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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A, Sociedade Aberta, com sede na Praça D.João I, 28, Porto, o Capital Social de 6.064.999.986 euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número único de matrícula e de identificação fiscal 501 525 882 Reuters>bcp.Is Exchange>MCP Bloomberg>bcp pl ISIN PTBCP0AM00007 De acordo com o disposto no artigo 10º do Regulamento n.º5/2008 da CMVM transcreve-se a EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE NO 1.º TRIMESTRE DE 2012 BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A. Sociedade Aberta Sede: Praça D. João I, 28 Porto 4000-295 Porto Capital Social de 6.064.999.986 euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número único de matrícula e de Identificação fiscal 501 525 882

EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE NO 1.º TRIMESTRE DE 2012 BANCO ... · Custos operacionais / Produto bancário (atividade em Portugal) 51,4% 52,1% Custos com pessoal / Produto bancário 30,5%

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A, Sociedade Aberta, com sede na Praça D.João I, 28, Porto, o Capital Social de 6.064.999.986 euros,

matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número único de matrícula e de identificação fiscal 501 525 882

Reuters>bcp.Is Exchange>MCP Bloomberg>bcp pl ISIN PTBCP0AM00007

De acordo com o disposto no artigo 10º do Regulamento n.º5/2008 da CMVM transcreve-se a

EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE NO 1.º TRIMESTRE DE 2012

BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A.

Sociedade Aberta

Sede: Praça D. João I, 28 Porto – 4000-295 Porto – Capital Social de 6.064.999.986 euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número único de matrícula e de

Identificação fiscal 501 525 882

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Síntese de Indicadores Milhões de euros

31 mar.12 31 mar.11

Var. 12 / 11

Balanço Ativo total 92.029 95.177 -3,3%

Crédito a clientes (bruto) (1) 71.243 75.315 -5,4%

Recursos totais de clientes (1) 67.328 66.605 1,1%

Recursos de balanço de clientes (1) 54.525 51.195 6,5%

Depósitos de clientes (1) 48.830 44.867 8,8%

Crédito total, líq. / Depósitos de clientes (2) 140% 164%

Crédito total, líq. / Depósitos de clientes (3) 138% 162%

Resultados

Resultado líquido 40,8 90,1 -54,8%

Margem financeira 317,5 401,6 -20,9%

Produto bancário 677,4 660,4 2,6%

Custos operacionais 369,4 338,9 9,0%

Imparidade do crédito (líq. de recuperações) 170,3 166,6 2,2%

Outras imparidades e provisões 46,3 31,4 47,6%

Impostos sobre lucros

Correntes 21,0 25,3 -17,0%

Diferidos 11,2 (10,5) -

Rendibilidade

Produto bancário / Ativo líquido médio (2) 2,9% 2,7%

Rendibilidade do ativo médio (ROA) (4) 0,3% 0,5%

Resultado antes de impostos e interesses que não controlam / Ativo líquido médio (2) 0,4% 0,5%

Rendibilidade dos capitais próprios médios (ROE) 4,5% 11,5%

Resultado antes de impostos e interesses que não controlam / Capitais próprios médios (2) 8,7% 13,6%

Qualidade do crédito

Crédito com incumprimento / Crédito total (2) 6,8% 5,0%

Crédito com incumprimento, líq. / Crédito total, líq. (2) 1,9% 1,6%

Crédito em risco / Crédito total (2) 10,9% 7,7%

Crédito em risco, líq. / Crédito total, líq. (2) 6,2% 4,3%

Imparidade do crédito / Crédito vencido há mais de 90 dias 100,3% 103,8%

Rácios de eficiência (2) (5)

Custos operacionais / Produto bancário 54,5% 56,1%

Custos operacionais / Produto bancário (atividade em Portugal) 51,4% 52,1%

Custos com pessoal / Produto bancário 30,5% 31,2%

Capital

Fundos próprios totais 5.353 5.997

Riscos ponderados 57.188 58.400

Rácio Core Tier I (2) 9,2% 6,7%

Rácio de Adequação de Fundos Próprios de Base (2) 8,6% 9,2%

Rácio de Adequação de Fundos Próprios (2) 9,4% 10,3%

Sucursais

Atividade em Portugal 872 891 -2,1%

Atividade internacional 840 843 -0,4%

Colaboradores

Atividade em Portugal 9.944 10.121 -1,7%

Atividade internacional 11.629 11.266 3,2%

Nota: os indicadores referentes ao exercício de 2011 refletem os ajustamentos efetuados às contas com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2010.

(1) Ajustado de uma operação de Repo de 697 milhões de euros em 31 de março de 2012.

(2) De acordo com a Instrução n.º 23/2011 do Banco de Portugal.

(3) Calculado de acordo com definição do Banco de Portugal.

(4) Com base no resultado antes de interesses que não controlam.

(5) Exclui impacto de itens específicos.

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RESULTADOS E ACTIVIDADE NO PRIMEIRO TRIMESTRE 2012

No final do exercício de 2011, tendo em consideração o acordo firmado entre o Governo, a Associação Portuguesa de Bancos e os sindicatos dos trabalhadores bancários para a transferência para o Regime Geral da Segurança Social das responsabilidades com pensões em pagamento de reformados e pensionistas, o Banco optou, em momento anterior à referida transferência, pela alteração da política contabilística associada ao reconhecimento dos desvios atuariais.

Na sequência da análise das alternativas permitidas pela International Accounting Standard (IAS) 19 Benefícios a empregados, o Grupo optou por passar a reconhecer os desvios atuariais do exercício por contrapartida de reservas. Anteriormente, o Grupo procedia ao diferimento dos desvios atuariais de acordo com o método do corredor, no qual os ganhos e perdas atuariais não reconhecidos que excedessem 10% do maior entre o valor atual das responsabilidades e o justo valor dos ativos do Fundo eram registados por contrapartida de resultados de acordo com a vida útil remanescente estimada dos colaboradores no ativo.

De modo a refletir a mencionada alteração, de acordo com as IAS, esta alteração foi efetuada com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2010, pelo que foram reconhecidos nos capitais próprios a totalidade dos desvios atuariais diferidos. No âmbito das regras aplicáveis, o Grupo procedeu à reexpressão das demonstrações financeiras com referência a 1 de janeiro de 2010 e a 31 de dezembro de 2010, bem como em relação aos meses decorridos do exercício de 2011, para efeitos comparativos.

RESULTADOS

O resultado líquido consolidado do Millennium bcp totalizou 40,8 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, comparando com os 90,1 milhões de euros apurados no primeiro trimestre de 2011 (reexpresso de acordo com a alteração da política contabilística).

O resultado líquido do primeiro trimestre de 2012 foi influenciado pelos seguintes fatores excecionais: contabilização de um custo no montante de 15,4 milhões de euros relacionado com as comissões pela

emissão de empréstimos obrigacionistas com garantia do Estado Português; e recompra de emissões próprias de obrigações hipotecárias geradora de uma mais-valia líquida de impostos

de 68 milhões de euros.

Por seu turno, o resultado líquido do primeiro trimestre de 2011 inclui: a anulação de provisões associadas ao fundo de pensões de ex-membros do Conselho de Administração

Executivo, no montante de 22,3 milhões de euros líquido de impostos.

Entre o primeiro trimestre de 2011 e o primeiro trimestre de 2012 o produto bancário registou um aumento, suportado pelos resultados em operações financeiras que compensaram a quebra da margem financeira, a par da contenção dos custos operacionais que reduziram 0,2%, excluindo itens específicos.

A evolução da rendibilidade em base consolidada foi determinada pelo desempenho na atividade em Portugal, na medida em que a atividade internacional registou um aumento dos resultados líquidos. O resultado líquido da atividade internacional foi impulsionado pelo maior nível de resultados líquidos alcançado na maioria das subsidiárias no exterior, com destaque para o Bank Millennium na Polónia e o Banco Millennium Angola.

A margem financeira situou-se em 317,5 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, comparando com os 401,6 milhões de euros apurados em igual período de 2011.

A margem financeira da atividade em Portugal foi influenciada pelos efeitos volume de negócios e taxa de juro desfavoráveis. Na atividade internacional, a margem financeira foi condicionada pelo desempenho do Millennium bank na Grécia, não obstante os crescimentos observados nas subsidiárias na Polónia e em Angola.

A taxa de margem financeira situou-se em 1,49% no primeiro trimestre de 2012, que compara com 1,78% em igual período de 2011, refletindo o impacto das operações de liability management concretizadas no segundo semestre de 2011 e da subida do custo dos depósitos a prazo, não obstante o efeito favorável do repricing do crédito.

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BALANÇO MÉDIO

Milhões de euros

31 mar.12

31 mar.11

saldo

taxa %

saldo

taxa %

Aplicações em instituições de crédito 4.760 1,37 3.970 1,52

Ativos financeiros 10.742 4,87 13.000

3,65

Créditos a clientes 68.537 4,85 73.101

4,10

Ativos geradores de juros 84.039 4,65 90.071

3,92

Ativos não geradores de juros 9.024

7.430 93.063

97.501

Depósitos de instituições de crédito 18.354 1,51 19.717

1,48

Depósitos de clientes 49.064 3,47 45.402

2,52

Dívida emitida e passivos financeiros 16.807 3,63 21.595

2,03

Passivos subordinados 1.147 5,27 1.980

2,55

Passivos geradores de juros 85.372 3,11 88.694

2,17

Passivos não geradores de juros 3.286

3.192 Capitais próprios e Interesses que não

controlam

4.405

5.615 93.063

97.501

Taxa de margem financeira 1,49 1,78 Nota: Os juros dos derivados de cobertura foram alocados, em março de 2012 e de 2011, à respetiva rubrica de balanço.

As comissões líquidas situaram-se em 169,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, comparando com 195,4 milhões de euros no período homólogo de 2011. Na atividade em Portugal diminuíram 15,5% face ao primeiro trimestre de 2011. Na atividade internacional reduziram 7,4%, influenciadas pelo desempenho no Millennium Bank na Polónia, induzido pelas comissões relacionadas com mercados financeiros, não obstante a evolução favorável observada na generalidade das rubricas de comissões no Millennium bim em Moçambique e no Banco Millennium Angola.

As comissões líquidas evidenciam: a diminuição das comissões relacionadas com o negócio bancário, em 10,3%, condicionadas pelo custo

apurado no primeiro trimestre de 2012 associado a emissões de dívida do Banco com garantia prestada pelo Estado Português; e

a redução das comissões relacionadas com os mercados financeiros, influenciadas pela persistência de um enquadramento particularmente adverso para a gestão de investimentos financeiros.

Os resultados em operações financeiras totalizaram 191,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, que compara com os 26,5 milhões de euros apurados em igual período de 2011. Este comportamento traduz a evolução da atividade em Portugal. O desempenho da atividade internacional, apesar dos menores ganhos apurados pela subsidiária na Polónia, foi globalmente favorável, beneficiando fundamentalmente dos resultados em operações cambiais e em operações sobre títulos.

A evolução dos resultados em operações financeiras reflete os seguintes impactos: mais-valia resultante da recompra, no primeiro trimestre de 2012, de obrigações hipotecárias no montante

de 95,5 milhões de euros; ganhos associados a títulos da dívida pública portuguesa no montante de 11,3 milhões de euros (perda de

119,0 milhões de euros no primeiro trimestre de 2011); e prejuízos em instrumentos financeiros contabilizados ao fair value option no montante de 19,4 milhões de

euros (ganhos de 19,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2011).

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Os outros proveitos de exploração líquidos foram negativos em 14,5 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, comparando com ganhos de 20,2 milhões de euros apurados no período homólogo de 2011.

A atividade em Portugal incorpora os impactos desfavoráveis no primeiro trimestre de 2012 relacionados com a contribuição tributária extraordinária sobre o setor bancário, no montante de 8,5 milhões de euros, e com as perdas resultantes da diminuição de valor de ativos recebidos em dação, enquanto no primeiro trimestre de 2011 inclui o impacto positivo de um ajuste de prémios de seguros relacionados com pensões.

A atividade internacional evidencia o menor nível de outros proveitos de exploração apurados pelas subsidiárias na Grécia e em Moçambique, apesar do contributo favorável do Banco Millennium Angola.

Os resultados por equivalência patrimonial totalizaram 12,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, comparando com 16,7 milhões de euros em igual período de 2011, determinado pela apropriação de menores resultados associados à participação de 49% detida na Millenniumbcp Ageas.

OUTROS PROVEITOS LÍQUIDOS

Milhões de euros

31 mar. 12 31 mar. 11

Var. 12/11

Comissões líquidas 169,9 195,4 -13,1%

Comissões bancárias

146,0

162,7

-10,3%

Cartões

43,5

44,8 -2,9%

Crédito e garantias

27,6

42,9 -35,6%

Bancassurance

17,9

19,2 -6,6%

Outras comissões

56,9

55,8

2,0%

Comissões relacionadas com mercados

24,0

32,7

-26,8%

Operações sobre títulos

13,4

19,8 -32,4%

Gestão de ativos

10,5

12,9 -18,2%

Resultados em operações financeiras

191,3

26,5

-

Outros proveitos de exploração líquidos

(14,5)

20,2

Rendimentos de instrumentos de capital

0,3

-

Resultados por equivalência patrimonial

12,9

16,7

-23,2%

Total de outros proveitos líquidos

359,9

258,8

39,1%

Outros proveitos / Produto bancário

53,1%

39,2%

Os custos operacionais situaram-se em 369,4 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, que comparam com os 338,9 milhões de euros relevados em igual período de 2011.

Os custos operacionais incorporam no primeiro trimestre de 2011 a anulação de provisões relacionadas com o fundo de pensões de ex-membros do Conselho de Administração Executivo, no montante de 31,4 milhões de euros.

Excluindo este impacto, os custos operacionais reduziram 0,2%, como resultado do decréscimo das amortizações do exercício (-13,5%), da estabilização dos custos com o pessoal (+0,2%) e do controlo dos outros gastos administrativos (+1,4%).

Na atividade em Portugal, os custos operacionais incorporam o efeito anteriormente mencionado, pelo que, excluindo aquele impacto, reduziram 1,1% face ao primeiro trimestre de 2011, como consequência da redução das amortizações do exercício e dos custos com o pessoal.

Na atividade internacional, os custos operacionais aumentaram 1,2%, face ao primeiro trimestre de 2011, influenciados pelo Banco Millennium em Angola e pelo Millennium bim em Moçambique, traduzindo o suporte aos planos de negócio em curso nestas operações e ao reforço da infraestrutura operacional naqueles mercados. Não obstante, o rácio de eficiência da atividade internacional melhorou para 60,3% no primeiro trimestre de 2012 (63,9% em igual período de 2011).

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Em termos consolidados, o rácio de eficiência, excluindo itens específicos, situou-se em 54,5% no primeiro trimestre de 2012 (56,1% no período homólogo de 2011), enquanto na atividade em Portugal situou-se em 51,4% no primeiro trimestre de 2012 (52,1% no período homólogo de 2011).

Os custos com o pessoal cifraram-se em 206,6 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, comparando com os 174,6 milhões de euros apurados no mesmo período de 2011.

Os custos com o pessoal, excluindo o impacto já mencionado da anulação de provisões no montante de 31,4 milhões de euros efetuado no primeiro trimestre de 2011, evidenciaram uma estabilização (+0,2%), influenciados pela redução de 1,6% na atividade em Portugal, que praticamente contrariou o aumento de 4,0% observado na atividade internacional.

Na atividade internacional, os custos com o pessoal refletem os aumentos verificados nas subsidiárias em Moçambique, Angola e Polónia, incorporando o efeito do maior número de colaboradores, em particular naquelas duas primeiras operações, no âmbito do reforço das suas competências e capacidades operacionais.

Os outros gastos administrativos totalizaram 141,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, face aos 139,4 milhões de euros relevados no período homólogo de 2011. Esta evolução traduz o aumento dos gastos relacionados com as rubricas de comunicações, de estudos e consultas e de água, energia e combustíveis, não obstante as poupanças alcançadas nas rubricas de publicidade e de rendas.

Na atividade em Portugal, os outros gastos administrativos aumentaram 1,8%, repercutindo a evolução dos gastos relacionados com comunicações e com água, energia e combustíveis.

Na atividade internacional, os outros gastos administrativos registaram um aumento de 0,9%, induzido pelos gastos com conservação e reparação e com serviços especializados, apesar dos menores gastos com publicidade e rendas. Este comportamento foi influenciado pelas subsidiárias em Moçambique e em Angola, parcialmente mitigado pela redução de custos apurada pelo Millennium bank na Grécia.

CUSTOS OPERACIONAIS Milhões de euros

31 mar. 12 31 mar. 11 Var.

12/11

Custos com o pessoal (1) 206,6 206,1 0,2%

Outros gastos administrativos

141,3

139,4

1,4%

Amortizações do exercício

21,5

24,8

-13,5%

Custos operacionais

369,4

370,3

-0,2% Anulação de provisão relacionada com pensões

31,4

dos quais: Atividade em Portugal

224,7

195,9

14,7%

Atividade internacional

144,7

143,0 1,2%

Custos operacionais / Produto bancário (2) (3)

51,4%

52,1% (1) Exclui a anulação de provisões nos primeiros três meses de 2011 relacionadas com pensões, no montante de

31,4 milhões de euros.

(2) Atividade em Portugal. De acordo com a Instrução n.º 23/2011 do Banco de Portugal.

(3) Exclui impacto de itens específicos.

As amortizações do exercício cifraram-se em 21,5 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, que comparam com 24,8 milhões de euros relevados em igual período de 2011.

Na atividade em Portugal as amortizações do exercício diminuíram 13,8% face ao primeiro trimestre de 2011, beneficiando da evolução das amortizações relacionadas com equipamentos e imóveis. Na atividade internacional reduziram 13,1%, face ao primeiro trimestre de 2011, influenciadas pelo decréscimo do nível de amortizações nas subsidiárias da Roménia, da Polónia e da Grécia, não obstante os aumentos evidenciados pelo Banco Millennium Angola e pelo Millennium bim em Moçambique, como resultado dos investimentos realizados no âmbito da estratégia de crescimento orgânico nestas geografias.

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A imparidade do crédito (líquida de recuperações) situou-se em 170,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, comparando com 166,6 milhões de euros apurados em igual período de 2011.

A imparidade do crédito (líquida de recuperações) da atividade em Portugal situou-se ligeiramente acima do registado no período homólogo (+1,0%), apesar de ter sido condicionada pela persistência de um enquadramento macroeconómico e financeiro adverso, com consequências na degradação da situação económico-financeira das famílias e das empresas nacionais.

Na atividade internacional, a imparidade do crédito (líquida de recuperações) traduz fundamentalmente o maior nível de dotações apurado pelas subsidiárias na Grécia, em Moçambique e na Suíça.

O custo do risco situou-se em 95 pontos base no primeiro trimestre de 2012,que compara com os 88 pontos base relevados no período homólogo de 2011.

As outras imparidades e provisões cifraram-se em 46,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, que comparam com os 31,4 milhões de euros apurados em igual período de 2011.

As outras imparidades e provisões incorporam o comportamento das dotações para imparidade de ativos recebidos em dação na atividade em Portugal que, no âmbito do processo de reavaliação regular destes ativos, apresentaram uma descida do respetivo valor de mercado, a par do aumento das dotações de provisões associadas a outros compromissos.

Na atividade internacional, as outras imparidades e provisões reduziram na generalidade das subsidiárias, face ao trimestre homólogo, em particular no Millennium bim em Moçambique e no Bank Millennium na Polónia.

Os impostos (correntes e diferidos) sobre lucros ascenderam a 32,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2012, montante que compara com os 14,8 milhões de euros apurados no período homólogo de 2011.

Os referidos impostos incluem o custo por impostos correntes no montante de 21,0 milhões de euros (25,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2011) e o custo por impostos diferidos no montante de 11,2 milhões de euros (proveito de 10,5 milhões de euros no primeiro trimestre de 2011).

BALANÇO

O ativo total consolidado cifrou-se em 92.029 milhões de euros em 31 de março de 2012, comparando com os 95.177 milhões de euros relevados em igual data de 2011.

O crédito a clientes (bruto), em base comparável (ajustado de uma operação de Repo, no montante de 697 milhões de euros), diminuiu 5,4%, situando-se em 71.243 milhões de euros em 31 de março de 2012, face aos 75.315 milhões de euros relevados em igual data de 2011.

Esta evolução foi determinada pela contração verificada na atividade em Portugal (-7,3%) e pelo ligeiro aumento da concessão de crédito na atividade internacional (+0,9%), face ao final de março de 2011, que evidencia especialmente o crescimento da carteira de crédito do Millennium Bank na Polónia.

O comportamento do crédito a clientes reflete a retração verificada tanto ao nível do crédito a empresas (-8,5%), como do crédito a particulares (-1,9%), refletindo o impacto da prossecução dos esforços de desalavancagem controlada com especial enfoque na atividade em Portugal.

A estrutura da carteira de crédito a clientes manteve padrões idênticos de diversificação, entre 31 de março de 2011 e 31 de março de 2012, com o crédito a empresas a representar 51,3% do crédito total concedido no final de março de 2012, enquanto o crédito a particulares representava 48,7% da carteira de crédito a clientes.

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A, Sociedade Aberta, com sede na Praça D.João I, 28, Porto, o Capital Social de 6.064.999.986 euros,

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CRÉDITO A CLIENTES (BRUTO)

Milhões de euros

31 mar. 12 31 mar. 11 Var.

12/11

Particulares

34.711

35.389

-1,9%

Crédito hipotecário

30.254

30.667

-1,3%

Crédito ao consumo

4.457

4.722

-5,6%

Empresas (1)

36.532

39.926

-8,5%

Serviços (1)

15.400

15.832

-2,7%

Comércio

4.048

4.639

-12,7%

Construção

4.452

5.304

-16,1%

Outros

12.632

14.151

-10,7%

Total (1)

71.243

75.315

-5,4%

do qual: Atividade em Portugal (1)

53.998

58.231

-7,3%

Atividade internacional 17.245 17.084 0,9% (1) Ajustado de uma operação de Repo de 697 milhões de euros em 31 de março de 2012.

A qualidade da carteira de crédito, avaliada pela proporção de crédito vencido há mais de 90 dias em função do crédito total, situou-se em 5,0% em 31 de março de 2012 (3,4% em 31 março de 2011). O rácio de cobertura do crédito vencido há mais de 90 dias por imparidades situou-se em 100,3% em 31 de março de 2012, comparando com 103,8% em igual data de 2011.

O crédito com incumprimento situou-se em 6,8% do crédito total em 31 de março de 2012, comparando com 5,0% apurado na mesma data de 2011.

O crédito em risco situou-se em 10,9% do crédito total em 31 de março de 2012.

CRÉDITO VENCIDO HÁ MAIS DE 90 DIAS E IMPARIDADE EM 31 DE MARÇO DE 2012

Milhões de euros

Crédito vencido há mais de 90

dias

Imparidade para riscos de crédito

Crédito vencido há mais de 90

dias / Crédito total

Grau de cobertura

(Imparidade/CV >90 dias)

Particulares

944

823

2,7%

87,2%

Crédito hipotecário

240

258

0,8%

107,5%

Crédito ao consumo

704

566

15,8%

80,3%

Empresas

2.654

2.786

7,1%

105,0%

Serviços

594

1.056

3,7%

177,8%

Comércio

415

338

10,2%

81,5%

Construção

1.041

579

23,4%

55,7%

Outros

605

812

4,8%

134,4%

Total 3.598 3.609 5,0% 100,3%

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Os recursos totais de clientes, em base comparável (ajustado de uma operação de Repo, no montante de 697 milhões de euros), aumentaram 1,1%, atingindo 67.328 milhões de euros em 31 de março de 2012, que compara com os 66.605 milhões de euros registados na mesma data de 2011.

O aumento dos recursos totais de clientes beneficiou do crescimento de 6,5% dos recursos de balanço de clientes, potenciados pelo aumento de 8,8% dos depósitos de clientes. Os recursos fora de balanço de clientes reduziram para 12.803 milhões de euros em 31 de março de 2012 (15.410 milhões de euros no final de março de 2011), como resultado das descidas verificadas nos ativos sob gestão e nos produtos de capitalização.

Na atividade em Portugal, os recursos totais de clientes situaram-se em 50.439 milhões de euros em 31 de março de 2012, que comparam com os 50.633 milhões de euros em 31 de março de 2011, sublinhando-se o aumento de 10,2% nos depósitos de clientes. Na atividade internacional, os recursos totais de clientes aumentaram 5,7%, alicerçados no desempenho da generalidade das subsidiárias no exterior, nomeadamente nas operações da Polónia, de Angola, de Moçambique e da Grécia.

RECURSOS TOTAIS DE CLIENTES

Milhões de euros

31 mar. 12 31 mar. 11 Var.

12/11

Recursos de balanço de clientes (1)

54.525

51.195

6,5%

Depósitos de clientes (1)

48.830

44.867

8,8%

Débitos para com clientes titulados

5.695

6.328

-10,0%

Recursos fora de balanço de clientes

12.803

15.410

-16,9%

Ativos sob gestão

3.942

4.373

-9,9%

Produtos de capitalização

8.861

11.037

-19,7%

Total (1)

67.328

66.605

1,1%

dos quais: Atividade em Portugal (1)

50.439

50.633

-0,4%

Atividade internacional 16.889 15.972 5,7% (1) Ajustado de uma operação de Repo de 697 milhões de euros em 31 de março de 2012.

A carteira de títulos situou-se em 12.250 milhões em 31 de março de 2012, diminuindo 10,6% face a igual data de 2011, passando a representar 13% do ativo total (14% em 31 de março de 2011).

Os ativos financeiros detidos até à maturidade, que representavam 32% da carteira de títulos em 31 de março de 2012, diminuíram 42,1% face ao final de março de 2011. Esta evolução traduz: a menor exposição a títulos de dívida pública portuguesa; o impacto no balanço do reconhecimento de imparidades associadas a títulos de dívida soberana grega; e o efeito do reembolso de obrigações de emissores privados nacionais.

A carteira de ativos financeiros detidos para negociação e de ativos financeiros disponíveis para venda aumentou para 8.333 milhões de euros em 31 de março de 2012 (6.933 milhões de euros em igual data de 2011), representando 9,1% do ativo total (7,3% em 31 de março de 2011), por via do acréscimo, no decurso do primeiro trimestre de 2012, da componente de ativos disponíveis para venda.

GESTÃO DE LIQUIDEZ

No decurso do primeiro trimestre de 2012 registou-se uma atenuação no clima de aversão ao risco, não obstante a volatilidade ter continuado a caracterizar o contexto económico-financeiro a nível global. A instabilidade no mercado interbancário europeu atenuou-se na sequência das operações de refinanciamento a três anos conduzidas pelo Banco Central Europeu (BCE), concretizadas em dezembro de 2011 e em fevereiro de 2012, representando uma injeção adicional de liquidez no sistema bancário europeu, as quais foram complementadas por medidas de expansão dos ativos de garantia elegíveis para efeitos de operações de

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mercado aberto e pela redução das reservas mínimas obrigatórias, tendo este conjunto de atuações propiciado aos Bancos nacionais o consequente alongamento dos respetivos prazos de financiamento junto do BCE.

Neste enquadramento, o Millennium bcp manteve o enfoque no crescimento e na retenção de recursos de balanço de clientes, contribuindo não só para a concretização dos objetivos de redução do gap comercial e de desalavancagem, como também para o reforço das fontes de financiamento estável (stable funding), a que acresceu a tomada de fundos nas referidas operações de financiamento junto do BCE, de modo a ultrapassar a persistente limitação no acesso a operações a médio e longo prazo nos mercados de dívida por grosso.

Ao longo do primeiro trimestre de 2012, foram cumpridos pelo Grupo os objetivos de redução das necessidades de financiamento fixados no Plano de Liquidez, devido sobretudo a uma eficácia acrescida no controlo do gap comercial. A amortização de dívida de médio-longo prazo excedeu em aproximadamente 1,0 mil milhões de euros o valor de 3,0 mil milhões de euros previstos no Plano de Liquidez, devido à realização, no final do trimestre, de uma operação de liability management. Tal não obstou a que o recurso ao BCE tenha apresentado um valor próximo do planeado, como resultado do esforço de desalavancagem acima mencionado, cifrando-se a exposição do Grupo ao BCE em 14,7 mil milhões de euros à data de 31 de março de 2012 (12,7 mil milhões de euros no final de dezembro de 2011).

Por seu turno, no decurso do primeiro trimestre de 2012, a pool de ativos elegíveis detida pelo Banco foi reforçada com novas emissões de obrigações garantidas pela República Portuguesa, no montante total de 2,4 mil milhões de euros (após haircuts), e ainda com ativos de crédito, no âmbito das medidas de alargamento dos ativos de garantia elegíveis. Não obstante a simultânea redução da exposição à dívida pública portuguesa, a carteira de títulos elegíveis para colateral em eventuais operações de refinanciamento junto de Bancos Centrais ascendeu a 19,1 mil milhões de euros em 31 de março de 2012 (16,3 mil milhões de euros no final de dezembro de 2011).

CAPITAL

Na sequência da solicitação oportunamente endereçada pelo Millennium bcp, o Banco de Portugal autorizou formalmente a adoção de metodologias baseadas em modelos de notações internas (IRB) no cálculo de requisitos de capital para riscos de crédito e de contraparte, cobrindo uma parte substancial dos riscos da atividade em Portugal e com efeitos a 31 de dezembro de 2010. No quadro do processo de adoção gradual de metodologias IRB no cálculo de requisitos de capital para riscos de crédito e de contraparte e na sequência do pedido de aprovação apresentado pelo Banco, o Banco de Portugal autorizou formalmente a extensão desta metodologia às subclasses de risco “Posições Renováveis de Retalho” e “Outras Posições de Retalho” em Portugal com efeitos a 31 de dezembro de 2011.

O rácio Core Tier I situou-se em 9,22% no final de março de 2012, mantendo um valor semelhante ao apurado em 31 de dezembro de 2011 (9,26%), tendo o impacto da evolução positiva do Core Tier I sido compensado pelo maior nível dos riscos ponderados da atividade.

O aumento do Core Tier I no montante de 137 milhões de euros foi impulsionado sobretudo pela geração orgânica de capital, devida quer aos resultados líquidos e à neutralização do efeito de variação do risco de crédito próprio nos resultados, quer ao crescimento das reservas e interesses que não controlam, não obstante ter sido parcialmente contrariada pela amortização dos impactos diferidos permitidos pelo Banco de Portugal.

O crescimento dos riscos ponderados (RWA) no montante de 1.733 milhões de euros foi determinado pelo aumento do grau de risco interno dos clientes tratados de acordo com o método IRB, devido à degradação da conjuntura económica e com base na revisão anual que decorre no primeiro trimestre, apesar do benefício resultante da manutenção do esforço de deleverage neste período.

