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Raphael Augusto Pereira Direito Processual Civil- Execuções Professor Boeira Princípios Informativos do Processo de Execução 1-Patrimonialidade: A execução, direta ou indiretamente, dirige-se ao patrimônio do devedor, tendo por finalidade a expropriação de seus bens penhoráveis. Implica em alguns casos nulidade da execução. Quando a obrigação de entregar coisa se torna impossível, converte-se em perdas e danos (pecúnia). A garantia da execução é o patrimônio, e não a pessoa do devedor. A execução é real, só atinge o patrimônio do devedor. Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei. 2- Livre Disponibilidade da Execução pelo Credor: A execução realiza-se para atender ao interesse do credor/exequente e, assim, cabe a ele o direito de dispor da execução. O credor pode, a qualquer tempo, desistir de toda a execução ou de algum ato executivo independentemente do consentimento do executado, mesmo que este tenha apresentado impugnação ou embargos à execução (defesa do executado), exceto quando essa defesa versar sobre questões relacionadas à relação material (mérito da execução), pois nesse caso a concordância do executado/embargante se impõe. Nessa hipótese, se o executado não concordar com a desistência, a execução se extingue, mas a defesa ainda terá de ser examinad a. Se não for apresentada a defesa, ou quando esta restringir-se a questões processuais, não há necessidade de consentimento. Nesse caso, manifestada a desistência haverá extinção da execução e, igualmente, dos embargos à execução ou da impugnação. O consentimento do executado impõe-se apenas se se tratar de desistência do procedimento executivo. Se a desistência for de um ato executivo e não de todo o procedimento, não há necessidade de o executado dar a sua anuência. Art. 569. O credor tem a faculdade de, a qualquer tempo, desistir de toda a execução ou de apenas algumas medidas executivas. Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte: a) serão extintos os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o credor as custas e os honorários advocatícios; b) nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do embargante. Vale lembrar a diferença entre desistência e renúncia: Desistência : Diz respeito ao plano processual, onde a execução poderá ser interposta novamente, com base no mesmo título. Extingue o processo, mas não extingue o crédito. Renúncia : Se efetiva no plano material (Art.269,V CPC). Extingue o processo, bem como o direito de crédito, não podendo o credor intentar nova execução, tendo como causa de pedir o mesmo título executivo (Art.704,III CPC). -Questões Processuais(Art.267 e Art.301 CPC): ilegitimidade da parte, incompetência, cumulação indevida, irregularidade do título. -Questões de Mérito: quitação, nulidade do título por assinatura falsa. 3-Responsabilidade Objetiva do Exeqüente: Art. 574. O credor ressarcirá ao devedor os danos que este sofreu, quando a sentença, passada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação, que deu lugar à execução. Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao

Execuções - Caderno Gravado P2

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Raphael Augusto Pereira Direito Processual Civil- Execuções Professor Boeira Princípios Informativos do Processo de Execução 1-Patrimonialidade: A execução, direta ou indiretamente, dirige-se ao patrimônio do devedor, tendo por

finalidade a expropriação de seus bens penhoráveis. Implica em alguns casos nulidade da execução. Quando a obrigação de entregar coisa se torna impossível, converte-se em perdas e danos (pecúnia). A garantia da execução é o patrimônio, e não a pessoa do devedor. A execução é real, só atinge o patrimônio do devedor.

Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.

2- Livre Disponibilidade da Execução pelo Credor: A execução realiza-se para atender ao interesse do credor/exequente e, assim, cabe

a ele o direito de dispor da execução. O credor pode, a qualquer tempo, desistir de toda a execução ou de algum ato

executivo independentemente do consentimento do executado, mesmo que este tenha apresentado impugnação ou embargos à execução (defesa do executado), exceto quando essa defesa versar sobre questões relacionadas à relação material (mérito da execução), pois nesse caso a concordância do executado/embargante se impõe. Nessa hipótese, se o executado não concordar com a desistência, a execução se extingue, mas a defesa ainda terá de ser examinad

a. Se não for apresentada a defesa, ou quando esta restringir-se a questões

processuais, não há necessidade de consentimento. Nesse caso, manifestada a desistência haverá extinção da execução e, igualmente, dos embargos à execução ou da impugnação.

