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IESDE Brasil S.A. Curitiba 2012 Edição revisada Empreendedorismo Evandro Paes dos Reis Álvaro Cardoso Armond

Evandro Paes dos Reis Álvaro Cardoso Armond · Especialista nas áreas de Planejamento e Estraté - gia, Marketing e Investimentos. Graduado em Ad-ministração de Empresas pela

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IESDE Brasil S.A.Curitiba

2012

Edição revisada

Empreendedorismo

Evandro Paes dos ReisÁlvaro Cardoso Armond

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© 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

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R299e Reis, Evandro Empreendedorismo / Evandro Paes dos Reis, Álvaro Cardoso Armond. - 1.ed., rev. - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2012. 370p. : 24 cm Inclui bibliografia ISBN 978-85-387-3234-1 1. Empreendedorismo. I. Armond, Álvaro. II. Título.

12-7498. CDD: 658.42 CDU: 658.42

16.10.12 19.10.12 039698 ________________________________________________________________________________

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Evandro Paes dos Reis

Álvaro Cardoso Armond

MBA pela Fuqua School of Business da Duke University, nos Estados Unidos. Especialista em Marketing pela Wharton School da Universida-de da Pensilvânia, Estados Unidos. Graduado em Ciências da Computação pela Universidade Católica de Santos. Professor de Empreendedo-rismo e Gestão da Tecnologia da Universidade São Marcos. Empresário e consultor de empre-sas internacionais.

Mestre em Administração de Empresas na Uni-versidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo. Especialista nas áreas de Planejamento e Estraté-gia, Marketing e Investimentos. Graduado em Ad-ministração de Empresas pela Fundação Arman-do Álvares Penteado (FAAP). Diretor Presidente da Cia. Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Professor nos cursos de Graduação, Certificates e MBA do Ibmec São Paulo. Consultor na área de Educação Corporativa e Executiva, com projetos e trabalhos voltados para o Mercado Financeiro, Ad-ministração de Investimentos, Gestão Corporativa e Empreendedorismo.

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Conceituando o empreendedorismo 13

13 | O que é empreendedorismo?

15 | O empreendedor

16 | Visão histórica do empreendedorismo

18 | Empreendedorismo no Brasil

20 | Tipos de empreendedorismo

21 | Oportunidades e financiamentos

22 | Plano de negócios (business plan)

23 | Planejamento financeiro

24 | Aspectos legais

25 | Os 10 mandamentos de um bom empreendedor

26 | Conclusão

Comportamento empreendedor 35

41 | A abordagem comportamental e seus desdobramentos

46 | O empreendedor e sua formação

47 | Ensinando empreendedorismo

49 | Empreendedor versus administrador

Empreendedorismo de start-up 71

71 | Onde obter ideias?

74 | Documentando ideias

75 | As perguntas-chave de um negócio

76 | O que é visão?

78 | O que é missão?

81 | Quais são os objetivos e as metas?

81 | Medição de objetivos

82 | Balanced scorecard

Aquisições de empresas 105

105 | Quando comprar ao invés de montar um negócio?

108 | Avaliando um negócio

117 | O processo de aquisição

120 | Negociando

121 | Contratos

124 | Plano de transição

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Plano de negócios 133

133 | O que é um plano de negócios?

134 | Por que fazer o plano de negócios?

137 | Como fazer um plano de negócios

141 | Principais características de um plano de negócios

143 | Qual o tamanho ideal de um plano de negócios?

144 | Planejando

148 | Plano de marketing e vendas

152 | Operações

153 | Plano financeiro

154 | Modelo de plano

155 | Impactos sociais e ambientais

Oportunidades e financiamentos 167

167 | Ideias versus oportunidades

169 | Avaliando uma oportunidade

171 | Simulação Monte Carlo

175 | Obtendo financiamento

Empreendedorismo corporativo197

197 | O que é empreendedorismo corporativo?

199 | Quem é o empreendedor corporativo?

200 | Aplicando empreendedorismo a empresas estabelecidas

204 | O empreendedor corporativo no Brasil

206 | Desenvolvendo ambientes propícios ao empreendedorismo corporativo

214 | O perfil do empreendedor corporativo

219 | Google, um modelo do empreendedorismo do século XXI

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Planejamento financeiro 235

236 | Plano financeiro

237 | Balanço patrimonial

238 | Demonstração de resultados

239 | Fluxo de caixa

240 | Ponto de equilíbrio

241 | Índices financeiros

242 | Técnicas de análise de investimentos

251 | Balanço

252 | Fluxo de caixa

Inovação 263

263 | O que é inovação?

