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GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado Núcleo Regional de Londrina ______________________________________________________________________________________________ Rua Capitão Pedro Rufino, nº 605, Jardim Europa, CEP 86015-700 – Fone/fax (43) 3372-9200 – Londrina-PR EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE LONDRINA – PARANÁ O MINISTÉRIO PÚBLICO, por seus agentes adiante firmados, no exercício de suas atribuições perante o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com base no incluso inquérito policial nº 2013.3476-9, oferecer DENÚNCIA contra: CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, brasileiro, natural de Maringá – Paraná, com 54 (cinquenta e quatro) anos de idade (nascido em 31 de março de 1959), portador da cédula de identidade RG nº 1.649.580-8 SSP/PR, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF sob nº 387.973.649-91, filho de Plinio Machado de Oliveira e Augusta Amelia Campos de Oliveira, empresário, casado, residente à Rua Sol Poente, nº 124, Jd. Imperial, com endereço comercial na Avenida Colombo quase esquina com Avenida Pedro Taques, ambos na cidade de Maringá - Paraná, atualmente recolhido preso na PEL 2 – Penitenciária Estadual de Londrina; EMERSON ARANTES BARISON, brasileiro, natural de Maringá - Paraná, com 42 (quarenta e dois) anos de idade (nascido em 13 de maio de 1970), portador da cédula de identidade RG nº

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE LONDRINA – PARANÁ O MINISTÉRIO PÚBLICO, por seus agentes adiante firmados, no exercício de suas atribuições perante o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com base no incluso inquérito policial nº 2013.3476-9, oferecer DENÚNCIA contra: CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, brasileiro, natural de Maringá – Paraná, com 54 (cinquenta e quatro) anos de idade (nascido em 31 de março de 1959), portador da cédula de identidade RG nº 1.649.580-8 SSP/PR, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF sob nº 387.973.649-91, filho de Plinio Machado de Oliveira e Augusta Amelia Campos de Oliveira, empresário, casado, residente à Rua Sol Poente, nº 124, Jd. Imperial, com endereço comercial na Avenida Colombo quase esquina com Avenida Pedro Taques, ambos na cidade de Maringá - Paraná, atualmente recolhido preso na PEL 2 – Penitenciária Estadual de Londrina; EMERSON ARANTES BARISON, brasileiro, natural de Maringá - Paraná, com 42 (quarenta e dois) anos de idade (nascido em 13 de maio de 1970), portador da cédula de identidade RG nº

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4.345.414-5 SSP/PR, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF sob nº 832.898.289-72, filho de Pedro Bertanha Barison e Maria Celina Arantes Barison, gerente financeiro, casado, residente à Rua Vasco da Gama, nº 208, Jd. Novo Horizonte, na cidade de Maringá - Paraná, atualmente recolhido preso na PEL 2 – Penitenciária Estadual de Londrina; GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, brasileiro, natural de Maringá – Paraná, com 33 (trinta e três) anos de idade (nascido em 23 de setembro de 1979), portador da cédula de identidade RG nº 7.399.673-2 SSP/PR, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF sob nº 005.789.649-61, filho de Umberto Bertolini Neto e Sirlei Fatima Jacometo Bertolini, administrador de empresa, casado, residente à Rua Paulo Jacometto, s/nº, Bairro Shanandua, na cidade de Marialva - Paraná, atualmente recolhido preso na PEL 2 – Penitenciária Estadual de Londrina; ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, brasileiro, natural de Curitiba – Paraná, com 53 (cinquenta e três) anos de idade (nascido em 07 de setembro de 1959), portador da cédula de identidade RG nº 1.640.158-7/SSP-PR, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF sob nº 349.049.059-20, filho de Shiguero Maeoka e Takako Maeoka, auxiliar administrativo, casado, residente à Rua José M da Silva Paranhos, nº 497, Jardim Residente (fone: 43-3327-2871), nesta cidade de Londrina - Paraná, atualmente recolhido preso na PEL 2 – Penitenciária Estadual de Londrina; MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, brasileiro, natural de Maringá - Paraná, com 23 (vinte e três) anos de idade (nascido em 22 de agosto de 1989), portador da cédula de identidade RG nº 9.599.002-9/SSP-PR, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF sob nº 010.568.109-12, filho de Benvenuto Domingues e Irene Negretti Garcia Domingues, auxiliar administrativo, solteiro, residente à Rua Amércio Brasiliense, nº 973, com endereço comercial à Avenida Colombo, nº 4.389, ambos na cidade de Maringá – Paraná, atualmente recolhido preso na CCL – Casa de Custódia de Londrina; MARIA GISELA CAMPOS SISTE, brasileira, natural de Lapa – São Paulo, com 50 (cinquenta) anos de idade (nascida em 25 de junho de 1962), portadora da cédula de identidade RG nº 3.216.197-9/SSP-PR, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF sob nº 482.048.389-72, filha de José Ferreira Campos e Apparecida de Oliveira Campos, auxiliar administrativa, casada, residente à Rua Carlos Chagas, nº 782, Zona 5, com endereço comercial à Avenida Colombo, nº 4.389, ambos

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na cidade de Maringá – Paraná, atualmente recolhida presa no 3º Distrito Policial de Londrina; ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA, brasileira, natural de Nova Cantu - Paraná, com 31 (trinta e um) anos de idade (nascida em 23 de maio de 1981), portadora da cédula de identidade RG nº 7.670.954-8/SSP-PR, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF sob nº 031.375.989-82, filha de Adélio Voronhuk e Lourdes Bonotto Voronhuk, gerente financeira, casada, cumprindo prisão domiciliar em sua residência localizada à Rua Emilia Kazumi Onaka Sakamoto, nº 92b, Bairro Jd. Atami (fones: 44-3225-9866, 44-9106-0049 e 44-9117-5468), na cidade de Maringá – Paraná e contra; HELIO PICONI FERNANDES, brasileiro, natural de São Jerônimo da Serra – Paraná, com 53 (cinquenta e três) anos de idade (nascido em 22 de agosto de 1959), portador da cédula de identidade RG nº 2.043.537-2 SSP/PR, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF sob nº 362.151.719-72, filho de Jaime Fernandes Guerreiro e Luzia Piconi Guerreiro, gerente de vendas, casado, residente à Rua José Daniel Kiellander, nº 0, Conj. Leão Ju, Pq. Presidente Vargas, na cidade de Londrina – Paraná; pela prática dos seguintes atos delituosos:

Fato 1 (formação de quadrilha) Em data exata ainda imprecisa, porém certamente a partir do mês de abril de 2012, neste Município e Comarca, os ora denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, conscientes da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, associaram-se em quadrilha, entre si e provavelmente com outros indivíduos ainda não identificados, com caráter de estabilidade e permanência, para o fim de cometerem crimes diversos contra o patrimônio, especialmente estelionatos, falsidades e crimes contra as relações de consumo.

