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1 XXXXXX XXX XXXXX XXXX Assessoria Jurídica Online EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA VARA CIVEL EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA VARA CIVEL DA COMARCA DE DA COMARCA DE XXXXX XXX XXXXXXXX XXXXX XXX XXXXXXXX XX XX . . Por Dependência do Processo n. Por Dependência do Processo n. 000 000 / 0 . 00 00 0000 0000 0 00- 00- 0 XXXX XXXXX XXXX XXXXX , , brasileiro, casado, brasileiro, casado, agricultor, inscrito no CPF/MF sob o n. agricultor, inscrito no CPF/MF sob o n. 000 000. 000 000. 00 00 0- 0- 00 00 , e sua , e sua esposa, esposa, XXXXXX XXXXXX XXXX XXXXXXX XXXX XXXXXXX, brasileira, casada, agricultora, brasileira, casada, agricultora, inscrita no CPF/MF sob o n. inscrita no CPF/MF sob o n. 000 000. 000 000. 000 000- 00, 00, residentes e residentes e domiciliados na Rua domiciliados na Rua Xxxxx Xxxxx Xxxxx Xxxxx , n. , n. 000 000 , na cidade de , na cidade de XXXXX XXXXX XXXXX XX XXXXX XXXXX XX XXXXX , Estado do , Estado do XXX XXXX XXXXXX XXX XXXX XXXXXX e e XXXXXXX XXXXXXX XXXXXXX XXXXXXX, brasileiro, viúvo, agricultor, inscrito no CPF/MF sob o n. brasileiro, viúvo, agricultor, inscrito no CPF/MF sob o n. 0 00 00 .0 .0 00 00. 00 00 0- 0- 00 00 , residente e domiciliado em , residente e domiciliado em XXXXXX XXXXXX , na cidade de , na cidade de XXXX XXXX XXXX XXXX XX XX XXXXX, XXXXX, Estado do Estado do XXX XXX XXXXXXX XXXXXXX XX XX XXX XXX , e , e XXXXXX XXXXXX da da Sra. Sra. XXXX XXXX XXXX XXXX XXXXXXX XXXXXXX , neste ato representado por seu , neste ato representado por seu inventariante, retro qualificado, por seu procurador inventariante, retro qualificado, por seu procurador XXX XXX XX XX XXXX XXXX XXX XXX , brasileiro, casado, OAB/SP nº , brasileiro, casado, OAB/SP nº 00 00 0. 0. 000 000 , com escritório , com escritório na Rua na Rua XXX XXX XXX XXX , , 000 000 - - XXXX XXXX XXXX XXXX - CEP - CEP 00 0000 0- 0- 00 00 0 - 0 - XXX XXX X XXX XXX X XXXX XXXXXXX XXXX XXXXXXX - SP, nos termos do art. 966, § 4º do Novo Código - SP, nos termos do art. 966, § 4º do Novo Código de Processo Civil, vem respeitosamente à presença de Vossa de Processo Civil, vem respeitosamente à presença de Vossa Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XX Tels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO€¦ · Web viewAs tutelas provisórias são o gênero, dos quais derivam duas espécies: tutela provisória de urgência e tutela provisória

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XXXXXX XXX XXXXX XXXX Assessoria Jurídica OnlineEXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA VARA CIVEL DA COMARCA DEEXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA VARA CIVEL DA COMARCA DE XXXXX XXX XXXXXXXXXXXXX XXX XXXXXXXX – – XXXX. .

Por Dependência do Processo n.Por Dependência do Processo n. 000000 // 00 .. 0000 00000000 00 00- 00- 00

XXXX XXXXXXXXX XXXXX, , brasileiro, casado, agricultor, inscrito no CPF/MFbrasileiro, casado, agricultor, inscrito no CPF/MF

sob o n. sob o n. 000000..000000..00000-0-0000, e sua esposa, , e sua esposa, XXXXXXXXXXXX XXXX XXXXXXXXXXX XXXXXXX,, brasileira, casada, agricultora,brasileira, casada, agricultora,

inscrita no CPF/MF sob o n. inscrita no CPF/MF sob o n. 000000..000000..000000--00,00, residentes e domiciliados na Rua residentes e domiciliados na Rua XxxxxXxxxx XxxxxXxxxx, n. , n. 000000, na, na

cidade de cidade de XXXXX XXXXX XX XXXXXXXXXX XXXXX XX XXXXX, Estado do , Estado do XXX XXXX XXXXXXXXX XXXX XXXXXX e e XXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXX,, brasileiro, viúvo, agricultor, inscrito no CPF/MF sob o n. 0brasileiro, viúvo, agricultor, inscrito no CPF/MF sob o n. 00000.0.00000..00000-0-0000, residente e domiciliado em, residente e domiciliado em

XXXXXXXXXXXX, na cidade de , na cidade de XXXXXXXX XXXXXXXX XXXX XXXXX, XXXXX, Estado do Estado do XXXXXX XXXXXXXXXXXXXX XXXX XXXXXX, e , e XXXXXXXXXXXX da da

Sra. Sra. XXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXX, neste ato representado por seu inventariante, retro qualificado, por seu, neste ato representado por seu inventariante, retro qualificado, por seu

procurador procurador XXXXXX XXXX XXXXXXXX XXXXXX, brasileiro, casado, OAB/SP nº , brasileiro, casado, OAB/SP nº 00000.0.000000, com escritório na Rua , com escritório na Rua XXXXXX

XXXXXX, , 000000 - - XXXXXXXX XXXXXXXX - CEP - CEP 000000000-0-00000 - 0 - XXX XXX X XXXX XXXXXXXXXX XXX X XXXX XXXXXXX - SP, nos termos do art. 966, - SP, nos termos do art. 966,

§ 4º do Novo Código de Processo Civil, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência,§ 4º do Novo Código de Processo Civil, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência,

APRESENTARAPRESENTAR a presente a presente

““AÇÃO ANULATÓRIA DE ARREMATAÇÃO JUDICIAL AÇÃO ANULATÓRIA DE ARREMATAÇÃO JUDICIAL COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIACOM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA””

em face do em face do XXXXXXXX XXXX XXXXXXXXXXXX X.XX.X, , sociedade de economia mista, com sede em Brasília Capitalsociedade de economia mista, com sede em Brasília Capital

Federal, inscrita no CNPJ de n. 00.000.000/000Federal, inscrita no CNPJ de n. 00.000.000/00000--00 00 por sua agência n. 0por sua agência n. 0000000-0, localizada na Avenida-0, localizada na Avenida

XXXXX XXX XXXXXXXX XXX XXX, n. , n. XXXXXXXX, Centro, CEP , Centro, CEP 000000000.000, na cidade de 0.000, na cidade de XXXX XXXX XX XXXXXXXX XXXX XX XXXX, Estado do, Estado do

XXXXXX XXXX XXXXXXXXXX XXXXXXXXXX, na pessoa do seu representante legal, na pessoa do seu representante legal, pelos motivos de fato e de direito, pelos motivos de fato e de direito

delineados nas laudas subsequentes:delineados nas laudas subsequentes:

DA SINOPSE FÁTICA E PROCESSUALDA SINOPSE FÁTICA E PROCESSUAL

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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XXXXXX XXX XXXXX XXXX Assessoria Jurídica Online

Os oras Autores são produtores rurais na região de Os oras Autores são produtores rurais na região de XXXXX XX XXXXXXX XX XX - - XXXX,,

de onde extraem de suas propriedades (terra) as divisas necessárias para prover a mantença de suade onde extraem de suas propriedades (terra) as divisas necessárias para prover a mantença de sua

família, bem como para gerar empregos nesta região sul do país e ainda para garantirem o bem viver defamília, bem como para gerar empregos nesta região sul do país e ainda para garantirem o bem viver de

outras que assim necessitam, através do cultivo e produção de alimentos. outras que assim necessitam, através do cultivo e produção de alimentos. Igualmente, os requerentesIgualmente, os requerentes exercem suas atividades em exclusivo regime de grupo familiar, não pertencendo, portanto, aexercem suas atividades em exclusivo regime de grupo familiar, não pertencendo, portanto, a nenhum grande grupo de produtores que monopolizem preços e produção.nenhum grande grupo de produtores que monopolizem preços e produção.

Assim, para perseverar em seu mister de produzir alimentos para aAssim, para perseverar em seu mister de produzir alimentos para a

imensa população nacional, e mesmo para exportação de seu excedente, o historicamenteimensa população nacional, e mesmo para exportação de seu excedente, o historicamente

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recursos para financiar sua atividade, socorrendo-se da política econômica de crédito rural vigente norecursos para financiar sua atividade, socorrendo-se da política econômica de crédito rural vigente no

Brasil.Brasil.

Não obstante a relevante função social dos produtores agrícolas têm asNão obstante a relevante função social dos produtores agrícolas têm as

instituições financeiras feito operações de crédito onde exsurgem cada vez mais perversidade einstituições financeiras feito operações de crédito onde exsurgem cada vez mais perversidade e

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anuais, intempéries, mudanças de mercado, falta de política agrícola apropriada, frustração de mercado,anuais, intempéries, mudanças de mercado, falta de política agrícola apropriada, frustração de mercado,

entre outras.entre outras.

Destarte, acumulados à voracidade bancária, outros fatores como aDestarte, acumulados à voracidade bancária, outros fatores como a

invasão de terras produtivas, a queda do valor agregado do produto rural no mercado internacional eminvasão de terras produtivas, a queda do valor agregado do produto rural no mercado internacional em

face da atual crise global, a diminuição de tarifas aduaneiras para importação de grãos, a inevitabilidadeface da atual crise global, a diminuição de tarifas aduaneiras para importação de grãos, a inevitabilidade

de pestes cada vez mais frequentes, e, principalmente, a inobservância pelas instituições financeirasde pestes cada vez mais frequentes, e, principalmente, a inobservância pelas instituições financeiras

membradas ao SNCR da legislação que protege a tomada de mútuo rural, intempéries, entre outrosmembradas ao SNCR da legislação que protege a tomada de mútuo rural, intempéries, entre outros

fatores adversos, findaram por redundar no endividamento - e consequente empobrecimento - dosfatores adversos, findaram por redundar no endividamento - e consequente empobrecimento - dos

produtores rurais, fatores estes que também abarcaram os Autores, especialmente em face da reduçãoprodutores rurais, fatores estes que também abarcaram os Autores, especialmente em face da redução

de seu capital que vem sendo reduzido de safra em safra, sendo que atualmente não conseguem nemde seu capital que vem sendo reduzido de safra em safra, sendo que atualmente não conseguem nem

mesmo manter suas áreas de terras em face da precária situação econômica rural nacional.mesmo manter suas áreas de terras em face da precária situação econômica rural nacional.

Assim, para bem poder efetuar o cultivo do solo, socorreram-se osAssim, para bem poder efetuar o cultivo do solo, socorreram-se os

Autores, no curso dos últimos anos, de financiamentos de instituições creditícias integrantes do SNCR -Autores, no curso dos últimos anos, de financiamentos de instituições creditícias integrantes do SNCR -

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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Sistema Nacional de Crédito Rural.Sistema Nacional de Crédito Rural.

Com o passar dos anos, os encargos ilegais onerosos e draconianosCom o passar dos anos, os encargos ilegais onerosos e draconianos

cobrados geraram um saldo devedor impossível de ser pago, sendo que este saldo devedor - injurídicocobrados geraram um saldo devedor impossível de ser pago, sendo que este saldo devedor - injurídico

e assaz avolumado, contabilizado com escólio em inúmeros encargos vedados por lei - deu ensejo àe assaz avolumado, contabilizado com escólio em inúmeros encargos vedados por lei - deu ensejo à

ação executiva em epígrafe ajuizada pelo Banco do Brasil ora figurante no polo passivo da presenteação executiva em epígrafe ajuizada pelo Banco do Brasil ora figurante no polo passivo da presente

demanda.demanda.

O imóvel penhorado foi arrematado em Segunda Praça em (0O imóvel penhorado foi arrematado em Segunda Praça em (000.0.000..00000000))

pelo próprio Banco do Brasil, pelo valor de pelo próprio Banco do Brasil, pelo valor de R$ R$ 00 .. 0000 0.000,000.000,00 ( (XXXXXX xxxxxx, , xxxxxxxx xxxxxx xxxxxx reais reais), o que importa), o que importa

em 40% do valor da última avaliação realizada nos autos (em 40% do valor da última avaliação realizada nos autos (Doc. em anexoDoc. em anexo), há quase quatro anos atrás,), há quase quatro anos atrás,

portanto, já defasada a época e agora ainda mais.portanto, já defasada a época e agora ainda mais.

Diante da arrematação do bem imóvel penhorado no feito executivo, osDiante da arrematação do bem imóvel penhorado no feito executivo, os

ora Autores ingressaram perante o Douto Juízo originário com Embargos à Arrematação com base emora Autores ingressaram perante o Douto Juízo originário com Embargos à Arrematação com base em

cerceamento de defesa e em violação à na legislação pátria (processual e de Crédito Rural - MATÉRIAcerceamento de defesa e em violação à na legislação pátria (processual e de Crédito Rural - MATÉRIA

DE ORDEM PÚBLICA), Embargos estes que vieram a ser indeferido conforme DE ORDEM PÚBLICA), Embargos estes que vieram a ser indeferido conforme cópia em anexocópia em anexo..

Destarte, pretendem os Autores destacar na presente inicial que àDestarte, pretendem os Autores destacar na presente inicial que à

Arrematação ocorrida em data de 0Arrematação ocorrida em data de 0 00 .0.0 00 .. 00 00 0000 já encontra-se eivada de vícios processuais já encontra-se eivada de vícios processuais que que

mesmo após a arrematação persistiram nos autos da Execução que ora se encontra SUSPENSA pelomesmo após a arrematação persistiram nos autos da Execução que ora se encontra SUSPENSA pelo

juízo em face de ACORDO realizado entre as partes e que infelizmente momentaneamente não estájuízo em face de ACORDO realizado entre as partes e que infelizmente momentaneamente não está

sendo mais cumprido pelos Autores, em virtude do agravamento das condições econômicassendo mais cumprido pelos Autores, em virtude do agravamento das condições econômicas

notadamente em face da grande crise financeira mundial e nacional que vem assolando nações inteirasnotadamente em face da grande crise financeira mundial e nacional que vem assolando nações inteiras

e em especial o Brasil que tem sido alvo de manchetes internacionais nesse aspecto, crise estae em especial o Brasil que tem sido alvo de manchetes internacionais nesse aspecto, crise esta

acentuada aqui pela crise política em que a nação atravessa. Assim pedindo vénia os Autores, vemacentuada aqui pela crise política em que a nação atravessa. Assim pedindo vénia os Autores, vem

reiterar alguns dos pontos controvertidos apresentados oportunamente naquela defesa, que merecemreiterar alguns dos pontos controvertidos apresentados oportunamente naquela defesa, que merecem

ser analisados antes da invasão indevida de seu patrimônio e que ensejam a ANULAÇÃO DAser analisados antes da invasão indevida de seu patrimônio e que ensejam a ANULAÇÃO DA

ARREMATAÇÃO, quais sejam destacamos adiante:ARREMATAÇÃO, quais sejam destacamos adiante:

a)- Violação à legislação federal (art. 892 § 1º do NCPC) - aa)- Violação à legislação federal (art. 892 § 1º do NCPC) - a arrematação é nula porque o banco Réu na ocasião NÃO EFETUOU Oarrematação é nula porque o banco Réu na ocasião NÃO EFETUOU O PAGAMENTO DO EXCEDENTE no prazo de 3 dias conformePAGAMENTO DO EXCEDENTE no prazo de 3 dias conforme determinado na anterior disposição do CPC/73 (art. 690) e agora nodeterminado na anterior disposição do CPC/73 (art. 690) e agora no

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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vigente NCPC;vigente NCPC;

b)- Violação à Súmula n. 298 do STJ - a arrematação é nula porque ob)- Violação à Súmula n. 298 do STJ - a arrematação é nula porque o débito rural em questão deveria estar com a exigibilidade suspensadébito rural em questão deveria estar com a exigibilidade suspensa por conta da RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACEN e CMN, eis quepor conta da RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACEN e CMN, eis que se trata de normativo específico para o Estado do Rio Grande do Sul,se trata de normativo específico para o Estado do Rio Grande do Sul, tendo o Banco do Brasil se negado a promover o enquadramento dostendo o Banco do Brasil se negado a promover o enquadramento dos Autores nas benesses da referida resolução, Autores nas benesses da referida resolução, sendo a arremataçãosendo a arrematação nula por violar a referida normanula por violar a referida norma, na medida em que este é um direito, na medida em que este é um direito dos Autores e NÃO UM ATO DISCRICIONÁRIO DO BANCO, comodos Autores e NÃO UM ATO DISCRICIONÁRIO DO BANCO, como entendeu o Douto Juízo a quo em sede dos Embargos deentendeu o Douto Juízo a quo em sede dos Embargos de Arrematação rejeitados;Arrematação rejeitados;

Desta forma, diante dessas violações à legislação federal conformeDesta forma, diante dessas violações à legislação federal conforme

brevemente acima apontadas, deverá ser brevemente acima apontadas, deverá ser decretada em um primeiro momento, A NULIDADE DAdecretada em um primeiro momento, A NULIDADE DA ARREMATAÇÃO EM QUESTÃOARREMATAÇÃO EM QUESTÃO, ainda mais amplamente em razão do direito dos Executados/Autores, ainda mais amplamente em razão do direito dos Executados/Autores

de enquadrarem seu débito nas benesses da de enquadrarem seu débito nas benesses da Resolução n. 4272 do BACENResolução n. 4272 do BACEN, estendida a todos os, estendida a todos os

produtores rurais do Estado do Rio Grande do Sul, conforme adiante restarão cabalmente comprovados.produtores rurais do Estado do Rio Grande do Sul, conforme adiante restarão cabalmente comprovados.

DA AÇÃO, CONEXÃO E COMPETÊNCIADA AÇÃO, CONEXÃO E COMPETÊNCIA

Na esteira do que pontifica a mais reputada doutrina, uniformemente,Na esteira do que pontifica a mais reputada doutrina, uniformemente,

cabível a interposição de cabível a interposição de AÇÃO ANULATÓRIA DE ARREMATAÇÃOAÇÃO ANULATÓRIA DE ARREMATAÇÃO, quando já expedida e assinada à, quando já expedida e assinada à

carta de arrematação e não mais interponível embargos à arrematação no prazo legal, como é o casocarta de arrematação e não mais interponível embargos à arrematação no prazo legal, como é o caso

dos autos, coadunando com a jurisprudência pátria, dos autos, coadunando com a jurisprudência pátria, senão vejamossenão vejamos::

“TRF-1 - APELAÇÃO CIVEL AC 329221220024019199 MG 0032922-“TRF-1 - APELAÇÃO CIVEL AC 329221220024019199 MG 0032922-12.2002.4.01.9199 - Data de publicação: 06/09/2013 - Ementa:12.2002.4.01.9199 - Data de publicação: 06/09/2013 - Ementa: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CABIMENTO DA AÇÃOPROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CABIMENTO DA AÇÃO ANULATÓRIA DO ARTIGO 486 DO CPC. NULIDADE DAANULATÓRIA DO ARTIGO 486 DO CPC. NULIDADE DA ARREMATAÇÃO. AVALIAÇÃO MUITO ABAIXO DO VALOR REAL DOARREMATAÇÃO. AVALIAÇÃO MUITO ABAIXO DO VALOR REAL DO BEM. BEM. 1 - A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça 1 - A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça admite aadmite a utilização da ação anulatória do artigo 486 do CPC para desconstituirutilização da ação anulatória do artigo 486 do CPC para desconstituir a arrematação (REsp 35054/SP)a arrematação (REsp 35054/SP). . 2 - A pretensão de desconstituição da2 - A pretensão de desconstituição da arrematação não pode ser examinada nos autos do processo dearrematação não pode ser examinada nos autos do processo de execução, quando já houve a expedição da respectiva carta e suaexecução, quando já houve a expedição da respectiva carta e sua transcrição no registro imobiliário, mas em ação autônoma, anulatória, nostranscrição no registro imobiliário, mas em ação autônoma, anulatória, nos termos do art. 486 do CPC (AGRESP 165.228-SP, Relatora Min. Elianatermos do art. 486 do CPC (AGRESP 165.228-SP, Relatora Min. Eliana Calmon, DJ de 25.09.2000). 3 - É necessário anular a arrematação,Calmon, DJ de 25.09.2000). 3 - É necessário anular a arrematação, quando o bem é avaliado muito abaixo de seu valor real, para que sejaquando o bem é avaliado muito abaixo de seu valor real, para que seja preservado o patrimônio do devedor e o direito de receber de seuspreservado o patrimônio do devedor e o direito de receber de seus

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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credores, impedindo, ainda, o enriquecimento ilícito do arrematante. 5 -credores, impedindo, ainda, o enriquecimento ilícito do arrematante. 5 - Apelação a que se nega provimento.” Fonte:Apelação a que se nega provimento.” Fonte:http://www.jusbrasil.com.br/busca?q=cabimento+da+ANULAThttp://www.jusbrasil.com.br/busca?q=cabimento+da+ANULAT%C3%93RIA+DE+ARREMATA%C3%87%C3%83O%C3%93RIA+DE+ARREMATA%C3%87%C3%83O

“STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 761294 DF 2005/0101656-8 (STJ)“STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 761294 DF 2005/0101656-8 (STJ)Data de publicação: 03/08/2007 - Ementa: PROCESSUAL CIVIL.Data de publicação: 03/08/2007 - Ementa: PROCESSUAL CIVIL. ARREMATAÇÃO. POR PREÇO VIL. CABIMENTO DA AÇÃOARREMATAÇÃO. POR PREÇO VIL. CABIMENTO DA AÇÃO ANULATÓRIA. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DEANULATÓRIA. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAJUSTIÇA. 1. . 1. É cabível, a teor do art. 486 do Código de Processo Civil,É cabível, a teor do art. 486 do Código de Processo Civil, ação anulatória para desconstituição de arrematação na qual o bemação anulatória para desconstituição de arrematação na qual o bem praceado tenha sido adquirido por preço vil, até porque, se jápraceado tenha sido adquirido por preço vil, até porque, se já expedida a carta de arremataçãoexpedida a carta de arrematação e transferida a propriedade do bem aoe transferida a propriedade do bem ao arrematante, a desconstituição da alienação encontra em tal ação sua viaarrematante, a desconstituição da alienação encontra em tal ação sua via própria. 2. O conhecimento de recurso especial fundado na alínea própria. 2. O conhecimento de recurso especial fundado na alínea ““cc”” do do inciso III do art. 105 da Constituiinciso III do art. 105 da Constituiçãção Federal pressupo Federal pressupõõe a coincide a coincidêência dasncia das teses discutidas, porteses discutidas, poréém, com resultados distintos. 3. Recursos especiaism, com resultados distintos. 3. Recursos especiais conhecidos parcialmente e improvidos.conhecidos parcialmente e improvidos.PREÇO VIL. CABIMENTO, AÇÃO ANULATÓRIA, OBJETIVO,PREÇO VIL. CABIMENTO, AÇÃO ANULATÓRIA, OBJETIVO, DESCONSTITUIÇÃO, ARREMATAÇÃO / HIPÓTESE... DE PROCESSODESCONSTITUIÇÃO, ARREMATAÇÃO / HIPÓTESE... DE PROCESSO CIVIL DE 1973 ANULAÇÃO DA ARREMATAÇÃO COMCIVIL DE 1973 ANULAÇÃO DA ARREMATAÇÃO COM FUNDAMENTAÇÃO EM PREÇO VIL STJ - RESP 643320...,FUNDAMENTAÇÃO EM PREÇO VIL STJ - RESP 643320..., ANULAÇÃO, ARREMATAÇÃO, COM, FUNDAMENTAÇÃO, PREÇO VIL,ANULAÇÃO, ARREMATAÇÃO, COM, FUNDAMENTAÇÃO, PREÇO VIL, DECORRÊNCIA, EXISTÊNCIA, ERRO, AVALIAÇÃO...”DECORRÊNCIA, EXISTÊNCIA, ERRO, AVALIAÇÃO...”http://www.jusbrasil.com.br/busca?q=cabimento+da+ANULAThttp://www.jusbrasil.com.br/busca?q=cabimento+da+ANULAT%C3%93RIA+DE+ARREMATA%C3%87%C3%83O%C3%93RIA+DE+ARREMATA%C3%87%C3%83O

Tal medida processual também encontra amparo no art. 966, § 4º do NovoTal medida processual também encontra amparo no art. 966, § 4º do Novo

Código de Processo Civil:Código de Processo Civil:

Art 966 (....)Art 966 (....)

§ 4 - Os atos judiciais de disposição de direitos, praticados pelas§ 4 - Os atos judiciais de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelopartes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso dajuízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei.execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei.

A propósito, ensina Humberto A propósito, ensina Humberto THEODORO JÚNIORTHEODORO JÚNIOR: :

"Quando não for mais possível à anulação da arrematação dentro"Quando não for mais possível à anulação da arrematação dentro dos próprios autos da execução, a parte interessada terá de propordos próprios autos da execução, a parte interessada terá de propor ação anulatória pelas vias ordinárias. Não há sentença noação anulatória pelas vias ordinárias. Não há sentença no procedimento de arrematação, de sorte que o ato processual emprocedimento de arrematação, de sorte que o ato processual em causa é daqueles que se anulam por ação comum, como os atoscausa é daqueles que se anulam por ação comum, como os atos jurídicos em geral, e não pela via especial da ação rescisória"jurídicos em geral, e não pela via especial da ação rescisória"

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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Ela é cabível antes, durante e no curso da execuçãoEla é cabível antes, durante e no curso da execução. Na pendência desta. Na pendência desta

– já realçou – não induz litispendência e, supervenientemente à extinção do processo executivo, não– já realçou – não induz litispendência e, supervenientemente à extinção do processo executivo, não

afrontando a autoridade da coisa julgada. afrontando a autoridade da coisa julgada.

Nesta linha de raciocínio, já é pacifico na jurisprudência o cabimento deNesta linha de raciocínio, já é pacifico na jurisprudência o cabimento de

Ação AnulatóriaAção Anulatória, ainda que tenha havido, anteriormente, Embargos à Arrematação. É o que ilustra a, ainda que tenha havido, anteriormente, Embargos à Arrematação. É o que ilustra a

seguinte ementa, do seguinte ementa, do Superior Tribunal de JustiçaSuperior Tribunal de Justiça::

RECURSO ESPECIAL Nº 761.294 - DF (2005/0101656-8) – EMENTARECURSO ESPECIAL Nº 761.294 - DF (2005/0101656-8) – EMENTA PROCESSUAL CIVIL. ARREMATAÇÃO. POR PREÇO VIL.PROCESSUAL CIVIL. ARREMATAÇÃO. POR PREÇO VIL. CABIMENTO DA AÇÃO ANULATÓRIA. PRECEDENTES DO SUPERIORCABIMENTO DA AÇÃO ANULATÓRIA. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.TRIBUNAL DE JUSTIÇA.11. É cabível, a teor do art. 486 do Código de Processo Civil, ação. É cabível, a teor do art. 486 do Código de Processo Civil, ação anulatória para desconstituição de arrematação na qual o bemanulatória para desconstituição de arrematação na qual o bem praceado tenha sido adquirido por preço vil, até porque, se jápraceado tenha sido adquirido por preço vil, até porque, se já expedida a carta de arrematação e transferida a propriedade do bemexpedida a carta de arrematação e transferida a propriedade do bem ao arrematante, a desconstituição da alienação encontra em tal açãoao arrematante, a desconstituição da alienação encontra em tal ação sua via própria.sua via própria.2. O conhecimento de recurso especial fundado na alínea “c” do inciso III2. O conhecimento de recurso especial fundado na alínea “c” do inciso III do art. 105 da Constituição Federal pressupõe a coincidência das tesesdo art. 105 da Constituição Federal pressupõe a coincidência das teses discutidas, porém, com resultados distintos.discutidas, porém, com resultados distintos.3. Recursos especiais conhecidos parcialmente e improvidos. Fonte:3. Recursos especiais conhecidos parcialmente e improvidos. Fonte:https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/inteiroteor/?https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/inteiroteor/?num_registro=200501016568&dt_publicacao=03/08/2007num_registro=200501016568&dt_publicacao=03/08/2007Também acentua Também acentua THEODORO JÚNIORTHEODORO JÚNIOR, concluindo seu posicionamento, concluindo seu posicionamento

acerca deste tema, acerca deste tema, nestes termosnestes termos::

“Em suma: ‘em razão de execução injusta e não embargada, ao“Em suma: ‘em razão de execução injusta e não embargada, ao executado está facultada a possibilidade de propor demandaexecutado está facultada a possibilidade de propor demanda cognitiva autônoma, visando à obtenção de provimento jurisdicionalcognitiva autônoma, visando à obtenção de provimento jurisdicional declaratório ou desconstitutivo do título executivo’declaratório ou desconstitutivo do título executivo’.”.”

A presente A presente ação anulatóriaação anulatória é instrumento processual apto e adequado é instrumento processual apto e adequado

para o reconhecimento dos direitos do cidadão ou de instituições, tendo ou não decorrido o prazo legalpara o reconhecimento dos direitos do cidadão ou de instituições, tendo ou não decorrido o prazo legal

para embargos. Eventual impedimento de sua utilização, com base em preclusão em outra ação, épara embargos. Eventual impedimento de sua utilização, com base em preclusão em outra ação, é

excluir a tutela. E, sem ela, não há direito.excluir a tutela. E, sem ela, não há direito.

GIUSEPPINO TREVESGIUSEPPINO TREVES, também pensa assim: , também pensa assim: Se falta (aos direitos doSe falta (aos direitos do

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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homem) o seu reconhecimento (do ordenamento jurídico) ou se este é puramente verbal e não éhomem) o seu reconhecimento (do ordenamento jurídico) ou se este é puramente verbal e não é acompanhado de uma tutela efetiva, não têm atrás de si a força do ordenamento j jurídico Seacompanhado de uma tutela efetiva, não têm atrás de si a força do ordenamento j jurídico Se não há remédio, não há direito.”não há remédio, não há direito.”

É de suma importância mencionar que o imóvel em É de suma importância mencionar que o imóvel em Segunda PraçaSegunda Praça

(0(000.0.00.00.0000000) pelo próprio Banco do Brasil) pelo próprio Banco do Brasil além de ter sido arrematado por preço vil, tendo em vista que além de ter sido arrematado por preço vil, tendo em vista que

o o laudo de avaliaçãolaudo de avaliação foi elaborado em foi elaborado em 0000 .. 0000 .. 00 00 0000 , a arrematação do imóvel ocorreu na segunda praça, a arrematação do imóvel ocorreu na segunda praça

no dia no dia 00 00 .0.0 00 .. 00 00 0000 , pelo valor de , pelo valor de R$ R$ 00 .. 0000 0.000,000.000,00 ( (xxxxxx xxxxxx, , xxxxxxxxxx xxxx xxxx reais reais) pelo Banco do Brasil, ou) pelo Banco do Brasil, ou

seja, um valor de cerca de 40% da última avaliação realizada nos autos, não foi apreciado nosseja, um valor de cerca de 40% da última avaliação realizada nos autos, não foi apreciado nos

Embargos à Arrematação, por equívoco do magistrado, por entender que se tratava de questão jáEmbargos à Arrematação, por equívoco do magistrado, por entender que se tratava de questão já

decidida.decidida.

