Upload
ramiromarques
View
223
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/3/2019 tica de Kant apresentao
1/26
Curso de Educao e Comunicao Multimdia
tica e Deontologia da Comunicao2ano - 3 Semestre 2011/2012
tica de Kant
Immanuel Kant (1724-1804)
8/3/2019 tica de Kant apresentao
2/26
No existe bondade natural.
Por natureza, somos egostas, ambiciosos, destrutivos,
agressivos, cruis, vidos de prazeres que nunca nos
saciam e pelos quais matamos, mentimos, roubamos.
justamente por isso que
precisamos do dever para nos tornarmos seres morais.
Immanuel Kant
8/3/2019 tica de Kant apresentao
3/26
Biografia Immanuel Kant 1724 1804;
Nasceu, viveu e morreu na cidade de Konigsberg, antigo imprio da Prssia Oriental
(Alemanha);
Considerado um dos mais influentes filsofos da modernidade;
Frequentou a Universidade a partir de 1740, como estudante de filosofia e matemtica;
Dedicou-se ao ensino, vindo a desempenhar as funes de professor adjunto (1755-1770) e
depois de professor ordinrio (1770-1796) na Universidade de Konigsberg.
A sua filosofia moral : A base para toda a razo moral a capacidade do homem agir
racionalmente.
Este filsofo viveu defendendo e acreditando sempre no poder da razo, no respeito pelas leis
justas, na autonomia da escolha moral e no papel civilizacional da Educao.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
4/26
A obra de Kant pode ser dividida em dois perodos fundamentais
PR-CRTICO CRTICO
At 1770 corresponde filosofia dogmtica,onde notria a influncia de Leibniz e Wolf;
Realiza importantes estudos na rea das
cincias naturais e em particular da fsica de
Newton;
Mostra-se partidrio da existncia de vida em
outros planetas;
Procura mostrar que Deus existe partindo da
ordem e da beleza do universo.
Corresponde ao despertar do "sono dogmtico"provocado pelo impacto que nele teve a filosofia
de Hume;
Afirmou que todo o conhecimento comea com
a experincia, mas no deriva todo da
experincia;
A realidade em si incognoscvel, tal como
Deus. Esta teoria ir permitir a Kant fundamentar o
dualismo "coisa em si" e o "fenmeno" (o que nos
dado conhecer).
8/3/2019 tica de Kant apresentao
5/26
A exposio kantiana parte de duas distines:
1. A distino entre razo pura terica ou especulativa e razo pura prtica;
2. A distino entre aco por causalidade ou necessidade e aco por finalidade
ou liberdade.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
6/26
Teoria Kantiana
A teoria tica de Kant d-nos um princpio da moral
que pode ser aplicado a todas as questes morais.Kant enuncia-o de vrias maneiras com o objectivo
de esclarecer as suas implicaes.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
7/26
Moralidade Liberdade
Lei MoralDever
ImperativoCategrico
BoaVontade
Aces
Razo
8/3/2019 tica de Kant apresentao
8/26
O princpio da Lei Moral
1. Age como se a mxima de tua aco devesse ser erigida por tua
vontade em lei universal da Natureza;
2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como
na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
3. Age como se a mxima de tua aco devesse servir de lei universal para
todos os seres racionais.(Kant)
8/3/2019 tica de Kant apresentao
9/26
A primeira mxima afirma a universalidade da conduta tica, isto , aquilo
que todo e qualquer ser humano racional deve fazer como se fosse uma lei
inquestionvel, vlida para todos em todo tempo e lugar. A aco por
dever uma lei moral para o agente.
A segunda mxima afirma a dignidade dos seres humanos como pessoas e,
portanto, a exigncia de que sejam tratados como fim da aco e jamaiscomo meio ou como instrumento para nossos interesses.
A terceira mxima afirma que a vontade que age por dever institui um reino
humano seres morais porque racionais e, portanto, dotados de uma vontadelegisladora livre ou autnoma. A terceira mxima exprime a diferena ou
separao entre o reino natural das causas e o reino humano dos fins.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
10/26
O princpio do desinteresse
Age desinteressadamente
A teoria de Kant no impede que a pessoa satisfaa os seus interesses. Oacto deve ser desinteressado mas se, para alm disso, satisfizer interesses, tanto
melhor para o agente; se contrariar interesses, pacincia.
