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Aula 00 Ética no Serviço Público p/ TJDFT Professor: Herbert Almeida

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Aula Demonstrativa de Ética para o concurso do TJDFT 2015

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Ética no Serviço Público p/ TJDFT

Professor: Herbert Almeida

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AULA 0: Decreto 1.171/1994 - Código de Ética

Sumário

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL ................... 3

CONCEITO DE SERVIDOR PÚBLICO ................................................................................................................................ 3 REGRAS DEONTOLÓGICAS .......................................................................................................................................... 3 PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO ................................................................................................................. 6 VEDAÇÕES .............................................................................................................................................................. 8 COMISSÃO DE ÉTICA ............................................................................................................................................... 10

QUESTÕES EXTRAS .......................................................................................................................................... 16

QUESTÕES COMENTADAS NA AULA ................................................................................................................ 27

GABARITO ....................................................................................................................................................... 33

Olá concurseiros e concurseiras.

É com muita satisfação que estamos lançando o curso de Ética no Serviço Público para o concurso de Analista e Técnico do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. O nosso curso terá como foco as questões do CESPE/UnB.

De imediato, vejamos as características deste material:

serão abordados todos os itens do último edital – após a publicação, o curso será readequado para atender ao que for solicitado;

grande quantidade de questões comentadas;

curso elaborado com foco nos entendimentos do Cespe/Unb, ao longo das aulas, vamos destacar a “jurisprudência Cespiana” ;

contato direto com o professor através do fórum de dúvidas.

Caso ainda não me conheçam, meu nome é Herbert Almeida, sou Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo aprovado em 1º lugar no concurso para o cargo. Além disso, obtive o 1º lugar no concurso de Analista Administrativo do TRT/23º Região/2011. Meu primeiro contato com a Administração Pública ocorreu através das Forças Armadas. Durante sete anos, fui militar do Exército Brasileiro, exercendo atividades de administração como Gestor Financeiro, Pregoeiro, Responsável pela Conformidade de Registros de Gestão e Chefe de Seção. Sou professor do Tecconcursos das disciplinas de Administração Geral e Pública, Administração Financeira e Orçamentária e, aqui no Estratégia Concursos, também de Direito Administrativo.

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Ao longo de meus estudos, resolvi diversas questões, aprendendo a forma como cada organizadora aborda os temas previstos no edital. Assim, pretendo passar esses conhecimentos para encurtar o seu caminho em busca de seu objetivo. Então, de agora em diante, vamos firmar uma parceria que levará você à aprovação no concurso público para o cargo de Analista e Técnico do TJDFT.

O último edital do concurso trouxe o seguinte conteúdo para a nossa disciplina:

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO: 1 Ética e moral. 2 Ética, princípios e valores. 3 Ética e democracia: exercício da cidadania. 4 Ética e função pública. 5 Ética no setor público. 5.1 Código de Ética Profissional do Serviço Público (Decreto nº 1.171/1994). 5.2 Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/1990): regime disciplinar, deveres e proibições, acumulação, responsabilidade e penalidades. 5.3 Lei nº 8.429/1992 e alterações: disposições gerais; atos de improbidade administrativa.

Para maximizar o seu aprendizado, nosso curso estará estruturado em três aulas, sendo esta aula demonstrativa e outras duas, vejamos o cronograma:

AULA CONTEÚDO DATA

Aula 0 5 Ética no setor público. 5.1 Código de Ética Profissional do Serviço Público (Decreto nº 1.171/1994).

Disponível

Aula 1

1 Ética e moral. 2 Ética, princípios e valores. 3 Ética e democracia: exercício da cidadania. 4 Ética e função pública. 5.2 Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/1990): regime disciplinar, deveres e proibições, acumulação, responsabilidade e penalidades.

23/02

Aula 2 5.3 Lei nº 8.429/1992 e alterações: disposições gerais; atos de improbidade administrativa.

09/03

Atenção! Este curso é composto somente por aulas em PDF. Não teremos vídeoaulas para a disciplina de ética no serviço público.

Sem mais delongas, espero que gostem do material e vamos ao nosso curso.

Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-)

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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL

O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal foi aprovado pelo Decreto 1.171, de 22 de junho de 1994, constando em seu Anexo Único.

As questões desse assunto meramente reproduzem o Código de Ética. Por isso, não se faz necessário ficar expondo teorias sobre o assunto. Assim, vamos apresentar os dispositivos do Código, fazendo análises rápidas e, em seguida, traremos questões sobre o assunto.

Conceito de servidor público

O conceito de servidor público no Código de Ética é bem amplo, compreendendo todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

Portanto, não são apenas os servidores estatutários, mas todos aqueles que prestem serviços de natureza permanente, temporário ou excepcional a qualquer órgão do poder estatal ou em qualquer setor que prevaleça o interessa do Estado.

Regras deontológicas

As regras deontológicas são as linhas gerais de conduta ética no serviço público. Portanto, são as orientações gerais sobre o que se considera ético e que deve orientar a atuação dos servidores públicos.

Vejamos quais são as regras deontológicas:

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

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Note que a dignidade, decoro, zelo, eficácia e consciência devem ser observados não só no exercício do cargo ou função, mas também fora dele.

