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EVOLUÇÃO ESTRATÉGICA DE UMA DISTRIBUIDORA DE TINTAS: POSSIBILIDADES E RUMO Bruno Terencio Antunes Thiego Duarte Chagastelles Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia de Produção da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientador: Vinicius Carvalho Cardoso RIO DE JANEIRO, RJ BRASIL FEVEREIRO, 2017

EVOLUÇÃO ESTRATÉGICA DE UMA DISTRIBUIDORA DE TINTAS

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EVOLUÇÃO ESTRATÉGICA DE UMA DISTRIBUIDORA DE

TINTAS: POSSIBILIDADES E RUMO

Bruno Terencio Antunes

Thiego Duarte Chagastelles

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de

Engenharia de Produção da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do

título de Engenheiro.

Orientador: Vinicius Carvalho Cardoso

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

FEVEREIRO, 2017

EVOLUÇÃO ESTRATÉGICA DE UMA DISTRIBUIDORA DE

TINTAS: POSSIBILIDADES E RUMO

Bruno Terencio Antunes

Thiego Duarte Chagastelles

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS

PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO.

Examinada por:

________________________________________

Prof. Vinícius Carvalho Cardoso, D.Sc.

________________________________________

Prof. Adriano Proença, D.Sc.

________________________________________

Profa. Maria Alice Ferruccio da Rocha, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

FEVEREIRO, 2017

iii

Antunes, Bruno Terencio

Chagastelles, Thiego Duarte

Evolução estratégica de uma distribuidora de tintas:

possibilidades e rumo. / Bruno Terencio Antunes, Thiego

Duarte Chagastelles. – Rio de Janeiro: UFRJ / Escola

Politécnica, 2017

IX, 40p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Vinicius Cardoso

Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica /

Curso de Engenharia de Produção, 2017

Referências Bibliográficas: p.40.

1. Matriz Ansoff 2. Distribuição 3. Seleção do setor

I. Cardoso, Vinicius. II. Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia de

Produção. III. Evolução estratégica de uma distribuidora

de tintas: possibilidades e rumo.

iv

Dedicatória

Dedicamos o atual projeto a nossos avós, pais, tios e irmãos, que

possibilitaram, desde nossos ingressos na UFRJ, que sempre tivéssemos as melhores

e ideais condições para acompanhar as aulas e empregar o conhecimento obtido na

universidade em nossos estágios e trabalhos acadêmicos.

v

Agradecimentos

Gostaríamos de agradecer, primeiramente, ao nosso orientador, que desde o

momento em que discutimos a ideia do trabalhado aceitou de prontidão nos ajudar a

executar o projeto.

Também agradecemos a todos os professores que tivemos nesses mais de 5

anos de curso de Engenharia de Produção, que ajudaram a montar nossa capacidade

técnica e profissional, sempre se mostrando como exemplos de profissionais e fonte

de conhecimento.

É importante, também, lembrar-se de todos os profissionais de apoio que

atuam no Departamento de Engenharia Industrial, sempre permitindo que as aulas

tivessem as estruturas ideias e solicitadas pelos professores, além de facilitar toda a

parte burocrática dos processos administrativos a nós, graduandos, para que

pudéssemos alcançar o grau de Engenheiro de Produção da UFRJ.

Ainda no ambiente acadêmico, não podíamos deixar de agradecer a quem

sempre garantiu a nossa disposição e energia ao longo dos dias mais cheios que

passamos nessa empreitada. Aqui vai um agradecimento, em especial, à Ligia, do

trailer de comida árabe que fica localizado na frente do bloco da Engenharia de

Produção, e que em mais de 5 anos nunca teve um dia de mal humor, e sempre dava

um jeito de conseguir nos oferecer um prato a mais de almoço, mesmo quando

aparentemente já havia vendido sua cota máxima do dia.

Por fim, não podemos deixar de agradecer às pessoas que mais nos ajudaram,

desde o início de nossas vidas. Nossa família. Pai, mãe, irmãos e irmãs, que sempre

estiveram presentes, nas maiores alegrias, e nas maiores dificuldades pelas quais

passamos. Sem eles, não seria possível chegar aonde chegamos. Responsáveis

diretos pela montagem do nosso caráter e de nossas personalidades.

vi

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica / UFRJ como

parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro de Produção.

Evolução estratégica de uma distribuidora de tintas: possibilidades e rumo.

Bruno Terencio Antunes

Thiego Duarte Chagastelles

Fevereiro / 2017

Orientador: Vinicius Cardoso

Curso: Engenharia de Produção

O projeto consiste na definição e aplicação da Matriz Ansoff como ferramenta auxiliar

para a decisão do replanejamento estratégico da empresa Sol Vinil, especializada em

distribuição de tintas e materiais auxiliares do setor de construção civil.

O objetivo principal é decidir por qual natureza de mudanças a empresa deve decidir,

de acordo com seus recursos atuais, buscando otimizar a relação custo X dificuldade

de implementação X melhoria.

Palavras-chave: distribuição, planejamento estratégico, Matriz Ansoff.

vii

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of

the requirements for the degree of Industrial Engineer.

Strategic evolution of a paint distributor: possibilities and rhumb.

Bruno Terencio Antunes

Thiego Duarte Chagastelles

February / 2017

Advisor: Vincius Cardoso

Course: Industrial Engineer

The project consists on the Ansoff’s Matrix definition and application as an auxiliary tool

supporting the strategy planning of Sol Vinil, a paint and civil construction distribution

company.

The main objective is to decide what nature of changes they must choose for,

according to the company current resources, looking for the best cost X implementation

difficulty X benefits relationship.

Keywords: distribution, strategy planning, Ansoff’s Matrix.

viii

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 1

2. DISTRIBUIÇÃO ..................................................................................................... 8

3. A MATRIZ ANSOFF ............................................................................................ 15

3.1 A MATRIZ ..................................................................................................... 15

3.2 EXEMPLOS DE APLICAÇÕES – THE COCA COLA COMPANY ................. 19

3.3 EXEMPLOS DE APLICAÇÕES – GRUPO INDITEX ..................................... 21

4. APLICAÇÃO DA MATRIZ ANSOFF NA DDT ....................................................... 29

5. IMPLEMENTAÇÃO – DESENVOLVIMENTO DE MERCADO .............................. 35

6. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 40

ix

Lista de Figuras

Figura 1 - Área de atuação da empresa ........................................................................ 1

Figura 2 - Peso distribuído por fornecedor .................................................................... 2

Figura 3 – Dados de vendas por fornecedor ................................................................. 3

Figura 4 - Volume de vendas e valor médio por pedido anuais ..................................... 4

Figura 5 – Dados de volume de vendas e valor médio por pedido anuais ..................... 4

Figura 6 - Volume de vendas e valor médio por pedido, trimestrais .............................. 5

Figura 7 – Dados de volume de vendas e valor médio por pedido, trimestrais .............. 5

Figura 8 - Principais tipos de clientes por atacadista................................................... 11

Figura 9 - Matriz Ansoff ............................................................................................... 18

Figura 10 - Principais marcas do grupo Inditex ........................................................... 27

Figura 11 - Matriz Ansoff aplicada à DDT ................................................................... 30

1

1. INTRODUÇÃO

Esse estudo terá como unidade de análise uma distribuidora de tintas (DDT),

que atualmente funciona como uma distribuidora de materiais de construção, com foco

principal em tintas.

Trata-se de uma empresa familiar, que por algumas gerações vem sendo

administrada de forma eficiente desde sua fundação. Atualmente, no entanto, vem

atravessando um momento ruim devido à crise em que se encontra o setor da

construção civil.

A DDT foi a primeira distribuidora exclusiva da Suvinil no Brasil, sendo pioneira

no projeto de distribuição implementado pela BASF, uma indústria química alemã,

dona da marca Suvinil.

A empresa atua em uma área geograficamente delimitada por contrato pela

BASF, que compreende as cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, além da

Região Serrana do estado e a Região dos Lagos, como pode ser observado nas

regiões sinalizadas em amarelo na imagem abaixo:

Figura 1 - Área de atuação da empresa (fonte: DDT)

2

Além da BASF, a DDT também é responsável pela distribuição de outros dez

fornecedores, com destaque para a Henkel, que fabrica colas, adesivos, pincéis Tigre

e WD-40.

Como objetivo deste projeto, inicialmente, busca-se identificar e aplicar

métodos para reduzir a dependência da empresa de um mesmo fornecedor, a BASF, e

do mercado de tintas, reduzindo assim os riscos comerciais.

A razão, assim como a necessidade, dessa diversificação está no fato de que

hoje quase 90% do faturamento da empresa é proveniente dos produtos da BASF,

que, assim, detém uma grande vantagem durante as negociações de renovação anual

do contrato de distribuição. Além disso, devido à crise na qual o Brasil se encontra, o

faturamento da companhia está abaixo do necessário para manter o break-even entre

custos e receitas, como pode ser observado nos gráficos abaixo.

