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Exames Contrastados
Introdução Aos Meios De ContrasteOs meios de contrate permitem a obtenção de imagem dos órgãos e das estruturas vizinhas que possuem densidade similar; pois eles são constituídos de elementos químicos de elevado numero atômico, como o bário e o iodo que apresentam poder de absorção aos raios-x.
Capacidade de Absorver Radiação:1. Positivos ou radiopacos: Quando presentes em um órgão absorvem mais radiação que as estruturas vizinhas.2. Negativos ou radio transparentes: É o caso de ar e dos gases que permitem a passagem dos RX mais facilmente servindo assim como contraste negativo. (ex: radiografias de duplo contraste, ar e bário).Os meios de contrastes positivos tem peso atômico elevado determinando alta absorção dos raios-x. Estes meios de contrastes são basicamente de dois grupos: Iodados e BaritadosOs meios de contraste negativos tem baixo peso atômico, com mínima absorção dos raios-x e são representados por elementos gasosos como ar atmosférico e gás carbônico. São úteis em certas circunstâncias e hoje de uso bem menos comum.
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Quanto a solubilidade existem 3 tipos:
• Hidrossolúveis: dissolve-se em água.
• Lipossolúveis: dissolve-se em lipídios
(gordura).
• Insolúveis: não se dissolvem.
Ex: sulfato de bário.
Vias de Administração1.Oral: Quando o meio de contraste é ingerido pela boca.EX: Sulfato de Bário para o Esôfago (Esofagograma).
2. Parenteral ou EV: Quando o meio de contraste é ministrado por vias endovenosas ou artérias.EX: Urografia excretora e arteriografias.
3. Intratecal: É aplicado dentro do canal medular por baixo da DURAMATER. É usado para punções lombar.EX: Mielografia
4. Endocavitário: Quando o meio de contraste é ministrado por orifícios naturais que se comunicam com o meio externo. (ex: uretra, reto, útero, etc.).EX: Histerossalpingografia, Clister opaco.
5. Intracavitário: Quando o meio de contraste é ministrado via parede da cavidade em questão. (ex: fístula). EX: Colangiografia pelo dreno, Fístulografia.
CONTRASTES BARITADOS (BaSO4)• Os meios de contraste baritados contem em sua estrutura o
elemento químico Bário. O Sulfato de Bário é a forma química mais usada como meio de contraste e pode ser encontrado em forma de pó ou suspensão coloidal pronta para o uso. O Sulfato de bário é administrado por via oral ou retal e usado para estudo radiológico do tubo digestivo.
• Exame em duplo contraste são aqueles em que se usa um meio de contraste positivo junto com um meio de contraste negativo. Como exemplo temos:
1. Exame em duplo contraste do estomago e duodeno onde se utiliza um meio de contraste positivo (sulfato de bário) e um meio de contraste negativo (gás carbônico).
2. Exame em duplo contraste de uso comum o “Clister Opaco”, onde se utiliza um meio de contraste positivo (sulfato de bário) e um meio de contraste negativo (ar atmosférico).
Embalagem do meios de contraste Sulfato de Bário (BaSO₄)
Contra indicação ao Sulfato de Bário - BaSO₄
• Por ser um composto insolúvel, o sulfato de bário é contra indicado se houver qualquer chance de que possa escapar para a cavidade peritoneal. Isso pode ocorrer através de vísceras perfuradas, ou no ato cirúrgico se este suceder o procedimento radiológico.
• Em qualquer dos dois casos, deve ser usado então contraste iodado hidrossolúvel ,que podem ser facilmente removidos por aspiração antes da cirurgia ou durante esta; por outro lado, se essas substâncias passarem para a cavidade peritoneal, o organismo pode absorvê-la facilmente.
• Quanto ao sulfato de bário não será absorvido e deverá ser removido pelo cirurgião, de qualquer lugar em que seja encontrado fora do canal alimentar.
• Embora seja RARO, já foi descrito pacientes hipersensíveis ao sulfato de bário, por isso todo paciente deve ser observado quanto a quaisquer sinais de reação alérgica.