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

Nesse contexto, o elemento ético não pode ser desprezado, devendo o servidor distinguir principalmente o honesto do desonesto. Com efeito, a moralidade na Administração vai além da distinção entre o bem e o mal, devendo-se observar que o fim é o bem comum, ou seja, o bem da coletividade, do interesse público.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

Essas regras reforçam o que vimos acima, ou seja, que o dever de ética vai além do desempenho da função pública, expressando-se até mesmo fora dela, uma vez que o exercício profissional se integra na vida particular de cada pessoa.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato

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administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

O Código de Ética considera que a publicidade de qualquer ato administrativo é requisito de eficácia e moralidade. Todavia, existem algumas exceções em que os atos não precisam ser publicados:

a) casos de segurança nacional;

b) investigações policiais;

c) interesse superior do Estado e da Administração Pública.

Vamos prosseguir com as regras deontológicas:

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

Assim, mesmo que a verdade seja contrária aos interesses da Administração ou do particular, ela não poderá ser omitida ou falseada.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

Portanto, servidor público deve agir com rapidez, evitando a formação de longas filas, pois esse tipo de conduta ofende a ética, constitui ato de desumanidade e grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às

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vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

Nessa linha, o servidor tem o dever de atender às ordens de seus superiores, abstendo-se de fazê-lo apenas quando a ordem for manifestamente ilegal.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

Por fim, destaca-se a regra sobre a ausência injustificada do servidor, que é considerada como fator de desmoralização do serviço público.

Principais Deveres do Servidor Público

Os deveres fundamentais do servidor público constam no inc. XIV:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de

que seja titular;

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou

procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente

diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo

setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

Percebe-se, novamente, a preocupação com a celeridade do andamento dos serviços, buscando evitar a formação de filas ou atrasos na prestação dos serviços.

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,

escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais

vantajosa para o bem comum;

Nessa linha, se o servidor tiver que tomar uma decisão, deve sempre escolher aquela que melhor se adeque ao bem comum. Perceba, pois, que não é a mais vantajosa para administração ou para o particular, mas sim para o bem comum.

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d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos

bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

O dever de prestar contas é fundamento do Estado Democrático de Direito, uma vez que os agentes públicos administram recursos que não lhes pertencem, mas sim a toda a sociedade. Logo, todo servidor deve prestar contas do patrimônio que esteja administrando.

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de

comunicação e contato com o público;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se

materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade

e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer

espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade,

religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes

dano moral;

Nesses dispositivos, demonstra-se a preocupação com o bom atendimento aos usuários dos serviços públicos. Destaca-se, ainda, que o servidor público não poderá agir com qualquer forma de preconceito.

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra

qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,

interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens

indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

Novamente observamos a preocupação com a hierarquia. Em regra, o agente público deve seguir as ordens de seus superiores. Porém, não deverá cumprir as ordens manifestamente ilegais nem deverá ceder a pressões contrárias ao interesse público, devendo, inclusive, denunciá-las.

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da

vida e da segurança coletiva;

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos

ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

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A ausência do servidor reflete negativamente no andamento do serviço. Portanto, é dever do agente ser assíduo e frequente.

Vejamos as últimas regras:

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato

contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais

adequados à sua organização e distribuição;

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do

exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação

pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas

de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez,

mantendo tudo sempre em boa ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam

atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos

usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com

finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades

legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste

Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Vedações

O inciso XV encarrega-se de listar as condutas vedadas aos servidores públicos, vejamos:

a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para

obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que

deles dependam;

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c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração

a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por

qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu

conhecimento para atendimento do seu mister;

Perceba que o Código de Ética exige, até mesmo, que a pessoa utilize os avanços técnicos e científicos que estiverem ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento de sua função. Com isso, mantém-se o servidor atualizado e permite que o serviço à sociedade seja prestado em um nível de qualidade e eficiência satisfatórios.

Vejamos outras vedações:

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses

de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados

administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,

gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si,

familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para

influenciar outro servidor para o mesmo fim;

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para

providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços

públicos;

Observa-se, acima, que o servidor público não deve provocar o recebimento de qualquer tipo de vantagem para cumprir sua missão.

O Código também se preocupa com ações dos servidores utilizadas para iludir as pessoas que necessitem dos serviços públicos. Tal medida é muito importante, uma vez que os servidores conhecem muito mais a legislação e a realidade do serviço público do que os administrados. Assim, poderiam se utilizar de meios ilegais para beneficiar a si ou a terceiros.

Vamos prosseguir com as vedações:

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j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer

documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço,

em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a

honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de

cunho duvidoso.

Comissão de ética

O art. 2º do Decreto 1.171/1994 determina que os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta deverão implementar, em até sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive por meio da constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores efetivos ou empregados titulares de permanente.

Nessa linha, o inc. XVI do Código de Ética reforça a necessidade de instituir a Comissão de Ética em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público. A mencionada Comissão será encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.

A Comissão de Ética também deve fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público (XVIII).

Acrescenta-se, ainda, que a única penalidade que poderá ser aplicada pela Comissão de Ética é a pena de censura, sendo que sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

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Assim, é importante distinguir as penalidades administrativas previstas no Estatuto dos Servidores da pena que poderá ser aplicada pela Comissão de Ética. As sanções administrativas são aplicadas pela autoridade competente, nos termos da Lei 8.112/1990, observando-se as regras da sindicância ou processo administrativo disciplinar. Nesse caso, a Administração poderá aplicar ao servidor todas as penalidades constantes no art. 127 da Lei 8.112/1990.

Por outro lado, a Comissão de Ética é responsável por apurar as infrações contra o Código de Ética, podendo aplicar unicamente a pena de censura.

