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História A- https://noseahistoria.files.wordpress. com/2015/01/aqui.pdf A abertura europeia ao mundo — mutações nos conhecimentos, nas sensibilidades e nos valores nos séculos XV e XVII Uma Nova Conjuntura Recuperação demográfica e mercantil; Ascensão burguesa; Desenvolvimento das práticas financeiras; Inovações técnicas e científicas; Renovação Cultural; Surge a imprensa e consequentemente a divulgação dos textos;

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Histria A- https://noseahistoria.files.wordpress.com/2015/01/aqui.pdf

A abertura europeia ao mundo mutaes nos conhecimentos, nassensibilidades e nos valores nos sculos XV e XVII

Uma Nova Conjuntura Recuperao demogrfica e mercantil; Ascenso burguesa; Desenvolvimento das prticas financeiras; Inovaes tcnicas e cientficas; Renovao Cultural; Surge a imprensa e consequentemente a divulgao dos textos; Ligam-se novos continentes por travessia martima;

Motivos da Expanso EuropeiaUltrapassar crise do Sc.XIV: Fazer face falta de mo-de-obra; Fazer face falta de cereais; Fazer face falta de metais preciosos; Os reis procuravam novas terras para expandir a f crist e novas tecnologias que pudessem utilizar para seu proveito; Acercar diretamente as riquezas orientais (que chegavam Europa por intermdio dos muulmanos);

Motivaes Sociedade PortuguesaClero: Alargamento da f crist;

Nobreza: Novos domnios territoriais; Novos cargos militares e administrativos;

Burguesia: Procura de novos produtos para comercializar e novos mercados;

Populares: Melhoria das condies de vida;

Condies da prioridade portuguesaCondies Geogrficas: Perto da costa de frica e dos territrios a descobrir; Longa costa martima; Bons portos martimos e fluviais;Condies Histricas: Forte atividade comercial; Tradio Piscatria;Condies Polticas: Clima de paz; Nova dinastia (governa com uma nobreza renovada);

Portugal contribuiu tambm para esta nova conjuntura, tendo nestes sculos os descobrimentos martimos proporcionado a Portugal um desenvolvimento dos saberes tcnicos e cientficos. As inovaes nas tcnicas nuticas e na representao cartogrfica da Terra, bem como pela observao e descrio da Natureza permitiram ento que Portugal contribusse para o alargamento do conhecimento do mundo. Exemplos: 1415-Ceuta 1434-Cabo Bojador 1498-ndia 1500-Brasil

Progressos e Avanos NuticosInstrumentos: Bssola (Navegao por rumo); Astrolbio (Navegao guiada pelos astros); Balestilha (Media altura dos astros);Progressos: Guias Nuticos/Roteiros; Leme no cadaste (Permitia mudar a direo mais rapidamente); Caravela embarcao ideal para explorao costeira; Cartas-Populanos onde se assinalavam portos e rotas de navegao obtidas por meio da bssola;

Com tudo isto, antes dos descobrimentos existia uma viso errnea do mundo onde vrios factos se apresentavam como desconhecidos existindo mesmo mitos acerca de monstros que vagueavam pelo mar prontos a atacarem as embarcaes que por l ousassem navegar.

Exemplos: Desconhecia-se a existncia da Amrica e da Ocenia; frica e sia eram representadas como grandes imperfeies; Pensava-se no haver passagem entre o Atlntico e o ndico;

Principais centros de difuso (Europa) Itlia: (Bero do renascimento); Roma: Contratao prestigiados artistas permitiu a monumentalidade da capital italiana; Florena: Principado dos Mdicis, zona de grande florescimento cultural e artstico; Veneza: Grande prosperidade econmica e poltica que se distinguia assim pela escola de pintura; Pases Baixos: (Pintura atingiu um elevado grau de aperfeioamento tcnico); Frana: (Elevados estudos que impulsionaram os humanistas o que favoreceu a aplicao de uma decorao clssica); Alemanha: (Importante polo de estudos matemticos, astronmicos e cartogrficos);

A Importncia de Lisboa e Sevilha Os Ibricos eram os grandes imprios coloniais dos incios da Idade Moderna: Descobertas martimas (Amrica); Interseco das principais rotas de comrcio; Desenvolvimento cientfico e tecnolgico; Aumento populacional e dinamismo portugus;

Lisboa: Maior metrpole comercial do mundo; Ponto de ligao das principais rotas comerciais; Dinamismo Demogrfico (Aumento Populacional, Escravos e Migraes); Trocas comerciais intensas;

Sevilha: Acesso ao ouro e prata americanos (Carreira das ndias); Instalao de grandes firmas comerciais estrangeiras; Dinamismo Demogrfico (Aumento Populacional, Escravos e Migraes); Trocas comerciais intensas; Ponto de ligao das principais rotas comerciais;

A Europa nos sculos XVII e XVIII sociedade, poder e dinmicasColoniais

Demografia(O Modelo Demogrfico Antigo)

Regime demogrfico do Antigo Regime: Crescimento lento e reversvel; Sujeito a crises demogrficas de carter cclico;

Trilogia Negra:Fomes/Pestes/Guerras

Este modelo est assim ligado com a economia pr-industrial: Agrria e Rural, sendo caraterizada por ser de subsistncia; Pouco produtiva, com atrasos tcnicos nos instrumentos e nos mtodos de cultivo; Sujeita s variaes climticas; Marcado por desequilbrios entre a oferta e a procura;

