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- 1 / 43 - EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE LIMEIRA – SÃO PAULO O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, pelo órgão de execução abaixo assinado, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 129, inciso III, da Constituição Federal, no artigo 5º, “caput”, da Lei nº 7.347/1.985, no artigo 17, “caput”, da Lei nº 8.429/1.992, no artigo 25, inciso IV, alínea “b”, da Lei nº 8.625/1.993 e no artigo 103, inciso VIII, da Lei Complementar Estadual nº 734/1.993 – Lei Orgânica do Ministério Público de São Paulo, em face dos elementos coligidos no Inquérito Civil nº 691/2012-3, ajuizar AÇÃO CIVIL PÚBLICA PELA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA em face de: (1) SILVIO FÉLIX DA SILVA, brasileiro, casado, empresário, portador do RG nº 15.612.137 e inscrito no CPF/MF sob o nº 051.227.158-58, residente e domiciliado na Rua Antonio Carlos Scarpitti, nº 581, Jardim Portal das Rosas, nesta cidade e Comarca;

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA …€¦ · - 1 / 43 - EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE LIMEIRA – SÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA

FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE LIMEIRA – SÃO PAULO

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, pelo

órgão de execução abaixo assinado, no uso de suas atribuições constitucionais e

legais, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no

artigo 129, inciso III, da Constituição Federal, no artigo 5º, “caput”, da Lei nº

7.347/1.985, no artigo 17, “caput”, da Lei nº 8.429/1.992, no artigo 25, inciso IV,

alínea “b”, da Lei nº 8.625/1.993 e no artigo 103, inciso VIII, da Lei Complementar

Estadual nº 734/1.993 – Lei Orgânica do Ministério Público de São Paulo, em face

dos elementos coligidos no Inquérito Civil nº 691/2012-3, ajuizar AÇÃO CIVIL

PÚBLICA PELA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA em

face de:

(1) SILVIO FÉLIX DA SILVA, brasileiro, casado, empresário, portador do RG nº

15.612.137 e inscrito no CPF/MF sob o nº 051.227.158-58, residente e domiciliado

na Rua Antonio Carlos Scarpitti, nº 581, Jardim Portal das Rosas, nesta cidade e

Comarca;

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(2) ORLANDO JOSÉ ZOVICO, brasileiro, casado, empresário, portador do RG nº

2.932.969 e inscrito no CPF/MF sob o nº 040.836.528-53, residente e domiciliado

na Rua Piauí, nº 493, Vila Cláudia, nesta cidade e Comarca;

(3) PAULO CEZAR JUNQUEIRA HADICH, brasileiro, casado, Prefeito de Limeira

e Delegado de Polícia, portador do RG nº 11.610.003 e inscrito no CPF/MF sob o

nº 054.074.318-66, com endereço funcional na Rua Doutor Alberto Ferreira, nº

179, Centro, nesta cidade e Comarca;

(4) JORGE DE FREITAS, brasileiro, casado, Vereador em Limeira, portador do RG

nº 14.943.353-0 e inscrito no CPF/MF sob o nº 062.853.268-78, com endereço

funcional na Rua Pedro Zaccaria, nº 70, Jardim Santa Luiza, nesta cidade e

Comarca;

(5) EDEVALDO JOSÉ, brasileiro, solteiro, administrador de empresa, portador do

RG nº 19.272.715 e inscrito no CPF/MF sob o nº 104.400.678-12, residente e

domiciliado na Rua Maria Lopes Glória, nº 298, Jardim Alvorada, nesta cidade e

Comarca;

(6) JOSÉ BENEDITO DE BARROS, brasileiro, casado, funcionário público federal,

portador do RG nº 35.349.101-9 e inscrito no CPF/MF sob o nº 436.786.709-97,

residente e domiciliado na Rua Osmar Guarino Cassarotti, nº 10, Jardim

Bartolomeu Grotta, nesta cidade e Comarca;

(7) JOSÉ CARLOS BRANDINO, brasileiro, divorciado, advogado, portador do RG

nº 6.231.293 e inscrito no CPF/MF sob o nº 509.418.958-15, residente e

domiciliado na Avenida Campinas, nº 1910, Bloco 32, Apartamento 33, Vila

Independência, nesta cidade e Comarca;

(8) JOSÉ GALDINO DE SOUZA CLEMENTE, brasileiro, separado judicialmente,

gestor público aposentado, portador do RG nº 11.738.088-X e inscrito no CPF/MF

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sob o nº 962.357.568-87, residente e domiciliado na Rua Professora Arlete de

Souza Queiroz, nº 699, Parque Abílio Pedro, nesta cidade e Comarca;

(9) ELIZA GABRIEL DA COSTA, brasileira, solteira, professora, portadora do RG

nº 11.399.213 e inscrita no CPF/MF sob o nº 016.063.908-56, residente e

domiciliada na Rua João Polatto Neto, nº 20, Parque Victor D’Andrea III, nesta

cidade e Comarca;

(10) SALVADOR JOSÉ, brasileiro, solteiro, engenheiro de produção, portador do

RG nº 14.943.353-0 e inscrito no CPF/MF sob o nº 062.853.268-78, residente e

domiciliado na Rua Maria Lopes Glória, nº 298, Jardim Alvorada, nesta cidade e

Comarca;

(11) MIRTES TREVIZAN PAGGIARO (fls. 108), brasileira,

casada, auxiliar geral, portadora do RG nº 11.947.518

SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº 013.644.788-03,

residente e domiciliada na Rua Romeu Burger Junior, nº 58,

Jardim Elite, nesta cidade e Comarca;

(12) CLÁUDIO ANDERSON HAILER (fls. 144), brasileiro,

casado, motorista, portador do RG nº 24.793.354-5 SSP/SP e

inscrito no CPF/MF sob o nº 155.323.888-57, residente e

domiciliado na Rua Geny Costa Nemitz, nº 747, Lagoa Nova,

nesta cidade e Comarca;

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(13) ROSANA CRISTINA MAGALHÃES RODRIGUES (fls.

254), brasileira, união estável, professora, portadora do RG nº

M6134353 SSP/MG e inscrita no CPF/MF sob o nº

918.510.256-34, residente e domiciliada na Praça Toledo

Barros, nº 155, Apartamento 92, Centro, nesta cidade e

Comarca;

(14) ADRIANA BAPTISTA PINHEIRO (fls. 299), brasileira,

união estável, monitora, portadora do RG nº 26.235.017-8

SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº 192.040.738-37,

residente e domiciliada na Rua Amapá, nº 320, Vila Fascina,

nesta cidade e Comarca;

(15) REINALDO FRANCISCO BEINOTTI FILHO (fls. 335),

brasileiro, solteiro, auditor fiscal, portador do RG nº

28.483.484-1 SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº

253.264.878-37, residente e domiciliado na Avenida Ismael

Ferreira dos Santos, nº 545, Bloco E, Apartamento 31, Parque

Egisto Ragazzo, nesta cidade e Comarca;

(16) HELOÍSA HELENA CONTE BEINOTTI (fls. 567),

brasileira, solteira, professora, portadora do RG nº

25.510.266-5 SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

253.153.348-64, residente e domiciliada na Avenida Ismael

Ferreira dos Santos, nº 545, Bloco E, Apartamento 31, Parque

Egisto Ragazzo, nesta cidade e Comarca;

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(17) KARINELLE FAGUNDES ALVES (fls. 694), brasileira,

solteira, monitora, portadora do RG nº 45.310.317-0 SSP/SP

e inscrita no CPF/MF sob o nº 323.516.488-03, residente e

domiciliada na Rua Benedicto de Paula, nº 352, Jardim Lago

Azul, nesta cidade e Comarca;

(18) ESTER TANCK (fls. 697 e 1412), brasileira, solteira,

assistente administrativo, portadora do RG nº 41.637.715-4

SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº 369.671.248-54,

residente e domiciliada na Rua Joaquim Ernesto de Castro, nº

257, Jardim São Paulo, nesta cidade e Comarca;