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RÁCIO DE SOLVABILIDADE

Milhões de euros

31 mar. 12

31 dez. 11

Fundos Próprios

Core Tier I

5.272 5.135

Ações preferenciais e "Valores"

173 173

Outras deduções (1)

(552) (521)

Base

4.894 4.788

Complementares

594 613

Deduções aos Fundos Próprios Totais

(135) (137)

Total

5.353

5.263

Riscos Ponderados

57.188

55.455

Rácios de Solvabilidade

Core Tier I

9,2% 9,3%

Tier I

8,6% 8,6%

Tier II

0,8% 0,9%

Total 9,4% 9,5% (1) Inclui as deduções relacionadas com o diferencial de perdas esperadas face à imparidade e com a detenção de participações significativas no capital de instituições financeiras não consolidadas para efeitos prudenciais, nomeadamente as associadas às participações detidas na Millenniumbcp Ageas e no Banque BCP (França e Luxemburgo).

Nota: o Banco de Portugal autorizou a utilização dos métodos de notações internas (IRB) para o cálculo de requisitos de fundos próprios para risco de crédito, com efeitos a 31 de dezembro de 2010. Foram consideradas estimativas próprias das probabilidades de incumprimento e das perdas dado o incumprimento (IRB Advanced) para as exposições de retalho sobre pequenas empresas e colateralizadas por bens imóveis, residenciais ou comerciais, e estimativas próprias para as probabilidades de incumprimento (IRB Foundation) para as carteiras de empresas, em Portugal, excluindo as do segmento de promoção imobiliária e as tratadas pelo sistema de rating simplificado. No quadro do processo de adoção gradual de metodologias IRB no cálculo de requisitos de capital para riscos de crédito e de contraparte e na sequência do pedido de aprovação apresentado pelo Banco, o Banco de Portugal autorizou formalmente a extensão desta metodologia às subclasses de risco “Posições Renováveis de Retalho” e “Outras Posições de Retalho” em Portugal com efeitos a 31 de dezembro de 2011. No primeiro semestre de 2009, o Banco recebeu autorização do Banco de Portugal para a utilização do método avançado (modelo interno) para o risco genérico de mercado e para a utilização do método padrão para o risco operacional.

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ACONTECIMENTOS SIGNIFICATIVOS

A continuação da implementação das medidas acordadas no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira, tendo por base quatro áreas chave de atuação: garantir níveis de solvabilidade acima dos requisitos regulamentares de 9% de Core Tier I em 2011 e 10% em 2012; gerir o processo de desalavancagem para estabilizar as necessidades e a estrutura de financiamento, tendo como objetivo atingir um rácio de Crédito sobre Depósitos de 120% em 2014; recuperar os níveis de rendibilidade do negócio em Portugal; e focar o portefólio internacional em função do seu atrativo e recursos disponíveis, constituiu o principal enfoque do Banco no 1.º trimestre de 2012. Merecem saliência durante o 1.º trimestre de 2012:

Realização, em 28 de fevereiro de 2012, de uma Assembleia Geral de Acionistas, destacando-se as seguintes deliberações: Ponto Um – Aprovação da alteração e reestruturação do contrato de sociedade, tendo em vista a adoção de um modelo de administração e fiscalização monista, composto por Conselho de Administração, Comissão de Auditoria e Revisor Oficial de Contas, bem como a criação de um Conselho Estratégico Internacional; Ponto Dois – Eleição dos membros do Conselho de Administração (incluindo o Presidente da Comissão Executiva e Vice-Presidente do Conselho de Administração, Nuno Manuel da Silva Amado), Comissão de Auditoria, Conselho Estratégico Internacional e Conselho de Remunerações e Previdência, para o mandato 2012-2014.

Na sequência da Assembleia Geral de Acionistas do dia 28 de fevereiro de 2012, na qual foram eleitos os novos membros dos órgãos sociais do Banco Comercial Português, S.A., o Conselho de Administração do Banco nomeou, em 1 de março de 2012, a Comissão Executiva, o seu 1.º Vice-Presidente, Miguel Maya Dias Pinheiro, e o seu 2.º Vice-Presidente, Miguel de Campos Pereira Bragança.

Comunicação do Banco Comercial Português, em 26 de março de 2012, do resultado da oferta de recompra de obrigações hipotecárias. Os investidores transmitiram no total intenções de aceitação até 918.650.000 euros (valor nominal), que foram integralmente aceites pelo Millennium bcp. A oferta enquadrou-se no conjunto de iniciativas levadas a cabo pelo Banco, destinadas à gestão da sua estrutura de financiamento e de capital.

Comunicação do Banco Comercial Português, em 1 de março de 2012, que o Banco de Portugal divulgou os resultados globais da terceira e última vertente de trabalho do Programa Especial de Inspeções (SIP) realizado como parte das medidas e ações acordadas pelas autoridades portuguesas, relativamente ao sistema financeiro, no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira estabelecido com o FMI/EU/BCE, em maio de 2011. A terceira vertente SIP assentou numa lógica prospetiva, tendo por objetivo avaliar a adequação dos parâmetros e das metodologias utilizados pelos grupos bancários na realização das projeções financeiras que suportam a avaliação da sua solvabilidade futura, no quadro dos exercícios de stress test. A avaliação efetuada permitiu confirmar que o Grupo BCP utilizou os parâmetros e metodologias adequados.

Comunicado do Presidente do Conselho Geral e de Supervisão informando que o Banco Comercial Português submeteu junto do Banco de Portugal, em 20 de janeiro de 2012, um Plano de Capital, nos termos da comunicação da EBA de 8 de dezembro de 2011. O Plano de Capital entregue, envolvia duas componentes: a) Aumento de capital destinado, com direito de preferência, a subscrição pelos acionistas privados, com vista a assegurar fundos próprios com caráter permanente; b) Utilização da linha de recapitalização pública temporária e reembolsável prevista na Lei 63-A/2008.

Assinalou-se em 7 de fevereiro “O Dia da Internet Segura”, iniciativa da Microsoft em parceria com o Millennium bcp, a EPIS e a Câmara Municipal de Cascais (pela 1.ª vez este ano), tendo sido realizada uma ação de formação dirigida a crianças e adultos num total de 600 pessoas, subordinada ao tema “Vamos descobrir o mundo digital juntos… em Segurança”.

Apoio da Fundação Millennium bcp à 2.ª edição do projeto “Make It Possible” criado pela Associação Internacional de Estudantes de Ciências Económicas e Comerciais (AIESEC) para a divulgação dos Objetivos do Milénio junto das escolas do ensino secundário. Esta ação que decorreu em março dirigiu-se a mais de 5 mil estudantes e contou com a colaboração de 58 voluntários de 25 países.

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No âmbito do projeto “Arte Partilhada” teve início na cidade de Aveiro a Exposição “Redes sem mar” que reúne 13 tapeçarias da Manufatura de Tapeçarias de Portalegre que fazem parte do acervo artístico do Millennium bcp.

Cedência de 100 obras de arte ao Ministério da Saúde no âmbito do projeto de responsabilidade social do Millennium bcp com o objetivo de aproximar os espaços de alguns hospitais do Serviço Nacional de Saúde aos seus utilizadores, numa cerimónia que decorreu nas Urgências do Hospital de São José, com a presença do Ministro da Saúde, Paulo Macedo.

Participação de uma Colaboradora da Direção de Microcrédito no projeto “Bankers without Borders”, um programa de voluntariado da Grameen Foundation, com mais de 5 mil profissionais de todo o mundo que oferecem o seu tempo, experiência e conhecimentos técnicos para apoiar instituições de microfinança que atuam junto da população mais carenciada a nível mundial.

No âmbito do programa, para jovens universitários, “Come and Grow With Us” decorreram durante o 1.º trimestre de 2012 duas iniciativas: i) em fevereiro, o Skill Seminar com a participação de 16 estudantes do Master International Management (CEMS-MIM) da Universidade Nova de Lisboa e ii) em março, o Banking G@me disputado por 40 jovens.

Numa parceria entre a Fundação Millennium bcp e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade apresentou-se o estudo, com o levantamento, caracterização, análise e diagnóstico das IPSS nacionais, com a finalidade de promover a sustentabilidade das IPSS e correspondência do trabalho que desenvolvem às necessidades sociais da população portuguesa. Realização de dois eventos (Lisboa e Porto) de apresentação da publicação, com a presença em Lisboa do Ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares.

Adesão do Núcleo Arqueológico do Millennium bcp (NARC) ao “Dia Internacional dos Monumentos e Sítios” que decorreu no dia 18 de abril. No âmbito dessa iniciativa, o NARC alargou o período de abertura até às 22h00. Este ano esteve em discussão a conservação e valorização do Património Mundial sob a designação “Do Património Mundial ao Património Local; proteger e gerir a mudança”.

Eleição da Médis, pela quarta vez, Marca de Confiança na categoria de Seguros de Saúde pelos leitores das Selecções do Reader‟s Digest.

Anúncio pela Agência de Rating Moody‟s da conclusão, em 28 de março de 2012, do processo de revisão das notações dos bancos portugueses iniciado em 15 de fevereiro, na sequência da revisão da notação da República Portuguesa de “Ba2” para “Ba3” em 13 de fevereiro de 2012. Neste contexto, a notação de longo prazo do BCP foi mantida em “Ba3”, com Outlook negativo (idêntica à notação da República Portuguesa), e a de curto prazo em “Not Prime” (NP). As notações “Bank Financial Strength Rating” (“Baseline Credit Assessment”) do BCP foram revistas de E+(B1) para E+(B2), com “Outlook negativo”.

Na sequência da revisão do rating da República Portuguesa de “BBB-” para “BB” e da revisão do “Banking Industry Country Risk Assessment” para Portugal, a Standard & Poor‟s, em 14 de fevereiro de 2012, anunciou que procedeu à revisão das notações de rating dos bancos portugueses. Neste contexto, a notação de rating de longo prazo do Banco Comercial Português, S.A. foi reduzida de “BB” para “B+” com “Negative Outlook”, enquanto a notação de “rating” de curto prazo foi confirmada em “B”.

Na sequência da revisão da notação de rating de Portugal de “BBB” para “BBB(low)”, a agência de rating DBRS, em 31 de janeiro de 2012, reduziu a notação de rating do Banco Comercial Português, S.A. de “BBB” para “BBB(low)” em relação à dívida sénior de Longo prazo & depósitos e de “R-2(high)” para “R-2(mid)”, no que respeita à notação de rating de Curto prazo & depósitos. A tendência mantém-se negativa.

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ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

No decurso do primeiro trimestre de 2012 registou-se uma ligeira melhoria na atividade económica global e uma atenuação no clima de aversão ao risco. O contexto mantém-se volátil, conferindo valor acrescido à redução expressiva dos prémios de risco da dívida pública portuguesa que se verificou no período.

Para a economia mundial, o FMI projeta uma taxa de crescimento de 3,5% em 2012 e uma reaceleração para 4,0% em 2013, com persistência de um desempenho muito superior das economias emergentes e em desenvolvimento. A atividade económica na área do euro tendeu a estabilizar no primeiro trimestre, mas sem alterar a perspetiva de recessão em 2012 (contração do PIB de cerca de 0,3%).

A política monetária nas economias desenvolvidas assumiu um pendor ainda mais expansionista. Os bancos centrais fizeram uso acrescido de mecanismos alternativos à redução das taxas de juro, incluindo a aquisição de títulos de dívida pública em mercado secundário, cedência de liquidez em condições excecionais e comunicação mais transparente da estratégia monetária.

A instabilidade no mercado interbancário europeu moderou, na sequência das operações de refinanciamento a 3 anos (“LTRO”) conduzidas pelo Banco Central Europeu, em dezembro e em fevereiro. A injeção adicional de liquidez no sistema destas duas operações ascendeu a 500 mil milhões de euros, com centenas de bancos participantes, a que acrescem as medidas de expansão dos ativos de garantia aceites nas operações de mercado aberto e a redução das reservas mínimas obrigatórias, estimando-se que possam representar um potencial adicional de liquidez de 300 mil milhões de euros. Os bancos portugueses procederam ao alongamento dos prazos de financiamento, tendo ocorrido um aumento marginal de 46 para 56 mil milhões de euros no saldo do recurso a financiamento do BCE. A taxa principal de refinanciamento do BCE manteve-se em 1%. A liquidez abundante e a perspetiva de prolongamento das atuais condições monetárias contribuíram para a redução das taxas de juro Euribor em todos os prazos, quer nos valores atuais quer nos valores futuros.

A ação determinada do BCE e a reformulação do acordo de assistência financeira à Grécia, contemplando, entre outras medidas, o perdão parcial da dívida por parte do setor privado, terão contornado o risco de um colapso de proporções sistémicas muito relevantes. Os mercados financeiros apresentaram desempenhos positivos, com redução da volatilidade implícita e valorização dos ativos mais cíclicos, nomeadamente dos mercados de ações. O euro recuperou para valores ligeiramente superiores a 1,30 dólares. A perspetiva de permanência de políticas monetárias acomodatícias revelou-se também favorável ao mercado de renda fixa e à compressão, na generalidade, dos prémios de risco.

A proximidade de eleições em França e na Grécia e os receios com as perspetivas macroeconómicas e financeiras para alguns Estados membros da Área do Euro conduziram ao regresso de um clima de aversão ao risco. As taxas de juro da dívida pública alemã retomaram valores mínimos. Neste quadro, assume relevância a redução pronunciada dos prémios de risco atribuídos à dívida pública portuguesa, ilustrativo da alteração de perceção dos investidores relativamente ao risco da República Portuguesa.

As projeções económicas para Portugal foram revistas ligeiramente em baixa (-3,4% do PIB, de acordo com o Banco de Portugal) mas a atividade económica no primeiro trimestre terá apresentado uma evolução menos negativa do que o esperado. O setor externo persiste como o principal motor da atividade económica. A severidade do ajustamento em curso e a incerteza do contexto continuam a penalizar fortemente a evolução do emprego. O défice orçamental atingiu 4,2% do PIB em 2011. O orçamento retificativo para 2012 mantém o objetivo do défice público em 4,5% do PIB para o corrente ano.

O reforço da capitalização dos bancos portugueses deverá concretizar-se até ao final do segundo trimestre, conforme determinação da Autoridade Bancária Europeia. Alguns bancos poderão recorrer ao fundo de capitalização do Estado previsto para o efeito. A debilidade da atividade económica e o aumento do desemprego colocam pressão sobre a qualidade do ativo e afetam a procura de crédito.

Na Europa de Leste as perspetivas económicas permanecem favoráveis. Na Polónia, não obstante uma ligeira moderação da atividade, o Comité Monetário mantém um enviesamento para a subida das taxas de juro, suportando uma valorização do zlóti face ao euro. Na Grécia, o acordo de assistência financeira prevê um programa, de longo prazo, de ajustamento da economia grega, de grande rigor orçamental e ainda sujeito a riscos de execução significativos. Nas economias africanas, a evolução favorável dos mercados mundiais de matérias-primas, a conclusão de trabalhos de manutenção e de início de novas explorações petrolíferas, e as boas condições climatológicas para a safra agrícola e produção hidroelétrica proporcionam um enquadramento favorável ao crescimento robusto da atividade económica. O FMI projeta uma taxa de crescimento real do PIB em 2012 de 2,6% para a Polónia, -4,7% para a Grécia, de 6,7% para Moçambique e de 9,7% para Angola.

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS, S.A, Sociedade Aberta, com sede na Praça D.João I, 28, Porto, o Capital Social de 6.064.999.986 euros,

matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto sob o número único de matrícula e de identificação fiscal 501 525 882

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GLOSSÁRIO

Carteira de títulos - ativos financeiros detidos para negociação, ativos financeiros disponíveis para venda, ativos com acordo de recompra e ativos financeiros detidos até à maturidade.

Crédito com incumprimento - crédito vencido há mais de 90 dias e o crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido para efeitos de provisionamento.

Crédito em risco – conceito que, segundo o Banco de Portugal, é mais abrangente do que o crédito com incumprimento, incorporando, nomeadamente, a possibilidade dos devedores com prestações em atraso continuarem a não cumprir as suas responsabilidades de crédito. Para definição detalhada consultar instrução n.º 23/2011 do Banco de Portugal.

Custo do risco - proporção das dotações para imparidade do crédito (líquida de recuperações) em função da carteira de crédito

Custos operacionais - custos com o pessoal, outros gastos administrativos e amortizações do exercício.

Débitos para com clientes titulados - emissões de títulos de dívida do Banco colocados junto de clientes.

Produto bancário – margem financeira, rendimentos de instrumentos de capital, comissões líquidas, resultados em operações financeiras, resultados por equivalência patrimonial e outros proveitos de exploração líquidos.

Outras imparidades e provisões - imparidade de outros ativos financeiros, imparidade de outros ativos, nomeadamente os ativos recebidos em dação decorrentes da resolução de contratos de crédito com clientes, imparidade do goodwill e outras provisões.

Outros proveitos de exploração líquidos - outros proveitos de exploração, outros resultados de atividades não bancárias e resultados de alienação de subsidiárias e outros ativos.

Produtos de capitalização - inclui unit linked e planos poupança reforma.

Recursos totais de clientes – débitos para com clientes titulados e não titulados, ativos sob gestão e produtos de capitalização.

Rendimentos de instrumentos de capital - dividendos recebidos de investimentos em ativos financeiros disponíveis para venda.

Resultados em operações financeiras - resultados em operações de negociação e de cobertura, resultados em ativos financeiros disponíveis para venda e resultados em ativos financeiros detidos até à maturidade.

Resultados por equivalência patrimonial - resultados apropriados pelo Grupo associados à consolidação de entidades onde, apesar de exercer influência significativa, não exerce o controlo das políticas financeira e operacional.

Taxa de margem financeira - relação entre a margem financeira e o saldo médio do total de ativos geradores de juros.

A informação financeira constante neste documento foi preparada de acordo com as normas internacionais de relato financeiro („IFRS‟) do Grupo BCP no âmbito da preparação das demonstrações financeiras consolidadas, de acordo com o Regulamento (CE) 1606/2002. Os valores dos primeiros três meses de 2011 e 2012 não foram objeto de auditoria.

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INDICADORES CONSOLIDADOS: ATIVIDADE EM PORTUGAL E ATIVIDADE INTERNACIONAL Milhões de euros

Consolidado Atividade em Portugal Atividade internacional Consolidado

31 mar. 12 31 mar. 11Var.

12/1131 mar. 12 31 mar. 11

Var.

12/1131 mar. 12 31 mar. 11

Var.

12/11

Demonstração de resultados

Margem financeira 317,5 401,6 -20,9% 177,5 260,3 -31,8% 140,0 141,2 -0,9%

Rendimento de instrumentos de capital 0,3 – >200% 0,3 – >200% – – -

Resultado de serviços e comissões 169,9 195,4 -13,1% 114,6 135,7 -15,5% 55,3 59,8 -7,4%

Outros proveitos de exploração (14,5) 20,2 - (14,1) 19,9 - (0,4) 0,3 -

Resultados em operações financeiras 191,3 26,5 >200% 147,1 3,9 >200% 44,2 22,6 95,7%

Resultados por equivalência patrimonial 12,9 16,7 -23,2% 12,1 16,7 -27,7% 0,7 – -

Produto bancário 677,4 660,4 2,6% 437,5 436,5 0,2% 240,0 223,9 7,2%

Custos com o pessoal 206,6 174,6 18,3% 135,0 105,8 27,6% 71,5 68,8 4,0%

Outros gastos administrativos 141,3 139,4 1,4% 78,7 77,3 1,8% 62,6 62,1 0,9%

Amortizações do exercício 21,5 24,8 -13,5% 11,0 12,7 -13,8% 10,5 12,1 -13,1%

Custos operacionais 369,4 338,9 9,0% 224,7 195,9 14,7% 144,7 143,0 1,2%

Resultados operacionais antes de provisões 308,0 321,6 -4,2% 212,7 240,7 -11,6% 95,3 80,9 17,8%

Imparidade do crédito (líquida recuperações) 170,3 166,6 2,2% 133,2 131,8 1,0% 37,1 34,7 6,8%

Outras imparidades e provisões 46,3 31,4 47,6% 47,8 31,9 49,6% (1,5) (0,6) -

Resultado antes de impostos 91,5 123,6 -26,0% 31,8 76,9 -58,6% 59,7 46,7 27,6%

Impostos 32,2 14,8 - 19,9 4,1 - 12,3 10,7 -

Interesses que não controlam 18,5 18,8 -1,3% (2,6) (0,5) - 21,2 19,3 9,8%

Resultado líquido 40,8 90,1 -54,8% 14,6 73,3 -80,1% 26,2 16,8 55,9%

Indicadores de balanço e de atividade

Ativo total 92.029 95.177 -3,3% 69.647 72.832 -4,4% 22.381 22.345 0,2%

Recursos totais de clientes (1) 67.328 66.605 1,1% 50.439 50.633 -0,4% 16.889 15.972 5,7%

Recursos de balanço de clientes (1) 54.525 51.195 6,5% 38.687 36.270 6,7% 15.838 14.925 6,1%

Depósitos de clientes (1) 48.830 44.867 8,8% 33.118 30.061 10,2% 15.711 14.806 6,1%

Débitos para com clientes titulados 5.695 6.328 -10,0% 5.569 6.209 -10,3% 126 119 6,3%

Recursos fora de balanço de clientes 12.803 15.410 -16,9% 11.752 14.362 -18,2% 1.051 1.048 0,3%

Ativos sob gestão 3.942 4.373 -9,9% 3.200 3.695 -13,4% 742 678 9,5%

Produtos de capitalização 8.861 11.037 -19,7% 8.552 10.667 -19,8% 309 370 -16,5%

Crédito a clientes (bruto) (1) 71.243 75.315 -5,4% 53.998 58.231 -7,3% 17.245 17.084 0,9%

Particulares 34.711 35.389 -1,9% 24.141 25.214 -4,3% 10.570 10.175 3,9%

Crédito hipotecário 30.254 30.667 -1,3% 21.510 22.376 -3,9% 8.744 8.292 5,5%

Crédito ao consumo 4.457 4.722 -5,6% 2.631 2.839 -7,3% 1.826 1.883 -3,0%

Empresas (1) 36.532 39.926 -8,5% 29.857 33.016 -9,6% 6.675 6.910 -3,4%

Serviços (1) 15.400 15.832 -2,7% 13.335 13.637 -2,2% 2.065 2.195 -5,9%

Comércio 4.048 4.639 -12,7% 2.781 3.458 -19,6% 1.267 1.181 7,3%

Construção 4.452 5.304 -16,1% 3.571 4.574 -21,9% 880 730 20,6%

Outros 12.632 14.151 -10,7% 10.170 11.347 -10,4% 2.463 2.804 -12,2%

Qualidade do crédito

Crédito vencido total 3.915 2.861 36,8% 3.058 2.182 40,2% 857 679 26,2%

Crédito vencido há mais de 90 dias 3.598 2.529 42,3% 2.802 1.915 46,4% 796 614 29,6%

Crédito vencido há mais de 90 dias / Crédito total 5,0% 3,4% 5,1% 3,3% 4,6% 3,6%

Imparidade do crédito (balanço) 3.609 2.625 37,5% 2.903 2.052 41,4% 706 573 23,2%

Imparidade do crédito (balanço) / Crédito total 5,0% 3,5% 5,3% 3,5% 4,1% 3,4%

Imparidade do crédito (balanço) / Crédito

vencido há mais de 90 dias100,3% 103,8% 103,6% 107,2% 88,8% 93,3%

Custo do risco (líq. recuperações, em p.b.) 95 88 97 91 86 81

(1) Ajustado de uma operação de Repo de 697 milhões de euros em 31 de março de 2012.

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Demonstração dos Resultados Consolidados

para os período de três meses findos em 31 de março de 2012 e 2011

31 março

2012

31 março

2011

Juros e proveitos equiparados 1.012.647 946.874

Juros e custos equiparados (695.170) (545.310)

Margem financeira 317.477 401.564

Rendimentos de instrumentos de capital 296 27

Resultado de serviços e comissões 169.921 195.425

Resultados em operações de negociação e de cobertura 168.778 (742)

Resultados em ativos financeiros

disponíveis para venda 7.048 27.221

Resultados em ativos financeiros detidos

até à maturidade 15.510 -

Outros proveitos de exploração (11.126) 18.325

667.904 641.820

Outros resultados de atividades não bancárias 4.719 5.104

Total de proveitos operacionais 672.623 646.924

Custos com o pessoal 206.552 174.620

Outros gastos administrativos 141.348 139.408

Amortizações do exercício 21.478 24.828

Total de custos operacionais 369.378 338.856

Resultado operacional antes de provisões e imparidades 303.245 308.068

Imparidade do crédito (170.264) (166.567)

Imparidade de outros ativos financeiros (816) (2.742)

Imparidade de outros ativos (36.955) (25.092)

Outras provisões (8.513) (3.524)

Resultado operacional 86.697 110.143

Resultados por equivalência patrimonial 12.851 16.730

Resultados de alienação de subsidiárias

e outros ativos (8.058) (3.234)

Resultado antes de impostos 91.490 123.639

Impostos

Correntes (20.997) (25.291)

Diferidos (11.193) 10.529

Resultado após impostos 59.300 108.877

Resultado consolidado do período atribuível a:

Acionistas do Banco 40.759 90.099

Interesses que não controlam 18.541 18.778

Resultado do período 59.300 108.877

Resultado por ação (em euros)

Básico 0,02 0,05

Diluído 0,02 0,05

(Milhares de Euros)

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Balanço Consolidado em 31 de março de 2012 e de 2011 e 31 de dezembro de 2011

31 março

2012

31 dezembro

2011

31 março

2011

Ativo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 1.883.922 2.115.945 1.564.141

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.130.660 1.577.410 949.217

Aplicações em instituições de crédito 2.365.719 2.913.015 1.230.261

Créditos a clientes 68.330.387 68.045.535 72.689.673

Ativos financeiros detidos para negociação 2.066.045 2.145.330 4.052.975

Ativos financeiros disponíveis para venda 6.266.559 4.774.114 2.879.766

Ativos com acordo de recompra 9.251 495 20.726

Derivados de cobertura 471.523 495.879 352.787

Ativos financeiros detidos até à maturidade 3.908.114 5.160.180 6.746.586

Investimentos em associadas 386.442 305.075 362.723

Ativos não correntes detidos para venda 1.096.777 1.104.650 1.005.750

Propriedades de investimento 562.869 560.567 515.251

Outros ativos tangíveis 608.427 624.599 592.891

Goodwill e ativos intangíveis 249.317 251.266 398.532

Ativos por impostos correntes 34.536 52.828 29.200

Ativos por impostos diferidos 1.540.229 1.564.538 1.002.367

Outros ativos 1.117.871 1.790.650 783.909

92.028.648 93.482.076 95.176.755

Passivo

Depósitos de instituições de crédito 18.754.271 17.723.419 19.408.731

Depósitos de clientes 49.526.288 47.516.110 44.866.925

Títulos de dívida emitidos 14.560.815 16.236.202 17.098.510

Passivos financeiros detidos para negociação 1.265.779 1.478.680 870.348

Outros passivos financeiros ao justo valor

através de resultados 315.768 2.578.990 4.078.118

Derivados de cobertura 376.021 508.032 232.003

Provisões 252.832 246.100 238.141

Passivos subordinados 1.160.119 1.146.543 1.352.633

Passivos por impostos correntes 13.015 24.037 8.666

Passivos por impostos diferidos 1.249 2.385 -

Outros passivos 1.242.633 1.647.208 1.436.792

Total do Passivo 87.468.790 89.107.706 89.590.867

Capitais Próprios

Capital 6.065.000 6.065.000 4.694.600

Títulos próprios (11.448) (11.422) (83.223)

Prémio de emissão 71.722 71.722 192.122

Ações preferenciais 171.175 171.175 1.000.000

Outros instrumentos de capital 9.853 9.853 1.000.000

Reservas de justo valor (292.284) (389.460) (241.545)

Reservas e resultados acumulados (2.063.529) (1.241.490) (1.548.812)

Resultado do período atribuível aos

acionistas do Banco 40.759 (848.623) 90.099

Total de Capitais Próprios atribuíveis aos acionistas do Banco 3.991.248 3.826.755 5.103.241

Interesses que não controlam 568.610 547.615 482.647

Total de Capitais Próprios 4.559.858 4.374.370 5.585.888

92.028.648 93.482.076 95.176.755

(Milhares de Euros)

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Banco Comercial Português

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS INTERCALARES

31 de Março de 2 0 1 2

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Demonstração dos Resultados Consolidados

para os período de três meses findos em 31 de março de 2012 e 2011

Notas31 março

2012

31 março

2011

Juros e proveitos equiparados 3 1.012.647 946.874

Juros e custos equiparados 3 (695.170) (545.310)

Margem financeira 317.477 401.564

Rendimentos de instrumentos de capital 4 296 27

Resultados de serviços e comissões 5 169.921 195.425

Resultados em operações de negociação e de cobertura 6 168.778 (742)

Resultados em ativos financeiros disponíveis

para venda 7 7.048 27.221

Resultados em ativos financeiros detidos

até à maturidade 8 15.510 -

Outros proveitos/custos de exploração 9 (11.126) 18.325

667.904 641.820

Outros resultados de atividades não bancárias 4.719 5.104

Total de proveitos operacionais 672.623 646.924

Custos com o pessoal 10 206.552 174.620

Outros gastos administrativos 11 141.348 139.408

Amortizações do período 12 21.478 24.828

Total de custos operacionais 369.378 338.856

Resultado operacional antes de provisões e imparidades 303.245 308.068

Imparidade do crédito 13 (170.264) (166.567)

Imparidade de outros ativos financeiros 14 (816) (2.742)

Imparidade de outros ativos 28, 30 e 33 (36.955) (25.092)

Outras provisões 15 (8.513) (3.524)

Resultado operacional 86.697 110.143

Resultados por equivalência patrimonial 16 12.851 16.730

Resultados de alienação de subsidiárias

e outros ativos 17 (8.058) (3.234)

Resultado antes de impostos 91.490 123.639

Impostos

Correntes 18 (20.997) (25.291)

Diferidos 18 (11.193) 10.529

Resultado após impostos 59.300 108.877

Resultado consolidado do período atribuível a:

Acionistas do Banco 40.759 90.099

Interesses que não controlam 46 18.541 18.778

Resultado do período 59.300 108.877

Resultado por ação (em Euros) 19

Básico 0,02 0,05

Diluído 0,02 0,05

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

(Milhares de Euros)

Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras consolidadas intercalares

