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EVASÃO NOS CURSOS DE TECNOLOGIA: Estudo sobre os possíveis motivos que levariam um aluno a evadir-se dos Cursos de Tecnologia da Informação na Faculdade Projeção Taguatinga Elvis Roberto Barreto Orientador: Prof. Msc. Thales José Salomão Belém de Souza RESUMO Este estudo teve como objetivo detectar e esclarecer os fatores que podem ocasionar a evasão de alunos, ingressantes nos cursos de Tecnologia da Faculdade Projeção Taguatinga. A amostra estudada consiste em 66% da população de ingressantes no primeiro período de 2012. Para atingir os objetivos definidos, foram utilizadas as estratégias de pesquisa documental e de revisão bibliográfica sobre o tema. A pesquisa documental teve como base as informações contidas no questionário aplicado aos alunos de primeiro semestre. A revisão bibliográfica utilizou citações de autores em pesquisas e literatura que demonstram, na atualidade, como o tema é tratado. Este trabalho se constitui na primeira tentativa de detectar as causas que podem levar a evasão nos Cursos de Tecnologia da Faculdade Projeção Taguatinga. Foi delineado o perfil do aluno ingressante no período, considerando as suas características predominantes. Os fatores apontados pelos alunos como possíveis determinantes para sua evasão do curso foram discutidos à luz da literatura sobre o assunto. Dos fatores apontados pelos entrevistados, alguns coincidem com o que dispõem as obras sobre o tema; alguns outros fatores têm menor importância que a destacada na literatura. Palavras-chave: Evasão. Ensino Superior. Cursos de Tecnologia. Faculdade Projeção. Taguatinga.

Evasão nos Cursos Superiores de Tecnologia

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Estudo realizado na Faculdade Projeção, DF, utilizando pesquisa aplicada e revisão bibliográfica de autores (livros e artigos) que escreveram sobre o tema.

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Page 1: Evasão nos Cursos Superiores de Tecnologia

EVASÃO NOS CURSOS DE TECNOLOGIA: Estudo sobre os possíveis motivos

que levariam um aluno a evadir-se dos Cursos de Tecnologia da Informação na

Faculdade Projeção Taguatinga

Elvis Roberto Barreto

Orientador: Prof. Msc. Thales José Salomão Belém de Souza

RESUMO

Este estudo teve como objetivo detectar e esclarecer os fatores que podem

ocasionar a evasão de alunos, ingressantes nos cursos de Tecnologia da Faculdade

Projeção Taguatinga. A amostra estudada consiste em 66% da população de

ingressantes no primeiro período de 2012. Para atingir os objetivos definidos, foram

utilizadas as estratégias de pesquisa documental e de revisão bibliográfica sobre o

tema. A pesquisa documental teve como base as informações contidas no

questionário aplicado aos alunos de primeiro semestre. A revisão bibliográfica

utilizou citações de autores em pesquisas e literatura que demonstram, na

atualidade, como o tema é tratado. Este trabalho se constitui na primeira tentativa de

detectar as causas que podem levar a evasão nos Cursos de Tecnologia da

Faculdade Projeção Taguatinga. Foi delineado o perfil do aluno ingressante no

período, considerando as suas características predominantes. Os fatores apontados

pelos alunos como possíveis determinantes para sua evasão do curso foram

discutidos à luz da literatura sobre o assunto. Dos fatores apontados pelos

entrevistados, alguns coincidem com o que dispõem as obras sobre o tema; alguns

outros fatores têm menor importância que a destacada na literatura.

Palavras-chave: Evasão. Ensino Superior. Cursos de Tecnologia. Faculdade

Projeção. Taguatinga.

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ABSTRACT

This study aimed to identify and clarify the factors that may cause the escape

of students, entrants in the courses of Technology at Faculdade Projeção in

Taguatinga. The sample consists of 66% of the population of entrants in the first

period of 2012. To achieve the defined objectives, strategies were used to document

research and literature review on the topic. The documentary research was based on

the information in the questionnaire given to students in the first semester. The

bibliographic citations of authors used in research and literature show that,

nowadays, as the subject is treated. This work constitutes the first attempt to detect

the causes that can lead to avoidance courses in the Faculdade Projeção at

Taguatinga. Has been the profile of the student entering the period, considering its

predominant features. The factors cited by students as possible determinants for its

avoidance of the course were discussed in light of the literature on the subject. Of the

factors mentioned by respondents, some have matched what works on the subject,

some other factors have less importance than highlighted in the literature.

Keywords: Evasion. Higher Education. Technologies Courses. Faculdade

Projeção. Taguatinga.

