EXCURSAO DOCENTE E SUA CONCEPCAOPDF

Embed Size (px)

DESCRIPTION

trabalho academico de conxclusao do curso com foco em pedagocia o que se refere a direcao do professor num ensino de qualidade e significativo pelos alunos

Citation preview

  • REGIO ACADMICA III

    UNIVERSIDADE 11 DE NOVEMBRO

    INSTITUTO SUPERIOR DE CINCIAS DE EDUCAO

    ISCED - CABINDA

    Departamento de Ensino e Investigao em Biologia

    Anlise do enquadramento das excurses docentes no ensino

    e aprendizagem da Biologia na 7 Classe: um estudo na Escola

    Santa Catarina Ano Lectivo 2014

    Trabalho de Fim do Curso Apresentado e

    Defendido, Para Obteno do Grau de

    Licenciatura em Cincias de Educao.

    Opo: Ensino de Biologia

    Autora:

    Estrela das Dores Massaqui

    Trabalho n ____________

    CABINDA, SETEMBRO DE 2015

  • REGIO ACADMICA III

    UNIVERSIDADE 11 DE NOVEMBRO

    INSTITUTO SUPERIOR DE CINCIAS DE EDUCAO

    ISCED - CABINDA

    Departamento de Ensino e Investigao em Biologia

    Anlise do enquadramento das excurses docentes no ensino e

    aprendizagem da Biologia na 7 Classe: um estudo na Escola Santa

    Catarina Ano Lectivo 2014

    Trabalho de Fim do Curso Apresentado e

    Defendido, Para Obteno do Grau de

    Licenciatura em Cincias de Educao.

    Opo: Ensino de Biologia

    Autora:

    Estrela das Dores Massaqui

    Tutor: Fernando Abel Mavungo, MSc.

    CABINDA, SETEMBRO DE 2015

  • I

    DEDICATRIA

    Dedico o presente trabalho minha famlia, em especial aos meus pais,

    Pedro Andr Massaqui e Ana Maria (in memoriam), pelo carinho, incentivo e

    pacincia que prestaram ao longo da minha formao.

  • II

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo, em primeira instncia, a Deus Pai Todo-Poderoso, pela vida,

    fora, coragem e proteco que me tem concedido ao longo da minha

    existncia humana, pois, sem elas, no seria possvel esta longa caminhada no

    mundo do saber cientfico.

    Agradeo aos meus pais, Pedro Andr Massaqui e Ana Maria (in

    memoriam). Aos meus irmos, Antnio Avelino, Avelino Pinto, Maria Nlando,

    Esperana Ndembi, Andr Finda e Florinda Pedro. Aos meus sobrinhos,

    Nzinga Eliseu, Miguel Joaquim, Ernesto da Conceio, Flix Avelino, Palmira

    Ndembi, Selton Capita, Liedson Capita, Esmenia Pinto, etc .

    De igual modo, agradeo a todos os docentes do ISCED-Cabinda, em

    geral, e, em especial, os do curso de Biologia, pela forma sbia e pedaggica

    que tm transmitido os conhecimentos, e pela oportunidade que me

    concederam para a minha formao. Ao Mestre Fernando Abel Mavungo, pelo

    apoio, pacincia e sapincia que orientou-me para a concretizao deste

    trabalho.

    direco da escola do I Ciclo N172 da Santa Catarina e aos

    professores de Biologia da Escola pela informao prestada.

    A todos os colegas da caminhada, pelo apoio moral que me prestaram

    nos momentos difceis deste longo processo. A todos aqueles que

    directamente ou indirectamente, me ajudaram na realizao deste humilde

    estudo.

    A minha profunda gratido

  • III

    LISTA DE QUADROS E FIGURAS

    Quadro 1- Distribuio da populao por estratos e gnero ............................................ 29

    Quadro 2- Distribuio da amostra por estrato e gnero ................................................. 30

    Figura: 1-Estrutura Organigrmica da Escola de Santa Catarina em Cabinda. ............. 27

  • IV

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1- Respostas dos alunos inqueridos sobre o gosto pela disciplina de Biologia 34

    Tabela 2- Respostas dos alunos se alguma vez j ouviro falar do termo excurso

    docente. ..................................................................................................................................... 35

    Tabela 3- Respostas dos alunos sobre o local onde decorrem as aulas de Biologia. .. 36

    Tabela 4- Respostas dos alunos sobre as vezes que j participaram de uma excurso

    docente....................................................................................................................................... 37

    Tabela 5- Respostas dos alunos sobre a importncia que atribuem realizao da

    excurso docente ..................................................................................................................... 38

    Tabela 6-Respostas dos professores inqueridos sobre o tempo que lecciona a

    disciplina de Biologia ............................................................................................................... 39

    Tabela 7- Respostas dos professores inqueridos sobre o seu nvel acadmico ........... 40

    Tabela 8- Respostas dos professores em torno da questo J ouviram falar sobre a

    excurso docente? .................................................................................................................. 41

    Tabela 9- Respostas dos professores sobre as formas de organizao do processo de

    ensino e aprendizagem da Biologia que utilizam ................................................................ 43

  • V

    SUMRIO

    INTRODUO ................................................................................................... 1

    CAPITULO I FUNDAMENTAO TERICA .................................................. 5

    1.1 Definio de Termos e Conceitos ............................................................................... 5

    1.1.1. Processo de ensino-aprendizagem ...................................................................... 5

    1.1.2. Ensino ....................................................................................................................... 6

    1.1.3. Aprendizagem .......................................................................................................... 7

    1.1.4. Biologia ..................................................................................................................... 8

    1.1.5. Excurso docente .................................................................................................... 8

    1.2- Formas de organizao utilizadas no processo de ensino e aprendizagem da

    Biologia..................................................................................................................................... 9

    1.3 Excurso Docente: Breve Historial e Outras Abordagens .................................... 10

    1.3.1. Tipos de Excurses e Critrios de Classificao das Excurses .................. 11

    1.3.2. Fases da Realizao de Uma Excurso Docente ............................................ 15

    1.3.3. Objectivos e Funes da Excurso Docente .................................................... 18

    1.4. A excurso docente: sua relao com os contedos da Biologia da 7 Classe . 19

    1.4.1-Objectivos de Ensino de Biologia em Angola .................................................... 21

    1.4.2 O Princpio da Vinculao Teoria Com Prtica ............................................. 22

    1.5 Importncia da Excurso Docente no Ensino de Biologia ................................... 24

    CAPTULO II PROCEDIMENTOS METODOLGICOS ................................ 26

    2.1 Localizao e Descrio da Escola ......................................................................... 26

    2.2 Populao e Amostra ................................................................................................. 28

    2.2.1 - Populao ............................................................................................................. 28

    2.2.2 - Amostra ............................................................................................................... 29

    2.3 - Mtodos e Tcnicas de Recolha de Dados............................................................. 30

    2.3.1- Mtodos de pesquisa ............................................................................................ 30

  • VI

    2.3.2 - Tcnicas de recolha de dados ................................................................................... 32

    2.4- Tipos de Pesquisa ............................................................................................................. 33

    CAPTULO III - APRESENTAO, ANLISE E INTERPRETAO DOS

    RESULTADOS ................................................................................................. 34

    3.1 Resultados do Questionrio Dirigido aos alunos da 7 Classe da Escola do I

    Ciclo n 172 Santa Catarina em Cabinda ......................................................................... 34

    3.2- Resultados do Questionrio Dirigido aos professores de Biologia da 7 Classe

    da Escola do I Ciclo n 172 da Santa Catarina em Cabinda ........................................ 39

    3.3. Proposta de Aces Para Promoo da Excurso Docente no Ensino de

    Biologia na Escola do I Ciclo da Santa Catarina. ............................................................ 47

    CONCLUSES ................................................................................................ 51

    SUGESTES ................................................................................................... 52

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................. 53

  • VII

    RESUMO

    O presente trabalho de Monografia intitula-se "Anlise do

    enquadramento das excurses docentes no ensino e aprendizagem da biologia

    nas turmas da 7 classe: um estudo na Escola Santa Catarina no ano lectivo

    2014". Tem como problema cientfico, Que enquadramento os professores de

    Biologia da 7 Classe da Escola do I Ciclo N 172 da Santa Catarina, fazem das

    excurses docentes na sua prtica pedaggica? Como objectivo geral, analisar

    o uso das excurses docentes na prtica pedaggica dos professores de

    Biologia da 7 classe na Escola do I Ciclo N 172 da Santa Catarina, em

    Cabinda. Para a obteno dos dados e a fundamentao do trabalho, sendo

    uma pesquisa de natureza predominantemente qualitativa, usou-se mtodos

    empricos, tericos e estatsticos. Foram usados dois questionrios semi-

    estruturados, um para os professores e outro para os alunos, e uma entrevista

    aberta aos professores. Os tipos de pesquisas foram a Bibliogrfica e a

    Descritiva. Dos resultados obtidos, concluiu-se que existem fundamentos

    tericos e metodolgicos que explicam o enquadramento das excurses

    docentes no processo de ensino e aprendizagem da Biologia. Caracterizou-se

    o estado actual da realizao de excurses docentes pelos professores e

    concluiu-se que no se realizam excurses docentes, e no fazem o uso de

    outras formas de organizao do ensino da biologia, apesar dos 15% dos

    alunos e 80% de professores terem ouvido falar da excurso docente.

    Finalmente apresentou-se uma proposta de um conjunto de indicaes

    metodolgicas que podem contribuir na promoo e realizao de excurses

    docentes pelos professores de Biologia na sua prtica pedaggica.

    Palavras-chave: processo de Ensino e a Aprendizagem; Biologia;

    Excurso docente.

  • VIII

    ABSTRACT

    This research of monograph is entitled "Analysis framework of the

    teaching excursions in biology teaching and learning in classes of 7th grade: a

    study in the School Santa Catarina in the academic year 2014". Its scientific

    problem, which the framework biology teachers of Grade 7 School of the First

    Cycle in 172 of Santa Catarinado tours teachers in their teaching? The overall

    objective, to analyse the use of the excursions teachers in pedagogical practice

    of the 7th grade biology teachers at the School of the First Cycle in 172 of

    Santa Catarina, in Cabinda. To obtain the data and the reasons for the work,

    being a predominantly qualitative research, it was used empirical, theoretical

    and statistical methods. They used two semi-structured questionnaires, one for

    teachers and one for students, and an open interview to teachers. The types of

    research were the Bibliographical and Descriptive. From the results, it was

    concluded that there are theoretical and methodological foundations that

    explain the framework of the excursions teachers in the teaching and learning of

    biology process. It characterized the current state of realization of excursions

    teachers by teachers and it was concluded that teachers do not realize

    excursions, and do not make use of other forms of organization of biology

    teaching, despite the 15% of students and 80% of teachers having heard of the

    teaching tour. Finally showed up a proposal for a set of methodological

    guidelines that can contribute to the promotion and realization of excursions

    teachers by biology teachers in their teaching.