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A associação dos denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, visava estabelecer, e de fato estabelecia, organização criminosa que tinha como objetivo principal a aplicação de golpes, tanto em proprietários de grandes terrenos localizados em áreas nobres desta cidade, sob a alegação da construção de novos empreendimentos imobiliários, quanto em pessoas interessadas na aquisição de unidades imobiliárias das futuras edificações comercializadas, induzindo-as em erro através de meios fraudulentos, com o objetivo de arrecadar vantagens ilícitas e de provocar prejuízo às respectivas vítimas. Os denunciados, para tanto, estabeleceram elaborada sistemática para o cometimento de crimes, objetivando a aplicação de golpes, sempre no intuito de obtenção de vantagem ilícita. Assim, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES constituíram engenhoso esquema criminoso que consistia em, primeiramente, identificar proprietários de grandes terrenos localizados em áreas nobres nesta cidade e, em seguida, adquirir referidos imóveis através da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, especialmente constituída para tal finalidade, oferecendo, como forma de pagamento, algumas das unidades que nos respectivos terrenos seriam edificados, bem como cheques que ao serem apresentados para compensação eram devolvidos sem a devida provisão de fundos. Em seguida, fazendo-se passar por legítimos proprietários dos terrenos fraudulentamente adquiridos, os denunciados começaram a comercializar as unidades imobiliárias de forma frenética, aceitando e recebendo como forma de pagamento, além de dinheiro, diversos outros bens (tais como automóveis, imóveis, safras, etc.) daquelas pessoas interessadas em adquirir imóveis em tais empreendimentos imobiliários, bens esses que eram rapidamente vendidos por preços abaixo daqueles praticados no mercado, o que demonstra a nítida intenção dos denunciados de se

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desfazer dos mesmos, prejudicando eventual restituição às suas vítimas. Tais empreendimentos/loteamentos sequer tinham a necessária aprovação da municipalidade para construção, induzindo, portanto, em erro suas vítimas, e desta forma, locupletando-se ilicitamente através dos citados delitos. No desenvolvimento das atividades ilícitas do grupo criminoso o denunciado CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, constituiu a pessoa jurídica IGUAÇU DO BRASIL LTDA, a qual teria como sócios proprietários as pessoas de Carlos Alberto de Souza Borges e Cristiana Crispin, os quais na realidade prestavam serviços domésticos para CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA que, por sua vez, detinha procuração com amplos poderes para gerir e administrar de fato a mencionada pessoa jurídica, tendo, inclusive, substabelecido poderes, através de procuração, para o denunciado GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, conforme documentos de fls. 227/228. O denunciado CARLOS ALBERTO teria, ainda, constituído em nome dos mesmos funcionários (Carlos Alberto de Souza Borges e Cristiana Crispin) outras duas empresas, a BOULEVARD LOCAÇÃO E COMÉRCIO DE VEÍCULOS e a AGROPECUÁRIA S M LTDA, pessoas jurídicas estas que também tinham como procuradores, além do próprio CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, os denunciados GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI e ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA. CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA a todo momento solicitava, pessoalmente ou por intermédio da pessoa tida como seu braço direito, o denunciado MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, que mencionados funcionários (Carlos e Cristiana) assinassem diversos documentos e contratos sem que tivessem ciência de seus conteúdos. Referido procedimento tinha como finalidade ocultar o real proprietário das mencionadas pessoas jurídicas e, tão logo conseguisse obter confiança e credibilidade da comunidade local, comercializando grande quantidade de imóveis, arrecadando volumosa soma em dinheiro, encerraria suas atividades causando prejuízo a todos, dificultando ou frustrando posterior reparação do dano causado.

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Na sistemática adotada pelo bando criminoso, cabia a MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES a função de operacionalizar as determinações administrativas conferidas por CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, tratando-se de uma espécie de “faz tudo” da empresa, já que acompanhava em todas as reuniões o denunciado CARLOS ALBERTO, muitas vezes confeccionado os documentos ideologicamente falsos que eram assinados por Carlos Alberto e Cristiana, “laranjas” como se viu de CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, aderindo, desta feita à conduta criminosa manifestada por todos integrantes da quadrilha. Por sua vez, ao denunciado GUSTAVO JACOMETO BERTOLINI cabia papel de fundamental importância na CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, tratando-se do gerente financeiro da empresa nesta cidade e responsável pela administração dos empreendimentos imobiliários lançados pela mencionada construtora. O denunciado GUSTAVO, ciente da reprovabilidade da sua conduta e aderindo à atividade ilícita dos demais integrantes do grupo criminoso, mesmo sabendo que os empreendimentos eram meros engodos, ludibriava suas vítimas através de ardil, a adquirir unidades nos futuros condomínios, bem como convencia proprietários de grandes terrenos em áreas nobres desta cidade a assinar escrituras de compra e venda dos referidos imóveis mediante falsas promessas, apresentando como garantia hipotecas de imóveis ou que não pertenciam à construtora ou que possuíam metragens inferiores daquelas que fazia constar nos contratos. Da mesma forma, constatou-se que o denunciado EMERSON ARANTES BARISON, assim como GUSTAVO, também desempenhava papel de fundamental importância no grupamento criminoso, notadamente na filial da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, localizada nesta cidade. Ao denunciado EMERSON cabia a função de viabilizar recursos para a construtora através de financiamentos junto a instituições financeiras, bem como reverter em favor do grupo bens entregues como pagamento pelas vítimas na aquisição de unidades dos empreendimentos que, em tese, seriam realizados pela CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA. EMERSON em algumas ocasiões recebeu mencionados bens, obtidos de forma ilícita, em seu próprio nome, antes de ser procedida a negociação dos mesmos com terceiros, fato que denota a relação de confiança

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estabelecida entre ele e o líder da quadrilha CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA.

Por outro lado, as denunciadas MARIA GISELA CAMPOS SISTE e ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA em razão dos cargos pelas mesmas ocupados na empresa CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, diretora e gerente administrativa respectivamente, em sua sede situada na cidade de Maringá (PR), estavam em posição de destaque na organização criminosa. Nessa condição, cientes da reprovabilidade das suas condutas, aderiram às atividades ilícitas dos demais integrantes do bando, desempenhando a função de ludibriar as vítimas, assegurando falsamente que as obras seriam, de fato, executadas, tudo com o intuito de ganhar maior prazo e cooptar mais vítimas incautas, que eram atraídas para os golpes. Outrossim, as denunciadas MARIA GISELA e ANGÉLICA eram também responsáveis por ocultar e reverter valores e bens adquiridos pela construtora em favor de todos os integrantes do grupo, e, obtendo da mesma forma vantagem ilícita. HÉLIO PICONI FERNANDES tinha como atribuição no grupo recrutar possíveis vítimas interessadas na aquisição de unidades constantes dos lançamentos da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, intermediando toda a transação imobiliária e mantendo em erro os interessados, a fim de que estes efetuassem os pagamentos pelos bens adquiridos, sabedor que os imóveis não seriam entregues. Ressalte-se que HELIO PICONI FERNANDES é contumaz nesta espécie de delito tendo sido condenado diversas vezes pela prática de crimes de estelionato, notadamente pela venda fraudulenta de cartas de crédito ditas contempladas. Por fim, competia ao denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, na qualidade de funcionário do Cartório Simoni desta cidade, dar aparente legalidade aos negócios realizados pela CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, tranquilizando e certificando, falsamente junto às vítimas, a licitude das negociações, a idoneidade e veracidade dos documentos apresentados pela construtora, confeccionando documentos e contratos de compra e venda, e, ainda, lavrando escrituras de constituição de hipotecas de imóveis não pertencentes ao grupo criminoso, bem como afirmando que todas as autorizações necessárias para a construção dos empreendimentos se encontravam em concordância com as exigências da

