Evaporação - UFLA

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apostila para evaporação

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

    NCLEO DE AGROMETEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA

    GNE109 Agrometeorologia

    EVAPOTRANSPIRAO

    Prof. Luiz Gonsaga de Carvalho

    Prof. Antnio Augusto Aguilar Dantas

    Prof. Pedro Castro Neto

    1. Introduo

    A quase totalidade da gua que absorvida pelas razes das plantas evapora-se na parte

    area pelo processo de transpirao.

    A evaporao da gua do solo e da superfcie dos vegetais e a transpirao das plantas

    ocorrem simultaneamente na natureza, sendo difcil distinguir os dois processos. Assim, o termo

    evapotranspirao (ET) utilizado para descrever o processo total de transferncia de gua do

    sistema solo-planta para a atmosfera.

    A taxa de evapotranspirao de grande importncia na determinao da necessidade

    de gua das culturas agrcolas e, associada ao ganho de gua atravs das precipitaes, permite

    determinar a disponibilidade hdrica de uma regio, sendo um parmetro de grande importncia

    na ecologia vegetal e no planejamento agrcola.

    Relativamente do ponto de vista terico, evapotranspirao um assunto bastante

    simples, porm, no lado prtico das medies e estimativas, torna-se complexo.

    2. Evaporao e transpirao

    Evaporao

    o processo fsico em que um lquido passa para o estado gasoso (vapor). O vapor de

    gua presente na atmosfera oriundo de lagos, rios, oceanos, do solo, vegetao, evaporao do

    orvalho e da chuva interceptada pela superfcie.

    Transpirao a perda de gua por evaporao que ocorre nas plantas e animais. Por ocorrer em um

    meio biolgico, a evaporao neste caso, denominada de transpirao. Nos vegetais, a

    transpirao ocorre predominantemente nas folhas. Nesta, a evaporao ocorre a partir das

    paredes celulares em direo aos espaos intercelulares. Da, por difuso, o vapor d'gua se

    transfere para a atmosfera atravs dos estmatos. Os estmatos atuam como reguladores da taxa

    de transpirao procurando evitar ou minimizar as situaes de elevado estresse hdrico. Este

    estresse hdrico pode ocorrer em duas situaes:

    1- Quando o solo no contm gua disponvel s plantas; 2- Quando o solo contm gua disponvel, ms a planta no capaz de absorv-la

    em velocidade e quantidade suficiente para suprir a demanda atmosfrica.

  • Evapotranspirao 2

    A situao de elevada demanda atmosfrica quando se tem uma baixa umidade

    relativa do ar, ou seja, um elevado dficit psicromtrico (es ea). O percurso que a gua faz desde o solo at a atmosfera atravs da planta, mantendo a

    transpirao dos vegetais, ocorre pelo princpio fsico das diferenas de potencial hdrico, ou

    potencial total da gua (w), do solo atmosfera. Quanto mais seco estiver o ar (potencial hdrico altamente negativo) maior ser a demanda do ar em reter vapor d'gua, com tendncia do

    aumento da taxa de transpirao.

    A gua, como qualquer corpo na natureza, tende a um estado de menor energia. O

    potencial total da gua (potencial hdrico) uma medida de seu estado de energia e, assim, pode-

    se afirmar que a gua sempre se mover espontaneamente de pontos de maior w para pontos de

    menor w. Como exemplo pode-se ser citado o caso de uma cultura agrcola em pleno desenvolvimento com o solo sem restries hdricas e a atmosfera em condies de reter vapor

    dgua. Assim a gua move-se do solo para as razes, destas para a parte area at atingir as

    folhas e da para a atmosfera. Portanto, w(solo) > w(razes) > w(folhas) > w(atmosfera) fazendo com que a gua caminhe do solo at a atmosfera atravs da planta.

    3. Evapotranspirao

    Em uma rea cultivada com alguma espcie vegetal ocorrem simultaneamente os

    processos de evaporao (gua do solo, orvalho, gua depositada pelas chuvas) e a transpirao

    das plantas. Da o termo evapotranspirao associando em conjunto estes dois processos. A

    evapotranspirao controlada pela disponibilidade de energia, pela demanda atmosfrica e pela

    disponibilidade de gua no solo s plantas.

    3.1. Conceitos de evapotranspirao

    3.1.1. Evapotranspirao potencial (ETp) ou de referncia (ETo)

    Numa extensa superfcie natural, totalmente coberta por vegetao baixa, com altura

    uniforme, com elevado ndice de rea foliar (IAF), de crescimento ativo e j na fase adulta (a

    grama a principal vegetao adotada, e, em alguns tipos de clima adota-se a alfafa) e teor de

    gua do solo prximo ou na capacidade de campo, a quantidade de gua perdida para a atmosfera

    por unidade de rea e tempo conhecida como evapotranspirao potencial (ETp).

    Este conceito foi introduzido por Thornthwaite em 1944 e aperfeioado por Penman em

    1956. Nestas condies, conceitualmente, a perda de gua do sistema solo-planta para a

    atmosfera (evapotranspirao) ocorre como funo nica e exclusiva do balano vertical de

    energia, ou seja, das condies atmosfricas sobre a vegetao sem interferncias advectivas,

    podendo ser estimada por modelos (frmulas) matemticos terico-empricos desenvolvidos e

    testados para vrias condies climticas, surgindo para a poca, para estimativa da ETp, o

    mtodo de PENMAN. Contudo, nem sempre se consegue seguir o padro recomendado para a

    cultura de referncia adotada para a obteno da ETp por questes normais de manejo. Portanto,

    mais tarde, na dcada de 1960, Monteith com base na equao de Penman props um novo

    modelo que estimasse diretamente a evapotranspirao da cultura de interesse denominando-se

    de mtodo de Penman-Monteith. Da no perodo de 28 a 31 de maio de 1990, a FAO (Food and

    Agriculture Organization) promoveu, em Roma, Itlia, um encontro de 14 pesquisadores de sete

    pases, especialistas na rea de evapotranspirao, para atender a vrios objetivos, dentre eles o

    de analisar os conceitos e procedimentos de metodologia de clculos de evapotranspirao, com

    o enfoque ao estabelecimento de uma nova definio para a cultura de referncia e o mtodo

  • Evapotranspirao 3

    para que pudesse estimar a evapotranspirao para essa referncia. Assim, o novo conceito

    proposto para a ETp, passou a ser denominado evapotranspirao de referncia (ETo),

    tornando-se desde ento este conceito largamente utilizado e o mtodo de estimativa

    recomendado para a ETo foi o desenvolvido por Penman-Monteith, passando a se denominar

    Penman-Monteith (Padro FAO), o qual foi bastante aceito internacionalmente. Este mtodo ser

    detalhado mais adiante. Neste caso a cultura de referncia utilizada uma cultura hipottica

    cujas caractersticas se assemelham, bem de perto, a ET da grama. Isto permite que tais

    caractersticas (valores numricos) mantm-se como parmetros constantes adotados no clculo

    da ETo. Dessa forma esses parmetros para a cultura hipottica so: altura de 0,12 m, albedo

    igual a 0,23 e resistncia da cultura ao transporte de vapor d'gua igual a 69 s m-1

    . Logo, a ETo

    um elemento indicativo da demanda hdrica das culturas de um determinado local e perodo.

