevista foram indicadas como

de difícil ocorrência, como o gato-palheiro, a onça-pintada, o cervo-do-pantanal, o

ouriço e o tatu-de-rabo-mole.

Confirmando os dados obtidos durante as entrevistas, algumas espécies foram

avistadas durante o estudo. Dentre estas espécies, tais como cervídeos, canídeos e

primatas (Figura 77). É importante ressaltar ainda a presença de espécies classificadas

em alguma das categorias de ameaça, sendo que 22,6% são consideradas como

vulneráveis e 3,2% como em perigo (Figura 78).

Durante as duas noites de capturas de morcegos, totalizando 982,8 h.m² de

esforço amostral, foram capturados 26 exemplares pertencentes a seis espécies de

morcegos (Anexo 3, Figura 79). O índice de diversidade de Shannon para a

comunidade de morcegos do banhado do Rio Formoso foi de 1,37. A presença de

Chrotopterus auritus, predadora de topo, indica que a mata ciliar é relativamente bem

conservada, com abundância de pequenos vertebrados.

Page 86: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 77 – Macaco-prego (Sapajus cay) fotografado no Parque Ecológico Rio Formoso

Foto: Jaire M. Torres

Figura 78 – Proporção de espécies classificadas sob alguma categoria de ameaça encontradas no banhado e seu entorno

Page 87: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Figura 79 – Morcegos filostomídeos capturados durante a realização do presente estudo: (A) Sturnira lilium, (B) Chrotopterus auritus, (C) Artibeus planirostris, (D) Carollia perspicillata e (E) Platyrrhinus lineatus

6.4.4. Discussão e considerações

Dentre as espécies citadas pelos entrevistados como ocorrentes no banhado, o

tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) consta na lista brasileira de animais

ameaçados e consta como quase ameaçada na lista vermelha global. O queixada

(Tayassu pecari) figura como quase ameaçado na lista de animais globalmente

ameaçados. Aspectos importantes do ponto de vista da conservação puderam ser

observados durante o relato dos entrevistados. Salientou-se o desaparecimento do

cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) e do veado-catingueiro (Mazama

gouazoubira) da região do banhado. Estudos focando estas espécies são necessários

para conhecer as populações remanescentes lá existentes e as ameaças que estão

Page 88: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

sofrendo. Entretanto, durante a entrevista também foi relatado o aumento dos bugios

(Alouatta caraya) nos últimos tempos. As entrevistas são bastante questionáveis por se

tratar de impressões pessoais dos moradores da região. Embora sejam profundos

conhecedores da fauna e flora locais, aspectos culturais, receio e preconceitos

influenciam neste tipo de avaliação. Pelo menos, para sete espécies diferentes, as

declarações foram conflitantes (veja Tabela 1).

Apesar das espécies de morcegos capturadas neste estudo serem amplamente

distribuídas pela região neotropical (CÁCERES et al. 2008, TEIXEIRA et al. 2009), a

presença de Chrotopterus auritus, predadora de topo, indica que a mata ciliar na

Fazenda Barreiro Grande é relativamente bem conservada, com abundância de

pequenos vertebrados. Na Fazenda Barra do Sucuri, onde a faixa de mata é bem

maior, a comunidade de morcegos revelou dominância de Artibeus planirostris,

indicando que a perda de área e qualidade de habitat resultou no recuo dos processos

ecológicos aos patamares de sucessão inicial, onde há dominância de uma ou poucas

espécies sobre as demais (KREBS, 1989). Mesmo assim, os resultados aqui obtidos

são insuficientes, devido ao baixo esforço amostral, para inferir sobre a realidade

ecológica dos mamíferos da região.

7. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

No entorno das áreas de banhado, a maior atividade econômica é a pecuária. A

maior parte das áreas onde esta atividade é desenvolvida apresenta as mesmas

situações adversas: acesso do gado às áreas úmidas; manejo de seu entorno, onde há

a substituição da vegetação nativa por gramíneas exóticas nas bordas sempre mutáveis

das áreas úmidas; abertura de açudes; canalizações; entre outras (Promotoria de

Justiça de Bonito, 2008).

O fator agravante no desenvolvimento da situação apresentado nestas áreas é o

manejo do gado, que percorre as regiões rasas do brejo e pisoteia as plantas, expondo

o solo a maior insolação, situação que pode acelerar a evaporação e alterar as

características pedológicas e ecológicas. Além disso, este fator também favorece a

disseminação de áreas sujeitas a processos erosivos (Promotoria de Justiça de Bonito,

2008).

Page 89: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

O desenvolvimento de atividades agrícolas nas proximidades com áreas

alagadas é um fator de riscos para estes ambientes, uma vez que a perda de solos

contribui para seu aterramento espontâneo. A utilização de fertilizantes e defensivos de

acordo com as prescrições técnicas não representa problema aos recursos hídricos,

porém é necessário o monitoramento do poder público às possíveis contaminações por

estes produtos como também da exposição do solo.

O estudo realizado a pedido da Promotoria de Justiça de Bonito (2008) em áreas

úmidas do município apontou os principais impactos verificados nas áreas mapeadas,

sendo eles:

Drenagem para a viabilização de atividades produtivas, realizada através

de canais que aceleram o fluxo de água para o Rio Formoso;

Áreas desmatadas sem técnica, em regiões onde ocorrem afloramentos

de água e sua movimentação em trechos sem a vegetação marginal

pertinente;

Degradação do solo por processos erosivos, compactação e redução da

porosidade e permeabilidade;

Acesso do gado às áreas úmidas, que resulta na descaracterização da

vegetação nativa e sujeita o Rio Formoso a um maior aporte de matéria

orgânica em períodos de chuva;

Alterações hidrológicas do entorno pelo barramento de pequenos córregos

e formação de açudes, o que muitas vezes ocorre no entorno das áreas

úmidas.

8. POTENCIAL TURÍSTICO

A análise das áreas de banhado de Bonito – MS demonstra seu potencial para o

desenvolvimento de atividades envolvendo turismo ecológico ou científico, devido à

composição faunística única verificada na região. A presença de espécies de beleza

cênica ímpar ou de maior raridade é muito atraente para públicos como observadores e

pesquisadores.

Page 90: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Nos ambientes analisados são observadas espécies migratórias como maçarico-

solitário e calhandra-de-três-rabos, sendo estas visitantes sazonais. Além destes, a

avifauna conta com a existência de grande número de espécies ameaçadas de

extinção, fator que potencializa sua capacidade de atrair tanto turistas internacionais

como nacionais com o intuito de observação de aves e pesquisadores. É importante se

ressaltar ainda a ocorrência de tesoura-do-campo, uma espécie de difícil avistamento e

com status desconhecido nacionalmente, o que a torna importante no âmbito turístico e

científico. Além destas espécies, muitas outras se destacam por sua beleza natural,

como tuiuiús, tucanos, diversas espécies de gaviões e piscitacídeos.

A mastofauna verificada no banhado e seu entorno apresenta espécies

vulneráveis ao processo de extinção, como o cervo-do-pantanal, lobo-guará, onça-

pintada e ariranha, entre outros. Além disso, é comumente verificada a presença de

anta, espécie vulnerável de acordo com a lista da IUCN. Estes animais apresentam

potencial como atrativos turísticos, por cativar um grande número de pessoas ou por

despertar a curiosidade devido ao seu difícil avistamento, podendo explorar as áreas

alagáveis de banhado em período de seca ou trilhas e seu entorno em períodos

chuvosos.

Outra possibilidade para a região é a visitação a locais com presença de sucuris,

atividade que vem ganhando repercussão na região. Embora a procura por este serviço

seja esporádica, apresenta-se como um chamariz para públicos especializados, sendo

de conhecimento que já houve sua procura por equipes de televisão e fotógrafos

profissionais.

Ainda que a demanda pelo uso turístico dessas regiões seja pequena, a

existência de novas opções de atividade é um fator essencial para uma cidade turística

como Bonito – MS. Mesmo assim, é importante ressaltar a necessidade de estudos

específicos para cada atividade, delimitando a melhor forma de ação assim como a

conduta necessária para a realização de visitações de forma não impactante a fauna

local.