(19) TÂNIA DODIACK MENEZES GERALDELLO (fls. 767),

brasileira, casada, professora, portadora do RG nº

16.109.320-6 SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

095.800.628-89, residente e domiciliada na Rua Paulo Diniz

Netto, nº 111, Jardim das Laranjeiras, nesta cidade e

Comarca;

(20) SANDRA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS (fls. 912),

brasileira, solteira, professora, portadora do RG nº

25.245.071-1 SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

246.219.148-80, residente e domiciliada na Rua Dr. Mário

Rudge Ramos Parada, nº 599, Parque Hipólyto, nesta cidade

e Comarca;

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(21) KEILA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS (fls. 915),

brasileira, solteira, professora, portadora do RG nº

25.245.070-X SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

246.219.138-08, residente e domiciliada na Rua Dr. Mário

Rudge Ramos Parada, nº 599, Parque Hipólyto, nesta cidade

e Comarca;

(22) ELISÂNGELA CRISTIANE FERRAZ GOMES DE

SOUZA (fls. 921), brasileira, casada, auxiliar administrativo,

portadora do RG nº 32.773.806-6 SSP/SP e inscrita no

CPF/MF sob o nº 223.846.248-14, residente e domiciliada na

Rua Coronel Manoel Inácio da Mota Pacheco, nº 442 Fundos,

Jardim Monumento, na cidade e Comarca de Piracicaba/SP;

(23) JOILSON APARECIDO RAMOS (fls. 1083), brasileiro,

casado, auxiliar geral, portador do RG nº 41.912.955-8

SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 320.950.228-58,

residente e domiciliado na Rua Dr. Fernando Costa, nº 600,

Parque Hipólyto, nesta cidade e Comarca;

(24) LUCELENE MARIA DO NASCIMENTO ALMEIDA (fls.

1110 e 1582), brasileira, casada, professora, portadora do RG

nº 29.774.663-7 SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

274.823.798-60, residente e domiciliada na Rua João

Machado Gomes Júnior, nº 653, Vila Cláudia, nesta cidade e

Comarca;

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(25) MICHELLE CRISTINA DE CASTRO RODRIGUES

SILVA (fls. 1251), brasileira, casada, professora, portadora do

RG nº 32.756.488-X SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

291.960.368-00, residente e domiciliada na Rua José

Modesto de Abreu, nº 244A, Jardim Residencial Vitória, nesta

cidade e Comarca;

(26) THIAGO CONTRERAS (fls. 1257), brasileiro, casado,

procurador jurídico, portador do RG nº 19.137.381-3 SSP/SP

e inscrito no CPF/MF sob o nº 283.416.048-17, residente e

domiciliado na Rua Faro, nº 451, Parque Residencial Roland,

nesta cidade e Comarca;

(27) DÉBORA FABRI AUGUSTO (fls. 1314), brasileira,

casada, professora, portadora do RG nº 22.812.105-X

SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº 139.619.308-13,

residente e domiciliada na Rua Maria Candiotto dos Santos,

nº 203, Jardim Residencial Canaã, nesta cidade e Comarca;

(28) GLAUBER LUÍS PUZONE (fls. 1409), brasileiro, casado,

veterinário, portador do RG nº 35.262.731-1 SSP/SP e inscrito

no CPF/MF sob o nº 296.833.481-81, residente e domiciliado

na Rua Arezzo, nº 37, Parque Residencial Roland, nesta

cidade e Comarca;

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(29) ANDRÉ CATANHEDE MARRARA (fls. 1647), brasileiro,

casado, motorista socorrista, portador do RG nº 30.951.878-7

SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 252.255.848-02,

residente e domiciliado na Rua Trinidad e Tobago, nº 577,

Belinha Ometto, nesta cidade e Comarca;

(30) ADRIANA DE FÁTIMA BATISTA PEREIRA (fls. 2156),

brasileira, casada, monitora, portadora do RG nº 27.768.120-0

SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº 385.876.138-98,

residente e domiciliada na Avenida Fausto Esteves dos

Santos, nº 1490, Residencial Victor D’Andrea, nesta cidade e

Comarca;

(31) ALESSANDRA LETÍCIA PEREIRA (fls. 2164), brasileira,

solteira, assistente administrativo, portadora do RG nº

46.609.827-3 SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

379.055.458-81, residente e domiciliada na Rua Chile, nº 51,

Belinha Ometto, nesta cidade e Comarca;

(32) ANA PAULA DA CUNHA OLIVEIRA (fls. 2176),

brasileira, casada, merendeira escolar, portadora do RG nº

32.391.589-9 SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

275.595.188-50, residente e domiciliada na Rua Dr. Odécio

Bueno de Camargo, nº 271, Jardim Piratininga, nesta cidade e

Comarca;

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(33) CAIO EDUARDO DE CASTRO TAVARES (fls. 2213),

brasileiro, solteiro, auxiliar administrativo, portador do RG nº

46.024.120-5 SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº

376.317.608-02, residente e domiciliado na Rua Angelina Del

Grande Soares, nº 119, Jardim São Paulo, nesta cidade e

Comarca;

(34) CAROLINE DOS SANTOS (fls. 2227), brasileira, solteira,

merendeira escolar, portadora do RG nº 33.123.247-9

SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº 288.282.208-13,

residente e domiciliada na Rua Antonio Carlos Pompeu, nº

182, Parque Nossa Senhora das Dores, nesta cidade e

Comarca;

(35) JACIARA HELENA BASTOS SOARES (fls. 2345),

brasileira, casada, merendeira escolar, portadora do RG nº

40.772.095-9 SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

350.592.828-30, residente e domiciliada na Rua Odécio

Bertolini, nº 95, Jardim Santa Eulália, nesta cidade e

Comarca;

(36) LILIA DA SILVA MARTINS (fls. 2404), brasileira, solteira,

merendeira escolar, portadora do RG nº 46.452.133-6 SSP/SP

e inscrita no CPF/MF sob o nº 389.223.438-85, residente e

domiciliada na Rua Dr. Celso Mendes Souto, nº 389, Parque

das Nações, nesta cidade e Comarca;

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(37) LILIAN DE ALMEIDA BITENCOURT (fls. 2406),

brasileira, casada, merendeira escolar, portadora do RG nº

44.821.326-6 SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

384.042.478-03, residente e domiciliada na Rua Tereza

Zanelli Fabri, nº 47, Parque Hipólyto, nesta cidade e Comarca;

(38) LUANA CAROLINE BARBOSA ROQUE (fls. 2412),

brasileira, casada, merendeira escolar, portadora do RG nº

48.154.754-X SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

412.273.098-80, residente e domiciliada na Rua Honduras, nº

220, Belinha Ometto, nesta cidade e Comarca;

(39) LÚCIA APARECIDA DOS SANTOS (fls. 2422), brasileira,

divorciada, auxiliar geral, portadora do RG nº 34.550.674-1

SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº 197.011.518-10,

residente e domiciliada na Rua Henrique Duarte do Páteo, nº

74, Jardim Nova Suíça, nesta cidade e Comarca;

(40) NADYA BORTOLOZZO DA SILVA FRONER (fls. 2528),

brasileira, casada, professora, portadora do RG nº

30.320.963-X SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

291.688.888-80, residente e domiciliada na Rua Alberto

Novaes, nº 664, Residencial Furlan, na cidade e Comarca de

Santa Bárbara d’Oeste/SP;

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(41) RAFAEL DE ALMEIDA TOQUINI (fls. 2556), brasileiro,

solteiro, assessor administrativo, portador do RG nº

46.625.634-6 SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº

395.418.418-48, residente e domiciliado na Rua Hermínio

Antônio, nº 674, Jardim Nereide, nesta cidade e Comarca;

(42) SILVANA HELENA ANANIAS (fls. 2615), brasileira,

solteira, assessora administrativa, portadora do RG nº

27.768.700-7 SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº

273.497.838-50, residente e domiciliada na Avenida Antônio

d’Andrea, nº 848, Parque Nossa Senhora das Dores, nesta

cidade e Comarca;

(43) TÂNIA APARECIDA NICOLAU (fls. 2631), brasileira,

divorciada, professora, portadora do RG nº 32.279.854-1

SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº 284.701.728-32,

residente e domiciliada na Rua Olívio Machado, nº 83,

Residencial Porto Real, nesta cidade e Comarca;

e (44) MUNICÍPIO DE LIMEIRA1, pessoa jurídica de direito público interno,

representada pelo alcaide, com sede na Rua Doutor Alberto Ferreira, nº 179,

Centro, nesta cidade e comarca, pelos motivos fáticos e jurídicos doravante

expostos.

