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EUGENIO RIOTTO Chant d’Automne EUGENIO RIOTTO Chant d’Automne Câmara Municipal de PONTE DE SÔR 36 EUGENIO RIOTTO Eugenio Riotto nasce em Petralia Soprana (Palermo) a 12 de Junho de 1951. Poucos anos depois muda-se com a família para Roma e mais tarde para Hyéres, na Costa Azul (França), onde descobre a sua vocação artística. Em 1986 regressa a Itália, estabelecendo-se em Viareggio. Aqui encontra Carlo Oreste Stracco, aluno de Giacomo Grosso e antigo professor da Academia Albertina de Turim, que lhe ensina história de arte, desenho à vista a carvão e pintura a pastel e a óleo. Muda-se para Sarzana (Liguria), participa em exposições colectivas, e depois regressa à Toscana e estabelece-se em Pietrasanta (Lucca). É neste momento que se interessa pela escultura. Na realidade, desde sempre que Riottio é atraído pelos volumes, mais do que pelas cores, abordagem já inerente nas suas obras pictóricas. Para exprimir os temas sobre os quais mais reflecte - a psicologia do homem, o seu mundo interior – elimina tudo o que é supérfluo, inclusivé os detalhes anatómicos. A partir de 1993 realiza diversas exposições em Pietrasanta, Camaiore, Pontremoli, Bolonha, Cracóvia; as suas obras são expostas em Florença, Roma, Nova Iorque, Cannes... A 13 de Dezembro de 2004 abre o seu próprio estúdio em Pietrasanta e inicia o seu percurso artístico mais coerente e pessoal, elogiado unanimemente pela crítica. EUGENIO RIOTTO Eugenio Riotto nasce a Petralia Soprana (Palermo) il 12 giugno 1951. Pochi anni dopo si trasferisce con la famiglia a Roma e successivamente a Hyéres, in Costa Azzurra (Francia), dove scopre la propria vocazione artistica. Nel 1966 torna in Italia e si stabilisce a Viareggio. Qui incontra Carlo Oreste Strocco, allievo di Giacomo Grosso ed ex docente presso l’Accademia Albertina di Torino, che gli insegna la storia dell’arte, il disegno dal vero a carboncino, il disegno a pastello e la pittura ad olio. Trasferitosi a Sarzana (Liguria), partecipa a esposizioni collettive, quindi torna in Toscana e si stabilisce a Pietrasanta (Lucca). È qui che si accosta alla scultura. In realtà, da sempre Riotto è colpito più dai volumi che dai colori, approccio già insito nelle sue opere pittoriche. Per esprimere i temi che più sente - la psicologia dell’uomo, il suo mondo interiore - elimina tutto il superfluo, compreso il dettaglio anatomico. A partire dal 1993 realizza personali a Pietrasanta, Camaiore, Pontremoli, Bologna, Cracovia; sue opere sono esposte a Firenze, Roma, New York, Cannes… Il 13 dicembre 2004 apre un proprio studio a Pietrasanta e inizia il suo percorso artistico più coerente e personale, salutato dal favore unanime della critica. Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas

EUGENIO RIOTTO · 2020. 4. 8. · além do supér"uo, rompendo com qualquer referência à mimese e à cópia passiva do fenómeno: são estes os objectivos de um artista da nossa

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EUGENIO RIOTTOChant d’Automne

EUG

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Chan

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Auto

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Câmara  Municipal  dePONTE  DE  SÔR