    Apesar da proposio da FAO, ainda bastante comum o uso destes dois conceitos.

    Pode-se inferir que, para estudos climatolgicos, o termo ETp continua sendo o mais utilizado,

    pois quase sempre est envolvida com a anlise do potencial hdrico de uma regio e, j a ETo,

    bastante adequada para projetos e manejo de irrigao e drenagem, uma vez que a

    evapotranspirao da cultura normalmente determinada em duas etapas aplicando um

    coeficiente de ajuste (coeficiente de cultura) evapotranspirao de uma cultura referencial, que

    no caso a cultura hipottica.

    3.1.2. Evapotranspirao da cultura (ETc)

    a quantidade de gua consumida por uma cultura sem restrio hdrica em qualquer

    fase de seu desenvolvimento. A cultura deve ser bem conduzida agronomicamente para que o

    consumo de gua ocorra conforme o potencial evapotranspirativo de cada fase. Portanto, a ETc

    pode ser entendida como sendo a evapotranspirao potencial que ocorre em cada fase de

    desenvolvimento da cultura. O conhecimento da ETc fundamental em projetos de irrigao,

    pois ela representa a quantidade de gua que deve ser reposta ao solo para manter o crescimento

    e desenvolvimento em condies ideais. No entanto, a determinao da ETc difcil e sujeita a

    muitos erros. A forma mais usual para se obter a ETc pela aplicao do coeficiente de cultura

    (Kc) a ser visto mais adiante.

    3.1.3. Evapotranspirao real (ETr)

    aquela que ocorre independente das condies de contorno pr-definidas para a

    evapotranspirao de referncia (ETo) ou da cultura (ETc). Portanto a ETr ocorre em qualquer

    circunstncia, independente do tipo e das condies da cultura, da dimenso da rea e da

    umidade do solo. Pode atingir valores menor, igual ou superior a ETo.

    3.2. Fatores determinantes da evapotranspirao

    3.2.1. Fatores climticos

    Radiao lquida (Rn): esta a principal fonte de energia para o processo de evapotranspirao, dependente da radiao solar incidente e do albedo da vegetao.

    Em determinado local a disponibilidade de energia (radiao) controlada pela reflexo

    da superfcie (albedo). Vegetao mais clara reflete mais que aquelas mais escuras e, portanto,

    tm menos energia disponvel. Assim evidente que, sob mesmas condies climticas, uma

    floresta evapotranspira mais que uma superfcie gramada.

  • Evapotranspirao 4

    Temperatura: ao longo do dia, a temperatura do ar provoca aumento no dficit de saturao de vapor d'gua, tendo em vista que a quantidade de vapor d'gua varia em proporo

    bem menor, tornando maior a demanda evaporativa do ar.

    Umidade relativa do ar: a umidade relativa do ar atua juntamente com a temperatura. Quanto menor a UR, maior ser a demanda evaporativa e, portanto, maior a ET. O vapor d'gua

    transferido para atmosfera controlado pelo poder evaporante do ar. Quanto mais seco estiver o

    ar, maior ser a demanda atmosfrica. No entanto, existe inter-relao entre a disponibilidade de

    gua no solo e a demanda atmosfrica.

    Vento: o vento alm de remover vapor d'gua do ar junto s plantas para outros locais tambm responsvel pelo transporte horizontal de energia de uma rea mais seca para

    outra mida, contribuindo desta forma para o aumento da evapotranspirao.

    3.2.2. Fatores da planta

    Espcie: este fator est associado aos aspectos morfolgicos da planta, tais como, distribuio espacial da folhagem, resistncia interna da planta ao transporte de gua, nmero,

    tamanho, e distribuio dos estmatos, exercendo influncia direta na ET.

    Albedo: ou coeficiente de reflexo influencia diretamente na disponibilidade de energia (Rn) para o processo de ET. Ocorrendo maior reflexo, haver menor energia disponvel,

    conforme comentado anteriormente.

    ndice de rea foliar (IAF): acompanha o estdio de desenvolvimento e crescimento da cultura, aumentando a rea foliar transpirante.

    Altura das plantas: as plantas mais altas interagem mais eficientemente com a atmosfera, extraindo desta mais energia e a ao dos ventos mais relevante, aumentando a ET.

    Profundidade das razes: est diretamente relacionada ao volume de solo explorado. Plantas com razes superficiais, por explorar volume menor de solo, em perodos de estiagem

    no conseguem extrair gua suficiente para atender a sua demanda transpirativa.

    3.2.3. Umidade do solo

    Nos enunciados seguintes deste item, manteve-se a originalidade dos trabalhos

    realizados pelos respectivos autores sobre a influncia da umidade do solo na relao ETr/ETp,

    contudo, o mesmo se equivale para a relao ETr/ETc.

    Quanto capacidade de armazenamento de gua, os solos argilosos possuem maior

    capacidade de armazenar gua do que os arenosos, sendo capazes de manter a taxa de ET por

    perodo mais longo. No entanto, em solos arenosos as razes tendem a ser mais profundas,

    compensando a menor reteno de gua.

    Quando a umidade do solo est prximo da capacidade de campo, a evapotranspirao

    mantida na razo potencial e determinada pelas condies climticas predominantes. medida

    que o solo perde umidade, a evapotranspirao real tomar valores abaixo do valor da

    evapotranspirao potencial a partir de determinado valor de umidade do solo.

    A relao entre a umidade do solo e a razo ETr/ETp depende das caractersticas fsicas

    do solo, da cobertura vegetal at certo ponto e da demanda evaporativa da atmosfera.

    H muitas controvrsias quanto ao efeito da umidade do solo no decrscimo da relao

    ETr/ETp. Veihmeyer e Hendrickson afirmam que a evapotranspirao ocorre na razo potencial

    quando a umidade do solo est acima do ponto de murcha, caindo abruptamente a partir deste

    valor.

    Thornthwaite e Mather, citados por Chang, baseados em medies de presso de vapor

    e perfis de temperatura verificaram um decrscimo linear da relao ETr/ETp com o decrscimo

    da umidade do solo.

  • Evapotranspirao 5

    Baier concluiu que a relao ETr/ETp constante e igual a umidade desde a capacidade

    de campo at 70% de gua disponvel, decrescendo linearmente deste ponto at o ponto de

    murcha.

    Eagleman, utilizando dados obtidos em vrias condies climticas e com diferentes

    coberturas vegetais do solo, confirma que os resultados de todos os experimentos mostraram que

    o valor da relao ETr/ETp prximo da unidade quando a umidade do solo alta, com o

    decrscimo acentuado medida que decresce a umidade do solo, segundo uma equao cbica.