1 Ressalte-se que o MUNICÍPIO DE LIMEIRA apenas integra o polo passivo da presente demanda pelo fato de que eventual procedência da ação refletirá nas nomeações realizadas pela Municipalidade, haja vista serem nulas, eis que contratados com ausência dos requisitos necessários para a investidura em cargos reservados por cotas e destinados a afro-brasileiros.

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I – SITUAÇÃO FÁTICA

O inquérito civil em anexo foi instaurado para apurar eventual prática

de atos de improbidade administrativa consistente em diversas pessoas

caucasianas terem declarado ser afrodescendentes em concursos públicos

realizados pelo MUNICÍPIO DE LIMEIRA, para obterem o benefício das cotas

destinadas aos candidatos afro-brasileiros.

Consta no bojo dos autos que o MUNICÍPIO DE LIMEIRA, ente

representado pelo então prefeito SILVIO FÉLIX DA SILVA, nomeou:

1) MIRTES TREVIZAN PAGGIARO, no dia 04 de maio de 2.005,

mediante a Portaria nº 393/2.005, para o exercício do cargo efetivo de “Auxiliar

Geral”, lotada na Secretaria Municipal da Cultura (fls. 109/110);

2) CLÁUDIO ANDERSON HAILER, no dia 10 de junho de 2.005,

mediante a Portaria nº 632/2.005, para o exercício do cargo efetivo de “Motorista”,

lotado na Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Meio Ambiente e

Recursos Hídricos (fls. 145/146);

3) ROSANA CRISTINA MAGALHÃES RODRIGUES, no dia 14 de

março de 2.006, mediante a Portaria nº 470/2.006, para o exercício do cargo

efetivo de “Professor de Educação Especial”, na EMEIEF “Aracy Nogueira

Guimarães” (fls. 255/256);

4) ADRIANA BAPTISTA PINHEIRO, no dia 19 de junho de 2.006,

mediante a Portaria nº 935/2.006, para o exercício do cargo efetivo de “Monitor”,

lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 300/301);

5) REINALDO FRANCISCO BEINOTTI FILHO, no dia 04 de

dezembro de 2.006, mediante a Portaria nº 1.441/2.006, para o exercício do cargo

efetivo de “Auditor Fiscal”, lotado na Secretaria Municipal da Fazenda (fls.

336/337);

6) KARINELLE FAGUNDES ALVES, no dia 09 de janeiro de 2.009,

mediante a Portaria nº 50/2.009, para o exercício do cargo efetivo de “Monitor”,

lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 695/696);

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7) ESTER TANCK, no dia 09 de janeiro de 2.009, mediante a

Portaria nº 55/2.009, para o exercício do cargo efetivo de “Monitor”, lotada na

Secretaria Municipal da Educação (fls. 698/699);

8) ESTER TANCK, no dia 28 de setembro de 2.011, mediante a

Portaria nº 2.254/2.011, para o exercício do cargo efetivo de “Assistente

Administrativo”, lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 1413/1414);

9) TÂNIA DODIACK MENEZES GERALDELLO, no dia 09 de março

de 2.010, mediante a Portaria nº 415/2.010, para o exercício do cargo efetivo de

“Professor Substituto de Educação Infantil”, no C.I. “José Reinaldo Ribeiro

Brugnaro” (fls. 768/769);

10) SANDRA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS, no dia 24 de agosto

de 2.010, mediante a Portaria nº 1.497/2.010, para o exercício do cargo efetivo de

“Professor de Ensino Fundamental”, na EMEIEF “Professora Maria Apparecida de

Luca Moore” (fls. 913/914);

11) KEILA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS, no dia 24 de agosto de

2.010, mediante a Portaria nº 1.501/2.010, para o exercício do cargo efetivo de

“Professor de Ensino Fundamental”, na EMEIEF “Professora Maria Apparecida de

Luca Moore (fls. 916/917);

12) ELISÂNGELA CRISTIANE FERRAZ GOMES DE SOUZA, no

dia 30 de agosto de 2.010, mediante a Portaria nº 1.524/2.010, para o exercício do

cargo efetivo de “Auxiliar Administrativo”, lotada na Secretaria Municipal de

Assuntos Jurídicos (fls. 922/923);

13) JOILSON APARECIDO RAMOS, no dia 24 de janeiro de 2.011,

mediante a Portaria nº 166/2.011, para o exercício do cargo efetivo de “Auxiliar

Geral”, lotado na Secretaria Municipal de Esportes (fls. 1084/1085);

14) LUCELENE MARIA DO NASCIMENTO ALMEIDA, no dia 27 de

janeiro de 2.011, mediante a Portaria nº 233/2.011, para o exercício do cargo

efetivo de “Professor Substituto de Ensino Fundamental”, na EMEIEF “Professor

José Justino Castilho” (fls. 1111/1112);

15) MICHELLE CRISTINA DE CASTRO RODRIGUES SILVA, no

dia 18 de abril de 2.011, mediante a Portaria nº 1.043/2.011, para o exercício do

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cargo efetivo de “Professor de Educação Infantil”, na EMEI “Zé Carioca” (fls.

1252/1253);

16) THIAGO CONTRERAS, no dia 06 de maio de 2.011, mediante a

Portaria nº 1.102/2.011, para o exercício do cargo efetivo de “Procurador Jurídico”,

lotado na Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos (fls. 1258/1259);

17) DÉBORA FABRI AUGUSTO, no dia 27 de julho de 2.011,

mediante a Portaria nº 1.622/2.011, para o exercício do cargo efetivo de “Professor

Substituto de Ensino Fundamental”, lotada na Secretaria Municipal da Educação

(fls. 1315/1316); e

18) GLAUBER LUÍS PUZONE, no dia 20 de setembro de 2.011,

mediante a Portaria nº 2.170/2.011, para o exercício do cargo efetivo de

“Veterinário”, lotado na Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Recursos Hídricos

e Bioatividades (fls. 1410/1411).

Outrossim, consta que o MUNICÍPIO DE LIMEIRA, ente

representado pelo então prefeito ORLANDO JOSÉ ZOVICO, nomeou:

1) HELOÍSA HELENA CONTE BEINOTTI, no dia 25 de janeiro de

2.008, mediante a Portaria nº 262/2.008, para o exercício do cargo efetivo de

“Professor de Educação Infantil”, no C.I. “Vilma Terezinha Marrafon Coppi” (fls.

568/569);

2) LUCELENE MARIA DO NASCIMENTO ALMEIDA, no dia 16 de

fevereiro de 2.012, mediante a Portaria nº 267/2.012, para o exercício do cargo

efetivo de “Professor de Educação Infantil”, na EMEIEF “Dr. José Carvalho

Ferreira” (fls. 1583/1584);

3) ANDRÉ CATANHEDE MARRARA, no dia 02 de março de 2.012,

mediante a Portaria nº 486/2.012, para o exercício do cargo efetivo de “Motorista

Socorrista”, lotado na Secretaria Municipal da Saúde (fls. 1648/1649);

4) ALESSANDRA LETÍCIA PEREIRA, no dia 14 de maio de 2.012,

mediante a Portaria nº 1.419/2.012, para o exercício do cargo efetivo de

“Assistente Administrativo”, lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls.