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Balanço Consolidado em 31 de março de 2012 e 31 de dezembro de 2011

Notas31 março

2012

31 dezembro

2011

Ativo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 20 1.883.922 2.115.945

Disponibilidades em outras instituições de crédito 21 1.130.660 1.577.410

Aplicações em instituições de crédito 22 2.365.719 2.913.015

Créditos a clientes 23 68.330.387 68.045.535

Ativos financeiros detidos para negociação 24 2.066.045 2.145.330

Ativos financeiros disponíveis para venda 24 6.266.559 4.774.114

Ativos com acordo de recompra 9.251 495

Derivados de cobertura 25 471.523 495.879

Ativos financeiros detidos até à maturidade 26 3.908.114 5.160.180

Investimentos em associadas 27 386.442 305.075

Ativos não correntes detidos para venda 28 1.096.777 1.104.650

Propriedades de investimento 29 562.869 560.567

Outros ativos tangíveis 30 608.427 624.599

Goodwill e ativos intangíveis 31 249.317 251.266

Ativos por impostos correntes 34.536 52.828

Ativos por impostos diferidos 32 1.540.229 1.564.538

Outros ativos 33 1.117.871 1.790.650

92.028.648 93.482.076

Passivo

Depósitos de instituições de crédito 34 18.754.271 17.723.419

Depósitos de clientes 35 49.526.288 47.516.110

Títulos de dívida emitidos 36 14.560.815 16.236.202

Passivos financeiros detidos para negociação 37 1.265.779 1.478.680

Outros passivos financeiros ao justo valor

através de resultados 38 315.768 2.578.990

Derivados de cobertura 25 376.021 508.032

Provisões 39 252.832 246.100

Passivos subordinados 40 1.160.119 1.146.543

Passivos por impostos correntes 13.015 24.037

Passivos por impostos diferidos 32 1.249 2.385

Outros passivos 41 1.242.633 1.647.208

Total do Passivo 87.468.790 89.107.706

Capitais Próprios

Capital 42 6.065.000 6.065.000

Títulos próprios 45 (11.448) (11.422)

Prémio de emissão 71.722 71.722

Ações preferenciais 42 171.175 171.175

Outros instrumentos de capital 42 9.853 9.853

Reservas de justo valor 44 (292.284) (389.460)

Reservas e resultados acumulados 44 (2.063.529) (1.241.490)

Resultado consolidado do período

atribuível aos acionistas do Banco 40.759 (848.623)

Total de Capitais Próprios atribuíveis

aos acionistas do Banco 3.991.248 3.826.755

Interesses que não controlam 46 568.610 547.615

Total de Capitais Próprios 4.559.858 4.374.370

92.028.648 93.482.076

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

(Milhares de Euros)

Demonstrações Financeiras Consolidadas apresentadas de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário

Demonstrações Financeiras Consolidadas apresentadas de acordo com o Plano de Contas para o Sistema Bancário incluindo

Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras consolidadas intercalares

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados

para os período de três meses findos em 31 de março de 2012 e 2011

31 março

2012

31 março

2011

(Milhares de Euros)

Fluxos de caixa de atividades operacionais

Juros recebidos 873.369 842.718

Comissões recebidas 222.465 232.206

Recebimentos por prestação de serviços 43.754 49.298

Pagamento de juros (636.820) (516.019)

Pagamento de comissões (73.623) (42.005)

Recuperação de empréstimos previamente abatidos 4.606 5.559

Prémios de seguros recebidos 4.344 5.802

Pagamento de indemnizações da atividade seguradora (2.944) (1.761)

Pagamentos (de caixa) a empregados e a fornecedores (450.918) (417.609)

(15.767) 158.189

Diminuição / (aumento) de ativos operacionais:

Fundos adiantados a instituições de crédito (54.000) 14.215

Depósitos detidos de acordo com fins de controlo monetário 718.638 927.054

Fundos adiantados a clientes (305.155) 1.169.925

Títulos negociáveis a curto prazo (105.824) 751.030

Aumento / (diminuição) nos passivos operacionais:

Débitos para com instituições de crédito – à vista 3.523 (102.711)

Débitos para com instituições de crédito – a prazo 1.023.699 (358.514)

Débitos para com clientes – à vista 70.408 (192.141)

Débitos para com clientes – a prazo 1.875.319 (563.483)

3.210.841 1.803.564

Impostos sobre o rendimento (pagos) / recebidos (13.031) (7.954)

3.197.810 1.795.610

Fluxos de caixa de atividades de investimento

Dividendos recebidos 295 27

Juros recebidos de ativos financeiros disponíveis para venda 116.297 59.774

Venda de ativos financeiros disponíveis para venda 3.470.752 5.463.735

Compra de ativos financeiros disponíveis para venda (10.875.143) (6.020.071)

Vencimentos de ativos financeiros disponíveis para venda 6.058.107 127.225

Compra de imobilizações (17.374) (10.108)

Venda de imobilizações 6.721 8.661

Aumento / (diminuição) em outras contas do ativo 1.608.422 7.981

368.077 (362.776)

Fluxos de caixa de atividades de financiamento

Emissão de dívida subordinada 16.326 114.925

Reembolso de dívida subordinada (5.138) (760.415)

Emissão de empréstimos obrigacionistas 2.677.353 45.988

Reembolso de empréstimos obrigacionistas (5.165.398) (898.026)

Emissão de papel comercial e de outros títulos 6.498 287.413

Reembolso de papel comercial e de outros títulos (1.438.942) (508.564)

Aumento / (diminuição) noutras contas de passivo e

interesses que não controlam (244.776) (106.037)

(4.154.077) (1.824.716)

Efeitos de alterações da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes 28.047 (11.001)

Variação líquida em caixa e seus equivalentes (560.143) (402.883)

Caixa e seus equivalentes no início do período 2.268.554 1.952.447

Caixa (nota 20) 577.751 600.347

Outros investimentos de curto prazo (nota 21) 1.130.660 949.217

Caixa e seus equivalentes no fim do período 1.708.411 1.549.564

Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras consolidadas intercalares

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(Valores expressos em milhares de Euros)

Outro rendimento

integral do período

Reservas

Total dos Outros Reservas justo valor Reservas livres Interesses

capitais Ações instrumentos Prémio de legais e e cobertura e resultados Títulos que não

próprios Capital preferenciais de capital emissão estatutárias fluxo de caixa Outros acumulados Goodwill próprios controlam

Saldos em 31 de dezembro de 2010 5.611.601 4.694.600 1.000.000 1.000.000 192.122 466.042 (166.361) (1.756.772) 2.649.987 (2.883.580) (81.938) 497.501

Custo financeiro relativo à emissão de

valores mobiliários perpétuos (21.000) - - - - - - - (21.000) - - -

Impostos relativos aos juros da emissão

de valores mobiliários perpétuos 5.272 - - - - - - - 5.272 - - -

Perdas atuariais no período 2.257 - - - - - - 2.257 - - - -

Resultado consolidado do período

atribuível aos acionistas do Banco 90.099 - - - - - - - 90.099 - - -

Resultado consolidado do período atribuível

aos interesses que não controlam (nota 46) 18.778 - - - - - - - - - - 18.778

Títulos próprios (1.285) - - - - - - - - - (1.285) -

Diferença cambial resultante da

consolidação das empresas do Grupo (11.001) - - - - - - (11.001) - - - -

Reservas de justo valor (nota 44)

Ativos financeiros disponíveis para venda (67.230) - - - - - (67.230) - - - - -

Cobertura de Fluxo de Caixa (7.954) - - - - - (7.954) - - - - -

Interesses que não controlam (nota 46) (33.632) - - - - - - - - - - (33.632)

Outras reservas de consolidação (nota 44) (17) - - - - - - - (17) - - -

Saldos em 31 de março de 2011 5.585.888 4.694.600 1.000.000 1.000.000 192.122 466.042 (241.545) (1.765.516) 2.724.341 (2.883.580) (83.223) 482.647

5.585.888 4.694.600 1.000.000 1.000.000 192.122 (241.545) (1.458.713) (83.223) 482.647

Constituição de reservas (nota 44):

Reserva legal - - - - - 30.065 - - (30.065) - - -

Reserva estatutária - - - - - 10.000 - - (10.000) - - -

Aumento de capital por emissão de

2.512.567.060 ações, conversão de

valores mobiliários perpétuos subordinados

e incorporação de reservas (nota 42) 259.853 1.370.400 - (990.147) (120.400) - - - - - - -

Despesas de registo do aumento

de capital (9.862) - - - - - - - (9.862) - - -

Troca de instrumentos de dívida perpétua e

de ações preferenciais por novos

instrumentos de dívida (388.390) - (828.825) - - - - - 440.435 - - -

Perdas atuariais no período (33.552) - - - - - - (33.552) - - - -

Custo financeiro relativo à emissão de

valores mobiliários perpétuos (595) - - - - - - - (595) - - -

Impostos relativos aos juros da emissão

de valores mobiliários perpétuos 149 - - - - - - - 149 - - -

Resultado consolidado do período

atribuível aos acionistas do Banco (938.722) - - - - - - - (938.722) - - -

Resultado consolidado do período atribuível

aos interesses que não controlam (nota 46) 67.075 - - - - - - - - - - 67.075

Despesas associados a instrumentos de capital (102) - - - - - - - (102) - - -

Dividendos de ações preferenciais (56.553) - - - - - - - (56.553) - - -

Títulos próprios 71.801 - - - - - - - - - 71.801 -

Diferença cambial resultante da

consolidação das empresas do Grupo (29.189) - - - - - - (29.189) - - - -

Reservas de justo valor (nota 44)

Ativos financeiros disponíveis para venda (179.850) - - - - - (179.850) - - - - -

Cobertura de fluxo de caixa 31.935 - - - - - 31.935 - - - - -

Interesses que não controlam (nota 46) (2.107) - - - - - - - - - - (2.107)

Outras reservas de consolidação (nota 44) (3.409) - - - - - - - (3.409) - - -

Saldos em 31 de dezembro de 2011 4.374.370 6.065.000 171.175 9.853 71.722 506.107 (389.460) (1.828.257) 2.115.617 (2.883.580) (11.422) 547.615

Resultado consolidado do período

atribuível aos acionistas do Banco 40.759 - - - - - - - 40.759 - - -

Resultado consolidado do período atribuível

aos interesses que não controlam (nota 46) 18.541 - - - - - - - - - - 18.541

Despesas associados a instrumentos de capital (9) - - - - - - - (9) - - -

Títulos próprios (26) - - - - - - - - - (26) -

Diferença cambial resultante da

consolidação das empresas do Grupo 28.047 - - - - - - 28.047 - - - -

Reservas de justo valor (nota 44)

Ativos financeiros disponíveis para venda 117.593 - - - - - 117.593 - - - - -

Cobertura de fluxo de caixa (20.417) - - - - - (20.417) - - - - -

Interesses que não controlam (nota 46) 2.454 - - - - - - - - - - 2.454

Outras reservas de consolidação (nota 44) (1.454) - - - - - - - (1.454) - - -

Saldos em 31 de março de 2012 4.559.858 6.065.000 171.175 9.853 71.722 506.107 (292.284) (1.800.210) 2.154.913 (2.883.580) (11.448) 568.610

BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Demonstração das alterações dos Capitais Próprios Consolidados

para os período de três meses findos em 31 de março de 2012 e 2011

Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras consolidadas intercalares

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Demonstração Consolidada do Rendimento Integral

para os período de três meses findos em 31 de março de 2012 e 2011

Notas31 março

2012

31 março

2011

(Milhares de Euros)

Reserva de justo valor

Ativos financeiros disponíveis para venda 44 139.552 (72.931)

Cobertura de fluxos de caixa 44 (25.206) (9.820)

Impostos

Ativos financeiros disponíveis para venda 44 (21.959) 5.701

Cobertura de fluxos de caixa 44 4.789 1.866

97.176 (75.184)

Perdas atuariais do período

Valor Bruto - 2.651

Impostos - (394)

- 2.257

Diferença cambial resultante da consolidação das empresas do Grupo 44 28.047 (11.001)

Outro rendimento integral do período depois de impostos 125.223 (83.928)

Resultado consolidado do período 59.300 108.877

Total do rendimento integral do período 184.523 24.949

Atribuíveis a:

Acionistas do Banco 165.982 6.171

Interesses que não controlam 18.541 18.778

Total do rendimento integral do período 184.523 24.949

Para ser lido com as notas anexas às demonstrações financeiras consolidadas intercalares

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊSNotas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

1. Políticas contabilísticas

a) Bases de apresentação

O Relatório e Contas anual do Banco Comercial Português, S.A., para o exercício findo em 31 de Dezembro de 1998, inclui as políticas

O Banco Comercial Português, S.A. Sociedade Aberta (o 'Banco') é um Banco de capitais privados, constituído em Portugal em 1985. Iniciou a sua atividade

em 5 de maio de 1986 e as demonstrações financeiras consolidadas agora apresentadas refletem os resultados das operações do Banco e de todas as suas

subsidiárias (em conjunto 'Grupo') e a participação do Grupo nas associadas para os três meses findos em 31 de março de 2012 e 2011.

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de julho de 2002, na sua transposição para a

legislação portuguesa através do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de fevereiro e do Aviso do Banco de Portugal n.º 1/2005, as demonstrações financeiras

consolidadas do Grupo são preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ('IFRS') conforme aprovadas pela União Europeia (UE) a

partir do exercício de 2005. As IFRS incluem as normas emitidas pelo International Accounting Standards Board ('IASB') bem como as interpretações emitidas

pelo International Financial Reporting Interpretations Committee ('IFRIC') e pelos respetivos órgãos antecessores. As demonstrações financeiras consolidadas

agora apresentadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração do Banco em 7 de maio de 2012. As demonstrações financeiras são apresentadas em

Euros arredondados ao milhar mais próximo.

Todas as referências deste documento a quaisquer normativos reportam sempre à respetiva versão vigente.

O Grupo adotou as IFRS e interpretações de aplicação obrigatória para exercícios que se iniciaram a 1 de janeiro de 2011.

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo para os três meses findos em 31 de março de 2012 foram preparadas para efeitos de reconhecimento e

mensuração em conformidade com as IFRS aprovadas pela UE e em vigor nessa data. data.As demonstrações financeiras do período de 3 meses findo em 31 de

março de 2012 não incluem toda a informação a divulgar nas demonstrações financeiras anuais completas.

No decurso do exercício de 2011, de acordo com uma das opções permitidas pelo IAS 19 - Benefícios a empregados, o Grupo efetuou uma alteração da política

contabilística passando a reconhecer os desvios atuariais do exercício por contrapartida de reservas. De acordo com o IAS 8, esta alteração da política

contabilística é apresentada para efeitos comparativos a partir de 1 de janeiro de 2010, reconhecendo nessa data a totalidade dos desvios atuariais diferidos

apurados até essa data em capitais próprios. Assim, a rubrica Reservas e resultados acumulados inclui, com efeito a 1 de janeiro de 2010, uma reexpressão

resultante da referida alteração da política contabilística.

Anteriormente, o Grupo procedia ao diferimento dos desvios atuariais determinados de acordo com o método do corredor. De acordo com o método do

corredor, os ganhos e perdas atuariais não reconhecidos que excedam 10% do maior entre o valor atual das responsabilidades e o justo valor dos ativos do

Fundo são registados por contrapartida de resultados pelo período correspondente à vida útil remanescente estimada dos colaboradores no ativo.

Em 2011, o Grupo adotou a IFRS 7 - Instrumentos financeiros: Divulgações – Transferências de ativos financeiros e o Annual Improvement Project emitido em

maio de 2010. Estas normas, de aplicação obrigatória com referência a 1 de janeiro de 2011, tiveram impacto ao nível da divulgação de informação adicional

sobre os ativos e passivos do Grupo.

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, modificado pela aplicação do justo valor para os instrumentos

financeiros derivados, ativos financeiros e passivos financeiros reconhecidos ao justo valor através de resultados e ativos financeiros disponíveis para venda,

exceto aqueles para os quais o justo valor não está disponível. Os ativos financeiros e passivos financeiros que se encontram cobertos no âmbito da

contabilidade de cobertura são apresentados ao justo valor relativamente ao risco coberto, quando aplicável. Os outros ativos financeiros e passivos financeiros

e ativos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou custo histórico. Ativos não correntes detidos para venda e grupos detidos para venda

(disposal groups) são registados ao menor do seu valor contabilístico ou justo valor deduzido dos respetivos custos de venda. O passivo sobre obrigações de

benefícios definidos é reconhecido ao valor presente dessa obrigação líquido dos ativos do fundo.

As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foram aplicadas de forma consistente a todas as entidades do Grupo, em todos os períodos das

demonstrações financeiras consolidadas agora apresentadas.

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS requer que o Conselho de Administração Executivo formule julgamentos, estimativas e

pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos ativos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos associados são

baseados na experiência histórica e noutros fatores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os

valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As questões que

requerem um maior índice de julgamento ou complexidade ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos são apresentados na

nota 1 ac).

A rubrica de Bancos centrais inclui o saldo junto do Banco de Portugal que visa satisfazer as exigências legais de reservas mínimas de A rubrica Valores a cobrar representa essencialmente cheques sacados por terceiros sobre outras instituições de crédito e que se Participações financeiras em subsidiárias A partir de 1 de Janeiro de 2010, o Grupo BCP passou a aplicar a IFRS 3 (revista) para o reconhecimento contabilístico das concentrações de atividades

8

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

b) Bases de consolidaçãoO saldo junto do Banco de Portugal visa satisfazer as exigências legais de reservas mínimas de caixa, cuja reserva é calculada com base As transferências por aquisições e alienações dizem respeito a alterações na estrutura do Grupo. A carteira de crédito sobre clientes inclui créditos que foram objeto de reestruturação formal com os clientes, em termos de reforço de A análise do crédito sobre clientes do Grupo, excluindo o crédito vencido, por prazos de maturidade e por tipo de crédito, para o A análise do crédito sobre clientes do Grupo, excluindo o crédito vencido, por prazos de maturidade e por sectores de atividade, para o A rubrica Valores a cobrar representa essencialmente cheques sacados por terceiros sobre outras instituições de crédito e que se Na rubrica Outros créditos sobre instituições de crédito – Banco de Portugal, encontram-se incluídos os montantes de Esc. O Relatório e Contas anual do Banco Comercial Português, S.A., para o exercício findo em 31 de Dezembro de 1997, inclui as políticas A análise da recuperação de créditos, anulados por contrapartida das provisões nos exercícios anteriores, efetuada no decorrer de 1998, A análise do crédito sobre clientes do Banco, excluindo o crédito vencido, por prazos de maturidade e por tipo de crédito, para o A análise do crédito sobre clientes do Banco, excluindo o crédito vencido, por prazos de maturidade e por sectores de atividade, para o

A partir de 1 de janeiro de 2010, o Grupo BCP passou a aplicar a IFRS 3 (revista) para o reconhecimento contabilístico das concentrações de atividades

empresariais. As alterações de políticas contabilísticas decorrentes da aplicação da IFRS 3 (revista) são aplicadas prospetivamente.

Participações financeiras em subsidiárias

As participações financeiras em empresas subsidiárias em que o Grupo exerce o controlo são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data

em que o Grupo assume o controlo sobre as suas atividades financeiras e operacionais até ao momento em que esse controlo cessa. Presume-se a existência de

controlo quando o Grupo detém mais de metade dos direitos de voto. Existe também controlo quando o Grupo detém o poder, direta ou indiretamente, de gerir

a política financeira e operacional de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas atividades, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus

capitais próprios seja inferior a 50%.

Após 1 de janeiro de 2010, as perdas acumuladas são atribuídas aos interesses que não controlam nas proporções detidas, o que poderá implicar o

reconhecimento de interesses que não controlam negativos. Anteriormente a essa data, quando as perdas acumuladas de uma subsidiária atribuíveis aos

interesses que não controlam excederam o interesse não controlado no capital próprio dessa subsidiária, o excesso é atribuível ao Grupo, sendo os prejuízos

registados em resultados na medida em que foram incorridos. Os lucros obtidos subsequentemente foram reconhecidos como proveitos do Grupo até que as

perdas atribuídas a interesses que não controlam anteriormente absorvidas pelo Grupo sejam recuperadas.

Após 1 de janeiro de 2010, numa operação de aquisição por fases/ etapas (step Acquisition) que resulte na aquisição de controlo, aquando do cálculo do

goodwill, a reavaliação de qualquer participação anteriormente adquirida é reconhecida por contrapartida de resultados. No momento de uma venda parcial, da

qual resulte a perda de controlo sobre uma subsidiária, qualquer participação remanescente é reavaliada ao mercado na data da venda e o ganho ou perda

resultante dessa reavaliação é registado por contrapartida de resultados.

Investimentos financeiros em associadas

Os investimentos financeiros em associadas são consolidados pelo método de equivalência patrimonial desde a data em que o Grupo adquire a influência

significativa até ao momento em que a mesma termina. As empresas associadas são entidades nas quais o Grupo tem influência significativa mas não exerce

controlo sobre a sua política financeira e operacional. Presume-se que o Grupo exerce influência significativa quando detém o poder de exercer mais de 20%

dos direitos de voto da associada. Caso o Grupo detenha, direta ou indiretamente, menos de 20% dos direitos de voto, presume-se que o Grupo não possui

influência significativa, exceto quando essa influência pode ser claramente demonstrada.

A existência de influência significativa por parte do Grupo é normalmente demonstrada por uma ou mais das seguintes formas:

- representação no Conselho de Administração Executivo ou órgão de direção equivalente;

- participação em processos de definição de políticas, incluindo a participação em decisões sobre dividendos ou outras distribuições;

- transações materiais entre o Grupo e a participada;

- intercâmbio de pessoal de gestão;

- fornecimento de informação técnica essencial.

As demonstrações financeiras consolidadas incluem a parte atribuível ao Grupo do total das reservas e dos lucros e prejuízos reconhecidos da associada

contabilizada de acordo com o método da equivalência patrimonial. Quando a parcela dos prejuízos atribuíveis excede o valor contabilístico da associada, o

valor contabilístico deve ser reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado, exceto na parcela em que o Grupo incorra numa obrigação

legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da associada.

Diferenças de consolidação e de reavaliação - Goodwill

O goodwill resultante das concentrações de atividades empresariais ocorridas até 1 de janeiro de 2004 foi registado por contrapartida de reservas.

As concentrações de atividades empresariais ocorridas após 1 de janeiro de 2004 são registadas pelo método da compra. O custo de aquisição equivale ao justo

valor determinado à data da compra, dos ativos cedidos e passivos incorridos ou assumidos, adicionado dos custos diretamente atribuíveis à aquisição, para

aquisições ocorridas até 31 de Dezembro de 2009.

Após 1 de janeiro de 2010, o registo dos custos diretamente relacionados com a aquisição de uma subsidiária passam a ser diretamente imputados a resultados.

A partir da data de transição para as IFRS, 1 de janeiro de 2004, a totalidade do goodwill positivo resultante de aquisições é reconhecido como um ativo e

registado ao custo de aquisição, não sendo sujeito a amortização.

O goodwill resultante da aquisição de participações em empresas subsidiárias e associadas é definido como a diferença entre o valor do custo de aquisição e o

justo valor total ou proporcional dos ativos e passivos e passivos contigentes da adquirida, consoante a opção tomada.

(iii) Desreconhecimento de ativos financeiros

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31 de março de 2012

Caso o goodwill apurado seja negativo este é registado diretamente em resultados do exercício em que a concentração de atividades ocorre.

O valor recuperável do goodwill das subsidiárias é avaliado anualmente, independentemente da existência de indicadores de imparidade. As eventuais perdas de

imparidade determinadas são reconhecidas em resultados do exercício. O valor recuperável é determinado com base no maior entre o valor em uso dos ativos e

o valor de mercado deduzido dos custos de venda, sendo calculado com recurso a metodologias de avaliação, suportadas em técnicas de fluxos de caixa

descontados, considerando as condições de mercado, o valor temporal e os riscos de negócio.

Até 31 de dezembro de 2009, os preços de aquisição contingentes eram determinados com base na melhor estimativa de pagamentos prováveis, podendo as

alterações posteriores ser registadas por contrapartida de goodwill. Após 1 de janeiro de 2010, o goodwill não é corrigido em função da determinação final do

valor do preço contingente pago, sendo este impacto reconhecido por contrapartida de resultados, ou capitais próprios, se aplicável.

Aquisição e diluição de Interesses que não controlam

Até 31 de dezembro de 2009, quando uma parte da participação numa subsidiária era alienada sem que tivesse ocorrido perda de controlo, a diferença entre o

valor de venda e o valor contabilístico dos capitais próprios atribuídos à proporção do capital a ser alienada pelo Grupo, acrescido do valor contabilístico do

goodwill relativo a essa subsidiária, era reconhecido em resultados do exercício como um ganho ou uma perda decorrente da alienação. O efeito de diluição

ocorria quando a percentagem de participação numa subsidiária diminuía sem que o Grupo tivesse alienado as suas partes de capital nessa subsidiária, por

exemplo, no caso em que o Grupo não participava proporcionalmente no aumento de capital da subsidiária. Até 31 de dezembro de 2009 o Grupo reconhecia os

ganhos e perdas decorrentes da diluição de uma participação financeira numa subsidiária na sequência de uma alienação ou aumento de capital nos resultados

do exercício.

Também nas aquisições de interesses que não controlam, até 31 de dezembro de 2009, as diferenças entre o valor de aquisição e o justo valor dos interesses que

não controlam adquiridos foram registadas por contrapartida de goodwill. As aquisições de interesses que não controlam, por via de contratos de opções de

venda por parte dos interesses que não controlam (written put options), originaram o reconhecimento de uma responsabilidade pelo justo valor a pagar, por

contrapartida de interesses que não controlam na parte adquirida. Sempre que existiu um diferencial entre os interesses que não controlam adquiridos e o justo

valor da responsabilidade, esse diferencial foi registado por contrapartida de goodwill. O justo valor foi determinado com base no preço definido no contrato,

que poderá ser fixo ou variável. No caso de o preço ser variável, o valor da responsabilidade é atualizado por contrapartida de goodwill e o efeito financeiro do

desconto (unwinding) dessa responsabilidade é registado por contrapartida de resultados. Este tratamento contabilístico mantém-se para as opções contratadas

até 31 de dezembro de 2009.

A partir de 1 de janeiro de 2010, a aquisição de interesses que não controlam da qual não resulte uma alteração de controlo sobre uma subsidiária, é

contabilizada como uma transação com acionistas e, como tal, não é reconhecido goodwill adicional resultante desta transação. A diferença entre o custo de

aquisição e o justo valor dos interesses que não controlam adquiridos é reconhecida diretamente em reservas. De igual forma, os ganhos ou perdas decorrentes

de alienações de interesses que controlam, das quais não resulte uma perda de controlo sobre uma subsidiária, são sempre reconhecidos por contrapartida de

reservas.

Os ganhos ou perdas decorrentes da diluição ou venda de uma parte da participação financeira numa subsidiária, com perda de controlo, são reconhecidos pelo

Grupo na demonstração dos resultados.

Da mesma forma, após 1 de janeiro de 2010, as aquisições de interesses que não controlam, por via de contratos de opções de venda por parte dos interesses

que não controlam (written put options), originam o reconhecimento de uma responsabilidade pelo justo valor a pagar, por contrapartida de interesses que não

controlam na parte adquirida. O justo valor é determinado com base no preço definido no contrato, que poderá ser fixo ou variável. No caso de o preço ser

variável, o valor da responsabilidade é atualizado por contrapartida de resultados, assim como o efeito financeiro do desconto (unwinding) dessa

responsabilidade é registado também por contrapartida de resultados. Após 1 de janeiro de 2010, nas diluições de interesses que controlam sem perda de

controlo, as diferenças entre o valor de aquisição e o justo valor dos interesses que não controlam adquiridos são registadas por contrapartida de reservas.

Entidades de finalidade especial (“SPEs”)

O Grupo consolida pelo método integral SPEs resultantes de operações de securitização de ativos com origem em entidades do Grupo (conforme nota 22),

quando a substância da relação com tais entidades indicia que o Grupo exerce controlo sobre as suas atividades, independentemente da percentagem que detém

sobre os seus capitais próprios. Para além das referidas entidades resultantes de operações de securitização, não foram consolidadas outras SPEs por não

estarem abrangidas pelos critérios abaixo referidos de acordo com a SIC 12.

A avaliação da existência de controlo é efetuada com base nos critérios definidos pela SIC 12, analisados como segue:

- As atividades da SPE estão, em substância, a ser conduzidas maioritariamente a favor do Grupo, de acordo com as suas necessidades específicas de negócio,

de forma a que o Grupo obtenha benefícios do funcionamento da SPE;

- O Grupo tem os poderes de tomada de decisão para obter a maioria dos benefícios das atividades da SPE ou, ao estabelecer mecanismos de auto-pilot, a

entidade delegou estes poderes de tomada de decisão;

- O Grupo tem direitos para obter a maioria dos benefícios da SPE, estando consequentemente exposto aos riscos inerentes às atividades do SPE;

- O Grupo retém a maioria dos riscos residuais ou de propriedade relativos à SPE ou aos seus ativos, com vista à obtenção de benefícios da sua atividade.

Gestão de fundos de investimento

O Grupo administra e gere ativos detidos por fundos de investimento, cujas unidades de participação são detidas por terceiras entidades. As demonstrações

financeiras destas entidades não são consolidadas pelo Grupo BCP, exceto quando o Grupo detém o controlo desses fundos de investimento, isto é, quando

detém mais de 50% das unidades de participação.

No caso de o Grupo consolidar fundos de investimento imobiliário, os imóveis provenientes desses fundos são classificados como propriedades de

investimento, conforme referido na política contabilística descrita na nota 1 r).

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c) Crédito a clientes

A rubrica crédito a clientes inclui os empréstimos originados pelo Grupo para os quais não existe uma intenção de venda no curto prazo, sendo o seu registo

efetuado na data em que os fundos são disponibilizados aos clientes.

O desreconhecimento destes ativos no balanço ocorre nas seguintes situações: (i) os direitos contratuais do Grupo expiram; ou (ii) o Grupo transferiu

substancialmente todos os riscos e benefícios associados.

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transação, e é subsequentemente valorizado ao custo amortizado,

com base no método da taxa de juro efetiva, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas por imparidade.

Imparidade

A política do Grupo consiste na avaliação regular da existência de evidência objetiva de imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por imparidade

identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da

perda estimada, num período posterior.

Após o reconhecimento inicial, um crédito ou uma carteira de créditos sobre clientes, definida como um conjunto de créditos com características de risco

semelhantes, poderá ser classificada como carteira com imparidade quando existe evidência objetiva de imparidade resultante de um ou mais eventos, e quando

estes tenham impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do crédito ou carteira de créditos sobre clientes, que possam ser estimados de forma fiável.