    Keywords: Process of Teaching and Learning; Biology; Teaching

    excursion.

  • 1

    INTRODUO

    Quando se pensa numa educao e num processo de ensino e

    aprendizagem de qualidade, sobretudo em cincias da natureza,

    indispensvel que se articulem as actividades que se desenvolvem em sala de

    aula com as actividades de campo.

    O presente trabalho de Monografia surgiu no intuito de compreender o

    papel que os professores de Biologia da Escola Santa Catarina atribuem s

    excurses docentes na abordagem dos contedos de Biologia da 7 Classe,

    visto que se trata de uma forma de organizao com enormes contribuies na

    qualidade das aprendizagens dos alunos.

    As actividades de campo permitem a explorao dos contedos, tanto

    de natureza factual, quanto conceitual, procedimentais como atitudinais. Assim,

    a abordagem dos contedos com essa viso possibilita trabalhar diversas

    dimenses da educao nos alunos, como o caso da Educao Ambiental,

    Educao para Sade, higiene e segurana, entre outras.

    Com essa perspectiva, a construo dos contextos de aprendizagem

    nos quais se enquadram as excurses pressupe um trabalho de planificao

    srio para no ser apenas um passeio. Faz-se necessria a previso no s

    dos resultados, como dos meios, dos recursos, enfim, a disponibilidade de toda

    logstica material didctica necessria, como forma para o asseguramento do

    sucesso das actividades.

    Em nosso entender, as excurses docentes constituem uma forma de

    organizao com enormes potencialidades no ensino e aprendizagem da

    Biologia. Contribuem na formao da personalidade do aluno, cria o ambiente

    profcuo socializao das crianas, adolescentes e jovens, facilitando a sua

    aprendizagem. Por outro lado, as excurses tambm fornecem contribuies

    no que diz respeito ao interesse e aprendizagem efectiva em prol do

    desenvolvimento de diversas habilidades, como a observao, acuidade visual

    e anlise de dados, entre outras.

    Hoje, essa forma de organizao do processo de ensino e aprendizagem

    uma importante ferramenta pedaggica que visa levar o aluno a vivenciar, in

    locus, as aprendizagens propostas pelo professor em sala de aula. Nesta base,

  • 2

    pesquisadores, como Carvalho apud Zuzi (2012), nos lembra que o contacto

    com a realidade, determina por si s, o incio de todo processo de

    aprendizagem. Neste contexto, para que esse processo ocorra necessrio

    um grande planeamento, especialmente no sentido pedaggico, pois

    fundamental que a sada ao campo faa sentido para os alunos e que esses

    possam enxergar um estreito relacionamento entre as aprendizagens vividas

    em salas de aulas e as proposies de estudo no campo, permitindo, cumprir-

    se em parte o princpio de vinculao da teoria com a prtica.

    Relativamente aos estudos feitos em Cabinda, versando sobre este

    assunto, as buscas feitas no permitiram identificar trabalhos relevantes.

    Apenas localizmos o trabalho de Monografia defendido por Zuzi (2012). O

    mesmo objectivava propor indicaes metodolgicas e um modelo de guia de

    actividades para a concepo da excurso docente.

    No entanto, conforme explicita este estudo e os discursos

    compartilhados entre os professores de biologia de vrias escolas sedeadas

    em Cabinda, as excurses docentes no so tidas nem concebidas pelos

    professores de Biologia, tal como recomenda a Didctica ou Metodologia de

    Ensino de Biologia (ANTNIO, 2008), as chamadas excurses que so

    realizadas nessas escolas, se limitam a fazer uma diverso entre os alunos, e

    estes entre os professores, isto , com um carcter apenas recreativa

    (msicas, danas, desfiles, comer, beber, entre outros), e pouco ou nada se faz

    para a consolidao dos conhecimentos tericos adquiridos pelos alunos ao

    longo de uma unidade didctica, trimestre ou ano lectivo.

    Consideramos que a natureza desta pesquisa, abordando o

    enquadramento das excurses docentes na especificidade dos contedos e

    objectivos do processo de ensino e aprendizagem da Biologia parece no ter

    sido ainda pesquisado no ISCED- Cabinda. Neste contexto, nesta lacuna que

    este trabalho de monografia se situa quando nos propusemos responder a

    seguinte questo cientfica: Que enquadramento os professores de Biologia da

    7 Classe da Escola do I Ciclo No 172 da Santa Catarina fazem das excurses

    docentes na sua prtica pedaggica? Dito de outro modo, busca-se enxergar o

    como esses professores enquadram as excurses docentes na abordagem dos

    contedos de biologia da 7 Classe.

  • 3

    Em nosso entender, a construo das respostas em torno desta questo

    cientfica torna esta pesquisa relevante. Pois, vai reforar o saber sistematizado

    nesta rea e contribuir para a melhoria da qualidade do processo de ensino e

    aprendizagem da Biologia na referida Escola.

    Por outro lado, tambm pode-se acreditar que este estudo vai despertar

    a ateno dos professores em face da valorizao e aplicao desta forma de

    organizao do processo de ensino e aprendizagem, proporcionando-lhes as

    contribuies tericas e metodolgicas necessrias. Pois, a incluso desta

    forma de organizao no processo de ensino da Biologia, dada as

    potencialidade dos contedos deste programa, pode ser uma condio

    indispensvel para a apropriao eficaz dos saberes ensinados, dentro e fora

    da sala de aula.

    Assim, o trabalho aqui apresentado tem como titulo: Anlise do

    enquadramento das excurses docentes no ensino e aprendizagem da Biologia

    na7 Classe: um estudo na Escola Santa Catarina Ano Lectivo 2014.

    Vale ressaltar, que na realizao desta pesquisa definiu-se um conjunto

    de objectivos, sendo o objectivo geral:

    Analisar o enquadramento das excurses docentes na prtica

    pedaggica dos professores de Biologia da 7 classe da Escola do I Ciclo No

    172 do Ensino Secundrio de Santa Catarina em Cabinda.

    Como objectivos especficos, delinearam-se os seguintes:

    1) Determinar os pressupostos terico-metodolgicos que explicitam o

    enquadramento das excurses docentes no mbito do processo de ensino e

    aprendizagem da Biologia nas escolas.

    2) Identificar, no Programa de Biologia da 7 Classe, os contedos que

    possibilitam a realizao de excurses docentes.

    3) Caracterizar o estado actual da realizao de excurses docentes

    pelos professores de Biologia da 7 Classe na Escola do I Ciclo N,172 do

    Ensino Secundrio de Santa Catarina em Cabinda.

    4) Propor um conjunto de indicaes metodolgicas que podem

    contribuir na promoo e realizao de excurses docentes pelos professores

    de Biologia.

  • 4

    Para possibilitar a concretizao destes objectivos e proporcionar a

    soluo do problema identificado, foram determinadas as seguintes tarefas

    cientficas:

    1) Determinao dos pressupostos terico-metodolgicos que explicitam

    o enquadramento das excurses docentes no mbito do processo de ensino e

    aprendizagem da Biologia nas escolas.

    2) Identificao, no Programa de Biologia da 7 Classe, os contedos

    que possibilitam a realizao de excurses docentes.

    3) Caracterizao do estado actual da realizao de excurses docentes

    pelos professores de Biologia da 7 Classe na Escola do I Ciclo do Ensino

    Secundrio de Santa Catarina em Cabinda.

    4) Elaborao da proposta dum conjunto de indicaes metodolgicas

    que contribuem na promoo e realizao de excurses docentes pelos

    professores de Biologia na sua prtica pedaggica.

    O presente trabalho est estruturado em trs captulos, o primeiro trata

    da fundamentao terica do estudo, comeando com a definio de termos e

    conceitos e a abordagem de outros aspectos que possibilitam a compreenso

    do assunto em estudo. O segundo captulo trata da metodologia escolhida para

    a realizao da pesquisa, onde se caracteriza a rea de estudo, bem como se

    apresenta a populao e amostra, os mtodos, as tcnicas de pesquisa e os

    tipos de pesquisa.

    O terceiro captulo traz a apresentao a anlise e a interpretao dos

    resultados, tendo em conta fundamentalmente o nosso referencial terico.

    Finalmente, se apresentam as concluses, as sugestes, as referncias

    bibliogrficas e o apndice.

  • 5

    CAPITULO I FUNDAMENTAO TERICA

    Como proposto num dos objectivos especficos, este captulo faz uma

    abordagem terica sobre os principais conceitos que nortearam esta pesquisa.

    Os poucos autores encontrados sobre as excurses pedaggicas nos ajudaram

    a criar o referencial terico.

    1.1 Definio de Termos e Conceitos

    1.1.1. Processo de ensino-aprendizagem

    Relativamente ao termo processo de ensino-aprendizagem, na viso de

    Libneo (1994, p.32 ), " um processo organizado no qual se articulam duas

    actividades, a transmisso e aquisio de conhecimentos, desenvolvimento de

    capacidades, atitudes e aptides".

    Para esse autor, esse termo constitui um processo dinmico que requer

    do aluno um papel activo e crtico na aprendizagem, consistindo a funo do

    professor, planificar, dirigir, orientar, induzir e estimular as aprendizagens. um

    processo complexo que requer utilizao de mtodos, tcnicas e, acima de

    tudo, meios de ensino apropriados que so o veculo para a boa conduo do

    processo.

    Ainda para o autor, este processo complexo pressupe uma integridade

    entre os termos ensino e aprendizagem, pois, na sua viso, no se pode falar

    do ensino e aprendizagem sem falar dos elementos que nele agem e

    interagem, processando-se, portanto, atravs de componentes, que podem ser

    compreendidos em componentes pessoais e componentes no pessoais. Entre

    os componentes pessoais temos o professor e o aluno, sendo ambos sujeitos

    do processo. Professor dirigente, orientador e estimulador das aprendizagens

    do processo de ensino, o aluno o sujeito activo da aprendizagem, enquanto

    que os no pessoais so os objectivos, como sendo as metas a atingir no

    processo de ensino.

    J os contedos, para este autor, so a base dos objectivos,

    conhecimentos sistematizados. Os mtodos so os procedimentos utilizados

  • 6

    para a transmisso dos conhecimentos e os meios de ensino so encarados

    como tudo que o professor utiliza para tornar possvel a transmisso e a

    assimilao dos conhecimentos.