2165/2165 verso);

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5) LÚCIA APARECIDA DOS SANTOS, no dia 9 de maio de 2.012,

mediante a Portaria nº 1.187/2.012, para o exercício do cargo efetivo de “Auxiliar

Geral”, lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 2423/2423 verso);

6) RAFAEL DE ALMEIDA TOQUINI, no dia 10 de maio de 2.012,

mediante a Portaria nº 1.193/2.012, para o exercício do cargo efetivo de “Assessor

Administrativo”, lotado na Secretaria Municipal da Administração (fls. 2557/2557

verso); e

7) TÂNIA APARECIDA NICOLAU, no dia 16 de fevereiro de 2.012,

mediante a Portaria nº 315/2.012, para o exercício do cargo efetivo de “Professor

de Ensino Fundamental”, na EMEIEF “Aracy Nogueira Guimarães” (fls. 2632/2632

verso).

Consta ainda que, o MUNICÍPIO DE LIMEIRA, ente representado

pelo prefeito PAULO CEZAR JUNQUEIRA HADICH, nomeou:

1) ADRIANA DE FÁTIMA BATISTA PEREIRA, no dia 19 de março

de 2.013, mediante a Portaria nº 1.141/2.013, para o exercício do cargo efetivo de

“Monitor”, lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 2157/2157 verso);

2) ANA PAULA DA CUNHA OLIVEIRA, no dia 08 de janeiro de

2.013, mediante a Portaria nº 359/2.013, para o exercício do cargo efetivo de

“Merendeiro Escolar”, lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 2177/2177

verso);

3) CAIO EDUARDO DE CASTRO TAVARES, no dia 20 de fevereiro

de 2.013, mediante a Portaria nº 837/2.013, para o exercício do cargo efetivo de

“Auxiliar Administrativo”, lotado na Secretaria Municipal da Saúde (fls. 2214/2214

verso);

4) CAROLINE DOS SANTOS, no dia 08 de janeiro de 2.013,

mediante a Portaria nº 214/2.013, para o exercício do cargo efetivo de “Merendeiro

Escolar”, lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 2228/2228 verso);

5) JACIARA HELENA BASTOS SOARES, no dia 08 de janeiro de

2.013, mediante a Portaria nº 304/2.013, para o exercício do cargo efetivo de

“Merendeiro Escolar”, lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 2346/2346

verso);

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6) LILIA DA SILVA MARTINS, no dia 08 de janeiro de 2.013,

mediante a Portaria nº 269/2.013, para o exercício do cargo efetivo de “Merendeiro

Escolar”, lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 2405/2405 verso);

7) LILIAN DE ALMEIDA BITENCOURT, no dia 08 de janeiro de

2.013, mediante a Portaria nº 109/2.013, para o exercício do cargo efetivo de

“Merendeiro Escolar”, lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 2407/2407

verso);

8) LUANA CAROLINE BARBOSA ROQUE, no dia 08 de janeiro de

2.013, mediante a Portaria nº 349/2.013, para o exercício do cargo efetivo de

“Merendeiro Escolar”, lotada na Secretaria Municipal da Educação (fls. 2413/2413

verso);

9) NADYA BORTOLOZZO DA SILVA FRONER, no dia 26 de abril

de 2.013, mediante a Portaria nº 1.603/2.013, para o exercício do cargo efetivo de

“Professor Especialista – Educação Infantil e Ensino Fundamental – Educação

Física”, no CEIEF “Jamile Caram de Souza Dias” (fls. 2529/2529 verso); e

10) SILVANA HELENA ANANIAS, no dia 11 de junho de 2.013,

mediante a Portaria nº 2.007/2.013, para o exercício do cargo efetivo de “Assessor

Administrativo”, lotada na Secretaria Municipal da Saúde (fls. 2616/2616 verso).

Supramencionadas nomeações se deram durante os governos de

SILVIO FÉLIX DA SILVA, ORLANDO JOSÉ ZOVICO e PAULO CEZAR

JUNQUEIRA HADICH, aos quais competiam fiscalizar a legalidade dos atos,

mormente os de nomeação de agentes públicos para cargos efetivos, inerentes às

suas competências.

Conforme será demonstrado na presente ação civil pública, restou

evidente a existência de irregularidades nas contratações, notadamente a flagrante

violação artigo 1º do Decreto Municipal nº 109, de 8 de abril de 2004, pois os

demandados nomeados (arrolados e qualificados do numeral 11 ao 43) não são

da raça negra e/ou cor parda, consoante de infere das fotografias acostadas em

seus respectivos assentamentos funcionais.

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II – DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À ESPÉCIE

A Lei Municipal nº 3.691, de 13 de março de 2004, instituiu reserva

de 20% dos cargos de provimento por concurso público, de direção, chefia e

assessoramento, em comissão, nos órgãos e entidades da administração direta e

indireta, aos afro-brasileiros (fls. 42/44).

O artigo 2º de aludido diploma legal determina que, “nos casos em

que houver dúvidas o Poder Executivo consultará uma Comissão composta por

Entidades Representativas do Município que atuem pelos direitos dos afro-

brasileiros, que será composta por um representante legal do COMICIN, um

representante legal do CONAD (OAB), um representante legal do GICNGA e um

representante legal do Instituto ODOYA”.

A lei em comento foi regulamentada pelo Decreto Municipal nº 109,

de 8 de abril de 2004, de autoria do Chefe do Poder Executivo, sobretudo para

definir quem é afro-brasileiro e como far-se-á a comprovação de tal condição (fls.

45).

A redação do artigo 1º de supramencionado decreto é cristalina e

objetiva: “Para os efeitos da Lei Municipal nº 3.691, de 13 de março de 2004,

consideram-se afro-brasileiros as pessoas de raça negra e/ou cor parda”.

Em seguida, o artigo 2º estabelece as formas de comprovação da

condição de afro-brasileiro: “A comprovação da condição de afro-brasileiro, far-se-

á mediante a apresentação de qualquer um dos documentos abaixo relacionados:

a) documento oficial que conste discriminado sua raça ou cor;

b) documento oficial de parente, por consanguinidade, ascendentes

ou colaterais, no qual conste a indicação da raça ou cor, juntamente com um

documento oficial da pessoa, comprovando o parentesco;

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c) inexistindo indicação da raça ou cor em documento oficial, a

comprovação far-se-á mediante consulta pelo Poder Executivo, a Comissão

composta por representantes das Entidades mencionadas na Lei Municipal nº

3.691/ 2004.”

Por sua vez, a Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso II, é

clara ao dispor que:

“a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação

prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de

acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na

forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em

comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração” (grifo

nosso).

Assim sendo, conforme se extrai da leitura dos dispositivos citados,

especialmente o artigo 1º do Decreto Municipal nº 109/2004, para ser investido em

cargo destinado a afro-brasileiro é necessário ser da raça negra e/ou possuir cor

parda, requisito indispensável e de jaez objetivo.

Logo, o passo inicial é verificar se a pessoa é negra ou parda, para

que, em caso positivo, em seguida proceda à comprovação de sua condição de

afro-brasileiro, nos termos do artigo 2º do Decreto Municipal nº 109/2004. Por

evidente, eventual documentação apresentada nos moldes do artigo 2º não supre

o requisito previsto no artigo 1º do diploma legal em tela, sobretudo porque é o

segundo artigo que está atrelado ao primeiro, não o contrário.

Consequentemente, a documentação fornecida por diversos dos

réus nomeados são juridicamente irrelevantes na medida em que eles não são da

raça negra nem possuem cor parda, consoante atestam suas respectivas

fotografias contidas no prontuário funcional.

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Neste ponto, urge trazer a lume informação apresentada pelo

Departamento de Cultura Afrodescendente e da Integração Étnica – DECADIE,

expondo a metodologia utilizada pela comissão composta por entidades

representativas no município que atuem pelos direitos dos afro-brasileiros:

“Conforme o Art. 2º da Lei 3961/2004, nos casos de dúvidas do executivo, se o

candidato não apresentar nenhum traço afro-brasileiro é necessária a

comprovação de parentesco até 2ª geração (pai e avô – documentados),

fotografias, e conhecimentos das causas étnicas” (fls. 47).