O consentimento do executado impõe-se apenas se se tratar de desistência do procedimento executivo. Se a desistência for de um ato executivo e não de todo o procedimento, não há necessidade de o executado dar a sua anuência.

Art. 569. O credor tem a faculdade de, a qualquer tempo, desistir de toda a execução ou de apenas algumas medidas executivas.

Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte: a) serão extintos os embargos que versarem apenas sobre questões processuais,

pagando o credor as custas e os honorários advocatícios; b) nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do embargante. Vale lembrar a diferença entre desistência e renúncia: Desistência: Diz respeito ao plano processual, onde a execução poderá ser interposta

novamente, com base no mesmo título. Extingue o processo, mas não extingue o crédito. Renúncia: Se efetiva no plano material (Art.269,V CPC). Extingue o processo, bem

como o direito de crédito, não podendo o credor intentar nova execução, tendo como causa de pedir o mesmo título executivo (Art.704,III CPC).

-Questões Processuais(Art.267 e Art.301 CPC): ilegitimidade da parte, incompetência, cumulação indevida, irregularidade do título.

-Questões de Mérito: quitação, nulidade do título por assinatura falsa. 3-Responsabilidade Objetiva do Exeqüente: Art. 574. O credor ressarcirá ao devedor os danos que este sofreu, quando a

sentença, passada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação, que deu lugar à execução.

Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao

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devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.

4- Adequação- Especificidade: A execução deve realizar-se pelo meio processual adequado. Para cada espécie de

execução há um procedimento diferente (Art.475-J). Está ligado ao princípio da especificidade, pois a execução deve recair sobre o objeto executado adequado.

A obrigação deve ser específica, porém permite-se a substituição da prestação pelo equivalente em dinheiro (perdas e danos) no caso de impossibilidade de obter-se a entrega da coisa devida (Art.627 CPC), ou de recusa da prestação de fato (Art. 633 CPC).

Execução para entrega da coisa que não existe: -A execução deve recair sobre a prestação típica do título executivo extrajudicial. -Deve-se requerer a conversão em perdas e danos + lucros cessantes + danos

(Art.621). -No processo de conhecimento: ocorre a resolução do contrato (era título) para não

se ter a execução para entrega da coisa. -No processo de execução: valor da máquina + prejuízos, assim, há um novo título

executivo e agora posso pedir o valor em dinheiro. OBS= Posso executar a ação direta de execução sabendo que a coisa não existe? Não Não posso executar por quantia. É preciso primeiro fazer uma conversão da coisa em

pecúnia (quando isso ocorrer eu vou poder pleitear a execução da coisa em quantia). Busca-se a rescisão do contrato (o título executivo é desconstituído no processo de conhecimento), e teremos como resultado: sentença que por força da execução vai resultarem indenização (vai executar na sentença).

Art.585 CPC-Títulos Extrajudiciais Art.475-N CPC- Títulos Judiciais 5- Menor Gravame: A execução deve realizar-se pelo meio menos gravoso para o executado (Art. 620

CPC). Art. 620.Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz

mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor.

6- Da Utilidade e da Satisfação Típica Devida: A execução deve ser útil, suficiente, deve realizar-se para o cumprimento da

satisfação executiva. A execução corre às custas do devedor. A execução só se justifica para atingir a satisfação do crédito do credor, nada além

disso. Não é admitida a execução que traga apenas prejuízo ao credor. A execução corre por conta e risco, às expensas do devedor. Juros, correção

monetária, honorários, tudo isso por conta do devedor. Art. 692 CPC= Não pode vender a coisa com preço vil. Art. 574 CPC=Responsabilidade objetiva do exeqüente. Art. 574. O credor ressarcirá ao devedor os danos que este sofreu, quando a

sentença, passada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação, que deu lugar à execução.

Art. 940 CPC=Penalidade 7- Da Autonomia e da Instrumentalidade

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Como a execução está fundada em título executivo ela tem autonomia, ainda que esta seja relativa. É da natureza intrínseca da execução a sua força de autonomia. Toda execução tem de estar instrumentalizada em um título executivo.

