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7/23/2019 EVO Completo http://slidepdf.com/reader/full/evo-completo 1/133 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS CONCEITOS E ATIVIDADES PARA A EDUCAÇÃO OLÍMPICA 

EVO Completo

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7/23/2019 EVO Completo

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ENSINANDO VALORESOLÍMPICOS

CONCEITOS E ATIVIDADESPARA A EDUCAÇÃO OLÍMPICA 

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Copyright © 2012 desta edição, Comitê Olímpico BrasileiroCopyright © 2007, Comitê Olímpico Internacional, Lausanne, Suíça (COI)

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.

 AGRADECIMENTOSO Comitê Olímpico Internacional agradece às seguintes pessoas e entidades que contribuíram para a elaboração deste manual:

Organizadora

Deanna L. Binder (PhD), Universidade de Alberta, Canadá

Autores

 Anne Chevalley, Comitê Olímpico Internacional, Suíça

Charmaine Crooks, membro da Comunidade Olímpica, CanadáClement O. Fasan, Universidade de Lagos, NigériaDeanna L. Binder (PhD), Universidade de Alberta, Canadá

Edward Kensington, Comitê Olímpico Internacional, SuíçaHelen Brownlee, Comissão de Cultura e Educação Olímpica, AustráliaIoanna Mastora, Fundação de Educação Olímpica e Desportiva, Grécia

Jan Paterson, Fundação Olímpica Britânica, Reino UnidoKhanh Nguyen, Arquivos de Imagem do COI, SuíçaMargaret Talbot, Associação de Educação Física, do Reino Unido

Miquel de Moragas, Centro de Estudos Olímpicos da Universidade Autônoma de Barcelona, EspanhaRoland Naul, Instituto Willibald Gebhardt e Universidade de Duisburg-Essen, AlemanhaSheila Hall, Instituto de Arte, Design e Mídia Emily Carr, CanadáTommy Sithole, Comitê Olímpico Internacional, Suíça

 Yangsheng Guo (PhD), Universidade de Comércio e Negócios de Nagoya, Japão

Comissão de Cultura e Educação Olímpica do COI

ENSINANDO VALORESOLÍMPICOSCONCEITOS E ATIVIDADESPARA A EDUCAÇÃO OLÍMPICA 

REALIZAÇÃOComitê Olímpico BrasileiroCOB Cultural

PRESIDENTE

Carlos Arthur Nuzman

DIRETORAChristiane Paquelet

 ASSISTENTEFernanda Quentel

COORDENADORA DEPUBLICAÇÕESCarolina Araujo

 ANALISTA DE PUBLICAÇÕESPedro Gonzaga

COORDENAÇÃO EDITORIALRenata Nakano

CONSULTORIA PEDAGÓGICAThelma Polon

PROJETO GRÁFICOTouchline

CAPA, ADAPTAÇÃO DEPROJETO GRÁFICO EDIAGRAMAÇÃORomulo Matteoni

EDIÇÃO DE TEXTOMiró Editorial

REVISÃO André Moura

 Anna Carla Ferreira

FOTOS DA CAPAGetty Images

FOTOSCOI, Getty Images, AFP, Arquivos Hul-

ton, SLOC, TOROC, BOCOG, Federaçãode Esqui Norueguesa, CON de Angola,

CON de Antígua, CON de Burkina Faso,CON da Grã-Bretanha, CON do Irã,CON de Madagascar, CON dos Países

Baixos, CON das Filipinas, CON doSenegal, CON da Tailândia, CON deUganda, Comitê Olímpico Brasileiro

(Alaor Filho, Sérgio Huoliver, WanderRoberto e Washington Alves)

ISBNFicha Catalográfica

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 TRADUÇÃO DE SANDRA PORTEOUS LEANDRO DE CASTRO

ENSINANDO VALORESOLÍMPICOS

CONCEITOS E ATIVIDADESPARA A EDUCAÇÃO OLÍMPICA 

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4 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

SUMÁRIO

 APRESENTAÇÃO: JACQUES ROGGE, PRESIDENTE DO COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL  .................................................................7

PREFÁCIO:  LAMBIS V. NIKOLAU, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE CULTURA E EDUCAÇÃO OLÍMPICA DO COI...............8

1INTRODUÇÃO AO ENSINO DOS VALORES OLÍMPICOS............................................................................................................................... 9

BEM-VINDO AO ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS ! ................................................................................................................................................... 10

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO OLÍMPICO ............................................................................................................................................ 12

 VALORES EDUCACIONAIS DO OLIMPISMO  ..............................................................................................................................................................................13

EDUCAÇÃO OLÍMPICA: SUGESTÕES DE ATIVIDADES  ......................................................................................................................................................14

REALIDADES E OPORTUNIDADES EDUCACIONAIS  .............................................................................................................................................................16

EDUCAÇÃO OLÍMPICA AO REDOR DO MUNDO  .................................................................................................................................................................... 17

OS DESAFIOS  ...............................................................................................................................................................................................................................................20

PARA MEMBROS DA FAMÍLIA OLÍMPICA   ................................................................................................................................................................................20

PARA TREINADORES E LÍDERES ESPORTIVOS E DE CLUBES  .....................................................................................................................................22

PARA AUTORIDADES E GESTORES ESCOLARES  ..............................................................................................................................................................22

PARA PROFESSORES, EQUIPES PEDAGÓGICAS E INSTRUTORES  ..........................................................................................................................23

2CELEBRANDO OS VALORES COM SÍMBOLOS E CERIMÔNIAS ....................................................................................................  25

INTRODUÇÃO  ..............................................................................................................................................................................................................................................26

UNIDOS PELOS AROS: O SÍMBOLO OLÍMPICO  ......................................................................................................................................................................29

HASTEANDO A BANDEIRA   ...................................................................................................................................................................................................................31 

PROMESSAS: OS JURAMENTOS OLÍMPICOS ......................................................................................................................................................................... 33

MAIS RÁPIDO, MAIS ALTO, MAIS FORTE  ....................................................................................................................................................................................34

 ACENDENDO O ESPÍRITO: A CHAMA OLÍMPICA   ..................................................................................................................................................................36

SÍMBOLOS DE PAZ  ...................................................................................................................................................................................................................................38

REPRESENTANDO O ESPÍRITO: CARTAZES DOS JOGOS OLÍMPICOS ................................................................................................................... 39

 ATLETISMO E ARTE NA GRÉCIA ANTIGA ................................................................................................................................................................................... 41

UM MUNDO: UM SONHO - PEQUIM 2008  ................................................................................................................................................................................42

3COMPARTILHANDO VALORES POR MEIO DO ESPORTE E DOS JOGOS  ................................................................... 45

INTRODUÇÃO .............................. ...............................................................................................................................................................................................................46

O MUNDO OLÍMPICO  .........................................................................................................................................................................................................................47

CIDADES-SEDE DOS JOGOS OLÍMPICOS  ..............................................................................................................................................................................48

CADA VEZ MAIOR: A PROGRAMAÇÃO ESPORTIVA OLÍMPICA   ...................................................................................................................................50

ENFRENTANDO OBSTÁCULOS: MULHERES NOS JOGOS OLÍMPICOS  .................................................................................................................50CORPO, VONTADE E MENTE: ATLETAS PARALÍMPICOS  ........................................................................................................................................54

RECEBENDO O MUNDO: SEDE DOS JOGOS OLÍMPICOS ............................................................................................................................................. 56

CUIDANDO DE SEUS HÓSPEDES: A VILA OLÍMPICA   ..........................................................................................................................................................58

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS CONCEITOS E ATIVIDADES PARA A EDUCAÇÃO OLÍMPICA 

    S    U    M    Á    R    I    O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 5

PROTEGENDO O MEIO AMBIENTE  ............................................................................................................................................................................................... 60

DEFININDO SUA IDENTIDADE: LOGOS E MASCOTES  ....................................................................................................................................................... 62

RESOLVENDO OS PROBLEMAS: DESAFIOS OLÍMPICOS  ............................................................................................................................................... 63

 A HISTÓRIA DE DAN JANSEN  ........................................................................................................................................................................................................... 64

4OS CINCO VALORES EDUCACIONAIS DO OLIMPISMO ...................................................................................................................  65

INTRODUÇÃO  ............................................................................................................................................................................................................................................. 66

INTERPRETANDO OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS  .......................................................................................................................................................... 68

PROJETO CARTAZ DE VALORES OLÍMPICOS  ........................................................................................................................................................................70

 A: ALEGRIA DO ESFORÇO ................................................................................................................................................................................................  71

 VIVENDO A ALEGRIA!  ..............................................................................................................................................................................................................................72

“CORRA PELA ALEGRIA”: KIPCHOGE KEINO - QUÊNIA   ....................................................................................................................................................72

FIQUE FIRME: CECILIA TAIT - PERU  .............................................................................................................................................................................................72

PARALÍMPICOS EM AÇÃO!  .................................................................................................................................................................................................................73BOAS JOGADAS  .........................................................................................................................................................................................................................................74

ESCOLHA UM ESPORTE  .......................................................................................................................................................................................................................76

CORPO E IMAGEM: SEU PLANO DE EXERCÍCIOS  ...............................................................................................................................................................78

RAÍZES E RITOS: A CULTURA DO ESPORTE  ............................................................................................................................................................................79

EVENTOS DE ATLETISMO NA GRÉCIA ANTIGA: EXPERIMENTE  ..................................................................................................................................81

B: JOGO LIMPO ................................................................................................................................................................................................................................. 82

 VIVENDO O JOGO LIMPO!  .................................................................................................................................................................................................................. 83

JOGO LIMPO NA CORRIDA DE BOBSLED: EUGENIO MONTI - ITÁLIA   ...................................................................................................................... 83

OBRIGADO PELO BASTÃO DE ESQUI! BJØRNAR HÅKENSMOEN - NORUEGA   ................................................................................................ 83

JOGO LIMPO EM ALTO-MAR: LAWRENCE LEMIEUX - CANADÁ .............................................................................................................................. 84

PARECE COM, SOA COMO, CHEIRA A, TEM GOSTO DE .............................................................................................................................................. 86

O QUE É JOGO LIMPO?  ........................................................................................................................................................................................................................87

INVENTE UM JOGO LIMPO  ................................................................................................................................................................................................................ 88

 A REGRA DE OURO ................................................................................................................................................................................................................................. 89

JOGO LIMPO: PROJETO DE FEIRA ................................................................................................................................................................................................ 90

 

C: RESPEITO PELOS OUTROS ........................................................................................................................................................................................ 91

 VIVER O RESPEITO!  ................................................................................................................................................................................................................................. 92

PRETO E BRANCO NOS JOGOS OLÍMPICOS - AMIGOS PARA SEMPRE:

LUZ LONG - ALEMANHA - E JESSE OWENS - EUA   ..................................................................................................................................................... 92“EU TENHO UM SONHO”: MARTIN LUTHER KING  ............................................................................................................................................................... 93

 A PAZ COMEÇA COMIGO  ................................................................................................................................................................................................................... 94

DIREITOS HUMANOS: RESPEITO E ACEITAÇÃO  .................................................................................................................................................................. 95

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6 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

MEUS DIREITOS = MINHAS RESPONSABILIDADES  ..............................................................................................................................................................96

DIREITOS HUMANOS: DRAMATIZAÇÕES  ...................................................................................................................................................................................97

 TEMPO ESGOTADO!  ...............................................................................................................................................................................................................................98DIAS FELIZES  .............................................................................................................................................................................................................................................100

D: BUSCA PELA EXCELÊNCIA ..................................................................................................................................................................................  101

 VIVENDO A EXCELÊNCIA!  .................................................................................................................................................................................................................102

CONHEÇA A ATLETA CHINESA DO SÉCULO: DENG YAPING - CHINA   .................................................................................................................102

“O FUTEBOL É MINHA VIDA”: ROGER MILLA - CAMARÕES  ........................................................................................................................................103

 A HISTÓRIA DE DOIS ATLETAS: LIZ HARTEL E JUBILEE - DINAMARCA   .................................................................................................................104

 VOCÊ SABE SONHAR?  .......................................................................................................................................................................................................................105

FAZENDO O MEU MELHOR  .............................................................................................................................................................................................................106

 ANJOS OU DEMÔNIOS: FAZENDO ESCOLHAS DIFÍCEIS  ..............................................................................................................................................108

 VOCÊ É UM CAMPEÃO!  .....................................................................................................................................................................................................................109

PALAVRAS DE INSPIRAÇÃO  ............................................................................................................................................................................................................. 110

“EU VOU TERMINAR A CORRIDA”: JOHN AKHWARI - TANZÂNIA   ...............................................................................................................................111

E: EQUILÍBRIO ENTRE CORPO, VONTADE E MENTE ........................................................................................................................... 112

PLANEJANDO O EQUILÍBRIO NO AMBIENTE DE ENSINO  ............................................................................................................................................. 113

 VIVENDO O EQUILÍBRIO  ...................................................................................................................................................................................................................... 114

GRAÇA SOB PRESSÃO: MICHELLE KWAN - EUA   ............................................................................................................................................................ 114

QUANDO A VONTADE PREVALECE: SHUN FUJIMOTO - JAPÃO  .............................................................................................................................. 116

 APRENDA COM A ATIVIDADE  ...........................................................................................................................................................................................................117

CORPO, MENTE E ESPÍRITO NA GRÉCIA ANTIGA   .............................................................................................................................................................. 118GANHAR E PERDER: O QUE É IMPORTANTE  ........................................................................................................................................................................ 119

PALAVRAS SÁBIAS  ................................................................................................................................................................................................................................120

MUITAS CULTURAS, MUITOS ALUNOS, MUITAS INTELIGÊNCIAS  ...........................................................................................................................122

5ORIENTAÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO ...................................................................................................................................................   123

MODELO DE APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................................................................... 124

DIA OU SEMANA OLÍMPICA NA ESCOLA OU NA COMUNIDADE ............................................................................................................................ 126

CERTIFICADO DO DIA OU SEMANA OLÍMPICOS  ................................................................................................................................................................ 127

“ESPÍRITO DO OLIMPISMO” EM SUA ESCOLA OU ORGANIZAÇÃO  .......................................................................................................................128

FOLHETO EXPLICATIVO SOBRE O “ESPÍRITO DO OLIMPISMO”  ...............................................................................................................................129

CARTA AOS PAIS OU RESPONSÁVEIS  ......................................................................................................................................................................................130

COMPROMISSO DO TREINADOR  ................................................................................................................................................................................................. 131

COMPROMISSO DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS  ................................................................................................................................................................132

COMPROMISSO DO PARTICIPANTE  ..........................................................................................................................................................................................133

PREMIAÇÃO DO “ESPÍRITO DO OLIMPISMO”....................................................................................................................................................................... 134

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Omundo atual precisa de to-lerância, paz e fraternidade.Os valores olímpicos, ao mis-

turarem esporte com cultura e educação,

podem nos oferecer isso.O esporte é mais que competição. Éum estado de espírito. O desafio do Mo-vimento Olímpico é educar e incentivar os

 jovens a praticar esporte e ensinar seusvalores a eles. O esporte ajuda as pessoas,especialmente os jovens, a se libertaremdas preocupações diárias, a respeitaremuns aos outros e a compreenderem queexistem regras e que é importante honrá--las. Ele também traz esperança, satisfa-ção, saúde e um sentimento de identidade,formando o corpo e a mente.

É exatamente isso que o Comitê Olím-pico Internacional (COI), com o apoio daempresa ISM, procura promover através doensino dos valores olímpicos: o empregodas tradições e dos valores do esporteolímpico para ensinar valores e habilidadesque aplicam-se à vida em geral.

Com Ensinando valores olímpicos: con-

ceitos e atividades para a educação olím-

pica,  procuramos disseminar aos jovensde todo o mundo valores como o respeitoao próximo e a si mesmo, o jogo limpo, omérito, a alegria do esforço e o equilíbrioentre mente, corpo e vontade. Procuramostambém priorizar o ensino dos valores éticosuniversais, promover a educação física, o

esporte e seus benefícios para a sociedadeem geral.

No fim, isso afeta a todos nós, porque oMovimento Olímpico de amanhã está nasmãos dos jovens de hoje. Nossa esperançaé que se os jovens aprendem a respeitar unsaos outros no campo do jogo, eles podemtransferir esse respeito a outros aspectos desua vida cotidiana.

 APRESENTAÇÃO PORJACQUES ROGGE

    A    P    R    E    S    E    N    T    A

    Ç    Ã    O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 7

O PRESIDENTE DO COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL APRESENTA A PERSPECTIVA DO MOVIMENTO OLÍMPICOQUE BUSCA DISSEMINAR OS VALORES EDUCACIONAIS DO OLIMPISMO AOS JOVENS.

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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8 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

Ç

Considerando a responsabilidadesocial do Comitê Olímpico Inter-nacional e o esporte como veí-

culo de mensagens, a Comissão, junto aespecialistas de todo o mundo, desenvolveueste programa educacional para crianças e

 jovens. Por meio dele, busca promover tantoo esporte quanto uma perpetuação de certosvalores em ambiente formal e informal.

No mundo de hoje, tais valores sofremgrande pressão, e os jovens são a geraçãoque irá traçar o caminho da educação, da paz,da compreensão das diferenças, da buscapor estilos de vida mais saudáveis, pela pro-teção dos recursos naturais do nosso planetae pelo desenvolvimento sustentável. A atitudedo Presidente do COI de envolver a juventudeno Movimento Olímpico, por meio dos JogosOlímpicos da Juventude (YOG) e de materiaiseducacionais como este, tem valorizado a in-fluência que o esporte pode ter na formaçãodo ser humano. Além disso, pelo seu statusde observador da ONU, o COI pode ajudar aalcançar os Objetivos de Desenvolvimentodo Milênio (ODM) em colaboração tanto comseus parceiros do esporte olímpico quantocom o sistema da própria ONU.

O lançamento deste livro em português eespanhol, adaptado às realidades e diversida-des locais, expande o alcance dessa propostapara a América Latina e pode contribuir para aeducação nas diferentes plataformas de ensi-no disponíveis nesses países. A estratégia deapoio do COI ao programa “Educação ParaTodos” pode ser traduzida da seguinte forma:

(a) tornar a educação mais relevante e signifi-cativa; (b) firmar parcerias em prol do desen-volvimento sustentável; (c) desenvolver habili-dades dentro e fora da sala de aula; (d) tornaro ensino, assim como o aprendizado, um pro-cesso que desperte o interesse dos jovens.

O desenvolvimento do Ensinando valo- 

res olímpicos   não teria sido possível semo conhecimento e o apoio de profissionaisde todo o mundo que contribuíram em suaconcepção. Como Presidente da Comissão,e em nome de seus membros, espero queesta edição ajude a reforçar o excepcionalcompromisso da família olímpica com a cau-

sa da educação, do esporte e da cultura.

 PREFÁCIO PORLAMBIS V. NIKOLAOUO PRESIDENTE DA COMISSÃO DE CULTURA E EDUCAÇÃO OLÍMPICA DO COI APRESENTA O PAPEL QUE ESTAOBRA REPRESENTA NO DESENVOLVIMENTO DE UMA EDUCAÇÃO QUE PRIME PELOS VALORES DISSEMINADOSPELO OLIMPISMO.

8

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

BEM-VINDO AO ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS !...................................10

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO OLÍMPICO ..........................12

 VALORES EDUCACIONAIS DO OLIMPISMO ........................................................13

EDUCAÇÃO OLÍMPICA: SUGESTÕES DE ATIVIDADES ...................................14 

REALIDADES E OPORTUNIDADES EDUCACIONAIS ..........................................16

EDUCAÇÃO OLÍMPICA AO REDOR DO MUNDO .................................................17

OS DESAFIOS ...........................................................................................................................20

PARA MEMBROS DA FAMÍLIA OLÍMPICA  ............................................................20

PARA TREINADORES E LÍDERES ESPORTIVOS E DE CLUBES ...........22

PARA AUTORIDADES E GESTORES ESCOLARES........................................22

PARA PROFESSORES, EQUIPES PEDAGÓGICAS E INSTRUTORES .23

“HOJE, NOSSO MUNDOESTÁ PRECISANDODE PAZ, TOLERÂNCIAE FRATERNIDADE. OS VALORES DOS JOGOSOLÍMPICOS PODEMNOS OFERECER ISSO.”(JACQUES ROGGE, PRESIDENTEDO COI, VANCOUVER, 2010)

Acima Vancouver,2010: Jacques Rogge,o presidente do COI,discursa durante aCerimônia de Aberturados Jogos de Inverno.

 INTRODUÇÃO AOENSINO DOS VALORESOLÍMPICOS

  1  I  N  T  R  O  D  U  Ç   Ã  O   A  O   E  N  S  I  N  O    D

   O   S   V   A   L   O   R   E   S   O   L    Í   M   P   I   C   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 9

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10 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

1INTRODUÇÃO AO ENSINO DOSVALORESOLÍMPICOS

Quando as nações aderem aoMovimento Olímpico e enviamatletas para competir nos Jo-

gos, elas concordam em adotar um con- junto de valores denominado Princípios

Fundamentais (ver a Carta Olímpica).O Comitê Olímpico Internacional se referea eles como “os valores educacionais do

Olimpismo” (ver p. 13). Há um comprome-timento dos Comitês Olímpicos Nacionais(CONs) de divulgá-los em seus países,e este material didático foi desenvolvidopara ajudar todos os membros da Família

Olímpica a cumprir essa missão.No livro, informações relacionadas aos Jo-gos Olímpicos oferecem oportunidades de

aprendizado e argumentos para o ensinode valores considerados fundamentais. As-sim, o objetivo principal é ensinar valoreseducacionais do Olimpismo, e não apenastransmitir fatos e informações olímpicas.

Como o livro foi criado para professores,líderes e treinadores de estudantes de 8 a18 anos, de países de todo o mundo, as ati-vidades foram desenvolvidas para diferentesfaixas etárias e níveis de compreensão deleitura. Portanto, para auxiliar o trabalho dosprofissionais brasileiros, adaptamos e suge-rimos em cada atividade:

 em quais segmentos da Educação Bá-sica ela poderia ser trabalhada, ou seja,se na Educação Infantil (EI), EnsinoFundamental do 1º ao 5º ano (EFI), Ensi-no Fundamental do 6º ao 9º ano (EFII) ouEnsino Médio (EM); quais disciplinas podem ser relacio-nadas direta ou indiretamente com aatividade; quais temas transversais ou projetos dife-renciados poderiam compor a parte diver-sificada do Currículo Escolar, conformeprevisto na LDB 9394/96 e ParâmetrosCurriculares Nacionais.

Assim, após cada atividade sugerida,haverá uma legenda com os seguintessímbolos:

Professores, líderes e treinadores sãoincentivados a adaptar as atividades procu-rando adequá-las aos seus alunos.

Em um mundo onde a obesidade é umagrande preocupação e onde as criançasem comunidades carentes precisam de

esperança, a atividade física e o esportetêm um papel preponderante a desem-penhar. Os símbolos e as cerimônias, oseventos esportivos e culturais dos JogosOlímpicos constituem uma fonte de inspira-

BEM-VINDO AOENSINANDO VALORESOLÍMPICOS!ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS: CONCEITOS E ATIVIDADES PARA A EDUCAÇÃO OLÍMPICA  TRAZ INFORMAÇÕES EDIVERSAS ATIVIDADES DE ENSINO PARA AJUDAR A PROMOVER OS VALORES EDUCACIONAIS DO OLIMPISMO.

Abaixo “Imaginandoum mundo melhor”,desenho de Bournas

 VoahangimalalaOlivia Rajaoferison,

de Madagascar.

Educação InfantilEI

Ensino Fundamental IEFI (1º ao 5º ano)

Ensino Fundamental IIEFII (6º ao 9º ano)

Sugestões de segmento de ensino paraas atividades ao longo do livro

Ensino MédioEM

Educação Básicacompleta – EB

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  1  I  N  T  R  O  D  U  Ç   Ã  O   A  O   E  N  S  I  N  O    D

   O   S   V   A   L   O   R   E   S   O   L    Í   M   P   I   C   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 11

ção e motivação para os jovens, que incen-tivam a aprendizagem e a participação.

As proposições deste livro baseiam-se nasteorias educacionais que valorizam as abor-dagens multiculturais, interculturais e visamestimular o desenvolvimento da inteligênciados alunos em todas as suas dimensões.

Elas se orientam pelos seguintes princípiosde aprendizagem:

 Aprender é uma atividade ativa. Por isso,os processos de aprendizagem incluematividades verbais além da escrita, comoargumentação ou debate; criativas, comoa arte, o teatro ou a música; e de movi-mento físico por meio do esporte e daeducação física. As pessoas aprendem de diferentesmaneiras. Algumas aprendem melhor pormeio da leitura; outras, ouvindo; e háaquelas que aprendem mais facilmentecriando coisas ou se movimentando. As

atividades deste livro oferecem toda essagama de abordagens. Aprender é uma atividade tanto individualquanto coletiva. Algumas pessoas tra-balham melhor de forma independente.Porém, para aprender e praticar a coope-

de arte, objetos, livros etc. Há tambémpatrimônios imateriais, como idiomas, filmes,músicas, conhecimentos científicos, costu-mes, artes e ofícios. Rituais, movimentos etécnicas esportivas também fazem parte dopatrimônio imaterial.

Esportes  – São todas as formas de

atividade física que contribuem para a apti-dão física, o bem-estar mental e a intera-ção social. Essas atividades incluem jogos;esporte amador, recreativo, organizado ou decompetição; esporte indígena e brincadeiras(UNESCO, 2004).

Cultura – É tudo o que permite às pes-soas se situarem em relação ao mundo eà sociedade, e é também a herança que épassada para elas (valores, comportamentos,artes, artefatos, conhecimentos, crenças,histórias, mitos etc.)

Acima Rio de Janeiro,2008 – Integrantesdo Comitê OlímpicoInternacional visitama cidade candidataa sediar os JogosOlímpicos de 2016.

1 Definições dos Serviços Educacionais do Museu

Olímpico, Lausanne.

2 Greene, M. Releasing the imagination: Essays on

education, the arts, and social change. São Francisco:

Jossey-Bass, 1995.

ração, elas precisam trabalhar juntas. Porisso, este livro apresenta muitas ativida-des de grupo.Estimular a imaginação dos alunos é

outra estratégia de ensino recomendada noEnsinando valores olímpicos . Todos os atle-tas conhecem o poder que a imaginação

tem para ajudá-los a alcançar um resulta-do ou objetivo. O uso positivo e criativo daimaginação também pode ajudar os jovensa desenvolver novas atitudes, novas manei-ras de pensar sobre si e sobre os outros,para então explorar diferentes modos decomportamento.

GLOSSÁRIONeste livro, algumas palavras merecem serdefinidas para facilitar a compreensão deeducadores e respectivos alunos.1

Valor – É o que é considerado impor-tante na vida, o que faz com que ela valha

a pena. O valor também ajuda as pessoasa decidirem o que é moralmente certoou errado.

Herança  – É uma forma de legado.Existem patrimônios palpáveis, como edifí-cios, monumentos, lugares históricos, obras

“É A IMAGINAÇÃO QUE ABRE NOSSOS OLHOS PARAMUNDOS ALÉM DA NOSSA EXPERIÊNCIA, POSSIBILITANDO--NOS CRIAR, CUIDAR DOS OUTROS E VISUALIZAR ASMUDANÇAS SOCIAIS.”2

(MAXINE GREENE, EDUCADOR E ESPECIALISTA EM CURRÍCULO)

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12 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

1INTRODUÇÃO AO ENSINO DOSVALORESOLÍMPICOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

DO MOVIMENTOOLÍMPICOOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS APARECEM NO INÍCIO DA CARTA OLÍMPICA.

Esquerda Atlanta,1996: A cerimônia de

abertura no estádioolímpico em Atlanta,Geórgia, celebra asorigens antigas dosJogos.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

O Olimpismo é uma filosofia de vida que exalta e combina em um conjunto equilibrado as qualidades do corpo, da

vontade e da mente. Aliando o esporte à cultura e à educação, o Olimpismo procura criar um estilo de vida baseado naalegria do esforço, no valor educacional do bom exemplo e no respeito pelos princípios éticos fundamentais universais.

O Olimpismo tem por objetivo colocar o esporte a serviço do desenvolvimento harmonioso do homem, de modo a pro-mover uma sociedade pacífica preocupada em preservar a dignidade humana.

O Movimento Olímpico é a ação conjunta, organizada, universal e permanente, exercida sob a autoridade suprema doCOI, de todos os indivíduos e entidades inspirados pelos valores do Olimpismo. Estendendo-se aos cinco continentes,o Movimento Olímpico atinge seu ápice ao reunir atletas de todo o mundo por ocasião do grande festival esportivo quesão os Jogos Olímpicos. Seu símbolo é constituído pelos cinco aros entrelaçados.

A prática esportiva é um direito humano. Cada indivíduo deve ter a possibilidade de praticar esporte, sem discriminaçãode qualquer tipo e de acordo com o espírito olímpico, o qual exige compreensão mútua, sentimento de amizade, soli-dariedade, ética, respeito e jogo limpo. A organização, a administração e a gestão do esporte devem ser controladaspor entidades esportivas independentes.

Qualquer forma de discriminação em relação a um país ou uma pessoa, seja qual for o motivo, como etnia, religião,política e sexo é incompatível com a filiação ao Movimento Olímpico.

A filiação ao Movimento Olímpico exige conformidade com a Carta Olímpica e o reconhecimento pelo COI.

#1 

#2 

#3

 

#4 

#5 

#6

Veja as atividades no Capítulo 4, “Interpretando os princípios fundamentais”, p. 68.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 13

 VALORES EDUCACIONAISDO OLIMPISMOCINCO VALORES EDUCACIONAIS SÃO ENFATIZADOS NESTE LIVRO. ELES SURGIRAM DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAISE FORAM REDIGIDOS DE MODO A FACILITAR SUA APLICAÇÃO NO ENSINO. OS CINCO VALORES REÚNEM OS TRÊSDOMÍNIOS DO APRENDIZADO: COGNITIVO (INTELECTUAL), AFETIVO (SOCIAL/EMOCIONAL) E CINESTÉSICO (FÍSICO).

 A. ALEGRIA DO ESFORÇOOs jovens desenvolvem e praticamhabilidades físicas, intelectuais e decomportamento quando desafiamuns aos outros na prática deatividades físicas, de movimentos,em jogos e em esportes.

B. JOGO LIMPOJogo limpo é um conceito doesporte aplicado em todo omundo de diferentes maneiras.Aprender a jogar limpo no esportepode desenvolver e reforçar essecomportamento na comunidadee na vida.

C. RESPEITO PELOSOUTROSQuando os jovens que vivem emum mundo multicultural aprendema aceitar e a respeitar a diversidadee a agir de modo pacífico,eles promovem a paz e acompreensão internacional.

D. BUSCA PELAEXCELÊNCIA A busca pela excelência pode ajudar

 jovens a fazer escolhas saudáveis epositivas, para que se esforceme sejam o melhor que puderem

em tudo que realizarem.E. EQUILÍBRIO ENTRECORPO, VONTADEE MENTEO aprendizado ocorre em todo ocorpo, não apenas na mente. Aeducação física e o ensino pormeio do movimento contribuempara aprimorar o aprendizado morale intelectual. Com base nesseconceito, Pierre de Coubertin seinteressou pela recriação dos JogosOlímpicos.

Sugestões de atividades foramincluídas para cada um dos cincovalores no Capítulo 4, “Os cincovalores da educação”.

À esquerda Um pailevanta seu filho paracolar cartões em

forma de coração emum banner durante oevento promocional“Bem-vindo aosJogos Olímpicos;seja educado, crieum novo ambiente”,destinado a incentivaros 15 milhões decidadãos de Pequima desenvolveremum comportamentopositivo.

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14 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

1INTRODUÇÃO AO ENSINO DOSVALORESOLÍMPICOS EDUCAÇÃO OLÍMPICA:

SUGESTÕESDE ATIVIDADESESTE LIVRO FORNECE MATERIAL PARA AJUDAR ADULTOS EM CARGOS DE ENSINO (PROFESSORES, TREINADORES,LÍDERES DE CLUBES ESPORTIVOS, FUNCIONÁRIOS DOS CONs E ACADEMIAS OLÍMPICAS NACIONAIS) A EXPANDIR ODESENVOLVIMENTO FÍSICO E MORAL DAS CRIANÇAS E DOS JOVENS SOB SEUS CUIDADOS.

Educação Olímpica tem signifi-cados diferentes para pessoasdiferentes. O quadro à direita

mostra a quantidade de áreas curricula-res diversas, seja em seus objetivos oudestinatários, sob a bandeira da EducaçãoOlímpica, com duas legendas, que juntocom a da página 10 são utilizadas naspropostas de atividades ao longo do livro:uma com a sugestão de segmento deensino com o qual poderiam ser traba-lhadas as atividades ao longo do livro;outra que sugere ao educador quais, den-tre esses componentes curriculares, po-deriam ser trabalhados nas atividadesespecíficas; e a terceira com a indicação dequais temas transversais são trabalhados.

PRÁTICASCOMPROVADAS PARAO ENSINO DE VALORESOLÍMPICOS3 Debate:  O debate é uma ferramentaimportante para o aprendizado de valores.Para um debate bem-sucedido, é necessá-rio que haja um professor ou “orientador”

EDUCAÇÃO OLÍMPICA 

3 Adaptado da Cruz Vermelha Internacional. Exploring

Humanitarian Law: Methodology Guide. Genebra: Inter- 

national Red Cross, 2001, pp. 21-44.

Abaixo Atlanta, 1996:Crianças formamos aros olímpicos euma pomba da pazdurante a cerimôniade abertura dos JogosOlímpicos de 1996, em

 Atlanta, Geórgia.

para garantir a participação de todos eordenar as opiniões emitidas pelos alunos.O objetivo é ajudá-los a desenvolver aoralidade, ou seja, a capacidade de falarem público, defendendo um ponto de vistacom clareza e habilidade. O debate educa-tivo pode se tornar ainda mais construtivoe interessante quando se desenvolve nosalunos a capacidade de ouvir e consideraras ideias apresentadas pelos colegas, oque permite avançar em direção à cons-trução coletiva do entendimento e dassoluções compartilhadas acerca do temaou problemas em discussão.Dramatizações: As dramatizações ofere-cem aos alunos a oportunidade de se coloca-rem no lugar do outro, e tornarem realidadeas experiências descritas no papel. Além dese constituir numa linguagem poderosa paraa comunicação de valores e ideias por quemas produz, encena ou assiste, elas ajudamcrianças e jovens a superarem característicascomo timidez ou dificuldade para se colocarpublicamente. As dramatizações bem-suce-didas são preparadas com antecedência eanalisadas posteriormente, mas um improvi-

 Pesquisa acadêmica, cursos e se-minários em universidades e cen-tros de estudos olímpicos. Programas das Academias Olím-picas Nacionais e Internacionais edos Comitês Olímpicos Nacionais. Livros informativos, livros didáticos,vídeos, CDs e programas de TVsobre os Jogos Olímpicos e os es-portes olímpicos. Atividades do Dia Olímpico, festi-vais olímpicos e competições emescolas e comunidades. Treinamento de alta performance e

educação física em conformidadecom os valores olímpicos. Educação pelo Olimpismo: pro-gramas integrados de ensino devalores olímpicos para crianças e

 jovens torcedores. Programas educativos para jovensdos Comitês Organizadores de Jo-gos Olímpicos.Acampamentos olímpicos e de es-

porte para os jovens. Museus olímpicos, hall da fama eexposições de arte e cultura. Programas de marketing e pro-

moção dos patrocinadores olímpicos.

EDUCAÇÃO OLÍMPICA 

so ou outro na implementação do projeto podeser um sinal positivo de que os alunos e adul-tos envolvidos adquiriram “jogo de cintura”como equipe e capacidade de dar soluçõesaos problemas.Trabalho em grupos: Dividir a turma em du-plas, trios ou pequenos grupos é pôr em práti-ca o princípio de que, pela interação e ativida-de, a aprendizagem se realiza de forma maisefetiva. A adoção dessa estratégia ajuda osalunos a compartilharem ideias, desenvolve-rem habilidades de pesquisa e de trabalho em

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 15

equipe. Para a atividade ser bem-sucedida, énecessário orientar adequadamente os alunossobre as tarefas a serem realizadas; planejar

devidamente o tempo disponível para que to-das as etapas possam ser cumpridas de formaautônoma pelos estudantes; acompanhar eorientar a realização dessas etapas de formaa ensinar procedimentos e formas de organi-zação; incentivar a apresentação criativa dasconclusões de cada grupo. Além disso, reco-menda-se criar situações de socialização como grupo maior que pode ser a própria classe,os colegas de mesma série de outras turmas,colegas convidados de outras séries, e atémesmo os pais, promovendo o intercâmbio e atroca de conhecimentos sobre um tema rele-vante para a comunidade escolar.

CAMINHOS PARAPARTICIPAÇÃOEnsinando valores olímpicos: conceitos e

atividades para a educação olímpica   podeser utilizado de diversos modos.Modo 1: Educação por meio doOlimpismo – uma abordagem integradae interdisciplinar.Dependendo da disponibilidade dos profes-sores e da cultura já estabelecida na esco-la, o tema olímpico poderá ser tratado naforma de projetos didáticos interdisciplinares,articulando o conjunto de alunos de umamesma série, segmento ou turno escolar. Omaterial Ensinando valores olímpicos   contéminformações e sugestões de atividades quepodem ser utilizadas nas diferentes áreas,além de ideias para enriquecer o repertório depráticas já realizadas pelas escolas. Sabemosque estes projetos interdisciplinares são maisfáceis de serem propostos e realizados naEducação Infantil e em séries iniciais do EnsinoFundamental, por ser uma tendência pedagó-gica mais consolidada na escola brasileira. NoEnsino Fundamental II e Médio, no entanto,segmentos em que as disciplinas ganhamem profundidade e extensão, o esforço dosprofessores em identificar possibilidades de

articulação entre áreas para o desenvolvi-mento de projetos interdisciplinares ligadosaos valores olímpicos pode ser recompensadocom o aumento do interesse e participaçãodos jovens nas propostas de trabalho, refletin-do positivamente na aprendizagem.Modo 2: Educação olímpica numa abor-dagem disciplinarO fato de um projeto didático não estar inse-rido num projeto maior, do qual participemtodas as matérias ou professores, e ser rea-lizado no bojo de uma disciplina apenas nãoquer dizer que não seja um projeto válidoou capaz de gerar ganhos para a aprendi-

zagem. Por isso, naqueles casos em que onível de escolaridade ou a especificidade dosconhecimentos obrigarem a um cumprimen-to mais estrito do programa ou do livro didá-tico, o tema dos Jogos Olímpicos pode servir

para o desenvolvimento de uma ou maisunidades didáticas como forma de enrique-cimento curricular, visando contextualizarmelhor alguns conceitos, motivar os alunosa estudar a partir de temas de seu interes-se e a obter melhores resultados, seja naárea de Linguagens, Ciências da Natureza,Matemática ou Ciências Humanas, pelaamplitude de assuntos que abarca e tam-bém pela variedade de aspectos que estelivro sugere tratar.Modo 3: Semana ou mês do tema olímpicoMuitas das atividades propostas no livrosão ideais para a organização de uma

semana ou mesmo de um mês dedicado aotema olímpico, com a participação de todaa comunidade escolar. Assim, a realizaçãode cerimônias de abertura e encerramento,competições esportivas e atividades físicasfariam parte do evento, e muitos aspectosconceituais ligados às várias áreas doconhecimento poderiam ser tratados antese após a realização dos eventos.Modo 4: Excelência por meio do esportee da educação física de jovens atletaspromissoresUm quarto modo de trabalhar com o temaproposto no livro e talvez de forma um pouco

mais específica consiste em melhorar osprogramas de Educação Física e o ensinode esportes com atividades que ajudam osalunos a compreender e praticar valoreseducativos. Com a universalização do aces-

so das crianças à Educação Básica no Brasil,é certo que pela escola passarão os atletasdo futuro. Cabe aos adultos especializadosna área de educação física criar alternativas,estimular e ficar atentos ao desempenhodessas crianças e jovens que podem ser

 jovens atletas promissores.Modo 5: Para alunos que já termina-ram o Ensino Médio e participantesde oficinas (por exemplo, professores,líderes de grupos de jovens)Utilize este livro como um curso de“Educação Olímpica: uma abordagembaseada em valores”. Por exemplo, em um

centro de estudos olímpicos, um curso deEducação Olímpica pode ser oferecido aocorpo docente de Pedagogia e de EducaçãoFísica, e também a alunos de Kinesiologia.Embora diferentes países tenham histórias,tradições e códigos morais e de condutadistintos, muitos valores são compartilha-dos ou foram misturados e modificadospela modernização e pela globalização. OMovimento Olímpico tem procurado criaroportunidades para promover esses valoresem comum. O Ensinando valores olímpicos:

conceitos e atividades para a educação

olímpica   foi criado para incentivar os pro-

fessores e líderes de grupos de jovens aadaptar as diferentes atividades para aten-der as expectativas dos seus programas deensino e as necessidades específicas dosseus alunos.

Este gráfico mostraas diferentes áreasdo currículo escolar

brasileiro que podemser relacionadas aoOlimpismo.

Jogos OlímpicosValores Olímpicos

Áreas curricularesabordadas em cadaatividade

ÁREA 1

Inglês comosegundo idioma

Artes dasLinguagens

Belas-Artes,Música, Teatro eDesign

Esporte/EducaçãoFísica

ÁREA 2

Ciência da

NaturezaMatemática

ÁREA 3

História

Geografia

    2     B

          I     n    g          l      ê

    s

Temas transversais

SAÚDE

ÉTICA

CIDADANIA

PLURALIDADECULTURAL

TRABALHO E CONSUMO

MEIO AMBIENTE

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“É CLARO QUE, AOENFATIZARMOS AIMPORTÂNCIA DO

MULTICULTURALISMO,NÃO ESTAMOSREJEITANDOOS VALORESUNIVERSAIS. MUITOPELO CONTRÁRIO,RESPEITO MÚTUOENTRE CULTURAS É,NA MINHA OPINIÃO,UM DOS VALORESUNIVERSAIS. OMOVIMENTO OLÍMPICOÉ UM BOM EXEMPLODISSO.”(HE ZHENLIANG, MEMBRO

DO COI E EX-PRESIDENTE DACOMISSÃO DE CULTURA EEDUCAÇÃO OLÍMPICA DO COI)

 Sistemas de ensino – Ensinando valo- 

res olímpicos: conceitos e atividades para

a educação olímpica é uma iniciativa deeducação global. No entanto, prioridades,programas e administrações são diferentesem muitos sistemas de ensino do mundo. Orelacionamento entre alunos e professoresé diferente. Os pais, alunos, autoridades deeducação e membros da comunidade têmexpectativas também diferenciadas. Nasescolas, também são distintos o tamanho

das turmas e a infraestrutura de ensinoe aprendizagem. Em muitas comunidadesafricanas, por exemplo, a ênfase nos sis-temas de educação informal é maior doque nos da educação formal, assim como émais enfatizada a comunicação oral do quea escrita, e também ressaltado o papel dafamília e da comunidade.4

 Provas  – Sistemas como os da China,fundamentado na meritocracia há 5 milanos, ou o da Grécia, que reflete ainda seupassado clássico, enfatizam a memoriza-ção e as provas escritas. Esses são algunsdos desafios enfrentados pelos educadores

olímpicos. Além deste livro, os autores pre-tendem disponibilizar suporte digital – porinternet e/ou CD –, contendo formas deavaliar o grau de conhecimento dos alunos.