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1. INTRODUÇÃO

O meio acadêmico surge como um contexto de desenvolvimento importante

dos jovens adultos nos diversos países. No Brasil, para grande parte dos

estudantes, o curso superior ainda é a forma privilegiada de ascensão social e

realização profissional, sendo uma continuidade entre a vida escolar e a inserção

laboral. Nos últimos anos, entretanto, os estudos têm mostrado elevados índices de

insatisfação com a escolha profissional entre alunos universitários brasileiros

(BARDAGI, 2007; GHIZONI e TELES, 2005; PALMA, A., PALMA, S. e

BRANCALEONI, 2005).

Segundo Spinosa (2003), existem políticas voltadas para a permanência dos

estudantes nas universidades, como o fortalecimento de medidas que privilegiam o

apoio financeiro e psicológico aos alunos carentes ou a modernização de métodos e

de currículos.

Um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia

da Informação e Comunicação (Brasscom) revela que a evasão em cursos superior

de educação tecnológica, até a data da pesquisa em maio de 2011, chegava a 82%.

Outros fatores como o reflexo do investimento anual em educação por estudante e a

base matemática na escola regular também influenciam na escassez de estudantes.

Segundo o estudo, apenas 85 mil estudantes concluem os cursos

tecnológicos do Ensino Superior oferecidos por instituições brasileiras. O número

equivale a aproximadamente 18% do total de 460 mil vagas disponíveis. A pesquisa

não revela, contudo, o porcentual dessas vagas que são preenchidas já nos

períodos iniciais dos cursos, conforme se verifica na Figura 1.

Entre as razões desse alto índice de evasão, segundo a Brasscom, estão a

falta de perfil adequado dos alunos para o setor de tecnologia; a criação de

expectativas não realistas em relação aos cursos; e a falta de uma base matemática

que deveria ter sido construída durante o Ensino Básico.

Normalmente no Brasil o estudo de evasão é realizado no contexto de uma

IES específica ou de um curso específico, como é o caso do presente trabalho.

Parece haver a necessidade de que um trabalho mais genérico, com alcance

nacional, possa ser feito em torno desse assunto tão importante para a educação

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como um todo. O resultado dessa investigação mais abrangente sobre evasão traria

retorno econômico, social e humano, pois daria indicativos sobre a evasão, para as

instituições do ensino, para a sociedade e para o aluno, de como tentar evitar a sua

ocorrência.

A figura abaixo demonstra que as oportunidades de emprego no campo

tecnológico existem e são muitas, porém com o despreparo apresentado pela

maioria dos profissionais, entende-se que a demanda sempre será maior que a

procura.

O objetivo deste estudo é determinar os fatores que levam os alunos dos

cursos da área de Tecnoloiga da Informação a não renovarem suas matrículas, ou

simplesmente abandonarem os cursos. Para tanto, aplicou-se um questionário,

visando, em princípio, determinar se fatores de ordem acadêmica estão

influenciando na evasão.

Figura 1: representação gráfica do número de desistências nos cursos de TI. Fonte: Folha de São Paulo, de 19 de outubro de 2011.

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Infere-se que reprovações em disciplinas basilares podem causar atraso e até

mesmo a desistência nos cursos, vez que por serem pré-requisitos de outras, os

alunos ficam impedidos de darem continuidade com sua grade fechada em

acompanhamento de sua turma de origem, fazendo assim com que se desistimulem

por dois motivos: atraso semestral em relação aos seus colegas de sala e a perda

daquele convívio no qual já está habituado.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Sobre as Instituições de Ensino Superior – IES e a Educação no

Brasil

As Instituições de Ensino Superior, além do objetivo de produzir

conhecimento cultural, empenham-se em ajustar-se à realidade do país,

promovendo uma melhoria de vida na sociedade brasileira, “equipando tecnicamente

as elites profissionais e proporcionando ambiente propício às vocações, cujo

destino, imprescindível à formação da cultura nacional, é o da investigação e da

ciência pura”. (Diário Oficial de 15 de abril de 1931, citado por SOUZA, 1991, p. 104)

A educação faz parte da vida do homem na sociedade, serve de guia para

uma boa convivência social e o capacita para poder transmitir conhecimentos; é,

portanto, fator principal na formação da sociedade. “A educação está situada no

coração do desenvolvimento do ser humano, fazendo frutificar os seus talentos e

potencialidades criativas, o que implica a capacidade de cada um em

responsabilizar-se pela realização do seu projeto pessoal”. (SILVA, 2002. p. 42)

A educação tem o objetivo de dotar o homem de instrumentos culturais

capazes de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela

dinâmica da sociedade, não se restringindo somente ao conhecimento sistemático

adquirido dentro de uma instituição de ensino. Ninguém escapa da educação: seja

em casa, na rua, na igreja ou na escola, todos aprendem alguma coisa,

independentemente do meio em que vive. A educação desenvolve e forma a

personalidade humana atuando em todos os aspectos, começando na família,

continuando na escola e se prolongando por toda existência. Ela forja no homem a

capacidade crítica, permitindo o livre pensamento e uma ação autônoma.

