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EVOLUÇÃO DO EMPREGO E IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO PESADA NA ECONOMIA Base dados: Abril 2017 (RAIS/CAGED), 4º Trimestre 2016 (PNAD Contínua) Atualizados em: 17/05/2017

EVOLUÇÃO DO EMPREGO E IMPACTOS DA ...jornaldiadia.com.br/.../2017/06/SINICON_Emprego_20170517.pdfde trabalho em 2 anos (dez/14 a dez/16) Taxa de informalidade² da construção pesada

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EVOLUÇÃO DO EMPREGO E

IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO

PESADA NA ECONOMIA

Base dados:

Abril 2017 (RAIS/CAGED),

4º Trimestre 2016 (PNAD Contínua)

Atualizados em: 17/05/2017

Emprego formal no Brasil recuou 5,5% entre

abr/2015 e abr/2017

Recuo¹ de 27% na construção pesada e de 26% na

civil

Construção pesada corresponde a 1,5% da mão de

obra e explica 9,5% da queda do emprego formal no

Brasil acumulada desde abr/15

Queda do emprego formal não está sendo

compensada pela informalidade ou conta própria

Emprego total da construção recuou 373 mil postos

de trabalho em 2 anos (dez/14 a dez/16)

Taxa de informalidade² da construção pesada

(~20%) é menor que a do Brasil (~51%)

Informalidade na construção civil: ~77%

Setor da Construção cai mais que PIB pelo

terceiro ano consecutivo

Participação da construção no PIB recua de 5,4%

em 2013 para 5,0% em 2016

Queda da construção tem impactos de curto e

longo prazos na economia

Fortes efeitos multiplicadores sobre a economia:

redução de investimentos e de obras impacta

diretamente diversos setores

Sem investimentos, custo logístico brasileiro

continuará a ser um dos maiores do mundo

reduz potencial de crescimento econômico e

impacta negatividade a competitividade nacional

Emprego na construção cai mais que a média Queda da construção retrai toda a economia

Sumário Executivo

¹ Período considerado: Abril/15 a Abril/17

² Considera também conta própria

Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do título mestre

4

Empregos no Setor de Construção

5

Composição do emprego no Brasil

dez/14 dez/15 dez/16

Formal 49,572 48,061 46,689 51% 50% 49%

Informal 21,049 20,491 21,043 22% 21% 22%

Conta própria 27,152 28,439 27,850 28% 29% 29%

Total Brasil 97,773 96,991 95,583

(em mil postos de trabalho) dez/14 dez/15 dez/16Participação no total

Fonte: RAIS/CAGED-MTE e PNAD Contínua do IBGE. Elaboração LCA.

Obs: os números de trabalhadores informais e conta própria foram ajustados a partir do número de empregos formais da RAIS/CAGED, assim como as taxas de

informalidade e de conta própria.

Brasil apresentou redução de 2,9 milhões de vagas de trabalho

formal entre Dez/14 e Dez/16, o que representa uma queda de

2,0 p.p. na taxa de formalidade

6

Fonte: RAIS/CAGED-MTE e PNAD Contínua do IBGE. Elaboração LCA.

Obs: os números de trabalhadores informais e conta própria da construção pesada e civil foram ajustados a partir do número de empregos formais da

RAIS/CAGED, assim como as taxas de informalidade e de conta própria.

Composição do emprego na Construção

dez/14 dez/15 dez/16

Formal 3,019 2,585 2,200 38% 32% 29%

Informal 1,466 1,619 1,715 19% 20% 23%

Conta própria 3,388 3,914 3,585 43% 48% 48%

Total Construção 7,873 8,118 7,500

Total Brasil 97,773 96,991 95,583

dez/14 dez/15 dez/16Participação no total

(em mil postos de trabalho)

Queda do emprego afeta todas modalidades de contratação a

partir de 2015 queda mais intensa no setor formal

7

Composição do emprego na Construção

Fonte: RAIS/CAGED-MTE e PNAD Contínua do IBGE. Elaboração LCA.

Obs: os números de trabalhadores informais e conta própria da construção pesada e civil foram ajustados a partir do número de empregos formais da

RAIS/CAGED, assim como as taxas de informalidade e de conta própria.