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municipalidade, participação essa essencial para o êxito dos crimes de estelionato perpetrados pelo grupo criminoso. Competia ainda ao denunciado ROBERTO MAEOKA, centralizar todos os registros, certidões e formalizações de contratos realizados pela quadrilha através da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, nesta cidade, o que possibilitou, inclusive, que o denunciado HÉLIO PICONI FERNANDES efetuasse a venda e o denunciado ROBERTO MAEOKA lavrasse o contrato de compra e venda de uma unidade imobiliária pertencente ao empreendimento CONDOMÍNIO CENTER NORTE em duplicidade, obtendo vantagem ilícita para o grupo, em prejuízo das vítimas Claudinei Molina Camargo Penteado e Robson de Jesus Vasconcelos Veiga. Deste modo, os denunciados unidos entre si pelo mesmo propósito, qual seja o de praticar crimes contra a propriedade, notadamente estelionatos, utilizando sempre a mesma forma de atuar, auferiram vantagens ilícitas em detrimento de prejuízo patrimonial de terceiros, circunstâncias estas que estão sendo objeto de investigação por parte da autoridade policial adstrita no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO (inquéritos policiais nºs 025/GAECO/2013, 026/GAECO/2013, 027/GAECO/2013, 028/GAECO/2013, 29/GAECO/2013, 30/GAECO/2013, 31/GAECO/2013, 32/GAECO/2013, 33/GAECO/2013, 34/GAECO/2013 e 035/GAECO/2013 – numeração da Delegacia). Fato 2 (falsidade ideológica)

Em data exata não esclarecida nos autos, provavelmente no ano de 2009, o denunciado CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, consciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, visando permitir e facilitar o desenvolvimento das ações delituosas perseguidas pelo grupo criminoso acima descrito, constituiu a pessoa jurídica IGUAÇU DO BRASIL LTDA, inserindo declaração falsa no Contrato Social da aludida empresa, fazendo nele constar como sócios proprietários as pessoas de Carlos Alberto de Souza Borges e Cristiana Crispin, quando na verdade o real proprietário sempre foi o denunciado e para quem estes prestavam serviços de natureza doméstica, tudo com o fim de alterar a verdade sobre fato

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juridicamente relevante, qual seja o real responsável pela mencionada empresa, ludibriando com tal agir, credores, consumidores e terceiros. O denunciado CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, real proprietário da empresa IGUAÇU DO BRASIL LTDA., como se viu, detinha procuração com amplos poderes para gerir e administrar de fato a mencionada pessoa jurídica, destinada unicamente, para a concretização do propósito delituoso da quadrilha, qual seja a prática de golpes diversos, conforme documentos de fls. 51/54 e 109/111. Fato 3 (estelionato CENTER NORTE) Assim é que, objetivando cumprir os desígnios da quadrilha, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, obtiveram para todos, vantagem econômica ilícita correspondente à importância de R$380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais), em detrimento de igual prejuízo da vítima Claudinei Molina Camargo Penteado, mediante o induzimento desta em erro, consistente em incutir na vítima a crença na regularidade da constituição da empresa e dos empreendimentos lançados, bem como na boa-fé da empresa em cumprir os contratos de construção de imóveis. Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES estabeleceram entre si que colocariam à venda diversos barracões (números B5, B6, B7, B8, B11, B12, e B13), do empreendimento denominado COMERCIAL CENTER NORTE, localizado na Avenida Henrique

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Mansano, nesta cidade, com área construída de 342,00 m2 e área de terreno de 444,00 m2, e que seriam edificados sobre os lotes nº 5-C-II, com 16.395,16 m2, objeto da matrícula nº 36.706, do CRI do 2º Ofício desta Comarca, lote nº 5-D, com 42.066,64 m2, objeto das transcrições nºs 34.353 e 36.856, do CRI do 2º Ofício desta Comarca, e lote nº 5-E, com 47.638,47 m2, objeto da transcrição nº 36.855, do CRI do 2º Ofício desta Comarca, já sabedores que os citados barracões nunca seriam construídos. Dessa forma, no dia de 18 de janeiro de 2013, o denunciado HELIO PICONI FERNANDES, na qualidade de corretor de imóveis da quadrilha ofereceu à vítima Claudinei Molina Camargo Penteado, o barracão nº B7, a ser construído no mencionado empreendimento. Após algumas tratativas com o denunciado CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA e depois de verificar a idoneidade da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA junto ao Cartório Simoni a vítima concretizou a compra. Na ocasião Claudinei Molina Cargo Penteado dirigiu-se ao Cartório Simoni, local em que o denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, com a real intenção de manter a vítima em erro, conforme o plano estabelecido pelo grupo criminoso, após atestar falsamente a regularidade da empresa, bem como a veracidade dos documentos apresentados pela construtora, lavrou a escritura de compra e venda ficando estipulado que a vítima pagaria pelo barracão a quantia de R$380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais), quitada da seguinte forma R$350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais), em dinheiro, através de transferência bancária e R$30.000,00 (trinta mil reais), representados pelo veículo GM/Zafira Elegance, ano 2004/2005, placas ALW-1522, entregue no ato da compra, ficando a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, através do seu procurador e denunciado CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA obrigada a entregar o objeto do contrato no prazo de 01 (hum) ano, conforme contrato de compra e venda (fls.551/556). Obra, contudo, que sequer foi iniciada embora seja um empreendimento de grande monta. Entretanto, passado algum tempo e tendo sido noticiado que a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA estaria sendo investigada por aplicar diversos golpes de estelionato nesta cidade, a vítima Claudinei Molina Camargo Penteado tomou conhecimento que poucos dias após efetivar sua compra, mas especificamente no dia

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22/01/2013, o imóvel adquirido teria sido vendido em duplicidade para outra vítima de nome Robson de Jesus Vasconcelos Veiga. Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, a vítima Claudinei Molina Camargo Penteado, foi induzida em erro, tendo em vista que os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, obtiveram para todos vantagem ilícita correspondente à importância de R$380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais)1, em detrimento de igual prejuízo da vítima, tudo de conformidade com os documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls.551/556 e fotocópias dos comprovantes de depósito de fls. 557/558. Fato 4 (estelionato CENTER NORTE) Neste mesmo contexto, objetivando sempre cumprir os desígnios da quadrilha, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, buscando obter para todos, vantagem econômica ilícita correspondente à importância de R$2.800.000,00 (dois milhões e oitocentos mil reais), em detrimento de igual prejuízo da vítima Robson de Jesus Vasconcelos Veiga, mediante o induzimento desta em erro, consistente em incutir na vítima a crença na regularidade da constituição da empresa e dos empreendimentos lançados, bem como na boa-fé da empresa em cumprir os contratos de construção de imóveis.

1 Valor efetivamente entregue pela vítima.

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Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES estabeleceram entre si que colocariam à venda diversos barracões (números B5, B6, B7, B8, B11, B12 e B13), do empreendimento denominado COMERCIAL CENTER NORTE, localizado na Avenida Henrique Mansano, nesta cidade, com área construída de 342,00 m2 e área de terreno de 444,00 m2, e que seriam edificados sobre os lotes nº 5-C-II, com 16.395,16 m2, objeto da matrícula nº 36.706, do CRI do 2º Ofício desta Comarca, lote nº 5-D, com 42.066,64 m2, objeto das transcrições nºs 34.353 e 36.856, do CRI do 2º Ofício desta Comarca, e lote nº 5-E, com 47.638,47 m2, objeto da transcrição nº 36.855, do CRI do 2º Ofício desta Comarca, já sabedores que os citados barracões nunca seriam construídos.