(BRANDÃO, 1985; DEOLORS, 2001; KRAEMER, 2005)

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De acordo com Souza (1991), os primeiros cursos superiores no Brasil

tiveram início em 1808, com o Colégio Médico-Cirúrgico na Bahia e a Cadeira de

Anatomia, implantada no Hospital Militar do Rio de Janeiro, seguida pela criação da

Escola Anatômica Cirúrgica e Médica, no Morro do Castelo, ainda no Rio de Janeiro.

“Após a primeira Guerra Mundial, com a industrialização e a urbanização,

forma-se a nova burguesia, e estratos emergentes de uma pequena burguesia

exigem o acesso à educação. [...], estes segmentos aspiram à educação acadêmica

e elitista [...]”. (ARANHA, 1996, p. 198)

Para Aranha (1996), a educação no país passou a despertar maior atenção a

partir da década de 30, podendo ter uma série de motivos, tais como: movimentos

dos educadores; iniciativas governamentais ou resultados concretos alcançados.

Nessa década é criado o Ministério da Educação e Saúde, responsável pelas

reformas educacionais no âmbito nacional e pela estruturação da universidade.

Ocorre maior autonomia didática e administrativa, bem como o interesse pela

pesquisa e difusão da cultura, com a finalidade de beneficiar a comunidade.

Na década de 90, foi promovida uma reforma da educação superior,

envolvendo alterações políticas, legais, estruturais e gerenciais no âmbito das

universidades. Essa reforma abriu um leque de ação para as universidades, que,

entre outras, podem realizar atividades para captação de recursos; contratar

funcionários; efetuar processo seletivo por meio de uma sequencia de etapas;

oferecer ensino, pesquisa e extensão; podendo abrir e fechar cursos e criar vagas

sem autorização. Nesse momento, a universidade passou a ser definida como

instituição pluridisciplinar. (CATANI, 1998)

Nos anos mais recentes, foram adotadas diversas iniciativas em relação ao

Ensino Superior, tais como: mudanças na Educação Superior com vistas a fortalecer

e expandir o ensino público gratuito; política de estabelecimento de quotas para

estudantes carentes, negros e indígenas; o ProUni - Programa Universidade para

Todos, que seleciona alunos que cursaram o 2º grau em escolas Públicas ou com

bolsas integrais em escolas particulares, para receberem bolsas de até 100% em

Faculdades Particulares. (Informativo MEC, 2005)

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2.2. Sobre evasão escolar e universitária

A evasão é o desligamento da instituição de ensino, sem que esta tenha

controle do mesmo. Segundo Santana et al (1996), a evasão escolar é um dos

maiores e mais preocupantes desafios do Sistema Educacional, pois é fator de

desequilíbrio, desarmonia e desajustes dos objetivos educacionais pretendidos. O

autor acusa a escola, responsável pelo processo de educação formal, de não

motivar os alunos nem atrair professores com melhores qualificações, oferecendo

assim, uma aprendizagem deficitária.

Pode ocorrer evasão por vários motivos: trabalho, doença grave ou morte,

transferência de domicílio, etc. Muitos alunos têm que dividir seu tempo entre a

faculdade e o trabalho, e são vencidos pelo cansaço, optando pelo dinheiro

necessário à sobrevivência. Outros são afetados com o problema da moradia, tendo

que arcar com o alto preço dos aluguéis ou das passagens, sem falar no tempo

despendido por aqueles que moram longe da escola. Isso leva à evasão

universitária e ao baixo rendimento dos alunos. (KAFURI E RAMON, 1985).

