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BÍBLIA E HERMENÊUTICAS JUVENIS EVANGELHO DE MATEUS – CONFLITOS RACIAIS Questão Racial

EVANGELHO DE MATEUS CONFLITOS RACIAIS · Censo Demográfico do IBGE, em 2010, dos 190.7555.799 habitantes, 50,7% da população se autodeclarou negra (preta e parda), sendo que da

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BÍBLIA E HERMENÊUTICAS JUVENIS

EVANGELHO DE MATEUS – CONFLITOS RACIAIS

Questão Racial

Bíblia e Hermenêuticas Juvenis – Módulo 4 – Etapa 1 1

Módulo 4 – Etapa 1 Todo camburão tem um pouco

de navio negreiro. (Rappa)

Iniciemos esse módulo apreciando e meditando a música de samba enredo da escola Beija-flor de Nilópolis: A criação do mundo na tradição Nagô, cantada no carnaval de 1978. Clique aqui para cantar junto.

A criação do mundo na tradição Nagô (Neguinho da Beija-flor, Mazinho e Gilson)

Bailou no ar O ecoar de um canto de alegria Três princesas africanas Na sagrada Bahia Iyá Kalá, Iyá Detá, Iyá Nassô Cantaram assim a tradição Nagô (Olurun) Olurun! Senhor do infinito! Ordena que Obatalá Faça a criação do mundo Ele partiu, desprezando Bará E no caminho, adormecido, se perdeu Odudua A divina senhora chegou E ornada de grande oferenda Ela transfigurou

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Cinco galinhas d'Angola e fez a terra Pombos brancos criou o ar Um camaleão dourado Transformou em fogo E caracóis do mar Ela desceu, em cadeia de prata Em viagem iluminada Esperando Obatalá chegar Ela é rainha Ele é rei e vem lutar (Ierê) Iererê, ierê, ierê, ô ô ô ô Travam um duelo de amor E surge a vida com seu esplendor

Ouça também a “Canção dos Homens” que retrata a questão da identidade e mostra que quando reconhecemos nossa própria canção já não temos desejos e nem necessidade de prejudicar ninguém.

O povo africano também tem sua história da criação, são relatos múltiplos e ricos de um universo povoado de orixás, cores, cheiros e batuques. O Deus do imaginário negro é um Ser supremo, criador de tudo, do céu e da terra, aquele que diz e faz. Este Deus com diversos nomes na cultura afro não é diferente do Deus dos/as cristãos/ãs.

Mas, você já ouviu falar deste mito da criação? Já ouvimos falar de outros mitos de criação, por exemplo, dos povos indígenas, mas não conhecemos a história do

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povo afro, porque não estudamos isto nas nossas escolas. Só com a Lei Federal 10.639/03 é que passou a estabelecer o ensino de história e cultura africanas e afro-brasileira no ensino brasileiro.

Você pode dizer sobre a importância de se conhecer a história da África e a história que se formou em nossa América Latina? Será que esta lei está sendo efetivamente cumprida?

Convidamos você para orar/rezar a oração inspiradora feita por Dom Pedro Casaldáliga, um profeta da vida e da esperança:

Em nome do Deus de todos os nomes

-Javé Obatalá Olorum

0ió.

Em nome do Deus, que a todos os Homens nos faz da ternura e do pó.

Em nome do Pai, que fez toda carne,

a preta e a branca, vermelhas no sangue.

Em nome do Filho, Jesus nosso irmão,

que nasceu moreno da raça de Abraão. Em nome do Espírito Santo,

bandeira do canto do negro folião.

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Em nome do Deus verdadeiro

que amou-nos primeiro sem dividição.

Em nome dos Três

que são um Deus só, Aquele que era,

que é, que será.

Em nome do Povo que espera,

na graça da Fé, à voz do Xangô,

o Quilombo-Páscoa que o libertará.

Em nome do Povo sempre deportado

pelas brancas velas no exílio dos mares; marginalizado

nos cais, nas favelas e até nos altares.

Em nome do Povo que fez seu Palmares,

que ainda fará Palmares de novo -Palmares, Palmares, Palmares

do Povo!!!

Primeiro a Vida, depois a Bíblia...

Você recorda o que Mercedes partilhou no primeiro módulo do nosso curso? Ela entrevistou alguns/mas jovens perguntando sobre o que desejam e

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a grande maioria respondeu que quer VIVER!

Isto encaixa com a proposta da Leitura Popular da Bíblia, a qual já fomos batizados/as: é a defesa primeiro da vida. É como Jesus mesmo ensina. Ou será que Ele disse: “eu vim para que todos tenham Bíblia e Bíblia em abundância” ?!

