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Título da Apresentação Nome do Autor NOME DO SETOR Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica na Bacia do Rio Paraíba do Sul (GTAOH) Eventos hidrológicos extremos na região do Baixo Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro - RJ 24 de setembro de 2019

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Título daApresentaçãoNome do Autor

NOME DO

SETOR

Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica na Bacia do Rio Paraíba do Sul (GTAOH)

Eventos hidrológicos extremos na região do Baixo Paraíba do Sul,

Estado do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro - RJ24 de setembro de 2019

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REGIÃO DO BAIXO PARAÍBA DO SUL

• 22 municípios, boa parte da Região

Norte-Noroeste do Estado do Rio de

Janeiro;

• Área de drenagem de 13.467 km²;

• Cursos hídricos principais: Pomba,

Muriaé e a porção baixa do Paraíba do

Sul, até seu deságue no oceano

Atlântico;

• Principais setores usuários de água são

a agropecuária e o abastecimento

público;

• Trecho final do Paraíba do Sul marcado por intervenções hidráulicas: diques nas

duas margens e vários canais de drenagem implantados para escoar as águas pelas

planícies, no período chuvoso, e fornecer água para o setor agrícola, através de

comportas instaladas ao longo do Paraíba do Sul, no período seco.

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INUNDAÇÕESFonte: Tribuna de Muriaé.

Fonte: Itaperuna News.

X ESTIAGENS

Região Norte Noroeste – RJ está sujeita a ocorrência de eventos hidrológicos

extremos.

Exemplos ocorridos no rio Muriaé.

EVENTOS HIDROLÓGICOS EXTREMOS

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• 2000 a 2012: a RH-IX foi a que sofreu o maior número de desastres naturais

(164 de um total de 644 no Estado), tendo uma média de 8,6 desastres por

município (PERHI, 2014). O maior número de ocorrências estava

relacionado ao grupo Inundações e Deslizamentos;

• 2003 e 2007: rompimentos de barragens de mineração ocorrida nas Bacias

do rio Pomba;

• 2007 a 2012: grandes inundações nos rios Pomba e Muriaé;

• 2013: a ANA apresentou estudos que propuseram soluções para mitigar as

inundações nas Bacias dos rios Pomba e Muriaé, incluindo a implantação de

barragens para proteger os núcleos urbanos das cheias recorrentes na

Região (ENGECORPS, 2013).

INUNDAÇÕES

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• Frequente interrupção de adução das águas do rio Paraíba do Sul, que historicamente

escoava por gravidade, para os canais da Baixada Campista, trazendo impactos para a

agricultura local;

• Diminuições do nível do rio Paraíba do Sul provocaram reflexos na captação para

abastecimento do município de São João da Barra, localizada muito próxima a foz, que sofre

muitas interrupções devido ao aumento da intrusão salina;

• Já nos cursos hídricos das bacias dos rios Pomba e Muriaé o impacto foi muito mais severo,

incluindo a intermitência de alguns afluentes e a necessidade de fontes alternativas de

abastecimento de água, como caminhão pipa para atender a população e a dessedentação

animal.

ESTIAGEM

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REGIÃO NOROESTE:

Todos os municípios.

REGIÃO NORTE:

4 dos 9 municípios.

MUNICÍPIOS QUE DECRETARAM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA POR ESTIAGEM, EM 2017

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• Médias anuais de precipitação da ordem de 760 a 960 mm na RH IX, enquanto outras

regiões da bacia do rio Paraíba do Sul chegam a ter médias de 3.200 mm;

• A região apresenta assim características do semiárido.

PRECIPITAÇÕES

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• Requer registros contínuos de precipitação mensal e

período mínimo desejável de 30 anos;

• Ajusta os dados a uma distribuição de probabilidade

(geralmente a Gama): o SPI médio é transformado em

zero para uma localização e período desejado;

• Correspondem ao número de desvios padrão que a

precipitação cumulativa observada se afasta da média

climatológica;

• Escalas de análise: 1, 3, 6, 12, 24 ou 48 meses, onde o

valor do SPI de cada mês é calculado a partir dos meses

anteriores;

• Cálculo utilizando planilha excel desenvolvida na SEA

compatível com o programa disponível no site do

Nacional Drought Mitigation Center (NDMC, 2006).

SPI CATEGORIA

>2,00 Extremamente úmido

1,5 a 1,99 Severamente úmido

1,0 a 1,49 Moderadamente úmido

0,99 a -0,99 Normal

-1,00 a -1,49 Moderadamente Seco

-1,50 a -1,99 Severamente Seco

<-2,00 Extremamente Seco

Fonte: McKee (1993)

ÍNDICE DE PORCENTAGEM NORMAL (PERCENT OF NORMAL – PN) - RESULTADOS

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-2,0 Extremamente Seco -1,5 Severamente Seco -1,3 Moderadamente Seco Normal 1,1 Moderadamente úmido 1,9 Severamente úmido 2,0 Extremamente úmido

1969

1970

1971

1972

1973

1974

1975

1976

1977

1978

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Cardoso Moreira -0,3 -0,9 -1,7 1,5 -0,1 -1,3 -0,4 -0,1 0,2 1,3 1,0 1,7 -0,1 -0,9 0,0 0,3 -1,5 0,3 0,0 -0,5 0,5 -0,7 -0,3 0,5 0,1 1,9 -0,6 1,4 -0,4 2,2 -1,0 1,4 0,8 -1,3 -1,0 -1,2 -0,5 -0,8