Idioma – A tradução de um documen-to da língua original para outro idioma ésempre um processo imperfeito, porque

é uma comunicação filtrada entre umautor, um tradutor e um leitor ou ouvinte.Ideias facilmente expressadas em uma lín-gua às vezes não são tão fáceis de expres-sar em outra. Por exemplo, a expressãofrancesa esprit du sport  não tem o mesmosignificado da expressão fair play  em inglêsou do jogo limpo em português. Na China,onde o idioma é representado por milharesde diferentes caracteres simbólicos em vezde um alfabeto, a tradução de um textoocidental é um processo difícil e comple-xo. Educadores olímpicos de diferentescontinentes revisaram o conteúdo destelivro objetivando encontrar as melhorespalavras e frases para expressar as ideiasdo Olimpismo.

 Filosofia  – As ideias educacionais doMovimento Olímpico se baseiam origi-nalmente na filosofia e na tradição de

educação euro-americana. Embora, apa-rentemente, essas ideias sejam aceitaspelas 204 nações que compõem a FamíliaOlímpica, existem muitas diferenças entreas filosofias e os sistemas educativos des-sas nações. Portanto, obter a aprovaçãodo ensino baseado nos valores olímpicos edas estratégias usadas neste livro pode serum desafio em algumas nações. Por exem-plo, em comunidades educativas norteadaspela religião, o desafio enfrentado peloseducadores olímpicos e líderes de gruposde jovens será identificar de que maneirao ensino dos valores olímpicos pode darapoio às prioridades educacionais existen-tes, adaptando as diversas atividades à fée às situações locais.

Abaixo Rio de Janeiro,2010: Crianças deescolas públicas dacidade aprendem a

 jogar hóquei sobregrama durante aSemana Olímpica2010.

REALIDADES EOPORTUNIDADESEDUCACIONAISPROFESSORES E LÍDERES DE GRUPOS DE JOVENS EM DIFERENTES REGIÕES DO MUNDO ESTÃO TRABALHANDOCOM SISTEMAS EDUCACIONAIS, RELIGIOSOS E POLÍTICOS MUITO DISTINTOS, E COM LIMITAÇÕES E RESTRIÇÕESCURRICULARES E ECONÔMICAS.

16 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

1INTRODUÇÃO AO ENSINO DOSVALORESOLÍMPICOS

4 Reagan, T. Non-Western Educational Traditions: Alternative Approaches to Educational

Thought and Practice. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, 2000.

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EDUCAÇÃO OLÍMPICA  AO REDOR DO MUNDO

O TRABALHO DOS COMITÊS OLÍMPICOS NACIONAIS DEMONSTRA COMO AS IDEIAS E OS VALORES DO OLIMPISMO PODEMSER ENSINADOS ÀS CRIANÇAS E AOS JOVENS DE DIFERENTES PAÍSES.

 ARGÉLIA 5

Historicamente, o projeto na Argélia nas-ceu da vontade do CON de criar uma insti-

tuição para coordenar os programas de Edu-cação Olímpica daquele país. Foi necessáriolevar os ideais e valores do Olimpismo alémde um domínio tradicionalmente dedicado àprática de esportes.

Fundada em 25 de fevereiro de 2002, aAcademia Olímpica Nacional da Argélia éconstituída por um diretor, um coordenador,um departamento pedagógico e de planeja-mento, e um departamento de organizaçãoe comunicação. Os programas que estãodescritos nos quadros ao lado têm objetivossemelhantes.

OUTROS EXEMPLOSDE PROGRAMAS DEEDUCAÇÃO OLÍMPICA 

GUATEMALA 6

Festival Olímpico  – Durante três dias, aAcademia Olímpica e o Comitê Olímpico daGuatemala organizam um Festival Olímpico,incluindo atividades como exibições espor-tivas, conferências e oficinas sobre temasrelacionados com o Olimpismo, além de umconcurso de desenho e pintura intitulado“Desenhe seu esporte e dê um nome a ele”,destinado a todas as faixas etárias. O evento,organizado anualmente, objetiva divulgar os

princípios olímpicos e promover todos osesportes, relacionando-os com arte e cultura.Cine Fórum  – A Academia Olímpica daGuatemala promove, periodicamente, ses-sões de filmes em diferentes instituições deensino em todo o país, objetivando divulgar aFilosofia Olímpica por meio de um programaeducativo interativo. Cerca de 150 alunoscom idades entre 12 e 18 anos são divididosem vários grupos para assistir a um filmerelacionado ao Olimpismo e discutir os valo-res ou antivalores ali identificados.

 ARGÉLIA: ATIVIDADES 2004-2005

Corridas OlímpicasGrupo alvo: alunos do 5º e 6º anos do EnsinoFundamentalObjetivo: sensibilizar e integrar pelo esporteEstratégia: Foram criados 2 mil cartões departicipação para a corrida, e distribuídos em escolas.No dia da corrida olímpica, foram entregues bonés,camisetas e balões para os alunos e as escolasparticipantes.

Esporte e Jogo LimpoGrupo alvo: alunos do Ensino Médio e SuperiorObjetivo: sensibilizar a opinião pública sobre o tema.Estratégia: Foi criado um folheto com jogos equestionários sobre jogo limpo, e 5 mil cópias foram

distribuídas em escolas e universidades.

Esporte e crianças doentesGrupo alvo: crianças e adolescentes internados emhospitaisObjetivo: sensibilizar e confortar pelo esporteEstratégia: Folhetos com jogos e perguntas sobre otema olímpico foram distribuídos durante os JogosOlímpicos.

 ARGÉLIA: PLANO DE AÇÃO 2006

ATIVIDADE GRUPO ALVO PERÍODO 

Esporte e jogo limpo Estudantes universitários De janeiro a junho de 2006(Conscientização por meio de folheto e do Ensino Médiocom jogos e perguntas)

Esporte sem doping:  Jovens de 18 a 21 anos De abril a junho de 2006campeões não trapaceiam(Tema da Competição Nacionalde Literatura Olímpica)

Escola e Olimpismo  Treinadores, professores de Outubro de 2006(Tema da palestra apresentada Educação Física ou dirigentespor todo o país) escolares

Obras de Inspiração Olímpica  Pessoas da área artística Junho de 2006(Tema do Concurso Nacional de Artes) e cultural

AcimaO logo do ComitêOlímpico da Argélia.

À direitaO logo do ComitêOlímpico da Guatemala.

5 As informações sobre a Argélia foram adaptadas do

site da Academia Olímpica Internacional. Disponível em:

<http://ioa.org.gr/>. Acesso em: 30 jul. 2011.6 As informações sobre as atividades da Academia

Olímpica Nacional da Guatemala foram recebidas do

Centro de Estudos Olímpicos da Universidade Autônoma

de Barcelona, como parte dos dados coletados para um

projeto patrocinado pelo COI.

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 ALBÂNIA 7

Semana Olímpica nas escolasOs programas educacionais organizadospelo Comitê Olímpico e Academia OlímpicaNacional Albanesa, em colaboração com oMinistério da Educação, a Direção Regionalde Educação e a Universidade do Espor-te, buscam divulgar os ideais olímpicos edo esporte em prol de uma vida melhor. Ainiciativa compreende a organização da Se-mana Olímpica a cada dois anos em cadaescola da Albânia, do Ensino Fundamentalao Médio. Durante uma semana, as escolas

desenvolvem várias atividades, incluindo ati-vidades de classe em todas as disciplinas docurrículo, concursos de arte, uma competi-ção esportiva durante o último dia da semanae um jogo olímpico de perguntas e respostas.

18 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

1INTRODUÇÃO AO ENSINO DOSVALORESOLÍMPICOS

Acima Brasil, 2010:Competidorescelebram medalhasem cima do pódiodepois da Corrida doDia Olímpico em SãoJosé do Rio Preto, SP.

À esquerda O logodo Comitê Olímpicoalbanês.

7 As informações sobre as atividades da Academia Olímpica Nacional da Albânia foram obtidas

através do Centro de Estudos Olímpicos da Universidade Autônoma de Barcelona como parte

dos dados coletados para um projeto patrocinado pelo COI.

NOVA ZELÂNDIA A Academia Olímpica Neozelandesa trabalhaem estreita colaboração com o Ministério daEducação do país. Os resultados do ensinodos valores olímpicos constam no currícu-lo dos cursos de Saúde e Educação Físicadaquele país.

Os Comitês Olímpicos Nacionais de paísescomo Nova Zelândia, Austrália, Reino Unido,Alemanha e Canadá promovem a educa-ção olímpica por meio de excelentes sites eprogramas específicos criados especialmen-te para as escolas. Eles elaboram também

materiais educativos para distribuir entre osprofessores antes de cada edição dos JogosOlímpicos. Muitos Comitês Olímpicos Nacio-nais organizam Dias Olímpicos com diversasatividades, como corridas, concursos de artese seminários de liderança para jovens.

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Acima Antígua,1992: Os arosolímpicosmundialmentereconhecidos.

8 Ministério da Educação da Nova Zelândia. Saúde e Educação Física no currículo da Nova Zelândia, 1999, p. 34.

“ATRAVÉS DO APRENDIZADOEM SAÚDE E EDUCAÇÃOFÍSICA, OS ALUNOSDESENVOLVEM UMA ATITUDEPOSITIVA E RESPONSÁVELDE BEM-ESTAR FÍSICO,MENTAL E EMOCIONAL,SOCIAL E ESPIRITUAL...RESPEITO PELOS DIREITOSDAS OUTRAS PESSOAS...CUIDADO E PREOCUPAÇÃOCOM PESSOAS DE SUACOMUNIDADE E COM O

MEIO AMBIENTE... [E] UMSENTIMENTO DE JUSTIÇASOCIAL.”8

(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃONEOZELANDÊS)

À direita O logo doComitê OlímpicoBrasileiro.

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20 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

1INTRODUÇÃO AO ENSINO DOSVALORESOLÍMPICOS

Quando a bandeira olímpica éhasteada durante a cerimô-nia de abertura dos Jogos

Olímpicos, o mundo celebra as ideias dofundador do Movimento Olímpico moder-no, Pierre de Coubertin (1863-1937).

Seus objetivos eram educacionais. Eleacreditava que os jovens precisavam trei-nar seus corpos assim como suas men-tes. Pierre de Coubertin queria que asescolas de seu país incluíssem esportesorganizados em seus programas de ensi-no. Acreditava que suas ideias seriamamplamente divulgadas se organizasseum evento esportivo internacional inspi-rado na herança dos Jogos Olímpicos daAntiguidade realizados na Grécia.

Em 1894, Pierre de Coubertin convidoucolegas e amigos para um congresso, noqual apresentou um plano para reviver osJogos Olímpicos. O comitê criado paraplanejar esses Jogos foi chamado ComitêOlímpico Internacional.

Seus objetivos estão resumidos nos “Ob- jetivos do Movimento Olímpico”, que fazemparte da Carta Olímpica original.

A Carta Olímpica foi revisada váriasvezes. Ela orienta o trabalho do Movimen-to Olímpico Internacional. Os objetivos dePierre de Coubertin são hoje chamados dePrincípios Fundamentais.

OS DESAFIOSOS OBJETIVOS DO MOVIMENTO OLÍMPICO DE PIERRE DE COUBERTIN SÃO A BASE DOS PRINCÍPIOSFUNDAMENTAIS DA CARTA OLÍMPICA. OS MEMBROS DA FAMÍLIA OLÍMPICA ENFRENTAM ODESAFIO DE PROMOVER ESSES VALORES.

PARA MEMBROS DAFAMÍLIA OLÍMPICA Como um membro da Família Olímpica,você representa o Movimento Olímpico. Sejaum membro do COI, um atleta olímpico, umorganizador ou patrocinador dos Jogos, sua

responsabilidade é defender os valores e osprincípios do Olimpismo.Imagine-se no papel de convidado de hon-

ra na cerimônia de abertura dos Jogos do DiaOlímpico de uma escola ou comunidade. Cen-tenas de jovens aguardam ansiosamente quevocê declare os Jogos do Dia Olímpico oficial-mente abertos. Eles estudaram a história dosJogos Olímpicos, a história de outras naçõesparticipantes e os valores do Movimento Olím-pico. Acreditando que os Jogos Olímpicos sãomais do que um simples evento esportivo, osalunos produziram suas próprias tochas e car-tazes, e esperam ansiosos pelo dia dedicadoàs atividades esportivas e culturais. Eles serãodesafiados a praticar o jogo limpo, a aceitardiferenças individuais e a dar o melhor de si.Isso é o Olimpismo em ação! Esses valoreseducativos do Olimpismo não são uma con-sequência automática da participação ativa noesporte. Eles têm de ser ensinados.

Como membro da Família Olímpica, vocêestá numa posição única para partilhar epromover este projeto. Por causa de suaparticipação, uma criança pode ser levadaa se tornar um atleta olímpico no futuro, ouum campeão dos direitos humanos no es-porte e na vida. Você terá feito a diferençana vida de uma criança.

OS OBJETIVOS DOMOVIMENTO OLÍMPICO

(1894)

 Promover o desenvolvimento dasqualidades físicas e morais que sãoa base do esporte. Educar os jovens por meio doesporte, incentivando o espírito demelhor compreensão e amizadeentre eles, a fim de construir ummundo melhor e mais pacífico. Difundir os princípios olímpicos portodo o mundo e, desse modo, criarboa vontade internacional. Reunir os atletas do mundo em um

grande evento esportivo quadrie-nal: os Jogos Olímpicos.

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Acima Atenas, 1896: Atenas, na Grécia,sediou os primeirosJogos Olímpicos. Aquivocê vê a atividade noEstádio Panathinaiko,de mármore branco,antes de uma corrida

de 100 metros combarreiras.

À direita Seul, 1988:Uma partida dehóquei sobre gramaentre a Índia e oPaquistão. MohinderP. Singh (Índia) tentase esquivar de TahirZaman (Paquistão) eMuhammad Qamar I.(Paquistão).

À esquerda Pierrede Coubertin eseu convite para ocongresso de 1894.

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22 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

1INTRODUÇÃO AO ENSINO DOSVALORESOLÍMPICOS

PARA TREINADORES,LÍDERES ESPORTIVOSE DE CLUBES

Jacques Rogge, presidente do Comitê Olím-pico Internacional, fez a seguinte declaraçãosobre o esporte e o Movimento Olímpico:

“A força singular do Movimento Olímpicoconsiste em sua capacidade de inspirar jo-vens de sucessivas gerações a sonharem:

 Os exemplos dos campeões motivam os jovens.

 O sonho de participar dos Jogos os levarãoao esporte. Pelo esporte, os jovens serão bene-ficiados por um instrumento educacional.

 O esporte ajudará seus corpos e mentes. O esporte os ensinará a respeitar as regras. O esporte os ensinará a respeitar os adver-

sários. O esporte oferecerá a eles uma oportuni-dade de se integrarem à sociedade e de desen-volverem habilidades sociais.

 O esporte irá lhes conferir uma identidade. O esporte lhes trará alegria e orgulho. O esporte vai melhorar a saúde deles.”9

A maioria dos líderes esportivos e de clubesaceitaria essas declarações e, provavelmen-te, acreditaria que o jogo limpo, o respeitopelas regras e pelos adversários, as habili-dades sociais positivas e os comportamentossaudáveis são valores que podem ser desen-volvidos por meio da participação no esportee na atividade física.

No entanto, não são o resultado da parti-cipação no esporte por si só; esses compor-tamentos devem ser ensinados. Às vezes, acompetição acirrada e as pressões para ven-

cer dificultam a vivência de valores olímpicoscomo o jogo limpo. Os treinadores de todo omundo, porém, se encontram em uma posi-

ção única para o ensino desses valores. Umdos meios mais eficazes para jovens atletasaprenderem a jogar limpo, por exemplo, é pro-porcionar uma oportunidade para discutir asimplicações e consequências de seus atos.Quando os treinadores dão a seus jogadoresuma oportunidade para explorar os conflitosde valor e discutir seus sentimentos, crençase comportamentos, o ensino dos valores olím-picos já começou.

Nos grupos mais velhos, o debate podeabordar a violência e o uso de substânciasquímicas, enquanto nos grupos mais jovens odebate pode enfocar as regras e a igualdade

de oportunidades.As histórias e os exemplos apresentadosneste livro podem ser utilizados para provocaro debate. Uma iniciativa de ensino dos valoresolímpicos, que aproxima de modo integradoescolas e clubes da comunidade, oferece umamensagem singular e consistente a jovens so-bre valores e padrões de comportamento.

 PARA AUTORIDADES EGESTORES ESCOLARESOs eventos dos Jogos Olímpicos modernostêm grande apelo internacional e ampla au-diência televisiva no mundo. Há 100 anos,começaram como um projeto do século XIXde reforma da educação europeia concebidapor Pierre de Coubertin. Hoje são “o maiorfoco de atenção espaço-temporal da históriada humanidade”10.

Abaixo Holanda,1991: membro do COI

 Anton Geesink começa

uma corrida do DiaOlímpico nos PaísesBaixos. Dr. Geesinkganhou uma medalhade ouro no judô nosJogos OlímpicosTóquio 1964.

À direita Nagano,1998: Uma menina

 japonesa vestindo umaroupa bordada comos aros olímpicos e asmascotes de Nagano,

as “Snowlets”. AsSnowlets (Sukki,Nokki, Lekki eTsukki) são quatrocorujas - um pássaroque, em muitospaíses, representa “asabedoria da floresta”.

O caráter geral do ensino dos valoresolímpicos atua positivamente como um“espaço transnacional” – um lugar onde os

símbolos e as cerimônias, os valores e osprincípios do Movimento Olímpico são tra-balhados, elaborados, adaptados e reinven-tados no contexto do conhecimento local edas tradições culturais locais e nacionais.11 MacAloon sugere que “não existe tal coisacomo ‘os Jogos Olímpicos’, há milhares deJogos Olímpicos”12.

O que isso significa para vocês comoautoridades dentro de seu sistema de edu-cação nacional ou mesmo dentro de suasrealidades locais? Ensinando valores olímpi- 

cos: conceitos e atividades para a educação

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  1  I  N  T  R  O  D  U  Ç   Ã  O   A  O   E  N  S  I  N  O    D

   O   S   V   A   L   O   R   E   S   O   L    Í   M   P   I   C   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 23

Abaixo NelsonMandela, o inspiradorex-presidente daRepública da Áfricado Sul.

olímpica  foi criado para transformar históriase tradições olímpicas em atividades de en-sino. Crianças e jovens aprendem melhorquando uma atividade desperta seu interes-se. Atividades de ensino baseadas nos va-lores educacionais do Olimpismo oferecemum contexto conveniente para interpreta-ções, representações e atividades locais.Essa metodologia fortalece os resultados doscurrículos escolares. Professores sul-africa-nos, por exemplo, combinam o conceito dotermo ubuntu   – uma palavra subsaariana

muito antiga que significa (aproximadamen-te) “Eu sou o que sou por causa do que todosnós somos” – com os valores sociais olímpi-cos universais e da humanidade.13

Portanto, exercícios e histórias inspiradosem temas olímpicos oferecem oportunidadede mobilização para atividades de ensino devalores básicos em diversas disciplinas. Tam-bém ajudam os jovens a explorar as tradiçõesculturais da sua comunidade e de seu país,além de auxiliar tanto o objetivo do esportequanto o da educação, melhorando o desen-volvimento moral e físico dos alunos e demaisparticipantes do projeto.

Um programa baseado nos valores doOlimpismo ajuda a superar e, também, acelebrar as diferenças, enfatizando as aspi-rações comuns que todos temos para o bem--estar de nossas crianças. Queremos quesejam fisicamente ativos e saudáveis; que“joguem limpo”; que tenham respeito pelosoutros; e que sejam o melhor que puderem.As atividades deste livro inspiram a imagina-ção e a esperança ao combinar esporte e cul-tura a serviço da paz.

PARA PROFESSORES,EQUIPES PEDAGÓGICASE INSTRUTORES

Inspirar o desenvolvimento moral e físicodas crianças e dos jovens por meio da par-ticipação em atividades físicas e esportesé o objetivo do Movimento Olímpico. Essa

meta, originalmente fundamentada emtradições euro-americanas, é compatível,ainda, com as metas da Organização Mun-dial de Saúde (OMS) e da Organização dasNações Unidas para a Educação, a Ciênciae a Cultura (UNESCO), ambas preocupadascom o problema crescente de obesidadedos jovens em países economicamente de-senvolvidos – problema agravado pela faltade atividade física e aumento do estilo de

vida sedentário. Tal problema atinge, tam-bém, países em desenvolvimento, onde acompetição pelo acesso ao ensino supe-rior através de exames escritos é feroz, eas crianças são forçadas a se desenvolveracademicamente à custa de sua saúde.

Em alguns países, as escolas não ofe-recem instalações ou horários disponíveispara incluir a Educação Física no currícu-lo. Em outros, não há pessoas qualificadas

“NINGUÉM NASCE ODIANDO OUTRA PESSOA PELA COR DA SUA PELE, OU POR SUAHISTÓRIA, OU POR SUA RELIGIÃO. AS PESSOAS APRENDEM A ODIAR, E SE PODEM APRENDER A ODIAR, PODEM APRENDER A AMAR, POIS O AMOR CHEGA MAIS

NATURALMENTE AO CORAÇÃO HUMANO DO QUE O SEU OPOSTO.”(NELSON MANDELA , EX-PRESIDENTE DA ÁFRICA DO SUL)

9 Rogge, J. “Editorial: Towards greater universality”.

Olympic Review, ago.-set., 2001.

10 MacAloon, J. “Humanism as a political necessity?

Reflections on the pathos of anthropological science in

Olympic contexts”. Quest, n. 48, v. 1, pp. 67-81, 1996,

p. 75.

11 Binder, D. Olympic odyssey: Facilitating an International

Olympic Education Project. Tese de Doutorado apresentada

à Universidade de Alberta, Edmonton, 2002, p. 203. Com

agradecimentos a Noel Gough (2000) pelo conceito de

“espaços transnacionais”.12 MacAloon, J. Ibid. p. 76.

13 Binder, D. Be a champion in life: An internatio- 

nal teacher’s handbook. Atenas: Fundação dos Jogos

Olímpicos e Educação de Esporte, 2000.

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24 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

1INTRODUÇÃO AO ENSINO DOSVALORESOLÍMPICOS

À direita Dois jovenscorredores, umado Irã (2005) e um

do Senegal (1997),aceitam o desafiodo esporte duranteuma corrida no DiaOlímpico.

Abaixo Tailândia,2005: Jovenscomemoram duranteuma corrida no DiaOlímpico.

para dar aulas de Educação Física. Pierre deCoubertin encontrou essa mesma situaçãohá mais de 100 anos, quando procurava

reformar o sistema de ensino da França.Queixou-se de que os jovens estavam “sendorecheados com conhecimento... [e] transfor-mados em enciclopédias ambulantes”14. Elesugeriu que eles desenvolvessem valores po-sitivos como os do jogo limpo, o respeito pelosoutros e o desejo de desafiar suas própriashabilidades ao aplicá-las em situações reais –e, especificamente, nos esportes e jogos.

Hoje, a pesquisa educacional apoia a con-vicção de Pierre de Coubertin de que a par-ticipação nos esportes e na atividade físicacontribui para um estilo de vida saudável, umaprendizado mais eficaz e o desenvolvimento

de valores positivos.Além disso, os valores educativos do Mo-vimento Olímpico – a alegria pelo esforço es-portivo e pela atividade física, o jogo limpo, orespeito pelos outros, a busca pela excelênciae o equilíbrio entre corpo, mente e vontade –têm importância e aplicação para muito alémdo esporte. Atividades que focam o desen-volvimento desses valores contribuem paramelhorar a aprendizagem nas diferentes dis-ciplinas do currículo escolar.

No cenário brasileiro, o livro Ensinando valo- 

res olímpicos: conceitos e atividades  pretendeser um material de apoio ao aprimoramentocurricular da Educação Básica no país ao pro-por, por exemplo, projetos didáticos disciplina-res ou interdisciplinares ligados às disciplinas

 já oferecidas; projetos diferenciados com base

na proposta dos temas transversais para o En-sino Fundamental; projetos especiais para alu-nos do Ensino Médio como parte diversificada

do currículo etc., tal como previsto na novaLDB 9394/96 e leis complementares que con-ferem às escolas autonomia para a elaboraçãode um Projeto Político-Pedagógico próprio. As-sim, os educadores podem:

 Escolher as informações ou as atividadesdo livro para enriquecer programas de ensinoexistentes.Optar por usar todo o livro como um cursode Educação Olímpica.Reunir-se com colegas dentro de umaescola para organizar o Dia Olímpico ou aSemana Olímpica. A possibilidade de mes-clar as atividades do livro com as atividades

de diferentes disciplinas do currículo escolaroferece à escola a oportunidade de umtrabalho coletivo, e de começar e terminaro tema olímpico com símbolos especiais ecerimônias que irão reforçar o aprendizado.(Para uma descrição de como planejar oDia Olímpico ou a Semana Olímpica, veja oCapítulo 5, p. 126.)

Inspire os sonhos dos alunos com histó-rias olímpicas de triunfo e tragédia. Inspire acompreensão e a paz internacionais por meiodas mensagens, da magia e do mistério dossímbolos e das cerimônias olímpicas.

Inspire a humanidade dos alunospelo ensino dos valores olímpicos.

14 Citado em Mueller, N. (ed.). Pierre de Coubertin:

Olympism – Selected Writings. Lausanne: Comitê Olímpico

Internacional, 2000.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................26

UNIDOS PELOS AROS: O SÍMBOLO OLÍMPICO ..................................................29

HASTEANDO A BANDEIRA  ................................................................................................31

PROMESSAS: OS JURAMENTOS OLÍMPICOS ....................................................33

MAIS RÁPIDO, MAIS ALTO, MAIS FORTE ..................................................................34

 ACENDENDO O ESPÍRITO: A CHAMA OLÍMPICA ................................................36

SÍMBOLOS DE PAZ ...............................................................................................................38

REPRESENTANDO O ESPÍRITO:

“CARTAZES DOS JOGOS OLÍMPICOS” ...................................................................39

 ATLETISMO E ARTE NA GRÉCIA ANTIGA  .................................................................41

UM MUNDO: UM SONHO - PEQUIM 2008.............................................................42

“...ONDE O CONCEITO ABSTRATO DAIDEOLOGIAOLÍMPICA COMO UMMOVIMENTO DE PAZE COMPREENSÃOINTERNACIONAL SECONCRETIZA?... ARESPOSTA ESTÁ: NASCERIMÔNIAS...”(JOHN MACALOON, PROFESSORDE CIÊNCIAS SOCIAIS EHISTORIADOR OLÍMPICO)1

Acima Turim, 2006: Aespetacular cerimônia

de abertura em Turimmanteve a tradiçãodos Jogos de Verão

e de Inverno.

 CELEBRANDO OS VALORESCOM SÍMBOLOS ECERIMÔNIAS

  2

  C  E  L  E  B  R

  A  N  D  O   O  S

  V  A  L  O  R  E  S   C

   O   M    S

    Í   M   B   O   L   O   S   E   C   E   R   I   M    Ô   N

   I   A   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

25

1 MacAloon, J. “Olympic ceremonies as a setting for

intercultural exchange”, In: De Moragas, M.; MacAloon, J.;

Llinés, M. (eds.). Olympic Ceremonies: Historical Continuity

and Cultural Exchange. Lausanne: Comitê Olímpico

Internacional, 1996, pp. 29-43.

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Pierre de Coubertin (1863-1937),o fundador dos Jogos Olímpicosmodernos, entendeu a impor-

tância da emoção e da imaginação como

ferramentas de ensino. Ele integrou espor-te e cultura na organização dos JogosOlímpicos. Criou os símbolos e incentivouas cerimônias, a música, a pompa e cir-cunstância. As manifestações artísticas eculturais diferenciam os Jogos Olímpicosdos demais eventos esportivos e proporcio-nam uma base para atividades de valoreseducacionais em diversas disciplinas docurrículo escolar – inclusive o esporte e aeducação física.

OS AROS E A BANDEIRAOLÍMPICA Os cinco aros entrelaçados são o símbolomais conhecido dos Jogos Olímpicos. Suascores são azul, preto, vermelho, amarelo everde. Estão entrelaçados, simbolizando auniversalidade do Olimpismo.

Pelo menos uma das cinco cores (in-cluindo o fundo branco) aparece na ban-deira de cada país participante dos Jo-gos. Os aros também representam oscinco continentes envolvidos nos JogosOlímpicos: Europa, Ásia, Oceania, África,e as Américas.

A bandeira olímpica foi hasteada pelaprimeira vez num estádio olímpico em1920 durante os Jogos de Antuérpia. A

cada edição olímpica, a bandeira é trazi-da para o estádio durante a cerimônia deabertura e hasteada em um mastro, ondepermanece durante todo o período dos Jo-gos Olímpicos.

Durante a cerimônia de encerramento,a bandeira é arriada assinalando o fimdos Jogos. O prefeito da cidade anfitriãdos Jogos, em seguida, a entrega para oprefeito da próxima cidade anfitriã.

LEMA OLÍMPICOO lema Olímpico é “citius, altius, fortius ”,que significa em latim “mais rápido, mais

alto, mais forte”. O lema foi criado em1891 pelo padre Henri Didon, amigo dePierre de Coubertin, e adotado pelo COIem 1894.

INTRODUÇÃO

26 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

OS JOGOS OLÍMPICOS POVOAM A NOSSA IMAGINAÇÃO COM SEUS SÍMBOLOS E TRADIÇÕES. ESTA SEÇÃO APRESENTA E MOSTRA COMO ELES PODEM SER USADOS PARA PROMOVER OS VALORES DO OLIMPISMO.

Acima Turim, 2006:Stefania Belmondo(ITA), última condutora

da tocha durante acerimônia de abertura.

À direita Atenas,

2004: O hasteamentoda bandeira durante acerimônia de abertura.

MENSAGEM OLÍMPICA 

“O MAIS IMPORTANTENOS JOGOS

OLÍMPICOS NÃOÉ VENCER, MASPARTICIPAR... ASSIMCOMO O MAISIMPORTANTE NA VIDANÃO É VENCER, MASLUTAR.”

Essas palavras estão em exibição nosprincipais placares de resultados de todosos Jogos Olímpicos modernos. Pierre deCoubertin as tomou emprestadas de umdiscurso que ouviu em 1908.

 A CHAMA E A TOCHAOLÍMPICA A chama olímpica simboliza a busca daperfeição, a luta pela vitória. Representatambém a paz e a amizade. A tradiçãoda tocha olímpica moderna começou em1936 nos Jogos de Berlim e, desde então,manteve-se como um costume olímpico.Ela é acesa pelo sol na Antiga Olímpia, naGrécia e, em seguida, passada de corredorpara corredor em um revezamento até acidade anfitriã. Durante a cerimônia deabertura, a chama é usada para acendera pira olímpica. A chama queima durantetodo o período dos Jogos, sendo apagada

durante a cerimônia de encerramento.

CERIMÔNIA DE ABERTURAA cerimônia de abertura, o primeiro eventopúblico dos Jogos, é responsabilidade doComitê Organizador da cidade anfitriã. Aordem dos eventos da cerimônia é regidapela Carta Olímpica (vide tabela à direita).

HINO OLÍMPICOO hino olímpico foi composto pelo gregoSpyros Amaras com letra do poeta gregoKostis Palamas, em 1896; tendo sido

adotado pelo COI em 1958. O hino étocado na abertura e no encerramentodos Jogos Olímpicos e durante todas ascerimônias oficiais do Comitê OlímpicoInternacional.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  2

  C  E  L  E  B  R

  A  N  D  O   O  S

  V  A  L  O  R  E  S   C

   O   M    S

    Í   M   B   O   L   O   S   E   C   E   R   I   M    Ô   N

   I   A   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

27

CERIMÔNIA DE ABERTURAORDEM DOS EVENTOS

 Desfile das Nações – Grécia emprimeiro lugar, a cidade anfitriã

por último e os demais países emordem alfabética Discursos do presidente do ComitêOrganizador e do presidente doComitê Olímpico Internacional Chefe de Estado do país anfi-trião declara os Jogos oficialmente“abertos” A bandeira olímpica é hasteadaenquanto o hino olímpico é tocado A tocha olímpica é usada paraacender a chama olímpica Pombas são soltas de modo sim-bólico (não envolvendo animaisvivos), representando a paz Um atleta e um oficial fazem o juramento olímpico.

 Inicia-se um espetáculo cultu-ral, providenciado pelo ComitêOrganizador da cidade anfitriã.

Acima A primeira

bandeira olímpica. Elafoi confeccionada sobas ordens do Barão

Pierre de Coubertine exibida durante os

Jogos Pan-egípcios,em Alexandria, noEgito, em 1914.Pode-se ver a frase

“Alexandrie 5 avril1914” na bandeira.

À direita Lillehammer,

1994: Violinistas emum trenó, uma tradiçãonorueguesa, na

cerimônia de abertura.

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28 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

O JURAMENTO DOS ATLETAS

“EM NOME DE TODOS OSCOMPETIDORES, PROMETOQUE PARTICIPAREMOSDESTES JOGOS OLÍMPICOSRESPEITANDO E SEGUINDO AS REGULAMENTAÇÕESQUE OS GOVERNAM,COM O VERDADEIROESPÍRITO ESPORTIVO,COMPROMETENDO-NOS AUM ESPORTE SEM DOPINGE SEM DROGAS, PARA A GLÓRIA DO ESPORTEE A HONRA DE NOSSOSTIMES.” (JURAMENTOOLÍMPICO MODERNO, CARTAOLÍMPICA, 2003)

Durante a cerimônia de abertura, um atleta do

país anfitrião sobe à plataforma e lê o juramen-to em nome de todos os atletas. Em seguida,um oficial ou um árbitro lê um juramento simi-lar em nome dos árbitros e oficiais. O juramen-to olímpico foi feito pela primeira vez em 1920nos Jogos Olímpicos de Antuérpia.

 A CERIMÔNIA DEENCERRAMENTOA cerimônia de encerramento sinaliza o finaloficial dos Jogos Olímpicos e é normalmentemais curta e mais simples do que a cerimôniade abertura. A sequência de eventos foi forma-lizada em 1956 (ver o quadro acima, à direita).

 A CERIMÔNIA DEPREMIAÇÃONos Jogos Olímpicos da Antiguidade, ape-nas o primeiro colocado era premiado –

uma simples coroa feita de ramo de oliveira,cortado com uma faca de cabo de ouro.Os gregos acreditavam que a vitalidade daárvore sagrada era transmitida por meio doramo ao homenageado.

Nos Jogos Olímpicos modernos, as meda-lhas olímpicas são entregues ao primeiro, aosegundo e ao terceiro colocados. A medalhade ouro é entregue ao primeiro, a de prata, aosegundo, e a de bronze, ao terceiro. A cidadeanfitriã é responsável pela concepção e con-fecção das medalhas de acordo com as espe-cificações do COI. O hino nacional do primeirocolocado é tocado enquanto as bandeiras dospaíses dos medalhistas são hasteadas.

2 Atenas presenteou todos os medalhistas com coroas

de oliveira, honrando a tradição dos Jogos Olímpicos da

 Antiguidade.

Acima Nagano, 1998:

Kenji Ogiwara (JPN)fazendo o juramentodos atletas.

Abaixo Atenas, 2004(da direita para aesquerda): Hrysopiyi

Devetzi (GRE),Françoise MbangoEtone (CMR) e Tatyana

Lebedeva (RUS)comemoram no pódioapós o salto triplo

feminino.2 

CERIMÔNIA DE

ENCERRAMENTO

ORDEM DOS EVENTOS:

 Os atletas olímpicos não entramno estádio separados por país,para simbolizar a união e a amiza-de nos Jogos. Três bandeiras são hasteadas aotoque dos hinos nacionais – a daGrécia, a do país anfitrião e a dopróximo país a sediar os Jogos. A bandeira olímpica é entregue aoprefeito da próxima cidade anfitriã. O presidente do Comitê OlímpicoInternacional anuncia o encerra-

mento dos Jogos: “Eu declaro os(atuais) Jogos Olímpicos encerra-dos e, de acordo com a tradição,convido os jovens do mundo parase reunirem daqui a quatro anosem (lugar da próxima edição), paralá celebrarem conosco os Jogosda (próxima) Olimpíada.” A chama olímpica é apagada. A bandeira olímpica é arriada aosom do hino olímpico. Inicia-se o espetáculo cultural orga-nizado pelo Comitê Organizador dapróxima cidade anfitriã.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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 UNIDOS PELOS AROS:O SÍMBOLO OLÍMPICO

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  2

  C  E  L  E  B  R

  A  N  D  O   O  S

  V  A  L  O  R  E  S   C

   O   M    S

    Í   M   B   O   L   O   S   E   C   E   R   I   M    Ô   N

   I   A   S

Acima Os arosolímpicos

 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSVocês já viram os aros olímpicos? Onde?Como eles são? O que acham que elessignificam?

USE ESTA ATIVIDADE PARA INTRODUZIR O CONCEITO DE SÍMBOLO. O SÍMBOLO OLÍMPICO PODE SER USADO COMOFORMA DE APRESENTAR OS VALORES DO MOVIMENTO OLÍMPICO.

LEIA PARA O GRUPOImaginem cinco aros. Eles estão entrelaça-dos como uma corrente. Vocês vão vê-losna TV durante os Jogos Olímpicos. Essescinco aros são o símbolo dos Jogos Olím-picos em todo o mundo. As cores dos trêsaros que se encontram na parte superiorsão azul, preta e vermelha (da esquerdapara a direita). As cores dos aros da parteinferior são amarela e verde. Ao menos umadessas cores é encontrada na bandeira ofi-

cial de qualquer país do mundo.Algumas pessoas dizem que os cincoaros representam a amizade entre os povosdos cinco grandes continentes do mundo. Oque vocês acham?

DISCUTA COM O GRUPO Pierre de Coubertin, o fundador dosJogos Olímpicos, criou esse símbolohá cem anos. Pergunte aos alunos seeles o consideram um bom símbolo ounão para os Jogos Olímpicos. Por quê? Os símbolos e as cores têm significa-dos diversos para diferentes culturas.Discuta com os alunos sobre os dife-rentes significados do preto, branco evermelho nas culturas asiática, euro-

peia e africana.

Pluralidade cultural

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SUGESTÃODE ATIVIDADES

30 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

Peça aos alunos para desenharem e colo-rirem os aros olímpicos no caderno deles,em folhas avulsas ou em forma de umcartaz coletivo para um painel temático a

ser colocado no mural da sala de aula. Peçapara eles usarem a criatividade na escolhado material: podem utilizar não apenas lápisde cor ou giz de cera, mas também outrosmateriais que possam produzir diferentestexturas coloridas.

1Forme grupos de até cinco alunos, e peçaa eles que criem um símbolo para o DiaOlímpico da sua escola. Eles devem dese-nhá-lo em um cartaz, para depois apresentar

à classe, descrevendo-o e explicando seusignificado. Cada cartaz deve ser numerado.Após as apresentações, os alunos poderãovotar no símbolo predileto. O mais votadoda classe poderá concorrer com os símbolosdas outras salas, para que seja então eleito osímbolo do Dia Olímpico de sua escola.

2Peça aos alunos que pesquisem sobreoutros símbolos nacionais e internacionaisem jornais ou revistas. Exemplifique pergun-tando o que significa uma cruz vermelha,

a imagem do Cristo de abraços abertos oumesmo um cocar indígena? O que essessímbolos representam?

3

Pluralidade cultural Pluralidade cultural Pluralidade cultural

Rio de Janeiro, 2004:

Revezamento da tocha

olímpica de Atenas.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSVocês já viram a bandeira nacional hastea-da em algum lugar? Onde? Como ela é? Ea bandeira olímpica, já viram na televisão?

LEIA PARA O GRUPO 1

Quando termina a entrada dos atletas noEstádio Olímpico, durante a cerimônia deabertura, tudo fica muito quieto. Então, deuma extremidade do estádio, oito pessoasvestidas de branco aparecem. Cada uma

segurando uma ponta da bandeira olímpi-ca. Segurando a bandeira com firmeza, elascaminham pela pista olímpica. Param pertodo mastro, prendem a bandeira e começama hasteá-la. Um enorme coro canta o hinoolímpico. É um momento de grande emoçãopara os atletas e espectadores no estádio.

Durante os Jogos Olímpicos, a bandeira éhasteada em todos os locais da cidade anfi-triã onde estão as bandeiras de outros países.Ela simboliza que a cidade está naquele mo-

mento vivendo sob o espírito olímpico. Duran-te a cerimônia de encerramento, a bandeira éarriada e entregue ao prefeito da cidade queserá a anfitriã dos próximos Jogos.

LEIA PARA O GRUPO 2A bandeira carregada em uma cadeirade rodas4

Sam Sullivan, prefeito de Vancouver, vive suavida numa cadeira de rodas e tem movimentomínimo nas mãos. Ele disse que não queria

ninguém carregando a bandeira de quasecinco metros em seu lugar.“É completamente contra tudo o que eu

defendo. Quero ser capaz de fazer isso sozi-nho”, disse Sullivan.

“OITO DE NÓS TIVEMOS AHONRA EXTRAORDINÁRIADE CARREGAR ABANDEIRA PARA DENTRODO ESTÁDIO E VÊ-LAHASTEADA DURANTE OSJOGOS OLÍMPICOS. EUME SENTI HONRADO PORTER SIDO ESCOLHIDOCOMO O REPRESENTANTEDO MEIO AMBIENTE...

FOI UMA EXPERIÊNCIAEMOCIONANTE E DEHUMILDADE.”3

(JACQUES COUSTEAU,OCEANÓGRAFO FRANCÊS)

HASTEANDO  A BANDEIRA 

  2

  C  E  L  E  B  R

  A  N  D  O   O  S

  V  A  L  O  R  E  S   C

   O   M    S

    Í   M   B   O   L   O   S   E   C   E   R   I   M    Ô   N

   I   A   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

31

USE ESTA ATIVIDADE PARA APRESENTAR A IDEIA DE BANDEIRAS COMO SÍMBOLOS. AJUDE OS ALUNOS A COMPARARO PROPÓSITO DAS BANDEIRAS NACIONAIS E DA OLÍMPICA. AS NACIONAIS APOIAM O ORGULHO DA NAÇÃO. AOLÍMPICA REPRESENTA A UNIÃO INTERNACIONAL PELO ESPORTE E PELOS VALORES OLÍMPICOS.