    Contudo, os componentes no pessoais do processo de ensino e

    aprendizagem, para alm dos mencionados por esse autor, tambm se incluem

    dentro destes as formas de organizao do processo de ensino e

    aprendizagem, assim como a avaliao, no s no que concernem as

    aprendizagens dos alunos como tambm do prprio processo de ensino e

    aprendizagem.

    Portanto, o processo de ensino e aprendizagem engloba vrios termos,

    a saber: o ensino e a aprendizagem.

    1.1.2. Ensino

    Referindo-se ao termo ensino, Queiroz (2008, p. 100) define-o como "a

    aco na qual um indivduo mais experiente transmite conhecimentos gerais,

    ou especficos, para que o outro indivduo possa compreender ou assimilar".

    J Libneo (1994, p.89), entende o termo ensino como "uma

    combinao adequada entre a conduo do processo de ensino pelo professor

    e assimilao activa, como actividade autnomo e independente do aluno".

    No que concerne ao ensino da Biologia, na viso de Antnio (2008), este

    assenta-se na observao e na experimentao. O professor deve planificar e

    orientar as observaes e as experincias dos alunos no sentido de permitir

    com que sejam actividades realmente enriquecedoras.

    Para esse pesquisador, as observaes de factos, fenmenos, seres,

    so feitas em condies naturais. J a experimentao, ocorre em meios

    artificiais. Neste mbito, importante que o professor recorra ao auxlio de um

    suporte material que o facilite no seu papel de ensinar, de igual modo, tambm,

    o educando, na assimilao activa dos contedos.

    Relativamente s observaes de factos, na perspectiva de Antnio

    (2008, p.32), "no ensino da Biologia destacam-se os objectos naturais, os quais

    podem obter-se directamente de algumas dependncias, tais como as hortas

    escolares, jardim e o museu. Estes meios de ensino de Biologia classificam-se

  • 7

    em: bactrias, fungos, protistas, plantas e animais vivos ou conservados,

    rgos conservados preparaes microscpicas e representaes de objectos

    e fenmenos naturais (modelos, esquemas, etc.), fotos, quadros".

    Portanto, Antnio (2008, p. 136) explicita que "no estudo do reino

    vegetal, o professor pode e deve fazer o uso de plantas completas ou as suas

    partes (raiz, caule, folha, fruto e semente)".

    O mesmo autor ressalva que no caso em que no h objectos naturais,

    pode-se recorrer s suas representaes, que na verdade tambm criam um

    impacto e interesse dos alunos em aprender.

    Uns podem ser elaborados pelo professor, os outros em nossa opinio, encontrados na instituio. Por outro lado, sob a orientao do professor, os alunos podem tambm elaborar alguns meios que futuramente viro a ser utilizados na aula, valendo ento essa actividade como extra-escolar que pode ser enquadrado no mtodo de trabalho independente do aluno (ANTNIO, 2008, p. 136).

    1.1.3. Aprendizagem

    Em relao ao termo aprendizagem, Pinto (2001) o percebe como sendo

    uma mudana relativamente permanente no comportamento e no

    conhecimento, devido prtica ou experincia. Para esse autor,

    as mudanas operadas na aprendizagem ocorrem devido prtica anterior ou experincias passadas e distinguem-se de outros tipos de mudanas comportamentais resultantes da maturao dos organismos, de doenas, estados de ansiedade e tomada de drogas (2001, p.54).

    Pinto percebe que a aprendizagem est envolvida em qualquer rea do

    conhecimento e comportamento. Ao longo da vida, uma pessoa aprende

    conhecimentos factuais, habilidades motoras, expresses emocionais, regras

    sociais, valores morais e at mesmo aprender a saber morrer com dignidade.

    A aprendizagem nem sempre correcta e adequada; a criana pode aprender erros na escola, ou por distraco confundindo o que o professor diz, ou lendo informaes erradas nos livros que os autores inadvertidamente julgavam correctas e fundamentadas. Pode ainda aprender a ser egosta, violenta e agressiva, ou a ter medo da escola, ou porque foi castigada, ou

  • 8

    porque os colegas no aceitam. e os adultos podem aprender de forma inadequada a sentar-se ou levantar volumes pesados produzindo, com o passar do tempo, roturas na coluna e dores de costas (PINTO,2001, p.54).

    1.1.4. Biologia

    Quanto ao termo Biologia, no qual se encerra este estudo, isto , o

    objecto desta pesquisa, etimologicamente, uma expresso moderna

    composta de duas palavras gregas: bio, que significa "vida" e logos, que

    significa "cincia, estudo, tratado". Por conseguinte, cincia da vida. Entretanto,

    de acordo com Roque e Russo (2002, p.7), "a Biologia a cincia que estuda

    os seres vivos e as relaes existentes entre si. Portanto, abrange o estudo de

    todos os seres vivos, sua classificao, organizao, constituio qumica,

    funcionamento, comportamento e interaco com o meio".

    Em nossa opinio, a cincia biolgica trata do funcionamento dinmico

    dos organismos desde uma escala molecular subcelular at ao nvel

    populacional e interaccional, tanto intra-especificamente quanto inter-

    especificamente, bem como, a interaco da vida com seu ambiente fsico-

    qumica.

    1.1.5. Excurso docente

    De acordo com Faria (1973), uma actividade complementar ao

    trabalho escolar que envolve a sada de grupos de aluno, com a orientao e a

    superviso docente por perodo de tempo varivel.

    Para Oliveira et al. (1991, p.12), "a excurso um modelo de educao

    onde os alunos aprendem em contacto com o real, com as coisas em sua volta,

    com os objectos de aprendizagem".

    Com essa viso, a excurso docente refere-se ao conjunto de actividades extra-docente que se realizam em um lugar da natureza ou da sociedade, com objectivos docentes bem definidos e que pode ter uma durao variada em dependncia do plano concebido, em funo desses objectivos (PREZ et

    al, 2004).

  • 9

    Portanto, neste trabalho admite-se que a excurso docente faz parte

    integrante, isto , uma parte inseparvel do processo de ensino e

    aprendizagem, particularmente no tocante ao processo docente educativo da

    disciplina de Biologia.

    1.2- Formas de organizao utilizadas no processo de ensino e

    aprendizagem da Biologia

    Segundo Antnio (2008, p.120), " o ponto de vista didctico, as formas

    de organizao do ensino da biologia, constituem o marco organizativo exterior

    em que se estabelecem as relaes entre o professor e o aluno, que propiciam

    a formao da personalidade do educando. No ensino da Biologia destacam-se

    as seguintes formas organizativas intimamente relacionadas: A aula, as

    actividades prticas e as excurses docentes".

    Para Libneo (1994), referindo-se aula, a forma predominante de

    organizao do processo de ensino. Na viso desse autor, na aula se criam, se

    desenvolvem e se transformam as condies necessrias para que os alunos

    assimilem conhecimentos, habilidades, atitudes e convices e, assim,

    desenvolvem as suas capacidades cognitivas.

    Antnio (2008) entende que a aula a forma fundamental de

    organizao do processo docente educativo, nela tem lugar, sob orientao do

    professor, o complexo do processo de ensino e aprendizagem da Biologia,

    onde estudam os contedos essncias dos programas de Biologia. O autor

    alenca, alm da aula, outras formas de organizao do processo de ensino e

    aprendizagem. Para ele,

    os alunos assimilam os conhecimentos, formam e desenvolvem habilidades, hbitos, convices e atitudes com vista formao da sua personalidade dotada de uma concepo cientfica do mundo. Enfim, a aula agrega e integra outras formas de organizao como: a tarefa para casa, as revises e os trabalhos extra-escolares (2008, p.120).

    As tarefas para a casa, como forma de organizao no ensino da

    Biologia, tm como objectivo a organizao do trabalho individual dos alunos

    em casa, sob a direco do professor. Perante a realizao de tarefas que

    derivam fundamentalmente do contedo abordado na aula, os alunos podem

  • 10

    consolidar os seus conhecimentos e as habilidades assimiladas atravs da

    auto-preparao, tornando-se mais preparados em face da abordagem dos

    novos contedos.

    Trabalhos extra-escolares, crculos de interesses, consistem em

    actividades que os alunos realizam fora do horrio escolar, de forma opcional,

    de modo a incrementar o interesse dos alunos pelas disciplinas biolgicas,

    vincular os conhecimentos biolgicos com a prtica social e em particular

    contribuir para a orientao profissional e vocacional dos alunos.

    Trabalhos extra-aula: Recoleco e montagem individual ou em grupo

    de herbrio.

    As actividades prticas so a forma de organizao que permite

    relacionar os alunos com os fenmenos e processos biolgicos, com as

    caractersticas externas e internas dos organismos atravs da observao e

    experimentao.

    As excurses docentes compreendem a forma de organizao, que se

    realiza com todos os alunos, fora da sala de aulas e da escola, com o objectivo

    de observar os objectos, fenmenos e os processos biolgicos no seu meio

    natural ou criado artificialmente pelo homem.

    1.3 Excurso Docente: Breve Historial e Outras Abordagens

    De acordo com Giral, apud Prez (2004), desde o surgimento do homem

    at actualidade, a excurso surge e desenvolve-se como uma forma geral de

    organizar uma actividade com fins especficos.

    Nos primeiros tempos da humanidade, a excurso constitui uma necessidade de subsistncia no movimento constante de busca de recursos. O desenvolvimento da vida e a integrao territorial das comunidades implicou um cmbio na evoluo desta forma de actividade, determinado por movimento na busca de alimentos cada vez a lugares mais distantes (GIRAL, apud PREZ, 2004, p ).

    A humanidade tem evoludo, passando a nveis superiores de

    organizao econmica. Por tanto, o carcter da excurso sofre mudana

    tendo em conta o contexto sociocultural dos envolvidos. Contudo, o termo

  • 11

    excurso pode ser definido como sendo, uma jornada de passeio de instruo

    ou de recreio. Tambm pode ser uma viajem de recreio.

    Segundo Prez et al.(2004,p.240), "vrios pedagogos tm definido o

    termo excurso. Alguns o consideram como forma de trabalho docente, outros

    como forma de organizao do processo docente-educativo; existem os que a

    definem como uma visita, passeio ou caminhadas com objectivo didctico e

    no faltam os que a definem como uma actividade extra-docente, ou como

    aulas extra-escolares, existindo divergncia em outros elementos".