Queda do emprego afeta todas modalidades de contratação a

partir de 2015 queda mais intensa no setor formal

dez/14 dez/15 dez/16

Formal 3,019 2,585 2,200 38% 32% 29%

PESADA (infraestrutura e montagem) 998 824 686 13% 10% 9%

CIVIL (edificações e Instalações) 2,021 1,762 1,514 26% 22% 20%

Informal 1,466 1,619 1,715 19% 20% 23%

PESADA (infraestrutura e montagem) 148 127 94 2% 2% 1%

CIVIL (edificações e Instalações) 1,318 1,492 1,622 17% 18% 22%

Conta própria 3,388 3,914 3,585 43% 48% 48%

PESADA (infraestrutura e montagem) 98 103 73 1% 1% 1%

CIVIL (edificações e Instalações) 3,289 3,811 3,511 42% 47% 47%

(em mil postos de trabalho) dez/14 dez/15 dez/16Participação no total

8

Emprego formal na Construção

Queda acumulada nos últimos 12 meses(abr/16 a abr/17) foi mais

intensa para o setor da Construção, tanto Pesada (-15%) quanto

Civil (-13%), do que para o total do emprego no Brasil (-2%)

Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração LCA.

Total de empregos Brasil abrange ambos os setores privados e público. A comparação mais precisa seria relativizar exclusivamente com emprego

privado. Porém, por incompatibilidade entre as séries RAIS/CAGED e informações CNAE/CBO, esse ajuste, até o presente momento, não é possível.

Abr/15 e Abr/17 Abr/16 e Abr/17

PESADA (infraestrutura e montagem) 942 802 684 -27% -15%

CIVIL (edificações e Instalações) 2.000 1.718 1.489 -26% -13%

TOTAL DA CONSTRUÇÃO 2.942 2.520 2.173 -26% -14%

Emprego Total - BRASIL 49.409 47.675 46.680 -6% -2%

(em mil postos de trabalho) abr/15 abr/16 abr/17Variação

9

Evolução do Emprego Construção nos últimos 12 Meses

Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: LCA

Saldo Elaborado com base nos dados da RAIS do ano anterior e os dados de emprego para março do ano apontado. *Exceção para 2017, RAIS 2016 ainda não foi

divulgada

Apesar de a construção ainda apresentar números negativos

como um todo, a Construção Pesada apresentou crescimento nos

empregos nos últimos dois meses.

-7.747 -9.194 -8.554 -10.124 -7.508 -11.389 -15.891 -20.471 -32.786 147 -4.660 1.243 1.122

-9.309

-21.199 -22.090-19.300

-16.234 -17.847 -19.507

-33.360

-53.982

-1.343

-9.101-11.450

-2.831

abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17

Construção Pesada Construção Civil

10

Evolução do Emprego Formal na Construção Pesada

Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: LCA

Nº de postos de trabalho em dezembro de cada ano (milhares)

Construção pesada apresentou aumento de cerca de 1 mil

empregos, enquanto Brasil apresentou aumento de 59 mil

(abr/17 vs mar/17)

562

662

784

862935

1020 1049 1059998

824

686 684

18%

18%

10%

8%

9%3% 1%

-6%

-17%

-17%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 abr/17

Mil tra

balh

ad

ore

s

11

Evolução do Emprego Formal na Construção

Forte queda da atividade econômica afeta o setor de Construção

• O Brasil sofreu entre abr/2015 e abr/2017, redução de 2,7

milhões de postos formais de trabalho.

• Destes, 769 mil postos (28,2%) foram perdidos na

construção em geral (pesada + edificações e instalações).

• Somente na construção pesada perderam-se 258,5 mil

postos nesse período, ou seja, 9,5% do total das perdas

do país.

12

Qual a dimensão disto?

O setor da construção pesada representava 1,9% do total de

empregos do país¹ e respondeu por 9,5% da redução de postos

formais de trabalho nos últimos 2 anos.

1,9% vs. 9,4% !!!

¹ Em abril de 2015. Participação caiu para 1,5% em março de 2017.

13

Emprego informal – 2014 a 2016

Aumento das taxas de informalidade no setor da

construção, como verificado em toda a economia

Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA.