Por isso, ao partirmos para o estudo bíblico sobre Mateus, vamos fazê-lo usando os óculos que enxergam os problemas raciais em nossa vida, em nosso país.

Quando refletimos a questão racial, necessitamos analisar: nossa história; a história das comunidades cristãs e demais povos que viveram no período em que foi escrito o Evangelho de Mateus; a história do povo e de Jesus, no período em que ele viveu e a história dos povos e personagens do Antigo Testamento.

Bem, então teríamos que demandar mais tempo e espaço em nosso curso para falar de tudo isso. Mas, aqui, vamos fazer o prodigioso “jeitinho brasileiro” de resumir tudo isso para contemplar nossa curiosidade e prosseguir com outras temáticas de discussão que o módulo propõe.

Olhando para nossa história, nossa realidade

Quando olhamos para o perfil da população brasileira, conforme o último Censo Demográfico do IBGE, em 2010, dos 190.7555.799 habitantes,

50,7% da população se autodeclarou negra (preta e parda), sendo que da população feminina, 51,5% das mulheres se autodeclararam negras. Porém,

a pobreza no Brasil tem cor e gênero, sendo que a violência afeta diretamente a população afro-brasileira, mostrando que o racismo mata.

Nos 10% mais pobres da população, 72% são pessoas negras que estão em situação de vulnerabilidade social, privadas do acesso a direitos básicos.

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O Mapa Violência 2015 “Homicídios de Mulheres no Brasil”, apontou que

o número de homicídios de mulheres brancas caiu de 1.747 vítimas, em 2003, para 1.576, em 2013. Isso representa uma queda de 9,8% no total de

homicídios do período. Já os homicídios de negras aumentam 54,2% no mesmo período, passando de 1.864 para 2.875 vítimas, afetando

principalmente as mulheres negras entre 18 e 30 anos, e que mesmo considerando que 31,2% dos homicídios acontecem na rua, o domicílio da

vítima é, também, um local relevante (27,1%), indicando a alta domesticidade dos homicídios de mulheres, cuja impunidade é um dos

maiores fatores ainda. O Mapa da Violência 2015 “Extermínio da Juventude Negra – 2002 a

2012” apontou que a taxa de vítimas jovens negras (entre 15 e 29 anos)

aumentou 32,4%. Passou de 79,9% em 2002 para 168,6% em 2012, ou seja,

morrem proporcionalmente 79,9% mais jovens negros que brancos, representando um aumento de 111% na vitimização da juventude negra.

No Módulo 1, descobrimos um jeito novo de ler o texto bíblico com o método de leitura popular, seguindo os passos da “dança hermenêutica”. No primeiro passo partimos da vida. Então, vamos começar a partir de nossa história, de nossa realidade.

Primeiramente, é bom que levantemos dados estatísticos desta realidade, pois pode ser que alguns/mas achem que o “racismo” já acabou há muitos anos atrás e que isto já não é mais problema.

Do século XVI ao XIX, 4.010.000 indivíduos foram sequestrados/as de suas terras de origem, na África, amontoados/as em porões asfixiantes de navios e trazidos/as como escravos/as ao Brasil. É o que diz a revista História Viva, na sua Edição Especial temática nº 03: Novas pesquisas brasileiras refazem o retrato da presença negra. Ela faz um apanhado histórico sobre a presença negra em nossa história. E como vimos, conforme os dados do IBGE 2010, 50,7% da população

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brasileira é negra.

E hoje, o racismo continua atuante.

Em de julho/2012, uma matéria na revista Le Monde Diplomatique Brasil, clique aqui, apontou que as instituições é que são responsáveis pelo racismo em nosso país, o chamado “racismo institucional”. O argumento central deste artigo consiste em que, no Brasil, negros/as sofrem não só a discriminação racial devida ao preconceito racial e operada no plano privado, mas também e, sobretudo, o racismo institucional, que inspira as políticas estatais que lhes são dirigidas e se materializa nelas. Trata-se de discriminação racial praticada pelo Estado ao atuar de forma diferenciada em relação a esses segmentos populacionais, introduzindo em nossas cidades e em nossa sociedade, pela via das políticas públicas, “um corte entre o que deve viver e o que deve morrer”, a faxina étnica.

Mas o povo negro resiste e canta: Meu quilombo tá lindo como o quê! Meu quilombo tá lindo como o quê!