Page 91: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACCORDI, I. A. Estrutura espacial e sazonal da avifauna e considerações sobre a conservação de aves aquáticas em uma área úmida no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 171p. 2003. ALMEIDA, F.F.M. de. 1945. Geologia do sudoeste matogrossense. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura. Div. Geol. Mineral., 118 p. (Bol. no 116). AMEZAGA, J. M.; SANTAMARIA, L.; GREEN, A. J. Biotic wetland connectivity – supporting a new aproach for wetland policy. Acta Oecologica 23:213-222. 2002. Agência Nacional de Águas, ANA. Implementação de práticas de gerenciamento integrado de bacia hidrográfica para o Pantanal e Bacia do Alto Paraguai. ANA/GEF/PNUMA/OEA: Programa de ações estratégicas para o gerenciamento integrado do Pantanal e Bacia do Alto Paraguai: Relatório Final. Agência Nacional de Águas. Brasília: TDA Desenhos e Artes Ltda., 316 p. 2004. APG II. Update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society. 141:399- 436. 2003. AYRES, J. M.; FONSECA, G. A. B.; RYLANDS, A.B.; QUEIROZ, H.L.; PINTO, L. P.; MASTERSON, D.; CAVALCANTI, R. B. Os corredores ecológicos das florestas tropicais do Brasil. Belém: Sociedade Civil Maminaurá. 256p. 2005. BARBIER, E. B. et al. Economic valuation of wetlands: a guide for policy makers and planners. Ramsar Convention Bureau. Gland, Switzerland. Pp.127. 1997. BARR,1967. Observations on ecology of cave. The American Naturalist, 101: 475-491. BASTOS, R.P.; MOTTA, J.A.O.; LIMA, L.P.; GUIMARÃES, L.D. Anfíbios da Floresta Nacional de Silvânia, Estado de Goiás. Stylo Gráfica e Editora, Goiânia. 2003. BAPTISTA-MARIA, V.R. Caracterização das florestas ribeirinhas do rio Formoso e Parque Nacional da Serra da Bodoquena/MS, quanto as espécies ocorrentes e histórico de perturbação, para fins de restauração. 2007. 134p. Tese (Doutorado) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2007. BEHR, M. F. Serra da Bodoquena – História Cultura Natureza. Free. Campo Grande p. 132-133. il. 2001. BÉRNILS, R.S. (org.). Brazilian reptiles – List of species. 2009. Disponível em:< http://www.sbherpetologia.org.br/>. Sociedade Brasileira de Herpetologia. Acesso em: 20 de abril de 2009.

Page 92: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

BIERREGAARD, R. O.; LOVEJOY, T. E. Effects of forest fragmentation on Amazonian understory bird communities. Acta Amaz, 19: 215-241. 1989. BLANCO, D. E. Los humedales como hábitat de aves acuaticas. In: ACCORDI, I. A. 2003 Estrutura espacial e sazonal da avifauna e considerações sobre a conservação de aves aquáticas em uma área úmida no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 171p. 1999. BLOCK, W. M.; BRENNAN, L. A. The hábitat concept in ornithology. Current Ornithology 11:35-91. In: SILVA, R. R. V. (2007) Avifauna de áreas úmidas no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 167p. 1993 BOGGIANI, P.C.; COIMBRA, A.M.; RICCOMINI, C.; GESICKI, A.L.D. 1998. Recursos Minerais Não-Metálicos do Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Rev. IG São Paulo, 19(1/2), 31-41. BOGGIANI, P.C. Porque Bonito é Bonito? In: SCREMIN-DIAS, E., POTT, V.J., HORA, R.C. da, SOUZA, P.R. de.(Eds) Nos Jardins Submersos da Bodoquena: guia para identificação de plantas aquáticas de bonito e região. Ed. UFMS, Campo Grande. 160p. 1999. BOGGIANI, P.C.; COIMBRA, A.M.; GESICKI, A.L.; SIAL, A.N.; FERREIRA, V.P.; RIBEIRO, F.B.; FLEXOR, J.M. 2002. Tufas Calcárias da Serra da Bodoquena, MS - Cachoeiras petrificadas ao longo dos rios. In: SCHOBBENHAUS, C.; CAMPOS, D.A.; QUEIROZ, E.T.; WINGE, M.; BERBERT-BORN, M.L.C. (Edits.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. 1. ed. Brasília: DNPM/CPRM - Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (SIGEP), 2002, v.01: 249-259. BOGGIANI, P. C.; TREVELIN, A. C.; SALLUN FILHO, W.; OLIVEIRA E. C.; ALMEIDA, L. H. S. 2011. Turismo e Conservação de Tufas Ativas da Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul. Pesquisas em Turismo e Paisagens Cársticas, v. 4, p. 55-63. BRASIL. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Publicada no Diário Oficial da União em 09 de janeiro de 1997. BRASIL. Lei n°9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, §1°, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasilia, 19 de julho de 2000. BRASIL. Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União em 26 de dezembro de 2006.

Page 93: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

BURTON, N. H. K. et al. Impacts of Disturbance from Construction Work on the Densities and Feeding Behavior of Waterbirds Using the Intertidal Mudflats of Cardiff Bay, UK. Environmental Management 30 (6), 865-871. Em: SILVA, R. R. V. (2007) Avifauna de áreas úmidas no município de Caxias do Sul, RS. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 167p. 2002. CÁCERES, N.C.; CARMIGNOTTO, A.P.; FISCHER, E.; SANTOS. C.F. Mammals from Mato Grosso do Sul, Brazil. Check List 4(3): 321–335. 2008. CAMARGO L.J.J.; CAMARGO, C.M.J.; RONDON E.V.; QUEIROZ, H.P.B.; DOS SANTOS S. R.; FAVERO S.; MERCANTE, M.A. Análise da sustentabilidade do turismo ecológico no município de Bonito, Mato Grosso do Sul na promoção do desenvolvimento regional. Sociedade & Natureza, Uberlândia, 23 (1): 65-75. 2011. CITES. 2007. Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora. Disponível em: <http://www.cites.org/>. Acesso em: 20 de abril de 2009. COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS, CBRO. Lista de Aves do Brasil. 7ª edição/05/10/2008. Disponível em < http://www.cbro.org.br >. Acesso em: 20 de abril de 2009. COMTUR. Boletim informativo n°34. 15 de fevereiro de 2012. Disponível em <http://www.bonito-ms.com.br/boletins/Boletim%20Informativo%2001%202012.pdf>. Acesso em: 17 de junho de 2012. CORDEIRO, P. H. C.; KAJIWARA, D.; RIBON, R.; RODRIGUES, A. A. F. E UEJIMA, A. Aves. Pp. 154-181. Em: Ministério do Meio Ambiente [MMA] 2003. Fragmentação de ecossistemas – causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Brasília: MMA, Secretaria de Biodiversidade e Florestas. 508p. 2003. CORDEIRO, L. M.; BORGHEZAN, R.; TRAJANO, E. 2013. Distribuição, riqueza e conservação dos peixes troglóbios da Serra da Bodoquena, MS (Teleostei: Siluriformes). Revista da Biologia, 10: 21-27. CORDEIRO, L.M., BORGHEZAN, R., TRAJANO, E. Subterranean biodiversity in the Serra da Bodoquena karst area, Paraguay River basin, Mato Grosso do Sul, Southwestern Brazil. Biota Beotropica, no prelo. COSTA, C. S. B.; IRGANG B. E.; PEIXOTO A. R.; MARANGONI, J. C. Composição florística das formações vegetais sobre uma turfeira topotrófica da planície costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Bot. Bras. 17 (2): 203-212. 2003. COSTACURTA, M.B. Plano de Manejo da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda São Geraldo. Município de Bonito, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, 2006. Disponível em: < www.repams.org.br/downloads/arquivo_ 090709155752.pdf>. Acesso em: 12 de junho de 2012.

Page 94: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

CRAWFORD, R.M.M. Studies in plant survival: ecological case histories of plant adaptation to adversity. Blawell Scient. Oxford, 296p. 1989. CULVER, D. C.; PIPAN, T.; SCHINEIDER, K. D. 2009. Vicariance, dispersal and scale in the aquatic subterranean fauna of karst regions. Freshwater Biology, 54:918-929. DÁRIO, F. R.; DE VINCENZO, M, C. V.; ALMEIDA, A. F. Avifauna em fragmentos da Mata Atlântica. Ciência Rural. 32(6). 2002. DEVELEY, P. F. Métodos para estudos com aves. Pp. 153-168. Em: Cullen, L.; Rudran, R. e Valladares-Pádua, C. [org]. (2004) Métodos de estudos em Biologia da Conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba: Editora UFPR. 665p. 2004. DIAS, J. A. A região cárstica de Bonito, MS: uma proposta de zoneamento geoecológico a partir de unidades de paisagem. Revista Ensaios e Ciências. Campo Grande: editora Uniderp, n. 1, v. 4: 9-43. 2000. EISENBERG, J.F.; REDFORD, K.H. Mammals of the Neotropics: the central Neotropics. Volume 3. Peru, Bolivia, Brazil. Chicago: University of Chicago Press. 1999. EITEN, G. Vegetação. In: NOVAES, M. Cerrado: caracterização, ocupação e perspectivas. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2 ed. 681 p. 1993. EMMONS, L.H.; FEER, F. Neotropical rainforest mammals: a field guide. 2nd ed. Chicago. University of Chicago Press. 1997. ESTEVES, F. A. Fundamentos da Limnologia. Interciência/FINEP, Rio de Janeiro. 1988. FILGUEIRAS, T. S. Caminhamento - Um Método Expedito Para Levantamentos Floristicos Qualitativos. Cadernos de geociencias, 12:39-43. 1994. FONSECA, G.A.B.; HERRMANN, G.; LEITE, Y.R.L.; MITTERMEIER, R.A.; RYLANDS, A.B.; J.L. PATTON. Lista anotada dos mamíferos do Brasil. Occasional Papers on Conservation Biology 4: 1-38. 1996. FORD, D.; WILLIAMS, P. 2007. Karst hydrogeology and geomorphology. John Wiley & Sons Ltd, 2ed, 579p. GIBB, J. P. Wetland loss and biodiversity conservation. Conservation Biology 14: 314-317. In: Accordi, I. A. (2003) Estrutura espacial e sazonal da avifauna e considerações sobre a conservação de aves aquáticas em uma área úmida no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 171p. 2000

