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Discente: Jadir Vieira da Silva Professor: Ângelo Márcio Pinto Leite

Evolução Skidder

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Sikidder e suas adaptações e evolução

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Discente: Jadir Vieira da Silva

Professor: Ângelo Márcio Pinto Leite

• INTRODUÇÃO

• EVOLUÇÃO DA MÁQUINA (TIPOS)

• COMPARAÇÃO SKIDDER - DOIS FABRICANTES

• REVISÃO DE LITERATURA

• CUSTOS ATUALIZADOS - EMPRESA NO SISTEMA DE TORAS LONGAS

• CONSIDERAÇÕES FINAIS

• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• A operação de extração refere-se à movimentação da

madeira desde o local de corte até a estrada, o carreador ou

o pátio intermediário.

• A operação de arraste implica uma parte, ou o todo, da carga

estar apoiada sobre o solo, podendo ser feita por guinchos ou

trator arrastador Skidder, entre outros.

• O Skidder surgiu na década de 1960 e é um veículo versátil,

forte, fácil de operar e econômico. Sua robustez e facilidade

de manutenção são algumas das outras razões que o faz

popular.

• Em 1986, a colheita por sistemas de toras longas e árvores

inteiras dominava os métodos de colheita nos EUA e no

Canadá, respondendo por 94 e 93%, respectivamente

(McCARY, 1991).

• De acordo com Machado et al. (2008) o Skidder é um trator

florestal articulado com tração 4 x 4, 6 x 6 e até 8 x 8,

desenvolvido exclusivamente para o arraste de árvores.

Também existem modelos projetados e construídos sobre

esteiras. Máquina projetada para operar de árvores inteiras

ou de toras compridas executa o arraste dos feixes de árvores

ou de toras da área de corte, até a margem da estrada.

• Skidder com cabo

• Skidder com garra

• Skidder de esteira (track skidder)

• Mini-Skidder

• Skidder com pinças invertidas (clambunk Skidder)

• São tratores de pneus, articulados, com um sistema de guincho

na parte traseira e tração nas quatro rodas. O trator

posiciona-se próximo às toras, sendo o cabo principal esticado

até elas. Os estropos (cabos auxiliares) as enlaçam pelo lado

de maior diâmetro e são engatados ao cabo principal, sendo

então realizado o guinchamento até o trator, elevando-se, logo

após, uma das extremidades.

• O arraste de troncos pela extremidade de maior diâmetro faz

com que haja transferência de 60 a 70% do peso total da

carga para a máquina, o que aumenta a aderência do trator e

diminui o atrito da(s) tora(s) com a superfície do solo. Pela

extremidade de menor diâmetro, essa transferência é de 30 a

40% do peso total.

• Completado o guinchamento, o trator inicia a viagem até a

estrada ou o pátio, onde as toras são desengatadas e

empilhadas com o auxílio da lâmina frontal.

• Esse equipamento é indicado para extração de toras dispersas

na área, além de trabalhar em terrenos pouco acidentados,

não sendo necessário que a máquina chegue até a carga.

Caterpillar John Deere

• Substitui-se, no trator anterior, o guincho por uma garra

hidráulica, de abertura inferior, que realiza o carregamento.

• Este trator é indicado para o trabalho em locais onde as toras

foram previamente empilhadas, tornando-se indispensável

quando o corte for realizado por um Feller-buncher, pois

poderá, em condições favoráveis, produzir até 300% a mais

do que o trator arrastador com cabo (MACHADO, 1984).

• Devido à habilidade de manuseio rápido de feixes de

toras, Skidders com garra são capazes de manter

produtividade elevada mesmo com a diminuição do

tamanho das toras.

Caterpillar John Deere

• Skidders de esteiras estão aptos a trabalharem em terrenos

com 50% de declividade quando a extração for a favor do

declive e 15% quando a extração for contra a declividade.

• Já o Skidder com pneus recoberto por esteiras teve acesso a

terrenos com declividade acima de 20% enquanto o Skidder

com pneus não teve acesso. Confirmando assim a necessidade

do uso de esteiras para operações em terrenos acidentados.

• Caterpillar Tigercat

• O Mini Skidder é um equipamento destinado ao arraste de

árvores inteiras. É rápido, econômico e de alta produtividade.

Ideal para tratores acima de 100 CV.

• É acoplado direto no Braço hidráulico do Trator agrícola, sem a

necessidade de adaptações para instalação.

• Indicado para movimentação de 1º e 2º desbastes e

abastecimento de Picadores Florestais.

• Roder Brasil

• Máquina destinada ao arraste de feixes de árvores do local

de corte até as laterais das estradas ou pátio intermediário

onde a madeira será processada. O carregamento é realizado

por uma garra instalada na extremidade de um a grua, que

coloca as árvores em uma pinça invertida com capacidade de

carga que varia de 2 m² a 3,5 m².