Caso Celobar• Pesquisa para próxima aula valendo 1.0 ponto Fonte: http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2767u6.jhtm
Meios de Contraste Iodados• A estrutura básica dos meios de contraste iodados é
formada por um anel benzênico, ao qual foram agregados átomos de iodo e agrupamentos complementares, onde estão ácidos e substitutos orgânicos, que influenciam diretamente na sua toxicidade e excreção.
Anel de Benzeno
Estrutura Básica dos Meios de Contraste
Iodados
MONÔMERO DÍMERO
COOH COOH
I
I
II I
I
R1R1
R2R2
R3
I
I I
1 anel de benzeno3 ÁTOMOS DE IODO
2 anéis de benzeno6 ÁTOMOS DE IODO
Frasco de M.C Iodado
Hidrossolúvel X Lipossolúvel
• Os meios de contraste hidrossolúveis são solúveis em água e correspondem a quase totalidade dos meios de contraste em uso hoje. Estes são os meios de contraste possíveis de administração vascular, venosa ou arterial e quase sempre eliminados pelos rins.
• Os meios de contraste lipossolúveis são compostos oleosos solúveis em gorduras e de difícil eliminação. Não podem ser administrados por via vascular venosa ou arterial, muito pouco utilizados hoje, estando em completo desuso.
Iônico X Não Iônico• O grupo ácido (H+):
• MC iônico: substituído por um cátion (Na+ ou meglumina).
• MC não-iônico : substituí por aminas portadoras de grupos hidroxila (R = radical orgânico).
UMA SOLUÇÃO PODE TER NATUREZA IÔNICA OU NÃO-
IÔNICA CONFORME SUA ESTRUTURA QUÍMICA,MAS
TODAS APRESENTAM ALGUMAS PROPRIEDADES QUE
ESTÃO RELACIONADAS À CONCENTRAÇÃO DO SOLUTO
Meios de contraste iônicos
MONÔMEROS• Em solução, dissociam-se em 2 partículas = 1 ânion
radiopaco e 1 cátion (sódio ou meglumina) • Não radiopaco em solução, 3 átomos de iodo para 2
partículas = maior osmolalidade • Entre todos os meios são isotônicos ou seja mesma
osmolalidade dos fluídos corpóreos a 70mg de iodo/mL .
DÍMEROS• Em solução, dissociam-se em 2partículas = 1 ânion
radiopaco (ioxaglato) e 1 cátion (sódio ou meglumina) 6 átomos de iodo para 2 partículas são isotônicos.
Meios de contraste não-iônicos
MONÔMEROS• Não se dissociam em solução. • Fornecem 3 átomos de iodo para 1 partícula • São isotônicos 150mg de iodo/ml
DÍMEROS• Não se dissociam em solução • Fornecem 6 átomos de iodo para 1 partícula =
menor osmolalidade.• São isotônicos a 300mg de iodo/mL • Maior peso molecular = grande viscosidade.
1.Densidade/ concentração g/ml
• Número de átomos de iodo por mililitro de solução.
2. VISCOSIDADE• “força” necessária para injetar a substância através
de um cateter• aumenta com a concentração da solução e com o
peso molecular• NI diméricos tem maior viscosidade que
NI monoméricos• Viscosidade é menor quanto maior a temperatura
3. OSMOLALIDADE• É a concentração molecular das partículas osmoticamente
ativas de uma solução por quilo de água (mOsm/kg).
• Número de partículas de uma solução por unidade de volume mosm/kg de água.
• Representa o poder osmótico que a solução exerce sobre as moléculas de água.
• Influências: peso molecular, concentração, efeitos de associação/dissociação e hidratação da substância química.
3. OSMOLALIDADE• A osmolalidade é dada por meio de valores em milimoles por Kg de água,
equivalente a uma solução de NaCl ( Cloreto de Sódio- Sal de cozinha) a 0,85%.