Então, como o MUNICÍPIO DE LIMEIRA acatou os documentos

fornecidos por REINALDO FRANCISCO BEINOTTI FILHO (parentesco: tio

paterno, fls. 1848), HELOÍSA HELENA CONTE BEINOTTI (parentesco: tio

paterno, fls. 1854), JOILSON APARECIDO RAMOS (parentesco: tia materna, fls.

2001), GLAUBER LUÍS PUZONE (parentesco: bisavô materno, fls. 1867) e

ADRIANA DE FÁTIMA BATISTA PEREIRA (parentesco: tia materna, fls.

2704/2706), cujos parentescos são alheios e distantes aos defendidos por

supramencionada comissão?

Lógica inexiste! E, ao que parece, também não há uma efetiva

fiscalização nas nomeações de candidatos afro-brasileiros, propiciando um

ambiente profícuo para a prática de fraudes.

Tanto é assim que os demandados MIRTES TREVIZAN PAGGIARO

(fls. 1926), CLÁUDIO ANDERSON HAILER (fls. 1835 e 1868/1869) e ADRIANA

BAPTISTA PINHEIRO (fls. 1872, 1882 e 1926) sequer exibiram os documentos

previstos no artigo 2º, alíneas “a” e “b” do Decreto Municipal nº 109/2004,

tampouco foram submetidos à consulta da Comissão composta por representantes

das Entidades mencionadas na Lei Municipal nº 3.691/2004. Mas, pasme, foram

nomeados como afro-brasileiros!

Se não bastasse, as rés ESTER TANCK, ROSANA CRISTINA

MAGALHÃES RODRIGUES, CAROLINE DOS SANTOS, LILIA DA SILVA

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MARTINS e LILIAN DE ALMEIDA BITENCOURT, que também não apresentaram

documentos, foram submetidas a uma comissão examinadora para verificação de

afrodescendência.

ESTER foi avaliada e aprovada por JORGE DE FREITAS,

EDEVALDO JOSÉ, JOSÉ GALDINO DE SOUZA CLEMENTE e JOSÉ CARLOS

BRANDINO (fls. 1677 e 1723).

ROSANA foi ponderada e confirmada por ELIZA GABRIEL DA

COSTA, SALVADOR JOSÉ, JOSÉ BENEDITO DE BARROS e JOSÉ CARLOS

BRANDINO (fls. 1679 e 1796).

CAROLINE (fls. 2694 e 2713), LILIA (fls. 2694 e 2721), LILIAN (fls.

2694 e 2722) foram julgadas e admitidas por JOSÉ BENEDITO DE BARROS,

ELIZA GABRIEL DA COSTA, JOSÉ GALDINO DE SOUZA CLEMENTE e JOSÉ

CARLOS BRANDINO.

Entretanto, suas fotografias revelam que ESTER, ROSANA e

LILIAN possuem peles claríssimas, olhos esverdeados e outros traços

característicos aos povos nórdicos. Por sua vez, CAROLINE e LILIA, também não

detêm fisionomias condizentes com a dos negros. Destarte, é surreal sustentar

que são afro-brasileiras e/ou vítimas de discriminação racial!

Como se observa pelos fatos narrados, os critérios estipulados pela

legislação aplicável à espécie são deliberadamente olvidados, de modo que

pessoas que não preenchem os requisitos normativos foram favorecidas,

indevidamente, com as cotas raciais. Ao bel-prazer e conforme conveniências

desconhecidas, caucasianos são considerados afro-brasileiros, ainda que suas

aparências físicas evidenciem o óbvio.

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III – EPÍTOME ACERCA DAS COTAS RACIAIS E SEUS DESTINATÁRIOS

Dentre as discriminações existentes no Brasil, a que se demonstra

mais patente é a racial, onde os afro-brasileiros figuram como vítimas, suportando

as mazelas provenientes do período escravocrata, o qual contribuiu, sobremaneira,

para as inaceitáveis desigualdades entre brancos e negros ainda existentes.

Basta lembrar que fomos o último país ocidental a abolir a

escravidão, o maior importador de escravos no Atlântico, o penúltimo Estado da

América a abolir o tráfico de escravos e a segunda maior nação escravista da Era

Moderna.

No ano de 2003, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

e a Universidade do Norte Fluminense Darcy Vargas (UENF) instituíram – de

forma pioneira – em seus respectivos exames vestibulares, o sistema de cotas

destinado a estudantes afrodescendentes, alinhando-se à hodierna tendência das

políticas públicas que visam redistribuir bens e direitos às camadas excluídas da

sociedade.

Em 2004, o Poder Executivo limeirense aprovou lei municipal com

finalidade semelhante, conforme mencionado alhures, destinando 20% dos cargos

de provimento por concurso público, de direção, chefia e assessoramento, em

comissão, nos órgãos e entidades da administração direta e indireta, aos afro-

brasileiros.

O empecilho inicial atinente às ações afirmativas concerne ao critério

de fixação das cotas destinadas aos afrodescendentes, uma vez que o conceito de

tal termo é amplo e permite diversas interpretações, especialmente em nosso país,

onde a miscigenação entre negros, brancos e indígenas atingiu patamares

raramente presenciados em outros locais no mundo.

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E é exatamente da dificuldade em se definir quem é afro-brasileiro

que os acionados nomeados se valeram para obterem uma regalia indevida.

Existem duas teorias consagradas para conceituar quem é

afrodescendente. Uma, conhecida como “teoria da única gota de sangue”,

preconiza que bastaria que o indivíduo tivesse algum ascendente negro, ainda que

em grau remoto, para que ser considerado afrodescendente. A outra teoria,

propagada pelos membros do Movimento Negro brasileiro (fls. 1910 e 2100),

sustenta que afrodescendente é aquele que detém marcas fenotípicas (cor da

pele, textura do cabelo e formato do nariz) inerentes aos negros, ainda que

atenuadas em decorrência da miscigenação.

Nos Estados Unidos da América, quando da implementação das

ações afirmativas destinadas a afrodescendentes, adotou-se a teoria da única gota

de sangue, pois em mencionada nação vigora o preconceito racial de origem, isto

é, a pessoa é discriminada em decorrência de sua ascendência. Portanto, ainda

que o indivíduo possua características fenotípicas intrínsecas aos brancos, se

porventura for descendente de um negro, sofreria alguma forma de discriminação.

De outro lado, no Brasil há o preconceito de marca, de modo que o

que importa é a caracterização sociocultural, ou seja, os traços que determina a

aparência do negro, que variam em cada local, conforme o imaginário coletivo.

Se aplicássemos como parâmetro a teoria da única gota de sangue

em nosso país, então a legislação alusiva às cotas raciais perderia qualquer

sentido, pois quase a totalidade dos brasileiros possui alguma ascendência negra.

De fato, estudo genético realizado por Sérgio Danilo Junho Pena e Maria Cátira

Bortolini, publicado em 2004, apurou que 87% dos brasileiros apresentam mais de

10% de ancestralidade africana (fls. 2086/2098).

Logo, resta patente que as cotas raciais devem ser destinadas

àqueles que são vítimas diretas do racismo, como medida distributiva, atuando

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com o fito de neutralizar as iniquidades existentes na sociedade, proporcionando a

igualdade material por meio de discriminações positivas, que devem incidir até que

seja estabelecida a equidade entre todos.

Destarte, constata-se que os réus nomeados (relacionados do

numeral 11 ao 43) não se encaixam no conceito de afro-brasileiros, pois não

possuem todos os fenótipos próprios aos negros, tais como pele escura ou parda,

cabelo enrolado ou carapinha, nariz largo e lábios espessos.

Perfunctória análise das fotografias dos assentamentos funcionais

dos demandados nomeados (e que instruem a qualificação dos réus na presente

petição inicial) evidenciam que suas características físicas, indubitavelmente, não

lhes causaram discriminações raciais que justificassem a utilização da cota racial

destinada a afrodescendentes. Todos possuem pele branca, alguns possuem

olhos claros e cabelos loiros, outros carregam sobrenomes de origem germânica,

italiana, espanhola ou eslava. Não é crível que sejam identificados perante a

sociedade como afro-brasileiros e que sofram racismo.