• O arraste dos feixes de árvores é semelhante aos Skidders,

com parte da árvore ficando em contato com o solo durante o

arraste. É uma máquina de grande capacidade de carga e

muito versátil, pois pode ser convertida em um Forwarder uma

vez que a máquina base é a mesma na maioria dos casos.

Podem extrair toras dispersas ou não e possui a capacidade de

operar em área de declividade.

Caterpillar John Deere

Item Caterpillar 525 C Jonh Deere 648 H

Potência Bruta 196 hp 185 hp

Peso Operacional 17.711 kg 14.798 kg 

Freio disco com banho de óleo simples disco úmido hidráulico

Tanque de combustível 315 litros 297 litros

Garra capacidade de agrupamento 1,16 m² 1,0 m²

Item Caterpillar 535 C Jonh Deere 748 H

Potência Bruta 204 hp 193 hp

Peso Operacional 18.044 kg 17.028 kg

Freio Disco arrefecido a óleo em cada roda, hid. disco úmido hidráulico

Tanque de combustível 315 litros 329 litros

Garra capacidade de agrupamento 1,34 m² 1,38 m²

Item Caterpillar 545 C Jonh Deere 848 H

Potência Bruta 219 hp 200 hp

Peso Operacional 19.198 kg 17.826 kg

Freio Disco arrefecido a óleo em cada roda, hid. disco úmido hidráulico

Tanque de combustível 378 litros 329 litros

Garra capacidade de agrupamento 1,54 m² 1,5 m²

• Lopes et al. (2008), avaliou técnica e economicamente o

trabalho de um Skidder (CAT 525), na qual, verificou que o

custo por hora efetivamente trabalhada foi de US$ 46,15. O

melhor rendimento energético foi para a distância de 300 m e

uma produtividade da floresta de 100 m³/ha. Ainda concluiu

que a produtividade do Skidder é afetada significativamente

pela distância de arraste.

• Oliveira et al. (2006) avaliou técnica e economicamente as

atividades de extração de madeira em vários declives utilizando o

clambunk Skidder (Valmet) com rodados de pneus recobertos por

esteiras

• Os resultados demonstraram que os estratos situados em menores

declives e distâncias de extração apresentaram maior produtividade

em relação àqueles de maiores declives e distâncias de extração.

• A produtividade do clambunk Skidder variou entre 18,34 m³.h-1 e

72,08 m³.h-1, com custo operacional médio de US$ 90,93 por hora

efetiva de trabalho.

Distribuição dos custos operacionais do clambunk Skidder.

Fonte: Oliveira et al. (2006)

Figura A: Produtividade

média de arraste em

função da distância de

extração.

Fonte: Oliveira et al.

(2006)

Figura B: Comportamento

do custo de extração de

madeira em função da

produtividade.

Fonte: Oliveira et al.

(2006)

• Rocha et al. (2009) avaliou a produtividade e os custos de um

sistema de colheita florestal de árvores inteiras em

povoamentos de Eucalyptus grandis, no norte do Estado de

Goiás, o arraste foi realizado pelo Skidder CAT 525 B, onde

obteve os seguintes resultados:

Composição percentual do tempo total do ciclo operacional do Skidder

Fonte: Rocha et al. (2009)

Eficiência operacional, custo operacional e de produção das máquinas avaliadas

Distribuição percentual dos itens que compõem o custo operacional das máquinas

Fonte: Rocha et al. (2009)

Comparação entre o sistema padrão e o sistema otimizado de colheita florestal

Fonte: Rocha et al. (2009)

• Neste sentido, os autores concluíram que a adoção de medidas de eficiência

operacional com vistas à melhoria no sistema de colheita florestal poderá

trazer ganhos significativos para a empresa, sendo mostrado pela redução

no custo do sistema de colheita otimizado, que passou de R$ 21,21/m3 para

R$ 17,4/m3, gerando economia de 18,1%.

• Oliveira et al. (2010), comparou técnica e economicamente os Skidders de pneu, quatro semi-esteiras e duas semi-esteiras, a análise econômica envolveu a determinação do custo operacional, custo de produção e rendimento energético.

• Os resultados mostraram que o elemento parcial manobra e carga consumiu a maior parte do tempo total do ciclo operacional dos três Skidders.

• O Skidder que apresentou maior média de produtividade foi com sistema rodante de pneus somente, seguido pelo Skidder com quatro semi-esteiras. O custo operacional foi maior no Skidder de pneu, devido aos custos com troca de pneus durante a vida útil da máquina.