Page 95: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

GIBERT, J.; DANIELOPOL, D.L.; STANFORD, J.A. (eds).1994. Groundwater ecology. Academic, London, 571p. GREEN, A. et al. Implications of waterbird ecology for the dispersal of aquatic organisms. Acta Oecologica 23:17-189. In: Silva, R. R. V. (2007) Avifauna de áreas úmidas no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 167p. 2002 HARRIS, L. D. The fragmented forest: island biogeography theory and the preservation of biotic diversity. Chicago: University of Chicago Press. 229p. 1984. HAYER, F. E.; SCHARF, P. A.; RIDGELY, R. S. Austral bird migrants in Paraguay. The Condor 96:83-97. 1994. HEYER, W.R., DONNELLY, M.A., MCDIARMID, R.W., HAYEK, L.C.; FOSTER, M.S. Measuring and monitoring biological diversity. Standard methods for Amphibians. Smithsonian Institution Press, Washington. 1994. HUMPHREYS, W. 2006. Aquifers: the ultimate groundwater-dependent ecosystems. Australian Journal of Botany. 54:115–132. INSTITUTO ARARA AZUL Projeto Arara Azul. 2009. Disponível em <http://www.projetoararaazul.org.br/Arara/>. Acesso em: 05 de abril de 2009. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, IBGE. Censo Demográfico. IBGE. Brasília: DF. 2000. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em: 11 de junho de 2012. INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS, IBAMA. Lista nacional das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. 2007. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/sbf/fauna/index.cfm>. Acesso em: 20 de abril de 2012. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 disponível em <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em: 11 de junho de 2012. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, IBGE. IBGE, Assistência Médica Sanitária 2009. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em: 11 de junho de 2012. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, IBGE. 2010a. Censo Demográfico. IBGE. Brasília: DF. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em: 11 de junho de 2012.

Page 96: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. 2010b. Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2009. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso em: 11 de junho de 2012. INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE AND NATURAL Resources, IUCN. IUCN Red List of Threatened Species. (2008) Disponível em <http//:www.iucnredlist.org>. Acesso em: 02 de abril de 2009. JANSEN, D. H. The eternal external threat. Em: Soulé, M. E. Conservation biology: the science of scarcity and diversity. Sinauer Associates. Pp.286-303. 1986. KREBS, C.J. Ecological methodology. Harper & Row, New York. 1989. KUSHLAN, J.A. Freshwater marshes. In: MYERS, R. L.; EWEL, J.J., eds. Ecosystems of Florida. Orlando, FL: University of Central Florida Press: 324-363. 1991. LAPS, R. R.; CORDEIRO, P. H. C.; KAJIWARA, D.; RIBON, R.; RODRIGUES, A. A. F.; UEJIMA, A. Aves. Pp. 154-181. Em: Ministério do Meio Ambiente [MMA] (2003) Fragmentação de ecossistemas – causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Brasília: MMA, Secretaria de Biodiversidade e Florestas. 508p. 2003. LOBO, H. A. S.; MORETTI, E. C. 2009. Sustentabilidade Ecológica do Espeleoturismo na Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul. Turismo em Análise, v.20, n.1, p.151-167. FORMAN, R. T. T. Land Mosaics: the ecology of landscapes and regions. Cambridge: Cambridge Univesity Press. In: Accordi, I. A. (2003) Estrutura espacial e sazonal da avifauna e considerações sobre a conservação de aves aquáticas em uma área úmida no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 171p. 1995. LUNDBERG, J. et al. Mobile link organisms and ecosystem functioning: implications for ecosystem resiliense and management. Ecosystems, 6:87-98. Em: Silva, R. R. V. (2007) Avifauna de áreas úmidas no município de Caxias do Sul, RS. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 167p. 2003 LYTLE, D. A. & POFF, N. L. Adaptation to natural flow regimes. Trends in Ecology and Evolution, 19:94-100. Em: SILVA, R. R. V. (2007) Avifauna de áreas úmidas no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 167p. 2004. MEIRELES, M. L.; GUIMARÃES, A. J. M.; OLIVEIRA, R. C. DE; ARAÚJO, G. M.; RIBEIRO, J. F. Impactos sobre o estrato herbáceo de Áreas Úmidas do Cerrado. In: AGUIAR, L. M. S. & CAMARGO, A. J. A. (ed.) CERRADO: ecologia e caracterização. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados. p. 41-68. 2004. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. Lista nacional das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Brasília: Ministério do Meio Ambiente. 2003.

Page 97: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Disponível em < http://www.mma.gov.br/port/sbf/fauna/index.cfm>. Acesso em: 10 de outubro de 2008. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. Lista das espécies de aves migratórias ocorrentes no Brasil. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, IBAMA/CEMAVE. 2005. Disponível em <http://www.ibama.gov.br/cemave/download.php?id_download=52>. Acesso em; 10 de abril de 2009. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. Política Nacional de Biodiversidade: roteiro de consulta para a elaboração de uma proposta. Brasília: MMA. 48 p. 2000. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. Espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Instrução Normativa Nº 003. 19p. 2003 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MMA. Avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros. MMA/SBF, Brasília. 2002. MISSOURI BOTANICAL GARDEN. Missouri Botanical Garden W3 Tropicos. Vascular Trópicos Nomenclatural Database no ar desde 1995. (2008) Disponível em <http://www.mobot.org/W3T/Search/vast.html>. Acesso em: 10 de abril de 2009. MITSCH, W.J.; GOSSELINK, J.G. Wetlands. New York: Van Nostrand Reinhold. 722 p. 2. ed. 1993. MORRONE, J.J. Biogeographic areas and transition zones of latin america and the caribbean islands based on panbiogeographic and cladistic analyses of the entomofauna. Annu. Rev. Entomol. 51:467-494. 2006. NEGRET, A. Fluxos migratórios na avifauna da reserva ecológica do IBGE, Brasília, DF, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia. 5:209-214. Em: SILVA, R. R. V. (2007) Avifauna de áreas úmidas no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 167p. 1988. NEIFF, J. J. Ell regimen de pulsos en rios y grandes humedales de Sudamerica. PP.90- 139. Em: ACCORDI, I. A. (2003) Estrutura espacial e sazonal da avifauna e considerações sobre a conservação de aves aquáticas em uma área úmida no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 171p. 1999. NETO, J. L. B. 2010. Cavernas inundadas na Serra da Bodoquena. O Carste, 2:34-38. NOTARE, M. Plantas hidrófilas e seu cultivo em aquário. Ed. Sulamérica e Flora Bleher, Rio de Janeiro. 1992.