265 | O papel da inovação no empreendedorismo

271 | Comunicação e inovação

273 | Inovação tecnológica como diferencial competitivo

275 | O fator humano na inovação

283 | Para empreender é necessário inovar?

Franquias 293

293 | O que é uma franquia?

294 | Por que franquias fazem tanto sucesso?

295 | Diferenças entre Permissão, Concessão, Franquias e Licenciamento

297 | Como determinar se franquia é uma opção para o empreendedor?

298 | Como saber se uma franquia é a melhor opção para um negócio?

305 | As franquias no Brasil

306 | Tipos de franquias

307 | Como desenvolver franquias de sucesso

309 | Os aspectos legais do sistema de franquias

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Aspectos legais

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319 | Abertura da empresa

320 | Constituição de uma Sociedade Civil

322 | Constituição de uma Sociedade Mercantil

325 | Constituição de firma individual

326 | Contrato Social

327 | Enquadramento tributário

330 | Empresas e o Código Civil

331 | Impostos e tributos

337 | Propriedade intelectual

339 | Direitos autorais

340 | Marcas e patentes

341 | Licenciamentos

342 | Aspectos ambientais

Revisão e exploração do case Advance Marketing 351

353 | Executivo versus empreendedor

354 | Avaliação das oportunidades de negócio

354 | Forças e Fraquezas

355 | Sociedade nos negócios

355 | Recursos utilizados na criação dos negócios

356 | Plano de negócios

356 | Momento mais crítico

356 | Momento de maior satisfação

357 | Lados positivo e negativo de ser empreendedor

357 | Se faria tudo de novo

357 | Conselhos para quem quer se tornar um empreendedor

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Apresentação Em

preendedorismo

Empreendedorismo. Uma palavra relativamente simples que esconde um conceito muito pode-roso, move a economia mundial e permite às pessoas realizarem seus sonhos e mudarem o mundo para a melhor. Mas o que é empreendedorismo? Como ele fun-ciona? A pessoa já nasce empreendedora? Como ser um empreendedor? Quais são os tipos de empreendedorismo? O que diz a lei a respeito do empreendedorismo? Como fazer um plano de negócios?A ideia de escrever esse livro nasceu da necessi-dade de responder a essas e outras perguntas que circundam o universo do empreendedorismo. Com mais de 20 anos de experiência na gestão e montagem de negócios, os professores Evandro Paes dos Reis e Álvaro Cardoso Armond procu-ram explicar ao leitor os principais conceitos do empreendedorismo. O objetivo é permitir algo prático que possa ser aplicado imediatamente por aqueles que se interessarem em entrar no mundo dos empre-endimentos ou desejam se aperfeiçoar por já estarem “embriagados” com as características de ser empreendedor.Nos temas abordados o leitor poderá encontrar as principais definições sobre o empreendedo-rismo, bem como ideias e formas de encarar esse mundo, além de entender o “comporta-mento empreendedor”, e ter respostas para per-guntas como: “Quem é o empreendedor? Qual seu perfil? É possível aprender a ser empreende-dor?” São perguntas simples, mas que embutem um profundo conhecimento sobre como deve ser aquele que se diz empreendedor.

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Em start-up, o leitor aprenderá como iniciar um negócio do zero. Em 90% dos casos, quando fala-mos de empreendedorismo, estamos falando de start-up, e isso requer uma análise detalhada dos conceitos. Será apresentada uma nova forma de empreen-der, ou seja, através de aquisições, uma modali-dade até pouco tempo não muito utilizada no país por pequenos empresários, mas que hoje toma corpo e começa a ser uma alternativa real. Planos de negócios são muito importantes para o sucesso de empreendimentos, portanto, saber em detalhes como fazê-los é de primordial im-portância para um empreendedor que deseja sucesso. O capítulo “empreendedorismo corporativo” mostra como aplicar os conceitos de empreen-dedorismo em sua empresa. Planejamento financeiro, também aqui aborda-do, é talvez o assunto mais importante em um negócio e muitas vezes relegado em segundo plano. O livro mostra o quanto ele é importante e como fazê-lo de forma correta. Outro assunto que anda de mãos dadas com o empreendedorismo é a inovação. E de nada adianta um planejamento adequado sobre uma ideia revolucionária se os aspectos legais não são levados em consideração, assunto esse a ser abordado em “aspectos legais”. Quais são as regras que um empreendedor deve seguir? O que diz a legislação? Que impostos pagar? Essas e outras perguntas serão abordadas e explicadas neste livro.Esperamos que o livro seja muito prazeroso em sua leitura, assim como ele foi prazeroso para nós no processo de escrita.