Mas não é só. Após a arrematação constata-se nos autos que o BancoMas não é só. Após a arrematação constata-se nos autos que o Banco

credor e também arrematante deixou de cumprir a norma insculpida no credor e também arrematante deixou de cumprir a norma insculpida no artigo 892 § 1º do NCPCartigo 892 § 1º do NCPC TORNANDO A ARREMATAÇÃO NULATORNANDO A ARREMATAÇÃO NULA porque o banco Réu – Arrematante além de ter adquirido porque o banco Réu – Arrematante além de ter adquirido por preço vil ainda naquela ocasião por preço vil ainda naquela ocasião NÃO EFETUOU O PAGAMENTO DO VALOR EXCEDENTE noNÃO EFETUOU O PAGAMENTO DO VALOR EXCEDENTE no prazo de 3 dias conforme determinado na disposição do artigo 892 § 1º do NCPCprazo de 3 dias conforme determinado na disposição do artigo 892 § 1º do NCPC..

Assim, as Assim, as NULIDADES PROCESSUAIS ABSOLUTASNULIDADES PROCESSUAIS ABSOLUTAS operam-se de operam-se de

pleno direito, podendo ser alegadas em qualquer tempo e grau de jurisdição, na qual devem serpleno direito, podendo ser alegadas em qualquer tempo e grau de jurisdição, na qual devem ser

declaradas, até mesmo de ofício, pelo Juiz. declaradas, até mesmo de ofício, pelo Juiz.

Ensinam, a propósito, Ensinam, a propósito, ARAÚJO CINTRAARAÚJO CINTRA: :

"Às vezes a exigência de determinada forma do ato jurídico visa a"Às vezes a exigência de determinada forma do ato jurídico visa a preservar interesses da ordem pública no processo e por isso quer opreservar interesses da ordem pública no processo e por isso quer o direito que o próprio juiz seja o primeiro guardião de suadireito que o próprio juiz seja o primeiro guardião de sua observância. Trata-se, aqui, da nulidade absoluta, que por issoobservância. Trata-se, aqui, da nulidade absoluta, que por isso mesmo pode e deve ser decretada de ofício, independentemente demesmo pode e deve ser decretada de ofício, independentemente de provocação da parte interessada".provocação da parte interessada".

Não se trata, no caso em análise, de nulidades relativas, que possam serNão se trata, no caso em análise, de nulidades relativas, que possam ser

convalidadas pelo transcurso natural do processo. O interesse aqui visado não é exclusivamente daconvalidadas pelo transcurso natural do processo. O interesse aqui visado não é exclusivamente da

parte. Muito ao contrário, está-se a defender interesse público (nparte. Muito ao contrário, está-se a defender interesse público (na verdade o maior deles: a supremaciaa verdade o maior deles: a supremacia da Constituiçãoda Constituição). E é a própria Carta Fundamental que garante aos litigantes o contraditório e a ampla). E é a própria Carta Fundamental que garante aos litigantes o contraditório e a ampla

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, advertindo que ninguém será privado de seus bensdefesa, com os meios e recursos a ela inerentes, advertindo que ninguém será privado de seus bens

sem o devido processo legal (sem o devido processo legal (art. 5º, incisos LIV e LVart. 5º, incisos LIV e LV). E não pode receber o qualificativo de "devido). E não pode receber o qualificativo de "devido

processo legal" a execução eivada e crivada de nulidades (processo legal" a execução eivada e crivada de nulidades (mormente tendo como objeto bem de famíliamormente tendo como objeto bem de família))

– como adiante se verá.– como adiante se verá.

Se a Se a nulidade da arremataçãonulidade da arrematação pode ser declarada até mesmo de pode ser declarada até mesmo de

ofício pelo Juiz (ofício pelo Juiz (como no aresto acima citadocomo no aresto acima citado), com muito maior razão (), com muito maior razão ( interpretação a fortioriinterpretação a fortiori) pode e) pode e

deve ser discutida por meio da medida processual adequada, prevista no art. 966, § 4º do Novo Códigodeve ser discutida por meio da medida processual adequada, prevista no art. 966, § 4º do Novo Código

de Processo Civil pátrio.de Processo Civil pátrio.

Destarte, perfeitamente cabível e admissível a presente ação porDestarte, perfeitamente cabível e admissível a presente ação por

preencher todos os requisitos indispensáveis ao seu conhecimento.preencher todos os requisitos indispensáveis ao seu conhecimento.

Por sua afinidade devem os processos - Por sua afinidade devem os processos - anulatória e execução -anulatória e execução - serem reunidosserem reunidos evitando-se a possibilidade de julgamentos contraditórios. evitando-se a possibilidade de julgamentos contraditórios.

O que justifica a conexão entre essas ações, além do atendimento dosO que justifica a conexão entre essas ações, além do atendimento dos

comandos normativos processuais, é a garantia do sobrevalor da segurança jurídica, que estariacomandos normativos processuais, é a garantia do sobrevalor da segurança jurídica, que estaria

sobremaneira atingida com a construção de normas individuais e concretas contraditórias, emitidas porsobremaneira atingida com a construção de normas individuais e concretas contraditórias, emitidas por

juízos igualmente competentes. O que se busca é a resolução da lide de maneira uniforme, de tal modojuízos igualmente competentes. O que se busca é a resolução da lide de maneira uniforme, de tal modo

a que se decida ou pela constituição ou pela desconstituição da Arrematação, e, também, por medida dea que se decida ou pela constituição ou pela desconstituição da Arrematação, e, também, por medida de

economia processual.economia processual.

Neste sentido, perfilha a jurisprudência do próprio Colendo Neste sentido, perfilha a jurisprudência do próprio Colendo SuperiorSuperior Tribunal de JustiçaTribunal de Justiça, , vejamosvejamos::

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE EXECUÇÃO E AÇÃO ANULATÓRIAPROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE EXECUÇÃO E AÇÃO ANULATÓRIA DO DÉBITO. CONEXÃO. JULGAMENTO CONJUNTO. IMPOSIÇÃO.DO DÉBITO. CONEXÃO. JULGAMENTO CONJUNTO. IMPOSIÇÃO. COMPETÊNCIA FIRMADA POR NORMAS DE ORGANIZAÇÃOCOMPETÊNCIA FIRMADA POR NORMAS DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE ÓBICE AO SIMULTANEUSJUDICIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE ÓBICE AO SIMULTANEUS PROCESSUS.PROCESSUS.

1. 1. Patente à conexão entre as ações anulatória e executiva, impõe-se oPatente à conexão entre as ações anulatória e executiva, impõe-se o julgamento conjunto de ambas as ações, tanto por medida de economiajulgamento conjunto de ambas as ações, tanto por medida de economia processual quanto por motivo de segurança jurídica, evitando-se assimprocessual quanto por motivo de segurança jurídica, evitando-se assim desgaste processual desnecessário e decisões judiciais conflitantes.desgaste processual desnecessário e decisões judiciais conflitantes. Precedentes.Precedentes.

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2. Se por um lado é certo que a conexão ou a continência, por si sós,2. Se por um lado é certo que a conexão ou a continência, por si sós, não têm o condão de modificar a competência atribuída pelas normas denão têm o condão de modificar a competência atribuída pelas normas de organizações judiciárias, por tratar-se de competência absoluta; pororganizações judiciárias, por tratar-se de competência absoluta; por outro, impossível não reconhecer, até mesmo por questão de bomoutro, impossível não reconhecer, até mesmo por questão de bom senso, que a ação anulatória e a de execução referente ao mesmosenso, que a ação anulatória e a de execução referente ao mesmo débito devem ser apreciadas pelo mesmo juízo, na medida em que odébito devem ser apreciadas pelo mesmo juízo, na medida em que o resultado de uma terá influência direta sobre o da outra. (...)resultado de uma terá influência direta sobre o da outra. (...) (STJ, RESP (STJ, RESP 200301465932, Primeira Turma, Relator Ministro José Delgado,200301465932, Primeira Turma, Relator Ministro José Delgado, DJ19/04/2004, pág. 001650)DJ19/04/2004, pág. 001650)..

Logo, então na ação declaratória anulatória e a execução, paralelamenteLogo, então na ação declaratória anulatória e a execução, paralelamente

intentadas, não correrão isoladamente uma da outra. Nesse sentido, o intentadas, não correrão isoladamente uma da outra. Nesse sentido, o Ministro Luiz FuxMinistro Luiz Fux consignou no consignou no REsp 517891-PBREsp 517891-PB::

Refoge à razoabilidade permitir que a ação anulatória do débito caminheRefoge à razoabilidade permitir que a ação anulatória do débito caminhe isoladamente da execução calcada na obrigação que se quer nulificar,isoladamente da execução calcada na obrigação que se quer nulificar, por isso que, exitosa a ação de conhecimento, o seu resultado podepor isso que, exitosa a ação de conhecimento, o seu resultado pode frustrar-se diante de execução já ultimada. Precedentes desta Cortefrustrar-se diante de execução já ultimada. Precedentes desta Corte sobre o tema: sobre o tema: REsp 887607/SC, Relatora Ministra Eliana Calmon,REsp 887607/SC, Relatora Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, publicado no DJ de 15.12.2006; REsp 722303/RS,Segunda Turma, publicado no DJ de 15.12.2006; REsp 722303/RS, desta relatoria, Primeira Turma, publicado no DJ de 31.08.2006;desta relatoria, Primeira Turma, publicado no DJ de 31.08.2006; REsp 754586/RS, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, PrimeiraREsp 754586/RS, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, publicado no DJ de 03.04.2006. REsp 774030/RS. MinistroTurma, publicado no DJ de 03.04.2006. REsp 774030/RS. Ministro Luiz Fux. T1. j. 15/03/2007. DJ 09.04.2007. p. 229.Luiz Fux. T1. j. 15/03/2007. DJ 09.04.2007. p. 229.

Destarte, essa ação de conhecimento que visa à Destarte, essa ação de conhecimento que visa à ANULAÇÃO DOANULAÇÃO DO ARREMATAMENTO ARREMATAMENTO efetivada nos autos n. efetivada nos autos n. 121/1.11.0000300-9121/1.11.0000300-9, bem como a de execução contra os, bem como a de execução contra os

Autores, Autores, devem ser reunidasdevem ser reunidas, para se evitar a possibilidade de julgamentos contraditórios e para, para se evitar a possibilidade de julgamentos contraditórios e para

prestigiar o princípio da utilidade, da celeridade e da segurança jurídica, garantindo, assim, a prestaçãoprestigiar o princípio da utilidade, da celeridade e da segurança jurídica, garantindo, assim, a prestação

da jurisdição adequada, conforme prevê o art. 5º, inciso XXXV da CF/88, daí firmando-se a competênciada jurisdição adequada, conforme prevê o art. 5º, inciso XXXV da CF/88, daí firmando-se a competência

do do Juízo de ExecuçãoJuízo de Execução, por , por prevençãoprevenção e competência da e competência da ação executória em questãoação executória em questão..

DA APLICAÇÃO DO CDC NOS CONTRATOS BANCÁRIOS RURAISDA APLICAÇÃO DO CDC NOS CONTRATOS BANCÁRIOS RURAIS

A aplicabilidade do Código de Defesa de Consumidor em caso deA aplicabilidade do Código de Defesa de Consumidor em caso de

contratação de crédito bancário é perfeitamente possível. Há vários precedentes neste sentido, de ondecontratação de crédito bancário é perfeitamente possível. Há vários precedentes neste sentido, de onde

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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destacamos alguns exemplos destacamos alguns exemplos do próprio TJRSdo próprio TJRS::

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO.APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA DE PRODUTOR RURAL.EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA DE PRODUTOR RURAL. APLICAÇÃO DO CDC. MULTA MORATÓRIA. LIMITAÇÃO A 2%.APLICAÇÃO DO CDC. MULTA MORATÓRIA. LIMITAÇÃO A 2%. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. COMPENSAÇÃO DE HONORÁRIOS.SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. COMPENSAÇÃO DE HONORÁRIOS. POSSIBILIDADE.POSSIBILIDADE.

Embargos à execução. Execução de título extrajudicial. Cédula de produtoEmbargos à execução. Execução de título extrajudicial. Cédula de produto rural (cpr). Recurso Adesivo. Alegação de intempestividade do apelo darural (cpr). Recurso Adesivo. Alegação de intempestividade do apelo da embargada afastada. Caso em que ao conceder empréstimo (cédula deembargada afastada. Caso em que ao conceder empréstimo (cédula de produto rural), a cooperativa está atuando como se instituição financeiraproduto rural), a cooperativa está atuando como se instituição financeira fosse, razão por que se impõe a aplicação da legislação consumerista.fosse, razão por que se impõe a aplicação da legislação consumerista. incide o código de defesa do consumidor aos negócios entabulados entreincide o código de defesa do consumidor aos negócios entabulados entre cooperativas e seus associados. No caso, diante da emissão de cédula decooperativas e seus associados. No caso, diante da emissão de cédula de produto rural o produtor busca recursos financeiros perante uma dasproduto rural o produtor busca recursos financeiros perante uma das entidades legitimadas pela lei nº 8.929/94, comprometendo-se a entregar,entidades legitimadas pela lei nº 8.929/94, comprometendo-se a entregar, como quitação, o produto. Nesse contexto, a cooperativa atua como secomo quitação, o produto. Nesse contexto, a cooperativa atua como se instituição financeira fosse, dando lugar à incidência das normas doinstituição financeira fosse, dando lugar à incidência das normas do código de defesa do consumidor, por força do § 2º, de seu art. 3º. Multacódigo de defesa do consumidor, por força do § 2º, de seu art. 3º. Multa contratual limitada a 2% do valor da prestação, nos termos do art. 52, § 1º,contratual limitada a 2% do valor da prestação, nos termos do art. 52, § 1º, do CDC e, quanto aos juros moratórios, certo é que não se tratando dedo CDC e, quanto aos juros moratórios, certo é que não se tratando de obrigação pecuniária e não tendo havido pedido da cooperativa paraobrigação pecuniária e não tendo havido pedido da cooperativa para converter a execução para entrega de coisa incerta e fungível emconverter a execução para entrega de coisa incerta e fungível em execução por quantia certa, não é de incidir, na esteira da previsão do art.execução por quantia certa, não é de incidir, na esteira da previsão do art. 407 do ccb e, tocante à condenação em dobro, é de se observar que a lei407 do ccb e, tocante à condenação em dobro, é de se observar que a lei 10.931/2004 trata de letra de crédito imobiliário, cédula de crédito10.931/2004 trata de letra de crédito imobiliário, cédula de crédito imobiliário, cédula de crédito bancário, enquanto a execução é escudadaimobiliário, cédula de crédito bancário, enquanto a execução é escudada em cédula de produto rural. Ademais, não há como fazer incidir o art. 940em cédula de produto rural. Ademais, não há como fazer incidir o art. 940 do ccb, como subsidiariamente requereu o recorrente adesivo, que exige ado ccb, como subsidiariamente requereu o recorrente adesivo, que exige a postulação em sede de reconvenção ou ação própria, mas jamais atravéspostulação em sede de reconvenção ou ação própria, mas jamais através da via de embargos. Para a incidência da penalidade prevista no artigoda via de embargos. Para a incidência da penalidade prevista no artigo 940 do ccb/02, é imprescindível que exista, além da cobrança de dívida já940 do ccb/02, é imprescindível que exista, além da cobrança de dívida já

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paga, a má-fé comprovada da exequente, o que não ocorreu na espécie.paga, a má-fé comprovada da exequente, o que não ocorreu na espécie. Verba sucumbencial mantidaVerba sucumbencial mantida. (TJRS:. (TJRS: Processo: AC 70041706284 RS -Processo: AC 70041706284 RS - Relator(a): Liege Puricelli Pires - Julgamento: 06/10/2011- ÓrgãoRelator(a): Liege Puricelli Pires - Julgamento: 06/10/2011- Órgão Julgador: Décima Sétima Câmara Cível - Publicação: Diário daJulgador: Décima Sétima Câmara Cível - Publicação: Diário da Justiça do dia 24/10/2011).Justiça do dia 24/10/2011).

Ademais em se tratando de contratos bancários o próprio Ademais em se tratando de contratos bancários o próprio STJSTJ já assentou já assentou

entendimento pacificado nesse sentido.entendimento pacificado nesse sentido.

A aplicabilidade do CDC nestes contratos está prevista no §2º do art. 3ºA aplicabilidade do CDC nestes contratos está prevista no §2º do art. 3º

do próprio Código de Defesa do Consumidor, que inclui no conceito de “do próprio Código de Defesa do Consumidor, que inclui no conceito de “serviçoserviço” a atividade bancária.” a atividade bancária.

Ao enquadrar o contrato de crédito nas disposições do CDC, o produtorAo enquadrar o contrato de crédito nas disposições do CDC, o produtor

rural tem garantido para si vários direitos que o Código protege, tais como a necessidade derural tem garantido para si vários direitos que o Código protege, tais como a necessidade de

informações claras e precisas quanto ao produto, à interpretação de cláusulas de modo mais favorávelinformações claras e precisas quanto ao produto, à interpretação de cláusulas de modo mais favorável

ao consumidor, à inversão do ônus da prova ou a proteção contra cláusulas abusivas, dentre outrasao consumidor, à inversão do ônus da prova ou a proteção contra cláusulas abusivas, dentre outras

questões, razões pelas quais também se questões, razões pelas quais também se REQUER A INVERSÃO DO ÔNUS DAS PROVASREQUER A INVERSÃO DO ÔNUS DAS PROVAS como como

medida de direito.medida de direito.

PRELIMINARMENTE – DA PRINCIPAL NULIDADE PRELIMINARMENTE – DA PRINCIPAL NULIDADE OCORRIDA APÓS A ARREMATAÇÃOOCORRIDA APÓS A ARREMATAÇÃO

Em observância ao inciso LV do art. 5º da Constituição Federal, cumpre Em observância ao inciso LV do art. 5º da Constituição Federal, cumpre

esclarecer que a ARREMATAÇÃO efetivada nos autos da execução supra, encontra-se eivada de vício,esclarecer que a ARREMATAÇÃO efetivada nos autos da execução supra, encontra-se eivada de vício,

pela ausência de comprovação do pagamento do valor excedente auferido na arrematação pelopela ausência de comprovação do pagamento do valor excedente auferido na arrematação pelo próprio Réupróprio Réu, conforme se verá adiante:, conforme se verá adiante:

DA NULIDADE POR AUSÊNCIA DE CUMPRIMENTO AO DISPOSTO NO ARTIGO ART. 690-ADA NULIDADE POR AUSÊNCIA DE CUMPRIMENTO AO DISPOSTO NO ARTIGO ART. 690-A § ÚNICO DO CPC DE 1973 ATUAL ART. 892 § 1º DO NCPC§ ÚNICO DO CPC DE 1973 ATUAL ART. 892 § 1º DO NCPC

Constam dos autos que o imóvel foi arrematado 0Constam dos autos que o imóvel foi arrematado 000/0/000//00000000, nos termos, nos termos

do § 1º do artigo 892 do Novo Código de Processo Civil, o arrematante sendo o único credor e se odo § 1º do artigo 892 do Novo Código de Processo Civil, o arrematante sendo o único credor e se o

valor do bem arrematado exceder ao valor do crédito, valor do bem arrematado exceder ao valor do crédito, deverá depositar, dentro de 3 (três) dias, adeverá depositar, dentro de 3 (três) dias, a

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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diferença sob pena de tornar-se sem efeito a arrematação.diferença sob pena de tornar-se sem efeito a arrematação.

Assim, como durante todo o processo de execução, em que o BancoAssim, como durante todo o processo de execução, em que o Banco

Requerido não apresentava os valores corretos da dívida, ocorre também nesta fase, como se nãoRequerido não apresentava os valores corretos da dívida, ocorre também nesta fase, como se não

bastasse o imóvel ter sido arrematado com base em um laudo de avalição elaborado há quase um ano ebastasse o imóvel ter sido arrematado com base em um laudo de avalição elaborado há quase um ano e

meio antes da arrematação e por apresentando valores que não condizem com a realidade do mercadomeio antes da arrematação e por apresentando valores que não condizem com a realidade do mercado

imobiliário da região, estando o preço apontado no documento em questão defasados, também não foiimobiliário da região, estando o preço apontado no documento em questão defasados, também não foi

apresentada a conta geral do débito pela instituição financeira aos Autores, deixando de se demonstrarapresentada a conta geral do débito pela instituição financeira aos Autores, deixando de se demonstrar

no feito o valor atualizado da dívida.no feito o valor atualizado da dívida.

Portanto, foi realizada a hasta pública, sem os Autores seremPortanto, foi realizada a hasta pública, sem os Autores serem

devidamente informados do valor atual da dívida, e pelo valor do bem arrematado, haveria odevidamente informados do valor atual da dívida, e pelo valor do bem arrematado, haveria o

arrematante arrematante o prazo de 3 (três) dias para depositar o valor do crédito excedenteo prazo de 3 (três) dias para depositar o valor do crédito excedente. .

Os Autores não sabem até o presente momento o atual valor da dívidaOs Autores não sabem até o presente momento o atual valor da dívida

executada, seu direito foi suprimido, executada, seu direito foi suprimido, em legítimo cerceamento de defesa, seu direito de remir o débitoem legítimo cerceamento de defesa, seu direito de remir o débito..

Com efeito dispõe o § 1º, do artigo 892 que se houver apenas um credor eCom efeito dispõe o § 1º, do artigo 892 que se houver apenas um credor e

o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante depositará de imediato a diferençadepositará de imediato a diferença , ficando, ficando

esta à disposição do executado; se superior, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.esta à disposição do executado; se superior, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.

Assim, mais de um ano após a arrematação, os Autores não sabemAssim, mais de um ano após a arrematação, os Autores não sabem

devidamente, qual o valor da dívida nem mesmo foram depositados os valores excedentes, o que tornadevidamente, qual o valor da dívida nem mesmo foram depositados os valores excedentes, o que torna

a a ARREMATAÇÃO NULAARREMATAÇÃO NULA, como estabelece o Código de Processo Civil. , como estabelece o Código de Processo Civil.

Nesse sentido reconhecendo a NULIDADE da Arrematação em face doNesse sentido reconhecendo a NULIDADE da Arrematação em face do

não pagamento realizado pelo Arrematante no prazo de 3 dias perfilha os atuais precedentes:não pagamento realizado pelo Arrematante no prazo de 3 dias perfilha os atuais precedentes:

DIREITO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS Á ARREMATAÇÃO.DIREITO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS Á ARREMATAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DOS PRAZOS FIXADOS NO ARTIGO 690 DODESCUMPRIMENTO DOS PRAZOS FIXADOS NO ARTIGO 690 DO CPC. NULIDADE.CPC. NULIDADE. 1. É claro o artigo 690 do Código de Processo Civil ao 1. É claro o artigo 690 do Código de Processo Civil ao dispor que tem a parte arrematante o dever de efetuar o pagamento dodispor que tem a parte arrematante o dever de efetuar o pagamento do valor do bem arrematado à vista, ou, alternativamente, no prazo de trêsvalor do bem arrematado à vista, ou, alternativamente, no prazo de três

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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dias. 2. O descumprimento dos prazos legais impõe o reconhecimento dedias. 2. O descumprimento dos prazos legais impõe o reconhecimento de nulidade da arrematação. nulidade da arrematação. (TRF-4 - AC: 2897 PR 2005.04.01.002897-1,(TRF-4 - AC: 2897 PR 2005.04.01.002897-1, Relator: MARIA LÚCIA LUZ LEIRIA, Data de Julgamento: 09/03/2005,Relator: MARIA LÚCIA LUZ LEIRIA, Data de Julgamento: 09/03/2005, PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 06/04/2005 PÁGINA: 403).PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 06/04/2005 PÁGINA: 403).DECISÃO: ACORDAM os Senhores Desembargadores integrantes da 14ªDECISÃO: ACORDAM os Senhores Desembargadores integrantes da 14ª Câmara Cível, por unanimidade, não dar provimento ao recurso, nosCâmara Cível, por unanimidade, não dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Desembargador Relator. EMENTA: AGRAVO DEtermos do voto do Desembargador Relator. EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - ARREMATAÇÃO PELO EXEQUENTE -INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - ARREMATAÇÃO PELO EXEQUENTE - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA AGRAVADA - 1) ARREMATAÇÃO - ATODECISÃO INTERLOCUTÓRIA AGRAVADA - 1) ARREMATAÇÃO - ATO JURÍDICO PERFEITO, IMPASSÍVEL DE SER ANULADO -JURÍDICO PERFEITO, IMPASSÍVEL DE SER ANULADO - IMPROCEDENTE - ART. 694, § 1º DO CPC RELACIONA HIPÓTESESIMPROCEDENTE - ART. 694, § 1º DO CPC RELACIONA HIPÓTESES ONDE A ARREMATAÇÃO PODERÁ SER TORNADA SEM EFEITO -ONDE A ARREMATAÇÃO PODERÁ SER TORNADA SEM EFEITO - 2) 2) BENS ARREMATADOS PELO PRÓPRIO CREDOR EXEQUENTE -BENS ARREMATADOS PELO PRÓPRIO CREDOR EXEQUENTE - VALOR DOS BENS EXCEDE O CRÉDITO - AUSÊNCIA DE DEPÓSITOVALOR DOS BENS EXCEDE O CRÉDITO - AUSÊNCIA DE DEPÓSITO DA DIFERENÇA ORIUNDA DO VALOR DOS IMÓVEIS ARREMATADOSDA DIFERENÇA ORIUNDA DO VALOR DOS IMÓVEIS ARREMATADOS E O CRÉDITO DO EXEQUENTE - DILIGÊNCIA A SER REALIZADA EME O CRÉDITO DO EXEQUENTE - DILIGÊNCIA A SER REALIZADA EM TRÊS DIAS, NOS TERMOS DO ART. 690-A, PARÁGRAFO ÚNICO DOTRÊS DIAS, NOS TERMOS DO ART. 690-A, PARÁGRAFO ÚNICO DO CPC CORRESPONDENTE AO ART. 690, § 2º DA REDAÇÃOCPC CORRESPONDENTE AO ART. 690, § 2º DA REDAÇÃO ANTERIOR A LEI 11.382/2006 - ARREMATAÇÃO SEM EFEITO -ANTERIOR A LEI 11.382/2006 - ARREMATAÇÃO SEM EFEITO - MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA - MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA - 3) AUSÊNCIA DE3) AUSÊNCIA DE JUNTADA DAS MATRÍCULAS ATUALIZADAS DOS IMÓVEISJUNTADA DAS MATRÍCULAS ATUALIZADAS DOS IMÓVEIS PENHORADOS PARA VERIFICAR A EXISTÊNCIA DE GARANTIA REALPENHORADOS PARA VERIFICAR A EXISTÊNCIA DE GARANTIA REAL OU PREFERÊNCIA SOBRE OS MENCIONADOS BENS - OU PREFERÊNCIA SOBRE OS MENCIONADOS BENS - QUESTÃOQUESTÃO PREJUDICADA DIANTE DO RECONHECIMENTO DOPREJUDICADA DIANTE DO RECONHECIMENTO DO DESCUMPRIMENTO DO ART. 690-A, PARÁGRAFO ÚNICO DO CPC.DESCUMPRIMENTO DO ART. 690-A, PARÁGRAFO ÚNICO DO CPC. RECURSO NÃO PROVIDO. RECURSO NÃO PROVIDO. (TJ-PR - AI: 13115763 PR 1311576-3(TJ-PR - AI: 13115763 PR 1311576-3 (Acórdão), Relator: Octavio Campos Fischer, Data de Julgamento:(Acórdão), Relator: Octavio Campos Fischer, Data de Julgamento: 14/10/2015, 14ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 168214/10/2015, 14ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 1682 04/11/2015).04/11/2015).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. ARREMATAÇÃO.AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. ARREMATAÇÃO. PARCELAMENTO DA DÍVIDA. PARCELAMENTO DA DÍVIDA. INOBSERVÃNCIA DO PRAZO PARAINOBSERVÃNCIA DO PRAZO PARA PAGAMENTO DO VALOR DA ARREMATAÇÃO. ARTIGO 690 DO CPCPAGAMENTO DO VALOR DA ARREMATAÇÃO. ARTIGO 690 DO CPC ..

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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1- Para que ocorra a suspensão da execução fiscal faz-se necessário que1- Para que ocorra a suspensão da execução fiscal faz-se necessário que o parcelamento da dívida tenha sido homologado. No caso, mesmo que jáo parcelamento da dívida tenha sido homologado. No caso, mesmo que já tivesse ocorrido a homologação, caberia à agravante, que havia sidotivesse ocorrido a homologação, caberia à agravante, que havia sido intimada das datas designadas para a realização dos leilões, informar aointimada das datas designadas para a realização dos leilões, informar ao juízo, antes da arrematação, acerca do parcelamento e, em consequência,juízo, antes da arrematação, acerca do parcelamento e, em consequência, da suspensão da exigibilidade do crédito tributário, para que os leilõesda suspensão da exigibilidade do crédito tributário, para que os leilões fossem suspensos. 2- fossem suspensos. 2- O ARTIGO 690 DO CÓDIGO DE PROCESSOO ARTIGO 690 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ESTABELECE QUE O ARREMATANTE TEM O DEVER DECIVIL ESTABELECE QUE O ARREMATANTE TEM O DEVER DE EFETUAR O PAGAMENTO DO VALOR DO BEM ARREMATADO ÀEFETUAR O PAGAMENTO DO VALOR DO BEM ARREMATADO À VISTA OU, ALTERNATIVAMENTE, NO PRAZO DE TRÊS DIAS. COMOVISTA OU, ALTERNATIVAMENTE, NO PRAZO DE TRÊS DIAS. COMO ESSE PRAZO LEGAL NÃO FOI OBSERVADO, MERECE SERESSE PRAZO LEGAL NÃO FOI OBSERVADO, MERECE SER RECONHECIDA A NULIDADE DA ARREMATAÇÃO. 3- AGRAVO DERECONHECIDA A NULIDADE DA ARREMATAÇÃO. 3- AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDOINSTRUMENTO PROVIDO. Agravo interno prejudicado. . Agravo interno prejudicado. (TRF-2 - AG:(TRF-2 - AG: 200802010092402 RJ 2008.02.01.009240-2, Relator: Desembargador200802010092402 RJ 2008.02.01.009240-2, Relator: Desembargador Federal LUIZ ANTONIO SOARES, Data de Julgamento: 14/04/2009,Federal LUIZ ANTONIO SOARES, Data de Julgamento: 14/04/2009, QUARTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: DJU -QUARTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: DJU - Data:23/10/2009 - Página:179).Data:23/10/2009 - Página:179).