    A queda da relao ETr/ETp em funo da diminuio do teor de gua no solo pode

    variar com a textura do solo e a profundidade do sistema radicular, porque essas caractersticas

    afetam a taxa de transferncia de gua do solo para a planta.

    Holmes, citado por Chang, apresentou curvas idealizadas para trs tipos de solo. Para

    solos arenosos, nos quais a baixa capacidade de reteno de gua, em virtude do baixo contedo

    de colides, permite remoo rpida da maior parte da umidade do solo. Neste caso, a

    evapotranspirao real permanece igual a potencial at quase o ponto de murcha. Por outro lado,

    para um solo de textura fina, do qual a gua disponvel no pode ser removida quase que

    totalmente a baixas tenses, a ETr passa a ser menor que a ETp para contedos mais elevados de

    umidade no solo. J para um solo de textura intermediaria, a relao ETr/ETp tambm possui

    comportamento intermedirio.

    3.2.4. Fatores de manejo da cultura e do solo

    Densidade de plantio: espaamento menor resulta em competio intensa pela gua, causando aprofundamento das razes para aumentar o volume de gua disponvel. Espaamento

    maior permite que as razes se desenvolvam mais superficialmente, ms por outro lado, permite

    mais aquecimento do solo e das plantas, e maior movimentao do ar pela ao do vento entre as

    plantas, levando em conseqncia ao aumento da ET.

    Impedimentos fsico-qumicos: ocorre limitao no crescimento e desenvolvimento das razes, fazendo com que as plantas explorem um menor volume de solo, resultando em

    efeitos negativos tanto no perodo chuvoso como no seco. No perodo chuvoso o excesso de gua

    pode causar asfixia das razes; no perodo seco o volume de gua disponvel fica reduzido, no

    permitindo que elas aprofundem em busca de gua.

    4. Medida da evapotranspirao

    Os sistemas de medida da evapotranspirao tanto servem para obter a ETp ou ETo,

    como tambm a ETc, mudando apenas a vegetao a ser estudada.

    4.1. Lismetros

    Lismetro um equipamento que consiste de uma caixa impermevel, contendo um

    volume de solo representativo da rea a ser avaliada e coberta com a vegetao a ser estudada. O

    volume de solo irrigado periodicamente sendo que a evapotranspirao ser obtida pelo resduo

    aps efetuar o balano hdrico neste volume de solo. Os lismetros foram inicialmente utilizados

    para estudar a drenagem profunda e a concentrao de nutrientes extrados do volume do solo.

    So tambm chamados de evapotranspirmetros. Dentre os tipos de lismetros mais empregados

    tem-se os de drenagem, sub-irrigao e de pesagem.

  • Evapotranspirao 6

    4.1.1. Lismetro de drenagem

    Funcionam adequadamente apenas em perodos longos de observao ( 10 dias). Seguindo o padro geralmente empregado nas estaes climatolgicas, como o observado na

    Estao Climatolgica Principal de Lavras-MG, so tambm chamados de evapotranspirmetros

    de Thornthwaite, que podem ser construdos de caixas de cimento amianto comerciais, com pelo

    menos, 0,54 m2

    de rea por 0,60 m de profundidade.

    No fundo de cada caixa coloca-se uma camada de cerca de 10 cm de brita fina, coberta

    com uma camada de areia grossa para facilitar a drenagem de gua no perfil do solo.

    As caixas so enterradas no solo, deixando-se uma borda de 5 cm acima do nvel do

    solo. Sendo cheias com o mesmo solo que foi retirado da cavidade mantendo-se a ordem do

    perfil. Do fundo de cada caixa sai um tubo pelo qual se drena a gua percolada que coletada em

    um recipiente graduado.

    Assim instalado, no caso de medir a evapotranspirao potencial ou de referncia

    planta-se nas caixas e na rea circundante um vegetal que d uma grande cobertura do solo e que

    se mantenha em crescimento durante todo o ano. A cobertura mais comumente utilizada no

    Brasil a grama batatais (Paspalum notatum Flugge), que rene as condies do vegetal para ocorrncia da evapotranspirao potencial ou de referncia durante todo o ano ou na maior parte

    deste.

    No caso de medir a evapotranspirao de uma cultura qualquer, a grama substituda

    pela cultura de interesse seguindo o manejo agronmico recomendado para esta cultura, obtendo-

    se, portanto a ETc.

    Quando o lismetro de drenagem apresentar condies para utilizao, isto , com a

    vegetao cobrindo totalmente a superfcie das caixas e da rea adjacente, deve ser utilizado da

    seguinte maneira:

    Irrigam-se as caixas, e a rea adjacente, at que se percole gua no recipiente de coleta. Quando cessar a percolao o lismetro estar em condies de uso, sendo que o solo se

    apresenta com teor de gua na capacidade de campo (a gua gravitacional foi drenada).

    Depois de um perodo de cerca de 2 a 3 dias, irriga-se novamente cada caixa com um volume de gua conhecido. O valor da evapotranspirao no perodo considerado, dado pela

    equao:

    A

    DIET

    em que,

    ET - evapotranspirao, seja a potencial ou de referncia ou ainda a da cultura

    (mm/perodo considerado);

    I - volume de gua de irrigao (litros);

    D - volume de gua drenada (percolada) aps a irrigao (litros);

    A - rea do lismetro (m2).

    CAMARGO (1961) faz as seguintes recomendaes para a operao dos

    evapotranspirmetros de Thornthwaite (lismetros de drenagem) para a medida da

    evapotranspirao potencial ou de referncia:

    Manter a grama interna e externa das caixas com a mesma densidade e porte, por meio de podas, replantes, acrscimo de terra, etc;

    Efetuar as coletas e mensuraes de gua percolada, bem como a rega dos tanques, na parte da manh;

    Adotar uma base de rega uniforme para os tanques componentes da bateria, que devem ser no mnimo trs. A base de rega ideal aquela que d uma percolao inferior a um

    litro at o dia seguinte rega;

  • Evapotranspirao 7

    Durante os perodos secos, irrigar o gramado da rea circundante, na maior extenso possvel, a intervalos de aproximadamente uma semana, para evitar influncia das reas

    adjacentes no valor da evapotranspirao.

    PEREIRA et al. (1997), ainda cita que, a percolao freqente resulta em lixiviao de

    nutrientes, e deve-se tomar o cuidado em rep-los na dosagem adequada para no causar

    crescimento diferenciado das plantas dentro e fora do lismetro.

    Pode-se inferir-se que, as recomendaes acima descritas, devem tambm ser tomadas

    quando da medio da ETc, levando em considerao os cuidados agronmicos da cultura.

    Abaixo tm-se o esquema ilustrativo de um lismetro de drenagem.

    (solo)(solo)(solo) (solo)

    gramaTampa

    Tanque

    Brita

    Lismetro de drenagem

    Coletor

    4.1.2. Lismetro de sub-irrigao

    Tambm conhecido por lismetro de lenol fretico a nvel constante (figura abaixo).

    constitudo de tanques enterrados no solo semelhana das caixas dos lismetros de drenagem.