36

EUGENIO RIOTTO

Eugenio Riotto nasce em Petralia Soprana (Palermo) a 12 de Junho de 1951. Poucos anos depois muda-se com a família para Roma e mais tarde para Hyéres, na Costa Azul (França), onde descobre a sua vocação artística. Em 1986 regressa a Itália, estabelecendo-se em Viareggio. Aqui encontra Carlo Oreste Stracco, aluno de Giacomo Grosso e antigo professor da Academia Albertina de Turim, que lhe ensina história de arte, desenho à vista a carvão e pintura a pastel e a óleo. Muda-se para Sarzana (Liguria), participa em exposições colectivas, e depois regressa à Toscana e estabelece-se em Pietrasanta (Lucca). É neste momento que se interessa pela escultura. Na realidade, desde sempre que Riottio é atraído pelos volumes, mais do que pelas cores, abordagem já inerente nas suas obras pictóricas. Para exprimir os temas sobre os quais mais reflecte - a psicologia do homem, o seu mundo interior – elimina tudo o que é supérfluo, inclusivé os detalhes anatómicos. A partir de 1993 realiza diversas exposições em Pietrasanta, Camaiore, Pontremoli, Bolonha, Cracóvia; as suas obras são expostas em Florença, Roma, Nova Iorque, Cannes... A 13 de Dezembro de 2004 abre o seu próprio estúdio em Pietrasanta e inicia o seu percurso artístico mais coerente e pessoal, elogiado unanimemente pela crítica.

EUGENIO RIOTTO

Eugenio Riotto nasce a Petralia Soprana (Palermo) il 12 giugno 1951. Pochi anni dopo si trasferisce con la famiglia a Roma e successivamente a Hyéres, in Costa Azzurra (Francia), dove scopre la propria vocazione artistica. Nel 1966 torna in Italia e si stabilisce a Viareggio. Qui incontra Carlo Oreste Strocco, allievo di Giacomo Grosso ed ex docente presso l’Accademia Albertina di Torino, che gli insegna la storia dell’arte, il disegno dal vero a carboncino, il disegno a pastello e la pittura ad olio. Trasferitosi a Sarzana (Liguria), partecipa a esposizioni collettive, quindi torna in Toscana e si stabilisce a Pietrasanta (Lucca). È qui che si accosta alla scultura. In realtà, da sempre Riotto è colpito più dai volumi che dai colori, approccio già insito nelle sue opere pittoriche. Per esprimere i temi che più sente - la psicologia dell’uomo, il suo mondo interiore - elimina tutto il superfluo, compreso il dettaglio anatomico. A partire dal 1993 realizza personali a Pietrasanta, Camaiore, Pontremoli, Bologna, Cracovia; sue opere sono esposte a Firenze, Roma, New York, Cannes… Il 13 dicembre 2004 apre un proprio studio a Pietrasanta e inizia il suo percorso artistico più coerente e personale, salutato dal favore unanime della critica.

Ass.  Cult.

Sete  Sóis  Sete  Luas

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Éditions du Festival Sete Sóis Sete Luas