Figura 2 - Peso distribuído por fornecedor (fonte: elaboração própria)

92% 93% 92%87%

1% 1%1%

5%

5% 5% 6% 6%

1% 1% 2% 2%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

95%

100%

2013 2014 2015 2016

Peso por Fonecedor

BASF HENKEL OUTROS TIGRE

3

Figura 3 – Dados de vendas por fornecedor (fonte: elaboração própria)

Como é possível notar nas figuras 2 e 3, a participação da BASF sofreu uma

leve redução no faturamento da empresa em 2016 influenciado por dois motivos

principais: a queda no faturamento dos produtos da mesma e o substancial incremento

de faturamento dos produtos da Henkel, estimulado por um acordo firmado entre a

DDT e esse fornecedor no ano passado. Cabe ressaltar, porém, que mesmo com essa

queda de concentração de faturamento, a representatividade e concentração junto a

BASF ainda são muito altas.

Ano Forncedor Vl. Venda Peso

BASF 28.417.203 92%

HENKEL 447.258 1%

OUTROS 1.473.542 5%

TIGRE 424.678 1%

BASF 31.262.483 93%

HENKEL 370.818 1%

OUTROS 1.644.941 5%

TIGRE 373.357 1%

BASF 27.310.239 92%

HENKEL 320.351 1%

OUTROS 1.733.989 6%

TIGRE 466.924 2%

BASF 25.420.096 87%

HENKEL 1.515.056 5%

OUTROS 1.707.388 6%

TIGRE 545.880 2%

2013

2014

2015

2016

4

Figura 4 - Volume de vendas e valor médio por pedido anuais (fonte: elaboração própria)

Figura 5 – Dados de volume de vendas e valor médio por pedido anuais (fonte: elaboração própria)

Analisando a figura 4, fica notável que houve um considerável declínio do valor

total de vendas da empresa entre 2014 e 2016, quando se analisa o valor acumulado

dos anos, apesar de se ter obtido um aumento no volume médio de cada pedido.

1.200

1.250

1.300

1.350

1.400

1.450

1.500

1.550

1.600

1.650

26000000

27000000

28000000

29000000

30000000

31000000

32000000

33000000

34000000

2013 2014 2015 2016

Venda por Ano

Vl. Venda V. Medio Pedido

Ano Vl. VendaV. Medio

Pedido

2013 30.762.681 1.338

2014 33.651.599 1.477

2015 29.831.503 1.502

2016 18.186.441 1.502

5

Figura 6 - Volume de vendas e valor médio por pedido, trimestrais (fonte: elaboração própria)

Figura 7 – Dados de volume de vendas e valor médio por pedido, trimestrais (fonte: elaboração própria)

Ao observar os volumes de venda por trimestre desde 2013 na figura 6,

percebe-se uma clara recuperação no último trimestre de 2016, que demonstra uma

direção contrária ao comportamento sazonal dos anos anteriores, onde o terceiro

trimestre sempre foi um pouco mais forte. Porém, mesmo com essa recuperação, que

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

0

2000000

4000000

6000000

8000000

10000000

12000000

T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4

Venda por Trimestre

Vl. Venda V. Medio Pedido

2013 2014 2015 2016

SumdeV.MedioPedidoAno Trimestre Vl. Venda V. Medio Pedido

T1 6.244.812 1.321

T2 7.530.567 1.366

T3 8.548.971 1.307

T4 8.438.332 1.360

T1 7.796.994 1.473

T2 7.057.356 1.395

T3 9.809.026 1.580

T4 8.988.223 1.443

SumdeV.MedioPedido T1 7.081.751 1.577

T2 7.239.676 1.540

T3 8.052.451 1.429

T4 7.457.624 1.480

T1 6.528.183 1.560

T2 6.700.162 1.494

T3 4.958.095 1.441

2013

2014

2015

2016

6

pode ser entendida como pontual, o ano de 2016 foi o pior para a empresa, em termos

de volume de venda, desde 2013.

Além disso, por estar apresentando vendas abaixo do esperado, a empresa

também está com capacidade ociosa, principalmente no que diz respeito a caminhões

parados no pátio da empresa e estoques.

Para obter êxito neste estudo, será preciso estudar modelos que contemplem

mudanças de estratégias e foco comercial da empresa. E este é o maior objetivo deste

projeto. Apresentar e aplicar a metodologia estudada para reduzir os riscos inerentes à

concentração em um mesmo mercado e fornecedor.

Por fim, um objetivo adicional seria repensar os processos e recursos da

empresa, buscando adaptá-los a esta nova forma de atuação. Será preciso deixá-los

atuando de forma que possam se adaptar facilmente à maneira como cada produto

deve ser distribuído. Não se trata do foco deste projeto, seria apenas um apêndice

buscando trazer, de fato, melhorias à empresa que permitiu a execução deste

trabalho, disponibilizando todas as informações necessárias à sua execução.

Diante dos objetivos traçados, o projeto dialoga com diversas das disciplinas do

currículo da Engenharia de Produção. A matéria de Planejamento Estratégico, por

exemplo, traz uma base para que seja feita uma análise de concorrência, por exemplo,

durante o estudo de viabilidade.

Conhecimentos adquiridos em poderão Planejamento das Instalações serão

usados na última etapa, quando será buscado aplicar os resultados do estudo visando

trazer melhorias para a empresa.

Gerência da Qualidade será importante para avaliação do impacto que as

mudanças sugeridas vão trazer sem que haja perda de qualidade no serviço de

distribuição atual.

Além disso, tópicos abordados em disciplinas como Marketing, Análise de

Investimentos, Economia da Empresa, Macroeconomia, irão auxiliar na sugestão de

ideias para otimizar tanto a divulgação quanto a gestão do caixa da empresa, pontos

que, apesar de não fazerem parte do escopo deste estudo, são importantes para a

melhoria dos resultados financeiros da companhia.

Portanto, o atual projeto tem como objeto geral definir e aplicar uma

metodologia de estudo da viabilidade de expansão da gama de produtos distribuídos

pela DDT, definir qual seria a natureza de produtos mais indicada para ser inserida a

este portfólio da empresa, e auxiliar a empresa neste processo de adaptação e

execução dos novos serviços.

Para alcançar os objetivos traçados e garantir que o estudo traga resultados

consistentes, a metodologia aplicada durante a execução consiste em uma pesquisa

7

de mercado e bibliografia sobre o tema de diversificação de portfolios de produtos.

Uma vez mapeados os principais instrumentos utilizados no mercado, por grandes

consultorias e empresas cuja gestão é enaltecida, filtra-se as ideias que mais se

repetem entre as ferramentas. Quais são os pontos em comum, os que mais

aparecem entre as diferentes metodologias. Estes pontos, diante da constância,

mesmo entre diferentes aplicações, se mostram fortes para este tipo de análise.

Munidos destas ideias e exemplos de ferramentas, e suas aplicações, e deste

dossiê de pontos mais consistentes entre elas, a ideia é definir qual será a

metodologia aplicada ao caso da DDT. A ideia é tentar obter uma metodologia que

tenha uma grande aderência e que traga bons resultados quando aplicada ao negócio

da empresa. O modelo aplicado será construído mesclando as principais ideias e os

pontos que mais sejam coerentes ao negócio da distribuidora.

Com a técnica selecionada e moldada, a etapa subsequente fica por conta da

aplicação método. É importante deixar claro que, se tratando de um modelo híbrido,

gerado a partir de interseções de modelos vencedores no mercado, durante esta etapa

de aplicação ainda cabem ajustes para que os resultados sejam os mais aderentes à

realidade possíveis. Resultados, estes, que compõem a etapa final deste método.

Serão estudados, suas viabilidades analisadas, e, dentro da capacidade disponível,

levados à empresa para que sejam implantados.

8

2. DISTRIBUIÇÃO

Para começar a julgar as compatibilidades entre os diferentes mercados, será

necessário introduzir os conceitos que o grupo entende e usará como base para definir

a distribuição como modelo de negócios.

Uma empresa classificada como distribuidora se enquadra no chamado canal

indireto de distribuição, ou seja, ela é uma intermediária entre a fábrica e os pontos de

venda.

Segundo KOTLER (1993), o uso de intermediários fornece diversas vantagens

aos fabricantes, que serão descritas a seguir.

A primeira diz respeito aos recursos financeiros. Se uma fabricante utiliza

diversos intermediários para fazer com que os seus produtos cheguem em diversos

pontos de vendas ou consumidores finais, ela reduz o nível de capital necessário para

operacionalizar cada venda. O exemplo dado por Kotler é o da General Motors, que

utiliza diversos distribuidores para revender seus carros, pois mesmo uma grande

corporação como ela, não teria recursos para vender diretamente a todos os seus

consumidores finais.

A outra vantagem pode ser enxergada sobre uma ótica similar à proposta por

HAYES em seu livro “Em busca da vantagem competitiva” no que diz respeito à foco e

ajuste. Segundo Hayes, ou uma empresa adota uma estratégia focada em um produto

ou uma linha de produtos, ou então se ajusta para ser mais generalista e perde

qualidade no foco. Dessa forma, mesmo que uma fabricante tivesse condições de

verticalizar toda a sua distribuição, ela teria um retorno maior se focasse somente no

seu core business, que é a fabricação, ou então se ela própria se tornasse

intermediária de outros fabricantes de produtos correlatos.

Logo, o uso de intermediários representa uma economia em distribuição, pois

esses agentes apresentam uma maior eficiência em colocar os bens à disposição dos

mercados-alvo, devido aos seus contatos, experiência, especialização e escala de

operação (KOTLER, 1993, p. 245).