3 O’Sullivan, M. “Environment a key theme at Olympics”.

Voice of American News, 10 fev. 2002.4 Extraído do CBC News. “Vancouver mayor to wave

Olympic flag from his wheelchair.” CBC News, 2006.

Disponível em: <http://www.cbc.ca/story/canada/natio- 

nal/2006/02/24/vancouver-mayor060224.html>. Acesso

em: 31 jul. 2006.

Com uma expectativa de um bilhão de es-pectadores assistindo à cerimônia de encer-ramento, Sullivan disse que o simbolismo delevar a bandeira foi importante.

“Muitas pessoas portadoras de deficiênciame escreveram dizendo que foi um momentomuito emocionante para elas, assim como ofoi para mim e outros portadores de deficiên-cia no Canadá”, disse Sullivan.

Para resolver o problema de Sullivan, en-genheiros e voluntários em Vancouver projeta-

ram um porta-bandeira triangular para colocarnos braços de sua cadeira de rodas. Teve queser projetado para inúmeros cenários.

“Essa bandeira é enorme. Se o vento a le-var, posso acabar com a cara no chão ou cairdo palco?”, perguntou Sullivan.

Quando Jacques Rogge, presidente doCOI, entregou-lhe a bandeira, Sullivan moveusua cadeira de rodas motorizada para frente epara trás, fazendo a bandeira balançar.

Acima Turim, 2006:

Na cerimônia de

encerramento, a

bandeira olímpica

foi entregue a Sam

Sullivan, o prefeito de

 Vancouver, no Canadá,

cidade-sede dos Jogos

de Inverno de 2010.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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Conte aos alunos que todos os escolhidospara levar a bandeira olímpica ao estádio, nascerimônias de abertura, fizeram do mundoum lugar melhor para se viver.

Abaixo, estão relacionados os cinco querepresentaram cada continente nos Jogosde Salt Lake City, EUA, em 2002; e os trêsque representaram, também nesses Jogos,os pilares do Movimento Olímpico: esporte,cultura e meio ambiente.

Escreva no quadro negro o nome deles epeça aos alunos para pesquisarem na inter-net, com seus pais ou responsáveis, o que

cada um desses líderes fez e porque foramescolhidos.Arcebispo Desmond Tutu  (África do Sul)representou a África.John Glenn (EUA) representou a América.Lech Walesa (Polônia) representou a Europa.Cathy Freeman  (Austrália) representoua Oceania.Kazuyoshi Funaki (Japão) representou a Ásia.Jean-Claude Killy  (França) representouo esporte.Steven Spielberg (EUA) representou a cultura.Jacques Cousteau  (França) representou omeio ambiente.

SUGESTÃODE ATIVIDADES

32 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

Pergunte aos alunos por que eles acham queas nações têm bandeiras? Depois, questio-ne sobre motivos que podem ter levado oMovimento Olímpico a também ter a sua.

Peça a cada aluno para imaginar que osJogos Olímpicos estivessem chegando à suacidade e ao seu país, e depois para relacio-narem no caderno quais os oito portadoresda bandeira que eles escolheriam. Não deixede perguntar o motivo. Depois, peça paraque criem textos argumentativos ou cartazescom colagens das personalidades escolhidas,pedindo em seguida para que apresentemao resto da turma tentando convencer oscolegas sobre os motivos de suas escolhas.

1 2

3

* Nos aspectos históricos ligados ao desenvolvimentodas ciências

Organize a turma em grupos e peça paracriarem uma bandeira para um evento espe-cial em sua comunidade ou escola. Elespodem tanto desenhá-la quanto confeccio-ná-la. Outra opção de atividade é pedir aeles que desenhem a bandeira nacional. Emseguida, devem explicar à turma os símbolose as imagens que usaram.

4

Organize turmas para projetar um aparelhopara uma cadeira de rodas que ajude umportador de deficiência a carregar uma ban-deira grande.

5

Ética e cidadania

Pluralidade cultural,saúde, ética e cidadania*

Pluralidade cultural

* Especialmente nos aspectos relacionados à ecologia

Pluralidade cultural,ética, cidadania, meio

ambiente, saúde

Pluralidade cultural,saúde, ética e cidadania

À esquerda Salt Lake

City, 2002: Oito heróis

e heroínas mundiais

trazem a bandeira

olímpica durante a

cerimônia de abertura.

*

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

LEIA PARA O GRUPOFraude e punição na Olímpia AntigaComo você puniria um atleta que não joga

limpo em um evento esportivo da sua co-munidade? Os gregos antigos tinham umaforma bastante incomum de punir esse ti-po de atleta. Eles eram obrigados a pagarpela confecção de uma estátua com seusnomes e os de sua família gravados nela.Todo mundo passava por essas estátuas acaminho do estádio. Era embaraçoso!

Os Jogos Olímpicos da Grécia Antigaeram organizados com muitas regras e ri-tuais – como os nossos Jogos. Eram con-sagrados ao deus grego Zeus. Os atletas,seus pais e irmãos, e os oficiais juravamobedecer às regras em uma cerimônia rea-

lizada na frente do templo de Zeus antes deos Jogos começarem.No entanto, às vezes alguns atletas tra-

paceavam. Como castigo, ele e sua cidadeeram obrigados a pagar uma grande multa.

Essas multas eram usadas para construirpequenas estátuas de Zeus chamadas “Za-nes”. Por centenas de anos, outros atletas

passaram por essas estátuas enquantomarchavam para o estádio.

As estátuas eram um lembrete das con-sequências da fraude. Algumas das basesdessas estátuas podem ser vistas aindahoje na Antiga Olímpia. Os nomes dos tra-paceiros ainda estão lá para que todos ve-

 jam – 3 mil anos depois.

DISCUTA COM O GRUPO Peça aos alunos para relacionarem algu-mas ações que quebram as regras emcompetições de esportes olímpicos. Peçaque pesquisem as consequências.

 

Converse sobre diferentes cerimôniasem sua cultura ou tradição em que aspessoas fazem promessas ou juramen-tos. Questione: afinal, por que as pessoasfazem promessas?

 Pergunte a eles se já fizeram alguma pro-messa a alguém; se a cumpriram, e comose sentiram por mantê-la ou quebrá-la.Levante a questão: se eles cometessem

uma fraude durante uma competiçãoesportiva, gostariam que sua escola oucomunidade colocasse o nome deles emuma estátua em frente da escola? Simou não e por quê? Continue questionando: como eles achamque os seus pais se sentiriam? Pergunte se acham que as punições evi-tam que as pessoas cometam fraudes.Sim ou não e por quê? Peça sugestões de medidas para coi-bir fraudes e violência em uma com-petição esportiva.

Acima Trapaceirosdos Jogos Olímpicos

da Antiguidade eram

punidos e obrigados apagar pela confecção

de uma pequenaestátua de Zeus, quetinham o seu nomegravado nela.

PROMESSAS: OS JURAMENTOSOLÍMPICOS

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

33

O JURAMENTO DOS ATLETAS É UM RITUAL REALIZADO DURANTE A CERIMÔNIA DE ABERTURA. USE ESTA ATIVIDADEPARA EXPLORAR OS PROBLEMAS DE FRAUDE NO ESPORTE NA ANTIGUIDADE E NOS TEMPOS MODERNOS.

“EM NOME DE TODOSOS COMPETIDORES,PROMETO QUEPARTICIPAREMOS

DESTES JOGOSOLÍMPICOSRESPEITANDOE SEGUINDO ASREGULAMENTAÇÕESQUE OS GOVERNAM,COM O VERDADEIROESPÍRITO ESPORTIVO,COMPROMETENDO--NOS A UM ESPORTESEM DOPING E SEMDROGAS, PARA AGLÓRIA DO ESPORTEE A HONRA DENOSSOS TIMES.”(JURAMENTO OLÍMPICOMODERNO, CARTA OLÍMPICA,2003)

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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34 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

LEIA PARA O GRUPOCitius, altius, fortius  são palavras em latim.Elas significam “mais rápido, mais alto, maisforte”. Em muitos esportes olímpicos, o atleta

que é mais rápido, mais alto ou mais forteconquista a medalha de ouro.Porém, há alguns esportes olímpicos que

usam um sistema de julgamento para decidirquem ganha a medalha de ouro. Ginástica,saltos ornamentais e patinação artística sãotrês exemplos. Esses esportes são julgadospor um grupo de arbitragem, que repara emcoisas como movimentos espetaculares, con-trole do corpo, estilo artístico e dificuldade oucombinações de movimentos.

DISCUTA COM O GRUPOPergunte aos alunos: os árbitros ou oficiaispodem cometer fraudes? Como? Por que fa-riam isso? Quais são as consequências?

Leia para os alunos a mensagem abaixo:

“O MAIS IMPORTANTENOS JOGOS OLÍMPICOSNÃO É VENCER,MAS PARTICIPAR... ASSIM COMO O MAISIMPORTANTE NA VIDANÃO É VENCER, MASLUTAR. O ESSENCIALNÃO É TER VENCIDO,MAS TER LUTADOBEM.”

Essa mensagem aparece no placar de to-dos os Jogos Olímpicos. Pierre de Coubertinouviu-a em um discurso em 1908. Peça aosalunos que a expliquem com as próprias pala-vras, fazendo as perguntas abaixo:

 Vocês concordam com essa mensagem?Por quê? Por que não? Nem todos os atletas e seus treinadoresconcordam com essa mensagem. Eles co-meterão fraudes para vencer. De que ma-neira? Por quê? Como jogar sujo prejudica os outrosatletas? Como prejudica o atleta que

cometeu a fraude?

Topo Pequim, 2008: A

atleta Poliana Aparecida

de Paula compete na

prova de canoagem

slalom.

Acima Equipe de

ginástica rítmica

brasileira durante

sua apresentação.

À direita Londres,

2012: Arthur Zanetticonquistou o ouro nas

argolas, a primeira

medalha do Brasil na

modalidade.

MAIS RÁPIDO, MAIS ALTO,MAIS FORTELEMAS E MENSAGENS DESTACAM VALORES IMPORTANTES. USE O LEMA E A MENSAGEM OLÍMPICOS COMOMODELOS PARA CRIAR OUTROS LEMAS OU MENSAGENS QUE REPRESENTEM OS VALORES OLÍMPICOS.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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SUGESTÃODE ATIVIDADES

À esquerda Cartaz

dos Jogos Olímpicos

Berlim 1936.

Peça aos alunos para mandarem bilhetes aosamigos com mensagens inspiradoras.

2

Ética, cidadania

Os alunos podem eleger um lema ou umamensagem para um esporte que goste, edepois, em subgrupos, criarem gritos de guer-ra que os inspirem e os estimulem durante os

 jogos ou brincadeiras na escola.

3

Saúde, ética, cidadania

Peça aos alunos para fazerem cartazes como lema ou a mensagem olímpica – ou parausarem as próprias palavras na criação damensagem. Exponha as peças nos corredo-

res da escola.

1

Saúde, ética, cidadania

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36 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

LEIA PARA O GRUPOTodos os Jogos Olímpicos têm uma tocha es-pecial que percorre uma longa jornada desdeas ruínas do local dos Jogos Olímpicos da An-

tiguidade até a cidade anfitriã dos Jogos Olím-picos modernos. A cerimônia de acendimentoda tocha acontece em frente às colunas dasruínas do templo de Hera na Antiga Olímpia. Achama é acesa por raios de sol refletidos porum espelho e assim uma tocha se ilumina noóleo em chamas, começando sua viagem paraacender o espírito olímpico em outras partesdo mundo. Essa viagem é chamada de “reve-zamento da tocha”.

DISCUTA COM O GRUPOObserve as mulheres na foto. São atrizes in-terpretando o papel de sacerdotisas da Gré-

cia Antiga. Pergunte aos alunos:Por que vocês acham que as pessoas

que organizam os Jogos Olímpicos mo-dernos usam símbolos e cerimônias dosJogos Antigos?

Acima Olímpia,1991: Acendendo a

chama na Olímpia Antiga para dar início

ao revezamento datocha dos Jogos deInverno de 1992, em

 Albertville.

À direita Nagano,1998: A tocha olímpicatem a forma de uma

tocha tradicional japonesa. Os arosolímpicos, na parte

superior da tocha,representam a nevecristalizada. O cabo

é envolto com linhaamarela, a cor darealeza no Japão.

 ACENDENDO O ESPÍRITO:  A CHAMA OLÍMPICA 

FOGO, CHAMAS, TOCHAS E VELAS TÊM UM PAPEL ESPECIAL NAS CERIMÔNIAS HUMANAS – INCLUINDO OS JOGOSOLÍMPICOS DA ANTIGUIDADE E MODERNOS.

 Em que eventos especiais usamos chamasou fogos especiais em nossa comunidade?Por exemplo, quando vocês usam velasespeciais? Ou fazem fogueiras cerimoniais?

 Por que vocês acham que o fogo e a chamasão tão importantes nas cerimônias?

“OS JOGOSOLÍMPICOS DE ATENAS SERÃOSIGNIFICATIVOSMESMO QUE EU NÃOPOSSA PARTICIPARCOMO ATLETA, JÁ QUEPOSSO PARTICIPARDO REVEZAMENTO DATOCHA OLÍMPICA EMTODO O MUNDO.”(CATHY FREEMAN, MEDALHISTA

OLÍMPICA, SIDNEY, 2000)

Pluralidade cultural

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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SUGESTÃODE ATIVIDADES

Separe a turma em grupos para desenvolve-rem um projeto de pesquisa sobre as cerimô-nias dos Jogos Antigos.

1

Também em grupo, peça aos alunos paraprojetarem uma tocha olímpica para umacerimônia especial na escola ou comuni-dade. Eles deverão explicar para a turma osimbolismo do projeto.

2

Peça que, individualmente, imaginem umfogo ou chama especial que simbolize aamizade e a paz. Cada um deverá desenharo que vê na imaginação. Os desenhos pode-rão ser expostos nos corredores da escola.

3Na sala de informática, cada aluno deve-rá pesquisar na internet sobre diferentestochas olímpicas, redigindo um pequenoparágrafo sobre o que cada uma simboliza.

4Organize em sua comunidade ou escolaum plano de revezamento da tocha paraum evento especial, a fim de promover apaz e a amizade.

5

À esquerda Sidney,2000: Andrew Bondini(AUS) carrega a tocha.

Bondini foi escolhidopor seu papel comosoldado durante

a missão de pazaustraliana no Timor-

-Leste.

Abaixo Sidney, 2000:Cathy Freeman (AUS),medalhista olímpica

dos 400m, acende apira olímpica durante acerimônia de abertura.

Pluralidade cultural

Pluralidade cultural

Ética e cidadaniaPluralidade cultural,ética e cidadania Pluralidade cultural

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38 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

LEIA PARA O GRUPOA trégua olímpicaNa Antiguidade, uma trégua era declara-da antes de cada edição dos Jogos. Elapermitia a atletas e espectadores viajarem segurança. Hoje, a Fundação TréguaOlímpica e o Comitê Olímpico Internacionalpedem a quem está lutando para pararenquanto os atletas de toda a família de

nações participantes dos Jogos se reúnemsob a chama da tocha olímpica. Essa açãoé apoiada pelas Nações Unidas. Os JogosAtenas 2004 promoveram a trégua e osseus valores ao redor do mundo durante orevezamento da tocha olímpica de 2004.

OUTROS SÍMBOLOS DEPAZ

 Os cinco aros olímpicos simbolizam umacorrente que une todos os continentesdo mundo. Durante os Jogos, as bandeiras de todasas nações participantes são carregadasno estádio olímpico.

 

Pombas, antigos símbolos da paz, sãosoltas de modo simbólico (não envolven-do animais vivos) durante as cerimôniaspara levar sua mensagem de paz àsnações do mundo.

 Desde 1936, uma tocha olímpica, acesano local dos Jogos Antigos, em Olímpia,é passada de pessoa para pessoa em umrevezamento olímpico nacional ou inter-nacional. A chama olímpica representa oespírito de amizade. Uma vila olímpica hospeda a maioria dosatletas, seus treinadores e oficiais. Nela,os atletas dormem, comem, fazem com-

pras e se divertem juntos. Eles se tornamuma família. Durante a cerimônia de encerramento,todos os atletas entram no estádio juntos,mostrando a união do esporte sob a ban-deira olímpica.

DISCUTA COM O GRUPO Que pássaros representam a paz em suacultura? Relacione com o grupo símbolos de pazde sua tradição cultural. Pergunte aos alunos: que tipos de com-portamento causam conflito entre as pes-

soas em sua escola ou comunidade? Queações são tomadas para reduzir o con-flito? Que ações vocês acham que po-deriam ser tomadas? Expliquem as suassugestões.

“PARA FOMENTAR APAZ É NECESSÁRIODAR ÀS PARTES

ENVOLVIDAS AOPORTUNIDADE DE ABANDONAR O CAMPODE BATALHA. APESARDE TER UM TEMPO E ALCANCE LIMITADOS, A TRÉGUA OLÍMPICAOFERECE UM PONTODE CONSENSONEUTRO E UM ESPAÇODE TEMPO PARAO DIÁLOGO – UMAPAUSA QUE ALIVIAO SOFRIMENTO DAPOPULAÇÃO.”

(KOFI A. ANNAN,EX-SECRETÁRIO-GERAL DASNAÇÕES UNIDAS)5

SÍMBOLOS DE PAZ

EXPLORE SÍMBOLOS QUE PROMOVAM OS VALORES OLÍMPICOS DE PAZ INTERNACIONAL E UNIÃO.

À esquerda Osímbolo da Fundação

Trégua Olímpica, em

 Atenas, Grécia. Umapomba com um ramo

de oliveira no bico éum símbolo da paz.

Abaixo Sarajevo,1984: Cerimônia deabertura. Durante

uma terrível guerracivil na ex-Iugoslávia,este estádio olímpicofoi danificado e

transformado em umcemitério. Esta fotonos lembra que não

é fácil sustentar osvalores olímpicos depaz e harmonia.

5 Annan, K. United Nations and Olympic Truce. Atenas:

Centro Internacional de Trégua Olímpica e Centro de

Informação das Nações Unidas, 2003, p. 5.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

LEIA PARA O GRUPO6

ContextoQuando a cidade de Roma, na Itália, conquis-tou o direito de sediar os Jogos Olímpicos de

1960, optou por enfatizar a riqueza históricada cidade. Assim, elaboraram um cartaz parapromover os Jogos que abordasse o tema,mostrando, por exemplo, uma loba alimen-tando duas crianças.

A loba alimentando Rômulo e RemoA loba e os gêmeos representam o mito po-pular da fundação de Roma. Diz a lenda que

os meninos gêmeos eram descendentes dodeus da guerra romano, Marte, e sobrinhosdo Rei de Alba Longa.

O rei, temendo uma disputa pela co-roa, coloca os gêmeos em um cesto no rio

Tibre, que, ao atingir terra firme, é encon-trado por uma loba.Alimentados pelo animal, os gêmeos foram

adotados mais tarde por um pastor e nomea-dos Rômulo e Remo. De acordo com a tradi-ção, os irmãos, já adultos, fundaram a cidadede Roma em 753 a.C., no local onde foramdescobertos pela loba. Mais tarde, numa dis-puta pela liderança, Rômulo mata Remo etorna-se o único governante de Roma.

A imagem da loba e dos gêmeos é inspi-rada na escultura Lupa Capitolina, datada doséculo VI a.C. A escultura original foi danifi-cada na Antiguidade e restaurada na Renas-cença. Os gêmeos que vemos hoje são desseperíodo. A escultura se tornou um símbolobem conhecido da cidade de Roma.

A coluna: o atleta e a multidãoNo cartaz, foi também incluída uma cenaque representa um atleta coroando-se coma mão direita enquanto segura uma folha depalmeira da vitória na esquerda. Enquanto eleestá nu, os que estão em volta dele vestemtogas. Vários outros atletas também estãousando coroas, um símbolo da vitória.

O textoNa Roma Antiga, em vez dos algarismos

arábicos, que são a forma mais comum deescrever números hoje em dia, usava-se osalgarismos romanos. Pensando nisso, nessecartaz foram usados os romanos em vez dosarábicos, para reforçar a antiga identidadenos Jogos de Roma 1960. O texto diz: “Jogosda XVII Olimpíada, Roma, 25.VIII – 11.IX”, e,na coluna: “Roma MCMLX”.

DISCUTA COM O GRUPOPergunte aos alunos quais valores olímpicosestão representados nesses temas e símbo-los descritos.

Esquerda Roma,1960: O cartaz oficial

dos Jogos de Verão de1960.

REPRESENTANDO O ESPÍRITO:CARTAZES DOSJOGOS OLÍMPICOS

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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OS CARTAZES TRANSMITEM MENSAGENS ATRAVÉS DE PALAVRAS, IMAGENS E/OU SÍMBOLOS. EXPLIQUE AOS ALUNOS COMO AS DIFERENTES MANEIRAS DE REPRESENTAR O PATRIMÔNIO LOCAL E OS VALORES DOMOVIMENTO OLÍMPICO PODEM SER TRANSMITIDAS EM UM CARTAZ.

6 Museu Olímpico e Centro de Estudos. Cartazes dos Jogos

Olímpicos, 2006. Disponível em: <http://multimedia.olym- 

pic.org/pdf/en_report_776.pdf>. Acesso em: 8 ago. 2011.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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40 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

SUGESTÃODE ATIVIDADES

Faça uma legenda dos algarismos romanosno quadro negro, e peça aos alunos parainterpretarem o número do cartaz dos Jogosde 2004 em Atenas, escrevendo esse ano

em algarismo romano.

Imagine com os alunos que os JogosOlímpicos serão sediados em sua cidade.Divida a turma em grupos, e peça que proje-tem um cartaz desses Jogos. Pergunte: queelementos vocês acham importante incluir?Por quê? Lembre-os que todos os carta-zes dos Jogos Olímpicos apresentam osaros e aspectos importantes para a cidadeanfitriã. Depois de confeccionados, os car-tazes podem ser expostos nos corredoresda escola.

1

2

Pluralidade cultural

Pluralidade cultural

À direita Cartaz dos

Jogos Olímpicos

 Atenas 2004.

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 ATIVIDADES Peça aos alunos que escrevam um rela-tório sobre um dos esportes representa-dos em cerâmicas gregas pesquisadas.Pesquise mais sobre a manufatura de

peças em cerâmica na Grécia Antiga ouem sua região.

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

LEIA PARA O GRUPOO povo grego da Antiguidade escreveu poe-mas, peças de teatro e histórias maravilho-sas. Também tinham uma bela arquitetura,escultura e arte. Vocês podem aprender mui-to sobre suas tradições esportivas em suasesculturas e pinturas em cerâmica.

DISCUTA COM O GRUPOApós os alunos pesquisarem por imagens decerâmicas gregas em enciclopédias ou na in-ternet, pergunte a eles:

 Que eventos estão sendo mostrados? O que mais vocês podem aprender so-bre a vida na Grécia Antiga a partir des-sas imagens?

 

O que os eventos esportivos da Grécia An-tiga e os do atletismo moderno nos Jo-gos têm em comum?

Acima Artefatosgregos mostram

modalidades de Jogos Antigos.

  ATLETISMO E ARTE 

NA GRÉCIA ANTIGA 

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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 TREINAMENTO FÍSICO E COMPETIÇÕES ESPORTIVAS ERAM IMPORTANTES NA EDUCAÇÃO GREGA NA ANTIGUIDADE.MUITAS OBRAS DE ARTE EM CERÂMICA DESSA ÉPOCA RETRATAM ATLETAS EM AÇÃO. USE A INTERNET PARA AJUDAR SEUS ALUNOS A LOCALIZAR E INTERPRETAR IMAGENS DE ESPORTES EM CERÂMICA GREGA. EM SEGUIDA, AJUDE-OS A EXPLORAR TRADIÇÕES ESPORTIVAS NÃO OLÍMPICAS EM SUAS PRÓPRIAS CULTURAS.

Pluralidade cultural Pluralidade cultural

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42 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

O EMBLEMA OLÍMPICOCada emblema dos Jogos Olímpicos contauma história. O emblema dos Jogos Olím-picos Pequim 2008, “Chinese Seal-DancingBeijing” (Selo Chinês-Dançando Pequim), re-

presenta a hospitalidade e as esperanças dePequim, e comunica o compromisso da cida-de com o mundo.

O SLOGAN DOS JOGOSDE PEQUIM 2008“Um mundo: um sonho” reflete totalmente aessência e os valores universais do espírito

olímpico – união, amizade, progresso, har-monia, participação e sonho. O slogan ex-pressa o desejo das pessoas de todo o mun-do, inspiradas pelos ideais olímpicos, de lutarpor um futuro iluminado para a humanidade.

UM MUNDO: UM SONHO PEQUIM 20087

CONHEÇA E EXPLORE OS SÍMBOLOS CHINESES E OS SÍMBOLOS UNIVERSAIS NAS IMAGENS DESTA PÁGINA.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

43

7 Site de Pequim 2008. “Image and Look: One World,

One Dream”. Disponível em: <http://en.beijing2008.

com/62/67/column211716762.shtml>. Acesso em: 3

 jul. 2006.

 

Acima O Símbolo

Festivo e CulturalOlímpico de Pequim;o Símbolo Ambiental

dos Jogos Olímpicosde Pequim – os “Jogos

 Verdes” –; o Símbolo

do Voluntariado dosJogos Olímpicos de

Pequim.

 AS MASCOTES OFICIAISDOS JOGOS OLÍMPICOSPEQUIM 2008Tendo os cinco aros olímpicos como fontede inspiração das cores, os Fuwa (à direita)

foram as mascotes oficiais dos Jogos Olím-picos Pequim 2008, levando uma mensagemde amizade e paz – e bênçãos da China –para crianças de todo o mundo.

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44 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

SUGESTÃODE ATIVIDADES

Escreva no quadro-negro o termo “ChineseSeal-Dancing Beijing”. Criando certo sus-pense, peça aos alunos para pesquisarempor imagens relacionadas a essas pala-

vras na internet.

LEIA PARA OGRUPO

O nome que vocês pesquisaram, “ChineseSeal-Dancing Beijing”, significa Selo Chinês-Dançando Pequim. Um selo é uma marcaque funciona como a assinatura de uma pes-soa ou organização. Este aqui é o emblema

oficial dos Jogos Pequim 2008, que combi-na de forma inteligente o selo chinês e a arteda caligrafia com características esportivas,transformando os elementos em uma figurahumana correndo para frente e abraçandoa vitória. A figura se assemelha ao carac-tere chinês “Jing”, que representa o nomeda cidade anfitriã. A ilustração incorpora osseguintes significados:

 Cultura chinesa A cor vermelha da China O convite de Pequim a amigos de todoo mundo para desafiarem os extremos,atingir a perfeição e promover o lema

olímpico de “citius, altius, fortius ” (maisrápido, mais alto, mais forte)

DISCUTA COM OGRUPO

 Peça aos alunos para pesquisaremna internet as mascotes dos JogosOlímpicos de 2008, tentando descobriro que cada um significa.

 Se na classe houver descendentes dechineses, veja se é possível para elespedir aos parentes ajuda para interpretaros símbolos, as formas e as cores. Se nãohouver, sugira que pesquisem na inter-net. Por exemplo, vermelho, que é a cornacional da República Popular da China,significa também celebração.Peça aos alunos para escreverem qua-

dros explicando como eles acham quecada um desses símbolos celebra osvalores do Movimento Olímpico.

1

2

3

 

À esquerda Pequim,2005: Empinar pipaé um hobby muito

popular na China. Lá,elas costumam sermodeladas na forma

de pássaros.

Acima O Fuwa Ninirepresenta uma

andorinha, queé a mensageira

da primavera e dafelicidade na culturachinesa. Ela também évista como um símbolo

de boa sorte.

 ATIVIDADES

 Desenvolva com seus alunos um projetode pesquisa sobre o sistema de escrita dalíngua chinesa. Aprenda os caracteres chi-neses de paz, alegria, esporte, jogo justo e

o de boas-vindas.Peça aos alunos que projetem e empi-

nem uma pipa que represente uma aveespecial em sua cultura, como o sabiá--laranjeira.

4

Pluralidade cultural

Pluralidade cultural

Pluralidade cultural

Pluralidade cultural

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7/23/2019 EVO Completo

http://slidepdf.com/reader/full/evo-completo 45/133

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................46

O MUNDO OLÍMPICO ...................................................................................................47

CIDADES-SEDE DOS JOGOS OLÍMPICOS ......................................................48

CADA VEZ MAIOR: A PROGRAMAÇÃO ESPORTIVA OLÍMPICA  ..........50

ENFRENTANDO OBSTÁCULOS:

MULHERES NOS JOGOS OLÍMPICOS .....................................................................52

CORPO, VONTADE E MENTE: ATLETAS PARALÍMPICOS .............................54

RECEBENDO O MUNDO: SEDE DOS JOGOS OLÍMPICOS ..........................56

CUIDANDO DE SEUS HÓSPEDES: A VILA OLÍMPICA  .......................................58

PROTEGENDO O MEIO AMBIENTE ............................................................................60

DEFININDO SUA IDENTIDADE: LOGOS E MASCOTES ....................................62

RESOLVENDO PROBLEMAS: DESAFIOS OLÍMPICOS ...................................63

O LONGO CAMINHO À VITÓRIA:

 A HISTÓRIA DE DAN JANSEN .......................................................................................64

“O OLIMPISMOTEM POR OBJETIVOCOLOCAR O ESPORTE A SERVIÇO DO

DESENVOLVIMENTOHARMONIOSO DOHOMEM, DE MODO A PROMOVER UMASOCIEDADE PACÍFICAPREOCUPADA EMPRESERVAR ADIGNIDADE HUMANA.”(COMITÊ OLÍMPICOINTERNACIONAL, CARTAOLÍMPICA)

Acima Salt Lake City,2002: Medalhista de

Prata, Hanawald Sven(GER) (à esquerda)

felicita medalhista deouro, Simon Ammann,(SWI) após o eventode salto de 90m comesqui masculino.

 COMPARTILHANDO VALORESPOR MEIO DO ESPORTEE DOS JOGOS1

  3  C  O  M  P  A  R  T  I  L  H  A  N  D  O

  V  A  L  O  R  E  S   P   O   R   M   E

   I   O

   D   O

   E   S   P   O   R   T   E   E   D   O   S   J   O   G   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

45

1 Para mais informações sobre o Movimento Olímpico, váao site do Comitê Olímpico Brasileiro. É possível pesquisaron-line os títulos do acervo e marcar uma visita para aconsulta dos documentos desejados: http://www.cob.org.br/biblioteca/biblioteca.asp 

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7/23/2019 EVO Completo

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COMITÊ OLÍMPICOINTERNACIONAL (COI)O Comitê Olímpico Internacional super-

visiona a organização de todos os JogosOlímpicos e coordena as atividades rela-cionadas aos esportes olímpicos, à cultu-ra e à educação. Os membros do COI sãopessoas influentes que contribuíram parao esporte. Elas atuam como representan-tes do COI, em seus respectivos países,e não como representantes dos governosnacionais no COI. Às vezes, o COI é repre-sentado em mais de um país pelo mesmomembro. Alguns representam atletas, eoutros vêm de federações esportivas in-ternacionais.

Os membros se reúnem uma vez porano na Sessão do COI. Atualmente, há109 membros, mais 32 membros hono-rários e 1 membro de honra, Henry Kissin-ger. O atual presidente é Jacques Rogge.

COMITÊS OLÍMPICOSNACIONAIS (CONs)Mais de 200 países enviam atletas paradesfilar com suas bandeiras durante a ce-rimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.Cada um desses países é representado

INTRODUÇÃO

46 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

3COMPARTILHANDO

VALORESPORME

IO

DO

ESPORTEEDOSJOGOS

O MOVIMENTO OLÍMPICO É UMA REDE DE ORGANIZAÇÕES, COMITÊS ORGANIZADORES DE JOGOSOLÍMPICOS, CORPORAÇÕES E INDIVÍDUOS QUE ESTÃO COMPROMETIDOS COM O ESPORTE E/OU COM AS IDEIAS E OS VALORES QUE SÃO A BASE DO OLIMPISMO.

Abaixo Uganda, 2004:Uma apresentação

no Festival de Dança

do Dia Olímpico emUganda demonstra a

importância mundialdo MovimentoOlímpico.

por um Comitê Olímpico Nacional, que éresponsável pela equipe de seu país e pelapromoção e incentivo nacional dos valores

do Movimento Olímpico.

COMITÊ ORGANIZADORDOS JOGOS OLÍMPICOS(COJO)E o vencedor é...! Essas palavras são mui-to empolgantes para as cidades que ganha-ram no voto o direito de sediarem os JogosOlímpicos. Significa que elas vão convidartodo o mundo para visitá-la. A primeira coisaque a cidade-sede faz é criar um Comitê Or-ganizador, um grupo de especialistas e vo-luntários que passarão os próximos seis ousete anos planejando os Jogos, construindoas instalações, organizando os eventos es-portivos e culturais, projetando a seguran-ça e deixando a cidade pronta para dar asboas-vindas a milhares de atletas, especta-dores e meios de comunicação – além deprocurarem pelo financiamento para pagarpor tudo. Esse mesmo Comitê Organizadortambém é responsável por organizar os Jo-gos Paralímpicos, que acontecem 10 diasapós os Jogos Olímpicos sob a supervisãodo Comitê Paralímpico Internacional.

FEDERAÇÕESINTERNACIONAIS DOSESPORTES(FIs)

As regras e os procedimentos das compe-tições esportivas dos Jogos Olímpicos têmque ser os mesmos para todos os atletascompetindo naquele esporte, independen-temente do seu país de origem. Portanto,cada esporte é regido pelas regras de umafederação internacional. Há 28 federaçõesinternacionais de esportes de verão e setefederações de esportes de inverno.

As FIs são responsáveis por supervisio-nar os aspectos técnicos e a gestão de seusrespectivos esportes nos Jogos Olímpicos.Elas também estabelecem os critérios deelegibilidade para as competições dos Jo-gos, em conformidade com a Carta Olímpi-ca, e unem-se ao COI na luta contra o usode substâncias proibidas no esporte.

COMISSÕESO COI estabeleceu grupos de trabalho,chamados Comissões, responsáveis porestudar temas específicos, assessoraro presidente e fazer recomendações aoConselho Executivo do COI. Algumas de-las são: Comissões de Atletas, de Culturae Educação Olímpica, de Rádio e Tele-vi- são, de Marketing, de Lazer e MeioAmbiente, de Ética, de Relações Internacio-nais, e de Mulheres no Esporte.

PATROCINADORESOLÍMPICOSO Movimento Olímpico é, em grande par-te, financiado pelas vendas dos direitosde transmissão dos Jogos Olímpicos paraempresas de mídia. No entanto, tambémtem o apoio de várias empresas multi-nacionais de acordo com The PartnerOlympic Programme (TOP – Programa deParceria Olímpica). Com exceção de umapequena fração do dinheiro arrecadado,tudo é devolvido ao esporte por meio dosCONs, COJOs e FIs.

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7/23/2019 EVO Completo

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  3  C  O  M  P  A  R  T  I  L  H  A  N  D  O

  V  A  L  O  R  E  S   P   O   R   M   E

   I   O

   D   O

   E   S   P   O   R   T   E   E   D   O   S   J   O   G   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

47

O MUNDO OLÍMPICOPOR MEIO DO TRABALHO DOS COMITÊS OLÍMPICOS NACIONAIS NESTES PAÍSES, A UNIVERSALIDADE DO ESPORTE EDOS VALORES DO OLIMPISMO É AFIRMADA.

 ÁFRICA 

África do Sul (RSA)

Angola (ANG)

Argélia (ALG)

Benim (BEN)Botswana (BOT)

Burkina Faso (BUR)

Burundi (BDI)

Cabo Verde (CPV)

Camarões (CMR)

Chade (CHA)

Comores (COM)

Congo (CGO)

Costa do Marfim (CIV)

Djibouti (DJI)

Egito (EGY)

Eritreia (ERI)Etiópia (ETH)

Gabão (GAB)

Gâmbia (GAM)

Gana (GHA)

Guiné (GUI)

Guiné Equatorial (GEQ)

Guiné-Bissau (GBS)

Lesoto (LES)

Libéria (LBR)

Líbia (LBA)

Madagascar (MAD)

Malawi (MAW)

Mali (MLI)

Marrocos (MAR)

Maurícia (MRI)

Mauritânia (MTN)

Moçambique (MOZ)

Namíbia (NAM)

Níger (NIG)

Nigéria (NGR)

Quênia (KEN)

República Centro-Africana

(CAF)

República Democrática do

Congo (COD)Ruanda (RWA)

São Tomé e Príncipe (STP)

Senegal (SEN)

Serra Leoa (SLE)

Seychelles (SEY)

Somália (SOM)

Suazilândia (SWZ)Sudão (SUD)

Tanzânia (TAN)

Togo (TOG)

Tunísia (TUN)

Uganda (UGA)

Zâmbia (ZAM)

Zimbábue (ZIM)

 AMÉRICA 

Antígua e Barbuda (ANT)

Antilhas Holandesas (AHO)

Argentina (ARG)Aruba (ARU)

Bahamas (BAH)

Barbados (BAR)

Belize (BIZ)

Bermudas (BER)

Bolívia (BOL)

Brasil (BRA)

Canadá (CAN)

Chile (CHI)

Colômbia (COL)

Costa Rica (CRC)

Cuba (CUB)Dominica (DMA)

El Salvador (ESA)

Equador (ECU)

Estados Unidos da América

(USA)

Granada (GRN)

Guatemala (GUA)

Guiana (GUY)

Haiti (HAI)

Honduras (HON)

Ilhas Cayman (CAY)

Ilhas Virgens Britânicas (IVB)

Ilhas Virgens dos EstadosUnidos (ISV)

Jamaica (JAM)

México (MEX)

Nicarágua (NCA)

Panamá (PAN)

Paraguai (PAR)

Peru (PER)Porto Rico (PUR)

República Dominicana (DOM)

Santa Lúcia (LCA)

São Cristóvão e Nevis (SKN)

São Vicente e Granadinas (VIN)

Suriname (SUR)

Trinidad e Tobago (TRI)

Uruguai (URU)

Venezuela (VEN)

 ÁSIA 

Afeganistão (AFG)Arábia Saudita (KSA)

Bahrein (BRN)

Bangladesh (BAN)

Brunei (BRU)

Butão (BHU)

Camboja (CAM)

Cazaquistão (KAZ)

China (CHN)

Coreia do Norte (PRK)

Coreia do Sul (KOR)

Emirados Árabes Unidos (UAE)

Filipinas (PHI)Hong-Kong (HKG)

Iémen (YEM)

Índia (IND)

Indonésia (INA)

Irã (IRI)

Iraque (IRQ)

Japão (JPN)

Jordânia (JOR)

Kuwait (KUW)

Laos (LAO)

Líbano (LIB)

Malásia (MAS)

Maldivas (MDV)Mongólia (MGL)

Myanmar (MYA)

Nepal (NEP)

Omã (OMA)

Palestina (PLE)

Paquistão (PAK)

Qatar (QAT)Quirguistão (KGZ)

Singapura (SIN)

Síria (SYR)

Sri Lanka (SRI)

Tadjiquistão (TJK)

Tailândia (THA)

Taiwan (TPE)

Timor-Leste (TLS)

Turquemenistão (TKM)

Uzbequistão (UZB)

Vietnã (VIE)

EUROPA 

Albânia (ALB)

Alemanha (GER)

Andorra (AND)

Armênia (ARM)

Áustria (AUT)

Azerbaijão (AZE)

Bélgica (BEL)

Bielorrússia (BLR)

Bósnia e Herzegovina (BIH)

Bulgária (BUL)

Chipre (CYP)Croácia (CRO)

Dinamarca (DEN)

Eslováquia (SVK)

Eslovênia (SLO)

Espanha (ESP)

Estônia (EST)

Finlândia (FIN)

França (FRA)

Geórgia (GEO)

Grã-Bretanha (GBR)

Grécia (GRE)

Hungria (HUN)

Irlanda (IRL)Islândia (ISL)

Israel (ISR)

Itália (ITA)

Letônia (LAT)

Liechtenstein (LIE)

Lituânia (LTU)

Luxemburgo (LUX)Macedônia (MKD)

Malta (MLT)

Moldávia (MDA)

Mônaco (MON)

Montenegro (MNE)

Noruega (NOR)

Países Baixos (NED)

Polônia (POL)

Portugal (POR)

República Checa (CZE)

Romênia (ROU)

Rússia (RUS)San Marino (SMR)

Sérvia (SRB)

Suécia (SWE)

Suíça (SWZ)

Turquia (TUR)

Ucrânia (UKR)

OCEANIA 

Austrália (AUS)

Estados Federados da

Micronésia (FSM)

Fiji (FIJ)

Guam (GUM)

Ilhas Cook (COK)

Ilhas Marshall (MHL)

Ilhas Salomão (SOL)

Kiribati (KIR)

Nauru (NRU)

Nova Zelândia (NZL)

Palau (PLW)

Papua-Nova Guiné (PNG)

Samoa (SAM)

Samoa Americana (ASA)

Tonga (TGA)

Tuvalu (TUV)Vanuatu (VAN)

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7/23/2019 EVO Completo

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48 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

3COMPARTILHANDO

VALORESPORME

IO

DO

ESPORTEEDOSJOGOS

Existem dois tipos de Jogos Olímpicos: Jogosde Verão e Jogos de Inverno. Os de Invernoincluem os esportes que acontecem na neveou no gelo. Tanto os Jogos de Verão quanto osde Inverno são realizados a cada quatro anos.

 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSQue tipo de cidade vocês acham que pode-ria hospedar os Jogos Olímpicos de Verão?E os Jogos de Inverno? Uma cidade pertode você poderia ser uma sede?

LEIA PARA O GRUPONos países do norte do planeta, as pes-soas competiam em esportes na neve eno gelo. Elas queriam que esses esportesfossem incluídos no programa olímpico.

Centro Chamonix,

1924: Sonja Henie(NOR), de 11 anos,mostra o equilíbrio

e a graça que lhedaria a medalha de

ouro na patinaçãoartística nos JogosOlímpicos de Invernoseguintes.

Abaixo Chamonix,1924: salto de esquinos primeiros Jogos

Olímpicos de Inverno.

CIDADES-SEDE DOS

JOGOS OLÍMPICOSJOGOS DE VERÃO

Data Cidade

1896 Atenas, Grécia1900 Paris, França1904 Saint Louis, EUA1908 Londres, Grã-Bretanha1912 Estocolmo, Suécia1916*1920 Antuérpia, Bélgica1924 Paris, França1928 Amsterdam, Holanda1932 Los Angeles, EUA1936 Berlim, Alemanha1940**

1944**1948 Londres, Grã-Bretanha1952 Helsinque, Finlândia1956 Melbourne, Austrália, e

Estocolmo, Suécia***1960 Roma, Itália1964 Tóquio, Japão1968 Cidade do México, México1972 Munique, Alemanha1976 Montreal, Canadá1980 Moscou, URSS1984 Los Angeles, EUA1988 Seul, Coreia do Sul1992 Barcelona, Espanha1996 Atlanta, EUA2000 Sidney, Austrália

2004 Atenas, Grécia2008 Pequim, China2012 Londres, Grã-Bretanha2016 Rio de Janeiro, Brasil

CIDADES-SEDE DOSJOGOS OLÍMPICOS APÓS AVALIAÇÃO CRITERIOSA DAS CANDIDATAS, O COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL CONCEDE À CIDADEESCOLHIDA O DIREITO DE ORGANIZAR UMA EDIÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS DE VERÃO OU INVERNO EM SEU PAÍS.