Assim, a Comissão de Ética não poderá aplicar, por exemplo, as penas de advertência, suspensão e demissão, que somente estão previstas no Estatuto dos Servidores.

A Comissão de Ética só poderá aplicar a pena de censura.

Vamos resolver algumas questões!

1. (Cespe – Admin/SUFRAMA/2014) Caso um servidor público, responsável pelo atendimento ao público, permita que longas filas se formem em seu setor de trabalho, em virtude de ele acessar constantemente redes sociais de comunicação via telefone celular, tal conduta caracterizará falta ética.

Comentário: um dos deveres do servidor público, segundo o Código de Ética, é o de exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário (XIV, “b”).

Gabarito: correto.

2. (Cespe – AnaTA/SUFRAMA/2014) A participação do servidor público em cursos de aprimoramento que melhorem o desempenho das capacidades laborais relacionadas às atribuições do cargo é obrigação do servidor, a fim de que desempenhe com eficiência suas funções.

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Comentário: a participação do servidor em movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum, constitui um dos deveres relacionados no Decreto (XIV, “o”).

Gabarito: correto.

3. (Cespe - Ag Adm/MDIC/2014) O Decreto n.º 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal) impõe aos servidores públicos o dever de, em suas atividades, privilegiar a perfeição em detrimento da rapidez.

Comentário: já conversamos sobre isso. O servidor deve procurar a perfeição no exercício de suas funções, sem prejuízo de atuar com rapidez e rendimento (XIV, “b”).

Gabarito: errado.

4. (Cespe - Ag Adm/MDIC/2014) O servidor público pode omitir a verdade sempre que isso for solicitado por pessoa interessada ou beneficiar a administração pública.

Comentário: a nossa resposta encontra-se nas regras deontológicas. Lá, temos que toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública (Capítulo I, VIII).

Gabarito: errado.

5. (Cespe – AnaTA/MDIC/2014) Em uma repartição onde há atendimento ao público para fornecimento de certidões, a emissão de documentos foi interrompida em virtude de problemas técnicos, quando ainda havia tempo razoável de expediente de trabalho. Entretanto, um servidor público, sem buscar informações junto aos profissionais técnicos, exigiu que todos os cidadãos se retirassem das instalações do órgão e voltassem no dia seguinte, sem prestar qualquer informação sobre os motivos da decisão ou da interrupção do serviço. Nessa situação, o servidor público cometeu infração ética, uma vez que compete a ele informar aos usuários os motivos da paralisação do serviço, pois o aperfeiçoamento da comunicação e do contato com o público é um dever ético-funcional.

Comentário: perfeito! O servidor deve tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público (Capítulo I, XIV, “e”). Desse modo, ao não informar o motivo para a interrupção do serviço, o servidor cometeu ato contrário ao solicitado pelo Código de Ética.

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Gabarito: correto.

6. (Cespe – AnaTA/MDIC/2014) Em uma sociedade de economia mista que desenvolve atividade de prevalente interesse do Estado, determinado empregado falta ao trabalho frequentemente, sem justificativas. Nessa situação, a conduta do empregado constitui falta apenas em relação à Consolidação das Leis do Trabalho e ele não está sujeito ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo.

Comentário: outro dever do servidor. Segundo o inc. XIV, “l”, o servidor deve ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema.

Portanto, a conduta do empregado, além de ser enquadrada como falta na CLT – como mencionado no enunciado – também caracteriza infração ao Código de Ética.

Assim, o item está errado, pois contrariou o Código de Ética.

Gabarito: errado.

7. (Cespe – Cont/MTE/2014) A função pública, para todos os efeitos, deve ser tida como exercício profissional, não se integrando à vida particular do servidor público, o qual deve ser capaz de distinguir entre seus interesses privados e o bem comum.

Comentário: pelas regras deontológicas (VI) temos:

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

Assim, podemos assinalar como errado o nosso gabarito.

Gabarito: errado.

8. (Cespe – Cont/MTE/2014) O servidor público deve ser assíduo e frequente em seu serviço, posto que suas ausências ou atrasos causam prejuízos à ordem do trabalho, o que repercute, negativamente, em todo o sistema no qual esteja inserido.

Comentário: agora ficou fácil, não é mesmo?

É a transcrição do inc. XIV, “l”, que tratamos há pouco. Para fixar: XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema.

Gabarito: correto.

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9. (Cespe – Cont/MTE/2014) No que tange aos princípios morais, o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal trata dos primados da dignidade e da consciência como normas hierarquicamente superiores aos primados da eficácia e do zelo, visto que estes representam princípios técnicos de caráter secundário.

Comentário: a dignidade, a consciência, a eficácia e o zelo configuram primados maiores que devem nortear o servidor público. Além disso, podemos incluir nesse grupo de princípios o decoro.

Gabarito: errado.

10. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) Considere que Vagner, servidor do MTE, no final de semana, quando não trabalhava, tenha feito circular mensagem de correio eletrônico que caluniava Sílvia, colega de trabalho. Nessa situação, como a mensagem não partiu do espaço de trabalho e foi feita fora do horário de serviço, Vagner não cometeu atitude que fira o Código de Ética do MTE.

Comentário: sabemos que a função pública se integra à vida particular do servidor (VI). Desse modo, mesmo que a atitude tomada por Vagner ocorra fora do horário e ambiente de trabalho, as ações de sua vida privada refletem também em sua vida profissional, e configuram atitude que fere o Código de Ética. Ademais, é vedado ao servidor prejudicar deliberadamente a reputação de outro servidor (XV, “b”).