Outra causa da evasão está no fato do aluno não saber escolher a profissão

que quer seguir. Muitas vezes é transmitida ao jovem uma visão negativa do

mercado de trabalho e da profissão; ele acaba absorvendo essas informações e

nem busca conhecer pessoas que se deram bem na área de seu interesse, e, assim,

fica confuso e acaba evadindo do curso. (AUGUSTIN, 2005)

Uma boa escolha profissional leva em conta pelo menos três elementos:

quem é o jovem, o que é o mercado de trabalho e o que é a vida

universitária. As grandes causas da evasão universitária, [...] têm relação

com a desinformação do aluno sobre si mesmo, sobre as dificuldades do

mercado e sobre as matérias da faculdade [...].(AUGUSTIN, 2005. p. 2)

Muitos alunos evadem do curso por motivo de transferência para outra

universidade, devido à mudança de domicílio. Segundo Spinosa (2003), além da

evasão, as vagas ociosas surgem quando o aluno faz opção por outro curso

(transferência interna), se transfere para outra instituição, é jubilado (perde direito à

vaga) ou quando morre.

De uma maneira geral, há uma preocupação no sentido de diminuir ou, até

mesmo, extinguir a evasão. Segundo Spinosa (2003), existem políticas voltadas

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para a permanência dos estudantes nas universidades, como o fortalecimento de

medidas que privilegiam o apoio financeiro e psicológico aos alunos carentes ou a

modernização de métodos e de currículos.

Segundo Sbardelini (2004, p. 1) “o índice de desenvolvimento e modernização

de uma sociedade tem sido avaliado através do acesso de sua população ao ensino

superior”. Seguindo essa perspectiva, tão importante quanto facilitar o acesso do

aluno a uma IES, é mantê-lo nessa mesma instituição até a conclusão do seu curso.

Todo investimento da IES no sentido de manter o aluno em seus bancos escolares

será revertido para ela mesma.

Preocupados com retenção dos alunos, ficou evidenciado que na

Coordenação dos Cursos de Tecnologia da Informação, as seguintes atividades vêm

sendo desenvolvidas: reforço de aprendizagem, aplicações práticas em laboratórios

específicos e video-aulas com conteúdos das disciplinas de todo o curso. O estudo

pretende auxiliar na descoberta dos reais motivos da evasão dos alunos,

interessando principalmente a evasão no primeiro semestre dos cursos oferecidos

pela Faculdade.

2.3. Sobre o relacionamento entre IES e discentes

Para Gordon (2002), o marketing de relacionamento é o processo contínuo de

identificação e criação de novos valores com clientes individuais e o

compartilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de parceria, envolvendo

a compreensão, a concentração e a administração de uma contínua colaboração

entre fornecedores e clientes selecionados para a criação e o compartilhamento de

valores mútuos por meio de interdependência e alinhamento organizacional.

Sheth (2001) defende um modelo de compra baseado no relacionamento, no

qual os fatores custo-benefício (custos de procura, redução de custos, custos de

mudança e benefícios acrescidos de valor) e socioculturais (socialização precoce, a

reciprocidade, as redes e as amizades) constituem as motivações, resultando em

relacionamentos fornecedores-clientes que são caracterizados pelo

comprometimento e a confiança. O resultado destes relacionamentos é a lealdade

do cliente ao fornecedor, o aumento do volume de compras, a disposição a pagar

mais, a comunicação boca a boca favorável e o valor líquido ou a boa vontade do

cliente. O autor ainda esclarece que estratégias competitivas para conservar clientes

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existentes tendem a ser menos custosas do que as estratégias para conquistar

novos clientes.

Do ponto de vista econômico há uma crise mundial com fusões,

incorporações, falências de grandes empresas e segmentos de mercados

tradicionais, ou seja, grandes e rápidas transformações na economia.

Gois (2006) afirma que se acreditava muito que a questão financeira era a vilã

da história, mas percebemos em vários estudos que há várias outras razões. A

principal delas talvez seja o desestímulo com o curso ou a falta de conhecimento

prévio sobre a carreira escolhida no vestibular. Se o ensino for de qualidade e

houver bons professores, no entanto, ele fará de tudo para continuar estudando.

Todos os fatores apontados acima podem explicar o índice de evasão em

cursos de ensino superior.

Por outro lado, segundo Gois (2006, p. 1), apenas 51% dos estudantes

universitários se formam, evadindo cerca de 49%, dados de 2005. Segundo esse

autor, os dados comparados com outros países são preocupantes. Comentando os

dados de uma pesquisa do Instituto Lobo, Gois (2006, p. 1) afirma que “a taxa é alta

quando comparada com países desenvolvidos ou em desenvolvimento”. Por

exemplo, no Japão, apenas 7% dos alunos não concluem o curso após quatro anos.

Já no México, esse percentual chega a 31%. Por outro lado, o patamar brasileiro é

próximo ao da Colômbia com 51% dos alunos não concluindo o curso.

