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EXAME DO ABDOME APARELHO DIGESTÓRIO

EXAME DO ABDOME

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EXAME DO ABDOME. APARELHO DIGESTÓRIO. Preparando o Ambiente:. Sala equipada com mobiliário básico com: Boa iluminação; Ventilação; Sem correntes de ar durante o exame; Que garanta a privacidade do paciente. Preparando o Material:. Balança antropométrica; Estetoscópio; - PowerPoint PPT Presentation

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  • EXAME DO ABDOME

    APARELHO DIGESTRIO

  • Preparando o Ambiente:Sala equipada com mobilirio bsico com:Boa iluminao;Ventilao;Sem correntes de ar durante o exame;Que garanta a privacidade do paciente.

  • Preparando o Material:Balana antropomtrica;Estetoscpio;Rgua milimetrada (20cm);Fita mtrica;Caneta marcadora;Travesseiros pequenos;Relgio com marcador de segundos;Luvas para procedimento.

  • Preparando o Paciente:O paciente deve estar com a bexiga vazia;A posio o decbito dorsal, com os braos estendidos ao longo do corpo;Toda a rea abdominal deve estar exposta, poupando-se os genitais;A regio posterior do abdome tambm deve ser examinada, principalmente quando se pretende avaliar rgos retroperitoneais como os rins.

  • EntrevistaHbito Alimentar: nmero de refeies dirias, tipos de alimentos ingeridos, preferncias e averses alimentares;intolerncia a alimentos;restries alimentares culturais ou orientadas por tratamento clnico;uso de suplementos alimentares;anorexia ou outras alteraes no apetite;ingesto habitual de lquidos ao dia.

  • Alteraes de Peso: peso habitual, peso que ganhou ou perdeu ultimamente.Sialorria ou Ptialismo: produo excessiva de saliva, freqncia e fatores desencadeantes.Soluo: incio e evoluo do sintoma, relao com a ingesto de alimentos.Disfagia: dificuldade deglutio, incio e evoluo do sintoma, consistncia dos alimentos que consegue deglutir, altura em relao projeo do esterno (alta, mdia ou baixa), dor associada deglutio (odinofagia), sensao de alvio aps a ingesto de gua e a regurgitao de alimentos.

  • Pirose: pesquisar se contnua ou intermitente, a sua relao com a ingesto de determinados alimentos, com refeies copiosas, alm da relao com o repouso ps-prandial.Nuseas: intensidade, freqncia, fatores desencadeantes (odores, ingesto de determinados alimentos).Vmitos: freqncia, quantidade, caractersticas (cor, odor, presena de alimentos no digeridos, precedido de nuseas ou em jato), fatores desencadeantes (dor, medicamentos, alimentos), presena de sangue vivo ou digerido (hematmese). Eructao: regurgitao de ar, a sua frequncia e os fatores desencadeantes.

  • Dispepsia: sensao de plenitude gstrica, indigesto, relao com a ingesto de determinados tipos ou quantidades de alimentos, o que proporciona alvio (medicamentos, repouso, atividade).Hbito Intestinal: freqncia e consistncia das evacuaes, alteraes na freqncia ou na consistncia das evacuaes, queixa de diarria ou obstipao, descrio da cor, odor, volume, presena de sangue, muco, alimentos no digeridos, dor associada ao ato de evacuar, sensao de puxo e tenesmo, perda involuntria das fezes, uso de medicamentos e distenso abdominal.Dor: contnua ou intermitente, superficial ou profunda, intensidade, caractersticas (aguda, em pontada, em clica ou em queimao), propagao para outras regies, sinais e sintomas associados.

  • Examinando o AbdomeA parede abdominal dividida em:Parede Abdominal AnteriorParede Abdominal PosteriorParedes Laterais Direita e Esquerda (Flancos e Regio Lombar)Seus Limites: Superior: Bordas CostaisInferior: linha que une a espinha ilaca ntero-superior snfise pbica e de Cada lado por uma linha vertical, passando pelas espinhas ilacas anteriores

  • As manobras ou tcnicas utilizadas no exame fsico so realizadas por meio da parede anterior do abdome.

    Na diviso topogrfica do abdome so utilizados dois mtodos: Diviso em quatro quadrantes; Diviso em nove regies.