O povo negro nunca ficou passivo e sempre se organizou para fazer resistência a todo tipo de violência. Seja a partir do sagrado, seja na arte ou nos movimentos. Vejamos alguns que mais se destacaram:

a) O Candomblé consolidou-se como poderoso

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fator de afirmação da identidade negra. Acesse http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092001000300003 se quiser mais informações sobre esta religião.

Bara o! Elegbara ago lona

(Saudação, com pedido de abertura dos caminhos, usada no culto aos orixás).

b) As congadas destacam-se entre as festas mais populares do Brasil, encenadas por grupos de afrodescendentes, foram uma forma encontrada pelos/as escravos/as para adaptar suas tradições originais às instituições de origem lusitana. Os “monarcas” da festa tinham autoridade real sobre sua gente, reproduziam o papel dos chefes africanos, que orientavam seus povos nos assuntos cotidianos e nas relações com o mundo do invisível.

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Clique aqui e veja informações sobre a festa de Nossa Senhora do Rosário.

c) Ritmos originalmente negros - toque de capoeira, jongo, maxixe, ijexá, maracatu e samba, os ritmos negros são o alimento e o tempero da canção popular brasileira.

Assista aqui a Missa dos Quilombos.

No dia 20 de novembro de 1981 era celebrada no Recife (PE), para um público de 8 mil pessoas, a Missa dos Quilombos. A TV Senado contou a história dessa celebração criada por Dom Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra, com música de Milton Nascimento, no documentário “A Missa dos Quilombos”. O ato religioso denunciou as consequências da escravidão e do preconceito no Brasil e se transformou numa cerimônia de fé, comunhão, música e ritmo, a partir da atitude

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revolucionária de membros da Igreja em favor da introdução das referências culturais de diferentes povos na eucaristia.

d) A juventude e o Hip-Hop

Coisa de preto, mano, pode chegar (Rappin Hood)

Nossa diferença vai da cor ao pensamento (GOG)

Esta expressão cultural contribui para que os/as jovens das periferias possam produzir o novo: novos desejos, novas crenças, novas associações. É uma “cultura de rua”, composta pela união da música rap, elementos do break e o grafite, aliados aos valores estéticos, visões de mundo e ações políticas propositivas. Parte significativa das letras produzidas e veiculadas tem como tema a discriminação de jovens negros/as e pobres. Outro traço característico do

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movimento hip-hop é sua capacidade globalizadora, asseverada pela reunião de jovens de várias partes do mundo em torno de ideais e práticas culturais e políticas comuns. Jovens negros/as, pobres, favelados/as e toda uma legião de deserdados/as deixaram de aparecer apenas como vítimas para se tornar protagonistas de suas histórias e memórias.

e) Vocês conhecem outros movimentos negros?

Em 1978, ainda durante a ditadura militar, surgiu o Movimento Negro Unificado (MNU), reivindicando a criminalização do racismo.

Alguns/mas líderes negros e negras no mundo:

Zumbi (Brasil): nasceu em Palmares, Alagoas. Por volta de 1678, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares, substituindo seu tio Ganga Zumba, após resistir contra a opressão portuguesa. Em 1695, é morto com 20 guerreiros. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao

governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.

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Dandara (Brasil): “Guerreira do período colonial do Brasil, Dandara foi esposa de Zumbi, líder daquele que foi o maior quilombo das Américas: o Quilombo dos Palmares. Com ele, Dandara teve três filhos: Motumbo, Harmódio e Aristogíton. Valente, ela foi uma das lideranças femininas negras que lutou contra o sistema escravocrata do século XVII

e auxiliou Zumbi quanto às estratégias e planos de ataque e defesa da quilombo”.

Medgar Evers (EUA): era ativista da Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor, no Mississípi. Liderou o boicote contra três comerciantes brancos que davam dinheiro para os Conselhos dos Cidadãos Brancos. Foi assassinado, em 1963, em frente à sua casa, por um branco racista.

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Martin Luther King Jr. (EUA): liderou o boicote aos ônibus de Montgomery. Mobilizou multidões com suas idéias pacíficas, foi preso dezenas de vezes e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1964, aos 35 anos. Foi morto a tiros num hotel em Tennessee, em 1968.

Nelson Mandela (África do Sul): tonou-se líder do Congresso Nacional Africano e o maior oposicionista do sistema de apartheid mantido pela minoria branca na África do Sul. Detido após uma greve, foi condenado à prisão perétua, em 1962, após um julgamento em que ele próprio se defendeu. Em 1994, foi eleito presidente da África do Sul.