Page 98: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

PIVATTO, M. A. C.; MANÇO, D. D. G.; STRAUBE, F. C.; URBEN-FILHO, A. & MILANO, M. Aves do Planalto da Bodoquena, Mato Grosso do Sul (Brasil). Atualidades Ornitológicas. 129:28. 2006. Disponível em <http://www.ao.com.br/download/bodoquen.pdf>. Acesso em: 13 de abril de 2009. PIZO, M. A. A conservação das aves frugívoras. Pp.49-59. Em: ALBUQUERQUE, J. L. B.; CANDIDO-JUNIOR, J. F.; STRAUBE; F. C.; ROOS, A. L. (2001) Ornitologia e conservação, da ciência às estratégias. Tubarão: Editora Unisul. 2001 POTT, A.; POTT V. J.; SCIAMARELLI, A; SARTORI Â. L. B; SCREMIN-DIAS, E.; JACQUES, E. DE L.; ARAGAKI, S.; NAKAJIMA, J.N. ; ROMERO R.; CRISTALDO, A. C. DE M.; DAMASCENO-JUNIOR, G. A. Flora - Inventário das Angiospermas no Complexo Aporé-Sucuriu In: PAGOTTO, T. C. S.; SOUZA, P. R. de (Org.) . Biodiversidade do complexo Aporé-Sucuriu - Subsídios à conservação e manejo do cerrado - Área prioritária 316. Pgs. 45-66, Campo Grande:UFMS. 2006. POTT, A.; POTT, V.J. Plantas do Pantanal. Brasilia, EMBRAPA. 320p. 1994. POTT, V.J.; POTT, A. Plantas aquáticas do Pantanal. Brasília: Embrapa. 404p. 2000. PRADO, D.E.; GIBBS, P.E. Patterns of species distributions in the dry seasonal forests of South America. Ann. Mo. Bot. Gard. 80:902-927. 1993. PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. 3ª.impressão. – Londrina: 328p. 2002. PRIMACK, R.B. Essentials of Conservation Biology. Sinauer, Sunderland. 2002. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD. 2000. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Disponível em <http://www.pnud.org.br/IDH/Atlas2003.aspx?indiceAccordion=1&li=li_Atlas2003>. Acesso em; 11 de junho de 2012. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BONITO. Identificação das áreas úmidas do Rio Formoso a montante da MS 178. Promotoria de Justiça de Bonito. 279 p. 2008. RAMSAR. 2009. Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional Especialmente como Hábitat de Aves Aquáticas. Disponível em <http://www.ramsar.org/ >. Acesso em; 13 de abril de 2009. REATTO, A.; CORREA, J. R.; SPERA, S. T. Solos do Bioma Cerrado: aspectos pedológicos. Capítulo 2, 47-83. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: Embrapa-CPAC, 556 p. 1998. REIS, N.R., PERACCHI, A.L., PEDRO, W.A.; I.P. LIMA. (Eds.). Mamíferos do Brasil. Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil. 437p. 2006.

Page 99: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

REYS, P. Frugivoria e dispersão de sementes por vertebrados na mata ciliar e no rio Formoso em Bonito/MS. Dissertação de Mestrado, UNESP, Rio Claro, SP. 2002 RICKLEFS, R. E. A Economia da Natureza. Editora Guanabara Koogan, 5ª ed. Rio de Janeiro, RJ. 503p. 2003. ROBSON, R. et al. The importance of arable hábitat for farmland birds in grassland landscapes. Jounal of Applied Ecology, 38:1059-1069. Em: SILVA, R. R. V. (2007) Avifauna de áreas úmidas no município de Caxias do Sul, RS. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 167p. 2001 RODRIGUES, R. R.; LEITÃO-FILHO, H. F. Mata ciliares, conservação e recuperação. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. 320p. 2000. RYLANDS, A.B.; BRANDON, K. Brazilian protected areas. Conservation Biology 19: 612-618. 2005. SALLUN FILHO, W.; KARMANN, I. 2012. Províncias cársticas e cavernas no Brasil. In: HASSUI, Y.; CARNEIRO, C. D. R.; ALMEIDA, F. F. M.; BARTORELLI, A. (Org.). Geologia do Brasil. São Paulo: Beca, p. 629-641. SALLUN FILHO, W.; KARMANN, I. 2007. Geomorphological map of the Serra da Bodoquena karst, west-central Brazil. Journal of maps, p.282-295. SALLUN-FILHO, W.; KARMANN, I.; BOGGIANI, P. C. 2004. Paisagens cársticas da Serra da Bodoquena, MS. In: MANTESSO, V. N.; BARTORELLI, A.; CARNEIRO, C. D. R.; BRITO NEVES, B. B. (Org.). Geologia do continente Sul-Americano: Evolução da Obra de Fernando Flavio Marques de Almeida. 1° e, .São Paulo, 425-433. SANESUL/TAHAL. Estudos hidrogeológicos de Mato Grosso do Sul. Relatório Final. Vol. II/V, 2002. SAUNDERS, D. L. et al. 2002. Freshwater protected areas: strategies for conservation. Biology and Conservation, 16:30-41. SCREMIN-DIAS, E. O retorno à origem aquática. In: SCREMIN-DIAS, E., POTT, V.J., HORA, R.C. da, SOUZA, P.R. de.(Eds) Nos Jardins Submersos da Bodoquena: guia para identificação de plantas aquáticas de bonito e região. Ed. UFMS, Campo Grande. 160p. 1999. SCULTHORPE, C.D. The biology of aquatic vascular plants. Eduard Arnold, London. In: SHAW, S.P. & FREDINE, C.G.1956. Wetlands of the United States, Their Extent, and their Value for Waterfowl and other Wildlife, U. s. Department of Interior, Fish and Wildlife Service, Circular 39, Washington, D. C. 67 pp. 1967. SEBRAE 2012. Desenvolvimento Econômico Territorial no Mato Grosso do sul – Bonito. Disponível em:

Page 100: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/MS/Anexos/Mapa%20Oportunidades/BONITO.pdf . Acesso em 15 de junho de 2016. SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 862 p. 1997. SOCIEDADE BRASILEIRA DE HERPETOLOGIA, SBH. Brazilian amphibians – List of species. 2009. Disponível em: <http://www.sbherpetologia.org.br>. Acesso em: 20 de abril de 2009. SILVA, J. M. C. Birds of the Cerrado Region, South America. Steenstrupia. 21: 69-92. Silva, J. M. C. (1997) Endemic bird species and conservation in the Cerrado Region, South America. Biodiversity and Conservation. 6: 435-450. 1995. SILVA, J. A.; RIBEIRO, M.; WESCHENFELDER, W. J.; ALCAYAGA, E. A. L.; RAMOS, R.A. Estudo das comunidades de aves aquáticas em dois pontos do sistema de banhados da Lagoa dos Gateados, município de Mostardas, Rio Grande do Sul, Brasil. Universidade de Santa Cruz do Sul, RS. 2004. SILVA, M. P.; MAURO, R. A.; SANTOS, J. C. C. dos; PIRES, P. P. Gestão do uso e conservação de água em sistemas Pecuários no cerrado. Campo Grande: Embrapa Gado de Corte. 24 p. Embrapa Gado de Corte. Documentos, n. 148. 2004 SILVA, R. R. V. Avifauna de áreas úmidas no município de Caxias do Sul, RS. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 167p. 2007. SOUSA, B.P.C. de; LASTORIA, G. Contribuição a caracterização da situação atual da explotação as águas subterrâneas na cidade de Bonito – MS. Anais do XXVII Congresso Brasileiro de Espeleologia. Januária, MG, 04-14 de julho de 2003. Disponível em <http://www.sbe.com.br/anais27cbe/27cbe_089-092.pdf>. Acesso em: 10 de junho de 2012. SPICHIGER, R. CALENGE, C.; BISE, B.. Geographical zonation in the Neotropics of tree species characteristic of the Paraguay-Parana Basin. J. Biogeogr. 31:1489-1501. 2004 STOTZ, D. F.; FITZPATRICK, J. W.; PARKER III, T. A.; MOSKOVITS, D. K. 1996. Neotropical birds: ecology and conservation. Chicago: University of Chicago Press. In: Accordi, I. A. Estrutura espacial e sazonal da avifauna e considerações sobre a conservação de aves aquáticas em uma área úmida no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 171p. 2003. STRAUBE, F. C.; URBEN-FILHO, A. Avifauna do Corredor de Biodiversidade Miranda - Serra da Bodoquena: composição, biogeografia e conservação. In: Brambilla, M. e Pellin, A. [coord.] (2006) Projeto Corredor de Biodiversidade Miranda/Serra da Bodoquena: Ações Prioritárias do Plano de Conservação e Implementação.