8- Oficialidade: Aqui a oficialidade é maior do que no processo de conhecimento. A execução

caminha para a satisfação daquela prestação cuja sentença se presume num título. SUJEITOS DA EXECUÇÃO Direito Material= CREDOR X DEVEDOR Direito Processual= exequente executado Legitimidade Ativa: Art.566 CPC= legitimidade ativa originária Art. 566. Podem promover a execução forçada: I - o credor a quem a lei confere título executivo; Não basta ser credor. É preciso ser credor titular de prestação típica materializada

em um título executivo. Eu posso ser credor e não dispor de legitimidade ativa para o exercício de pretensão executiva.

Exemplos: a parte beneficiada pela condenação contida na sentença civil, o qualificado como locador no contrato de locação, o beneficiário da ordem de pagamento no cheque etc.

II - o Ministério Público, nos casos prescritos em lei Embora o Ministério Público não conste como credor do título executivo, ele pode

propor a execução, em virtude de expressa previsão legal. Exemplos: a execução da sentença condenatória proferida em ação popular se em sessenta dias outro cidadão não o fizer.

Art.567 CPC= legitimidade ativa superveniente Art. 567. Podem também promover a execução, ou nela prosseguir: I - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste,

Ihes for transmitido o direito resultante do título executivo; As pessoas elencadas neste preceito podem tento propor a ação executiva na

hipótese em que o credor morra antes de pleitear a execução, quanto suceder o credor que faleça durante o curso do processo (nesse caso, mediante prévia habilitação Art.1055). Em qualquer dos casos é indispensável que o crédito seja transmissível e que se apresente em juízo a documentação da sucessão causa mortis.

Espólio=é uma universalidade de bens. Enquanto o inventário não encerrou, é o espólio que tem legitimidade para buscar e

exercer pretensão executiva de qualquer crédito do inventariado. Depois da partilha a legitimidade não é mais do espólio, e sim do herdeiro superveniente dentro do que ele efetivamente recebeu. A legitimidade do espólio (representado pelo inventariante Art.12,V) vai até a partilha, quando passa a ser exclusivamente detida pelos sucessores a quem tenha cabido o crédito. Mas, antes da partilha, também os herdeiros detém legitimidade para pedir a execução, individualmente ou em litisconsórcio, quando não o faça o inventariante. Além disso, também antes da partilha, quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do falecido deverão figurar como exeqüentes (Art.12,§1º). O inventariante do espólio, quando ainda não houve a partilha, poderá outorgar processo para você: espólio de Antônio representado pelo inventariante tal, conforme certidão de inventariante que foi extraída dos autos do processo de inventário que eu vou levar para o processo de execução que vai dar origem.

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II - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo Ihe foi transferido por ato entre vivos;

O crédito tem de ser passível de cessão e esta deve estar documentalmente comprovada. Já estando a execução em curso, o cessionário substituirá o cedente na posição de exeqüente, independentemente de concordância do devedor.

Comunica o devedor que o novo credor é tal pessoa. O credor tem livre disponibilidade da execução. (notificacao premonitoria)

III - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. Pela sub-rogação o terceiro que paga a dívida ao credor assume o direito de cobrá-la

junto ao devedor. Se a dívida paga estava representada em título executivo, tal cobrança far-se-á diretamente mediante execução. (sub-rogacao legal)

Dois casos práticos de sub-rogação legal: -o avalista que paga a conta tem posição de credor contra o seu avalizado. -o fiador não é responsável principal, e sim subsidiário, ou seja, ele só tem os bens

expropriados depois que o seu afiançado teve os bens expropriados ou foi cientificado que ele não tem bens.

Qual a vantagem? Poder fazer a penhora direta. Exemplo: Nota Promissória= emitente e avalista. O emitente não tem bens. Nesse

sentido, poderia promover execução somente contra o avalista¿ Sim, porque ele é garantidor principal da obrigação. Só se coloca a pluralidade no pólo passivo se verificar que essa pluralidade vai ampliar o potencial para a expropriação. O avalista é o principal cobrador de conta do credor. O avalista é devedor principal.