Desta forma, na data de 22 de janeiro de 2013, o denunciado HELIO PICONI FERNANDES, na qualidade de corretor de imóveis da quadrilha ofereceu à vítima Robson de Jesus Vasconcelos Veiga, os barracões de números B5, B6, B7, B8, B11, B12 e B13, a serem edificados no mencionado empreendimento. Após algumas tratativas com os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA e GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI e depois de verificar a idoneidade da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA junto ao Cartório Simoni a vítima concretizou a compra.

Na ocasião Robson de Jesus Vasconcelos Veiga, dirigiu-se ao Cartório Simoni, local em que o denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, com a real intenção de manter a vítima em erro, conforme o plano estabelecido pelo grupo criminoso, após atestar falsamente a regularidade da empresa, bem como a veracidade dos documentos apresentados pela construtora, lavrou a escritura de compra e venda, ficando estipulado que a vítima pagaria pelos barracões a quantia de R$2.800.000,00 (dois milhões e oitocentos mil reais), ou seja, cada barracão custaria cerca de R$400.000,00 (quatrocentos mil reais), a serem quitados da seguinte forma: transferência de um imóvel no valor de R$1.800.000,00 (hum milhão e oitocentos mil reais), um terreno no valor de R$350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais), dois veículos que totalizavam o valor de R$290.000,00 (duzentos e noventa mil reais) e R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais)

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em dinheiro, através de transferência bancária realizada no ato da compra, ficando a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, através do seu procurador e denunciado GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI obrigada a entregar o objeto do contrato no prazo de 01 (um) ano, conforme contrato de compra e venda (fls.536/545). Obra, contudo, que sequer foi iniciada embora seja um empreendimento de grande monta.

Entretanto, passado algum tempo e tendo sido noticiado que a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA estaria sendo investigada por aplicar diversos golpes de estelionato nesta cidade, a vítima Robson de Jesus Vasconcelos Veiga tomou conhecimento que poucos dias antes de efetivar sua compra, mas especificamente no dia 18/01/2013, um dos imóveis adquiridos, o barracão nº B7 correspondente às descrições acima mencionadas, teria sido vendido em duplicidade para outra vítima de nome Claudinei Molina Camargo Penteado.

Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, a vítima Robson de Jesus Vasconcelos Veiga foi induzida em erro, tendo em vista que os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, obtiveram para todos vantagem ilícita correspondente à importância de R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais)2, em detrimento de igual prejuízo da vítima, tudo de conformidade com os documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls.536/541, fotocópias dos comprovantes de depósito de fls. 546/548. Fato 5 (estelionato CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON)

Os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO

2 Valor efetivamente entregue pela vítima

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BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, buscando obter para todos, vantagem econômica ilícita, dando sequência na senda criminosa e visando alcançar um numero indeterminado de vítimas, mediante o ardil consistente no lançamento de empreendimentos imobiliários e na comercialização de unidades que de antemão sabiam que não entregariam, passaram a procurar na cidade de Londrina terrenos onde seriam implantados mencionados empreendimentos, resolvendo adquirir uma área urbana na qual pretendiam comercializar unidades imobiliárias compostas por diversos sobrados que seriam edificados pela CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, empreendimento este intitulado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON.

Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, após escolherem e definirem a área a ser adquirida para tal finalidade, estabeleceram entre si, que o denunciado CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA procuraria o proprietário do imóvel localizado na Avenida Henrique Mansano, esquina com Claudir Martinez Rossi nesta cidade, composto pelos lotes nº 5-C-II, com área de 16.395,16 m2, objeto da matrícula nº 36.067, do CRI do 2º Ofício desta Comarca, lote nº 5-D, com área de 42.066,64 m2, objeto das transcrições nºs 34.353 e 36.856, do CRI do 2º Ofício desta Comarca, e lote nº 5-E, com área de 47.638,47 m2, objeto da transcrição nº 36.855, do CRI do 2º Ofício desta Comarca, a ora vítima Hélio Zancope, manifestando a intenção de adquirí-lo. Para tanto, após entabular negociações e combinarem preço e condições, fecharam o negócio, no qual mencionado imóvel foi adquirido pelo valor de R$26.250.000,00 (vinte e seis milhões duzentos e cinquenta mil reais), os quais seriam pagos em 24 (vinte e quatro) parcelas, pagamentos estes que se iniciariam em 10/01/2013, estendendo-se até 10/12/2014, concluindo a negociação conforme se vê pelo compromisso de compra e venda

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de fls. 88/98, desde sempre sabedores da não tinham a intenção de adimplir com o pactuado.

Contudo, antes mesmo de efetuar qualquer pagamento (estando inclusive em atraso com as parcelas vencidas), os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, como não poderia deixar de ser diferente, passaram a promover a venda das unidades imobiliárias sem sequer possuir o registro do loteamento em nome da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA e sem possuir a regularização do empreendimento junto aos órgãos competentes. Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, a vítima Helio Zancope foi induzida em erro, tendo em vista que os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, obtiveram para todos vantagem ilícita correspondente ao imóvel negociado pelo valor de R$26.250.000,00 (vinte e seis milhões, duzentos e cinquenta mil reais), valor esse que os denunciados em momento algum pretendiam repassar para a vítima, em detrimento de igual prejuízo da vítima, tudo de conformidade com os documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls. 88/98, cópia das declarações de fls. 78/80 e termo de declaração de fls. 03/04 Fato 6 (estelionato CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON) Os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA

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CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, objetivando auferir para todos, vantagem econômica ilícita correspondente à importância de R$230.000,00 (duzentos e trinta mil reais), em detrimento de igual prejuízo da vítima Paulo Bernardes da Silva, mediante o induzimento desta em erro, consistente em incutir na vítima a crença na regularidade da constituição da empresa e dos empreendimentos lançados, bem como na boa-fé da empresa em cumprir os contratos de construção de imóveis. Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES estabeleceram entre si que colocariam à venda o sobrado de nº 25, a ser edificado no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade, com área de 134,40 m2, já sabedores que o citado sobrado nunca seria construído. Desta forma, no dia 18 de dezembro de 2012, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES ofereceram a vítima Paulo Bernardes da Silva, o sobrado de nº 25, que deveria ser construído no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade. Após algumas tratativas com integrantes da mencionada quadrilha e depois de verificar a idoneidade da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA junto ao Cartório Simoni a vítima concretizou a compra. Na ocasião Paulo Bernardes da Silva dirigiu-se ao Cartório Simoni, onde o denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, com a real intenção de manter a vítima em erro, conforme o plano estabelecido pelo grupo criminoso, após atestar a regularidade da empresa, bem como a veracidade dos documentos apresentados