    No sentido didctico, quando nos referimos ao termo excurso docente,

    est relacionado ao conjunto de actividades extra-docentes, organizadas e

    dirigidas a objectivos de carcter educativo e instrutivo que realiza a escola

    com os alunos, e permite a utilizao racional do tempo livre. Estas actividades

    influem directamente sobre a aprendizagem dos alunos, de acordo com os

    contedos que desenvolvem as diferentes disciplinas.

    A excurso pode ou no ser uma aula, pode estar planificada ou no no programa da disciplina da classe, pode inclusive desenvolver-se como uma actividade de um programa de interesses ou sociedade cientfica. O mais importante que, em qualquer situao, sempre que for possvel, deve-se explorar no mximo as possibilidades instrutivas e educativas (PREZ et al. 2004, p.240).

    Para o mesmo autor, esta forma de organizao do ensino da Biologia

    possui um grande valor pedaggico, pois, permite a vinculao dos

    conhecimentos mediante a observao de objectos e fenmenos em seu

    prprio ambiente, ou seja, que converte a realidade em um meio de ensino.

    1.3.1. Tipos de Excurses e Critrios de Classificao das Excurses

    As cincias avanam, o homem evolui e as excurses foram perfilando-

    se em diferentes direces, dando o surgimento dos diversos tipos de

    excurses que existem. Para Bosque et al. (1993,p.5), existe basicamente trs

    tipos de excurses a destacar: excurso turstica recreativa, excurso

    investigativa e excurso docente".

    A excurso turstica recreativa, em si, tem a ver com passeios e

    recreao. J a excurso investigativa, envolve investigaes e explorao de

  • 12

    uma certa rea, visando obter dados biolgicos, geogrficos, histricos, entre

    outros. Quanto excurso docente, aquela realizada pelos docentes no

    mbito do ensino e aprendizagem.

    Actualmente, existem diferentes critrios de classificao da excurso.

    Nesta monografia, vamos apenas destacar as que tm como indicador o

    momento que se vai realizar; a escolha do lugar; a distncia ou ponto de

    referncia; numero de participantes e a especificidade das actividades que

    sero desenvolvidas.

    Para o mesmo autor, as excurses de acordo com o momento em que

    vo ser realizadas classificam-se em: excurso introdutora; excurso

    generalizadora e excurso do contedo.

    1. Excurso introdutora: aquela que realizada no inicio de um curso

    ou unidade, com objectivo de recolher o material para o ano ou unidade.

    2. Excurso generalizadora: aquela que realizada no final do

    programa ou ano, de forma que os alunos generalizam, relacionam o contedo

    terico com o que v e observa na natureza.

    3. Excurso do contedo: aquela que se realiza por intermdio do

    programa.

    O xito da excurso depende da escolha do lugar, da determinao dos

    lugares em que decorre a excurso, assim como tambm da qualidade da

    orientao feita pelo professor. Para Bosque et al. (1993, p.5),"uma excurso

    pode ser realizada atravs de caminhadas docentes em arredores da escola,

    centros de produo industrial, entre outros".

    As caminhadas docentes aplicam-se nas primeiras classes do ensino

    primrio, isto , da 1 4 classe, principalmente na disciplina de Estudo do

    Meio. Podem tambm ser aplicadas em outras disciplinas com o objectivo de

    alcanar vivncias na mente dos alunos concernente a tudo que ocorre nos

    arredores da escola, de maneira que possam conhecer o meio ambiente da

    localidade. Essa actividade permite os alunos fazerem observaes,

    investigaes sensveis e tirar concluses.

    Nas classes como a 5 e 6 Classe, as excurses na natureza podem

    consistir em visitas a um jardim botnico, museu, jardim zoolgico, aqurio e

    outras instalaes, pode se fazer tambm em centros agrcolas, fazendas etc.

  • 13

    A visita dirigida utiliza-se mais nas disciplinas de Biologia, Geografia e

    Histria para realizar passeios em centros de interesse onde se pode

    intercambiar ideias e pontos de vistas com os trabalhadores, tendo como

    objectivo obter informaes sobre os problemas ambientais, as contribuies

    econmicas e sociais desses locais de trabalhos.

    Prez et al.(2004, p 242) "faz uma classificao das excurses docentes

    tendo em conta as caractersticas ou a natureza do lugar. Assim, estes autores

    identificam os seguintes tipos: excurses docentes na natureza, excurses

    docentes em centros de produo de alimentos, excurses docentes em

    centro de produo de materiais".

    As excurses docentes na natureza podem ser num rio; numa praia;

    num parque natural; num bosque; numa mina de extraco de ouro, diamante,

    ferro, carvo, etc; numa queda de gua e zonas prximas; numa gruta e seus

    arredores; num lugar com elevaes, numa montanha.

    As excurses realizadas nestes locais proporcionam nos alunos muitas

    habilidades, sobretudo a que diz respeito capacidade de observao, a qual

    lhes permite descrever, analisar e explicar os objectos e fenmenos da

    natureza, as plantas e animais. As excurses, tambm, quando decorrem em

    zonas com elevaes ou em terrenos montanhosos, se exige uma srie de

    exerccios que se traduzem em benefcios para a sade fsica e mental dos

    educandos.

    Relativamente s excurses docentes em centros de produo de

    alimentos, elas podem ser realizadas numa fbrica de cerveja; fbrica de

    produtos lcteos; centro de cultivo; centro agro-pecurio; avirio, entre outros.

    J as excurses docentes em centro de produo de materiais, estas podem

    ser feitas em indstrias txtil; indstrias de produtos cosmticos; fbrica de

    detergente; fabrica de sapatos; centros artesanais; indstrias de produtos e

    utenslios domsticos. Outras excurses docentes podem ter lugar em locais

    tais como, parque zoolgico; museu de cincias naturais; laboratrios de

    medicina verde; laboratrios farmacolgicos; cultivo de flores; numa galeria de

    arte, entre outros.

    As excurses docentes em lugares de produes de alimentos ou de

    materiais em geral, permite que os alunos se familiarizem com os processos

  • 14

    produtivos, com as matrias-primas que so utilizadas, que podem ser

    substncias ou sistemas dispersos estudados em aulas. Nessas visitas os

    alunos podem realizar clculos, medies, tomar dados numricos de

    diferentes magnitudes ou dados econmicos, elaborar tabelas, fazer distintos

    grficos, recolher amostras de minerais, fosseis, plantas, rochas, matrias-

    primas, produtos, sementes, folhas, etc, podendo estas informaes ser teis

    inclusive para a montagem posteriormente de uma exposio na escola.

    De acordo com Prez et al. (2004, p.144), as excurses podem ser

    classificadas "quanto a distncias ou ponto de referncia, elas podem ser:

    distncias curtas (translado a p), distncias medias (translado misto) e

    distncias longas (translado em veculos)".

    As excurses a distncias curtas so realizadas a p em mesmo lugar

    onde os alunos estudam ou vivem, bem como, em lugares vedados. A ida e o

    regresso se efectuam no mesmo dia, estando em dependncia de vrios

    factores, tais como: a idade dos alunos, os objectivos da excurso, as

    dificuldades do percurso (latitude geogrfica, estao do ano, estado do tempo,

    hora, o lugar por onde se faz a caminhada, as caractersticas do relevo, entre

    outros).

    As excurses distncias mdias ou excurses mistas, podem ser

    realizadas num percurso de ida a p e o regresso em transporte, tendo em

    conta que pode existir algum cansao fsico nos participantes ou um

    esgotamento intelectual, mudanas das condies atmosfrica do local da

    excurso, tambm alguns podem se deslocar a p e os outros de veculos.

    As excurses a distncias longas so propcias para alunos do II Ciclo

    do Ensino Secundrio e estudantes universitrios, necessitando, para o seu

    translado, de veculos. Estas podem ser como movimentos passivos at ao

    ponto de referncia; movimentos activos at ao ponto de referncia, com

    movimentos at um ponto intermedirio, donde podem aplicar-se as trs

    variantes (a p, mistas e com transporte).

  • 15

    1.3.2. Fases da Realizao de Uma Excurso Docente

    Para Bosque et al (1993) o professor deve possuir o plano como guia ou

    suporte para realizar a actividade docente, evitando assim o improviso, desvio,

    rotina, desperdcio de energia e promover o ensino de qualidade e o alcance

    dos objectivos sendo este o ponto de partida. Portanto, imperioso salientar

    que todas as exigncias a uma aula usual so vlidas para a excurso, mas

    explorando as possibilidades metodolgicas e formativas que esta forma

    oferece.

    De acordo com os mesmos autores, a realizao da excurso

    compreende trs etapas fundamentais: etapa de organizao ou preparao;

    etapa de desenvolvimento ou execuo e a etapa de concluso. Contudo, para

    Prez et al. (2004), a realizao de excurso docente compreende as etapas

    de planificao; preparao; orientao; desenvolvimento ou execuo; analise

    critica do processo da excurso e apresentao dos resultados da excurso.

    A nosso ver, apesar de que estes autores, percebem seis (6) distintas

    etapas necessrias para a realizao da excurso docente, as trs (3) etapas

    explicitadas por Bosque et al. (1993), na sua essncia, tambm, oferecem as

    condies para a realizao das outras etapas abordadas por Perez,

    nomeadamente a planificao, a orientao, a apresentao dos resultados e a

    anlise crtica da excurso.

    A etapa de organizao ou preparao reveste uma enorme importncia, pois, compreende as actividades previstas tericas e prticas que realizam os intervenientes do processo, isto , o professor, os excursionistas e o pessoal de apoio, para alcanar o bom desenvolvimento da excurso". ( BOSQUE et al. 1993, p.18).

    Para a realizao das excurses, exige-se que o professor saiba com

    anterioridade o local e o itinerrio (percurso) da excurso, a localizao exacta

    dos objectos e factos de interesses biolgicos, geogrficos e histricos

    significativos que merecem ser observados, e elaborar com antecipao as

    actividades para cada equipa. Tambm necessrio preparar com

    antecedncia os alunos, explicar-lhes o objectivo e as actividades que sero

    realizadas na excurso, motivar-lhes para as mesmas. Por outro lado,

  • 16

    imprescindvel conhecer as normas de conduta que devem ser mantidas

    durante a excurso.

    O outro aspecto preponderante nesta etapa a necessidade de

    realizar uma preparao que abrange o estudo bibliogrfico, os mapas do

    espao territorial, as consultas aos especialistas ou pessoas conhecedores do

    lugar, assim como um trabalho de campo em torno da rea, de maneira que se

    conheam detalhadamente quais so os elementos a ter em conta para

    desenvolver as diferentes actividades.