Kotler (1993, p 277) define, ainda, atacado como todas as atividades

envolvidas na venda de bens ou serviços para aqueles que compram para revenda ou

uso industrial, diferindo dos varejistas por ter como seus clientes outros comerciantes

e não o consumidor final, por não dar tanta atenção a promoção, atmosfera e

localização, além de estarem sujeitos a leis e impostos diferentes.

9

O autor defende, também, que o motivo da utilização de atacadistas está no

fato de que frequentemente eles são melhores do que a indústria ou o produtor em um

ou mais dos seguintes aspectos:

Venda e promoção: se expressa com ganhos de capilaridade baseado

na rede de contatos do atacadista e a confiança de seus clientes nele;

Compra e formação de sortimento;

Quebra de lote: os atacadistas fracionam as embalagens do fabricante

em quantidades menores, mais adequadas a demanda de seus

clientes;

Armazenamento: ao manter os estoques, os atacadistas reduzem o

risco de armazenamento dos produtores;

Transporte;

Financiamento: os atacadistas financiam os seus clientes lhes

concedendo crédito e pagando os seus fornecedores antecipadamente

e em dia;

Riscos: os atacadistas reduzem os riscos dos produtores absorvendo os

riscos relativos a roubos, danos, avarias, obsolescência, entre outros;

Informações de mercado: fornecem informações tanto aos clientes

quanto aos fornecedores acerca de concorrentes, novos produtos e

desenvolvimento de preços;

Serviços de administração e consultoria;

Para entender melhor os modelos de empresa que atuam com um modelo

vendas por atacado, foi feita uma pesquisa em publicações da Associação Brasileira

de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD), que em sua

publicação “Revista Distribuição” de Maio de 2015, define quatro formatos de

atacadistas:

1. Atacado generalista com entrega: oferecem um grande mix de

produtos generalistas, provenientes de uma grande gama de

fornecedores. Elas realizam entregas nas lojas dos clientes dentro do

prazo acordado, fracionam produtos em embalagens ou quantidades

menores das vendidas originalmente pelas fábricas, delimitam um

número mínimo de fornecedores ou itens para um pedido, praticam

preços competitivos e adotam um relacionamento de atendimento

próximo e constante com seus clientes. Essas empresas realizam um

10

trabalho de venda, entrega e cobrança sem vínculo de exclusividade ou

território.

2. Distribuidor: compram e vendem produtos das indústrias com as quais

possuem vínculos de exclusividade de produtos, canais e/ou território

geográfico atuando, dessa forma, em segmentos de mercados e

regiões específicas e pré-estabelecidas. Oferecem soluções de mix de

produtos ajustados ao(s) canal(is) ou clientes com prestação de

serviços. Para isso, oferecem lançamentos promocionais alinhados ao

grande varejo, serviços de merchandising, treinamentos para clientes,

controle de estoques, política de trocas, bom nível de entrega e preço

justo alinhado ao nível de serviço oferecido pela equipe de vendas, que

é formada por representantes terceirizados (RCA) ou vendedores

próprios. Oferecem uma solução especializada, com ótima relação

custo/benefício, portfólio especializado, customizado ao canal,

atendimento presencial e televendas.

3. Atacado de autosserviço, cash & carry, atacarejo ou atacado de

balcão: focado no consumidor profissional e transformador, com lojas

focadas em comerciantes. Mais da metade das vendas dessas

empresas são destinadas a pessoas jurídicas. Oferece pronta entrega,

trabalham somente com modelo de retira, em que o cliente leva seus

produtos em seu veículo próprio, bom custo/benefício de mix seco

possibilitado por um baixo custo operacional, embalagens econômicas

ajustadas ao canal, não possuem pedido mínimo nem equipe externa e

por isso, não apresentam custos logísticos. Exemplos: Makro e

Atacadão.

4. Agentes de serviços: podem ser separados em operadores de vendas

e operadores logísticos (ou brokers). Os primeiros oferecem uma

terceirização completa do serviço de vendas para a indústria, atuando

no ponto de venda, fazendo a cobrança e o pós-venda. Já os brokers

realizam a distribuição física dos produtos, a movimentação e a

armazenagem das cargas para a indústria que, por sua vez, nõ precisa

manter um depósito em uma região específica.

Segundo a mesma publicação, os segmentos de empresas que compram de

cada tipo de atacadista são os seguintes:

11

Figura 8 - Principais tipos de clientes por atacadista (fonte: Revista Distribuição – Maio 2015). Acesso em 12 de Novembro de 2016.

Kotler (1993), porém, faz uma classificação diferente. Ele divide os atacadistas

da seguinte forma:

Atacadistas puros;

o Atacadistas de serviço pleno;

Atacadistas de produto;

Distribuidores industriais;

o Atacadistas de serviço limitado;

Atacadistas do tipo Cash & Carry;

Atacadistas de caminhão;

Drop shippers;

Rack jobbers;

12

Cooperativa de produtores;

Atacadistas de catálogo;

Corretores e agentes;

Filiais e escritórios de vendas de fabricantes e varejistas;

Dentro dessa classificação, Kotler (1993) define como atacadistas puros, as

organizações independentes que assumem a posse dos produtos que manipulam. Os

atacadistas de serviço pleno se caracterizam por proporcionar toda a estrutura de

serviços, incluindo estoque próprio, força de vendas, crédito, entrega e assistência

administrativa, onde os atacadistas de produto ou comerciais vendem

majoritariamente para varejistas, oferecendo diversas linhas de produtos. Já os

atacadistas industriais, vendem para fabricantes.

Ainda segundo Kotler (1993), os atacadistas que prestam serviço limitado,

oferecem menos serviços aos seus clientes, como por exemplo:

Atacadistas do tipo Cash & Carry: normalmente não fazem entrega,

oferecem uma linha limitada de produtos de giro rápido e vendem à

vista, geralmente para pequenos comerciantes;

Atacadistas de caminhão: trabalham com uma pequena linha de

produtos já carregada em um caminhão e vendem à vista junto com a

pronta entrega conforme visitam seus clientes;

Drop shippers ou atacadistas intermediários: operam geralmente em

indústrias pesadas e não trabalham com estoques e manuseio de

produtos. Eles atuam como um intermediário entre o fabricante e o

cliente, transportando os produtos diretamente do fabricante para os

clientes e assumindo a posse e o risco da carga nesse meio tempo. Por

não possuírem estoques, conseguem trabalhar com custos mais baixos;

Rack jobbers ou atacadistas especializados: geralmente atendem

pequenos varejos e atuam na área de não-alimentares. Eles enviam

caminhões de entrega para as lojas e o próprio motorista instala

displays e prateleiras para exposição de seus produtos (como livros de

bolso, brinquedos e produtos de beleza, por exemplo) e também são

responsáveis pela fixação de preços, reposição dos itens e controle do

estoque dos mesmos. Vendem em consignação e fazem poucas

promoções;

Cooperativa de produtores: constituído por um agrupamento de

fazendeiros, que se juntam para vender seus produtos agropecuários

13

juntos e dividem os lucros. Se preocupam em melhoram

constantemente a qualidade de seus produtos para promover a marca

de sua cooperativa;

Atacadistas de catálogo ou mala: enviam catálogos por correio para

diferentes tipos de clientes como varejo, industrial e institucional e

recebem os pedidos preenchidos também via correio.

Já os corretores e agentes têm como principal função auxiliar na compra e na

venda, porém sem assumir a posse dos bens e oferecendo uma pequena gama de

serviços. Para isso, eles recebem uma comissão sobre o preço de venda. Os

corretores reúnem vendedores e compradores e auxiliam na negociação, sem manter

estoques, se envolver em processos de financiamento e assumir riscos e são pagos

por quem os empregam. Já os agentes, representam compradores ou vendedores a

médio e longo prazo. Eles costumam ter acordos de exclusividade com seus

contratantes, possuem grande influência sobre o preço e o volume de vendas ou

compras e recebem comissões por seus serviços.

Por fim, as filiais e escritórios de fabricantes e de varejistas se caracterizam

pela utilização de recursos da própria empresa para compra e/ou venda, sem envolver

atacadistas independentes. As filiais mantêm estoques, enquanto os escritórios não,

se assemelhando aos corretores e agentes, diferenciando-se por fazer parte da

própria organização.

Já sobre o método executado para a elaboração do projeto, com o intuito de

eleger a melhor metodologia para análise do caso, foram analisados artigos, teses e

estudos de casos, principalmente de aplicações por parte de grandes consultorias

estratégicas e por empresas reconhecidamente bem-sucedidas em superar momentos

semelhantes ao que passa a DDT.

Procedendo desta maneira, o material analisado fica composto por ferramentas

já muito testadas, e com bastante material de exposição de resultados de aplicações

de cada metodologia.

A busca foi feita varrendo as bases das principais bibliotecas, verificando dessa

forma que a literatura principal, quando o assunto é ferramentas de gestão para

diluição de riscos e diversificação de portifólio de produtos, converge para dois

métodos bastante aceitos e semelhantes entre si. Tratam-se da Matriz Ansoff,

desenvolvida por Igor Ansoff, e da Matriz da BCG, modulada pela renomada

consultoria estratégia Boston Consulting Group (BCG).

Filtrados as duas melhores e mais utilizadas metodologias, foram feitas

pesquisas na base Capes de artigos, utilizando como palavras-chaves e expressões-

14

chaves os termos diluição de riscos, diversificação de portifólio, risk diversification,

portifolio diversification, além dos nomes de ambas as ferramentas.