Bons negócios.

Em

preendedorismo

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Escrever um livro não é tarefa fácil. Nem é uma tarefa solitária. Dizer “eu escrevi um livro” é uma das maiores injustiças que um autor pode come-ter, pois ninguém é capaz de escrever um livro sozinho. E não foi diferente no nosso caso. Con-tamos com ajuda de alunos, professores, colegas e até de desconhecidos. Muitos nem sabem que ajudaram. Mas alguns foram de participação vital para que nosso livro sobre empreendedo-rismo se tornasse uma realidade. Entre eles des-tacamos os professores José Dornellas e Eduar-do Bom Angelo pelo fornecimento de material, dicas e textos que embasaram nossos estudos. Professores, esse livro também é de vocês. O professor Ruy Moura com sua sabedoria “mile-nar” sobre tantas coisas, mas especialmente em aquisições e estruturações financeiras. Profes-sor, muito obrigado. À equipe da Endeavor que sempre nos proporciona excelentes conteúdos e apoio para fazer do empreendedorismo mais do que uma disciplina acadêmica. Não poderíamos deixar de agradecer ao pesso-al do IESDE pela sua paciência e apoio durante os meses que ficamos juntos na confecção de nosso material. Um grande muito obrigado.

Agradecimento Em

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Conceituando o empreendedorismo

Alguns homens veem as coisas como são, e perguntam: “Por quê?” Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: “Por que não?”

Bernard Shaw

O que é empreendedorismo? Quem é o empreendedor? Quais as opções para quem quer criar um negócio? É possível ser empreendedor sem ser em-presário? Esses e outros tópicos serão abordados de forma clara e objetiva, embasando todo o conteúdo do livro.

O que é empreendedorismo?Mas afinal, o que é empreendedorismo? Mais do que uma palavra da

moda no Brasil e no mundo hoje, empreendedorismo é uma estilo de vida que pode ser aplicado no mundo profissional das mais diversas formas.

Há diversas definições para a palavra empreendedorismo.

Robert Menezes, professor de Empreendedorismo da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), define: "Empreendedorismo é aprendizado pessoal que, impulsionado pela motivação, criatividade e iniciativa, busca a descoberta vocacional, a percepção de oportuni-dades e a construção de um projeto de vida ideal. Ser empreendedor é preparar-se emocionalmente para o cultivo de atitudes positivas no planejamento da vida. É buscar o equilíbrio nas realizações conside-rando as possibilidades de erros como um processo de aprendizado e melhoramento. Ser empreendedor é criar ambientes mentais criati-vos, transformando sonhos em riqueza."

Para Eder Luiz Bolson1, autor do livro Tchau, Patrão! (Editora Senac) “Em-preendedorismo é um movimento educacional que visa desenvolver pessoas dotadas de atitudes empreendedoras e mentes planejadoras”.

Louis Jacques Fillion2 disse que o empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões.

1 Disponível em: <www.tchaupatrao.com.br/autor.htm>.

2 Professor de empreende-dorismo da H.E.C. Montreal Business School, do Canadá.

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Jeffry Timmons3 disse que o empreendedor é alguém capaz de iden-tificar, agarrar e aproveitar a oportunidade, buscando e gerenciando recursos para transformá-la em negócio de sucesso.

Do ponto de vista etimológico, a palavra empreendedorismo vem do francês entrepreneur e quer dizer “aquele que está entre” ou “interme-diário”. Ao contrário do que muitos pensam, o termo é usado desde a Idade Média e definia pessoas que eram encarregadas de projetos de produção em larga escala.

Uma das definições mais aceitas hoje em dia e embasadora deste li-vro é dada pelo estudioso de empreendedorismo, Robert Hisrich4, em seu livro Empreendedorismo. Segundo ele, empreendedorismo “é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal”.

Síndrome do empregadoO termo síndrome do empregado nasceu com o personagem “Seu

André,” do livro O Segredo de Luísa, do autor brasileiro Fernando Dolabela. “Seu André”, preocupado em explicar a ineficácia de grande parte dos em-pregados da sua indústria, disse: “eles estão contaminados com a síndrome do empregado”.