De acordo com a IAS 39 existem dois métodos para o cálculo das perdas por imparidade: (i) análise individual; e (ii) análise coletiva.

(i) Análise individual

A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é determinada através de uma análise da exposição total de crédito caso a caso. Para

cada crédito considerado individualmente significativo, o Grupo avalia, em cada data de balanço, a existência de evidência objetiva de imparidade. Na

determinação das perdas por imparidade em termos individuais são considerados os seguintes fatores:

- A exposição total de cada cliente junto do Grupo e a existência de crédito vencido;

- A viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios suficientes para fazer face ao serviço da dívida no futuro;

- A existência, natureza e o valor estimado dos colaterais associados a cada crédito;

- A deterioração significativa no rating do cliente;

- O património do cliente em situações de liquidação ou falência;

- A existência de credores privilegiados;

- O montante e os prazos de recuperação estimados.

Investimentos em subsidiárias e associadas residentes no estrangeiro

As demonstrações financeiras das subsidiárias e associadas do Grupo residentes no estrangeiro são preparadas na sua moeda funcional, definida como a moeda

da economia onde estas operam ou como a moeda em que as subsidiárias obtêm os seus proveitos ou financiam a sua atividade. Na consolidação, o valor dos

ativos e passivos, incluindo o goodwill, de subsidiárias residentes no estrangeiro é registado pelo seu contravalor em Euros à taxa de câmbio oficial em vigor na

data de balanço. O goodwill existente sobre estes investimentos é reavaliado por contrapartida de reservas.

Relativamente às participações expressas em moeda estrangeira em que se aplica o método de consolidação integral, proporcional e equivalência patrimonial,

as diferenças cambiais apuradas entre o valor de conversão em Euros da situação patrimonial no início do ano e o seu valor convertido à taxa de câmbio em

vigor na data de balanço, a que se reportam as contas consolidadas, são relevadas por contrapartida de reservas - diferenças cambiais. As diferenças cambiais

resultantes dos instrumentos de cobertura relativamente às participações expressas em moeda estrangeira são diferenças cambiais registadas em capitais

próprios em relação aquelas participações financeiras. Sempre que a cobertura não seja totalmente efetiva, a diferença apurada é registada em resultados do

exercício.

Os resultados destas subsidiárias são transpostos pelo seu contravalor em Euros a uma taxa de câmbio aproximada das taxas em vigor na data em que se

efetuaram as transações. As diferenças cambiais resultantes da conversão em Euros dos resultados do exercício, entre as taxas de câmbio utilizadas na

demonstração de resultados e as taxas de câmbio em vigor na data de balanço, são registadas em reservas - diferenças cambiais.

Na alienação de participações financeiras em subsidiárias residentes no estrangeiro para as quais existe perda de controlo, as diferenças cambiais associadas à

participação financeira e à respetiva operação de cobertura previamente registadas em reservas são transferidas para resultados, como parte integrante do ganho

ou perda resultante da alienação.

Investimentos em empresas controladas conjuntamente

As entidades controladas conjuntamente, consolidadas pelo método proporcional, são entidades em que o Grupo tem controlo conjunto definido por acordo

contratual. As demonstrações financeiras consolidadas incluem, nas linhas respetivas, a parcela proporcional do Grupo nos ativos, passivos, receitas e despesas,

com itens de natureza similar linha a linha, desde a data em que o controlo conjunto se iniciou até à data em que cesse.

Transações eliminadas em consolidação

Os saldos e transações entre empresas do Grupo, bem como os ganhos e perdas não realizados resultantes dessas transações, são anulados na preparação das

demonstrações financeiras consolidadas. Os ganhos e perdas não realizados de transações com associadas e entidades controladas conjuntamente são

eliminados na proporção da participação do Grupo nessas entidades.

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d) Instrumentos Financeiros

(i) Classificação, reconhecimento inicial e mensuração subsequente

1) Ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados

1a) Ativos financeiros detidos para negociação

Os ativos e passivos financeiros adquiridos ou emitidos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo, nomeadamente obrigações, títulos do tesouro ou

ações, ou que façam parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados e para os quais exista evidência de um padrão recente de tomada de lucros

no curto prazo ou que se enquadrem na definição de derivado (exceto no caso de um derivado classificado como de cobertura), são classificados como de

negociação. Os dividendos associados a ações destas carteiras são registados em Resultados em operações de negociação e de cobertura.

Os juros de instrumentos de dívida são reconhecidos em margem financeira.

Os derivados de negociação com um justo valor positivo são incluídos na rubrica ativos financeiros detidos para negociação, sendo os derivados de negociação

com justo valor negativo incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

1b) Outros ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados (Fair Value Option)

O Grupo adotou o Fair Value Option para algumas emissões próprias, operações de mercado monetário e depósitos a prazo que contêm derivados embutidos ou

com derivados de cobertura associados. As variações de risco de crédito do Grupo associadas a passivos financeiros em Fair Value Option encontram-se

divulgadas na nota da rubrica "Resultados em operações de negociação e de cobertura".

A designação de outros ativos ou passivos financeiros ao justo valor através de resultados (Fair Value Option) pode ser realizada desde que se verifique pelo

menos um dos seguintes requisitos:

- os ativos e passivos financeiros são geridos, avaliados e reportados internamente ao seu justo valor;

- a designação elimina ou reduz significativamente o mismatch contabilístico das transações;

- os ativos ou passivos financeiros contêm derivados embutidos que alteram significativamente os fluxos de caixa dos contratos originais (host contract).

Os ativos e passivos financeiros ao Fair Value Option são reconhecidos inicialmente ao seu justo valor, com os custos ou proveitos associados às transações

reconhecidos em resultados no momento inicial, com as variações subsequentes de justo valor reconhecidas em resultados. A periodificação dos juros e do

prémio/desconto (quando aplicável) é reconhecida na margem financeira com base na taxa de juro efetiva de cada transação, assim como a periodificação dos

juros dos derivados associados a instrumentos financeiros classificados nesta categoria.

As perdas por imparidade são calculadas através da comparação do valor atual dos fluxos de caixa futuros esperados descontados à taxa de juro efetiva original

de cada contrato e o valor contabilístico de cada crédito, sendo as perdas registadas por contrapartida de resultados. O valor contabilístico dos créditos com

imparidade é apresentado no balanço líquido das perdas por imparidade. Para os créditos com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada

corresponde à taxa de juro efetiva anual, aplicável no período em que foi determinada a imparidade.

Os créditos em que não seja identificada uma evidência objetiva de imparidade são agrupados em carteiras com características de risco de crédito semelhantes,

as quais são avaliadas coletivamente.

(ii) Análise coletiva

As perdas por imparidade baseadas na análise coletiva podem ser calculadas através de duas perspetivas:

- para grupos homogéneos de créditos não considerados individualmente significativos; ou

- em relação a perdas incorridas mas não identificadas ('IBNR') em créditos para os quais não existe evidência objetiva de imparidade (ver parágrafo (i)

anterior).

As perdas por imparidade em termos coletivos são determinadas considerando os seguintes aspetos:

- experiência histórica de perdas em carteiras de risco semelhante;

- conhecimento das atuais envolventes económica e creditícia e da sua influência sobre o nível das perdas históricas; e

- período estimado entre a ocorrência da perda e a sua identificação.

A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pelo Grupo de forma a monitorizar as diferenças

entre as estimativas de perdas e as perdas reais.

Os créditos para os quais não foi identificada evidência objetiva de imparidade são agrupados tendo por base características de risco semelhantes com o

objetivo de determinar as perdas por imparidade em termos coletivos. Esta análise permite ao Grupo o reconhecimento de perdas cuja identificação, em termos

individuais, só ocorrerá em períodos futuros.

Em conformidade com a Carta Circular n.º 15/2009 do Banco de Portugal, a anulação contabilística dos créditos é efetuada quando não existem perspetivas

realistas de recuperação dos créditos, numa perspetiva económica, e para créditos colateralizados, quando os fundos provenientes da realização dos colaterais já

foram recebidos, pela utilização de perdas de imparidade quando estas correspondem a 100% do valor dos créditos considerados como não recuperáveis.

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(vi) Imparidade

2) Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda detidos com o objetivo de serem mantidos pelo Grupo, nomeadamente obrigações, títulos do tesouro ou ações, são

classificados como disponíveis para venda, exceto se forem classificados numa outra categoria de ativos financeiros. Os ativos financeiros disponíveis para

venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor, incluindo os custos ou proveitos associados às transações. Os ativos financeiros disponíveis para venda são

posteriormente mensurados ao seu justo valor. As alterações no justo valor são registadas por contrapartida de reservas de justo valor até ao momento em que

são vendidos ou até ao reconhecimento de perdas de imparidade, caso em que passam a ser reconhecidos em resultados. Na alienação dos ativos financeiros

disponíveis para venda, os ganhos ou perdas acumulados reconhecidos em reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica "Resultados de ativos financeiros

disponíveis para venda" da demonstração de resultados. Os juros de instrumentos de dívida são reconhecidos com base na taxa de juro efetiva em margem

financeira, incluindo um prémio ou desconto, quando aplicável. Os dividendos são reconhecidos em resultados quando for atribuído o direito ao recebimento.

3) Ativos financeiros detidos até à maturidade

Nesta categoria são reconhecidos ativos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e maturidade fixa, para os quais o Grupo tem a

intenção e capacidade de manter até à maturidade e que não foram designados para nenhuma outra categoria de ativos financeiros. Estes ativos financeiros são

reconhecidos ao seu justo valor no momento inicial do seu reconhecimento e mensurados subsequentemente ao custo amortizado. O juro é calculado através do

método da taxa de juro efetiva e reconhecido em margem financeira. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados quando identificadas.

Qualquer reclassificação ou venda de ativos financeiros reconhecidos nesta categoria que não seja realizada próxima da maturidade, obrigará o Grupo a

reclassificar integralmente esta carteira para ativos financeiros disponíveis para venda e o Grupo ficará durante dois anos impossibilitado de classificar qualquer

ativo financeiro nesta categoria.

4) Crédito a clientes - Crédito titulado

Os ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em mercado, e que o Grupo não tenha a intenção de venda imediata,

nem num futuro próximo, podem ser classificados nesta categoria.

O Grupo apresenta nesta categoria, para além do crédito concedido, obrigações não cotadas e papel comercial. Os ativos financeiros aqui reconhecidos são

inicialmente registados ao seu justo valor e subsequentemente ao custo amortizado líquido de imparidade. Os custos de transação associados fazem parte da

taxa de juro efetiva destes instrumentos financeiros. Os juros reconhecidos pelo método da taxa de juro efetiva são reconhecidos em margem financeira.

As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados quando identificadas.

5) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros são todos os passivos financeiros que não se encontram registados na categoria de passivos financeiros ao justo valor através de

resultados. Esta categoria inclui tomadas em mercado monetário, depósitos de clientes e de outras instituições financeiras, dívida emitida, entre outros.

Estes passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao justo valor e subsequentemente ao custo amortizado. Os custos de transação associados fazem parte

da taxa de juro efetiva. Os juros reconhecidos pelo método da taxa de juro efetiva são reconhecidos em margem financeira.

As mais e menos-valias apuradas no momento da recompra de outros passivos financeiros são reconhecidas em Resultados de Operações Financeiras no

momento em que ocorrem.

(ii) Imparidade

Em cada data de balanço é efetuada uma avaliação da existência de evidência objetiva de imparidade, nomeadamente de um impacto adverso nos fluxos de

caixa futuros estimados de um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que possa ser medido de forma fiável ou com base numa queda acentuada ou

prolongada do justo valor do ativo financeiro, abaixo do custo de aquisição.

Se for identificada imparidade num ativo financeiro disponível para venda, a perda acumulada (mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o justo

valor, excluindo perdas de imparidade anteriormente reconhecidas por contrapartida de resultados) é transferida de reservas de justo valor e reconhecida em

resultados. Caso, num período subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívida classificados como ativos financeiros disponíveis para venda aumente e

esse aumento possa ser objetivamente associado a um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade em resultados, a perda por imparidade é

revertida por contrapartida de resultados. A reversão das perdas de imparidade reconhecidas em instrumentos de capital classificados como ativos financeiros

disponíveis para venda é registada por contrapartida de reservas de justo valor quando se revertem.

(iii) Derivados embutidos

Os derivados embutidos em instrumentos financeiros são tratados separadamente sempre que os riscos e benefícios económicos do derivado não estão

relacionados com os do instrumento principal (host contract), desde que o instrumento híbrido (conjunto) não esteja, à partida, reconhecido ao justo valor

através de resultados. Os derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações de justo valor subsequentes registadas em resultados do exercício

e apresentadas na carteira de derivados de negociação.

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31 de março de 2012

e) Contabilidade de cobertura

f) Reclassificação entre categorias de instrumentos financeiros

(i) Contabilidade de cobertura

O Grupo designa derivados e outros instrumentos financeiros para cobertura do risco de taxa de juro e risco cambial resultantes de atividades de financiamento

e de investimento. Os derivados que não se qualificam para contabilidade de cobertura são registados como de negociação.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor e os ganhos ou perdas resultantes da reavaliação são reconhecidos de acordo com o modelo de

contabilidade de cobertura adotado pelo Grupo. Uma relação de cobertura existe quando:

- à data de início da relação existe documentação formal da cobertura;

- se espera que a cobertura seja altamente efetiva;

- a efetividade da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

- a cobertura é avaliada numa base contínua e efetivamente determinada como sendo altamente efetiva ao longo do período de relato financeiro; e

- em relação à cobertura de uma transação prevista, esta é altamente provável e apresenta uma exposição a variações nos fluxos de caixa que poderia em última

análise afetar os resultados.

Quando um instrumento financeiro derivado é utilizado para cobrir variações cambiais de elementos monetários ativos ou passivos, não é aplicado qualquer

modelo de contabilidade de cobertura. Qualquer ganho ou perda associado ao derivado é reconhecido em resultados do exercício, assim como as variações do

risco cambial dos elementos monetários subjacentes.

(ii) Cobertura de justo valor

As variações do justo valor dos derivados que sejam designados e que se qualifiquem como de cobertura de justo valor são registadas por contrapartida de

resultados, em conjunto com as variações de justo valor do ativo, passivo ou grupo de ativos e passivos a cobrir no que diz respeito ao risco coberto. Se a

relação de cobertura deixa de cumprir com os requisitos da contabilidade de cobertura, os ganhos ou perdas acumulados pelas variações do risco de taxa de

juro associado ao item de cobertura até à data da descontinuação da cobertura são amortizados por resultados pelo período remanescente do item coberto.

(iii) Cobertura de fluxos de caixa

As variações de justo valor dos derivados, que se qualificam para coberturas de fluxos de caixa, são reconhecidas em capitais próprios - reservas de fluxos de

caixa na parte efetiva das relações de cobertura. As variações de justo valor da parcela inefetiva das relações de cobertura são reconhecidas por contrapartida

de resultados, no momento em que ocorrem.

Os valores acumulados em capitais próprios são reclassificados para resultados do exercício nos períodos em que o item coberto afeta resultados.

No caso de uma cobertura da variabilidade dos fluxos de caixa, quando o instrumento de cobertura expira ou é alienado, ou quando a relação de cobertura

deixa de cumprir os requisitos de contabilidade de cobertura, ou a relação de cobertura é revogada, a relação de cobertura é descontinuada prospetivamente.

Desta forma, as variações de justo valor do derivado acumuladas em capitais próprios até à data da descontinuação da cobertura podem ser:

- Diferidas pelo prazo remanescente do instrumento coberto, ou;

- Reconhecidas de imediato em resultados do exercício, no caso de o instrumento coberto se ter extinguido.

No caso da descontinuação de uma relação de cobertura de uma transação futura, as variações de justo valor do derivado registadas em capitais próprios

mantêm-se aí reconhecidas até que a transação futura seja reconhecida em resultados. Quando já não é expectável que a transação ocorra, os ganhos ou perdas

acumulados registados por contrapartida de capitais próprios são reconhecidos imediatamente em resultados.

(iv) Efetividade de cobertura

Para que uma relação de cobertura seja classificada como tal de acordo com a IAS 39, deve ser demonstrada a sua efetividade. Assim, o Grupo executa testes

prospetivos na data de início da relação de cobertura, quando aplicável, e testes retrospetivos de modo a demonstrar em cada data de balanço a efetividade das

relações de cobertura, mostrando que as alterações no justo valor do instrumento de cobertura são cobertas por alterações no item coberto no que diz respeito

ao risco coberto. Qualquer inefetividade apurada é reconhecida em resultados no momento em que ocorre.

(v) Cobertura de um investimento líquido numa entidade estrangeira

A cobertura de um investimento líquido numa entidade estrangeira é contabilizada de forma similar à cobertura de fluxos de caixa. Os ganhos e perdas

cambiais resultantes do instrumento de cobertura são reconhecidos em capitais próprios na parte efetiva da relação de cobertura. A parte inefetiva é

reconhecida em resultados do exercício. Os ganhos e perdas cambiais acumulados relativos ao investimento e à respetiva operação de cobertura registados em

capitais próprios são transferidos para resultados do exercício no momento da venda da entidade estrangeira, como parte integrante do ganho ou perda

resultante da alienação.

Em outubro de 2008, o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 - Reclassificação de instrumentos financeiros ("Amendements to IAS 39 Financial

Instruments: Recognition and Measurement and IFRS 7: Financial Instruments Disclosures"). Esta alteração veio permitir que uma entidade transfira

instrumentos financeiros de Ativos financeiros ao justo valor através de resultados - negociação para as carteiras de Ativos financeiros disponíveis para venda,

Crédito a clientes - Crédito titulado ou para Ativos financeiros detidos até à maturidade ("Held-to-maturity"), desde que sejam verificados os requisitos

enunciados na norma para o efeito, nomeadamente:

- Se um ativo financeiro, na data da reclassificação, apresentar características de um instrumento de dívida para o qual não exista mercado ativo; ou

- Quando se verificar algum evento que é não usual e altamente improvável que volte a ocorrer no curto prazo, isto é, esse evento puder ser considerado uma

circunstância rara.

(iii) Derivados embutidos

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

g) Desreconhecimento

h) Instrumentos de capital

i) Instrumentos financeiros compostos

j) Empréstimo de títulos e transações com acordo de recompra

k) Ativos não correntes detidos para venda e operações em descontinuação

Um instrumento financeiro é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual de a sua liquidação ser efetuada mediante a

entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro a terceiros, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos ativos de uma

entidade após a dedução de todos os seus passivos.

Os custos de transação diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida do capital próprio como uma dedução ao

valor da emissão. Os valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de

transação.

As ações preferenciais emitidas pelo Grupo são classificadas como capital quando o reembolso ocorre apenas por opção do Grupo e os dividendos são pagos

pelo Grupo numa base discricionária.

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito ao seu recebimento é estabelecido e deduzidos ao capital próprio.

Os ativos não correntes, grupos de ativos não correntes detidos para venda (grupos de ativos em conjunto com os respetivos passivos, que incluem pelo menos

um ativo não corrente) e operações em descontinuação são classificados como detidos para venda quando existe a intenção de alienar os referidos ativos e

passivos e os ativos ou grupos de ativos estão disponíveis para venda imediata e a sua venda é muito provável.

O Grupo também classifica como ativos não correntes detidos para venda os ativos não correntes ou grupos de ativos adquiridos apenas com o objetivo de

venda posterior, que estão disponíveis para venda imediata e cuja venda é muito provável.

Imediatamente antes da sua classificação como ativos não correntes detidos para venda, a mensuração de todos os ativos não correntes e todos os ativos e

passivos incluídos num grupo de ativos para venda é efetuada de acordo com as IFRS aplicáveis. Após a sua reclassificação, estes ativos ou grupos de ativos

são mensurados ao menor entre o seu custo e o seu justo valor deduzido dos custos de venda.

(i) Empréstimo de títulos

Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo de títulos continuam a ser reconhecidos no balanço e são reavaliados de acordo com a política

contabilística da categoria a que pertencem. O montante recebido pelo empréstimo de títulos é reconhecido como um passivo financeiro. Os títulos obtidos

através de acordos de empréstimo de títulos não são reconhecidos patrimonialmente. O montante cedido pelo empréstimo de títulos é reconhecido como um

débito para com clientes ou instituições financeiras. Os proveitos ou custos resultantes de empréstimo de títulos são periodificados durante o período das

operações e são incluídos em juros e proveitos ou custos equiparados (margem financeira).

O Grupo desreconhece ativos financeiros quando expiram todos os direitos aos fluxos de caixa futuros. Numa transferência de ativos, o desreconhecimento

apenas pode ocorrer quando substancialmente todos os riscos e benefícios dos ativos financeiros foram transferidos ou o Grupo não mantém controlo dos

mesmos.

O Grupo procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando estes são cancelados ou extintos.

Os instrumentos financeiros que contenham um passivo financeiro e uma componente de capital (ex: obrigações convertíveis) são classificados como

instrumentos financeiros compostos. Para os instrumentos financeiros classificados como instrumentos compostos, os termos da sua conversão para ações

ordinárias (número de ações) não podem variar em função de alterações do seu justo valor. A componente de passivo financeiro corresponde ao valor atual dos

reembolsos de capital e juros futuros descontados à taxa de juro de mercado, aplicável a passivos financeiros similares que não possuam nenhuma opção de

conversão. A componente de capital corresponde à diferença entre o valor recebido da emissão e o valor atribuído ao passivo financeiro. Os passivos

financeiros são mensurados ao custo amortizado através do método da taxa de juro efetiva. Os juros são reconhecidos em margem financeira.

(ii) Acordos de recompra

O Grupo realiza compras/vendas de títulos com acordo de revenda/recompra de títulos substancialmente idênticos numa data futura a um preço previamente

definido. Os títulos adquiridos que estiverem sujeitos a acordos de revenda numa data futura não são reconhecidos em balanço. Os montantes pagos são

reconhecidos em crédito a clientes ou aplicações em instituições de crédito. Os valores a receber são colaterizados pelos títulos associados. Os títulos vendidos

através de acordos de recompra continuam a ser reconhecidos no balanço e são reavaliados de acordo com a política contabilística da categoria a que

pertencem. Os recebimentos da venda de investimentos são considerados como depósitos de clientes ou de outras instituições de crédito.

A diferença entre as condições de compra/venda e as de revenda/recompra é periodificada durante o período das operações e é registada em juros e proveitos ou

custos equiparados.

O Grupo adotou o Fair value option para as emissões, crédito e depósitos efetuados no decurso do exercício de 2007 que contêm derivados embutidos ou com

O Grupo adotou esta possibilidade para um conjunto de ativos financeiros, conforme descrito na nota 23.

As transferências de ativos financeiros reconhecidas na categoria de Ativos financeiros disponíveis para venda para as categorias de Crédito a clientes -

Crédito titulado e Ativos financeiros detidos até à maturidade são permitidas.

São proibidas as transferências de e para outros Ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados ("Fair Value Option").

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

l) Locação financeira

m) Reconhecimento de juros

n) Reconhecimento de proveitos resultantes de serviços e comissões

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros ativos e passivos mensurados ao custo amortizado são reconhecidos nas rubricas de juros e

proveitos similares ou juros e custos similares (margem financeira), pelo método da taxa de juro efetiva. Os juros à taxa efetiva de ativos financeiros

disponíveis para venda também são reconhecidos em margem financeira assim como dos ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados.

A taxa de juro efetiva corresponde à taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro

(ou, quando apropriado, por um período mais curto) para o valor líquido atual de balanço do ativo ou passivo financeiro.

Para a determinação da taxa de juro efetiva, o Grupo procede à estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento

financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando eventuais perdas por imparidade. O cálculo inclui as comissões pagas ou

recebidas consideradas como parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios ou descontos diretamente relacionados com a

transação, exceto para ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados.

No caso de ativos financeiros ou grupos de ativos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em

resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada para desconto de fluxos de caixa futuros na mensuração da perda por imparidade.

Especificamente no que diz respeito à política de registo dos juros de crédito vencido são considerados os seguintes aspetos:

- Os juros de créditos vencidos com garantias reais até que seja atingido o limite de cobertura prudentemente avaliado são registados por contrapartida de

resultados de acordo com a IAS 18 no pressuposto de que existe uma razoável probabilidade da sua recuperação; e

- Os juros já reconhecidos e não pagos relativos a crédito vencido há mais de 90 dias que não esteja coberto por garantia real são anulados, sendo os mesmos

apenas reconhecidos quando recebidos por se considerar, no âmbito da IAS 18, que a sua recuperação é remota.

Para os instrumentos financeiros derivados, com exceção daqueles que forem classificados como instrumentos de cobertura do risco de taxa de juro, a

componente de juro não é autonomizada das alterações no seu justo valor, sendo classificada como Resultados de operações de negociação e cobertura. Para

derivados de cobertura do risco de taxa de juro e associados a ativos financeiros ou passivos financeiros reconhecidos na categoria de Fair Value Option, a

componente de juro é reconhecida em Juros e proveitos equiparados ou em Juros e custos equiparados (margem financeira).

Existem modalidades de seguro relativamente às quais os prémios são aplicados, autonomamente, em fundos de investimento. Para cada fundo autónomo existe Os investimentos relativos a seguros de vida em que o risco de investimento é suportado pelo tomador de seguro correspondem a seguros de grupo ligados a

Na ótica do locatário os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como ativo e passivo pelo justo valor da propriedade locada, que é

equivalente ao valor atual das rendas de locação vincendas.

As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os encargos financeiros são imputados aos períodos durante o

prazo de locação, a fim de produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período.

Na ótica do locador os ativos detidos sob locação financeira são registados no balanço como capital em locação pelo valor equivalente ao investimento líquido

de locação financeira.

As rendas são constituídas pelo proveito financeiro e pela amortização financeira do capital.

O reconhecimento do resultado financeiro reflete uma taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador.

Os proveitos resultantes de serviços e comissões são reconhecidos de acordo com os seguintes critérios:

- quando são obtidos à medida que os serviços são prestados, o seu reconhecimento em resultados é efetuado no período a que respeitam;

- quando resultam de uma prestação de serviços, o seu reconhecimento é efetuado quando o referido serviço está concluído.

Quando são uma parte integrante da taxa de juro efetiva de um instrumento financeiro, os proveitos resultantes de serviços e comissões são registados na

margem financeira.

As operações em descontinuação e as subsidiárias adquiridas exclusivamente com o objetivo de venda no curto prazo são consolidadas até ao momento da sua

venda.

O Grupo classifica igualmente em ativos não correntes detidos para venda os imóveis detidos por recuperação de crédito, que se encontram mensurados

inicialmente pelo menor entre o seu justo valor líquido de despesas e o valor contabilístico do crédito existente na data em que foi efetuada a dação ou

arrematação judicial do bem.

O justo valor é baseado no valor de mercado, sendo este determinado com base no preço expectável de venda obtido através de avaliações periódicas efetuadas

pelo Grupo.

A mensuração subsequente destes ativos é efetuada ao menor do seu valor contabilístico e o correspondente justo valor, líquido de despesas, não sendo sujeitos

a amortização. Caso existam perdas não realizadas, estas são registadas como perdas de imparidade por contrapartida de resultados do exercício.

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

o) Resultados de operações financeiras (Resultados em operações de negociação e de cobertura e Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda)

p) Atividades fiduciárias

q) Outros ativos tangíveis

Número de anos

Imóveis 50

Obras em edifícios alheios 10

Equipamento 4 a 12

Outras imobilizações 3

r) Propriedades de investimento

s) Ativos intangíveis

t) Caixa e equivalentes de caixa

u) Offsetting

Encargos com projetos de investigação e desenvolvimento

O Grupo não procede à capitalização de despesas de investigação e desenvolvimento. Todos os encargos são registados como custo no exercício em que

ocorrem.

Software

O Grupo regista em ativos intangíveis os custos associados ao software adquirido a entidades terceiras e procede à sua amortização linear pelo período de vida

útil estimado em 3 anos. O Grupo não capitaliza custos gerados internamente relativos ao desenvolvimento de software.

Relativamente à atividade seguradora, os investimentos em terrenos e edifícios são valorizados ao seu valor atual, valor este que corresponde ao valor de

O Grupo, à luz do disposto na IFRS 5, classifica em ativos não correntes detidos para venda os imóveis detidos por recuperação de crédito. De acordo com o

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a

contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais.

Os outros ativos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das respetivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade. Os custos

subsequentes são reconhecidos como um ativo separado apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Grupo. As despesas

com manutenção e reparação são reconhecidas como custo à medida que são incorridas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

O Grupo procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o maior entre o valor de uso e o justo

valor deduzido dos custos de venda, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada:

„Caps‟ e „floors‟

Os ativos e passivos financeiros são compensados e reconhecidos pelo seu valor líquido em balanço quando o Grupo tem um direito legal de compensar os

valores reconhecidos e as transações podem ser liquidadas pelo seu valor líquido.

Os ativos detidos no âmbito de atividades fiduciárias não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo. Os resultados obtidos com

serviços e comissões provenientes destas atividades são reconhecidos na demonstração de resultados no período em que ocorrem.

O Resultado de operações financeiras reflete os ganhos e perdas dos ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados, isto é, variações de justo

valor e juros de derivados de negociação e de derivados embutidos, assim como os dividendos recebidos associados a estas carteiras. Inclui igualmente, mais ou

menos-valias das alienações de ativos financeiros disponíveis para venda. As variações de justo valor dos derivados afetos a carteiras de cobertura e dos itens

cobertos, quando aplicável a cobertura de justo valor, também aqui são reconhecidas.

Sempre que exista uma indicação de que um ativo fixo tangível possa ter imparidade, é efetuada uma estimativa do seu valor recuperável, devendo ser

reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido desse ativo exceda o valor recuperável.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu justo valor deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso, sendo este calculado com

base no valor atual dos fluxos de caixa estimados futuros que se espera vir a obter com o uso continuado do ativo e da sua alienação no final da vida útil.

As perdas por imparidade de ativos fixos tangíveis são reconhecidas em resultados do exercício.

Relativamente à atividade seguradora, os investimentos em terrenos e edifícios são valorizados ao seu valor atual, valor este que corresponde ao valor de

Os imóveis detidos pelos fundos de investimento consolidados pelo Grupo são reconhecidos como propriedades de investimento, dado que estes imóveis têm

como objetivo a valorização do capital a longo prazo e não a venda a curto prazo, nem são destinados à venda no curso ordinário do negócio nem para sua

utilização.

Estes investimentos são inicialmente reconhecidos ao custo de aquisição, incluindo os custos de transação, e subsequentemente são reavaliados ao justo valor.