    Segundo Bosque et al. (1993,p.22), a realizao de uma excurso

    docente pressupe que o professor tenha em conta vrios aspectos como

    direco, participao, apoio tcnica e apoio material. Para os mesmos

    autores, na etapa de preparao em que se deve elaborar o plano da

    excurso, considerando os elementos seguintes:

    1) Titulo ou tema principal da excurso;

    2) Objectivos gerais e especficos;

    3) Lugar da excurso;

    4) Hora e ficha;

    5) Itinerrio e estaes;

    6) Plano de actividades principais;

    7) Plano de actividades colaterais;

    8) Participantes;

    9) Formas de organizao dos participantes;

    10)Orientaes para o trabalho independente;

    11)Avaliao.

    Nisso, para Bosque et al. (1993), bom se ter em conta que para a

    preparao dos alunos em torno das actividades, pode-se entregar uma guia

    de perguntas ou orientaes para o trabalho a desenvolver, antes, durante e

    depois da excurso. Portanto, necessrio ter em conta as caractersticas dos

    participantes e o tipo de excurso a se desenvolver, estes autores sugerem

    que o professor previamente considere os seguintes elementos:

    objectivos a cumprir; caractersticas dos sujeitos que participam

    na excurso; caractersticas do pessoal especializado que complementa o

    trabalho de quem dirige a excurso; sistemas de actividades complementares,

  • 17

    o tempo de descanso, lugar para o descanso, materiais a utilizar habitualmente

    (pequeno almoo, almoo, jantar); e situao meteorolgico histrica e

    prognostica.

    Na segunda etapa, isto o desenvolvimento da excurso, compreende

    etapas gerais donde se realizam diferentes actividades, estas etapas so: tapa

    motivacional e etapa activacional. A etapa motivacional abrange trs

    importantes fases que so: primeira fase, segunda fase e terceira fase.

    A primeira fase tem o seu incio desde a sala de aula, ou recinto

    donde se preparam os excursionistas. necessrio que, antes de comear o

    percurso, o professor verifique se cada participante dispe dos materiais

    orientados. A segunda fase, consiste em uma explicao do modo a recordar

    os objectivos da excurso e os lugares a visitar.

    Na terceira fase, uma vez chegado ao palco da excurso, importante

    reforar os excursionistas, solicitando-lhes que realizem uma contemplao

    geral do meio que os rodeiam, expondo de forma precisa os objectivos e as

    actividades a realizar.

    Na etapa activacional, necessrio ter em conta cinco elementos

    fundamentais: o contedo da disciplina, a actividade de quem dirige a

    excurso, a actividade de quem participa na excurso; as condies materiais

    que se necessitam; e caractersticas dos programas que so documentos

    reitores.

    As actividades de quem dirige a excurso, neste caso o docente, estaro

    em dependncia dos anos de experincia, o conhecimento sobre o lugar, assim

    como a qualidade e o tipo de metodologia que ele adapta para a realizao das

    actividades.

    As condies materiais que se necessitam referem-se tanto aos

    materiais e logstica necessria para a realizao da excurso, como o lugar

    idneo para a sua execuo, entre outros elementos, a integrao geogrfica

    da escola, aproximao ou no aos lugares que oferecem possibilidades reais

    de estudo, as possveis e seguras vias de acesso a lugares, entre outros

    elementos.

  • 18

    A terceira etapa, isto , a concluso, tambm joga um papel

    preponderante no desenvolvimento dos alunos. Uma excusso pode culminar

    no mesmo lugar donde se realiza ou desenvolveu a excurso.

    Assim, a elaborao deste trabalho assenta-se fundamentalmente nas

    etapas propostas e explicitadas por Bosque et al. (1993), em concordncia,

    tambm, com a esquematizao das etapas propostas por Prez et al.(2004),

    que a seguir se apresenta.

    1.3.3. Objectivos e Funes da Excurso Docente

    O sucesso de uma excurso docente passa, em grande parte, pelo nvel

    de cumprimento dos objectivos preconizados para sua concretizao, as suas

    funes assim como a importncia a ela atribuda. Relativamente aos

    objectivos da excurso, na actualidade, para Faria (1973), as excurses

    oferecem aos estudantes de todas as idades, os seguintes objectivos:

    -Assegurar as melhores condies para a observao do real e do vivo;

    - Garantir o equilbrio entre motivaes para assistir e as motivaes

    para participar;

    -Proporcionar as oportunidades para vivenciar com outras experincias e

    situaes novas, imprevisveis, desconhecidas e nicas;

    -Despertar e assegurar aos educandos a alegria e a felicidade pelas

    vivncias de cordialidades e cooperao humana.

    Na perspectiva de Faria (1973), a excurso possui as seguintes funes:

    -Romper com as rotinas;

    -Estimular a cooperao;

    - Satisfazer a curiosidade natural;

    - Dar expresso as energias vitais;

    - Acrescentar a experincia pessoal as vivncias em ambientes

    diferentes do domstico e do escolar;

    - Apresentar os assuntos da aprendizagem em fontes naturais de

    informao.

  • 19

    1.4. A excurso docente: sua relao com os contedos da Biologia da 7

    Classe

    Para Bosque et al. (1993), os contedos que configuram nos programas

    curriculares do estudo do meio e das disciplinas biolgicas, so dirigidos no

    sentido de que os alunos se familiarizem com os objectos e fenmenos da

    natureza e da sociedade. Mediante a realizao de actividades prticas, os

    alunos podem fazer observaes e executar diferentes aces de forma directa

    com os objectos e fenmenos da natureza, o qual assegura as condies para

    a construo de saberes que constituem os alicerces no desenvolvimento da

    sua personalidade.

    Por isso, tarefa de todos os professores construir actividades prticas

    inovadoras no seu fazer pedaggico, nas quais se incluem as excurses

    docentes que possibilitem ao educando conhecer o pas em que nasceu.

    Constitui uma das vias para alcanar nos educando os sentimentos de amor a

    natureza, a ptria, ao prximo, sendo este essencial para o seu

    desenvolvimento e engrandecimento.

    Esta disciplina tem um carcter iminente prtico, pelo que o professor

    deve planificar e executar actividades donde se alcana uma participao

    activa dos alunos fora da aula, com o que os educandos dessas idades se

    enriquecem e ampliam as suas vivncias, que j possuem sobre o mundo em

    que vivem. Assim, podem conhec-lo, am-lo e cuid-lo melhor ao mesmo

    tempo que se educam e se preparam para a sua futura vida pessoal, social e

    laboral.

    Resulta, por tais razes, de grande importncia a realizao de

    excurses docentes que possibilitem o contacto directo com o meio ambiente

    que rodeia os escolares. O professor no mbito destas actividades deve

    esperar que os seus alunos no somente memorizem verdades cientficas,

    seno que os prepare para encontrar os objectos, fenmenos e processos na

    realidade, descrev-los, compar-los, investig-los e explic-los, desde o ponto

    de vista cientfico e para aplicar os conhecimentos e habilidades, assim como

    os valores formados em sua vida diria.

  • 20

    No concernente ao Programa de Biologia da 7 Classe, este constitui-se

    de duas unidades temticas, nas quais se explicitam os seguintes contedos:

    Tema A- Estrutura e Funcionamento dos Ecossistemas. Essa unidade

    apresenta cinco (5) subunidades, entre as quais: A1- Diversidade de

    Ecossistemas, A2- Classificao dos seres vivos, A3- Diversidade de Seres

    Vivos, A4 - Diversidade de Plantas e A5 - Grande diversidade de animais.

    Quanto ao Tema B- Factores do Ambiente, este apresenta duas (2)

    subunidades, a saber: B1- Factores Abiticos e B2- Factores Biticos.

    Na abordagem de todos esses contedos, em nossa opinio, para alm

    da diversificao dos mtodos de ensino, tambm deve-se constituir um

    sistema de formas de organizao, nas quais se tenha em conta a realizao

    de excurses docentes. Neste contexto, o professor, depois das aulas tericas

    em sala de aula, pode levar os seus alunos para o laboratrio, afim de que

    tenham a oportunidade de manejarem o microscpio e observarem os seres

    vivos invisveis a olho nu como o caso das bactrias e os protistas, entre

    outros. O professor, tambm, pode orientar diferentes actividades de carcter

    extra docente e extra-escolar nas quais os alunos desenvolvem actividades

    que se relacionam com os contedos curriculares abordados em sala de aula.

    Assim, para uma adequada apropriao dos saberes em torno dos

    conceitos, habilidades, hbitos e convices desenvolvidas nas diferentes

    formas de organizao no mbito da abordagem do Programa de Biologia da

    7 Classe, constitui uma obrigatoriedade didctico-pedaggica a realizao de

    excurses docentes nas quais os alunos tenham a oportunidade de vivenciar

    os seres vivos, ora estudados na sala de aula assim como as condies

    naturais vividas por estes.

    Este facto justifica-se tendo em conta a natureza dos contedos

    referentes a essa classe assim como as condies e o contexto geogrfico da

    nossa Provncia, profcuas para a realizao dessa abordagem de ensino. Em

    nossa opinio, as potencialidades dos contedos desta classe, tendo em vista

    os objectivos do ensino desta cincia em Angola, a excurso docente constitui-

    se em estratgia na qual o professor pode estabelecer o princpio da

    vinculao da teoria com a prtica, de modo a tornar mais significativas as

    aprendizagens dos seus educandos.

  • 21

    1.4.1-Objectivos de Ensino de Biologia em Angola

    De acordo com Estrada et al.(2002), a finalidade da educao novas

    geraes de crianas, jovens e adultos, isto , em toda a populao a

    concepo cientfica do mundo. Dito de outro modo, desenvolver toda a

    plenitude humana dos educandos, as suas capacidades intelectuais, fsicas e

    fomentar neles, elevados sentimentos de gostos estticos, converter os

    princpios ideolgicos, polticos e morais em convices pessoais e hbitos de

    condutas dirios.

    Para esse pesquisador, a formao da concepo cientfica do mundo

    nos alunos por meio do ensino da Biologia pressupe a seleco dos

    contedos das cincias biolgicas os conhecimentos disponveis, tais como os

    conceitos, habilidades, leis, factos, teorias, etc. que contribuem para formar nos

    alunos os fundamentos de uma cultura geral, desenvolver habilidades para

    aplicao dos conhecimentos biolgicos na pratica, com base para a

    compreenso dos fenmenos da natureza, da sociedade e do pensamento, e

    expressar na sua actuao diria os valores morais mais puros do nosso povo.