Caraterizava-se tambm por grandes flutuaes nos ndices de populao: Maior/Menor disponibilidade dos recursos humanos; Preo dos cereais; Alteraes Climticas; Epidemias; Condies de higiene e sade pblica;

Este Regime ficou assim caraterizado por: Elevada Taxas de Natalidade; Altas Taxas de Mortalidade; Mortalidade Infantil muito elevada; Esperana Mdia de vida baixa;

Sc.XVII- O Sculo Negro(Regresso Demogrfica) Elevada Taxa de Natalidade; Taxa Mortalidade elevada nos jovens; Esperana mdia de vida muito baixa; Fatores que contriburam: Crises de subsistncia; Pestes e Epidemias; Guerras;

Progresso Demogrfica e melhoria das condies da vida(1730-Novo Comportamento Demogrfico na Europa)

Fatores que contriburam: Melhorias climticas; Progressos tcnicos e econmicos; Desenvolvimento da medicina;

Nova Demografia Meados do Sc.XVII

O crescimento populacional deveu-se acentuada diminuio da mortalidade: Progressos industriais; Desenvolvimento dos transportes; Inovaes Agrcolas; Boas Colheitas;

A Europa dos estados absolutos e a Europa dos parlamentos A sociedade de ordens do antigo regime assentava no reconhecimento e aceitao do princpio da desigualdade natural dos sbditos perante o Estado e perante a comunidade; A sociedade estava dividida em ordens e classes, cada um com direitos e deveres especficos;

Sociedade de Ordens era assim: Estratificada; Posio social depende do nascimento; Condio social praticamente mantem-se inaltervel; Cdigo de atuao pblica; Cada ordem com deveres, leis etc.Estratificao Social: Nobreza; Funes de defesa da Nao; Privilgios e rendimentos: Isentos de impostos; Recebiam rendas e subsdios; Tratamentos e penas especficas; Podiam usar roupas prprias e tecidos finos; Hierarquia: Ascenso restrita mas podia ser alcanada pela compra de ttulos, por concesso do monarca ou por casamento;

Nobreza contudo dividia-se em cinco grupos: Nobreza de espada encarregue de tarefas militares; Nobreza de corte que vivia com o rei e dispunha de muitos privilgios; Nobreza de provncia ligada terra; Nobreza de sangue orgulhosa do seu sangue e ttulos honorficos; Nobreza de toga provinha da burguesia, uma classe mais baixa; Clero; Dedicavam-se ao culto de Deus e ao ensino; Privilgios e rendimentos: Recebiam rendas do rei; Isento de impostos e de prestar servio militar; Leis e tributos prprios; Direito cobrana da dzima e detinham propriedades; Hierarquia: Pertencia-se ao clero principalmente por votao, no entanto a maioria provinha por interesse uma vez que era uma ordem rica e privilegiada; Clero dividia-se em dois grupos: Alto Clero (Bispos e Cardeais-Viviam em Cidades); Baixo Clero (Padres e Procos-Viviam em aldeias com os pobres); Terceiro Estado; Ordem mais numerosa e que se dedicava aos trabalhos braais; A burguesia tambm pertencia ao povo mas trabalhava em atividades mais lucrativas; Privilgios e rendimentos: Ordem tributria por excelncia; S tinham obrigaes; A maioria vivia na misria; Trabalhavam em terras senhoriais em troca de pagamentos de renda e de dzima; Hierarquia: A nica diviso estabelecida era a da burguesia;A sociedade de ordens assente no privilgio e garantida pelo absolutismo rgio de direito divino

O regime dominante na Europa era a monarquia absoluta. A centralizao foi favorecida por um conjunto de fatores: Desejo da ascenso da burguesia enriquecida; Ressurgimento do mundo urbano e da economia mercantil burguesa e capitalista; Desenvolvimento cultural e renascimento de direito romano; Crescimento econmico e alargamento geogrfico de vrios pases; Estes fatores conjugam-se para valorizar a figura do rei junto das comunidades da poca; No mundo oriental as monarquias eram absolutistas pois os reis governavam sozinhos detendo todos os poderes (executivo, legislativo e judicial);

Equilbrio Europeu e a disputa das reas coloniais

A adoo da poltica econmica mercantilista trouxe tambm consequncias negativas para a Europa- acrscimo de tenso e rivalidade nas relaes entre os Estados; O mercantilismo mantm uma guerra de tarifas aduaneiras de concorrncia comercial e colonial; O comrcio de um pas deve superiorizar-se ao dos rivais, destinando-se as colnias a fornecer produtos complementares metrpole; Os pases com colnias comeam por constituir verdadeiros imprios coloniais de comrcio;

Hegemonia econmica Britnica: condies do sucesso e arranque industrial(O Surto Demogrfico) Em Inglaterra no Sc.XVIII deu-se um forte impulso demogrfico devido a:

Quebra da mortalidade; Aumento da taxa de natalidade; Acelerao do crescimento da populao com as modificaes econmicas e aumento da mo-de-obra; Progressos da alimentao da higiene da medicina;