Gabarito: errado.

11. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) O servidor público tem o dever de demonstrar integridade de caráter, escolhendo a melhor e mais vantajosa opção para o bem comum quando estiver diante de uma diversidade de alternativas.

Comentário: aos poucos vamos conversando sobre todos os deveres dos servidores.

Dessarte, o inc. XIV, “c”, infere ao ser servidor ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum.

Gabarito: correto.

12. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) O servidor público pode alterar o teor de documentos que deva encaminhar para providências sempre que notar que a modificação colabora para o melhor andamento do serviço.

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Comentário: alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências é indicado como uma das vedações ao servidor, e está presente no inc. XV, “h” do Decreto.

Gabarito: errado.

13. (Cespe – AA/ICMBio/2014) O servidor que é visto habitualmente embriagado fora de seu horário de expediente, mas cumpre suas atividades com esmero durante seu horário de trabalho não fere a ética do serviço público.

Comentário: apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente é uma das vedações presentes no Decreto 1.171/1994, e corresponde à conduta que fere a ética do serviço público.

Gabarito: errado.

14. (Cespe – AA/ICMBio/2014) Suponha que um servidor utilize, às vezes, o veículo da repartição para resolver problemas particulares. Isso constitui ilícito no serviço público mesmo que a resolução desses problemas proporcione melhoria do desempenho do servidor no exercício de suas funções.

Comentário: é vedado ao servidor retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público (XV, “l”). Logo, mesmo que a resolução desses problemas proporcione melhoria do desempenho do servidor no exercício de suas funções, conforme mencionado, isso constitui ilícito no serviço público.

Gabarito: correto.

15. (Cespe – AA/ICMBio/2014) Considere que um servidor, ao atender um usuário, tenha-o deixado esperando por muito tempo, fato que resultou na formação de uma longa fila em seu setor. Nesse caso, como o servidor se prestou a buscar informações benéficas para o usuário, primando pela precisão de seu trabalho, acima da celeridade, ele não feriu o Código de Ética do Servidor Público do Poder Executivo Federal.

Comentário: a atitude de procurar resolver o problema do usuário não modifica o fato de que o servidor deixou de prestar o serviço com rapidez, perfeição e rendimento. Essa atitude beneficia um usuário, mas acaba por prejudicar os demais e, dessa maneira, vai contra o emanado pelo Decreto 1.171/1994.

Gabarito: errado.

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QUESTÕES EXTRAS

16. (FUNCAB - Agente Administrativo/PRF/2014) O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto n° 1.171/1994) atende à necessidade de criar um sistema de princípios e fundamentos deontológicos que se caracteriza por:

a) não se confundir com o regime disciplinar do servidor público previsto nas leis administrativas, fornecendo suporte mora! para a sua correta aplicação e cumprimento por todos os servidores.

b) não considerar suficiente a implementação das regras deontológicas apenas pelo apelo ao senso social e vontade íntima do próprio agente moral, de sua conscientização e de sua convicção interior.

c) estabelecer o princípio da obrigatoriedade do procedimento ético e moral no exercício da função pública, garantido pela possibilidade de sua imposição por via da coercibilidade jurídica.

d) exigir condutas do mesmo modo que as demais leis administrativas, sem apoiar-se apenas no sentimento de adesão moral e de convicção íntima de cada servidor público.

e) impor, quanto às matérias nele indicadas, um rigoroso sistema de sanções preventivas e coercitivas, ensejador do respeito ao decoro no exercício da função pública.

Comentário: essa questão tomou por base a Exposição dos Motivos do Decreto 1.171/1994, vejamos:

a) de fato o Código de Ética não se confunde com o regime disciplinar. Este último possui regramento próprio no Estatuto dos Servidores. Vejamos o que consta no documento:

Enfim, o Código de Ética ora apresentado a Vossa Excelência não se confunde com o regime disciplinar do servidor público previsto nas leis administrativas. Antes de tudo, fornece o suporte moral para a sua correta aplicação e cumprimento por todos os servidores.

Assim, conclui-se que a opção A está CORRETA.

b) de acordo com a Exposição dos Motivos do Código, a ética e a moral não se impõem por lei, mas estão acima da lei, editando as diretrizes para elaboração delas. Assim, a ética faz-se aceitar pelo senso social, pela educação, pela vontade íntima do próprio agente moral. Vamos novamente ao documento:

Portanto, conforme o entendimento da Comissão Especial, expresso neste Código de Ética, o princípio da obrigatoriedade do procedimento ético e moral no exercício da função pública não tem por fundamento a coercibilidade jurídica. Aliás, até mesmo a coercibilidade jurídica deve buscar seu fundamento na Ética, pois esta, a rigor, não se impõe por lei. Ao contrário, está acima da lei, a ditar as diretrizes desta, fazendo-se aceitar mais pelo senso social, pela educação, pela vontade íntima do

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próprio agente moral, acolhida com liberdade, em decorrência de sua conscientização e de sua convicção interior.