Cabe destacar que a evasão é maior nas IES de caráter privado, em relação

às públicas. Segundo Gois (2006, p. 1), o índice de evasão no ensino privado é o

dobro do que no ensino público (25% contra 12%).

Estudos sobre a evasão do cliente-aluno no ensino superior têm sido

amplamente pesquisados, permitindo um extenso corpo de literatura de investigação

que se estende por mais de quatro décadas, a fim de buscar melhor compreensão

dos comportamentos de desistência ou permanência no ensino superior. A partir da

década de 70 os estudos sobre a evasão dos alunos passaram a identificar

fundamental o papel do ambiente, em especial da instituição, nas decisões do

estudante (TINTO, 1993).

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Nesse sentido, o marketing de relacionamento surge como uma alternativa

estratégica para a conquista da retenção do consumidor, e estudos que buscam a

melhor compreensão acerca desse fenômeno educacional (evasão discente) tem

sido desenvolvidos por autores como Tinto (1975; 1993), que aborda o modelo de

integração do estudante, destacando que a decisão de evadir-se é tomada em

função da integração social e acadêmica desenvolvida na universidade.

A declaração do presidente do Conselho Nacional de Educação, Edson

Nunes, ao analisar a pesquisa do Instituto Lobo de Educação (GOIS, 2006, p. 1) em

relação à evasão no ensino superior é enfática:

Acho até surpreendente que a taxa de desistência não seja maior, já que

muitos cursos têm a mesma cara que tinham no século 19 e não são

atraentes para os jovens. São visões antigas de mundo, que oferecem

pouco do ponto de vista de uma formação mais sólida. Hoje, nossas

universidades oferecem, na verdade, apenas um ensino tecnológico metido

a besta.

Por outro lado, vê-se uma rápida alteração nas habilitações profissionais

necessárias para que os indivíduos ingressem no mercado de trabalho, exigindo

adaptações dos currículos universitários e até mesmo a oferta de novos cursos em

detrimento da retirada de oferta de cursos mais tradicionais, fortalecendo o

relacionamento entre IES e discentes, o que possibilita sua manutenção até a

conclusão de seu curso.

Quanto aos relacionamentos interpessoais na graduação, tanto com colegas

quanto com professores, os estudos têm mostrado que durante a graduação e em

especial no período inicial do curso universitário, a saliência do papel profissional

não é tão grande, sendo mais importantes as questões de exploração de si mesmo,

busca de integração social e identificação grupal (DINIZ e ALMEIDA, 1997;

FEITOSA, 2001). O aluno iniciante costuma buscar um ‘lugar’ na instituição e, neste

período, as insatisfações costumam ser relativas às dificuldades experimentadas na

adaptação à faculdade, ao ambiente, e especialmente aos novos colegas e

professores (FEITOSA, 2001; SILVA, MAINIER e PASSOS, 2006; UVALDO, 1995).

O mau relacionamento interpessoal costuma ser também citado na literatura como

razão para evasão de curso (CUNHA, TUNES, e SILVA, 2001; VELOSO e

ALMEIDA, 2001). No levantamento feito por OLIVEIRA et al., (2008) com quase

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3000 alunos de todos os níveis que buscaram auxílio no serviço de saúde mental de

uma universidade paulista entre os anos de 1987 e 2004, as queixas de problemas

de relacionamento interpessoal na universidade estavam entre os principais motivos

de busca de atendimento.

3. PERCURSO METODOLÓGICO

Para o estudo proposto foi realizada uma pesquisa empírica por meio de um

questionário aplicado aos alunos ingressantes do 1º semestre de 2012 nos cursos

de Tecnologia, buscando de forma quantitativa identificar se em termos acadêmicos,

didáticos e pedagógicos a Faculdade Projeção de Taguatinga atende, ou não, aos

interesses educacionais de seus alunos.

Durante duas semanas do mês de maio de 2012, as turmas de calouros dos

Cursos de Tecnologia da Informação foram visitadas para que pudessem responder

à pesquisa aplicada em meio físico. O questionário, composto por 10 perguntas,

aborda as dimensões didáticas, pedagógicas e pessoais na visão dos discentes.

Nesse contexto a pesquisa não aborda se aquele aluno, já evadido, quando de sua

saída, apontou problemas de ordem financeira, ou afins.

Após todas as turmas terem devolvido o instrumento devidamente

respondido, os resultados foram tabuladas com auxílio da ferraenta Microsoft Office

Excel a fim de serem gerados os gráficos interpretativos.