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pela construtora, lavrou a escritura de compra e venda ficando estipulado que Paulo pagaria pelo sobrado a quantia de R$230.000,00 (duzentos e trinta mil reais), que seriam quitados da seguinte maneira: R$32.000,00 (trinta e dois mil reais), representados pela motocicleta Suzuki/Boulevard C1500, ano 2007/2008, placas ATE-0708, R$52.000,00 (cinquenta e dois mil reais) através da emissão de 02 (dois) cheques no valor de R$16.000,00 (dezesseis mil reais) cada e 01 (um) cheque no valor de R$20.000,00 (vinte mil reais), que seriam depositados no dia 30/03/2013, R$20.000,00 (vinte mil reais), através da emissão de 02 (dois) cheques no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) cada, que seriam depositados nos dias 15/01/2012 e 15/02/2013 e 10 (dez) parcelas de R$12.600,00 (doze mil e seiscentos reais), com vencimento trimestral a partir de 18/03/2013 até 18 de junho de 2015, ficando a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, através do seu procurador e denunciado GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, obrigada a entregar o objeto do contrato no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data da assinatura do instrumento de compra e venda, conforme contrato de compra e venda (fls.737/744). Obra, contudo, que sequer foi iniciada embora seja um empreendimento de grande monta. Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, a vítima Paulo Bernardes da Silva foi induzida em erro, tendo em vista que os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, obtiveram para todos vantagem ilícita correspondente à importância de R$58.000,00 (cinquenta e oito mil e trezentos reais)3, em detrimento de igual prejuízo da vítima, tudo de conformidade com os documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls. 737/744, cópia das declarações de fls. 732/735, cópia do certificado do registro da motocicleta de fls.745 e cópia da autorização para transferência do veículo em nome de IGUAÇU DO BRASIL LTDA de fls. 746.

3 Valores efetivamente entregues.

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Fato 7 (estelionato – Condôminio Imperial Bourbon) Assim, novamente objetivando cumprir os desígnios da quadrilha, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, buscaram obter para todos, vantagem econômica ilícita correspondente à importância de R$230.000,00 (duzentos e trinta mil reais), em detrimento de igual prejuízo das vítimas Edvaldo Aparecido de Oliveira e Janaina Aparecida de Paula, mediante o induzimento destas em erro, consistente em incutir nas vítimas a crença na regularidade da constituição da empresa e dos empreendimentos lançados, bem como na boa-fé da empresa em cumprir os contratos de construção de imóveis. Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES estabeleceram entre si que colocariam à venda o sobrado de nº 28, a ser edificado no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade, com área de 134,40 m2, já sabedores que o citado sobrado nunca seria construído.

Desta forma, no dia 15 de janeiro de 2013, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES ofereceram às vítimas Edvaldo Aparecido de Oliveira e sua companheira Janaina Aparecida de Paula, o sobrado

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de nº 28, a ser construído no mencionado empreendimento. Após algumas tratativas com integrantes da mencionada quadrilha e depois de verificar a idoneidade da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA junto ao Cartório Simoni as vítimas concretizaram a aquisição. Na ocasião Edvaldo Aparecido de Oliveira e Janaina Aparecida de Paula dirigiram-se ao Cartório Simoni onde o denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, com a real intenção de manter as vítimas em erro, conforme o plano estabelecido pelo grupo criminoso, após atestar a regularidade da empresa, bem como a veracidade dos documentos apresentados pela construtora lavrou a escritura de compra e venda ficando estipulado que as vítimas pagariam pelo sobrado a quantia de R$230.000,00 (duzentos e trinta mil reais), que foram quitados da seguinte maneira R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), representados pela transferência do imóvel residencial do casal, R$35.000,00 (trinta e cinco mil reais) por um veículo Toyota Corolla, ano 2006/2007, placas DUN-4666 e pela motocicleta Honda/Falcon, placas ARO-2529, entregues no ato da compra e R$33.000,00 (trinta e três mil reais), em dinheiro, que seriam pagos na entrega das chaves, ficando a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, através do seu procurador e denunciado CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA obrigada a entregar o objeto do contrato no prazo de 18 (dezoito) meses, conforme contrato de compra e venda (fls.122/130). Obra, contudo, que sequer foi iniciada embora seja um empreendimento de grande monta. Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, as vítimas Edvaldo Aparecido de Oliveira e Janaina Aparecida de Paula, foram induzidos em erro, tendo em vista que os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, obtiveram para todos vantagem ilícita correspondente à importância de R$197.000,00 (cento e noventa e sete mil reais)4, em detrimento de igual prejuízo das vítimas, tudo de conformidade com os

4 Valor efetivamente entregue.

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documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls. 122/130 e cópia do termo de declaração de fls. 118/119. Fato 8 (estelionato CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON) Objetivando sempre cumprir os desígnios da quadrilha, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, objetivando auferir para todos, vantagem econômica ilícita correspondente à importância de R$230.000,00 (duzentos e trinta mil reais), em detrimento de igual prejuízo da vítima Devanir Pedro da Cruz, mediante o induzimento desta em erro, consistente em incutir na vítima a crença na regularidade da constituição da empresa e dos empreendimentos lançados, bem como na boa-fé da empresa em cumprir os contratos de construção de imóveis. Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES estabeleceram entre si que colocariam à venda o sobrado de nº 10, a ser edificado no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade, com área de 134,40 m2, já sabedores que o citado sobrado nunca seria construído. Desta forma, no dia 21 de janeiro de 2013, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES ofereceram à vítima Devanir Pedro da Cruz, o sobrado de nº 10, a ser construído no empreendimento

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denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, já mencionado. Após algumas tratativas com integrantes da mencionada quadrilha e depois de verificar a idoneidade da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA junto ao Cartório Simoni a vítima concretizou a compra. Na ocasião Devanir Pedro da Cruz dirigiu-se ao Cartório Simoni, onde o denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, com a real intenção de manter a vítima em erro, conforme o plano estabelecido pelo grupo criminoso, após atestar a regularidade da empresa, bem como a veracidade dos documentos apresentados pela construtora, lavrou a escritura de compra e venda ficando estipulado que a vítima pagaria pelo sobrado a quantia de R$230.000,00 (duzentos e trinta mil reais), que seriam quitados da seguinte maneira: R$30.000,00 (trinta mil reais) pagos através de transferência bancária no ato da compra, 03 (três) balões no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais), com vencimentos nas datas de 10/06/2013, 10/12/2013 e 10/03/2014, 24 (vinte e quatro) parcelas de R$1.000,00 (hum mil reais) e uma parcela de R$161.000,00 (cento e sessenta e um mil reais), que seria liquidada na entrega das chaves, ficando a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, através do seu procurador e denunciado GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, obrigada a entregar o objeto do contrato no prazo de 510 (quinhentos e dez) dias, a contar da data da assinatura do instrumento de compra e venda, conforme contrato de compra e venda (fls.137/144). Obra, contudo, que sequer foi iniciada embora seja um empreendimento de grande monta. Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, a vítima Devanir Pedro da Cruz, foi induzida em erro, tendo em vista que os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, obtiveram para todos vantagem ilícita correspondente à importância de R$31.000,00 (trinta e um mil reais)5, em detrimento de igual prejuízo da vítima, tudo de conformidade com os

5 Valor efetivamente pago.

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documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls. 137/144 e cópia do termo de declaração de fls. 135/136. Fato 9 (estelionato CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON) Os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, objetivando auferir para todos, vantagem econômica ilícita correspondente à importância de R$228.000,00 (duzentos e vinte e oito mil reais), em detrimento de igual prejuízo da vítima Silas Luiz Langame, mediante o induzimento desta em erro, consistente em incutir na vítima a crença na regularidade da constituição da empresa e dos empreendimentos lançados, bem como na boa-fé da empresa em cumprir os contratos de construção de imóveis. Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES estabeleceram entre si que colocariam à venda o sobrado de nº 31, a ser edificado no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade, com área de 134,64 m2, já sabedores que o citado sobrado nunca seria construído. Desta forma, no dia 21 de janeiro de 2013, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES ofereceram a vítima Silas Luiz Langame, o sobrado de nº 31, a ser construído no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON. Após algumas