O poderio e os sucessos do comrcio colonial(O dinamismo do mercado externo) Inglaterra tinha a maior frota mercante do mundo, sendo por isso apelidada de Rainha dos Mares; O comrcio colonial tinha um grande peso na expanso do comrcio internacional, tendo este sido uma grande caraterstica da vida econmica do Sc.XVII; A roda triangular, Europa, frica, Amricas, Europa era estruturada com o objetivo de obter acar, madeiras, plantas tintureiras, e metais preciosos; Os escravos africanos iam parar s Amricas, para trabalhar nas Minas e nas plantaes aucareiras. Os mercados orientais forneciam especiarias, sedas, chs e porcelanas; Inglaterra ocupava um lugar de destaque no comrcio colonial no Sc.XVIII; O grande comrcio internacional e o mercado externo estiveram intimamente ligados ao arranque da industrializao: Estimulando a aquisio de matrias-primas para abastecer na indstria; Possibilitando a produo em massa e a especializao; Acumulao de capitais; Organizando e regulando o comrcio e os mercado-capitalismo comercial; Estimulando a concentrao e a especializao das econmicas;

A civilizao industrial- Economia e Sociedade, Nacionalismos e Choques Imperialistas

A Expanso da Revoluo Industrial:

A expanso da Revoluo Industrial muitas vezes chamada de 2 Revoluo Industrial, esta desenrola-se na segunda metade do sc.XIX na Europa, EUA e Japo; Corresponde a um conjunto de transformaes rpidas na indstria como: Novas fontes de energia (Petrleo e Eletricidade); Novas mquinas (Motor de exploso e Lmpada); Novos setores industriais de ponta (Siderurgia e Qumica); Novos mtodos de trabalho e estandardizao da produo;

Inicia-se assim uma ligao entre as universidades e indstrias, as escolas formam os tcnicos que trabalham na investigao e nas fbricas; Fruto disto, as grandes empresas; investem na investigao para ultrapassarem a concorrncia com novos produtos ou novas mquinas que permitam aumentar ou melhorar a produo; Os laboratrios tornam-se fundamentais para o progresso, a investigao torna-se um trabalho de equipa onde cada avano coloca novos desafios, pelo que comea uma poca de sucessivos progressos ondes as grandes inovaes industriais afetaro toda a sociedade;

Novas formas de energia:

Indstria Siderrgica: (Torna-se a indstria de ponta da 2 Revoluo Industrial; Ao substitui o ferro); Indstria Qumica: (Novos medicamentos; Vulcanizao da borracha que origina a indstria de pneus); Indstria Petroqumica: (Desenvolve duas formas inovadoras de energia: Eletricidade e Petrleo);

O aceleramento dos transportes:

O desenvolvimento dos transportes, foi fundamental para o sucesso da revoluo industrial, era necessrio transportar pessoas, matrias-primas e produtos a velocidades e distncias cada vez maiores; Em 1830 surgiu o comboio, George Sthepenson inaugurou a linha Liverpool-Manchester, j em 1914 existiam um milho de KM de linhas construdas em todo o mundo; A inveno do comboio modificou a vida das pessoas, permitiu o crescimento citadino e possibilitou a circulao rpida dos produtos; Todo o desenvolvimento econmico do Sc.XIX tem por base a interligao que se estabeleceu entre cincia e tcnica, pois foi o desenvolvimento da investigao cientfica que permitiu os progressos tcnicos (novas invenes); A concorrncia obrigava as empresas a investir na investigao e na modernizao da produo, os novos produtos criavam novas necessidades que estimulavam novas investigaes e o objetivo era produzir a maior quantidade, no menor espao de tempo e o mais barato possvel;

Concentrao Industrial e Bancria: A partir do ltimo quartel do Sc. XIX podemos falar de um civilizao industrial, as pequenas oficinas cedem lugar s grandes empresas industriais; No mundo ocidental (EUA e Europa), a vida econmica dominada pela grande indstria, as grandes empresas dominam do ponto de vista econmico mas tambm condicionam as decises polticas; A necessidade de investir em investigaes, mquinas mais complexas, exigiam grandes investimentos e a construo de grandes espaos onde trabalhavam os milhares de operrios, as empresas ramificam-se e constroem sucursais em alguns casos noutros pases; Esta necessidade de investir avultados capitais levou ao desenvolvimento da sociedade por aes, onde o investimento se dividia por vrios acionistas; Esta concentrao empresarial aumenta assim na segunda metade do Sc.XIX devido: Necessidade de grandes investimentos; Grandes empresas resistem melhor s crises cclicas da economia; Grandes empresas tinham mais capacidade de financiar investigaes e desenvolver novos projetos; Grandes empresas vo absorvendo as mais pequenas e muitas vezes fundem-se entre si;Tipos de Concentrao Empresarial: Concentrao Vertical: A empresa controla vrias etapas da produo desde a matria-prima at comercializao do produto, este tipo de concentrao foi muito utilizado na indstria siderrgica; Concentrao Horizontal: Agrupamento de empresas de um mesmo ramo de produo, que lhes permite assim dominar a concorrncia; Cartel: Forma mais comum deste tipo de concentrao, as empresas no perdem a sua autonomia mas combinam os preos, a quantidade a produzir, a colocao do mercado de modo a aniquilar a concorrncia;