Custo de produção e rendimento energético médio dos Skidders

Fonte: Oliveira et al. (2010)

• Oliveira et al. (2010), ainda constatou que considerando-se

uma taxa de juros de 12% ao ano e depreciação de 80% da

máquina, obteve-se um custo médio total por hora efetivamente

trabalhada de R$ 169,56, R$ 182,28, R$ 195,00 para os

Skidders de quatro semi-esteiras, duas semi-esteiras e pneu

respectivamente.

• Birro (2002), realizou um estudo avaliando-se as atividades

de extração em área montanhosa com trator florestal

arrastador com esteiras (Track-Skidder) da marca Caterpillar,

modelo 527.

• O tanque de combustível desta máquina tem capacidade para

285 litros de óleo diesel, com consumo médio de 24 litros de

combustível por hora efetiva de operação.

Produtividade média de arraste em função da distância de

extração e declividade do terreno.

Fonte: Birro (2002)

• Ao final do período de avaliação, a máquina atingiu

disponibilidade mecânica de 79% e eficiência operacional de

76%, alcançando com isso um grau de utilização de 60%. Seu

custo operacional foi de US$57,00 por hora efetiva, sendo a

depreciação e os juros os maiores elementos deste custo.

Distribuição das interrupções operacionais Distribuição dos custos operacionais

• Fontana e Seixas (2007), realizou uma avaliação ergonômica da cabine de seis modelos de máquinas florestais na extração de madeira (quatro Forwarders e dois Skidders). Foram estudados os seguintes tratores: “Forwarders” Timberjack modelos 1210B e 1710D, Valmet 890.2 e Volvo A25C, além dos Skidders” Caterpillar 545 e Tigercat 630 B.

• Concluiu-se que a melhor máquina, quanto ao posicionamento de comandos, foi o “Forwarder” Valmet 890.2, seguido pelo “Skidder” Caterpillar 545, sendo os únicos tratores que apresentaram mais da metade dos comandos bem posicionados, 66,7 e 54,5%, respectivamente.

• O Skidder Cat 545 dos 24 comandos avaliados, apenas um

recebeu o conceito “ótimo” (joystick do comando da grua), nos

três posicionamentos do assento.

• Observando-se a distribuição dos comandos, constatando-se

que 70,0% dos comandos receberam conceitos “ótimo”, “muito

bom” ou “bom” para o assento posicionado em “extremo”,

54,5% em “médio” e 46,0% em “próximo”. Dois comandos

utilizados durante a jornada de trabalho encontravam-se

localizados em uma região com conceito “ruim”: os pedais de

freio e acelerador.

• Localização dos órgãos de comandos do Skidder Caterpillar 545, nas três

dimensões.

Fonte: Fontana e Seixas (2007).

• Quanto ao Skidder Tigercat 630B, verificou-se que, com o

assento posicionado em “próximo”, 63,0% dos comandos

atingiram os conceitos entre “bom” e “ótimo”.

• Os comandos utilizados durante toda a jornada de trabalho e

classificados como “bom”, nas três posições do assento

avaliadas, foram: pedal de acelerador para frente, “joystick”

para controle da garra, alavanca de controle da lâmina,

alavanca de câmbio e o volante. O único comando encontrado

em posição “regular” foi o pedal do acelerador de ré.

• Localização dos órgãos de comandos do Skidder.Tigercat 630B, nas três dimensões.

• Fonte: Fontana e Seixas (2007).

• Quando comparada a distribuição espacial dos comandos nas

três posições do assento, entre os Skidders Catterpillar 545 e o

Tigercat 630B, observou-se que o Skidder Tigercat 630B

somente apresentou melhor distribuição dos seus comandos com

a localização do assento em “próximo” (63,0% contra 46,0%),

com o modelo da Caterpillar sendo mais bem avaliado nas

demais posições do assento.

• Os resultados do estudo Fontana e Seixas (2007),

demonstraram um projeto ergonômico da disposição de

comandos nas cabines dos tratores florestais não muito

favorável ao conjunto de operadores brasileiros analisados.

Fonte: Dados internos Aperam Bioenergia (2014).

• Houve um grande avanço (evolução) nesta máquina que

compõe o sistema de toras longas, com grandes adaptações em

função a cada ambiente de trabalho (povoamento florestal).

• Porém, o Skidder tem muito a se evoluir, principalmente em

questões ergonômicas e tecnológicas. Um grande passo para a

sua evolução será a implementação efetiva do Sistema de

Posicionamento Global (GPS), para auxiliar o operador no

micro planejamento.

BIRRO, Mauro Henrique Batista, M.S., Universidade Federal de Viçosa, abril de 2002. Avaliação técnica e econômica da extração de madeira de eucalipto com “Track-Skidder” em região montanhosa.

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