Para este filsofo a dificuldade de praticar o bem a verdadeira marca da
virtude. Tendo em conta isto, o mesmo autor defende que o nosso carcter s mostra
ter valor quando algum pratica o bem, no por inclinao, mas por dever.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
11/26
Imperativo Categrico e Imperativo Hipottico
So sempre subordinados a uma
condio, ou seja, enunciam
um mandamento subordinado a
determinadas condies que
deve ser seguido para obter um
resultado, como exemplo, Se
querer sarar, toma remdio.
desvinculada de qualquer
condies e que foi colocado
por Kant como Age de tal
maneira que o motivo que te
levou a agir possa se convertido
em lei universal, isto , prope
uma aco como boa e
necessria em si mesma.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
12/26
O princpio da Imparcialidade
Decide com Imparcialidade
imparcialidade um valor absoluto, por cima de todos, mesmo que gere
infelicidade.(Kant)
Para Kant significa decidir independentemente de quaisquer interesses. De facto,
Kant pensava, em parte de acordo com o senso comum, que o progresso moral
tambm ajuda felicidade e aos interesses mais dignos das pessoas. Mas ele
sabe que a harmonia entre a moral e a felicidade no certa e que se a aco
moral gerar felicidade ser por acrscimo ou efeito secundrio.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
13/26
O princpio do Dever
Para Kant, o dever uma necessidade interna de realizar uma dada aco
apenas por respeito lei moral (lei prtica). O dever liberta o homem dasdeterminaes a que est submetido, substitui a necessidade natural. O dever
impe ao homem a limitao dos seus desejos e obriga-o a respeitar as leis morais
da razo.
"Age apenas por dever e no segundo quaisquer interesses, motivos ou fins" (Kant).
8/3/2019 tica de Kant apresentao
14/26
Os Deveres Morais e as Convenes Sociais
O dever uma regra estipulada por uma razo desinteressada, imparcial (Kant) .
Kant pensa que, como agentes morais, temos que respeitar certos deveres. E pensa,
alm disso, que tais deveres no resultam dos nossos desejos, pois so-nos impostos
incondicionalmente pela razo.
Mas por que julga Kant que os nossos deveres morais resultam da razo?
A ideia de Kant que toda a moral se baseia num princpio racional fundamental:
racional porque todos o reconhecemos como verdadeiro usando a razo;
fundamental porque dele que derivam todos os nossos deveres morais
especficos, como o de no quebrar promessas ou de ajudar os outros.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
15/26
O princpio da UniversalidadeAge apenas segundo uma mxima tal que possas ao mesmo tempo querer queela se torne lei universal.(Kant)
Kant conclui que, poder querer que uma mxima da nossa aco se transforme em
lei universal: esta a regra pelo qual a julgamos moralmente em geral. Algumas
aces so de tal ordem que a sua mxima nem sequer se pode pensar sem
contradio como lei universal da natureza, muito menos ainda se pode querer que
deva ser tal. Em outras no se encontra, na verdade, essa impossibilidade interna, mas
contudo impossvel querer que a sua mxima se erga universalidade de uma lei
da natureza, pois uma tal vontade se contradiria a si mesma.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
16/26
O princpio da Autonomia
"Age como se a mxima da tua aco se devesse tornar, pela tua vontade, em lei
universal da natureza"e "Age de tal maneira que a vontade pela sua mxima se
possa considerar a si mesma ao mesmo tempo como legisladora universal(Kant)
Para Kant, a autonomia acontece quando uma pessoa ao estabelecer as leis deaco moral para si e, ao segui-las, nada mais faz do que, determinar uma vontade
de acordo com uma lei prpria norteada pela razo independentemente de
motivaes empricas.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
17/26
O princpio do Respeito pela Pessoa
"Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na
pessoa de outrem, sempre e simultaneamente como fim e nunca apenas como
meio.(Kant)
Para Kant, uma pessoa ao cumprir um dever, respeita todos os seres racionais,incluindo ela prpria como pessoa do seu outro. O mesmo querer dizer que essa
pessoa respeita-se e respeita todos os seres racionais, tornando-os como fins da sua
aco.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
18/26
A tica deontolgica de Kant apesar de
profundamente inovadora, no deixa de reflectir algumas
ideias da sua poca - o sculo das Luzes (Iluminismo), das
quais destacamos as seguintes:
8/3/2019 tica de Kant apresentao
19/26
O sculo XVIII divinizou a racionalidade, isto , a possibilidade da razo
guiar a Humanidade e descobrir todos os segredos do Universo.