Em suma, devido ao crescimento gigantesco da indstria e das necessidades de investimentos, na segunda metade do Sc.XIX, surgiram vrias formas de criar monoplios de modo a garantir o domnio dos mercados e por conseguinte, melhores lucros (NOTA: Diviso entre os proprietrios (burguesia) e operrios (proletariado) verificava-se); O sistema bancrio foi tambm uma pea fundamental neste desenvolvimento econmico: Os bancos mais pequenos foram absorvidos pelos maiores; As grandes instituies bancrias dominam o mundo das finanas e abrem um grande nmero de sucursais, muitas delas em pases estrangeiros; Os bancos investem no desenvolvimento industrial fomentando o crdito, surgem bancos especializados nesse tipo de negcios (bancos negcio ou de investimento);

Racionalizao do Trabalho:

A necessidade de produzir com qualidade e ao mais baixo preo possvel, levou a que Frederick Taylor publicasse um livro, onde expunha os seus mtodos para racionalizar o trabalho, tendo esse mtodo ficado conhecido como Taylorismo; A produo era assim dividida numa srie de movimentos essenciais que cada operrio executa, o tempo para executar essa tarefa predefinido e articulado com os outros operrios constituindo uma cadeia de produo, todos os objetos produzidos eram iguais, a estandartizao;

Fordismo: Henry Ford, foi o primeiro a aplicar estas ideias, em 1913, o seu carro Ford, Modelo T, produzido numa linha de montagem, o produto que se desloca e no os operrios; Estes tinham assim de trabalhar ao ritmo imposto pelas mquinas e foram introduzidos sucessivos melhoramentos; O Modelo T foi o primeiro carro de massas, s existia na cor preta, o tempo de montagem do carro foi reduzido das 12horas para 1,5horas e o preo do carro diminui em um tero; De modo a compensar a dureza do trabalho operrio, os salrios foram elevados para o dobro do corrente na indstria; A empresa permitia que os operrios comprassem assim carros, proporcionando-lhes suaves prestaes como forma de pagamento, era esta uma das formas de recuperar parte do investimento no aumento dos salrios;

A Geografia da Industrializao Nos meados dos Sc.XIX a Inglaterra detm a hegemonia da industrializao, mostrando um claro avano sobre os restantes pases; Iniciou a revoluo industrial mais cedo do que os restantes pases e o desenvolvimento da sua economia tm por base os alicerces do liberalismo econmico: Defendiam a livre concorrncia; Lei da oferta e da procura; Combate o papel regulador do estado social;

Iniciou a revoluo industrial mais cedo do que os restantes pases e o desenvolvimento da sua economia tm por base os alicerces do liberalismo econmico:

Inglaterra Era a primeira a nvel mundial nos txteis e metalurgia; o pas com maior densidade de caminhos-de-ferro; Maior crescimento demogrfico e urbano; Utilizava, em larga escala a fora do vapor; Dominava o comrcio internacional; Sistema financeiro extremamente avanado;

Contudo na segunda metade do Sc.XIX, a Inglaterra comea a sentir dificuldades, a sua tecnologia que era a mais avanada comeava a ser ultrapassada; A Alemanha com uma industrializao mais recente, apresenta um parque industrial mais moderno e por conseguinte mais produtivo; Na viragem para o Sc.XX, a economia inglesa ultrapassada pelos EUA e terminavam assim 150 anos de supremacia econmica;

Afirmao de Novas Potncias: Europa: Frana/Alemanha/Blgica/Sua; Amrica: EUA; sia: Japo;

Frana Aps a Inglaterra, a Frana foi o segundo pas a iniciar a sua industrializao mas essa industrializao foi lenta; Os franceses tinham poucas minas de carvo e por isso tinha de importar em elevadas quantidades, o que acarretava largos custos financeiros; Outro problema residia no elevado nmero de pequenos agricultores que se mantiveram apegados ao seu modo de vida; S na primeira dcada do Sc.XX a Frana conhece um grande dinamismo, os setores mais evoludos foram a eletricidade, automvel, construo civil e cinema; Apesar deste surto, a Frana no conseguiu alcanar os pases mais evoludos;EUA As matrias-primas e recursos naturais eram abundantes, como carvo, petrleo, rios (produo de eletricidade) e minerais variados; O arranque industrial data de 1830 e inicia-se no setor txtil; O grande dinamismo provm da siderurgia, entre 1870 e 1890, dando-se nestes setores grandes concentraes empresariais e a United States Steel Corporation tornou-se a principal empresa mundial no setor da metalurgia; A indstria automvel com Henry Ford, conhece um significativo, adotaram uma poltica protecionista e beneficiaram de enorme crescimento demogrfico (mercado interno); No incio do Sc.XX, lideravam a economia mundial e eram os primeiros na produo de carvo, petrleo, ferro, ao, cobre, zinco, chumbo e alumnio; A destruio na Europa provocada pela 1 Guerra Mundial vai acentuar o domnio econmico americano;

Japo Iniciou a sua industrializao com a era Meiji, depois de muitos anos fechados ao Mundo, a partir de 1868, com o Imperador Mutsu-Hito abriram-se ao progresso; O Japo era um pas essencialmente agrcola e que rapidamente se industrializou; O dinamismo da industrializao foi promovido pelo Estado que financiou indstrias, concedeu monoplios e outros privilgios promovendo inclusive a entrada de capitais e tcnicos estrangeiros; Criou-se um esprito nacional de superioridade dos japoneses em relao aos outros povos e os setores de maior desenvolvimento foram a siderurgia, construo naval e as sedas;