O justo valor da propriedade de investimento deve refletir as condições de mercado à data do balanço. As variações de justo valor são reconhecidas em

resultados do exercício na rubrica de Outros proveitos operacionais.

Os avaliadores responsáveis pela valorização do património estão devidamente certificados para o efeito, encontrando-se inscritos na CMVM.

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

v) Transações em moeda estrangeira

w) Benefícios a empregados

Plano de benefícios definidos

O Grupo tem a responsabilidade de pagar aos seus colaboradores pensões de reforma por velhice, pensões de reforma por invalidez e pensões de sobrevivência,

nos termos do estabelecido nas duas convenções coletivas de trabalho que outorgou. Estes benefícios estão previstos nos planos de pensões "Plano ACT" e

"Plano ACTQ" do "Fundo de Pensões do Grupo Banco Comercial Português", os quais correspondem ao plano base das referidas convenções coletivas

(condições previstas no sistema de segurança social privado do setor bancário para a constituição do direito ao recebimento de uma pensão).

A par dos benefícios previstos nos dois planos acima referidos, o Grupo assumiu a responsabilidade, desde que verificadas determinadas condições em cada

exercício, de atribuir complementos de reforma aos colaboradores do Grupo, tendo em conta as especificidades dos instrumentos da regulamentação coletiva e

a situação previdencial de cada um (Plano Complementar).

A responsabilidade líquida do Grupo com planos de reforma (planos de benefício definido) é estimada semestralmente, com referência a 31 de dezembro e 30

de junho de cada ano.

A partir de 1 de janeiro de 2011, os empregados bancários foram integrados no Regime Geral da Segurança Social, que passou a assegurar a proteção dos

colaboradores nas eventualidades de maternidade, paternidade, adoção e ainda de velhice, permanecendo sob a responsabilidade dos bancos a proteção na

doença, invalidez, sobrevivência e morte (Decreto-Lei n.º 1-A/2011, de 3 de janeiro).

A taxa contributiva é de 26,6% cabendo 23,6% à entidade empregadora e 3% aos trabalhadores, em substituição da Caixa de Abono de Família dos

Empregados Bancários (CAFEB) que foi extinta por aquele mesmo diploma. Em consequência desta alteração o direito à pensão dos empregados no ativo

passou a ser coberto nos termos definidos pelo Regime Geral da Segurança Social, tendo em conta o tempo de serviço prestado desde 1 de janeiro de 2011 até à

idade da reforma, passando os bancos a suportar o diferencial necessário para a pensão garantida nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho.

Na sequência da aprovação pelo Governo do DL 127/2011, que veio a ser publicado em 31 de dezembro, foi estabelecido um Acordo Tripartido entre o

Governo, a Associação Portuguesa de Bancos e os Sindicatos dos trabalhadores bancários sobre a transferência para a esfera da Segurança Social, das

responsabilidades das pensões em pagamento dos atuais reformados e pensionistas.

Este decreto estabeleceu que as responsabilidades a transferir correspondem às pensões em pagamento em 31 de dezembro de 2011, a valores constantes (taxa

de atualização 0%) na componente prevista no Instrumento de Regulação Coletiva de Trabalho („IRCT‟) dos reformados e pensionistas. As responsabilidades

relativas às atualizações das pensões, a benefícios complementares à pensão a assumir pela Segurança Social, às contribuições para o SAMS sobre as pensões

de reforma e sobrevivência, ao subsídio de morte e à pensão de sobrevivência diferida continuam a cargo das Instituições com o financiamento a ser assegurado

através dos respetivos fundos de pensões. O referido Decreto-Lei estabelece igualmente os termos e condições em que foi efetuada a transferência definindo

uma taxa de desconto de 4% para determinação das responsabilidades a transferir.

Conforme referido na nota 1a) e nota 60, de acordo com uma das opções permitidas pelo IAS 19 - Benefícios a empregados, o Grupo optou em 2011 por uma

alteração da política contabilística para reconhecimento dos desvios atuariais passando a reconhecer os desvios atuariais do exercício por contrapartida de

reservas. De acordo com a IAS 8, esta alteração da política contabilística é apresentada para efeitos comparativos a partir de 1 de janeiro de 2010, reconhecendo

nessa data a totalidade dos desvios atuariais diferidos em capitais próprios.

Anteriormente, o Grupo procedia ao diferimento dos desvios atuariais determinados de acordo com o método do corredor. De acordo com o método do

corredor, os ganhos e perdas atuariais não reconhecidos que excedam 10% do maior entre o valor atual das obrigações definidas e o justo valor dos ativos do

Fundo são registados por contrapartida de resultados pelo período correspondente à vida útil remanescente estimada dos colaboradores no ativo.

Os custos de serviço corrente e o custo dos juros resultante do unwinding dos passivos do plano deduzidos do retorno esperado dos ativos do plano são

registados por contrapartida de custos operacionais.

A responsabilidade líquida do Grupo relativa ao plano de pensões de benefício definido é calculada separadamente para cada plano através da estimativa do

valor de benefícios futuros que cada colaborador deve receber em troca pelo seu serviço no período corrente e em períodos passados. O benefício é descontado

de forma a determinar o seu valor atual, sendo aplicada a taxa de desconto correspondente à taxa de obrigações de alta qualidade de sociedades com maturidade

semelhante à data do termo das obrigações do plano. A responsabilidade líquida é determinada após a dedução do justo valor dos ativos do Fundo de Pensões.

Outros benefícios que não de pensões, nomeadamente os encargos de saúde dos colaboradores na situação de reforma e benefícios atribuíveis ao cônjuge e

descendentes por morte antes da reforma são igualmente considerados no cálculo das responsabilidades.

Os custos resultantes de reformas antecipadas são registados por contrapartida de resultados no exercício em que as reformas antecipadas são aprovadas e

comunicadas.

Os ganhos e perdas atuariais do exercício são reconhecidos por contrapartida de reservas no exercício em que ocorrem.

Os pagamentos aos fundos são efetuados anualmente por cada empresa do Grupo de acordo com um plano de contribuições determinado de forma a assegurar a

solvência do fundo, incluindo a cobertura do Plano Complementar. O financiamento mínimo das responsabilidades é de 100% para as pensões em pagamento e

95% para os serviços passados do pessoal no ativo.

Plano de contribuição definida

Para o Plano de contribuição definida, aplicável ao Plano Complementar, as responsabilidades relativas ao benefício atribuível aos colaboradores do Grupo são

reconhecidas como um custo do exercício quando devidas.

As transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários

denominados em moeda estrangeira, são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais resultantes

da conversão são reconhecidas em resultados. Os ativos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao custo histórico são

convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e passivos não monetários registados ao justo valor são

convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor é determinado e reconhecido por contrapartida de resultados, com

exceção daqueles reconhecidos em ativos financeiros disponíveis para venda, cuja diferença é registada por contrapartida de capitais próprios.

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

x) Impostos sobre lucros

y) Relato por segmentos

z) Provisões

O Grupo está sujeito ao regime estabelecido no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC). Adicionalmente são registados impostos

diferidos resultantes das diferenças temporárias entre os resultados contabilísticos e os resultados fiscalmente aceites para efeitos de IRC sempre que haja uma

probabilidade razoável de que tais impostos venham a ser pagos ou recuperados no futuro.

Os impostos sobre lucros registados em resultados incluem o efeito dos impostos correntes e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração

dos resultados, exceto quando relacionado com itens que sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu reconhecimento em capitais

próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda e de derivados de

cobertura de fluxos de caixa são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que

lhes deram origem.

Os impostos correntes correspondem ao valor que se apura relativamente ao rendimento tributável do exercício, utilizando a taxa de imposto em vigor ou

substancialmente aprovada pelas autoridades à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de exercícios anteriores.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores

contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e que se

espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos quando é provável a existência de lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias

dedutíveis para efeitos fiscais (incluindo prejuízos fiscais reportáveis).

O Grupo procede, conforme estabelecido na IAS 12, parágrafo 74, à compensação dos ativos e passivos por impostos diferidos sempre que: (i) tenha o direito

legalmente executável de compensar ativos por impostos correntes e passivos por impostos correntes; e (ii) os ativos e passivos por impostos diferidos se

relacionarem com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre a mesma entidade tributável ou diferentes entidades tributáveis

que pretendam liquidar passivos e ativos por impostos correntes numa base líquida, ou realizar os ativos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada

período futuro em que os passivos ou ativos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidados ou recuperados.

O Grupo determina e apresenta segmentos operacionais baseados na informação de gestão produzida internamente.

Um segmento operacional de negócio é uma componente identificável do Grupo que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um grupo de

produtos ou serviços relacionados, dentro de um ambiente económico específico e que esteja sujeito a riscos e benefícios que sejam diferenciáveis de outros,

que operem em ambientes económicos diferentes. O Grupo controla a sua atividade através dos seguintes segmentos operacionais principais:

Portugal

- Banca de Retalho;

- Banca de Empresas (que inclui o segmento empresas em Portugal, o Corporate e Banca de Investimento);

- Private Banking e Asset management.

Atividade no Estrangeiro

- Polónia;

- Grécia;

- Angola;

- Moçambique.

Outros

O agregado Outros inclui a atividade não alocada aos segmentos anteriormente referidos, nomeadamente a desenvolvida pelas subsidiárias na Roménia, Suíça e

Ilhas Caimão.

São reconhecidas provisões quando (i) o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou decorrente de práticas passadas ou políticas publicadas que impliquem

o reconhecimento de certas responsabilidades), (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável

do valor dessa obrigação.

As provisões são revistas no final de cada data de reporte e ajustadas para refletir a melhor estimativa, sendo revertidas por resultados na proporção dos

pagamentos que não sejam prováveis.

As provisões são desreconhecidas através da sua utilização para as obrigações para as quais foram inicialmente constituídas ou nos casos em que estas deixem

de se observar.

Planos de remuneração com ações

À data de 31 de março de 2012 não se encontra em vigor nenhum plano de remuneração com ações.

Remuneração variável paga aos colaboradores

Compete ao Conselho de Administração Executivo fixar os respetivos critérios de alocação a cada colaborador, sempre que a mesma seja atribuída.

A remuneração variável atribuída aos colaboradores é registada por contrapartida de resultados no exercício a que dizem respeito.

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

aa) Resultado por ação

ab) Contratos de seguro

ac) Estimativas contabilísticas na aplicação das políticas contabilísticas

No momento anterior à classificação de um ativo detido para venda, a mensuração dos ativos (ou do conjunto de ativos e passivos incluídos num 'disposal Os impostos sobre lucros registados em resultados, incluem o efeito dos impostos correntes e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração de Classificação

O Grupo emite contratos que incluem risco seguro, risco financeiro ou uma combinação dos riscos seguro e financeiro. Um contrato em que o Grupo aceita

um risco de seguro significativo de outra parte, aceitando compensar o segurado no caso de um acontecimento futuro incerto específico afetar adversamente o

segurado é classificado como um contrato de seguro.

Um contrato emitido pelo Grupo cujo risco seguro transferido não é significativo, mas cujo o risco financeiro transferido é significativo com participação nos

resultados discricionária, é considerado como um contrato de investimento e reconhecido e mensurado de acordo com as políticas contabilísticas aplicáveis

aos contratos de seguro. Um contrato emitido pelo Grupo que transfere apenas risco financeiro, sem participação nos resultados discricionária, é registado

como um instrumento financeiro.

Reconhecimento e mensuração

Os prémios de apólices de seguro de vida e de contratos de investimento com participação nos resultados discricionária e que são considerados como contratos

de longa duração, são reconhecidos como proveitos quando devidos pelos tomadores de seguro. Os benefícios e outros custos são reconhecidos em simultâneo

com o reconhecimento dos proveitos ao longo da vida dos contratos. Esta especialização é efetuada através da constituição de provisões/responsabilidades de

contratos de seguros e contratos de investimento com participação nos resultados discricionária.

As responsabilidades correspondem ao valor atual dos benefícios futuros a pagar, líquidos de despesas administrativas associadas diretamente aos contratos,

deduzidos dos prémios teóricos que seriam necessários para cumprir com os benefícios estabelecidos e as respetivas despesas. As responsabilidades são

determinadas com base em pressupostos de mortalidade, despesas de gestão ou de investimento à data da avaliação.

Relativamente aos contratos cujo período de pagamento é significativamente mais reduzido do que o período do benefício, os prémios são diferidos e

reconhecidos em resultados proporcionalmente ao período de duração da cobertura do risco.

No que respeita aos contratos de curta duração, nomeadamente contratos do ramo não vida, os prémios são registados no momento da sua emissão. O prémio é

reconhecido como proveito adquirido numa base pro-rata durante o período de vigência do contrato. A provisão para prémios não adquiridos representa o

montante dos prémios emitidos relativos aos riscos não decorridos.

Prémios

Os prémios brutos emitidos são registados como proveitos no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento,

de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios.

Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que respeitam da mesma forma que os prémios brutos emitidos.

Provisão para prémios não adquiridos de seguro direto e resseguro cedido

A provisão para prémios não adquiridos é baseada na avaliação dos prémios emitidos antes do final do exercício, mas com vigência após essa data. A sua

determinação é efetuada mediante a aplicação do método pro rata temporis, por cada recibo em vigor.

Teste de adequação das responsabilidades

À cada data de reporte, o Grupo procede à avaliação da adequação das responsabilidades decorrentes de contratos de seguro e de contratos de investimento

com participação nos resultados discricionária. A avaliação da adequação das responsabilidades é efetuada tendo por base a projeção dos cash flows futuros

associados a cada contrato, descontados à taxa de juro de mercado sem risco. Esta avaliação é efetuada produto a produto ou agregada quando os riscos dos

produtos são similares ou geridos de forma conjunta. Qualquer deficiência, se existir, é registada nos resultados do Grupo quando determinada.

Os resultados por ação básicos são calculados dividindo o resultado líquido atribuível a acionistas do Grupo pelo número médio ponderado de ações

ordinárias emitidas, excluindo o número médio de ações ordinárias compradas pelo Grupo e detidas como ações próprias.

Para o resultado por ação diluído, o número médio de ações ordinárias emitidas é ajustado para assumir a conversão de todas as potenciais ações ordinárias

tratadas como diluidoras. Emissões contingentes ou potenciais são tratadas como diluidoras quando a sua conversão para ações faz decrescer o resultado por

ação.

Se o resultado por ação for alterado em resultado de uma emissão a prémio ou desconto ou outro evento que altere o número potencial de ações ordinárias ou

alterações nas políticas contabilísticas, o cálculo do resultado por ação para todos os períodos apresentados é ajustado retrospetivamente.

As IFRS estabeleceram um conjunto de tratamentos contabilísticos que requerem que o Conselho de Administração Executivo utilize o julgamento e faça as

estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados

na aplicação dos princípios contabilísticos pelo Grupo são analisadas nos parágrafos seguintes, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua

aplicação afeta os resultados reportados do Grupo e a sua divulgação.

20

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

Considerando que em algumas situações as normas contabilísticas permitem um tratamento contabilístico alternativo em relação ao adotado pelo Conselho de

Administração Executivo, os resultados reportados pelo Grupo poderiam ser diferentes caso um tratamento distinto fosse escolhido. O Conselho de

Administração Executivo considera que os critérios adotados são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição

financeira do Grupo e das suas operações em todos os aspetos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm

intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas possam ser mais apropriadas.

Imparidade dos ativos financeiros disponíveis para venda

O Grupo determina que existe imparidade nos seus ativos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor

significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efetuado, o

Grupo avalia, entre outros fatores, a volatilidade normal dos preços dos ativos financeiros.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação, os quais requerem a utilização de determinados

pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas poderiam resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas,

com o consequente impacto nos resultados consolidados do Grupo.

Perdas por imparidade em créditos a clientes

O Grupo efetua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de perdas por imparidade, conforme referido na nota 1 c).

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e

julgamentos. Este processo inclui fatores como a probabilidade de incumprimento, as notações de risco, o valor dos colaterais associado a cada operação, as

taxas de recuperação e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros, quer do momento do seu recebimento.

Metodologias alternativas e a utilização de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas,

com o consequente impacto nos resultados consolidados do Grupo.

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na sua ausência é determinado com base na utilização de preços de transações

recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros

descontados considerando as condições de mercado, o efeito do tempo, a curva de rentabilidade e fatores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a

utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo poderiam

originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados.

Securitizações e Entidades de Finalidade Especial (SPEs)

O Grupo patrocina a constituição de SPEs com o objetivo principal de efetuar operações de securitização de ativos por motivos de liquidez e/ou de gestão de

capital.

No âmbito da aplicação desta política e de acordo com a nota 22, foram incluídas no perímetro de consolidação as seguintes SPEs resultantes de operações de

securitização: NovaFinance nº 4, Magellan nº 2, 3, 5 e 6, Kion nº1 e nº2, Orchis Sp zo.o, Caravela SME nº 1 e 2 e Tagus Leasing. Por outro lado o Grupo não

consolidou as seguintes SPEs igualmente resultantes das operações de securitização de crédito do Grupo: Magellan nº 1 e 4. Para estas SPEs, que estão

desreconhecidas no balanço, concluiu-se que foram transferidos substancialmente os riscos e benefícios associados aos mesmos, uma vez que o Grupo não

detém quaisquer títulos emitidos pelas SPEs em causa que tenham exposição à maioria dos riscos residuais, nem está de outra forma exposto à performance

das correspondentes carteiras de crédito.

Impostos sobre os lucros

O Grupo encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre lucros em diversas jurisdições. Para determinar o montante global de impostos sobre os lucros

foi necessário efetuar determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transações e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar é

incerta durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício.

As Autoridades Fiscais Portuguesas têm a possibilidade de rever o cálculo da matéria coletável efetuado pelo Banco e pelas suas subsidiárias residentes

durante um período de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos reportáveis. Desta forma, é possível que haja correções à matéria coletável, resultantes

principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal, que pela sua probabilidade, o Conselho de Administração Executivo considera que não terão

efeito materialmente relevante ao nível das demonstrações financeiras.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projeções

atuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros fatores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

21

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

2.

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Margem financeira 317.477 401.564

Resultados em operações de negociação e de cobertura 168.778 (742)

Resultados em ativos financeiros disponíveis para venda 7.048 27.221

Resultados em ativos financeiros detidos até à maturidade 15.510 -

508.813 428.043

3. Margem financeira

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Juros e proveitos equiparados

Juros de crédito 793.724 720.091

Juros de títulos de negociação 12.663 35.785

Juros de ativos financeiros disponíveis para venda 80.419 34.598

Juros de ativos financeiros detidos até à maturidade 39.037 48.175

Juros de derivados de cobertura 66.823 71.753

Juros de derivados associados a instrumentos

financeiros valorizados ao justo valor

através de resultados 2.892 21.228

Juros de depósitos e outras aplicações 17.089 15.244

1.012.647 946.874

Juros e custos equiparados

Juros de depósitos e outros recursos 497.073 357.531

Juros de títulos com acordo de recompra 4.399 2.934

Juros de títulos emitidos 180.418 134.913

Juros de derivados de cobertura 4.542 10.449

Juros de derivados associados a instrumentos

financeiros valorizados ao justo valor

através de resultados 450 6.651

Juros de outros passivos financeiros

ao justo valor através de resultados 8.288 32.832

695.170 545.310

Margem financeira 317.477 401.564

Margem financeira e resultados em operações de negociação, cobertura, ativos financeiros disponíveis para venda e ativos financeiros detidos até à

maturidade

As IFRS em vigor exigem a divulgação desagregada da margem financeira e dos resultados em operações de negociação e de cobertura, em ativos financeiros

disponíveis para venda e em ativos financeiros detidos até à maturidade, conforme apresentado nas notas 3, 6, 7 e 8. Uma atividade de negócio específica pode

gerar impactos quer na rubrica de resultados em operações de negociação e de cobertura, em ativos financeiros disponíveis para venda e em ativos financeiros

detidos até à maturidade, quer nas rubricas da margem financeira, pelo que o requisito de divulgação, tal como apresentado, evidencia a contribuição das diferentes

atividades de negócio para a margem financeira e para os resultados em operações de negociação e de cobertura, em ativos financeiros disponíveis para venda e em

ativos financeiros detidos até à maturidade.

A análise conjunta destas rubricas é apresentada como segue:

A rubrica de Juros de crédito inclui o montante de Euros 15.468.000 (31 de março de 2011: Euros 11.639.000) relativo a comissões e outros custos/proveitos

contabilizados de acordo com o método da taxa de juro efetiva, conforme referido na política contabilística descrita na nota 1 m).

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4. Rendimentos de instrumentos de capital

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Rendimentos de ativos financeiros disponíveis

para venda 295 27

Outros 1 -

296 27

5. Resultados de serviços e comissões

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Serviços e comissões recebidas:

Por garantias prestadas 26.674 24.594

Por compromissos perante terceiros 42 115

Por serviços bancários prestados 130.556 138.779

Comissões da atividade seguradora 451 209

Outras comissões 57.150 63.419

214.873 227.116

Serviços e comissões pagas:

Por garantias recebidas 16.847 848

Por serviços bancários prestados por terceiros 20.341 19.865

Comissões da atividade seguradora 351 236

Outras comissões 7.413 10.742

44.952 31.691

Resultados líquidos de serviços e comissões 169.921 195.425

A rubrica Rendimentos de ativos financeiros disponíveis para venda inclui dividendos e rendimentos de unidades de participação recebidos durante o exercício.

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6. Resultados em operações de negociação e de cobertura

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Lucros em operações de negociação e de cobertura

Operações cambiais 491.304 2.302.206

Operações com instrumentos financeiros

valorizados ao justo valor através de resultados

Detidos para Negociação

Carteira de Títulos

Rendimento fixo 18.510 7.849

Rendimento variável 3.749 4.011

Certificados e valores mobiliários

estruturados emitidos 4.936 15.152

Derivados associados a instrumentos

financeiros valorizados ao justo valor

através de resultados 50.948 40.557

Outros instrumentos financeiros derivados 492.186 607.742

Outros instrumentos financeiros valorizados ao

justo valor através de resultados 6.875 55.033

Recompras de emissões próprias 196.730 39.483

Contabilidade de cobertura

Derivados de cobertura 40.426 182.195

Instrumentos cobertos 814 174.532

Outras operações 10.476 883

1.316.954 3.429.643

Prejuízos em operações de negociação e de cobertura

Operações cambiais 484.951 2.275.928

Operações com instrumentos financeiros

valorizados ao justo valor através de resultados

Detidos para Negociação

Carteira de Títulos

Rendimento fixo 944 128.786

Rendimento variável 4.390 537

Certificados e valores mobiliários

estruturados emitidos 14.555 19.846

Derivados associados a instrumentos

financeiros valorizados ao justo valor

através de resultados 26.903 25.235

Outros instrumentos financeiros derivados 466.395 576.151

Outros instrumentos financeiros valorizados ao

justo valor através de resultados 59.279 52.127

Recompras de emissões próprias 495 1.002

Contabilidade de cobertura

Derivados de cobertura 24.652 338.378

Instrumentos cobertos 51.580 8.790

Outras operações 14.032 3.605

1.148.176 3.430.385

Resultados líquidos em operações de

negociação e de cobertura 168.778 (742)

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31 de março de 2012

7. Resultados em ativos financeiros disponíveis para venda

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Lucros em operações com ativos

financeiros disponíveis para venda

Rendimento fixo 8.702 3.137

Rendimento variável 74 24.975

Prejuízos em operações com ativos

financeiros disponíveis para venda

Rendimento fixo (1.728) (891)

Resultados em ativos financeiros

disponíveis para venda 7.048 27.221

8. Resultados em ativos financeiros detidos até à maturidade

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Lucros em operações com ativos

financeiros detidos até à maturidade 168.598 -

Prejuízos em operações com ativos

financeiros detidos até à maturidade (153.088) -

Resultados em ativos financeiros

detidos até à maturidade 15.510 -

9. Outros proveitos de exploração

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Proveitos

Prestação de serviços 8.690 8.150

Venda de cheques e outros 3.895 4.484

Outros proveitos de exploração 3.012 24.148

15.597 36.782

Custos

Impostos 8.348 7.034

Donativos e quotizações 1.078 1.297

Contribuição específica sobre o setor Bancário 8.461 5.000

Outros custos de exploração 8.836 5.126

26.723 18.457

(11.126) 18.325

10. Custos com o pessoal

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Remunerações 156.155 148.715

Encargos sociais obrigatórios 36.617 14.666

Encargos sociais facultativos 12.445 9.587

Outros custos 1.335 1.652

206.552 174.620

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11. Outros gastos administrativos

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Água, energia e combustíveis 5.816 4.694

Material de consumo corrente 1.829 1.961

Rendas e alugueres 36.670 37.569

Comunicações 11.820 9.082

Deslocações, estadas e representações 3.104 3.333

Publicidade 7.875 10.462

Conservação e reparação 9.745 9.197

Cartões e crédito imobiliário 4.712 3.147

Estudos e consultas 4.223 2.944

Informática 5.215 6.053

Outsourcing e trabalho independente 21.100 21.153

Outros serviços especializados 7.923 7.610

Formação do pessoal 499 451

Seguros 4.196 4.396

Contencioso 2.911 2.272

Transportes 2.716 2.523

Outros fornecimentos e serviços 10.994 12.561

141.348 139.408

12. Amortizações do período

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Ativos intangíveis:

Software 3.786 3.888

Outros ativos intangíveis 108 85

3.894 3.973

Outros ativos tangíveis:

Imóveis 9.116 11.069

Equipamento

Mobiliário 979 1.132

Máquinas 647 718

Equipamento informático 3.617 4.467

Instalações interiores 1.023 1.003

Viaturas 722 797

Equipamento de segurança 627 647

Outros ativos tangíveis 853 1.022

17.584 20.855

21.478 24.828

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

13. Imparidade do crédito

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Aplicações em instituições de crédito:

Crédito concedido

Reversão do período (57) (271)

(57) (271)

Crédito concedido a clientes:

Crédito concedido

Dotação do período 391.087 251.839

Reversão do período (216.160) (79.442)

Recuperações de crédito e de juros (4.606) (5.559)

170.321 166.838

170.264 166.567

14. Imparidade de outros ativos financeiros

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Imparidade de ativos financeiros disponíveis para venda

Dotação do período 764 2.775

Reversão do período (66) (33)

Imparidade de ativos financeiros detidos até maturidade

Dotação do período 118 -

816 2.742

15. Outras provisões

O valor desta rubrica é composto por:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Provisões para pensões de reforma, complementos

de pensões de reforma e sobrevivência

Dotação do período 183 191

Provisões para garantias e outros compromissos

Dotação do período 11.708 5.065

Reversão do período (5.449) (3.198)

Outras provisões para riscos e encargos

Dotação do período 2.075 1.859

Reversão do período (4) (393)

8.513 3.524

A rubrica Imparidade do crédito regista a estimativa de perdas incorridas determinadas de acordo com a avaliação da evidência objetiva de imparidade, conforme

referida na política contabilística descrita na nota 1 c).

Conforme referido na nota 23, a rubrica de imparidade de ativos financeiros disponíveis para venda inclui perdas por imparidade em unidades de participação

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

16. Resultados por equivalência patrimonial

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Grupo Millenniumbcp Ageas 15.814 18.437

Outras empresas (2.963) (1.707)

12.851 16.730

17. Resultados de alienação de subsidiárias e outros ativos

18. Impostos

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Impostos correntes (20.997) (25.291)

Impostos diferidos

Criação e reversão de diferenças temporárias (90.138) (9.430)

Efeito de alterações de taxa - 53.754

Prejuízos fiscais reconhecidos / (utilizados) 78.945 (33.795)

(11.193) 10.529

(32.190) (14.762)

mar 2012 mar 2011

% Euros '000 % Euros '000

Lucro antes de impostos 91.490 123.639

Taxa de imposto corrente 29,0% (26.532) 29,0% (35.845)

Efeito das taxas de imposto no estrangeiro

e na Região Autónoma da Madeira -4,1% 3.787 -3,7% 4.531

Acréscimos para efeitos de apuramento do lucro tributável 20,1% (18.345) 2,1% (2.648)

Deduções para efeitos de apuramento do lucro tributável -12,3% 11.274 -15,3% 18.882

Benefícios fiscais não reconhecidos em resultados -3,1% 2.857 -1,5% 1.797

Efeito dos prejuízos fiscais utilizados / reconhecidos 0,3% (310) 0,7% (900)

Efeito de impostos diferidos não reconhecidos anteriormente -0,4% 388 0,0% -

Diferença de taxa no imposto diferido 3,7% (3.340) 0,0% 1

Correções de anos anteriores 0,2% (217) 0,2% (216)

(Tributação autónoma) / Créditos fiscais 1,9% (1.752) 0,3% (364)

35,3% (32.190) 11,8% (14.762)

Os principais contributos na rubrica de rendimento de participações financeiras consolidadas pelo método de equivalência patrimonial são analisados como segue:

A reconciliação da taxa efetiva é analisada como segue:

A rubrica Resultados de alienação de subsidiárias e outros ativos corresponde às menos valias decorrentes da venda e reavaliações de ativos detidos pelo Grupo e

classificados como ativos não correntes detidos para venda.

Os impostos sobre os lucros são analisados como segue:

28

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31 de março de 2012

19. Resultado por ação

Os resultados por ação são calculados da seguinte forma:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Resultado líquido do período atribuível

aos acionistas do Banco 40.759 90.099

Dividendos de outros instrumentos de capital (2.149) (24.485)

Resultado líquido ajustado 38.610 65.614

Nº médio de ações 7.203.634.818 5.053.639.458

Resultado por ação básico (Euros) 0,02 0,05

Resultado por ação diluído (Euros) 0,02 0,05

Em junho de 2011 concretizou-se o aumento de capital do Banco Comercial Português, S.A., de Euros 4.694.600.000 para Euros 6.064.999.986, resultante de:

(i) Euros 120.400.000, por incorporação de reservas de prémio de emissão, mediante a emissão de 206.518.010 novas ações ordinárias, escriturais e nominativas

sem valor nominal;

(ii) Euros 990.147.000, por entradas em espécie de 990.147 valores mobiliários perpétuos subordinados com juros condicionados, mediante a emissão de

1.584.235.200 novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal que resultaram na conversão da maioria das emissões de valores mobiliários

perpétuos;

(iii) Euros 259.852.986, através da emissão de 721.813.850 ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal, com o valor de emissão e preço de

subscrição unitário de Euros 0,36, com reserva de preferência dos acionistas, no exercício dos respetivos direitos legais de preferência.