Portanto, a implementação das regras deontológicas ocorre por meio do senso social, pela educação, pela vontade íntima do próprio agente moral. Com isso, opção está errada.

c) conforme falamos no trecho acima, o princípio da obrigatoriedade do procedimento ético e moral não tem por fundamento a coercibilidade jurídica – ERRADA; d) de acordo com a Exposição de Motivos:

Por outro lado, deve ser esclarecido que a efetividade do cumprimento do Código de Ética ora apresentado a Vossa Excelência não se baseia no arcabouço das leis administrativas e nem com estas se confunde, mas se apóia no sentimento de adesão moral e de convicção íntima de cada servidor público.

Assim, o Código de Ética se apoia no sentimento de adesão moral e de convicção íntima de cada servidor público – ERRADA;

e) o Código de Ética não impôs um rigoroso sistema de sanções, uma vez que a única penalidade prevista é a censura.

Gabarito: alternativa A.

17. (FUNCAB – Agente Administrativo/PRF/2014) O servidor público do Poder Executivo Federal deve guardar conduta condizente com o cargo e os princípios ressaltados pelo Código de Ética Profissional (Decreto n° 1.171/1994). Pautado pela razoabilidade, o servidor deve orientar-se analisando a adequação e a necessidade de sua conduta, de modo que:

a) as prerrogativas funcionais são conferidas ao servidor público de modo a proteger sua individualidade. Em razão disso, o exercício das prerrogativas pode ser evocado em favor dos legítimos interesses do servidor.

b) o critério do respeito à legalidade prevalece em relação à finalidade do ato praticado. Assim, sendo legalmente proibido abandonar o serviço ou ausentar-se do posto sem autorização do superior imediato, não será dado ao servidor ausentar-se dele para socorrer vítima de acidente grave sem prévia autorização, sob pena de censura.

c) é dever do servidor comunicar aos superiores fato contrário ao interesse público. A comunicação, porém, não o exime de responsabilidade, haja vista que é dado ao servidor exigir providências de quem, hierarquicamente, possui posição superior.

d) sendo pessoal a responsabilidade de cada servidor, a denúncia de condutas ilícitas incumbe os interessados. Quanto ao servidor, pode abster-se de apresentar provas que conheça sobre ilícitos praticados por seus superiores em razão do princípio da inocência.

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e) guardado o respeito ao princípio constitucional da privacidade, a embriaguez em ambientes privados, ainda que notória e habitual, é insuficiente para motivar censura, desde que o profissional não se apresente embriagado em seu ambiente de trabalho.

Comentário:

a) o texto do Código afirma que o servidor deve exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos (inciso XIV, “t”) – ERRADA;

b) primeiramente, vejamos o que consta no Código:

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.

Assim, podemos afirmar que o servidor não pode abandonar seu posto de trabalho injustificadamente. Contudo, na ocorrência de um acidente grave, em que vítimas precisam de socorro, a situação exige que o servidor auxilie – no que for possível – e não ensejará pena, em virtude da necessidade e do pouco tempo em que este não responderá pela sua função – ERRADA;

c) um dos deveres fundamentais do servidor é o de comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis (inciso XIV, “m”) – CORRETA;

d) o servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta (inciso II). Portanto, sabendo da existência de ilícitos, o servidor possui o dever de denunciá-los. Por conseguinte, mesmo que haja pressão de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas, o servidor deverá denunciar a conduta ilícita (inciso XIV, “i”) – ERRADA;

e) o Código de Ética explicita que é vedado ao servidor público apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente (inciso XV, “n”). Dessa forma, a embriaguez em ambientes privados, ainda que notória e habitual, enseja a penalização, que em obediência ao Código corresponde à censura – ERRADA.

Gabarito: alternativa C.

18. (FUNCAB – AssistenteTécnico I/IBRAM-DF/2010) Sobre o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado no Decreto n° 1.171/94, é INCORRETO afirmar que:

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a) toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. b) é vedado ao servidor público retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público. c) a pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de demissão sumária, e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. d) deve o servidor público comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis. e) é vedado ao servidor público deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister.

Comentário: o item solicita que seja marcada a alternativa INCORRETA, vejamos:

a) essa alternativa é encontrada nas regras deontológicas do Código. Assim, com base no inciso VIII, temos que “Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.” – CORRETA;

b) as vedações ao servidor estão vazadas no inciso XV do Código. Lá, vemos que é vedado ao servidor público retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público (inciso XV, “l”) – CORRETA;

c) a pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso (inciso XXII) – ERRADA;

d) agora estamos tratando dos deveres do servidor. Desse modo, pelo texto do inciso XIV, “m”, é dever fundamental do servidor público comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis – CORRETA;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister constitui uma das vedações, ao servidor público, presente no Código de Ética – CORRETA.

Gabarito: alternativa C.

19. (FCC – PMP/INSS/2012) Considere duas hipóteses:

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I. Fernanda, servidora pública civil do Poder Executivo Federal, tem sido vista embriagada, habitualmente, em diversos locais públicos, como eventos, festas e reuniões.

II. Maria, também servidora pública civil do Poder Executivo Federal, alterou o teor de documentos que deveria encaminhar para providências.

Nos termos do Decreto no 1.171/1994,

a) ambas as servidoras públicas não se sujeitam às disposições previstas no Decreto no 1.171/1994.

b) apenas o fato descrito no item II constitui vedação ao servidor público; o fato narrado no item I não implica vedação, vez que a lei veda embriaguez apenas no local do serviço.

c) apenas o fato descrito no item I constitui vedação ao servidor público, desde que ele seja efetivo.

d) ambos os fatos não constituem vedações ao servidor público, embora possam ter implicações em outras searas do Direito.

e) ambos os fatos constituem vedações ao servidor público.