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tratativas com integrantes da mencionada quadrilha e depois de verificar a idoneidade da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA junto ao Cartório Simoni a vítima concretizou a compra. Na ocasião Silas Luiz Langame dirigiu-se ao Cartório Simoni, onde o denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, com a real intenção de manter a vítima em erro, conforme o plano estabelecido pelo grupo criminoso, após atestar a regularidade da empresa, bem como a veracidade dos documentos apresentados pela construtora, lavrou a escritura de compra e venda ficando estipulado que Silas pagaria pelo sobrado a quantia de R$228.000,00 (duzentos e vinte e oito mil reais), que seriam quitados da seguinte maneira R$140.000,00 (cento e quarenta mil reais), representado pela transferência do imóvel localizado no Residencial Catuaí, na Rua D, apartamento nº 3.323, 2º pavimento, Bloco 33, matrícula nº 45.698, 01 (uma) parcela no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais), com vencimento na data de 07/02/2013, 01 (uma) parcela no valor de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), com vencimento na data de 02/08/2013, 06 (seis) parcelas no valor de R$416,00 (quatrocentos e dezesseis reais), com vencimento da primeira na data de 05/03/2013 e 01 uma parcela de R$78.000,00 (setenta e oito mil reais), que seria liquidada na entrega das chaves, ficando a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, através do seu procurador e denunciado EMERSON ARANTES BARISON, obrigada a entregar o objeto do contrato no prazo de 510 (quinhentos e dez) dias, a contar da data da assinatura do instrumento de compra e venda, conforme contrato de compra e venda (fls.137/144). Obra, contudo, que sequer foi iniciada embora seja um empreendimento de grande monta. Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, a vítima Silas Luiz Langame, foi induzida em erro, tendo em vista que os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, obtiveram para todos vantagem ilícita correspondente à importância de R$145.416,00 (cento e quarenta e cinco mil

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quatrocentos e dezesseis reais)6, em detrimento de igual prejuízo da vítima, tudo de conformidade com os documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls. 147/159 e cópia do termo de declaração de fls. 145/146.

Fato 10 (estelionato CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON) Os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, objetivando auferir para todos, vantagem econômica ilícita correspondente à importância de R$219.000,00 (duzentos e dezenove mil reais), em detrimento de igual prejuízo da vítima Júlio Cesar Jarjura, mediante o induzimento desta em erro, consistente em incutir na vítima a crença na regularidade da constituição da empresa e dos empreendimentos lançados, bem como na boa-fé da empresa em cumprir os contratos de construção de imóveis. Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES estabeleceram entre si que colocariam à venda o sobrado de nº 41, a ser edificado no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade, com área de 134,64m2, já sabedores que o citado sobrado nunca seria construído. Desta forma, no dia 30 de janeiro de 2013, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON

6 Valor efetivamente pago.

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ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES ofereceram a vítima Julio Cesar Jarjura, o sobrado de nº 41, a ser construído no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade. Após algumas tratativas com integrantes da mencionada quadrilha e depois de verificar a idoneidade da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA junto ao Cartório Simoni a vítima concretizou a compra. Na ocasião Julio Cesar Jarjura dirigiu-se ao Cartório Simoni, onde o denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, com a real intenção de manter a vítima em erro, conforme o plano estabelecido pelo grupo criminoso, após atestar a regularidade da empresa, bem como a veracidade dos documentos apresentados pela construtora, lavrou a escritura de compra e venda ficando estipulado que Julio pagaria pelo sobrado a quantia de R$219.000,00 (duzentos e dezenove mil reais), que seriam quitados da seguinte maneira: R$15.000,00 (quinze mil reais), no ato da assinatura do contrato, 02 (dois) balões no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), o primeiro pago através de cheque com vencimento em 30/01/2014 e o segundo através de boleto bancário com vencimento em 30/01/2015, 24 (vinte e quatro) parcelas de R$1.000,00 (hum mil reais), com vencimento no dia 30 de cada mês, com inicio em 01/03/2013 e 01 (uma) parcela de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) para pagamento quando da entrega das chaves, ficando a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, através do seu procurador e denunciado EMERSON ARANTES BARISON, obrigada a entregar o objeto do contrato no prazo de 510 (quinhentos e dez) dias, a contar da data da assinatura do instrumento de compra e venda, conforme contrato de compra e venda (fls.798/810). Obra, contudo, que sequer foi iniciada embora seja um empreendimento de grande monta. Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, a vítima Julio Cesar Jarjura foi induzida em erro, tendo em vista que os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA

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CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, obtiveram para todos vantagem ilícita correspondente à importância de R$18.042,66 (dezoito mil quarenta e dois reais e sessenta e seis centavos)7, em detrimento de igual prejuízo da vítima, tudo de conformidade com os documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls. 798/810, cópia das declarações de fls. 797 e cópia de comprovantes de pagamento fls. 811/814.

Fato 11 (estelionato CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON) Os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, novamente em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, objetivando auferir para todos, vantagem econômica ilícita correspondente à importância de R$230.000,00 (duzentos e trinta mil reais), em detrimento de igual prejuízo da vítima Valdelice Francisco Cruz, mediante o induzimento desta em erro, consistente em incutir na vítima a crença na regularidade da constituição da empresa e dos empreendimentos lançados, bem como na boa-fé da empresa em cumprir os contratos de construção de imóveis. Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES estabeleceram entre si que colocariam à venda o sobrado de nº 06, a ser edificado no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade, com área de

7 Valores efetivamente entregues.

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134,64m2, já sabedores que o citado sobrado nunca seria construído. Desta forma, no dia 19 de fevereiro de 2013, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES ofereceram a vítima Valdelice Francisco Cruz, mencionado imóvel, a ser edificado no mencionado empreendimento. Após algumas tratativas com integrantes da mencionada quadrilha e depois de verificar a idoneidade da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA junto ao Cartório Simoni, a vítima concretizou a compra. Na ocasião Valdelice Francisco Cruz, dirigiu-se ao Cartório Simoni, onde o denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, com a real intenção de manter a vítima em erro, conforme o plano estabelecido pelo grupo criminoso, após atestar a regularidade da empresa, bem como a veracidade dos documentos apresentados pela construtora, lavrou a escritura de compra e venda ficando estipulado que Valdelice pagaria pelo sobrado a quantia de R$230.000,00 (duzentos e trinta mil reais), que seriam quitados da seguinte maneira: R$10.000,00 (dez mil reais), no ato da assinatura do contrato, R$80.000,00 (oitenta mil reais), representados pela transferência de duas salas comerciais localizadas na Rua Benjamin Constant, nº 1053, centro, correspondentes aos Boxes nºs 8 e 9 e 01 (uma) parcela de R$140.000,00 (cento e quarenta mil reais), que seria liquidada na entrega das chaves, ficando a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, através do seu procurador e denunciado EMERSON ARANTES BARISON, obrigada a entregar o objeto do contrato no prazo de 510 (quinhentos e dez) dias, a contar da data da assinatura do instrumento de compra e venda, conforme contrato de compra e venda (fls.860/871). Obra, contudo, que sequer foi iniciada embora seja um empreendimento de grande monta. Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, a vítima Valdelice Francisco Cruz foi induzida em erro, tendo em vista que os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON

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VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, obtiveram para todos vantagem ilícita correspondente à importância de R$90.000,00 (noventa mil reais)8, em detrimento de igual prejuízo da vítima, tudo de conformidade com os documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls. 860/871, cópia das declarações de fl. 836 e cópia da procuração outorgando poderes à CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA para transferir as salas comerciais dadas em pagamento de fls. 857.