As duas ferramentas já foram testadas e aplicadas inúmeras vezes, e ambas

respondem por casos bem-sucedidos e resultados satisfatórios para os gestores que

as utilizaram. Porém, a maior diferença entre as duas fica no nível de detalhamento do

negócio estudado.

A Matriz Ansoff é mais generalista, e dessa forma permite maiores ajustes para

adaptação a cada caso, cada tipo de negócio, sem perder sua força. Assim, foi eleita

como a metodologia que irá guiar o atual estudo do caso da DDT. E como resultado

esperado, a ferramenta irá apontar qual a melhor estratégia para a empresa fortalecer

seu negócio. Se é adentrando a novos mercados com seus atuais produtos, se é

aumentando sua gama de produtos no atual mercado, se é desenvolvendo ambos,

mercado e portfólio.

15

3. A MATRIZ ANSOFF

Uma vez definida a ferramenta de análise, ela será apresentada e conceituada

no capítulo atual.

Buscando facilitar a compreensão, e ilustrar como se dá a aplicação do

método, serão apresentados, também, dois casos, um mais simples, da The Coca

Cola Company, e um outro mais elaborado, fruto de um projeto estudado e elaborado

por Oliveira et al. (2012), onde a Matriz Ansoff foi aplicada ao caso do grupo Inditex,

holding espanhola dona de marcas conhecidas como a Zara e a Pull&Bear.

3.1 A MATRIZ

Russo, naturalizado americano, Igor Ansoff (1981, p.203) foi um professor que

teve grande contribuição no que diz respeito a Planejamento por meio de sua obra

“Estratégia Corporativa”. Seu modelo de Planejamento foi criado com base nos

conceitos de expansão empresarial e diversificação de produtos, e é conhecido como

a Matriz Ansoff.

Ansoff (1981) defende que, a partir dos anos 60, as organizações passaram a

se preocupar mais com o seu ambiente de atuação. Ideia evidenciada quando o

conceito de produtividade deixou de ser sinônimo de sucesso organizacional, e uma

empresa passou a ser vista como bem-sucedida caso fosse capaz de atender às

demandas do mercado.

Assim ele idealizou uma ferramenta que, ao cruzar as variáveis de Produto e

Mercados, fosse capaz de identificar oportunidades de crescimento de uma empresa.

Sempre embasado nas ideias de Diversificação de Produtos e de Mercados.

Diversificar é uma decisão de grande importância, mas, logicamente, exige

planejamento. Atualmente é muito comum observarmos numa banca de jornal – por

exemplo – produtos como balas, doces, brinquedos, bebidas, DVDs. E isso onde, até

pouco tempo atrás, era um local reconhecido por apenas comercializar jornais e

revistas.

Isso ocorre por causa do fato das pessoas, ao frequentarem sempre sua banca

sinalizam ao comerciante que existe uma vontade por produtos que não haviam ali.

16

Diante disso, ele vai expandindo seus produtos, atendendo às demandas do seu

próprio público-alvo.

Um segundo exemplo seriam os postos de gasolina, e a evolução de portfólio

de produtos. As pessoas costumam parar nos postos e costumam ter que esperar pela

execução do serviço. Durante esse tempo ocioso, foi identificada uma demanda por

produtos que não pareciam fazer sentido de ser vendidos em um lugar como esse.

Surgiram, assim, as lojas de conveniência, vendendo desde lanches rápidos, até

produtos de beleza, já que seu cliente, muitas vezes, não tem tempo para parar em

um segundo lugar, e aproveitam a oportunidade para comprar tudo que precisam.

Também conhecida como Matriz Produto / Mercado, a Matriz Ansoff é uma

ferramenta utilizada para identificar momentos e oportunidades de expansão e

crescimentos de unidades de negócio.

Segundo Ansoff (1981), nos anos 50 as empresas que visavam uma maior

lucratividade foram as primeiras a se preocupar com o ambiente em que atuavam,

sendo acompanhadas, logo em seguida, pelos demais tipos de organizações. Mas em

relação a essa característica de administração das empresas é bom fazer um

destaque: o motivo desta mudança. Enquanto os pioneiros da administração, como

Taylor, Mayo e Fayol, voltavam seus esforços e análises para a parte interna das

organizações, analisando apenas o que ocorria dentro do processo produtivo, o

ambiente externo passava, naquele momento, a afetar diretamente nos resultados e,

consequentemente, nas decisões das empresas. E isso se tornou ainda mais visível

no período pós-Segunda Guerra, onde uma empresa que fosse muito produtiva,

otimizasse sua relação capacidade produtiva X produção, não era, de forma garantida,

uma empresa bem-sucedida. Para isso, além de, obviamente, ter que manter esta

relação bem equilibrada, devia ser capaz de atender ao que o mercado exigia e

demandava.

Rapidamente, esta inversão de referencial para o qual as empresas deveriam

voltar suas atenções foi identificada e priorizada pelos estudiosos, dando origem à

frente do chamado Planejamento Estratégico. Inicialmente, era entendido como uma

forma lógica, mais racional, qualitativa, de identificar e decidir por mudanças, de

enumerar as oportunidades, as ameaças, os pontos fortes e os pontos fracos de uma

unidade de produção. A partir desta análise, o objetivo final era elaborar uma

estratégia que conseguisse uma compatibilização positiva dessas variáveis com os

objetivos da organização (ANSOFF, 1981).

17

Com o passar dos anos, novas ideias e conceitos foram sendo inseridos aos

estudos, como por exemplo a questão da implantação das mudanças. Por mais

valioso que seja identificar as oportunidades de agir, mudar e melhorar, é também de

suma importância pensar, estruturar e acompanhar todo o processo de implementação

das novas metodologias. E com o avançar das ferramentas, o que se viu foi um

significativo avanço do chamado Planejamento Estratégico.

Após esse período de avanço e desenvolvimento dos estudos estratégicos, o

que se viu foi um novo foco que diz respeito a surpresa, mudança ou antevisão de

problemas de recursos ou quaisquer outros que possam impactar a produção ou

prestação de serviço. Esse novo foco tem dominado alguns estudos mais recentes no

que diz respeito a Planejamento Estratégico.

No livro escrito em 1965, Igor Ansoff aborda como tema principal os estudos

das dificuldades no que diz respeito ao planejamento estratégico das organizações, e

propõe uma ferramenta de análise deste tipo de problema e de definições de

estratégias, denominada Matriz Ansoff.

Ela foi uma maneira de representar algumas formas que o autor, Igor Ansoff,

acreditava que poderiam aprimorar o negócio de determinada empresa por meio de

quatro estratégias distintas: Penetração, Desenvolvimento de Mercado,

Desenvolvimento de Produto e Diversificação Pura (MINTZBERG, 2001).

A matriz tem duas dimensões: produtos e mercados. Para cada uma, analisam-

se as naturezas novos e existentes.

18

Figura 9 - Matriz Ansoff (fonte: elaboração própria)

Ao cruzar essas duas dimensões de forma matricial dá-se origem a quatro

estratégias, dentre as quais o gestor que aplica o método deve analisar sua

organização.

Penetração de Mercado: é originada no cruzamento entre os mercados já

existentes e os produtos também já existentes. Esse ponto pode ser entendido como

um melhor aproveitamento dos recursos já existentes, sem que seja necessário criar

nada de novo. Seria o caso quando empresa busca trocar fornecedores esporádicos

por fornecedores mais regulares, e estimular os já regulares a se tornearem mais

intensivos e consumirem mais.

Desenvolvimento de Mercado: se dá no cruzamento entre mercados novos e

produtos já existentes. Refere-se aos casos em que os mercados onde a empresa

atua já estão saturados, ou quando há uma oportunidade de expandir para algum

mercado com potencial de ser melhor para a empresa. Além disso, englobam os casos

em que buscam conquistar fornecedores dos seus concorrentes, ou seja, aumentar a

fatia do mercado que consome da sua organização. Isto utilizando seus produtos já

existentes.

19

Desenvolvimento de Produtos: originada pela interseção dos mercados já

existentes com produtos novos. É o ponto onde deve ser analisada a possibilidade de

melhorar seus resultados diversificando os produtos que hoje são oferecidos no

portfólio da empresa. A empresa busca vender outros produtos além dos atuais para

seus fornecedores regulares, além de tentar intensificar seus canais de comunicação

com eles, a fim de ganhar rapidez no atendimento de novas demandas.

Diversificação: é a ótica de análise que confronta a inserção de novos

produtos em novos mercados. Por exigir maiores mudanças, é a mais arriscada e

trabalhosa das estratégias que o gestor pode decidir por adotar. Neste ponto, um foco

grande que a empresa deve dar, caso decida por este caminho, é em seus processos

de comunicação, buscando passar maior credibilidade e aceitação de estar entrando

em novos mercados, com novos produtos.

A ideia, ao aplicar a metodologia, é decidir pela estratégia que vá fortalecer os

pontos fortes da organização, e eliminar os fracos. Além disso, um resultado esperado

é a diminuição da influência que os concorrentes têm no mercado em que ela está

inserida, assim como diminuir a distância entre o que é dado como objetivo da

empresa e a realidade.