CIDADES-SEDE DOSJOGOS OLÍMPICOS

JOGOS DE INVERNO

Data Cidade

1924 Chamonix, França1928 Saint Moritz, Suíça1932 Lake Placid, EUA1936 Garmisch Partenkirchen,  Alemanha1948 Saint Moritz, Suíça1952 Oslo, Noruega1956 Cortina d’Ampezzo, Itália1960 Squaw Valley, EUA1964 Innsbruck, Áustria1968 Grenoble, França1972 Sapporo, Japão1976 Innsbruck, Áustria1980 Lake Placid, EUA1984 Sarajevo, Bósnia-

  -Herzegovina1988 Calgary, Canadá1992 Albertville, França1994 Lillehammer, Noruega1998 Nagano, Japão2002 Salt Lake City, EUA2006 Turim, Itália2010 Vancouver, Canadá2014 Sochi, Rússia

Em 1924, uma semana de esporte deinverno foi realizada em Chamonix, naFrança. O Comitê Olímpico Internacionalapoiou esse evento. Foi um grande suces-so. Em seguida, o COI decidiu nomear acidade de Chamonix como a primeira sede

dos Jogos de Inverno. Desde então, elesacontecem a cada quatro anos. Inicialmen-te, no mesmo ano dos Jogos Olímpicos deVerão. Agora, com a diferença de dois anosentre os Jogos de Verão e os de Inverno.

DISCUTA COM O GRUPOPor que vocês acham que os Jogos Olímpicose o Movimento Olímpico atraem tantos paí-ses e culturas diferentes ao redor do mundo?

Pluralidade cultural

* não realizado por causa da Primeira Guerra Mundial ** não realizados por causa da Segunda Guerra Mundial *** eventos equestres 

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7/23/2019 EVO Completo

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  3  C  O  M  P  A  R  T  I  L  H  A  N  D  O

  V  A  L  O  R  E  S   P   O   R   M   E

   I   O

   D   O

   E   S   P   O   R   T   E   E   D   O   S   J   O   G   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

49

SUGESTÃODE ATIVIDADES

Planeje com seus alunos uma pesquisa

sobre a cultura de uma nação olímpica decada continente. Os tópicos da pesquisadeverão incluir: geografia, história, sistemaspolíticos e religiosos, tradições esportivas,comidas e festas.

1Planeje uma Exposição Universal. Oriente os

alunos a, em grupo ou sozinhos, estudaremum país de cada continente, apresentandoos resultados das pesquisas em uma Feiradas Nações, com exibições de cada país eapresentações culturais dos alunos.

2Crie gráficos com seus alunos, comparando

os diferentes Jogos Olímpicos. Os tópicos po-dem incluir: número de países que compe-tiram, número de participantes, número demeios de comunicação, programação espor-tiva e atletas famosos.

3

CIDADES-SEDE DOS JOGOS OLÍMPICOS

Crie uma mesa de debates sobre as profissõesligadas aos esportes, convidando, se possível,representantes dos vários campos profissionais,como atletas olímpicos, treinadores, preparado-res físicos, médicos, nutricionistas, jornalistas,publicitários, árbitros etc.

4

JOGOS DE INVERNO

JOGOS DE VERÃO

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética, cidadania

Pluralidade cultural

Pluralidade cultural,saúde, ética e cidadania

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LEIA PARA O GRUPOEm Atenas, no ano de 1896, 241 atletasde 14 países competiram em 9 esportes.Em Atenas, em 2004, mais de 10 milatletas de 201 países competiram em 28modalidades esportivas. “Para ser incluídona programação dos Jogos Olímpicos deVerão, um esporte deve ser praticado porhomens em pelo menos 75 países e em4 continentes, e por mulheres em pelomenos 40 países e em 3 continentes”(Carta Olímpica).

DISCUTA COM O GRUPOListe no quadro-negro os esportes da tabe-la ao lado, e pergunte aos alunos:

 Quais destes esportes são muito popularesem nosso país? Quais esportes vocês pra-ticam que são parecidos com os da lista? Quais esportes tradicionais são popu-lares em nosso país e não são espor-tes olímpicos? O que contribui para aumentar a diversi-dade de modalidades esportivas e de paí-ses participantes nos Jogos Olímpicos? Crie um concurso em que grupos dealunos devem criar novos esportes olím-picos, explicando-os aos colegas pormeio de cartazes com nome do espor-

te, regras, representação esquemáticade seu desenvolvimento, modalidades,critérios de premiação etc. Submeta aspropostas a uma votação da comunida-de escolar. O esporte vitorioso passaráa configurar na programação dos jogosolímpicos escolares.*

50 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

3COMPARTILHANDO

VALORESPORME

IO

DO

ESPORTEEDOSJOGOS CADA VEZ MAIOR: A PROGRAMAÇÃOESPORTIVA OLÍMPICA 

* Atividade especialmente indicada para EFII

2 Todos os esportes dos Jogos de Verão são concorridospor homens e mulheres.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Aquáticos – saltos ornamentais,natação, nado sincronizado, poloaquáticoAtletismo – marcha atlética,corrida, corrida com barreiras,3000 metros com obstáculos,maratona, revezamento,salto em distância, saltoem altura, salto triplo, saltocom vara, lançamento dedisco, arremesso de peso,

lançamento de dardo, decatlo(masculino)/heptatlo (feminino)BadmintonBasquete

BeisebolBoxeCanoagem – slalom,velocidadeCiclismo – BMX, estrada,mountain bike, pistaEsgrimaFutebolGinástica – artística, detrampolim, rítmicaHandebol

Hipismo – adestramento,saltos, CCE (ConcursoCompleto de Equitação)Hóquei

JudôLevantamento de pesoLuta – livre, greco-romanaPentatlo modernoRemoSoftbolTaekwondoTênisTênis de mesaTiroTiro com arco

TriatloVelaVôlei – vôlei de praia, voleibol (dequadra)

PROGRAMAÇÃO ESPORTIVA DOS JOGOS OLÍMPICOSPEQUIM 2008, CHINA 2 

O NÚMERO DE ESPORTES NA PROGRAMAÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS CONTINUA A CRESCER. PARA QUE UMESPORTE SE TORNE OLÍMPICO, ELE DEVE SER REGIDO POR UMA FEDERAÇÃO INTERNACIONAL RECONHECIDA PELOCOMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

51

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  3  C  O  M  P  A  R  T  I  L  H  A  N  D  O

  V  A  L  O  R  E  S   P   O   R   M   E

   I   O

   D   O

   E   S   P   O   R   T   E   E   D   O   S   J   O   G   O   S

PROGRAMAÇÃOESPORTIVA DOS JOGOSDE INVERNO

 VANCOUVER 2010,CANADÁ 

Biatlo – esqui cross-country,esqui mais tiro ao alvo (homense mulheres)Bobsled (de dois ou quatro homens;de duas mulheres)Combinado nórdico – salto deesqui e uma corrida de esqui cross--country (homens)Curling (homens e mulheres)Esqui alpino – downhill, slalom,slalom gigante, super-G, combinado

(homens e mulheres)Esqui cross-country (mulherese homens)Esqui livre – aéreo e mogul(homens e mulheres)Hóquei no gelo (homens emulheres)Luge – simples e em dupla (asmulheres só competem em simples)Patinação artística (homens,mulheres ou em pares)Patinação de velocidade (homense mulheres)Patinação de velocidade em pistacurta (homens e mulheres)Saltos (homens)

Skeleton (homens e mulheres)Snowboard – slalom giganteparalelo, halfpipe, snowboard cross(mulheres e homens)

LEIA PARA O GRUPOEsportes de inverno, como patinação eesqui, são populares nas partes do mundo

onde as temperaturas frias do inverno trans-formam água em gelo e chuva em neve.Nesses lugares, deslizar e/ou saltar em umchão escorregadio ou em montes nevadoscom esquis, patins ou trenós é uma diver-são para crianças e adultos. “Somente osesportes muito praticados em pelo menos 25países e em 3 continentes podem ser incluídosno programa dos Jogos Olímpicos de Inverno.”(Carta Olímpica)

SUGESTÃO DE ATIVIDADESA maioria desses esportes exige equipa-

mentos e, às vezes, tecnologia avançada.Organize com o grupo um projeto de pesqui-sa sobre os requisitos técnicos de competiçãoem nível olímpico em um desses esportes,sobre as exigências ambientais e também ocondicionamento físico necessário para umbom rendimento.

Acima Pequim, 2008:

O atleta Juraci Moreiracorre durante a

competição de triatlo.

Centro Turim, 2006:

Sasha Cohen (EUA) se

apresenta na patinação

artística feminina.

À esquerda Albertville,

1992: Revezamento

de esqui cross-country

feminino de 4x5km.

Canto superioresquerdo Pequim, 2008:

Equipe feminina de vôlei

comemorando o ouro

olímpico.

Pluralidade cultural,saúde e meio ambiente

* Ciências (EFII), Biologia (EM)

*

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52 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

3COMPARTILHANDO

VALORESPORME

IO

DO

ESPORTEEDOSJOGOS

Quatro anos depois dos primeiros

Jogos Olímpicos modernos, emAtenas, as mulheres estrearam

na competição, em Paris, em 1900. Apesarda oposição de Pierre de Coubertin, com-petiram 22 mulheres, de um total de 997atletas, em cinco esportes: tênis, vela, hipis-mo, críquete e golfe. Desde 1970, a parti-cipação feminina tem aumentado muito.Hoje, quase 40% dos atletas que competemem Jogos Olímpicos são mulheres. O COIvem adicionando eventos para mulheres aoprograma olímpico. Desde 1991, todos osnovos esportes que desejam ser incluídosno programa olímpico devem incluir modali-

dades femininas.

“QUALQUER FORMA DEDISCRIMINAÇÃO EMRELAÇÃO A UM PAÍSOU A UMA PESSOA PORMOTIVOS DE RAÇA,RELIGIÃO, POLÍTICA,GÊNERO OU OUTROSÉ INCOMPATÍVELCOM A FILIAÇÃO AO MOVIMENTOOLÍMPICO.”(CARTA OLÍMPICA, 2004. PRINCÍPIOFUNDAMENTAL Nº5)

3 Adaptado do Comitê Olímpico Internacional. Factsheet:Women in the Olympic Movement, atualizado em dez.2005, p. 1.

ENFRENTANDO OBSTÁCULOS:MULHERES NOSJOGOS OLÍMPICOS3

DESDE OS PRIMEIROS JOGOS OLÍMPICOS DA ERA MODERNA, AS IDEIAS SOBRE MULHERES E ESPORTE FORAMMUDANDO LENTAMENTE. MULHERES, EM MUITOS LUGARES, TÊM INSISTIDO EM SEUS DIREITOS DE PARTICIPAR NOESPORTE E NAS ATIVIDADES FÍSICAS. ESSAS SÃO ALGUMAS HISTÓRIAS IMPRESSIONANTES SOBRE CAMPEÃS OLÍMPICAS.

À esquerda Pequim,

2008 – Equipefeminina de Handeboldefendendo a camisado Brasil.

Page 53: EVO Completo

7/23/2019 EVO Completo

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  3  C  O  M  P  A  R  T  I  L  H  A  N  D  O

  V  A  L  O  R  E  S   P   O   R   M   E

   I   O

   D   O

   E   S   P   O   R   T   E   E   D   O   S   J   O   G   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

53

 YAEL ARAD - ISRAEL -JUDÔ

 Yael Arad, 29 anos, foi a primeira israe-

lense a conquistar uma medalha olímpica,uma de prata no judô, nos Jogos Olímpi-cos de 1992. Em Israel, ela treinou como técnico da equipe masculina, porquetinha dificuldade de encontrar parceirasde treinamento.

NAWAL EL MOUTAWAKEL- MARROCOS – CORRIDACOM OBSTÁCULOSNawal El Moutawakel foi a primeira mulherda África a ganhar uma medalha de ouro.Nos Jogos Olímpicos Los Angeles 1984,ela surpreendeu o mundo ao vencer os 400metros com barreiras. Seu talento comocorredora foi reconhecido pelos treinadores

da Universidade Estadual de Iowa, onde co-meçou a estudar em 1983. Ela levou ape-nas um ano para chegar ao topo do pódio.Nawal se tornou uma heroína no Marrocose, desde então, apoia ativamente o desen-volvimento do esporte entre as mulheresem seu país e no resto do mundo. Ela tam-bém cede sua fama e motivação a diversosprojetos humanitários. É membro fundadore presidente da Associação Marroquina dosEsportes e Desenvolvimento e membro doComitê Olímpico Marroquino. Em 2006,Moutawakel foi uma das oito mulheres quecarregaram a bandeira olímpica durante a

cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicosde Inverno de Turim. Seu legado e sua li-derança inspiram as mulheres não só naÁfrica mas em todo o mundo.

TEGLA LOROUPE -QUÊNIA - MARATONA Loroupe é uma maratonista que, correndo

1km em 1 minuto e 45 segundos, tornou--se a primeira mulher africana a venceruma maratona mundial. Em 1994, venceua Maratona de Nova York, aos 21 anos. Lo-roupe foi incentivada a correr no Quêniapela mãe e pela irmã, apesar de o pai terreprovado a ideia. Competiu nos 10.000mdos Jogos de Atlanta, em 1996, para darum tempo de maratonas. Apesar de nãoter conquistado uma medalha, seu suces-so inspirou muitas mulheres a se tornaremcorredoras de classe mundial no Quênia.

GHADA CHOUA’A – SÍRIA- HEPTATLO

Ghada Choua’a ganhou a medalha de ourono heptatlo dos Jogos Olímpicos Atlanta1996. Sua medalha foi a primeira rece-bida pela Síria. Ela também ganhou a deouro no heptatlo do Campeonato Mundialde 1995. Algumas pessoas dizem que amulher que ganha o heptatlo é a melhoratleta feminina do mundo.

MAURREN MAGGI –BRASIL – SALTO EMDISTÂNCIA Desde que iniciou sua carreira, em 1996,Maurren Maggi tem conquistado muitas

medalhas para o Brasil. Em 2003, porém,sofreu um grande baque: poucos dias antesdos Jogos Pan-americanos de São Domin-go, foi acusada de doping. Maurren disse

que não sabia que havia clostebol no cremeNovaderm, usado depois de uma sessãode depilação definitiva. Acabou suspen-

sa por dois anos, ficando de fora de Ate-nas 2004. Maurren, porém, não desistiu,e depois de muita luta, chegou aos JogosPequim 2008. Lá, comemorou a volta porcima tornando-se a primeira mulher brasi-leira na história olímpica a conquistar umouro individual.

DISCUTA COM O GRUPO Existem muitas razões pelas quais édifícil para mulheres jovens se torna-rem campeãs olímpicas em um espor-te. Discuta com a turma alguns dessesmotivos.Conte aos alunos que, no passado,

pensava-se que as mulheres não eramcapazes de chegar ao final de umacorrida de longa distância em umamaratona. (Os Jogos Olímpicos nãotiveram maratona feminina até 1984,quando Joan Benoit, dos EstadosUnidos, se tornou a primeira mulher domundo medalhista de ouro na marato-na). Enfatize que hoje, mulheres, assimcomo os homens, competem nessascorridas, discutindo com os alunossobre os motivos que podem ter levadoas pessoas a acharem que mulheresnão suportariam uma maratona.

 Pergunte aos alunos se acham que asmeninas deveriam participar e com-petir em esportes e atividades físicas.Não deixe de perguntar o motivo daresposta. Forme grupos e peça a eles que entre-vistem uma atleta do sexo femininoem sua comunidade. Perguntas queeles podem fazer: por que o esporte éimportante para ela? Que barreiras teveque superar? Como as superou? Deque auxílio especial precisou?

1 Barcelona, 1992: Yael Arad (ISR)comemora a conquista

de uma medalha deprata no judô feminino.

2 Los Angeles, 1984:Nawal El Moutawakel(MAR) se tornou aprimeira africanaa ganhar um ouroolímpico.

3 Sidney, 2000: amaratonista TeglaLoroupe (KEN)competiu nos

10.000m, inspirandomuitas corredoras noQuênia.

4 Atlanta, 1996:Ghada Choua’a (SDU),em seu caminhopara a conquista daprimeira medalha deouro da Síria.

5 Pequim, 2008:Maurren Maggicomemora a medalhade ouro no salto emdistância.

1

2

3

4

Pluralidade cultural,saúde, ética, cidadania

* História, Geografia, Sociologia (por possibilitar a discussãosobre a questão de gênero nos esportes e na sociedade)** Ciências (EFII) ou Biologia (EM)

5

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7/23/2019 EVO Completo

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À esquerda (acima) Barcelona, 1992:

Ljiljana Ljubisic

(CAN) (à direita),medalhista de ouro

em arremesso dedisco nos JogosParalímpicos de

Barcelona. Elacomeçou a perder avisão quando tinha

apenas 18 meses,após ter recebidomedicamento

errado. Uma série detransplantes de córneanão foi capaz derecuperar sua visão.

À esquerda (abaixo)Rio de Janeiro, 2007:

Jogo de basqueteem cadeira de rodasfeminino, durantes os

Jogos Pan AmericanosRio 2007.

CORPO, VONTADE E MENTE:  ATLETAS PARALÍMPICOS

NO MUSEU OLÍMPICO EM LAUSANNE, NA SUÍÇA, ENCONTRA-SE UMA EXPOSIÇÃO PERMANENTE QUE INCLUI OSEQUIPAMENTOS UTILIZADOS POR ATLETAS PARALÍMPICOS E FOTOGRAFIAS DELES COMPETINDO. NO LETREIRODA EXPOSIÇÃO, LÊ-SE: “CORPO, MENTE, ESPÍRITO”, UMA FRASE QUE RESUME AS INCRÍVEIS CONQUISTAS DESSESDESTEMIDOS ATLETAS.

O

s Jogos Paralímpicos são even-tos esportivos de elite para atle-tas portadores de diferentes

grupos de deficiência. Eles dão destaqueàs conquistas atléticas dos participantes, enão às deficiências. A partir dos Jogos deLondres, em 2012, todas as futuras cidades--sede deverão sediar, também, os JogosParalímpicos.

DISCUTA COM O GRUPO Converse com os alunos sobre o lemado Comitê Paralímpico Internacional,“Espírito em Movimento”. Pergunte seconsideram um bom lema, e por quê. Leia cada uma das citações a seguir epeça ao grupo que explique o signifi-cado delas.

“VOCÊ PODE LEVAR A VIDA DE DUASMANEIRAS. PODEFICAR SENTADODENTRO DE QUATROPAREDES, ENFIAR SUACABEÇA NA AREIA EESPERAR QUE TUDODESAPAREÇA, OUPODE PEGAR SUASLUVAS DE BOXE,LEVANTAR OS PUNHOSE LEVAR A VIDA DAMELHOR MANEIRA

QUE CONSEGUIR.”(LJILJANA LJUBISIC)

“O IMPORTANTE É A DESCOBERTA. AMINHA FOI VER QUE A NATAÇÃO ABRIA--ME A PORTA PARATUDO: PRIMEIRO,DEU-ME LIBERDADE,DEPOIS, UM LUGARNA SOCIEDADE.”(BEATRICE HESS)

 “Os atletas paralímpicos são uma ins-piração para todos nós.” Leia essaafirmação para os alunos, pergunte seconcordam ou não, e por quê.

54 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

3COMPARTILHANDO

VALORESPORME

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DO

ESPORTEEDOSJOGOS

Pluralidade cultural,ética, saúde, cidadania

* Educação Física, Língua Portu-guesa, Artes (por possibilitar acriação de sínteses estéticas apartir dos depoimentos e lemaproposto)** Ciências (EFII) ou Biologia (EM)*** Filosofia (debate sobre o sen-tido da existência humana).

*

** ***

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  3  C  O  M  P  A  R  T  I  L  H  A  N  D  O

  V  A  L  O  R  E  S   P   O   R   M   E

   I   O

   D   O

   E   S   P   O   R   T   E   E   D   O   S   J   O   G   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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SUGESTÃODE ATIVIDADES

Desenvolva com seus alunos um projeto depesquisa sobre a maneira como os atletasparalímpicos competem em cada um dosesportes listados no quadro abaixo.

Os tópicos podem incluir: Tipos de deficiência Equipamentos especiais Métodos de treinamento Atletas famosos.

1

Jogos de Verão - Atenas 2004

Jogos de Inverno - Turim 2006Curling em cadeira de rodasEsqui alpinoEsqui nórdicoHóquei no gelo em trenó

Acima Rio de Janeiro,2007: Jogo de vôleimasculino durante os

Jogos Pan-americanosRio 2007.

Meio Jogos

Paralímpicos, Atenas,

2004: David Hall,da Austrália, faz um

backhand durantea final no tênismasculino.

Embaixo JogosParalímpicos, SaltLake City, 2002: esqui

alpino.

Convide um portador de deficiência para irà sala de aula conversar sobre os desafiosque ele enfrenta, e como ele tenta contornaros problemas para tornar sua vida mais fácil.

2

Pluralidade cultural,saúde, ética, cidadania

*

**

* Ciências (EFII) ou Biologia (EM), Física** Sociologia (a condição da pessoa deficiente no esportee na sociedade)

AtletismoBasquete em

cadeira de rodasBocciaCiclismoEsgrima em

cadeira de rodas

Futebol de CincoFutebol de SeteGolbolHipismoJudô

Levantamento de  pesoNataçãoRúgbi em cadeira

de rodasTênis de mesaTênis em cadeira

de rodasTiroTiro com ArcoVoleibolVela

Pluralidade cultural,

saúde, ética, cidadania

*

**

* Ciências (EFII) ou Biologia (EM)** Sociologia (abordando a condição dos cidadãos porta-dores de necessidades especiais na sociedade, incluindodireitos conquistados, leis especiais etc.)

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 RECEBENDO O MUNDO: SEDE DOS JOGOSOLÍMPICOS AS CIDADES-SEDE ASSUMEM UMA ENORME RESPONSABILIDADE FINANCEIRA E DE ORGANIZAÇÃOQUANDO SE COMPROMETEM A SEDIAR OS JOGOS OLÍMPICOS.

4 Vancouver Board of Trade. “The Spirit of Vancouver”, 24 jul. 2006.5 Adaptado de Rafael Maranhão. Globo Esporte.com, 2 out. 2009. Disponível em <http://globoesporte.globo.com/Esportes/ Noticias/Olimpiadas/0,,MUL1327272-17698,00-RIO+TRANSFORMA+O+SONHO+OLIMPICO+EM+REALIDADE+E+CONQ UISTA+OS+JOGOS+DE.html>. Acesso em 6 dez. 2011.6 Adaptado do Comitê Olímpico Internacional. Pamphlet on the Olympic Movement, 2004.

56 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

3COMPARTILHANDO

VALORESPORME

IO

DO

ESPORTEEDOSJOGOS

LEIA PARA O GRUPO“Que comecem os Jogos! Vancouvervence 2010

2 de julho de 2003 – A vitória de Vancouverpara sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpi-cos de Inverno de 2010 foi anunciada nes-sa manhã para uma multidão entusiasmadavestida em um mar vermelho e branco...Quando o presidente do COI, Jacques Rogge,fez o anúncio, o GM Place explodiu – flâmulascaíram do teto e milhares de pessoas come-çaram a pular de emoção, agitando bandei-ras canadenses e toalhas brancas. A mani-festação de alegria durou muito tempo.”4

DISCUTA COM O GRUPO Pergunte aos alunos por que tantas pes-soas se sentem felizes ao saber que acidade onde moram sediará os Jogos.Que valores olímpicos a história deVancouver demonstra?

LEIA PARA O GRUPO“Rio transforma o sonho olímpico emrealidade e conquista os Jogos de 2016

2 de outubro de 2009 – É impossívelprever quais serão os maiores atletas doplaneta nos próximos anos. Possível, sim,é saber em que palco eles vão brilhar: oRio de Janeiro. Em uma sexta-feira histó-rica para o esporte brasileiro, os cariocasconquistaram em Copenhague o direito desediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicosde 2016. Até a cerimônia de abertura noMaracanã, a cidade terá tempo para viverintensamente cada modalidade, moldarnovos ídolos e, acima de tudo, deixar a ci-dade ainda mais maravilhosa. Superadasas rivais Madri, Tóquio e Chicago, final-mente dá para dizer com todas as letras:a bola está com o Rio.

Quando o presidente do Comitê Olímpi-co Internacional, Jacques Rogge, abriu oenvelope com os cinco aros olímpicos eanunciou a vitória do Rio, foram duas ex-plosões simultâneas de alegria. Na Praiade Copacabana, a multidão que aguardava

Pluralidade cultural,ética, cidadania

Pluralidade cultural,trabalho e consumo,

ética, cidadania

o resultado soltou o grito e começou a co-memorar sob uma chuva de papel picado.

Em Copenhague, os integrantes da dele-

gação brasileira repetiram a festa de formaefusiva. Sem conter as lágrimas, Pelé coman-dava a celebração, abraçando o presidenteLuiz Inácio Lula da Silva, o governador SérgioCabral, o prefeito Eduardo Paes e os esportis-tas. Entre gritos e abraços, difícil era encontrarum brasileiro que não estivesse chorando.”5

DISCUTA COM O GRUPO Coloque em pauta: que emoções os bra-sileiros envolvidos no projeto e os atletasdevem ter sentido ao receberem essanotícia? E você, lembra-se desse dia?O que sentiu? Pergunte aos alunos: o que a cidade temque fazer para planejar e se preparar paraos Jogos Olímpicos de 2016? Vocês achamque isso é uma tarefa difícil? Por quê?

 Escolher e, se necessário, construirlocais de competição e treinamento,

instalações esportivas e estádios.Providenciar os equipamentos neces-

sários. Prestar atenção aos problemas ambien-tais e de sustentabilidade. Tratar todos os esportes no programacom a mesma atenção e garantir queas competições sejam realizadas deacordo com as regras das FederaçõesInternacionais de Esporte. Providenciar alojamento para os atletas,grupos de apoio e oficiais técnicos. Organizar serviços médicos. Resolver problemas de transporte.

 Atender às necessidades da mídia demassa a fim de oferecer ao público as

melhores informações possíveis sobreos Jogos. Organizar programas educacionais eculturais que são um elemento essen-cial para a celebração dos JogosOlímpicos. Garantir que nenhuma manifestaçãoou reunião política seja realizada navila olímpica ou no seu entorno. Escrever o Relatório dos Jogos nosdois idiomas oficias (inglês e fran-cês) e distribuí-lo para os ComitêsOlímpicos Nacionais no prazo de doisanos após o término dos Jogos.

 ATRIBUIÇÕES DO COMITÊ ORGANIZADOR DOS JOGOSOLIMPICOS6

Abaixo Londres,2006: Um ano depois

de ganhar o direito

de sediar os JogosOlímpicos de 2012, o

prefeito de Londres,Ken Livingstone(esquerda), o primeiro

ministro britânico TonyBlair e Tessa Jowell,a então Secretária

de Estado de Mídia,Cultura e Esporte,comemoram com os

cidadãos britânicos esobem a bordo de umônibus de turismo dedois andares.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

À esquerda Vancouver, 2003:

Pessoas comemorama notícia de que suacidade sediará os

Jogos Olímpicos deInverno de 2010.

Quinze mil pessoasreuniram-se no estádiopara ouvir o ComitêOlímpico Internacionalfazer esse anúncio.

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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  3  C  O  M  P  A  R  T  I  L  H  A  N  D  O

  V  A  L  O  R  E  S   P   O   R   M   E

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   E   S   P   O   R   T   E   E   D   O   S   J   O   G   O   S

SUGESTÃODE ATIVIDADES

Imagine com seus alunos que a sua comu-nidade quer organizar um evento especial.Escolha com eles o evento, fazendo umalista das atividades que acontecerão.

Peça a cada aluno que esc reva uma car-ta a um funcionário do governo explican-do por que ele acha que a sua comuni-dade pode sediar esse evento, e como o

evento a ajudará.

1 2Faça com seus alunos um plano para oevento que deseja sediar em sua escola oucomunidade. O plano deve conter: objetivo,proposta de atividades, infraestrutura, equi-

pamento, pessoas e dinheiro necessários ebenefício para a comunidade.

3

Pluralidade cultural,trabalho e consumo,

ética e cidadania

Pluralidade cultural,trabalho e consumo,

ética e cidadania

Pluralidade cultural,trabalho e consumo,

ética e cidadania

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 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSQuais necessidades têm as pessoas que vi-

vem na Vila? Quais necessidades especiaisos atletas têm?

LEIA PARA O GRUPOBrincar juntos, viver juntos: a VilaOlímpica7

É verdade que os atletas olímpicos precisamde estádios para competir. Mas eles tambémprecisam de um lugar para dormir, comer erelaxar. É para isso que serve a Vila Olímpica.

Nela, cada país tem seu próprio espaço,mas existem áreas comuns para refeição erecreação, onde pessoas de todos os paí-ses sentam lado a lado. Além de refeições e

locais para dormir, a Vila Olímpica tambémtem lojas onde os atletas podem comprar oque precisam, e entretenimento para quan-

do não estão competindo.Imagine só! Não há fronteiras entre ospaíses, não há barreiras que separem aspessoas, exceto a da língua. Pessoas dediferentes países – que podem até estarem guerra – vivem, comem e se divertem

 juntos.

DISCUTA COM O GRUPO Peça aos alunos para imaginarem quesão atletas olímpicos vivendo na VilaOlímpica durante os Jogos. Pergunteentão o que seria importante para queeles se sintam confortáveis e seguros;

como eles fariam amizade com pesso-as de outros países; se seria fácil fazeramigos; o que eles gostariam de comer.

 O Comitê Olímpico Internacional afirmaque a Vila Olímpica ajuda a construir ummundo melhor e mais pacífico. Relacio-ne com os alunos algumas das razões parase dizer isso.

Abaixo Londres,2012: Vila dos JogosOlímpicos no Reino

Unido.

CUIDANDO DE SEUSHÓSPEDES: A VILAOLÍMPICA  A VILA OLÍMPICA É MUITO IMPORTANTE PARA OS JOGOS OLÍMPICOS. ELA DÁ AOS ATLETAS UM LUGAR PARACOMER, DORMIR E RELAXAR, E APROXIMA AS NAÇÕES COMPETIDORAS.

7 Canadian Olympic Association. The Olympic Truce: Daysof Peace for Children. Ottawa: COC, 1996, p. 36.

58 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

3COMPARTILHANDO

VALORESPORME

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ESPORTEEDOSJOGOS

Pluralidade cultural,cidadania

* Ciências (EFII) ou Biologia (EM); Matemática (projeto/ desenho da planta baixa de uma vila olímpica)

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  3  C  O  M  P  A  R  T  I  L  H  A  N  D  O

  V  A  L  O  R  E  S   P   O   R   M   E

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   E   S   P   O   R   T   E   E   D   O   S   J   O   G   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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SUGESTÃODE ATIVIDADES

Pergunte aos alunos: Como vocês vão cuidardos convidados que participarão do eventoque vocês estão planejando na sua comu-nidade? Onde eles vão comer? O que vão

comer? Onde vão dormir? Que tipo de entre-tenimento vocês vão organizar para eles?

Peça aos alunos que desenvolvam um pro- jeto para a vila deles. Ela vai precisar de casas,de um lugar para comer, de instalações mé-dicas e de entretenimento.

Desenvolva com os alunos uma planta da vilaou apresente a planta abaixo a eles comomodelo e peça que decidam onde colocartodos os serviços necessários ao bem-estar

dos atletas olímpicos.

1 2 3

Pluralidade cultural,saúde

Pluralidade cultural,saúde

Pluralidade cultural,saúde

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Sidney, 2000: Melhorando o ambienteurbano (Millennium Parklands) – Sidney lim-pou uma antiga área industrial para criar umnovo e enorme parque urbano, um local para

o estádio e outras instalações olímpicas. Esseparque também protege o habitat da rara rã--de-sino-dourado.

Turim, 2006: Conscientização da mu-dança de clima  (Programa Hector) – OsJogos Olímpicos e Paralímpicos de Invernosão acontecimentos intimamente relaciona-dos com condições climáticas estáveis edisponibilidade de tempo frio acompanhadopela neve. Essas são as verdadeiras “maté-rias-primas” das competições esportivas. Porisso, a proteção do clima foi considerada umaprioridade da política ambiental do Comitê Or-ganizador dos Jogos Olímpicos de Inverno de

Turim (TOROC). O Programa Hector (HeritageClimate Torino) trabalhou na conscientizaçãodo problema das alterações climáticas e com-pensou a emissão de gases de efeito estufaproduzidos durante o evento olímpico.

“[O PAPEL DO COIÉ] INCENTIVAR E APOIAR UMA POSTURA

RESPONSÁVELEM RELAÇÃO ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS,PROMOVER ODESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL NOESPORTE E EXIGIR QUEOS JOGOS OLÍMPICOSSEJAM REALIZADOSDE ACORDO COMESSA NORMA.” (CARTAOLÍMPICA)

 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSQual é o significado da palavra “meio am-biente”? Por que o ambiente precisa serprotegido?

LEIA PARA O GRUPOBobsled: um desafio ambientalNas corridas de trenó, equipes de dois ouquatro homens voam por um percurso de atéum quilômetro de comprimento, coberto degelo, em um trenó aerodinâmico a velocida-des de até 145km/h. A equipe que somar omelhor tempo de duas corridas ganha o ouro.Os 1.500 metros de pista são bastante ín-

gremes, feitos com gelo artificial, e contamcom equipamentos de cronometragem muitosensíveis. A construção dessas pistas monta-nha abaixo é muito cara, e requer decisõesambientais difíceis.

MODELOS DE CIDADES--SEDEAs cidades que sediam os Jogos fazem di-versos planos para proteger o meio am-

biente e promover a sustentabilidade. Aquitemos alguns exemplos. Use-os para pensarsobre o que vocês precisam fazer para pro-teger o meio ambiente e promover a sus-tentabilidade na sua comunidade.

Lillehammer, 1994: Os primeiros“Jogos verdes” (Conservando energia,educando o público.) – O excesso de calorque emana das superfícies geladas e do ar-

-condicionado no salão olímpico de Hamar foireciclado para aquecer outras áreas no local.Informações de proteção ambiental foramimpressas nos ingressos dos Jogos pelo Co-mitê Organizador.

Nagano, 1998: Protegendo espéciesem extinção (Gifu Butterfly) – A floresta emHappon’one foi o local da final da corridade esqui downhill masculina. É também olocal de procriação da rara borboleta Gifu.Mais de 300 pessoas, inclusive voluntáriosolímpicos e alunos da escola de Ensino Mé-dio local ajudaram a transplantar a gramamiyama’aoi, única fonte de alimentação da

borboleta. O ensino médio local tambémtransplantou a grama miyama’aoi para aárea de salto com esqui, procurando incen-tivar as borboletas Gifu a colocarem seusovos naquele local.

Acima Salt LakeCity, 2002: A equipede bobsled de

quatro homens da

Suíça começa suacorrida. Os percursos

de bobsled criaminúmeros desafiosambientais.

 PROTEGENDO OMEIO AMBIENTEO COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL CONSIDERA PRIORITÁRIAS AS QUESTÕES AMBIENTAIS E DE SUSTENTABILIDADEE ORIENTA OS COMITÊS ORGANIZADORES A IDENTIFICAREM MANEIRAS DE PROTEGER E MELHORAR O MEIO AMBIENTE QUANDO PLANEJAM E SE PREPARAM PARA SEDIAR OS JOGOS OLÍMPICOS.

60 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

3COMPARTILHANDO

VALORESPORME

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ESPORTEEDOSJOGOS

Pluralidade cultural, meioambiente, ética, cidadania*

* Ciências (EFII), Biologia (EM)

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  3  C  O  M  P  A  R  T  I  L  H  A  N  D  O

  V  A  L  O  R  E  S   P   O   R   M   E

   I   O

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   E   S   P   O   R   T   E   E   D   O   S   J   O   G   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

61

SUGESTÃODE ATIVIDADES

Separe os alunos em grupos para conversa-rem sobre as questões abaixo.

 O significado de “sustentabilidade”. Os desafios ambientais dos Jogos de

Verão e de Inverno, suas semelhançase diferenças.

Muitas vezes, há discussões entre as pessoasque querem proteger as espécies e seus ha-bitats e aquelas que querem usar a terra poroutras razões. Relacione com seus alunos

algumas preocupações ambientais de seupaís, e procure descobrir com eles quais sãoos principais pontos levantados em ambos oslados da questão.

Caso esteja organizando uma Semana Olím-pica em sua comunidade, relacione com seusalunos os impactos ambientais desse evento.Considere a gestão de resíduos, as ameaças

aos habitats naturais, o uso da água, de ele-tricidade e necessidades especiais.

1 2 3

À esquerda Burkina

Faso, 2004: Cuidandodo meio ambiente emum acampamento

de reflorestamentodo CON.

Pluralidade cultural, meioambiente, ética, cidadania*

* Ciências (EFII), Biologia (EM)

Pluralidade cultural, meioambiente, ética, cidadania

*

* Biologia (EM)

Meio ambiente,ética, cidadania

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LEIA PARA O GRUPOLogos, emblemas, símbolosA palavra “logo” é usada aqui como um em-blema ou um símbolo que define a identidadeda cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos e doComitê Organizador. O logo é o identificador

visual do evento.

MascotesMuitas vezes, a cidade-sede dos JogosOlímpicos escolhe um animal que temum significado especial para a regiãocomo sua mascote. Moscou, na ex--União Soviética, em 1980, escolheu umurso (Misha); Sarajevo, na Iugoslávia,em 1984, um lobo (Vuchko); Calgary, noCanadá, em 1988, ursos polares (Hidy eHowdy). Às vezes, uma mascote é um de-senho animado ou personagem de histó-ria em quadrinhos.

SUGESTÃO DE ATIVIDADES

 Peça aos alunos para criarem um logoou emblema para um evento, como

as Olimpíadas Escolares, seguindo asetapas abaixo.1 Estudo dos projetos dos logos e em-blemas de Jogos Olímpicos.2 Desenvolvimento do logo, elaboraçãode um cartaz explicativo e sua apresen-

tação para a turma.

 Peça aos alunos para criarem uma mas-cote para um evento, como as OlimpíadasEscolares, seguindo as etapas abaixo.1 Estudo de mascotes de Jogos Olímpicos.2 Estudo do processo de transformação dasmascotes: de animais em desenhos ani-mados, e, em seguida, de desenho anima-dos em animais com forma humana.3  Pesquisa sobre possíveis mascotes,

escolha de uma, elaboração de um car-taz explicativo sobre a opção e sua apre-sentação para a turma.

Turim, 2006: As mascotes dosJogos: “Neve” (àesquerda) é uma

bola de neve amável,gentil e elegante;“Gliz” é um cubo

de gelo alegre ebrincalhão. Elesse complementam

e personificam aprópria essência doesporte de inverno.

Representam,também, umageração jovem, cheiade vida e energia.

 DEFININDO SUA IDENTIDADELOGOS E MASCOTESUTILIZE O ESTUDO DE LOGOS E MASCOTES PARA APRESENTAR AOS SEUS ALUNOS COMO AS DIFERENTES CIDADESOLÍMPICAS REPRESENTAM OS SÍMBOLOS E TRADIÇÕES DE SUA CULTURA E CIDADE. ESTE ESTUDO PODE MELHORAR A COMPREENSÃO DAS DIFERENÇAS CULTURAIS.

C R

62 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

3COMPARTILHANDO

VALORESPORME

IO

DO

ESPORTEEDOSJOGOS

Pluralidade cultural

Pluralidade cultural

Lillehammer, 1994:O logo mostra a aurora

boreal, os cinco arosolímpicos, cristaisde neve e o título

“Lillehammer’94”. Foiinspirado pelo contatocom a natureza, pelo

céu e pela neve.

Cidade do México,1968: O logo combinaos cinco aros

olímpicos e o ano dosJogos. Foi inspiradonos desenhosencontrados nas

cerâmicas e tapeçariasdos índios Huichole doMéxico.

Seul, 1988: A mascote “Hodori”

retrata o lado amistosodo tigre, que estápresente em muitas

lendas coreanas.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  3  C  O  M  P  A  R  T  I  L  H  A  N  D  O

  V  A  L  O  R  E  S   P   O   R   M   E

   I   O

   D   O

   E   S   P   O   R   T   E   E   D   O   S   J   O   G   O   S

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

63

 ATIVIDADESLeia para seus alunos as situações descri-tas a seguir e discuta com eles qual o con-flito de valores para o Movimento Olímpicovivenciado nelas:1. “[O Movimento Olímpico] sobreviveu àinterrupção dos Jogos durante as duasGuerras Mundiais.” Em 1916, 1940 e 1944,os Jogos Olímpicos não foram realizados porcausa da guerra na Europa. Como isso seopõe aos valores do Movimento Olímpico?

2. “[O Movimento Olímpico] sobreviveu aboicotes.” O que é um boicote? Pesquisemna internet por quais motivos algumas naçõesboicotaram Jogos Olímpicos como os deMontreal em 1976, de Moscou em 1980 e deLos Angeles em 1984. Como vocês se senti-riam se fossem um atleta com grandes chan-ces de conquistar uma medalha nos Jogos

Olímpicos que se visse impedido de participarporque seu país decidiu boicotar os Jogos?3. “[O Movimento Olímpico] sobreviveu àtragédia de Munique.” Pesquisem na inter-net o que aconteceu em 1972, nos JogosOlímpicos de Munique, e respondam: Qualfoi a reação do COI? Saibam que o COI e osComitês Organizadores foram obrigados agastar muito mais dinheiro e a prestar muitomais atenção à segurança dos participantesdos Jogos Olímpicos. Pesquisem também oscomplexos procedimentos desenvolvidos paragarantir a segurança dos Jogos Olímpicos.

4. “[O Movimento Olímpico] sobreviveu aescândalos de doping.” O que é doping?

Que substâncias são consideradas ilegais?Por que são ilegais? Por que o doping se opõeaos valores olímpicos? Por que os atletasusam substâncias ilegais? Peça aos alunospara pesquisarem os procedimentos utilizadospara fazer os testes antidoping com os atletas.Quais são as penalidades?

5. “[O Movimento Olímpico] sobreviveu àcorrupção interna.” Em Salt Lake City, antes

dos Jogos de Inverno de 2002, descobriu-seque – durante o processo de licitação – algunsmembros do COI aceitaram favores em trocade seu voto a favor de Salt Lake City parasediar os Jogos. Uma investigação realiza-da pelo COI comprovou o comportamentoimpróprio dessas pessoas. Alguns acusadosrenunciaram e outros foram expulsos. Comoesse comportamento dos membros do COI seopõem aos valores olímpicos?