CATÁLOGO N. 36

1) El puerto de las Maravillas – Los navios antiguos de Pisa, 2001. T.: Stefano Bruni e Mario Iozzo. Ed.: PT, ES2) Maya Kokocinsky, Translusion II, 2002. T.: Pinto Teixeira. Introduction de Oliviero Toscani. Ed.: PT, ES.3) Oliviero Toscani, Hardware+Software=Burros, 2002. Ed.: IT, PT.4) As personagens de José Saramago nas artes, 2002. Introduction de José Saramago. Ed.: PT.5) Stefano Tonelli, Nelle pagine del tempo è dolce naufragare (2002). Ed.: IT, PT.6) Luca Alinari, Côr que pensa, 2003. Ed.: PT, ES.7) Riccardo Benvenuti, Fado, Rostos e Paisagens, 2003. Ed.: IT, PT.8) Antonio Possenti, Homo Ludens, 2003. T.: John Russel Taylor et Massimo Bertozzi. Introduction de José Saramago. Ed.: IT, PT.9) Metropolismo – Communication painting, 2004. T.: Achille Bonito Oliva. Ed.: IT, PT. 10) Massimo Bertolini, Através de portas intrasponíves, 2004. Ed.: IT, PT.11) Juan Mar, Viaje a ninguna parte, 2004. Introduction de José Saramago. Ed.: IT, PT.12) Paolo Grimaldi, De-cuor-azioni, 2005. T.: de Luciana Buseghin. Ed.: IT, PT. 13) Roberto Barni, Passos e Paisagens, 2005. T.: Luís Serpa. Ed.: IT, PT.14) Simposio SSSL: Bonilla, Chafer, Ghirelli, J.Grau, P.Grau, Grigò, Morais, Pulidori, Riotto, Ru!no, Steardo, Tonelli, 2005. Ed.: ES, IT, PT.15) Fabrizio Pizzanelli, Mediterrânes Quotidianas Paisagens, 2006. Ed.: IT, PT.16) La Vespa: un mito verso il futuro, 2006. T.: Tommaso Fanfani. Ed.: ES, VAL.17) Gianni Amelio, O cinema de Gianni Amelio: a atenção e a paixão, 2006. T.: Lorenzo Cuccu. Ed.: PT.18) Dario Fo e Franca Rame, Muñecos con rabia y sentimento – La vida y el arte de Dario Fo y Franca Rame (2007). Ed.: ES.19) Giuliano Ghelli, La fantasia rivelata, 2008. T.: Riccardo Ferrucci. Ed.: ES, PT.20) Giampaolo Talani, Ritorno a Finisterre, 2009. T.: Vittorio Sgarbi et Riccardo Ferrucci. Ed.: ES, PT.21) Cacau Brasil, SÓS, 2009. Ed.: PT.22) César Molina, La Spirale dei Sensi, Cicli e Ricicli, 2010. Ed.: IT, PT.23) Dario Fo e Franca Rame, Pupazzi con rabbia e sentimento. La vita e l’arte di Dario Fo e Franca Rame, 2010. Ed.: IT.24) Francesco Nesi, Amami ancora!, 2010. T.: Riccardo Ferrucci. Ed.: PT, ES.25) Giorgio Dal Canto, Pinocchi, 2010. T.: Riccardo Ferrucci e Ilario Luperini. Ed.: PT. 26) Roberto Barni, Passos e Paisagens, 2010. T.: Giovanni Biagioni e Luís Serpa. Ed.: PT.27) Zezito - As Pequenas Memórias. Homenagem a José Saramago, 2010. T.: Riccardo Ferrucci. Ed.: PT.28) Tchalê Figueira, Universo da Ilha, 2010. T.: João Laurentino Neves et Roger P. Turine. Ed.: IT, PT.29) Luis Morera, Arte Naturaleza, 2010. T.: Silvia Orozco. Ed.: IT, PT.30) Paolo Grigò, Il Volo... Viaggiatore, 2010. T.: Pina Melai. Ed.: IT, PT.31) Salvatore Ligios, Mitologia Contemporanea, 2011. T.: Sonia Borsato. Ed.: IT, PT.32) Raymond Attanasio, Silence des Yeux, 2011. T.: Jean-Paul Gavard-Perret. Ed.: IT, PT.33) Simon Benetton, Ferro e Vetro - oltre l’orizzonte, 2011. T.: de Giorgio Bonomi. Ed.: IT, PT.34) Noé Sendas, Parallel, 2011. T.: Paulo Cunha e Silva & Noé Sendas. Ed.: IT, PT, ENG.35) Abdelkrim Ouazzani, Le Cercle de la Vie, 2011. T.: Gilbert Lascault. Ed.: IT, PT.36) Eugenio Riotto, Chant d’Automne, 2011. T.: Maurizio Vanni. Ed.: IT, PT.

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Ponte de Sor (Alentejo, Portugal), 28.05.2011 – 25.06.2011, Centrum Sete Sóis Sete Luas

Promoted Ass. Cult. Sete Sóis Sete LuasCâmara Municipal de Ponte de Sor

Coordination Câmara Municipal de Ponte de SorMarco Abbondanza (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)Pedro Gonçalves (Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor) Production CoordinationMaria Rolli (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas) Installation AssistantsJoão Paulo Pita (Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor)Alexandre Sousa (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

AdministrationSandra Cardeira (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

Graphic DesignSérgio Mousinho Printed Bandecchi & Vivaldi, Pontedera

AcknowledgementsLia Sacchetti Grazzini

[email protected]

Eugenio RiottoChant d’Automne - Homenagem a Charles Baudelaire

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Festival  Sete  Sóis  Sete  Luas

Eugenio Riotto

Chant d’Automne

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Recebemos Eugenio Riotto, em Ponte de Sor, na rede do Festival Sete Sóis Sete Luas com enorme carinho, sabendo que o enriquecimento das nossas comunidades neste projecto ímpar a nível europeu será profundamente importante e motivador.