    O fornecimento de gua feito pela parte inferior do lismetro, podendo-se manter o lenol

    fretico a diferentes profundidades para que seja possvel variar as condies de umidade do

    solo.

    A evapotranspirao obtida pela quantidade de gua que sai do sistema (que a

    prpria gua fornecida ao sistema, desde que no haja acrscimo por chuvas) em um

    determinado perodo de tempo.

  • Evapotranspirao 8

    Grama

    nvel

    d'gua

    Solo

    Solo

    Solo

    Brita

    caixa

    d'gua

    caixa

    d'gua

    Tampa

    dv

    Solo

    Lismetro

    de

    Sub-irrigao

    Suspiro

    4.1.3. Lismetro de pesagem

    So evapotranspirmetros especiais, construdos de tal maneira que permitam a sua

    pesagem. So geralmente, aparelhos de tal preciso e de custo elevado, requerendo cuidados

    especiais de manejo. Estes aparelhos permitem conhecer, dia a dia a variao no peso do solo

    que, desprezando-se o acrscimo dirio de peso das plantas, ser o valor da evapotranspirao.

    O mecanismo de pesagem pode ser de balana mecnica ou hidrulica, sendo que nos

    lismetros mais sofisticados, todas as variaes nas condies do solo e do ambiente circundante

    so registradas a curtos intervalos de tempo por um computador. Atualmente a automao com

    sensores variao de peso, conhecidos por clulas de carga, esto sendo bastante utilizados.

    Coletor

    (solo)(solo)(solo) (solo)

    Brita

    grama

    Clulas de

    carga

    Tampa

    Lismetro de Pesagem

    Tnel

  • Evapotranspirao 9

    4.2. Balano de gua no solo

    Delimita-se sobre a rea da cultura em estudo uma pequena parcela e certa profundidade

    correspondente profundidade efetiva do sistema radicular da cultura, definindo assim, sob a

    superfcie do solo, um volume de controle representativo para a cultura. Dentro deste volume de

    controle efetuado o balano de gua, ou seja, a contabilizao de entrada e sada de gua. Na

    camada sub-superficial deste volume pode haver entrada (ascenso capilar da gua - AC) ou

    sada (drenagem profunda - DP) de acordo com a variao do armazenamento da gua no solo no

    perodo analisado. AC e DP representam o fluxo subsuperficial de gua no solo no limite inferior

    do volume de controle. Se as chuvas (P) forem em grande quantidade, poder haver

    encharcamento do solo ocorrendo escoamento superficial (ES). Em condies experimentais este

    sistema sempre acompanhado por irrigaes (I) freqentes procurando manter o solo sempre

    prximo ou na capacidade de campo. Com a entrada ou sada de gua do sistema haver uma

    variao de armazenamento de gua (A) neste volume de controle. Todas estas variveis so relativamente fceis de serem obtidas sendo, portanto a evapotranspirao obtida pelo resduo do

    balano de gua no solo. Assim, num intervalo de tempo, pelo princpio de conservao das

    massas, tem-se:

    0AETESDPACIP

    Portanto a evapotranspirao ser:

    AESDPACIPET

    Todas estas variveis podero ser expressas diretamente em altura de lmina d'gua

    (mm).

    5. Estimativa da evapotranspirao potencial ou de referncia

    Existem inmeros mtodos de estimativa da evapotranspirao de referncia, sendo

    destacados aqui os mais comuns, principalmente para as condies brasileiras. O conhecimento

    das limitaes e detalhes de desenvolvimento destes mtodos permite ao usurio em decidir qual

    o melhor mtodo a ser aplicado para determinada situao.

    5.1. Mtodo do Tanque Classe A

    A quantidade de gua perdida para a atmosfera a partir de uma superfcie de gua em

    contato livre com a atmosfera, ser maior que a perda de gua de uma superfcie vegetada.

    Porm, fisicamente o processo o mesmo, ou seja, a variao dependente das mesmas

    condies meteorolgicas em ambos os casos, o que permite encontrar coeficientes que

    relacionem a evapotranspirao potencial com a evaporao de um tanque.

    Dos vrios tipos e tamanhos de tanques de evaporao existentes, o utilizado para a

    estimativa da evapotranspirao de referncia o Tanque Classe A, visto na Estao

    Climatolgica Principal de Lavras-MG.

    um mtodo bastante utilizado e recomendado pela FAO (DOORENBOS e PRUITT,

    1977), principalmente em projetos de irrigao.

    Como a evaporao no tanque (ECA) maior que a perda efetiva de gua pela

    vegetao, que no caso a grama (cultura referncia), a ETo calculada por um fator de ajuste

    (Kp) evaporao:

  • Evapotranspirao 10

    ECA.KpETo

    Os valores de Kp, sempre menor que 1 (um), segundo DOORENBOS e PRUIT (1977),

    so apresentados na Tabela 1 para diferentes condies de umidade relativa, vento e local de

    instalao do tanque.

    Tabela 1. Coeficiente para o Tanque Classe A (Kp) para diferentes coberturas do solo, nveis

    mdios de umidade relativa, vento em 24 horas e bordadura, segundo DOORENBOS

    e PRUITT (1977)

    Tanque instalado em rea

    gramada

    Tanque instalado em solo n

    UR mdia (%) 70 70

    Vento

    (km d-1

    )

    Bordadura

    de grama

    (m)

    Bordadura

    de solo n

    (m)

    LEVE 700

    1

    10

    100

    1000

    0,40

    0,45

    0,50

    0,55

    0,45

    0,55

    0,60

    0,60

    0,50

    0,60

    0,65

    0,65

    1

    10

    100

    1000

    0,50

    0,45

    0,40

    0,35

    0,60

    0,50

    0,45

    0,40

    0,65

    0,55

    0,50

    0,45

    Para grandes reas de solo n e arado, reduzir Kp em 20% para locais quentes e ventosos e em 5

    a 10% para condies moderadas de vento, temperatura e umidade relativa.

    Para reas gramadas o Kp pode tambm ser estimado pela seguinte equao:

    )UR(Ln)Bord(Ln000631,0)UR(Ln1434,0)Bord(Ln0422,0V000331,0108,0Kp 2

    em que,

    V velocidade do vento (km d-1); Bord bordadura do tanque (m); UR umidade relativa (%).

  • Evapotranspirao 11

    5.2. Mtodo de Penman-Monteith (Padro FAO)

    PENMAN (1948), em sua equao original para estimativa da evapotranspirao

    potencial no incluiu a funo de resistncia da superfcie para a transferncia de vapor d'gua.