Page 101: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Fundação Neotrópica do Brasil e Conservação Internacional do Brasil. Campo Grande. 434p. 2006. STRAUBE, F. C.; URBEN-FILHO, A.; NUNES, A. P.; TOMÁS, W. M.; VIEIRA-DA-ROCHA, M. C. Avifauna do Pantanal de Nabileque (Mato Grosso do Sul, Brasil. Atualidades Ornitológicas. 134 (6). 2006a. STRAUBE, F. C.; URBEN-FILHO, A.; PIVATTO, M. A. C.; NUNES, A. P.; TOMÁS, W. M. Nova contribuição à ornitologia do Chaco brasileiro (Mato Grosso do Sul, Brasil. Atualidades Ornitológicas. 134 (6). 2006b. STRÜSSMANN, C.; PRADO, C.P.A.; UETANABARO, M.; FERREIRA, V. L. Levantamento de anfíbios e répteis de localidades selecionadas na porção sul da planície alagada do Pantanal e Cerrado do entorno, Mato Grosso do Sul, Brasil. In Uma avaliação ecológica dos ecossistemas aquáticos do Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil . P.W. WILLINK, B. CHERNOFF, L.E. ALONSO, J.R. MONTAMBAULT & R. LOURIVAL(eds.). Conservation International. Washington, DC, p. 219-223. 2000. SUSO, J.; LLAMAS, M.R. Influence of groundwater development on the Donana Nacional Park ecosystems. Jornal of Hydrology, 141: 239-269. 1993. TEIXEIRA, R.C., CORREA, C.E.; E. FISCHER. Frugivory by Artibeus jamaicensis (Phyllostomidae) bats in the Pantanal, Brazil. Studies on Neotropical Fauna and Environment 44: 7-15. 2009. TRAJANO, E. 2001. Ecology of subterranean fishes: an overview. Environmental Biology of Fishes, 62:133-160. TRAJANO, E.; BICHUETTE, M. E. 2010. Diversity of Brazilian subterranean invertebrates,with a list of troglomorphic taxa. Subterranean Biology, 7:1-16. TUBELIS, D. P E TOMAS, W. M. Birds species of the Pantanal wetland, Brazil. Revista Brasileira de Ornitologia, 11(1): 5-37. 2003. UETANABARO, M., SOUZA, F.L., LANDGREF FILHO, P., BEDA, A.F.; BRANDÃO, R.A. Anfíbios e répteis do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, Mato Grosso do Sul, Brasil. Biota Neotropica, 7(3): 279-289. 2007. VASCONCELOS, M. F. Uma opinião crítica sobre a qualidade e a utilidade dos trabalhos de consultoria ambiental sobre avifauna. Atualidades Ornitológicas. 131:10-12. 2006. VAZ-SILVA, W.; GUEDES, A.G.; AZEVEDO-SILVA, P.L.; GONTIJO, F.F.; BARBOSA, R.S.; ALOÍSIO, G.R.; OLIVEIRA, F.C.G. Herpetofauna, Espora Hydroelectric Power Plant, state of Goiás, Brazil. Check List 3(4): 338-345. 2007.

Page 102: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

VELOSO, H.P., RANGEL-FILHO, A.L.R.; LIMA, J.C.A. Classificação da vegetação brasileira adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE. 124 p. 1991. VIELLIARD, J.M. E.; SILVA, W. R. Nova metodologia de levantamento quantitativo da avifauna e primeiros resultados no interior do Estado de São Paulo, Brasil. Em: Azevedo-Junior, S. [ed]. Anais do IV Encontro Nacional de Anilhadores de Aves. Recife: Universidade Federal Rural de Pernambuco. Pp. 117-151. 1990. VITT, L.J. The ecology of tropical lizards in the Caatinga of northeast Brazil. Paper Oklahoma Museum of Natural History. 1: 1-29. 1995. VIVO, M. Mammalian evidence of historical ecological change in the Caatinga semiarid vegetation of northeastern Brazil. Journal of Comparative Biology 2: 65-73. 1997. VIZOTTO L.D.; TADDEI, V.A.. Chave para determinação de quirópteros brasileiros. Edusp, São José do Rio Preto, Brasil. 1973. WATSON, J.; HAMILTON-SMITH, E.; GILLIESON, D.; KIERNAN, K. 1997. Guidelines for Cave and Karst Protection. Internacional Union for Conservation of Nature, 63p. WEAVER, J. E.; CLEMENTS, F. E. Plant Ecology. 2 ed. McGraw-Hill, New York. 1938. WIENS, J. A.. The ecology of bird communities, v2. Processes and variations. Cambridge University Press, Cambridge. 316p. Em: Silva, R. R. V. (2007) Avifauna de áreas úmidas no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 167p. 1989. WIENS, J. A.; STENSETH, N. C.; VAN HORNE, B.; IMS, R. A. (1993) Ecological mechanisms and landscape ecology. Oikos 66:369-380. In: Accordi, I. A. Estrutura espacial e sazonal da avifauna e considerações sobre a conservação de aves aquáticas em uma área úmida no Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 171p. 2003. WILLIS, E. O. 1988. Land-bird migration in São Paulo, southeastern Brazil. Em: Silva, R. R. V. Avifauna de áreas úmidas no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 167p. 2007

Page 103: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

ANEXOS Anexo 1 – Mapa Geomorfológico da Serra da Bodoquena proposto por Sallun-Filho e Karmann (2007).

Page 104: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Anexo 2. Espécies da flora inventariadas nas áreas úmidas da bacia hidrográfica dos rios Formoso e Prata, Bonito/MS

Táxon

Família Acanthaceae

Justicia laevilinguis Nees Lindau

Justicia sp. L.

Ruellia geminiflora Kunth

Ruellia sp. L.

Indeterminada

Família Alismataceae

Echinodorus aschersonianus Graebn

Echinodorus bolivianus Rusby Holn-Niels.

Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli

Echinodorus tenellus (Mart.) Buchenau

Sagittaria guayanensis H.B.K.

Família Amaranthaceae

Gomphrena elegans Mart.

Família Apiaceae

Eryngium pandanifolium Cham. &Schtdl.

Eryngium sp. L.

Hydrocotyle leucocephala Cham. &Schtdl.

Hydrocotyle ranunculoides L.f.

Família Apocynaceae

Rhabdadenia ragonesei Woodson

Rhabdadenia pohlii Müll.Arg.

Família Araceae

Pistia sp. L.

Xanthosoma sp. Schott

Família Arecaceae

Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.

Attalea phalerata (Mart. ex Spreng.) Burret

Mauritia flexuosa L.f.

Família Asclepiadaceae

Asclepias curassavica Gliseb.

Família Asteraceae

Asteraceae sp.

Asteraceae sp. 2

Aspilia cf. foliacea Baker

Baccharis dracunculifolia DC.

Baccharis incisa Hook & Arn.

Eclipta alba Hassk.

Eupatorium sp.L.

Eupatorium sp. 2 L.

Eupatorium sp. 3 L.

Eupatorium cf. candolleanum Hook. & Arn.

Eupatorium crenulatum Gardner.

Eupatorium hecathantum. Sch.Bip.

Page 105: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Eupatorium cf. maximilianii. Schrader

Eupatorium macrocephalum Less.

Gymnocoronis spilanthoides (G.Don) DC.

Mikania micrantha H.B.K.

Mikania sp. (Bechstein, 1793)

Vernonia brasiliana L. Druce

Vernonia rubricaulis Humb. & Bonpl.

Família Boraginaceae

Heliotropium cf. lagoense Warm. Gürk

Família Campanulaceae

Lobelia aquatica Cham.

Família Canaceae

Canna glauca L.

Família Characeae

Chara rusbyana Howe

Chara fibrosa Howe

Nitella cernua A. Braun

Nitella furcata Roxb. ex. Bruz. C. Agardh

Família Commelinaceae

Commelina schomburgkiana Klotzsc ex Seub.

Murdannia sp.

Família Convulvolaceae

Ipomoea asarifolia (Desf.) Roem. & Schult.

Ipomoea alba L.

Ipomoea sp.

Merremia umbellata L. Hallier f.

Família Cyperaceae

Ascolepis brasiliensis Kunth Benth. ex C.B. Clarke

Cladium jamaicense C. B. Clarke

Cyperus sp.

Cyperus sp. 2

Cyperus brevifolius Rottb Endl.ex Hassk

Eleocharis acutangula Roxb Schult

Eleocharis elegans Kunth Roem & Schult

Eleocharis interstincta (Valhl)

Eleocharis geniculata L. Roem & Schult.

Eleocharis mínima Kunth

Eleocharis sp.

Rhynchospora corymbosa (L.) Britt.

Rhynchospora trispicata (Nees)

Rhynchospora cf. velutina Kunth Boeck.

Família Euphorbiaceae

Acalypha cummunis Arg.

Caperonia castaneifolia L. A. St-Hil

Croton sp.

Phyllanthus cf. stipulatus Raf. G.L. Webster

Phyllanthus selowianus Klotzsch Müll. Arg.

Page 106: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Sapium hasslerianum Huber

Família Gesneriaceae

Gloxinia sylvatica Kunth Wiehler

Siningia elatior Kunth Chautems

Família Iridaceae

Sisyrinchium sp.

Família Lamiaceae

Hyptis lorentziana O. Hoffm.

Hyptis sp.

Leonurus sibyricus L.

Família Fabaceae

Erythrina speciosa Andrews

Indigofera lespezedioides Kunth

Indigofera sp.