Ponte de Sor sente-se feliz em receber no Centrum Sete Sóis Sete Luas / Centro de Artes e Cultura tão importante manifestação, fazendo votos que tal seja do agrado de todos, pois esta multiplicidade cultural permite augurar um futuro cada vez mais promissor.

Dr. João José de Carvalho Taveira PintoPresidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor

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Chant d’Automne

É com grande satisfação que acolhemos no Centrum Sete Sóis Sete Luas a exposição “Chant d’Automne”, do artista Eugenio Riotto, que tão bem representa o espírito mediterrânico e è um homen de grande sensibilidade.

Os Centrum Sete Sóis Sete Luas:- são portos em terra: espaços estáveis sem fronteiras. Tal como portos são locais de passagem, de encontro e de diálogo intercultural, onde ecoam as ondas da cultura mediterrânica e do mundo lusófono. Tal como portos são abertos, sem fronteiras. Mas estão em terra. Estão ancorados às raízes do território que os viu nascer e os acolheu. São espaços de socialização, confronto e descoberta para a população local. - são o!cinas artísticas onde importantes personagens do mundo mediterrânico e lusófono chegam, encontram inspiração, criam, dialogam, partilham e partem rumo a novos portos.- são locais de sinergia entre arte, música, turismo cultural e promoção do território.- são projectos arquitectónicos de recuperação de edifícios antigos, abandonados.

Produção, exposição e residências artísticas, laboratórios de criatividade, encontros multiculturais, debates, video-conferências, apresentações, concertos e aperitivos: estas são as principais actividades que animam as “casas” do Festival Sete Sóis Sete Luas. A ampla programação artística, da responsabilidade da associação Sete Sóis Sete Luas, prevê anualmente 7 a 10 projectos de dimensão internacional em cada Centrum SSSL, promovidos de forma coordenada nos portos internacionais SSSL (com a mesma imagem, o mesmo plano de comunicação e o mesmo dia de inauguração) e cujos protagonistas são diversos: os prestigiosos artistas, reconhecidos no seu país de origem, mas não ainda a nível internacional; os jovens talentos; os estudantes que participam nos laboratórios e nos programas de intercâmbio entre as cidades da Rede SSSL;

CENTRUM SETE SÓIS SETE LUASCentros para as Artes do Mediterrâneo e do mundo lusófono

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Anualmente 7.500 visitantes e mais de 35 prestigiosos artistas do Mediterrâneo passam pelas casas do Festival SSSL.

Elementos em comum são:

- o nome: Centrum Sete Sóis Sete Luas;- a imagem do Centrum SSSL: o mosaico de uma onda que se estende sinuosa pela parede externa com os nomes das cidades que fazem parte da Rede dos Centrum SSSL;- a possibilidade de fazer ligações em directo, através da internet, com os diversos Centrum SSSL nos vários países;- um espaço dedicado à colecção permanente, com a memória da actividade local e internacional do Festival SSSL;- uma sala dedicada às exposições temporárias;- um laboratório de criação onde os artistas podem realizar as suas obras durante as residências;- uma art-library e um bookshop onde são apresentados ao público todas as produções culturais, artísticas, editoriais, gastronómicas do Festival Sete Sóis Sete Luas: cd’s, dvd’s, livros, catálogos e os produtos enogastronómicos e artesanais mais representativos dos Países da Rede SSSL;- uma sala de conferências para encontros, apresentações, debates, concertos, inaugurações…- quartos para os jovens estagiários da Rete SSSL e para os artistas;- um jardim mediterrânico e/o atlântico;

Estão neste momento activos os Centros de Pontedera, Ponte de Sor e será inaugurado, dia 21 de Julho, um em Frontignan. O projecto prevê ainda a criação de outros Centros em Marrocos, Espanha, Brasil e Cabo Verde.

Marco AbbondanzaDirector do Festival Sete Sóis Sete Luas

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Chant d’Automne

Para um escultor é indispensável saber ver e interpretar correctamente a forma tridimensional: o corpo humano é o sujeito mais difícil que se pode escolher, mesmo sendo aquele que, naturalmente, devemos conhecer melhor. Imaginar uma forma a partir da realidade, idealizar uma simbiose de !guras, procurar ir além do supér"uo, rompendo com qualquer referência à mimese e à cópia passiva do fenómeno: são estes os objectivos de um artista da nossa contemporaneidade que não se contenta em re-criar as formas já conhecidas.