    Para aplicaes prticas, foi proposta uma equao emprica como funo do vento. Mais tarde,

    MONTEITH, desenvolveu com base na equao de Penman, uma nova equao, incluindo a

    resistncia aerodinmica e a resistncia do dossel ao fluxo de vapor d'gua passando ser chamada

    de equao de Penman-Monteith. Assim, esta equao alm de combinar os aspectos radiativos e

    aerodinmicos, concilia a resistncia ao fluxo de calor sensvel e vapor d'gua no ar (ra), e a

    resistncia da superfcie (planta) transferncia de vapor d'gua (rc). Esta equao, assim

    definida, tem por proposio a estimativa direta da evapotranspirao da cultura (ETc) em

    estudo, eliminando a necessidade da aplicao do coeficiente da cultura (Kc), a ser visto adiante,

    desde que, sejam conhecidas as respectivas resistncias aerodinmicas e do dossel difuso do

    vapor d'gua. Esta equao possui a seguinte expresso:

    a

    c

    a

    p

    r

    r1s

    r

    e.c..MGRns

    E

    em que,

    E - densidade do fluxo de calor latente de evaporao (W m-2); s - declividade da curva de saturao de vapor dgua (kPa oC-1); Rn - radiao lquida (W m

    -2);

    G - fluxo de calor no solo (W m-2

    );

    M - fator de escala do tempo. M =1 o resultado ser por segundo; M = 60 ser por

    minuto; M = 3600 ser por hora e M = 86400 o resultado ser por dia;

    - densidade do ar (kg m-3); cp - calor especfico do ar (J kg

    oC

    -1);

    e - dficit de presso de vapor dgua (es-ea); ra - resistncia aerodinmica difuso do vapor d'gua (s m

    -1);

    - coeficiente psicromtrico (kPa oC-1); rc - resistncia da cultura (dossel) difuso de vapor d'gua (s m

    -1).

    Da reunio da FAO em 1990, surgiu a recomendao de se adotar o modelo de Penman-

    Monteith como o mais adequado para estimar a ETc na escala diria, por eliminar o uso de Kc.

    Apesar desta recomendao, a operacionalidade deste modelo ainda deficiente, pois os

    parmetros ra e rc so de difcil mensurao e ainda no se tem estes valores mencionados na

    literatura para as diversas culturas agrcolas. Assim, o modelo mostrado acima, foi parametrizado

    para a cultura hipottica, permitindo estimar a evapotranspirao de referncia (ETo).

    Para tanto, tomando a sugesto de ALLEN et al. (1989), para a estimativa de rc e de

    BRUTSAERT (1982), para a estimativa de ra, para a cultura hipottica, a relao rc/ra pode ser

    estimada como uma funo da velocidade doa vento, ou seja:

    2a

    c U33,0r

    r

    em que, U2 a velocidade do vento a 2 m da superfcie.

  • Evapotranspirao 12

    Portanto, com base no modelo Penman-Monteith, executando matematicamente as

    devidas substituies das constantes e dos parmetros ra e rc , bem como da relao rc/ra e ainda

    acrescentado o calor latente de evaporao para a transformao da densidade do fluxo de

    calor latente de evaporao E do modelo de Penman-Monteith em lmina de gua evapotranspirada, tem-se ento o modelo definido para a estimativa da evapotranspirao de

    referncia (ETo) na escala diria em mm d-1

    proposto pela FAO, sendo, portanto, este mtodo

    nomeado como PENMAN-MONTEITH (Padro FAO), conforme a equao a seguir:

    )eaes(U

    273T*s

    9001)GRn(

    *s

    sETo 2

    (mm d-1)

    sendo que, cada um dos parmetros desta equao, so calculados mediante as equaes

    descritas no roteiro a seguir:

    1. Declividade da curva de presso de saturao do vapor d'gua (s)

    23,237T

    es4098s

    (kPa oC-1)

    2. Temperatura do ar (mdia diria) (T)

    5

    T2TTTT 21nx9

    (oC)

    em que, T9 e T21, so as respectivas temperaturas do ar s 9:00 e 21:0 h de acordo com o padro

    de leitura da Estao Climatolgica Principal de Lavras-MG, que acompanha o fuso horrio

    local. Tx e Tn correspondem s temperaturas mxima e mnima, respectivamente.

    3. Presso de saturao do vapor d'gua (es) - equao de Tetens

    T3,237

    T5,7

    10x6108,0es (kPa)

    4. Coeficiente psicromtrico ()

    P0016286,0 (kPa

    oC

    -1)

    P - presso atmosfrica mdia diria (kPa)

    5. Calor latente de evaporao ()

    T10361,2501,2 3 (MJ kg-1)

    Para as condies normais de temperatura e presso 2,45 MJ kg-1

  • Evapotranspirao 13

    6. Coeficiente psicromtrico modificado (*)

    2U33,01* (kPa oC

    -1)

    7. Velocidade do vento a 2 m (U2)

    1z2 42,5Z75,67Ln868,4UU (m s-1)

    Uz - velocidade do vento altura Z (m s-1

    );

    Z - altura de medio da velocidade do vento (m).

    Reduzindo a velocidade do vento obtida a 10 m (U10) para o nvel de 2 m a equao

    anterior simplifica-se por:

    102 U75,0U (m s-1

    )

    8. Presso atual de vapor d'gua (ea)

    100

    UResea

    (kPa)

    9. Umidade relativa do ar (UR)

    4

    UR2URURUR 21159

    (%)

    em que, UR9, UR15 e UR21 so, respectivamente, as umidades relativas s 9:00, 15:00 e 21:0 h de

    acordo com o padro de leitura da Estao Climatolgica Principal de Lavras-MG, que

    acompanha o fuso horrio local.

    10. Radiao na ausncia ou topo da atmosfera (Ra)

    ss sencoscossensendr586,37Ra (MJ m-2 d-1)

    - latitude do local: (-) Sul e (+) Norte

    11. Distncia relativa Terra-Sol (dr)

    J

    365

    2cos033,01dr

    J - dia juliano: nmero de dias transcorridos desde o dia 1o de janeiro.

    12. ngulo horrio do nascer ou pr do sol (s)

  • Evapotranspirao 14

    tantanarccoss (rad)

    13. Declinao solar ()

    405,1J

    365

    2sen4093,0 (rad)

    14. Saldo de radiao de ondas curtas (Rns)

    Rsr1Rns (MJ m-2 d-1)

    r - albedo da cultura hipottica (r = 0,23)

    15. Radiao solar incidente (Rs)

    RaN

    n50,025,0Ra

    N

    nbaRs

    (MJ m-2 d-1)

    a e b (parametrizao proposta pela FAO para a ETo)

    16. Durao do dia (N)

    s

    24N

    (h)

    17. Saldo de radiao de ondas longas (Rb)

    2

    1TTea14,034,01,0

    N

    n9,0Rb 4kn

    4kx

    (MJ m-2 d-1)

    = 4,903 x10-9 MJ m-2

    d-1

    K-4

    (Constante de Stefan Boltzmann)

    18. Temperatura absoluta mxima do ar (Tkx)

    273TxTkx (K)

    19. Temperatura absoluta mnima do ar (Tkn)

    273TnTkn (K)

    20. Saldo de radiao (Rn)

    RbRnsRn (MJ m-2 d-1)

    21. Fluxo de calor no solo (G)

    Na escala diria os fluxos de calor no solo, descendente e ascendente, podem ser

    considerados equivalentes, portanto G = 0.