Abaixo Salt LakeCity, 2002: Equipes

militares inspecionamveículos antes depermitir sua entrada

na vila dos atletas.Essa é apenas umadas muitas medidasde segurança em vigor

nos Jogos Olímpicos.

RESOLVENDO PROBLEMASDESAFIOS OLÍMPICOSCOMO TODA ORGANIZAÇÃO, O MOVIMENTO OLÍMPICO INTERNACIONAL TEVE SUA COTA DE PROBLEMAS. ALGUNSDESSES DESAFIOS SURGEM POR CAUSA DO PRESTÍGIO E DA POPULARIDADE DOS JOGOS OLÍMPICOS. ESSESPROBLEMAS PODEM AFETAR A CREDIBILIDADE DA ORGANIZAÇÃO PORQUE ENVOLVEM AÇÕES QUE SE OPÕEM AOS VALORES DO MOVIMENTO OLÍMPICO. USE ESTA ATIVIDADE PARA DEBATER OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOMOVIMENTO OLÍMPICO EM SEUS 100 ANOS DE HISTÓRIA.

“O MOVIMENTO OLÍMPICO SOBREVIVEU A MUITAS CRISES EM SEUS MAIS DE 107 ANOSDE HISTÓRIA: SOBREVIVEU À INTERRUPÇÃO DOS JOGOS DURANTE AS DUAS GUERRASMUNDIAIS; SOBREVIVEU A BOICOTES; SOBREVIVEU À TRAGÉDIA DE MUNIQUE; SOBREVIVEU

 A ESCÂNDALOS DE DOPING; SOBREVIVEU À CORRUPÇÃO INTERNA. EM TODAS ASOCASIÕES, O COI TOMOU MEDIDAS CORRETIVAS. DEVEMOS, NO ENTANTO, EVITARQUALQUER SINAL DE COMPLACÊNCIA.”8 (JACQUES ROGGE, PRESIDENTE DO COI, 2004)

8 Olympic Review, 2004.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,

saúde, ética e cidadania

* Ciências (EFII), Química e Biologia (EM)Pluralidade cultural,

ética e cidadania

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64 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

3COMPARTILHANDO

VALORESPORME

IO

DO

ESPORTEEDOSJOGOS

 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSQue qualidades uma pessoa precisa ter paraalcançar seus objetivos? O que acontece

quando não consegue?

LEIA PARA O GRUPOO longo caminho à vitória: Dan Jansen9

De todas as histórias olímpicas que nos en-sinam sobre perseverança, poucas são tãoimpressionantes quanto a de Dan Jansen.A maioria das vitórias na patinação de velo-cidade são decididas por uma margem de1/100 de segundo. Esta vitória levou maisde uma década.

O mundo conheceu Jansen em 1984, nosJogos de Sarajevo, na Iugoslávia, quando oamericano um tanto desconhecido conseguiu

um impressionante quarto lugar na corrida de500m. Em Calgary, em 1988, ele era o fa-vorito para ganhar a corrida de 500m e a de1.000m. Mas o destino tinha outros planos.A irmã de Jansen sofria de leucemia e mor-

reu minutos antes da corrida. Em sua últimaconversa com ela, Jansen prometeu ganhar acorrida em sua homenagem. Mas, em vez dis-so, Jansen caiu. Não apenas em uma, mas em

ambas as corridas. Deixou Calgary de mãosabanando. Quatro anos mais tarde, Jansenvoltou a ser o favorito, desta vez em Albertville.Mas depois de um desempenho decepcionan-te, saiu novamente sem medalha.

Em 1994, Jansen se preparou para a suaquarta participação olímpica, em Lilleham-mer, na Noruega. Sabia que era sua últimachance e esperava colocar seu passado paratrás de uma vez por todas. Mas durante a pri-meira corrida, para espanto de todos, Jansenescorregou e caiu mais uma vez durante os500m e acabou em oitavo lugar. Só restavauma corrida. A última de sua carreira.

Quatro dias após essa queda lamentável,o tiro de partida soou iniciando a corrida dos1.000m. E tudo aconteceu como um passede mágica. Uma década de decepção foiapagada quando Jansen conquistou o pri-

meiro lugar e bateu o recorde estabelecendouma nova marca mundial. Durante a volta davitória, pegou sua filha nos braços e deu umavolta com ela sobre o gelo.

O nome dela é Jane, escolhido por Jansene sua esposa em homenagem à falecida irmã.O final perfeito para uma história que se tornouuma inspiração a atletas de todo o mundo.

DISCUTA COM O GRUPO Por que vocês acham que Dan Jansenfoi tão perseverante em sua jornada paraconquistar uma medalha olímpica? Que aspectos dos valores do Olimpismosuas ações representam?

Acima Albertville,1992: Dan Jansen

(EUA) era o favoritopara ganhar uma

medalha de ouro nos500m de patinaçãode velocidademasculina. Mas

acabou terminando emquarto lugar.

O LONGO CAMINHO À VITÓRIA: A HISTÓRIA DE DAN JANSEN

NOS TEMPOS ANTIGOS, TAMBÉM ERA UMA HONRA SER UM ATLETA OLÍMPICO. OS CAMPEÕES DA ANTIGUIDADE ERAMSUSTENTADOS PELO POVO DE SUA CIDADE DURANTE O RESTO DA VIDA. ATUALMENTE, OS ATLETAS QUE CONQUISTAMMEDALHAS TAMBÉM SÃO HOMENAGEADOS E CELEBRADOS EM SEUS PAÍSES. ATUALMENTE HÁ CERCA DE 100 MIL ATLETAS QUE COMPETIRAM EM JOGOS OLÍMPICOS E DIVULGAM O ESPÍRITO DO OLIMPISMO AO REDOR DO MUNDO.

9 Adaptado do texto do site “Celebrate Humanity: DanJansen”. Comitê Olímpico Internacional, 2002. Disponívelem: <http://www.olympic.org/uk/passion/humanity/jan- sen_uk.asp>. Acesso em: 5 jul. 2006.

Ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

INTRODUÇÃO .......................................................................................................66INTERPRETANDO OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ...............68PROJETO CARTAZ DE VALORES ............................................................70

 A: ALEGRIA DO ESFORÇO .............................................................................71 Vivendo a alegria! ................................................................................................72“Corra pela alegria”: Kipchoge Keino – Quênia ...................................72Fique firme: Cecilia Tait – Peru .....................................................................72Paralímpicos em ação! .....................................................................................73Boas jogadas .........................................................................................................74Escolha um esporte ...........................................................................................76Corpo e imagem: seu plano de exercícios ............................................78Raízes e ritos: a cultura do esporte .............................................................79Eventos esportivos na Grécia Antiga: experimente ..........................81

B: JOGO LIMPO ...................................................................................................82 Vivendo o jogo limpo! ........................................................................................83Jogo limpo na corrida de bobsled: Eugenio Monti – Itália ............83Obrigado pelo bastão de esqui!Bjørnar Håkensmoen – Noruega ..............................................................83

Acima Competição deDesenho Internacional,1985: Artista – ElenaBarbu (12 anos), daRomênia.

OS CINCO VALORES

EDUCATIVOS DOOLIMPISMO

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

65

Jogo limpo em alto-mar: Lawrence Lemieux – Canadá ..............84Parece com, soa como, cheira a, tem gosto de ..............................86O que é jogo limpo? ............................................................................................87Invente um jogo limpo .......................................................................................88 A regra de ouro .....................................................................................................89Jogo limpo: projeto de feira ...........................................................................90

C: RESPEITO PELOS OUTROS ......................................................................91 Vivendo o respeito! .............................................................................................92Preto e branco nos Jogos Olímpicos – Amigos para Sempre: Luz Long – Alemanha – e Jesse Owens – EUA .............92

“Eu tenho um sonho”: Martin Luther King ............................................93 A paz começa comigo ....................................................................................94Direitos humanos: o alfabeto para o respeito e a aceitação ...... 95Meus direitos = Minhas responsabilidades ...........................................96Direitos humanos: dramatizações .............................................................97 Tempo esgotado! ...............................................................................................98Dias felizes ............................................................................................................100

D: BUSCA PELA EXCELÊNCIA  ...................................................................101 Vivendo a excelência! ....................................................................................102Conheça a atleta chinesa do século:Deng Yaping – China .....................................................................................102“O futebol é minha vida”: Roger Milla – Camarões ........................103 A história de dois atletas:Liz Hartel e Jubilee – Dinamarca .............................................................104 Você sabe sonhar? .........................................................................................105Fazendo o meu melhor.................................................................................106 Anjos ou demônios: fazendo escolhas difíceis ...............................108 Você é um campeão! ....................................................................................109Palavras de inspiração .....................................................................................110“Eu vou terminar a corrida!”: John Akhwari – Tanzânia .................111

E: EQUILÍBRIO ENTRE CORPO, VONTADE E MENTE ....................112Planejando o equilíbrio no ambiente de ensino .................................113 Vivendo o equilíbrio! ...........................................................................................114Graça sob pressão: Michelle Kwan – EUA .........................................114Quando a vontade prevalece: Shun Fujimoto – Japão ...............116 Aprenda através da atividade ....................................................................117Corpo, mente e espírito na Grécia Antiga  ............................................118Ganhar e perder: o que é importante .....................................................119Palavras sábias ..................................................................................................120

Muitas culturas, muitos alunos, muitas inteligências ....................122

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INTRODUÇÃO

66 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

O FOCO DESTE MATERIAL DIDÁTICO É ENSINAR OS VALORES EDUCATIVOS DO OLIMPISMO. ESTE CAPÍTULO TRAZ ATIVIDADES DE ENSINO PARA CADA UMA DAS CINCO ÁREAS DE VALORES OLÍMPICOS, COM ESTRATÉGIASEDUCACIONAIS QUE BUSCAM INCENTIVAR OS JOVENS A DESENVOLVEREM E PRATICAREM ATITUDES CONDIZENTESCOM ESSES VALORES.

4

OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

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“AGREGAR SENTIDOE SIGNIFICADO AONOVO APRENDIZADOSÓ OCORRE QUANDOO ALUNO TEM TEMPOSUFICIENTE PARAPROCESSAR E ASSIMILAR A INFORMAÇÃO.

ESSE CONTÍNUOPROCESSO É CHAMADODE ENSAIO E É UMCOMPONENTE CRÍTICONA TRANSFERÊNCIADA INFORMAÇÃO DAMEMÓRIA FUNCIONALPARA A DE LONGOPRAZO [...] NÃO HÁQUASE APRENDIZAGEMEFETIVA A LONGO PRAZOSEM UM ENSAIO.”1

(SOUSA, 2003).

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

67

Se jogo limpo, respeito e buscapela excelência são comporta-mentos desejáveis e considera-

dos o coração do espírito olímpico, é pre-ciso oferecer oportunidades para que os

 jovens “ensaiem” esses comportamentos.As atividades nesta seção foram concebi-das para proporcionar essas oportunidades,

com exercícios desenvolvidos para alunos dediferentes segmentos de ensino.Professores e instrutores saberão usar ou

adaptar os materiais. Podem optar por usaressas informações ou atividades para apoiarou enriquecer seus programas de ensino, oupor utilizar todo o livro como um curso deeducação olímpica.

A inserção das atividades do livro no ensinode algumas matérias do currículo escolar ofe-rece a oportunidade de culminar o programaem uma celebração do “Dia Olímpico” com aparticipação de toda a escola ou comunidade.(Para uma descrição de como planejar um DiaOlímpico, ver Capítulo 5, p. 126.)

O pensamento ético grego nos ajudaa entender a filosofia que norteia o Mo-vimento Olímpico moderno, e também noscapacita a traçar paralelos com os ensina-mentos éticos de outras culturas. Os JogosOlímpicos e outros festivais gregos e com-petições atléticas apresentavam, também,poesia, teatro e competições musicais. Ca-da festival era dedicado a um dos gran-des deuses ou deusas da Grécia Antiga.Por exemplo, o festival em Olímpia eradedicado a Zeus; o de Delphi, a Apolo; ode Éfeso, à Afrodite.

Nos festivais, os gregos reforçavam sua

identidade cultural e os princípios que nor-teavam sua vida ética. As competiçõesatléticas celebravam o corpo humano e aemoção. Com a poesia épica e lírica, expres-savam suas emoções e idealizavam seus he-róis. No teatro, os gregos representavam osdilemas éticos de suas vidas. Esses dilemase problemas não diferem dos vividos pelaspessoas do mundo atual.

Quanto ao ensino dos valores, podemosaprender com os métodos dos Gregos Anti-gos. Nossa experiência no esporte olímpiconos faz ver que as listas de regras e princí-pios gerais não garantem o bom comporta-

mento. Os métodos de ensino contidos nestelivro enfatizam a contação de histórias, o de-bate, a dramatização, a poesia, a música ea dança que também eram importantes natransmissão de valores na Grécia clássica.

À esquerda MuseuOlímpico de Lausanne,na Suíça: Oficina paraCrianças “Vestir-secomo os gregosantigos”. Veja estespenteados!

Abaixo Olímpia Antiga: A arcada que conduziaao estádio.

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

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1 Sousa, D. How the GiftedBrain Learns. Thousand Oaks,CA: Corwin Press, 2003, p.27-28.

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68 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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OS

CINCO VALORESE

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 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOS

Princípios são ideias, valores, tipos de com-portamento e modos de fazer as coisas quesão importantes para um povo ou uma cul-tura. Que valores e comportamentos são im-portantes para a família e comunidade devocês? Relacionem até três valores ou tiposde comportamento cada e, em seguida, dis-cutam suas escolhas com o resto da classe.

 ATIVIDADE EM GRUPOAqui estão algumas das ideias mais impor-tantes dos Princípios Fundamentais. Escrevaas perguntas no quadro-negro, peça para osalunos as responderem em seus cadernos edepois discutirem em grupo.

 Quais os valores  que fundamentam oOlimpismo? Olimpismo é uma filosofia de vida... Que ideias ou valores são importantes nasua filosofia de vida? Pierre de Coubertin, criador dos Jogos Olím-picos modernos, disse que a participação noesporte ajuda os jovens a desenvolver umequilíbrio entre corpo, vontade e mente.• Como desenvolver as habilidades de seu

corpo? Por que você deve desenvolveressas habilidades?

• Como desenvolver as habilidades de suamente? Por que você deve desenvolver

essas habilidades?• Desenvolver a sua vontade 

significa que você se esforçapara fazer o melhor, apesar dasdificuldades. Como atletas olím-picos mostram que têm força devontade? Cite alguns atletas ouexemplos de pessoas em nosso paísque demonstram grande força devontade. Conte suas histórias.

 Outras palavras importantes no PrincípioFundamental nº 1 são: alegria, esforço,bom exemplo e princípios éticos.• Cite alguns atletas que você sabe ter

essas qualidades? Como eles de-monstram essas qualidades?•Os atletas devem dar um “bom exemplo”

por meio de seu comportamento? Sim ounão? Por quê?

 A prática do esporte é um direito hu-mano. Todos os indivíduos devem ter

a possibilidade de praticar um esporte,sem discriminação de qualquer tipo...•O que é um direito humano? Você

concorda que o esporte é um direitohumano? Sim ou não? Por quê?

• Em alguns lugares, certas pessoas nãopodem ou não são capazes de par-ticipar de atividades esportivas. Quaisos tipos de barreiras que impedem aparticipação?

• Há muitos outros direitos humanos. Quaisdeles você conhece? Quem decide o queé ou não um direito humano?

• Escreva uma carta de direitos huma-nos para as pessoas da sua comu-nidade, clube ou escola, defendendoo direito de toda criança, jovem ouadulto ao esporte.

 Compreensão mútua e amizade são duasideias importantes do Princípio Fundamen-

tal nº 4. Para fazer amizade com alguém,você deve compreender essa pessoa.

• Você pode ser amigo de pessoas quesão diferentes de você? Como desen-volver essa amizade?

• Como a participação no esporte ajuda acompreender outras pessoas?

• Como e onde os atletas olímpicosdesenvolvem uma compreensão daspessoas de outros países?

 Os atletas que mostram  jogo limpo  se-guem as regras do esporte. Mas o “espíritodo jogo limpo” não se restringe ao cumpri-mento estrito de regras.• Como os atletas demonstram o “espírito

do jogo limpo” em um esporte ou duran-te um jogo?

• Como você pratica o “jogo limpo” nocotidiano?

INTERPRETANDO OSPRINCÍPIOSFUNDAMENTAISUTILIZE OS EXERCÍCIOS DESTA ATIVIDADE PARA AJUDAR OS ALUNOS A COMPREENDER O SIGNIFICADO DAS IDEIASMAIS IMPORTANTES DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS. [VIDE “PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS”, P. 12]

Abaixo Atenas, 2004:Jade North (AUS) (àesquerda) felicitaMariano Gonzalez(ARG) após a vitóriada Argentina duranteo torneio olímpico defutebol em 2004.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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SUGESTÃODE ATIVIDADES

Peça aos alunos para descreverem os prin-cípios olímpicos em seus cadernos com aspróprias palavras.

1Em seguida, peça que formem grupos edesenvolvam um conjunto de princípiosfundamentais ou ideais para a sua escolaou organização.

2Esses princípios podem ser apresentados emcartazes para toda a classe, sendo expostosposteriormente nos corredores da escola.

3

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Abaixo Rio de Janeiro,2011: Crianças decomunidades carentes

 jogam vôlei com ocampeão olímpicoNalbert.

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 A. ALEGRIA DO ESFORÇOOs jovens desenvolvem e praticam habilidades físicas, comportamentais e intelectuaisquando desafiam uns aos outros em atividades físicas e motoras, em jogos e no esporte.

B. JOGO LIMPOJogo limpo é um conceito do esporte aplicado em todo o mundo de diferentesmaneiras. Aprender a jogar limpo no esporte pode desenvolver o jogo limpo nacomunidade e na vida.

C. RESPEITO PELOS OUTROSQuando os jovens que vivem em um mundo multicultural aprendem a aceitar e respei-tar a diversidade, e praticam um comportamento pessoal pacífico, promovem a paz e acompreensão internacional.

D. BUSCA PELA EXCELÊNCIA 

A busca pela excelência pode ajudar os jovens a fazer escolhas positivas e saudáveis ea procurar ser o melhor em tudo que fazem.

E. EQUILÍBRIO ENTRE CORPO, VONTADE E MENTE

O aprendizado ocorre em todo o corpo, não apenas na mente, e a aprendizagem físicapor meio do movimento contribui para o desenvolvimento tanto intelectual quanto moral.

70 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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OS

CINCO VALORESE

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OLIMPIS

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 ATIVIDADES Interprete oralmente com os alunosos cinco valores, exemplificando com

pessoas ou ações que representam ouilustram cada um deles.

 Peça aos alunos para fazerem cartazesque comuniquem ou ilustrem o significadodos valores olímpicos. Eles podem serexpostos em murais na sala de aula.

 Solicite aos alunos que escrevam umaredação sobre o tema: “Os valores olímpi-cos em minha vida.”

PROJETOCARTAZ DE VALORESCINCO VALORES RELACIONADOS A ATITUDES E COMPORTAMENTOS INDIVIDUAIS OU PESSOAIS FORAMIDENTIFICADOS PARA DESENVOLVER ESTE MATERIAL DIDÁTICO. ESSES VALORES SÃO DESCRITOS ABAIXO.

Abaixo Rio de Janeiro,2011: Criançasformam os arosolímpicos durantea Semana Olímpicapromovida pelo ComitêOlímpico Brasileiro.

Ética e cidadania

Ética e cidadania

Ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

CRIANÇAS E ATIVIDADEFÍSICA 

 As crianças são naturalmente ativas. Àmedida que envelhecem, tal propensãotende a diminuir. A maior queda na prá-tica de atividades ocorre na adolescência,especialmente entre as meninas e mulhe-res jovens. Os jovens precisam de motiva-ção, de diferentes incentivos e atividades,

e de uma sensação clara de progresso. As crianças crescem em diferentes velo-cidades conforme a idade, e em algumasfases se sentem desajeitadas. As ativi-dades esportivas precisam ser adaptadase adequadas à faixa etária, habilidade ecapacidade de aprendizagem dos alunos. Embora nunca seja tarde para aprender,muitas, senão a maioria das habilidadesmotoras utilizadas no esporte e recrea-ção por adultos, são aprendidas no inícioda vida. Programas de educação física eesportiva devem ser prioridade nos currí-culos escolares e na vida em comunidade.

 Inclua música onde for adequado. Músicaestimula a atividade e ilumina o espírito. Faça conexão entre os programas de edu-cação física da escola com os dos clubesesportivos e os da comunidade.

“TODO SER HUMANOTEM O DIREITOFUNDAMENTAL DE

 ACESSO À EDUCAÇÃOFÍSICA E AO ESPORTE,QUE SÃO ESSENCIAIS AO DESENVOLVIMENTOINTEGRAL DA SUAPERSONALIDADE. A LIBERDADE DESE DESENVOLVERFÍSICA, INTELECTUALE MORALMENTE PORMEIO DA EDUCAÇÃOFÍSICA E DOESPORTE DEVE SER ASSEGURADA TANTODENTRO DO SISTEMA

EDUCACIONAL QUANTOEM OUTROS ASPECTOSDA VIDA SOCIAL [...]”(CARTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA EESPORTE DA UNESCO, 1978)

 A: ALEGRIA  DO ESFORÇO

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  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

71

OS JOVENS DESENVOLVEM E PRATICAM HABILIDADES COMPORTAMENTAIS, INTELECTUAIS E FÍSICAS, DESAFIANDO ASI MESMOS E AOS OUTROS EM ATIVIDADES FÍSICAS E DE MOVIMENTO, EM JOGOS E ESPORTES.

“SE AS CRIANÇASNÃO TIVEREM CERTAESPONTANEIDADE

OU GOSTO POREXERCÍCIOS, EMOUTRAS PALAVRAS, SEFOREM OBRIGADAS,COM CERTEZA TERÃOLEMBRANÇAS RUINSDA EXPERIÊNCIA,UM SENTIMENTO DERANCOR E ANTIPATIA.GOSTARÍAMOS QUE APRECIASSEM OESPORTE.”3

(PIERRE DE COUBERTIN)

“A EDUCAÇÃOOLÍMPICA [...] BASEIA--SE NO ESPORTE OU

NA EDUCAÇÃO FÍSICAE ESTÁ RELACIONADA AO DESENVOLVIMENTODE VALORES. ESSE ASPECTO AJUDA ADESENVOLVER OCARÁTER E A FAZERDA SOCIEDADE UMLUGAR MELHOR.”2

(GESSMAN, R.)

2 Gessman, R. “Olympischesmenschenbild Andschulische Sportdidaktik”, In Olympische Erziehung. Sankt Augustin: Academiaverlag, 2004, p. 16. Trans. porD. Binder.3 Müller, N. (ed.). Pierre de Coubertin: Olympism, Selected Writings. Lausanne: COI, 2000, p. 74.4 Adaptado de Rodrigues, S. (ed.). Canadian Sport For Life: Long-Term Athlete Development. Centro Canadense de Esportes, 2005, p. 15.

CICLO DE UMA VIDAFISICAMENTE ATIVA 4

Esporte organizado edesempenho no pódio

Recreação eparticipação vitalícia

Esporte escolar eeducação física

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72 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSVocê já conheceu alguém famoso ou leu so-bre um atleta famoso? Por que ele é famo-so? O que essa pessoa teve de fazer paraser tão bem-sucedida? Você concorda coma ideia de que atletas demonstram não só“alegria” mas também “dignidade”, respeitopor si e pelos outros?

LEIA PARA O GRUPOCorra pela alegria:Kipchoge Keino – QuêniaNo alto das colinas do Quênia, um jovemaldeão pastoreava os animais domésticos.Seguindo o exemplo de seu pai, começou atreinar como corredor de longa distância. Asmontanhas do Quênia prepararam-no bempara as competições em altitude. Em meadosda década de 1960, Ezequias Kipchoge Keino(Kip) trabalhava como policial, mas tambémliderava uma “revolução” no esporte quenia-no ao vencer corridas e bater recordes. Em1968, nos Jogos Olímpicos da Cidade do Mé-xico, Keino tinha grandes chances de vencer,porque essa cidade, por estar acima do níveldo mar, possui ar mais rarefeito. Muitos atle-tas tiveram dificuldade em respirar. Mas nãoKip Keino e os outros corredores do Quênia.Eles haviam crescido e treinado nas terras al-tas de seu país.

No dia da corrida dos 10.000m, Keino esta-va sofrendo com dores muito fortes na barrigapor causa de uma infecção na vesícula biliar.Embora estivesse na pista entre os líderes dacompetição, a dor era intensa demais. Keinose dobrou e caiu fora da pista, sendo desclas-sificado. Ele desistiu e voltou para casa? De

 jeito nenhum! Quatro dias depois, ele ganhou

uma medalha de prata nos 5.000m e depoisuma de ouro nos 1.500m.

Nos Jogos Olímpicos seguintes, de 1972,em Munique, na Alemanha, ainda apaixonadopor seu esporte, Keino decidiu tentar a corridade obstáculos. Essa modalidade consiste emuma corrida de 3.000m cheia de barreiras. Oscorredores correm por valas cheias de água esaltando por muitos obstáculos. Keino já tinha28 anos, e não havia participado de muitascorridas como essa. Apesar de sua idade einexperiência, ganhou a medalha de ouro.Outro jovem queniano conquistou a de prata.

Keino manteve a sua paixão pelo esporte e

pela prosperidade de seu país. Ele e sua es-posa Phyllis tiveram sete filhos e abriram umacasa para crianças órfãs. Como presidente doComitê Olímpico Nacional do Quênia, Keinoteve a oportunidade de transmitir sua paixão

pelo esporte para uma nova geração de atle-tas quenianos. Hoje, ele é membro do COI eum educador realizado.

DISCUTA COM O GRUPO Quais qualidades pessoais e valores deKipchoge Keino o ajudaram a se tornarum grande atleta? Como Keino vivenciou esses valores nocotidiano, antes e depois de ter ganho

medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos?

LEIA PARA O GRUPOFique firme: Cecilia Tait 5 – PeruCecilia foi criada em um barraco de um cô-modo, em uma favela na periferia de Lima.Não havia eletricidade ou encanamento, mastinha uma quadra de vôlei improvisada aolado da porta de sua casa. Isso foi a sorte deCecilia Tait, que aos 14 anos era “muito altapara uma menina”, com quase 1,80m.

Ao se destacar como ponteira no voleibol,Cecilia pegou o tênis do irmão emprestado parafazer um teste na equipe de um clube. De lá,foi escalada para a equipe nacional, mas emseu dia a dia apenas carregava as bolas e bus-cava água. Um dia, uma atacante destra torceuo tornozelo durante uma partida com a UniãoSoviética. Foi quando o treinador gritou paraCecilia, “Ei, você!” Ele não sabia sequer o nomedela, muito menos que era canhota. Cecilia,porém, se desempenhou com tanta coragem– “Tudo adrenalina”, ela recorda – que o Peruganhou. Uma nova “Zurda de Oro”, Canhota deOuro, foi lançada. Cecilia tinha 16 anos.

Ela jogou profissionalmente no Japão, na

Itália e no Brasil. Mas em 1988, aos 26 anos,voltou ao seu país para liderar a equipe pe-ruana até os Jogos Olímpicos de Seul. Naépoca, o Peru estava devastado pela guerracivil, mas à medida que sua equipe avança-va, todas as facções baixaram suas armaspara assistir aos Jogos. O país se uniu pelaprimeira vez em uma década.

O Peru perdeu o ouro, mas ganhou a prata, eCecilia se tornou uma heroína nacional. O can-didato à presidência, Mário Vargas Llosa, tentouatraí-la para a política, mas nessa época elaestava mais interessada em praticar esportes.Pouco tempo depois, porém, Cecilia machucou

o joelho: “Minha dieta quando criança foi insufi-ciente para construir um corpo forte de verdade.”Cecilia foi à Alemanha para se submeter a

uma cirurgia. Voltou ao Peru em 1996, e, comseu próprio dinheiro, montou um programa de

vôlei para meninas, atravessando as favelasgritando “Qualquer uma que queira mudar suavida, venha aqui!” Logo ela estava treinando800 meninas. Mas outras também precisavamde atenção, por isso Cecília procurou o gover-no para obter financiamento. Este, porém, lhefoi negado, fazendo com que Cecilia, finalmen-te, decidisse concorrer a um cargo público.

Em 2000, ingressou na campanha eleito-ral do candidato “populista” Alejandro Tole-

do, sendo eleita com um grande número devotos. Enquanto estava no cargo, deu à luzsua segunda filha. “Trabalhei até o dia emque ela nasceu”, diz. “Um dos benefícios doesporte!”

A missão de Cecilia no Congresso, ondeela é uma das 20 mulheres entre 120 con-gressistas homens, é estender esses bene-fícios a todo o mundo. Ela trabalhou paratransformar a Diretoria de Esportes da Ju-ventude em um ministério e pressionou paraque todas as escolas de Ensino Fundamen-tal tivessem professores de educação física.Seu objetivo é “mudar a visão das pessoasem situação de pobreza. O esporte constrói ocaráter, a esperança, a dignidade”.

DISCUTA COM O GRUPO Por que vocês acham que a Cecília Tait dizque “o esporte constrói o caráter, a espe-rança, a dignidade”? Que outras atividades ajudam a construircaráter, esperança e dignidade? Que atividades cotidianas vocês vivenciamcom caráter, esperança e dignidade?

Abaixo Cecilia Tait(PER) recebe o “TroféuMulheres no Esporte”do COI em 2003, dopresidente JacquesRogge e do membroIvan Dibos (PER).

 VIVENDO  A ALEGRIA!ESTAS HISTÓRIAS CELEBRAM AS CONQUISTAS OLÍMPICAS DE ATLETAS EXTRAORDINÁRIOS. UTILIZE-AS PARA AJUDAROS ALUNOS A IDENTIFICAR AS QUALIDADES QUE CARACTERIZAM AS PESSOAS QUE TÊM PAIXÃO PELO ESPORTE.

5 Shorr, V. “Peru: ficandoFirme”. Ms. Magazine, verão,2004. Disponível em: <http:// www.msmagazine.com/sum- mer2004/peruceciliatate.asp>.Acesso em: 15 out. 2011.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

* História, Geografia, Sociologia (EM)

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

DISCUTA COM O GRUPO Que qualidades e valores do MovimentoParalímpico seus atletas representam?

 Como suas ações ajudam outras pes-soas que vivem com uma deficiência?

SUGESTÃO DE ATIVIDADES

 Peça aos alunos que pesquisem sobre dife-rentes tecnologias que tornam possível aesses atletas competir no esporte.

 Em grupo, peça aos alunos que desenheme construam um equipamento para ajudaralguém que tenha uma deficiência na es-cola ou comunidade deles.

No sentido horário, parte superiorà esquerda: 1 Jogos Paralímpicosde Sidney, 2000: Paul Schelte (EUA)arremessa durante o basquete masculinode cadeira de rodas.2 Jogos Paralímpicos de Atenas, 2004: BinHou, da China, ganha a medalha de ourono salto em altura F42.3 Jogos Paralímpicos de Sidney, 2000:Greg Smith, da Austrália, comemora após

vencer os 5000m T52 masculino.4 Jogos Paralímpicos de Inverno emTurim, 2006: Martin Braxenthaler, da

 Alemanha, comemora na linha de chegadado slalom sentado masculino.

PARALÍMPICOSEM AÇÃO!

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

73

NESTA PÁGINA, HÁ FOTOS DE ATLETAS PARALÍMPICOS COMPETINDO. AJUDE OS ALUNOS A IDENTIFICARCARACTERÍSTICAS DE EVENTOS PARALÍMPICOS, RELACIONANDO UM CONJUNTO DE PERGUNTAS SOBRE COMO ESSE TIPO DE EVENTO É ORGANIZADO. EM SEGUIDA, BUSQUE VÍDEOS E FOTOS QUE DEMONSTREM A SUPERAÇÃO DOSOBSTÁCULOS. SE POSSÍVEL, CONVIDE UM ATLETA PARALÍMPICO PARA VIR À SUA ESCOLA RESPONDER ÀS PERGUNTAS.

2

4

Ética e cidadania

Ética e cidadania

Ética e cidadania3

21

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74 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

4

OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

Escreva as frases abaixo no quadro-negro e peça para os alunos completarem, no caderno ou em folhasavulsas, com o nome de duas atividades físicas que gostariam de fazer para cada uma das frases. Avise queas atividades podem ser as mesmas em diferentes frases.

1  Atividades que eu gosto e posso fazer sozinho.2  Atividades que eu gosto e posso fazer com outras pessoas.

3  Atividades que eu gosto e posso fazer dentro de casa.4  Atividades que eu gosto e posso fazer fora de casa.5  Atividades que eu gosto e que me ajudam a relaxar.6  Atividades que eu gosto e posso fazer na escola.7  Atividades que eu gosto e posso fazer e que não são caras.8  Atividades que eu gosto e que são silenciosas.9  Atividades que eu gosto e posso cooperar com outras pessoas.10  Atividades que eu gosto e posso competir contra outras pessoas.11  Atividades com música que eu gosto.12  Atividades que eu gosto e que são barulhentas.

BOAS JOGADAS

USE ESTA ATIVIDADE PARA AJUDAR OS ALUNOS A IDENTIFICAREM QUE ATIVIDADE FÍSICA OUESPORTE PREFEREM.

Pluralidade cultural,saúde

Abaixo Munique,1972: O vencedordos 3.000m comobstáculos, KipchogeKeino (KEN).

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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SUGESTÃODE ATIVIDADES

Transforme o exercício “Boas jogadas”, da pá-gina anterior, em um jogo. Trabalhe esta ativi-dade em grupo. Siga as instruções abaixo:

A. Escreva cada frase em uma pequenatira de papel.B. Ponha as tiras em uma caixa (ou cha-péu, ou pote).C. Divida a sala em grupos.D. Peça para um representante de cadagrupo retirar duas frases do pote.E. Peça aos grupos que façam uma lista detodas as atividades que, na opinião deles, seencaixam na descrição da frase.F. Agora eles devem criar um quadro parafazer um painel na parede da sala de aulacom todas as atividades que sugeriram. Elespodem usar fotografias ou desenhos parailustrar o painel de “Atividades Físicas”.G. Faça uma votação na sala para elegeruma dentre todas as atividades relacionadaspara a classe praticar junta.H. Peça a cada um que escreva uma redaçãosobre o que gostou e não gostou da atividadepraticada em equipe.

1

Pluralidade cultural,saúde

À direita João

Pessoa, 2011: Jovensatletas disputam umapartida de basquetenas OlimpíadasEscolares.

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76 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

Oralmente, peça aos alunos para relacionarem modalidades esportivas...

...que precisam de gelo (como o esqui, a patinação, o biatlo e o hóquei)

...que acontecem em uma encosta nevada (como o luge e o esqui)

...que são jogadas com uma bola (como o vôlei, o basquete, o tênis de mesa e o futebol)

...que usam barcos (como o remo, a canoagem e a vela)

...em que os cavalos também são atletas (como o pentatlo moderno e o hipismo)

...em que atletas atiram em um alvo (como o tiro com arco, o biatlo e o tiro)

...em que é preciso correr, saltar e lançar (como o atletismo e o basquete)

...em que os atletas fazem voltas e mais voltas em barras e anéis (como a ginástica)

...que envolvem combate corporal (como a luta e o boxe)

À esquerda Ospictogramas dos JogosOlímpicos Pequim2008 unem o encanto

das inscrições emobjetos de ossos ebronze da China Antigacom um grafismosimples e moderno.

ESCOLHA  UM ESPORTEUSE ESTA ATIVIDADE PARA AJUDAR OS ALUNOS A PENSAR SOBRE OS DIFERENTES ESPORTES.

Pluralidade cultural,

saúde

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

77

SUGESTÃODE ATIVIDADES

Faça com seus alunos uma lista dos espor-tes e jogos mais tradicionais de seu país.Tente identificar com o grupo quais espor-tes usam bola, quais precisam de barcos,

quais são lutas etc.

1

Pictogramas são símbolos que representamum objeto ou conceito por meio de um de-senho figurativo. Na página anterior e nesta,estão exemplos de pictogramas de esportespraticados em diferentes Jogos Olímpicos.Explique este conceito aos alunos, e peçapara eles pesquisarem diferentes pictogra-mas com os quais lidam no dia a dia.

2

Peça aos alunos para relacionarem dois es-portes que são jogados em seu país, estadoou cidade, mas que não sejam esportes olím-picos, e, em seguida, que desenvolvam, indivi-

dualmente, pictogramas para representá-los.

3

Peça a cada aluno que escolha um esportedo qual gostaria de participar, e tente entre-vistar um atleta daquele esporte, buscandodescobrir como começar a praticá-lo.

4

Abaixo Os lindospictogramas esportivosde Turim, 2006.

a b c d e

f g h i j

k l m n o

Pluralidade cultural Pluralidade cultural

Pluralidade cultural

Pluralidade cultural

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78 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

4

OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSNossos corpos são feitos para se mover.O que vocês acham que isso significa?

Vocês estão fisicamente bem? Como vo-cês sabem?

LEIA PARA O GRUPOComponentes da aptidão físicaCapacidade cardiorrespiratória – O co-ração e os pulmões são músculos, e traba-lham muito melhor quando são muito exer-citados. Eles são capazes de bombear maisoxigênio para todas as outras partes do cor-po quando estão em “boa forma”. Quandoo coração e os pulmões funcionam bem, asoutras partes do corpo funcionam melhor.Força muscular – Força muscular é a ca-pacidade de estender ou movimentar o pró-prio corpo ou um objeto (por exemplo: chutaruma bola ou saltar).Resistência muscular – Resistência mus-cular é o tempo máximo que um indivíduopode repetidamente movimentar seu corpoou mover um objeto.

 CORPO E IMAGEM: SEU PLANO DEEXERCÍCIOSUSE ESTA ATIVIDADE PARA AJUDAR OS ALUNOS A ENTENDER O QUE CONTRIBUI PARA QUEDESENVOLVAM A HABILIDADE FÍSICA E COMEÇAREM ASSIM A PLANEJAR UM PROGRAMA DEEXERCÍCIOS PARA ATINGIREM SUAS METAS.

À esquerda LakePlacid, 2005: Lea Ann

Parsley, membro daequipe americana deskeleton olímpico, seaquece antes de iniciarseu treinamento.

Flexibilidade – Flexibilidade é a capacidadede alongar, curvar e torcer os diferentes mús-culos e articulações do corpo.Composição corporal – Composição

corporal é do que nosso corpo é feito. Agordura compreende os tecidos embaixoda pele, dentro dos músculos e em tor-no dos órgãos. Precisamos de gordura,pois ela nos dá energia, mantém o corpoaquecido e protege os órgãos. Muita oupouca gordura pode dificultar a execuçãode atividades físicas e levar a problemasde saúde.Diversão  – O riso é um bom remédio.Substâncias químicas produzidas pelo cor-po durante os momentos de riso, de alegriae de atividade física podem nos fazer sentirmais felizes, reduzir a tensão e nos ajudar aser mais saudáveis.

SUGESTÃO DE ATIVIDADEEscreva as frases abaixo no quadro-negro,e peça aos alunos para as copiarem emseus cadernos e completarem com ositens relacionados.

Saúde, ética ecidadania

* Ciências (EFII) ou Biologia (EM)

Se eu nadar  todos os dias, vou melhorarmeu/minhaSe eu fizer caminhadas todos os dias, voumelhorar meu/minha

Se eu pular corda todos os dias, vou melho-rar meu/minhaSe eu jogar futebol todos os dias, vou me-lhorar meu/minhaSe eu  jogar basquete  todos os dias, voumelhorar meu/minhaSe eu jogar vôlei todos os dias, vou melho-rar meu/minha

A Força do coração e do pulmãoB Força muscularC Resistência muscularD FlexibilidadeE Composição corporalF Diversão

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSQuais esportes tiveram seu início nos primór-dios da história de nosso país? Quem pra-

ticava esses esportes? Quando? Que equi-pamentos usavam? Como eram escolhidosos vencedores? Como os vencedores eramrecompensados?

LEIA PARA O GRUPOCorrida, salto, arremesso e luta livre são qua-tro atividades que sempre existiram em to-das as sociedades humanas. Antes de seremdenominados “esportes”, certos movimentostinham – e talvez ainda tenham – um signifi-cado que se relacionava a identidade cultural,rituais, guerra, política ou religião.

Os seres humanos, para se defender daagressão de outras pessoas ou de ataquesde animais predadores, criaram movimen-tos de fuga ou luta que são universais. Essesmovimentos aparecem em todas as socie-dades e se transformaram em ritos, jogos etambém em esportes. A necessidade de serforte e, se possível, mais forte do que o pre-dador ou o inimigo sempre foi de grandeimportância. Muitos meios de garantir a vi-tória têm sido desenvolvidos, tais como ar-mas e estimulantes com base em vegetaise rituais de magia.

EXEMPLOS DEESPORTES TRADICIONAIS

Nadaam  – O festival Nadaam, ou eriyngurvan nadaam, é o maior festival do anopara os mongóis. Normalmente ocorre em

 julho, tem a duração de três dias, e acon-tece em todas as regiões do país, desta-cando os melhores atletas na corrida acavalo, no tiro com arco e na luta livre, osesportes mais populares da Mongólia. Asmulheres participam dessas modalidades,exceto da luta livre.Capoeira – A capoeira também é um es-porte tradicional. Essa arte marcial afro--brasileira foi inventada séculos atrás,por escravos africanos no Brasil. Combi-

na dança, acrobacias e música com téc-nicas de luta. Os jogadores formam umaroda. Outros participantes, à margem daroda, se revezam tocando instrumentos.Todos cantam e aguardam uma chance

de entrar na roda. Dentro da roda, osmovimentos mais comuns são: estreli-nhas, bananeiras, giro sobre a cabeça,giro com as mãos, cambalhotas e saltos.

Não há contagem de pontos. Assim que o jogo flui, os jogadores iniciam uma sériede movimentos explosivos de dança nochão. Ao contrário de um esporte como oboxe, a capoeira não pretende machucarou ferir o adversário. Em vez disso, prio-riza as habilidades, fazendo movimentosprecisos e estilizados, e sentindo a mú-sica na roda.Sumô  – O sumô é um estilo japonês deluta livre e é o esporte nacional do Japão.Em sua origem, muito antiga, era umaapresentação para divertir os deuses xin-toístas. Muitos rituais com fundo religiososão seguidos até hoje. As regras básicasdo sumô são simples: o lutador que tocarprimeiro o chão com algo além da sola doseu pé, ou que deixar o ringue antes deseu adversário, perde. As lutas normal-mente duram apenas alguns segundos,e só em casos raros vão até um minutoou mais. A maioria dos lutadores de elitesão atletas altamente treinados, entre 20e 35 anos de idade. Além de se exercitar,os lutadores comem grandes quantida-des de alimentos e vão para a cama logoapós as refeições, para ganhar massa. Oslutadores vivem em moradias especiaispara praticantes de sumô, onde as regras

são muito rigorosas, especialmente paraaqueles com posições mais baixas noranking da modalidade.Kung fu  – O Kung fu é uma arte mar-cial da China. O nome, em chinês, éwushu, sendo que “wu” significa guerrae “shu” significa arte. Centenas de práti-cas diferentes existiram durante sua lon-ga história, mas algumas sequências demovimento, bem como os princípios fun-damentais de boa saúde, combate e de-monstrações públicas do próprio talento eda arte são comuns a todas elas.Esportes tradicionais da Polinésia 

– Atividades esportivas tradicionais queainda são praticadas na Polinésia incluemarremesso de lança (teka), corridas de ca-noa, luta livre, boxe (motora’a), tiro comarco e surfe.