PROCESSO CIVIL. EMBARGOS À ARREMATAÇÃO. SENTENÇA QUEPROCESSO CIVIL. EMBARGOS À ARREMATAÇÃO. SENTENÇA QUE JULGA PROCEDENTES OS EMBARGOS, DETERMINANDO AJULGA PROCEDENTES OS EMBARGOS, DETERMINANDO A ANULAÇÃO DO PROCESSO A PARTIR DAS HASTAS PÚBLICAS.ANULAÇÃO DO PROCESSO A PARTIR DAS HASTAS PÚBLICAS. APELAÇÃO.APELAÇÃO. 1: EMBARGANTES QUE PRETENDEM UNICAMENTE A MAJORAÇÃO 1: EMBARGANTES QUE PRETENDEM UNICAMENTE A MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA ADVOCATÍCIA. INCIDENTE PROCESSUAL.DA VERBA HONORÁRIA ADVOCATÍCIA. INCIDENTE PROCESSUAL. APLICAÇÃO DO DISPOSTO NO ART. 20, § 4º, DO CPC. VERBAAPLICAÇÃO DO DISPOSTO NO ART. 20, § 4º, DO CPC. VERBA CORRETAMENTE ARBITRADA. RECURSO DESPROVIDO. APELAÇÃOCORRETAMENTE ARBITRADA. RECURSO DESPROVIDO. APELAÇÃO 2: PENHORA INCIDENTE SOBRE IMÓVEIS. 2: PENHORA INCIDENTE SOBRE IMÓVEIS. BENS ARREMATADOSBENS ARREMATADOS PELO PRÓPRIO CREDOR EXEQUENTE. VALOR DA ARREMATAÇÃOPELO PRÓPRIO CREDOR EXEQUENTE. VALOR DA ARREMATAÇÃO SUPERIOR AO VALOR DO CRÉDITO. NECESSIDADE DOSUPERIOR AO VALOR DO CRÉDITO. NECESSIDADE DO PAGAMENTO DA DIFERENÇA APURADA NO PRAZO DE TRÊS DIAS.PAGAMENTO DA DIFERENÇA APURADA NO PRAZO DE TRÊS DIAS. ART. 690-A, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. DEPÓSITO EFETUADOART. 690-A, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. DEPÓSITO EFETUADO PELO ARREMATANTE QUE, ALÉM DE EXTEMPORÂNEO, FOIPELO ARREMATANTE QUE, ALÉM DE EXTEMPORÂNEO, FOI ESTORNADO PELA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA POR INSUFICIÊNCIAESTORNADO PELA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA POR INSUFICIÊNCIA DE FUNDOS DO TÍTULO APRESENTADO (CHEQUE). ARREMATAÇÃODE FUNDOS DO TÍTULO APRESENTADO (CHEQUE). ARREMATAÇÃO SEM EFEITO. SEM EFEITO. PREJUDICADAS AS DEMAIS QUESTÕES SUSCITADASPREJUDICADAS AS DEMAIS QUESTÕES SUSCITADAS PELO RECORRENTE. RECURSO DESPROVIDO. MANTIDOS OS ÔNUSPELO RECORRENTE. RECURSO DESPROVIDO. MANTIDOS OS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. DA SUCUMBÊNCIA. (TJ-PR: 9148381 PR 914838-1 - APELAÇAO CÍVEL(TJ-PR: 9148381 PR 914838-1 - APELAÇAO CÍVEL Nº 914.838-1, DA COMARCA DE RIBEIRAO DO PINHAL VARA ÚNICA.Nº 914.838-1, DA COMARCA DE RIBEIRAO DO PINHAL VARA ÚNICA. 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná).17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná).

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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Na espécie não se constatou o pagamento que deveria ter sido realizadoNa espécie não se constatou o pagamento que deveria ter sido realizado

em até 3 dias após a arrematação efetuada pelo próprio banco credor (Réu) MESMO ANTES DOem até 3 dias após a arrematação efetuada pelo próprio banco credor (Réu) MESMO ANTES DO

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Destarte tratando-se de questão de ordem pública esta não pode serDestarte tratando-se de questão de ordem pública esta não pode ser

açambarcada pelo acordo, mormente no caso em que o acordo encontra-se quebrado pelo nãoaçambarcada pelo acordo, mormente no caso em que o acordo encontra-se quebrado pelo não

cumprimento por parte dos Autores que não encontram meio justo de poder equalizar seus débitos juntocumprimento por parte dos Autores que não encontram meio justo de poder equalizar seus débitos junto

ao banco Réu, devendo assim ser reconhecido na presente AÇÃO ANULATÓRIA à NULIDADEao banco Réu, devendo assim ser reconhecido na presente AÇÃO ANULATÓRIA à NULIDADE

detectada em face do não pagamento efetuado no prazo legal previsto tanto no antigo quanto no atual edetectada em face do não pagamento efetuado no prazo legal previsto tanto no antigo quanto no atual e

vigente Estatuto Processual Civil.vigente Estatuto Processual Civil.

DA VIOLAÇÃO À SÚMULA N. 298 DO STJ E DA VIOLAÇÃO À SÚMULA N. 298 DO STJ E RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACENRESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACEN

a)- DA AUSÊNCIA DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ QUANTO A TESE ARGUIDA ACERCA DAa)- DA AUSÊNCIA DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ QUANTO A TESE ARGUIDA ACERCA DA RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACENRESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACEN

Ressalte-se que os argumentos relativos à questão atinente à Ressalte-se que os argumentos relativos à questão atinente à suspensãosuspensão da execuçãoda execução por conta da por conta da RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACEN,RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACEN, embora tenha sido deliberada pelo embora tenha sido deliberada pelo

magistrado nos embargos rejeitados NÃO FORAM APRECIADAS em sede de APELAÇÃO, posto que omagistrado nos embargos rejeitados NÃO FORAM APRECIADAS em sede de APELAÇÃO, posto que o

recurso foi julgado deserto por falta de recolhimento das custas.recurso foi julgado deserto por falta de recolhimento das custas.

Oras, a Constituição federal assegura aos litigantes o mais absoluto direitoOras, a Constituição federal assegura aos litigantes o mais absoluto direito

a ampla defesa com todos seus recursos a ela inerentes e na espécie o direito ao duplo grau dea ampla defesa com todos seus recursos a ela inerentes e na espécie o direito ao duplo grau de

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Outrossim há que considerar que o rebate a decisão monocrática nosOutrossim há que considerar que o rebate a decisão monocrática nos

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magistrado que anteriormente indeferiu a pretensão diversa posto as NOVAS RAZÕES forammagistrado que anteriormente indeferiu a pretensão diversa posto as NOVAS RAZÕES foram

apresentadas na Apelação, portanto se tratando de apresentadas na Apelação, portanto se tratando de NOVA discussãoNOVA discussão e não de e não de mera reiteraçãomera reiteração do do

quanto foi alegado nos Embargos decididos pela primeira instância. Portanto não há falar-se emquanto foi alegado nos Embargos decididos pela primeira instância. Portanto não há falar-se em

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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litigância de má-fé em direito NÃO apreciado na sede recursal conforme exposto e também pelolitigância de má-fé em direito NÃO apreciado na sede recursal conforme exposto e também pelo

entendimento da jurisprudência:entendimento da jurisprudência:

AÇÃO RESCISÓRIA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. LEIAÇÃO RESCISÓRIA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. LEI Nº 8.186/91. PRELIMINARES AFASTADAS: INÉPCIA, LEGITIMIDADE ENº 8.186/91. PRELIMINARES AFASTADAS: INÉPCIA, LEGITIMIDADE E IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. INVOCAÇÃO DE ERRO NOIMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. INVOCAÇÃO DE ERRO NO JULGAMENTO DA CAUSA. ART. 485, IX, DO CPC. MATÉRIASJULGAMENTO DA CAUSA. ART. 485, IX, DO CPC. MATÉRIAS DEBATIDAS NOS AUTOS E ANALISADAS. VEDAÇÃO CONSTANTEDEBATIDAS NOS AUTOS E ANALISADAS. VEDAÇÃO CONSTANTE DOS §§ 1º E 2º DO ART. 485 DO CPC. AÇÃO CENTRADA EM APENASDOS §§ 1º E 2º DO ART. 485 DO CPC. AÇÃO CENTRADA EM APENAS UM DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RESCINDENDA. UM DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RESCINDENDA. PRETENSÃOPRETENSÃO DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ AFASTADADE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ AFASTADA.. IMPROCEDÊNCIAIMPROCEDÊNCIA. 1. Inépcia da inicial que se afasta, por apresentar os. 1. Inépcia da inicial que se afasta, por apresentar os requisitos mínimos legais e próprios à sua apreciação, estando, ainda,requisitos mínimos legais e próprios à sua apreciação, estando, ainda, presentes os pressupostos processuais e as condições da ação. Pedidopresentes os pressupostos processuais e as condições da ação. Pedido formulado juridicamente possível de ser apreciado via ação rescisória (art.formulado juridicamente possível de ser apreciado via ação rescisória (art. 485, inciso IX, do CPC). 2. É cediço que para o manejo da ação rescisória485, inciso IX, do CPC). 2. É cediço que para o manejo da ação rescisória é mister a citação de todos os réus que participaram da lide original.é mister a citação de todos os réus que participaram da lide original. Preliminar de ilegitimidade passiva invocada pela CBTU que não sePreliminar de ilegitimidade passiva invocada pela CBTU que não se sustenta. 3. Ao judicium rescindens com base no inciso IX do art. 485 dosustenta. 3. Ao judicium rescindens com base no inciso IX do art. 485 do CPC se exige não só que a sentença esteja baseada em erro de fato, masCPC se exige não só que a sentença esteja baseada em erro de fato, mas também que o erro possa ser verificado a partir das provas constantes dotambém que o erro possa ser verificado a partir das provas constantes do feito originário, independentemente da produção de novas; que não tenhafeito originário, independentemente da produção de novas; que não tenha havido controvérsia entre as partes acerca do erro apontado; e, que nãohavido controvérsia entre as partes acerca do erro apontado; e, que não tenha havido pronunciamento judicial sobre o fato com sua valoração. 4.tenha havido pronunciamento judicial sobre o fato com sua valoração. 4. Fundamentada a decisão rescindenda em duas assertivas que levaram àFundamentada a decisão rescindenda em duas assertivas que levaram à improcedência do pedido, a impugnação na rescisória de apenas umaimprocedência do pedido, a impugnação na rescisória de apenas uma delas, só por si, inviabiliza novo julgamento da lide, na medida em que, sedelas, só por si, inviabiliza novo julgamento da lide, na medida em que, se afastada uma, restaria outra. 5. A questão de deter ou não a condição deafastada uma, restaria outra. 5. A questão de deter ou não a condição de ferroviário na data da aposentadoria foi amplamente debatida nos autosferroviário na data da aposentadoria foi amplamente debatida nos autos do processo de origem, no que resultou em sentença desfavorável aodo processo de origem, no que resultou em sentença desfavorável ao autor, sendo este, a propósito, um dos fundamentos do julgamento, o queautor, sendo este, a propósito, um dos fundamentos do julgamento, o que impede a rescisória com base em alegado erro de fato (precedente:impede a rescisória com base em alegado erro de fato (precedente: TRF/1ªRegião, Primeira Seção, EIAR 2002.01.00.017912-7/RO,TRF/1ªRegião, Primeira Seção, EIAR 2002.01.00.017912-7/RO, Desembargador Federal Carlos Moreira Alves, DJ 22.04.2004, p. 3). 6.Desembargador Federal Carlos Moreira Alves, DJ 22.04.2004, p. 3). 6. Pretensão de reexame de matéria amplamente discutida pelas partes,Pretensão de reexame de matéria amplamente discutida pelas partes, para que seja atribuída nova valoração aos fatos e provas apresentadas, opara que seja atribuída nova valoração aos fatos e provas apresentadas, o que não é permitido na estreita via da ação rescisória, se não em recursoque não é permitido na estreita via da ação rescisória, se não em recurso de apelação, o qual, aliás, na espécie foi rejeitado, por desertode apelação, o qual, aliás, na espécie foi rejeitado, por deserto (precedente: TRF/1ª Região, Primeira Seção, AR(precedente: TRF/1ª Região, Primeira Seção, AR 2004.01.00.013365-4/DF, Juiz Federal Pompeu de Sousa Brasil (conv.), e-2004.01.00.013365-4/DF, Juiz Federal Pompeu de Sousa Brasil (conv.), e-DJF1 28.07.2008, p. 8). 7. Afasta-se a possibilidade de condenação porDJF1 28.07.2008, p. 8). 7. Afasta-se a possibilidade de condenação por litigância de má-fé se ausentes os requisitos previstos no art. 17 do CPClitigância de má-fé se ausentes os requisitos previstos no art. 17 do CPC para sua configuração. De mais a mais, o rito procedimental da açãopara sua configuração. De mais a mais, o rito procedimental da ação rescisória prevê o depósito prévio de multa, a ser revertida em favor darescisória prevê o depósito prévio de multa, a ser revertida em favor da parte ré para o caso de improcedência da ação. 8. Ação rescisória que,parte ré para o caso de improcedência da ação. 8. Ação rescisória que, ainda no juízo rescindendo, se julga improcedente. ainda no juízo rescindendo, se julga improcedente. AÇÃO RESCISÓRIA.AÇÃO RESCISÓRIA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. LEI Nº 8.186/91.COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. LEI Nº 8.186/91. PRELIMINARES AFASTADAS: INÉPCIA, LEGITIMIDADE EPRELIMINARES AFASTADAS: INÉPCIA, LEGITIMIDADE E

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IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. INVOCAÇÃO DE ERRO NOIMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. INVOCAÇÃO DE ERRO NO JULGAMENTO DA CAUSA. ART. 485, IX, DO CPC. MATÉRIASJULGAMENTO DA CAUSA. ART. 485, IX, DO CPC. MATÉRIAS DEBATIDAS NOS AUTOS E ANALISADAS. VEDAÇÃO CONSTANTEDEBATIDAS NOS AUTOS E ANALISADAS. VEDAÇÃO CONSTANTE DOS §§ 1º E 2º DO ART. 485 DO CPC. DOS §§ 1º E 2º DO ART. 485 DO CPC. AÇÃO CENTRADA EM APENASAÇÃO CENTRADA EM APENAS UM DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RESCINDENDA. PRETENSÃOUM DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RESCINDENDA. PRETENSÃO DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ AFASTADA.DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ AFASTADA. IMPROCEDÊNCIAIMPROCEDÊNCIA.. 1. Inépcia da inicial que se afasta, por apresentar os 1. Inépcia da inicial que se afasta, por apresentar os requisitos mínimos legais e próprios à sua apreciação, estando, ainda,requisitos mínimos legais e próprios à sua apreciação, estando, ainda, presentes os pressupostos processuais e as condições da ação. Pedidopresentes os pressupostos processuais e as condições da ação. Pedido formulado juridicamente possível de ser apreciado via ação rescisória (art.formulado juridicamente possível de ser apreciado via ação rescisória (art. 485, inciso IX, do CPC). 2. É cediço que para o manejo da ação rescisória485, inciso IX, do CPC). 2. É cediço que para o manejo da ação rescisória é mister a citação de todos os réus que participaram da lide original.é mister a citação de todos os réus que participaram da lide original. Preliminar de ilegitimidade passiva invocada pela CBTU que não sePreliminar de ilegitimidade passiva invocada pela CBTU que não se sustenta. 3. Ao judicium rescindens com base no inciso IX do art. 485 dosustenta. 3. Ao judicium rescindens com base no inciso IX do art. 485 do CPC se exige não só que a sentença esteja baseada em erro de fato, masCPC se exige não só que a sentença esteja baseada em erro de fato, mas também que o erro possa ser verificado a partir das provas constantes dotambém que o erro possa ser verificado a partir das provas constantes do feito originário, independentemente da produção de novas; que não tenhafeito originário, independentemente da produção de novas; que não tenha havido controvérsia entre as partes acerca do erro apontado; e, que nãohavido controvérsia entre as partes acerca do erro apontado; e, que não tenha havido pronunciamento judicial sobre o fato com sua valoração. 4.tenha havido pronunciamento judicial sobre o fato com sua valoração. 4. Fundamentada a decisão rescindenda em duas assertivas que levaram àFundamentada a decisão rescindenda em duas assertivas que levaram à improcedência do pedido, a impugnação na rescisória de apenas umaimprocedência do pedido, a impugnação na rescisória de apenas uma delas, só por si, inviabiliza novo julgamento da lide, na medida em que, sedelas, só por si, inviabiliza novo julgamento da lide, na medida em que, se afastada uma, restaria outra. 5. A questão de deter ou não a condição deafastada uma, restaria outra. 5. A questão de deter ou não a condição de ferroviário na data da aposentadoria foi amplamente debatida nos autosferroviário na data da aposentadoria foi amplamente debatida nos autos do processo de origem, no que resultou em sentença desfavorável aodo processo de origem, no que resultou em sentença desfavorável ao autor, sendo este, a propósito, um dos fundamentos do julgamento, o queautor, sendo este, a propósito, um dos fundamentos do julgamento, o que impede a rescisória com base em alegado erro de fato (precedente:impede a rescisória com base em alegado erro de fato (precedente: TRF/1ªRegião, Primeira Seção, EIAR 2002.01.00.017912-7/RO,TRF/1ªRegião, Primeira Seção, EIAR 2002.01.00.017912-7/RO, Desembargador Federal Carlos Moreira Alves, DJ 22.04.2004, p. 3). 6.Desembargador Federal Carlos Moreira Alves, DJ 22.04.2004, p. 3). 6. Pretensão de reexame de matéria amplamente discutida pelas partes,Pretensão de reexame de matéria amplamente discutida pelas partes, para que seja atribuída nova valoração aos fatos e provas apresentadas, opara que seja atribuída nova valoração aos fatos e provas apresentadas, o que não é permitido na estreita via da ação rescisória, se não em recursoque não é permitido na estreita via da ação rescisória, se não em recurso de apelação, o qual, aliás, na espécie foi rejeitado, por desertode apelação, o qual, aliás, na espécie foi rejeitado, por deserto (precedente: TRF/1ª Região, Primeira Seção, AR(precedente: TRF/1ª Região, Primeira Seção, AR 2004.01.00.013365-4/DF, Juiz Federal Pompeu de Sousa Brasil (conv.), e-2004.01.00.013365-4/DF, Juiz Federal Pompeu de Sousa Brasil (conv.), e-DJF1 28.07.2008, p. 8). 7. Afasta-se a possibilidade de condenação porDJF1 28.07.2008, p. 8). 7. Afasta-se a possibilidade de condenação por litigância de má-fé se ausentes os requisitos previstos no art. 17 do CPClitigância de má-fé se ausentes os requisitos previstos no art. 17 do CPC para sua configuração. De mais a mais, o rito procedimental da açãopara sua configuração. De mais a mais, o rito procedimental da ação rescisória prevê o depósito prévio de multa, a ser revertida em favor darescisória prevê o depósito prévio de multa, a ser revertida em favor da parte ré para o caso de improcedência da ação. 8. Ação rescisória que,parte ré para o caso de improcedência da ação. 8. Ação rescisória que, ainda no juízo rescindendo, se julga improcedente. (ARainda no juízo rescindendo, se julga improcedente. (AR 2001.01.00.014299-5/MG, Rel. Juiz Federal Evaldo De Oliveira Fernandes2001.01.00.014299-5/MG, Rel. Juiz Federal Evaldo De Oliveira Fernandes Filho (conv), Primeira Seção,e-DJF1 p.23 de 03/11/2008). Filho (conv), Primeira Seção,e-DJF1 p.23 de 03/11/2008). (TRF-1 - AR:(TRF-1 - AR: 14299 MG 2001.01.00.014299-5, Relator: DESEMBARGADOR14299 MG 2001.01.00.014299-5, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ AMILCAR MACHADO, Data de Julgamento:FEDERAL JOSÉ AMILCAR MACHADO, Data de Julgamento: 07/10/2008, PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: 03/11/2008 e-DJF107/10/2008, PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: 03/11/2008 e-DJF1 p.23).p.23).

APELAÇÃO - DESERÇÃO – INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DEAPELAÇÃO - DESERÇÃO – INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DE

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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SOMENTE COM O PREPARO, SEM O COMPROVANTE DESOMENTE COM O PREPARO, SEM O COMPROVANTE DE RECOLHIMENTO DAS CUSTAS DE PORTE E REMESSA –RECOLHIMENTO DAS CUSTAS DE PORTE E REMESSA – COMPLEMENTAÇÃO POSTERIOR – ADMISSIBILIDADE – DESERÇÃOCOMPLEMENTAÇÃO POSTERIOR – ADMISSIBILIDADE – DESERÇÃO INEXISTENTE – A interposição do recurso de apelação sem oINEXISTENTE – A interposição do recurso de apelação sem o comprovante do recolhimento das custas de porte e remessa não o tornacomprovante do recolhimento das custas de porte e remessa não o torna deserto, devendo se dar oportunidade ao apelante para a suadeserto, devendo se dar oportunidade ao apelante para a sua complementação, nos termos do artigo 511, § 2º, do CPC. JULGAMENTOcomplementação, nos termos do artigo 511, § 2º, do CPC. JULGAMENTO DO PROCESSO NO ESTADO - CERCEAMENTO DE DEFESA – PEDIDODO PROCESSO NO ESTADO - CERCEAMENTO DE DEFESA – PEDIDO DE PROVA DOCUMENTAL E PERICIAL – INDEFERIMENTODE PROVA DOCUMENTAL E PERICIAL – INDEFERIMENTO FUNDAMENTADO – CERCEAMENTO INOCORRENTE - DECISÃOFUNDAMENTADO – CERCEAMENTO INOCORRENTE - DECISÃO MANTIDA. Sendo o juiz o destinatário das provas, cabe a ele verificar aMANTIDA. Sendo o juiz o destinatário das provas, cabe a ele verificar a pertinência de outras provas além daquelas já produzidas, nãopertinência de outras provas além daquelas já produzidas, não configurando cerceamento de defesa o julgamento da lide no estado doconfigurando cerceamento de defesa o julgamento da lide no estado do processo, por decisão fundamentada. O momento da produção de provaprocesso, por decisão fundamentada. O momento da produção de prova documental é com a apresentação da petição inicial ou contestação, só sedocumental é com a apresentação da petição inicial ou contestação, só se admitindo a posterior juntada de documentos para comprovação de fatosadmitindo a posterior juntada de documentos para comprovação de fatos ocorridos após a propositura da ação, nos termos dos artigos 396 e 397,ocorridos após a propositura da ação, nos termos dos artigos 396 e 397, ambos do CPC. ambos do CPC. RECURSO – DIREITO DE RECORRER - AUSÊNCIA DERECURSO – DIREITO DE RECORRER - AUSÊNCIA DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. O direito de recorrer não pode serLITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. O direito de recorrer não pode ser interpretado como litigância de má-fé ante a plausibilidade dasinterpretado como litigância de má-fé ante a plausibilidade das razões apresentadas. SUCUMBÊNCIA – AÇÃO JULGADArazões apresentadas. SUCUMBÊNCIA – AÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE – SUCUMBÊNCIA PROPORCIONALPARCIALMENTE PROCEDENTE – SUCUMBÊNCIA PROPORCIONAL . . Como as partes decaíram de metade aproximada dos respectivosComo as partes decaíram de metade aproximada dos respectivos pedidos, é de rigor a manutenção da sucumbência recíproca epedidos, é de rigor a manutenção da sucumbência recíproca e proporcional custeio das custas, despesas e honorários advocatícios.proporcional custeio das custas, despesas e honorários advocatícios. SEGURO SAÚDE – REEMBOLSO – PRESCRIÇÃO DECENAL –SEGURO SAÚDE – REEMBOLSO – PRESCRIÇÃO DECENAL – CONTRATO ENCERRADO ANTES DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO –CONTRATO ENCERRADO ANTES DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO – IRRELEVÂNCIA - SENTENÇA QUE OBSERVOU OS DOCUMENTOSIRRELEVÂNCIA - SENTENÇA QUE OBSERVOU OS DOCUMENTOS ACOSTADOS AOS AUTOS E OS LIMITES PREVISTOSACOSTADOS AOS AUTOS E OS LIMITES PREVISTOS CONTRATUALMENTE – DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. CONTRATUALMENTE – DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. AosAos casos de plano de saúde e seguro-saúde, se aplica a prescrição decenalcasos de plano de saúde e seguro-saúde, se aplica a prescrição decenal prevista no artigo 205, do CC. A ausência de relação jurídica entre asprevista no artigo 205, do CC. A ausência de relação jurídica entre as partes no momento da propositura da ação não obsta o ajuizamentopartes no momento da propositura da ação não obsta o ajuizamento desta, tendo em vista que os fatos discutidos referem-se à época em quedesta, tendo em vista que os fatos discutidos referem-se à época em que vigente o contrato. Sentença que observou os documentos acostados aosvigente o contrato. Sentença que observou os documentos acostados aos autos e determinou a observância do limite contratual para o reembolsoautos e determinou a observância do limite contratual para o reembolso das despesas médico-hospitalares a ser apurado em liquidação dedas despesas médico-hospitalares a ser apurado em liquidação de sentença. Negativa de reembolso embasada em limitação contratual nãosentença. Negativa de reembolso embasada em limitação contratual não configura abalo moral a ser indenizado, se o fato, por não interromper oconfigura abalo moral a ser indenizado, se o fato, por não interromper o tratamento, não gerou situação extraordinária, de angústia. RESULTADO:tratamento, não gerou situação extraordinária, de angústia. RESULTADO: Apelação principal e apelação adesiva desprovidas. Apelação principal e apelação adesiva desprovidas. (TJ-SP - APL:(TJ-SP - APL: 00276317920118260309 SP 0027631-79.2011.8.26.0309, Relator:00276317920118260309 SP 0027631-79.2011.8.26.0309, Relator: Alexandre Coelho - Data de Julgamento: 17/06/2015, 8ª Câmara deAlexandre Coelho - Data de Julgamento: 17/06/2015, 8ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 18/06/2015).Direito Privado, Data de Publicação: 18/06/2015).

b)-b)- DA VIOLAÇÃO À SÚMULA N. 298 DO STJ E RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACENDA VIOLAÇÃO À SÚMULA N. 298 DO STJ E RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACEN

Por ser uma atividade econômica totalmente dependente de fatoresPor ser uma atividade econômica totalmente dependente de fatores

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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climáticos, a agricultura de tempos em tempos vivem certas crises financeiras, ainda que regionais eclimáticos, a agricultura de tempos em tempos vivem certas crises financeiras, ainda que regionais e

localizadas, onde o produtor rural, em virtude de frustrações de safras ou dificuldades delocalizadas, onde o produtor rural, em virtude de frustrações de safras ou dificuldades de

comercialização de seus produtos, não consegue com sua produção criar condições para o prontocomercialização de seus produtos, não consegue com sua produção criar condições para o pronto

pagamento de todas suas obrigações financeiras assumidas. pagamento de todas suas obrigações financeiras assumidas.

Com isso, sempre se traz à tona o instituto jurídico da Modificação doCom isso, sempre se traz à tona o instituto jurídico da Modificação do

Cronograma de Pagamento no Financiamento Rural, debatendo-se o cabimento facultativo ouCronograma de Pagamento no Financiamento Rural, debatendo-se o cabimento facultativo ou

obrigatório do referido instituto, previsto no Manual de Crédito Rural 2.6.9, editado pelo Conselhoobrigatório do referido instituto, previsto no Manual de Crédito Rural 2.6.9, editado pelo Conselho

Monetário Nacional, reacendo discussões pacificadas e muito bem analisadas juridicamente pelosMonetário Nacional, reacendo discussões pacificadas e muito bem analisadas juridicamente pelos

Tribunais superiores.Tribunais superiores.

Dispõe a referida norma:Dispõe a referida norma:

“- Independentemente de consulta ao Banco Central do Brasil, é devida a“- Independentemente de consulta ao Banco Central do Brasil, é devida a prorrogação da dívida, aos mesmos encargos financeiros antes pactuadosprorrogação da dívida, aos mesmos encargos financeiros antes pactuados no instrumento de crédito, desde que se comprove incapacidade deno instrumento de crédito, desde que se comprove incapacidade de pagamento do mutuário, em consequência de:pagamento do mutuário, em consequência de:

a) dificuldade de comercialização dos produtos; a) dificuldade de comercialização dos produtos;

b) frustração de safras, por fatores adversos; b) frustração de safras, por fatores adversos;

c) eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento dasc) eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das explorações.”explorações.”

Para a análise completa do que ocorreu com o requerente desde aPara a análise completa do que ocorreu com o requerente desde a

contratação do crédito e a arrematação de sua propriedade rural, cumpre analisar, resumidamente, acontratação do crédito e a arrematação de sua propriedade rural, cumpre analisar, resumidamente, a

estrutura do sistema financeiro do país e do sistema nacional de crédito rural.estrutura do sistema financeiro do país e do sistema nacional de crédito rural.

DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONALDO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

A Lei nº 4.595/94, que institucionalizou o Sistema Financeiro Nacional,A Lei nº 4.595/94, que institucionalizou o Sistema Financeiro Nacional,

criou o Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão público vinculado ao Poder Executivo, com acriou o Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão público vinculado ao Poder Executivo, com a

finalidade de formular a política da moeda e do crédito, objetivando o progresso econômico e social dofinalidade de formular a política da moeda e do crédito, objetivando o progresso econômico e social do

País. Dentre os objetivos da sua política, destaca-se o inciso VII, do art. 2º, que dispõe:País. Dentre os objetivos da sua política, destaca-se o inciso VII, do art. 2º, que dispõe:

“VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária,“VII - Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária,

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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fiscal e da dívida pública, interna e externa”.fiscal e da dívida pública, interna e externa”.

Elencando ainda as competências do Conselho Monetário Nacional,Elencando ainda as competências do Conselho Monetário Nacional,

ressaltam-se três incisos que serão importantes, assim dispostos no art. 4º da mesma lei:ressaltam-se três incisos que serão importantes, assim dispostos no art. 4º da mesma lei:

“VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as“VI - Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites,operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituiçõesavais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras;financeiras;VIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos queVIII - Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicaçãoexercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades previstas;das penalidades previstas;XXII - Estatuir normas para as operações das instituições financeirasXXII - Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamentopúblicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei; “aos objetivos desta lei; “

E também o art. 5º da Lei 4595/64:E também o art. 5º da Lei 4595/64:

“Art. 5º. As deliberações do Conselho Monetário Nacional entendem-“Art. 5º. As deliberações do Conselho Monetário Nacional entendem-se de responsabilidade de seu Presidente para os efeitos do art. 104,se de responsabilidade de seu Presidente para os efeitos do art. 104, nº I, letra "b", da Constituição Federal e obrigarão também os órgãosnº I, letra "b", da Constituição Federal e obrigarão também os órgãos oficiais, inclusive autarquias e sociedades de economia mista, nasoficiais, inclusive autarquias e sociedades de economia mista, nas atividades que afetem o mercado financeiro e o de capitais. ” (Notaatividades que afetem o mercado financeiro e o de capitais. ” (Nota do autor: Constituição Federal vigente ao ano de 1964)do autor: Constituição Federal vigente ao ano de 1964)

Ainda, o art. 9º da Lei em análise ao dispor sobre a criação e funcionamentoAinda, o art. 9º da Lei em análise ao dispor sobre a criação e funcionamento

do Banco Central da República do Brasil (BACEN) diz:do Banco Central da República do Brasil (BACEN) diz:

“Art. 9º Compete ao Banco Central da República do Brasil cumprir e“Art. 9º Compete ao Banco Central da República do Brasil cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislaçãofazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional.”em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional.”