De acordo com o estabelecido no Decreto-lei nº 49/2010 de 19 de maio, que veio permitir que o capital social de uma sociedade anónima possa ser representado por

ações sem valor nominal, a Assembleia Geral Anual de acionistas aprovou que o capital social passasse a ser representado por ações sem valor nominal.

O número médio de ações acima indicado resultou do número de ações existentes no início de cada ano, ajustado pelo número de ações readquiridas ou emitidas no

período, depois de ponderado pelo fator tempo. No decurso do exercício de 2009, o Banco Comercial Português, S.A. emitiu três tranches do seu programa de

Valores mobiliários perpétuos que, em termos agregados totalizam Euros 1.000.000.000, os quais, face às suas características, devem ser considerados, de acordo

com a política contabilística descrita na nota 1 h), como instrumentos de capital nos termos da IAS 32.

A rubrica Dividendos de outros instrumentos de capital inclui os dividendos distribuídos das seguintes emissões:

a) Duas emissões efetuadas pelo BCP Finance Company Ltd e que, de acordo com as regras da IAS 32, e conforme referido na política contabilística descrita na

nota 1 h), foram consideradas como instrumentos de capital. As referidas emissões são analisadas como segue:

- 5.000.000 ações preferenciais, de Euros 100 cada, perpétuas e sem direito a voto, no montante total de Euros 500.000.000, emitidas em 9 de junho de 2004,

destinadas a refinanciar a amortização antecipada da emissão de 8.000.000 de ações preferenciais, de Euros 50 cada, sem direito a voto, no montante total de Euros

400.000.000, emitidas pela BCP Finance Company, em 14 de junho de 1999.

- 10.000 ações preferenciais, de Euros 50.000 cada, perpétuas e sem direito a voto, no montante total de Euros 500.000.000, emitidas em 13 de outubro de 2005

destinadas a refinanciar a amortização antecipada da emissão de 6.000.000 de ações preferenciais, de Euros 100 cada, sem direito a voto, no montante total de Euros

600.000.000, emitidas pela BCP Finance Company, em 28 de setembro de 2000.

b) Três emissões de Valores mobiliários perpétuos analisados conforme segue:

- Em junho de 2009, conforme referido na nota 42, foram emitidos Euros 300.000.000 de Valores mobiliários perpétuos com juros condicionados, ao valor nominal

de Euros 1.000, tendo sido tratados como instrumento de capital.

- Em agosto de 2009, conforme referido na nota 42, foram emitidos Euros 600.000.000 de Valores mobiliários perpétuos com juros condicionados, ao valor nominal

de Euros 1.000, tendo sido tratados como instrumento de capital.

- Em dezembro de 2009, conforme referido na nota 42, foram emitidos Euros 100.000.000 de Valores mobiliários perpétuos com juros condicionados, ao valor

nominal de Euros 1.000, tendo sido tratados como instrumento de capital.

Estas emissões foram trocadas no âmbito da oferta pública de troca de Valores mobiliários perpétuos por ações, efetuada em 2011. O valor não trocado ascende a

Euros 9.853.000. em 31 de março de 2012.

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31 de março de 2012

20. Caixa e disponibilidades em bancos centrais

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Caixa 577.751 691.144

Bancos centrais 1.306.171 1.424.801

1.883.922 2.115.945

21. Disponibilidades em outras instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Em instituições de crédito no país 3.078 2.970

Em instituições de crédito no estrangeiro 967.931 1.251.177

Valores a cobrar 159.651 323.263

1.130.660 1.577.410

22. Aplicações em instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Aplicações no Banco de Portugal - 600.008

Aplicações em outras instituições de crédito no país 504.166 846.856

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 1.862.096 1.466.731

2.366.262 2.913.595

Crédito vencido - mais de 90 dias 1.779 1.836

2.368.041 2.915.431

Imparidade para aplicações em instituições de crédito (2.322) (2.416)

2.365.719 2.913.015

Os movimentos da Imparidade para aplicações em instituições de crédito são analisados como segue:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Saldo em 1 de janeiro 2.416 13.759

Transferências (37) -

Reversão do período (57) (271)

Saldo em 31 de março 2.322 13.488

A rubrica Bancos centrais inclui o saldo junto dos bancos centrais dos países em que o Grupo opera, com vista a satisfazer as exigências legais de reservas

mínimas de caixa, calculadas com base no montante dos depósitos e outras responsabilidades efetivas. O regime de constituição de reservas de caixa, de acordo

com as diretrizes do Sistema Europeu de Bancos Centrais da Zona do Euro obriga à manutenção de um saldo em depósito junto do Banco Central, equivalente a

2% sobre o montante médio dos depósitos e outras responsabilidades, ao longo de cada período de constituição de reservas. Esta taxa é diferente para países fora

da Zona Euro.

A rubrica Valores a cobrar representa, essencialmente, cheques sacados por terceiros sobre outras instituições de crédito e que se encontram em cobrança.

30

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31 de março de 2012

23. Créditos a clientes

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Crédito ao setor público 1.377.225 712.224

Crédito com garantias reais 43.296.509 43.337.792

Crédito com outras garantias 10.422.655 10.944.941

Crédito sem garantias 3.787.697 3.658.828

Crédito sobre o estrangeiro 3.858.719 3.835.789

Crédito tomado em operações de factoring 1.116.044 1.286.609

Capital em locação 4.165.955 4.280.611

68.024.804 68.056.794

Crédito vencido - menos de 90 dias 316.945 280.211

Crédito vencido - mais de 90 dias 3.597.714 3.196.072

71.939.463 71.533.077

Imparidade para riscos de crédito (3.609.076) (3.487.542)

68.330.387 68.045.535

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Crédito não titulado

Crédito por desconto de efeitos 462.243 533.231

Crédito em conta corrente 4.106.069 4.502.604

Descobertos em depósitos à ordem 1.915.155 1.867.652

Empréstimos 20.930.465 19.994.269

Crédito imobiliário 31.899.011 32.036.068

Crédito tomado em operações de factoring 1.116.044 1.286.609

Capital em locação 4.165.955 4.280.611

64.594.942 64.501.044

Crédito titulado

Papel comercial 1.830.959 1.741.120

Obrigações 1.598.903 1.814.630

3.429.862 3.555.750

68.024.804 68.056.794

Crédito vencido - menos de 90 dias 316.945 280.211

Crédito vencido - mais de 90 dias 3.597.714 3.196.072

71.939.463 71.533.077

Imparidade para riscos de crédito (3.609.076) (3.487.542)

68.330.387 68.045.535

Em 31 de março de 2012, a rubrica Crédito a clientes inclui o montante de Euros 10.464.156.000 (31 de dezembro 2011: Euros 10.508.017.000) relativo a

créditos afetos a sete emissões de obrigações hipotecárias realizadas pelo Grupo.

O Banco de Investimento Imobiliário, S.A. procedeu durante o exercício de 2011, à emissão de uma operação de obrigações hipotecárias no montante de Euros

1.000.000.000 com prazo de 3 anos. A referida emissão ocorreu em 19 de janeiro de 2011 e tem uma taxa de juro de Euribor 1M+0,75%. Adicionalmente, o

Banco Comercial Português, S.A. procedeu durante o exercício de 2010, à emissão de três operações de obrigações hipotecárias no montante de Euros

1.750.000.000, Euros 1.000.000.000 e Euros 1.000.000.000 com prazos de 3, 10 e 8 anos e 6 meses, respetivamente. As emissões ocorreram em maio, julho e

outubro de 2010 e tiveram taxas de juro de Euribor 1M+0,75%, Euribor 1M+0,8% e Euribor 1M+0,75%, respetivamente.

No âmbito da gestão do risco de liquidez, o Grupo possui um conjunto de ativos elegíveis para desconto junto do Banco Central Europeu e outros Bancos

Centrais dos países onde opera, nos quais se incluem algumas operações de créditos a clientes.

A análise do crédito a clientes, por tipo de operação, é a seguinte:

31

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31 de março de 2012

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Agricultura e silvicultura 599.193 644.293

Indústrias extrativas 177.646 434.327

Alimentação, bebidas e tabaco 613.706 521.473

Têxteis 570.203 491.557

Madeira e cortiça 239.065 229.143

Papel, artes gráficas e editoras 333.500 294.543

Químicas 798.574 833.055

Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 1.044.561 1.177.560

Eletricidade, água e gás 1.094.147 951.045

Construção 4.451.602 4.991.080

Comércio a retalho 1.570.116 1.669.000

Comércio por grosso 2.477.482 2.584.655

Restaurantes e hotéis 1.633.001 1.411.024

Transportes e comunicações 2.081.140 1.846.405

Serviços 16.096.766 14.802.022

Crédito ao consumo 4.456.966 4.496.917

Crédito hipotecário 30.253.941 30.308.497

Outras atividades nacionais 1.362.158 886.812

Outras atividades internacionais 2.085.696 2.959.669

71.939.463 71.533.077

Imparidade para riscos de crédito (3.609.076) (3.487.542)

68.330.387 68.045.535

A rubrica de Crédito a clientes inclui os seguintes montantes relativos a operações de securitização, detalhados por tipo de operação:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Crédito hipotecário 6.353.991 6.392.175

Crédito ao consumo 387.743 417.771

Leasing 929.017 992.600

Empréstimos a empresas 4.483.177 4.620.819

12.153.928 12.423.365

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Valor bruto 4.953.599 5.300.269

Juros ainda não devidos (787.644) (1.019.658)

Valor líquido 4.165.955 4.280.611

Tradicionais

A análise do crédito a clientes, por setor de atividade, é a seguinte:

No decurso do ano de 2010, o Grupo executou duas operações de securitização: Tagus Leasing No.1 (leasings) e Caravela SME No.2 (créditos a empresas),

A rubrica de crédito a clientes inclui os seguintes valores relacionados com contratos de locação financeira:

32

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31 de março de 2012

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Agricultura e silvicultura 9.192 7.221

Indústrias extrativas 646 798

Alimentação, bebidas e tabaco 6.162 5.590

Têxteis 3.114 3.155

Madeira e cortiça 11.561 12.297

Papel, artes gráficas e editoras 1.728 1.673

Químicas 645 733

Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 42.039 31.988

Eletricidade, água e gás 2.451 3.168

Construção 36.434 45.256

Comércio a retalho 22.477 18.076

Comércio por grosso 47.411 55.622

Restaurantes e hotéis 3.059 3.441

Transportes e comunicações 16.511 10.138

Serviços 227.443 222.727

Crédito ao consumo 279.952 256.712

Crédito hipotecário 279.905 254.593

Outras atividades nacionais 106 197

Outras atividades internacionais 2.568 3.300

993.404 936.685

A análise do crédito vencido por setores de atividade é a seguinte:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Agricultura e silvicultura 39.756 60.622

Indústrias extrativas 11.014 8.749

Alimentação, bebidas e tabaco 79.110 76.328

Têxteis 55.682 51.128

Madeira e cortiça 27.102 28.520

Papel, artes gráficas e editoras 22.552 20.883

Químicas 15.062 19.356

Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 106.253 100.655

Eletricidade, água e gás 1.917 2.874

Construção 1.123.221 708.428

Comércio a retalho 132.014 120.470

Comércio por grosso 317.880 292.686

Restaurantes e hotéis 172.877 149.387

Transportes e comunicações 74.663 58.294

Serviços 704.038 795.634

Crédito ao consumo 730.799 666.543

Crédito hipotecário 255.250 239.137

Outras atividades nacionais 29.539 21.789

Outras atividades internacionais 15.930 54.800

3.914.659 3.476.283

A carteira de crédito a clientes inclui créditos que foram objeto de reestruturação formal com os clientes, em termos de reforço de garantias, prorrogação de

vencimentos ou alteração de taxa de juro. A análise dos créditos reestruturados por setores da atividade é a seguinte:

33

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31 de março de 2012

Os movimentos da imparidade para riscos de crédito são analisados como segue:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Imparidade para crédito vencido e outros

créditos concedidos:

Saldo em 1 de janeiro 3.487.542 2.505.886

Transferências (3.140) (222)

Dotação do período 391.087 251.839

Reversão do período (216.160) (79.442)

Utilização de imparidade (60.393) (43.003)

Diferenças cambiais 10.140 (9.786)

Saldo em 31 de março 3.609.076 2.625.272

A análise da imparidade por setores de atividade é a seguinte:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Agricultura e silvicultura 63.672 65.288

Indústrias extrativas 10.367 6.726

Alimentação, bebidas e tabaco 64.281 55.707

Têxteis 41.565 40.731

Madeira e cortiça 30.309 23.097

Papel, artes gráficas e editoras 34.138 34.717

Químicas 32.498 13.994

Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 99.684 108.624

Eletricidade, água e gás 7.194 3.817

Construção 579.435 388.794

Comércio a retalho 97.544 90.795

Comércio por grosso 240.351 248.366

Restaurantes e hotéis 100.987 86.397

Transportes e comunicações 70.266 66.641

Serviços 1.055.979 964.474

Crédito ao consumo 565.556 549.750

Crédito hipotecário 257.864 257.238

Outras atividades nacionais 23.575 10.531

Outras atividades internacionais 233.811 471.855

3.609.076 3.487.542

Se o valor de uma perda por imparidade decresce num período subsequente à sua contabilização e essa diminuição pode ser relacionada objetivamente com um

evento que tenha ocorrido após o reconhecimento dessa perda, a imparidade em excesso é anulada por contrapartida de resultados.

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31 de março de 2012

A anulação de crédito por utilização de imparidade analisada por setor de atividade é a seguinte:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Agricultura e silvicultura 1.248 1.098

Indústrias extrativas 2.079 -

Alimentação, bebidas e tabaco 827 750

Têxteis 1.258 158

Madeira e cortiça 805 2.716

Papel, artes gráficas e editoras 391 160

Químicas 29 92

Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 899 3.943

Construção 8.754 2.490

Comércio a retalho 573 264

Comércio por grosso 7.009 3.065

Restaurantes e hotéis 825 3.236

Transportes e comunicações 812 345

Serviços 3.192 1.325

Crédito ao consumo 23.171 5.497

Crédito hipotecário 697 170

Outras atividades nacionais 196 8

Outras atividades internacionais 7.628 17.686

60.393 43.003

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Agricultura e silvicultura 153 2

Indústrias extrativas 23 1

Alimentação, bebidas e tabaco 11 20

Têxteis 421 602

Madeira e cortiça 209 3

Papel, artes gráficas e editoras 78 77

Químicas 39 25

Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base 72 85

Eletricidade, água e gás 7 -

Construção 135 857

Comércio a retalho 110 207

Comércio por grosso 1.615 1.717

Restaurantes e hotéis 7 4

Transportes e comunicações 37 11

Serviços 514 1.385

Crédito ao consumo 1.123 556

Crédito hipotecário - 2

Outras atividades nacionais 51 3

Outras atividades internacionais 1 2

4.606 5.559

Em conformidade com a política contabilística descrita na nota 1 c), a anulação contabilística dos créditos é efetuada quando não existem perspetivas fiáveis de

recuperação dos créditos e para créditos colateralizados, quando os fundos provenientes da realização dos colaterais já foram recebidos. A referida anulação é

realizada pela utilização de perdas por imparidade quando estas correspondem a 100% do valor dos créditos considerados como não recuperáveis.

A recuperação de créditos e de juros, efetuada no decorrer do primeiro trimestre de 2012 e 2011, analisada por setores de atividade, é a seguinte:

35

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

24. Ativos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 4.591.913 4.283.378

De outros emissores 2.256.270 1.034.084

6.848.183 5.317.462

Títulos vencidos 4.937 4.927

Imparidade para títulos vencidos (4.925) (4.925)

6.848.195 5.317.464

Ações e outros títulos de rendimento variável 311.529 282.318

7.159.724 5.599.782

Derivados de negociação 1.172.880 1.319.662

8.332.604 6.919.444

Disponíveis

Negociação para venda Total

Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos

Nacionais 109.523 1.078.262 1.187.785

Estrangeiros 299.113 782.608 1.081.721

Obrigações de outros emissores

Nacionais 12.409 331.596 344.005

Estrangeiros 76.864 590.003 666.867

Bilhetes do Tesouro e outros títulos

da Dívida Pública 374.359 1.948.048 2.322.407

Papel comercial - 1.250.335 1.250.335

872.268 5.980.852 6.853.120

Títulos de rendimento variável:

Ações de empresas

Nacionais 4.679 76.062 80.741

Estrangeiras 14.991 23.213 38.204

Unidades de participação 516 191.357 191.873

Outros títulos 711 - 711

20.897 290.632 311.529

Imparidade para títulos vencidos - (4.925) (4.925)

893.165 6.266.559 7.159.724

Derivados de negociação 1.172.880 - 1.172.880

2.066.045 6.266.559 8.332.604

Títulos

A rubrica de Ativos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda é analisada como segue:

A rubrica Derivados de negociação inclui a valorização dos derivados embutidos destacados de acordo com a política contabilística descrita na nota 1 d), no

A análise dos ativos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda, líquida de imparidade, por tipo, em 31 de março de 2012 é a seguinte:

Conforme descrito na política contabilística 1 d), a carteira de ativos financeiros disponíveis para venda é apresentada ao seu valor de mercado, sendo o

respetivo justo valor registado por contrapartida de reservas de justo valor, conforme nota 44. A reserva de justo valor no montante negativo de Euros

331.702.000 é apresentada líquida de perdas por imparidade no montante de Euros 62.384.000.

36

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

Disponíveis

Negociação para venda Total

Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos

Nacionais 77.476 939.681 1.017.157

Estrangeiros 104.568 549.376 653.944

Obrigações de outros emissores

Nacionais 37.865 347.215 385.080

Estrangeiros 76.164 577.767 653.931

Bilhetes do Tesouro e outros títulos

da Dívida Pública 499.738 2.112.539 2.612.277

795.811 4.526.578 5.322.389

Títulos de rendimento variável:

Ações de empresas

Nacionais 4.741 66.972 71.713

Estrangeiras 24.846 41.348 66.194

Unidades de participação 270 144.141 144.411

29.857 252.461 282.318

Imparidade para títulos vencidos - (4.925) (4.925)

825.668 4.774.114 5.599.782

Derivados de negociação 1.319.662 - 1.319.662

2.145.330 4.774.114 6.919.444

Outros Ativos Títulos Total

Obrigações Ações Financeiros Vencidos Bruto

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Alimentação, bebidas e tabaco - 2 - 12 14

Têxteis - 48 - - 48

Madeira e cortiça - 501 - 361 862

Papel, artes gráficas e editoras 39 93 - 998 1.130

Químicas - 2.546 - - 2.546

Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base - 64 - - 64

Eletricidade, água e gás 148.966 635 - - 149.601

Construção - 1.804 - 2.560 4.364

Comércio a retalho - 42 - - 42

Comércio por grosso - 1.190 - 475 1.665

Restaurantes e hotéis - 71 - - 71

Transportes e comunicações 33.144 9.897 - 529 43.570

Serviços 2.054.977 101.973 186.107 2 2.343.059

Outras atividades nacionais 19.144 16 6.477 - 25.637

Outras atividades internacionais - 63 - - 63

2.256.270 118.945 192.584 4.937 2.572.736

Títulos Públicos 2.269.506 - 2.322.407 - 4.591.913

Imparidade para títulos vencidos - - - (4.925) (4.925)

4.525.776 118.945 2.514.991 12 7.159.724

Títulos

A análise da carteira de títulos incluídos nos ativos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda, por setor de atividade, à data de 31 de março de

2012 é a seguinte:

A análise dos ativos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda, líquida de imparidade, por tipo, em 31 de dezembro de 2011 é a seguinte:

Conforme descrito na política contabilística 1 d), a carteira de ativos financeiros disponíveis para venda é apresentada ao seu valor de mercado, sendo o

respetivo justo valor registado por contrapartida de reservas de justo valor, conforme nota 44. A reserva de justo valor no montante negativo de Euros

471.254.000 é apresentada líquida de perdas por imparidade no montante de Euros 62.272.000.

37

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

Outros Ativos Títulos Total

Obrigações Ações Financeiros Vencidos Bruto

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Alimentação, bebidas e tabaco - 3 - 2 5

Têxteis - 1 - - 1

Madeira e cortiça - 501 - 361 862

Papel, artes gráficas e editoras 86 15.281 - 998 16.365

Químicas - 7.625 - - 7.625

Máquinas, equipamentos e metalúrgicas de base - 185 - - 185

Eletricidade, água e gás 154.713 1.118 - - 155.831

Construção 9.472 1.960 - 2.560 13.992

Comércio a retalho - 437 - - 437

Comércio por grosso - 1.205 - 475 1.680

Restaurantes e hotéis - 51 - - 51

Transportes e comunicações 23.350 774 - 529 24.653

Serviços 821.002 108.710 144.411 2 1.074.125

Outras atividades internacionais 25.461 56 - - 25.517

1.034.084 137.907 144.411 4.927 1.321.329

Títulos Públicos 1.671.101 - 2.612.277 - 4.283.378

Imparidade para títulos vencidos - - - (4.925) (4.925)

2.705.185 137.907 2.756.688 2 5.599.782

25. Derivados de cobertura

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Instrumentos de cobertura

Ativo:

Swaps 470.898 495.879

Futuros 625 -

471.523 495.879

Passivo:

Swaps 376.021 508.032

26. Ativos financeiros detidos até à maturidade

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 2.295.387 3.011.692

De outros emissores 1.612.727 2.681.153

3.908.114 5.692.845

Imparidade para títulos - (532.665)

3.908.114 5.160.180

A análise da carteira de títulos incluídos nos ativos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda, por setor de atividade, à data de 31 de

dezembro de 2011 é a seguinte:

A rubrica de Ativos financeiros detidos até à maturidade é analisada como segue:

A rubrica Obrigações e outros títulos de rendimento fixo - De emissores públicos, inclui em 31 de dezembro de 2011, o montante de Euros 2.419.426.000 (31 de

38

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Transportes e comunicações 171.693 170.333

Serviços 1.441.034 2.510.819

1.612.727 2.681.152

Títulos Públicos 2.295.387 2.479.028

3.908.114 5.160.180

27. Investimentos em associadas

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Instituições de crédito residentes 24.180 24.863

Instituições de crédito não residentes 24.700 24.104

Outras empresas residentes 328.065 247.053

Outras empresas não residentes 9.497 9.055

386.442 305.075

O valor dos investimentos em associadas é analisado como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Banque BCP, S.A.S. 20.235 19.696

Banque BCP (Luxembourg), S.A. 4.465 4.408

Millenniumbcp Ageas Grupo Segurador, S.G.P.S., S.A. 312.994 233.441

SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 13.568 13.312

Unicre - Cartão Internacional de Crédito, S.A. 24.179 24.863

Outras 11.001 9.355

386.442 305.075

A análise por setor de atividade da carteira de obrigações e outros títulos de rendimento fixo, líquido de imparidade, incluídos na rubrica Ativos financeiros

detidos até à maturidade, é a seguinte:

No âmbito da gestão do risco de liquidez, o Grupo possui um conjunto de ativos elegíveis para desconto junto do Banco Central Europeu e outros Bancos

Centrais dos países onde opera, nos quais se incluem títulos de rendimento fixo incluídos nesta carteira.

Estes investimentos referem-se a entidades cujas ações não se encontram admitidas à negociação em Bolsa, sendo consolidados pelo método de equivalência

patrimonial. O valor de investimento na Millenniumbcp Ageas Grupo Segurador corresponde à participação de 49% no capital da Companhia. A relação das

empresas que integram o perímetro do Grupo é apresentada na nota 50.

39

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

28. Ativos não correntes detidos para venda

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Subsidiárias adquiridas com o objetivo de serem

alienadas no curto prazo 48.865 48.884

Imóveis e outros ativos resultantes da resolução

de contratos de crédito sobre clientes 1.317.159 1.352.995

1.366.024 1.401.879

Imparidade (269.247) (297.229)

1.096.777 1.104.650

29. Propriedades de investimento

30. Outros ativos tangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Imóveis 960.335 960.072

Equipamento

Mobiliário 98.281 98.511

Máquinas 55.393 53.291

Equipamento informático 312.311 311.571

Instalações interiores 146.528 146.022

Viaturas 19.516 20.749

Equipamento de segurança 84.058 84.140

Obras em curso 92.662 96.710

Outros ativos tangíveis 44.986 48.073

1.814.070 1.819.139 Amortizações acumuladas

Relativas ao período corrente (17.584) (80.482)

Relativas a períodos anteriores (1.188.059) (1.114.058)

(1.205.643) (1.194.540)

608.427 624.599

Os ativos registados nesta rubrica estão contabilizados de acordo com a política contabilística descrita na nota 1 k).

A rubrica Subsidiárias adquiridas com o objetivo de serem alienadas no curto prazo corresponde a duas sociedades imobiliárias adquiridas pelo Grupo no âmbito de

reestruturações de exposições creditícias e que o Grupo pretendia alienar no prazo de um ano. No entanto, face às atuais condições de mercado não foi possível

concretizar essas alienações no prazo esperado. Até ao momento da venda, o Grupo continua a consolidar em reservas e resultados as variações ocorridas na situação

patrimonial das subsidiárias.

A rubrica Imóveis e outros ativos resulta da resolução de contratos de crédito sobre clientes e inclui operações resultantes da (i) dação simples, com opção de

recompra ou com locação financeira, sendo contabilizadas com a celebração do contrato de dação ou promessa de dação e respetiva procuração irrevogável emitida

pelo cliente em nome do Banco; ou (ii) adjudicação dos bens em consequência do processo judicial de execução das garantias, sendo contabilizadas com o título de

adjudicação ou na sequência do pedido de adjudicação após registo de primeira penhora.

Os referidos ativos estão disponíveis para venda num prazo inferior a um ano, tendo o Grupo uma estratégia para a sua alienação. No entanto, face às atuais condições

de mercado, não é possível em algumas situações, concretizar essas alienações no prazo esperado.

A referida rubrica inclui imóveis para os quais foram já celebrados contratos-promessa de compra e venda no montante de Euros 103.958.000 (31 de dezembro 2011:

Euros 108.871.000).

A rubrica Propriedades de Investimento inclui o montante de Euros 552.099.000 (31 de dezembro de 2011: Euros 550.237.000) relativos a imóveis detidos pelo Fundo

de Investimento Imobiliário Imosotto Acumulação, Fundo de Investimento Imobiliário Gestão Imobiliária, Fundo de Investimento Imobiliário Imorenda, Fundo

Especial de Investimento Imobiliário Oceânico II, Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado Stone Capital, Fundo Especial de Investimento Imobiliário

Fechado Sand Capital, Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Gestimo e Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado Intercapital, que são consolidados

integralmente, conforme política contabilística descrita na nota 1 b).

Os imóveis encontram-se valorizados de acordo com a política contabilística descrita na nota 1 r).

40

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

31. Goodwill e ativos intangíveis

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Ativos intangíveis

Software 130.170 142.871

Outros ativos intangíveis 56.486 53.741

186.656 196.612

Amortizações acumuladas

Relativas ao período corrente (3.894) (15.628)

Relativas a períodos anteriores (147.856) (144.172)

(151.750) (159.800)

34.906 36.812

Diferenças de consolidação e de reavaliação

(Goodwill)

Millennium Bank, Societé Anonyme (Grécia) 294.260 294.260

Bank Millennium, S.A. (Polónia) 164.040 164.040

Negócio de promoção imobiliária e crédito hipotecário 40.859 40.859

Unicre - Cartão de Crédito Internacional, S.A. 7.436 7.436

Outros 15.595 15.638

522.190 522.233

Imparidade

Millennium Bank, Societé Anonyme (Grécia) (294.260) (294.260)

Outros (13.519) (13.519)

(307.779) (307.779)

214.411 214.454

249.317 251.266

32. Ativos e Passivos por impostos diferidos

Activo Passivo Activo Passivo

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Ativos intangíveis 59 - 59 -

Outros ativos tangíveis 4.597 3.884 4.014 3.813

Perdas por imparidade 575.604 4.373 629.060 4.025

Benefícios a empregados 584.887 - 606.027 -

Ativos financeiros disponíveis

para venda (AFS) 103.731 45.234 143.663 73.486

Derivados - 3.110 - 3.312

Imputação de lucros 80.107 - 78.760 -

Prejuízos fiscais reportáveis 285.817 - 253.166 -

Outros 62.170 100.142 39.134 104.709

1.696.972 156.743 1.753.883 189.345

Ativos por impostos diferidos 1.540.229 1.564.538

Perdas por imparidade - 1.731 - 1.917

Ativos financeiros disponíveis

para venda (AFS) 297 336 405 1.479

Outros 1.045 524 1.132 526

1.342 2.591 1.537 3.922

Passivos por impostos diferidos 1.249 2.385

Impostos diferidos líquidos 1.538.980 1.562.153

mar 2012 dez 2011

Ativos e passivos por impostos diferidos foram gerados por diferenças temporárias da seguinte natureza:

41

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

33. Outros ativos

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Devedores 316.929 540.751

Valores a cobrar 15.576 20.413

Outros impostos a recuperar 110.713 110.816

Bonificações a receber 22.082 20.154

Associadas 2.087 1.943

Juros e outros proveitos a receber 44.069 34.030

Despesas antecipadas 31.308 29.006

Operações sobre títulos a receber 260.125 566.814

Valores a debitar a clientes 121.596 147.398

Provisões técnicas de resseguro cedido 4.218 3.188

Contas diversas 258.616 398.723

1.187.319 1.873.236

Imparidade para outros ativos (69.448) (82.586)

1.117.871 1.790.650

34. Depósitos de instituições de crédito

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Depósitos de bancos centrais 15.062.319 13.670.434

Depósitos de outras instituições de crédito no país 372.146 1.087.311

Depósitos de instituições de crédito no estrangeiro 3.319.806 2.965.674

18.754.271 17.723.419

35. Depósitos de clientes

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Depósitos para com clientes

Depósitos à ordem 13.871.190 13.800.706

Depósitos a prazo 33.779.817 31.976.867

Depósitos de poupança 1.379.918 1.342.413

Bilhetes do Tesouro e outros ativos

com acordo de recompra 99.894 113.847

outros 395.469 282.277

49.526.288 47.516.110

36. Títulos de dívida emitidos

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Empréstimos obrigacionistas 14.462.050 14.699.586

Papel comercial - 1.439.407

Outros 98.765 97.209

14.560.815 16.236.202

Nos termos da lei, o Fundo de Garantia de Depósitos tem por finalidade garantir o reembolso de depósitos constituídos nas Instituições Financeiras. Os critérios a que

obedecem os cálculos das contribuições anuais para o referido Fundo estão definidos no Aviso do Banco de Portugal n.º 11/94.