* Trabalhadores por Conta Própria categorizados em separado dos informais

dez/14 dez/15 dez/16

PESADA (infraestrutura e montagem) 148 127 94 12% 12% 11%

CIVIL (edificações e Instalações) 1,318 1,492 1,622 20% 21% 24%

TOTAL DA CONSTRUÇÃO 1,466 1,619 1,715 19% 20% 23%

Emprego Total - BRASIL 21,049 20,491 21,043 22% 21% 22%

Tx. Informalidade(em mil postos de trabalho) dez/14 dez/15 dez/16

14

Emprego informal + Conta própria na Construção

Aumento das taxas de informalidade somado com conta própria

no setor de construção supera o observado na economia

Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA.

dez/14 dez/15 dez/16

PESADA (infraestrutura e montagem) 246 230 167 20% 22% 20%

CIVIL (edificações e Instalações) 4,608 5,303 5,133 70% 75% 77%

TOTAL DA CONSTRUÇÃO 4,854 5,533 5,300 62% 68% 71%

Emprego Total - BRASIL 48,201 48,930 48,893 49% 50% 51%

(em mil postos de trabalho) dez/14 dez/15 dez/16Tx. Informalidade

15

Informalidade no setor da construção

Taxa de informalidade subiu de 19% para 23% entre dez/2014 e

dez/2016 por queda do emprego formal e por aumento do

informal*

Fonte: PNAD Contínua, RAIS/CAGED, IBGE. Elaboração LCA.

Dados PNAD podem apresentar divergências em relação aos dados RAIS/CAGED.

* Valores de emprego informal não consideram trabalhadores de Serviços da Construção Civil e trabalhadores por Conta Própria.

1,622 1,560 1,576

1,388 1,492

1,627 1,551

1,387 1,318 1,321

94 123 132

127

127

116 103

116 148 132

1,7151,6821,709

1,515

1,619

1,7431,654

1,5041,4661,453

dez/16set/16jun/16mar/16dez/15set/15jun/15mar/15dez/14set/14

mil

tra

ba

lha

do

res

Civil Pesada

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16

Dimensão do Setor na Economia

17

Evolução do PIB Brasil

Brasil não observa dois anos consecutivos de queda no PIB

desde 1930/31

5,293 5,286 5,684 5,910 6,023 6,204 6,236 6,001 5,785

5.1%

-0.1%

7.5%4.0%

1.9% 3.0%0.5%

-3.8% -3.6%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Evolução PIB Brasil – R$ bilhões 2015

18

PIB construção

PIB Construção - R$ Bilhões de 2015 e

participação no PIB (%)

Construção representou 5,0% do PIB de 2016 e seu recuo foi

equivalente a 6,9 % da queda do PIB Brasil em 2016

5,0% vs. 6,9% !!!¹

Fonte: IBGE. Elaboração: LCA .

¹ Comparação dos resultados das contas nacionais, sem considerar potenciais impactos diretos e indiretos sobre o restante da economia.

235 252

285 309 318

333 326 304

289

4.4%

4.8%5.0%

5.2% 5.3% 5.4%5.2%

5.1% 5.0%

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Setor de Construção

apresentou três anos

consecutivos de queda

19

Multiplicadores: impactos sobre a cadeia produtiva

Queda Construção Pesada impacta restante da economia:

Forte interdependência com diversos setores

Demandantes de Produtos

Exemplos:

Indústria,

Comércio,

Transporte

Construção Pesada

Exemplos:

Produtos de minerais

não-metálicos;

Tintas;

Cimento;

Serviços.

Ofertantes de Insumos

20

Multiplicadores dos investimentos na Construção Pesada

R$ 1 milhão

investido na produção do

setor de Construção

Pesada

R$ 1,6 milhão de valor adicionado

Incremento marginal no PIB gerado por efeitos

diretos, indiretos e renda

56 mil ocupações

R$ 538 mil em salários

Aumento no total de pessoas ocupadas, ao

longo de um ano

Acréscimo de massa salarial

Elaboração: LCA com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC – IBGE (2009).

Considera apenas os efeitos multiplicadores da Construção Pesada.

21

Aumentos na produção do setor de Construção Pesada possuem reflexos

praticamente em todos os outros setores econômicos do País

R$ 173 mil

R$ 60 mil

R$ 92 mil

R$ 26 mil

R$ 68 mil

R$ 19 mil

Construção

Pesada

R$ 1 Milhão

Intermed.

financeira

e seguros

Comércio

Serviços

imobiliários

e aluguel

R$ 105 mil

R$ 57 mil R$ 1 milhão

Produtos de

minerais

não- metálicos

Demais

49 setores

Alimentos

e Bebidas

Transporte,

armazenagem

e correio

Serviços

prestados às

empresas Refino de

petróleo e

coque

Elaboração: LCA – Matriz Insumo-Produto (MIP) com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC – IBGE (2009)

22

Impactos da Construção sobre o restante da Economia

Uma queda de

6,5% do PIB

do setor da Construção

R$ -35,6 bilhões de valor adicionado

Decréscimo marginal no PIB em um ano,

considerando efeitos diretos e indiretos

-932 mil ocupações

R$ -12,2 bilhões em salários

Queda no total de pessoas ocupadas, ao longo de um

ano

Decréscimo de massa salarial em 12 meses

Elaboração: LCA com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC – IBGE (2009).