Comentário: são vedações ao servidor público:

XV - É vedado ao servidor público; a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

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m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.”

Percebe-se, portanto, que os dois fatos constituem vedações aos servidores públicos. Assim, as opções B, C e D estão erradas e a alternativa E está correta. A opção A também é errada, pois o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal aplica-se aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta e, por conseguinte, aos seus servidores.

Por fim, a definição de servidor público encontra-se no Capítulo 2 do Código de Ética nos seguintes termos:

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.”

Gabarito: alternativa E.

20. (FCC – PMP/INSS/2012) Nos termos do Decreto no 1.171/1994, a pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação

a) não é necessária para a aplicação da pena; no entanto, exige-se ciência do faltoso.

b) constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

c) constará do respectivo parecer, assinado apenas pelo Presidente da Comissão, com ciência do faltoso.

d) não é necessária para a aplicação da pena, sendo dispensável também a ciência do faltoso.

e) constará do respectivo parecer, assinado apenas pelo Presidente da Comissão, sendo dispensável a ciência do faltoso.

Comentário: segundo o Código de Ética:

XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.

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XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

Duas informações importantes dos incisos apresentados acima. Primeiro que a instituição da Comissão de Ética se aplica à Administração Pública Federal direta, indireta e a qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público.

A segunda informação é que a única penalidade possível de aplicação pela Comissão de Ética é a de censura.

Gabarito: alternativa B.

21. (FCC - Agente Legislativo/AL-SP/2010) Ética é o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. A respeito da ética, considere:

I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o serviço público.

II – O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

III – A moralidade na Administração Pública se limita à distinção entre o bem e o mal, não devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum.

IV – A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.

V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade não deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, embora, como cidadão, seja parte integrante da sociedade.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) I, II e IV.

b) I, III e IV.

c) II, III e IV.

d) II, IV e V.

e) III, IV e V.

Comentário: o Código de Ética estabelece as regras deontológicas em seu Capítulo 1.

Já foram apontadas várias delas, contudo para fixação vamos destacar o texto do Decreto:

Das Regras Deontológicas

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I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

(...)

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

(...)

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

Dessa forma os itens I, II e IV estão corretos. O item III está errado, pois a moralidade não se limita à distinção entre o bem e o mal. Da mesma forma, o item V está errado pois o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

Gabarito: alternativa A.

22. (FCC - Agente Legislativo/AL-SP/2010) Considere as seguintes afirmativas:

O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente

PORQUE

os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

É correto concluir que

a) as duas afirmativas são falsas.

b) a primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira.

c) a primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa.

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d) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.

e) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.

Comentário: mais uma regra deontológica:

XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

Percebam que os dois itens formam o inciso XI do Código de Ética. Assim, as duas afirmativas estão corretas, e a segunda justifica a primeira.

Gabarito: alternativa D.

23. (FCC - Agente Administrativo/DNOCS/2010) No que concerne às Regras Deontológicas estabelecidas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é correto afirmar que

a) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como obrigação, independentemente do seu próprio bem- estar, já que, como funcionário público, integrante do Poder Executivo, o êxito desse trabalho é requisito essencial à manutenção de seu cargo, não dizendo respeito ao seu patrimônio e a sua vida particular. b) a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contra- partida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, sendo dissociável de sua aplicação e de sua finalidade. c) a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. d) toda pessoa tem direito à verdade, sendo que o servidor poderá omiti-la, caso seja contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo da opressão, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. e) deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, é comum e normal e, portanto, não causa dano moral aos usuários dos serviços públicos e nem mesmo configura atitude contra a ética ou ato de desumanidade.

Comentário: a opção A está errata, pois o inciso V estabelece que o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar.

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A opção B também é errada por causa do “dissociável”, vejamos:

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade.

A letra C está correta,

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

O servidor público não pode omitir a verdade, daí o erro da letra D,

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

Por fim, o erro da alternativa E é encontrado no inciso X,

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

Gabarito: alternativa C.

24. (FCC - Agente Administrativo/DNOCS/2010) Com relação às Comissões de Ética dispostas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, considere:

I. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética.

II. Incumbe ao servidor fornecer seu registro da sua conduta ética para a Comissão de Ética, encarregada da execução do quadro de carreira dos servidores, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.

III. A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

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IV. Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público, exclusivamente, a pessoa que, por força de lei, preste serviços de natureza permanente condicionada ao recebimento de salário e esteja ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias e as fundações públicas.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e III.

b) I e II.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

Comentário: nos termos do inciso XVI do Código de Ética, deverá ser criada uma Comissão de Ética em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público. Assim, o item está correto.

O item II está errado, vejamos:

XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.

Por sua vez, o item III está certo, pois a penas aplicada pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

Fechando, o item IV está errado:

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

Dessa forma, somente os itens I e III estão corretos.

Gabarito: alternativa A.

Concluímos por hoje. Essa é apenas uma demonstração.

Em nossa próxima aula, vamos finalizar o tópico de Ética e falaremos, também, sobre a Lei 8.112/1990.

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HERBERT ALMEIDA.