Acima Mongólia,2005: os jovenscavaleiros chinesesda Mongólia em umacorrida durante ofestival de Naadam nosprados de GegentalSteppe, na Mongólia

Interior chinesa. Ocavalo campeão e seucavaleiro ganham umaminivan, e o segundolugar ganha uma moto.

 RAÍZES E RITOS:  ACULTURA DO ESPORTE

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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NESTA ATIVIDADE, OS ALUNOS SÃO CONVIDADOS A DEIXAR O ESTÁDIO OLÍMPICO E DESCOBRIR ESPORTES TRADICIONAIS QUE FAZEM PARTE DAS DIFERENTES TRADIÇÕES CULTURAIS DO MUNDO. MUITOS DESSESESPORTES CONTINUAM SENDO PRATICADOS.6

6 Adaptado de Chevalley, A.; Bouverat, M. Finding theRoots of Sport: Origins, Rites, Identities. Lausanne:COI, 2005.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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80 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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CINCO VALORESE

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OLIMPIS

MO

SUGESTÃODE ATIVIDADES

Peça aos alunos que escolham um espor-te tradicional de outra região do mundo epesquisem sobre ele. Você pode usar osexemplos dados nesta página e na anterior

como sugestão. Para orientá-los a realizar apesquisa, relacione no quadro-negro as per-guntas que podem servir como guias paraeles nesse estudo:

 Qual o esporte escolhido pelo grupo? Por quais razões? Onde o esporte é praticado? Quais são as raízes históricas do esporte? Quais são os eventos ou as habilidadesnecessárias para a prática do esporte? Quem pratica o esporte? Quais equipamentos, tecnologias ou á-reas de jogo especiais são necessáriosà prática do esporte? Quais são as recompensas para os ven-cedores? Que cerimônias especiais ou rituais acom-panham as competições esportivas? Quais são as diferenças entre como osesportes são jogados hoje e como eramno passado?

1

Diga aos alunos para tentarem realizar osmovimentos e aprender as habilidades ne-cessárias para competir no esporte que es-colheram. Em seguida, faça com a turmaum quadro com todos os esportes tradi-cionais escolhidos.

2

[IOC]

À esquerda Nanjing,Província de Jiangsu,Jogos Nacionais daChina, 2005: Luta livrede kung fu feminino.

Abaixo Dois lutadoresde sumô lutam pela

supremacia no esportenacional do Japão.

Pluralidade cultural,saúde, ética e cidadania

Pluralidade cultural,saúde, ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

 ANTES DE LER, PERGUNTE AOS ALUNOS:Vocês conhecem alguma situação cotidianaou fato histórico que inspirou a criação deuma modalidade olímpica?

LEIA PARA O GRUPOUm ano após a realização dos Jogos Olím-picos modernos, já eram organizados jogospara mulheres e meninas. Desde aquelaépoca, elas eram convidadas e incentivadasa participar. Antes de reunir sua turma, comhomens e mulheres, e experimentar algunsdos esportes dos Jogos Olímpicos da Anti-guidade, saiba mais sobre as histórias dealgumas dessas modalidades.

CORRIDA Os gregos antigos mediam a distância por es-tádios. Se um estádio mede aproximadamen-te 200m, em uma corrida de dois estádios oscorredores corriam um estádio, viravam-se ecorriam de volta para a linha de partida.

Já a maratona é chamada assim em ho-menagem ao local de uma famosa batalhagrega. Diz a lenda que os inimigos dos gregos,os persas, haviam jurado que, se ganhassemuma batalha que aconteceria em Marathó-nas, marchariam sobre Atenas e violariam asmulheres e sacrificariam seus filhos. Então osatenienses ordenaram a suas esposas paraque, caso não recebessem notícias da vitóriaem 24h, matassem seus filhos e se suicidas-sem. Eles venceram a batalha, porém, ela du-rou mais do que esperavam. O soldado maisrápido teve então de correr 42 quilômetrosdesde o campo de batalha até Atenas paralevar a notícia da vitória. Logo em seguida,morreu devido à exaustão.

ATIVIDADESExperimente com sua turma uma maratonaorganizando um dia de corrida de 1 a 2kmem torno de sua escola ou comunidade, oumesmo fazendo idas e voltas na quadra ou nopátio de sua escola.

Importante: Diga aos alunos para se prepa-rarem para esse dia correndo distâncias maiscurtas regularmente. Lembre-os que, em umacorrida mais longa, eles precisam diminuir oritmo para conseguir chegar ao fim.Seu estado, cidade ou comunidade tem

um evento especial de corrida? Experimen-te se inscrever e participar!

SALTO EM DISTÂNCIA Na Grécia Antiga, os atletas competiam nosalto em distância usando pesos de mãopara ajudá-los a aumentar com o impulsoa distância do salto.ATIVIDADESBrinque com seus alunos de saltar segu-rando um peso em cada mão. Oriente-osa balançar os braços quando eles saltaremsobre um tapete ou uma caixa de areia.Compare as distâncias que cada um podesaltar usando diferentes técnicas de impul-so, com os braços, com e sem pesos.

 Seu estado, cidade ou comunidade temeventos de salto? Tente participar deles!

 ARREMESSO DE LANÇAE DISCONa Grécia Antiga, arremessos de lança(dardo) e de disco eram necessários nas

batalhas. Na verdade, muitos dos esportessurgiram do treinamento de habilidades ne-cessárias aos soldados na guerra.

ATIVIDADESOriente seus alunos para tentarem juntosum arremesso de algum objeto específico.Pode ser bola, aro ou um disco. Mostre ar-remessos usando diferentes posições cor-porais, jogando parado e em movimento, ecompare os resultados.

 O seu estado, cidade ou comunidade(país) tradicionalmente pratica o arre-messo? Experimente!

Abaixo Atenas, 2004:Mizuki Noguchi (JAP)(à direita) lidera ogrupo durante amaratona feminina,enquanto passamcorrendo por umaestátua de um soldadoda Grécia Antiga quecorreu 42 quilômetrospara entregar a notíciade uma batalhavitoriosa.

EVENTOS DE ATLETISMO NA GRÉCIA ANTIGA:EXPERIMENTE

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   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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USE ESTA ATIVIDADE PARA INCENTIVAR SEUS ALUNOS A EXPERIMENTAR ATIVIDADES ESPORTIVAS DIFERENTES EPARA MOSTRAR QUE CULTURAS DISTINTAS TÊM ATIVIDADES E TRADIÇÕES ATLÉTICAS E ESPORTIVAS DIVERSAS.

Pluralidade cultural,saúde, ética e cidadania

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82 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

4

OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

Tradicionalmente, jogo limpo é umaexpressão relacionada com espor-

te que significa jogar segundo asregras. Árbitros e oficiais interpretavam eaplicavam as regras por meio de penas epunições. Jogo limpo hoje tem um signifi-cado que vai além do esporte e de simples-mente obedecer às regras. É difícil definir o“espírito do jogo limpo”, no entanto, é fácilidentificá-lo como, por exemplo, o gesto deapertar a mão entre adversários ao final deum jogo. A expressão “jogo limpo” tornou--se tão popular que quase todos os paí-ses desenvolveram um equivalente em suaprópria língua. Embora tenha se originado

Abaixo Atenas, 2004:Uma bandeira do jogo

limpo é apresentadaantes da partidado Grupo F entre a

 Alemanha e o Méxicodurante o torneio defutebol olímpicode 2004.

B: JOGO LIMPOJOGO LIMPO É UMA EXPRESSÃO DO ESPORTE, MAS, HOJE EM DIA, É USADA EM TODO O MUNDO DE MUITASMANEIRAS. APRENDER A JOGAR LIMPO NO ESPORTE PODE LEVAR A JOGAR LIMPO NA COMUNIDADE E NA VIDA.JOGO LIMPO É UM CONCEITO QUE PRECISA SER ENSINADO NAS FAMÍLIAS E NAS ESCOLAS COM

 VISTAS À CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E SOLIDÁRIA PARA TODOS.

“JOGO LIMPO É UMA QUESTÃO RELACIONADA AOS DIREITOS HUMANOS. É POR MEIO DAEDUCAÇÃO QUE TODOS NÓS [...] PODEMOS DESENVOLVER UMA CONSCIENTIZAÇÃO DOSDIREITOS HUMANOS UNIVERSAIS.”7

(KOICHIRO MATSURA, DIRETOR GERAL DA UNESCO).

dos valores culturais euro-americanos, émundialmente reconhecido como um dos

princípios básicos dos direitos humanos.Apesar do forte sentimento de justiçaque as crianças têm, o jogo limpo não acon-tece naturalmente quando as crianças e jo-vens participam de atividades em grupo. Naverdade, pesquisas em muitos países cor-roboram a tese de que algumas atividadesde esportes competitivos contribuem parao comportamento desleal – fraude, abusode substâncias proibidas e agressão8. Jogolimpo – no esporte ou em qualquer outrocontexto – tem de ser ensinado, e por seruma ideia que as crianças parecem enten-

der facilmente, seu ensino é útil em umavariedade de contextos educacionais.9

O jogo limpo pode ser ensinado para todasas turmas da Educação Básica: da EducaçãoInfantil ao Ensino Médio. As atividades a seguirrefletem essa ampla gama de possibilidades.

7 Matsura, Koichiro. Direitos humanos e a necessidade desaber. UNESCO, jan. 2001.8 Bredemeier, B. J.; Shields, David L.; Weiss, MaureenR.; Cooper, A. B. Bruce. “A relação do envolvimento doesporte com o raciocínio moral das crianças e tendênciasa agressão”. Jornal de Psicologia do Desporto, n. 8, v. 4,1986, pp. 304-18.9 Bredemeier, B. J.; Shields, D. Desenvolvimento cará- ter e atividades físicas. Champaign, IL: MotricidadeHumana, 1995.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSPensem em um momento em que al-guém fez algo por você que não preci-sava fazer – quando essa pessoa parouo que fazia para ajudá-lo. Como você sesentiu? Por que essa atitude é chamadade “jogo limpo”?

LEIA PARA O GRUPOJogo limpo na corrida de bobsledBobsled é um esporte de inverno aprecia-do em países que têm invernos rigorosos.As crianças nesses países escorregam por

encostas cobertas de neve em trenós. Nascompetições em Jogos Olímpicos, os trenósparecem casulos sobre lâminas. A pista éuma curva de gelo puro.

Eugenio Monti fez história de jogo limpo nacidade de Innsbruck, na Áustria, durante osJogos de Inverno de 1964, em uma corrida debobsled. Monti, da Itália, era um dos melho-res do mundo nesse esporte. O casulo de fibrade vidro do bobsled desliza sobre suportes a150km/h em uma pista de gelo descendo amontanha. É construído para dois ou quatroatletas. O papel do piloto e demais atletas étentar manter o trenó equilibrado e estável du-

rante a sua louca viagem nas curvas da pistae cruzar a linha de chegada no menor tempo.Monti já havia conquistado, no bobsled de

quatro homens, uma medalha de bronze. Elerealmente queria ganhar uma medalha de

ouro olímpica no bobsled de dois homens.Enquanto esperava com o seu parceiro pelasua vez de iniciar a corrida, percebeu quehavia uma grande confusão perto do bobsledde seus rivais principais, Robin Dixon e TonyNash, da Grã-Bretanha. Eles haviam perdidoo pino que prendia a lâmina ao trenó. E semesse pino, não poderiam participar da corrida.O que fazer?

Sem pensar duas vezes, Monti emprestouaos dois atletas o pino do seu próprio trenó.Nash e Dixon correram na pista e conquista-ram o ouro. Monti teve de se contentar como terceiro lugar. Por seu ato de generosidade,

ele foi premiado com uma medalha especialde jogo limpo pela UNESCO.

Monti estava determinado a perseguir seusonho de conquistar um ouro olímpico. As-sim, embora tivesse 40 anos de idade, trei-nou mais uma vez para os Jogos de Invernode 1968. Suas habilidades e anos de expe-riência foram finalmente recompensados.Monti conquistou medalhas de ouro em am-bas as corridas de bobsled, nas modalidadesde dois e de quatro homens.

DISCUTA COM O GRUPO Na opinião de vocês, por que Monti em-

prestou o pino do seu bobsled para ooutro time se, por isso, poderia perder amedalha de ouro – seu sonho de anos? Será que todos agem dessa forma? Simou não? Por quê?

 O que era mais importante do que ganharpara Monti? Bobsled é um daqueles esportes emque a qualidade do seu equipamento émuito importante para suas chances deganhar uma medalha. Isso é justo? Simou não? Por quê? Quais outros esportesrequerem equipamento caro e de últimageração?

LEIA PARA O GRUPO“Obrigado pelo bastão de esqui!CANADENSES AGRADECEM AO TÉCNICONORUEGUÊS PELO EMPRÉSTIMO DO BAS-

TÃO DE ESQUI PARA SARA RENNER DU-RANTE CORRIDA.

As condecorações continuam chegandopara o treinador de esqui norueguês queemprestou à esquiadora de cross-coun-try canadense, Sara Renner, um bastãoquando o dela quebrou durante uma corri-da de esqui cross-country nos Jogos Olím-picos de Turim.

Renner enviou a Bjørnar Håkensmoenuma garrafa de vinho. Cross-Country Ca-nadá enviou os agradecimentos. E o Chefede Missão da Noruega também pôde espe-rar uma carta de agradecimento do Comitê

Olímpico Canadense. Graças ao emprésti-mo do bastão, Renner e sua companheirade equipe, Beckie Scott, ganharam a me-dalha de prata.

‘Foi sem pensar’, disse Håkensmoen...

Acima Innsbruck,1964: Bobsled ItáliaI com Eugenio Monti(ITA) e Sergio Siorpaes(ITA) a bordo.

 VIVENDO OJOGO LIMPO!

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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HISTÓRIAS SOBRE ATITUDES DE JOGO LIMPO DE OUTRAS PESSOAS INSPIRAM A TODOS NÓS. PEÇA AOS ALUNOS PARARELATAR OU ESCREVER SUAS PRÓPRIAS HISTÓRIAS DE JOGO LIMPO APÓS LER OU OUVIR AS HISTÓRIAS ABAIXO.

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84 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

4

OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

‘Não precisei pensar. A política da equi-pe norueguesa e a minha política é a de quedevemos ajudar uns aos outros. Devemos

competir no mesmo nível. Todos devem terdois esquis e dois bastões.’

Para Håkensmoen, emprestar um bas-tão extra a Renner foi um ato simples.Para outros, é um exemplo do espíritoolímpico que às vezes se perde na buscapor medalhas.”10

DISCUTA COM O GRUPO O que parecia ser mais importante para otreinador norueguês do que ganhar umamedalha olímpica? A equipe norueguesa terminou em quar-to lugar na corrida – sem nenhuma me-

dalha. É justo ajudar a outra equipe seisso aumenta a sua chance de ficar semuma medalha?

LEIA PARA O GRUPOJogo limpo em alto-marEra sábado, 24 de setembro de 1988. La-wrence Lemieux, um canadense, estava emsegundo lugar em seu pequeno barco duran-te as competições dos Jogos Olímpicos deSeul. A regata acontecia entre uma confusãode ventos e ondas fortes ao largo da costa daCoreia. Larry conhecia muito bem essas con-dições. Era um velejador experiente em águasagitadas, e estava quase em posição de de-safiar o líder da regata pela medalha de ouro.

De repente, pelo canto do olho, viu umbarco vazio nas ondas. Perto do barco vazio,um homem agitava os braços nas águas ge-ladas. Uma onda inesperada tinha virado seubarco, jogando-o no mar.

Sem hesitar, Larry abandonou o percur-so da regata para se aproximar do veleja-dor que se afogava. Retirou-o da água. Emseguida, manobrou seu barco em direçãoà praia em busca de ajuda. Após o res-gate, Lawrence voltou à corrida, mas ter-minou bem atrás dos que lideravam. Noverdadeiro espírito de competição olímpi-

ca, Lawrence desistiu de sua chance deganhar para prestar socorro a um compa-nheiro de competição.

Em reconhecimento pela sua atitude, oComitê Olímpico Internacional deu a ele umprêmio especial dos Jogos Olímpicos. Le-mieux ficou ao mesmo tempo feliz e surpre-endido quando a mídia fez um estardalhaçosobre o que ele diz ter feito o que qualquervelejador faria em seu lugar. Lemieux disse:“A primeira regra da navegação é: se vocêvê alguém em apuros, você o ajuda.”

PARA DISCUSSÃO

 

Qual é a semelhança entre a ideia do trei-nador norueguês e as ideias de Lemieuxsobre vencer? Você concorda com eles? Por que sim oupor que não?

À esquerda Turim,2006: Sarah Renner(CAN) compete durante

o cross-countryfeminino de 10km.

Abaixo, à esquerdaO treinador de esquinorueguês BjørnarHåkensmoen.

Ética e cidadania

10 Canadian Press, 16 fev.2006.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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SUGESTÃODE ATIVIDADES

Peça aos alunos para, em duplas, criarem emseus cadernos uma conversa que acham quepoderia ter acontecido entre Monti e Nash.Em seguida, eles devem encená-la, contando

a história para a classe como se eles fossemTony Nash ou Robin Dixon.

1

Peça aos alunos para escreverem a históriado esqui em duas diferentes perspectivas:

 Como se fossem um repórter de TV obser-vando os acontecimentos da corrida.Como se fossem a garota norueguesa que

perdeu a medalha para Sarah.

2

Em grupos, peça aos alunos que contemhistórias de “jogo limpo” que vivenciaram,seja em clubes, na escola ou na comuni-dade. Eles devem eleger a história maisinteressante, e então fazer de conta quesão de uma equipe de televisão e dramati-zar uma entrevista de rádio ou TV fazendoo papel do povo na história. Se for possível,sugira a eles que entrevistem depois aspessoas que participaram dessa históriana vida real.

3 Estas são histórias de “jogo limpo” que acon-teceram em esportes individuais. Muitas ve-zes, os esportes de equipe, como o futebol ouo hóquei no gelo, têm problemas com o jogolimpo. Explore com seus alunos as razõespelas quais os esportes coletivos têm maisproblemas com o “jogo limpo”. Pergunte aeles: Como as organizações esportivas ten-tam controlar essas situações? Seus esforçossão bem-sucedidos? Sim ou não? Por quê?Debata o seguinte tópico: “Os perdedores sem-pre ganham o troféu jogo limpo.”

4

Pluralidade cultural,ética e cidadania

*

* Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês), Artes(Teatro), TCI

Pluralidade cultural,ética e cidadania

* Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês) e TCI

Pluralidade cultural,ética e cidadania

*

* Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês), Artes(Teatro), TCI

Ética, cidadania

 Atenas, 2004: SarahRenner (CAN) competedurante o cross-country feminino de10km.

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86 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

4

OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

1 Reveja com os alunos quais são os cinco sentidos.

2 Discuta como um sentimento tão conhecido quanto o amor é representado ou evocado,utilizando exemplos de cada um dos cinco sentidos (corações, chocolates, flores, fotos etc.)

3 Explore com os alunos como o ideal do jogo limpo pode ser relacionado a cada um doscinco sentidos.

4 Peça aos alunos que trabalhem em duplas ou pequenos grupos na criação de um cartaz querepresente o jogo limpo por meio dos cinco sentidos. Cada cartaz deve fazer a ligação com umdos cinco sentidos, e ser apresentado posteriormente à classe.

5 Incentive os alunos a explicar suas ideias sobre o que é jogo limpo para seus colegas deturma. Em seguida, os cartazes podem ser colocados na parede para futura referência.

6 Peça aos alunos para construírem móbiles com os temas dos cartazes.

PARECE COM, SOA COMO,CHEIRA A, TEM GOSTO DEUSE ESTA ATIVIDADE PARA AJUDAR OS ALUNOS A EXPERIMENTAR O JOGO LIMPO NA PERSPECTIVA DOS CINCOSENTIDOS. EM SEGUIDA, AJUDE-OS A CRIAR CARTAZES OU MÓBILES SOBRE JOGO LIMPO.

Pluralidade cultural

À esquerda JoãoPessoa, 2011: Atletasadversárias dasOlimpíadas Escolaresse cumprimentam nofinal da partida.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

“JOGO LIMPOSIGNIFICA QUE EURESPEITO MEUSCOLEGAS DE EQUIPE

E MEUS ADVERSÁRIOS. ÀS VEZES, É MAISDIFÍCIL JOGAR LIMPO.”(DE UM ALUNO DE 14 ANOS)

 O QUE É JOGO LIMPO?

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

87

USE ESTA ATIVIDADE PARA AJUDAR OS ALUNOS A EXPLORAR O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO JOGO LIMPO E A IDENTIFICAR EXEMPLOS DE JOGO LIMPO E DE JOGO SUJO.11

11 Adaptado de Luther, D.; Hotz, A. Erziehung zu mehrFairplay: zum Anregungen socialen Lernen – im Sport,aber nicht nur dort! Berna, Alemanha: Paul Haupt Verlag,

1998, p. 29; 31.

DISCUTA COM O GRUPO Vocês concordam com cada uma dessasdeclarações? Sim ou não? Por quê?Qual delas descreve melhor o que é

 jogo limpo?Em quais situações é difícil seguir o espíri-

to de jogo limpo?

 ATIVIDADEPeça aos alunos que montem grupos para con-feccionar cartazes com duas colunas, uma comexemplos de jogo sujo, e outra com exemplosde jogo limpo.

Ética e cidadania

“EU TENTO JOGARLIMPO, OU SEJA,SEGUIR AS REGRAS.MAS EM UM JOGO

QUE REALMENTEQUEREMOS VENCER, ÀS VEZES COMETEMOSUMA FALTA TÁTICA.”(DE UM JOGADOR DE FUTEBOLDE 14 ANOS)

“JOGO LIMPO NÃO QUER DIZER SÓOBEDIÊNCIA ÀS REGRAS ESCRITAS:TAMBÉM REPRESENTA AS ATITUDESCORRETAS DOS ATLETAS MASCULINOSE FEMININOS E O ESPÍRITO CORRETO COMQUE SE CONDUZEM [...].”(CARTA OLíMPICA - JOGO LIMPO)

Abaixo Pequim, 2008:O judoca Tiago Camilocumprimenta seuadversário.

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88 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

1  Alunos mais jovens podem, simples-mente, inventar um jogo, criar as regras eindicar algumas sanções para quando asregras são quebradas.

2 Alunos mais velhos podem trabalhar comoutra pessoa ou com um grupo para criardiferentes tipos de jogos que utilizem dife-rentes tipos de materiais ou recursos. Elestambém devem escolher as sanções paracasos de quebra de regras.Sugestão de materiais: bolas de dife-rentes tamanhos, sacos de feijão, bambo-lês, cordas para saltar, bancos de madeira,outros materiais, recursos ou equipamentosesportivos pequenos, de acordo com a dis-ponibilidade de cada instituição.

PROCEDIMENTO1  Crie e copie cartões para cada uma das

tarefas de criação de jogos, uma cópia poraluno, conforme segue:

TAREFA Nº 1:COOPERARCom outra pessoa Crie um jogo em que você joga umabola para o alto. Crie um jogo em que se bate a bolausando a parede e uma bola grande. Você consegue pensar em um jogo

usando uma raquete e bola de tênis euma lata de lixo?

TAREFA Nº 2:COMPETIRCom outra pessoa Crie um jogo em que você rola uma bola. Crie um jogo em que você usa uma páe uma bola pequena de tênis.

 Crie um jogo em que o equipamento semova, mas você fique parado no lugar.Escolha qualquer equipamento.

TAREFA Nº 3:COOPERARDuas pessoas contra duaspessoas (4 pessoas) Crie um jogo com dois sacos de feijão. Como você pode usar uma bola, o ar eo chão em um jogo? Como você pode manter uma bola noar sem tocar o chão?

TAREFA Nº 4:COMPETIRCom um parceiro contra duaspessoas Crie um jogo de captura. Você escolheo equipamento. Crie um jogo em que você e a bolaavancem para uma linha de gol. Crie um jogo de pega-pega em que os

 jogadores tenham que trocar de equipes.

TAREFA Nº 5:COMPETIRCom um grupo de quatropessoas contra outro grupo dequatro pessoas Crie um jogo em que você use cordas. Crie um jogo em que você joga comsacos de feijão. O que você pode usar

como alvo? Crie um jogo com uma bola e doisbancos.

TAREFA Nº 6: TODOSJUNTOS NO JOGO Crie um jogo com uma bola e um alvoem que cada pessoa faça uma previ-são de pontuação.

 Crie um jogo em que todos brinquemde bambolê. Crie um jogo de grupo utilizandoduas bolas.

2  Em seguida, coloque num envelope (A)os cartões com as instruções copiadasdos números 1 e 2 das tarefas propostas.Faça o mesmo procedimento com o se-gundo envelope (B), mas com as instru-ções dos números 3 e 4, e com o terceiroenvelope (C), este com as instruções dosnúmeros 5 e 6.

3 Os alunos começarão em pares. Cadapar vai pegar um cartão do envelope A,escolhendo uma das instruções de seucartão de jogo, para então jogar o jogoque criaram.

4 Cada par de alunos irá juntar com outropar, formando um grupo de quatro alu-nos. Cada grupo deve pegar um outrocartão, desta vez do envelope B, e seguirdo mesmo modo uma das instruções.

5 Cada grupo de quatro alunos irá juntar--se com outro grupo de quatro alunos, eseguir o mesmo procedimento, de esco-lher um cartão no envelope C. Para os jo-gos nº 5 do envelope C, oito alunos coo-perarão para atingir um objetivo duranteo jogo, para o nº 6, um grupo de quatro

alunos irá competir com outro grupo dequatro alunos.

6 Os alunos podem ensinar os jogos paraoutros grupos. Ofereça um prêmio parao jogo que for votado o “melhor jogo”pelos alunos.

INVENTE UMJOGO LIMPOFAÇA DO JOGO LIMPO UMA PRIORIDADE PARA TODOS OS PRATICANTES DE ESPORTES EM SEUSCLUBES E ESCOLAS. USE OS JOGOS SUGERIDOS A SEGUIR PARA AJUDAR OS ALUNOS A TEREMO JOGO LIMPO COMO OBJETIVO MAIOR DESTA ATIVIDADE.

Ética e cidadania

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OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

 ARTES DA PALAVRA Conte a seus alunos uma história sobre umavez – qualquer uma – em que você precisoudizer “isto não é justo” e como isso terminou.Peça para eles fazerem o mesmo, contandouns aos outros. Talvez estivessem com suas

famílias. Talvez estivessem com seus ami-gos. Talvez estivessem praticando um espor-te ou um jogo. Peça por histórias cheias dedetalhes. Se quiser, pode apresentar um ro-teiro, em que eles devem responder, durantea narrativa, as perguntas: Onde você esta-va na época? O que estava fazendo? Quemestava com você? Quais foram os sons, asimagens, os cheiros que você sentiu? Comoestava o clima? O que você sentiu? O quevocê fez?

Vocês podem ainda aprofundar estaatividade:

 Peça para os alunos escreverem essahistória. As mais interessantes podemser publicadas em um jornal, da escolaou da comunidade, ou mesmo em umblog, que pode ser seu, criado especial-mente para a atividade, ou de um aluno.Escreva com seus alunos, no quadro-

-negro, os dez mandamentos para um jogo limpo em um esporte ou jogo queagrade a turma.Peça aos alunos que entrevistem um atle-

ta sobre o jogo limpo, e que também per-guntem aos familiares ou responsáveissobre o que eles acham do jogo limpo. Diga aos alunos para observarem omundo como repórteres, buscando

exemplos de jogo limpo que acontecemno corredor da escola, no playground, noginásio, na sala de aula. Se for possível,eles podem ainda documentar o ocorridocom fotos e vídeos, que poderiam serpostados no mesmo blog das redações. Escreva um poema sobre um tema de

 jogo limpo na sua escola ou comunidade.

 ARTE Crie cartazes que promovam o jogo

limpo. Um deles pode ser o dos dez man-damentos do jogo limpo escritos no exer-cício anterior.Espalhe os cartazes pela escola e pela

comunidade.

 Peça aos alunos para produzirem umevento de premiação de jogo limpo, comtroféus confeccionados por eles. Organize esse evento de premiação paraa história de jogo limpo mais emocionanteentre todas as apresentadas pelos alu-

nos. Para definir a vencedora, as históriaspodem ser votadas por todos. Depois de premiada, peça aos alunosque criem um desenho representando osvalores dessa história.

TEATRO Dramatize com seus alunos dilemaséticos, peça para eles apresentarem apeça a outras turmas. Desenvolva com os alunos um documen-tário de TV ou programa de rádio sobre umproblema na sua escola ou comunidaderelacionado com o jogo limpo. Para isso,vocês precisarão: pesquisar sobre o tema,criar um roteiro, filmar ou gravar o pro-grama. A turma pode ser ainda dividida,e cada aluno pode realizar uma função.

EDUCAÇÃO EM SAÚDE Peça aos alunos que, em grupos, escre-vam regulamentos de jogo limpo para asala de aula, o corredor, o playground, o

banheiro e locais distantes das atividadesescolares. O do grupo mais votado podeser exposto nesses locais.

MÚSICA  Individualmente, peça que cada aluno com-ponha e apresente um funk ou samba so-bre o jogo limpo, ou ainda, um hino para atorcida pelo jogo limpo. Em grupo, peça que reúnam músicas popsque tenham o jogo limpo como tema.

EDUCAÇÃO FÍSICA  Prepare com os alunos danças ou coreo-grafias representando temas de jogo limpo. Peça aos alunos para modificar as ativi-dades para incorporar melhor os valoresdo jogo limpo. Espalhe pelo ginásio diversos cartazese regulamentos criados pelos alunossobre jogo limpo. Desenvolva um sistema de reconhecimentodo jogo limpo e organize uma exposiçãocom as fotografias de alunos com históriassemanais ou mensais sobre os vencedores.

ESTUDOS SOCIAIS

 Crie um mural “Jogo limpo em nossacomunidade”, mostrando exemplos de

 jogo limpo praticado em diversas empre-sas e organizações em sua comunida-de. Para tanto, traga representantesdas empresas e organizações (ONGs,Igrejas, Sindicatos, Associação deMoradores, Partidos Políticos, Clubesetc.) existentes no bairro ou na regiãopara realizarem palestras para os alunose debaterem com eles as regras do jogoem suas instituições. Essa é uma boamaneira de aprender sobre a comuni-dade e ampliar a consciência sobre as

diferentes possibilidades de atuação dasociedade civil organizada.

Acima Atenas,2004: Remadores daPolônia (esquerda) eGrécia (direita) secumprimentamapós a cerimônia deentrega das medalhasda categoria duplapeso leve masculinado remo. A equipepolonesa conquistoua medalha de ouro,enquanto a Gréciaganhou o bronze.

JOGO LIMPO:PROJETO DE FEIRA  TORNE-SE UMA “ESCOLA JOGO LIMPO” E USE AS ATIVIDADES SUGERIDAS ABAIXO PARA PROMOVER ESSES VALORESENTRE AS CRIANÇAS E JOVENS DE SUA COMUNIDADE.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Ética e cidadania

Pluralidade cultural,saúde, ética e cidadania

Pluralidade cultural,saúde, ética e cidadania

Pluralidade cultural,saúde, ética e cidadania

*

* Língua Portuguesa, Língua estrangeira (Inglês),Música e TCI

Ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

Como é que um país leva a pazpara uma sociedade onde háódios antigos, valores confli-

tantes, ou grandes diferenças econômicasentre as pessoas? Esse é um desafio muito

importante para os dirigentes desportivos eeducadores. Ao longo da história, a principaltarefa da educação foi conservar e passarpara as novas gerações uma determinadacultura, geralmente a dominante na socie-dade. Mas os professores em uma socie-dade multicultural têm uma tarefa diferente.A tarefa deles é criar comunidades de alu-nos que aceitem e respeitem as pessoas deoutras culturas.

Por exemplo, desde o fim do apartheid, ossul-africanos têm trabalhado juntos para criaruma nova sociedade. Uma sociedade queaceita e respeita as pessoas de todas as ra-ças. Os educadores têm um papel importantenesse processo.

Mas o que significa respeitar os outros?E o mais importante: como os professoresensinam isso? O que há de diferente numasala de aula em que as crianças aprendemo respeito e a aceitação por meio da diver-sidade cultural? Que atividades ajudarão ascrianças e os jovens a aprender a viver empaz uns com os outros – como crianças ecomo adultos? Essas são as perguntas paraesta seção.

A educação multicultural começa den-tro dos corações e das mentes dos admi-nistradores escolares e dos professores.

Professores de educação multiculturalacreditam que:

 Todos os povos e todas as culturas têmvalor, portanto, todas as pessoas – mu-lheres, crianças, portadores de deficiênciaetc. – têm direitos humanos e respon-sabilidades. A violência não é a melhor maneira de re-solver conflitos. Os conceitos de aceitação e respeito peladiversidade cultural têm de ser ensina-dos às crianças. Eles devem integrar oprograma de ensino e fazer parte dasatividades diárias da escola. Racismo e

intolerância muitas vezes têm origem naignorância e no medo. O entendimentoe a aceitação das diferenças acontecemquando as pessoas vivem, trabalham e sedivertem juntas.

 As famílias e a comunidade desempenhamum importante papel podendo servir paraapoiar ou minar seus esforços pelo ensi-no do respeito e da aceitação dos outros.Peça aos pais e à comunidade que apoiemseus esforços.

IDEIAS RELATIVAS À EDUCAÇÃOMULTICULTURAL13

 Ela não representa um modelo únicode educação ou curso, mas uma gamade programas e práticas. Uma visãomulticultural deve ser aplicada a cada

disciplina do currículo escolar. Implica a reestruturação de todo oambiente escolar de modo a refletir umasociedade multicultural. É essencial para todos os alunos, nãoapenas para aqueles em ambientes mul-ticulturais. É um processo dinâmico, contínuo e inte-grado à comunidade educativa. Promove e reforça os direitos. É fundamental. Estimula nos alunos opensamento crítico e a capacidade deenfrentar os problemas de suas vidas. Inspira a “curiosidade cultural”.

“O OBJETIVO DOMOVIMENTO OLÍMPICOÉ CONTRIBUIR PARA A CONSTRUÇÃO DEUM MUNDO MELHOR EPACÍFICO, EDUCANDO A JUVENTUDE PORMEIO DO ESPORTEPRATICADO DE ACORDO COM OOLIMPISMO E SEUS VALORES.”(CARTA OLÍMPICA)

“ESSENCIALMENTE, ONOVO CURRÍCULO VAI[...] PROMOVER UMENSINO QUE INCLUI OSDIREITOS HUMANOS, VÁRIOS IDIOMAS, VÁRIAS CULTURAS ECONSCIÊNCIA DOS VALORES NECESSÁRIOS À RECONCILIAÇÃO ECONSTRUÇÃO DE UMANAÇÃO.”14

(PROFESSOR S. BENGÜ, DA

 ÁFRICA DO SUL)

C: RESPEITOPELOS OUTROS

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

91

QUANDO OS JOVENS QUE VIVEM EM UM MUNDO MULTICULTURAL APRENDEM A ACEITAR E A RESPEITAR A DIVERSIDADE E PRATICAM A HARMONIA, ELES PROMOVEM A PAZ E A COMPREENSÃO INTERNACIONAL.

13 Adaptado de Le Roux, J. Multicultural Education: WhatEvery Teacher Should Know. Pretória, África do Sul: Kagiso,1997, p. 43-47.14 Bengü, S. (prefácio). Curriculum 2005. Governo daÁfrica do Sul, 2005.

Acima Atenas, 2004:Gilberto Godoy Filho(BRA), o Giba, (àesquerda) consolaLuigi Mastrangelo (ITA),depois de o Brasilganhar a medalhade ouro no vôleimasculino.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

LEIA PARA O GRUPO“EU TENHO UM SONHODE QUE UM DIA ESTANAÇÃO VAI SE ERGUER

E VIVER O VERDADEIROSIGNIFICADO DE SUAFÉ, ‘ACREDITAMOSQUE ESSAS VERDADESSÃO EVIDENTES: QUETODOS OS HOMENS SÃOCRIADOS IGUAIS’ [...]

EU TENHO UM SONHODE QUE UM DIA MEUSQUATRO FILHOSPEQUENOS VIVERÃO EMUMA NAÇÃO ONDE NÃOSERÃO JULGADOS PELACOR DE SUA PELE, MAS

PELO CONTEÚDO DE SEUCARÁTER.

EU TENHO UM SONHOHOJE [...]

ESSA É A NOSSAESPERANÇA [...] QUANDOPERMITIRMOS QUE A LIBERDADE SOE, QUANDOPERMITIRMOS QUE SOEEM TODOS OS VILAREJOS,TODAS AS ALDEIAS,TODOS OS ESTADOS EEM TODAS AS CIDADES,

PODEREMOS ACELERAR.NESSE DIA, QUANDOTODAS AS CRIANÇAS DEDEUS, HOMENS PRETOSE HOMENS BRANCOS,JUDEUS E NÃO JUDEUS,PROTESTANTES ECATÓLICOS PUDEREMUNIR AS MÃOS E CANTAR

 AS PALAVRAS DO ANTIGO HINO SACRODOS NEGROS: ‘LIVRESENFIM! LIVRES ENFIM!OBRIGADO, DEUSONIPOTENTE, SOMOS

LIVRES ENFIM!’”

DISCUTA COM O GRUPO Qual é a mensagem mais importante dodiscurso de Martin Luther King? Qual éseu sonho?

 Há uma canção em inglês chamada “Theyhave to be carefully taught”, que pode sertraduzida como “Eles devem ser cuidado-samente ensinados”. Como as pessoas sãoensinadas a desrespeitar ou a não gostar deoutras pessoas? Por que elas são ensinadasa tratar outras pessoas com desrespeito?

 Quais são algumas das razões pelas quaishá conflito entre as pessoas de diferentesetnias e culturas?

 Que ações você pode tomar hoje para aju-dar outros jovens a encontrar a paz e o res-peito em suas vidas?

“EU TENHO UM SONHO”MARTIN LUTHER KING

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  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

93

NESTE DISCURSO, MARTIN LUTHER KING JR. ESTÁ SE DIRIGINDO A MILHARES DE PESSOAS EM UM COMÍCIONOS EUA, NUMA ÉPOCA EM QUE AS PESSOAS NEGRAS DAQUELE PAÍS TENTAVAM CONQUISTAR SEUSDIREITOS HUMANOS. A MENSAGEM DE SEU DISCURSO É SIGNIFICATIVA EM MUITOS LUGARES DO MUNDOONDE EXISTE CONFLITO ENTRE PESSOAS DE DIFERENTES ETNIAS, RELIGIÕES E TRADIÇÕES.15

15 Washington, DC, EUA, 1963: Líder dos direitos civisamericanos, Martin Luther King Jr. (1929-1968), falandopara a multidão na marcha em Washington.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Abaixo Martin LutherKing Jr. fala paramultidão em marchaem Washington.

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CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

Que haja paz na terra e que ela comece comigo.(Sy Miller e Jill Jackson)

Comente: Identifiquem uma ação que vocês possam realizar hojede forma a criar a paz entre vocês e algum familiar, ou entre vocêse um amigo.

Usar a ordem para lidar com a desordem, usar a calmapara lidar com a confusão é dominar o coração. (Sun Tzu) Comente: Quando a vida de vocês parece desorganizada e caótica,qual é a estratégia sugerida por Sun Tzu?

Uma grande dificuldade vemde não saber o que é suficiente.Grandes conflitos surgem de querer demais.Quando sabemos que o bastante é o bastante,sempre haverá o suficiente. (Tao Te Ching)

Comente:  O que Tao Te Ching diz ser a razão dos muitosconflitos no mundo? Como ele acredita que esses conflitospodem ser resolvidos?

Os homens viajam mais rápido agora, mas não sei se vãona direção das melhores coisas. (Willa Cather)

Há mais na vida do que aumentar a sua velocidade.(Mahatma Gandhi)

Comente: O lema olímpico é “mais rápido, mais alto, mais forte”.Algumas pessoas acham que tentar ir “mais rápido, mais alto e maisforte” não é a melhor maneira de criar um “mundo mais pacífico emelhor”. Willa Cather e Mahatma Gandhi concordam com eles? Vo-cês concordam com eles? Por que sim ou por que não?

Veja como a natureza – árvores, flores, grama – cresceem silêncio, veja como as estrelas, a Lua e o Sol semovem em silêncio [...] Precisamos de silêncio parasermos capazes de tocar as almas. (Madre Teresa)

Comente: Muitos grandes mestres dizem que alguns minutos desilêncio todos os dias nos ajudam a manter a calma em meio a situ-ações de conflito. Onde vocês poderiam encontrar um lugar calmopara desfrutar de alguns minutos de silêncio a cada dia? Quandovocês fariam isso?

Segurar a raiva é como segurar um carvão quente com aintenção de jogá-lo em outra pessoa; quem se queima évocê. (Buda)

Comente: Como a raiva prejudica a pessoa que se zanga? Fale so-bre uma situação em que vocês ficaram com raiva. De que maneiraa sua raiva foi prejudicial?

Falar sem pensar é como atirar sem mirar.(Provérbio espanhol)

Comente: Palavras mal escolhidas deixam mágoas eternas. Comovocês podem evitar uma explosão de palavras antes de ter tempopara pensar nas consequências do que estão dizendo?

As duas palavras “paz” e “tranquilidade” valem milpeças de ouro. (Provérbio chinês)

Comente: Por que vocês acham que o autor dessa declaração pen-sa que a paz e a tranquilidade são tão valiosas? Quando vocês estãoem paz, como se sentem?

Um homem que planeja a vingança mantém suas própriasferidas abertas. (Francis Bacon)

Comente: O que é vingança? O que essa palavra significa? Vocêsconcordam com isso? Por que algumas pessoas querem vingança?

Você não pode apertar a mão de outra pessoa com ospunhos fechados. (Indira Gandhi)

Comente: Expliquem esse ditado. Vocês concordam? No final deum jogo que vocês perderam, às vezes é difícil cumprimentar osoutros competidores. Por que é importante cumprimentar alguém?