42

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

37. Passivos financeiros detidos para negociação

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Derivados

FRA 9 27

Swaps 1.125.677 1.298.411

Forwards sobre instrumentos de dívida 546 2.601

Opções 36.729 29.739

Derivados embutidos 22.640 11.351

Forwards 9.306 13.250

Outros 70.872 123.301

1.265.779 1.478.680

38. Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Depósitos de instituições de crédito 15.516 14.510

Depósitos de clientes 6.534 5.834

Empréstimos obrigacionistas 293.718 2.558.646

315.768 2.578.990

39. Provisões

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Provisão para garantias e outros compromissos 109.840 100.708

Provisões técnicas da atividade seguradora:

De seguro direto e resseguro aceite:

Para prémios não adquiridos 14.886 13.663

Matemática do ramo vida 51.741 56.039

Para participação nos resultados 2.537 2.866

Outras provisões técnicas 8.395 9.095

Provisões para pensões de reforma, complementos

de pensões de reforma e sobrevivência 3.951 3.768

Outras provisões para riscos e encargos 61.482 59.961

252.832 246.100

Os movimentos da Provisão para garantias e outros compromissos são analisados como segue:

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Saldo em 1 de janeiro 100.708 80.906

Transferências 2.836 -

Dotação do período 11.708 5.065

Reversão do período (5.449) (3.198)

Diferenças cambiais 37 (276)

Saldo em 31 de março 109.840 82.497

Ver nota 23 detalhe dos nocionais por prazos remanescentes da carteira de derivados.

43

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31 de março de 2012

40. Passivos subordinados

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Obrigações 1.160.119 1.146.543

1.160.119 1.146.543

Em 31 de março de 2012, as emissões de passivos subordinados são analisadas como segue:

Valor Valor

Data de Data de nominal balanço

Denominação emissão reembolso Taxa de juro Euros '000 Euros '000

Obrigações não perpétuas

Banco Comercial Português:

Mbcp Ob Cx Sub 1 Serie 2008-2018 setembro, 2008 setembro, 2018 Ver referência (i) 252.906 252.906

Mbcp Ob Cx Sub 2 Serie 2008-2018 outubro, 2008 outubro, 2018 Ver referência (i) 71.699 71.699

Bcp Ob Sub jun 2020 - Emtn 727 junho, 2010 junho, 2020 Ver referência (ii) 87.992 90.702

Bcp Ob Sub ago 2020 - Emtn 739 agosto, 2010 agosto, 2020 Ver referência (iii) 54.174 56.252

Bcp Ob Sub mar 2021 - Emtn 804 março, 2011 março, 2021 Ver referência (iv) 114.000 114.000

Bcp Ob Sub abr 2021 - Emtn 809 abril, 2011 abril, 2021 Ver referência (iv) 64.100 64.100

Bcp Ob Sub 3S abr 2021 - Emtn 812 abril, 2011 abril, 2021 Ver referência (iv) 35.000 35.000

Bcp Sub 11/25.08.2019 - Emtn 823 agosto, 2011 agosto, 2019 Taxa fixa de 6,383% 7.500 7.793

Bcp Subord set 2019 - Emtn 826 outubro, 2011 setembro, 2019 Taxa fixa de 9,310% 50.000 44.305

Bcp Subord nov 2019 - Emtn 830 novembro, 2011 novembro, 2019 Taxa fixa de 8,519% 40.000 33.187

Bcp Subord nov 2019 - Emtn 833 dezembro, 2011 dezembro, 2019 Taxa fixa de 7,150% 26.600 20.027

Mill Bcp Subord jan 2020 - Emtn 834 janeiro, 2012 janeiro, 2020 Taxa fixa de 7,010% 14.000 9.865

Bank Millennium:

Bank Millennium 2007 dezembro, 2007 dezembro, 2017 Taxa fixa de 6,337% 150.340 150.340

Banco de Investimento Imobiliário: -

BII 2004 dezembro 2004 dezembro 2014 Ver referência (v) 15.000 14.987

BCP Finance Bank:

BCP Fin Bank Ltd EMTN - 295 dezembro 2006 dezembro 2016 Ver referência (vi) 71.209 71.192

BCP Fin Bank Ltd EMTN - 828 outubro, 2011 outubro, 2021 Taxa fixa de 13,000% 79.500 49.329

Magellan No. 3: -

Magellan No. 3 Series 3 Class F junho, 2005 maio, 2058 - 44 44

1.085.728

Obrigações perpétuas

BCP - Euro 200 milhões junho, 2002 - Ver referência (vii) 85 39

BPA 1997 junho, 1997 - Euribor 3M + 0,950% 34.915 34.915

TOPS BPSM 1997 dezembro, 1997 - Euribor 6M + 0,900% 22.046 22.713

BCP Leasing 2001 dezembro, 2001 - Ver referência (viii) 4.986 4.986

62.653

Periodificações 11.738

1.160.119

Referências :

(i) - 1º ano 6,000%; 2º ao 5º ano Euribor 6M + 1,000%; 6º ano e seguintes Euribor 6M + 1,400%;

(ii) - Até ao 5º ano taxa fixa de 3,250%; 6º ano e seguintes Euribor 6M + 1,000%;

(iii) - 1º ano 3,000%; 2º ano 3,250%; 3º ano 3,500%; 4º ano 4,000%; 5º ano 5,000%; 6º ano e seguintes Euribor 6M + 1,250% ;

(iv) - Euribor 3M + 3,750%

(v) - Até 10º cupão Euribor 6M + 0,400%; Após 10º cupão Euribor 6M + 0,900%;

(vi) - Euribor 3M + 0,300% (0,800% a partir de dezembro 2011);

(vii) - Até 40º cupão 6,131%; Após 40º cupão Euribor 3M + 2,400%;

(viii) - Até 40º cupão Euribor 3M + 1,750%; Após 40º cupão Euribor 3M + 2,250%.

44

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41. Outros passivos

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Credores:

Fornecedores 27.338 49.000

Por contratos de factoring 4.357 2.839

Associadas 2 457

Outros credores 380.777 423.983

Setor Público Administrativo 84.448 74.125

Juros e outros custos a pagar 94.687 83.948

Receitas antecipadas 5.856 8.948

Férias e subsídios de férias a pagar 60.414 75.863

Outros custos administrativos a pagar 1.513 2.214

Operações sobre títulos a liquidar 90.550 316.625

Contas diversas 492.691 609.206

1.242.633 1.647.208

42. Capital, ações preferenciais e outros instrumentos de capital

43. Reserva legal

O capital social do Banco é de Euros 6.064.999.986 representado por 7.207.167.060 ações nominativas, escriturais e sem valor nominal, encontrando-se integralmente

realizado.

Em junho de 2011 concretizou-se o aumento de capital do Banco Comercial Português, S.A., de Euros 4.694.600.000 para Euros 6.064.999.986, resultante de:

(i) Euros 120.400.000, por incorporação de reservas de prémio de emissão, mediante a emissão de 206.518.010 novas ações ordinárias, escriturais e nominativas sem

valor nominal;

(ii) Euros 990.147.000, por entradas em espécie de 990.147 valores mobiliários perpétuos subordinados com juros condicionados, mediante a emissão de

1.584.235.200 novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal que resultaram na conversão da maioria das emissões de valores mobiliários

perpétuos;

(iii) Euros 259.852.986, através da emissão de 721.813.850 ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal, com o valor de emissão e preço de

subscrição unitário de Euros 0,36, com reserva de preferência dos acionistas, no exercício dos respetivos direitos legais de preferência.

De acordo com o estabelecido no Decreto-lei nº 49/2010 de 19 de maio, que veio permitir que o capital social de uma sociedade anónima possa ser representado por

ações sem valor nominal, a Assembleia Geral Anual de Acionistas aprovou que o capital social passasse a ser representado por ações sem valor nominal.

Em 31 de dezembro de 2010, o valor das ações preferenciais correspondia a duas emissões efetuadas pelo BCP Finance Company e que, de acordo com as regras da

IAS 32, e conforme referido na política contabilística descrita na nota 1 h), foram consideradas como instrumentos de capital. As referidas emissões são analisadas

como segue:

- 5.000.000 ações preferenciais, de Euros 100 cada, perpétuas e sem direito a voto, no montante total de Euros 500.000.000, emitidas em 9 de junho de 2004,

destinadas a refinanciar a amortização antecipada da emissão de 8.000.000 de ações preferenciais, de Euros 50 cada, sem direito a voto, no montante total de Euros

400.000.000, emitidas pela BCP Finance Company, em 14 de junho de 1999.

- 10.000 ações preferenciais, de Euros 50.000 cada, perpétuas e sem direito a voto, no montante total de Euros 500.000.000, emitidas em 13 de outubro de 2005

destinadas a refinanciar a amortização antecipada da emissão de 6.000.000 de ações preferenciais, de Euros 100 cada, sem direito a voto, no montante total de Euros

600.000.000, emitidas pela BCP Finance Company, em 28 de setembro de 2000.

No âmbito da operação de troca de emissões, a maioria das ações preferenciais foram trocadas por novos instrumentos de dívida.

No decurso do exercício de 2009, o Banco Comercial Português, S.A. emitiu três tranches do seu programa de Valores mobiliários perpétuos, os quais, face às suas

características, são considerados, de acordo com a política contabilística descrita na nota 1 h), como instrumentos de capital nos termos da IAS 32. As três tranches

emitidas em 2009 são analisadas como segue:

- Em junho de 2009, foram emitidos Euros 300.000.000 de Valores mobiliários perpétuos com juros condicionados, ao valor nominal de Euros 1.000.

- Em agosto de 2009, foram emitidos Euros 600.000.000 de Valores mobiliários perpétuos com juros condicionados, ao valor nominal de Euros 1.000.

- Em dezembro de 2009, foram emitidos Euros 100.000.000 de Valores mobiliários perpétuos com juros condicionados, ao valor nominal de Euros 1.000.

No âmbito do aumento de capital acima referido, a maioria das emissões de valores mobiliários perpétuos foram convertidos em ações ordinárias.

Nos termos da legislação portuguesa, o Banco deverá reforçar anualmente a reserva legal com pelo menos 10% dos lucros anuais, até à concorrência do capital social,

não podendo normalmente esta reserva ser distribuída. De acordo com a proposta de aplicação de resultados aprovada na Assembleia Geral de Acionistas do dia 18 de

abril de 2011, o Banco reforçou a sua reserva legal no montante de Euros 30.064.794.

As empresas do Grupo, de acordo com a legislação vigente, deverão reforçar anualmente a reserva legal com uma percentagem mínima entre 5 e 20% dos lucros

líquidos anuais, dependendo da atividade económica.

45

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44. Reservas de justo valor, outras reservas e resultados acumulados

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Outro rendimento integral:

Perdas atuariais do período (efeito líquido de impostos) (1.710.015) (1.710.015)

Diferença cambial de consolidação (90.195) (118.242)

Reservas de justo valor

Ativos financeiros disponíveis para venda (331.702) (471.254)

Cobertura de fluxos de caixa (13.080) 12.126

Impostos

Ativos financeiros disponíveis para venda 50.013 71.972

Cobertura de fluxos de caixa 2.485 (2.304)

(2.092.494) (2.217.717)

Outras reservas e resultados acumulados:

Reserva legal 476.107 476.107

Reserva estatutária 30.000 30.000

Outras reservas e resultados acumulados 2.281.091 3.129.723

Goodwill resultante da consolidação (2.883.580) (2.883.580)

Outras reservas de consolidação (166.937) (165.483)

(263.319) 586.767

45. Títulos próprios

Esta rubrica é analisada como segue:

Ações do

Banco Comercial Outros títulos

Português, S.A. próprios Total

mar 2012

Valor de balanço (Euros '000) 3.760 7.688 11.448

Número de títulos 24.610.734 (*)

Valor unitário médio (Euros) 0,15

dez 2011

Valor de balanço (Euros '000) 3.803 7.619 11.422

Número de títulos 25.127.258 (*)

Valor unitário médio (Euros) 0,15

A variação da rubrica Reserva legal é analisada na nota 43. As Reservas de justo valor correspondem às variações acumuladas do valor de mercado dos Ativos

financeiros detidos para venda e da Cobertura de fluxos de caixa em conformidade com a política contabilística descrita na nota 1 d).

A rubrica Reserva estatutária corresponde a uma reserva para estabilização de dividendos que, de acordo com os estatutos da sociedade, é distribuível.

A rubrica Outras reservas e resultados acumulados inclui, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2010, uma correção de Euros 1.308.053.000 (efeito líquido de

impostos diferidos) resultante da decisão do Conselho de Administração Executivo de alterar a política contabilística relativa ao reconhecimento dos desvios atuariais.

A rubrica Outro rendimento integral inclui proveitos e custos que de acordo com o definido nas IAS/IFRS, são reconhecidos nos capitais próprios.

A rubrica Outras reservas e resultados acumulados incluia em 31 de dezembro de 2011, o montante de Euros 440.435.000 de impacto positivo da operação de troca de

ações preferenciais por novos instrumentos de dívida .

As ações próprias detidas por entidades incluídas no perímetro de consolidação encontram-se dentro dos limites estabelecidos pelos estatutos do Banco e pelo Código

das Sociedades Comerciais.

(*) Esta rubrica inclui em 31 de março de 2012, inclui 20.672.662 ações (31 de dezembro de 2011: 20.695.482 ações) detidas por clientes e cuja aquisição foi

financiada pelo Banco. Considerando que para os referidos clientes existe evidência de imparidade, à luz da IAS 39 as ações do Banco por eles detidas foram, apenas

para efeitos contabilísticos e em respeito por esta norma, consideradas como ações próprias.

46

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31 de março de 2012

46. Interesses que não controlam

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011 mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Bank Millennium, S.A. 376.868 354.789 6.723 8.336

BIM - Banco Internacional de Moçambique 108.415 109.645 7.880 7.026

Banco Millennium Angola, S.A. 84.415 83.999 4.212 3.437

Outras subsidiárias (1.088) (818) (274) (21)

568.610 547.615 18.541 18.778

47. Garantias e outros compromissos

Esta rubrica é analisada como segue:

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Garantias e avales prestados 7.416.299 7.873.914

Garantias e avales recebidos 30.162.244 30.238.624

Compromissos perante terceiros 9.216.274 9.699.210

Compromissos assumidos por terceiros 16.089.593 13.483.634

Valores recebidos em depósito 117.140.959 121.083.525

Valores depositados na Central de Valores 136.800.477 132.002.341

Outras contas extrapatrimoniais 172.143.527 165.643.770

mar 2012 dez 2011

Euros '000 Euros '000

Garantias e avales prestados:

Garantias e avales 5.785.278 6.127.839

Cartas de crédito stand-by 336.337 293.015

Créditos documentários abertos 191.425 272.304

Fianças e indemnizações 1.103.259 1.180.756

7.416.299 7.873.914

Compromissos perante terceiros:

Compromissos irrevogáveis

Contratos a prazo de depósitos 58.079 28.328

Linhas de crédito irrevogáveis 2.162.258 2.145.275

Subscrição de títulos 46.577 48.024

Outros compromissos irrevogáveis 376.292 364.725

Compromissos revogáveis

Linhas de crédito revogáveis 5.279.415 5.664.922

Facilidades em descobertos de conta 1.172.112 1.348.330

Outros compromissos revogáveis 121.541 99.606

9.216.274 9.699.210

Demonstração de Resultados Balanço

Os montantes de Garantias e avales prestados e os Compromissos perante terceiros são analisados como segue:

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31 de março de 2012

48. Factos relevantes ocorridos durante 2012

As garantias e avales prestados podem estar relacionadas com operações de crédito, em que o Grupo presta uma garantia em relação a crédito concedido a um cliente

por uma entidade terceira. De acordo com as suas características específicas, espera-se que algumas destas garantias expirem sem terem sido exigidas, pelo que estas

operações não representam necessariamente fluxos de saída de caixa.

As cartas de crédito e os créditos documentários abertos destinam-se particularmente a garantir pagamentos a entidades terceiras no âmbito de transações comerciais

com o estrangeiro, financiando o envio das mercadorias adquiridas. Desta forma, o risco de crédito destas transações encontra-se limitado, uma vez que se encontram

colateralizadas pelas mercadorias enviadas e são geralmente de curta duração.

Os compromissos irrevogáveis constituem partes não utilizadas de facilidades de crédito concedidas a clientes empresas e particulares. Muitas destas operações têm

uma duração fixa e uma taxa de juro variável, pelo que o risco de crédito e de taxa de juro é limitado.

Os instrumentos financeiros contabilizados como Garantias e outros compromissos estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados à

carteira de crédito, nomeadamente quanto à análise da evidência objetiva de imparidade tal como descrito na política contabilística 1 c). A exposição máxima de

crédito é representada pelo valor nominal que poderia ser perdido relativo aos passivos contingentes e outros compromissos assumidos pelo Grupo na eventualidade

de incumprimento pelas respetivas contrapartes, sem ter em consideração potenciais recuperações de crédito ou colaterais.

Em virtude da natureza destas operações conforme acima descrito, não se preveem quaisquer perdas materiais nestas operações.

Oferta de recompra de obrigações hipotecárias

O Banco Comercial Português, S.A. (“Millennium bcp”) informa que terminou no dia 23 de Março de 2012 a oferta de recompra destinada a detentores de obrigações

hipotecárias das emissões, por si emitidas, a seguir identificadas:

- Emissão de Euros 1.500 milhões com vencimento em 22 de Junho de 2017 (“OH2017”);

- Emissão de Euros 1.000 milhões com vencimento em 29 de Outubro de 2014 (“OH2014”);

- Emissão de Euros 1.000 milhões com vencimento em 8 de Outubro de 2016 (“OH2016”).

Os investidores transmitiram no total intenções de aceitação até € 918.650.000 (valor nominal), que foram integralmente aceites pelo Millennium bcp. A tabela abaixo

indica os montantes transmitidos e aceites para cada uma das emissões:

- "OH2017" - Euros 467.500.000, correspondente a 9.350 obrigações hipotecárias

- "OH2014" - Euros 129.150.000, correspondente a 2.583 obrigações hipotecárias

- "OH2016" - Euros 322.000.000, correspondente a 6.440 obrigações hipotecárias

A oferta enquadrou-se no conjunto de iniciativas levadas a cabo pelo Banco, destinadas à gestão da sua estrutura de financiamento e de capital.

A data de liquidação expectável é 29 de Março de 2012.

48

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31 de março de 2012

49. Indicadores do Balanço e Demonstração de resultados consolidados por segmentos operacionais

O Banco Comercial Português, S.A. e a SIVA, S.G.P.S., S.A. celebraram um acordo, no âmbito do qual, o Grupo BCP Atlântico irá

O relato por segmentos apresentado segue, no que respeita aos segmentos de negócio e geográficos, o disposto na IFRS 8. Em conformidade com o modelo de

gestão do Grupo BCP, o segmento primário corresponde aos segmentos utilizados para efeitos de gestão por parte do Conselho de Administração Executivo. O

Grupo BCP desenvolve um conjunto de atividades bancárias e de serviços financeiros em Portugal e no estrangeiro, com especial ênfase nos negócios de Banca

de Retalho, de Banca de Empresas e de Private Banking e Asset Management.

Caracterização dos Segmentos

O negócio da Banca de Retalho inclui a atividade de Retalho do Banco Comercial Português em Portugal, que atua como canal de distribuição dos produtos e

serviços de outras empresas do Grupo, e o segmento de Negócios no Exterior, onde o Grupo atua através de diversas instituições sediadas em mercados de

afinidade com Portugal e em países que apresentam perspetivas de crescimento.

O Retalho em Portugal inclui: (i) a Rede de Retalho em Portugal, a qual se encontra delineada tendo em consideração os clientes que valorizam uma proposta

de valor alicerçada na inovação e rapidez, designados clientes Mass-market, e os clientes cuja especificidade de interesses, dimensão do património financeiro

ou nível de rendimento, justificam uma proposta de valor baseada na inovação e na personalização de atendimento através de um gestor de cliente dedicado,

designados clientes Prestige e Negócios; e (ii) o ActivoBank, um banco vocacionado para clientes com espírito jovem, utilizadores intensivos das novas

tecnologias de comunicação e que privilegiam uma relação bancária assente na simplicidade, oferecendo serviços e produtos inovadores.

O negócio da Banca de Empresas inclui o segmento Empresas em Portugal que funciona, no âmbito da estratégia de cross-selling do Grupo, como canal de

distribuição de produtos e serviços de outras empresas do Grupo, e o segmento Corporate e Banca de Investimento.

O segmento Empresas em Portugal inclui: (i) a Rede de Empresas, que serve as necessidades financeiras de empresas com volume anual de negócios

compreendidos entre 7,5 milhões de euros e 100 milhões de euros, apostando na inovação e numa oferta global de produtos bancários tradicionais

complementada com financiamentos especializados; e (ii) a atividade da Direção de Negócio Imobiliário do Banco.

O segmento Corporate e Banca de Investimento inclui: (i) a Rede Corporate em Portugal, dirigida a empresas e entidades institucionais com um volume anual

de negócios superior a 100 milhões de euros, oferecendo uma gama completa de produtos e serviços de valor acrescentado; (ii) a Banca de Investimento,

especializada no mercado de capitais, na prestação de serviços de consultoria e assessoria estratégica e financeira, serviços especializados de Project finance,

Corporate finance, corretagem de valores mobiliários e Equity research, bem como na estruturação de produtos derivados de cobertura de risco; e (iii) a

atividade da Direção Internacional do Banco.

O segmento Private Banking e Asset Management, para efeitos de segmentos geográficos, engloba a rede de Private Banking em Portugal e as subsidiárias

especializadas no negócio de gestão de fundos de investimento que operam em Portugal. Em termos de segmentos de negócio inclui também a atividade do

Banque Privée BCP e do Millennium bcp Bank & Trust.

O segmento Negócios no Exterior, para efeitos de segmentos geográficos, engloba as diferentes operações do Grupo fora de Portugal, nomeadamente o Bank

Millennium na Polónia, o Millennium Bank na Grécia, o Banque Privée BCP na Suíça, a Banca Millennium na Roménia, o BIM - Banco Internacional de

Moçambique, o Banco Millennium Angola e o Millennium bcp Bank & Trust nas Ilhas Caimão. Para efeitos de segmentos de negócios, o segmento Negócios

no Exterior contempla as diferentes operações do Grupo fora de Portugal anteriormente referidas com exceção do Banque Privée BCP na Suíça e do

Millennium bcp Bank & Trust nas Ilhas Caimão que, neste âmbito, fazem parte do segmento de Private Banking e Asset Management.

Na Polónia o Grupo está representado por um banco universal de âmbito nacional que oferece uma vasta gama de produtos e serviços financeiros a particulares

e a empresas, na Grécia por uma operação centrada no Retalho e baseada na oferta de produtos inovadores e elevados níveis de serviço, na Suíça pelo Banque

Privée BCP, uma operação de Private Banking de direito suíço e na Roménia por uma operação vocacionada para os segmentos de particulares e de pequenas e

médias empresas. O Grupo encontra-se ainda representado em Moçambique por um banco universal, direcionado para clientes particulares e empresas, em

Angola por um banco enfocado em clientes particulares, empresas e instituições do setor público e privado e nas Ilhas Caimão pelo Millennium bcp Bank &

Trust, um banco especialmente vocacionado para a prestação de serviços internacionais na área de Private Banking, a clientes com elevado património

financeiro (segmento Affluent).

Todos os outros negócios encontram-se refletidos no segmento Outros e incluem a gestão centralizada de participações financeiras, as atividades e operações de

caráter corporativo não integradas nos restantes segmentos de negócio, nomeadamente a atividade de Bancassurance, uma Joint-venture com o Grupo Belga-

Holandês Ageas, e outros valores não alocados aos segmentos.

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

Atividade dos segmentos

Os valores reportados para cada segmento resultam da agregação das subsidiárias e das unidades de negócio definidas no perímetro de cada segmento,

refletindo também o impacto, ao nível do balanço e da demonstração de resultados, do processo de afetação de capital e de balanceamento de cada entidade,

efetuado com base em valores médios. As rubricas do balanço de cada subsidiária e de cada unidade de negócio são recalculadas tendo em conta a substituição

dos capitais próprios contabilísticos pelos montantes afetos através do processo de alocação, respeitando os critérios regulamentares de solvabilidade.

Tendo em consideração que o processo de alocação de capital obedece a critérios regulamentares de solvabilidade em vigor, os riscos ponderados, e

consequentemente o capital afeto aos segmentos, baseiam-se na metodologia de Basileia II, aplicando-se em 2011 e em 2012, o IRB Advanced para riscos de

crédito da carteira de Retalho e IRB Foundation para o crédito a empresas, em Portugal, exceto promotores imobiliários e entidades do sistema de rating

simplificado. Adicionalmente, foi adotado o método standard para o risco operacional e o método dos modelos internos para o risco genérico de mercado e para

riscos cambiais, no perímetro gerido centralmente desde Portugal. A afetação de capital a cada segmento, no primeiro trimestre de 2011 e de 2012, resultou da

aplicação de 10% aos riscos geridos por cada um dos segmentos. O balanceamento das várias operações é assegurado por transferências internas de fundos, não

determinando, contudo, alterações ao nível consolidado.

Os custos operacionais apurados para cada uma das áreas de negócio têm subjacente os montantes contabilizados diretamente nos centros de custo respetivos,

por um lado, e os valores resultantes de processos internos de afetação de custos, por outro. A título de exemplo, integram o primeiro conjunto os custos

registados com telefones, com deslocações, com estadias e representação e com estudos e consultas, e incluem-se no segundo conjunto os custos com correio,

com água e energia e com as rendas associadas aos espaços ocupados por cada área de negócio, entre outros. A afetação deste último conjunto de custos é

efetuada com base na aplicação de critérios previamente definidos, relacionados com o nível de atividade de cada área de negócio, tais como o número de

contas de depósitos à ordem, o número de clientes ou de colaboradores, o volume de negócios e as áreas ocupadas.

Os fluxos financeiros gerados pelas áreas de negócio, designadamente as aplicações de fundos associadas aos depósitos captados e as tomadas de fundos

relacionadas com a concessão de créditos, são processados a preços de mercado, tendo como contraparte a Tesouraria do Banco. Estes preços de mercado são

determinados em função da moeda, do prazo da operação e dos respetivos períodos de repricing. Por outro lado, todos os fluxos financeiros resultantes de

afetação de capitais são valorizados com base na taxa média da Euribor a 6 meses para os períodos considerados.

A informação referente a 2011 encontra-se em base comparável com a informação de 2012, refletindo a estrutura organizativa atual das áreas de negócio do

Grupo, referidas na Caracterização dos Segmentos anteriormente descrita, e contemplando o efeito da transferência de clientes e ainda a reafectação do custo de

financiamento realizada no âmbito da racionalização da plataforma de negócio.

As contribuições líquidas de cada segmento não estão deduzidas, quando aplicável, dos interesses que não controlam. Assim, os valores das contribuições

líquidas apresentados refletem os resultados individuais das unidades de negócio, independentemente da percentagem de participação detida pelo Grupo,

incluindo os impactos dos movimentos de fundos anteriormente descritos. A informação seguidamente apresentada foi preparada tendo por base as

demonstrações financeiras elaboradas de acordo com as IFRS e com a organização das áreas de negócio do Grupo em vigor em 31 de março de 2012.

O Grupo atua no mercado Português e em mercados de afinidade que apresentam maiores perspetivas de crescimento. Deste modo, a informação por segmentos

encontra-se estruturada em Portugal, Polónia, Grécia, Moçambique, Angola, e Outros, sendo que o segmento Portugal representa, essencialmente, a atividade

desenvolvida pelo Banco Comercial Português em Portugal, pelo ActivoBank e pelo Banco de Investimento Imobiliário. O segmento Polónia inclui as

operações desenvolvidas pelo Bank Millennium (Polónia); o segmento Grécia corresponde à atividade do Millennium Bank (Grécia), o segmento Moçambique

equivale à atividade do BIM - Banco Internacional de Moçambique (Moçambique) e o segmento Angola inclui a atividade do Banco Millennium Angola

(Angola). O segmento Outros considera as operações do Grupo que não estão incluídas nos restantes segmentos, nomeadamente as atividades desenvolvidas em

outros países, tais como pelo Banque Privée BCP na Suíça, pela Banca Millennium na Roménia e pelo Millennium bcp Bank & Trust nas Ilhas Caimão.