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Lélia Gonzalez (Brasil): “Lélia Gonzalez nasceu em 1º de fevereiro de 1935, em Minas Gerais. Graduou-se em história e filosofia, exercendo a função de professora da rede pública. Posteriormente, concluiu o mestrado em comunicação social. Doutorou-se em antropologia política /social, em São Paulo (SP), e dedicou-se às pesquisas sobre a temática de gênero e etnia. Professora universitária,

lecionava Cultura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC – Rio). Viúva de Luiz Carlos González, enfrentou o preconceito por parte da família branca do marido. Lélia se destacou pela importante participação que teve no Movimento Negro Unificado (MNU), do qual foi uma das fundadoras. Ativista incansável, militou também em diversas organizações, com o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) e o Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga, do qual foi uma das fundadoras. Sua importante atuação em defesa da mulher negra rendeu a Lélia a indicação para membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). Atuou no órgão de 1985 a 1989. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e disputou vaga na Câmara Federal, em 1982, alcançando a primeira suplência. Foi candidata a deputada federal em 1982. Em 1986, estava no Partido Democrático Trabalhista (PDT), por onde se candidatou como deputada estadual, também conquistando a suplência.” (Cf. GELEDES)

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Você conhece outras lideranças negras, principalmente mulheres negras?

f) Hoje há mais de 600 ONGs que lutam pelos direitos das mulheres e crianças negras, dos/as quilombolas, da população negra marginalizada e do/a trabalhador/a afrodescendente, pela preservação da cultura e pelo resgate das raízes africanas.

A Articulação de Organizações de Mulheres Brasileiras (AMNB) tem como missão promover a ação política articulada de ONGs de mulheres negras brasileiras, na luta contra o racismo, o sexismo, a opressão de classe, a lesbofobia e outras. Acesse ao site para conhecer melhor: http://www.amnb.org.br/.

No dia 25 de Julho celebra-se o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data foi instituída em 1992, durante o 1° Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana. O 25 de Julho tem o objetivo de fortalecer a identidade de mulheres negras da região e de dar visibilidade às lutas e resistências delas no combate ao racismo e às desigualdades de gênero.

No dia 18 de novembro de 2015, cerca de 50 mil mulheres negras participaram da 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, em Brasília. Vindas de todas as partes do Brasil marcharam em protesto ao racismo e a desigualdade social e de gênero no Brasil. Clique aqui e veja as fotos deste ato político histórico.

O Instituto Juventude Contemporânea (IJC) promove um projeto que tem como objetivo incentivar a formação de lideranças de jovens negras no combate

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ao racismo e às desigualdades de gênero.

Você sabe quais foram os avanços das lutas do povo negro?

Em 1998, a lei 4.370 estabeleceu cotas para artistas negros/as em filmes publicitários.

Em 2001, foram aprovadas cotas para afrodescendentes nas universidades públicas do Rio de Janeiro. Através da “bandeira” da REPARAÇÃO JÁ, o Movimento Negro tem apresentado as AÇÕES AFIRMATIVAS como estratégias para a superação das desigualdades raciais, qualificando assim o debate sobre as políticas públicas de combate a pobreza e a exclusão social.

Com a aprovação da lei 10.639, tornou-se obrigatório o ensino de história da África, cultura africana e afro-brasileira em todas as escolas brasileiras, desde o primeiro grau.

Sabe de mais algum?

Quais foram as reações da sociedade com a implantação das ações afirmativas? Um filme que ilustra bem esta questão e que nos faz pensar sobre nossos preconceitos é Vista a Minha Pele.

Pausa para cantar e dançar

Para finalizar essa 1ª etapa, que nos convocou a

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olhar para a história e realidade do povo negro, convido você para cantar a música Negro Nagô.

Clique aqui, cante e dance com a juventude!

Negro Nagô 1. Eu vou tocar minha viola, eu sou um negro cantador. O negro canta deita e rola, lá na senzala do Senhor. Dança aí negro nagô (4X) 2. Tem que acabar com esta história de negro ser inferior. O negro é gente e quer escola, quer dançar samba e ser doutor. Dança aí negro nagô (4X) 3. O negro mora em palafita, não é culpa dele não senhor. A culpa é da abolição que veio e não o libertou. Dança aí negro nagô (4X) 4. Vou botar fogo no engenho aonde o negro apanhou. O negro é gente como o outro, quer ter carinho e ter amor. E a assistir aos ví deos “Conscie ncia Negra: um longo caminho para a liberdade”, que resume a luta contra o racismo e traz dados sobre o racismo institucional, e “Histo ria da Resiste ncia Negra no Brasil - Documenta rio de Jose Carlos Asbeg”.