 A PAZ COMEÇA COMIGOCADA UMA DAS FRASES À ESQUERDA DA PÁGINA EXPRESSA A SABEDORIA DE VIVER UMA VIDA DE PAZ.LEIA AS FRASES PARA SEUS ALUNOS E DEPOIS PEÇA PARA ELES REFLETIREM SOBRE AS IDEIAS DO LADODIREITO.16

16 Binder, D. Be a Championin Life. Atenas: Fundação dosJogos Olímpicos e EducaçãoEsportiva, 2000, p. 145.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSVocês sabem o que é a Constituição de umPaís? Sabem dar exemplos de alguns direi-tos garantidos pela Lei a todos os brasilei-ros nos dias de hoje?

LEIA PARA O GRUPODECLARAÇÃO UNIVERSAL DOSDIREITOS HUMANOS17

PreâmbuloConsiderando que o reconhecimento dadignidade inerente a todos os membros dafamília humana e de seus direitos iguais einalienáveis é o fundamento da liberdade,da justiça e da paz no mundo,Considerando que o desprezo e o desres-peito pelos direitos humanos resultaramem atos bárbaros que ultrajaram a cons-ciência da Humanidade e que o advento deum mundo em que os homens gozem deliberdade de palavra, de crença e da liber-dade de viverem a salvo do temor e da ne-cessidade foi proclamado como a mais altaaspiração do homem comum,Considerando essencial que os direitos hu-

manos sejam protegidos pelo Estado de Di-reito, para que o homem não seja compelido,como último recurso, à rebelião contra a tira-nia e a opressão,Considerando essencial promover o de-senvolvimento de relações amistosas en-tre as nações,Considerando que os povos das Nações Uni-das reafirmaram, na Carta, sua fé nos direi-tos humanos fundamentais, na dignidade eno valor da pessoa humana e na igualdadede direitos dos homens e das mulheres, eque decidiram promover o progresso sociale melhores condições de vida em uma liber-

dade mais ampla,Considerando que os Estados-Membrosse comprometeram a promover, em coo-peração com as Nações Unidas, o respeitouniversal aos direitos humanos e liberdades

fundamentais e a observância desses direi-tos e liberdades,Considerando que uma compreensão co-mum desses direitos e liberdades é da maisalta importância para o pleno cumprimentodesse compromisso,A Assembleia Geral proclama:

A presente Declaração Universal dos Direi-tos Humanos como o ideal comum a seratingido por todos os povos e todas as na-ções, com o objetivo de que cada indivíduoe cada órgão da sociedade, tendo sempreem mente esta Declaração, se esforce, pormeio do ensino e da educação, para pro-mover o respeito a esses direitos e liber-dades, e para adoção de medidas progres-sivas de caráter nacional e internacional,para assegurar o seu reconhecimento e asua observância universais e efetivos, tantoentre os povos dos próprios Estados-Mem-bros quanto entre os povos dos territóriossob sua jurisdição.

Artigo ITodas as pessoas nascem livres e iguais em

dignidade e direitos. São dotadas de razão econsciência e devem agir em relação umasàs outras com espírito de fraternidade.

Artigo IIToda pessoa tem capacidade para gozar osdireitos e as liberdades estabelecidos nestaDeclaração, sem distinção de qualquer es-pécie, seja de raça, cor, sexo, língua, reli-gião, opinião política ou de outra natureza,origem nacional ou social, riqueza, nasci-mento, ou qualquer outra condição.Não será tampouco feita qualquer distin-ção fundada na condição política, jurídica

ou internacional do país ou território a quepertença uma pessoa, quer se trate de umterritório independente, sob tutela, sem go-verno próprio, quer sujeito a qualquer outralimitação de soberania.

Artigo IIIToda pessoa tem direito à vida, à liberdade eà segurança pessoal.

DISCUTA COM O GRUPO Quais os “direitos humanos” mencionadosnos três primeiros artigos da DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos? O quequer dizer segurança pessoal? Quais são os efeitos da discriminação e dasviolações dos direitos humanos nos indiví-duos, nas famílias e nas comunidades? Citem alguns exemplos de problemas comdireitos humanos no mundo, no país, emsua comunidade, em nossa escola e mes-mo na sala de aula. Que medidas as pessoas podem tomarpara proteger os seus direitos?

Abaixo 1955: Umhomem olha aDeclaração Universaldos Direitos Humanos,um dos primeirosdocumentospublicados pelasNações Unidas.

DIREITOS HUMANOS:RESPEITO E ACEITAÇÃO

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  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

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EM 1949, AS NAÇÕES UNIDAS APROVARAM A COMPOSIÇÃO DE UMA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOSHUMANOS. ESSE DOCUMENTO DESCREVE OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE UMA SOCIEDADE EM QUE TODOS TÊM DIREITO À DIGNIDADE E À LIBERDADE.

17 Adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas.Resolução 217A (III), de 10 de dezembro de 1948(um trecho apenas). Tradução disponível em: < http:// unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf>. Acesso em 17 out. 2011.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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OLIMPIS

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DIREITOS ERESPONSABILIDADES:ENTENDENDO A

DIFERENÇA.

Escreva no quadro-negro as frases abai-xo e peça aos alunos para as comple-tarem:

Tenho o DIREITO de ser tratado educadamente.Portanto, eu tenho a RESPONSABILIDADE de...

Tenho DIREITO ao meu próprio espaço e a medivertir nele. Portanto, tenho a RESPONSABI-LIDADE de...

Tenho o DIREITO de viver em segurança enão ser maltratado pelos outros. Portanto,tenho a RESPONSABILIDADE de...

Eu tenho o DIREITO a um tratamento gentil e justo por todos. Portanto, tenho a RESPON-SABILIDADE de...

MEUS DIREITOS = 

MINHASRESPONSABILIDADESNESTA ATIVIDADE, OS ALUNOS VÃO EXPLORAR A IDEIA DE DIREITOS E RESPONSABILIDADES ATRAVÉS DACRIAÇÃO DE UM DISCURSO.

DISCUTA COM O GRUPODiscuta exemplos de situações em sua co-munidade em que os direitos dos jovens não

foram devidamente valorizados.Discuta exemplos de situações em que os jovens não se responsabilizaram pelos direi-tos dos outros. Pergunte a eles que atitudespodem tomar para proteger os próprios direi-tos e os dos outros.

CARTA DE DIREITOS ERESPONSABILIDADESPeça aos alunos para preencherem duas co-lunas, uma com os direitos deles na escola ena comunidade e outra com as responsabili-dades deles nesses locais. Depois, peça quetransformem essas colunas em um discursopara motivar as pessoas ao redor, que podeser distribuído pela escola ou divulgado emcartazes. Se desejar, use como exemplo odiscurso de Martin Luther King, “Eu tenho umsonho”, já apresentado neste livro.

Ética e cidadania

Abaixo Pequim, 2008:O técnico da seleçãofeminina de vôlei, JoséRoberto Guimarães,orienta as atletasdurante os JogosOlímpicos.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

Para as dramatizações, a turma pode ser di-vidida em grupos, que poderão escolher qualdas situações abaixo preferem trabalhar.

 Imaginem uma comunidade esportiva ou

escola que tenha um grande número de jovens refugiados de outro país. Durantea aula há uma boa interação entretodas as crianças/jovens, mas duranteo recreio, as crianças/jovens refugiadosnão brincam juntos de todos os demais.Dramatizem esta situação. Como pes-soas de ambos os grupos podem entrarem contato uns com os outros na áreado recreio ou na quadra de esportes?

 Maria é uma menina que sofre discri-minação na sua classe. Alguns colegasacham que ela é estranha e constante-mente a provocam, colocam apelidos oua fazem chorar. Dramatizem uma situa-ção onde alguém da própria turma passaa se incomodar com a situação, tentaconversar sobre como a situação é inade-quada e busca fazer amizade com Maria.

 Sibongila é uma imigrante recém-che-gada ao país. Ela não entende muito a

cultura do seu novo país, e está apren-dendo a língua. Quando conversa com asoutras crianças/jovens, muitas vezes elasriem dela por causa do seu sotaque ouda sua maneira de falar. Dramatizem umasituação em que um professor escuta umadessas conversas.

 Fátima pertence a uma religião diferenteda dos outros alunos. Ela usa roupasespeciais por causa de sua religião e nãopode participar de algumas atividades.

Ela se sente muito só. Por causa disso,tem dificuldade de se concentrar nasatividades ou nas aulas e o professor seirrita com ela. Dramatizem uma situação

em que alguém – um jovem ou o profes-sor – tenta conhecer um pouco mais areligião de Fátima, fazer amizade com elae a inseri-la no grupo.

 Vladimir usa uma cadeira de rodas parase locomover por causa de uma doençaque teve na infância. Ele se esforça muitopara participar de todas as atividadescom os outros alunos, mas tem muitadificuldade. Um grupo de meninos mui-tas vezes caçoa dele. Dramatizem umasituação em que Vladimir, por algumaação ou atitude, surpreende os colegas

por sua capacidade para resolver algumproblema ou ajudar alguém.

 Juliano está acima do peso. Todos osdias, algumas pessoas o encurralamno corredor da escola ou no pátio, pro-vocando, empurrando e chamando-ode “gordo” e de “baleia”. Quando osprofessores veem isso, só dizem algocomo “Ô gente, deixem ele em paz”.Dramatize um encontro em que alguémtenta ajudar Juliano.

Abaixo Participar dedramatizações nosajuda a compreenderos sentimentos dasoutras pessoas.

DIREITOS HUMANOS:DRAMATIZAÇÕES

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  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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NESTA ATIVIDADE, GRUPOS DE ALUNOS ENCENARÃO E DEPOIS DISCUTIRÃO ALGUMAS DAS SITUAÇÕES DESCRITAS ASEGUIR.

Ética e cidadania

Ética e cidadania

Pluralidade cultural

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Ética e cidadania

Ética e cidadania

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CAUSAS COMUNS DECONFLITO

 As necessidades individuais não estãosendo atendidas? O poder não é distribuído igualmente? A comunicação não funciona ou é ine-xistente?

 Os valores ou as prioridades são diferentes? A percepção ou a compreensão de umasituação é diferente? O racismo ou discriminação é tolerado?

RODA DE SISTEMAS18

Às vezes, é necessário ajudar os alunos aidentificar os diferentes fatores envolvidosem uma situação ou problema, e conside-rar as consequências de diferentes cursosde ação. Use um “sistema de diagrama”que se expande progressivamente para

ajudar alunos a diagramar esses fatores econsiderar as alternativas para resolver oproblema. Escolha um tópico baseado emconflitos vivenciados na escola.

 TEMPO ESGOTADO!UTILIZE ESTAS FERRAMENTAS PARA AJUDAR A RESOLVER SITUAÇÕES DE CONFLITO. QUANDO UM ALUNO PERDE O AUTOCONTROLE OU SE COMPORTA DE MANEIRA INJUSTA, OU QUANDO HÁ UM CONFLITO, OS DOIS ANTAGONISTAS VÃO PARA O “BANCO DA REFLEXÃO” E RESPONDEM ÀS PERGUNTAS NOS BALÕES.

QUESTÃO

BB

BB

 A   A 

 A   A 

Abaixo  A açãoB consequência

18 Campbell, L.; Campbell, B.; Dickinson, D. Teaching andLearning Through Multiple Intelligences, 2. ed. Boston:Allyn and Bacon, 1996, p. 178.

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SOLUÇÃO

EXPECTATIVAS

 ALTERNATIVAS

PROBLEMA 

CONSEQUÊNCIAS

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  O  S

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   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

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SUGESTÃODE ATIVIDADES

O que o (a) deixa com raiva?

1

Quais são as duas maneiras possíveis pararesolver esse problema?

2

Quais serão as consequências ou resultadosde cada solução?

3Que solução vocês devem escolher?

4

O que é possível esperar ou querer queaconteça como resultado dessa soluçãosugerida pelo grupo?

5

5

1

2

3

4

Peça aos alunos para desenvolverem um esquema para um problema específico baseado nas respostas às seguintes questões:

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Na imagem, uma jovem artistacriou uma representação domulticulturalismo e da paz. A

ilustração foi desenhada por uma jovem daRomênia e enviada ao Concurso Internacionalde Desenho Infantil de 1985.

PARA DISCUSSÃO Quais são os símbolos de paz e do respei-to ao outro que vocês conhecem?

SUGESTÃO DE ATIVIDADES

 Peça aos alunos para criarem uma obrade arte que represente a paz e o respeitomútuo no mundo.

À direita Concurso

Internacional deDesenho Infantil de1985: Imagem deElena Barbu (12 anos),da Romênia.

DIAS FELIZESCOMO EXEMPLO DESTA IMAGEM, PEÇA AOS ALUNOS PARA DESENVOLVEREM SEUS PRÓPRIOSDESENHOS DE UM MUNDO MULTICULTURAL QUE VIVE EM PAZ.

Pluralidade culturale ética

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

Crianças precisam de seguran-ça no ambiente social e físicopara chegar ao ápice de sua

capacidade e fazer boas escolhas. Uma

escola saudável ou um programa de espor-te saudável faz do bem-estar dos jovens asua prioridade. Uma escola ou instalaçõesdesportivas saudável:

 é limpa e segura; atende às necessidades de todas ascrianças e jovens – meninos e meni-nas, crianças com dificuldades deaprendizagem, e as crianças com defi-

“A EDUCAÇÃO DEVE SER UM PREFÁCIO PARA A VIDA. O HOMEM SERÁ LIVRE, A CRIANÇADEVE SER TAMBÉM. O IMPORTANTE É ENSINAR A CRIANÇA A USAR A SUA LIBERDADE ECOMPREENDER SEU SIGNIFICADO.”20

(PIERRE DE COUBERTIN)

ciência auditiva, visual e outras defici-ências físicas; proporciona oportunidades diárias paracrianças e jovens de todas as idades par-

ticiparem de uma atividade física; proporciona um ambiente livre de assé-dios, discriminação e intimidação; é um lugar onde as diferenças individu-ais e tradições culturais são valorizadase respeitadas; reconhece que os pais e a comunidade de-sempenham papéis importantes no desen-volvimento de crianças e jovens saudáveis.

“O OBJETIVO DAEDUCAÇÃO [É] O‘DESENVOLVIMENTODE UM SER HUMANO

COMPLETO,CONSCIENTE DO MEIO AMBIENTE E ADAPTADO AO SEU TEMPO, LUGARE CULTURA’. ESSA ADAPTAÇÃO ENVOLVE A CAPACIDADE DEENFRENTAR NOVASSITUAÇÕES E TER A INTELIGÊNCIA ECORAGEM PARATRANSFORMÁ-LASQUANDO NECESSÁRIO.”19

(MARIA MONTESSORI)

Abaixo Um jovemginasta treinandonuma escola naChina.

D: BUSCA PELAEXCELÊNCIA 

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ENFATIZAR A EXCELÊNCIA PODE AJUDAR OS JOVENS A FAZER ESCOLHAS POSITIVAS E SAUDÁVEIS, E APROCURAR SER O MELHOR POSSÍVEL EM TUDO QUE FIZEREM.

19 Lillard, P. Montessori Today: A Comprehensive Approach to Education from Birth toAdulthood. Nova York: Livros Schocken, 1996, p. 3.20 Müller, N. (ed.). Pierre de Coubertin: Olimpism, Selected Writings. Lausanne, Suíça: COI,2000.

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 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSComo os atletas se tornam excelentes emseus esportes?

LEIA PARA O GRUPOConheça a atleta chinesa do século:Deng YapingNa China, o tênis de mesa é um esporte mui-to popular e Deng Yaping é uma das maiores

 jogadoras do mundo. Ela começou a prati-car tênis de mesa aos cinco anos de idade.Aos nove, venceu o campeonato provincianode juniores. Aos treze, ganhou seu primeirocampeonato nacional. Deng Yaping era uma

 jovem com enorme talento.Mas ela era pequena – menos de 1,50 m

de altura. Por causa de sua estatura, foi re- jeitada para preencher uma vaga na equipenacional. Mas seu talento, sua confiança esua perseverança finalmente lhe concede-ram um lugar na equipe em 1988. Deng

 Yaping conquistou seu primeiro título inter-nacional de duplas em 1989, quando tinhaapenas 16 anos, e seu primeiro título sim-ples dois anos depois.

“Desde pequena eu sonhava em sercampeã mundial”, disse Deng Yaping. Em1989, ela ganhou a Copa da Ásia e, no anoseguinte, conquistou três títulos nos 11ºJogos Asiáticos.

Chegou ao mais alto nível do esporteem 1991 quando conquistou o mundial desimples no Japão. Nos sete anos seguin-tes, Deng Yaping dominou o esporte.

Quando sua carreira terminou, em 1997,Deng Yaping conquistara 4 medalhas deouro e 9 campeonatos mundiais.

Eleita duas vezes para a Comissão de Atle-

tas do Comitê Olímpico Internacional, Dengcontinuou a apoiar a participação das mulhe-res no tênis de mesa. Sua tese de mestrado éintitulada “Dos pés atados ao ouro olímpico: ocaso do tênis de mesa feminino”.

DISCUTA COM O GRUPO O que a história de Deng Yaping diz sobreo espírito do esporte?

 ATIVIDADEArrume para os seus alunos uma mesa detênis de mesa. Se não for possível, tenteusar uma mesa retangular convencional.

Após praticar um pouco e até organizar umpequeno “campeonato” dentre os alunosda turma, discuta com eles, na prática, quetipo de habilidade é preciso para ser umatleta excepcional nesse esporte.

“PERDI MAIS DE 9.000 LANCES NAMINHA CARREIRA. PERDI CERCA DE 300JOGOS. POR 26 VEZES, CONFIARAMEM MIM PARA FAZER O ARREMESSODA VITÓRIA E EU ERREI. FALHEIREPETIDAMENTE EM MUITAS VEZESNA MINHA VIDA. É POR ISSO QUE SOUUM SUCESSO.” (MICHAEL JORDAN, ATLETA DEBASQUETE DOS EUA)

Acima Barcelona,1992: MichaelJordan (EUA) faz umarremesso duranteuma partida contra aCroácia no basquetemasculino.

 VIVENDO A  EXCELÊNCIA!OS ATLETAS A SEGUIR SÃO MODELOS MARAVILHOSOS PARA OS JOVENS.

Ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

LEIA PARA O GRUPO“O futebol é minha vida”:Roger Milla21 (Camarões)Na África, assim como no Brasil, o futebolé mais do que apenas um esporte. É umacelebração da vida. Se a equipe africanavencer um grande campeonato interna-cional, é feriado nacional no dia seguinte.Na África, os jovens jogam bola em todaparte e em qualquer lugar: em qualquer

campo aberto, nas praias, ruas e quintais,até mesmo nas varandas. Qualquer objetoredondo pode ser usado como bola. A pon-tuação é muitas vezes esquecida.

Roger Milla, do Camarões, um dos maio-res campeões esportivos da África, sempre

 jogou por diversão. Ele foi o jogador africa-no do ano em 1976 e em 1990. Sua ale-gria no esporte é contagiante.

Com Milla como seu líder, os “Leões”do Camarões invadiram a Copa do Mun-do na Itália em 1990. Derrotaram a entãocampeã Argentina em seu jogo de aber-tura. Contra todas as probabilidades, fo-ram o primeiro time africano a chegar àsquartas de final em uma Copa do Mundoda FIFA. Eles conquistaram os coraçõesdos fãs de todo o mundo. Quem não selembra daqueles momentos na Itália,quando Milla comemorou dançando de-pois de marcar um gol? Quem poderiaesquecer seu entusiasmo, sua dedicaçãoe o seu espírito?

Aos 38 anos, Milla marcou os dois golsque derrotaram a Romênia e mais doisque derrotaram a Colômbia. Nas quartasde final contra a Inglaterra, ele ajudou afazer os dois gols do Camarões. Milla vol-tou para participar da Copa do Mundo em

1994 – o homem mais velho a marcar umgol na fase final de uma Copa do Mundo.Ele tinha 42 anos quando marcou contraa Rússia.

Roger Milla gostava de vencer. Mas jo-gava futebol porque amava o esporte.

DISCUTA COM O GRUPO O futebol é o esporte mais popular domundo. Por que vocês acham que étão popular? Que qualidades um atleta precisa terpara ser um excelente jogador de fute-bol? Faça de conta que vocês são repór-

teres esportivos. Convençam um amigoa imitar Roger Milla. Criem uma entre-vista fictícia com esse grande atleta.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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Acima Atlanta, 1996:Tênis de mesa, simplesfeminino – Deng

 Yaping (CHN) em açãonos caminhos para amedalha de ouro.

À Direita SãoFrancisco, EUA, 1994,Copa do Mundo deFutebol: o atacantedo Camarões, RogerMilla, comemora apósmarcar um gol contraa Rússia. Aos 42 anosde idade, Roger Millatornou-se o mais velho jogador a marcar um

gol na história da Copado Mundo.

21 Adaptado da Copa do Mundo da FIFA, Roger Milla (Camarões). Disponível em: <http://fifaworldcup.yahoo.com/06/en/p/cp/cmr/milla.html>. Acesso em: 25 jul. 2006.

Pluralidade cultural

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104 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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CINCO VALORESE

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OLIMPIS

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 ANTES DE LER,PERGUNTE AOS ALUNOSO que as pessoas devem fazer depois que

um acidente ou doença muda suas condi-ções de vida? Desistir de tudo? Resignar--se? Deixar de fazer tudo o que gosta?

LEIA PARA O GRUPOA história de dois atletas:Liz Hartel e JubileeExiste um esporte nos Jogos Olímpicosque tem dois atletas e seis pernas. Umdos atletas é um cavalo. Em uma dashistórias olímpicas mais impressionantesde todos os tempos, uma jovem, para-lisada por uma doença chamada polio-mielite, e seu cavalo, Jubilee, ganharam

medalhas de prata nos Jogos Olímpicosem 1952 e em 1956.Liz Hartel, da Dinamarca, amava espor-

tes. Sua paixão era andar a cavalo. Mesmo

sendo uma mulher casada, que na épocacostumava dedicar-se apenas à casa, erauma competidora entusiasmada. Quando

estava grávida de seu segundo filho, LizHartel contraiu poliomielite e ficou parali-sada da cintura para baixo. Por um mila-gre, deu à luz uma criança saudável e,em seguida, lutou e trabalhou para trazeralgum movimento de volta a seus múscu-los. Depois de vários anos, sua condi-ção física melhorou, mas ela ainda nãoconseguia usar os músculos dos joelhospara baixo.

Apesar disso, Liz ainda conseguia mon-tar. É claro que tinha de ser ajudada amontar e a desmontar do cavalo, mas issonão a deteve.

Em 1952, no hipismo, as mulheresreceberam o direito de competir com oshomens por medalhas. É um dos poucosesportes onde homens e mulheres com-

petem no mesmo evento. Liz Hartel, inca-paz de andar, tornou-se a segunda melhorde todos, conquistando medalhas de pra-

ta nos Jogos Olímpicos de 1952 e 1956.As fotografias daquela época mostram Lizsentada elegantemente em seu cavalo. Aspessoas dizem que, durante a competição,ela e seu cavalo eram um só – se deslo-cando suave e habilmente durante a exe-cução dos movimentos exigidos.

DISCUTA COM O GRUPO Por que dizem que o “hipismo” é um es-porte que tem dois atletas? Como é possível um cavaleiro paralisadoda cintura para baixo controlar e se comu-nicar com o cavalo?

 Que qualidades especiais esse cavaleiroou esta amazona deve ter?

Abaixo Suécia 1956:onde foi realizado otorneio de hipismo22 

dos Jogos Olímpicosda Austrália: LizHartel-Holst e Jubilee(DEN) esquerda,St. Cyr (SWE) meio,Linsenhoff-Schindling(EUA) direita.

22 A Austrália não permitiu queos cavalos entrassem no país, en-tão as provas de hipismo foramrealizadas na Suécia.

Ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

“VOCÊ SABE SONHAR? SE SUA RESPOSTA FOR SIM, PARABÉNS. VOCÊ ESTÁ PRATICAN-DO O ESPORTE MAIS DIVERTIDO DO MUNDO. NOS SEUS SONHOS, VOCÊ PODE FAZER DETUDO. PODE SER O MAIS FORTE, O MAIS RÁPIDO E O MAIS ALTO, E AINDA GANHAR NOSJOGOS OLÍMPICOS. SE SUA RESPOSTA FOR NÃO, EXPERIMENTE! É ÓTIMO SONHAR.”(JONAS SAMPAIO DE FREITAS, 13 ANOS, BRASIL)

 ATIVIDADE Oriente os alunos a criarem uma ilustração

com tema dos Jogos Olímpicos. O título daimagem deve ser “Sonhos Olímpicos”.

Acima Você sabesonhar? Obra de Jonas

Sampaio de Freitas, 13anos, Brasil.

 VOCÊ SABE SONHAR?

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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ESTA ILUSTRAÇÃO FOI DESENHADA POR UMA CRIANÇA NO BRASIL E ENVIADA AO “VISA OLYMPICS OF THEIMAGINATION”23 (JOGOS OLÍMPICOS DA IMAGINAÇÃO DO VISA), UMA MOSTRA DE ARTE OLÍMPICA INFANTIL. FOIREALIZADA DURANTE OS JOGOS OLÍMPICOS DE 2000 EM SIDNEY. AJUDE SEUS ALUNOS A CRIAREM TAMBÉM SEUSPRÓPRIOS “SONHOS”.

DISCUTA COM O GRUPO Que símbolos são vistos nas ilustrações

dos colegas? O que eles significam?

23 VISA Olympics of theImagination Programme, 2000.

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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106 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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“IMAGINAÇÃOSEM AÇÃO É UMSONHO. AÇÃO SEMIMAGINAÇÃO ÉSEM PROPÓSITO.IMAGINAÇÃO COM AÇÃO É CONQUISTA.”

(ANÔNIMO)

À direita Turim,

2006: a atleta desnowboard HannahTeter (EUA) segurasua medalha de ourono halfpipe feminino.

FAZENDO O MEU MELHORNESTAS ATIVIDADES, OS ALUNOS VÃO USAR A CRIATIVIDADE. AJUDE-OS A IMAGINAR UMFUTURO EM QUE ESTEJAM FAZENDO O MELHOR QUE PODEM.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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SUGESTÃODE ATIVIDADES

 ALEGRIA EMMEU FUTURO!

Peça aos alunos para criarem uma cola-gem artística, incluindo imagens, fotografias

que eles tiraram, palavras e frases querepresentam uma imagem positiva de fu-turo. A colagem deve ser depois compar-tilhada com um pequeno grupo. Lembre-osde incluir imagens relacionadas com ativi-dades físicas.

1ÓTIMOPLANEJAMENTO!

Cada aluno pode preparar um plano deum dia, uma semana ou até um mês para

cuidar de suas necessidades físicas, emo-cionais e intelectuais. Deve incluir: esporte e a atividade física; alimentos recomendados e cuidadoscom a saúde; atividades de convivência e lazer comamigos e familiares; tempo dedicado ao estudo e ao conhe-cimento; momento de reflexão em um lugar tranquilo.

2

MEU DIÁRIO

Peça a cada aluno que escreva um diáriosobre si e seu mundo, incluindo:as coisas importantes que acontecem no

seu dia a dia; algo que ele gostaria que acontecesseno futuro;

 a atividade física favorita. Por que gos-ta dela? coisas boas sobre a família dele e amigos; uma coisa nova que ele aprendeu a fazer; como ele cuida de si mesmo.

4SOU UMAESTRELA!DRAMATIZE

Escreva a lista abaixo no quadro-negro: Por favor, descreva algumas das ha-bilidades necessárias à sua ativi-dade. Por favor, diga-nos o que você teveque fazer para alcançar o seu obje-

tivo? Existe alguém que deseja mencionarque o ajudou? Como ele ou ela aju-dou você? Seus jovens fãs gostariam de saberque conselho você daria a eles paraque possam fazer o que você fez. O que você sente agora que alcan-

5

MURAL DEHERÓIS EHEROÍNAS

Faça com seus alunos um mural na sala deaula com fotografias e histórias de heróis do

sexo feminino e masculino que obtiveramresultados físicos notáveis depois de superarobstáculos físicos ou sociais muito difíceis.Crie com eles dramatizações de seus maio-res momentos. Peça para simularem entre-vistas com esses personagens. Quais teriamsido suas motivações para a superação dosproblemas pessoais? Como eles teriam bus-cado soluções para os problemas?

3

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética e cidadania

Pluralidade cultural,ética e cidadania

çou o seu objetivo? Sua vida mudou?Como? Como você vai ajudar os outros?Em seguida, leia para eles: Hoje, um

poderoso espírito disse que vocês podemse tornar um astro em qualquer esporte ou

atividade física que quiserem. Imaginemque vocês estão sendo entrevistados porum repórter. Como vocês responderiam àsperguntas no quadro-negro?

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108 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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LEIA PARA O GRUPOCena 1 – Beber ou não beber.Fernanda deve escolher

Fernanda pega o ônibus para a escola comseus amigos. Todos os dias eles passampor uma grande propaganda de uma marcade bebidas. No anúncio, há uma linda mu-lher de corpo escultural vestindo um belovestido branco. Na foto, ela está de pé comum copo de cerveja, no centro de uma rodade dança, com outras pessoas a admirando,todas muito felizes, se divertindo, e brin-dando com alegria. Fernanda gostaria de separecer com a mulher de vestido branco.Ela joga vôlei e sabe todos os riscos para asaúde que o excesso de álcool representa.Há um ano, vários amigos da escola de Fer-nanda bebiam de vez em quando. Porém,com o passar do tempo, isso passou a virarum hábito: compram bebidas toda semanae vão tomá-las na casa de um dos amigosdepois da escola. Alguns ficam bêbados

com frequência. É uma diversão para a qualeles sempre a convidam. O que Fernandadeve fazer?

DISCUTA COM O GRUPO Quais são as escolhas de Fernanda? Por que as escolhas são difíceis? Qual é a mensagem do anúncio? Comoesta mensagem afeta Fernanda? Quais são as expectativas das diferen-tes pessoas que fazem parte da vida deFernanda? – Amigos, treinador, compa-nheiros, pais. O que você faria? Qual é a escolha saudável? Fale sobre outros anúncios que tentaminfluenciar o seu comportamento.

Cena 2 – Tomar esteroides ou nãotomar esteroides. Carlos deve escolherCarlos sempre foi gordinho, com ombros

finos e abdômen largo, mas mudou suaalimentação e há um tempo começou afrequentar uma academia. Está treinandoduro, quer ser aceito pelos colegas e pelasmeninas que sempre o desprezaram. Logo,fez amizade com dois garotos da academiaque são fortes e musculosos, e sempre fa-zem treinos pesados – além de viveremrodeados de garotas. Carlos quer muito par-ticipar do grupo deles, emagrecer, ficar fortee não ser mais ignorado pelas garotas. Umdia, um desses amigos de academia entra novestiário. Ele chega até Carlos, coloca o braçoem volta de seus ombros.

“Ei, Carlos”, diz calmamente. “Você estátreinando duro, mas, sabe, seu peitoral émuito fraquinho, e não vai bombar só com otreino. Consegui pegar algumas dessas cáp-sulas. Tome uma por dia por duas semanas.Elas vão dar uma potência muscular extra,você vai ver como vai crescer nos treinos...”O que o Carlos tem que fazer?

DISCUTA COM O GRUPO Quais são as escolhas de Carlos? Por que as escolhas são difíceis? Quais são as expectativas das diferen-tes pessoas na vida de Carlos? Amigos,pais, família.

 O que você faria? Qual é a escolha saudável?

Abaixo Seoferecessemesteroides a você,o que faria?

 ANJOS OU DEMÔNIOS: FAZENDO ESCOLHASDIFÍCEISCADA UMA DAS CENAS ABAIXO ENVOLVE UMA PESSOA QUE TEM UM DILEMA. USE ESTA ATIVIDADE PARA AJUDAR OS ALUNOS A EXPLORAR OS DESAFIOS DE FAZER ESCOLHAS POSITIVAS E SAUDÁVEIS.

Saúde, ética ecidadania

* Matemática (dados estatísticos sobre juventude liga-dos a consumo de drogas lícitas)

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

Quando se observa os atletas emação, eles fazem a atividadeparecer tão fácil. Na verdade, o

atleta não se torna um campeão sem certas

qualidades e valores.

SUGESTÃO DE ATIVIDADESAnote as seguintes frases no quadro-negroe decifre as letras embaralhadas, com seusalunos, para descobrir quais qualidades umatleta precisa ter para ser um campeão.

Ele/ela reúne talento e coração em umUILROIEQBÍ de corpo, vontade e mente.

Ele/ela deve amar o esporte. Há alegriano ROFEÇSO de atletas participantes emseus esportes.

Ele/ela quer dar o seu melhor. Atletas lutampor CEAÊELNXIC.

Ele/ela não trapaceia. Grandes campeõesacreditam que o verdadeiro esporte está noOOGJ OMLPI.

Ele/ela SPRIETEA  os adversários, os fun-cionários e os companheiros de equipe...................................................................

LIMPO ESFORÇOEXCELÊNCIA RESPEITA

EQUILÍBRIO

 Anúncio de Procura-se  - Peça aosalunos que, em grupos pequenos, façamuma lista das qualidades que uma pes-soa precisa ter para ser um campeão.

Em seguida, escrevam um ANÚNCIO DEPROCURA-SE “um campeão”, com cane-tas grossas em cartaz. Coloque o anúnciono mural de sua escola.

 VOCÊ É UMCAMPEÃO!

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

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USE ESTA ATIVIDADE PARA AJUDAR OS ALUNOS A PENSAR SOBRE COMO OS VALORESOLÍMPICOS PODEM AJUDÁ-LOS A SE TORNAR “O MELHOR QUE PODEM SER”.

 Quadro de Estrelas - Diga a cada alunopara identificar uma atividade que façammuito bem. Eles podem levar para a esco-la, no dia seguinte, uma fotografia deles

próprios realizando essa atividade, ouentão fazerem um desenho. Crie um qua-dro de estrelas que inclua as fotografiasou desenhos de todos os alunos.

Ética e cidadania

Ética e cidadania Ética e cidadania

À direita Pequim,

2008: Cesar Cielo seemociona ao recebera medalha de ouroinédita para o Brasil

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110 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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“AQUELES QUE NÃOPODEM PERDOARDESTROEM A PONTESOBRE A QUAL ELES

DEVEM PASSAR.”(CONFÚCIO/ZI KONG, ESTUDIOSOCHINÊS, SÉCULO 5 A.C.)

“O FRACASSO É MUITAS VEZES A HORA ESCURANA MADRUGADAQUE PRECEDE O AMANHECER DE UMDIA DE SUCESSO.”(DESCONHECIDO)

“SE VOCÊ QUER QUE

SEUS OVOS CHOQUEM,SENTE-SE NELES.”(PROVÉRBIO HAITIANO)

“A SOLIDÃO ÉTEMPESTADESILENCIOSA QUEQUEBRA TODOS OS

NOSSOS GALHOSMORTOS; NOENTANTO, ENVIANOSSAS RAÍZES VIVASPARA A PROFUNDEZADO CORAÇÃO VIVO DATERRA VIVA.”(GIBRAN KAHLIL, 1883-1931,FILÓSOFO, POETA E ARTISTADO LÍBANO)

“A VIDA GERA VIDA. A ENERGIACRIA ENERGIA. É O

DESGASTE QUE NOSTORNA RICOS.”(SARAH BERNHARDT, 1844-1923,FAMOSA ATRIZ FRANCESA)

“A PIOR DE TODAS AS DECEPÇÕES É A AUTODECEPÇÃO.”(PLATÃO, 427-347 A.C.,

FILÓSOFO E EDUCADOR GREGO)

DISCUTA COM O GRUPO Peça aos alunos que digam com suaspróprias palavras o que eles entenderamdas lições de vida que essas citaçõestentam transmitir. Peça aos alunos que pesquisem outrascitações – de poetas, dirigentes e atletasde seu próprio país ou tradição cultural. Peça a cada aluno que prepare um cartazou um desenho usando as palavras deuma das suas citações favoritas.

Abaixo Sidney,2000: Cathy Freeman(AUS) comemora suamedalha de ouroapós vencer os 400mfemininos. Cathy édescendente aborígineda Austrália e seorgulha de sua origem.

PALAVRAS DEINSPIRAÇÃOUSE AS CITAÇÕES PARA INICIAR UMA REFLEXÃO SOBRE MENSAGENS DE VIDA QUE PODEMINSPIRAR COMPROMISSO COM UM TIPO DE COMPORTAMENTO OU UMA ATIVIDADE.

LEIA PARA O GRUPO

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

LEIA PARA O GRUPOJohn Akhwari cumpriu o seucompromissoA Cidade do México foi palco de um dosgrandes momentos da história da marato-na. Foi muito depois que os últimos mara-

tonistas terminaram a corrida. Todo mundoestava saindo do estádio, já praticamentevazio. De repente, um corredor solitário sur-giu no estádio, que fazia parte do percursoda maratona. John Stephen Akhwari, daTanzânia, estava mancando penosamentepela pista. Suas pernas estavam enfaixadasapós um acidente durante a prova. Peranteuma plateia atordoada, Akhwari, cheio dedores, deu a volta na pista. No começo,havia o silêncio. Depois, a pequena plateiacomeçou a aplaudir esse atleta notável.Aplaudiram-no como se ele fosse o vence-dor da corrida.

Quando um repórter lhe perguntou porque continuou na corrida, apesar de seusferimentos, ele simplesmente respondeu.“Eu não acho que você entenda. Meu paísnão me enviou ao México para iniciar a cor-rida. Ele me enviou para terminá-la.”

Em 2000, na cerimônia de encerramen-to dos Jogos de Sidney, Akhwari recebeuuma premiação do ex-presidente do COI,Juan Antonio Samaranch, como um símbo-lo vivo do ideal olímpico.

DISCUTA COM O GRUPO Por que vocês acham que Akhwari nãodesistiu mesmo estando ferido?

 Quais são algumas das razões pelasquais as pessoas desistem de fazer oque querem quando se veem diante deuma dificuldade ou um obstáculo? Conte uma história sobre alguma vezem que vocês começaram a fazer algoe desistiram porque tiveram uma difi-culdade ou um problema. O que vocêsfariam diferente se pudessem recriarou reviver essa situação? Em grupos, contem uma história sobreuma vez em que um de vocês tenhafeito algo apesar da existência de difi-culdades ou problemas. O que vocês

aprenderam sobre si?

Sidney, 2000:John Stephen Akhwari(TAN) na cerimônia deencerramento.

EU VOU TERMINAR A CORRIDA!

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  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

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 ÀS VEZES, SER O MELHOR QUE VOCÊ CONSEGUE NÃO SIGNIFICA NECESSARIAMENTE QUE VOCÊ É O MAIS RÁPIDO, OMAIS ALTO OU O MAIS FORTE. SIGNIFICA QUE VOCÊ ASSUMIU UM COMPROMISSO E O CUMPRIU – APESAR DE TUDO.

Ética e cidadania

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112 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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CINCO VALORESE

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T odas as citações a seguir desta-cam não apenas a necessidadede a educação física e o esporte

serem uma prioridade nos sistemas educa-

cionais, mas também de ambos retornaremàs salas de aula e à vida das criançase jovens de todas as idades. Pierre deCoubertin compreendeu essa necessidade.Seu sonho – de que uma recriação dosJogos Olímpicos com competições interna-cionais estimularia o interesse dos jovensno esporte e na atividade física – continuatão relevante hoje como há 100 anos.

LEIA PARA O GRUPO

“INTELIGÊNCIACORPORAL--CINESTÉSICA ÉFUNDAMENTAL PARAO CONHECIMENTOHUMANO, UMA VEZQUE É POR MEIO DASNOSSAS EXPERIÊNCIASSENSÓRIO-MOTORASQUE EXPERIMENTAMOS A VIDA.”24

(CAMPBELL, L.; CAMPBELL, B.;DICKENSON, D.)

“A EDUCAÇÃOMODERNA [...] SEPERMITIU SER DIVIDIDA

DE MODO MUITOCOMPARTIMENTADO[...] CADA FORÇA AGEDE MODO ISOLADO,SEM RELAÇÃO OUCONTATO COM SUASFORÇAS VIZINHAS. SEO TEMA É MÚSCULO,SÓ SE QUER VER AFUNÇÃO ANIMAL.O CÉREBRO ESTÁEQUIPADO COMOSE FOSSE FEITO DECOMPARTIMENTOSPEQUENINOS E

HERMÉTICOS.”26

(PIERRE DE COUBERTIN)

“RESTRINGIROS PROGRAMASDE ENSINO ÀPREPONDERÂNCIA

DAS INTELIGÊNCIASRELACIONADAS À LINGUÍSTICA EMATEMÁTICA MINIMISA A IMPORTÂNCIA DEOUTRAS FORMAS DECONHECIMENTO.”25

(CAMPBELL, L. CAMPBELL, B. EDICKENSON, D.)

DISCUTA COM O GRUPO Vocês concordam com as afirmaçõesfeitas?De que forma podemos realizar ativi-

dades que atendam à necessidade dedesenvolver corpo e mente? De que forma a escola poderia contri-buir para melhorar o desenvolvimentointegral dos alunos?

 ATIVIDADE Produza com seus alunos uma propostacom atividades – complementares às que

 já são realizadas regularmente – que bus-quem desenvolver integralmente os alu-nos e a encaminhe à direção de suaescola. Peça à diretoria ajuda para imple-mentá-la, o que pode demandar o apoiodos pais e de entidades civis de seu

bairro ou cidade.

E: EQUILÍBRIO ENTRE CORPO, VONTADE EMENTE A APRENDIZAGEM ACONTECE NO CORPO TODO, NÃO APENAS NA MENTE. APRENDIZAGEM FÍSICA POR MEIO DOMOVIMENTO CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO, TANTO INTELECTUAL QUANTO MORAL.

Acima Pequim, 2008: O atleta MarilsonGomes dos Santos durante a Maratona dosJogos Olímpicos de Pequim.

24 Campbell, L.; Campbell, B.; Dickenson, D. Teaching andLearning through multiple intelligences, 2. ed. Boston: Allynand Bacon, 1996, p. 67.25 Campbell, L.; Campbell, B.; Dickenson, D. Teaching andLearning through multiple intelligences, 2. ed. Boston: Allynand Bacon, 1996, p. XV.26 In Müeller, N. (ed.). Pierre de Coubertin: Olimpism,Selected Writings. Lausanne, Suíça: COI, 2000, p. 547.

Ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

TEMA: ............................................................................................................................................................................................................................................

CICLO: ............................................................................................................................................................................................................................................

 ALUNO: .......................................................................................................................................................................................................................................... 

Habilidadecinestésica

Habilidadematemática

Habilidadevisual

Habilidadelinguística

Habilidademusical

Habilidadeinterpessoal

Habilidadeintrapessoal

Habilidadesnaturalistas

Registre oque você ob-serva QUANTOÀ CAPACIDADEDE MOVIMEN-

TAÇÃO E AP-TIDÃO FÍSICADO ALUNO.

Registre ashabilidadeslógico--matemáticas

observadasem seu aluno.

Registrese seualuno temfacilidadede apren-der apenas

olhando/memorizandoo que viu emaula.