3.2 EXEMPLOS DE APLICAÇÕES – THE COCA COLA

COMPANY

A The Coca Cola Company é uma empresa que foi criada em 1886, que

inicialmente fabricava um único tipo de bebida, e hoje, através de diversos

redirecionamentos estratégicos, possui um portfolio de produtos extremamente

extenso e diversificado.

Fabrica e vende bebidas não alcoólicas já prontas para o consumo final, e

também concentrados e xaropes para revendedores intermediários.

A empresa está presente e atua em mais de 200 países, levando aos seus

consumidores mais de 250 marcas diferentes de bebidas.

A sede da empresa fica em Atlanta, Georgia, nos EUA, e emprega mais de 30

mil pessoas ao longo do mundo.

Mais de 70% do volume de vendas da empresa, e mais de 80% dos lucros vem

das operações da companhia fora dos EUA.

Segundo o site Foodline, a Coca Cola detém quase 50% de todo o mercado

global de bebidas gaseificadas.

20

A aplicação da Matriz Ansoff ao caso da fabricante de bebidas pode ser

entendida para a estratégia de Penetração de Mercados como: aumentar o Market

Share atual da empresa, através de promoções que estimulem os seus consumidores

a optarem por seus produtos ao invés de seus concorrentes, como distribuição de

brindes na compra casada de algum de seus produtos líderes com outros menos

vendidos; aumentar o uso de seus produtos, através de promoções do tipo compre 3 e

pague 2, aumentando as vendas de determinado produto que ainda não esteja com

uma fatia relevante do mercado; aumentar a frequência de consumo dos clientes com

seus produtos, fazendo campanhas que estimulem o consumo em dias de vendas

mais baixas; novas aplicações de seus produtos, através da divulgação, por exemplo,

de receitas que usem os produtos de uma maneira que não seja simplesmente

bebendo, como seus clientes já estão acostumados a consumir.

Para a estratégia de Desenvolvimento de Mercado, a empresa precisa:

expandir seus atuais produtos para mercados ainda não atingidos, através da

expansão de suas redes de distribuição para áreas que antes não conseguia atingir,

ou então levar produtos que fazem sucesso em alguns dos seus mercados para

outros, onde ainda não estão inseridos, mas que tenham perfil semelhante de

consumo; expansão geográfica, adentrando mercados em que a companhia ainda não

atua, apesar da grande atuação da empresa; atingir um novo segmento de público

alvo, já que hoje a maior parte dos clientes da companhia, segundo o site Foodline se

concentra na faixa entre 14-30 anos, mostrando haver espaço nas demais faixas

etárias para a empresa atuar.

Em relação a estratégia de Desenvolvimento de Produto, a atuação se daria:

melhorias nos produtos atuais, como por exemplo quando a empresa lança um novo

sabor, adicionando algum ingrediente a um de seus produtos já consagrados;

extensão da linha de produtos, como por exemplo quando a empresa iniciou sua

atuação, além dos refrigerantes, no segmento de sucos, ou no segmento de águas,

por exemplo; novos produtos para um mesmo mercado, para os casos em que é

visível ainda um poder aquisitivo e uma demanda não atendida ociosa em

determinado mercado de atuação da companhia. Neste caso, a estratégia importante

é entender e lançar o produto que vá conseguir captar essa parte excedente do

potencial consumo daquele segmento.

Quanto à estratégia de Diversificação, pode ser entendida por: quando a

empresa decide por entrar em novos mercados, com novos produtos, porém ainda

relacionados com seus atuais, como por exemplo quando começou a comercializar

isotônicos e outros compostos com vitaminas, porém líquidos; também seria o caso

em que a empresa entrasse em algum mercado e produto completamente diferente do

21

que seus atuais, como por exemplo se a companhia passa a produzir e comercializar

materiais escolares, ou roupas. Seriam, nesse caso, produtos e mercados

completamente descorrelacionados aos que produz e atua, respectivamente, desde

seu início.

3.3 EXEMPLOS DE APLICAÇÕES – GRUPO INDITEX

Este exemplo foi estudado por Oliveira et al. (2012), para um trabalho de pós-

graduação em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Amazonas,

durante a disciplina Marketing nas Organizações.

Vale ressaltar que o grupo empresarial estudado é de tamanho e complexidade

muito maior que a DDT, porém o exemplo serve para ilustrar como pode ser feito um

estudo, mesmo quando determinada empresa apresenta vertentes das quatro

estratégias que compõem a Matriz Ansoff em seu posicionamento estratégico.

Seguem trechos apresentados por Oliveira et al. (2012, p.18-20;27-32):

“Inditex (Indústrias de Diseño Têxtil S.A.) é um importante

conglomerado de empresas têxteis espanhola. A sua sede encontra-se no

município de Arteixo na província da Corunha na Galiza (Espanha). O seu

fundador e presidente é o magnata Amancio Ortega.

O conglomerado é composto por centenas de empresas que atuam no

design, fabricação e distribuição de produtos têxteis.

Fundado em 1963, o grupo Inditex é primeiro grupo europeu e segundo

mundial de confecção de roupa.

A história da INDITEX, grupo Espanhol, demonstra como marcas de

design inovador ajudou uma pequena empresa familiar a transformar-se numa

empresa internacional sólida. INDITEX fez uma revolução no sector da moda

que obrigou outras empresas a repensar a sua estratégia.

O presidente e fundador da INDITEX, Amancio Ortega Gaona, começou

a trabalhar aos 14 anos modestamente como aprendiz numa loja de camisas

em La Coruna, na Galiza. Criou a sua primeira empresa em 1963. Depois, o Sr.

Ortega conheceu um marco inicial em 1975 com a abertura da primeira loja

Zara em La Coruna. Uma década depois, fundou a INDITEX, como uma

empresa holding para as suas diversas filiais, abrindo o caminho para a

expansão do grupo para fora de Espanha, primeiro para Portugal em 1988,

22

seguido pela abertura de outlets em Nova Iorque, em 1989 e em Paris, em

1990.

O Grupo INDITEX lançou a “Pull & Bear”, uma cadeia de roupa casual

em 1991 e no mesmo ano comprou 65% do Grupo “Massimo Dutti”,

preocupado na oferta de moda high-end, que foi completamente adquirido em

1995. Entretanto, continuou a penetração no mercado internacional através da

abertura de várias lojas, no México, Grécia, Bélgica e Suécia, entre 1992 e

1994.

O grupo começou a cadeia “Bershka” orientada para um segmento

feminino mais jovem em 1998, quando também abriu lojas na Argentina, Japão,

Reino Unido, Venezuela, Líbano, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Turquia.

Em 1999, a INDITEX adquiriu a “Stradivarius”, que se tornou a quinta cadeia do

grupo e abriu as suas lojas em novos países, nomeadamente na Holanda,

Alemanha, Polónia, Arábia Saudita, Bahrein, Canadá, Brasil, Chile e Uruguai.

Em 2000, a INDITEX construiu a sua sede em Arteixo, La Coruna, Espanha,

enquanto abria lojas em quatro novos países. A empresa foi cotada na bolsa

espanhola em Maio de 2001, tendo as suas acções esgotado no próprio dia em

que se tornaram públicas e, no mesmo ano, acrescentou mais seis países à

sua influência global.

A INDITEX tem sete empresas diferentes, com sete marcas diferentes

sob a sua égide. Tem 1,376 lojas, distribuídas por 42 países, em todo o mundo.

O sucesso da INDITEX reside no valor das marcas do Grupo: Zara para

o segmento de classe média, Massimo para o de high-end, e Pull & Bear para

a linha de vestuário casual.

O Grupo não investe muito em campanhas de publicidade, mas centra-

se em investir na “imagem” das lojas. Concentra-se na venda de produtos que

valem o seu preço, e na capacidade para adaptar-se aos gostos dos

consumidores. O futuro do Grupo parece promissor, com o seu plano de

marcar presença no mundo, enquanto lança uma nova linha de produtos

relativa a roupa íntima feminina.

Nada parece deter a Inditex, nem mesmo a crise. Graças aos

promissores resultados trimestrais da proprietária da Zara e da Massimo Dutti,

o preço das ações aumentou até 11,5% esta quarta-feira, naquele que foi o

maior ganho registado no Ibex de Madrid (junho/2012).

O maior grupo de retalho de vestuário do mundo, publicou um lucro

líquido trimestral superior ao esperado, a ultrapassar os 30% ao ano. A receita

cresceu 15%, também acima das expectativas.

23

A justificar esta performance estão as ambições expansionistas do

gigante têxtil, em particular no mercado asiático. De fevereiro a abril, o grupo

abriu uma nova loja por dia, em 26 países diferentes.

O império Inditex tem agora mais de 5.600 lojas espalhadas por cinco

continentes. Em setembro conta abrir uma loja online na China.

Este ano, os mercados emergentes deverão representar 45% das

vendas do grupo. O objetivo é reduzir a exposição à crise espanhola.

No entanto, a Inditex pretende continuar a expandir dentro de fronteiras

o departamento criativo, com a criação de 400 novos postos de trabalho.

Uma estratégia que agrada aos investidores. Este ano o por ação

valorizou 19% perante as quebras de 22% do Ibex. A Inditex é, neste momento,

a maior empresa cotada na bolsa de Espanha com mais de 45 mil milhões de

euros.

(...)

A estratégia do Grupo Inditex

Penetração de mercado

a) Incrementar a cota de mercado

A criação de suas oito marcas tem mercado segmentado o seu

bem. Cada uma destas faixas é dirigida a um setor diferente e gostos

com características muito diferentes.