  • Evapotranspirao 15

    5.3. Mtodo de Thornthwaite

    THORNTHWAITE (1948) determinou a seguinte equao emprica para a

    estimativa da evapotranspirao potencial considerada como padro (ETpp):

    a

    I

    T1016ETpp

    (mm ms

    -1)

    em que,

    ETpp - evapotranspirao potencial padro para um ms tpico de 30 dias,

    considerando que cada dia tenha 12 horas de insolao mxima possvel (mm);

    T - temperatura mdia do ms (oC);

    I - ndice calorfico anual;

    a - ndice, obtido como uma funo cbica em I.

    514,112

    1j

    'j

    5

    TI

    em que, Tj a temperatura NORMAL do ms j.

    O parmetro a da equao de Thornthwaite determinado pela seguinte expresso:

    a = 6,75 x 10-7

    x I3 7,71 x 10-5 x I2 + 1,7912 x 10-2 x I + 0,49239

    Como mostrado, a equao de Thornthwaite, estima a evapotranspirao para uma

    condio padro de 12 horas de insolao mxima possvel e ms com 30 dias, porm, para

    estimar a ETp para determinado ms e local deve-se corrigir a ETpp para o nmero de dias do

    ms em questo, e para a respectiva insolao mxima possvel (mdia do ms). Portanto,

    utiliza-se o seguinte fator de correo (FC):

    12

    Nx

    30

    NDMFC

    em que,

    NDM - nmero de dias do ms;

    N - durao mdia dos dias do ms (ou a durao correspondente ao 15o dia do ms).

    Finalmente, o mtodo de Thornthwaite para estimar a evapotranspirao potencial na

    escala mensal, ser:

    FCxI

    T1016ETp

    a

    Para facilidade de clculos o fator de correo (FC) tabelado conforme apresentado na

    Tabela 2, a seguir:

  • Evapotranspirao 16

    Tabela 2. Fatores de correo (FC) da evapotranspirao potencial mensal, estimada pelo

    mtodo de Thornthwaite, para ajust-la ao nmero de dias do ms e durao do

    brilho solar dirio, para latitudes entre 15o N e 37

    o S

    Latitude

    Jan.

    Fev.

    Mar.

    Abr.

    Maio

    Jun.

    Jul.

    Ago.

    Set.

    Out.

    Nov.

    Dez.

    15N 0,97 0,91 1,03 1,04 1,11 1,08 1,12 1,08 1,02 1,01 0,95 0,97

    10 1,00 0,91 1,03 1,03 1,08 1,06 1,08 1,07 1,02 1,02 1,98 0,99

    5 1,02 0,93 1,03 1,02 1,06 1,03 1,06 1,05 1,01 1,03 0,99 1,02

    0 1,04 0,94 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04

    5S 1,06 0,95 1,04 1,00 1,02 0,99 1,02 1,03 1,00 1,05 1,03 1,06

    10 1,08 0,97 1,05 0,99 1,01 0,96 1,00 1,01 1,00 1,06 1,05 1,10

    15 1,12 0,98 1,05 0,98 0,98 0,94 0,97 1,00 1,00 1,07 1,07 1,12

    20 1,14 1,00 1,05 0,97 0,96 0,91 0,95 0,99 1,00 1,08 1,09 1,15

    22 1,14 1,00 1,05 0,97 0,95 0,90 0,94 0,99 1,00 1,09 1,10 1,16

    23 1,15 1,00 1,05 0,97 0,95 0,89 0,94 0,98 1,00 1,09 1,10 1,17

    24 1,16 1,01 1,05 0,96 0,94 0,89 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,17

    25 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,88 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18

    26 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,87 0,92 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18

    27 1,18 1,02 1,05 0,96 0,93 0,87 0,92 0,97 1,00 1,11 1,12 1,19

    28 1,19 1,02 1,06 0,95 0,93 0,86 0,91 0,97 1,00 1,11 1,13 1,20

    29 1,19 1,03 1,06 0,95 0,92 0,86 0,90 0,96 1,00 1,12 1,13 1,20

    30 1,20 1,03 1,06 0,95 0,92 0,85 0,90 0,96 1,00 1,12 1,14 1,21

    31 1,20 1,03 1,06 0,95 0,91 0,84 0,89 0,96 1,00 1,12 1,14 1,22

    32 1.21 1,03 1,06 0,95 0,91 0,84 0,89 0,95 1,00 1,12 1,15 1,23

    33 1,22 1,04 1,06 0,94 0,90 0,83 0,88 0,95 1,00 1,13 1,16 1,23

    34 1,22 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,94 1,00 1,13 1,16 1,24

    35 1,23 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,94 1,00 1,13 1,17 1,25

    36 1,24 1,04 1,06 0,94 0,88 0,81 0,86 0,94 1,00 1,13 1,17 1,26

    37 1,25 1,05 1,06 0,94 0,88 0,80 0,86 0,93 1,00 1,14 1,18 1,27

    Fonte: CARMARGO (1961).

    Na maioria das aplicaes, temos a necessidade de estimar o valor da ETp, para um

    determinado dia. Se desejarmos utilizar a equao de Thornthwaite, deve-se utilizar como T o

    valor da temperatura mdia do dia. Ao final dos clculos, aps multiplicar pelo fator de correo,

    deve-se dividir o resultado pelo nmero de dias do ms em uso, obtendo-se ETp em mm d-1

    .

    5.4. Mtodo de Blaney-Criddle

    A equao de BlaneyCridle (1950) foi baseada em dados de necessidade de gua, correlacionando a temperatura mdia mensal e a durao do dia com a demanda dgua para diferentes culturas.

    13,8T46,0.p.KETo (mm ms-1)

    em que,

    K - coeficiente emprico, com valor de 0,75 para superfcie gramada, conforme

    SEDIYAMA (1972);

    p - porcentagem mensal do total anual de horas possveis de insolao (Tabela 3);

    T - temperatura mdia mensal (C)

  • Evapotranspirao 17

    Tabela 3. Porcentagem mensal do total anual de horas possveis de insolao (p) empregados na

    equao de Blaney-Cridle para clculo da ETo, para as latitudes compreendidas entre

    10 N e 40 S

    Latitude

    Jan.

    Fev.

    Mar.

    Abr.

    Maio

    Jun.

    Jul.

    Ago.

    Set.

    Out.

    Nov.

    Dez.