Eugenio Riotto pode ser considerado uma espécie de neo-humanista: através do seu interesse constante pela !gura humana decompõe e recompõe as estruturas orgânicas, propondo obras que correspondem à essência do pensamento e à síntese de um determinado estado de espírito. As suas !guras ganham consistência nas suas re-criações, no seu ser em eterna dinâmica e constante metamorfose.

O ponto de partida do escultor siciliano encontra-se na sua mente: cada obra corresponde a uma perfeita harmonia entre a ideia e a matéria, entre o pensamento e a forma. Surgem criações polidas e submetidas a tratamentos de extrema subtileza que revelam, na cerebral invenção do ritmo sinuoso, uma sensualidade emergente. Um jogo de cheios e de vazios, uma sucessão de luzes e de sombras e uma projecção inter-dimensional: são estas as sensações que se vivem diante de um baixo-relevo de Riotto. Sinais, pégadas, objectos trazidos a uma nova vida, alternando a forma re-pensada para tornar ainda mais forte um conceito. Cada matéria torna-se representativa de si mesma no momento em que é contada através da sábia direcção do escultor. As pégadas repetem-se com um ritmo obcessivo, mas as aberturas da matéria permitem desvios que conduzem o espectador para além do signi!cado comum de cada pégada. Os baixo-relevos de Riotto possuem um tempo secreto: uma série de elementos simbólicos exaltam um pensamento forte que dirige a composição, uma história sempre nova em evolução, um fragmento de vida a capturar. Surge um mosaico existencial que respira através da magia da história.As suas esculturas monumentais nascem de uma inspiração serena e consciente,

EUGENIO RIOTTO. FRAGMENTOS DE VIDA

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Maurizio Vanni

de uma visão olímpica da vida, da tomada de consciência daqueles valores da existência quem tendem a reconstruir a ordem equilibrada de todas as coisas no contexto de uma mitologia pessoal de formas claras e, talvez, fantásticas. Obras que revelam uma rigorosa síntese e uma constante intensidade espiritual que elevam a sua fruição a uma dimensão mais ideal do que real. As esculturas de Eugenio Riotto podem ser consideradas sínteses de doutrinas !losó!cas, curiosos e cerebrais aforismos, essências de pensamentos e estados de espírito que, através de uma técnica controlada, se transformam, de forma sedutora, em algo plástico esculpido e redondo. Uma sólida instalação tradicional intimidada pela imprevisibilidade de posturas inverosímeis que nos dão sempre a sensação de um movimento centrípeto, ascensorial e puri!cador.

As obras de Riotto apresentam-se como energia no seu estado puro: uma essência evocativa do fenómeno que quer pôr em dúvida a realidade, ao mesmo tempo que a sugere. Riotto propõe-nos a procura da essência de todas as coisas, leva-nos além das aparências, alcançando uma dimensão onde o tempo cronológico deixa espaço ao tempo existencial, capaz de preparar uma fruição poli-sensorial. Só então poderemos encontrar, juntamente com os estados de espírito do escultor, uma parte do amor que cada um de nós está disponível a pôr em jogo, perante uma sensação de êxtase e prazer emotivo.

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Il Bacio

bronze preto40 x 50 x 38 cm

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Passione

bronze preto brilhante34 x 11 x 10 cm

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Maternità

gesso pintado preto43 x 27 x 21 cm

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Maternità

gesso pintado de preto43 x 27 x 21 cm

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Cavallo Sdraiato

bronze preto brilhante25 x 18 x 26 cm

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L’incontro

bronze preto brilhante19 x 14 x 23 cm

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Toro

bronze preto brilhante25 x 25 x 18 cm

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Pesce Meccanico

bronze40 x 28 x 5 cm

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Donna Farfalla

bronze21 x 21 x 10 cm

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Amanti Alati Rossi

bronze patinado a frio80 x 22 x 42 cm

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Amanti con un’ala

modelo em bronze para monumento, banhado a ouro26 x 20 x 8 cm

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Donna Sdraiata

cerâmica banhada a ouro23 x 12 x 14 cm

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Donna Sdraiata

mármore branco de Carrara21 x 31 x 17 cm

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Eva 2000

cerâmica e platina50 x 26 x 4 cm

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Il Profeta

bronze platinado35 x 28 x 8 cm

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Gufo

cerâmica azul35 x 10 x 18 cm

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Gufo

cerâmica banhada a ouro22 x 8 x 18 cm

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Apocalisse

óleo sobre papel100 x 70 cm

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Andróide

terracota60 x 24 x 16 cm

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cerâmica e platina60 x 24 x 16 cm