A síndrome do empregado designa um empregado:

desajustado e infeliz, com visão limitada;

que tem dificuldade para identificar oportunidades;

é dependente, necessita de alguém para se tornar produtivo;

sem criatividade;

sem habilidade para transformar conhecimento em riqueza, descui-da de outros conhecimentos que não sejam voltados à tecnologia do produto ou à sua especialidade;

tem dificuldade de autoaprendizagem, não é autossuficiente, exige supervisão e espera que alguém lhe forneça o caminho;

3 Jeffry A. Timmons é consi-derado uma das maiores au-to ridades mundiais em em-preendedorismo. É doutor em administração de empre-sas, professor emérito de em-pre endedorismo do Babson College e autor do livro New Ven ture Creation, um dos dez mais da lista da revista Inc. dos EUA.

4 Professor de Global Entre-preneurship e Diretor do Glo-bal Entrepreneurship Center em Thunderbird.

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domina somente parte do processo, não busca conhecer o negócio como um todo: a cadeia produtiva, a dinâmica dos mercados, a evolu-ção do setor;

não se preocupa com o que não existe ou não é feito: tenta entender, especializar-se a melhorar somente no que já existe;

mais faz do que aprende;

não se preocupa em formar sua rede de relações, estabelece baixo nível de comunicações;

tem medo do erro, não trata como uma aprendizagem;

não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em pro-dutos/serviços;

não sabe ler o ambiente externo: ameaças;

não é proativo.

O empreendedorO que é um empreendedor? Na mais estreita definição da palavra, um

empreendedor é aquele indivíduo que empreende, ou seja, que busca reali-zar tarefa difícil e trabalhosa.

Embora um empreendedor ideal não tenha seu perfil facilmente defini-do, ele deve ter algumas características inerentes ao desafio: deve ser tole-rante a riscos; ter disciplina e capacidade planejadora; ser capaz de visualizar mentalmente seu empreendimento antes que o mesmo tenha iniciado; ter capacidade de liderar pessoas e processos; ser flexível e tolerar erros, apren-dendo com os mesmos.

Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, querendo ser reconhecidas e admiradas.

Alguns exemplos de empreendedores famosos:

Bill Gates, Microsoft.

Antonio Ermírio de Moraes, Grupo Votorantim.

Jorge Gerdau Johannpeter Gerdau, Grupo Gerdau.

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Steve Jobs, Apple.

Anita Roddick, The Body Shop.

Henry Ford, Ford Motor Co.

Sam Walton, Wal-Mart.

Akio Morita, Sony.

Thomas Watson, IBM.

Visão histórica do empreendedorismoO mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de

tempo, principalmente pelas invenções criadas no século XX, revolucionan-do o estilo de vida das pessoas.

Por trás dessas invenções, existem pessoas ou equipes de pessoas com características especiais, que são visionárias, questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer, enfim, empreendem.

Algumas invenções e conquistas do século XX feitas por empreendedores:

Tabela 1 – Invenções do século XX

1903 Avião motorizado

1915 Teoria geral da relatividade de Einstein

1923 Aparelho televisor

1928 Penicilina

1937 Náilon

1943 Computador

1945 Bomba atômica

1947 Descoberta da estrutura do DNA abre caminho para a engenharia genética

1957 Sputnik, o primeiro satélite

1958 Laser

1961 O homem vai ao espaço

1967 Transplante de coração

1969 O homem chega à Lua; início da internet, Boeing 747

1970 Microprocessador

1993 Clonagem de embriões humanos

1997 Primeiro animal clonado: a ovelha Dolly

2000 Sequenciamento do genoma humano

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O primeiro uso do conceito de empreendedorismo é creditado a Mar-co Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. Marco Polo5, um viajante veneziano do fim da Idade Média, junta-mente com o seu pai, Nicolau Polo, e o seu tio, Maffeo, foi um dos pri-meiros ocidentais a percorrer a Rota da Seda. O seu relato detalhado das viagens pelo Oriente, incluindo a China, foi durante muito tempo uma das poucas fontes de informação sobre a Ásia no Ocidente. Suas aventuras têm todos os ingredientes de um empreendimento moder-no: uma visão (de que o mundo possui riquezas inexploradas), uma missão (trazer essas riquezas para a Itália), investidores (Marco Polo obteve dinheiro da corte italiana bem como empresários locais), riscos (ninguém jamais havia feito suas viagens) e expectativa de retorno (as riquezas trazidas por Marco Polo seriam muitas vezes maior que o in-vestimento feito).

Idade MédiaNa Idade Média, o termo empreendedorismo foi utilizado para definir

aquele que gerenciava os grandes projetos de produção.

Esses indivíduos não assumiam grandes riscos, apenas gerenciavam os projetos, utilizando os recursos disponíveis, geralmente provenientes do go-verno do país.