Farol de São Tomé 0,3 -0,1 0,7 1,6 -0,6 -0,4 0,6 0,6 -0,3 0,3 1,0 -0,8 -0,8 0,3 2,4 1,5 2,3 1,1 -1,1 0,4 0,7 -0,8 0,0 -0,2 0,0 0,5 -0,4 -0,4 -0,2 -0,9 -1,0 -0,1 -1,0 -0,7 0,9 0,6 -0,5 0,1 0,9 0,4 0,1 0,6 -1,5 -0,4 -3,2 -2,0 -0,6

Volta Grande -0,4 -2,9 -0,9 -1,0 -0,5 -0,4 0,0 -0,8 2,5 0,2 1,5 -0,1 -0,3 0,6 0,0 0,1 0,2 0,7 -0,5 0,5 0,0 -0,9 0,4 1,1 1,1 -1,5 0,3 0,7 1,3 -0,4 1,3 1,1 0,1 -2,0 -0,8 -0,3 -0,2

Astolfo Dutra -1,2 -1,5 -1,4 0,5 0,9 -1,4 -0,2 0,5 -0,2 2,1 -0,1 2,2 0,1 -0,6 0,4 0,3 -0,3 0,9 0,3 -0,2 0,3 -0,7 0,3 0,5 1,0 1,0 -0,8 0,9 0,3 1,6 0,3 0,3 0,8 -1,6 -2,2 -0,9 -1,4 -0,7

Bicuia -1,4 0,6 -1,2 0,2 -2,0 -2,2 -0,6 -0,6 0,0 1,1 0,3 1,3 0,7 -0,6 -0,3 0,2 -0,4 0,4 0,1 0,0 0,7 -1,2 0,9 0,5 1,1 1,3 1,0 1,4 0,4 2,1 -0,4 0,8 0,9 -1,1 -0,8 -1,4 -1,1 -0,7

Bacias Afluentes

dos rios Pomba e

Muriaé

Baixo Paraíba do

Sul

• 2013-2018: apresentou índices pluviométricos abaixo da média, chegando a caracterizar-

se como anos extremamente secos, corroborando com a situação de seca observada na

região;

• 2008-2009: foi possível caracterizar também os períodos úmidos identificando a última

cheia ocorrida;

PRECIPITAÇÕESResultados do Índice de precipitação Padronizada (SPI)

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DE ONDE VEM A ÁGUA DA REGIÃO?

Regularizado por 4

reservatórios

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TOPOLÓGICO DO RIO PARAÍBA DO SUL, ENTRE O TRECHO DE SANTA CECÍLIA E A CIDADE DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

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Média Santa Cecília

Média Ilha dos Pombos

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100

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jan

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% d

e V

azõ

es

dia

s M

en

sais

Campos Ilha Pombos Santa Cecília

• As maiores contribuições são dos rios Preto e Paraibuna, afluentes do rio Paraíba

do Sul que têm suas nascentes em território mineiro.

Maior incremento de vazão

cerca de 50% do total

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0

500

1000

1500

2000

2500

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ago/

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fev/

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Vaz

ões

Méd

ias

Men

sais

(m

³/s)

Santa Cecília Ilha Pombos Campos

• Evidencia-se assim mais uma vez, a importância dos afluentes queprovêm de Minas Gerais para o incremento de vazão do rio Paraíbado Sul.

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• Necessidade de intervenções integradas na região que contemplem infraestruturas hídricas para

mitigação de inundações nas bacias dos rios Pomba e Muriaé, assim como medidas e ações para

aumento da oferta hídrica para as diversas atividades produtivas, principalmente na porção baixa

das bacias dos rios Pomba e Muriaé e na Baixada Campista;

• A mitigação dos efeitos das cheias nesta região dependerá, fundamentalmente, de ações

integradas, de curto, médio e longo prazo, que venham restabelecer progressivamente condições

adequadas nas encostas e planícies rurais e urbanas;

• Torna-se imprescindível o desenvolvimento de estudos para proposição de intervenções e medidas

de controle e mitigação de inundações e recuperação ambiental como, por exemplo, adequações

de calha, desocupação de margens, intervenções e manutenção dos cursos d’água, além de medidas

não estruturais de infraestrutura verde e boas práticas do uso do solo.

POSSÍVEIS SOLUÇÕES DE MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS DE CHEIAS E ESTIAGENS

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POSSÍVEIS SOLUÇÕES DE MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS DE CHEIAS E ESTIAGENS

• No tocante a estiagem, deve-se pensar soluções como aquelas utilizadas no Semi-Árido:

acumulação de águas da chuva, utilização de poços artesianos e implantação de cisternas, açudes

e adutoras. Cabe também repensar uma possível transição para a utilização de culturas mais

adaptadas ao clima e ao solo local;

• No âmbito dos comitês de bacia desta região, tem sido discutido possíveis regularizações nos rios

Pomba e Muriaé, no entanto diante do apresentado regularizações nos rios Preto e Paraibuna

poderiam ter mais efetividade para o aumento das vazões e de níveis d’água nos períodos de

estiagem no último ponto de controle do rio Paraíba do Sul, na cidade de Campos dos Goytacazes;

• Como o principal problema passa pelos baixos níveis observados no rio, outra possível solução seria

a implantação de soleiras submersas próximas a foz, de tal maneira que permitam a elevação do

nível d’água nos locais das aduções para os canais da Baixada Campista.

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OBRIGADO!

Larissa CostaChefe de Serviço de Informação Hidrológica - SEHIDRO

Gerente de Segurança Hídrica - GESEG

Diretoria de Segurança Hídrica e Qualidade Ambiental - DISEQ

email: [email protected]