Desta forma, o próprio Banco Central do Brasil está vinculado às normasDesta forma, o próprio Banco Central do Brasil está vinculado às normas

expendidas pelo Conselho Monetário Nacional. Veja que aqui não há distinções de normas, mas simexpendidas pelo Conselho Monetário Nacional. Veja que aqui não há distinções de normas, mas sim

que deve o BACEN cumprir e fazer cumprir “as normas”, ou seja, toda a normatização fixada pelo CMN.que deve o BACEN cumprir e fazer cumprir “as normas”, ou seja, toda a normatização fixada pelo CMN.

Ao analisar a estrutura e competência do CMN, disposto no Capítulo II daAo analisar a estrutura e competência do CMN, disposto no Capítulo II da

Lei nº 4.595/64, observa-se que o legislador derrogou competência normatizadora ao órgão, e, aoLei nº 4.595/64, observa-se que o legislador derrogou competência normatizadora ao órgão, e, ao

vincula-lo ao Poder Executivo, deu-lhe o regime jurídico-administrativo do Poder de Polícia, uma vez quevincula-lo ao Poder Executivo, deu-lhe o regime jurídico-administrativo do Poder de Polícia, uma vez que

suas disposições e regulamentos criam prerrogativas e sujeições dos envolvidos, quais sejam,suas disposições e regulamentos criam prerrogativas e sujeições dos envolvidos, quais sejam,

Administração Pública e as instituições e órgãos do sistema financeiro nacional.Administração Pública e as instituições e órgãos do sistema financeiro nacional.

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DO SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO RURALDO SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO RURAL

No ano de 1965, cerca de um ano após a edição da Lei nº 4.595/64 queNo ano de 1965, cerca de um ano após a edição da Lei nº 4.595/64 que

dispôs sobre o Sistema Financeiro Nacional, foi promulgada a Lei nº 4.829/65, que institucionalizou odispôs sobre o Sistema Financeiro Nacional, foi promulgada a Lei nº 4.829/65, que institucionalizou o

Sistema Nacional de Crédito Rural.Sistema Nacional de Crédito Rural.

A elaboração desta Lei se deu em razão da necessidade de uma políticaA elaboração desta Lei se deu em razão da necessidade de uma política

pública específica voltada ao desenvolvimento e proteção da produção rural do país, tendo em vista,pública específica voltada ao desenvolvimento e proteção da produção rural do país, tendo em vista,

segundo dispõe seu art. 1º, o bem-estar do povo.segundo dispõe seu art. 1º, o bem-estar do povo.

Uma análise da estrutura do Financiamento Rural brasileiro, em todos osUma análise da estrutura do Financiamento Rural brasileiro, em todos os

aspectos, desde a Lei nº 4.829/65, passando pela Constituição vigente e pela Lei da Política Agrícolaaspectos, desde a Lei nº 4.829/65, passando pela Constituição vigente e pela Lei da Política Agrícola

(Lei nº 8.171/91), mostra que a atividade campesina possui uma proteção especial do Estado, para(Lei nº 8.171/91), mostra que a atividade campesina possui uma proteção especial do Estado, para

garantia de ordem pública, paz social e bem-estar do povo.garantia de ordem pública, paz social e bem-estar do povo.

Assim são os artigos 23, VIII e os artigos 184 e seguintes da CF/88, queAssim são os artigos 23, VIII e os artigos 184 e seguintes da CF/88, que

dispõem ser competência de todo o Estado o fomento da produção agropecuária e a organização dodispõem ser competência de todo o Estado o fomento da produção agropecuária e a organização do

abastecimento alimentar, deveres que somente se atingirão através da adequada Política Agrícola,abastecimento alimentar, deveres que somente se atingirão através da adequada Política Agrícola,

instituída no Capítulo III, do Título VIII – Da Ordem Econômica e Financeira, da Carta Republicana.instituída no Capítulo III, do Título VIII – Da Ordem Econômica e Financeira, da Carta Republicana.

Note-se, então, que a Política Agrícola, ao contrário de outras políticasNote-se, então, que a Política Agrícola, ao contrário de outras políticas

setoriais, por sua tamanha importância está institucionalizada no texto constitucional, devendo isso sersetoriais, por sua tamanha importância está institucionalizada no texto constitucional, devendo isso ser

observado quando da análise dos contratos agrários.observado quando da análise dos contratos agrários.

Já escreveu o Já escreveu o Prof. Lutero de Paiva Pereira:Prof. Lutero de Paiva Pereira:

“Quando foi institucionalizado pela Lei 4.829/65, já no seu art. 1º o“Quando foi institucionalizado pela Lei 4.829/65, já no seu art. 1º o legislador se preocupou em determinar o caráter fomentista dolegislador se preocupou em determinar o caráter fomentista do crédito rural, bem assim o seu alcance social, pois sua aplicaçãocrédito rural, bem assim o seu alcance social, pois sua aplicação levará em conta o desenvolvimento da produção rural do País, e istolevará em conta o desenvolvimento da produção rural do País, e isto visando o bem-estar do povo. (...)visando o bem-estar do povo. (...)

Desta forma, financiadores e tomadores de crédito rural, por seDesta forma, financiadores e tomadores de crédito rural, por se

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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envolverem com recursos que têm aplicação voltada ao interesse socioeconômico do País, quandoenvolverem com recursos que têm aplicação voltada ao interesse socioeconômico do País, quando

contratam operações da espécie, não podem fazê-lo senão sob estreita observância das regrascontratam operações da espécie, não podem fazê-lo senão sob estreita observância das regras

especialmente traçadas para sua condução”.especialmente traçadas para sua condução”.

Vê-se, portanto, que a legislação brasileira dispõe sobre o SistemaVê-se, portanto, que a legislação brasileira dispõe sobre o Sistema

Financeiro Nacional e sobre o Sistema Nacional de Crédito Rural, em dois diplomas diferentes,Financeiro Nacional e sobre o Sistema Nacional de Crédito Rural, em dois diplomas diferentes,

contendo este último, normas específicas e conjecturais do setor agropecuário.contendo este último, normas específicas e conjecturais do setor agropecuário.

Assim, o sistema que rege os contratos rurais é o Sistema Nacional deAssim, o sistema que rege os contratos rurais é o Sistema Nacional de

Crédito Rural, previsto na Lei nº 4.829/65, muito embora tais contratos tenham por vezes como uma dasCrédito Rural, previsto na Lei nº 4.829/65, muito embora tais contratos tenham por vezes como uma das

partes pessoa jurídica adstrita ao regime do Sistema Financeiro Nacional.partes pessoa jurídica adstrita ao regime do Sistema Financeiro Nacional.

E a referida Lei assim dispõe no seu art. 4º:E a referida Lei assim dispõe no seu art. 4º:

“Art. 4º - O Conselho Monetário Nacional, de acordo com as“Art. 4º - O Conselho Monetário Nacional, de acordo com as atribuições estabelecidas na Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964,atribuições estabelecidas na Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, disciplinará o crédito rural do País e estabelecerá, comdisciplinará o crédito rural do País e estabelecerá, com exclusividade, normas operativas traduzidas nos seguintes tópicos:exclusividade, normas operativas traduzidas nos seguintes tópicos:I - avaliação, origem e dotação dos recursos a serem aplicados noI - avaliação, origem e dotação dos recursos a serem aplicados no crédito rural;crédito rural;II - diretrizes e instruções relacionadas com a aplicação e controle doII - diretrizes e instruções relacionadas com a aplicação e controle do crédito rural;crédito rural;III - critérios seletivos e de prioridade para a distribuição do créditoIII - critérios seletivos e de prioridade para a distribuição do crédito rural;rural;IV - fixação e ampliação dos programas de crédito rural, abrangendoIV - fixação e ampliação dos programas de crédito rural, abrangendo todas as formas de suplementação de recursos, inclusivetodas as formas de suplementação de recursos, inclusive refinanciamento”. refinanciamento”.

Repare que o caput do art. 4º de maneira clara e inequívoca estabeleceRepare que o caput do art. 4º de maneira clara e inequívoca estabelece

que o CMN, no uso das atribuições previstas na Lei 4.595/64, disciplinará e estabelecerá o crédito ruralque o CMN, no uso das atribuições previstas na Lei 4.595/64, disciplinará e estabelecerá o crédito rural

do País, e isto de maneira exclusiva.do País, e isto de maneira exclusiva.

Ora, assim como a Lei nº 4.595/64, a Lei nº 4.829/64 cria uma norma emOra, assim como a Lei nº 4.595/64, a Lei nº 4.829/64 cria uma norma em

branco delegando competência normativa ao órgão público, delegando-lhe funções vinculativas aosbranco delegando competência normativa ao órgão público, delegando-lhe funções vinculativas aos

integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural. Após, logo no art. 5º, a mesma Lei estabelece que ointegrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural. Após, logo no art. 5º, a mesma Lei estabelece que o

cumprimento das deliberações do CMN aplicados ao crédito rural será dirigido, coordenado e fiscalizadocumprimento das deliberações do CMN aplicados ao crédito rural será dirigido, coordenado e fiscalizado

pelo Banco Central do Brasil.pelo Banco Central do Brasil.

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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Aqui mais uma vez tem-se a expressão abrangente, onde cumpre aoAqui mais uma vez tem-se a expressão abrangente, onde cumpre ao

BACEN a fiscalização e, consequentemente, o cumprimento de todas as deliberações do CMN.BACEN a fiscalização e, consequentemente, o cumprimento de todas as deliberações do CMN.

De plano já pode ser traçado um critério, utilizando da máxima jurídica deDe plano já pode ser traçado um critério, utilizando da máxima jurídica de

que “quem pode o mais, pode o menos”. Ora, se as normas traçadas pelo Conselho Monetário Nacionalque “quem pode o mais, pode o menos”. Ora, se as normas traçadas pelo Conselho Monetário Nacional

têm a previsão legal e o poder para obrigar o Banco Central do Brasil a cumpri-las, quanto mais astêm a previsão legal e o poder para obrigar o Banco Central do Brasil a cumpri-las, quanto mais as

instituições financeiras que são totalmente vinculadas aos enunciados e disposições do BACEN. Assim,instituições financeiras que são totalmente vinculadas aos enunciados e disposições do BACEN. Assim,

seria uma incongruência imaginar que as instituições vinculadas possuem autonomia discricionária deseria uma incongruência imaginar que as instituições vinculadas possuem autonomia discricionária de

normativos que a instituição principal (BACEN) é obrigada por lei a seguir.normativos que a instituição principal (BACEN) é obrigada por lei a seguir.

O crédito rural possui como fonte de recursos valores proveniente deO crédito rural possui como fonte de recursos valores proveniente de

fontes internas e externas, conforme disciplina o Capítulo IV (arts. 15 e seguintes) da Lei nº 4.829/65.fontes internas e externas, conforme disciplina o Capítulo IV (arts. 15 e seguintes) da Lei nº 4.829/65.

Em seu art. 21 a Lei estabelece que o CMN fixe uma percentagem sobre os recursos operados onde asEm seu art. 21 a Lei estabelece que o CMN fixe uma percentagem sobre os recursos operados onde as

instituições financeiras elencadas no art. 8º estarão obrigadas a disponibilizarem para o crédito rural Einstituições financeiras elencadas no art. 8º estarão obrigadas a disponibilizarem para o crédito rural E

ainda a alínea n, do inciso I do art. 15 que estabelece:ainda a alínea n, do inciso I do art. 15 que estabelece:

“Art. 15 - O crédito rural contará com suprimentos provenientes das“Art. 15 - O crédito rural contará com suprimentos provenientes das seguintes fontes:seguintes fontes:

I - internas: (...)I - internas: (...)n) recursos nunca inferiores a 10% (dez por cento) dos depósitos den) recursos nunca inferiores a 10% (dez por cento) dos depósitos de qualquer natureza dos bancos privados e das sociedades de crédito,qualquer natureza dos bancos privados e das sociedades de crédito, financiamento e investimentos.”financiamento e investimentos.”

Observa-se então que a Lei obrigou as instituições financeiras aObserva-se então que a Lei obrigou as instituições financeiras a

disponibilizarem parte dos recursos captados em operações para a aplicação compulsória no créditodisponibilizarem parte dos recursos captados em operações para a aplicação compulsória no crédito

rural, sob pena das sanções previstas do §3º do art. 21. Isto porque, como já dito, o financiamento ruralrural, sob pena das sanções previstas do §3º do art. 21. Isto porque, como já dito, o financiamento rural

goza de proteção especial do Estado, e uma das formas de proteção foi justamente a limitação de taxasgoza de proteção especial do Estado, e uma das formas de proteção foi justamente a limitação de taxas

e cláusulas contratuais nos contratos de mútuo rural. Em outras palavras, as instituições mutuantese cláusulas contratuais nos contratos de mútuo rural. Em outras palavras, as instituições mutuantes

estão adstritas a um teto de ganho nas atividades rurais.estão adstritas a um teto de ganho nas atividades rurais.

Se não fosse assim, onde os recursos destinados aos financiamentosSe não fosse assim, onde os recursos destinados aos financiamentos

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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rurais são compulsórios e com taxas limitadas, ocorreria uma das duas hipóteses: ou as instituiçõesrurais são compulsórios e com taxas limitadas, ocorreria uma das duas hipóteses: ou as instituições

financeiras não disponibilizariam recursos para o crédito rural, em virtude das baixas taxas de ganhos,financeiras não disponibilizariam recursos para o crédito rural, em virtude das baixas taxas de ganhos,

em função de que outras linhas de crédito são mais atraentes ou as instituições aproveitariam a linhaem função de que outras linhas de crédito são mais atraentes ou as instituições aproveitariam a linha

aberta e colocariam taxas e emolumentos ao seu livre alvedrio, como acontece com as demais linhas deaberta e colocariam taxas e emolumentos ao seu livre alvedrio, como acontece com as demais linhas de

financiamento, o que com certeza acarretaria prejuízos ao produtor rural, o que de fato infelizmentefinanciamento, o que com certeza acarretaria prejuízos ao produtor rural, o que de fato infelizmente

aconteceu com o requerente.aconteceu com o requerente.

Vê-se ainda que a Lei nº 4.829/65 estabelece outras fontes de recursosVê-se ainda que a Lei nº 4.829/65 estabelece outras fontes de recursos

para o crédito rural, sejam internas ou externas. Assim, concluem-se que o financiamento rural épara o crédito rural, sejam internas ou externas. Assim, concluem-se que o financiamento rural é

operado pelas instituições financeiras e demais órgãos instituídos no art. 8º da Lei nº 4.829/65 atravésoperado pelas instituições financeiras e demais órgãos instituídos no art. 8º da Lei nº 4.829/65 através

de um de um munusmunus público, ou seja, muito embora sejam contratos particulares firmados entre as instituições público, ou seja, muito embora sejam contratos particulares firmados entre as instituições

e os produtores rurais ou suas cooperativas, são contratos de caráter público, que exercem umae os produtores rurais ou suas cooperativas, são contratos de caráter público, que exercem uma

verdadeira função social, na medida em que são amparados não só pela legislação especial, mas pelaverdadeira função social, na medida em que são amparados não só pela legislação especial, mas pela

própria Constituição Federal, que evoca para o Estado a obrigação de fomentar a produção agrícola eprópria Constituição Federal, que evoca para o Estado a obrigação de fomentar a produção agrícola e

sistematizar a política agrícola a ser regida no país.sistematizar a política agrícola a ser regida no país.

Por ser verbas de caráter público, a livre vontade das partes naPor ser verbas de caráter público, a livre vontade das partes na

elaboração dos contratos sofre limitação expressa pela própria legislação que regula a matéria, dentreelaboração dos contratos sofre limitação expressa pela própria legislação que regula a matéria, dentre

eles, os próprios regulamentos e resoluções do Conselho Monetário Nacional, órgão público incumbidoeles, os próprios regulamentos e resoluções do Conselho Monetário Nacional, órgão público incumbido

pelo próprio Estado para disciplinar à matéria.pelo próprio Estado para disciplinar à matéria.

FORÇA VINCULANTE DOS NORMATIVOS DO CONSELHO MONETÁRIO NACIONALFORÇA VINCULANTE DOS NORMATIVOS DO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL

O O Sistema Nacional de Crédito RuralSistema Nacional de Crédito Rural é sistema único, que vincula é sistema único, que vincula

produtores rurais e suas cooperativas, instituições financiadoras e o próprio Estado, que possui comoprodutores rurais e suas cooperativas, instituições financiadoras e o próprio Estado, que possui como

prerrogativa o fomento do setor agropecuário. Vale lembrar o art. 1º da norma em questão:prerrogativa o fomento do setor agropecuário. Vale lembrar o art. 1º da norma em questão:

“Art. 1º - O crédito rural, sistematizado nos termos desta Lei, “Art. 1º - O crédito rural, sistematizado nos termos desta Lei, seráserá distribuído e aplicado de acordo com a política de desenvolvimentodistribuído e aplicado de acordo com a política de desenvolvimento da produção rural do País da produção rural do País e tendo em vista o bem-estar do povo.”e tendo em vista o bem-estar do povo.”

Deste modo, não são as instituições financeiras que determinam asDeste modo, não são as instituições financeiras que determinam as

normas contratuais, nem sobre elas há a livre estipulação de vontades e prerrogativas inerentes aosnormas contratuais, nem sobre elas há a livre estipulação de vontades e prerrogativas inerentes aos

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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demais contratos de crédito. Mas do que isso, as normas do CMN podem ser vistas como a própriademais contratos de crédito. Mas do que isso, as normas do CMN podem ser vistas como a própria

viabilização da Política Agrícola estatal, sendo, portanto, de aplicação compulsória pelas partes.viabilização da Política Agrícola estatal, sendo, portanto, de aplicação compulsória pelas partes.

O financiamento e crédito rural não são instrumentos criados para seO financiamento e crédito rural não são instrumentos criados para se

buscar a maior rentabilidade das partes, mas sim em fortalecer a agricultura brasileira como um todo, e,buscar a maior rentabilidade das partes, mas sim em fortalecer a agricultura brasileira como um todo, e,

consequentemente a própria sociedade. Esse é o princípio aplicável quando da análise dos contratos.consequentemente a própria sociedade. Esse é o princípio aplicável quando da análise dos contratos.

Além disso, o crédito rural e suas normas e resoluções visam à busca dos princípios constitucionais daAlém disso, o crédito rural e suas normas e resoluções visam à busca dos princípios constitucionais da

busca do pleno emprego, da função social da propriedade e da ordem social, uma vez que nenhum paísbusca do pleno emprego, da função social da propriedade e da ordem social, uma vez que nenhum país

se desenvolve sem o adequado abastecimento alimentar, que somente se faz através de uma políticase desenvolve sem o adequado abastecimento alimentar, que somente se faz através de uma política

forte e estrutural para o setor agrícola, setor este que não depende apenas do mercado e da habilidadeforte e estrutural para o setor agrícola, setor este que não depende apenas do mercado e da habilidade

do empresário, mas muito mais de fatores naturais, que fogem ao controle dos técnicos rurais, tais comodo empresário, mas muito mais de fatores naturais, que fogem ao controle dos técnicos rurais, tais como

chuvas e sol no momento certo, a não ocorrência de geadas, pragas, ou outro fatores adversos, sendochuvas e sol no momento certo, a não ocorrência de geadas, pragas, ou outro fatores adversos, sendo

considerado como verdadeiras “empresas ao céu aberto”.considerado como verdadeiras “empresas ao céu aberto”.

Desta forma, as normas que o CMN, órgão isento e conhecedor dasDesta forma, as normas que o CMN, órgão isento e conhecedor das

conjecturas políticas, setoriais e financeiras, estabelece a partir de estudos e de pareceres deconjecturas políticas, setoriais e financeiras, estabelece a partir de estudos e de pareceres de

especialistas no assunto, devem sempre prevalecer sobre interesses de qualquer uma das partes, aindaespecialistas no assunto, devem sempre prevalecer sobre interesses de qualquer uma das partes, ainda

que contratos desta natureza estabeleçam o contrário.que contratos desta natureza estabeleçam o contrário.

Sobre o tema, o magistério de Sobre o tema, o magistério de Lutero de Paiva PereiraLutero de Paiva Pereira::

“A alteração do calendário de pagamento do financiamento rural é“A alteração do calendário de pagamento do financiamento rural é preceito oriundo do Conselho Monetário Nacional, ou seja, dopreceito oriundo do Conselho Monetário Nacional, ou seja, do Estado, já que este, a teor do tratado do Capítulo 2 supra, tem não sóEstado, já que este, a teor do tratado do Capítulo 2 supra, tem não só o interesse mas o dever de proteger a atividade agrícola do País. (...)o interesse mas o dever de proteger a atividade agrícola do País. (...)

O direito do mutuário de alterar o cronograma de pagamento doO direito do mutuário de alterar o cronograma de pagamento do mútuo deve ser visto sob a seguinte ótica:mútuo deve ser visto sob a seguinte ótica:- que o crédito rural, dentre outros objetivos, se propõe a fortalecer- que o crédito rural, dentre outros objetivos, se propõe a fortalecer economicamente so seu tomador – art. 3º, inc. III da Lei 4.829/65;economicamente so seu tomador – art. 3º, inc. III da Lei 4.829/65;- que a propriedade rural, a teor do que dispõe o art. 186, inc. IV, da- que a propriedade rural, a teor do que dispõe o art. 186, inc. IV, da Constituição Federal tem função social a cumprir, o que inclui umaConstituição Federal tem função social a cumprir, o que inclui uma exploração que favoreça o bem-estar do proprietário.exploração que favoreça o bem-estar do proprietário.- que a agricultura, como atividade econômica, inc. III do art. 2º da Lei- que a agricultura, como atividade econômica, inc. III do art. 2º da Lei Agrícola – Lei 8.171/91 – deve proporcionar rentabilidade compatívelAgrícola – Lei 8.171/91 – deve proporcionar rentabilidade compatível com a de outros setores da economia aos que a ela se dediquem e,com a de outros setores da economia aos que a ela se dediquem e,- que o adequado abastecimento alimentar do País, inc. IV, do art. 2º- que o adequado abastecimento alimentar do País, inc. IV, do art. 2º da Lei 8.171/91, é condição básica para garantir a tranqüilidade socialda Lei 8.171/91, é condição básica para garantir a tranqüilidade social e a ordem pública.e a ordem pública.

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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Da somatória de todas estas vertentes que envolvem a atividade agrícolaDa somatória de todas estas vertentes que envolvem a atividade agrícola

é que o direito do produtor rural, relativamente à modificação do cronograma de pagamento, deve seré que o direito do produtor rural, relativamente à modificação do cronograma de pagamento, deve ser

tutelado. ”tutelado. ”

Desta forma, conclui-se que a norma estabelecida no Manual de CréditoDesta forma, conclui-se que a norma estabelecida no Manual de Crédito

Rural, item 2.6.9, que estabelece a modificação do cronograma de pagamento sempre que ocorreremRural, item 2.6.9, que estabelece a modificação do cronograma de pagamento sempre que ocorrerem

algumas das situações previstas em suas alíneas, é de aplicação compulsória às instituiçõesalgumas das situações previstas em suas alíneas, é de aplicação compulsória às instituições

financeiras.financeiras.

O egrégio TJPR já se pronunciou sobre o tema, reconhecendo o direito doO egrégio TJPR já se pronunciou sobre o tema, reconhecendo o direito do

produtor rural em modificar o cronograma de pagamento, desde que preenchidos os requisitos exigidosprodutor rural em modificar o cronograma de pagamento, desde que preenchidos os requisitos exigidos

para tanto.para tanto.

Pode-se dizer que o leading case da questão foi colocado em discussãoPode-se dizer que o leading case da questão foi colocado em discussão

no ano de 1998, onde o no ano de 1998, onde o Des. Cunha RibasDes. Cunha Ribas em extenso estudo sobre o tema proferiu o voto no sentindo em extenso estudo sobre o tema proferiu o voto no sentindo

de permitir a alteração do cronograma de pagamento, em acórdão assim ementado:de permitir a alteração do cronograma de pagamento, em acórdão assim ementado:

“CRÉDITO RURAL - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE REVISÃO DE“CRÉDITO RURAL - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO - PRETENSÃO DE ALTERAÇÃO DE CRONOGRAMA DECONTRATO - PRETENSÃO DE ALTERAÇÃO DE CRONOGRAMA DE PAGAMENTO DE DÉBITO DECORRENTE DE CRÉDITO AGRÍCOLA,PAGAMENTO DE DÉBITO DECORRENTE DE CRÉDITO AGRÍCOLA, EXTIRPAÇÃO DA TR COMO INDEXADOR DE CORREÇÃOEXTIRPAÇÃO DA TR COMO INDEXADOR DE CORREÇÃO MONETÁRIA E SUA SUBSTITUIÇÃO PELA VARIAÇÃO DE PREÇOSMONETÁRIA E SUA SUBSTITUIÇÃO PELA VARIAÇÃO DE PREÇOS MÍNIMOS, COMISSÃO DE PERMANÊNCIA POR IMPONTUALIDADE EMÍNIMOS, COMISSÃO DE PERMANÊNCIA POR IMPONTUALIDADE E COBRANÇA DE IOF - PROVIMENTO PARCIAL - INTELIGÊNCIA DOCOBRANÇA DE IOF - PROVIMENTO PARCIAL - INTELIGÊNCIA DO ART. 187, INC. I E II DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DAS LEIS NºS.ART. 187, INC. I E II DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DAS LEIS NºS. 4.829/65, 8.171/91; 8.427/92; 8.880/94; 9.138/95; DECRETOS-LEIS Nº4.829/65, 8.171/91; 8.427/92; 8.880/94; 9.138/95; DECRETOS-LEIS Nº 79/66 E 167/67 - RECURSO DO AUTOR PROVIDO EM PARTE -79/66 E 167/67 - RECURSO DO AUTOR PROVIDO EM PARTE - RECURSO DO RÉU PREJUDICADORECURSO DO RÉU PREJUDICADO. A legislação que traça a política. A legislação que traça a política agrícola nacional constitui direito especial e de ordem pública,agrícola nacional constitui direito especial e de ordem pública, sobrepondo-se às normas gerais de direito e de crédito, o que consoasobrepondo-se às normas gerais de direito e de crédito, o que consoa com o disposto na Constituição Federal, impondo-se, pois, sua aplicação.com o disposto na Constituição Federal, impondo-se, pois, sua aplicação. Nesse cariz, o cronograma de pagamento do crédito rural fica sujeito aNesse cariz, o cronograma de pagamento do crédito rural fica sujeito a alterações, quando circunstâncias alheias à vontade do devedor dificultaralterações, quando circunstâncias alheias à vontade do devedor dificultar ou impedir o cumprimento dos mútuos nos prazos contratados. Nesseou impedir o cumprimento dos mútuos nos prazos contratados. Nesse sentido e também em face da lei nº 9.138/95, vem decidindo o e. S.T.J,sentido e também em face da lei nº 9.138/95, vem decidindo o e. S.T.J, que: "DIREITO ECONÔMICO. DÍVIDA AGRÁRIA. SECURITIZAÇÃO. LEIque: "DIREITO ECONÔMICO. DÍVIDA AGRÁRIA. SECURITIZAÇÃO. LEI 9.138/95. ALONGAMENTO DA DÍVIDA. DIREITO SUBJETIVO DO9.138/95. ALONGAMENTO DA DÍVIDA. DIREITO SUBJETIVO DO DEVEDOR. CONSEQÜENTE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULODEVEDOR. CONSEQÜENTE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO. DOUTRINA. RECURSO PROVIDO", REsp. nº 166.592-MG,EXECUTIVO. DOUTRINA. RECURSO PROVIDO", REsp. nº 166.592-MG,

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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julgado em 07.05.98. Mesmo sentido REsps. nºs. 154.025-MG dejulgado em 07.05.98. Mesmo sentido REsps. nºs. 154.025-MG de 10.02.98 e 156.015-MG, de 10.03.98. A atualização monetária, far-se-á10.02.98 e 156.015-MG, de 10.03.98. A atualização monetária, far-se-á pela variação do preço mínimo do produto, conforme a legislaçãopela variação do preço mínimo do produto, conforme a legislação especial, afastando-se a TR também por ser imprestável para tal fim eespecial, afastando-se a TR também por ser imprestável para tal fim e por se constituir em cláusula abusiva. É vedada a estipulação de cláusulapor se constituir em cláusula abusiva. É vedada a estipulação de cláusula de Comissão de Permanência por eventual inadimplemento, devendo ode Comissão de Permanência por eventual inadimplemento, devendo o encargo da mora ser atendido pelo disposto no parágrafo único do art. 5ºencargo da mora ser atendido pelo disposto no parágrafo único do art. 5º do DL. 167/67, conforme, em verdade, tem proclamado o E. S.T.J. (REsp.do DL. 167/67, conforme, em verdade, tem proclamado o E. S.T.J. (REsp. nº 28.907-9-RS, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo) "...os juros moratórios,nº 28.907-9-RS, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo) "...os juros moratórios, limitados, em se tratando de crédito rural, a 1% ao ano, distinguem-se doslimitados, em se tratando de crédito rural, a 1% ao ano, distinguem-se dos juros remuneratórios. Aqueles são forma de sanção pelo não pagamentojuros remuneratórios. Aqueles são forma de sanção pelo não pagamento no termo devido. Estes, por seu turno, como fator de mera remuneraçãono termo devido. Estes, por seu turno, como fator de mera remuneração do capital mutuado, mostram-se invariáveis em função de eventualdo capital mutuado, mostram-se invariáveis em função de eventual inadimplência ou impontualidade. Cláusula que disponha em sentidoinadimplência ou impontualidade. Cláusula que disponha em sentido contrário, prevendo referida variação, é cláusula que visa burlar acontrário, prevendo referida variação, é cláusula que visa burlar a disciplina legal, fazendo incidir, sob as vestes de juros remuneratórios,disciplina legal, fazendo incidir, sob as vestes de juros remuneratórios, autênticos juros moratórios em níveis superiores aos permitidos." Aautênticos juros moratórios em níveis superiores aos permitidos." A incidência do IOF, ainda que discutível, não encontra vedação legislativa.”incidência do IOF, ainda que discutível, não encontra vedação legislativa.” (TAPR - Primeira C.Cível (extinto TA) - AC 101678-4 - Peabiru - Rel.:(TAPR - Primeira C.Cível (extinto TA) - AC 101678-4 - Peabiru - Rel.: Cunha Ribas - Unânime - J. 17.11.1998). Fonte:Cunha Ribas - Unânime - J. 17.11.1998). Fonte:https://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/publico/pesquisa.dohttps://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/publico/pesquisa.do

Após, a jurisprudência do Egrégio TJPR TAMBÉM se consolidou sobre oApós, a jurisprudência do Egrégio TJPR TAMBÉM se consolidou sobre o

tema, como se pode ver dos demais acórdãos abaixo:tema, como se pode ver dos demais acórdãos abaixo:

“APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CRÉDITO RURAL.“APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CRÉDITO RURAL. ALONGAMENTO DA DÍVIDA. INADMISSIBILIDADE. AUSÊNCIA DEALONGAMENTO DA DÍVIDA. INADMISSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PROVA DOS REQUISITOS LEGAIS. INAPTIDÃO DA PROVAPROVA DOS REQUISITOS LEGAIS. INAPTIDÃO DA PROVA TESTEMUNHAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA.TESTEMUNHAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. EXCESSO DE EXECUÇÃO. RAZÕES RECURSAIS QUE NÃOEXCESSO DE EXECUÇÃO. RAZÕES RECURSAIS QUE NÃO ENFRENTAM OS FUNDAMENTOS DA SENTENÇA. OFENSA AOENFRENTAM OS FUNDAMENTOS DA SENTENÇA. OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. NÃO CONHECIMENTO. RECURSOPRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. NÃO CONHECIMENTO. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E NÃO PROVIDO. 1. Para obter o alongamentoCONHECIDO EM PARTE E NÃO PROVIDO. 1. Para obter o alongamento da dívida rural, o devedor deve provar que efetuou requerimentoda dívida rural, o devedor deve provar que efetuou requerimento administrativo perante a instituição credora, adicionado à prova doadministrativo perante a instituição credora, adicionado à prova do preenchimento dos requisitos legais, constantes da legislação específica epreenchimento dos requisitos legais, constantes da legislação específica e das Resoluções e Manual do Crédito Rural, expedidos pelo Bancodas Resoluções e Manual do Crédito Rural, expedidos pelo Banco Central do Brasil BACEN. 2. Não há que se falar em cerceamento deCentral do Brasil BACEN. 2. Não há que se falar em cerceamento de defesa quando os embargantes, intimados para especificação das provas,defesa quando os embargantes, intimados para especificação das provas, aduziram pretender a produção apenas da prova testemunhal, a qual nãoaduziram pretender a produção apenas da prova testemunhal, a qual não se revela apta a demonstrar os requisitos necessários à concessão dose revela apta a demonstrar os requisitos necessários à concessão do alongamento da dívida. 3. As razões recursais devem rebater,alongamento da dívida. 3. As razões recursais devem rebater, especificamente, os fundamentos da sentença, sob pena de nãoespecificamente, os fundamentos da sentença, sob pena de não conhecimento do recurso por ofensa ao princípio da dialeticidade.” (TJPRconhecimento do recurso por ofensa ao princípio da dialeticidade.” (TJPR - 14ª C.Cível - AC 591267-6 - Campo Mourão - Rel.: Edgard Fernando- 14ª C.Cível - AC 591267-6 - Campo Mourão - Rel.: Edgard Fernando Barbosa - Unânime - J. 08.02.2012).” Fonte:Barbosa - Unânime - J. 08.02.2012).” Fonte:https://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/publico/pesquisa.dohttps://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/publico/pesquisa.do

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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“APELAÇÃO CÍVEL DE NR. 807624-4. AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO“APELAÇÃO CÍVEL DE NR. 807624-4. AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. 1) JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE.DE TUTELA ANTECIPADA. 1) JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO CARACTERIZAÇÃO. 2)CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO CARACTERIZAÇÃO. 2) CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. PREVISÃO CONTRATUAL.CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. PREVISÃO CONTRATUAL. POSSIBILIDADE. 3) COMISSÃO DE PERMANÊNCIA.POSSIBILIDADE. 3) COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE COBRANÇA. REGULAMENTAÇÃO EM LEIIMPOSSIBILIDADE DE COBRANÇA. REGULAMENTAÇÃO EM LEI ESPECIAL. 4) EXISTÊNCIA DE MORA. ENCARGOS MORATÓRIOSESPECIAL. 4) EXISTÊNCIA DE MORA. ENCARGOS MORATÓRIOS DEVIDOS. 5) JUROS MORATÓRIOS. ART. 5º DA LEI DE USURA.DEVIDOS. 5) JUROS MORATÓRIOS. ART. 5º DA LEI DE USURA. LIMITAÇÃO EM 1% AO ANO. 6) PRORROGAÇÃO DA DÍVIDA.LIMITAÇÃO EM 1% AO ANO. 6) PRORROGAÇÃO DA DÍVIDA. REJEITADA. EFETIVA INCAPACIDADE DO PAGAMENTO. NÃOREJEITADA. EFETIVA INCAPACIDADE DO PAGAMENTO. NÃO COMPROVADA. 7) ÔNUS SUCUMBENCIAL. READEQUAÇÃO. 1. (...) 6.COMPROVADA. 7) ÔNUS SUCUMBENCIAL. READEQUAÇÃO. 1. (...) 6. A concessão da prorrogação da dívida deve estar respaldada de prova daA concessão da prorrogação da dívida deve estar respaldada de prova da efetiva impossibilidade do devedor ao pagamento da dívida, de acordoefetiva impossibilidade do devedor ao pagamento da dívida, de acordo com o item 2.6.9 do Manual de Crédito Rural. 7. Vencido parcialmentecom o item 2.6.9 do Manual de Crédito Rural. 7. Vencido parcialmente na demanda, impõe-se ao réu o pagamento proporcional dos ônus dena demanda, impõe-se ao réu o pagamento proporcional dos ônus de sucumbência. APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA 2sucumbência. APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA 2 APELAÇÃO CÍVEL NR. 807622-0. MEDIDA CAUTELAR INOMINADAAPELAÇÃO CÍVEL NR. 807622-0. MEDIDA CAUTELAR INOMINADA INCIDENTAL DE ABSTENÇÃO DE INSCRIÇÃO E/OU RETIRADA DOINCIDENTAL DE ABSTENÇÃO DE INSCRIÇÃO E/OU RETIRADA DO NOME DO AUTOR DE ÓRGÃOS DE RESTRIÇÃO DE CRÉDITO.NOME DO AUTOR DE ÓRGÃOS DE RESTRIÇÃO DE CRÉDITO. IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. APELAÇÃO CONHECIDA EIMPROCEDÊNCIA MANTIDA. APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA” (TJPR - 16ª C.Cível - AC 807624-4 - Londrina - Rel.:DESPROVIDA” (TJPR - 16ª C.Cível - AC 807624-4 - Londrina - Rel.: Shiroshi Yendo - Unânime - J. 07.12.2011). Fonte:Shiroshi Yendo - Unânime - J. 07.12.2011). Fonte:https://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/publico/pesquisa.dohttps://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/publico/pesquisa.do

“AGRAVO DE INSTRUMENTO “AGRAVO DE INSTRUMENTO AÇÃO ANULATÓRIA AÇÃO ANULATÓRIA PEDIDO DE PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA - PRORROGAÇÃO DE DÍVIDA DECORRENTETUTELA ANTECIPADA - PRORROGAÇÃO DE DÍVIDA DECORRENTE DE CRÉDITO RURAL DE CRÉDITO RURAL POSSIBILIDADE POSSIBILIDADE PRESENÇA DOS REQUISITOS PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS. 1. O ajuizamento de ação anulatória questionando acordosLEGAIS. 1. O ajuizamento de ação anulatória questionando acordos judicialmente homologados em ações de execução não tem, por si só, ojudicialmente homologados em ações de execução não tem, por si só, o condão de levar à suspensão de tais processos. 2. Contudo, ocondão de levar à suspensão de tais processos. 2. Contudo, o deferimento de liminar em sede de ação cautelar, determinando adeferimento de liminar em sede de ação cautelar, determinando a suspensão da exigibilidade da dívida decorrente do crédito ruralsuspensão da exigibilidade da dívida decorrente do crédito rural constitui causa prejudicial ao prosseguimento da execução, sendoconstitui causa prejudicial ao prosseguimento da execução, sendo recomendável, nesse caso, a suspensão do processo executivo. 3. Orecomendável, nesse caso, a suspensão do processo executivo. 3. O prolongamento da dívida constitui um direito subjetivo do devedor rural eprolongamento da dívida constitui um direito subjetivo do devedor rural e não mera faculdade da instituição financeira (Súmula 298 do STJ), desdenão mera faculdade da instituição financeira (Súmula 298 do STJ), desde que preenchidos os requisitos objetivos elencados no item 2.6.9 doque preenchidos os requisitos objetivos elencados no item 2.6.9 do Manual de Crédito Rural editado pelo BACEN, a saber: a) dificuldadeManual de Crédito Rural editado pelo BACEN, a saber: a) dificuldade de comercialização dos produtos; b) frustração de safras, por fatoresde comercialização dos produtos; b) frustração de safras, por fatores adversos; c) eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento dasadversos; c) eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das explorações. 4. No caso dos autos, o direito ao alongamento da dívidaexplorações. 4. No caso dos autos, o direito ao alongamento da dívida decorre de quebra de safra ocorrida no ano de 2009, restandodecorre de quebra de safra ocorrida no ano de 2009, restando preenchidos, outrossim, os requisitos do aludido Manual de Creditopreenchidos, outrossim, os requisitos do aludido Manual de Credito Rural. 5. Recurso conhecido e provido.” (TJPR - 14ª C.Cível - AI 810946-0Rural. 5. Recurso conhecido e provido.” (TJPR - 14ª C.Cível - AI 810946-0 - Campo Mourão - Rel.: Celso Jair Mainardi - Unânime - J. 28.09.2011).- Campo Mourão - Rel.: Celso Jair Mainardi - Unânime - J. 28.09.2011).https://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/publico/pesquisa.dohttps://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/publico/pesquisa.do

“AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. FINAME AGRÍCOLA.“AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. FINAME AGRÍCOLA.

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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FINANCIAMENTO PARA AQUISIÇÃO DE IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS.FINANCIAMENTO PARA AQUISIÇÃO DE IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS. INSURGÊNCIA CONTRA DECISÃO QUE DEFERIU A LIMINAR DEINSURGÊNCIA CONTRA DECISÃO QUE DEFERIU A LIMINAR DE PRORROGAÇÃO COMPULSÓRIA DA DÍVIDA DEVIDO ÀSPRORROGAÇÃO COMPULSÓRIA DA DÍVIDA DEVIDO ÀS FRUSTRAÇÕES DE SAFRA E MERCADO. AUSÊNCIA DEFRUSTRAÇÕES DE SAFRA E MERCADO. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOSDEMONSTRAÇÃO DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA (ART. 14 DA LEI NºEXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA (ART. 14 DA LEI Nº 4.8129/65 E MANUAL DE CRÉDITO RURAL) E,4.8129/65 E MANUAL DE CRÉDITO RURAL) E, CONSEQUENTEMENTE, DE VEROSSIMILHANÇA NAS ALEGAÇÕES.CONSEQUENTEMENTE, DE VEROSSIMILHANÇA NAS ALEGAÇÕES. LAUDO PRODUZIDO UNILATERALMENTE. RECURSO PROVIDO. 1.LAUDO PRODUZIDO UNILATERALMENTE. RECURSO PROVIDO. 1. Sem a demonstração, ainda que superficialmente, da verossimilhança dasSem a demonstração, ainda que superficialmente, da verossimilhança das alegações, não se concede a tutela antecipada prevista no art. 273 doalegações, não se concede a tutela antecipada prevista no art. 273 do CPC. 2. Para deferir liminarmente a prorrogação da dívida pleiteada peloCPC. 2. Para deferir liminarmente a prorrogação da dívida pleiteada pelo produtor rural, não basta a invocação da disposição do art. 4 da Lei nºprodutor rural, não basta a invocação da disposição do art. 4 da Lei nº 7.843/89, art. 14 da Lei nº 4.829/65 e da cláusula 2.6.9 do Manual de7.843/89, art. 14 da Lei nº 4.829/65 e da cláusula 2.6.9 do Manual de Crédito Rural do Conselho Monetário Nacional. 3. É necessária aCrédito Rural do Conselho Monetário Nacional. 3. É necessária a demonstração da incapacidade de pagamento da dívida, decorrente dademonstração da incapacidade de pagamento da dívida, decorrente da frustração de safra e de redução de receitas. 4. Não basta a afirmativa defrustração de safra e de redução de receitas. 4. Não basta a afirmativa de que as dificuldades sofridas pelo setor agropecuário são notórias para queque as dificuldades sofridas pelo setor agropecuário são notórias para que se possa deferir o prolongamento dos prazos do financiamento.” (TJPR -se possa deferir o prolongamento dos prazos do financiamento.” (TJPR - 17ª C.Cível - AI 766044-8 - Foro Central da Comarca da Região17ª C.Cível - AI 766044-8 - Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba - Rel.: Lauri Caetano da Silva - Unânime - J.Metropolitana de Curitiba - Rel.: Lauri Caetano da Silva - Unânime - J. 18.05.2011). Fonte: 18.05.2011). Fonte: https://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/publico/pesquisa.dohttps://portal.tjpr.jus.br/jurisprudencia/publico/pesquisa.do

Portanto, a prorrogação do vencimento do contrato Portanto, a prorrogação do vencimento do contrato é direito do produtoré direito do produtor rural e medida que se impõe, ainda que ao alvedrio da instituição creditória, visto o caráter cogente erural e medida que se impõe, ainda que ao alvedrio da instituição creditória, visto o caráter cogente e especial dos normativos do Conselho Monetário Nacional.especial dos normativos do Conselho Monetário Nacional.

DOS REQUISITOS AUTORIZADORES PARA O ALONGAMENTO DE DÉBITODOS REQUISITOS AUTORIZADORES PARA O ALONGAMENTO DE DÉBITO

Uma vez estabelecido o critério da aplicação cogente do normativo doUma vez estabelecido o critério da aplicação cogente do normativo do

M.C.R. 2.6.9 às instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural, cumpreM.C.R. 2.6.9 às instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural, cumpre

verificar um a um os requisitos que a própria norma estabelece.verificar um a um os requisitos que a própria norma estabelece.

Dispõe assim a referida norma:Dispõe assim a referida norma:

“Item 9 - Independentemente de consulta ao Banco Central do Brasil,“Item 9 - Independentemente de consulta ao Banco Central do Brasil, é devida a prorrogação da dívida, aos mesmos encargos financeirosé devida a prorrogação da dívida, aos mesmos encargos financeiros antes pactuados no instrumento de crédito, desde que se comproveantes pactuados no instrumento de crédito, desde que se comprove incapacidade de pagamento do mutuário, em consequência de:incapacidade de pagamento do mutuário, em consequência de:a) dificuldade de comercialização dos produtos;a) dificuldade de comercialização dos produtos;b) frustração de safras, por fatores adversos;b) frustração de safras, por fatores adversos;

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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c) eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento dasc) eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das explorações“.explorações“.

Primeiramente, no “caput” do item 9, vê-se a expressãoPrimeiramente, no “caput” do item 9, vê-se a expressão

“independentemente de consulta ao Banco Central do Brasil, é devida a prorrogação”, o que determina o“independentemente de consulta ao Banco Central do Brasil, é devida a prorrogação”, o que determina o

caráter cogente desta norma. Ou seja, o espírito da norma é que a consulta já está aprovada. Assim,caráter cogente desta norma. Ou seja, o espírito da norma é que a consulta já está aprovada. Assim,

basta o preenchimento dos requisitos autorizadores para que o direito surja ao requerente, direito estebasta o preenchimento dos requisitos autorizadores para que o direito surja ao requerente, direito este

que não dependerá de análise subjetiva das instituições financeiras submissas ao Banco Central doque não dependerá de análise subjetiva das instituições financeiras submissas ao Banco Central do

Brasil. Afinal, se dependesse de análise, a consulta ao BACEN seria necessária.Brasil. Afinal, se dependesse de análise, a consulta ao BACEN seria necessária.

Após, vê-se que a prorrogação é devida “aos mesmos encargosApós, vê-se que a prorrogação é devida “aos mesmos encargos

financeiros antes pactuados no instrumento de crédito”.financeiros antes pactuados no instrumento de crédito”.

Deste modo, não é permitido às instituições creditórias embutir noDeste modo, não é permitido às instituições creditórias embutir no

alongamento outras taxas de juros, encargos, ou qualquer outra taxa que possa onerar o produtor rural,alongamento outras taxas de juros, encargos, ou qualquer outra taxa que possa onerar o produtor rural,

mesmo que a taxa especial estabelecida naquele ano para aquela determinada operação seja maior,mesmo que a taxa especial estabelecida naquele ano para aquela determinada operação seja maior,

não foi o que ocorreu com os Autores, que quando mais passava o tempo menos condições tinham denão foi o que ocorreu com os Autores, que quando mais passava o tempo menos condições tinham de

saldar sua dívida, pois só de encargos foram mais de 100% do valor. saldar sua dívida, pois só de encargos foram mais de 100% do valor.

Portanto, a Instituição Financeira Ré não cumpriu as determinaçõesPortanto, a Instituição Financeira Ré não cumpriu as determinações estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Bancoestabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central sem observância aos princípios constitucionais da busca doCentral sem observância aos princípios constitucionais da busca do pleno emprego, da função social da propriedade e da ordem social,pleno emprego, da função social da propriedade e da ordem social, amparados pelas normas, que são obrigados a cumprir.amparados pelas normas, que são obrigados a cumprir.

Vale ressaltar, que a prorrogação deverá ser dada aos mesmos encargosVale ressaltar, que a prorrogação deverá ser dada aos mesmos encargos

financeiros antes pactuados, desde que tais encargos estejam cobertos pela legalidade. Caso contrário,financeiros antes pactuados, desde que tais encargos estejam cobertos pela legalidade. Caso contrário,

a prorrogação ficará passível de recálculo desde sua origem, conforme Súmula 286 do STJ.a prorrogação ficará passível de recálculo desde sua origem, conforme Súmula 286 do STJ.

Comumente, os limites da legalidade no Crédito Rural brasileiro nemComumente, os limites da legalidade no Crédito Rural brasileiro nem

sempre são respeitados. Os contratos vistos no Brasil comumente são do tipo de adesão, ou seja, desempre são respeitados. Os contratos vistos no Brasil comumente são do tipo de adesão, ou seja, de

cláusulas fechadas, onde se completa apenas alguns campos de identificação do mutuário,cláusulas fechadas, onde se completa apenas alguns campos de identificação do mutuário,

estabelecendo não só encargos legais, mas também criando constantemente novos encargos queestabelecendo não só encargos legais, mas também criando constantemente novos encargos que

acabam sempre no Judiciário tendo que manifestar sobre sua legalidade, como o caso da comissão deacabam sempre no Judiciário tendo que manifestar sobre sua legalidade, como o caso da comissão de

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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permanência, taxas de abertura ou análise de crédito, correção monetária pela CDI, etc., encargos estespermanência, taxas de abertura ou análise de crédito, correção monetária pela CDI, etc., encargos estes

criados sempre em desfavor do consumidor.criados sempre em desfavor do consumidor.

Entretanto, os encargos financeiros alongados devem ser somenteEntretanto, os encargos financeiros alongados devem ser somente

aqueles pautados pela estrita legalidade em sua criação, segundo os preceitos próprios e exclusivos doaqueles pautados pela estrita legalidade em sua criação, segundo os preceitos próprios e exclusivos do

financiamento rural.financiamento rural.

A receita do empresário rural é obtida somente na comercialização deA receita do empresário rural é obtida somente na comercialização de

seus produtos. Não basta o homem do campo apenas produzir: é na venda que ele obtém seu sustento,seus produtos. Não basta o homem do campo apenas produzir: é na venda que ele obtém seu sustento,

a capacidade para investimentos e, obviamente, a capacidade para pagamento de seus financiamentos.a capacidade para investimentos e, obviamente, a capacidade para pagamento de seus financiamentos.

Assim, tendo o produtor dificuldade na comercialização de seus produtos,Assim, tendo o produtor dificuldade na comercialização de seus produtos,

lhe é devido a prorrogação do financiamento contratado, vez que seria desproporcional pagarlhe é devido a prorrogação do financiamento contratado, vez que seria desproporcional pagar

primeiramente o sistema financeiro e deixar sua família desamparada.primeiramente o sistema financeiro e deixar sua família desamparada.

Esta dificuldade de comercialização pode ser tanto integral quanto parcial,Esta dificuldade de comercialização pode ser tanto integral quanto parcial,

ou seja, tanto da safra completa quanto da parte da safra. E ela é verificada de várias maneiras,ou seja, tanto da safra completa quanto da parte da safra. E ela é verificada de várias maneiras,

podendo ser citada a baixa demanda ou o excesso de oferta no mercado interno ou externo, o que levapodendo ser citada a baixa demanda ou o excesso de oferta no mercado interno ou externo, o que leva

ao achatamento dos preços, o preço que o mercado estiver pagando ser inferior ao estipulado naao achatamento dos preços, o preço que o mercado estiver pagando ser inferior ao estipulado na

Política Geral de Preços Mínimos estabelecido pelo Governo Federal, políticas públicas que levam oPolítica Geral de Preços Mínimos estabelecido pelo Governo Federal, políticas públicas que levam o

achatamento dos preços, como por exemplo, a importação de produtos ou derivado de outros países,achatamento dos preços, como por exemplo, a importação de produtos ou derivado de outros países,

dificultando o comércio do produto nacional etc.dificultando o comércio do produto nacional etc.

A frustração de safras, por fatores adversos, talvez o principal motivo queA frustração de safras, por fatores adversos, talvez o principal motivo que

leva o produtor rural a buscar administrativamente ou judicialmente o alongamento de seuleva o produtor rural a buscar administrativamente ou judicialmente o alongamento de seu

financiamento. A frustração de safra é um mal que atinge o setor produtivo independentemente se ofinanciamento. A frustração de safra é um mal que atinge o setor produtivo independentemente se o

agricultor é experiente ou novato: a sua ocorrência decorre de fatores climáticos, do qual o homem nãoagricultor é experiente ou novato: a sua ocorrência decorre de fatores climáticos, do qual o homem não

tem controle, como a chuva, geada ou a seca.tem controle, como a chuva, geada ou a seca.

Infelizmente, safra após safra é visto uma ou outra região com dificuldadeInfelizmente, safra após safra é visto uma ou outra região com dificuldade

de colheita justamente pelas adversidades climáticas, como a chuva em excesso, a estiagemde colheita justamente pelas adversidades climáticas, como a chuva em excesso, a estiagem

prolongada ou a geada.prolongada ou a geada.

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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No Brasil, infelizmente estamos vivendo as consequências destes fatoresNo Brasil, infelizmente estamos vivendo as consequências destes fatores

climáticos, com agricultores perdendo toda sua safra no campo, sem ter condições de colheita. Estamosclimáticos, com agricultores perdendo toda sua safra no campo, sem ter condições de colheita. Estamos

vivenciado inclusive desabastecimento em relação a alguns alimentos essências, ou ter que adquiri-losvivenciado inclusive desabastecimento em relação a alguns alimentos essências, ou ter que adquiri-los

a custos excessivos, como por exemplo o principal prato da mesa dos brasileiros, “o feijão”.a custos excessivos, como por exemplo o principal prato da mesa dos brasileiros, “o feijão”.

Imagina, se não fossem as garantias estabelecidas nas normas doImagina, se não fossem as garantias estabelecidas nas normas do

Conselho Monetário Nacional e do Banco Central, que infelizmente não estão sendo cumpridas porConselho Monetário Nacional e do Banco Central, que infelizmente não estão sendo cumpridas por

todas Instituições Financeiras, os agricultores todos iriam perder suas propriedades? Qual seria então otodas Instituições Financeiras, os agricultores todos iriam perder suas propriedades? Qual seria então o

futuro do Brasil, um País tão desenvolvido em termos de agricultura.futuro do Brasil, um País tão desenvolvido em termos de agricultura.

O princípio aplicado a este inciso é justamente o fato de que as forças daO princípio aplicado a este inciso é justamente o fato de que as forças da

natureza não estão no controle humano, e, portanto, a ocorrência de um fator externo não podenatureza não estão no controle humano, e, portanto, a ocorrência de um fator externo não pode

prejudicar o agricultor que retirou o financiamento antes do plantio.prejudicar o agricultor que retirou o financiamento antes do plantio.

Outros fatos também que agrava a situação econômica do agricultor sãoOutros fatos também que agrava a situação econômica do agricultor são

eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das explorações. Como a volatilidade cambial,eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das explorações. Como a volatilidade cambial,

fatores externos ou internos, políticas públicas, ou seja, qualquer ocorrência que prejudique o plantio, ofatores externos ou internos, políticas públicas, ou seja, qualquer ocorrência que prejudique o plantio, o

desenvolvimento da lavoura, a colheita ou a comercialização, desde que provados, deve levar à umadesenvolvimento da lavoura, a colheita ou a comercialização, desde que provados, deve levar à uma

reprogramação do cronograma de pagamentos do produtor.reprogramação do cronograma de pagamentos do produtor.

Uma queimada acidental pode ser, por exemplo, uma ocorrênciaUma queimada acidental pode ser, por exemplo, uma ocorrência

prejudicial, assim como uma alta exagerada nos preços dos insumos aplicados durante oprejudicial, assim como uma alta exagerada nos preços dos insumos aplicados durante o

desenvolvimento da lavoura. Enfim, qualquer situação adversa, pode ocorrer ao longo do plantio até adesenvolvimento da lavoura. Enfim, qualquer situação adversa, pode ocorrer ao longo do plantio até a

colheita da safra.colheita da safra.

DA RESOLUÇÃO Nº 4.272, DE 2 DE OUTUBRO DE 2013DA RESOLUÇÃO Nº 4.272, DE 2 DE OUTUBRO DE 2013

A Resolução nº 4272/2013, mais uma vez, visando proteger os produtoresA Resolução nº 4272/2013, mais uma vez, visando proteger os produtores

rurais devida a importância que os mesmos possuem para o desenvolvimento do País, autorizar arurais devida a importância que os mesmos possuem para o desenvolvimento do País, autorizar a

renegociação de operações de crédito rural destinadas à produção de soja, milho e trigo, contratadasrenegociação de operações de crédito rural destinadas à produção de soja, milho e trigo, contratadas

por produtores rurais nas Safras por produtores rurais nas Safras 2003/2004 a 2010/20112003/2004 a 2010/2011, , nos municípios atingidos por estiagem nosnos municípios atingidos por estiagem nos anos de 2005 e 2012, no estado do Rio Grande do Sul.anos de 2005 e 2012, no estado do Rio Grande do Sul.

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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As renegociações foram devidamente estabelecidas pelo Banco Central,As renegociações foram devidamente estabelecidas pelo Banco Central,

nos seguintes termos:nos seguintes termos:

“Art. 1º Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a“Art. 1º Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação das dívidas decorrentes de operações de crédito ruralrenegociação das dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio e investimento contratadas nas Safras 2003/2004,de custeio e investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010,2004/2005, 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco integral das instituições financeiras, cujos2010/2011, com risco integral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sido destinados à produção de soja, milho e trigorecursos tenham sido destinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado do Rio Grande do Sul onde tenha sidoem municípios do estado do Rio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ou calamidade pública em razão dedecretado estado de emergência ou calamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 e 2012, observadas as seguintesseca ou estiagem nos anos de 2005 e 2012, observadas as seguintes condições:condições:I - Beneficiários: produtores rurais;I - Beneficiários: produtores rurais;

II - Apuração do saldo devedor: as parcelas vencidas e vincendasII - Apuração do saldo devedor: as parcelas vencidas e vincendas das operações objeto da renegociação devem ser atualizadas pelosdas operações objeto da renegociação devem ser atualizadas pelos encargos contratuais de normalidade, sendo exigida amortização de,encargos contratuais de normalidade, sendo exigida amortização de, no mínimo, 10% (dez por cento) do saldo devedor recalculado, a serno mínimo, 10% (dez por cento) do saldo devedor recalculado, a ser paga até a data de formalização da renegociação;paga até a data de formalização da renegociação;

III - Encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 5,5% a.a. (cincoIII - Encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 5,5% a.a. (cinco inteiros e cinco décimos por cento ao ano);inteiros e cinco décimos por cento ao ano);

IV - Reembolso: até 10 (dez) anos, em parcelas anuais, devendo oIV - Reembolso: até 10 (dez) anos, em parcelas anuais, devendo o pagamento da primeira parcela ser efetuado até um ano após apagamento da primeira parcela ser efetuado até um ano após a formalização; ”formalização; ”

Na espécie desses autos ocorreu violação à Súmula n. 298 do STJ –Na espécie desses autos ocorreu violação à Súmula n. 298 do STJ –

posto que a arrematação ENCONTRA-SE NULA porque posto que a arrematação ENCONTRA-SE NULA porque o débito rural em questão deveria estar como débito rural em questão deveria estar com a exigibilidade suspensaa exigibilidade suspensa por conta da por conta da RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACENRESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO BACEN, eis que se trata de, eis que se trata de

ato normativo específico para o Estado do Rio Grande do Sul, tendo o Banco do Brasil ato normativo específico para o Estado do Rio Grande do Sul, tendo o Banco do Brasil se negado ase negado a promover o enquadramento dos Autores nas benesses da referida resoluçãopromover o enquadramento dos Autores nas benesses da referida resolução, implicando assim que a, implicando assim que a

arrematação se tornou nula por violar a referida norma, na medida em que este é um direito dos Autoresarrematação se tornou nula por violar a referida norma, na medida em que este é um direito dos Autores

e NÃO UM ATO DISCRICIONÁRIO DO BANCO, como entendeu o Douto Juízo em sede de decisão nose NÃO UM ATO DISCRICIONÁRIO DO BANCO, como entendeu o Douto Juízo em sede de decisão nos

Embargos de Arrematação opostos naquela execução.Embargos de Arrematação opostos naquela execução.

Ademais conforme muito bem acentuado pelos DD Patronos antecessoresAdemais conforme muito bem acentuado pelos DD Patronos antecessores

que defenderam os Autores, trata-se de um direito dos Agricultores (que defenderam os Autores, trata-se de um direito dos Agricultores (e não faculdade dos Bancose não faculdade dos Bancos) ao) ao

enquadramento de débitos rurais em planos-normativos governamentais, máxime quando aenquadramento de débitos rurais em planos-normativos governamentais, máxime quando a

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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jurisprudência das Cortes Superiores assim cristalizou de forma INDELÉVEL em assegurar referidojurisprudência das Cortes Superiores assim cristalizou de forma INDELÉVEL em assegurar referido

direito à prorrogação do débito rural, consoante entendimento preconizado pelo SUPERIOR TRIBUNALdireito à prorrogação do débito rural, consoante entendimento preconizado pelo SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA, quando da edição da Súmula 298, DE JUSTIÇA, quando da edição da Súmula 298, senão vejamossenão vejamos::

"SÚMULA 298 - O ALONGAMENTO DE DÍVIDA ORIGINADA DE"SÚMULA 298 - O ALONGAMENTO DE DÍVIDA ORIGINADA DE CRÉDITO RURAL CRÉDITO RURAL NÃO CONSTITUI FACULDADENÃO CONSTITUI FACULDADE DA INSTITUIÇÃO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, MAS, FINANCEIRA, MAS, DIREITO DO DEVEDOR NOS TERMOS DA LEIDIREITO DO DEVEDOR NOS TERMOS DA LEI."."