Exercício considera choque estritamente exógeno na economia, sob a estrutura produtiva de 2009 (dados disponíveis para cálculo).

Valores inflacionados para 2015. Efeitos multiplicadores consideram Construção Pesada e Civil.

Uma retração de 6,5% do PIB* da Construção tem potencial para reduzir o

PIB nacional em R$ 35,6 bilhões via efeitos diretos e indiretos *como foi observado em 2015

23

Investimentos no setor de Construção

Forte redução dos investimentos dos governos estaduais e federal em 2015

(R$ 63 bilhões).

Montante não considera queda de 33%¹ dos desembolsos do BNDES

Fonte: Tesouro Nacional e Secretaria da Fazenda

*: Não considera informações de MS.

¹: Desembolsos em infraestrutura (dados reais para 2015): 42,39 bi em 2014 vs 34,93 bi em 2015.

Desembolsos totais: 201,82 bi em 2014 vs 135,8 bi em 2015.

67.3 90.7

109.9 139.8 131.4 143.1

165.2 187.8

124.4 121.7

1.34%1.71%

2.08%2.46% 2.22% 2.38%

2.66%3.01%

2.07% 2.10%

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Investimentos no setor de construção (R$ bilhões 2015) e Participação no PIB (%)

Perdas significativas de produção, emprego e renda, por representar um setor com tamanho significativo na

economia e apresentar efeitos encadeados relevantes para toda a economia.

Investimentos no setor de Construção

VALOR

ADICIONADO

(PIB)

(R$)

OCUPAÇÃO

(unidades,

por 1 ano)

- R$ 98,7

bilhões

- 3,5

milhões

Nota: em valores de 2015.

Elaboração: LCA com base nos dados das Contas Nacionais e PAIC – IBGE (2009)

Equivalente a

1,6% do PIB

Equivalente a

7,3% do

emprego

formal

A perda de investimentos de R$ 63 bilhões gera um impacto na economia de:

24

IMPOSTOS

(R$)

- R$ 13,4

bilhões

Equivalente a

1,6% da

arrecadação

federal

25

Custo logístico - % do PIB

Fonte: Boston Logistics Group (2012). São considerados os custos de transporte, estoque, armazenagem e administrativo, desconsiderando o

transporte de passageiros.

Custo com logística no Brasil é um dos mais altos do mundo

12.0%

9%9%

8% 8%

7%6%

6%

Brasil Canadá Vietnã EstadosUnidos

Índia Alemanha França Austrália

26

Construção Pesada: efeitos de longo prazo na economia

Atraso de grandes obras interrompe atividade econômica, com

impactos em diversos setores e ao longo do tempo

Redução do custo logístico de 12,7¹% (observado em 2015) para 9%

(nível do Canadá² em 2012) diminuiria os custos em R$ 222 bi³

¹ Fonte: Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) – 2015.

² Fonte: Boston Logistics Group – 2012.

³ Em valores de 2015.

Emprego formal da construção tem queda mais

acentuada que o observado na média da

economia

Entre abr/2015 e abr/2017:

– Total emprego na Construção: -26%

– Construção civil: -26%

– Construção pesada: -27%

Construção tem aumento da taxa de

informalidade, como o observado na economia

Taxa de informalidade cresce na economia,

atingindo 23% em dez/16¹.

– Construção Civil: 24%

– Construção Pesada: 11%

Informalidade na construção pesada é menor que a

média nacional

27

Queda da construção explica parte relevante

da retração econômica

Construção representou 5,0% do PIB de 2016 e

respondeu por 6,9 % da queda do PIB Brasil em

2016

Necessários investimentos em infraestrutura

para reduzir o elevado custo logístico brasileiro

Melhora em infraestrutura é fator importante para

impulsionar crescimento econômico com

promoção da competitividade

Considerações Finais

¹ Não considera conta própria

www.sinicon.org.br