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évora local Deliberações da C.M. de Évora TEATRO Garcia de Resende pág.05 pág.07 pág.09 Câmara Municipal de Évora / Director: José Ernesto D’Oliveira // Semanário, 29 Dezembro de 2011 Sabia que... a história do Sapateiro Santo da Rua Nova perdura até aos nossos dias 78 Lançamento da 10ª edição da “Évora Mosaico” Classificação do Centro Histórico como património mundial é o tema central O lançamento da 10ª edição da revista municipal “Évora Mosaico” teve lugar esta semana (dia 21) no Salão Nobre dos Paços do Concelho, sendo dedicado à celebração dos 25 anos de classificação do Centro Histórico de Évora pela Unesco como Património Mundial. Sobre esta temática, está também patente nos próximos seis meses uma exposição no Arquivo Municipal. A cerimónia contou com intervenções do coordenador da referida publicação, o jornalista José Frota, da Vereadora Cláudia Sousa Pereira e do Presidente da edilidade, José Ernesto d’ Oliveira. José Frota fez a apresentação desta nova edição da “Évora Mosaico”, sublinhando nomeadamente o trabalho que foi desenvolvido para o reconhecimento patrimonial da cidade, em especial ao longo do século XIX e XX, um trabalho que prossegue agora no século XXI, com particular incidência no projecto de requalificação urbana “Acrópole XXI”.

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Deliberaçõesda C.M. de Évora

TEATROGarcia de Resende

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Câmara Municipal de Évora / Director: José Ernesto D’Oliveira // Semanário, 29 Dezembro de 2011

Sabia que... a história do Sapateiro Santo da Rua Nova perdura até aos nossos dias

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Lançamento da 10ª edição da “Évora Mosaico”Classificação do Centro Histórico como património mundial é o tema central

O lançamento da 10ª edição da revista municipal “Évora Mosaico” teve lugar esta semana (dia 21) no Salão Nobre dos Paços do Concelho, sendo dedicado à celebração dos 25 anos de classificação do Centro Histórico de Évora pela Unesco como Património Mundial. Sobre esta temática, está também patente nos próximos seis meses uma exposição no Arquivo Municipal.A cerimónia contou com intervenções do coordenador da referida publicação, o jornalista José Frota, da Vereadora Cláudia Sousa Pereira e do Presidente da edilidade, José Ernesto d’ Oliveira.José Frota fez a apresentação desta nova edição da “Évora Mosaico”, sublinhando nomeadamente o trabalho que foi desenvolvido para o reconhecimento patrimonial da cidade, em especial ao longo do século XIX e XX, um trabalho que prossegue agora no século XXI, com particular incidência no projecto de requalificação urbana “Acrópole XXI”.

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Lançamento da 10ª edição da “Évora Mosaico”Classificação do Centro Histórico como património mundial é o tema central

O lançamento da 10ª edição da revista municipal “Évora Mosaico” teve lugar esta semana (dia 21) no Salão Nobre dos Paços do Concelho, sendo dedicado à celebração dos 25 anos de classificação do Centro Histórico de Évora pela Unesco como Património Mundial. Sobre esta temática, está também patente nos próximos seis meses uma exposição no Arquivo Municipal.A cerimónia contou com intervenções do coordenador da referida publicação, o jornalista José Frota, da Vereadora Cláudia Sousa Pereira e do Presidente da edilidade, José Ernesto d’ Oliveira.José Frota fez a apresentação desta nova edição da “Évora Mosaico”, sublinhando nomeadamente o trabalho que foi desenvolvido para o reconhecimento patrimonial da cidade, em especial ao longo do século XIX e XX, um trabalho que prossegue agora no século XXI, com particular incidência no projecto de requalificação urbana “Acrópole XXI”.A Vereadora Cláudia Sousa Pereira falou da importância de ler esta revista para compreender as diversas visões de pessoas que ao longo do tempo se têm empenhado na preservação do legado herdado, mas também das vivências que essa herança implica e do trabalho actual na requalificação e dinamização do Centro Histórico.Um trabalho para o qual têm contribuído os diversos programas municipais de reabilitação urbana, numa acção só possível devido à congregação de vontades e esforços dos vários intervenientes neste domínio, tanto públicos como privados.A missão da autarquia vai muito mais além do que o edificado, salientou a Vereadora, dando como exemplo a área da higiene e limpeza do espaço público, o trânsito e estacionamento, sendo estas também esferas onde o respeito do cidadão pelo espaço que o envolve é também determinante para o bom funcionamento destas.Esta edição, além de ser comemorativa e divulgadora do Centro Histórico, concluiu a Vereadora, “é também ela – a Mosaico – um instrumento educador de cada um dos seus leitores, um desígnio que se enquadra igualmente naquilo para que Évora se constrói há pelo menos 10 anos ser, na plenitude do conceito, uma Cidade Educadora”.