  • Quadrantes Abdominais

  • Regies AbdominaisHD - Hipocndrio Direito HE - Hipocndrio Esquerdo LD - Lateral Direita (Flanco Direito)LE - Lateral Esquerda (Flanco Esquerdo) ID - Inguinal Direita (Fossa Ilaca Direita) IE - Inguinal Esquerda (Fossa Ilaca Esquerda)

  • Situao dos rgos Abdominais em Relao s Regies Hipocndrio Direito - Fgado, Vescula Biliar.Epigastro Estmago, Pncreas.Hipocndrio Esquerdo Bao. Flanco Direito - Rim direito.Mesogastro - Intestino Delgado.Flanco Esquerdo - Rim esquerdo.Fossa Ilaca Direita - Ceco e Apndice Vermiforme.Hipogastro - Bexiga urinria, tero e ovrio.Fossa Ilaca Esquerda - Projeo do Clon Sigmide.

  • Tcnicas de Exame do AbdomePara um exame sistematizado do abdome utilizam-se as tcnicas instrumentais, obedecendo a seqncia:Inspeo;Ausculta;Percusso;Palpao.

  • INSPEOA inspeo do abdome inclui a observao de sua superfcie quanto :Forma;Contorno;Simetria;Caracterstica da pele;Ocorrncia de movimentos visveis na parede.

  • Quanto ao Contorno:Plano: em pessoas com bom tnus muscular e peso regular;Arredondado: em pessoas com musculatura flcida ou excesso de gordura;Protuberante: em casos de obesidade, gestao, ascite ou distenso abdominal);Escavado: em indivduos magros.

  • Quanto a Forma do AbdomeAtentar para a presena de salincias ou de protuses localizadas;Estas, alm de alterar a simetria, podem sugerir:

    Massas;Herniaes;Visceromegalias.

  • Cicatriz UmbilicalLocalizada na linha mdia. invertida.Pode apresentar-se plana, evertida ou com sinais de inflamao ou hrnia.Condies como gestao, ascite ou alguma massa vizinha podem causar a protuso do umbigo.Neste caso, o exame pode ser favorecido com elevao da cabea e dos ombros do paciente em relao superfcie abdominal.

  • Pele da Parede Abdominal:Avaliar integridade e a presena de cicatrizes, manchas, trajetos venosos dilatados e estrias.Movimentos na Parede Abdominal:Devido ao peristaltismo, so observados em pessoas muito magras.Ondas peristlticas com maior freqncia e intensidade, podem indicar obstruo intestinal.Pulsaes da aorta tambm podem ser visveis em pessoas magras, na regio epigstrica.Pulsaes mais intensas podem ocorrer devido hipertenso arterial ou aneurisma da aorta.

  • AuscultaA ausculta deve preceder a percusso e a palpao.Deve-se iniciar qa ausculta abdominal pelo quadrante inferior direito, aplicando leve presso e identificando a presena e a qualidade dos rudos intestinais.Os rudos hidroareos devem ser descritos quanto freqncia e intensidade.A intensidade descrita, em geral, em termos de rudos hipoativos ou hirativos.

  • PercussoPercusso direta: realizada utilizando-se uma das mos ou os dedos, a fim de estimular diretamente a parede abdominal por meio de tapas.Percusso indireta: coloca-se a mo no dominante estendida sobre o abdome e, com o dedo mdio da mo dominante flexionado e usado como se fosse um martelo, percute- se um dedo da outra mo.

  • Inicia-se levemente a percusso no quadrante inferior direito, prosseguindo-se pelos demais quadrantes no sentido horrio, ate percorrer toda a rea abdominal.Os sons produzidos pela percusso so descritos como TIMPNICOS ou MACIOS, e a distribuio ou as mudanas nesses sons, observadas durante a percusso, determinam o tamanho, a posio dos rgos e o contedo intra-abdominal.

  • PalpaoA palpao abdominal realizada por meio da palpao superficial e profunda que auxiliam na determinao do tamanho, forma, posio e sensibilidade da maioria dos rgos abdominais alem da identificao de massas e acumulo de fluidos.Os quatro quadrantes devem ser palpados em sentido horrio, reservando- se para o final do exame aquelas reas previamente mencionadas como dolorosas ou sensveis. A palpao superficial iniciada mantendo-se os dedos de uma das mos estendidos, fechados entre sim, e com a palma da mo e o antebrao em plano horizontal.

  • Tal procedimento contribui para o relaxamento do paciente, para determinar as condies gerais da parede abdominal, identificando grosseiramente massas ou rgos superficiais, reas de sensibilidade dolorosa, alem de reconhecer a contratura muscular reflexa.