Destarte como se vê, Destarte como se vê, permissa vêniapermissa vênia, o Douto Juízo monocrático cometeu, o Douto Juízo monocrático cometeu

error in judicandoerror in judicando posto que deixou de entregar a prestação jurisdicional invocada por entender que os posto que deixou de entregar a prestação jurisdicional invocada por entender que os

ora Autores, não teriam direito ao enquadramento nas benesses da Resolução n. 4272 do BACENora Autores, não teriam direito ao enquadramento nas benesses da Resolução n. 4272 do BACEN

porque não seria um direito, mas um ato discricionário do Banco, que hipoteticamente teria de seporque não seria um direito, mas um ato discricionário do Banco, que hipoteticamente teria de se

manifestar anuindo com o alongamento da dívida, o que manifestar anuindo com o alongamento da dívida, o que data vêniadata vênia, não pode ser admitido, eis que, não pode ser admitido, eis que

conforme entendimento pacificado e sumulado no Colendo conforme entendimento pacificado e sumulado no Colendo STJSTJ, , NÃO HÁ FALAR-SE EMNÃO HÁ FALAR-SE EM DISCRICIONARIEDADE, MAS SIM EM OBRIGATORIEDADE DO ENQUADRAMENTODISCRICIONARIEDADE, MAS SIM EM OBRIGATORIEDADE DO ENQUADRAMENTO , precedente, precedente

este perfeitamente corroborado também pelo Egrégio TJRS.este perfeitamente corroborado também pelo Egrégio TJRS.

Portanto, após as considerações anteriores, passamos à demonstraçãoPortanto, após as considerações anteriores, passamos à demonstração

do direito pessoal e concreto dos Autores em receber o devido enquadramento de sua dívida de créditodo direito pessoal e concreto dos Autores em receber o devido enquadramento de sua dívida de crédito

rural na moratória do Governo Federal, espelhada na rural na moratória do Governo Federal, espelhada na Resolução n. 4272 do BACENResolução n. 4272 do BACEN, não podendo, não podendo

prevalecer o entendimento divergente, eis que não possuiria embasamento jurídico que possa sustenta-prevalecer o entendimento divergente, eis que não possuiria embasamento jurídico que possa sustenta-

los em face das seguintes orientações, los em face das seguintes orientações, senão vejamossenão vejamos..

Assim verifica-se a constatação de nulidade da arrematação em razão daAssim verifica-se a constatação de nulidade da arrematação em razão da

superveniência da resolução n. 4272 do BACEN que autorizou a renegociação de operações de custeiosuperveniência da resolução n. 4272 do BACEN que autorizou a renegociação de operações de custeio

e investimentos e - prorrogando o pagamento dos débitos rurais no estado do Rio Grande do Sul peloe investimentos e - prorrogando o pagamento dos débitos rurais no estado do Rio Grande do Sul pelo

prazo de dez anos – consoante clara interpretação do ato normativo que autoriza inclusive a anulaçãoprazo de dez anos – consoante clara interpretação do ato normativo que autoriza inclusive a anulação

das hastas públicas para que seja aplicado o devido enquadramento do débito nas benesses legais quedas hastas públicas para que seja aplicado o devido enquadramento do débito nas benesses legais que

assim dispôs.assim dispôs.

Observando cautelosamente a norma em questão (art. 1 da Resolução n.Observando cautelosamente a norma em questão (art. 1 da Resolução n.

4272/2013) constata-se que NÃO se trata de uma faculdade ao credor na concessão do benefício4272/2013) constata-se que NÃO se trata de uma faculdade ao credor na concessão do benefício

perseguido (perseguido (prorrogação e parcelamento do saldo devedorprorrogação e parcelamento do saldo devedor), já que o art. 1 utiliza-se da expressão (), já que o art. 1 utiliza-se da expressão (aa

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critério da instituição financeiracritério da instituição financeira). ).

Não obstante os termos usados, resta claro que a norma não se vale doNão obstante os termos usados, resta claro que a norma não se vale do

termo "critério" no sentido de faculdade, mas sim da expressão termo "critério" no sentido de faculdade, mas sim da expressão autorizadaautorizada, senão vejamos:, senão vejamos:

Destarte há considerar-se que os agentes financeiros não têm liberdadeDestarte há considerar-se que os agentes financeiros não têm liberdade

absoluta para transacionar as operações de crédito rural, posto que todas as questões vinculadas a estaabsoluta para transacionar as operações de crédito rural, posto que todas as questões vinculadas a esta

linha de crédito passam pelo crivo do linha de crédito passam pelo crivo do Conselho Monetário NacionalConselho Monetário Nacional. Assim, somente o que o. Assim, somente o que o

Conselho autoriza é que pode ser realizado pela agente credor-financiador. No caso telado, a própriaConselho autoriza é que pode ser realizado pela agente credor-financiador. No caso telado, a própria

norma norma cuidou em autorizar o financiador a promover a prorrogação dessas dívidascuidou em autorizar o financiador a promover a prorrogação dessas dívidas , já que sem esta, já que sem esta

permissão o agente financiador não poderia fazer absolutamente nada em prol do devedor rural.permissão o agente financiador não poderia fazer absolutamente nada em prol do devedor rural.

Assim, ao contrário de entendimentos divergentes, fato é que, se aAssim, ao contrário de entendimentos divergentes, fato é que, se a

autorização veio é porque ela deve ser perseguida, aplicando-se no interesse daqueles queautorização veio é porque ela deve ser perseguida, aplicando-se no interesse daqueles que

efetivamente necessitam da medida como, no caso, sem sombra de dúvida, os produtores rurais, porefetivamente necessitam da medida como, no caso, sem sombra de dúvida, os produtores rurais, por

conseguinte devendo ser aplicada ao caso concreto dos ora Autores.conseguinte devendo ser aplicada ao caso concreto dos ora Autores.

Não se pode conceber a ideia de razoabilidade ou proporcionalidade, aoNão se pode conceber a ideia de razoabilidade ou proporcionalidade, ao

menos no âmbito da sanidade, que a norma em referência tivesse por meta resolver o problema domenos no âmbito da sanidade, que a norma em referência tivesse por meta resolver o problema do

credor, dando-lhe então o direito de escolher este e reprovar aquele devedor que lhe pleiteasse acredor, dando-lhe então o direito de escolher este e reprovar aquele devedor que lhe pleiteasse a

composição do seu débito. Se assim o fosse de que adiantaria a norma expedida?composição do seu débito. Se assim o fosse de que adiantaria a norma expedida?

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Aliás, tomando-se por base as funções social e privada do crédito rural, osAliás, tomando-se por base as funções social e privada do crédito rural, os

preceitos da Resolução n. 4272, a única razão a retirar do produtor rural o direito à securitização de suapreceitos da Resolução n. 4272, a única razão a retirar do produtor rural o direito à securitização de sua

dívida está restrita ao fato de ele ter promovido o desvio de finalidade do crédito ou, então, haver agidodívida está restrita ao fato de ele ter promovido o desvio de finalidade do crédito ou, então, haver agido

dolosamente na condução do empreendimento. Exceção feita a estas irregularidades (dolosamente na condução do empreendimento. Exceção feita a estas irregularidades (que não estãoque não estão presentes neste casopresentes neste caso), o pleito do produtor ao benefício legal não pode ser negado pelo credor.), o pleito do produtor ao benefício legal não pode ser negado pelo credor.

Isto posto, cumpre destacar que a RESOLUÇÃO N. 4272 DO BACENIsto posto, cumpre destacar que a RESOLUÇÃO N. 4272 DO BACEN

AUTORIZA A RENEGOCIAÇÃO de operações de crédito rural destinadas à produção de soja, milho eAUTORIZA A RENEGOCIAÇÃO de operações de crédito rural destinadas à produção de soja, milho e

trigo, contratadas por produtores rurais nas Safras 2003/2004 a 2010/2011, nos municípios atingidos portrigo, contratadas por produtores rurais nas Safras 2003/2004 a 2010/2011, nos municípios atingidos por

estiagem nos anos de 2005 e 2012, no Estado do Rio Grande do Sul, para pagamento em até dez anos,estiagem nos anos de 2005 e 2012, no Estado do Rio Grande do Sul, para pagamento em até dez anos,

de modo que a INTERPRETAÇÃO DO REFERIDO NORMATIVO AUTORIZA Ode modo que a INTERPRETAÇÃO DO REFERIDO NORMATIVO AUTORIZA O

CANCELAMENTO/ANULAÇÃO DE HASTAS PÚBLICAS PARA ENQUADRAMENTO DO DÉBITO EMCANCELAMENTO/ANULAÇÃO DE HASTAS PÚBLICAS PARA ENQUADRAMENTO DO DÉBITO EM

SUAS BENESSES.SUAS BENESSES.

Desta forma, a autorização da norma não é faculdade que o credor temDesta forma, a autorização da norma não é faculdade que o credor tem

em aceitar ou não os termos da Resolução n. 4272/2013, em aceitar ou não os termos da Resolução n. 4272/2013, mas sim, direito subjetivo do devedormas sim, direito subjetivo do devedor, , desdedesde que preenchidos os requisitos legais, como na espécie desses autos.que preenchidos os requisitos legais, como na espécie desses autos.

No presente caso, TENDO OS PRODUTORES RURAIS, ORA AUTORES,No presente caso, TENDO OS PRODUTORES RURAIS, ORA AUTORES,

PREENCHIDO TODOS OS REQUISITOS PARA ALONGAMENTO, COMO SERÁ REITERADOPREENCHIDO TODOS OS REQUISITOS PARA ALONGAMENTO, COMO SERÁ REITERADO

ADIANTE, É DE SER DETERMINADO O ENQUADRAMENTO DO SEU DÉBITO NAS BENESSES DAADIANTE, É DE SER DETERMINADO O ENQUADRAMENTO DO SEU DÉBITO NAS BENESSES DA

RESOLUÇÃO N. 4272, COMO LEGÍTIMO EXERCÍCIO DE DIREITO SUBJETIVO.RESOLUÇÃO N. 4272, COMO LEGÍTIMO EXERCÍCIO DE DIREITO SUBJETIVO.

Entendimento contrário seria o mesmo que declarar desconhecimentoEntendimento contrário seria o mesmo que declarar desconhecimento

total da real obrigação social do Estado em garantir o progresso da produção agrícola através datotal da real obrigação social do Estado em garantir o progresso da produção agrícola através da

implementação tecnológica no campo, ainda, da competência do implementação tecnológica no campo, ainda, da competência do Conselho Monetário NacionalConselho Monetário Nacional em em

legislar para o crédito rural (legislar para o crédito rural (art. 14 da Lei n. 4.829/65 e art. 5o do Decreto-Lei n. 167/67art. 14 da Lei n. 4.829/65 e art. 5o do Decreto-Lei n. 167/67).).

Acerca do direito subjetivo dos produtores rurais (Acerca do direito subjetivo dos produtores rurais (e não discricionariedadee não discricionariedade dos bancosdos bancos), a jurisprudência se cristalizou de forma INDELÉVEL em ), a jurisprudência se cristalizou de forma INDELÉVEL em assegurar o direito à prorrogaçãoassegurar o direito à prorrogação

do débito ruraldo débito rural, mormente no , mormente no SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇASUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, quando editou a , quando editou a Súmula 298Súmula 298,,

senão vejamossenão vejamos::

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"SÚMULA 298 - O ALONGAMENTO DE DÍVIDA ORIGINADA DE"SÚMULA 298 - O ALONGAMENTO DE DÍVIDA ORIGINADA DE CRÉDITO RURAL NÃO CONSTITUI FACULDADE DA INSTITUIÇÃOCRÉDITO RURAL NÃO CONSTITUI FACULDADE DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, MAS, DIREITO DO DEVEDOR NOS TERMOS DA LEI."FINANCEIRA, MAS, DIREITO DO DEVEDOR NOS TERMOS DA LEI."

Nesse sentido o Nesse sentido o EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDEEGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL, DO SUL, em situações semelhantes (em situações semelhantes (enquadramento de débitos rurais em planos governamentaisenquadramento de débitos rurais em planos governamentais))

possui o mesmo entendimento do possui o mesmo entendimento do Colendo STJColendo STJ, , senão vejamossenão vejamos::

"APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. "APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. AÇÃO AÇÃO DEDE EXECUÇÃO. CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA. SECURITIZAÇÃO.EXECUÇÃO. CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA. SECURITIZAÇÃO. Diante do reconhecimento da Diante do reconhecimento da OBRIGATORIEDADE DA INSTITUIÇÃOOBRIGATORIEDADE DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA A PROCEDER AO ALONGAMENTO DA DIVIDA RURAL,FINANCEIRA A PROCEDER AO ALONGAMENTO DA DIVIDA RURAL, impõe-se impõe-se a inexigibilidade do título executivo. Extinção da execuçãoa inexigibilidade do título executivo. Extinção da execução SENTENÇA MANTIDA. NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME. SENTENÇA MANTIDA. NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME.

"APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA DE CRÉDITO"APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA DE CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA. SECURITIZAÇÃO. DIREITO SUBJETIVO DORURAL PIGNORATÍCIA. SECURITIZAÇÃO. DIREITO SUBJETIVO DO MUTUÁRIO AO ALONGAMENTO DO PAGAMENTO POR FORÇA DEMUTUÁRIO AO ALONGAMENTO DO PAGAMENTO POR FORÇA DE LEI. PROVA DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS ÀLEI. PROVA DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS À SECURITIZAÇÃO. PRESCRIÇÃO NÃO CARACTERIZADA. I. DescabeSECURITIZAÇÃO. PRESCRIÇÃO NÃO CARACTERIZADA. I. Descabe falar em prescrição do débito consubstanciado em cédula ruralfalar em prescrição do débito consubstanciado em cédula rural pignoratícia se não transcorrido o prazo trienal previsto no artigo 60 dopignoratícia se não transcorrido o prazo trienal previsto no artigo 60 do Decreto-Lei n° 167/67 c/c artigo 70 da Lei Uniforme de Genebra. II. ODecreto-Lei n° 167/67 c/c artigo 70 da Lei Uniforme de Genebra. II. O alongamento do prazo para pagamento de dívida oriunda de cédula ruralalongamento do prazo para pagamento de dívida oriunda de cédula rural pignoratícia emitida em procedimento de securitização E DIREITOpignoratícia emitida em procedimento de securitização E DIREITO SUBJETIVO DO MUTUARIO, uma vez demonstrado o preenchimento dosSUBJETIVO DO MUTUARIO, uma vez demonstrado o preenchimento dos requisitos da Lei n° 9.138/95, bem como da Lei n° 10.437/02 erequisitos da Lei n° 9.138/95, bem como da Lei n° 10.437/02 e Resoluções 2.666 e 2.963 do Banco Central. III. Urna vez demonstrado oResoluções 2.666 e 2.963 do Banco Central. III. Urna vez demonstrado o atendimento aos requisitos legais, mediante consignação extrajudicial dasatendimento aos requisitos legais, mediante consignação extrajudicial das parcelas estabelecidas na legislação de regencia, resta incidente o efeitoparcelas estabelecidas na legislação de regencia, resta incidente o efeito liberatorio da divida pelo pagamento fictamente aceito (art. 890, §2°, doliberatorio da divida pelo pagamento fictamente aceito (art. 890, §2°, do Código de Processo Civil), com a consequente extinção da execução.Código de Processo Civil), com a consequente extinção da execução. APELAÇÃO PROVIDA." APELAÇÃO PROVIDA." (TJRS - Apelação Cível 70033732397,(TJRS - Apelação Cível 70033732397, Vigésima Câmara Cível, Relator: Rubem Duarte, Julgado emVigésima Câmara Cível, Relator: Rubem Duarte, Julgado em 13.04.2011).13.04.2011).

Restando estabelecido que o enquadramento do débito na Restando estabelecido que o enquadramento do débito na Resolução n.Resolução n. 4272 4272 é um direito subjetivo do produtor rural (é um direito subjetivo do produtor rural (e não um ato discricionário do Bancoe não um ato discricionário do Banco), é importante), é importante

destacar o que dispõe o NCPC, destacar o que dispõe o NCPC, in verbisin verbis::

"É lícito ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da"É lícito ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da adjudicação, alienação ou arrematação, oferecer embargos fundados emadjudicação, alienação ou arrematação, oferecer embargos fundados em

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nulidade da execução, ou em causa extintiva da obrigação, desde quenulidade da execução, ou em causa extintiva da obrigação, desde que superveniente à penhora, aplicando-se, no que couber o disposto nestesuperveniente à penhora, aplicando-se, no que couber o disposto neste Capítulo." Capítulo."

Excelência cumpre reiterar que o imóvel rural penhorado (matrícula Excelência cumpre reiterar que o imóvel rural penhorado (matrícula 00000000))

no presente caso foi arrematado em Segunda Praça (0no presente caso foi arrematado em Segunda Praça (000.0.000..00000000) pelo próprio Banco do Brasil, ora) pelo próprio Banco do Brasil, ora

Requerido, pelo montante de R$ Requerido, pelo montante de R$ 00..00000.000,00 (0.000,00 (xxxxxx xxxxxx, , xxxxxx xxxx xxxxxx xx reais reais) para satisfação do crédito) para satisfação do crédito

pretendido pelo Banco na execução supra.pretendido pelo Banco na execução supra.

Destarte, Douto Julgador, pode-se retirar as seguintes conclusões dosDestarte, Douto Julgador, pode-se retirar as seguintes conclusões dos

dispositivos legais acima transcritos:dispositivos legais acima transcritos:

a)a) os Autores/Agricultores possuem um processo de execuçãoos Autores/Agricultores possuem um processo de execução (autos (autos 000000//00..0000.0000.00000000-00-00) ajuizado e em fase final de constrição do) ajuizado e em fase final de constrição do imóvel penhorado - 2a PRAÇA EM 0imóvel penhorado - 2a PRAÇA EM 000.0.000..00000000 (POSITIVA); (POSITIVA);

b)b) os Autores/Agricultores têm direito subjetivo aoos Autores/Agricultores têm direito subjetivo ao enquadramento de seu débito nas benesses da Resolução n. 4272 doenquadramento de seu débito nas benesses da Resolução n. 4272 do BACEN, que prevê parcelamento e encargos baixos para a quitaçãoBACEN, que prevê parcelamento e encargos baixos para a quitação do débito em execução (decorrente de cédulas de crédito rural dedo débito em execução (decorrente de cédulas de crédito rural de custeio e investimento);custeio e investimento);

c) a interpretação do referido normativo, específico para osc) a interpretação do referido normativo, específico para os produtores rurais do Estado do Rio Grande do Sul, AUTORIZA Oprodutores rurais do Estado do Rio Grande do Sul, AUTORIZA O CANCELAMENTO/ANULAÇÃO DE HASTAS PÚBLICAS PARACANCELAMENTO/ANULAÇÃO DE HASTAS PÚBLICAS PARA ENQUADRAMENTO DO DÉBITO EM SUAS BENESSES, conformeENQUADRAMENTO DO DÉBITO EM SUAS BENESSES, conforme ocorre no presente caso.ocorre no presente caso.

Com efeito, os Tribunais Pátrios, inclusive a mais alta corte estadual doCom efeito, os Tribunais Pátrios, inclusive a mais alta corte estadual do

XXXX XXX XXXXXXXXXX XXX XXXXXX, têm seguido a orientação de permitir o parcelamento de débitos como remição,, têm seguido a orientação de permitir o parcelamento de débitos como remição,

conforme destacado acima.conforme destacado acima.

Excelência, no presente caso, o que está em jogo é a noção simples eExcelência, no presente caso, o que está em jogo é a noção simples e

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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básica do direito usurpado dos Autores na exata medida em que a instituição financeira Requeridabásica do direito usurpado dos Autores na exata medida em que a instituição financeira Requerida

preferiu arrematar o bem imóvel penhorado sem oportunizar a parte Executada, ora Autora, o exercíciopreferiu arrematar o bem imóvel penhorado sem oportunizar a parte Executada, ora Autora, o exercício de seus direitos, inclusive daqueles previstos na legislação infraconstitucional.de seus direitos, inclusive daqueles previstos na legislação infraconstitucional.

De fato, CONSTITUCIONALMENTE é desproporcional e não razoávelDe fato, CONSTITUCIONALMENTE é desproporcional e não razoável

impedir os Autores de participar de parcelamento legalmente estabelecido, unicamente pelaimpedir os Autores de participar de parcelamento legalmente estabelecido, unicamente pela

discricionariedade dos agentes (INTERESSADOS NO PATRIMÔNIO FÍSICO) que preferiu arrematar umdiscricionariedade dos agentes (INTERESSADOS NO PATRIMÔNIO FÍSICO) que preferiu arrematar um

patrimônio adquirido em anos de trabalho, sem oportunizar o cumprimento desta obrigação com aspatrimônio adquirido em anos de trabalho, sem oportunizar o cumprimento desta obrigação com as

benesses legais, devendo assim ser reformulada a decisão da execução neste ponto em que defendebenesses legais, devendo assim ser reformulada a decisão da execução neste ponto em que defende

tal ato discricionário do Banco.tal ato discricionário do Banco.

Negados o CONTRADITÓRIO e DEVIDO PROCESSO LEGAL, comoNegados o CONTRADITÓRIO e DEVIDO PROCESSO LEGAL, como

também a LESÃO OU AMEAÇA A DIREITO, o processo forçosamente se maculou de também a LESÃO OU AMEAÇA A DIREITO, o processo forçosamente se maculou de vício processualvício processual absolutoabsoluto, haja vista que preferiu arrematar o bem imóvel em contraposição ao pagamento parcelado do, haja vista que preferiu arrematar o bem imóvel em contraposição ao pagamento parcelado do

débito na forma do citado normativo, residindo justamente nesse ponto à débito na forma do citado normativo, residindo justamente nesse ponto à NULIDADE NA VENDANULIDADE NA VENDA JUDICIAL DO IMÓVEL PENHORADO.JUDICIAL DO IMÓVEL PENHORADO.

Toda e qualquer hipótese de violação aos princípios da ampla defesa e doToda e qualquer hipótese de violação aos princípios da ampla defesa e do

devido processo legal, bem como de ameaça de lesão a direito deve ser, SEMPRE E EM QUALQUERdevido processo legal, bem como de ameaça de lesão a direito deve ser, SEMPRE E EM QUALQUER

CIRCUNSTÂNCIA, censurada e repreendida até mesmo de CIRCUNSTÂNCIA, censurada e repreendida até mesmo de ofícioofício como neste caso. como neste caso.

Desse modo, em atenção aos princípios constitucionais citados acima,Desse modo, em atenção aos princípios constitucionais citados acima,

bem como pelo princípio da transparência, celeridade e economia processuais, é a presente parabem como pelo princípio da transparência, celeridade e economia processuais, é a presente para

requerer a Vossa Excelência que dê provimento a presente pretensão autoral com a consequenterequerer a Vossa Excelência que dê provimento a presente pretensão autoral com a consequente

ANULAÇÃO DA ARREMATAÇÃO EFETUADAANULAÇÃO DA ARREMATAÇÃO EFETUADA , tendo em vista a vontade da parte Autora de exercer o, tendo em vista a vontade da parte Autora de exercer o

seu direito de remição do débito, por meio do parcelamento e pagamento deste na forma estabelecidaseu direito de remição do débito, por meio do parcelamento e pagamento deste na forma estabelecida

pela Resolução n. 4272, pela Resolução n. 4272, Cc disposições Cc disposições do NCPC pertinente a matéria em apreço.do NCPC pertinente a matéria em apreço.

DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARADO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA

OBTER O ENQUADRAMENTO DO DÉBITO DOS APELANTES NA RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DOOBTER O ENQUADRAMENTO DO DÉBITO DOS APELANTES NA RESOLUÇÃO N. 4272/2013 DO

BACEN - CONTRATAÇÕES DE CRÉDITO RURAL ENQUADRÁVEIS NAS BENESSES DA REFERIDABACEN - CONTRATAÇÕES DE CRÉDITO RURAL ENQUADRÁVEIS NAS BENESSES DA REFERIDA

NORMANORMA

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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Excelência cumpre destacar que as repactuações realizadas pelosExcelência cumpre destacar que as repactuações realizadas pelos

Bancos fornecedores de crédito rural são comumente para o pagamento dentro de um ano, no máximoBancos fornecedores de crédito rural são comumente para o pagamento dentro de um ano, no máximo

dois, o que é circunstância impeditiva de pontual solvência dos créditos respectivos.dois, o que é circunstância impeditiva de pontual solvência dos créditos respectivos.

O Governo Federal, por sua vez, acabou por verificar que estes curtosO Governo Federal, por sua vez, acabou por verificar que estes curtos

prazos de rolagem são insuficientes para a quitação de débitos rurais repactuados, mormente no casoprazos de rolagem são insuficientes para a quitação de débitos rurais repactuados, mormente no caso

específico do Estado do Rio Grande do Sul, onde os produtores rurais vêm de uma situaçãoespecífico do Estado do Rio Grande do Sul, onde os produtores rurais vêm de uma situação

generalizada de vários anos com frustrações em suas safras e receitas, não conseguindo quitar suasgeneralizada de vários anos com frustrações em suas safras e receitas, não conseguindo quitar suas

dívidas justamente porque os alongamentos são de curtos períodos, impedindo que os custos dedívidas justamente porque os alongamentos são de curtos períodos, impedindo que os custos de

produção anteriores e atuais sejam concomitantemente pagos.produção anteriores e atuais sejam concomitantemente pagos.

Dessa forma, diante da ausência de uma política agrícola que atenda aosDessa forma, diante da ausência de uma política agrícola que atenda aos

interesses dos produtores locais, vítimas das sucessivas intempéries climáticas e da notóriainteresses dos produtores locais, vítimas das sucessivas intempéries climáticas e da notória

inadequação dos preços dos produtos agrícolas aos inerentes custos, bem como sensível àinadequação dos preços dos produtos agrícolas aos inerentes custos, bem como sensível à

necessidade de se conceder um prazo que atendesse às reais necessidades dos agricultores donecessidade de se conceder um prazo que atendesse às reais necessidades dos agricultores do

Estado, foi instituída a Resolução n. 4272/2013 do BACEN, concedendo prazo de até dez anos para oEstado, foi instituída a Resolução n. 4272/2013 do BACEN, concedendo prazo de até dez anos para o

pagamento, em respeito à efetiva capacidade de pagamento dos produtores e, especialmente, empagamento, em respeito à efetiva capacidade de pagamento dos produtores e, especialmente, em

defesa da imprescindível atividade agrícola.defesa da imprescindível atividade agrícola.

Data véniaData vénia, por ser a dívida , por ser a dívida sub judicesub judice proveniente de cártulas de proveniente de cártulas de

linhagem rural, cujo saldo devedor acabou sendo rolado por meio de outra cédula que encartou todo olinhagem rural, cujo saldo devedor acabou sendo rolado por meio de outra cédula que encartou todo o

débito, bem como tendo os Autores/Agricultores experimentado severas frustrações de safras desde osdébito, bem como tendo os Autores/Agricultores experimentado severas frustrações de safras desde os

anos de 2005 a 2012 em suas lavouras plantadas no Estado do Rio Grande do Sul, anos de 2005 a 2012 em suas lavouras plantadas no Estado do Rio Grande do Sul, têm o direito aotêm o direito ao enquadramento da dívida na Resolução n. 4272/2013 do BACEN, com todos os benefícios nelaenquadramento da dívida na Resolução n. 4272/2013 do BACEN, com todos os benefícios nela insculpidos.insculpidos.

Neste sentido, para obter o enquadramento, requer a Resolução n. 4272Neste sentido, para obter o enquadramento, requer a Resolução n. 4272

do BACEN a presença de alguns REQUISITOS, quais sejam:do BACEN a presença de alguns REQUISITOS, quais sejam:

a)a) que a dívida seja originária de operações de Crédito Rural deque a dívida seja originária de operações de Crédito Rural de Custeio e Investimento:Custeio e Investimento:

Assim preceitua a Resolução n. 4272, Assim preceitua a Resolução n. 4272, verbisverbis::

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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XXXXXX XXX XXXXX XXXX Assessoria Jurídica Online

"Art. 1o Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação"Art. 1o Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação das dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio edas dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio e investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006,investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco integral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sidointegral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sido destinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado dodestinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado do Rio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ouRio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ou calamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 ecalamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 e 2012, observadas as seguintes condições: I - beneficiários: produtores2012, observadas as seguintes condições: I - beneficiários: produtores rurais;" (grifamos)rurais;" (grifamos)

Como se expôs desde o início, o débito originário dos Autores é referenteComo se expôs desde o início, o débito originário dos Autores é referente

a contratações de crédito rural originárias, tanto de CUSTEIO quanto de INVESTIMENTO. Portanto, oa contratações de crédito rural originárias, tanto de CUSTEIO quanto de INVESTIMENTO. Portanto, o

contrato em execução é o produto das cédulas originárias, que acabou encartando todo o saldo devedorcontrato em execução é o produto das cédulas originárias, que acabou encartando todo o saldo devedor

em uma única contratação, se trata de operação de crédito rural, sendo plenamente enquadrável naem uma única contratação, se trata de operação de crédito rural, sendo plenamente enquadrável na

Resolução n. 4272/2013, conforme art. 1o da referida norma, restando preenchido o primeiro requisito.Resolução n. 4272/2013, conforme art. 1o da referida norma, restando preenchido o primeiro requisito.

b)b) que as operações tenham sido contratadas entre as safrasque as operações tenham sido contratadas entre as safras 2003/2004 e 2010/2011:2003/2004 e 2010/2011:

Assim preceitua a Resolução n. 4272, Assim preceitua a Resolução n. 4272, verbisverbis::

"Art. 1o Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação"Art. 1o Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação das dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio edas dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio e investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006,investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006, 2006/2007. 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco2006/2007. 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco integral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sidointegral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sido destinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado dodestinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado do Rio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ouRio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ou calamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 ecalamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 e 2012, observadas as seguintes condições:2012, observadas as seguintes condições:

I - beneficiários: produtores rurais;" (grifamos)I - beneficiários: produtores rurais;" (grifamos)

Com efeito, como os Autores não conseguiram efetuar o pagamento dasCom efeito, como os Autores não conseguiram efetuar o pagamento das

cédulas originárias, cédulas originárias, em função da cobrança de encargos ilegais aliada a frustrações de safras e deem função da cobrança de encargos ilegais aliada a frustrações de safras e de receitasreceitas, as referidas operações rurais foram sendo repactuadas e roladas por meio de novas, as referidas operações rurais foram sendo repactuadas e roladas por meio de novas

contratações, que acabaram sendo encartadas em uma única contratações, que acabaram sendo encartadas em uma única cédula de crédito n. 20/00563-6cédula de crédito n. 20/00563-6..