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1. (Cespe – Admin/SUFRAMA/2014) Caso um servidor público, responsável pelo atendimento ao público, permita que longas filas se formem em seu setor de trabalho, em virtude de ele acessar constantemente redes sociais de comunicação via telefone celular, tal conduta caracterizará falta ética. 2. (Cespe – AnaTA/SUFRAMA/2014) A participação do servidor público em cursos de aprimoramento que melhorem o desempenho das capacidades laborais relacionadas às atribuições do cargo é obrigação do servidor, a fim de que desempenhe com eficiência suas funções. 3. (Cespe - Ag Adm/MDIC/2014) O Decreto n.º 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal) impõe aos servidores públicos o dever de, em suas atividades, privilegiar a perfeição em detrimento da rapidez. 4. (Cespe - Ag Adm/MDIC/2014) O servidor público pode omitir a verdade sempre que isso for solicitado por pessoa interessada ou beneficiar a administração pública. 5. (Cespe – AnaTA/MDIC/2014) Em uma repartição onde há atendimento ao público para fornecimento de certidões, a emissão de documentos foi interrompida em virtude de problemas técnicos, quando ainda havia tempo razoável de expediente de trabalho. Entretanto, um servidor público, sem buscar informações junto aos profissionais técnicos, exigiu que todos os cidadãos se retirassem das instalações do órgão e voltassem no dia seguinte, sem prestar qualquer informação sobre os motivos da decisão ou da interrupção do serviço. Nessa situação, o servidor público cometeu infração ética, uma vez que compete a ele informar aos usuários os motivos da paralisação do serviço, pois o aperfeiçoamento da comunicação e do contato com o público é um dever ético-funcional. 6. (Cespe – AnaTA/MDIC/2014) Em uma sociedade de economia mista que desenvolve atividade de prevalente interesse do Estado, determinado empregado falta ao trabalho frequentemente, sem justificativas. Nessa situação, a conduta do empregado constitui falta apenas em relação à Consolidação das Leis do Trabalho e

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ele não está sujeito ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo. 7. (Cespe – Cont/MTE/2014) A função pública, para todos os efeitos, deve ser tida como exercício profissional, não se integrando à vida particular do servidor público, o qual deve ser capaz de distinguir entre seus interesses privados e o bem comum. 8. (Cespe – Cont/MTE/2014) O servidor público deve ser assíduo e frequente em seu serviço, posto que suas ausências ou atrasos causam prejuízos à ordem do trabalho, o que repercute, negativamente, em todo o sistema no qual esteja inserido. 9. (Cespe – Cont/MTE/2014) No que tange aos princípios morais, o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal trata dos primados da dignidade e da consciência como normas hierarquicamente superiores aos primados da eficácia e do zelo, visto que estes representam princípios técnicos de caráter secundário. 10. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) Considere que Vagner, servidor do MTE, no final de semana, quando não trabalhava, tenha feito circular mensagem de correio eletrônico que caluniava Sílvia, colega de trabalho. Nessa situação, como a mensagem não partiu do espaço de trabalho e foi feita fora do horário de serviço, Vagner não cometeu atitude que fira o Código de Ética do MTE. 11. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) O servidor público tem o dever de demonstrar integridade de caráter, escolhendo a melhor e mais vantajosa opção para o bem comum quando estiver diante de uma diversidade de alternativas. 12. (Cespe - Ag Adm/MTE/2014) O servidor público pode alterar o teor de documentos que deva encaminhar para providências sempre que notar que a modificação colabora para o melhor andamento do serviço. 13. (Cespe – AA/ICMBio/2014) O servidor que é visto habitualmente embriagado fora de seu horário de expediente, mas cumpre suas atividades com esmero durante seu horário de trabalho não fere a ética do serviço público. 14. (Cespe – AA/ICMBio/2014) Suponha que um servidor utilize, às vezes, o veículo da repartição para resolver problemas particulares. Isso constitui ilícito no serviço público mesmo que a resolução desses problemas proporcione melhoria do desempenho do servidor no exercício de suas funções. 15. (Cespe – AA/ICMBio/2014) Considere que um servidor, ao atender um usuário, tenha-o deixado esperando por muito tempo, fato que resultou na formação de uma longa fila em seu setor. Nesse caso, como o servidor se prestou a buscar informações benéficas para o usuário, primando pela precisão de seu trabalho, acima da celeridade, ele não feriu o Código de Ética do Servidor Público do Poder Executivo Federal. 16. (FUNCAB - Agente Administrativo/PRF/2014) O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto n° 1.171/1994) atende

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à necessidade de criar um sistema de princípios e fundamentos deontológicos que se caracteriza por:

a) não se confundir com o regime disciplinar do servidor público previsto nas leis administrativas, fornecendo suporte mora! para a sua correta aplicação e cumprimento por todos os servidores.

b) não considerar suficiente a implementação das regras deontológicas apenas pelo apelo ao senso social e vontade íntima do próprio agente moral, de sua conscientização e de sua convicção interior.

c) estabelecer o princípio da obrigatoriedade do procedimento ético e moral no exercício da função pública, garantido pela possibilidade de sua imposição por via da coercibilidade jurídica.

d) exigir condutas do mesmo modo que as demais leis administrativas, sem apoiar-se apenas no sentimento de adesão moral e de convicção íntima de cada servidor público.

e) impor, quanto às matérias nele indicadas, um rigoroso sistema de sanções preventivas e coercitivas, ensejador do respeito ao decoro no exercício da função pública.