A permanncia das formas de economia tradicional; A histria do Sc.XIX foi marcada pelo desenvolvimento industrial, o aumento da produo conseguiu acompanhar o crescimento populacional; Nestes sculos todos os setores da atividade econmica (agricultura, indstria, comrcio, sistema financeiro, comunicaes) sofreram profundas alteraes que provocam mudanas irreversveis no modo de vida das populaes; No entanto a par desta industrializao continua a existir um mundo atrasado, onde permaneciam as tcnicas e modos de produo antigos; Pases como Imprio Austro-Hngaro, Imprio Russo, a Europa do Sul (Portugal, Espanha, Itlia, Grcia) o tempo permanecia imvel, mantinham modos de produo medievais e conheceram um arranque industrial muito tardio; Existiam ainda regies, sobretudo em frica e na Amrica Latina que eram colnias e estavam dependentes das decises tomadas nas metrpoles; Na sia o Japo foi o nico pas a industrializar-se e nos prprios mais desenvolvidos coexistiam formas de produo tradicional, sobretudo na agricultura, com as formas de produo mais modernas; A industrializao desenrolou-se a ritmos muito diferentes consoante as regies;

A agudizao das diferenas No Sc.XIX, a maior parte dos pases permanece subdesenvolvida, com exceo da Europa, EUA e Japo; A baixa produtividade agrcola criava poucos lucros e por isso no existiam capitais para investir na indstria, impossibilitando o desenvolvimento dessas regies; As diferenas entre ricos e pobres aumentam;

A confiana nos mecanismos autorreguladores do mercado No Sc.XVI, XVII e XVIII, vrios pases adotaram medidas protecionistas, sobretudo com base nas ideias mercantilistas; Proteger a produo nacional da concorrncia estrangeira era a ideia central; O Estado intervinha na economia fomentando determinados setores, criando regras e tabelando preos; No entanto a revoluo industrial foi suportada por um sistema econmico livre-cambista; O livre-cambismo defendia a total liberdade de iniciativa privada, sem qualquer atuao por parte do Estado, porque segundo este modelo, atravs da lei da oferta e da procura e da livre concorrncia, o mercado autorregulava-se; Em suma e perante estas ideias o livre-cambismo, iria assegurar o desenvolvimento do mundo;

As debilidades do livre cambismo e crises cclicas do capitalismo

O livre-cambismo apresentava um problema intrnseco ao sistema, com uma periocidade de 6 a 10 anos existiam crises, estas crises eram de um novo tipo, no eram originadas por faltas de produtos mas pelo excesso de mercado, eram crises de superproduo; Resultavam da concorrncia e da necessidade de produzirem mais e barato; Na fase de crescimento econmico, a procura maior do que a oferta, fazendo com que os preos subam, a perspetiva de grandes lucros levam ao aumento de investimento e a especulao bolsista aumenta; Esta situao gera um aumento da produo que leva a que a oferta seja maior do que a procura, os produtos acumulam-se, os preos baixam, para se reduzir a produo os salrios baixam e recorre-se ao despedimento de trabalhadores; Muitas empresas no resistem e abrem falncia, arrastando consigo alguns Bancos (que tinham emprestado dinheiro), muitos investidores acabam por perder dinheiro na bolsa; Os despedimentos fazem diminuir o consumo que leva a que a produo diminua ainda mais; Estas crises iniciam-se num ou vrios pases e propagam-se rapidamente, verificam-se vrios perodos de recesso econmica que provocam o aumento da misria e agitao poltico-social; No final do Sc.XIX, muitos pases adotaram medidas protecionistas para proteger a sua economia da concorrncia estrangeira, tendo ficado patente aps a crise de 1929 (Crash Wall Street) a necessidade dos estados intervirem na vida econmica;

O mercado internacional e a diviso do trabalho

Durante o Sc.XIX e at 1Guerra Mundial o comrcio registou um crescimento acelerado; Devido ao aumento da produo agrcola e industrial, ao crescimento demogrfico e ao desenvolvimento dos transportes e das comunicaes; Este comrcio dominado pela Europa, no incio do Sc.XX detm do 2/3 do comrcio mundial, sendo Inglaterra, EUA, Frana e Alemanha responsveis por cerca de 50% do comrcio mundial; No Sc.XIX surgem zonas econmicas especializadas e a repartio mundial de trabalho, este surgir de novas zonas especializadas teve a ver com as potencialidades naturais e humanas de cada regio; A especializao de uma regio num determinado produto conseguia gerar muitos lucros que compensavam a necessidade de importar outros produtos; A revoluo industrial agudizou as diferenas na diviso internacional do trabalho, Inglaterra, EUA, Alemanha e Frana produziram cerca de 70% de toda a produo industrial mundial; Estes fornecem os pases mais atrasados da Europa e dos outros continentes com os produtos industrializados e adquirem a estes produtos agrcolas e matrias-primas; Este sistema de trocas favorecia assim os pases mais ricos, apesar de alguns pases em vias de desenvolvimento terem sido estimulados na procura de diminurem as suas dependncias econmicas, ao longo do Sc.XIX, estas diferenas entre pases ricos e pobres foram aumentando; O capitalismo industrial contribuiu para criar um mundo desigual, onde um grupo muito restrito de pases controla a economia mundial;