Andróide

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Chant d’Automne

Per uno scultore è indispensabile saper vedere e interpretare correttamente la forma tridimensionale: il corpo umano è il soggetto più impegnativo che si possa scegliere, pur essendo quello che, naturalmente, dovremmo conoscere meglio. Immaginare una forma partendo dal dato reale, idealizzare una simbiosi di !gure, cercare di andare oltre il dato di super!cie scardinando ogni riferimento alla mimesi e alla copia passiva del dato fenomenico: sono queste gli obiettivi di un artista della nostra contemporaneità che non si accontenta di ri-creare forme conosciute.

Eugenio Riotto potrebbe essere considerato una sorta di neo-umanista: attraverso un interesse costante per la !gura umana, scompone e ricompone le strutture organiche proponendo delle opere che corrispondono all’essenza di un pensiero e alla sintesi di un particolare stato d’animo. Le sue !gure prendono consistenza proprio nella loro ri-creazione, nel loro essere eternamente dinamiche e costantemente in metamorfosi.

Il punto di partenza dello scultore siciliano si trova nella sua mente: ogni opera corrisponde a una compiuta armonia tra l’idea e la materia, tra il pensiero e la forma. Ne scaturiscono creazioni levigate e sottoposte a trattamenti di estrema !nezza che rivelano, nella cerebrale invenzione del ritmo sinuoso, una sensualità a#orante. Un gioco di pieni e di vuoti, un susseguirsi di luci e di ombre e una proiezione interdimensionale: sono queste le sensazioni che si hanno di fronte a un bassorilievo di Riotto. Segni, impronte, oggetti riportati a nuova vita alternati a forme ripensate per rendere ancora più incisivo un concetto. Ogni stele diventa rappresentativa di se stessa proprio nel momento che si racconta attraverso la sapida regia dello sculture. Le tracce si ripetono con un ritmo ossessivo, ma le aperture della materia permettono quelle digressioni che conducono lo spettatore oltre il signi!cato ordinario di ogni singola orma. I bassorilievi di Riotto possiedono un proprio tempo segreto: una serie di elementi simbolici esaltano un pensiero forte che presiede la composizione, una storia sempre nuova in divenire,

EUGENIO RIOTTO. FRAMMENTI DI VITA

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un frammento di vita da a$errare. Ne scaturisce un mosaico esistenziale fatto respirare attraverso la magia del racconto.

Le sue sculture monumentali nascono da un’ispirazione serena e consapevole, da una visione olimpica della vita, dalla presa di coscienza dei quei valori dell’esistenza che tendono a ricostruire l’ordine equilibrato di tutte le cose nel contesto di una personale mitologia di forme chiare e, talvolta, immagini!che. Opere che palesano una rigorosa sinteticità e una costante intensità spirituale che elevano la loro fruizione a una dimensione più ideale che reale. Le sculture di Eugenio Riotto potrebbero essere considerate sintesi di dottrine !loso!che, curiosi e celebrali aforismi, essenze di pensieri e stati d’animo che, attraverso una tecnica controllata, si trasformano in forma seducente, in plastica incisa e rotonda. Un solido impianto tradizionale viene minato dall’imprevedibilità di posture inverosimili che danno sempre la sensazione di un moto centripeto, ascensionale e puri!catore.