Seus serviços

O Cartão de Afinidade do grupo Inditex permite que seus clientes

não só ganhar pontos, mas também permite que os clientes paguem

suas compras em prestações.

O serviço pós-venda é um dos seus pontos fortes para aumentar a

sua quota de mercado. Se os clientes decidirem devolver sua

compra em um mês, será devolvido o valor total da venda.

Publicidade não convencional

A estratégia do grupo Inditex para ficar conhecido foi através de

seus estabelecimentos, portanto, pararam de investir em publicidade

convencional no site para fazer suas compras. A decoração das

janelas é feito a fim de atrair clientes por isso é muito minimalista

vitrines que atraem o público, mais por design.

Palavra de boca é o que se tornou conhecido, mas tem alguns

outdoors nas principais capitais europeias e fazer alguma

24

publicidade na imprensa local antes do início de uma nova

temporada. A fragrância de sua marca Massimo Dutti também são

anunciados em comerciais.

Logística

A produção veloz e o envio do produto às lojas dentro de 48 horas.

Preços Alvo: Este é o método utilizado pelo grupo para definir os

preços de seus produtos. Os responsáveis por este são criados para

a forma como o cliente iria comprar um determinado produto e,

posteriormente, deve produzir a custos que continuam a permitir-

lhes obter uma margem de lucro em relação ao preço na loja.

b) Aumento no consumo do produto atual

Troca de mostruário rápida

Reposicionamento de produtos semanais dentro de

estabelecimentos. O movimento dos produtos no interior de cada

loja é feito uma vez ou duas vezes por semana. Passa a sensação

aos clientes de modo que vão mais regularmente aos

estabelecimentos por medo de esgotar os produtos.

Novas aplicações

Compre produtos Zara e Zara Home. A primeira das marcas têm

sido em linha loja Zara Home, e a única vez. Está prevista para o

início deste ano de 2010 Zara também têm a sua própria loja online.

Criação de uma nova aplicação que permite aos clientes ver as

novas coleções da marca e Zara Zara Home através de seus

telefones. Foi a mais recente inovação da Inditex. Este aplicativo

pode ser instalado diretamente do site da Zara e Zara Home para

alguns modelos de celulares e permite aos usuários ver as

atualizações que vêm para as lojas duas vezes por semana.

Algumas das bandeiras como Pull & Bear e Bershka têm o seu lugar

na sua conta do YouTube e fazer upload de vídeos para o

Facebook, onde são apresentadas diferentes coleções.

c) Busca e atrações de novos consumidores

• Eles criaram bandeiras diferentes para atrair diferentes segmentos

de mercado. Um exemplo claro é a sua cadeia Uterqüe última, que

vende um produto de melhor qualidade a um preço mais alto e vai

para alguns clientes que não poderia mais escolhidos encontrar o

produto desejado em outras cadeias de varejo preço e qualidade.

• O projeto de qualidade

25

d) Defender uma posição no mercado

Desenho a bom preço

Inditex tem diferenciado a sua maneira de criar moda a um preço

acessível. Graças a seus batedores, que viajam para gateways mais

importantes do mundo, passear universidades e lojas para saber

quais são as últimas tendências.

O grupo tem melhorado sua rede de distribuição, abrindo um novo

centro de logística de Saragoça e abertura de novas lojas para

atingir o público mais amplo possível.

e) Racionalização do mercado

Todo o grupo Inditex ensinar vender produtos e concentrar seus

esforços na captação de um público que pertence à classe média ou

média alta.

Desenvolvimento de produtos

a) Adições de características

Responsabilidade com o meio ambiente

Nos últimos anos algumas das cadeias do grupo são projetados

coleções ecológicas feitas com algodão orgânico e calçados.

Em Atenas, o grupo abriu o primeiro "eco-shop" da cadeia, o que

reduziu o consumo de energia em 30%. Tão eficaz tem sido o

resultado de que este modelo vai continuar a aplicar aos

estabelecimentos novos e antigos que são reformadas.

A maioria das roupas da marca mais jovem, Uterqüe, são

produzidos com peles, mas apenas com as coisas vivas que são

usados para uso em alimentos e espécies exóticas, exceto coelhos,

já que estes são vistos como animais de estimação no Reino Unido,

onde a cadeia tem também lojas.

Ampliação da gama de produtos

cadeias da Inditex criou cinco novos produtos (Pull & Bear, Classe

de Kiddy, Bershka, Oysho, Zara Home e Uterqüe) desde o

nascimento da Zara. Isso ampliou sua gama de produtos para

diferentes grupos populacionais.

No caso da Zara Home, o grupo criou uma série de móveis e têxteis-

lar.

Além de têxteis, algumas das marcas como Zara, Massimo Dutti e

Zara Home tem sua própria linha de cosméticos e colônias.

26

Dentro da cadeia Zara criou uma linha de produtos para as mulheres

grávidas que permite que clientes regulares permanecer assim

durante os meses de gravidez.

O grupo optou por não ter as duas coleções por ano do que o resto

de seus concorrentes, mas também cria novos produtos

continuamente adaptar a moda atual.

b) Rejuvenescimento de linhas de produtos

Os produtos de todas as marcas do grupo mudam constantemente e

adaptam-se às novas tendências. Inditex não se limita a projetar e

produzir duas coleções a cada temporada, mas cria constantemente

novos produtos ao longo do ano.

c) Aquisição de uma gama de produtos

Em 1991, o Grupo adquiriu 65% da Massimo Dutti para mais tarde,

em 1995, concluir a compra. Esta loja foi fundada em 1985 em

Barcelona e foi dedicado exclusivamente à concepção de moda

masculina. Quando Inditex comprou algumas de suas ações e se

juntou ao grupo ampliou sua gama de produtos para vender também

roupas para mulheres e crianças. Em 1999, também adquiriu

Stradivarius.

d) Racionalização de uma gama de produtos

Em 2006, o grupo vendeu uma cadeia often (marca integrada em

Pull & Bear, porque ele foi bem sucedido no mercado).

Desenvolvimento de mercados

Em 1975, ele abriu a primeira loja Zara em La Coruna. Durante 1983

e 1985 foram abertas em outras capitais da Espanha: Valladolid,

Zaragoza, Barcelona, Sevilha, Valência, Madrid, Bilbao e Málaga.

Sua expansão internacional começou apenas um ano após a

abertura, no Porto, e depois nas capitais da moda: Nova York e

Paris.

Nestes países, como na maior parte, a estratégia foi a de introduzir

a marca Zara em primeiro lugar e depois o resto.

O Grupo segue três estratégias: a implementação em si, mantendo

joint ventures e as franquias.

a) Implementação própria: que grupo é comumente usado em outros

países do que sua cultura ou suas leis é mais arriscado para investir

diretamente.

27

b) Joint Venture: Para as exceções acima é preferível ter parceiros que

possam fornecer conhecimentos especializados. Inditex tem

actualmente joint venture com Otto Versand no caso da Alemanha,

Japão Bigi (detém 100%), com Reitmans Canadá., Para instalação na

Itália parceiro Grupo Percassi é (já está 100%), em Islândia Baugur

grupo.

c) Franchising: Em países onde a implantação em si é um negócio

arriscado por razões culturais, jurídicas, etc, o grupo opta por modelo de

franquia, embora com características diferentes para o modelo

convencional, “tem lugar no sistema de integração oferta, demanda e

distribuição dos centros logísticos das cadeias diferentes ea

possibilidade de devolução de mercadorias durante a temporada com a

franquia”. O acordo é feito com apenas um parceiro em cada país para

ser um grande grupo empresarial.

No caso dos EUA, a Inditex enfrenta grandes empresas como a

GAP ou H & M, que ocupam uma parte muito importante do

mercado, pelo que a sua entrada neste país é mais lento. Também

tem impedido resolver a falta de campanhas publicitárias

agressivas, que em os EUA têm muito efeito.

Mais da metade da receita vem das vendas no exterior que a

Península Ibérica é o foco principal da presença da cadeia, seguida

pela França, Grécia e Bélgica.

Em 2009, o grupo conseguiu superar Amâncio GAP EUA na lista

dos maiores distribuidores de colocados na primeira posição no

setor de varejo têxtil.

Principais Marcas do Grupo (31/10/2009)

Nº de lojas no mundo

1 ZARA 1372

2 ZARA KIDS 217

3 PULL & BEAR 614

4 MASSIMO DUTTI 494

5 BERSHKA 638

6 STRADIVARIUS 499

7 OYSHO 387

8 ZARA HOME 259

9 UTERQÜE 50

TOTAL 4530

Figura 10 - Principais marcas do grupo Inditex (fonte: Oliveira et al. (2012) – p. 31)

28

As concorrentes Zara (em 2010) e Zara Home têm seus produtos

para venda on-line em seus próprios sites. Estas novas aplicações

permitem aos clientes ou potenciais clientes para comprar produtos

online.

Diversificação

Não Inditex si aplicada esta estratégia é limitada a sua participação

financeira no negócio da hospitalidade. Por exemplo, Amancio

Ortega grupo é dono de 14% da rede hoteleira espanhola NH.”

29

4. APLICAÇÃO DA MATRIZ ANSOFF NA DDT

Para o caso da DDT, buscando decidir o que seria a estratégia ideal para

melhorar sua produtividade, a aplicação da Matriz Ansoff foi feita da seguinte maneira.