Século XVIIOs primeiros indícios de empreendedorismo ocorreram quando o em-

preendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar alguns serviços ou fornecer produtos.

Século XVIIINesse século, o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferen-

ciados, devido ao início da industrialização que ocorria no mundo.

Como exemplo, temos o caso de pesquisas referentes à eletricidade e química, de Thomas Edison, que contou com o auxílio de investidores que financiavam os seus experimentos.

5 Disponível em: <http://geography.about.com/cs/marcopolo/a/marcopolo.htm>.

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Século XIX e XXNo final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram

frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores (o que ocorre até hoje), sendo analisados meramente sob o ponto de vista econô-mico, como aqueles que organizam as empresas, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço do capitalista.

Empreendedorismo no BrasilNo Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de

1990, durante a abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos e de confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país precisou mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder competir e voltar a crescer. O governo deu início a uma série de reformas, controlando a inflação e ajustando a economia. Em poucos anos, o país ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A eco-nomia voltou a crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de trabalho. Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportações aumentaram. Juntas, essas empresas empregam cerca de 40 milhões de trabalhadores.

Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos mostram que o suces-so nos negócios depende principalmente de nossos próprios comporta-mentos, características e atitudes, e não tanto do conhecimento técnico de gestão como se imaginava até pouco tempo atrás. No Brasil, apenas 14% dos empreendedores têm formação superior e 30% sequer concluíram o Ensino Fundamental, enquanto que nos países desenvolvidos, 58% dos em-preendedores possuem formação superior. Quanto mais alto for o nível de escolaridade de um país, maior será a proporção de empreendedorismo por oportunidade.

Com o seu crescimento, o empreendedorismo começou a receber apoio mais estruturado, como de entidades de apoio como o Serviço Brasileiro

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de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Tais entidades visavam dar uma formatação mais profissional ao uso do empreendedorismo como forma de negócios.

O Sebrae surgiu em 1972 como resultado de iniciativas pioneiras de diver-sas entidades que estimularam o empreendedorismo no país. Desde então, o Sebrae vem contribuindo significativamente para o desenvolvimento do Brasil, na medida em que dá suporte a um segmento responsável por 99,23% dos negócios do país e que gera 28,7 milhões de empregos: as micro e pe-quenas empresas.

São cerca de 14,9 milhões de empreendimentos, sendo 4,5 milhões for-mais e mais de 10,3 milhões informais. Apoiando a abertura e a expansão dos pequenos negócios, o Sebrae transforma a vida das pessoas e contribui para o desenvolvimento sustentável das comunidades. Ou seja, é um servi-ço essencialmente cidadão e comprometido com a construção de um país melhor e uma sociedade mais justa e equilibrada.

Tomando como base o Sebrae, outras instituições de classe resolvem for-matar seus próprios órgãos. Na indústria de software temos a Softex, criada na década de 1990, com o intuito de levar as empresas de software do país ao mercado externo, por meio de várias ações que proporcionavam ao em-presário de informática a capacitação em gestão e tecnologia.

Mas o Brasil não parou por aí. Entre 1999 e 2002, o programa Brasil Em-preendedor, criado pelo Governo Federal, capacitou mais de 6 milhões de empreendedores de todo o país e ofereceu mais de R$8 bilhões em crédito em mais de 5 milhões de operações financeiras. Não é um número para se desprezar.

Já no âmbito de capacitação do empreendedor, um dos mais famosos e bem-sucedidos programas disponíveis ao empreendedor brasileiro é o cha-mado Empretec.

O Empretec é um programa internacional que reúne a ONU, a Agência Brasileira de Cooperação, órgão do Ministério das Relações Exteriores, e o Sebrae, como responsável pela sua execução no Brasil.

A figura central do programa é o empreendedor que, ao participar, en-contra as condições para aperfeiçoar suas características individuais.

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O principal objetivo do Empretec é promover o desenvolvimento das em-presas existentes, bem como o surgimento de novas, treinando-as e prestan-do a assistência técnica necessária ao seu crescimento e viabilização econô-mica e social, de forma a estimular sua competitividade no mercado.

O projeto Empretec é desenvolvido, basicamente, por um intensivo pro-grama de treinamento, combinando aspectos comportamentais do empre-endedor e exercícios práticos que visam o aperfeiçoamento das habilidades do empreendedor voltadas para criação e gestão de negócios.

O workshop tem uma carga horária intensiva com duração de nove dias subsequentes e oito horas/dia.

O número de participantes do Empretec varia de no mínimo 25 e no máximo de 32 participantes.