Registre ashabilidadesde comuni-cação oral e

escrita de seualuno.

Registre ashabilidadesmusicais deseu aluno(não neces-

sariamenteprecisa sabertocar instru-mentos).

Registre ashabilidadesrelacionadasao convívio

humano deseu aluno

Registre ashabilidadesrelacionadasao autoco-nhecimentodemonstradopelo aluno.

Observecomo elereagiu acada partidaperdida ouganha.

Registre ashabilidadesrelacionadasao contatocom o meioambiente emanejo de

seus objetos,bem comoo interessepelos fenô-menos a elerelacionados

Resultadosdos alunos*

Mini torneiode tênis demesa na horado recreio.Data:mar./2013

Gincana comnúmerosrelaciona-dos a jogosolímpicos járealizados.Data:abr./2013

Jogo damemória comatletas emodalidadesolímpicasData:mai./2013

Drama-tizaçãodos DozeTrabalhos deHércules.Interpretouo Leão deNemeiaData:jun./2013

Gincana Mul-ticultural:apresenta-ção de sonse músicas domundo todoData:ago./2013

Composiçãodas equipesde trabalhoem sala;liderança;participa-ção nasatividadespropostasData:todo o ano

Partidasde diversasmodalidades,como fute-bol, basqueteou mesmoxadrez.Data:todo o ano

Visita aoJardimBotânico oua um parquearborizadoda cidade.Data:abr./2013

Tarefas dedesenvolvi-

mento**

Facilidades

Dificuldades

Desempenho

Facilidades

Dificuldades

Desempenho

Facilidades

Dificuldades

Desempenho

Facilidades

Dificuldades

Desempenho

Facilidades

Dificuldades

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Facilidades

Dificuldades

Desempenho

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Dificuldades

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Dificuldades

Desempenho

Medidas deavaliação

* Use preferencialmente conceitos (BD: bem desenvolvido; ED: em desenvolvimento; ND: não desenvolvido). Evite atribuir notas e utilize este instrumento apenas como partede sua avaliação diagnóstica para identificar necessidades ligadas ao seu planejamento de trabalho.** As tarefas podem ser criadas pelo(a) professor(a) sozinho(a) ou com seus colegas do mesmo segmento de ensino.

 PLANEJANDO O EQUILÍBRIONO AMBIENTE DEENSINO

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  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

113

USE ESTE EXEMPLO DE AVALIAÇÃO DOS OITO CONJUNTOS DE HABILIDADES COMO MODELOEM SUA PASTA DE AVALIAÇÕES A FIM DE ANOTAR OS RESULTADOS DOS ALUNOS, TAREFAS DEDESENVOLVIMENTO E MEDIDAS DE AVALIAÇÃO.

Avaliação Global dos Educandos1o ano do Ensino FundamentalAugusto César da Silva

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114 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

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CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

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LEIA PARA O GRUPOGraça sob pressão:Michelle Kwan (EUA)Ninguém gosta de perder uma com-

petição importante. É muito difícil paraum atleta olímpico perder uma medalha

 VIVENDO O EQUILÍBRIO!ESTES DOIS TEXTOS DEMONSTRAM A CORAGEM E A DIGNIDADE DOS ATLETAS NOSJOGOS OLÍMPICOS.

27 Citado em Brennan, C.Today.com, EUA, 11 fev. 1999.

À esquerda Nagano,1998: Patinaçãoartística, solo feminino– Michelle Kwan (EUA).

que todos achavam que iria ganhar. Émuito difícil não mostrar o seu desa-pontamento. É muito difícil responder àsperguntas da mídia. É difícil continuar

quando sabe que o sonho de sua vidanão se tornou realidade.

Na competição de patinação artística fe-minina nos Jogos Olímpicos de Inverno deNagano, em 1998, uma jovem adolescentedos EUA, Michelle Kwan, mostrou ao mundo

como aceitar uma derrota esmagadora comespírito de jogo limpo. Esperava-se que Kwanganhasse a medalha de ouro. Ela foi a cam-peã mundial na maioria das competições, econsiderada a melhor patinadora duranteaquele ano. Mas na noite de sua participaçãona competição olímpica, uma companheirade equipe muito jovem, Tara Lipinski, fez umarotina incrível e derrotou Kwan na pontuaçãofinal. Kwan conquistou a medalha de prataem vez da medalha de ouro.

No entanto, a verdadeira história estána forma como Kwan reagiu à derrota.Durante uma coletiva à imprensa, Kwantratou Lipinski como uma amiga próximae disse simplesmente: “Esta pode não sera cor da medalha que eu queria, mas voulevá-la... é a vida, né?”27

“A forma como Kwan se portou será lem-brada para sempre. Ela é uma das atletascom mais classe que você poderia encon-trar”, disse um observador.

Outro disse: “Eu nunca vi ninguém lidarcom uma derrota esmagadora com mais dig-nidade, equilíbrio e maturidade do que umaadolescente chamada Michelle Kwan.”

DISCUTA COM O GRUPO Por que as pessoas admiram a forma

como Michelle Kwan agiu depois de con-quistar a medalha de prata em vez do ourona patinação artística? Você a admira? Porque sim ou por que não? O que aconteceria em um concurso se nãohouvesse um vencedor e um perdedor? Como os atletas que são maus per-dedores agem depois de serem der-rotados em uma competição? Por quevocê acha que eles agem dessa forma?Quais são as consequências desse maucomportamento nos outros atletas, nosespectadores e no esporte? Como você poderia mostrar respeito para

com seus adversários ou para com outraequipe durante uma competição esporti-va? Como você pode demonstrar que éum bom perdedor após sua equipe serderrotada em uma competição?

Ética, cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  S  E  C  T  I  O  N   4

    T    H    E    F    I    V    E    E    D    U    C

    A    T    I    O    N    A    L    V    A    L    U    E    S    O    F    O    L    Y    M    P

    I    S    M

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

115

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

SUGESTÃODE ATIVIDADES

Peça aos alunos que redijam uma históriasobre um momento em que eles ou alguémde sua comunidade perdeu uma competi-ção importante. Como eles se sentiram?Por quê?

1 Se possível com a ajuda da internet, façaum levantamento dos casos de violênciaem estádios de futebol no Brasil no últimoano e analise com os alunos as informaçõesdisponíveis sobre esses eventos: origem,quantidade de envolvidos, situação do jogono momento da briga, vítimas etc. Discutacom eles a possível relação existente entrea prática de violência e atitudes de mau per-dedores. Criem um blog sobre o assunto epubliquem um manifesto preferencialmente

2

Ética e cidadania

Ética e cidadania

feito pelos alunos em favor de atitudes maissadias e favoráveis nos esportes, indepen-dentemente dos resultados.

Abaixo Atenas, 2004:Torcedores do Brasil eda Suíça se divertemdurante jogo de vôleide praia nos JogosOlímpicos.

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116 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

4

OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

Acima Montreal,1976: A equipe

 japonesa de ginásticaganha a medalha deouro. Shun Fujimotoestá à esquerda.

LEIA PARA O GRUPOQuando a vontade prevalece:Shun Fujimoto (Japão)Nas argolas, um jovem ginasta japo-nês executou sua série. Bem na frentedos espectadores, torceu-se, virou-se eequilibrou-se. Em seguida, executou suaaterrissagem – um salto duplo mortal comuma torção completa – aterrissando pe-sadamente no chão, com ambos os pés.Perfeito! Ele ficou parado pelos três se-gundos necessários, e então caiu em ago-nia. Ninguém sabia que ele estava com a

rótula do joelho quebrada, ferido duranteos exercícios de solo.“Eu não queria preocupar os meus co-

legas”, Fujimoto afirmou. Ele não podiatomar analgésicos por causa das regras

de antidoping. “Obriguei-me a esquecer oque poderia acontecer ao aterrissar”, dis-se ele mais tarde. Então Fujimoto aguen-tou a dor e não contou a ninguém.

O Japão estava em uma competiçãomuito acirrada com a ex-União Soviéticapela medalha de ouro na ginástica porequipe. Fujimoto era um de seus melho-res ginastas. Ele queria continuar, mesmocom seus ferimentos. Mas seu treinador eseus companheiros de equipe, cientes desua dor, não permitiram que ele continu-asse a competir com uma lesão tão grave.

Sem Fujimoto, seus cinco companheirossabiam que não poderiam cometer ne-nhum erro nas competições que se segui-ram. Inspirados pelo orgulho e a coragemde Fujimoto, todos deram o melhor de si.

Quando os resultados foram anun-ciados, a equipe japonesa conquistoua medalha de ouro por 40/100s de umponto. Eles dedicaram a vitória a ShunFujimoto, que os havia inspirado com asua coragem.

DISCUTA COM O GRUPO Vocês admiram a atitude de Fujimoto?Sim ou não? Por quê? Vocês acham admirável que os atletascontinuem competindo embora machu-cados? Sim ou não? Por quê?

 

Vocês continuariam? Sim ou não? Porquê?

Pluralidade cultural,ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

117

1  Use movimentos físicos individuais ouem grupos pequenos para representar umaideia: um animal, uma nuvem, uma árvore,

um acontecimento histórico, uma fórmulamatemática, ou o enredo e personagensde uma história. Depois da atividade, peçaaos alunos para discutir o que aprenderamexperimentando a ideia cinestesicamente.

2  Use movimentos físicos individuais ouem grupos pequenos para representar osaros olímpicos, a mensagem olímpica e olema olímpico. Depois da atividade, peça aosalunos para debater o que aprenderam expe-rimentando a ideia cinestesicamente.

3 Planeje uma “aventura” na sala de aulaou desafios de “sobrevivência”. Ao vencer osdesafios, os alunos aprendem sobre suas li-mitações e potenciais. Ao confrontar o medo,mudanças e incertezas, os alunos aprendema enfrentar as dificuldades28.

4  Crie circuitos de treinamento imaginá-

rios em sua escola. No ginásio ou em áre-as livres, identifique diferentes lugares comum pedaço de papel colorido, cartazes, oude alguma outra forma. Em cada lugar, osalunos vão fazer um tipo diferente de ativi-dade física. Por exemplo, podem fingir quesão um animal diferente. Crie a atividade quefariam. Melhor ainda, convença as criançasa ajudá-lo a desenvolver exercícios a seremrepetidos em cada lugar. Adicione música,as crianças vão gostar. Outros temas do cir-cuito podem ser:

 Artistas de circo – finjam que são umequilibrista, trapezista, palhaço, domador,

malabarista, bailarina; Máquinas – finjam ser um carro, avião,bicicleta, trem, foguete etc.;

 Espaço – finjam que estão em Marte, emJúpiter, na Lua, em um foguete etc.;

 Movimentos corporais – imaginem queestão voando, nadando, escalando, saltandode esqui, andando a cavalo ou camelo etc.;

 Aventura selvagem – finjam que estãoatravessando um rio em um tronco, tentan-do ver através da grama alta, subindo umamontanha etc.

5 Faça uma caminhada com os seus alu-nos, de tênis, de chinelo, na chuva, sob umarco-íris. Peça aos alunos que registremsuas observações sobre o tempo, as esta-ções do ano, a fauna, a flora, a comunidadedurante o trajeto etc.

6 Vamos dançar, cantar, criar, brincar,sonhar! Atividades com a mente, o corpo eo espírito expressam a alegria da vida e dacultura de uma comunidade. Na África, porexemplo, a dança é uma expressão importan-te da identidade da comunidade.

 Toque música de diferentes continentes,e crie danças com seus alunos ao somda música e do ritmo. Crie canções quecombinem com a música ou aprendamúsicas de outros países.

 Incorpore músicas, fantasias e cená-rios em um festival de dança especialapresentando danças e músicas deoutros países.

 Peça aos alunos que busquem umamúsica que adoram, para criar umacoreografia que exprima a personalidade

e/ou sonhos deles e esperanças para acomunidade e o mundo.

 APRENDA  COM A ATIVIDADEUSE ESTES EXERCÍCIOS PARA ENVOLVER TODOS OS ALUNOS EM ATIVIDADES CORPORAIS-CINESTÉSICAS. DEPOIS,DEDIQUE UM TEMPO PARA AJUDAR OS ALUNOS A ENTENDER O QUE APRENDERAM COM AS ATIVIDADES “VOLTADASPARA O CORPO”. MUITOS ALUNOS PENSAM QUE, SE ESTÃO SE DIVERTINDO, NÃO ESTÃO APRENDENDO.

Abaixo DesireeEid (AUS) usa a fitadurante a ginástica

rítmica no FestivalOlímpico da Juventude2005 da Austrália.

28 Adaptado de Campbell, L.;Campbell, B.; Dickenson, D.Teaching and Learning throu- gh multiple intelligences, 2.

ed. Boston: Allyn and Bacon,1996, p. 86.

Saúde

Saúde*

* (6º e 7º anos)

Saúde*

* (8º e 9º anos)

Saúde

Saúde*

* (6º e 7º anos)

Saúde epluralidade cultural

*

* (6º e 7º anos)

Pluralidade cultural

Saúde, ética e cidadania

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

GANHAR E PERDER:O QUE É IMPORTANTE

  4

  O  S

  C  I  N  C  O   V  A  L  O  R  E  S   E

   D   U   C   A   C   I   O   N   A   I   S   D   O

   O   L   I   M   P   I   S

   M   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

119

PEÇA A CADA ALUNO PARA RESPONDER A UMA PESQUISA COM OS CAMPOS EXEMPLIFICADOS ABAIXO. OSRESULTADOS DEVEM SER COMBINADOS E ANALISADOS PARA, A PARTIR DELES, ENVOLVER OS ALUNOS EM UMADISCUSSÃO SOBRE OS VALORES QUE CONSIDERAM IMPORTANTES.29

PARA VOCÊ, QUAL O GRAU DE IMPORTÂNCIA...

muito pouco pouco muito demais

1 Vencer X2 Divertir-se

 jogando X

3 Amizade X

4 Exercício X

5 Jogo limpo X

6 Uniformes X7 Competir, dar omeu melhor X

8 Treinar X9 Fazer parte deuma equipe X

10 Arbitragem X

Junte os resultados no quadro-negro ouem um pedaço de papel.

Faça gráficos dos resultados por a) ca-

tegoria; b) comparando as meninas e osmeninos; c) pela média em cada categoria.

DISCUTA COM O GRUPO Que valores são demonstrados por suasescolhas nesta pesquisa? Estes são os valores que desejam mos-trar? Por quê? Que medidas vocês devem tomarpara mostrar que estão mudando osseus valores?

SOU UMA MENINA  UM MENINO 

29 Binder, D. Come Together: The Olympics and You.Ottawa: Associação Olímpica Canadense, 1985, p. IV-28.

Ética e cidadania

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122 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

4

OS

CINCO VALORESE

DUCACIONAISDO

OLIMPIS

MO

Há 100 anos, Pierre de Coubertinqueixou-se da ênfase dada pelasescolas francesas ao intelecto e à

compartimentação do ensino. Ele teria com-preendido e aplaudido a teoria das inteli-gências múltiplas.

“AS INTELIGÊNCIASSÃO LINGUAGENS QUETODAS AS PESSOASFALAM E QUE SÃOINFLUENCIADAS,EM PARTE, PELACULTURA NA QUALELAS NASCERAM.SÃO FERRAMENTASUTILIZADAS PORTODOS OS SERES

HUMANOS PARA A APRENDIZAGEM,SOLUÇÃO DEPROBLEMAS ECRIATIVIDADE.”32

A teoria das inteligências múltiplas33 tambémreforça o ponto de vista do cruzamento cultu-ral na aprendizagem humana.

 ATIVIDADESPENSANDO SOBRE O EQUILÍBRIOTrabalhe em grupos pequenos para pre-encher o quadro “Inteligências Múltiplas”34 usando os títulos abaixo. O primeiro item, in-

teligência corporal-cinestésica, foi pre-enchido para você.

Depois, preencha os itens referentes acada uma das inteligências a seguir. Trabalheem grupos pequenos, cada um responsávelpor um tipo de inteligência.

Inteligência verbal-linguísticaA habilidade de pensar em palavras e usarlinguagem para se expressar e apreciar sig-nificados complexos.

Inteligência lógico-matemáticaPossibilita calcular, quantificar, considerar

problemas matemáticos e hipóteses, e reali-zar operações matemáticas complexas.

Inteligência visual-espacialInstiga a capacidade de pensar de forma

tridimensional, perceber imagens externase internas, recriar, transformar ou modificarimagens e movimentar a si mesmo e tam-

bém objetos através do espaço.

Inteligência musicalÉ evidente em indivíduos que são sensíveis àafinação, melodia, ritmo e tom.

Inteligência interpessoalÉ a capacidade de compreender e interagircom outros eficazmente.

Inteligência intrapessoalRefere-se à capacidade de construir umapercepção acurada de si mesmo e usaresse conhecimento para planejar e direcio-nar a própria vida.

Inteligência naturalistaConsiste em observar padrões na natureza,identificar e classificar objetos, e compreen-der sistemas naturais e artificiais.

DISCUTA COM O GRUPO Qual dessas inteligências é mais valo-rizada em sua cultura? Por quê?

 Qual dessas inteligências parece sermais valorizada no seu sistema deensino? Por quê? Qual dessas inteligências melhor des-creve os seus talentos e interesses? O que você pode fazer para aumentarseus conhecimentos e habilidadesnas áreas em que você tem talento? Um dos valores do Olimpismo é pro-mover o equilíbrio “entre corpo, von-tade e mente”, com a participaçãoativa no esporte e na atividade física.Como atividades corporais-cinesté-sicas contribuem para o desenvol-vimento da motivação e das outrasinteligências?

MUITAS CULTURAS,MUITOS ALUNOS,MUITAS INTELIGÊNCIASUSE ESTA ATIVIDADE COM ALUNOS MAIS VELHOS PARA INTRODUZIR A IDEIA DE QUE HÁ MUITAS FORMASDE INTELIGÊNCIA, QUE AS PESSOAS TÊM TALENTOS E INTELIGÊNCIAS DIFERENTES, PORTANTO, DISTINTASFORMAS DE APRENDIZAGEM. UM ENSINO BEM-SUCEDIDO SOFRE A INFLUÊNCIA DO TALENTO, DA CULTURA E DAMETOLODOGIA DE ENSINO.

32 Campbell, L.; Campbell,B.; Dickinson, D. Teachingand Learning Through MultipleIntelligences, 2. ed. Boston:Allyn and Bacon, 1996, p. XV.33 Gardner, H. Frames ofMind: The Theory of MultipleIntelligences. Nova York: BasicBooks, 1983.

34 Adaptado de Campbell,L.; Campbell, B.; Dickinson,D. Teaching and LearningThrough Multiple Intelligences,2. ed. Boston: Allyn andBacon, 1996.

Ética e cidadania

TIPO DE TALENTO/INTELIGÊNCIA

INDICADORES DESSETALENTO

QUEM TEM ESSAHABILIDADE?

ATIVIDADES PARAESTIMULAR ESSAHABILIDADE

Inteligência corporal--cinestésica

Permite às pessoasmanipular objetos eaperfeiçoar habilidadesfísicas. Necessária paraa sobrevivência.

• Explora o ambiente por meiodo toque e do movimento –manipula.

• Demonstra boa coordenação,

graça e um senso de tempo.

• Aprende por meio daparticipação direta.

• Gosta de experiências deaprendizagem concretas:por exemplo, viagens decampo, modelo de construção,dramatização, jogos.

• Tem coordenação motora ecoordenação motora fina bemdesenvolvidas.

• atletas

• dançarinos

• atores

• costureiros

• especialistas em recreação

• escultores

• designers

• cirurgiões

• coreógrafos

Adicionar outras profissõesa esta lista

• Aprender fazendo.

• Desempenhar um papel.

• Dramas criativos.• Simulações.

• Atividades de movimentocriativo.

• Atividades que

desenvolvam a consciênciacorporal, quanto aos limitese possibilidades do própriocorpo.

• Aprender sequências pormeio da dança.

• Os materiais manipuláveis

(por exemplo, cartões comtarefas, quebra-cabeças etc.)

• Jogos.

• Educação física diária.

• Aventuras em sala de aula.

• Viagens de campo.• Pausas para exercíciosfísicos.

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Crie seus próprios slides, trans-

parências ou apostilas para

contagiá-los com a proposta.

Se preferir, use o texto abaixo.

 Para uma apresentação de dez minutos,

os slides com números de 1 a 12 resu-

mem o conteúdo do programa. Para uma apresentação mais detalhada,

você pode considerar os slides com sub-

temas, enumerados com letras seguidas

dos números, como 3(a), 3(b), 3(c).

 Se for possível, incluir vídeos com tre-

chos de filmes ou músicas em CD ou

DVD para completar o roteiro dos slides.

SLIDE 1ENSINANDO VALORESOLÍMPICOS: TEORIAE METODOLOGIA DAEDUCAÇÃO OLÍMPICA 

“O MUNDO ATUALPRECISA DETOLERÂNCIA, PAZ EFRATERNIDADE. OS VALORES OLÍMPICOS[...] PODEM NOSOFERECER ISSO.”(JACQUES ROGGE, PRESIDENTEDO COI, TURIM, 2006)

“O OBJETIVO DOMOVIMENTO OLÍMPICOÉ CONTRIBUIR PARA ACONSTRUÇÃO DE UMMUNDO PACÍFICO EMELHOR EDUCANDOOS JOVENS PORMEIO DA PRÁTICA DOESPORTE, DE ACORDOCOM OS VALORES DOOLIMPISMO.”(CARTA OLÍMPICA, P. 10)

SLIDE 2OLIMPISMOOLIMPISMO é uma filosofia de vida, que

busca equilibrar qualidades do corpo, da

vontade e da mente. Ao combinar espor-

te com cultura e educação, o Olimpismo

deseja criar um modo de vida baseado:na alegria do esforço;

no valor educacional do bom exemplo;

e no respeito pelos princípios éticos uni-

versais fundamentais.

MODELO DE APRESENTAÇÃO

124 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

5

ORIENTAÇ

ÕES

PARAIMPLEMENTAÇ

ÃO

IMPLANTAR UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO SOBRE VALORES OLÍMPICOS PODE DEMANDAR APOIO E PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS EM SUA ESCOLA E COMUNIDADE.

SLIDE 3 VALORES EDUCACIONAISDO OLIMPISMO

 alegria do esforço;

  jogo limpo;

 respeito pelos outros;

 busca pela excelência; equilíbrio entre corpo, vontade e mente.

SLIDE 3(A)ALEGRIA DO ESFORÇOOs jovens desenvolvem habilidades físicas,

de comportamento e intelectuais quando

desafiam a si mesmos e aos outros nas

atividades físicas e de movimento, em

 jogos e esportes.

SLIDE 3(B)JOGO LIMPOJogo limpo é um conceito esportivo, mas,

como todos os pais sabem, mesmo as crian-

ças pequenas têm forte consciência do que

é “justo”. Aprender a jogar limpo por meio de

atividades físicas pode ajudar no desenvolvi-

mento de um comportamento que respeita o

 jogo limpo na comunidade e na vida.“O JOGO LIMPO NÃOÉ ASSIMILADO DONADA, ELE DEVE SERENSINADO.”

SLIDE 3(C)RESPEITO AO PRÓXIMO Aprender a aceitar e respeitar a diversida-

de pode promover a paz e a compreensão

internacional. O Movimento Olímpico reúnetodos os grupos étnicos e culturas e pode

servir como modelo para a tolerância e

compreensão.

SLIDE 3(D)BUSCA PELA EXCELÊNCIAEntre os atletas, a excelência é muitas

vezes entendida como “dar o seu me-

lhor”. Esse conceito pode ajudar os jo-

vens a fazer escolhas positivas e saudá-

veis, e se esforçar para serem o melhor

que puderem na vida.

SLIDE 3(E)EQUILÍBRIO ENTRE CORPO, VONTADEE MENTE A pesquisa atual entende que a aprendiza-

gem ocorre em todo o corpo, não apenas

na mente, e que a atividade e a aprendiza-

gem físicas por meio do movimento contri-

bui para o desenvolvimento da moral e do

aprendizado intelectual. O renascimento

dos Jogos Olímpicos por Pierre de Cou-

bertin foi baseado em um conceito seme-

lhante de corpo e de mente.

SLIDE 4 VALORES OLÍMPICOSSÃO COMUNICADOSPOR MEIO DE SÍMBOLOSE CERIMÔNIASO Movimento Olímpico é mais do que um

evento esportivo. A imaginação dos jovens

é inspirada pela arte, música e apresen-

tações culturais nos Jogos Olímpicos. O

respeito e a aceitação da diversidade po-

dem ser promovidos por meio da introdu-

ção das atividades baseadas nos valores

educacionais do olimpismo, em todos os

aspectos de um programa esportivo, e em

outras áreas do currículo escolar como Le-

tras, História e Ciência.

SLIDE 4(A)SÍMBOLOS OLÍMPICOS Aros, bandeira, tocha, chama, símbolo da

trégua

SLIDE 4(B)CERIMÔNIA DE ABERTURA

SLIDE 4(C)CERIMÔNIAS DE ENCERRAMENTO E

DE ENTREGA DE MEDALHAS

SLIDE 5 VALORES OLÍMPICOSSÃO COMPARTILHADOSPOR MEIO DO ESPORTEE DO MOVIMENTOOLÍMPICOS

 Esses valores estão na Carta Olímpica

do Comitê Olímpico Internacional.

Quando os Comitês Olímpicos Nacio-

nais são admitidos para integrar o

Movimento Olímpico, assumem a res-

ponsabilidade de promover e ensinar

esses valores em seus países. Comitês Organizadores de Jogos Olímpi-

cos de Verão e de Inverno são obrigados

a fornecer um programa olímpico de

educação para acompanhar os Jogos.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  5

  O  R  I  E  N  T  A  Ç

   Õ  E  S

   P   A   R   A   I   M   P   L   E   M   E   N   T   A   Ç

    Ã   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

125

SLIDE 6ORGANIZANDO OS JOGOSOLÍMPICOS MODERNOSE UM DIA OLÍMPICO

 Projetando as instalações (locais de

competição)

 Organizando as competições

 Planejando os eventos culturais e trei-

nando voluntários

 Cuidando das necessidades e do trans-

porte dos atletas e dos espectadores

 Protegendo o meio ambiente

Este livro oferece atividades estimulantes ins-

piradas nos tópicos acima relacionados. Por-

tanto, uma abordagem integrada é possível. A

celebração de um Dia Olímpico na escola ou

na comunidade pode ser o clímax do programade educação de valores olímpicos.

SLIDE 7O ENSINO DOS VALORESOLÍMPICOS É A“EDUCAÇÃO POR MEIODO OLIMPISMO”

 Integrando atividades físicas e esportivas

com outras áreas.

 Utilizando o esporte, as tradições e os valo-

res olímpicos como contexto de ensino de

valores e habilidades para a vida.

SLIDE 8OS OBJETIVOS DOMATERIAL

 Fornecer materiais para ajudar os pro-

fessores, treinadores, líderes de clubes

esportivos e de comunidades a melhorar

o desenvolvimento físico e moral das

crianças e jovens, com idades entre 8

e 18 anos.

 Priorizar a apresentação dos valores

educativos do Olimpismo de forma coe-

rente com as correntes pedagógicas

atuais.

SLIDE 8(A)O LIVRO INCLUI

 Informações sobre o Movimento Olímpico

  Atividades de ensino para salas de aula

ou pequenos grupos

SLIDE 8(B)

TEMAS Capítulo 1: Introdução ao ensino de valores

olímpicos

 Capítulo 2: Celebrando os valores com

símbolos e cerimônias

 Capítulo 3: Compartilhando os valores pelo

esporte e pelo Movimento Olímpico

Capítulo 4: Os cinco valores educacionais

do Olimpismo

 Capítulo 5: Orientações para imple-

mentação

SLIDE 8(C)PROPOSTA METODOLÓGICA

  A aprendizagem é uma atividade ativa,não passiva.

 Pessoas aprendem de maneiras diferentes.

  A aprendizagem é tanto uma atividade

individual quanto coletiva.

SLIDE 9UM MUNDO, UM SONHO– PEQUIM, 2008

 Celebrando a universalidade

 Celebrando a humanidade

 Celebrando a paz

SLIDE 10O FUTURO DAEDUCAÇÃO OLÍMPICA Educação olímpica é:

 Educação global

 Educação ética

 Oportunidade de educação para todos

 Educação multicultural

 Educação equilibrada

SLIDE 11CELEBRANDO UM DIAOLÍMPICO

 Cada classe ou grupo representa um país

 Cerimônia de abertura com um convidado

de honra

  Atividades físicas e eventos esportivos

 Exposições culturais e artísticas

Cerimônia de encerramento baseada em

comemorações regionais.

SLIDE 12INSPIRE UM SONHO

 A educação olímpica traz esperança, inspi-ração e sonhos de um futuro melhor para

os jovens de todo o mundo.

Acima Rio deJaneiro, 2010:Durante a ação COB

nas Comunidades,no Morro ChapéuMangueira, a atleta

 Adriana Behar ensinouos valores olímpicosde amizade, excelênciae respeito.

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disponíveis e as apresente à comunidade emforma de tabelas e gráficos. Ex.: qual a per-

centagem dos alunos da escola que se inscre-

veram como atletas; qual a distribuição entre

meninos e meninas nas diferentes modalida-

des; os prêmios distribuídos a cada série etc.

Geografia  – Elabore um mapa mundial

com todas as cidades-sede dos Jogos Olím-

picos em destaque. Relacione os países que

estarão competindo em seu Dia Olímpico, com

as respectivas capitais, população estimada e

outras informações de interesse.

História  – Confeccione as bandeiras

dos países representados nos Jogos. Dis-

cuta seus simbolismos e o que cada cor

representa. Prepare fichas de informação

sobre cada um dos países.

Línguas Modernas  – Selecione foto-

grafias esportivas e dê títulos nas línguas-

-alvos. Escolha um dos países e faça uma

entrevista no idioma desse país.

Música  – Componha uma canção

tema para o Dia Olímpico. Estude como

a música faz parte dos Jogos Olímpicos

 Antigos e Modernos.

Educação Física – Treine para os even-

tos. Inicie um programa de “Espírito do Olim-

pismo”. Escolha um atleta olímpico e estude

seu esporte e sua carreira.

Ciência – Analise a influência da ciênciae da tecnologia sobre as mudanças nos equi-

pamentos ao longo dos anos. Dê exemplos

de avanços, por exemplo, para as varas do

salto com vara, ciclismo e calçados.

Saúde – Estude a possibilidade de se

fazer um almoço nutritivo para todos os par-

ticipantes no Dia Olímpico. Discuta a pre-

venção da desidratação durante os eventos

do dia. Elabore um plano de exercícios a ser

seguido por todos os participantes durante o

período de preparação para o Dia Olímpico.

Filosofia – Discuta aspectos éticos liga-

dos às disputas olímpicas.

Sociologia – Discuta a diferença entrecomportamentos individuais e “de massa”

e a responsabilidade de cada um e de to-

dos na condução dos jogos sem clima de

violência ou animosidade.

126 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

5

ORIENTAÇ

ÕES

PARAIMPLEMENTAÇ

ÃO

POR QUE PROMOVERUM DIA OU UMA SEMANAOLÍMPICA?

 Para oferecer às crianças e jovens a oportu-

nidade de demonstrar os resultados obtidos

no esporte e na atividade física, bem como

em áreas afins, tais como música, arte etc.

 Envolver toda a escola e/ou comunidade

em um evento com base nos valores olím-

picos, e enfatizar a cooperação, partici-

pação e jogo limpo.

 Proporcionar uma excelente oportunidade

de demonstrar os resultados das atividades

curriculares na escola ou comunidade.

 Dar maior visibilidade – junto à comunida-

de local – ao trabalho realizado pela escola

ou organização. A Família Olímpica, convi-

dados especiais e os meios de comunica-

ção locais serão estimulados a participar.

ORGANIZAÇÃO Escolha uma data e hora para a celebra-

ção do Dia Olímpico. (Internacionalmente,

o Dia Olímpico é comemorado no dia 23

de junho, data em que Pierre de Coubertin

fundou o Comitê Olímpico Internacional).

 Selecione o coordenador geral das ativi-

dades do Dia Olímpico.

 Selecione um comitê de planejamento. Ele

deverá ter um representante do executivoou da administração, uma equipe de ensi-

no ou treinamento, com representantes de

cada área curricular da escola e um grupo

de pais. Dê a cada membro da comissão

uma responsabilidade.

 ÁREAS DERESPONSABILIDADELogística

 Selecione uma série de eventos para o Dia

Olímpico, tais como: eventos esportivos,

 jogos competitivos e não competitivos e

eventos de equipe.

 

 Assegure-se de que todas as crianças e jovens sejam capazes de participar.

  Assegure-se de que os participantes

tenham como se comunicar durante os

eventos do Dia Olímpico.

 Lide com todas as questões legais e deseguros.

Coordenação de campo – Determine

o local e quem será responsável por cada

evento. O planejamento deve incluir: equipa-

mentos, inscrições, programação dos eventos,

designação dos oficiais e demais participantes.

Cerimônias – Decida quais os elemen-

tos das cerimônias de abertura e de encer-

ramento olímpico você deseja incluir. (Veja as

páginas 26-28.)

Premiações – Delibere sobre as catego-

rias de premiação. Prêmios de participação

são recomendados além das premiações

pelos resultados. Decida como os prêmios

serão entregues, quando e por quem.

Relações públicas – Convide pessoas,

tais como o prefeito, os atletas locais, os

governadores, os pais e a imprensa. Con-

tate as estações de rádio e televisão locais,

se possível, e jornais.

Serviços de apoio – Certifique-se de

que haja um Posto de Primeiros Socorros e

de enfermagem disponíveis no dia. Forneça

áreas com sombras e refrescos para os

participantes e espectadores.

 ATIVIDADES PARA CADAMATÉRIA DO CURRÍCULO

ESCOLARArte – Crie os banners a serem utiliza-

dos por cada país na cerimônia de abertura.

Crie e produza as medalhas e certificados a

serem utilizados na premiação. Confeccio-

ne os cartazes e/ou banners a serem uti-

lizados em toda a escola ou comunidade.

Crie um emblema, uma tocha e mascotes.

Língua Portuguesa – Escreva um artigo

para o jornal e relatórios sobre o Dia Olímpico.

Promova um concurso de frases ou poesias

com os ideais olímpicos como tema.

Matemática – Crie as tabelas de resulta-

dos para os Jogos. Auxilie no julgamento da

competição. Discuta as moedas e taxas decâmbio dos diferentes países. Projete, meça e

faça uma planta do campo de jogo que permi-

ta a realização de vários eventos e atividades.

Faça o tratamento estatístico das informações

DIA OU SEMANA OLÍMPICANA ESCOLA OU NACOMUNIDADE A ORGANIZAÇÃO DE UM DIA OU SEMANA OLÍMPICA É UMA ÓTIMA MANEIRA DE PROMOVER OS VALORES DOMOVIMENTO OLÍMPICO EM ESCOLAS E COMUNIDADES LOCAIS.1

1 Adaptado da Associação

Olímpica Britânica. 2006. “Dia

Olímpico da Escola.” Online.

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CERTIFICADODO DIA OU SEMANAOLÍMPICOS

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  5

  O  R  I  E  N  T  A  Ç

   Õ  E  S

   P   A   R   A   I   M   P   L   E   M   E   N   T   A   Ç

    Ã   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

127

USE ESTE MODELO DE CERTIFICADO PARA PREMIAR OS ALUNOS CUJA PARTICIPAÇÃO TORNOU O SEUEVENTO POSSÍVEL.

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130 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

5

ORIENTAÇ

ÕES

PARAIMPLEMENTAÇ

ÃO

 AS LIÇÕES SERÃO LEMBRADAS MUITO DEPOIS QUE AS NOTAS FOREM ESQUECIDAS.

 A nossa escola/organização com “Espírito do Olimpismo” encoraja sua participação nas atividades esportivas curriculares e extracurriculares do seu filho/da sua filha/

do jovem sob sua responsabilidade. Como um pai/responsável, sua participação contribui para o desenvolvimento contínuo e entusiasmo dele/dela. Nossa escola/ 

organização desenvolveu um código de Espírito do Olimpismo. Esperamos que todos os nossos alunos se comportem de acordo com os princípios do código quando

estiverem participando das atividades ou dos eventos realizados pela escola ou organização.

Queremos, também, que os nossos participantes se divirtam, e esperamos que os pais/responsáveis incentivem essa diversão de uma maneira positiva. Quando os

pais ou responsáveis assistem aos eventos, os jovens se preocupam com a reação deles e ficam esperando ouvir palavras de elogio e aceitação. Os jovens se espe-

lham nos pais.

Por favor, entenda que está assistindo a jovens que estão aprendendo e se divertindo ao participar de atividades que eles amam. Seja positivo ao participar de um

 jogo ou evento. Não grite comentários negativos para outros participantes ou pais, professores, treinadores e funcionários. Nossa escola/organização com Espírito do

Olimpismo espera que todos os pais/responsáveis sejam modelos positivos para os seus filhos e/ou filhas.

 Aceite o fato de que os professores, treinadores, líderes de atividade, árbitros e funcionários errarão. Seja tolerante com esses erros. Se não pode aceitar o que vê,

ouve ou vivencia, relate suas preocupações à administração – em particular – após o evento.

Agradecemos seu apoio.

CARTA AOS PAIS OURESPONSÁVEIS USE ESTA CARTA PARA INCENTIVAR O APOIO DE FAMILIARES E DE OUTRAS PESSOAS FORA DA SUA ESCOLA/ORGANIZAÇÃO.

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

PROGRAMA ESPÍRITO DO OLIMPISMO

COMPROMISSO DO TREINADOR DA ATIVIDADE

Como líderes de atividade ou treinadores de jovens, procuramos garantir que nossos participantes desenvolvam e aperfeiçoem suas habilidades, demonstrem res-peito pelos outros, aceitem responsabilidade por seus atos, e possam participar em um ambiente seguro e respeitoso. Como líderes de atividade e/ou treinadores,

concordamos em obedecer às seguinte diretrizes:

 Vamos incentivar e apoiar ativamente os valores educativos do Espírito do Olimpismo da nossa escola ou organização.

 Iremos nos organizar e nos preparar para todos os ensaios, exercícios, treinamentos, eventos e jogos para maximizar o tempo que temos para nossa atividade.

 Não faremos críticas públicas a qualquer um dos participantes, treinadores, dirigentes ou oficiais de outras equipes ou de outras escolas ou comunidades.

 Trataremos todos os participantes de forma justa e com respeito. Estaremos atentos e prontos para agir em qualquer eventualidade que afete a segurança e

saúde dos participantes.

 Enfatizaremos o respeito, trabalho em equipe e diversão, e tentaremos inspirar nos participantes o amor pela atividade.

 Entendemos que nossa atividade é projetada para ajudar os nossos alunos a desenvolver suas habilidades morais, intelectuais e físicas.

 Tentaremos ensinar nossos participantes a trabalhar duro para vencer, mas não a vencer a todo custo.

 Respeitaremos outros líderes de atividade e treinadores dentro do nosso sistema, e trabalharemos com eles para garantir o maior benefício possível a todos os participantes.

 Assinatura: ........... ............. ............. ............. ............. ............. .............. ......

Data: .......................................................................................... .............

(Uma cópia assinada pelos treinadores é dada a cada um dos pais dos participantes da equipe na primeira reunião do time no início da temporada.)

COMPROMISSODO TREINADOR

  5

  O  R  I  E  N  T  A  Ç

   Õ  E  S

   P   A   R   A   I   M   P   L   E   M   E   N   T   A   Ç

    Ã   O

ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS 

131

 ADAPTE ESTE MODELO PARA SEUS OBJETIVOS E SITUAÇÕES

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132 ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

5

ORIENTAÇ

ÕES

PARAIMPLEMENTAÇ

ÃO

PROGRAMA ESPÍRITO DO OLIMPISMO

COMPROMISSO DOS PAIS/RESPONSÁVEIS

Concordamos em obedecer às diretrizes a seguir e garantir que os amigos e familiares que nos acompanham como espectadores ou participantes em eventos

esportivos ou escolares e outras atividades também sigam estas diretrizes, conforme aplicável.

 Incentivaremos e apoiaremos ativamente os valores educacionais do Espírito do Olimpismo na nossa escola ou organização.

 Garantiremos que os participantes sejam levados aos locais adequados para todos os ensaios programados, exercícios, jogos e/ou eventos.

 Vamos respeitar os limites dos participantes e dos seus líderes ou treinadores durante os ensaios, exercícios, jogos e/ou eventos.

 Não levaremos irmãos, amigos ou outros parentes para dentro das áreas de preparação.

 Vamos respeitar a necessidade dos participantes de terem espaço e tempo com os líderes de atividade e/ou treinadores, antes e após os ensaios, exercícios,

 jogos e/ou eventos.

 Não interferiremos ou prejudicaremos os líderes de atividade ou treinadores em momento algum. Não incentivaremos nosso filho ou nossa filha a participar de

forma incompatível com as instruções dos líderes de atividade ou treinadores.

  Apoiaremos a atividade quando formos solicitados a fazê-lo, ajudando a arrecadar fundos (se necessário), e participando de reuniões e eventos especiais.

 Garantiremos que nosso filho ou nossa filha participe de forma apropriada e segura.

............................................................................................................................................................................................................................................................

COMPROVANTE

Concordo com as Diretrizes.

 Assinatura: ................................................................................................

Data: .......................................................................................................

Por favor, assine a parte inferior e devolva-a ao líder de atividade ou treinador. Mantenha a seção de diretrizes para suas informações.

COMPROMISSODOS PAIS OU RESPONSÁVEIS ADAPTE ESTE MODELO PARA SEUS OBJETIVOS E NECESSIDADES.

        #

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ENSINANDO VALORES OLÍMPICOS

  5

  O  R  I  E  N  T  A  Ç

   Õ  E  S

   P   A   R   A   I   M   P   L   E   M   E   N   T   A   Ç

    Ã   O

PROGRAMA ESPÍRITO DO OLIMPISMO

COMPROMISSO DO PARTICIPANTE

 Seguirei os valores do “Espírito do Olimpismo” da minha escola e comunidade.

  Aprenderei e respeitarei as regras do jogo ou atividade.

 Respeitarei as outras pessoas do meu time ou da minha atividade.

 Respeitarei as pessoas do outro time ou das outras comunidades ou escolas.

 Respeitarei os árbitros e supervisores de atividade, e aceitarei suas decisões.

 Elogiarei as boas ações dos outros.

 Serei um bom jogador de equipe.

 Comemorarei nossas vitórias, e aprenderei com nossas derrotas. Ganhar não é tudo.

 Vou me concentrar em aprender e em dar o meu melhor em todos os exercícios, eventos e jogos.

 Serei entusiasmado e encorajarei os outros participantes da minha equipe ou da minha atividade.

COMPROMISSODO PARTICIPANTEUSE ESTE MODELO DE CARTA PARA INCENTIVAR O COMPROMISSO COM AS ATIVIDADES DASUA ESCOLA/ORGANIZAÇÃO.