    Com esse pressuposto, Estrada et al.(2002), ressalta que o ensino da

    Biologia no contexto de Angola tem entre os seus objectivos essenciais, o

    desenvolvimento de um sistema de habilidades nos alunos que lhes permitem

    aplicar os conhecimentos na soluo de problemas especficas das disciplinas

    biolgicas e da prtica social mediante o desenvolvimento das aulas, as

    actividades prticas as excurses etc.

    No entendimento dessas autoras, o ponto de partida sobre a importncia

    da Biologia e a concepo da personalidade que se quer formar se expressa

    na interrogao, para qu ensinar e aprender Biologia? A resposta constitui a

    orientao principal do processo de ensino da Biologia, e corresponde com a

    categoria Didctica dos objectivos. Neste contexto, os objectivos de Biologia,

    expressam-se nos programas, determinando o contedo de ensino, orienta a

    seleco dos mtodos e meios de ensino, a avaliao e as formas

    organizativas do trabalho docente.

    Os objectivos gerais da disciplina da Biologia esto dirigidos a:

  • 22

    a. Contribuir em formar os alunos na concepo cientfica do mundo,

    mediante a utilizao dos conhecimentos biolgicos, na explicao da

    unidade e diversidade que se manifesta nos nveis de organizao da

    matria viva, assim como a sua materialidade e cognitibilidade;

    b. Prover nos alunos conhecimentos evolutivos que lhes permitam

    interpretar o desenvolvimento histrico do mundo orgnico.

    c. Formar e desenvolver conhecimentos e habilidades, em

    correspondncia com o conhecimento actual das cincias biolgicas,

    que lhes permita reconhecer a importncia dos conhecimentos

    biolgicos na sua aplicao em situaes concretas da vida diria;

    d. Contribuir para que apliquem, em situaes Docentes na vida diria, os

    princpios biolgicos na qual sustentam a proteco da sade humana e

    a proteco e conservao da natureza;

    e. Formar valores relacionados com as diferentes esferas da

    personalidade, a partir do material biolgico;

    f. Desenvolver independncia cognitiva, para a alcanar o nvel de criao

    no trabalho biolgico.

    A abordagem dos diferentes contedos da 7 classe, pressupe a

    determinao de um sistema de objectivos especficos atravs dos quais se

    cumprem os objectivos gerais acima citados, assim sendo, a realizao de

    excurses docente joga um papel crucial no processo de ensino e

    aprendizagem da Biologia.

    1.4.2 O Princpio da Vinculao Teoria Com Prtica

    Segundo o colectivo de autores cubanos (1989), este princpio muitas

    vezes conhecido como o princpio de unidade entre a teoria e a pratica no

    ensino da Biologia. Neste contexto, temos a destacar que, a unidade entre a

    teoria e a prtica uma das leis mais importantes do conhecimento cientfico,

    que nos serve como guia, tanto na cincia como nas actividades sociais

    produtivas.

  • 23

    No que diz respeito ao ensino da disciplina da Biologia, a nosso ver, a

    observncia desse princpio didctico reveste-se de um valor enorme, dada a

    importncia redobrada da prtica, ou seja, da experimentao. A prtica no

    ensino da Biologia no s vale para reforar os conhecimentos transmitidos de

    forma terica na sala de aula, mas, sobretudo, para estimular os alunos em

    face das actividades experimentais decorrentes no laboratrio da escola, nas

    excurses, nos trabalhos de grupo, entre outros.

    O ensino da Biologia, dada a particularidade do seu objecto de estudo,

    resulta necessrio e importante desenvolver nos alunos as indispensveis

    competncias para o saber, saber fazer, o saber ser e o saber estar. Quando

    se prope aos alunos uma actividade experimental, por exemplo, lhes pedido

    indirectamente que, atravs dos procedimentos explicitados e as premissas,

    possam chegar a uma concluso cientfica sobre o tema em estudo. Estas

    actividades servem para ilustrar na prtica o que foi transmitido teoricamente

    pelo professor.

    Assim sendo, o estimulo ao raciocnio e capacidade de pensar

    fundamental para a preparao das novas geraes, de modo a que sejam

    pessoas activas e crticas na construo da sociedade, e consequentemente

    na evoluo do pas. Neste contexto, as unidades didcticas do Programa de

    Biologia da 7 Classe referente ao estudo das plantas e animais tm enormes

    potencialidades para o incentivo das actividades de carcter prtico, com certa

    relao com a agro-pecuria.

    Nesta perspectiva, a abordagem desses contedos pode assegurar aos

    alunos as condies que lhes permitem conhecer os principais fundamentos da

    produo de origem animal e vegetal. Com isso, o ensino adquire uma viso

    politcnica por meio da abordagem de uma multiplicidade de tcnicas da

    prtica laboral.

    Em suma, o cumprimento do princpio da relao entre a teoria e a

    prtica no ensino da Biologia assenta as bases para um racional

    aproveitamento das riquezas da natureza, sua proteco e preservao e

    manuteno para a melhoria da sua qualidade de vida.

  • 24

    1.5 Importncia da Excurso Docente no Ensino de Biologia

    Segundo Prez et al. (2004), A excurso docente no Ensino de Biologia,

    proporciona um vnculo nos alunos com a vida, com a natureza, com o

    trabalho, com a comunidade.

    uma actividade com muitas potencialidades para a formao de

    valores relacionados com as diferentes esferas da personalidade, isto , a

    educao sexual, educao para a sade, educao ambiental, educao

    esttica e para aquisio da aprendizagem sendo o aluno o prprio

    protagonista do mesmo.

    A excurso constitui em uma via para o desenvolvimento do esprito de

    criatividade. Desperta altas emoes, sentimentos estticos, interesse pela

    natureza assim como de conhec-la. Forma nos educandos a convico para a

    necessidade de proteger a natureza, permite a realizao de observaes,

    proporcionando imagens claras dos objectos naturais, motivam os educandos

    em face da aprendizagem e activam as suas funes intelectuais para a

    aquisio de conhecimentos, contribui para que o ensino de Biologia seja

    activo, permitindo assim, a aplicao dos conhecimentos adquiridos, garantindo

    deste modo a vinculao da teoria com a prtica.

    Segundo Prez et al.(2004, p. 241), a aplicao das excurses

    docentes deve ser concebida em forma de um sistema que permita o

    conhecimento integral dos alunos. Ao estabelecer um sistema de excurses,

    dirigidas ao desenvolvimento de conhecimentos, habilidades, hbitos e valores,

    tem-se um alto significado pedaggico e prtico onde se tem presente o

    seguinte:

    1- A necessria integrao dos saberes das reas de cincias;

    2- A relao entre os contedos partilhados ou por partilhar durante as

    classes em aulas e actividades que a prpria excurso gera;

    3- A estreita relao que deve existir entre as actividades individuais e

    colectivas que se realizam entre uma excurso e a outra, mediado por

    trabalhos prticos;

    4- A formao de uma cultura meio ambiental nos alunos.

  • 25

    Com essa viso, importa ressaltar que s excurses docentes bem

    concebidas e sabiamente organizadas por professores podem constituir-se em

    uma via que propicia a aprendizagem interdisciplinar e integrada das cincias.

    Assim, podem constituir-se em ambientes onde os educandos exercitam o

    esprito de ajuda mtua, o companheirismo, a solidariedade, assim como as

    relaes de respeito e cortesia entre os mesmos, seus professores, o qual

    favorece o desenvolvimento de uma cultura geral integral.

  • 26

    CAPTULO II PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    2.1 Localizao e Descrio da Escola

    A Escola do I Ciclo do Ensino Secundrio n 172 da Santa Catarina,

    uma instituio pblica de carcter definitiva que existe desde o ano 2000.

    Localiza-se no Bairro Povo Grande na zona de Santa Catarina, na regio Sul

    da cidade de Cabinda, no troo que liga a fronteira do Yema, da Repblica de

    Angola, com a Repblica Democrtica do Congo (RDC), mais concretamente

    entre a zona de So Pedro e Sende.

    A referida escola foi construda pelo Fundo de Apoio Social (FAS) e

    Programa Especial de Apoio as Comunidades Rurais (PEACOR), uma

    combinao de esforos do executivo da Provncia para minimizar as

    condies em que estudam as crianas das comunidades e reas

    circunvizinhas. At no ano lectivo 2012 esta escola era composta por oito (8)

    salas de aulas. Na altura, a mesma contava com alunos desde a pr 9

    classe. Mas com a abrangncia da Reforma Educativa no nosso Pas, a

    Escola deixou de ser do I, II e III Nvel, passando a ser uma escola do I Ciclo

    do Ensino Secundrio.

    Hoje, a escola passou a funcionar com dezasseis (16) salas de aulas,

    ministrando as 7, 8, 9 Classes. Conta ainda com um ncleo do PUNIV, que

    uma novidade neste ano lectivo, com alunos matriculados nas 10 classe e

    com a perspectiva de, paulatinamente, incluir as classes subsequentes.

    Essa instituio escolar, possu uma rea Administrativa composta pelos

    gabinetes do Director da escola, do Subdirector Administrativo, da Subdirectora

    Pedaggica, 1 Secretria geral, uma (1) sala de professores. A instituio ainda

    possui trs (3) balneares, sendo um para professores e dois para os alunos de

    ambos os gneros.

    Por outro lado, importa explicitar que, nesta escola, vive-se uma

    carncia de gua canalizada, que contribui na falta de higiene nos balneares,

    sobretudo dos alunos. Tambm, nota-se a falta de uma biblioteca escolar, de

  • 27

    cantina, anfiteatro e de laboratrios, nomeadamente o de biologia, qumica,

    fsica e de informtica.

    Desde o ponto de vista da direco da escola, esse estabelecimento de

    ensino tem um total de 3 elementos principais, sendo um Director, uma

    Subdirectora Pedaggica e um Subdirector Administrativo. Fazem ainda parte

    da mesma o Chefe da Secretaria, os respectivos coordenadores de turnos

    (matinal, vespertino e nocturno); um coordenador para cada rea,

    nomeadamente para as Actividades extra-escolares, Comisso Disciplinar, e a

    Comisso de pais e Encarregados de Educao. Por outro lado, tambm existe

    um coordenador para cada disciplina leccionada na escola.

    Figura: 1-Estrutura Organigrmica da Escola de Santa Catarina em Cabinda.

    Fonte: Pesquisa de campo na Escola do I Ciclo n 172 da Santa Catarina Cabinda/2014.