Fato 12 (estelionato CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON)

Novamente, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, objetivando auferir para todos, vantagem econômica ilícita correspondente à importância de R$240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), em detrimento de igual prejuízo da vítima Valéria Bueno Alvarenga, mediante o induzimento desta em erro, consistente em incutir na vítima a crença na regularidade da constituição da empresa e dos empreendimentos lançados, bem como na boa-fé da empresa em cumprir os contratos de construção de imóveis. Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES estabeleceram entre si que colocariam à venda o sobrado de nº 27, a ser edificado no

8 Valores efetivamente entregues pela vítima.

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empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade, com área de 134,64 m2, já sabedores que o citado sobrado nunca seria construído.

Desta forma, no dia 21 de fevereiro de 2013, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES ofereceram à vítima Valéria Bueno Alvarenga, o sobrado de nº 27, a ser construído no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade. Após algumas tratativas com integrantes da mencionada quadrilha e depois de verificar a idoneidade da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA junto ao Cartório Simoni a vítima concretizou a compra. Na ocasião Valéria Bueno Alvarenga dirigiu-se ao Cartório Simoni, onde o denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, com a real intenção de manter a vítima em erro, conforme o plano estabelecido pelo grupo criminoso, após atestar a regularidade da empresa, bem como a veracidade dos documentos apresentados pela construtora, lavrou a escritura de compra e venda ficando estipulado que Valéria pagaria pelo sobrado a quantia de R$240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), que seriam quitados da seguinte maneira: R$130.000,00 (cento e trinta mil reais), representados pela transferência do imóvel localizado no Condomínio Solar das Torres, na Rua Alexander Grahn Bell, nº 679, apartamento nº 01, Bloco E, matrícula nº 39.949, nesta cidade, 01 (uma) parcela no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais), com vencimento na data de 15/03/2013, 03 (três) balões no valor de R$3.000,00 (três mil reais), com vencimento nas datas de 30/08/2013, 30/02/2014 e 30/08/2014, 24 (vinte e quatro) parcelas de R$1.000,00 (hum mil reais), com vencimento no dia 15 de cada mês e 01 (uma) parcela de R$72.000,00 (setenta e dois mil reais), a ser liquidada quando da entrega das chaves, ficando a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, através do seu procurador e denunciado EMERSON ARANTES BARISON, obrigada a entregar o objeto do contrato no prazo de 510 (quinhentos e dez) dias, a contar da data da assinatura do instrumento de compra e venda, conforme contrato de compra e

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venda (fls.719/730). Obra, contudo, que sequer foi iniciada embora seja um empreendimento de grande monta. Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, a vítima Valéria Bueno Alvarenga foi induzida em erro, tendo em vista que os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, obtiveram para todos vantagem ilícita correspondente à importância de R$135.000,00 (cento e trinta e cinco mil reais)9, em detrimento de igual prejuízo da vítima, tudo de conformidade com os documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls. 719/730, cópia das declarações de fls. 713/715 e cópia do comprovante de depósito de fls. 716, cópia da procuração outorgando poderes aos denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON e GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI para transferir o apartamento dado em pagamento (fls. 718).

Fato 13 (estelionato tentado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON) Mais uma vez, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, dolosamente agindo, objetivando auferir para todos, vantagem econômica ilícita correspondente à importância de R$240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), em detrimento de igual prejuízo da vítima Jaime Aparecido Rodrigues Pereira, mediante o induzimento desta em erro, consistente em incutir na

9 Valor efetivamente entregue pela vítima.

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vítima a crença na regularidade da constituição da empresa e dos empreendimentos lançados, bem como na boa-fé da empresa em cumprir os contratos de construção de imóveis, deram início à execução de seus intentos delituosos. Para tanto, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES estabeleceram entre si que colocariam à venda o sobrado de nº 17, a ser edificado no empreendimento denominado CONDOMINIO IMPERIAL BOURBON, localizado na Rua Paulo Alvino Teixeira, nesta cidade, com área de 134,64m2, já sabedores que o citado sobrado nunca seria construído. Desta forma, no dia 13 de março de 2013, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES ofereceram a vítima Jaime Aparecido Rodrigues Pereira, mencionado imóvel. Após algumas tratativas com integrantes da mencionada quadrilha e depois de verificar a idoneidade da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA junto ao Cartório Simoni a vítima concretizou a compra. Na ocasião Jaime Aparecido Rodrigues, dirigiu-se ao Cartório Simoni, onde o denunciado ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, com a real intenção de manter a vítima em erro, conforme o plano estabelecido pelo grupo criminoso, após atestar a regularidade da empresa, bem como a veracidade dos documentos apresentados pela construtora, lavrou a escritura de compra e venda ficando estipulado que Jaime pagaria a importância de R$240.000,00 (duzentos e trinta mil reais), que seriam quitados da seguinte forma: R$170.000,00 (cento e setenta mil reais), representados pela transferência do imóvel localizado à Rua Fernando Salvador, nº 208, Pq. Leblon, matrícula 70375, R$16.455,00 (dezesseis mil quatrocentos e cinquenta e cinco reais), representados pelo veículo GM/CORSA SEDAN, ano 2003/2004, a ser entregue na data de 18/03/2013, 01 (uma) parcela de R$5.000,00 (cinco mil reais),

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para ser quitada na data de 30/06/2013, 03 (três) balões no valor de R$3.000,00 (três mil reais), o primeiro com vencimento em 30/01/2014, o segundo com vencimento em 30/08/2014 e o terceiro com vencimento em 31/12/2014, 24 (vinte e quatro) parcelas de R$800,00 (oitocentos reais), com vencimento no dia 30 de cada mês, com inicio em 30/04/2013 e 01 (uma) parcela de conclusão no valor de R$20.345,00 (vinte mil trezentos e quarenta e cinco reais), que seria liquidada na entrega das chaves, ficando a CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, através do seu procurador e denunciado EMERSON ARANTES BARISON obrigada a entregar o objeto do contrato no prazo de 510 (quinhentos e dez) dias, a contar da data da assinatura do instrumento de compra e venda, conforme contrato de compra e venda (fls.678/690). Obra, contudo, que sequer foi iniciada embora seja um empreendimento de grande monta. Contudo, assim que a vítima descobriu que o imóvel que adquirira não estava registrado em nome da CONSTRUTORA IGUAÇU DO BRASIL LTDA, como rezava o contrato celebrado entre as partes, imediatamente revogou a procuração que entregara para transferência de imóvel de sua propriedade, noticiando os fatos a quem de direito. Assim, mediante os meios fraudulentos descritos, os denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, agindo em comum acordo de vontades e unidade de desígnios, cada um aderindo à conduta do outro, deram início à execução do delito de estelionato, buscando obter para todos vantagem ilícita, em detrimento de igual prejuízo da vítima, somente não consumando seus intentos delitivos por circunstâncias alheias às suas vontades, quais sejam as medidas adotadas pela vítima ao descobrir a fraude, tudo de conformidade com os documentos constantes do incluso inquérito policial, em especial cópia do contrato de compra e venda de fls. 678/690, cópia das declarações de fls. 674/675 e cópia da procuração outorgando poderes aos denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON e GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI para transferirem o imóvel dado em pagamento fls. 691/693.