    Quando percebida a resistncia muscular, necessrio distinguir entre resistncia voluntria, chamada de defesa e a contratura muscular involuntria, caracterstica da resposta inflamatria do peritnio.

  • Deve-se realizar a palpao durante as expiraes do paciente.A palpao profunda usada para delimitar mais precisamente os rgos abdominais e detectar massas menos evidentes. Com o paciente respirando pela boca, a parede abdominal deprimida em profundidade a cada expirao, procurando-se perceber, com maior presso dos dedos, tamanho, forma, consistncia, localizao, sensibilidade, mobilidade e pulsaes de rgos ou massas.So considerados normais os achados de um abdome liso, de consistncia macia, no tenso, no doloroso e sem rgos aumentados ou massas.

  • Procedimentos EspeciaisNa avaliao da dor abdominal, sugestiva de irritao peritoneal, a pesquisa do sinal de descompresso brusca dolorosa de grande valor. Se, durante a palpao superficial e profunda, for detectada alguma rea de sensibilidade dolorosa, o teste deve ser feito.Evitando as reas mais dolorosas, aplica-se com os dedos uma compresso lenta e profunda no abdome para, ento, subitamente suspender a mo, soltando a parede abdominal.Compare a intensidade de dor sentida durante a compresso com aquela sentida na descompresso.

  • A descompresso brusca pode ser acompanhada de dor intensa e aguda, descrita como lancinante ou em facada, sendo devida ao rebote das estruturas internas contra um peritnio inflamado, causado por apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite, diverticulite ou leso peritoneal.A descompresso brusca dolorosa, quando ocorre no ponto de McBurney (ponto mdio entre a cicatriz umbilical e a crista ilaca direita), conhecida como Sinal de McBurney e indicativo de apendicite aguda. O Sinal de Rosving identificado pela palpao profunda e contnua do quadrante inferior esquerdo que produz dor intensa no quadrante inferior direito, mais especificamente, na fossa ilaca direita, sinal esse tambm sugestivo de apendicite aguda.

  • O Sinal de Murphy deve ser pesquisado quando a dor ou a sensibilidade no quadrante superior direito sugerem colecistite. Ao comprimir o ponto cstico, solicita-se ao paciente que inspire profundamente. A resposta de dor intensa no ponto pressionado e a interrupo sbita da inspirao caracterizam o sinal de Murphy, indicativo de colecistite aguda.O Sinal de Jobert encontrado quando a percusso da linha axilar mdia sobre a rea heptica produz sons timpnicos ao invs de macios, indicando ar livre na cavidade abdominal por perfurao de vscera oca.

  • Exame do Fgado e do BaoO exame do fgado e do bao requer procedimentos especiais de percusso e palpao para se detectar alteraes em seu tamanho, superfcie, consistncia e sensibilidade.O Fgado pode ser palpado por meio de duas tcnicas:1. Tcnica bimanual.2. Tcnica com as mo em gancho.

  • Palpao Bimanual do FgadoO examinador posicionado direita do paciente.A mo esquerda colocada sob o trax posterior direito e a mo direita sobre o abdome, logo abaixo do rebordo costal direito.A mo direita exerce compresso para dentro e para frente, enquanto a mo esquerda pressiona o trax posterior para cima.Solicita-se ao paciente que inspire profundamente, deslocando o fgado para baixo, tentando-se sentir sua borda.Um fgado normal ser indolor e dever ter uma borda fina, cortante ou romba, firme, macia e lisa.

  • Palpao do Fgado com as Mos em GanchoO examinador posicionado prximo ao trax superior direito do paciente, voltado na direo dos seus ps.Com os dedos das mos curvados, palpa-se o abdome, na linha do rebordo costal direito.Solicita-se ao paciente que inspire profundamente, ao mesmo tempo em que o profissional pressiona a parede abdominal para dentro e para cima.Se o fgado for palpvel, sua borda poder ser sentida pelas pontas dos dedos.

  • Palpao do BaoO bao normal raramente pode ser palpado.A tcnica bimanual empregada:1. O examinador posicionado direita do paciente, passando o brao esquerdo sobre o tronco do paciente, colocando a mo sob o trax posterior, apoiando-a sob o gradeado costal, projetando-o para cima.2. As pontas dos dedos estendidas da mo direita pressionam o abdome em direo ao bao, enquanto o paciente realiza uma inspirao profunda.3. Se o contorno do bao for sentido, esse achado indica que a vscera pode estar aumentada. Neste caso, no recomendado persistir na palpao, devido ao risco de ruptura do bao.