4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Durante a pesquisa observou-se que o alunado é distinto, sendo que hoje em

dia a maioria dos estudantes do ensino superior brasileiro está matriculada no

período noturno e trabalha no turno oposto, um dos principais fatores de evasão,

segundo diversos autores, como afirmam Dias & Theóphilo & Lopes e Ribeiro (2005)

no Estudo dos fatores causadores da evasão no Curso de Ciências Contábeis da

Universidade Estadual de Montes Claros.

No âmbito do total geral de alunos matriculados em turmas de 1º semestre

nos Cursos de Tecnologia da Informação, encontrou-se o quantitativo de 205

calouros. Destes, 135 responderam o questionário, representando aproximadamente

66% daquele total. Foram considerados apenas alunos que estavam ingressando na

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Faculdade, por vestibular ou transferência externa. Não foram consultados alunos

repetentes nos semestres anteriores.

A pesquisa focou-se em identificar as possíveis causas que levariam um

aluno a desistir do curso e até mesmo de seguir na própria Faculdade Projeção

Taguatinga. No apêndice “A”, ao final deste trabalho, as perguntas poderão ser

conhecidas.

4.1. Resultados do questionário aplicado

Os resultados refletem o que pode ser identificado nas respostas dos calouros

de 2012/1. Dessa forma novos estudos poderão ser trabalhados buscando

desenvolver estratégias que mitiguem ou erradiquem a evasão, o que seria ideal,

mas com base em toda pesquisa realizada, extremamente difícil.

O intuito principal dessa pesquisa é identificar as possíveis causas, no campo

acadêmico, que levam um aluno a não renovação de sua matrícula ou evasão

precoce no decorrer do semestre letivo nos cursos da área de Tecnologia da

Informação.

Abaixo serão apresentados os gráficos gerados após tabiulação dos

resultados, com suas interpretações, expressando as mais relevantes e

preocupantes possibilidades de evasão nos Cursos de Tecnologia da Informação na

Faculdade Projeção Taguatinga.

No gráfico 1 – Disciplinas mais complexas – segundo os respondentes, a

disciplina considerada mais complexa para continuidade fé Algoritmos e Lógica de

Gráfico 1: representação das disciplinas consideradas mais complexas. Fonte: o autor 1º sem 2012.

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Programação. Trata-se de uma disciplina chave para as próximas etapas dos

cursos, principalmente os de Bacharelado em SI e Tecnologia em Análise e

Desenvolvimento de Sistemas.

No gráfico 2 – Qualidade da didática – mesmo demonstrando dificuldades nas

disciplinas, acima informadas, os discentes consideraram que a didática dos

professores é ótima ou boa, como se pode ver no gráfico abaixo.

No gráfico 3 – Situação na disciplina – ainda sobre dificuldades, os alunos acenaram como se viam naquelas disciplinas ao final do semestre.

Gráfico 2: representação sobre a percepção da didática dos professores. Fonte: o autor 1º sem 2012.

Gráfico 3: representação das disciplinas consideradas com maiores possibilidades de reprovação. Fonte: o autor 1º sem 2012.

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No gráfico 4 – Satisfação com a IES – pode-se perceber que a maioria dos

calouros 2012/1, cerca de 90%, demonstrou interesse em permanecer e dar

continuação ao curso escolhido, bem como expressou seu interesse em continuar e

indicar a IES para outras pessoas.

Menos de 3% indicou que não continuaria e menos de 12% acenou com a

não indicação da Faculdade para pessoas próximas.

Após conhecido os resultados, foi realizada uma consulta propondo uma

comparação entre a pesquisa e os números registrados na plataforma Phidelis, local

onde encontram-se as informações e históricos dos acadêmicos, para aferir o grau

de igualdade entre aqueles que informaram que renovariam e a real quantidade de

alunos que trancou ou desistiu dos Cursos de Tecnologia da Informação. Foram

encontrados os seguintes números:

- No curso Sistemas de Informação (matutino e noturno) = apenas 4 alunos

em condições de irem para o 2º semestre não renovaram suas matrículas.

- No curso Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (matutino

e noturno) = apenas 1 aluno em condições de ir para o 2º semestre não renovou sua

matrícula.

- No curso Tecnologia em Redes de Computadores (noturno) = nenhum aluno

se desligou.

Demonstra-se assim, que realmente, poucos alunos desligaram-se dos

cursos, conforme detectado pela pesquisa. Porém isso não reflete a veracidade no

Gráfico 4: representação da situação do discente para o próximo semestre. Fonte: o autor 1º sem 2012.