CRISES, EMBATES IDEOLGICOS E MUTAES CULTURAIS NA PRIMEIRA METADE DO SCULO XX

AS TRANSFORMAES DAS PRIMEIRAS DCADAS DO SCULO XX(A Europa Ants da gUERRA) No incio do sculo XX a Europa encontrava-se profundamente dividida, cheia de contrastes polticos e sociais: Na Europa Ocidental predominavam as democracias liberais apoio de uma burguesia poderosa; Na Europa Central e Oriental permaneciam os regimes autoritrios (Imprio Russo, Austro Hngaro, Alemo) burguesia e operariado descontente com a pouca participao na vida poltica.

Na Europa acumulavam-se tenses provocadas sobretudo pela rivalidade econmica: A Alemanha via a Inglaterra (principal potncia industrial) como a sua grande rival:

A Alemanha tem um enorme crescimento econmico e cria uma competio imperialista com a Inglaterra e Frana;

Objetivo dos trs pases: Posse de melhores mercados; Domnio de reas ricas em matrias-primas, sobretudo nas colnias de frica e da sia;

Para alm disso, existiam ainda outras fortssimas causas de antagonismo na Europa: disputas territoriais e as reivindicaes nacionalistas: A Frana continuava a exigir a devoluo da Alscia e da Lorena, ocupadas pela Alemanha; A Polnia, dividida entre a Rssia, a ustria e a Alemanha, pretendia tornar-se de novo um estado autnomo.

A Guerra Inevitvel

As rivalidades entre os estados europeus levaram formao de alianas polticas e militares:

Triple EntendeFranaRssiaInglaterraTrplice AlianaAlemanhaImprio Austro HngaroItlia

Em julho de 1914, na Bsnia, d-se o assassinato do arquiduque Francisco Fernando (prncipe herdeiro do trono Austraco) por um estudante nacionalista da Srvia. A ustria responsabilizou a Srvia pelo atentado e com o apoio da Alemanha declarou guerra Srvia:

Desencadeia-se todo o sistema de alianas, nomeadamente a Srvia Aliada da Rssia. E d-se uma guerra longa e sangrenta;

A Mundializao da Guerra

Numerosos pases foram aderindo aos dois blocos em confronto, tornando-se verdadeiramente uma guerra mundial e no apenas um conflito europeu; A entrada dos Estados Unidos na guerra desequilibrou a balana a favor dos Aliados. A Alemanha, por sua vez fora abandonada por todos os seus parceiros que foram pedindo a paz, sendo assinado o armistcio que ps fim Primeira Guerra Mundial; Nova geografia poltica:Desaparecimento dos imprios autocrticos;Novos estados nao na Europa; Reajustes territoriais;Extenso dos regimes republicanos e das democracias parlamentares;Nova ordem internacional:Humilhao dos vencidos;Insatisfao de alguns vencedores;Dificuldades na aplicao do princpio das nacionalidades;Isolacionismo dos Estados Unidos da Amrica;Ineficcia da Sociedade das Naes.Em consequncia da guerra:

O Tratado de Versalhes e o Novo Mapa Poltico

Terminada a guerra, os pases vencedores reuniram-se em Paris, na conferncia de paz. Ficou defendida a prtica de uma diplomacia transparente, a liberdade da navegao e de trocas, a reduo dos armamentos, o respeito para com as nacionalidades e a criao de uma liga de naes. A conferncia de paz preparou vrios tratados, tendo como mais importante o Tratado de Versalhes. Estes tratados impuseram aos pases vencidos condies humilhantes e definiram um novo mapa poltico mundial.

A Sociedade das Naes (SDN)

Na conferncia de paz, o presidente Wilson dos Estados Unidos da Amrica, props a constituio de uma sociedade das naes, na qual se associassem todos os pases interessados em preservar a paz e promover a cooperao econmica e cultural entre os Estados-Membros. A SDN fundou-se em 1919 e comeou por agrupar pases vencedores e alguns estados neutros. Foi criada pelos Tratados de Paz e mais parecia uma coligao de estados vencedores para impor a sua vontade na direo da vida internacional, do que uma organizao geral de estados consentida.

Objetivos da Sociedade das Naes: Promover a cooperao econmica, financeira, social e cultural entre as naes. Garantir a paz e a segurana e fazer reinar a justia; Manter relaes internacionais baseados na justia e na honra; Garantir a proteo das minorias nacionais; Apesar dos esforos feitos para defender a paz, a sua existncia foi incapaz de obter o entendimento internacional e de evitar novos conflitos. Ocorreram tambm vrios problemas a nvel de estruturas e funcionamento, como por exemplo: falta de especializao de competncias dos seus dois rgos mais importantes (Conselho Geral e Assembleia), assim como, a existncia de uma unanimidade como regra de deliberaes; Humilhados, os povos vencidos sempre rejeitaram os tratados em cuja elaborao no participaram. A Alemanha, particularmente, ficou de rastos com o diktac (coisa ditada, refere-se aos tratados impostos pelos mais fortes aos mais fracos) de Versalhes. Foram-lhe retiradas terras e colnias, sofreu uma elevada perda de populao, perdeu a mina de carvo para a Frana, as frotas de guerra e armamento, foi desmoralizada, sofreu a ocupao aliada (Romnia), e sobretudo a obrigao do pagamento dos prejuzos causados pela guerra que provocaram;