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Fato 14 (crime contra as relações de consumo) Por último, com tais condutas, os ora denunciados CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA, EMERSON ARANTES BARISON, GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI, ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA, MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES, MARIA GISELA CAMPOS SISTE, ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA e HELIO PICONI FERNANDES, conscientes da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, agindo dolosamente, com a intenção de enganar os consumidores e com isso obterem vantagem ilícita (decorrente da comercialização de imóveis que de antemão sabiam que não entregariam), induziram estes a erro, vez que anunciavam a comercialização de tais imóveis nos diversos meios de comunicação com a promessa de entrega dos mesmos dentro de prazos ínfimos, sabendo ser tal informação totalmente falsa, tudo de conformidade com os documentos de fls. 20/23, 48/49, 168/169 e com os demais documentos acostados nos autos.

Assim agindo, os denunciados, de modo individualizado, estão incursos nas sanções dos seguintes tipos penais: 1) CARLOS ALBERTO CAMPOS DE OLIVEIRA: art. 288, caput (formação de quadrilha ou bando) (fato 1); art. 299, caput (falsidade ideológica) (fato 2); art. 171, caput (estelionato no seu tipo fundamental) (fatos 3 a 12); art. 171, caput, combinado com o art. 14, II (estelionato tentado) (fato 13), do Código Penal; art. 7º, VII (induzir o consumidor a erro, por afirmação falsa sobre a natureza do bem, utilizando-se de veiculação ou divulgação publicitária), da Lei nº 8.137/90, observadas as disposições do art. 18, §6º, II, (responsabilidade por vício do produto ou do serviço), da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) (fato 14), combinados com os arts. 62, I (circunstância agravante) e 69 (concurso material), ambos do Código Penal; 2) EMERSON ARANTES BARISON: art. 288, caput (formação de quadrilha ou bando) (fato 1); art. 171, caput (estelionato no seu tipo fundamental) (fatos 3 a 12); art. 171, caput, combinado com o art. 14, II (estelionato

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tentado) (fato 13), do Código Penal; art. 7º, VII (induzir o consumidor a erro, por afirmação falsa sobre a natureza do bem, utilizando-se de veiculação ou divulgação publicitária), da Lei nº 8.137/90, observadas as disposições do art. 18, §6º, II, (responsabilidade por vício do produto ou do serviço), da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) (fato 14), combinados com o art. 69 (concurso material), ambos do Código Penal; 3) GUSTAVO JACOMETTO BERTOLINI: art. 288, caput (formação de quadrilha ou bando) (fato 1); art. 171, caput (estelionato no seu tipo fundamental) (fatos 3 a 12); art. 171, caput, combinado com o art. 14, II (estelionato tentado) (fato 13), do Código Penal; art. 7º, VII (induzir o consumidor a erro, por afirmação falsa sobre a natureza do bem, utilizando-se de veiculação ou divulgação publicitária), da Lei nº 8.137/90, observadas as disposições do art. 18, §6º, II, (responsabilidade por vício do produto ou do serviço), da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) (fato 14), combinados com o art. 69 (concurso material), ambos do Código Penal; 4) ROBERTO YUKISHIGUE MAEOKA: art. 288, caput (formação de quadrilha ou bando) (fato 1); art. 171, caput (estelionato no seu tipo fundamental) (fatos 3 a 12); art. 171, caput, combinado com o art. 14, II (estelionato tentado) (fato 13), do Código Penal; art. 7º, VII (induzir o consumidor a erro, por afirmação falsa sobre a natureza do bem, utilizando-se de veiculação ou divulgação publicitária), da Lei nº 8.137/90, observadas as disposições do art. 18, §6º, II, (responsabilidade por vício do produto ou do serviço), da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) (fato 14), combinados com o art. 69 (concurso material), ambos do Código Penal; 5) MAYCON VINICIOS NEGRETTI GARCIA DOMINGUES: art. 288, caput (formação de quadrilha ou bando) (fato 1); art. 171, caput (estelionato no seu tipo fundamental) (fatos 3 a 12); art. 171, caput, combinado com o art. 14, II (estelionato tentado) (fato 13), do Código Penal; art. 7º, VII (induzir o consumidor a erro, por afirmação falsa sobre a natureza do bem, utilizando-se de veiculação ou divulgação publicitária), da Lei nº 8.137/90, observadas as disposições do art. 18, §6º, II, (responsabilidade por vício do produto ou do serviço), da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) (fato 14), combinados com o art. 69 (concurso material), ambos do Código Penal; 6) MARIA GISELA CAMPOS SISTE: art. 288, caput (formação de quadrilha ou bando) (fato 1); art. 171, caput (estelionato no seu tipo fundamental) (fatos 3 a 12); art. 171, caput, combinado com o art. 14, II (estelionato tentado) (fato 13), do Código Penal; art. 7º, VII (induzir o consumidor a erro, por afirmação falsa sobre a natureza do bem, utilizando-se de veiculação ou divulgação publicitária), da Lei nº 8.137/90, observadas as disposições do art. 18, §6º, II, (responsabilidade por vício do produto ou do

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serviço), da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) (fato 14), combinado com o art. 69 (concurso material), ambos do Código Penal; 7) ANGÉLICA SILENE VORONHUK LORGA: art. 288, caput (formação de quadrilha ou bando) (fato 1); art. 171, caput (estelionato no seu tipo fundamental) (fatos 3 a 12); art. 171, caput, combinado com o art. 14, II (estelionato tentado) (fato 13), do Código Penal; art. 7º, VII (induzir o consumidor a erro, por afirmação falsa sobre a natureza do bem, utilizando-se de veiculação ou divulgação publicitária), da Lei nº 8.137/90, observadas as disposições do art. 18, §6º, II, (responsabilidade por vício do produto ou do serviço), da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) (fato 14), combinados com o art. 69 (concurso material), ambos do Código Penal e; 8) HELIO PICONI FERNANDES art. 288, caput (formação de quadrilha ou bando) (fato 1); art. 171, caput (estelionato no seu tipo fundamental) (fatos 3 a 12); art. 171, caput, combinado com o art. 14, II (estelionato tentado) (fato 13), do Código Penal; art. 7º, VII (induzir o consumidor a erro, por afirmação falsa sobre a natureza do bem, utilizando-se de veiculação ou divulgação publicitária), da Lei nº 8.137/90, observadas as disposições do art. 18, §6º, II, (responsabilidade por vício do produto ou do serviço), da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) (fato 14), combinados com o art. 69 (concurso material), ambos do Código Penal.

Razão pela qual se oferece a presente denúncia,

requerendo, após seu recebimento, sejam os denunciados citados, interrogados e processados até final sentença, tudo com observância do rito previsto nos artigos 394/405 e 498/502 do Código de Processo Penal. Requer, outrossim, a produção de prova testemunhal, arrolando desde logo as pessoas abaixo qualificadas para serem ouvidas em juízo.

Nestes Termos. Pede Deferimento. Londrina, 29 de abril de 2013.

Cláudio Rubino Zuan Esteves Jorge Fernando Barreto da Costa Promotor de Justiça Promotor de Justiça