    10 N 8,15 7,47 8,46 8,42 8,80 8,62 8,82 8,69 8,28 8,35 7,90 8,04

    8 8,20 7,50 8,47 8,38 8,75 8,55 8,77 8,65 8,27 8,37 7,96 8,13

    6 8,28 7,54 8,47 8,34 8,69 8,47 8,70 8,62 8,25 8,40 8,03 8,21

    4 8,35 7,59 8,47 8,30 8,69 8,39 8,63 8,58 8,24 8,43 8,09 8,30

    2 8,43 7,63 8,48 8,26 8,57 8,30 8,56 8,55 8,23 8,46 8,15 8,40

    Equador 8,50 7,65 8,48 8,23 8,50 8,22 8,49 8,51 8,22 8,48 8,12 8,49

    2 S 8,57 7,70 8,49 8,20 8,43 8,16 8,42 8,45 8,21 8,51 8,29 8,57

    4 8,63 7,74 8,50 8,17 8,38 8,06 8,35 8,41 8,20 8,55 8,35 8,66

    6 8,69 7,79 8,51 8,13 8,32 7,98 8,27 8,37 8,20 8,58 8,42 8,74

    8 8,77 7,83 8,52 8,09 8,27 7,89 8,20 8,33 8,19 8,60 8,49 8,82

    10 8,82 7,88 8,53 8,06 8,20 7,82 8,14 8,23 8,18 8,63 8,56 8,90

    12 8,90 7,92 8,54 8,02 8,14 7,75 8,06 8,22 8,17 8,67 8,63 8,98

    17 9,98 7,98 8,55 7,99 8,06 7,68 7,96 8,18 8,16 8,69 8,70 9,07

    16 9,08 8,00 8,56 7,97 7,99 7,61 7,89 8,12 8,15 8,71 8,76 9,16

    18 9,17 8,04 8,57 7,94 7,95 7,52 7,79 8,08 8,13 8,75 8,83 9,23

    20 9,26 8,08 8,58 7,89 7,88 7,43 7,71 8,02 8,12 8,79 8,91 9,33

    22 9,35 8,12 8,59 7,86 7,75 7,33 7,62 7,95 8,11 8,83 8,97 9,42

    24 9,44 8,17 8,60 7,83 7,64 7,24 7,54 7,90 8,10 8,87 9,04 9,53

    26 9,55 8,22 8,63 7,81 7,56 7,14 7,46 7,84 8,10 8,91 9,15 9,66

    28 9,65 8,27 8,63 7,78 7,49 7,04 7,38 7,78 8,08 8,95 9,20 9,76

    30 9,75 8,32 8,64 7,73 7,44 6,93 7,28 7,70 8,07 8,99 9,26 9,88

    32 9,85 8,37 8,66 7,70 7,36 6,82 7,18 7,62 8,06 9,03 9,35 10,00

    34 9,96 8,43 8,67 7,65 7,25 6,70 7,08 7,55 8,05 9,07 9,44 10,14

    36 10,07 8,50 8,68 7,62 7,14 6,58 6,98 7,48 8,04 9,12 9,53 10,26

    38 10,18 8,56 8,69 7,58 7,06 6,46 6,87 7,41 8,03 9,15 9,62 10,39

    40 10,32 8,62 8,71 7,54 6,93 6,33 6,75 7,33 8,02 9,20 9,71 10,54

    Fonte: Dados interpolados e calculados de Smithsonian Meteorological Tables (1951) por

    CAMARGO (1961).

    5.5. Mtodo de Makkink

    MAKKINK (1957) props a seguinte equao para estimar a evapotranspirao

    potencial (ou de referncia). Este mtodo se baseia na correlao entre evapotranspirao

    potencial diria e a radiao solar:

    12,0s

    s.

    45,2

    Rs61,0ETo

    (mm d-1)

    em que, Rs, s e , so os mesmos componentes apresentados no mtodo de Penman-Monteith (Padro FAO), seguindo os mesmos procedimentos de clculos.

  • Evapotranspirao 18

    5.6. Mtodo de Budyko

    Relacionando somente a temperatura, o mtodo de Budyko pode ser utilizado em caso

    de no existncia de dados meteorolgicos ou condies para que se possa estimar a ETo por

    outro mtodo mais preciso. Sabendo-se o valor mdio da temperatura de determinado local, a

    evapotranspirao de referncia ser dada por:

    ETo = 0,2 T (mm d-1

    )

    sendo T, a temperatura mdia diria (C)

    Observa-se que seu valor oferece o grau de magnitude da evapotranspirao.

    6. Coeficiente de cultura (Kc)

    O coeficiente de cultura (Kc) adimensional. Foi proposto por Van Wijk e Vries, e

    representa a razo entre a evapotranspirao da cultura, ETc, e a evapotranspirao de referncia,

    ETo (SEDIYAMA et al., 1998).

    O coeficiente de cultura (Kc) determinado empiricamente e varia com a cultura, com

    seu estdio de desenvolvimento, com o clima e prticas agronmicas adotadas. Para um dado

    instante e local, medindo-se a ETc e a ETo para as mesmas condies meteorolgicas, o Kc

    obtido pela relao:

    ETo

    ETcKc

    Para a maioria das culturas, o valor de Kc aumenta desde um valor mnimo na

    germinao, at um valor mximo quando a cultura atinge seu pleno desenvolvimento, e

    decresce a partir do incio da maturao.

    O coeficiente de cultura, segundo a conceituao de Jensen (1969) e Wright (1982)

    citados por ARRUDA et al. (2000), um coeficiente dinmico e de alto significado fsico e

    biolgico, dependente principalmente da rea foliar, deficincia de gua no solo e do

    molhamento da superfcie do solo.

    De acordo com PICINI (1998), o coeficiente de cultura expressa o quanto da superfcie

    do solo coberta pela vegetao (ndice de rea foliar).

    De acordo com SEDIYAMA et al. (1998), durante o perodo vegetativo, o valor de Kc

    varia medida que a cultura cresce e se desenvolve, do mesmo modo que varia com a frao de

    cobertura da superfcie do solo pela vegetao medida, tambm, que as plantas crescem e se

    desenvolvem e atingem a maturao. Uma vez que a evapotranspirao de referncia (ETo)

    representa um ndice climtico da demanda evaporativa, o Kc varia, essencialmente, de acordo

    com as caractersticas da cultura, traduzindo, em menor escala, a variao dos elementos

    climticos. Este fato torna possvel a transferncia de valores de Kc de um local para outro de

    diferentes condies climticas. O Kc pode variar com a textura e o teor de gua do solo, com a

    profundidade e densidade radicular e com as caractersticas fenolgicas da planta. Entretanto, o

    conceito de Kc tem sido usado extensivamente para estimar a necessidade real de gua de uma

    cultura particular.

    A distribuio temporal de Kc, para cada cultura irrigada, constitui a curva da cultura.

    Idealmente, a evapotranspirao de referncia, ETo, deveria caracterizar a demanda evaporativa

  • Evapotranspirao 19

    determinada pela condio meteorolgica, enquanto o Kc seria a medida da restrio imposta

    pelo sistema solo-planta para atender tal demanda hdrica. Todavia, vrias pesquisas tm

    demonstrado que a ETc no pode ser, simplesmente, estabelecida para todas as situaes

    climticas com um simples valor de Kc. Os coeficientes de culturas, portanto, devem ser

    determinados para cada estdio de desenvolvimento da cultura.