Participando do Empretec, empreendedores podem:

detectar oportunidades de negócios;

estabelecer metas desafiadoras;

melhorar sua eficiência;

aumentar seus lucros em situações complexas;

satisfazer seus clientes;

fornecer produtos e serviços de alta qualidade;

utilizar múltiplas fontes de informação;

desenvolver planos de negócios;

tomar e sustentar decisões frente a adversidades;

calcular e correr riscos;

aumentar seu poder pessoal.

Tipos de empreendedorismoExistem dois tipos de empreendedorismo: o empreendedorismo de start-

up (ou de criação de empresas) e o intraempreendedorismo (ou empreende-dorismo corporativo).

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O mais comum e conhecido tipo de empreendedorismo é o empreende-dorismo de start-up, que consiste na criação de empresas que viabilizarão o sucesso de um negócio. Sempre que escutamos que alguém é um empreen-dedor logo temos na mente a imagem de uma pessoa que é dona de uma empresa.

Muitas pessoas abandonam sua vida empresarial para iniciar seus pró-prios negócios na esperança de poder empreender.

O empreendedorismo de start-up oferece maiores recompensas e apre-senta os maiores riscos para o empreendedor, afinal ele deve suportar todas as necessidades de seu negócio.

A decisão de iniciar um novo empreendimento não é uma decisão fácil. Mesmo assim, todos os anos, milhões de empresas novas são criadas no mundo, independente de recessão ou conjuntura econômica.

As razões pelas quais um indivíduo decide iniciar um novo empreendi-mento podem variar, mas todos têm em comum o desejo de fazer algo novo e obter uma recompensa quando do momento apropriado.

O primeiro passo que um empreendedor precisa dar em um start-up é definir se existe realmente uma oportunidade de negócio para a ideia que se teve. A análise de oportunidade é fator preponderante antes que qualquer investimento seja feito.

Conversar com potenciais clientes e parceiros, analisar pesquisas de mer-cado e validar através de protótipos são algumas das técnicas usadas para validar uma oportunidade.

Porém, há um outro tipo de empreendedorismo cada vez mais forte em nossa sociedade, o empreendedorismo corporativo ou intraempreende-dorismo. Ele é caracterizado pelo emprego das técnicas de empreende-dorismo por funcionários em empresas estabelecidas. A diferença básica é que nesse modelo o ambiente é mais controlado e os riscos mitigados com maior precisão.

Oportunidades e financiamentosAntes de iniciar qualquer atividade mais comprometedora relativa a um

empreendimento devemos dar dois importantes passos iniciais: definir se

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realmente o empreendimento apresenta uma oportunidade de negócios e como financiá-lo.

Como saber se minha ideia é um bom negócio? Não existe fórmula mágica para definir com precisão se uma ideia pode se tornar um bom negócio, até porque um bom negócio depende da implementação e esforço contínuo do empreendedor. Entretanto, algumas fontes podem servir de base para a identificação: associações de classe, amigos empresários, pesquisas de mer-cado, experiência prévia, potenciais clientes, entre outros.

Intuição também é algo fortemente presente em empreendedores e con-fiar nela pode, em alguns casos, servir como ponto de início de uma investi-gação mais profunda.

O mais importante é saber se os riscos serão suportáveis. Para isso, o ta-manho de mercado e a duração da janela de oportunidade devem ser defini-dos e medidos contra o nível de tolerância, habilidades do empreendedor e planejamento financeiro. É aqui que entra o plano de negócios, ou o business plan.

Plano de negócios (business plan)Você já deve ter escutado a frase: “Para que esse negócio saia do papel...”.

Ela é muito usada em nosso dia a dia, mas nunca prestamos muito atenção ao seu real significado: que um negócio antes de existir fisicamente deve existir no papel, ou seja, deve ser planejado cuidadosamente. Para isso serve o plano de negócio.

Ele procura organizar e demonstrar todas as ideias do empreendedor, desde como o negócio irá se comportar, passando pela descrição de produ-tos, serviços, sócios, mercado, concorrentes, visão e missão de um negócio. Sem falar de todo o lado financeiro, como quanto de dinheiro o negócio irá gerar, quanto de capital ele irá necessitar e como esse capital será usado. Tudo isso deve ser bem documentado de forma a dar subsídios a potenciais investidores para uma tomada de decisão rápida e precisa.

Aliás, o planejamento estratégico e financeiro é muito importante na obtenção de capital para o novo empreendimento. Mesmo que o dinheiro investido seja próprio, o planejamento deve ser cuidadoso e profundo (não precisa ser muito detalhado, mas precisa ser consistente).