    Quanto matricula estudantil, a escola possui um total de 2.706 alunos,

    dos quais 1.242 correspondentes ao gnero feminino e 1.464 ao gnero

    masculino, distribudos em trs turnos, matinal, vespertino e nocturno. De

    acordo com a informao estatstica da escola, essa instituio possui

    noventas (90) funcionrios, destes oitenta e trs (83) constituem a classe do

    professorado, dos quais vinte (20) correspondem ao gnero feminino e 63 do

    gnero masculino. As idades dos mesmos variam dos 28-60 anos, o nvel das

    Director da Escola

    Subdirectora

    Pedaggica

    Subdirector

    Administrativo

    Director

    de Turma

    Coordenador

    de Turno

    Coordenador

    de Disciplina

    Delegado

    de Turma

    Chefe da

    Comisso de

    pppppais ePais

    Coordenador de

    Actividades Extra-escolar

    Chefe da

    Secretaria

  • 28

    habilitaes vai desde o Ensino Mdio at licenciatura, e o restante so

    trabalhadores no docentes.

    2.2 Populao e Amostra

    2.2.1 - Populao

    Segundo Lakatos e Marconi (2008), a populao um conjunto de seres

    animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracterstica em

    comum. Portanto, a Populao um conjunto de seres, coleco de objectos,

    resultados experimentais com caractersticas comuns sobre os quais se

    pretendem realizar um estudo. No que concerne partilha de pelo menos uma

    caracterstica em comum, para que um conjunto de indivduos seja considerado

    populao de pesquisa, Tamo (2012) corrobora com as autoras atrs citadas.

    Nesta pesquisa se considera como populao, os professores e

    professoras da Escola do I Ciclo do Ensino Secundrio n172 da Santa

    Catarina, que leccionam a disciplina de Biologia na 7 classe, assim como os

    alunos que frequentam a 7 classe, tal como ilustra o quadro 1. Ora, a

    populao que apresentamos parece no concordar com o conceito defendido

    por Lakatos e Marconi (2008) e Tamo (2012), por serem professores e alunos.

    Mas, aprofundando a nossa reflexo, podemos verificar que, tratando-se

    dos principais agentes do processo de ensino-aprendizagem que decorre num

    mesmo espao e tempo, ambos partilham alguma caracterstica em comum:

    tanto os professore como os alunos da 7 classe da Escola do I Ciclo do Ensino

    Secundrio n 172, da aldeia Santa Catarina, participam do mesmo processo; a

    excluso de um anula o processo. Neste sentido, consideramos a nossa

    populao como estratificada, ou seja, formado por grupos diferentes; de

    alunos e professores da Escola

  • 29

    Quadro 1- Distribuio da populao por estratos e gnero

    Estratos

    Gnero

    Total Geral Masculino Feminino

    Fr. % Fr. % Fr. %

    Alunos 465 52 435 48 900 100

    Professores 03 43 04 57 07 100

    Fonte: Pesquisa de campo na Escola do I Ciclo n172 da Santa Catarina em Cabinda/2014

    Tal como o quadro n 1 acima mostra, a populao para esta pesquisa

    conformada em 900 alunos da 7 Classe, dos quais, 465 do gnero masculino

    e 435 do gnero feminino. Tambm, contamos com os sete (7) professores que

    leccionam a disciplina de Biologia, sendo 3 do gnero masculino e 4 do gnero

    feminino.

    2.2.2 - Amostra

    Segundo Lakatos e Marconi (2008, p. 27), uma amostra um

    subconjunto da populao que se observa o objecto de tirar concluses para o

    universo de onde foi extrado. Sendo assim, a amostra a pequena poro da

    populao na qual se realiza um estudo. Para o desenvolvimento deste

    estudo, a amostra professoral constitui-se de 5 professores, sendo 2 do gnero

    masculino que correspondem 40% e 3 do gnero feminino que correspondem

    60%, constituindo uma percentagem de 100% do total de professores de

    Biologia na escola.

    Era nossa inteno trabalhar com todos os professores que leccionam a

    disciplina de Biologia na Escola em estudo, mas como dois, dos sete

    professores, no puderam comparecer ao local, no momento, da aplicao do

    inqurito, decidimos trabalhar com os presentes, isto , com cinco professores

    de Biologia.

    Quanto amostra, a mesma compreende 120 alunos, sendo 65 do

    gnero masculino que correspondem 54% e 55 do gnero feminino com 46%,

    conforme mostra o quadro 2 a seguir. O nico critrio de seleco da amostra

  • 30

    dos alunos foi a ordem de chegada, o que nos remete a uma amostra aleatria

    simples.

    Quadro 2- Distribuio da amostra por estrato e gnero

    Amostra

    Gnero

    Total Geral Masculino Feminino

    Fr. % Fr. % Fr. %

    Alunos 65 54 55 46 120 100

    Professores 02 40 03 60 05 100

    Fonte: Pesquisa de campo na Escola do I Ciclo n172 da Santa Catarina em Cabinda/2014

    2.3 - Mtodos e Tcnicas de Recolha de Dados

    2.3.1- Mtodos de pesquisa

    Na abordagem de Marconi e Lakatos (2008, p. 21),o mtodo um

    conjunto de processos, procedimentos ou regras adaptadas no

    encaminhamento de uma pesquisa, ou ainda, o conjunto de actividades

    racionais que com maior segurana e economia, permite alcanar o objectivo.

    Tendo em conta a natureza qualitativa desta pesquisa, conforme nos

    lembram Bodgan e Biklen (1994) apud Mavungo (2014, p. 87), a fonte directa

    de dados o ambiente natural, constituindo o investigador o instrumento

    principal.

    Exige-se que o investigador frequente e se introduza na escola, na sala

    de aula, na famlia no local de estudo, com o propsito de elucidar as questes

    e obter as informaes e os dados pertinentes da sua pesquisa. Os

    investigadores qualitativos necessariamente devem frequentar os locais de

    estudo porque importante compreender o contexto, entendem que as aces

    podem ser melhor compreendidas, quando so observadas no seu ambiente

    habitual de ocorrncia" (BODGAN & BIKLEN, 1994,apud MAVUNGO, 2014, p.

    87).

  • 31

    Na viso destes autores, a investigao qualitativa descritiva. Os

    dados so recolhidos no local, em forma de palavras e imagens, incluem

    transcries de entrevistas, notas de campo, fotografias, vdeos, documentos

    pessoais e outros registos oficiais; o investigador age de modo exaustivo e no

    reduz as pginas dos seus registos. Os investigadores qualitativos interessam-

    se mais pelo processo do que simplesmente pelos resultados ou produtos.

    Assim, o que interessa aos pesquisadores a histria natural do que

    pretendem estudar, as definies que os sujeitos envolvidos no estudo tm de

    si prprio e dos outros. Contudo, no se coloca de lado o aspecto quantitativo,

    tenha vista os instrumentos de colecta de dados utilizados neste estudo.

    Em consonncia com o acima referenciado e esclarecido, neste trabalho

    foram utilizados os seguintes mtodos:

    a) Mtodos Empricos:

    Na viso de Estrada et al. (2002, p. 9), a utilizao dos mtodos "permite

    a obteno dos dados e o conhecimento dos factos fundamentais que

    caracterizam o fenmeno objecto de estudo. Por outro lado, so tambm

    indispensveis na etapa de verificao e preciso das concluses".

    Entre os mtodos empricos considerados neste estudo temos como

    exemplos: A observao no participativa, anlise de documentos escolares,

    os quais, permitiram estudar os fenmenos observveis e confirmar as teorias.

    A observao um procedimento emprico de natureza sensorial [], ao

    mesmo tempo em que permite a colecta de dados de situaes, envolve

    percepo sensorial do observador, distinguindo-se, enquanto prtica cientfica

    da observao de rotina diria (MARTINS e THEPHILO, 2009, p.86).

    Os mesmos autores reforam que a observao uma tcnica de

    colecta de informaes, dados e evidencias, que utiliza os sentidos para

    obteno de determinados aspectos da realidade. Neste caso, a observao

    permitiu a apreciao dos diferentes comportamentos que os professores e os

    alunos manifestaram e que motivaram a abordagem desta temtica.

    b) Mtodos Tericos:

    Segundo Estrada et al. (2002), os mtodos tericos no seguimento de

    uma pesquisa permitem elaborar e desenvolver a teoria cientfica pedaggica e

    o enfoque geral do problema. Portanto, possibilitaram a anlise e a explicao

  • 32

    dos dados colectados, assegurando, assim, a obteno de resultados e

    concluses cientificamente fiveis, em face dos questionamentos levantados

    na pesquisa.

    c) Mtodos estatsticos:

    O mtodo estatstico, na perspectiva de Marconi e Lakatos (2008, p.93),

    significa a reduo de fenmenos ambientais, sociolgicos, polticos,

    econmicos, entre outros, a termos quantitativos e a manipulao estatstica,

    que permite comprovar as relaes dos fenmenos entre si, e obter

    generalizaes sobre a natureza, ocorrncia ou significado.

    Neste contexto, o mtodo estatstico serviu de apoio para se apresentar

    em quadros os dados da populao e amostra do estudo, bem como

    possibilitou se transformar tambm em nmeros, os resultados da pesquisa

    que foram apresentados em tabelas e com valores percentuais no terceiro

    captulo.

    2.3.2 - Tcnicas de recolha de dados

    Quanto s tcnicas de recolha de dados, usou-se o questionrio. um

    importante instrumento de colecta de dados para uma pesquisa social. Trata-se

    de um conjunto ordenado e consistente de perguntas a respeito de variveis e

    situaes que se deseja medir ou descrever (MARTINS e THEPHILO, 2009,

    p.94).

    Este consistiu na elaborao de uma ficha de inqurito que foi dirigido a

    populao alvo, contendo questes que permitiram obter alguns pontos de

    vista acerca do assunto em estudo. Os sujeitos foram os cinco (5) professores

    de biologia e 120 alunos das diferentes turmas da 7 Classe. O questionrio

    que foi aplicado aos professores tinha uma natureza um tanto quanto

    quantitativa como qualitativa, pois, possua pergunta fechadas e abertas,

    respectivamente.

    Relativamente ao questionrio que foi aplicado aos alunos, este

    predominantemente tinha um carcter quantitativo, pois, todas as perguntas,

    com excepo de apenas uma, foram fechadas.

  • 33

    2.4- Tipos de Pesquisa

    Quanto aos tipos de pesquisa, foram utilizadas as seguintes: pesquisa

    bibliogrfica e pesquisa descritiva. A pesquisa bibliogrfica, trata-se de uma

    estratgia de pesquisa necessria para a conduo de qualquer pesquisa

    cientfica, na qual, segundo Martns &Thephilo (2009, p.54), o pesquisador

    procura explicar e discutir um assunto, tema ou problema com base em

    referncias publicadas em livros, peridicos, revistas, dicionrios, etc. Esta

    consistiu em sintetizar algumas obras de autores nacionais e internacionais,

    que abordam o tema objecto de estudo e que contribuiu na fundamentao

    terica do trabalho de pesquisa.