Quanto aos vencedores, nem todos se mostraram satisfeitos com os Tratados de Paz: A Itlia que se mostrou descontente por no ter conseguido os desejados territrios; Portugal que protestou e se indignou, perante o esquecimento por parte dos grandes, isto , pela falta de ajuda por parte dos pases mais fortes e vitoriosos;

A difcil recuperao econmica da Europa

A Primeira Guerra Mundial afetou de modo desigual as economias nacionais e as trocas internacionais e provocou o declnio da Europa, beneficiando ao invs,pases extraeuropeus. Entre estes, destacaram-se os Estados Unidos, que se elevaram categoria de primeira potncia mundial. Na Europa, determinados fatores contriburam de forma negativa para o processo de recuperao constituindo uma Europa em runas: Elevadssimas perdas humanas (milhes de mortos) que provocaram considerveis alteraes na demografia europeia; Envelhecimento da populao e excedente de populao feminina; Solos devastados; Casas, fbricas e minas destrudas; Vias de comunicao desorganizadas.

Para pagamento de dvidas contradas, parte do ouro europeu foi progressivamente transferido para os EUA, e a Europa passou em relao aos Estados Unidos, de credora a devedora. A Europa necessitou continuamente de comprar bens e servios americanos e viu o seu endividamento a agravar-se; Como a procura de bens excedia a oferta, tornou-se a prtica o racionamento dos bens essenciais. Em consequncia, os preos galoparam e tornaram-se incomportveis para as classes mdias de rendimentos fixos, cujos aumentos nos salrios no acompanhavam a inflao. Para aliviar as dificuldades, os governos limitavam-se a aumentar a massa monetria em circulao sem ser acompanhada pelo desenvolvimento do processo produtivo. Assim, a moeda circulante no tinha correspondncia na riqueza dos estados e rapidamente perdia o seu valor, agravando ainda mais a inflao; A situao da Europa tornava-se ainda mais complicada pela crescente dependncia dos emprstimos e fornecimentos materiais estrangeiros. A contrao de novos emprstimos era o recurso inevitvel dos governos. O agravamento da inflao era a consequncia imediata;

No entanto graas s polticas de estabilizao monetria e de controlo dos dfices oramentais e da inflao a que se juntaram tempos de alguma estabilidade social e poltica, a Europa pareceu iniciar um perodo de prosperidade conhecido por felizes anos 20 que todavia, foram de curta durao;

A dependncia em relao aos Estados Unidos

O crescimento da produo americana no ps-guerra, deveu-se a dois fatores principais: um grande aumento da procura e a adoo de um novo sistema de organizao do trabalho:

Os Estados Unidos da Amrica reuniram fatores positivos, como: O abastecimento da Europa durante a guerra (matrias-primas, bens de consumo, concesso de emprstimos); A entrada na guerra tardiamente e sem sentirem o seu efeito devastador no seu prprio territrio; O desenvolvimento industrial, comercial e financeiro apoiado num capitalismo liberal liberdade individual: livre concorrncia (liberalizao dos preos e salrios) Fordismo.

Prosperidade americana felizes anos 20 Detinha cerca de metade do stock mundial do ouro; Instituiu o Capitalismo Liberal que se apoiava: Taylorismo diviso do trabalho em tarefas simples e rpidas executadas repentinamente pelos mesmos operrios, trabalhando em cadeia; Estandardizao- produo em srie dos mesmos modelos e de preos uniformizados; Prmios de produo e subida de salrios contribuam para que se produzisse mais; Incentivou-se a produo em massa que faz baixar os preos;

Declnio da Europa:Elevadas perdas demogrficas;Baixa de produo;Balana comercial deficitria;Endividamento;Inflao;Busca de estabilidade monetria.Ascenso dos Estados Unidos da Amrica:Perdas demogrficas mnimas;Ausncia de destruio;Credores da Europa;Progressos do Taylorismo e concentrao de empresas;Elevados emprstimos Europa;EM SNTESE:

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Era da Prosperidade Dependncia da Europa em relao aos Estados Unidos da Amrica