A cincia devia ocupar o lugar que at a fora da religio.
Kant colocou a razo no centro da sua reflexo filosfica.
RAZO
8/3/2019 tica de Kant apresentao
20/26
As ideias de "autonomia" e "emancipao", omnipresentes no discurso
poltico do sculo XVIII, significavam o fim de todas as formas de
superstio e da opresso poltica e religiosa dos os Homens.
O reconhecimento que todos os homens, independentemente da sua
condio social, tinham capacidades inatas para serem juzes das suas
prprias aces.
LIBERDADE
8/3/2019 tica de Kant apresentao
21/26
BONDADE HUMANA
Kant afirma que a capacidade de distinguir o que certo do que
errado to inata quanto as outras propriedades da razo. No se
trata portanto de ensinar nada, mas de libertar a razo.
Esta ideia torna-se fundamental para a fundamentao de muitas
teorias polticas e ticas, assentes numa viso optimista do ser humano.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
22/26
UNIVERSALIDADE
Kant coloca-se sempre numa perspectiva universal, nomeadamente
na sua reflexo tica. Afirma, por exemplo, que um princpio prtico
(moral) para que tenha validade como lei, tem que tervalidade
universal (tem que valer para toda a vontade ou para a vontade em
geral). nesse sentido que sustenta uma moral formal.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
23/26
O que torna normalmente uma aco boa?
BOA VONTADE
IMPERATIVOCATEGRICO
DEVER
Cumprir o dever pelo dever,
sem esperar nada em troca.
Age segundo uma mxima
tal que possas queres ao
mesmo tempo que se torne
uma lei universal (Lei Moral).
A norma de aco tem que
ser universalizvel.
O Ser Humano tem que ser
assumido como um fim em
si mesmo.
Tem de ser: determinada
apenas pela Razo
desinteressada imparcial
incondicionada conforme
ao dever.
Tem que: respeitar a Lei
Moral.
Ordem: mandamento
racional que nos
apresenta uma aco
como objectivamente
necessria por si mesma.
Implica que se cumpra um
dever tendo em conta
apenas o dever.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
24/26
Legalidade e Moralidade
Kant comea por fazer uma clara distino entre
Em termos formais (Kantianos) esta obrigatoriedade decorre da liberdade e da autonomia
da vontade.
A obedincia apenas para com as decises universalizadas, isto , decises imparciais,
de utilidade geral.
O dever surge como um imperativo categrico - tu deves - o que se impe a uma
conscincia moral inteiramente livre.
ACO BOA ACO NORMALMENTE BOA
Corresponde ao que fazemos em
respeito s leis e normas morais de
uma dada sociedade. Trata-se deuma aco conforme o dever.
Resulta de uma deciso nossa, livre e
incondicionada, que se impe nossa
conscincia como obrigatria, independentedas leis ou normas morais vigentes. Trata-se de
uma aco assumida como um dever e
realizada por dever.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
25/26
Concluso
A tica de Kant , ao contrrio do que se diz, uma tica consequencialista: ela visa
no apenas o mtodo da aco mas a consequncia desta, que irradiar um
contedo, indeterminado a priori, sobre toda a humanidade. Trata-se de um
consequencialismo formal - ou comem todos ou no h moralidade em
linguagem popular - que, em cada caso individual, se transforma emconsequencialismo material ou substancial.
, de facto, um pouco obtusa supor que Kant no visava finalidades,
consequncias, nas mximas (princpios subjectivos de cada indivduo) elevadas a
lei moral.
8/3/2019 tica de Kant apresentao
26/26
Bibliografia Kant, Immanuel; Fundamentao da Metafsica dos Costumes introduo de V.
Soromenho-Marques; traduo de Paulo Quintela Porto Editora
Kant, Immanuel; Critica da Razo Pratica Traduo e Prefcio Afonso Bertagnoli
Verso para eBook eBooksBrasil.com Edies e Publicaes Brasil Editora, SA
Sites consultados
http://pt.shvoong.com/law-and-politics/law/1834438-princ%C3%ADpios-da-autonomia-heteronomia-em/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant
http://www.antroposmoderno.com/biografias/Kant.html
Diogo Moita N 100236011Susana Prazeres N 100236001