Foram levantadas as principais mudanças que cada uma das quatro estratégias da

matriz exigiria para serem implementadas, os principais ganhos, e as principais

dificuldades. Uma vez com as quatro analisadas, a decisão fica por conta da estratégia

que vá melhor solucionar o principal problema da empresa, que é a sazonalidade de

suas vendas e a grande dependência de um único setor.

Para início de análise, foi assumido como portifólio de produtos da DDT, hoje,

apenas o produto distribuição. Portanto, para todas as análises, foram considerados

como produtos atuais da empresa apenas o serviço de distribuir. Em relação a

dimensão de mercados, foi considerada a gama de fornecedores que atuam, hoje,

com a empresa para distribuir seus produtos. O fato de atuar com tintas e materiais de

construção, portanto, fica como sendo uma característica dos fornecedores da

empresa, e não exatamente da DDT, durante as análises. Porém, foi assumido que

hoje a estrutura da empresa é voltada para este tipo de produto devido à longa

atuação junto a fornecedores do setor.

A Matriz Ansoff aplicada ao caso pode ser encontrada abaixo, na figura 11.

30

Figura 11 - Matriz Ansoff aplicada à DDT (fonte: elaboração própria)

Dissertando um pouco sobre cada um dos quatro casos possíveis, pode-se

entender da seguinte maneira os principais desafios e melhorias que cada uma traria à

organização.

A estratégia de Penetração de Mercado é a de mais simples implementação, já

que se utiliza dos atuais mercados e produtos que a empresa já atua ou produz.

A DDT tem hoje como seu principal fornecedor a BASF. Trata-se de um

fornecedor intenso, que dificilmente irá aumentar a gama de produtos que distribui via

31

a DDT. Uma solução nesta linha seria tentar estimular o desenvolvimento dos demais

fornecedores, buscando, assim, diluir um pouco a dependência que a empresa tem

hoje de um único fornecedor tão representativo, que acaba tendo uma força muito

grande durante as discussões de renegociação de preços.

A maior dificuldade nesse caso seria o tamanho e a força de negociação que a

BASF tem hoje perante a DDT, além do fato de que dentre os demais fornecedores da

empresa, nenhum aparece com grande potencial de expansão, ainda mais no

momento de crise pelo qual está passando o setor de construção civil.

Os maiores ganhos ficariam por conta dessa redução da dependência que a

DDT tem hoje em relação ao seu maior cliente. Adotar uma estratégia de expansão

dos demais fornecedores daria um pouco mais de força para a empresa durante os

processos de negociação, uma vez que cada um deles teria os demais como

potenciais concorrentes a tomar sua fatia de interação junto à DDT.

Para a adoção dessa estratégia, não seria necessário, uma vez que nem os

mercados de atuação, nem os seus produtos mudariam, um grande esforço nem

grandes gastos e impactos na forma atual de prestação do serviço oferecida hoje pela

empresa, nem aquisição de recursos adicionais aos que já são vistos hoje.

Em relação à estratégia de Desenvolvimento de Mercado, seriam duas

propostas de forma geral, uma de expandir seu produto distribuição para fornecedores

que atuem em novos mercados, além do setor de construção civil de tintas e materiais

complementares, e a outra de tentar, mantendo o foco em fornecedores que atuem

dentro deste mesmo setor, buscar novos fornecedores grandes, que hoje sejam

atendidos por seus concorrentes.

Esta não é uma estratégia tão simples de ser adotada, já que inclui processos

mais complexos de negociação com novos atores, elaboração de planos de captação.

Além disso, no caso de buscar novos setores para atuação, seriam necessárias

adaptações nos recursos hoje disponíveis, como, por exemplo, alterações nas

metodologias de estoques, nos veículos de transporte, caso os novos setores exijam

maiores adaptações deles diante das características dos novos produtos que seriam

distribuídos pela DDT.

Os maiores desafios seriam, no caso de atrair novos fornecedores,

principalmente os longos contratos que são assinados como praxe no setor. Estes

contratos de distribuição costumam ser assinados por períodos longos de vigência,

com cláusulas que preveem multas em caso de quebra de contrato unilateralmente.

Ou seja, além de planejar propostas mais atraentes que seus concorrentes aos

fornecedores que deseja captar, possivelmente a empresa teria que levar em

consideração gastos com as quebras de contrato que seriam necessárias para que os

32

novos parceiros rompam com seus atuais distribuidores e fechem contrato com ela.

Outro ponto que pode dificultar é o fato de que muitos dos fornecedores,

principalmente os maiores, para garantir a qualidade da distribuição de seus produtos,

costumam exigir exclusividade de seus distribuidores, não permitindo, por contrato,

que eles atuem com outros fornecedores do setor. Isso demandaria todo um processo

de negociação, e uma longa atuação buscando fazer com que estas cláusulas sejam

deixadas de lado.

No caso de novos setores, mantendo o produto da empresa de distribuição, a

ideia é buscar novos fornecedores que tenham outras naturezas de produtos. Isso

teria como principal ganho solucionar o problema que a companhia apresenta hoje de

ser muito dependente de um único setor. Em momentos de crise na construção civil,

como o que o país vem atravessando, o faturamento da empresa fica muito afetado, e

qualquer planejamento acaba sendo deixado de lado. Porém, esta não é uma decisão

simples. Novos fornecedores, com produtos cujas características sejam diferentes das

que a empresa está adaptada a distribuir, podem demandar gastos elevados de

adaptação dos recursos atuais para que sejam capazes de executar a atividade. Por

exemplo, caso a empresa opte por distribuir produtos perecíveis, é muito provável que

tanto as unidades de estoques, quanto os veículos de transporte precisem ser

adaptados que mantenham refrigerados os produtos, evitando que estes venham a

estragar antes de serem entregues.

Os maiores ganhos, portanto, ficariam por conta da redução da exposição da

companhia a um único setor de atuação, possibilitando que a empresa se adapte em

momentos de crise de algum dos setores, e por conta do ganho de parcela de

mercado, ganhando força perante seus concorrentes, e aumentando sua marca dentro

do mercado.

As maiores dificuldades ficariam por conta da burocracia e custos para atrair e

captar fornecedores que atuem com seus concorrentes, e das adaptações que seriam

necessárias em caso de captação de novos fornecedores que atuem em setores

diferentes dos quais a empresa hoje está adaptada a atuar.

Passando agora pela estratégia de Desenvolvimento de Produtos, esta seria a

decisão em que a empresa passaria, além de prestar o serviço de distribuição, a

oferecer outros tipos de produtos, como estocagem, ou até mesmo com a venda final

de produtos, por exemplo.

Trata-se de uma estratégia mais utilizada quando se tem subutilização de

alguns recursos da produção. No caso da companhia, seria uma estratégia

interessantes caso suas instalações fossem grandes, tal qual ela pudesse aproveitar

seus espaços para oferecer o serviço de estocagem aos fornecedores, ou mesmo

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expor os produtos, através da criação de uma loja, onde os consumidores finais dos

produtos já pudessem ter acesso a ele.

Os maiores obstáculos ficam por conta do alto custo de adaptação que a

empresa precisa ter para adaptar ou renovar seus recursos, e pela complexidade de

desenvolvimento de um novo produto. Como a empresa sempre foi uma distribuidora,

todos os seus treinamentos, e todo o conhecimento dos empregados sempre foram

desenvolvidos e focados neste tipo de serviço. Passar a ofertar novos tipos de serviço

demandariam, além das adaptações físicas já citadas, muitas adaptações e

treinamentos na metodologia e nos processos produtivos da empresa.

Os maiores ganhos ficam por conta da descentralização do foco da empresa

em um único tipo de produto, e pela flexibilização dos recursos que a companhia

possui, podendo mudar e priorizar os serviços onde está tendo maiores lucros em

cada momento. Além disso, adotar este tipo de estratégia competitiva facilitaria no

futuro o ingresso em novos mercados, já que com uma gama de produtos maior, a

empresa tem maior facilidade para prestar seus serviços a novos fornecedores.

Quanto a estratégia de Diversificação, ela consolida as maiores mudanças.

Quando a empresa opta por, além de aumentar sua gama de produtos, em ingressar,

também, novos mercados, ela está decidindo por um caminho que demandará

grandes esforços, investimentos e planejamento.

Esta opção, normalmente, é adotada por empresas que não possuem custos

muito elevados para crescer sua linha de produtos, como prestadoras de serviços

simples, por exemplo, ou empresas que possuem um orçamento, tanto financeiro,

quanto temporal, grande, e que permitam executar de forma eficiente esta alteração

tão radical em sua forma atual de produzir.

Para a DDT, uma vez que a empresa vem passando por momentos de receitas

mais escassas, falta de recursos, hoje, que possibilitem desenvolver novos produtos

de forma barata e rápida, seria uma decisão que dificilmente chegaria a etapa de

implementação de forma completa.

Uma vez com a Matriz Ansoff concluída, a etapa seguinte fica pela tomada de

decisão de qual dos quatro caminhos seguir. A ideia da Matriz é estruturar as

vantagens, os desafios, e os impactos que cada tipo de estratégia possa vir a ter caso

seja adotada.