    J a pesquisa descritiva, objectiva a descrio das caractersticas de

    certa populao ou fenmeno ou estabelecer relaes entre variveis. Como

    forma de levantamento. Exige o emprego de tcnicas padronizadas de colecta

    de dados, tais como o questionrio e a observao sistemtica (SIENA, 2007,

    p.65).

    Consistiu em acompanhar os sujeitos alvos de perto, ou seja, in locus

    com a mesma finalidade que de colher os dados necessrio objecto da nossa

    interpretao e anlise. Portanto, uma pesquisa de natureza qualitativa e

    quantitativa, na qual foram utilizadas as ferramentas correspondentes,

    nomeadamente os questionrios, as observaes, entre outras.

  • 34

    CAPTULO III - APRESENTAO, ANLISE E INTERPRETAO DOS

    RESULTADOS

    Aps a realizao do trabalho emprico, os dados colectados foram

    tratados em tabelas permitindo a anlise percentual dos mesmos. assim que

    neste captulo, fazemos a sua exposio, em tabelas, seguida da interpretao

    dos resultados que deles emanaram.

    3.1 Resultados do Questionrio Dirigido aos alunos da 7 Classe da

    Escola do I Ciclo n 172 Santa Catarina em Cabinda

    Relativamente questo no1, em que os alunos foram solicitados a

    explicitar sobre o gosto pela disciplina de Biologia, a seguir se apresentam os

    resultados da mesma na Tabela n01.

    Tabela 1- Respostas dos alunos inqueridos sobre o gosto pela disciplina

    de Biologia

    Respostas

    Gnero

    Total Masculino Feminino

    Fr. % Fr. % Fr. %

    Sim 55 45,8 50 41,7 105 87,5

    No 01 0,8 00 00 01 0,8

    Um pouco 09 7,5 05 4,1 14 11,6

    Total 65 54,1 55 45,8 120 100

    Fonte: Pesquisa de Campo na Escola do I Ciclo Santa Catarina em Cabinda 2014

    Tal como mostra a tabela 1, observa-se que a maioria dos alunos

    inqueridos, revela gostar da disciplina de Biologia, sendo 87,5% do total.

    Destes, 45,8% so do gnero masculino e 41,7% do gnero feminino.

    Entretanto, importa ressaltar que um aluno, correspondente a 0,8% dos alunos,

  • 35

    declarou no gostar dessa disciplina. Por outro lado, um total de 11,6% dos

    alunos afirmou gostar um pouco essa disciplina, destes 7,5% do gnero

    masculino e 4,1% do gnero feminino.

    Fazendo uma anlise profunda dos dados obtidos na tabela 1,

    importante frisar que, apesar de alguns alunos declararem no gostar ou gostar

    pouco da disciplina de Biologia, a maioria gosta dessa disciplina. Isso, a nosso

    ver, pode ser o reflexo do fazer pedaggico dos professores, desde o ponto de

    vista dos mtodos, procedimentos, meios de ensinos, assim como as

    estratgias, o ambiente e as relaes aluno-professor- aluno que os mesmos

    estabelecem durante o processo de transposio didctica. Por isso, a

    vinculao das aulas tericas com a prtica pode tornar esta disciplina, cada

    vez mais, atraente aos alunos e facilitando ao mesmo tempo a assimilao e a

    formao de habilidades, hbitos e atitudes nos educandos.

    Tabela 2- Respostas dos alunos se alguma vez j ouviro falar do termo

    excurso docente.

    Respostas

    Gnero

    Total Masculino Feminino

    Fr. % Fr. % Fr. %

    Sim 05 54,1 14 11.7 19 15,8

    No 60 50 41 34,1 101 84,1

    Total 65 54,1 55 45,8 120 100

    Fonte: Pesquisa de campo na Escola do I Ciclo n172 da Santa Catarina em Cabinda/2014

    Referindo-se a 2 pergunta que teve como objectivo saber se os alunos

    j ouviram falar sobre o termo excurso ao docente, dos 120 alunos

    questionados, 15,8% afirmaram que sim, ao passo que 84,1% responderam

    que no.

  • 36

    Em nosso ponto de vista, os dados recompilados nesta questo, revelam

    o quo poucos os professores de Biologia atribuem sentidos e significados as

    excurses docentes na sua prtica pedaggica. de referir que a natureza dos

    contedos implicitados e explicitados no programa dessa classe, possuem

    potencialidades que permitem a diversificao das formas de organizao do

    processo, em especial, para a realizao das excurses docentes.

    Neste contexto, a excurso docente assegura aos alunos o contacto

    com a realidade do meio natural. Estes relacionam os seus saberes tericos

    adquiridos na sala de aula, contribuindo, deste modo, na formao de uma

    personalidade dotada de habilidades, hbitos e atitudes de inegvel valor em

    face da necessidade social da conservao e preservao do meio ambiente.

    Na questo n 03 que objectivava perceber os locais onde decorrem as aulas

    de Biologia, eis a seguir os resultados.

    Tabela 3- Respostas dos alunos sobre o local onde decorrem as aulas de

    Biologia.

    Respostas

    Gnero

    Total Masculino Feminino

    Fr. % Fr. % Fr. %

    Na sala de aula 65 54,1 55 45,8 120 99,9

    Recinto escolar 00 00 00 00 00 00

    Excurso fora da escola 00 00 00 00 00 00

    Total 65 54,1 55 45,8 120 100

    Fonte: Pesquisa de campo na Escola do I Ciclo n172 da Santa Catarina em Cabinda/2014

    No mbito desta questo, como mostra a tabela acima, dos 120 alunos

    questionados 100% destes declararam a sala de aula como local habitual da

    decorrncia das aulas de Biologia. Neste contexto, os alunos explicitam nunca

    pelo menos o recinto escolar serviu como local para a decorrncia das aulas.

  • 37

    A nosso ver, apesar de muitos alunos gostarem da disciplina de Biologia,

    o facto de os professores manterem a mesma rotina dentro da sala de aula,

    pode reflectir negativamente na qualidade das aprendizagens e

    consequentemente nos resultados finais dos alunos. A diversificao das

    formas de organizao do processo, assente numa anlise adequada dos

    contedos programticos e no contexto sociocultural, uma condio essencial

    para uma aprendizagem desenvolvedor.

    Tabela 4- Respostas dos alunos sobre as vezes que j participaram de

    uma excurso docente

    Respostas

    Gnero

    Total Masculino Feminino

    Fr. % Fr. % Fr. %

    De uma a trs vezes 00 00 00 00 00 00

    De trs a cinco vezes 00 00 00 00 00 00

    Mais de cinco vezes 00 00 00 00 00 00

    Nunca 65 54,1 55 45,8 120 100

    Total 65 54,1 55 45,8 120 100

    Fonte: Pesquisa de campo na Escola do I Ciclo n172 da Santa Catarina em Cabinda/2014

    Os dados anteriores mostram o como tem sido a participao dos alunos

    sujeitos deste estudo nas excurses docentes. Os resultados da tabela revelam

    que 100% destes nunca participaram de uma excurso docente. Destes, 54,1

    % so do gnero masculino e 45,8% do gnero feminino.

    Com estes dados pode-se perceber que os professores de Biologia

    desta escola no privilegiam as outras formas de organizao do processo

    docente educativo. necessrio que os professores tenham a conscincia de

    que a excurso docente, o trabalho independente, a actividade extra-aula, aula

    extra-escola e muitos outros, constituem importantes instrumentos para a

  • 38

    consolidao dos conhecimentos tericos adquiridos na sala de aulas.

    Constituem vias facilitadoras no s da assimilao e compreenso dos

    saberes ensinados, como tambm, para o cultivo do amor pela natureza para a

    consciencializao dos educandos sobre as preocupaes contemporneas da

    humana sobre os desequilbrios ambientais, a necessidade da conservao,

    proteco e preservao da biodiversidade, entre outros. Ainda estes alunos

    afirmaram que, nessa escola, nunca se realizaram excurses docentes, as

    excurses que so realizadas so excurses recreativas, onde decorrem

    algumas actividades como: desfiles, danas e convvios entre alunos e

    professores.

    Tabela 5- Respostas dos alunos sobre a importncia que atribuem

    realizao da excurso docente

    Respostas

    Gnero

    Total Masculino Feminino

    Fr. % Fr. % Fr. %

    No acho nenhuma

    importncia

    51 42,5 37 30,8 88 73,3

    Estudar o meio natural 03 2,5 06 05 09 7,5

    Conhecer a estrutura

    das plantas

    11 9 12 10 23 19

    Total 65 54 55 45,8 120 100

    Fonte: Pesquisa de campo na Escola do I Ciclo n172 da Santa Catarina em Cabinda/2014

    Na tabela n 5 sobre a importncia que os alunos atribuem a realizao

    de excurso docente, como estes alunos nunca tinham participado numa

    excurso docente, 73,3% deles, sedo 42,5 do gnero masculino e 30,8 so do

    gnero feminino, no atribuem importncia para essa actividade.

  • 39

    importante salientar que, o uso de todas as formas de organizao do

    ensino da Biologia, manifestam o principio do carcter educativo do ensino, a

    combinao das diferentes formas de organizao, na abordagem de uma

    unidade temtica, contribui para a formao de conceitos, desenvolvimento de

    habilidades, hbitos, valores etc. Por vezes, a criatividades dos professores,

    proporciona aprendizagens significativas nos alunos, uma aprendizagem que

    o aluno carrega para toda vida, as excurses docentes motivam e activam os

    alunos para uma assimilao rpida, porque so realidades vividas em salas

    de aulas ou no nosso quotidiano e tambm fazem com os alunos sejam

    criativos das suas prprias aprendizagens.

    3.2- Resultados do Questionrio Dirigido aos professores de Biologia da

    7 Classe da Escola do I Ciclo n 172 da Santa Catarina em Cabinda

    Entre as questes que foram colocadas aos professores no mbito desse

    questionrio, temos a que diz respeito sobre o tempo ou os anos que estes j

    vem leccionando a disciplina de biologia. Os resultados da mesma podem ser

    apreciados na tabela 6.

    Tabela 6-Respostas dos professores inqueridos sobre o tempo que

    lecciona a disciplina de Biologia

    Respostas

    Gnero

    Total Masculino Feminino

    Fr. % Fr. % Fr. %

    1-3 anos 01 20 02 40 03 60

    3-5 anos 01 20 00 00 01 20

    Mais