Hipertônicos: maior que 300 milismoles;Isôtonicos: igual a 300 milismoles;HipoTônicos: menor que 300 milismoles.• Maior osmolalidade = maior vasodilatação • Quanto maior a densidade, a gravidade e a viscosidade, mais dificuldade terá
a solução para se misturar ao plasma e aos fluídos corporais
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Osmose é o processo através da qual um liquido atravessa a membrana semipermeável. A passagem do liquido através da membrana semipermeável ocorre no sentido da solução de menor concentração para a solução de maior concentração.
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Sangue Monômeros Iônicos
Dímeros Iônicos
Dímeros Não Iônicos
0
200
400
600
800
1000
1200
Osmolalidade nº de particulas por kg de massa.
Representadopor mosmol/kg de agua
Series1
• Osmolalidade, viscosidade, hidrofilicidade e solubilidade não podem ser optimizadas simultaneamente.
• Apenas 2 parâmetros podem ser mudados ao mesmo tempo.
• Osmolalidade = carac. principal a ser optimizada para ajustar a do sangue
• Viscosidade = outro parâmetro que pode ser ajustados junto com a osmolalidade
• Se aumentar a hidrofilicidade, aumenta também a viscosidade e osmolalidade
Freqüência de Reações Adversas
iônico X não-iônicos / baixo risco X risco
elevado
Principais sintomas clínicos - Reações
Adversas
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Indicações para uso de MC
INTRAVASCULAR
31
Indicações para uso de MC
INTRATECAL – somente não-iônicos
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Outras indicações para o uso de
MC.
REAÇÕES ADVERSAS E RISCOAspectos considerados antes da utilização de MC1. Consultar e esclarecer o paciente evitando
ansiedade2. Avaliar história e condição clínica, avaliar o
uso do MC e considerar outras alternativas diagnósticas
3. Checar fatores de risco, medicações em uso, agentes nefrotóxicos, anti-hiperglicemiantes orais,...
FATORES DE RISCO – REAÇÕES ADVERSAS
• Hipersensibilidade ao agente de contraste
• Alergia• Hipertireoidismo• Desidratação• Insuficiência cardiovascular severa• Insuficiência pulmonar de alto grau e
asma
• Insuficiência renal• Nefropatia – Diabetes mellittus (metformina)• Paraproteína elevada• Doença autoimune• Idade avançada• Ansiedade (medo)
Atitudes que diminuem os riscos da reações adversas• Aquecer a 37° C (facilita a excreção)• Temperatura = viscosidade = facilidade
administração exije menos força para se injetar o meio de contraste.
• Reações fisicoquimiotóxicas estão diretamente relacionadas a dose.
• A dose em adultos deve ser de 2 a 3 ml para cada 1 Kg do paciente (padrão adulto 70 kg).
• A dose em crianças (acima de 20 kg) deve ser de 1 a 2 ml para 2Kg da criança.
REAÇÕES FISICOQUIMIOTÓXICAS
• Sensação de calor• Dor vascular• Lesão endotelial• Alteração da hemácia• Redução da função renal• Arritmia• Convulsão e paralisia• Alteração da coagulação
REAÇÕES IDIOSSINCRÁTICAS• Reação severa ou fatal• Hipotensão grave• Perda da consciência• Convulsão• Edema pulmonar• Urticária• Edema laríngeo• Broncoespasmo• Parada cardíaca
Anamenese• É o conjunto de perguntas direcionadas para saber se o
paciente tem alergias, doenças, toma medicações que em interação com os meios de contraste causarão reações adversas. Alguns Exemplos de perguntas:
1. Você é alérgico a alguma coisa?
2. Você já tem asma ou urticária?
3. Você é alérgico a algum remédio?
4. Você é alérgico ao iodo?
5. Você é alérgico a algum tipo de comida?
6. Você está tomando Glucofage¹ no momento?
7. Você já realizou exames radiológicos que precisaram de injeção
intravenosa ou intra-arterial?
¹Glucofage é formado por cloridato de METIFORMINA.
Uma resposta positiva a qualquer dessas perguntas alerta à equipe para um aumento na probabilidade de reações.