Para auxiliar na tomada de decisão, foi feito um ajuste na metodologia,

buscando tornar essa decisão mais quantitativa que subjetiva. O método incorporado

foi avaliar cada estratégia com notas de dificuldade (escala de 1 a 3 decrescente, onde

3 é de fácil implantação), custo de implantação (escala de 1 a 3 decrescente, onde 3 é

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de barata implantação) e de impacto de melhoria (escala de 1 a 3 crescente, onde 3 é

com grande impacto positivo).

Dessa forma, ao multiplicar os três indicadores, o de maior valor final é a

escolha ideal para o caso da DDT. Esta metodologia fio pensada pelos autores, como

já dito, para tornar a decisão de escolha da estratégia mais palpável, mais coerente,

menos subjetiva.

Os valores de cada indicador estão indicados na própria matriz da figura 11.

O resultado do método aponta como a estratégia de Diversificação de

Mercados como a ideal a ser adotada. Isso devido ao fato de que, sem optar por

novos produtos, o custo de reformas nas instalações, ou nos veículos, por exemplo,

fica bastante reduzido. Além disso, no quesito impacto positivo, é uma estratégia que

pode ser entendida como nível 3, de alto impacto, uma vez que permite à empresa

diminuir sua dependência a fornecedores de um único setor, além de reduzir a

sazonalidade das receitas da empresa, já que sua gama de fornecedores estará

distribuída em mais de um mercado. Quanto à dificuldade de implantação, foi colocada

como nível 2. Este ponto é importante, já que isso também depende de que tipos de

novos fornecedores a empresa vai buscar. Atender a fornecedores de mercados muito

específicos, que demandem o serviço de distribuição mais especializado, deixa de ser

uma opção, já que seria de mais difícil implantação e maior custo.

35

5. IMPLEMENTAÇÃO – DESENVOLVIMENTO DE

MERCADO

Buscar novos mercados, neste caso, responde por identificar novos

fornecedores, em novos setores, uma vez que os que hoje estão com seus

concorrentes especializados em distribuição de material de construção são de difícil

captação e a empresa busca resolver esse problema de dependência a um único tipo

de cliente.

Em conjunto com as lideranças da empresa, foram levantadas ideias de

setores que pudessem ser captados sem que a dificuldade de implantação se tornasse

muito grande. Para isso, o foco seria nos fornecedores de mercados em que os

produtos pudessem ser distribuídos de forma mais parecida possível com o serviço

atual da empresa.

Neste ponto, foram analisadas as opções discutidas com as lideranças de

forma mais ampla, sem o emprego de estudos muito específicos para não fugir à

temática do projeto, a fim de decidir qual seria a opção mais adequada e que

demandaria menos esforços de adaptação, tanto dos recursos da DDT, quanto dos

processos de negócio da empresa.

O setor têxtil foi escolhido por alguns fatores. Primeiro, a distribuição nesse tipo

de setor é, na maior parte, terceirizada. Ou seja, já é um setor que tem como hábito

contratar uma empresa especialista em distribuição para realizar o transporte entre

fábricas e lojistas. Além disso, o transporte é considerado como simples, uma vez que

os produtos são embalados em caixas, cujo formato e peso se assemelham aos que

as tintas e os materiais que a DDT já tem experiência de distribuir são transportados e

armazenados.

Outro ponto que foi considerado para a escolha do setor é que os produtos não

precisam de algum tratamento especial, tal como foi pensado ao discutir o setor

alimentício, em que seriam necessários investimentos para que os recursos da

empresa pudessem transportar produtos de forma climatizada, por exemplo. O uso

dos recursos atuais, da forma como a empresa se apresenta hoje, já são suficientes

para a atuação junto aos fornecedores deste setor.

Os pontos negativos ficam por conta de que a maior parte das fábricas do setor

ficam mais na região sul do país, e a DDT atua principalmente na região Sudeste.

Porém, existe uma presença considerável de fábricas menores nas periferias do Rio

de Janeiro, e principalmente no interior de Minas Gerais, suficientes para gerar

demanda aos serviços que a empresa deseja passar a oferecer.

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E um ponto de atenção fica por conta de ser um setor em que não há muitos

fornecedores grandes. Tal como possui hoje no setor de tintas, em que possui contrato

de distribuição suficientemente grande com um cliente principal. No setor têxtil, as

gigantes possuem este tipo de serviço incorporado as suas funções, ou possuem

contratos longos e que não são tão benéficos aos prestadores do serviço. Portanto,

neste caso, o fato de ter que negociar com fornecedores menores pode trazer maiores

receitas a empresa, em troca de uma maior dificuldade para captar uma demanda

grande.

No capítulo a seguir, foi feito um estudo um pouco mais afundo do setor, para

que fosse verificada a viabilidade, e sustentar a decisão de adotar este como o setor

alvo para as novas atuações da empresa.

Cabe a esse estudo fazer uma contextualização do mercado têxtil no Brasil, já

que este foi apontado como a melhor alternativa ao desenvolvimento de mercado da

DDT.

Para tal embasamento, foi consultada a Associação Brasileira da Indústria

Têxtil e de Confecção (Abit), que foi fundada em 1957. Essa associação contempla 33

mil empresas do ramo têxtil no Brasil, que juntas obtiveram um faturamento de US$

53,6 bilhões em 2014 e empregaram 1,6 milhão de trabalhadores. Esse setor é o

segundo maior gerador de empregos da indústria brasileira atrás somente do setor de

alimentos de bebidas, representando 16,7% dos empregos e 5,7% do faturamento da

indústria de transformação brasileira.

Adicionalmente a esses dados anteriores, o Brasil tem mais de 100 escolas e

faculdades de moda, e possui uma das cinco maiores Semanas de Moda do mundo,

demonstrando o potencial de crescimento e importância que o setor possui.

Ainda segundo a Abit, o mercado brasileiro tem destaque mundial por seu

profissionalismo, criatividade, tecnologia e, principalmente, pelas dimensões de seu

parque têxtil, que é a quinta maior indústria têxtil do mundo, o terceiro maior na

produção de malhas e o segundo maior na produção de denim, matéria prima para a

produção do jeans. Além disso, o Brasil é autossuficiente na produção de algodão.

Analisando a balança comercial nesse segmento, em 2014 o Brasil teve um

déficit de US$ 4,8 bilhões, quando foram exportados US$ 1,18 bilhões contra US$

7,08 bilhões importados. Apesar desses números negativistas em uma primeira

impressão, é possível notar o tamanho e a importância do mercado, e principalmente

para o caso estudado, da necessidade da distribuição de produtos têxtis no país.

De acordo com a Abit, com a exploração do pré-sal, o Brasil mudará sua

posição de dominantemente importador, para potencial exportador da Cadeia Sintética

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Têxtil mundial. Cabe ainda ressaltar que o país é a última cadeia têxtil completa do

ocidente, e é referência mundial em design de moda praia, jeanswear e homewear.

38

6. CONCLUSÃO

Esse trabalho teve como foco auxiliar a empresa DDT a definir uma nova

estratégia competitiva, apresentando à empresa a Matriz Ansoff, contemplando os

modelos de distribuição e comércio atacadistas existentes.

Foi definido, através do uso da matriz e da ponderação das alternativas

disponíveis, que a melhor ação a ser adotada seria utilizar um produto já existente da

empresa, a distribuição em si, em novos mercados. Ou seja, executar uma estratégia

de diversificação de mercados, focado no setor têxtil.

Para definição do setor, foram levantadas em conjunto com a companhia

algumas ideias, e o setor têxtil, após ser estudado em relação a seu tamanho, ao perfil

de atuação dos distribuidores no segmento, e à disposição territorial, foi escolhido

como uma opção viável e com bom potencial de resultados positivos.

Os próximos passos agora são apresentar essa análise para o corpo diretivo

da empresa para verificar a aplicabilidade e viabilidade da mesma e caso essas

respostas sejam positivas, cabe à empresa colocar essa estratégia em prática. Em

caso negativo, pode-se buscar outros mercados, que não o têxtil, que faça mais

sentido para a empresa realizar a sua diversificação de mercado.

Em relação ao projeto, é entendido que foi executado como determinado nos

objetivos, a ferramenta foi aplicada e um encaminhamento pôde ser dado à DDT como

horizonte para seu planejamento estratégico.

Como limitantes, podem ser apontados os fatos de que o trabalho foi feito em

foco mais teórico, portanto é necessário uma etapa posterior de implementação prática

para assegurar o êxito e sua completa eficiência para a empresa; a seleção do setor

têxtil se deu através de discussões e estudos mais superficiais, uma vez que o foco

deste projeto era a definição do planejamento estratégico, podendo ser aplicado algum

método mais apurado para buscar outras opções de setores; a empresa não dispõe de

recursos em excesso, sendo, portanto, o custo das soluções um fator com ponderação

alta nas decisões ao longo do trabalho.

E como sugestão para futuros trabalhos e projetos, principalmente pensando

no segmento da Engenharia de Produção, podem ser apontadas três ideias: definição

e aplicação de uma metodologia que confronte vários setores produtivos e traga como

resposta o ideal para o caso da DDT; trabalho de implementação da estratégia

definida neste projeto, auxiliando a companhia a atuar no setor da indústria têxtil,

conforme resultado do atual trabalho; um projeto de desenho e implementação de

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processos que permita a empresa adaptar seu negócio para poder atender outros

setores ou até mesmo prestar outros tipos de serviços.

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