31
Análise da microestrutura preparação de amostras Micrografia [4] 1> Etapas: Inspeção preliminar Critérios para análise Extração da amostra (corte) Montagem e identificação da amostra Desbaste (lixamento) Acabamento (polimento) Revelação da microestrutura (ataque) Análise da microestrutura

¾Etapas: Inspeção preliminar Critérios para análise ... · Montagem e identificação da amostra Desbaste (lixamento) Acabamento (polimento) Revelação da microestrutura (ataque)

Embed Size (px)

Citation preview

Análise da microestrutura preparaçãode amostras

Micrografia [4]

1>

Etapas: Inspeção preliminarCritérios para análiseExtração da amostra (corte)Montagem e identificação da amostraDesbaste (lixamento)Acabamento (polimento)Revelação da microestrutura (ataque)Análise da microestrutura

micrografia

2>

1) Inspeção preliminar: permite obter informações básicas do material, principalmente de caráter qualitativo, que maisdificilmente serão conseguidas com a extraçãoda amostra.

aspecto da superfície;aspecto da falha / fratura (dúctil/frágil);dureza (ação da lima);composição química (centelhas no esmeril);magnetismo;sonoridade;

micrografia

3>

2) Critérios de análise: definição de quais parâmetros estruturaisdeverão ser investigados na amostra em preparação.

Micrografia: tamanho de grão, microconstituintes,proporção e dispersão de fases, inclusões, microsegregação.

micrografia

4>

3) Extração da amostra (corte): Transversal

LocalizaçãoLongitudinal

corte transversal:natureza do material homogeneidadesegregaçãopresença de defeitosmorfologia dendrítica

corte longitudinal: processo de fabricaçãoroscasqualidade de soldatratamentos superficiais

T L

micrografia

5>

Corte por serramento mecânico:

Aplicado em materiaisem geral, permite bomcontrole do corte. Nãoaplicável a materiaismuito duros.

Fonte: Guia de Ferramentas ABF

micrografia

6>

Corte com disco abrasivo:

O corte feito comdiscos de corteabrasivo, sob refrigeração, possibilita obtersecções comboa qualidade ebaixo nível de modificações naestrutura daamostra.

Fonte: Catálogo Strüers

micrografia

7>

Disco abrasivo: fabricado com partículas de material cerâmico (Al2O3 ou SiC), aglomeradas com uma resina. Dimensões típicas: ∅ext 235 x 1,5 x ∅furo 19 mm.

materiais “duros” discos “moles”

materiais “moles” discos “duros”

Aspectos construtivos:resistência da resina aglomerantetamanho e velocidade do discotipo de abrasivotamanho de partículadensidade de partículas

Dureza:Al2O3 < SiC

8>

Corte com disco diamantado:

Fonte: Catálogo Strüers

O corte de precisão,feito com disco diaman-tado em baixa rotaçãosob refrigeração, podeser feito em objetospequenos como umamoeda (acima).Espessura do disco:

de 0,15 a 1,5 mm

micrografia

micrografia

9>

4) Montagem e identificação da amostra: Facilita o manuseio da amostra;Evita danos à lixa ou pano de polimento;Não há interferência na revelação da estrutura;Impede que a infiltração de soluções químicas

ocorra em toda a amostra;

Montagem

Dispositivo mecânico

Resina sintética• cura a quente

• cura a frio

micrografia

10>

Montagem em resina sintética:

Requisitos básicos:estabilidade dimensional (baixa contração);resistência mecânica e ao desgaste;estabilidade química;condutividade térmica / elétrica;

Moldagem a frio: requer o usode resinas autopolimerizáveis,que necessitam o uso de um molde (flexível ou não) devidoao seu estado líquido.

micrografia

11>

Resinas para embutimento a frio: necessário misturar o volumoso (resina) com um catalisador,na proporção especificada pelo fabricante.

translúcidotranslúcidotransparenteaspecto

médiobaixoaltocusto

18 – 2425 - 2817 - 24dureza HV

0,553contração (%)

10 h40 min30 mintempo de cura

líquido / líquidolíquido / líquidopó / líquidofornecimento

termofixotermofixotermoplásticotipo

EpóxiPoliésterAcrílico

micrografia

12>

Resinas para embutimento a quente: necessário que se faça a prensagem a quente da resinatermofixa, para que a mesma seja polimerizada.

• baquelite (fenol-formaldeído): a cura ocorre sob pressão de aproximadamente 200 kgf/cm2

a 150°C, fornecidas por umaprensa especialmente projetada.

micrografia

Técnicas de reforçamento da montagem:

13>

Visa minimizar os efeitos do abaulamento sobre as bordas daamostra em preparação, minimizando problemas de focalização.

A B CDefeito A: dureza excessiva da amostra em relação ao reforço.Defeito B: dureza excessiva do reforço em relação a amostra.Defeito C: dispersão irregular do reforço.