Se não bastasse, seus prontuários funcionais estão preenchidos

como “raça branca”, circunstância contraditória e que não se coaduna com a cota

racial da qual se beneficiaram indevidamente. Ao que tudo indica, são afro-

brasileiros apenas para obter uma prerrogativa específica, enquanto são brancos

para os demais atos da vida civil e profissional.

A título ilustrativo e realizando uma comparação, os fatos ora

narrados assemelham-se a uma pessoa que não atingiu os 60 anos de idade

declarar ser idosa tão-somente para ter atendimento preferencial, vaga reservada

em estacionamentos ou isenção de tarifa em ônibus públicos municipais. Ou,

ainda, um indivíduo que se identifica como portador de deficiência física para

conseguir isenção de IPVA e/ou vaga reservada em concurso público.

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Noutras palavras: trata-se do nefasto jeitinho brasileiro que visa o

interesse próprio em detrimento do interesse alheio e coletivo, afrontando a

cidadania e a ética social, postura com a qual os Poderes Constituídos não podem

compactuar.

Nesse sentido, esclarecedora é a notícia extraída do sítio eletrônico

do periódico “O Estado de São Paulo”, na qual é informado que “a proporção de

candidatos pretos, pardos e indígenas no Exame Nacional do Ensino Médio

(ENEM) já supera à registrada no Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE). O principal motivo é a Lei de Cotas nas federais, que fazem a

seleção de universitários por meio da prova” (fls. 2103/2104).

IV – DA PRÁTICA DE ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Ao agirem na forma acima relatada, todos os demandados

nomeados, bem como os responsáveis diretos pelas suas nomeações, quais

sejam, os membros da comissão JORGE DE FREITAS, EDEVALDO JOSÉ, JOSÉ

GALDINO DE SOUZA CLEMENTE, JOSÉ CARLOS BRANDINO, ELIZA

GABRIEL DA COSTA, SALVADOR JOSÉ e JOSÉ BENEDITO DE BARROS, e,

ainda, os então alcaides SILVIO e ORLANDO, bem como o atual Prefeito PAULO,

responsáveis, ainda que indiretos, por toda a administração do MUNICÍPIO DE

LIMEIRA, incorreram na definição prevista pela Lei nº 8.429/1.992, a qual

conceitua os repudiados ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.

Com efeito, violaram diversos PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA, na forma estatuída pelo artigo 11 da Lei de Improbidade Administrativa.

O dever jurídico de observância aos princípios que regem a

Administração Pública é imposto aos agentes públicos, de forma expressa, no

artigo 37, “caput”, da Lei Maior, ao estabelecer que: “A administração pública direta

e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e

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dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,

moralidade, publicidade e eficiência (...)”.

De seu turno, o artigo 4º da Lei de Improbidade Administrativa,

praticamente repete o mandamento constitucional, apregoando que: “os agentes

públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita

observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e

publicidade no trato dos assuntos que lhes são afetos”.

Mais adiante, o referido diploma infraconstitucional estabelece em

seu artigo 11 que constitui ato de improbidade administrativa a violação dos

princípios da Administração Pública, impondo a respectiva sanção no artigo 12,

inciso III.

No caso em apreço, a conduta dos demandados se enquadra nos

incisos I e V, do artigo 11, da Lei nº 8.429/1.992, os quais dispõem:

Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os

princípios da administração pública qualquer ação ou omissão

que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e

lealdade às instituições, e notadamente: praticar ato visando fim

proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na

regra de competência e frustrar a licitude de concurso público

(grifos nosso).

De fato, restou patente a ilicitude das nomeações para os

respectivos cargos dos acionados qualificados pela numeração 11 ao 43, cujos

responsáveis, ainda que indiretos, foram os Chefes do Poder Executivo então em

exercício, SILVIO e ORLANDO, bem como o atual alcaide PAULO.

Nas nomeações de ESTER TANCK, ROSANA CRISTINA

MAGALHÃES RODRIGUES, CAROLINE DOS SANTOS, LILIA DA SILVA

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MARTINS e LILIAN DE ALMEIDA BITENCOURT, houve ainda a participação

direta de JORGE DE FREITAS, EDEVALDO JOSÉ, JOSÉ GALDINO DE SOUZA

CLEMENTE, JOSÉ CARLOS BRANDINO, ELIZA GABRIEL DA COSTA,

SALVADOR JOSÉ e JOSÉ BENEDITO DE BARROS, uma vez que integravam a

comissão responsável pela verificação da afrodescendência de mencionadas rés,

atestando indevidamente que elas eram afro-brasileiras, embora todas possuam

traços eminentemente de caucasianos.

Restaram, portanto, cediças nos autos a ilicitude das nomeações em

apreço, bem como o desvio de finalidade.

A respeito do tema, segundo os escólios de Hely Lopes Meirelles:

O desvio de finalidade ou de poder verifica-se quando a

autoridade, embora atuando nos limites de sua competência,

pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados

pela lei ou exigidos pelo interesse público. O desvio de finalidade

ou de poder é, assim, a violação ideológica da lei, ou, por outras

palavras, a violação moral da lei, colimando o administrador

público fins não queridos pelo legislador, ou utilizando motivos e

meios imorais para a prática de um ato administrativo aparentemente

legal (grifo nosso).2

Assim sendo, configurado o desvio de finalidade na conduta dos

membros da comissão responsáveis pelas nomeações, bem como pelos alcaides,

em face da nomeação de pessoas que não se enquadram no conceito de

afro-brasileiro, contrariando a Constituição Federal e norma infraconstitucional,

cujo desconhecimento a ninguém é dado alegar, principalmente aos que

exerceram o mandato de Prefeito, aos referidos membros e aos agentes públicos

nomeados.

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Esqueceram-se, dentre outros, dos princípios da moralidade

administrativa, da legalidade, da impessoalidade e da finalidade da atuação

pública.

Com efeito, não agiram com observância de regras éticas e morais

na atividade administrativa, informadas por valores como boa-fé, honestidade,

lealdade e interesse público, que devem estar presentes na conduta do agente

público e no ato praticado.

Além disso, como demonstrado, violaram, flagrantemente, a Lei

Fundamental e a Lei de Improbidade Administrativa, haja vista terem contratado

pessoas brancas para cargos destinados a negros e/ou pardos, ao reverso do que

preconiza a legislação municipal aplicável à espécie.

Nesse sentido, esqueceram-se da supremacia do interesse

público sobre o interesse privado, efetuando ato ilícito, em detrimento da

comunidade, em manifesta vantagem a interesses espúrios, quando a Constituição

Federal, em seu artigo 37, “caput”, estatui alguns princípios, como o da

impessoalidade (agir visando apenas o fim público e, jamais, interesses

pessoais), legalidade (obrar estritamente e em consonância às normas legais) e o

da moralidade administrativa (atuar com ética e honestidade).

Os mandamentos do artigo 37, “caput”, da Constituição Federal, bem

como as regras traçadas pela Lei nº 8.429/1.992 foram olvidadas, sendo

necessária a pronta atuação jurisdicional para o restabelecimento do ordenamento

jurídico.