Senna obtusifolia L. H.S. Irwin & Barneby

Senna occidentalis L. Link

Aeschynomene ciliata Vog.

Sesbania sp.

Mimosa nuda Benth.

Mimosa polycarpa Kunth

Mimosa sp. 1

Mimosa sp. 2

Família Haloragaceae

Myrophyllum aquaticum (Vellozo) Verdc.

Família Lentibulariaceae

Utricularia gibba L.

Família Lemnaceae

Lemna aequinoctialis Welw.

Lemna sp.

Spirodela intermedia W. Koch

Família Malvaceae

Melochia parviflora Loudon

Sida rhombifolia L.

Sida sp.

Família Melastomataceae

Acisanthera cf. alsinaefolia DC. Triana

Tibouchina gracilis Bonpl. Cogn.

Família Myrsinaceae

Rapanea guianensis Aubl.

Família Myrtaceae

Psidium guayaca Raddi

Família Najadaceae

Najas guadalupensis Spreng. Magnus

Família Nymphaeaceae

Nymphaeae gardneriana Planch.

Nymphaeae jamesoniana Planch.

Família Onegraceae

Page 107: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Ludwigia peruviana L. H. Hara

Ludwigia elegans Cambess. H. Hara

Ludwigia leptocarpa Nutt. H. Hara

Ludwigia nervosa Poir. H. Hara

Ludwigia sericea Cambess. H. Hara

Ludwigia sp.

Família Passifloraceae

Passiflora foetida L.

Família Piperaceae

Piper aduncum L.

Piper sp.

Família Poaceae

Andropogon hypogynus Hack.

Andropogon bicornis

Axonopus sp.

Brachiaria decumbens Stapf

Brachiaria subquadripara Trin. Hitchc.

Eragostris sp.

Eriochrysis cayannensis P. Beauv.

Família Plantaginaceae

Bacopa australis V.C. Souza

Família Polygonaceae

Polygonum acuminatum Kunth

Polygonum hydropiperoides Michx.

Polygonum punctatum Elliott

Família Pontederiaceae

Heteranthera reniformis Ruiz & Pav.

Heteranthera zosterifolia Mart.

Pontederia parviflora Alexander

Família Potamogetonaceae

Potamogeton illinoensis Morong

Família Pteridaceae

Acrostichum danaeifolium Langsd. & Fisch.

Pteris denticulata Sw.

Thelypteris patens

Thelypteris serrata

Família Rubiaceae

Borreria cf. verticillata L. G. Mey.

Família Solanaceae

Solanum viarum Dun.

Família Sapotaceae

Chrysophyllum marginatum Hook. & Arn. Radlk.

Família Typhaceeae

Typha domingensis Pers.

Família Thelypteridaceae

Thelypteris serrata L.

Família Urticaceae

Page 108: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Cecropia pachystachya Trécul

Família Verbenacae

Lippia sp.

Phyla reptans Kunth Greene

Família Xyridaceae

Xyris sp.

Algas filamentosas

Musgos

Page 109: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Anexo 3. Lista de espécies da herpetofauna encontrada no banhado e seu entorno, Bonito/MS. OD: Observação Direta; Voc: Vocalização; Ent: Entrevista.

Táxon Nome Popular Status Registro 2009 Registro

2012

ORDEM ANURA

Família Bufonidae

Rhinella scitula (Caramaschi & Niemeyer,

2003)

Sapo-folha OD, Voc OD, Voc

Família Dendrobatidae

Ameerega picta (Bibron in Tschudi, 1838) Rãzinha-colorida Voc

Família Hylidae

Dendropsophus minutus (Peters, 1872) Pererequinha-do-brejo OD, Voc Voc

Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) Pererequinha-do-brejo OD, Voc OD, Voc

Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) Perereca-cabrinha OD, Voc Voc

Hypsiboas punctatus (Schneide, 1799) Perereca-de-bolinha Voc

Hypsiboas raniceps Cope, 1862 Perereca-cabrona Voc

Scinax fuscomarginatus (A. Lutz, 1925) Pererequinha-do-brejo Voc

Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) Perereca-de-banheiro OD

Trachycephalus venulosus (Laurenti, 1768) Perereca-grudenta OD, Voc

Família Leiuperidae

Eupemphix nattereri Steindachner, 1863 Rã-quatro-olhos OD

Physalaemus albonotatus (Steindachner, 1864) Rã-chorona Voc

Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 Rã-cachorro Voc

Família Leptodactylidae

Leptodactylus chaquensis Cei, 1950 Rã-manteiga OD OD

Leptodactylus elenae Heyer, 1978 Rã-assobiadora OD Voc

Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) Rã-pingo-de-chuva OD OD, Voc

ORDEM SQUAMATA

Família Amphisbaenidae

Amphisbaena alba Linnaeus, 1758) Cobra-cega OD

Família Boidae

Boa constrictor Linnaeus, 1758 Jibóia Ent

Page 110: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Eunectes murinus (Linnaeus, 1758) Sucuri Ent OD, Ent

Família Colubridae

Drymarchon corais (Boie, 1827) Papa-pinto Ent

Spilotes pullatus (Linnaeus, 1758) Caninana Ent

Família Dipsadidae

Liophis poecilogyrus (Wied, 1825) Cobra-capim OD

Família Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès,

1818)

Lagartixa-doméstica Ent

Família Teiidae

Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) Calango OD, Ent OD

Tupinambis merianae (Duméril & Bibron, 1839) Teiú OD, Ent Ent

Família Scincidae

Mabuya nigropunctata (Spix, 1825) Calango OD

Família Tropiduridae

Tropidurus sp. Lagartixa Ent

Família Viperidae

Bothropoides jararaca (Wied, 1824) Jararaca Ent

Bothropoides mattogrossensis (Amaral, 1925) Boca-de-sapo Ent

Crotalus durissus Linnaeus, 1758 Cascavél OD, Ent Ent

ORDEM CROCODYLIA

Família Alligatorida

Caiman latirostris (Daudin, 1802) Jacaretinga OD, Ent

Page 111: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Anexo 4. Lista de espécies da avifauna encontrada no banhado e seu entorno, Bonito/MS. 1R: Residente, VN: Visitante sazonal oriundo do

hemisfério norte, D: Status desconhecido, E: Endêmica do Brasil, VS: Visitante sazonal oriundo do sul do continuente, ;2OD: Observação Direta,

Voc: Vocalização; 3B1:Pivatto et al. (2006), B2: Curso de observação de aves para guias de turismo em Bonito/MS (outubro de 2008), B3: Dados

não publicados de relatório técnico ambiental (março de 2010), B4: Registro durante visitas a Fazenda Canindé realizadas por Victor Nascimento.

Táxon Nome Popular Status Registro

2009 2

Registro

2012 2

Registro

Complementar 3

ORDEM STRUTHIONIFORMES

Família Rheidae

Rhea americana (Linnaeus, 1758) Ema R OD B1, B3

ORDEM TINAMIFORMES

Família Tinamidae

Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) Jaó R OD B1, B2

Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó R Voc OD B1, B2

Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) Perdiz R OD B1, B2, B3

Nothura maculosa (Temminck, 1815) Codorna-amarela R B4

ORDEM ANSERIFORMES

Família Anhimidae

Anhima cornuta (Linnaeus, 1766) Anhuma R B1

Família Anatidae

Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) Irerê R B1

Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato R B1

Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho R OD B2

ORDEM GALLIFORMES

Família Cracidae

Ortalis canicollis (Wagler, 1830) aracuã-do-pantanal R OD OD B1, B2

Aburria cumanensis (Jacquin, 1784) jacutinga-de-garganta-azul R OD OD B1, B2

Crax fasciolata Spix, 1825 mutum-de-penacho R OD B1

ORDEM CICONIIFORMES

Família Ciconiidae

Ciconia maguari (Gmelin, 1789) Maguari R B4

Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) Tuiuiú R B1

Mycteria americana Linnaeus, 1758 cabeça-seca R B1

ORDEM SULIFORMES

Page 112: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Família Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) Biguá R OD B1, B3

Família Anhingidae

Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) Biguatinga R OD B1, B2

ORDEM PELECANIFORMES

Família Ardeidae

Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) socó-boi R OD B3

Butorides striata (Linnaeus, 1758) Socozinho R OD B1, B3

Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira R OD

Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande R OD B3

Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira R B1

Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena R B1

Egretta caerulea (Linnaeus, 1758) garça-azul R B1

Família Threskiornithidae

Mesembrinibis cayennensis (Gmelin,

1789)

coró-coró R OD B1

Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823) tapicuru-de-cara-pelada R OD

Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) Curicaca R OD OD B2

Platalea ajaja Linnaeus, 1758 Colhereiro R B1

ORDEM CATHARTIFORMES

Família Cathartidae

Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha R OD B1, B2

Cathartes burrovianus Cassin, 1845 urubu-de-cabeça-amarela R OD OD B1, B3

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta R OD OD B1, B2, B3

Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758) urubu-rei R OD B1

ORDEM ACCIPITRIFORMES

Família Accipitridae

Circus buffoni (Gmelin, 1788) gavião-do-banhado R OD OD

Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) Sovi R B2

Busarellus nigricollis (Latham, 1790) gavião-belo R B1

Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) gavião-caramujeiro R B1, B2, B3

Geranospiza caerulescens (Vieillot, 1817) gavião-pernilongo R B1

Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo R OD

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó R OD OD B1, B2

Page 113: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Geranoaetus albicaudatus (Vieillot, 1816) gavião-de-rabo-branco R OD B3

ORDEM FALCONIFORMES

Família Falconidae

Caracara plancus (Miller, 1777) Caracará R OD OD B1, B3

Milvago chimachima (Vieillot, 1816) Carrapateiro R Voc OD

Herpetotheres cachinnans (Linnaeus,

1758)

Acauã R Voc B1

Falco sparverius Linnaeus, 1758 Quiriquiri R B1

Falco femoralis Temminck, 1822 falcão-de-coleira R OD OD B1, B3

ORDEM GRUIFORMES

Família Aramidae

Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) Carão R OD OD B1, B3

Família Rallidae

Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes R OD B1

Laterallus melanophalus (Vieillot, 1819) Sanã-parda R B4

Porzana albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó R OD

Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) frango-d'água-azul R B1

ORDEM CARIAMIFORMES

Família Cariamidae

Cariama cristata (Linnaeus, 1766) Seriema R OD B1, B2

ORDEM CHARADRIIFORMES

Família Charadriidae

Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero R OD OD B1, B2, B3

Família Recurvirostridae

Himantopus melanurus Vieillot, 1817 pernilongo-de-costas-

brancas

R OD

Família Scolopacidae

Tringa solitaria Wilson, 1813 maçarico-solitário VN OD

Família Jacanidae

Jacana jacana (Linnaeus, 1766) Jaçanã R OD OD

ORDEM COLUMBIFORMES

Família Columbidae

Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa R OD OD B1

Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou R OD B1, B3

Page 114: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Columbina picui (Temminck, 1813) rolinha-picui R OD

Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) Pombão R OD OD B1, B3

Patagioenas cayennensis (Bonnaterre,

1792)

pomba-galega R OD

Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) pomba-de-bando R OD B1

Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu R OD OD B1, B2

ORDEM PSITTACIFORMES

Família Psittacidae

Anodorhynchus hyacinthinus (Latham,

1790)

arara-azul-grande R B1

Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé R OD

Ara chloropterus Gray, 1859 arara-vermelha-grande R OD OD B1, B2

Aratinga leucophthalma (Statius Muller,

1776)

periquitão-maracanã R OD B1, B2

Aratinga aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei R OD OD B1, B2, B3

Pyrrhura devillei (Massena & Souancé,

1854)

tiriba-fogo R OD B1, B2

Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) periquito-de-encontro-

amarelo

R OD OD B1, B2, B3

Alipiopsitta xanthops (Spix, 1824) papagaio-galego R OD OD

Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) maitaca-verde R B1, B2

Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) Curica R OD

Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) papagaio-verdadeiro R OD

ORDEM CUCULIFORMES

Família Cuculidae

Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato R OD OD B1, B2

Crotophaga major Gmelin, 1788 anu-coroca R B1, B2

Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto R OD OD B1, B3

Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco R OD OD B1, B2

Tapera naevia (Linnaeus, 1766) Saci R B1, B4

ORDEM STRIGIFORMES

Família Strigidae

Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) Caburé R OD OD B1, B2

ORDEM CAPRIMULGIFORMES

Page 115: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Família Nyctibiidae

Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua R Voc

Família Caprimulgidae

Antrostomus rufus (Boddaert, 1783) joão-corta-pau R B1

Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) Bacurau R OD

Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) Corucão R OD

ORDEM APODIFORMES

Família Apodidae

Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-temporal R OD

Tachornis squamata (Cassin, 1853) andorinhão-do-buriti R OD

Família Trochilidae

Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre,

1839)

rabo-branco-acanelado R OD OD B1, B2, B3

Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) besourinho-de-bico-

vermelho

R OD B2

Hylocharis chrysura (Shaw, 1812) beija-flor-dourado R OD B1

Polytmus guainumbi (Pallas, 1764) beija-flor-de-bico-curvo R OD

ORDEM TROGONIFORMES

Família Trogonidae

Trogon curucui Linnaeus, 1766 surucuá-de-barriga-

vermelha

R Voc B1, B3

ORDEM CORACIIFORMES

Família Alcedinidae

Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande R B1, B3

Chloroceryle amazona (Latham, 1790) martim-pescador-verde R OD B1, B2, B3

Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-pequeno R OD OD B1, B3

Família Momotidae

Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu-de-coroa-azul R OD B1, B2

ORDEM GALBULIFORMES

Família Galbulidae

Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba-de-cauda-ruiva R B1

Família Bucconidae

Nystalus striatipectus (Sclater, 1854) rapazinho-do-chaco R OD B1

ORDEM PICIFORMES

Page 116: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Família Ramphastidae

Ramphastos toco Statius Muller, 1776 Tucanuçu R OD OD B1, B2

Pteroglossus castanotis Gould, 1834 araçari-castanho R OD B1

Família Picidae

Picumnus cirratus Temminck, 1825 pica-pau-anão-barrado R B2

Picumnus albosquamatus d'Orbigny, 1840 pica-pau-anão-escamado R OD OD B1

Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco R OD B1, B2

Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão R OD B2

Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) pica-pau-verde-barrado R OD B1

Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo R OD B1

Celeus lugubris (Malherbe, 1851) pica-pau-louro R OD OD B1

Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca R B1

Campephilus melanoleucos (Gmelin,

1788)

pica-pau-de-topete-

vermelho

R OD OD

ORDEM PASSERIFORMES

Família Thamnophilidae

Formicivora rufa (Wied, 1831) papa-formiga-vermelho R OD OD B1

Herpsilochmus longirostris Pelzeln, 1868 chorozinho-de-bico-

comprido

R OD B1

Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) choca-barrada R Voc OD B1, B3

Taraba major (Vieillot, 1816) choró-boi R Voc OD B1

Família Dendrocolaptidae

Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde R B1

Campylorhamphus trochilirostris

(Lichtenstein, 1820)

arapaçu-beija-flor R B1

Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot,

1818)

arapaçu-de-cerrado R OD OD B1

Dendrocolaptes platyrostris Spix, 1825 arapaçu-grande R OD OD B1, B2

Família Furnariidae

Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro R OD OD

Hylocryptus rectirostris (Wied, 1831) fura-barreira R

Philydor rufum (Vieillot, 1818) limpa-folha-de-testa-baia R B1, B2

Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) Curutié R OD

Schoeniophylax phryganophilus bichoita R B4

Page 117: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Synallaxis albescens Temminck, 1823 uí-pi R B1

Synallaxis hypospodia Sclater, 1874 joão-grilo R OD

Família Tyrannida

Pipra fasciicauda Hellmayr, 1906 uirapuru-laranja R OD

Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) Soldadinho R B1, B2

Família Tityridae

Tityra inquisitor (Lichtenstein, 1823) anambé-branco-de-

bochecha-parda

R OD

Tityra cayana (Linnaeus, 1766) anambé-branco-de-rabo-

preto

R OD

Família Tyrannoidea

Platyrinchus mystaceus Vieillot, 1818 Patinho R B1

Leptopogon amaurocephalus Tschudi,

1846

Cabeçudo R OD

Todirostrum maculatum (Desmarest,

1806)

Ferreirinho-estriado R

Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) ferreirinho-relógio R B1

Hemitriccus margaritaceiventer

(d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)

sebinho-de-olho-de-ouro R OD OD B1, B2

Família Tyrannidae

Camptostoma obsoletum (Temminck,

1824)

Risadinha R OD OD B2, B3

Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-

amarela

R OD OD B1, B3

Elaenia spectabilis Pelzeln, 1868 guaracava-grande R OD

Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) guaracava-cinzenta R OD

Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817) guaracava-de-crista-

alaranjada

R OD B2

Culicivora caudacuta (Vieillot, 1818) Papa-moscas-do-campo R B4

Polystictus pectoralis (Vieillot, 1817) Papa-moscas-canela R B4

Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira R OD OD B2

Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) Gritador R Voc

Casiornis rufus (Vieillot, 1816) maria-ferrugem R OD

Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi R OD OD

Page 118: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Philohydor lictor (Lichtenstein, 1823) bentevizinho-do-brejo R B1

Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro R OD OD B1, B3

Myiodynastes maculatus (Statius Muller,

1776)

bem-te-vi-rajado R B1

Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) Neinei R OD OD B1, B2

Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) bentevizinho-de-asa-

ferrugínea

R OD OD B1, B2, B3

Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 Suiriri R OD B1

Tyrannus savana Vieillot, 1808 Tesourinha R B1

Colonia colonus (Vieillot, 1818) Viuvinha R OD

Myiophobus fasciatus (Statius Muller,

1776)

Filipe R OD B1

Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) Príncipe R OD B1

Fluvicola albiventer (Spix, 1825) lavadeira-de-cara-branca R B1, B3

Arundinicola leucocephala (Linnaeus,

1764)

Freirinha R B1, B3

Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) tesoura-do-brejo R OD B1, B3

Alectrurus tricolor (Vieillot, 1816) Galito R OD

Alectrurus risora (Vieillot, 1824) tesoura-do-campo D B4

Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) suiriri-pequeno R OD B4

Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) Primavera R B1, B3

Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) noivinha-branca R OD B1, B3

Família Vireonidae

Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) Pitiguari R OD OD B1, B2

Família Corvidae

Cyanocorax cyanomelas (Vieillot, 1818) gralha-do-pantanal R OD OD B1

Cyanocorax chrysops (Vieillot, 1818) gralha-picaça R OD OD B1, B2

Família Hirundinidae

Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora R OD

Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo R OD B1

Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) andorinha-do-rio R B1, B3

Família Troglodytidae

Troglodytes musculus Naumann, 1823 Corruíra R OD

Campylorhynchus turdinus (Wied, 1831) Catatau R OD B1, B2

Page 119: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819) garrinchão-de-bico-grande R, E B1

Família Donacobiidae

Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) Japacanim R OD OD B1, B2

Família Polioptilidae

Polioptila dumicola (Vieillot, 1817) balança-rabo-de-máscara R B2

Família Turdidae

Turdus rufiventris Vieillot, 1818 sabiá-laranjeira R OD OD B1, B2

Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco R OD OD B1, B2

Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca R OD B1

Família Mimidae

Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo R OD OD B1, B3

Mimus triurus (Vieillot, 1818) calhandra-de-três-rabos VS OD

Família Motacillidae

Anthus lutescens Pucheran, 1855 caminheiro-zumbidor R OD

Família Thraupidae

Saltator coerulescens Vieillot, 1817 sabiá-gongá R OD OD B1, B3

Saltator similis d'Orbigny & Lafresnaye,

1837

trinca-ferro-verdadeiro R B1

Saltatricula atricollis (Vieillot, 1817) bico-de-pimenta R OD OD

Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta R OD OD B1, B2

Ramphocelus carbo (Pallas, 1764) pipira-vermelha R OD OD B1, B2

Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) tico-tico-rei R OD

Lanio penicillatus (Spix, 1825) pipira-da-taoca R OD OD B2

Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaçu-cinzento R OD OD B1, B2, B3

Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro R OD OD B1

Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela R OD

Paroaria capitata (d'Orbigny &

Lafresnaye, 1837)

Cavalaria R OD B1, B3

Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha R OD OD B1, B2

Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul R OD

Família Emberizidae

Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) tico-tico-do-campo R OD OD B1

Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro R OD OD B1

Sicalis luteola (Sparrman, 1789) Tipio R OD B4

Page 120: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Emberizoides herbicola (Vieillot, 1817) canário-do-campo R OD OD

Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) Tiziu R OD OD B3

Sporophila plumbea (Wied, 1830) Patativa R OD B1

Sporophila collaris (Boddaert, 1783) coleiro-do-brejo R OD OD B3

Sporophila nigricollis OD B3

Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) Coleirinho R OD OD

Sporophila leucoptera (Vieillot, 1817) Chorão R B3

Sporophila cinnamomea (Lafresnaye,

1839)

caboclinho-de-chapéu-

cinzento

R OD

Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) Curió OD B1

Família Parulidae R

Parula pitiayumi (Vieillot, 1817) Mariquita R B1

Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789) pia-cobra R OD OD

Basileuterus hypoleucus Bonaparte, 1830 pula-pula-de-barriga-

branca

R OD B1, B2

Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) canário-do-mato R OD B1, B2

Família Icteridae R

Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) Japu R B1

Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) Guaxe R OD B1, B2, B3

Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) Inhapim R OD

Icterus croconotus (Wagler, 1829) joão-pinto OD B1, B3

Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) Graúna OD B1

Pseudoleistes guirahuro (Vieillot, 1819) chopim-do-brejo R OD OD B1, B2, B3

Molothrus rufoaxillaris Cassin, 1866 vira-bosta-picumã R B1

Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) iraúna-grande R OD B1

Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta R OD B1

Família Fringillidae

Sporagra magellanica (Vieillot, 1805) Pintassilgo R OD B1

Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim R Voc OD B1, B2

Page 121: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Anexo 5. Lista de espécies da mastofauna encontrada no banhado e seu entorno, Bonito/MS. VU: Vulnerável; EM: Em Perigo; OD: Observação Direta; Voc: Vocalização; Ent: Entrevista; Peg: Pegada; Fez: Fezes; Cap: Captura.

Táxon Nome Popular Status Registro 2009 Registro

2012

ORDEM ARTIODACTYLA

Família Cervidae

Blastocerus dichotomus (Illiger, 1815) Cervo-do-Pantanal VU Ent

Mazama americana (Erxleben, 1777) Veado-mateiro Ent

Mazama gauazouriba (Fischer, 1814) Veado-catingueiro OD, Ent OD, Ent

Ozotoceros bezoarticus (Linnaeus, 1758) Veado-campeiro Ent

ORDEM CARNIVORA

Família Canidae

Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) Lobinho OD, Ent Peg, Ent

Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815) Lobo-guará VU Ent OD, Peg, Ent

Pseudolopex veturus Raposinha Ent

Família Felidae

Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) Jaguatirica VU Ent

Leopardus colocolo (Molina, 1782) Gato-palheiro Ent

Panthera onca (Linnaeus, 1758) Onça-pintada VU Ent

Puma concolor (Linnaeus, 1771) Onça-parda VU Ent Peg, Ent

Puma yagouaroundi (É Geoffory Saint-Hilare,

1803)

Gato-mourisco Ent

Família Mustelidae

Eira Barbara (Linnaeus, 1758) Irara Ent

Lontra longicaudis (Olfers, 1818) Lontra OD, Ent

Pteronura brasiliensis (Gmelin, 1788) Ariranha VU Ent

Família Procyonidae

Nasua nasua (Linnaeus, 1766) Quati OD, Ent OD, Peg, Ent

Procyon cancrivorus (G. [Baroh] Cuvier, 1798) Mão-pelada Ent Peg, ent

ORDEM DIDELMORPHIA

Família Didelphidae

Didelphis albiventris (Lund, 1840)) Gambá-de-orelha-branca Ent

ORDEM LAGOMORPHA

Família Leporidae

Page 122: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados

Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) Tapeti OD, Ent

ORDEM PERISSODACTYLA

Família Tapiridae

Tapirus terrestris Linnaeus, 1758 Anta EN Peg, Fez, Ent Peg, Ent

ORDEM PRIMATES

Família Atelidae

Alouatta caraya (Humboldt, 1812) Bugio-preto OD, Ent

Família Cebidae

Cebus paella Illiger, 1815 Macaco-prego OD, Ent OD, Ent

ORDEM RODENTIA

Família Caviidae

Cuniculus paca (Linnaeus, 1758) Paca Ent

Dazyprocta azarae Lichtenstein, 1823 Cutia OD, Fez, Ent

Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) Capivara OD, Peg, Fez,

Ent

Fez, Ent

Família Erethisontidae

Coendou prehensilis (Linnaeus, 1758) Ouriço Ent

ORDEM XENARTHRA

Família Dasypodidae

Cabassous unicinctus (Linnaeus, 1758) Tatu-de-rabo-mole-pequeno OD, Ent

Dasypus novemcinctus (Linnaeus, 1758) Tatu-galinha OD, Ent

Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) Tatu-peba OD, Ent Ent

Família Myrmecophagidae

Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758) Tamanduá-bandeira VU OD, Ent Ent

Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) Tamanduá-mirim OD, Ent Ent

ORDEM CHIROPTERA

Família Phyllostomidae Cap

Artibeus planirostris Cap

Carollia perspicillata Cap

Chrotopterus auritus Cap

Platyrrhinus lineatus Cap

Sturnira lilium Cap

Família Vespertilionidae

Myotis nigricans Cap

Page 123: ESTUDOS PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE … · eficientes instrumentos para a conservação genética de espécies e ecossistemas na ... como uma das principais ... incluindo 17 estados