    O Boletim tcnico da FAO, nmero 24, apresenta um procedimento para obteno do

    Kc descrito por DOORENBOS e PRUITT (1977). Para cada estdio de desenvolvimento da

    cultura, os dados de Kc podem ser obtidos atravs de uma curva suavizada, denominada de curva

    de cultura. As informaes locais que relacionam a poca de plantio, emergncia das plantas at

    a cobertura efetiva e, finalmente, datas de colheita para culturas anuais so extremamente

    importantes e devem ser consideradas no estabelecimento da curva de Kc.

    Recentemente, vrios pesquisadores tm apresentado um novo conceito de Kc, que

    combina os efeitos da resistncia do movimento da gua no solo para, vrios tipos de superfcies,

    e a resistncia da difuso de vapor d'gua da superfcie para a atmosfera. Em outras palavras, o

    novo Kc incorpora o ajuste devido ao molhamento da superfcie do solo, na poca da irrigao

    ou chuva.

    Teoricamente, o Kc pode ser decomposto em dois componentes, um relacionado

    planta (Kcp), ou basal, e outro relacionado ao solo (Kcs). Portanto, o novo Kc inclui o efeito da

    evaporao de ambos, da planta e da superfcie do solo, e depende da disponibilidade de gua no

    interior da zona radicular e da umidade exposta na superfcie do solo. A maioria das curvas ou

    tabelas de Kc para culturas bem supridas de gua.

    O novo coeficiente representa os valores mnimos de exigncia hdrica das plantas. A

    umidade do solo , ainda, adequada e no reduz a produtividade da planta. Portanto, esse

    coeficiente permite um ajustamento dos efeitos da evaporao de uma superfcie recentemente

    umedecida.

    Na Tabela 4, esto relacionados valores de Kc, mdios para diferentes culturas, em

    diferentes estgios de desenvolvimento, sugeridos por DOORENBOS e KASSAM (1994).

    Os dados de Kc apresentados na literatura podem servir de referencial supondo que na

    regio onde est instalada a cultura no tenha os dados locais. No entanto a estimativa de Kc

    para as condies reais da rea onde est implantada a cultura desejvel devido s

    variabilidades climticas e diferentes prticas agronmicas adotadas em cada regio.

  • Evapotranspirao 20

    Tabela 4. Coeficientes de cultura (Kc) para algumas plantas cultivadas

    Cultura

    Estgios de Desenvolvimento da Cultura

    Perodo

    Vegetativo

    Total (I)

    Inicial

    (II)

    Desenvolvi-

    mento da

    Cultura

    (III)

    Perodo

    Intermedirio

    (IV)

    Final do

    Ciclo

    (V)

    Colheita

    Alfafa

    0,30 0,40

    1,05 1,20

    0,85 1,05

    Algodo 0,40 0,50 0,70 0,80 1,05 1,25 0,80 0,90 0,65 0,70 0,80 0,90

    Amendoim 0,40 0,50 0,70 0,80 0,95 1,10 0,75 0,85 0,55 0,60 0,75 0,80

    Arroz 1,10 1,15 1,10 1,50 1,10 1,30 0,95 1,05 0,95 1,05 1,05 1,20

    Banana

    Tropical

    0,40 0,50

    0,70 0,85

    1,00 1,10

    0,90 1,00

    0,75 0,85

    0,70 0,80

    Banana

    Subtropical

    0,50 0,65

    0,80 0,90

    1,00 1,20

    1,00 1,15

    1,00 1,15

    0,85 0,95

    Batata 0,40 0,50 0,70 0,80 1,05 1,20 0,85 0,95 0,70 0,75 0,75 0,90

    Beterraba

    aucareira

    0,40 0,50

    0,75 0,85

    1,05 1,20

    0,90 1,00

    0,60 0,70

    0,80 0,90

    Cana de acar 0,40 0,50 0,70 1,00 1,00 1,30 0,75 0,80 0,50 0,60 0,85 1,05

    Crtamo 0,30 0,40 0,70 0,80 1,05- 1,20 0,65 0,70 0,20 0,25 0,65 0,70

    Cebola seca 0,40 0,60 0,70 0,80 0,95 1,10 0,85 0,90 0,75 0,85 0,80 0,90

    Cebola verde 0,40 0,60 0,60 0,75 0,95 1,05 0,95 1,05 0,95 1,05 0,65 0,80

    Citros com tratos

    culturais

    0,65 0,75

    Citros sem tratos

    culturais

    0,85 0,90

    Ervilha verde 0,40 0,50 0,70 0,85 1,05 1,20 1,00 1,15 0,95 1,10 0,80 0,95

    Feijo verde 0,30 0,40 0,65 0,75 0,95 1,05 0,90 0,95 0,85 0,95 0,85 0,90

    Feijo seco 0,30 0,40 0,70 0,80 1,05 1,20 0,65 0,75 0,25 0,30 0,70 0,80

    Girassol 0,30 0,40 0,70 0,80 1,05 1,20 0,70 0,80 0,35 0,45 0,75 0,85

    Melancia 0,40 0,50 0,70 0,80 0,95 1,05 0,80 0,90 0,65 0,75 0,75 0,85

    Milho doce 0,30 0,50 0,70 0,90 1,05 1,20 1,00 1,15 0,95 1,10 0,80 0,95

    Milho gro 0,30 0,50 0,70 0,85 1,05 1,20 0,80 0,95 0,55 0,60 0,75 0,90

    Oliveira 0,40 0,60

    Pimento verde 0,30 0,40 0,60 0,75 0,95 1,10 0,85 1,00 0,80 0,90 0,70 0,80

    Repolho 0,40 0,50 0,70 0,80 0,95 1,10 0,90 1,00 0,80 0,95 0,70 0,80

    Soja 0,30 0,40 0,70 0,80 1,00 1,15 0,70 0,80 0,40 0,50 0,75 0,90

    Sorgo 0,30 0,40 0,70 0,75 1,00 1,15 0,75 0,80 0,50 0,55 0,75 0,85

    Tomate 0,40 0,50 0,70 0,80 1,05 1,25 0,80 0,95 0,60 0,65 0,75 0,90

    Trigo 0,30 0,40 0,70 0,80 1,05 1,20 0,65 0,75 0,20 0,25 0,80 0,90

    Uva 0,35 0,55 0,60 0,80 0,70 0,90 0,60 0,80 0,55 0,70 0,55 0,75

    Fonte: DOORENBOS e KASSAM (1994) - (FAO, 33).

    Primeiro valor: sob alta umidade (URmn > 70%) e vento fraco (< 5 m s-1

    );

    Segundo valor: sob baixa umidade (URmn < 20%) e vento forte (> 5 m s-1

    ).

    Caracterizao dos estgios de desenvolvimento da cultura:

    I emergncia at 10 % do desenvolvimento vegetativo (DV); II de 10 80% do DV; III 80 100% do DV (frutos formados); IV maturao; V colheita.

  • Evapotranspirao 21

    7. Referncias Bibliogrficas

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