Na esteira dos ensinamentos de Konrad Hesse:

Em outras palavras, a força vital e a eficácia da Constituição

assentam-se na sua vinculação às forças espontâneas e às

2 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32. ed. São Paulo: Editora

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tendências dominantes do seu tempo, o que possibilita o seu

desenvolvimento e a sua ordenação objetiva. A Constituição

converte-se, assim, na ordem geral objetiva dos complexos de

relações da vida (grifo nosso).3

Um pouco adiante, arremata o Professor da Universidade de

Freiburg e Ex-Presidente da Corte Constitucional Alemã:

A Constituição jurídica logra conferir forma e modificação à

realidade. Ela logra despertar ‘a força que reside na natureza das

coisas’, tornando-a ativa. Ela própria converte-se em força ativa que

influi e determina a realidade política e social. Essa força impõe-se

de forma tanto mais efetiva quanto mais ampla for a convicção

sobre a inviolabilidade da Constituição, quanto mais forte

mostrar-se essa convicção entre os principais responsáveis

pela vida constitucional. Portanto, a intensidade da força

normativa da Constituição apresenta-se, em primeiro plano,

como uma questão de vontade normativa, de vontade de

Constituição (Wille zur Verfassung) (grifo nosso).4

Além disso, insta salientar que:

(...) a responsabilidade do agente, por força do artigo 21, inciso

I, da Lei nº 8.429/1.992, não está associada à ocorrência de dano

patrimonial, mas sim à violação aos princípios regentes da

atividade estatal, sendo oportuno frisar que a má-fé deste será

normalmente incontestável, pois é inconcebível que alguém se

habilite a desempenhar relevante atividade na hierarquia

Malheiros, 2006, pp.112-113. 3 A força normativa da Constituição (DIE NORMATIVE KRAFT DER VERSSAFUNG). Tradução de Gilmar Ferreira Mendes, Porto Alegre: Editora Sergio Antonio Fabris, 1991, p. 18. 4 Op. cit., p. 24.

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administrativa sem ter pleno conhecimento das normas que

legitimam e disciplinam sua função (grifo nosso).

Portanto, eventual argumento de que não houve efetiva ocorrência

de dano ao erário, ou de que os serviços foram efetivamente prestados, não isenta

os demandados de responsabilização pela violação aos princípios (artigo 11 da Lei

nº 8.429/1.992). É o que reza o artigo 21, inciso I, do mesmo diploma legal.

Dessa maneira, ainda que tivessem agido culposamente, alegando

eventual inabilidade ou desconhecimento da lei, e não a título doloso, nenhuma

diferença haveria para fins de aplicação das sanções pertinentes.

No ensinamento de Márcio Fernando Elias Rosa:

Em princípio, pode parecer de excessivo rigor legal, a punição

do agente público que laborou culposamente para a

consumação de lesão ao erário. Todavia, assim não é.

Os agentes públicos em geral, inclusive os que servem

empresas estatais ou que de qualquer modo envolvam dinheiro

público, têm a obrigação de se conduzir com diligência no

desempenho de suas funções, sendo incompatível com a

natureza delas a imprudência e a negligência.

Agente público imprudente é o que age sem calcular as

consequências previsíveis para o erário, do ato que pratica.

Negligente é o que se omite no dever de acautelar o patrimônio

público. Tanto um como outro descumprem dever elementar

imposto a todo e qualquer agente público, qual seja, o de zelar

pela integridade patrimonial do ente ao qual presta serviços, à

medida que se trata de patrimônio que, não sendo seu, a todos

interessa e pertence (grifo nosso).5

5 ROSA, Márcio Fernando Elias, PAZZAGLINI FILHO, Marino e FAZZIO JÚNIOR, Waldo, Improbidade Administrativa: Aspectos Jurídicos da Defesa do Patrimônio Público. 4ª ed., São Paulo: Editora Atlas, 1999, p. 78.

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Nesse sentido, ao lecionar sobre a contratação sem concurso

público, Emerson Garcia e Rogério Pacheco Alves, magistralmente, asseveram

que:

Afigura-se nítida a lesividade ao interesse público, sendo injurídico

afirmar que a lei somente visa a punir o administrador

desonesto, não incompetente. Que seja incompetente na gestão

de seus bens, não na condução do patrimônio público; que viole sua

moral individual, não a moralidade administrativa; que presenteie os

amigos com seus pertences, não com cargos públicos. Enfim,

até mesmo para a incompetência deve ser estabelecido um

limite! (grifo nosso).6

Imperiosa, pois, a aplicação das sanções pertinentes à prática de ato

de improbidade administrativa pela violação dos Princípios da Administração

Pública, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.249/1.992.

V – DA NULIDADE

Diante do descumprimento das normas constitucionais, bem como

da afronta aos princípios norteadores da Administração Pública proba, há de ser

decretada a nulidade das nomeações dos demandados arrolados na numeração

compreendida entre 11 e 43 para o exercício de seus respectivos cargos.

Aliás, esse é o mandamento constitucional, o qual pode ser extraído

do artigo 37, § 2º: “A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a

nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei” (grifo

nosso).

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Em sendo nulos, por corolário, mostram-se impossíveis de

convalidação, e não produzem efeitos válidos no mundo fenomênico, por terem

sido praticados com desvio de finalidade, contrariamente às normas jurídicas em

vigor.

VI – DOS PEDIDOS

Ante o exposto, o Ministério Público do Estado de São Paulo requer:

I – a distribuição e autuação da presente ação, instruída pelo Inquérito Civil nº

691/2012-3;

II – a notificação dos requeridos para, se almejarem e no prazo de 15 (quinze)

dias, oferecer manifestação por escrito, a qual poderá ser instruída com

documentos e justificações e, após, a citação para, querendo, contestarem a

presente ação, que deverá seguir o rito ordinário7, no prazo legal e sob pena de

revelia;

III – a intimação pessoal do autor de todos os atos e termos do processo, na forma

do artigo 236, § 2º, do Código de Processo Civil;

IV – seja deferida a produção de todas as provas em Direito admitidas, a ser

requerida oportunamente, se necessário; e

V – por fim, seja julgado PROCEDENTE o pedido formulado na presente ação civil

pública, com a finalidade de decretar a nulidade das nomeações dos requeridos

MIRTES TREVIZAN PAGGIARO, CLÁUDIO ANDERSON HAILER, ROSANA

CRISTINA MAGALHÃES RODRIGUES, ADRIANA BAPTISTA PINHEIRO,

REINALDO FRANCISCO BEINOTTI FILHO, HELOÍSA HELENA CONTE

6 GARCIA, Emerson e ALVES, Rogério Pacheco. Improbidade Administrativa. 2.ed. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2004. p. 390. 7 Lei nº 8.429/92, artigo 17, “caput”.

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BEINOTTI, KARINELLE FAGUNDES ALVES, ESTER TANCK, TÂNIA DODIACK

MENEZES GERALDELLO, SANDRA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS, KEILA

MARIA RIBEIRO DOS SANTOS, ELISÂNGELA CRISTIANE FERRAZ GOMES

DE SOUZA, JOILSON APARECIDO RAMOS, LUCELENE MARIA DO

NASCIMENTO ALMEIDA, MICHELLE CRISTINA DE CASTRO RODRIGUES

SILVA, THIAGO CONTRERAS, DÉBORA FABRI AUGUSTO, GLAUBER LUÍS

PUZONE, ANDRÉ CATANHEDE MARRARA, ADRIANA DE FÁTIMA BATISTA

PEREIRA, ALESSANDRA LETÍCIA PEREIRA, ANA PAULA DA CUNHA

OLIVEIRA, CAIO EDUARDO DE CASTRO TAVARES, CAROLINE DOS

SANTOS, JACIARA HELENA BASTOS SOARES, LILIA DA SILVA MARTINS,

LILIAN DE ALMEIDA BITENCOURT, LUANA CAROLINE BARBOSA ROQUE,

LÚCIA APARECIDA DOS SANTOS, NADYA BORTOLOZZO DA SILVA

FRONER, RAFAEL DE ALMEIDA TOQUINI, SILVANA HELENA ANANIAS e

TÂNIA APARECIDA NICOLAU, para os cargos de provimento efetivo por eles

exercidos, condenando-se, em seguida:8

V.1) SILVIO FÉLIX DA SILVA, solidariamente, à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor das remunerações mensais percebidas pelos agentes

públicos nomeados irregularmente por ele, qual seja, R$ 34.450,26, bem como a

proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos

fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa

jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03 (três) anos, nos termos do

artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.2) ORLANDO JOSÉ ZOVICO, solidariamente, à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor das remunerações mensais percebidas pelos agentes

públicos nomeados irregularmente por ele, qual seja, R$ 10.951,94, bem como a

proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos

8 O valor da remuneração total percebida pelos demandados nomeados irregularmente para o exercício de seus respectivos cargos não foi atualizado monetariamente, o que será realizado em sede de execução de sentença, momento mais oportuno.