O Presidente da edilidade, José Ernesto d’ Oliveira, salientou o facto de já terem sido editados e distribuídos gratuitamente 50 mil exemplares desta revista, estando esgotadas as edições anteriores e felicitou José Frota pelo trabalho “de grande alcance e grande mérito”, sublinhando ser objectivo desta revista que o património e a cultura fossem sentidos pela cidade e incentivando a população a lê-la e inclusive dar o seu contributo.Destacou ainda o trabalho pioneiro e o contributo bastante meritório de pessoas e instituições no domínio da preservação do património eborense, dando como exemplos Gabriel Pereira e o Grupo Pró-Évora e abordou em traços gerais o trabalho desenvolvido ao longo dos anos, que culminou na década de 80 do séc. XX com dois factos determinantes: a classificação do Centro Histórico como Património Mundial e a recuperação da universidade perdida há 200 anos.Os desafios actuais e o trabalho que está em marcha foram igualmente mencionados pelo autarca, nomeadamente o projecto Acrópole XXI - “a maior intervenção de regeneração urbana que o Centro Histórico conheceu”, fruto da união entre instituições públicas e privadas cuja obra terá início no terreno no primeiro trimestre de 2012.

 

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Deliberaçõesda Câmara Municipal de Évora

Em reunião pública de 16 de Dezembro

Câmara de Évora aprovou Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2012

A Câmara Municipal de Évora, em reunião pública extraordinária, aprovou as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2012 com os votos favoráveis do PS, incluindo o do Presidente José Ernesto d’ Oliveira, a abstenção do Vereador do PSD e os votos contra dos dois vereadores da CDU presentes.

Neste ponto, o Vereador António Dieb (PSD) leu um conjunto de considerações quanto à proposta de GOP e Orçamento para 2012, apontando as suas preocupações, nomeadamente no domínio financeiro, e apresentando o posicionamento que o Município, em seu entender, deve seguir nos próximos anos para redução de despesa e de reestruturação financeira.

O Vereador Eduardo Luciano (CDU) também leu um documento de justificação quanto ao seu posicionamento contra a proposta de GOP e Orçamento apresentada, apontando a sua discordância em diversas matérias.

Por seu turno, o Presidente respondeu às questões apontadas pelos Vereadores do PSD e CDU, justificou a sua proposta de orçamento possível face às circunstâncias actuais, tendo também reconhecido a contribuição feita pelo Vereador António Dieb na elaboração do Orçamento. Deixou ainda palavras de reconhecimento pela capacidade técnica, dedicação e profissionalismo que os serviços tiveram na elaboração deste tão complexo documento.

Tal proposta de Orçamento é fortemente condicionada por circunstâncias conjunturais que o município e o País atravessam e pelas novas perspectivas de enquadramento orçamental de rigoroso levantamento da situação financeira dos municípios que se anuncia para 2012.

A inclusão de 36 milhões de euros de encargos devido às Águas do Centro Alentejo e de toda a dívida a fornecedores e banca obrigaram a um Orçamento de 102 milhões de euros.

O Presidente do Município eborense fez também distribuir à Câmara um documento que traduz o Plano de Reequilíbrio Orçamental de Médio Prazo, onde são apresentados princípios orientadores e de justificação, objectivos a atingir e identificação dos recursos necessários à sua realização.