17. (FUNCAB – Agente Administrativo/PRF/2014) O servidor público do Poder Executivo Federal deve guardar conduta condizente com o cargo e os princípios ressaltados pelo Código de Ética Profissional (Decreto n° 1.171/1994). Pautado pela razoabilidade, o servidor deve orientar-se analisando a adequação e a necessidade de sua conduta, de modo que:

a) as prerrogativas funcionais são conferidas ao servidor público de modo a proteger sua individualidade. Em razão disso, o exercício das prerrogativas pode ser evocado em favor dos legítimos interesses do servidor.

b) o critério do respeito à legalidade prevalece em relação à finalidade do ato praticado. Assim, sendo legalmente proibido abandonar o serviço ou ausentar-se do posto sem autorização do superior imediato, não será dado ao servidor ausentar-se dele para socorrer vítima de acidente grave sem prévia autorização, sob pena de censura.

c) é dever do servidor comunicar aos superiores fato contrário ao interesse público. A comunicação, porém, não o exime de responsabilidade, haja vista que é dado ao servidor exigir providências de quem, hierarquicamente, possui posição superior.

d) sendo pessoal a responsabilidade de cada servidor, a denúncia de condutas ilícitas incumbe os interessados. Quanto ao servidor, pode abster-se de apresentar provas que conheça sobre ilícitos praticados por seus superiores em razão do princípio da inocência.

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e) guardado o respeito ao princípio constitucional da privacidade, a embriaguez em ambientes privados, ainda que notória e habitual, é insuficiente para motivar censura, desde que o profissional não se apresente embriagado em seu ambiente de trabalho.

18. FUNCAB – AssistenteTécnico I/IBRAM-DF/2010) Sobre o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado no Decreto n° 1.171/94, é INCORRETO afirmar que:

a) toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. b) é vedado ao servidor público retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público. c) a pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de demissão sumária, e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. d) deve o servidor público comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis. e) é vedado ao servidor público deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister.

19. (FCC – PMP/INSS/2012) Considere duas hipóteses:

I. Fernanda, servidora pública civil do Poder Executivo Federal, tem sido vista embriagada, habitualmente, em diversos locais públicos, como eventos, festas e reuniões.

II. Maria, também servidora pública civil do Poder Executivo Federal, alterou o teor de documentos que deveria encaminhar para providências.

Nos termos do Decreto no 1.171/1994,

a) ambas as servidoras públicas não se sujeitam às disposições previstas no Decreto no 1.171/1994.

b) apenas o fato descrito no item II constitui vedação ao servidor público; o fato narrado no item I não implica vedação, vez que a lei veda embriaguez apenas no local do serviço.

c) apenas o fato descrito no item I constitui vedação ao servidor público, desde que ele seja efetivo.

d) ambos os fatos não constituem vedações ao servidor público, embora possam ter implicações em outras searas do Direito.

e) ambos os fatos constituem vedações ao servidor público.

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20. (FCC – PMP/INSS/2012) Nos termos do Decreto no 1.171/1994, a pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação

a) não é necessária para a aplicação da pena; no entanto, exige-se ciência do faltoso.

b) constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

c) constará do respectivo parecer, assinado apenas pelo Presidente da Comissão, com ciência do faltoso.

d) não é necessária para a aplicação da pena, sendo dispensável também a ciência do faltoso.

e) constará do respectivo parecer, assinado apenas pelo Presidente da Comissão, sendo dispensável a ciência do faltoso.

21. (FCC - Agente Legislativo/AL-SP/2010) Ética é o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. A respeito da ética, considere:

I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o serviço público.

II – O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

III – A moralidade na Administração Pública se limita à distinção entre o bem e o mal, não devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum.

IV – A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.

V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade não deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, embora, como cidadão, seja parte integrante da sociedade.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) I, II e IV.

b) I, III e IV.

c) II, III e IV.

d) II, IV e V.

e) III, IV e V.

22. (FCC - Agente Legislativo/AL-SP/2010) Considere as seguintes afirmativas:

O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente

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PORQUE

os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

É correto concluir que

a) as duas afirmativas são falsas.

b) a primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira.

c) a primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa.

d) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.

e) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.

23. (FCC - Agente Administrativo/DNOCS/2010) No que concerne às Regras Deontológicas estabelecidas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é correto afirmar que

a) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como obrigação, independentemente do seu próprio bem- estar, já que, como funcionário público, integrante do Poder Executivo, o êxito desse trabalho é requisito essencial à manutenção de seu cargo, não dizendo respeito ao seu patrimônio e a sua vida particular. b) a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contra- partida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, sendo dissociável de sua aplicação e de sua finalidade. c) a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. d) toda pessoa tem direito à verdade, sendo que o servidor poderá omiti-la, caso seja contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo da opressão, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. e) deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, é comum e normal e, portanto, não causa dano moral aos usuários dos serviços públicos e nem mesmo configura atitude contra a ética ou ato de desumanidade.

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24. (FCC - Agente Administrativo/DNOCS/2010) Com relação às Comissões de Ética dispostas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, considere:

I. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética.

II. Incumbe ao servidor fornecer seu registro da sua conduta ética para a Comissão de Ética, encarregada da execução do quadro de carreira dos servidores, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.

III. A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

IV. Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público, exclusivamente, a pessoa que, por força de lei, preste serviços de natureza permanente condicionada ao recebimento de salário e esteja ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias e as fundações públicas.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e III.

b) I e II.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

GABARITO

1. C 6. E 11. C 16. A 21. A

2. C 7. E 12. E 17. C 22. D

3. E 8. C 13. E 18. C 23. C

4. E 9. E 14. C 19. E 24. A

5. C 10. E 15. E 20. B