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fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa

jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03 (três) anos, nos termos do

artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.3) PAULO CEZAR JUNQUEIRA HADICH, solidariamente, à perda da função

pública, suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa

civil de 100 (cem) vezes o valor das remunerações mensais percebidas pelos

agentes públicos nomeados irregularmente por ele, qual seja, R$ 12.097,50, bem

como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio

de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03 (três) anos, nos

termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.4) JORGE DE FREITAS, EDEVALDO JOSÉ e JOSÉ GALDINO DE SOUZA

CLEMENTE, solidariamente, à perda da função pública, suspensão dos direitos

políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes o valor

das remunerações mensais percebidas pela agente pública (ESTER TANCK)

nomeada irregularmente em razão de suas avaliações, qual seja, R$ 2.606,06,

bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio

de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03 (três) anos, nos

termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.5) ELIZA GABRIEL DA COSTA, SALVADOR JOSÉ e JOSÉ BENEDITO DE

BARROS, solidariamente, à perda da função pública, suspensão dos direitos

políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes o valor

da remuneração mensal percebida pela agente pública (ROSANA CRISTINA

MAGALHÃES RODRIGUES) nomeada irregularmente em razão de suas

avaliações, qual seja, R$ 2.259,83, bem como a proibição de contratar com o

Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou

indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio

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majoritário, pelo prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei

nº 8.429/1.992;

V.6) JOSÉ CARLOS BRANDINO, solidariamente, à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor das remunerações mensais percebidas pelas agentes

públicas (ESTER TANCK e ROSANA CRISTINA MAGALHÃES RODRIGUES)

nomeadas irregularmente em razão de suas avaliações, qual seja, R$ 4.865,89,

bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio

de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03 (três) anos, nos

termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.7) JOSÉ BENEDITO DE BARROS, ELIZA GABRIEL DA COSTA, JOSÉ

GALDINO DE SOUZA CLEMENTE e JOSÉ CARLOS BRANDINO,

solidariamente, à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por 05

(cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes o valor das

remunerações mensais percebidas pelas agentes públicas (CAROLINE DOS

SANTOS, LILIA DA SILVA MARTINS e LILIAN DE ALMEIDA BITENCOURT)

nomeadas irregularmente em razão de suas avaliações, qual seja, R$ 2.865,75,

bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio

de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03 (três) anos, nos

termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.8) MIRTES TREVIZAN PAGGIARO à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 898,43 (fls. 2695),

bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio

de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03 (três) anos, nos

termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

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V.9) CLÁUDIO ANDERSON HAILER à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

o valor da remuneração mensal por ele percebida, qual seja, R$ 1.469,18 (fls.

2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.10) ROSANA CRISTINA MAGALHÃES RODRIGUES à perda da função

pública, suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa

civil de 100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual

seja, R$ 2.259,83 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder

Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou

indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia

majoritária, pelo prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei

nº 8.429/1.992;

V.11) ADRIANA BAPTISTA PINHEIRO à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 1.136,88 (fls.

2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.12) REINALDO FRANCISCO BEINOTTI FILHO à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ele percebida, qual seja, R$

4.145,96 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

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ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.13) HELOÍSA HELENA CONTE BEINOTTI à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$

1.678,70 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.14) KARINELLE FAGUNDES ALVES à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 1.136,88 (fls.

2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.15) ESTER TANCK à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos

por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes o valor das

remunerações mensais por ela percebidas, quais sejam, R$ 1.136,88 (fls. 2695) e

R$ 1.469,18 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público

ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.16) TÂNIA DODIACK MENEZES GERALDELLO à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$

1.678,70 (fls. 2696), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

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ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.17) SANDRA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$

1.995,32 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.18) KEILA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$

1.995,32 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.19) ELISÂNGELA CRISTIANE FERRAZ GOMES DE SOUZA à perda da função

pública, suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa

civil de 100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual

seja, R$ 1.228,67 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder

Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou

indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia

majoritária, pelo prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei

nº 8.429/1.992;

V.20) JOILSON APARECIDO RAMOS à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

o valor da remuneração mensal por ele percebida, qual seja, R$ 898,43 (fls. 2695),

bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

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incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio

de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03 (três) anos, nos

termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.21) LUCELENE MARIA DO NASCIMENTO ALMEIDA à perda da função

pública, suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa

civil de 100 (cem) vezes o valor das remunerações mensais por ela percebidas,

quais sejam, R$ 1.995,32 (fls. 2696) e R$ 1.678,70 (fls. 2695), bem como a

proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos

fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa

jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03 (três) anos, nos termos do

artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.22) MICHELLE CRISTINA DE CASTRO RODRIGUES SILVA à perda da função

pública, suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa

civil de 100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual

seja, R$ 1.678,70 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder

Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou

indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia

majoritária, pelo prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei

nº 8.429/1.992;

V.23) THIAGO CONTRERAS à perda da função pública, suspensão dos direitos

políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes o valor

da remuneração mensal por ele percebida, qual seja, R$ 4.705,11 (fls. 2695), bem

como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio

de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03 (três) anos, nos

termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.24) DÉBORA FABRI AUGUSTO à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

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o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 1.995,32 (fls.

2696), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.25) GLAUBER LUÍS PUZONE à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

o valor da remuneração mensal por ele percebida, qual seja, R$ 2.626,15 (fls.

2696), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.26) ANDRÉ CATANHEDE MARRARA à perda da função pública, suspensão

dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem)

vezes o valor da remuneração mensal por ele percebida, qual seja, R$ 1.490,99

(fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.27) ADRIANA DE FÁTIMA BATISTA PEREIRA à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$

1.136,88 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.28) ALESSANDRA LETÍCIA PEREIRA à perda da função pública, suspensão

dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem)

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vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 1.469,18

(fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.29) ANA PAULA DA CUNHA OLIVEIRA à perda da função pública, suspensão

dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem)

vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 955,25 (fls.

2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.30) CAIO EDUARDO DE CASTRO TAVARES à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ele percebida, qual seja, R$

1.228,67 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.31) CAROLINE DOS SANTOS à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 955,25 (fls. 2695),

bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio

de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03 (três) anos, nos

termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.32) JACIARA HELENA BASTOS SOARES à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

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100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$

955,25 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.33) LILIA DA SILVA MARTINS à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 955,25 (fls. 2695),

bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio

de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03 (três) anos, nos

termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.34) LILIAN DE ALMEIDA BITENCOURT à perda da função pública, suspensão

dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem)

vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 955,25 (fls.

2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.35) LUANA CAROLINE BARBOSA ROQUE à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$

955,25 (fls. 2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.36) LÚCIA APARECIDA DOS SANTOS à perda da função pública, suspensão

dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem)

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vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 898,43 (fls.

2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.37) NADYA BORTOLOZZO DA SILVA FRONER à perda da função pública,

suspensão dos direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de

100 (cem) vezes o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$

2.259,83 (fls. 2696), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo

prazo de 03 (três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.38) RAFAEL DE ALMEIDA TOQUINI à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

o valor da remuneração mensal por ele percebida, qual seja, R$ 1.740,62 (fls.

2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992;

V.39) SILVANA HELENA ANANIAS à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 1.740,62 (fls.

2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992; e

V.40) TÂNIA APARECIDA NICOLAU à perda da função pública, suspensão dos

direitos políticos por 05 (cinco) anos, pagamento de multa civil de 100 (cem) vezes

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o valor da remuneração mensal por ela percebida, qual seja, R$ 1.995,32 (fls.

2695), bem como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que

por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócia majoritária, pelo prazo de 03

(três) anos, nos termos do artigo 12, inciso III, da Lei nº 8.429/1.992.

Dá-se à causa o valor de R$ 57.499,70 (cinquenta e sete mil,

quatrocentos e noventa e nove reais e setenta centavos).

Limeira, 04 de junho de 2.014.

Luiz Alberto Segalla Bevilacqua

4º Promotor de Justiça de Limeira