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Uma vez feito o planejamento, devemos nos preocupar em como finan-ciar o empreendimento. Embora existam diversas formas de financiamento, nem sempre é claro qual a melhor em determinadas fases do negócio. Mas uma máxima do empreendedorismo é válida: se o negócio for bom sempre haverá capital disponível para ele.

Entre as formas disponíveis de financiamento temos: capital próprio, do-ações de membros da família, empréstimos familiares e de amigos, emprés-timos bancários, sociedade capitalista (em que um sócio recebe parte do ne-gócio em troca de participação no mesmo), subsídios públicos, entre outros.

O mais importante é saber se o financiamento será capaz de sustentar o negócio até que o mesmo gere receitas suficientes para sua sobrevivência, o chamado lucro operacional.

O financiamento deve ser capaz de cobrir despesas iniciais, tais como ins-talações, equipamentos, documentação etc. e despesas operacionais, aque-las que dizem respeito à operação do negócio no dia a dia, tais como salários, administração, manutenção de equipamentos, despesas com vendas, entre-gas, logísticas etc.

Planejamento financeiroDe acordo com portal de empreendedores do Sebrae, planejamento é

o trabalho de preparação para qualquer empreendimento, no qual se esta-belecem os objetivos, os recursos utilizados para atingi-los, as políticas que deverão governar a aquisição, utilização e disposição desses recursos, as etapas, os prazos e os meios para sua concretização. É um processo no qual se organizam as informações e dados importantes para manter a sua empre-sa funcionando, e poder atingir determinados objetivos.

A segunda parte da definição de planejamento, das políticas que deve-rão governar a aquisição, utilização e disposição dos recursos, trata de como devem ser feitas as compras e o uso das mercadorias da empresa, segundo a decisão de seu dono. Em poucas palavras: é a forma como a empresa deve funcionar.

O planejamento otimiza a chance de sucesso. Ele não garante o sucesso, mas colabora para a diminuição dos riscos. Isso porque, com o planejamen-to, os riscos são efetivamente calculados.

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Um planejamento mostra como o empresário pode aproveitar uma grande oportunidade. Mostra também como otimizar os recursos disponíveis, pois, quando se planeja, pode-se visualizar cada parte da empresa. Ao mesmo tempo, o planejamento nos permite ver a empresa como um todo, o que vai nos ajudar a desenvolver métodos e estratégias eficientes para o crescimento da empresa.

A parte financeira é, para muitos empreendedores, a parte mais difícil de um negócio. Isso porque ela deve refletir em números tudo o que o em-preendedor prega a respeito de seu negócio. Porém, após alguma prática e um perfeito entendimento dos objetivos do negócio, a parte financeira do plano acaba sendo feita de maneira simples e fácil, mas ainda, de forma trabalhosa.

Ao contrário do que muitos pregam, o plano financeiro pode ser feito de duas formas: logo no início do planejamento estratégico, servindo de baliza-dor do mesmo; ou, ao seu final, adequando-se às necessidades do negócio. Independente do modelo escolhido, nenhum negócio deve sair do papel antes do término de um plano financeiro.

Aspectos legaisPor mais que falemos sobre as partes estratégicas e financeiras de um

empreendimento e que elas são as mais importantes para o mesmo, é che-gado o momento de materializarmos todos os conceitos definidos na forma de contratos e compromissos.

Um empreendedor deve ter em mente que por mais inovadora e revolu-cionária que seja sua empresa e seus produtos, de nada servirão se o arca-bouço jurídico não estiver correto e adequado. É necessário o cumprimento de regras bem-definidas por governos e instituições, para que os investi-mentos do empreendedor sejam protegidos e para que ele possa colher os frutos e evitar dores de cabeça.

Outro aspecto legal diz respeito às proteções as quais os empreendedo-res têm direito quando da criação de produtos ou serviços, tais como pro-priedade intelectual, marcas e patentes, licenciamentos; e obrigações, tais como questões ambientes.

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Um empreendedor é um líder de um grupo "azeitado" em busca de um objetivo. Durante sua jornada esse grupo depara-se com uma série de situ-ações onde a tomada de decisão deve ser embasada em questões jurídicas e contábeis. Os profissionais que ajudam um empreendedor nessas tarefas são o advogado e o contador. Nenhum empreendedor deve tentar tomar decisões sem ajuda desses profissionais.

Os 10 mandamentos de um bom empreendedorToda e qualquer profissão tem sua lista de “como se dar bem”. No empre-

endedorismo isso não é diferente. O Sebrae lista os 10 mandamentos de um bom empreendedor que replicamos aqui.