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decorrer do semestre, pois foram comparados números iniciais dos semestres

2012/1 e 2012/2, sem considerar o desligamento dos discentes nos transcurso dos

mesmos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo evidenciou que ainda poderão ser desenvolvidas estratégias que

mitiguem ou erradiquem a evasão, o que seria ideal, mas com base em toda

pesquisa realizada, extremamente difícil, pois apesar da baixa constatação do

número de alunos que não renovaram suas matrículas, este estudo deve, como um

de seus objetivos identificar os motivos que levariam à evasão.

Ainda entende-se que devam ser propoostos meios pelos quais a Faculdade

Projeção Taguatinga, em seus Cursos de Tecnologia da Informação, cative e

mantenha 100% (cem por cento) de seus alunos identificados com os cursos

escolhidos.

Em uma próxima aborgadem poderia ser proposto que os ex-alunos

colocassem em ordem de importância o que deveria ser melhorado, colocando um

(1) para o menos importante e oito (5) para o mais importante. Os itens seriam os

seguintes: Instalações Físicas, Qualidade dos Docentes, Coordenação do Curso,

Acervo da Biblioteca, Aulas Práticas, Atendimento ao Aluno, Atividades Extra-Classe

e Material Didático.

A busca de soluções para diminuir o índice de evasão no ensino superior

torna-se algo indispensável no atual contexto educativo. Sabe-se que o investimento

para prospecção de novos alunos é bastante elevado e a retenção dos mesmos no

ambiente acadêmico é uma questão importante, a qual as faculdades devem levar

em consideração.

Segundo informações levantadas com o pessoal da Central de Processos

Seletivos e Assessoria de Relacionamento, o custo com o retorno dos alunos

evadidos é representa um gasto maior para a Faculdade Projeção de Taguatinga

face àquele que é destinado ao trabalho de retenção de alunos. Investimento esse

que é aplicado em melhorias, como na expansão do acervo da biblioteca, adoção de

Tecnologias de Informação mais modernas, trabalhos dedicados à pesquisa e

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extensão, apenas para exemplificar. Esse investimento, portanto, resultaria no

aumento do índice de qualidade da Faculdade Projeção.

As conclusões dos diversos estudos que serviram de referência apontam para

as seguintes causas principais da evasão no primeiro semestre do ensino superior

brasileiro:

Precariedade na escolha do curso superior (BARDAGI, 2008 e HARNIK,

2005).

Má qualidade do ensino (incluindo a metodologia do ensino, a qualidade do

professor e a qualidade da interação professor/aluno) (GOIS, 2006 e

WAJSKOP, 2007).

Dificuldade financeira de manter o pagamento do curso (RIBEIRO, 2005).

Conflito do horário do trabalho com o horário das aulas (DIAS & THEÓPHILO

& LOPES, 2005 e RIBEIRO, 2005).

Desinteresse do aluno pelo ensino pela percepção que não irá agregar

diferencial na busca de oportunidades/emprego no mercado de trabalho.

(RIBEIRO, 2005)

Dessa forma ainda, na visão desse pesquisador, poder-se-ía lançar mão de

iniciativas que fomentem o interesse dos alunos em permanecerem em seus cursos,

com o intuito de não apenas concluí-los, mas de irem mais além, dando

continuidade nos cursos de especialização oferecidos pela IES.

A partir da interpretação dos resultados, nos Cursos de Tecnologia da

Informação da Faculdade Projeção Taguatinga, sugerem-se algumas ações que

poderão ser colocadas em prática:

Oferecer orientação vocacional aos candidatos do vestibular.

Oferecer reforço de aprendizagem para alunos com dificuldades nas

disciplinas de Algoritmo e Lógica de Programação.

Formar turmas para cursos de verão.

Incentivar a formação de grupos de estudos com monitores oriundos dos

próprios alunos.

Page 17: Evasão nos Cursos Superiores de Tecnologia

Página 17 de 23

Oferecer bolsas meritórias aos alunos monitores tomando-se como base o

desempenho de suas atividades por meio de acompanhamento direto da

coordenação dos cursos.

Oferecer bolsas para os cursos de pós-graduação aos alunos que mais se

destacarem, sendo aqueles alunos nota 10, que prestariam serviços como

estagiários ou assistentes nos cursos de graduação, auxiliando atividades de

laboratório e sala de aula, além de realizarem atividades voltadas para

comunidade, assim proporcionando no futuro uma equipe de docentes

oriundos da IES.