Le opere di Riotto si presentano a noi come energia allo stato puro: una suggestiva essenza del dato fenomenico che vuole mettere in dubbio la realtà proprio laddove la suggerisce. Riotto ci propone di indagare l’essenza di tutte le cose, ci suggerisce di andare oltre ogni apparenza per giungere in quella dimensione dove il tempo cronologico lascia spazio a quel tempo esistenziale in grado di prepararci a una fruizione polisensoriale. Solo allora sarà possibile ritrovare, insieme agli stati d’animo dello scultore, una parte dell’amore che ognuno di noi è pronto a mettere in gioco di fronte a una sensazione di estasi e di piacere emotivo.

Maurizio Vanni

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Siamo molto lieti di accogliere nel Centrum Sete Sóis Sete Luas l’esposizione “Chant d’Automne” dell’artista Eugenio Riotto, che ben rappresenta lo spirito mediterraneo ed è maestro di sensibilità.

I Centrum Sete Sóis Sete Luas:

- sono porti di terra: spazi stabili senza frontiere. Del porto hanno l’essere luoghi di passaggio, d’incontro e di dialogo interculturale in cui riecheggiano le onde delle culture mediterranee e del mondo lusofono. Del porto hanno l’essere aperti, senza frontiere. Ma sono di terra. Sono ancorati alle radici del territorio che li ha visti nascere e li ospita. Sono spazi di aggregazione, confronto e scoperta per la popolazione locale. - sono o"cine artistiche in cui importanti personaggi del mondo mediterraneo e lusofono trovano ispirazione, sostano, creano, dialogano, condividono e ripartono.- sono luoghi di sinergia tra arte, musica, turismo culturale e promozione del territorio.- sono nati da progetti architettonici di recupero di edi!ci in disuso.

Produzioni, esposizioni e residenze artistiche, laboratori di creatività, incontri multiculturali, dibattiti, video-conferenze, presentazioni, concerti e aperitivi: queste sono le principali attività che animano le “case” del Festival Sete Sóis Sete Luas. L’ampia programmazione artistica, di responsabilità dell’associazione Sete Sóis Sete Luas, prevede 7-10 progetti di dimensione internazionale annui in ogni Centrum SSSL, che vengono promossi in maniera coordinata nei porti internazionali SSSL (con la stessa immagine, lo stesso piano di comunicazione e lo stesso giorno d’inaugurazione) ed i cui protagonisti sono molteplici: i prestigiosi artisti, a$ermati e quotati nel proprio paese d’origine ma non ancora a livello internazionale; i giovani talenti; gli studenti che partecipano ai laboratori ed ai programmi di scambio tra le città delle Rete SSSL.

Annualmente 7.500 visitatori e più di 35 prestigiosi artisti del Mediterraneo

CENTRUM SETE SÓIS SETE LUASCentro per le Arti del Mediterraneo e del mondo lusofono

Chant d’Automne

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Marco AbbondanzaDirettore Festival Sete Sóis Sete Luas

passano per le case del Festival SSSL.

Elementi comuni sono:

- il nome: Centrum Sete Sóis Sete Luas;- l’immagine simbolo del Centrum SSSL: un’onda mosaico si snoda sinuosa sulla parete esterna con i nomi delle città che fanno parte della Rete dei Centrum SSSL;- la possibilità di collegare in diretta, attraverso internet, i diversi Centrum SSSL nei vari paesi;- uno spazio dedicato alla collezione permanente, depositario della memoria delle attività locali ed internazionali del Festival SSSL;- una sala dedicata alle mostre temporanee;- un laboratorio di creazione dove gli artisti potranno realizzare le loro opere durante le residenze;- un art-library e un bookshop dove vengono presentate al pubblico tutte le produzioni culturali, artistiche, editoriali, gastronomiche del Festival Sete Sóis Sete Luas: cd’s, dvd, libri, cataloghi e i prodotti enogastronomici e artigianali più rappresentativi dei Paesi della Rete SSSL;- una sala conferenze per incontri, presentazioni, dibattiti, concerti, inaugurazioni…- foresterie per i giovani stagisti della Rete SSSL e per gli artisti;- un giardino mediterraneo e/o atlantico;

Sono al momento attivi i Centrum di Pontedera, Ponte de Sor e inaugurerà il 21 luglio quello di Frontignan. Il progetto prevede la creazione di altrettanti Centri in Marocco, Spagna, Brasile e Capo Verde.

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Festival Sete Sóis Sete Luas

CATÁLOGO N. 36

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