Outros assuntos aprovados

Para além deste ponto, foi também aprovada, como é obrigatório, o Mapa de Pessoal da Câmara Municipal de Évora para 2012, com três votos a favor (mais o voto de qualidade do Presidente) e três abstenções (duas da CDU e uma do PSD).

Foi igualmente aprovada a actualização anual da Tabela de Taxas e outras Receitas do Município de Évora, de acordo com a lei em vigor, tendo obtido quatro votos a favor (PS e PSD) e dois contra (CDU).

Esta reunião seguiu-se à reunião pública de Câmara ordinária de 14 de Dezembro, onde foi aprovado, entre outros assuntos, o normativo de Consolidação de Contas do Município de Évora e o Relatório Trimestral de Gestão e de Execução Orçamental da Habévora – Gestão Habitacional, EEM.

Foi igualmente aprovado o Plano de Pormenor da Área da Turgela, que visa concretizar a intenção de construção por parte das cooperativas de habitação Giraldo Sem Pavor e Boa Vontade. Aprovado também aditamento ao Loteamento Municipal do Parque de Indústria Aeronáutica de Évora que permitirá a instalação de mais empresas ligadas à área aeronáutica.

O Presidente da Câmara de Évora deu a conhecer a Declaração do Caia que resultou da reunião realizada na Câmara de Elvas, onde os municípios da Extremadura espanhola e do Alentejo manifestaram a sua preocupação pelas consequências para as duas regiões das alterações introduzidas pela Comissão Europeia no Plano Estratégico de Transportes e que determinam, não só o encerramento de algumas linhas transfronteiriças, como o adiamento de investimentos já anteriormente previstos, com consequentes alterações de calendário, nomeadamente para a concretização do projecto da Alta Velocidade.

Para além de outros assuntos decorrentes da actividade dos serviços, foi também aprovada a concessão em direito de superfície pelo prazo de 70 anos de terrenos municipais onde irá ser construído o Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, que inclui a incubadora de empresas da responsabilidade da Câmara Municipal de Évora.

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Sabia queA Câmara Municipal tem editada uma “Antologia do Natal”?

PATRIMÓNIOO SAPATEIRO SANTO DA RUA NOVA

A meio do século XVI viveu e foi muito conhecido em Évora o então chamado Sapateiro Santo, mestre deste ofício cujo nome era Simão Gomes. Nascido por volta de 1510, no lugar de Marmeleiro, pertencente a Tomar, já em adulto, este devoto a Deus, a quem consideravam profeta, veio para Évora e aqui casou e permaneceu 14 anos, morando sempre na Rua Nova, na “casa da cova”, e tendo vindo a ser o primeiro Guarda ou Corrector da Universidade de Évora.O Padre António Franco descreve a sua vida como tendo sido “(…) cheia de singulares virtudes, maravilhas e espírito profético” e o padre jesuíta Manuel da Veiga fez em livro a sua biografia. Nos escritos de ambos e em todas as referências à sua figura, Simão Gomes é descrito como um homem muito simples, de grande modéstia e humildade, que desde a adolescência revelou tendências proféticas e terá predito factos como o desaparecimento de D. Sebastião, o domínio de Castela e a aclamação de D. João IV.

O rei D. Sebastião muito o consultava, em matérias espirituais e políticas, chamando-o até a Conselhos de Estado. Este monarca e várias individualidades o quiseram beneficiar, mas o virtuoso sapateiro, que nunca deixou de exercer o mister, sempre recusou, e só já idoso aceitou ir para Lisboa, onde faleceu, a 18 de Outubro de 1576, tendo sido sepultado na Igreja de S. Roque.O cardeal D. Henrique nomeou-o seu escudeiro com moradia e sapateiro de sua pessoa e concedeu-lhe o título de enfermeiro de seus criados e durante cerca de 200 anos as suas profecias foram veneradas. No século XVIII foram, porém, consideradas falsas e foi ordenada a destruição dos seus apontamentos, por isso a sua fama e as suas previsões se esbateram no tempo, incluindo em Évora.

Texto adaptado do original de Manuel Carvalho Moniz, in Dominicais eborenses. Évora: Câmara Municipal de Évora, 1999, (Col. Novos Estudos Eborenses, 4), p. 128.

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