Outras descobertas poderão surgir ao longo de novos estudos por meio de

discussões com discentes e docentes. Acredita-se, ainda, que com uma pesquisa

mais detalhada em relação ao motivo da saída alegada por alguns alunos, ao

solicitarem trancamento de matrícula junto à Central de Atendimento, e registrada

nos protocolos abertos (problemas financeiros), poderiam ser encontrados outros

motivos escondidos por trás de alegações tão vagas, ou não investigadas, e estas

novas informações dariam à Faculdade Projeção formas de desenvolver ações

objetivando diminuir, mitigar e até extinguir o processo de evasão.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1996. ps 198 – 214.

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Acesso em: 20 de setembro de 2012.

Page 21: Evasão nos Cursos Superiores de Tecnologia

Página 21 de 23

APÊNDICE “A”

Questões apresentadas aos alunos consultados

Identificação

Nome: ______________________________________ Matrícula: ____________________________________ Matutino ( ) - Noturno ( )

Curso: ___________________ Responda as seguintes questões a respeito de seu 1º semestre na Faculdade:

1 - Sobre as disciplinas, eleja o nível de dificuldade:

Muita Pouca Nenhuma

Algoritmos e Lógica de Programação

( ) ( ) ( )

Arquitetura de Computadores

( ) ( ) ( )

Fundamentos da Computação

( ) ( ) ( )

Lógica

( ) ( ) ( )

Design para Web

( ) ( ) ( )

Língua e Comunicação

( ) ( ) ( )

2 - Sobre a didática do professor:

Ótima Boa Ruim

Algoritmos e Lógica de Programação

( ) ( ) ( )

Arquitetura de Computadores

( ) ( ) ( )

Fundamentos da Computação

( ) ( ) ( )

Lógica

( ) ( ) ( )

Design para Web

( ) ( ) ( )

Língua e Comunicação (método EAD)

( ) ( ) ( )

3 - Sobre sua dedicação ao curso:

Sempre Às vezes Nunca

Solicitação de material extra ao professor

( ) ( ) ( )

Participação nas atividades de reforço

( ) ( ) ( )

Acompanhamento das atividades no blog

( ) ( ) ( )

Disponibiliza tempo para estudo e realização de tarefas

( ) ( ) ( )

4 - Sua atualização por meio de leitura:

Semanal Mensal Anual Nunca

Periódicos (publicações, textos técnicos)

( ) ( ) ( ) ( )

Livros Especializados

( ) ( ) ( ) ( )

Revistas Especializadas

( ) ( ) ( ) ( )

Livros de ficção, romance etc.

( ) ( ) ( ) ( )

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5 - Visitas à Biblioteca da Faculdade:

Diário Semanal Mensal Nunca

Para estudos individuais

( ) ( ) ( ) ( )

Para estudos em grupos

( ) ( ) ( ) ( )

Para empréstimos de livros

( ) ( ) ( ) ( )

6 - Acesso ao blog acadêmico:

Diário Semanal Mensal Nunca

Vista das mensagens e conteúdos

( ) ( ) ( ) ( )

Vista das faltas

( ) ( ) ( ) ( )

Vista das notas

( ) ( ) ( ) ( )

7 - Disciplinas que mais se identificou:

Muito Pouco

Algoritmos e Lógica de Programação

( ) ( )

Arquitetura de Computadores

( ) ( )

Fundamentos da Computação

( ) ( )

Lógica

( ) ( )

Design para Web

( ) ( )

Língua e Comunicação (método EAD)

( ) ( )

8 - Possibilidade de Reprovação:

Sim Não Recuperação

Algoritmos e Lógica de Programação

( ) ( ) ( )

Arquitetura de Computadores

( ) ( ) ( )

Fundamentos da Computação

( ) ( ) ( )

Lógica

( ) ( ) ( )

Design para Web

( ) ( ) ( )

Língua e Comunicação (método EAD)

( ) ( ) ( )

9 - Importância do curso para conquistas de:

Grande Média Baixa

Oportunidades de Estágio

( ) ( ) ( )

Oportunidades de Emprego

( ) ( ) ( )

Oportunidades para Concursos

( ) ( ) ( )

Realização pessoal

( ) ( ) ( )

Realização familiar

( ) ( ) ( )

10 - Ao final do semestre:

Sim Não Indeciso

Renovará sua matrícula

( ) ( ) ( )

Trocará de curso

( ) ( ) ( )

Indicará a faculdade

( ) ( ) ( )

Page 23: Evasão nos Cursos Superiores de Tecnologia

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Trocará de faculdade

( ) ( ) ( )

Trocará de curso e de faculdade

( ) ( ) ( )

Espaço para observações e sugestões:

Data e Local

Assinatura