50

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

Corporate e Private

Banca de Banking e

Retalho Negócios Empresas Investimento Asset

em Portugal no Exterior Total em Portugal em Portugal Total Management Outros Consolidado

Demonstração de Resultados

Juros e proveitos equiparados 252.219 334.335 586.554 131.685 199.581 331.266 43.674 51.153 1.012.647

Juros e custos equiparados (184.776) (203.058) (387.834) (68.105) (125.678) (193.783) (33.983) (79.570) (695.170)

Margem financeira 67.443 131.277 198.720 63.580 73.903 137.483 9.691 (28.417) 317.477

Comissões e outros proveitos 106.014 73.809 179.823 25.698 65.774 91.472 14.049 (41.542) 243.802

Comissões e outros custos (3.890) (22.502) (26.392) (708) (2.804) (3.512) (4.058) (46.030) (79.992)

Comissões e outros proveitos

líquidos 102.124 51.307 153.431 24.990 62.970 87.960 9.991 (87.572) 163.810

Resultados em operações

financeiras (4) 43.981 43.977 - (13.160) (13.160) 253 160.266 191.336

Custos com pessoal e FSTs 153.781 128.743 282.524 21.461 19.375 40.836 12.682 11.858 347.900

Amortizações 446 10.395 10.841 55 28 83 103 10.451 21.478

Custos operacionais 154.227 139.138 293.365 21.516 19.403 40.919 12.785 22.309 369.378

Imparidade e provisões (28.779) (35.240) (64.019) (68.698) (54.944) (123.642) (2.606) (26.281) (216.548)

Resultados por equivalência

patrimonial - 747 747 - (24) (24) - 12.128 12.851

Resultados de alienação de

subsidiárias e outros ativos - - - - - - - (8.058) (8.058)

Resultado antes de impostos (13.443) 52.934 39.491 (1.644) 49.342 47.698 4.544 (243) 91.490

Impostos 3.824 (10.794) (6.970) 488 (14.309) (13.821) (1.660) (9.739) (32.190)

Interesses que não controlam - (19.665) (19.665) - - - - 1.124 (18.541)

Resultado do período (9.619) 22.475 12.856 (1.156) 35.033 33.877 2.884 (8.858) 40.759

Rédito intersegmentos 9.283 - 9.283 (1.553) (6.513) (8.066) (1.217) - -

Balanço

Caixa e aplicações em

instituições de crédito 2.069.422 2.532.291 4.601.713 1.253.309 7.873.192 9.126.501 3.396.253 (11.744.166) 5.380.301

Crédito a clientes 27.758.294 15.983.018 43.741.312 10.503.220 13.530.300 24.033.520 1.636.335 (1.080.780) 68.330.387

Ativos financeiros 1.527 2.432.146 2.433.673 - 5.698.488 5.698.488 31.655 4.548.425 12.712.241

Outros ativos 114.540 674.850 789.390 12.643 284.491 297.134 24.667 4.494.528 5.605.719

Total do Ativo 29.943.783 21.622.305 51.566.088 11.769.172 27.386.471 39.155.643 5.088.910 (3.781.993) 92.028.648

Depósitos de instituições

de crédito 5.217.967 4.573.508 9.791.475 4.905.152 10.392.142 15.297.294 2.165.838 (8.500.336) 18.754.271

Depósitos de clientes 20.199.545 14.580.696 34.780.241 1.955.271 7.282.041 9.237.312 2.694.157 2.814.578 49.526.288

Títulos de dívida emitidos 3.348.146 340.614 3.688.760 3.646.739 7.225.316 10.872.055 - - 14.560.815

Passivos financeiros ao justo valor

através de resultados 333.053 188.689 521.742 362.755 718.729 1.081.484 30.230 (51.909) 1.581.547

Outros passivos financeiros 6.095 375.762 381.857 6.194 19.540 25.734 1.350 1.127.199 1.536.140

Outros passivos (159.398) 232.120 72.722 (121.510) (78.495) (200.005) (23.770) 1.660.782 1.509.729

Total do Passivo 28.945.408 20.291.389 49.236.797 10.754.601 25.559.273 36.313.874 4.867.805 (2.949.686) 87.468.790

Capital e Interesses

que não controlam 998.375 1.330.916 2.329.291 1.014.571 1.827.198 2.841.769 221.105 (832.307) 4.559.858

Total do Passivo, Capital e

Interesses que não controlam 29.943.783 21.622.305 51.566.088 11.769.172 27.386.471 39.155.643 5.088.910 (3.781.993) 92.028.648

Banca de Retalho Banca de Empresas

Em 31 de março de 2012 a contribuição líquida dos principais segmentos de negócio é apresentada como segue:

51

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

Corporate e Private

Banca de Banking e

Retalho Negócios Empresas Investimento Asset

em Portugal no Exterior Total em Portugal em Portugal Total Management Outros Consolidado

Demonstração de Resultados

Juros e proveitos equiparados 252.255 290.388 542.643 113.982 140.264 254.246 31.997 117.988 946.874

Juros e custos equiparados (198.098) (157.249) (355.347) (58.837) (78.612) (137.449) (24.355) (28.159) (545.310)

Margem financeira 54.157 133.139 187.296 55.145 61.652 116.797 7.642 89.829 401.564

Comissões e outros proveitos 113.112 73.482 186.594 23.684 42.797 66.481 16.918 6.361 276.354

Comissões e outros custos (4.705) (18.223) (22.928) (326) (837) (1.163) (4.705) (28.677) (57.473)

Comissões e outros proveitos

líquidos 108.407 55.259 163.666 23.358 41.960 65.318 12.213 (22.316) 218.881

Resultados em operações

financeiras (43) 22.499 22.456 - 8.143 8.143 95 (4.215) 26.479

Custos com pessoal e FSTs 158.974 125.983 284.957 15.899 17.864 33.763 12.641 (17.333) 314.028

Amortizações 474 12.007 12.481 23 27 50 78 12.219 24.828

Custos operacionais 159.448 137.990 297.438 15.922 17.891 33.813 12.719 (5.114) 338.856

Imparidade e provisões (39.659) (30.786) (70.445) (48.531) (44.738) (93.269) 962 (35.173) (197.925)

Resultados por equivalência

patrimonial - - - - (19) (19) - 16.749 16.730

Resultados de alienação de

subsidiárias e outros ativos - - - - - - - (3.234) (3.234)

Resultado antes de impostos (36.586) 42.121 5.535 14.050 49.107 63.157 8.193 46.754 123.639

Impostos 10.526 (8.900) 1.626 (4.061) (14.242) (18.303) (3.333) 5.248 (14.762)

Interesses que não controlam - (18.311) (18.311) - - - - (467) (18.778)

Resultado do período (26.060) 14.910 (11.150) 9.989 34.865 44.854 4.860 51.535 90.099

Rédito intersegmentos 17.488 - 17.488 10.198 (27.689) (17.491) (27.689) - (27.692)

Balanço

Caixa e aplicações em

instituições de crédito 3.273.177 2.852.625 6.125.802 2.561.089 6.072.100 8.633.189 3.886.026 (14.901.398) 3.743.619

Crédito a clientes 30.917.914 15.498.360 46.416.274 11.539.248 13.628.289 25.167.537 2.211.337 (1.105.475) 72.689.673

Ativos financeiros 1.149 2.349.637 2.350.786 - 3.426.363 3.426.363 29.991 8.224.974 14.032.114

Outros ativos 590.220 507.659 1.097.879 34.133 153.212 187.345 30.231 3.395.894 4.711.349

Total do Ativo 34.782.460 21.208.281 55.990.741 14.134.470 23.279.964 37.414.434 6.157.585 (4.386.005) 95.176.755

Depósitos de instituições

de crédito 5.006.264 4.623.440 9.629.704 3.889.979 6.928.678 10.818.657 3.159.095 (4.198.725) 19.408.731

Depósitos de clientes 19.096.992 13.611.293 32.708.285 2.151.058 8.154.463 10.305.521 2.697.458 (844.339) 44.866.925

Títulos de dívida emitidos 7.057.888 804.339 7.862.227 5.500.079 4.822.679 10.322.758 - (1.086.475) 17.098.510

Passivos financeiros ao justo valor

através de resultados 1.970.671 229.531 2.200.202 1.535.707 1.346.566 2.882.273 28.276 (162.285) 4.948.466

Outros passivos financeiros 63.367 276.572 339.939 45.118 76.608 121.726 11.354 1.111.617 1.584.636

Outros passivos 199.155 400.443 599.598 24.160 160.238 184.398 12.668 886.935 1.683.599

Total do Passivo 33.394.337 19.945.618 53.339.955 13.146.101 21.489.232 34.635.333 5.908.851 (4.293.272) 89.590.867

Capital e Interesses

que não controlam 1.388.123 1.262.663 2.650.786 988.369 1.790.732 2.779.101 248.734 (92.733) 5.585.888

Total do Passivo, Capital e

Interesses que não controlam 34.782.460 21.208.281 55.990.741 14.134.470 23.279.964 37.414.434 6.157.585 (4.386.005) 95.176.755

Banca de Retalho Banca de Empresas

Em 31 de março de 2011 a contribuição líquida dos principais segmentos de negócio é apresentada como segue:

52

Page 71: EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE NO 1.º TRIMESTRE DE 2012 BANCO ... · Custos operacionais / Produto bancário (atividade em Portugal) 51,4% 52,1% Custos com pessoal / Produto bancário 30,5%

BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

Portugal

Private

Banking e Corporate

Asset e Banca de Moçam- Consoli-

Retalho Empresas Management Investimento Outros Total Polónia Grécia Angola bique Outros dado

Demonstração de Resultados

Juros e proveitos

equiparados 252.219 131.685 28.316 199.581 51.153 662.954 182.532 61.398 24.878 57.361 23.524 Goodwill1.012.647

Juros e custos

equiparados (184.776) (68.105) (20.142) (125.678) (79.570) (478.271) (115.044) (54.751) (8.070) (19.689) (19.345) (695.170)

Margem financeira 67.443 63.580 8.174 73.903 (28.417) 184.683 67.488 6.647 16.808 37.672 4.179 317.477

Comissões e outros

proveitos 106.014 25.698 8.748 65.774 (41.542) 164.692 40.509 7.369 6.004 18.394 6.834 243.802

Comissões e outros

custos (3.890) (708) (2.417) (2.804) (46.030) (55.849) (10.036) (3.957) (675) (7.415) (2.060) (79.992)

Comissões e outros

proveitos líquidos 102.124 24.990 6.331 62.970 (87.572) 108.843 30.473 3.412 5.329 10.979 4.774 163.810

Resultados em opera-

ções financeiras (4) - - (13.160) 160.266 147.102 7.359 21.633 6.990 6.911 1.341 191.336

Custos com pessoal

e FSTs 153.781 21.461 7.267 19.375 11.858 213.742 63.411 21.337 14.877 20.917 13.616 347.900

Amortizações 446 55 - 28 10.451 10.980 3.366 1.975 2.197 2.106 854 21.478

Custos operacionais 154.227 21.516 7.267 19.403 22.309 224.722 66.777 23.312 17.074 23.023 14.470 369.378

Imparidade e

provisões (28.779) (68.698) (2.199) (54.944) (26.281) (180.901) (9.038) (18.454) (2.347) (5.202) (606) (216.548)

Resultados por

equivalência

patrimonial - - - (24) 12.128 12.104 747 - - - - 12.851

Resultados de

alienação de

subsidiárias e

outros ativos - - - - (8.058) (8.058) - - - - - (8.058)

Resultado antes

de impostos (13.443) (1.644) 5.039 49.342 (243) 39.051 30.252 (10.074) 9.706 27.337 (4.782) 91.490

Impostos 3.824 488 (1.436) (14.309) (9.739) (21.172) (6.594) 1.218 (1.164) (4.911) 433 (32.190)

Interesses

que não controlam - - - - 1.124 1.124 (8.160) - (4.038) (7.467) - (18.541)

Resultado do período (9.619) (1.156) 3.603 35.033 (8.858) 19.003 15.498 (8.856) 4.504 14.959 (4.349) 40.759

Rédito intersegmentos 9.283 (1.553) (1.217) (6.513) - - - - - - - -

Balanço

Caixa e aplicações em

em instituições

de crédito 2.069.422 1.253.309 616.822 7.873.192 (11.744.166) 68.579 916.605 823.280 368.626 336.091 2.867.120 5.380.301

Crédito a clientes 27.758.294 10.503.220 1.081.094 13.530.300 (1.080.780) 51.792.128 9.669.408 4.601.853 454.856 899.562 912.580 68.330.387

Ativos financeiros 1.527 - 1.649 5.698.488 4.548.425 10.250.089 1.438.157 204.231 370.415 331.409 117.940 12.712.241

Outros ativos 114.540 12.644 5.146 284.491 4.494.528 4.911.349 166.628 185.206 157.380 137.237 47.919 5.605.719

Total do Ativo 29.943.783 11.769.173 1.704.711 27.386.471 (3.781.993) 67.022.145 12.190.798 5.814.570 1.351.277 1.704.299 3.945.559 92.028.648

Depósitos de institui-

ções de crédito 5.217.967 4.905.152 79.677 10.392.142 (8.500.336) 12.094.602 1.644.135 2.111.589 409.824 175.536 2.318.585 18.754.271

Depósitos de clientes 20.199.545 1.955.271 1.563.712 7.282.041 2.814.578 33.815.147 9.230.487 3.020.178 817.693 1.217.279 1.425.504 49.526.288

Títulos de dívida

emitidos 3.348.146 3.646.739 - 7.225.316 - 14.220.201 172.567 140.357 - 27.690 - 14.560.815

Passivos financeiros

ao justo valor atra-

vés de resultados 333.053 362.755 - 718.729 (51.909) 1.362.628 76.486 111.410 - - 31.023 1.581.547

Outros passivos

financeiros 6.095 6.194 405 19.540 1.127.199 1.159.433 363.827 8.400 592 803 3.085 1.536.140

Outros passivos (159.398) (121.509) (5.383) (78.495) 1.660.782 1.295.997 70.827 (16.225) 26.205 151.475 (18.550) 1.509.729

Total do Passivo 28.945.408 10.754.602 1.638.411 25.559.273 (2.949.686) 63.948.008 11.558.329 5.375.709 1.254.314 1.572.783 3.759.647 87.468.790

Capital e Interesses

que não controlam 998.375 1.014.571 66.300 1.827.198 (832.307) 3.074.137 632.469 438.861 96.963 131.516 185.912 4.559.858

Total do Passivo,

Capital e Interesses

que não controlam 29.943.783 11.769.173 1.704.711 27.386.471 (3.781.993) 67.022.145 12.190.798 5.814.570 1.351.277 1.704.299 3.945.559 92.028.648

Em 31 de março de 2012 a contribuição líquida dos principais segmentos geográficos, é apresentada como segue:

53

Page 72: EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE NO 1.º TRIMESTRE DE 2012 BANCO ... · Custos operacionais / Produto bancário (atividade em Portugal) 51,4% 52,1% Custos com pessoal / Produto bancário 30,5%

BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

Portugal

Private

Banking e Corporate

Asset e Banca de Moçam- Consoli-

Retalho Empresas Management Investimento Outros Total Polónia Grécia Angola bique Outros dado

Demonstração de Resultados

Juros e proveitos

equiparados 252.255 113.982 14.873 140.264 117.988 639.362 154.860 61.702 21.388 42.515 27.047 Goodwill946.874

Juros e custos

equiparados (198.098) (58.837) (10.215) (78.612) (28.159) (373.921) (92.609) (41.820) (6.618) (11.063) (19.279) (545.310)

Margem financeira 54.157 55.145 4.658 61.652 89.829 265.441 62.251 19.882 14.770 31.452 7.768 401.564

Comissões e outros

proveitos 113.112 23.684 10.797 42.797 6.361 196.751 44.671 8.313 4.691 14.317 7.611 276.354

Comissões e outros

custos (4.705) (326) (3.367) (837) (28.677) (37.912) (8.079) (3.586) (553) (5.428) (1.915) (57.473)

Comissões e outros

proveitos líquidos 108.407 23.358 7.430 41.960 (22.316) 158.839 36.592 4.727 4.138 8.889 5.696 218.881

Resultados em opera-

ções financeiras (43) - (4) 8.143 (4.215) 3.881 8.932 2.468 7.008 3.612 578 26.479

Custos com pessoal

e FSTs 158.974 15.899 7.738 17.864 (17.333) 183.142 63.715 25.827 12.262 15.187 13.895 314.028

Amortizações 474 23 - 27 12.219 12.743 4.376 2.496 1.546 1.665 2.002 24.828

Custos operacionais 159.448 15.922 7.738 17.891 (5.114) 195.885 68.091 28.323 13.808 16.852 15.897 338.856

Imparidade e

provisões (39.659) (48.531) 4.347 (44.738) (35.173) (163.754) (9.433) (12.722) (3.277) (2.258) (6.481) (197.925)

Resultados por

equivalência

patrimonial - - - (19) 16.749 16.730 - - - - - 16.730

Resultados de

alienação de

subsidiárias e

outros ativos - - - - (3.234) (3.234) - - - - - (3.234)

Resultado antes

de impostos (36.586) 14.050 8.693 49.107 46.754 82.018 30.251 (13.968) 8.831 24.843 (8.336) 123.639

Impostos 10.526 (4.061) (2.429) (14.242) 5.248 (4.958) (6.671) 2.681 (1.630) (4.500) 316 (14.762)

Interesses

que não controlam - - - - (467) (467) (8.133) - (3.404) (6.774) - (18.778)

Resultado do período (26.060) 9.989 6.264 34.865 51.535 76.593 15.447 (11.287) 3.797 13.569 (8.020) 90.099

Rédito intersegmentos 17.488 10.198 3 (27.689) - - - - - - - -

Balanço

Caixa e aplicações em

em instituições

de crédito 3.273.177 2.561.089 444.030 6.072.100 (14.901.398) (2.551.002) 789.079 1.485.332 232.553 258.348 3.529.309 3.743.619

Crédito a clientes 30.917.914 11.539.248 1.198.152 13.628.289 (1.105.475) 56.178.128 9.044.817 4.910.525 444.277 797.837 1.314.089 72.689.673

Ativos financeiros 1.149 - 1.593 3.426.363 8.224.974 11.654.079 1.434.463 364.966 271.533 147.574 159.499 14.032.114

Outros ativos 590.220 34.133 16.644 153.212 3.395.894 4.190.103 164.157 136.407 80.985 95.156 44.541 4.711.349

Total do Ativo 34.782.460 14.134.470 1.660.419 23.279.964 (4.386.005) 69.471.308 11.432.516 6.897.230 1.029.348 1.298.915 5.047.438 95.176.755

Depósitos de institui-

ções de crédito 5.006.264 3.889.979 68.165 6.928.678 (4.198.725) 11.694.361 1.136.155 2.923.991 280.962 61.932 3.311.330 19.408.731

Depósitos de clientes 19.096.992 2.151.058 1.502.971 8.154.463 (844.339) 30.061.145 8.902.563 2.869.137 602.788 944.252 1.487.040 44.866.925

Títulos de dívida

emitidos 7.057.888 5.500.079 - 4.822.679 (1.086.475) 16.294.171 259.688 520.944 - 23.707 - 17.098.510

Passivos financeiros

ao justo valor atra-

vés de resultados 1.970.671 1.535.707 - 1.346.566 (162.285) 4.690.659 132.540 96.375 1 - 28.891 4.948.466

Outros passivos

financeiros 63.367 45.118 3.473 76.608 1.111.617 1.300.183 231.606 33.193 4.380 6.015 9.259 1.584.636

Outros passivos 199.155 24.160 9.721 160.238 886.935 1.280.209 177.384 41.403 45.265 131.253 8.085 1.683.599

Total do Passivo 33.394.337 13.146.101 1.584.330 21.489.232 (4.293.272) 65.320.728 10.839.936 6.485.043 933.396 1.167.159 4.844.605 89.590.867

Capital e Interesses

que não controlam 1.388.123 988.369 76.089 1.790.732 (92.733) 4.150.580 592.580 412.187 95.952 131.756 202.833 5.585.888

Total do Passivo,

Capital e Interesses

que não controlam 34.782.460 14.134.470 1.660.419 23.279.964 (4.386.005) 69.471.308 11.432.516 6.897.230 1.029.348 1.298.915 5.047.438 95.176.755

Em 31 de março de 2011 a contribuição líquida dos principais segmentos geográficos é apresentada como segue:

54

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

mar 2012 mar 2011

Euros '000 Euros '000

Resultado líquido (*)

Retalho em Portugal (9.619) (26.060)

Empresas (1.156) 9.989

Corporate e Banca de Investimento 35.033 34.865

Private Banking e Asset Management 3.603 6.264

Negócios no Exterior 41.421 31.817

69.282 56.875

Impacto na margem financeira da alocação de capital (1) 1.430 2.681

67.852 54.194

Valores não imputados aos segmentos

Interesses que não controlam (2) (18.541) (18.778)

Custos operacionais (3) (22.309) (5.114)

Imparidade e outras provisões (4) (26.281) (35.173)

Resultados por equivalência patrimonial 12.851 16.763

Risco de crédito próprio (19.369) 19.224

Mais-valia na recompra de emissões próprias (liability management) 95.575 38.481

Diferenças de câmbio em participações financeiras (30.022) 7.560

Efeitos fiscais e outros (5) (18.997) 12.942

Total não imputado aos segmentos (27.093) 35.905

Resultado líquido consolidado 40.759 90.099

Reconciliação do resultado líquido dos segmentos relatáveis com o resultado líquido do Grupo

Descrição dos itens de reconciliação materialmente relevantes:

(*) O resultado líquido não está deduzido, quando aplicável, dos interesses que não controlam.

(1) Representa o impacto na margem financeira decorrente da alocação de capital. As rubricas do balanço de cada subsidiária e de cada unidade de negócio são

recalculadas tendo em conta a substituição dos capitais próprios contabilísticos pelos montantes afetos através do processo de alocação de capital, respeitando os

critérios regulamentares de solvabilidade.

(2) Corresponde, essencialmente, aos resultados atribuíveis a terceiros relacionados com as subsidiárias na Polónia, em Moçambique e em Angola.

(3) Inclui o diferencial dos custos resultantes do processo de alocação aos segmentos, nomeadamente os relacionados com as áreas corporativas e com projetos

estratégicos.

(4) Inclui as provisões para imóveis em dação, contraordenações, contingências diversas e outras não alocados aos segmentos de negócio.

(5) Inclui o efeito fiscal associado aos impactos dos itens anteriormente discriminados, bem como o financiamento dos ativos não geradores de juros e das

participações financeiras estratégicas.

55

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

50. Empresas subsidiárias e associadas do Grupo Banco Comercial Português

Grupo Banco

% de % de

Capital Atividade % de particip. particip.

Empresas subsidiárias Sede social Moeda económica controlo efetiva direta

Millennium bcp Gestão de Activos - Sociedade Oeiras 6.720.691 EUR Gestão de fundos de

Gestora de Fundos de Investimento, S.A. investimento 100,0 100,0 100,0

Interfundos - Gestão de Fundos de Lisboa 1.500.000 EUR Gestão de fundos de

Investimento Imobiliários, S.A. investimento imobiliário 100,0 100,0 100,0

BII Investimentos International, S.A. Luxemburgo 150.000 EUR Gestão de fundos de

investimento mobiliário 100,0 100,0 –

BCP Capital - Sociedade de Lisboa 28.500.000 EUR Capital de risco 100,0 100,0 100,0

Capital de Risco, S.A.

Banco de Investimento Imobiliário, S.A. Lisboa 217.000.000 EUR Banca 100,0 100,0 100,0

BII Internacional, S.G.P.S., Lda. Funchal 25.000 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 –

BII Finance Company George Town 25.000 USD Financeira 100,0 100,0 –

Banco ActivoBank, S.A. Lisboa 41.000.000 EUR Banca 100,0 100,0 –

BIM - Banco Internacional de Maputo 4.500.000.000 MZN Banca 66,7 66,7 –

Moçambique, S.A.

Banco Millennium Angola, S.A. Luanda 3.809.398.820 AOA Banca 52,7 52,7 52,7

Bank Millennium, S.A. Varsóvia 1.213.116.777 PLN Banca 65,5 65,5 65,5

Millennium TFI - Towarzystwo Funduszy Varsóvia 10.300.000 PLN Gestão de fundos de

Inwestycyjnych, S.A. investimento mobiliário 100,0 65,5 –

Millennium Dom Maklerski, S.A. Varsóvia 16.500.000 PLN Corretora 100,0 65,5 –

Millennium Leasing, Sp.z o.o. Varsóvia 48.195.000 PLN Locação financeira 100,0 65,5 –

BBG Finance BV Roterdão 18.000 EUR Financeira 100,0 65,5 –

TBM Sp.z o.o. Varsóvia 500.000 PLN Consultoria e serviços 100,0 65,5 –

MB Finance AB Estocolmo 500.000 SEK Financeira 100,0 65,5 –

Millennium Service, Sp.z o.o. Varsóvia 1.000.000 PLN Serviços 100,0 65,5 –

Millennium Telecomunication, Sp.z o.o. Varsóvia 100.000 PLN Corretora 100,0 65,5 –

BG Leasing, S.A. Gdansk 1.000.000 PLN Locação financeira 74,0 48,5 –

Banque Privée BCP (Suisse) S.A. Genebra 70.000.000 CHF Banca 100,0 100,0 –

Millennium Bank, Societe Anonyme Atenas 199.580.000 EUR Banca 100,0 100,0 –

Em 31 de março de 2012 as empresas subsidiárias do Grupo Banco Comercial Português incluídas na consolidação pelo método integral foram as seguintes:

56

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BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

Grupo Banco

% de % de

Capital Atividade % de particip. particip.

Empresas subsidiárias Sede social Moeda económica controlo efetiva direta

Millennium Fin Commerce of Vehicles, Vessels, Atenas 759.980 EUR Financeira 100,0 100,0 –

Devices and Equipment, Societe Anonyme

Millennium Mutual Funds Management Atenas 1.176.000 EUR Gestão de fundos de

Company, Societe Anonyme investimento 100,0 100,0 –

Banca Millennium S.A. Bucareste 303.195.000 RON Banca 100,0 100,0 –

Millennium bcp Participações, S.G.P.S., Funchal 25.000 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 100,0

Sociedade Unipessoal, Lda.

Bitalpart, B.V. Roterdão 19.370 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 100,0

BCP Investment B.V. Amesterdão 620.774.050 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 100,0

ALO Investments B.V. Amesterdão 18.000 EUR Gestão de participações sociais 100,0 100,0 –

bcp holdings (usa), Inc. Newark 250 USD Gestão de participações sociais 100,0 100,0 –

MBCP REO I, LLC Delaware 370.174 USD Gestão de imóveis 100,0 100,0 –

MBCP REO II, LLC Delaware 924.804 USD Gestão de imóveis 100,0 100,0 –

Millennium bcp Bank & Trust George Town 340.000.000 USD Banca 100,0 100,0 –

BCP Finance Bank, Ltd. George Town 246.000.000 USD Banca 100,0 100,0 –

BCP Finance Company George Town 202.176.149 EUR Financeira 100,0 15,3 –

Millennium BCP - Escritório de São Paulo 36.520.000 BRL Serviços financeiros 100,0 100,0 100,0

Representações e Serviços, Ltda.

Millennium BCP - Serviços Lisboa 50.004 EUR Serviços de videotex 100,0 100,0 100,0

de Comércio Electrónico, S.A.

Caracas Financial Services, Limited George Town 25.000 USD Serviços financeiros 100,0 100,0 100,0

Millennium bcp Imobiliária, S.A. Lisboa 50.000 EUR Gestão de imóveis 99,9 99,9 99,9

Millennium bcp - Prestação Lisboa 331.000 EUR Serviços 91,5 92,2 73,5

de Serviços, A. C. E.

Servitrust - Trust Management Funchal 100.000 EUR Serviços de Trust 100,0 100,0 100,0

Services S.A.

Imábida - Imobiliária da Arrábida, S.A. Oeiras 1.750.000 EUR Gestão de imóveis 100,0 100,0 100,0

QPR Investmentos, S.A. Lisboa 50.000 EUR Consultoria e serviços 100,0 100,0 100,0

Propaço- Sociedade Imobiliária De Paço Oeiras 5.000 EUR Promoção imobiliária 52,7 52,7 52,7

D'Arcos, Lda

O Grupo consolida igualmente pelo método integral os seguintes fundos de investimento: Fundo de Investimento Imobiliário Imosotto Acumulação, Fundo de

Investimento Imobiliário Gestão Imobiliária, Fundo de Investimento Imobiliário Imorenda, Fundo Especial de Investimento Imobiliário Oceânico II, Fundo Especial

de Investimento Imobiliário Fechado Stone Capital, Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado Sand Capital, Fundo de Investimento Imobiliário Fechado

Gestimo, M Inovação - Fundo de Capital de Risco BCP Capital e Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado Intercapital, conforme política contabilística

descrita na nota 1 b).

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Page 76: EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE NO 1.º TRIMESTRE DE 2012 BANCO ... · Custos operacionais / Produto bancário (atividade em Portugal) 51,4% 52,1% Custos com pessoal / Produto bancário 30,5%

BANCO COMERCIAL PORTUGUÊS

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares

31 de março de 2012

Em 31 de março de 2012 as empresas associadas do Grupo Banco Comercial Português eram as seguintes:

Grupo Banco

% de % de

Capital Atividade % de particip. particip.

Empresas associadas Sede social Moeda económica controlo efetiva direta

Academia Millennium Atlântico Luanda 47.500.000 AOA Ensino 33,0 17,4 –

ACT-C-Indústria de Cortiças, S.A. Sta.Maria Feira 17.923.625 EUR Indústria extrativa 20,0 20,0 20,0

Baía de Luanda - Promoção, Montagem Luanda 19.200.000 USD Serviços 10,0 10,0 –

e Gestão de Negócios, S.A.

Banque BCP, S.A.S. Paris 76.104.114 EUR Banca 19,9 19,9 19,9

Banque BCP (Luxembourg), S.A. Luxemburgo 13.750.000 EUR Banca 19,9 19,9 –

Constellation, S.A. Maputo 1.053.500.000 MZN Imobiliária 20,0 12,0 –

Beira Nave Maputo 2.849.640 MZN Equipamentos eletrónicos 22,8 13,7 –

Luanda Waterfront Corporation George Town 10.810.000 USD Serviços 10,0 10,0 –

Lubuskie Fabryki Mebli, S.A. Swiebodzin 13.400.050 PLN Indústria de móveis 50,0 32,8 –

Nanium, S.A. Vila do Conde 15.000.000 EUR Equipamentos eletrónicos 41,1 41,1 41,1

Pomorskie Hurtowe Centrum Rolno - Gdansk 21.357.000 PLN Comércio por grosso 38,4 25,2 –

Spożywcze S.A.

Quinta do Furão - Sociedade de Animação Funchal 1.870.492 EUR Turismo 31,3 31,3 –

Turística e Agrícola de Santana, Lda

SIBS - Forward Payment Solutions, S.A. Lisboa 24.642.300 EUR Serviços bancários 21,9 21,9 21,5

Sicit - Sociedade de Investimentos e Consultoria Oeiras 50.000 EUR Consultadoria 25,0 25,0 25,0

em Infra-Estruturas de Transportes, S.A

UNICRE - Instituição Financeira de Crédito, S.A. Lisboa 10.000.000 EUR Cartões de crédito 32,0 32,0 31,7

VSC - Aluguer de Veículos Lisboa 12.500.000 EUR Aluguer de longa duração 50,0 50,0 –

Sem Condutor, Lda.

Grupo Banco

% de % de

Capital Atividade % de particip. particip.

Empresas subsidiárias Sede social Moeda económica controlo efetiva direta

S&P Reinsurance Limited Dublin 1.500.000 EUR Resseguro de riscos

do ramo vida 100,0 100,0 100,0

SIM - Seguradora Internacional de Maputo 147.500.000 MZN Seguros 89,9 60,0 –

Moçambique, S.A.R.L.

Grupo Banco

% de % de

Capital Atividade % de particip. particip.

Empresas associadas Sede social Moeda económica controlo efetiva direta

Millenniumbcp Ageas Grupo Segurador, Oeiras 1.000.002.375 EUR Gestão de participações sociais 49,0 49,0 –

S.G.P.S., S.A.

Médis - Companhia Portuguesa Seguros Oeiras 12.000.000 EUR Seguros do ramo saúde 49,0 49,0 –

de Saúde, S.A.

Ocidental - Companhia Portuguesa de Oeiras 22.375.000 EUR Seguros do ramo vida 49,0 49,0 –

Seguros de Vida, S.A.

Ocidental - Companhia Portuguesa de Oeiras 12.500.000 EUR Seguros de ramos reais 49,0 49,0 –

Seguros, S.A.

Pensõesgere, Sociedade Gestora Fundos Oeiras 1.200.000 EUR Gestão de fundos de pensões 49,0 49,0 –

de Pensões, S.A.

Em 31 de março de 2012 as empresas subsidiárias do Grupo Banco Comercial Português do ramo segurador incluídas na consolidação pelo método integral e pelo

método da equivalência patrimonial, são apresentadas como segue:

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