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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A cédula em questão, que vem a ser o título executado pelo Banco doA cédula em questão, que vem a ser o título executado pelo Banco do

Brasil nos autos Brasil nos autos n. n. 000000 // 00 .. 0000 .0000.0000 00 00-00- 00 , foi firmada na safra , foi firmada na safra 2009/20102009/2010, , sendo enquadrável nasendo enquadrável na

Resolução n. 4272Resolução n. 4272, conforme art. 1o da referida norma, estando preenchido também este requisito., conforme art. 1o da referida norma, estando preenchido também este requisito.

c) que os custeios e investimentos tenham sido aplicados emc) que os custeios e investimentos tenham sido aplicados em lavouras de municípios no Estado do Rio Grande do Sul:lavouras de municípios no Estado do Rio Grande do Sul:

A Resolução n. 4272 assim dispõe:A Resolução n. 4272 assim dispõe:

"Art. 1o Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação"Art. 1o Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação das dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio edas dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio e investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006,investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco integral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sidointegral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sido destinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado dodestinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado do Rio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ouRio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ou calamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 ecalamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 e 2012, observadas as seguintes condições: I - beneficiários: produtores2012, observadas as seguintes condições: I - beneficiários: produtores rurais;" rurais;"

Veja, Excelência, que os recursos rurais de custeio e investimento foramVeja, Excelência, que os recursos rurais de custeio e investimento foram

aplicados nas lavouras de soja dos Autores, que se encontram justamente nos Municípios de aplicados nas lavouras de soja dos Autores, que se encontram justamente nos Municípios de XXXXXX

XXXXXXXX XX XXXXXXX XXXXX - - XXXX e e XXXXXXXX - - XX, dedicando-se ao cultivo de grãos , dedicando-se ao cultivo de grãos (Soja, Trigo e Milho), (Soja, Trigo e Milho), restandorestando

também preenchido este requisito.também preenchido este requisito.

d) que tenha sido decretado estado de emergência o calamidaded) que tenha sido decretado estado de emergência o calamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 a 2012:pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 a 2012:

A Resolução n. 4272 determina, verbis:A Resolução n. 4272 determina, verbis:

"Art. 1o Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação"Art. 1o Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação das dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio edas dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio e investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006,investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco integral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sidointegral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sido destinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado dodestinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado do Rio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ouRio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ou calamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 ecalamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 e

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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2012, observadas as seguintes condições: I - beneficiários: produtores2012, observadas as seguintes condições: I - beneficiários: produtores rurais;" rurais;"

Encontram-se anexos na Execução supra os Decretos de Situação deEncontram-se anexos na Execução supra os Decretos de Situação de

Emergência no Município de Santa Bárbara do Sul e Municípios circunvizinhos, estando plenamenteEmergência no Município de Santa Bárbara do Sul e Municípios circunvizinhos, estando plenamente

preenchido este requisito.preenchido este requisito.

e) que seja efetuado o depósito/amortização de 10% (dez por cento)e) que seja efetuado o depósito/amortização de 10% (dez por cento) do saldo devedor recalculado:do saldo devedor recalculado:

O inciso II do art. 1o da Resolução n. 4272 determina:O inciso II do art. 1o da Resolução n. 4272 determina:

"Art. 1o Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação"Art. 1o Fica autorizada, a critério da instituição financeira, a renegociação das dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio edas dívidas decorrentes de operações de crédito rural de custeio e investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006,investimento contratadas nas Safras 2003/2004, 2004/2005, 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco2006/2007, 2007/2008, 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, com risco integral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sidointegral das instituições financeiras, cujos recursos tenham sido destinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado dodestinados à produção de soja, milho e trigo em municípios do estado do Rio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ouRio Grande do Sul onde tenha sido decretado estado de emergência ou calamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 ecalamidade pública em razão de seca ou estiagem nos anos de 2005 e 2012, observadas as seguintes condições:2012, observadas as seguintes condições:

I- beneficiários: produtores rurais;I- beneficiários: produtores rurais;

II - apuração do saldo devedor: as parcelas vencidas e vincendas dasII - apuração do saldo devedor: as parcelas vencidas e vincendas das operações objeto da renegociação devem ser atualizadas pelos encargosoperações objeto da renegociação devem ser atualizadas pelos encargos contratuais de normalidade, sendo exigida amortização de, no mínimo.contratuais de normalidade, sendo exigida amortização de, no mínimo. 10% (dez por cento) do saldo devedor recalculado, a ser paga até a data10% (dez por cento) do saldo devedor recalculado, a ser paga até a data de formalização da renegociação;" de formalização da renegociação;"

Assim, o que se vê - e se demonstrou acima - é que o débito em questãoAssim, o que se vê - e se demonstrou acima - é que o débito em questão

é PLENAMENTE ENQUADRÁVEL NA RESOLUÇÃO N. 4272 DO BACEN, eis que preenchem (é PLENAMENTE ENQUADRÁVEL NA RESOLUÇÃO N. 4272 DO BACEN, eis que preenchem ( osos Autores e o título executadoAutores e o título executado) TODOS OS REQUISITOS LEGAIS EXIGIDOS PARA O REFERIDO) TODOS OS REQUISITOS LEGAIS EXIGIDOS PARA O REFERIDO

ENQUADRAMENTO, oferecendo desde já os Autores o depósito em Juízo dos 10% exigidos pelaENQUADRAMENTO, oferecendo desde já os Autores o depósito em Juízo dos 10% exigidos pela

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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norma.norma.

DO ENTENDIMENTO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DODO ENTENDIMENTO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ACERCA DA OBRIGATORIEDADE (E NÃO DISCRICIONARIEDADE) DO ENQUADRAMENTOSUL ACERCA DA OBRIGATORIEDADE (E NÃO DISCRICIONARIEDADE) DO ENQUADRAMENTO DOS DÉBITO RURAIS NOS PARCELAMENTOS GOVERNAMENTAIS E DA CONSEQUENTEDOS DÉBITO RURAIS NOS PARCELAMENTOS GOVERNAMENTAIS E DA CONSEQUENTE SUSPENSÃO E/OU EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃOSUSPENSÃO E/OU EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO

Excelência, o Banco do Brasil preferiu dar continuidade à pretensãoExcelência, o Banco do Brasil preferiu dar continuidade à pretensão

executiva ao invés de enquadrar os Autores nas benesses da referida Resolução n. 4272, culminandoexecutiva ao invés de enquadrar os Autores nas benesses da referida Resolução n. 4272, culminando

por arrematar o bem imóvel rural onde os produtores rurais vivem e plantam, estando estes em vias depor arrematar o bem imóvel rural onde os produtores rurais vivem e plantam, estando estes em vias de

perderem definitivamente a área de terras da qual dependem para garantir o seu sustento e de suaperderem definitivamente a área de terras da qual dependem para garantir o seu sustento e de sua

família, por conta de um débito que deveria estar alongado, na forma do normativo do BACEN.família, por conta de um débito que deveria estar alongado, na forma do normativo do BACEN.

Neste ponto é importante ressaltar que tanto o E. TJRS, o STJ e osNeste ponto é importante ressaltar que tanto o E. TJRS, o STJ e os

demais Tribunais pátrios têm pacificado o entendimento de que os alongamentos de dívidas agrícolademais Tribunais pátrios têm pacificado o entendimento de que os alongamentos de dívidas agrícola

instituídos pelo Governo Federal como forma de amenizar o endividamento rural instituídos pelo Governo Federal como forma de amenizar o endividamento rural são direitos líquidos esão direitos líquidos e certos dos produtores rurais perante as instituições financeiras participantes do Sistemacertos dos produtores rurais perante as instituições financeiras participantes do Sistema Nacional de Crédito Rural - SNCR, e não uma mera faculdade da lei.Nacional de Crédito Rural - SNCR, e não uma mera faculdade da lei.

Neste aspecto, o EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO Neste aspecto, o EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO XXXXXX XXXX XXXXXX XX

XXXXXXXXXXXXXX, em seus julgados, tem declarado que, uma vez preenchidos os requisitos autorizadores do, em seus julgados, tem declarado que, uma vez preenchidos os requisitos autorizadores do

alongamento das dívidas rurais, o alongamento deve ser efetivado, vez que é norma de ordem pública,alongamento das dívidas rurais, o alongamento deve ser efetivado, vez que é norma de ordem pública,

de aplicação de aplicação imediata, imediata, consubstanciando-se em consubstanciando-se em DIREITO SUBJETIVO DO PRODUTOR RURAL, DIREITO SUBJETIVO DO PRODUTOR RURAL, ee não faculdade não faculdade (discricionariedade) (discricionariedade) dos Bancos, dos Bancos, determinando, inclusive, a determinando, inclusive, a SUSPENSÃO E/OUSUSPENSÃO E/OU

EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO DO DÉBITO PASSÍVEL DE ALONGAMENTOEXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO DO DÉBITO PASSÍVEL DE ALONGAMENTO, como se, como se

denota:denota:

""APELAÇÃO CÍVEL. REVISIONAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.APELAÇÃO CÍVEL. REVISIONAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULAS RURAIS CÉDULAS RURAIS PIGNORATÍCIAS. NULIDADE PIGNORATÍCIAS. NULIDADE DA SENTENÇA.DA SENTENÇA. Não Não há há nulidade nulidade no julgamento conjunto de revisional e de embargos àno julgamento conjunto de revisional e de embargos à execução que versam sobre as mesmas cédulas rurais execução que versam sobre as mesmas cédulas rurais pignoratícias.pignoratícias. Processos que estavam aptos para julgamento. Processos que estavam aptos para julgamento. Nulidade Nulidade inocorrente.inocorrente. Sentença confirmada. SECURITIZAÇÃO DE DÍVIDA. O Sentença confirmada. SECURITIZAÇÃO DE DÍVIDA. O alongamento dealongamento de

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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divida de crédito rural não constitui faculdade da instituiçãodivida de crédito rural não constitui faculdade da instituição financeira, mas direito subjetivo do devedor nos termos da Leifinanceira, mas direito subjetivo do devedor nos termos da Lei 9.138/95. Súmula n° 298 do STJ. (TJRS - Apelação Cível 70026470591,9.138/95. Súmula n° 298 do STJ. (TJRS - Apelação Cível 70026470591, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Nelson José Gonzaga, Julgado em 25.04.2013).Nelson José Gonzaga, Julgado em 25.04.2013).

""APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA DEAPELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA DE CRÉDITO RURAL CRÉDITO RURAL PIGNORATÍCIA. PIGNORATÍCIA. SECURITIZAÇÃO. DIREITOSECURITIZAÇÃO. DIREITO SUBJETIVO DO MUTUÁRIO AO ALONGAMENTO DO PAGAMENTOSUBJETIVO DO MUTUÁRIO AO ALONGAMENTO DO PAGAMENTO POR FORÇA DE LEI. PROVA DO PREENCHIMENTO DOSPOR FORÇA DE LEI. PROVA DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS À SECURITIZAÇÃO. PRESCRIÇÃO NÃOREQUISITOS LEGAIS À SECURITIZAÇÃO. PRESCRIÇÃO NÃO CARACTERIZADA.CARACTERIZADA. I. I. Descabe Descabe falar em prescrição do débitofalar em prescrição do débito consubstanciado em cédula rural consubstanciado em cédula rural pignoratícia pignoratícia se não transcorrido o prazose não transcorrido o prazo trienal trienal previsto no artigo 60 do Decreto-Lei n° 167/67 c/c artigo 70 da Leiprevisto no artigo 60 do Decreto-Lei n° 167/67 c/c artigo 70 da Lei Uniforme de Genebra. II. Uniforme de Genebra. II. O O alongamento do prazo para pagamento dealongamento do prazo para pagamento de dívida oriunda de cédula rural dívida oriunda de cédula rural pignoratícia pignoratícia emitida em procedimentoemitida em procedimento de securitização de securitização E DIREITO SUBJETIVO DO MUTUARIOE DIREITO SUBJETIVO DO MUTUARIO , uma vez, uma vez demonstrado o preenchimento dos requisitos da Lei n° 9.138/95, bemdemonstrado o preenchimento dos requisitos da Lei n° 9.138/95, bem como da Lei n° 10.437/02 e Resoluções 2.666 e 2.963 do Banco Central.como da Lei n° 10.437/02 e Resoluções 2.666 e 2.963 do Banco Central. III. III. Uma vez demonstrado o atendimento aos requisitos legais, medianteUma vez demonstrado o atendimento aos requisitos legais, mediante consignação extrajudicial das parcelas estabelecidas na legislação deconsignação extrajudicial das parcelas estabelecidas na legislação de regência, resta incidente o efeito regência, resta incidente o efeito liberatório liberatório da dívida pelo pagamentoda dívida pelo pagamento fictamente aceito (art. 890, §2°, do Código de Processo Civil), com afictamente aceito (art. 890, §2°, do Código de Processo Civil), com a consequente extinção da execução. APELAÇÃO PROVIDA." consequente extinção da execução. APELAÇÃO PROVIDA." (TJRS -(TJRS - Apelação Cível 70034083196, Décima Sétima Câmara Cível, Relator:Apelação Cível 70034083196, Décima Sétima Câmara Cível, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 27.05.2010).Liege Puricelli Pires, Julgado em 27.05.2010).

""APELAÇÃO CÍVEL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA.APELAÇÃO CÍVEL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA. CÉDULA DE CRÉDITO RURAL. AÇÃO REVISIONAL.CÉDULA DE CRÉDITO RURAL. AÇÃO REVISIONAL. 1. Aplicabilidade 1. Aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor às operações de concessão dedo Código de Defesa do Consumidor às operações de concessão de crédito e financiamento. Súmula n. 297 do STJ. 2. SECURITIZAÇÃO DAcrédito e financiamento. Súmula n. 297 do STJ. 2. SECURITIZAÇÃO DA DÍVIDA da dívida. É direito do devedor e não faculdade do credor oDÍVIDA da dívida. É direito do devedor e não faculdade do credor o alongamento de dividas originárias de crédito rural. Súmula 298 do STJ.alongamento de dividas originárias de crédito rural. Súmula 298 do STJ. No caso concreto, ausentes os requisitos. 3. As notas de créditoNo caso concreto, ausentes os requisitos. 3. As notas de crédito

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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rural acham-se submetidas a regramento próprio que conferem aorural acham-se submetidas a regramento próprio que conferem ao Conselho Monetário Nacional o dever de fixar os juros remuneratórios aConselho Monetário Nacional o dever de fixar os juros remuneratórios a serem praticados. Diante da omissão desse órgão governamental, incide aserem praticados. Diante da omissão desse órgão governamental, incide a limitação de 12% ao ano. Precedentes STJ. 4. Possibilidade delimitação de 12% ao ano. Precedentes STJ. 4. Possibilidade de incidência de capitalização mensal de juros após a edição da Medidaincidência de capitalização mensal de juros após a edição da Medida Provisória n° 2.170/2001 e desde que expressamente pactuada noProvisória n° 2.170/2001 e desde que expressamente pactuada no contrato. 5. Vedada a cobrança de comissão de permanência, poiscontrato. 5. Vedada a cobrança de comissão de permanência, pois Decreto-Lei n°167/67 prevê para o período de inadimplência apenas aDecreto-Lei n°167/67 prevê para o período de inadimplência apenas a cobrança de juros moratórios e multa contratual. Precedentes STJ.cobrança de juros moratórios e multa contratual. Precedentes STJ. RECURSO PROVIDO EM PARTE." RECURSO PROVIDO EM PARTE." (TJRS - Apelação Cível(TJRS - Apelação Cível 70045138674, Décima Quarta Câmara Cível, Relator: Judith dos70045138674, Décima Quarta Câmara Cível, Relator: Judith dos Santos Mottecy, Julgado em 21.06.2012).Santos Mottecy, Julgado em 21.06.2012).

Outrossim, é bom ressaltar também que a jurisprudência o E. TJRSOutrossim, é bom ressaltar também que a jurisprudência o E. TJRS

pacificou o entendimento de que, primeiro, o alongamento do débito rural na norma que o prevê é umpacificou o entendimento de que, primeiro, o alongamento do débito rural na norma que o prevê é um

direito subjetivo do produtor rural e que, segundo, em sendo enquadrável no referido normativo, NÃOdireito subjetivo do produtor rural e que, segundo, em sendo enquadrável no referido normativo, NÃO

PODEM SUBSISTIR OS PROCESSOS DE EXECUÇÃO, PODEM SUBSISTIR OS PROCESSOS DE EXECUÇÃO, senão vejamossenão vejamos::

APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. AÇÃO DEAPELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA. SECURITIZAÇÃO.EXECUÇÃO. CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA. SECURITIZAÇÃO. Diante do reconhecimento da obrigatoriedade da instituição financeira aDiante do reconhecimento da obrigatoriedade da instituição financeira a proceder ao alongamento da dívida rural, impõe-se a inexigibilidade doproceder ao alongamento da dívida rural, impõe-se a inexigibilidade do titulo executivo. Extinção da execução SENTENÇA MANTIDA. NEGARAMtitulo executivo. Extinção da execução SENTENÇA MANTIDA. NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME. PROVIMENTO. UNÂNIME. (TJRS - Apelação Cível 70033732397,20 -(TJRS - Apelação Cível 70033732397,20 - Câmara Cível, Relator: Rubem Duarte, DJU 13.04.2011.).Câmara Cível, Relator: Rubem Duarte, DJU 13.04.2011.).

Desta forma, no que diz respeito à prova inequívoca, a própria cédula cujoDesta forma, no que diz respeito à prova inequívoca, a própria cédula cujo

enquadramento se invoca perfaz tal requisito, eis que a única prova a ser realizada nestes autos é a deenquadramento se invoca perfaz tal requisito, eis que a única prova a ser realizada nestes autos é a de

que a CONTRATAÇÃO EFETIVAMENTE É ORIGINÁRIA DE CRÉDITO RURAL, FOI FIRMADA PARAque a CONTRATAÇÃO EFETIVAMENTE É ORIGINÁRIA DE CRÉDITO RURAL, FOI FIRMADA PARA

CUSTEIO E INVESTIMENTO EM LAVOURAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, ONDECUSTEIO E INVESTIMENTO EM LAVOURAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, ONDE

SOBREVEIO FRUSTRAÇÃO DEVIDO A INTEMPÉRIES (ESTIAGEM) NO PERÍODO DE 2005/2006 ASOBREVEIO FRUSTRAÇÃO DEVIDO A INTEMPÉRIES (ESTIAGEM) NO PERÍODO DE 2005/2006 A

2010/2011, o que se verifica por simples constatação, já tendo, inclusive, os Autores demonstrado2010/2011, o que se verifica por simples constatação, já tendo, inclusive, os Autores demonstrado

especificadamente o preenchimento de todos os requisitos legais para a concessão do referidoespecificadamente o preenchimento de todos os requisitos legais para a concessão do referido

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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enquadramento.enquadramento.

Com efeito, no que pertíne à verossimilhança da alegação, vemos que deCom efeito, no que pertíne à verossimilhança da alegação, vemos que de

fato sempre que as instituições financeiras impediram os produtores rurais de obterem o alongamentofato sempre que as instituições financeiras impediram os produtores rurais de obterem o alongamento

rural planejado pelo Governo, foram obrigados pelo PODER JUDICIÁRIO a proceder ao alongamento dorural planejado pelo Governo, foram obrigados pelo PODER JUDICIÁRIO a proceder ao alongamento do

débito, na exatamente medida que se trata de verdadeiro DIREITO SUBJETIVO dos produtores rurais.débito, na exatamente medida que se trata de verdadeiro DIREITO SUBJETIVO dos produtores rurais.

Destarte, por todos os fatos acima exposto, resta claramente evidenciadoDestarte, por todos os fatos acima exposto, resta claramente evidenciado

que a que a Instituição Financeira em momento algum cumpriu as determinações normativasInstituição Financeira em momento algum cumpriu as determinações normativas , não, não

levando em consideração os fins sociais de uma propriedade rural e sua importância para olevando em consideração os fins sociais de uma propriedade rural e sua importância para o

desenvolvimento socioeconômico da região e do Brasil, consequentemente negando-lhe a renegociaçãodesenvolvimento socioeconômico da região e do Brasil, consequentemente negando-lhe a renegociação

de seus débitos, no prazo de 10 (dez) anos em parcelas anuais, e com as devidas correções estipuladasde seus débitos, no prazo de 10 (dez) anos em parcelas anuais, e com as devidas correções estipuladas

pela Resolução do Banco Central.pela Resolução do Banco Central.

Presentes, portanto, os requisitos para o enquadramento na Presentes, portanto, os requisitos para o enquadramento na Resolução n.Resolução n. 42724272, não se pode admitir que o Banco simplesmente , não se pode admitir que o Banco simplesmente se recuse a promover a prorrogação em questãose recuse a promover a prorrogação em questão,,

devendo a decisão proferida na execução supra ser modificada para reconhecer a nulidade dadevendo a decisão proferida na execução supra ser modificada para reconhecer a nulidade da

arrematação e garantir o direito dos Autores/Agricultores de continuar desenvolvendo suas atividadesarrematação e garantir o direito dos Autores/Agricultores de continuar desenvolvendo suas atividades

campesinas.campesinas.

DO COLAPSO ECONÔMICO GLOBAL EM CURSO E SEUS EFEITOSDO COLAPSO ECONÔMICO GLOBAL EM CURSO E SEUS EFEITOS NAS ECONOMIAS DO OCIDENTE E NO BRASILNAS ECONOMIAS DO OCIDENTE E NO BRASIL

Os efeitos da crise econômica iniciada nos EUA no ano de 2008 e que Os efeitos da crise econômica iniciada nos EUA no ano de 2008 e que

perduram de forma agravante produziram efeitos nefastos que não ficaram restritos àquele país, mas seperduram de forma agravante produziram efeitos nefastos que não ficaram restritos àquele país, mas se

estenderam às economias de todo o mundo e em especial do Ocidente e na América do Sul. Aestenderam às economias de todo o mundo e em especial do Ocidente e na América do Sul. A

expansão irresponsável do crédito, a quebradeira de bancos norte americanos e a queda do índiceexpansão irresponsável do crédito, a quebradeira de bancos norte americanos e a queda do índice

Nasdaq, para citar apenas algumas das causas que originaram a crise, redundaram na intervenção doNasdaq, para citar apenas algumas das causas que originaram a crise, redundaram na intervenção do

governo estadunidense na economia por meio da estatização das instituições financeiras, como formagoverno estadunidense na economia por meio da estatização das instituições financeiras, como forma

de refrear os efeitos prejudiciais à economia.de refrear os efeitos prejudiciais à economia.

Nesse sentido, os governos de todo o mundo, se viram obrigados a Nesse sentido, os governos de todo o mundo, se viram obrigados a

injetarem altíssimas somas de dinheiro nas empresas como forma de evitar um colapso ainda maisinjetarem altíssimas somas de dinheiro nas empresas como forma de evitar um colapso ainda mais

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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grave. Para alguns analistas e estudiosos, essa crise demonstrou de forma cabal o fracasso dograve. Para alguns analistas e estudiosos, essa crise demonstrou de forma cabal o fracasso do

fundamentalismo de livre mercado, que preconiza a ideia de que os mercados se corrigem,fundamentalismo de livre mercado, que preconiza a ideia de que os mercados se corrigem,

comprovando, assim, a importância dos governos para o necessário equilíbrio econômico. Esse é ocomprovando, assim, a importância dos governos para o necessário equilíbrio econômico. Esse é o

entendimento expressado por diversos especialistas, dentre os quais se destaca entendimento expressado por diversos especialistas, dentre os quais se destaca George SorosGeorge Soros,,

empresário e investidor, professando o entendimento de que a crise poderia ter sido evitada:empresário e investidor, professando o entendimento de que a crise poderia ter sido evitada:

I think it was, but it would have required recognition that the system, as itI think it was, but it would have required recognition that the system, as it currently operates, is built on false premises. Unfortunately, we have ancurrently operates, is built on false premises. Unfortunately, we have an idea of market fundamentalism, which is now the dominant ideology,idea of market fundamentalism, which is now the dominant ideology, holding that markets are self-correcting; and this is false because it’sholding that markets are self-correcting; and this is false because it’s generally the intervention of the authorities that saves the markets whengenerally the intervention of the authorities that saves the markets when they get into trouble. Since 1980, we have had about five or six crises: thethey get into trouble. Since 1980, we have had about five or six crises: the international banking crisis in 1982, the bankruptcy of Continental Illinois ininternational banking crisis in 1982, the bankruptcy of Continental Illinois in 1984, and the failure of Long-Term Capital Management in 1998, to name1984, and the failure of Long-Term Capital Management in 1998, to name only three. Each time, it’s the authorities that bail out the market, oronly three. Each time, it’s the authorities that bail out the market, or organize companies to do so. So the regulators have precedents theyorganize companies to do so. So the regulators have precedents they should be aware of. But somehow this idea that markets tend toshould be aware of. But somehow this idea that markets tend to equilibrium and that deviations are random has gained acceptance and allequilibrium and that deviations are random has gained acceptance and all of these fancy instruments for investment have been built on them. of these fancy instruments for investment have been built on them. TheThe Financial CrisisFinancial Crisis: : An Interview withAn Interview with George Soros. New YorkGeorge Soros. New York:: http://www.nybooks.com/articles/archives/2008/may/15/the-financial-crisis-http://www.nybooks.com/articles/archives/2008/may/15/the-financial-crisis-an-interview-with-george-soro/an-interview-with-george-soro/

Muito embora as previsões exageradamente otimistas, mascaradas e atéMuito embora as previsões exageradamente otimistas, mascaradas e até

maquiadas (maquiadas (como hoje se sabecomo hoje se sabe) das contas por parte das autoridades brasileiras, os efeitos aqui foram) das contas por parte das autoridades brasileiras, os efeitos aqui foram

sentidos com bastante intensidade e agora ainda agravando-se notavelmente. A queda das ações nasentidos com bastante intensidade e agora ainda agravando-se notavelmente. A queda das ações na

bolsa de valores, a alta do dólar e a ausência de crédito provocaram efeitos danosos na já combalidabolsa de valores, a alta do dólar e a ausência de crédito provocaram efeitos danosos na já combalida

economia brasileira. A recessão veio forte e as empresas e pessoas jurídicas nacionais sentiram oseconomia brasileira. A recessão veio forte e as empresas e pessoas jurídicas nacionais sentiram os

efeitos, ocasionando fechamento dos postos de trabalho, aumento da inadimplência, declarações deefeitos, ocasionando fechamento dos postos de trabalho, aumento da inadimplência, declarações de

falência, recuperações judiciais dentre outros.falência, recuperações judiciais dentre outros.

Nesse contexto há que se ressaltar que os efeitos da recessão, acabouNesse contexto há que se ressaltar que os efeitos da recessão, acabou

por se traduzir e agravar ainda mais em larga escala inadimplência dos produtores rurais que sentirampor se traduzir e agravar ainda mais em larga escala inadimplência dos produtores rurais que sentiram

fortemente os efeitos da crise, senão vejamos nas manchetes dos principais periódicos nacionais efortemente os efeitos da crise, senão vejamos nas manchetes dos principais periódicos nacionais e

internacionais:internacionais:

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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Fonte: Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/entenda-crise-da-divida-dos-eua-e-como-isso-afeta-o-http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/07/entenda-crise-da-divida-dos-eua-e-como-isso-afeta-o-

brasil.htmlbrasil.html

Fonte: Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,crise-economica-no-brasil-afeta-balancos-de-gigantes-do-http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,crise-economica-no-brasil-afeta-balancos-de-gigantes-do-

agronegocio-dos-eua,1788379agronegocio-dos-eua,1788379

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Fonte: Fonte: http://tribunaregionaldalapa.com.br/2015/11/30/crise-economica-no-pais-afeta-o-agronegocio/http://tribunaregionaldalapa.com.br/2015/11/30/crise-economica-no-pais-afeta-o-agronegocio/

Citamos ainda diversos outros periódicos tratando da questão onde abaixoCitamos ainda diversos outros periódicos tratando da questão onde abaixo

segue suas fontes de onde foram extraídas:segue suas fontes de onde foram extraídas:

As políticas neoliberais e a crise na América do SulAs políticas neoliberais e a crise na América do SulFonte: Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292002000200007http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292002000200007

Crise diminui liderança regional do Brasil e afeta economia deCrise diminui liderança regional do Brasil e afeta economia de vizinhosvizinhosFonte: Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/crise-diminui-lideranca-regional-do-brasil-e-afeta-economia-de-http://noticias.terra.com.br/brasil/crise-diminui-lideranca-regional-do-brasil-e-afeta-economia-de-

vizinhos,fc1aa40d4110cee7eb97926869ce3d1760e59h57.htmlvizinhos,fc1aa40d4110cee7eb97926869ce3d1760e59h57.html

Entenda como a crise afeta cada país do G20Entenda como a crise afeta cada país do G20Fonte: Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2009/03/090304_g20_mapagd.shtmlhttp://www.bbc.com/portuguese/noticias/2009/03/090304_g20_mapagd.shtml

Destarte, como se vê, é inegável que os Autores estão sofrendo Destarte, como se vê, é inegável que os Autores estão sofrendo

drasticamente em faze das equivocadas políticas governamentais que lhe tem sido prejudiciais, adrasticamente em faze das equivocadas políticas governamentais que lhe tem sido prejudiciais, a

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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despeito de legislações que deveriam os proteger, sobretudo porque a poderosa Autarquia que lhedespeito de legislações que deveriam os proteger, sobretudo porque a poderosa Autarquia que lhe

forneceu os créditos é ávida pelo recebimento dos valores cedidos inclusive tentando recebe-los aforneceu os créditos é ávida pelo recebimento dos valores cedidos inclusive tentando recebe-los a

mingua da legislação protetiva dos produtores rurais.mingua da legislação protetiva dos produtores rurais.

De outro lado em claro contraste, verifica-se que a Ré é uma das maioresDe outro lado em claro contraste, verifica-se que a Ré é uma das maiores

beneficiárias diante da atual crise econômica, tendo inclusive contabilizado em seus balanços anunciobeneficiárias diante da atual crise econômica, tendo inclusive contabilizado em seus balanços anuncio

de ter registrado de ter registrado lucro líquido de R$ 14,4 bilhões em 2015lucro líquido de R$ 14,4 bilhões em 2015 . O resultado foi 28% superior ao obtido no. O resultado foi 28% superior ao obtido no

ano anterior, quando os ganhos somaram R$ 11,24 bilhões.ano anterior, quando os ganhos somaram R$ 11,24 bilhões.

No quarto trimestre, lucro líquido foi de R$ 2,512 bilhões, queda ante osNo quarto trimestre, lucro líquido foi de R$ 2,512 bilhões, queda ante os

R$ 2,959 bilhões no mesmo período de 2014.R$ 2,959 bilhões no mesmo período de 2014.

Os ativos somaram em dezembro R$ 1,51 trilhão, um crescimento deOs ativos somaram em dezembro R$ 1,51 trilhão, um crescimento de

9,7% em 12 meses.9,7% em 12 meses.

O índice de operações vencidas há mais de 90 dias representou 2,38% daO índice de operações vencidas há mais de 90 dias representou 2,38% da

carteira de crédito, inferior ao patamar do Sistema Financeiro Nacional, que registrou 3,4%.carteira de crédito, inferior ao patamar do Sistema Financeiro Nacional, que registrou 3,4%.

A carteira de crédito do banco terminou 2015 com saldo de R$ 193,2A carteira de crédito do banco terminou 2015 com saldo de R$ 193,2

bilhões, uma alta de 7,5% em 12 meses. As linhas de menor risco, como crédito consignado,bilhões, uma alta de 7,5% em 12 meses. As linhas de menor risco, como crédito consignado,

alcançaram 75,9% do total da carteira.alcançaram 75,9% do total da carteira.