A Implantao do Marxismo-Leninismo na Rssia(A construo do modelo sovitico) Nos incios do Sc.XX, o atraso econmico, social e poltico do Imprio Russo em relao aos pases industrializados do Ocidente era notrio, esta situao, agravada pela participao da Rssia na 1Grande Guerra, desencadeou a Revoluo Socialista de 1917; Fevereiro de 1917 Revoluo que tornou a Rssia o primeiro pas socialista do mundo; Lenine Responsvel pela implementao das ideias marxistas Originando assim o Marxismo-Leninismo: Caraterizou-se essencialmente por: Identificao do estado com o partido comunista, considerado a vanguarda do proletariado; Recurso fora e violncia na concretizao da ditadura do proletariado; Papel do proletariado, rural e urbano, na conquista do poder, pela via revolucionria e jamais pela evoluo poltica; Kerensky acabou por fazer com Nicolau II abdicasse, Kerensky ligado aos mencheviques acabou por implementar um governo republicano, a burguesia e vrios setores apoiaram o novo governo que iniciou uma srie de reformas; Contudo a guerra contra a Alemanha continuava, a crise criada pela guerra e a variada composio do governo revolucionrio no permitiam que os grandes problemas econmicos que afetavam a populao russa fossem resolvidos; Kerensky e o seu governo so derrubados no dia 25 de Outubro pelos bolcheviques que integraram os sovietes em massa, este plano orquestrado por Lenine acaba por resultar e d-se assim a vitria da revoluo russa e instala-se o primeiro estado socialista no mundo; Este novo governo presidido por Lenine adotou uma srie de reformas radicais, baseadas no marxismo e executadas por meio das ditaduras dos sovietes, os objetivos dos comunistas no eram apenas derrubar o governo provisirio: Procuravam criar uma nova sociedade, baseada no socialismo; Nacionalizar as terras que eram da propriedade da nobreza e da igreja e ceder aos camponeses o direito exclusivo de sua explorao; O controlo das fbricas transferido aos operrios, os estabelecimentos industriais so expropriados pelo governo e os bancos nacionalizados; A propriedade privada dos meios de produo foi abolida;

Consequncias da Revoluo Russa Ao tomarem o poder, os bolcheviques fizeram inmeras reformas, no entanto o sistema adotado pela revoluo no apresentou bons resultados, pois a fome e a misria persistiam e tendiam mesmo a aumentar atormentando assim a populao russa; Fruto desta misria, internamente os contrarrevolucionrios continuam tentando retornar ao poder, auxiliados pelas potncias estrangeiras, principalmente europeias que tentavam destabilizar o regime sovitico, considerando-o uma ameaa para a sociedade capitalista; A ameaa ento da vitria dos revolucionrios, fez com que o governo tomasse medidas para reduzir a fome e modernizar o pas, a indstria recebe assim estmulos para aumentar a produo, com a adoo de mtodos de racionalizao de trabalho, so contratados tambm tcnicos estrangeiros para auxiliar a recuperao a nvel industrial; Contudo a m vontade da antiga camada dominante, os camponeses que demonstravam resistncia em entregar a sua produo ao governo, os trabalhadores e soldados desanimados devido s dificuldades com os problemas de produo e abastecimento, os operrios que se insurgiram contra o governo e outras rebelies internas, fizeram com que Lenine em 1921, com a Revoluo consolidada institusse a NEP (Nova Poltica Econmica); O objetivo passava por planear a economia e a sociedade, permitido assim a criao de empresas privadas, a liberdade salarial e a de comrcio exterior so retomadas sob a superviso do Estado; Em 1924 criada a Unio das Repblicas Socialistas Soviticas (URRS) com a adoo da nova constituio, a criao desta unio a frmula encontrada pelos bolcheviques para conseguirem manter unidas as nacionalidades, etnias e territrios que poucos tm em comum;

A Guerra Civil A transio governo czarista para o socialista no decorreu de forma pacfica, originou-se uma guerra civil entre os bolcheviques (vermelhos) e os brancos (antigos monarquistas e outros setores que haviam sido derrotados na Revoluo de Outubro); Os kulaks, mdios proprietrios foram acusados de trair a revoluo, o governo central de Moscovo enviou assim brigadas de operrios para apoiar o movimento campons contra os kulaks, a execuo dos kulaks e a morte de militantes russos brancos caraterizaram a guerra civil; As potncias vencedoras da 1Guerra Mundial, alarmadas pelas medidas tomadas pelo governo sovitico, acabaram por prestar auxlio ao exrcito branco, foras inglesas, japonesas e inglesas ajudaram assim os contrarrevolucionrios; Apesar deste auxlio estrangeiro, o governo de Lenine conseguiu triunfar sobre os seus inimigos internos e consolidou a Revoluo comunista no antigo imprio dos czares, politicamente o novo regime proclamou a nova ordem social na Constituio de 1918 onde consta uma declarao acerca dos direitos do povo explorado e trabalhador; Com esta vitria do Exrcito Vermelho e de Lenine, os pases capitalistas isolaram a URSS tentando impedir a expanso do comunismo pelo mundo evitando a rpida propagao deste; Na conjuntura de guerra, o poder revolucionrio (liderado por Trotsky) institudo implanta uma poltica de feroz ditadura, o comunismo de guerra, todavia o pas estava arruinado, a fome e a misria assolavam a populao e era urgente tomar medidas de salvao nacional;

Nova Poltica Econmica (NEP) A construo da sociedade socialista exigia, segundo Lenine um recuo ttico, foi ento adotada a Nova Poltica Econmica (NEP); Motivos para a criao: Economia do pas na runa; Perda de metade da produo dos cereais; Trs milhes de mortos devido fome; Produo industrial diminui ; Os caminhos-de-ferro paralisaram; As minas de hulha estavam inutilizadas; Medidas da NEP: Interveno da coletivizao agrria; Liberdade de comrcio interno; Desnacionalizao das empresas; Investimento estrangeiro; Foi estabelecida a liberdade de comrcio e autorizada a existncia de pequenas unidades de produo agrcola e industrial; A NEP permitiu travar a deteriorao econmica da situao econmica, em 1927 a produo ultrapassou os ndices anteriores ao comeo da guerra;