Esteja sempre atento às mudanças no mercado e às expectativas dos clientes.

Nesses tempos de crise, é bom ser prudente e analisar a situação antes de tomar decisões.

Faça constantes pesquisas de preços junto aos fornecedores, procu-rando negociar também prazos e formas de pagamento.

Busque diferenciais para seus produtos e serviços, pesquisando a atu-ação de seus concorrentes.

Mantenha-se persistente, não se deixando abater pelos problemas do dia a dia.

Ofereça o máximo de opções de pagamento ao cliente, como cheques, dinheiro, cartões de crédito, pré-datados e, no caso de restaurante, tí-quetes.

Seja o melhor vendedor de sua empresa. Treine também sua equipe para que ela faça um market share, ou seja, venda o maior número pos-sível de produtos a cada cliente.

Desenvolva promoções que ajudem a cativar o cliente e a divulgar o seu produto ou serviço.

Aprenda a planejar o futuro, definindo seus objetivos e um plano de ações para alcançá-los.

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Atue de forma ágil e rápida, mas sem precipitações. A agilidade mui tas vezes é um importante diferencial das pequenas empresas junto aos grandes concorrentes. Usando imaginação e criatividade, será mais fá-cil solucionar os problemas e aproveitar as oportunidades.

ConclusãoEmpreendedorismo é hoje muito mais que uma profissão, é um modo de

vida. Ao entender o comportamento de um empreendedor e os mecanis-mos que estão ao seu dispor, futuros empreendedores obterão mais contro-le e sucesso sobre esse modo de vida.

Ampliando seus conhecimentos

Uma das grandes fontes de informação sobre o empreendedorismo, prin-cipalmente no Brasil, é o estudo chamado Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Concebido em 1999, o GEM é o maior estudo independente sobre a atividade empreendedora, cobrindo mais de 40 países consorciados, o que representa 90% do PIB e 2/3 da população mundial.

O GEM é atualmente administrado por uma holding – Global Entrepreneur-ship Research Association (GERA) – e está fortemente ligado a suas duas insti-tuições fundadoras, a London Business School e a Babson College, Boston.

No site do GEM Brasil (Disponível em: <www.gembrasil.org.br>), além de ter acesso a todas as publicações nacionais e internacionais do Global Entre-preneurship Monitor (GEM), você encontra projetos, entrevistas e dicas sobre os mais variados temas voltados ao empreendedorismo. A proposta é com-partilhar o conhecimento disponível e evidenciar ainda mais a importância dessa atividade como propulsora de desenvolvimento social e econômico.

Uma boa dica de leitura para complementar este capítulo é o livro O Segre-do de Luísa, de Fernando Dolabela, Editora de Cultura. O livro apresenta em forma de conto os diversos desafios que uma empreendedora enfrenta em sua jornada para criar seu negócio.

Outra dica é acessar o site <www.startup.com> que oferece uma ampla gama de informações sobre empreendedorismo no mundo.

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Um filme de título Startup.com apresenta, do ponto de vista do empreen-dedor, todos os passos para se montar um negócio na era da internet. O filme é um documentário feito por alunos de Harvard que retrata fielmente todas as fases da criação e fechamento de um site, o govworks.com.

Atividades de aplicação1. O que é empreendedorismo?

2. O que é ser empreendedor?

3. Qual a importância do plano de negócios no processo empreendedor?

4. Qual o principal objetivo do Empretec?

Gabarito

1. Empreendedorismo “é o processo de criar algo diferente e com va-lor, dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal”.

2. Empreendedor é aquele indivíduo que empreende, ou seja, que busca realizar tarefa difícil e trabalhosa. Embora um empreendedor ideal não tenha seu perfil facilmente definido, ele deve ter algumas características inerentes ao desafio: deve ser tolerante a riscos, ter disciplina e capacidade planejadora, ser capaz de visualizar mentalmente seu empreendimento antes que o mesmo tenha iniciado, ter capacidade de liderar pessoas e processos, ser flexível e tolerar erros, aprendendo com eles.

3. Ele procurar organizar e demonstrar todas as ideias do empreendedor, desde como o negócio irá se comportar, passando pela descrição de produtos, serviços, sócios, mercado, concorrentes, visão e missão de um negócio.

4. O principal objetivo do Empretec é promover o desenvolvimento das empresas existentes, bem como o surgimento de novas, treinando- -as e prestando a assistência técnica necessária ao seu crescimento e viabi lização econômica e social, de forma a estimular sua competitivi-dade no mercado.

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