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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Fonte: Fonte: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/02/lucro-do-banco-do-brasil-sobe-para-r-144-http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/02/lucro-do-banco-do-brasil-sobe-para-r-144-bilhoes-em-2015.htmlbilhoes-em-2015.html

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Fonte: Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/02/1743145-lucro-do-banco-do-brasil-cresce-28-em-http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/02/1743145-lucro-do-banco-do-brasil-cresce-28-em-2015-e-atinge-r-144-bilhoes.shtml2015-e-atinge-r-144-bilhoes.shtml

Vale dizer: toda a atual política nacional e internacional encontra-seVale dizer: toda a atual política nacional e internacional encontra-se

exclusivamente voltada ao lucro excepcional aos BANCOS E BANQUEIROS GLOBALISTAS emexclusivamente voltada ao lucro excepcional aos BANCOS E BANQUEIROS GLOBALISTAS em

detrimento dos governos e empresários, produtores rurais, latifundiários e outros NACIONAIS pelodetrimento dos governos e empresários, produtores rurais, latifundiários e outros NACIONAIS pelo

sufocamento imposto pelas megacorporações multinacionais ligadas ao sistema bancário e ao mesmosufocamento imposto pelas megacorporações multinacionais ligadas ao sistema bancário e ao mesmo

monopólio das elites mundiais que são quem de fato se beneficiam as custas das nações e de seusmonopólio das elites mundiais que são quem de fato se beneficiam as custas das nações e de seus

produtores rurais gravemente prejudicados com tais políticas mundiais.produtores rurais gravemente prejudicados com tais políticas mundiais.

DOS PRINCÍPIOSDOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA PROPORCIONALIDADECONSTITUCIONAIS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE NA ARREMATAÇÃO JUDICIALE RAZOABILIDADE NA ARREMATAÇÃO JUDICIAL

A arrematação é a espécie mais comum de expropriação do bem para aA arrematação é a espécie mais comum de expropriação do bem para a

satisfação do crédito do credor, ocorrendo pela alienação judicial dos bens do devedor que foramsatisfação do crédito do credor, ocorrendo pela alienação judicial dos bens do devedor que foram

penhorados, ou seja, se transforma em dinheiro aquele determinado bem.penhorados, ou seja, se transforma em dinheiro aquele determinado bem.

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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Nas palavras do saudoso Nas palavras do saudoso Pontes de MirandaPontes de Miranda, o vocábulo arrematar, o vocábulo arrematar

provém de a, re, mactare, que tanto significava matar, imolar como prover, lançar.provém de a, re, mactare, que tanto significava matar, imolar como prover, lançar.

Importante destacar, outrossim, que a arrematação judicial é um negócioImportante destacar, outrossim, que a arrematação judicial é um negócio

jurídico, pois apesar de realizado de forma coercitiva, existe sim a manifestação de vontade dojurídico, pois apesar de realizado de forma coercitiva, existe sim a manifestação de vontade do

arrematante do bem, portanto, em que pese inexistir uma venda, com relação negocial, certo é que háarrematante do bem, portanto, em que pese inexistir uma venda, com relação negocial, certo é que há

sim um negócio jurídico que produz diversos efeitos.sim um negócio jurídico que produz diversos efeitos.

Neste sentido, a arrematação é fundada no poder estatal da jurisdição,Neste sentido, a arrematação é fundada no poder estatal da jurisdição,

como nos ensina como nos ensina Giuseppe ChiovendaGiuseppe Chiovenda, na arrematação a venda forçada do bem, não havendo que se, na arrematação a venda forçada do bem, não havendo que se

falar em representação do devedor pelo Poder Judiciário.falar em representação do devedor pelo Poder Judiciário.

Segundo Segundo Misael Montenegro FilhoMisael Montenegro Filho a execução: a execução: “é o instrumento“é o instrumento processual posto à disposição do credor para exigir o adimplemento forçado da obrigação através daprocessual posto à disposição do credor para exigir o adimplemento forçado da obrigação através da retirada de bens do patrimônio do devedor ou do responsável, suficientes para a plena satisfação doretirada de bens do patrimônio do devedor ou do responsável, suficientes para a plena satisfação do exequente, o que se operará em seu benefício e independente da vontade do executado – e mesmoexequente, o que se operará em seu benefício e independente da vontade do executado – e mesmo contra a sua vontade – conforme entendimento doutrinário unânime.”contra a sua vontade – conforme entendimento doutrinário unânime.”

Na realidade o final e verdadeiro resumo da execução é a arrematação,Na realidade o final e verdadeiro resumo da execução é a arrematação,

ou seja, o objetivo da execução é transformar em dinheiro o crédito que o exequente possui.ou seja, o objetivo da execução é transformar em dinheiro o crédito que o exequente possui.

Contudo a arrematação judicial sempre é precedida da publicidade daContudo a arrematação judicial sempre é precedida da publicidade da

alienação forçada, por isso a publicação de Edital com prazo mínimo de 5 dias deve ser obedecida,alienação forçada, por isso a publicação de Edital com prazo mínimo de 5 dias deve ser obedecida,

sendo que pelo menos uma divulgação em jornal de ampla circulação entre outras previsõessendo que pelo menos uma divulgação em jornal de ampla circulação entre outras previsões

normativas.normativas.

Vale dizer, que o devedor também tem o direito de ser informadoVale dizer, que o devedor também tem o direito de ser informado

especificamente acerca do ato pelo qual perderá o seu bem, devendo ele ser informado pessoalmenteespecificamente acerca do ato pelo qual perderá o seu bem, devendo ele ser informado pessoalmente

do dia, hora e local da alienação judicial, nos termos do Estatuto de Ritos.do dia, hora e local da alienação judicial, nos termos do Estatuto de Ritos.

O tema tem tanta importância que o Egrégio O tema tem tanta importância que o Egrégio Superior Tribunal deSuperior Tribunal de JustiçaJustiça assentou através da súmula 1221: assentou através da súmula 1221: "Na execução fiscal o devedor deverá ser intimado,"Na execução fiscal o devedor deverá ser intimado, pessoalmente, do dia e hora da realização do leilão".pessoalmente, do dia e hora da realização do leilão".

Vale mencionar que nos casos de bem aforado ou gravado por penhor,Vale mencionar que nos casos de bem aforado ou gravado por penhor,

hipoteca, anticrese ou usufruto, o credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou usufrutuário, além dohipoteca, anticrese ou usufruto, o credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou usufrutuário, além do

senhorio direto deverão ser informados, sob pena de ineficácia do ato em relação a estes, conformesenhorio direto deverão ser informados, sob pena de ineficácia do ato em relação a estes, conforme

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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reza o NCPC.reza o NCPC.

O edital deverá conter a descrição do bem, o valor da sua avaliação, suaO edital deverá conter a descrição do bem, o valor da sua avaliação, sua

localização, dívidas, gravames, além da localização; o dia, hora e local designado para a praça ou leilão.localização, dívidas, gravames, além da localização; o dia, hora e local designado para a praça ou leilão.

Ainda, se faz necessária a comunicação de que se o bem não alcançar valor superior ao da avaliação,Ainda, se faz necessária a comunicação de que se o bem não alcançar valor superior ao da avaliação,

ocorrerá novo ato, em dia e hora desde logo designados entre os dez e os vinte dias seguintes, podendoocorrerá novo ato, em dia e hora desde logo designados entre os dez e os vinte dias seguintes, podendo

ser realizada a alienação pelo menor lanço.ser realizada a alienação pelo menor lanço.

Na primeira praça ou leilão poderá ocorrer a arrematação dos bensNa primeira praça ou leilão poderá ocorrer a arrematação dos bens

penhorados somente se oferecidos lanços superiores ao valor da avaliação, conforme preceitua o incisopenhorados somente se oferecidos lanços superiores ao valor da avaliação, conforme preceitua o inciso

NCPC.NCPC.

Já na segunda praça ou leilão poderão ser oferecidos lanços inferiores aoJá na segunda praça ou leilão poderão ser oferecidos lanços inferiores ao

valor da avaliação, valor da avaliação, desde que não se ofereça preço vildesde que não se ofereça preço vil. Sobre bens imóveis a jurisprudência. Sobre bens imóveis a jurisprudência

sedimentou que valor inferior a sessenta por cento da avaliação é considerado preço vil.sedimentou que valor inferior a sessenta por cento da avaliação é considerado preço vil.

Caso não sejam cumpridas todas as exigências determinadas na lei, Caso não sejam cumpridas todas as exigências determinadas na lei, seráserá nula a arremataçãonula a arrematação. .

Nesse momento se faz oportuno ressaltar a importância da AtuaçãoNesse momento se faz oportuno ressaltar a importância da Atuação

familiar na Agricultura brasileira efetivada através dos produtores rurais, que notadamente, familiar na Agricultura brasileira efetivada através dos produtores rurais, que notadamente, atende aatende a milhares de famílias diretamente, e outras tantas milhares indiretamente.milhares de famílias diretamente, e outras tantas milhares indiretamente.

São trabalhadores humildes, pessoas simples, pequenos agricultores com São trabalhadores humildes, pessoas simples, pequenos agricultores com

pouca ou nenhuma formação comercial e que dependem em tudo da existência e atendimento do auxíliopouca ou nenhuma formação comercial e que dependem em tudo da existência e atendimento do auxílio

creditício do Banco réu.creditício do Banco réu.

O Banco réu não pode ter pretensões no sentido de leiloar fazendas e O Banco réu não pode ter pretensões no sentido de leiloar fazendas e

terras produtivas onde funcionam estoques reguladores das entre safras e a própria sede onde estãoterras produtivas onde funcionam estoques reguladores das entre safras e a própria sede onde estão

todos os bens imateriais, como o nome o departamento de vendas, marketing, exportação, orientação etodos os bens imateriais, como o nome o departamento de vendas, marketing, exportação, orientação e

desenvolvimento dos agricultores produtores sem que haja uma justa equalização que atenda aosdesenvolvimento dos agricultores produtores sem que haja uma justa equalização que atenda aos

comandos constitucionais da proporcionalidade e razoabilidade. comandos constitucionais da proporcionalidade e razoabilidade.

A cobrança abusiva como parcialmente reconhecida nos autos da própria A cobrança abusiva como parcialmente reconhecida nos autos da própria

revisional conexa à execução, demonstra que a cobrança do banco réu é desproporcional e irrazoável erevisional conexa à execução, demonstra que a cobrança do banco réu é desproporcional e irrazoável e

tal critério inobservado simplesmente esta prejudicando milhares de pequenos agricultores etal critério inobservado simplesmente esta prejudicando milhares de pequenos agricultores e

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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cooperados, além de afetar a arrecadação dos tributos, ainda que menor que o previsível elevado ecooperados, além de afetar a arrecadação dos tributos, ainda que menor que o previsível elevado e

astronômico valor cobrado a título de juros capitalizados e ilegais como reconhecido na revisionalastronômico valor cobrado a título de juros capitalizados e ilegais como reconhecido na revisional

efetuada e suspensa por força do acordo celebrado entre as partes. efetuada e suspensa por força do acordo celebrado entre as partes.

Os Autores necessitam realmente de socorro judicial e mesmo conciliar Os Autores necessitam realmente de socorro judicial e mesmo conciliar

uma forma de se acertar com o Banco do Brasil, pois os mesmos não estão inadimplentes por pura euma forma de se acertar com o Banco do Brasil, pois os mesmos não estão inadimplentes por pura e

simples má gestão, apenas tiveram dificuldades em conseguir cumprir seus compromissos com asimples má gestão, apenas tiveram dificuldades em conseguir cumprir seus compromissos com a

entidade creditícia em virtude das sucessivas crises econômicas internacionais anteriores e que seentidade creditícia em virtude das sucessivas crises econômicas internacionais anteriores e que se

agravou ao longo do tempo a nível global, portanto sofrendo dificuldades com a comercialização deagravou ao longo do tempo a nível global, portanto sofrendo dificuldades com a comercialização de

safras, implicando nas dificuldades dos Autores em pagar suas dividas com o banco, enfim a situaçãosafras, implicando nas dificuldades dos Autores em pagar suas dividas com o banco, enfim a situação

da agricultura, que todo mundo prefere ocultar da realidade existencial escondendo suas mazelas, alémda agricultura, que todo mundo prefere ocultar da realidade existencial escondendo suas mazelas, além

de que a região de Santa Barbara do Sul/RS, local da sede dos Autores, tem passado pela sua maiorde que a região de Santa Barbara do Sul/RS, local da sede dos Autores, tem passado pela sua maior

estiagem e baixa colheita dos últimos 20 anos, fatores que também pesaram nas irregularidades dosestiagem e baixa colheita dos últimos 20 anos, fatores que também pesaram nas irregularidades dos

pagamentos dos débitos com o banco réu.pagamentos dos débitos com o banco réu.

A economia de certa região não pode ser interpretada de formaA economia de certa região não pode ser interpretada de forma isolada, mas, sim, uma série de atuações que em conjunto geram o atraso no desenvolvimentoisolada, mas, sim, uma série de atuações que em conjunto geram o atraso no desenvolvimento do mercadodo mercado. .

Assim, quando um agricultor de porte médio ou grande encerra suas Assim, quando um agricultor de porte médio ou grande encerra suas

atividades não se trata de um ato isolado, restrito apenas a este, mas de um ato que atividades não se trata de um ato isolado, restrito apenas a este, mas de um ato que terá repercussãoterá repercussão sobre a economia de toda uma região, o que deveria ser sopesado com razoabilidade pelo Banco réusobre a economia de toda uma região, o que deveria ser sopesado com razoabilidade pelo Banco réu quando da tomada de decisõesquando da tomada de decisões, como no caso da ARREMATAÇÃO de quase todos seus bens,, como no caso da ARREMATAÇÃO de quase todos seus bens,

baseados em mero erro ou atraso de pagamento baseados em mero erro ou atraso de pagamento sob pena de referida medida ser consideradasob pena de referida medida ser considerada inconstitucional. inconstitucional.

Disso tudo se extrai que a sociedade e o Poder Judiciário Disso tudo se extrai que a sociedade e o Poder Judiciário devem estardevem estar sempre atentos às manobras perpetradas pelas Autarquias creditícias,sempre atentos às manobras perpetradas pelas Autarquias creditícias, que na ânsia ininterrupta deque na ânsia ininterrupta de sobrepujar os valores de seus créditossobrepujar os valores de seus créditos ( (sabidamente a cobrança das mais caras do planetasabidamente a cobrança das mais caras do planeta) ) utiliza-utiliza-se de ardis injustos que vulneram o direito constitucional dos agricultoresse de ardis injustos que vulneram o direito constitucional dos agricultores. .

Por derradeiro, a cobrança abusiva e absurda pautada emPor derradeiro, a cobrança abusiva e absurda pautada em

irregularidades ou em interpretações meramente literais, divorciadas não só do espírito da lei, mas dairregularidades ou em interpretações meramente literais, divorciadas não só do espírito da lei, mas da

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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relação contratual que se firmou com o Banco, configura afronta, ademais, ao princípio da boa-férelação contratual que se firmou com o Banco, configura afronta, ademais, ao princípio da boa-fé

objetiva, veiculado no objetiva, veiculado no Código Civil de 2002Código Civil de 2002..

Assim observa-se que já havia sido reconhecido nos autos da açãoAssim observa-se que já havia sido reconhecido nos autos da ação

constitutiva negativa o direito a redução dos valores cobrados pela instituição ré derivados de certasconstitutiva negativa o direito a redução dos valores cobrados pela instituição ré derivados de certas

cláusulas abusivas das CDA’s, critérios estes que em face do acordo ficaram suspensos e que agora secláusulas abusivas das CDA’s, critérios estes que em face do acordo ficaram suspensos e que agora se

faz necessário serem sopesados novamente no curso da execução supra por parte deste juízo, emfaz necessário serem sopesados novamente no curso da execução supra por parte deste juízo, em

atenção aos princípios constitucionais da razoabilidade e proporcionalidade, especialmente seatenção aos princípios constitucionais da razoabilidade e proporcionalidade, especialmente se

considerar as diversas nulidades adiante mencionadas que cercaram referida arrematação. considerar as diversas nulidades adiante mencionadas que cercaram referida arrematação.

Há que se ressaltar ainda que em face das Há que se ressaltar ainda que em face das nulidades arguidasnulidades arguidas se se

afeta também o direito afeta também o direito a ampla defesa com todos seus recursos a ela inerentesa ampla defesa com todos seus recursos a ela inerentes..

DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIADA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

As tutelas jurisdicionais provisórias, como o próprio nome diz, são tutelasAs tutelas jurisdicionais provisórias, como o próprio nome diz, são tutelas

jurisdicionais não definitivas, concedidas pelo Poder Judiciário em juízo de cognição sumária, quejurisdicionais não definitivas, concedidas pelo Poder Judiciário em juízo de cognição sumária, que

exigem, necessariamente, confirmação posterior, através de sentença, proferida mediante cogniçãoexigem, necessariamente, confirmação posterior, através de sentença, proferida mediante cognição

exauriente.exauriente.

As tutelas provisórias são o gênero, dos quais derivam duas espécies:As tutelas provisórias são o gênero, dos quais derivam duas espécies:

tutela provisória de urgência e tutela provisória da evidência. Uma, exige urgência na concessão dotutela provisória de urgência e tutela provisória da evidência. Uma, exige urgência na concessão do Direito. A outra, evidência.Direito. A outra, evidência.

A tutela de urgência exige demonstração de probabilidade do direito eA tutela de urgência exige demonstração de probabilidade do direito e

perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (artigo 300). A tutela da evidência independe deperigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (artigo 300). A tutela da evidência independe de

tais requisitos, porque ela é uma tutela “não urgente” (artigo 311). Portanto, uma primeira forma detais requisitos, porque ela é uma tutela “não urgente” (artigo 311). Portanto, uma primeira forma de

distingui-las é pensar sempre que uma delas, a de urgência, depende da premência do tempo; já adistingui-las é pensar sempre que uma delas, a de urgência, depende da premência do tempo; já a

outra, a da evidência, não.outra, a da evidência, não.

Nesse contexto, é notório e de bom alvitre que diante de tantas nulidadesNesse contexto, é notório e de bom alvitre que diante de tantas nulidades

ocorridas conforme anteriormente explicitadas seja assegurada a ocorridas conforme anteriormente explicitadas seja assegurada a CONCESSÃO DA TUTELACONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIAPROVISÓRIA DE URGÊNCIA, mesmo porque a Ré em nada será prejudicada haja vista que receberá, mesmo porque a Ré em nada será prejudicada haja vista que receberá

seu crédito atualizado em face da garantia do juízo e mesmo da valorização das terras que conformeseu crédito atualizado em face da garantia do juízo e mesmo da valorização das terras que conforme

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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laudo pericial são todas férteis.laudo pericial são todas férteis.

DA AUSÊNCIA DE PERIGO DE IRREVERSIBILIDADEDA AUSÊNCIA DE PERIGO DE IRREVERSIBILIDADE : Cumpre deixar: Cumpre deixar

claro, Excelência, que além das nulidades acima apontadas, a concessão da presente claro, Excelência, que além das nulidades acima apontadas, a concessão da presente TUTELA DETUTELA DE URGÊNCIA URGÊNCIA não causará dano algum, seja ao Banco do Brasil, que figura como arrematante se, ao finalnão causará dano algum, seja ao Banco do Brasil, que figura como arrematante se, ao final

da demanda, esta for julgada improcedente, ou seja, não há perigo de irreversibilidade, uma vez que, ada demanda, esta for julgada improcedente, ou seja, não há perigo de irreversibilidade, uma vez que, a

qualquer momento, poderá ser revogada a Tutela pleiteada, retornando a situação fática ao estadoqualquer momento, poderá ser revogada a Tutela pleiteada, retornando a situação fática ao estado

anterior.anterior.

Assim REQUER sejam sustados os efeitos do eventual registro da cartaAssim REQUER sejam sustados os efeitos do eventual registro da carta

de arrematação e possíveis alienações subsequentes, cientificando-se o titular do respectivo cartóriode arrematação e possíveis alienações subsequentes, cientificando-se o titular do respectivo cartório

imobiliário.imobiliário.

De outra banda, caso a TUTELA que ora se pleiteia não seja concedida, oDe outra banda, caso a TUTELA que ora se pleiteia não seja concedida, o

que, de fato, não se espera, é patente o perigo de dano irreparável que poderá sofrer os Autores, quaisque, de fato, não se espera, é patente o perigo de dano irreparável que poderá sofrer os Autores, quais

sejam:sejam:

a) Já tendo o arrematante a posse do imóvel arrematado, poderáa) Já tendo o arrematante a posse do imóvel arrematado, poderá modificar o atual estado em que se encontra o bem, e estando a cartamodificar o atual estado em que se encontra o bem, e estando a carta de arrematação registrada no respectivo cartório imobiliário;de arrematação registrada no respectivo cartório imobiliário;

b) Poderá, inclusive, o arrematante alienar o imóvel em questão;b) Poderá, inclusive, o arrematante alienar o imóvel em questão;

O fato é Excelência, que as providências acima elencadas não poderãoO fato é Excelência, que as providências acima elencadas não poderão

ser adotadas antes do julgamento final desta ser adotadas antes do julgamento final desta AÇÃO ANULATÓRIAAÇÃO ANULATÓRIA perante o juízo singular. Eis, pois, perante o juízo singular. Eis, pois,

as razões para a concessão do pleito da TUTELA DE URGÊNCIA.as razões para a concessão do pleito da TUTELA DE URGÊNCIA.

Pois bem. Pois bem. Data máxima vêniaData máxima vênia, entende os Autores que presente a prova, entende os Autores que presente a prova

inequívoca a convencer o ilustre julgador pela concessão da medida liminar que ora se pleiteia, pois,inequívoca a convencer o ilustre julgador pela concessão da medida liminar que ora se pleiteia, pois,

como se vê da situação descrita na presente ação, patente não só a prova inequívoca, como acomo se vê da situação descrita na presente ação, patente não só a prova inequívoca, como a

verossimilhança das alegações, demonstrando o possível prejuízo de difícil reparação e grave ameaçaverossimilhança das alegações, demonstrando o possível prejuízo de difícil reparação e grave ameaça

que vem sofrendo, pois o deferimento da tutela de urgência é que vem sofrendo, pois o deferimento da tutela de urgência é conditio sine qua nonconditio sine qua non para que seja para que seja

garantido o cumprimento dos efeitos finais da decisão que será prolatada posteriormente na Açãogarantido o cumprimento dos efeitos finais da decisão que será prolatada posteriormente na Ação

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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Anulatória que tramitará no juízo originário.Anulatória que tramitará no juízo originário.

Portanto, Excelência, Portanto, Excelência, data máxima vêniadata máxima vênia, presente o fundado receio de, presente o fundado receio de

que uma parte cause ao direito da outra (Autores) lesão grave e de difícil reparação antes do julgamentoque uma parte cause ao direito da outra (Autores) lesão grave e de difícil reparação antes do julgamento

da lide. Portanto, da lide. Portanto, data vêniadata vênia, de rigor que Vossa Excelência, para evitar o dano, autorize ou impeça a, de rigor que Vossa Excelência, para evitar o dano, autorize ou impeça a

prática de determinados atos, conforme se requer no pleito liminar desta presente ação.prática de determinados atos, conforme se requer no pleito liminar desta presente ação.

Nesse ponto, os Autores rogam pela prudente decisão de VossaNesse ponto, os Autores rogam pela prudente decisão de Vossa

Excelência no que tange à concessão da TUTELA a fim de que não seja cometida nenhuma injustiça.Excelência no que tange à concessão da TUTELA a fim de que não seja cometida nenhuma injustiça.

No caso em tela resta demonstrada a presença do abuso de direito aindaNo caso em tela resta demonstrada a presença do abuso de direito ainda

também por parte do Réu (também por parte do Réu (fumus boni iurisfumus boni iuris) ) em virtude das diversas NULIDADES ocorridas em virtude das diversas NULIDADES ocorridas no casono caso

em apreço.em apreço.

Diante do quadro, bem se percebe que a verossimilhança do direitoDiante do quadro, bem se percebe que a verossimilhança do direito

alegado e o risco de dano irreparável à autora originária estão presentes, preenchendo os requisitosalegado e o risco de dano irreparável à autora originária estão presentes, preenchendo os requisitos

próprios constantes do artigo 330 do CPC.próprios constantes do artigo 330 do CPC.

Destarte, diante da argumentação acima, presente está o requisito daDestarte, diante da argumentação acima, presente está o requisito da

verossimilhança das alegações autorais, o que, aliado ao risco de dano irreparável verificável com osverossimilhança das alegações autorais, o que, aliado ao risco de dano irreparável verificável com os

prejuízos à continuidade dos negócios da sociedade empresarial dos agricultores autores, conduz aoprejuízos à continuidade dos negócios da sociedade empresarial dos agricultores autores, conduz ao

deferimento da medida.deferimento da medida.

Ante o exposto, por ora, requer os autores, à concessão do pedido liminar,Ante o exposto, por ora, requer os autores, à concessão do pedido liminar,

para determinar que seja:para determinar que seja:

- Sustado os efeitos da arrematação do imóvel;- Sustado os efeitos da arrematação do imóvel;

- Oficiado o cartório de registro de imóveis desta comarca, para que- Oficiado o cartório de registro de imóveis desta comarca, para que conste a restrição judicial a fim de que se impeça de transferir –conste a restrição judicial a fim de que se impeça de transferir – averbar o imóvel;averbar o imóvel;

- Seja vedada a transcrição da carta de arrematação no Registro- Seja vedada a transcrição da carta de arrematação no Registro Imobiliário ou, se já averbada, a sua desconstituição ou anulação.Imobiliário ou, se já averbada, a sua desconstituição ou anulação.

Desta forma, diante dessas violações à legislação federal conformeDesta forma, diante dessas violações à legislação federal conforme

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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anteriormente apontadas, deverá ser anteriormente apontadas, deverá ser decretada em um primeiro momento, A NULIDADE DAdecretada em um primeiro momento, A NULIDADE DA ARREMATAÇÃO EM QUESTÃOARREMATAÇÃO EM QUESTÃO, ainda mais amplamente em razão do direito dos Executados/Autores, ainda mais amplamente em razão do direito dos Executados/Autores

de enquadrarem seu débito nas benesses da de enquadrarem seu débito nas benesses da Resolução n. 4272 do BACENResolução n. 4272 do BACEN, estendida a todos os, estendida a todos os

produtores rurais do Estado do Rio Grande do Sul, conforme cabalmente comprovados.produtores rurais do Estado do Rio Grande do Sul, conforme cabalmente comprovados.

Destarte, REQUER deste modo, Destarte, REQUER deste modo, SEJA CONCEDIDA EM CARATERSEJA CONCEDIDA EM CARATER LIMINAR A ALMEJADA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIALIMINAR A ALMEJADA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA , a fim de se determinar as, a fim de se determinar as providências retro solicitadas anteriormente.providências retro solicitadas anteriormente.

DA CONCLUSÃO E DOS PEDIDOSDA CONCLUSÃO E DOS PEDIDOS

Ante ao exposto, tendo em vista as consequências prejudicais deAnte ao exposto, tendo em vista as consequências prejudicais de

NULIDADES ocorridas no curso da Execução supra mesmo após a ARREMATAÇÃO, NULIDADES ocorridas no curso da Execução supra mesmo após a ARREMATAÇÃO, REQUER-SEREQUER-SE a a

Vossa Excelência digne em:Vossa Excelência digne em:

a)a) A concessão da antecipação de A concessão da antecipação de TUTELA DE URGÊNCIATUTELA DE URGÊNCIA para que a para que a Instituição Financeira Instituição Financeira não adjudique o imóvel a terceirosnão adjudique o imóvel a terceiros, bem como, bem como o requerente permanecer na posse do imóvel, de onde obtém oso requerente permanecer na posse do imóvel, de onde obtém os frutos de subsistência de sua família e de outras famílias que alifrutos de subsistência de sua família e de outras famílias que ali desempenham suas atividades;desempenham suas atividades;

b) b) Que sejam acatadas todas as preliminares de nulidades arguidas,Que sejam acatadas todas as preliminares de nulidades arguidas, anulando-se a arrematação incidente sobre o imóvel;anulando-se a arrematação incidente sobre o imóvel;

c) A c) A Citação da Ré no endereço mencionado acima para contestar, noCitação da Ré no endereço mencionado acima para contestar, no prazo legal, sob pena de confissão e revelia;prazo legal, sob pena de confissão e revelia;

d)d) A produção de todas as provas em direito admitidas, notadamenteA produção de todas as provas em direito admitidas, notadamente o depoimento da Ré, sob pena de revelia e confissão, testemunhais,o depoimento da Ré, sob pena de revelia e confissão, testemunhais, documentais e periciais, assim como a posterior juntada dedocumentais e periciais, assim como a posterior juntada de documentos que se fizerem necessários ao deslinde da presentedocumentos que se fizerem necessários ao deslinde da presente causa;causa;

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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e)e) Q Que seja julgado procedente o pedido para condenar a ré aoue seja julgado procedente o pedido para condenar a ré ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios na ordempagamento das custas judiciais e honorários advocatícios na ordem de 20% sobre o valor da causa.de 20% sobre o valor da causa.

Dá-se à causa, o valor de R$ 0.000.000,00 Dá-se à causa, o valor de R$ 0.000.000,00 ((XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX). ).

Nestes termos, Pede Deferimento. Nestes termos, Pede Deferimento.

DeDe São José do Rio Preto/SP, São José do Rio Preto/SP, p/ p/ Santa Bárbara do Sul/RSSanta Bárbara do Sul/RS, 28 de junho de 2016., 28 de junho de 2016.

MARCUS DE ABREU ISMAELMARCUS DE ABREU ISMAELOAB/SP 140.591OAB/SP 140.591

DOCUMENTOS EM ANEXO:DOCUMENTOS EM ANEXO:

01- Procuração do Patrono; 01- Procuração do Patrono;

02 – Anexos das Principais Peças Processuais da Execução; 02 – Anexos das Principais Peças Processuais da Execução;

03 – Matérias da Mídia Nacional;03 – Matérias da Mídia Nacional;

04 – Resolução do BACEN; 04 – Resolução do BACEN;

05 – Outros. 05 – Outros.

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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ÍNDICE REMISSIVO DA AÇÃO ANULATÓRIA:ÍNDICE REMISSIVO DA AÇÃO ANULATÓRIA:

- DA SINOPSE FÁTICA E PROCESSUAL- DA SINOPSE FÁTICA E PROCESSUAL

- DA AÇÃO, CONEXÃO E COMPETÊNCIA- DA AÇÃO, CONEXÃO E COMPETÊNCIA

- DAS NULIDADES- DAS NULIDADES

- DO COLAPSO ECONÔMICO GLOBAL EM CURSO- DO COLAPSO ECONÔMICO GLOBAL EM CURSO

- DA APLICAÇÃO DO CDC NA ESPÉCIE DOS AUTOS- DA APLICAÇÃO DO CDC NA ESPÉCIE DOS AUTOS

- DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE NA - DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE NA EXECUÇÃOEXECUÇÃO

- DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA- DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

- DA CONCLUSÃO E PEDIDOS- DA CONCLUSÃO E PEDIDOS

Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XXTels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX @hotmail.com

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