Tipos de reforço: peças metálicasesferas de açopartículas de cerâmica

micrografia

14>

5) Preparação da superfície da amostra:

estruturaalterada

estruturareal

Lixamento: remoção da camada de material que teve a suaestrutura alterada pelo corte da amostra.

micrografia

15>

Desbaste (lixamento) obtenção de uma superfícieadequada para análise

amostra

suporte

abrasivoadesivo

Lixa abrasivo + adesivo + suporte

micrografia

16>

Granulometria das partículas abrasivas:

A granulometriadas partículasusadas nafabricação das lixas écontrolada pelamalha (mesh) daspeneirasutilizadas.

Ref.: BUEHLER® SUM-MET™ - The Science Behind Materials Preparation, 2004.

micrografia

17>

Procedimento prático:pressão uniforme: contribui para a formação de um único

plano de desbaste na amostra.velocidade de desbaste: em processos mecanizados deve

ser criteriosamente escolhida, evitando falhas e aquecimento na peça.

fluxo de água: inibe a formação de pó, além de garantir umbom resfriamento da superfície da amostra.

troca da lixa:

limpeza da peça: evita riscamentos devido contaminação.

#120 #220 #320

90° 90°

lixa

micrografia

18>

Limpeza da amostra após o lixamento:

visa remover eventuais partículas que possam estaraderidas à superfície recém lixada ou no embutimento. Estas partículas podem comprometer o resultado dapróxima etapa de preparação, o polimento.

Limpeza banho ultrasônico

secagem

micrografia

19>

Polimento mecânico:o acabamento da superfície ocorre devido a ação abrasivade partículas muito mais finas que as normalmente utilizadasnas lixas (desbaste mais grosseiro), dispersas sobre um panomontado em um disco giratório de uma politriz.

amostra

pano (suporte)

abrasivolubrificante

micrografia

20>

Polimento mecânico:

em póem pastaem suspensão

aplicação

óxido de cromo (Cr2O3)óxido de magnésio (MgO)óxido de alumínio (Al2O3)diamante (natural ou sintético)

abrasivos

diamante sintético policristalino, comtamanho médio 15μm, visto por MEV.

micrografia

21>

Cuidados no polimento mecânico:

escolha do pano adequado;aplicação do abrasivo;velocidade do polimento;pressão sobre a amostra;lubrificação do pano;limpeza do pano e amostra.

micrografia

22>

Armazenamento de amostras:

limpeza cuidadosa da amostra polida;lavagem e secagem da amostra polida;

acondicionamento em dessecador;realizar o ataque metalográfico o mais

rapidamente possível.

incorreto correto

micrografia

Revelação da estrutura ataque(contraste)

23>

ataque

ótico

campo clarocampo escuroluz polarizadacontraste de interferência

químico reações red-ox

físico ataque térmicoevaporação

Reativos químicos são aplicados sobre a superfície polida da amostra,promovendo reações químicas que a visualização da microestrutura.

micrografia

24>

Efeito do ataque químico sobre a superfície:

reflexão difusa gera ocontraste observadocom o auxílio do microscópio.

micrografia

25>

Ataque químico em aço com baixo carbono:

(a) (b) (c)

100μm

nital 2% picral 2% Beraha (*)(*) - 100ml H2O; 10g Na2S2O3; 3g K2S2O5

micrografia

26>

Artifatos: riscos (scratches)

Riscos de lixamento encontrados sobre a superfície mal polida

100μm

micrografia

27>

Artifatos: deformação (deformation)

Vestígios de deformação deixados na superfície de corte da amostra100μm

micrografia

28>

Artifatos: abaulamento (edge rounding)

O abaulamento impede a perfeita visibilidade da superfície (fora de foco)

micrografia

29>

Artifatos: cometas (comet tails)

Os cometas são oriundos do polimento unidirecional da amostra

micrografia

30>

Artifatos: manchamento (staining)

O manchamento pode ser provocado pela retenção de reativo emfrestas e/ou outras irregularidades superficiais.

micrografiaReferências:

31

• Metallography: An Introduction, Metallography and Microstructures, Vol 9, ASM Handbook, ASM International, 2004, p. 3–20.

• ESAB – Metalurgia da Soldagem, 2004.• Colpaert, H. Metalografia dos Produtos Siderúrgicos Comuns.

Ed. Edgard Blucher, São Paulo, 1974.• STRUERS. Metalog Guide. ISBN 87-987767-0-3, 2002.• BUEHLER SUM-MET - The Science Behind Materials

Preparation. ISBN 0-9752898-0-2, 2004.

Notas de aula preparadas pelo Prof. Juno Gallego para a disciplina Lab. Materiais de Construção Mecânica I.® 2015. Permitida a impressão e divulgação. http://www.feis.unesp.br/#!/departamentos/engenharia-mecanica/grupos/maprotec/educacional/