Mas eu poderia executar diretamente o devedor? Sim, desde que lá no contrato de fiança ficasse expresso que o fiador renuncia expressamente o benefício de ordem. O direito de fiador ver penhorar e expropriar em primeiro lugar os bens do seu afiançado. No aval isso não ocorre.

Então esses são casos de sub-rogação legal, onde o avalista ou fiador que pagar automaticamente fica sub-rogado na posição do credor e nos próprios autos, penhora os bens do devedor. Se ele não figurar, manda citar, porém o devedor quase nunca tem bens.

O fiador, quando paga a dívida pelo afiançado sub-roga-se no crédito. Se tal pagamento se dá no curso do processo executivo, então o fiador poderá executar o afiançado nos autos do mesmo processo (Art.596,§2º).

No caso da sub-rogação convencional, por acordo de vontades, tem que constar expressamente as garantias originárias. Caso contrário, não há garantia, e o credor passa a ser credor hipotecário, podendo adjudicar esse bem (Art.685-A). Ele pode cobrar, mas não ocupa a posição de garantidor, porque é convencional.

Existe a possibilidade de pagamento parcelado (Art.475-A). Se eu não estou tratando de sub-rogação legal de aval e fiança, em qualquer e

eventual cessão de crédito ou mesmo sub-rogação direta, tem que ficar expresso todas as garantias originárias, porque na sub-rogação convencional não estiver expresso, você não ocupa a posição de credor originário.

Qual é o princípio que informa a possibilidade de você credora ceder o crédito¿ Princípio da Livre Disponibilidade da execução do exequente. Se não houve acordo é preciso intimar. Se você não cientificar, vai fazer exoneração no originário. O fato de ceder pelo princípio da livre disponibilidade esse crédito ao terceiro, em nenhum momento inibe o devedor de revisar o contrato, provar que há excesso de juros e de correção monetária. Essa cessão não reduz em nada o ataque à pretensão executiva que o devedor originário tinha para o credor originário.

Sub-rogação Legal=automaticamente sub-roga. Sub-rogação Convencional=tem que constar expressamente as garantias originais. Notificacao Premonitoria: Sempre devera haver a comunicao que eu sou o novo

credor ao devedor, entao a notificacao devera ocorrer imediatamente assim que eu assumir o

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posto de credor, nao esquecendo de colocar expressamente todas as garantias originarias do contrato, a chamda notificacao premonitoria

Legitimidade Passiva: Art. 568. São sujeitos passivos na execução: I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; Quem figurar no título como devedor, submeter-se-á, no pólo passivo, ao processo

de execução. Exemplos: o condenado por sentença civil ou penal, o sacado na duplicata, o emitente do cheque, aquele que consta no contrato de locação como locador relativamente aos aluguéis inscrito na dívida ativa.

Ex: eu emiti a nota promissoria (legitimidade passiva originaria) II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; Ex: Carlos devia 500mil, possui dois filhos. Carlos morre, os dois filhos recebem a

heranca da divida, ficando cada um responsavel pela a divida apos a partilha. Se os filhos nao forem para a partilha, nao possuiram legitimidade passiva para a execucao. Sendo assim, a divida soh se transfere apos a partilha – assim como ocorre na ativa -. (legitimiadade passiva superveniente). Entao nao tendo havido a abertura do inventario, bem como a partilha, nao poderao os filhos de Carlos figurar no polo passivo.

Dica para o advogado do credor neste caso seria requerer a abertura do inventario,

onde figurara um inventariante que respondera pelos bens deixados pelo falecido no limite do inventario deixado, e sendo assim, poder receber os creditos devidos.

Verificar se o espólio é do credor ou do devedor -o herdeiro renuncia a herança e passa para o nome da irmã que venda os bens e lhe

paga a sua parte- isso configura fraude à credores ou fraude à execução (desconstituir o ato de transferência).

Se a morte do devedor originário ocorrer depois de constituído o título, mas antes de proposta a execução, esta, se ainda não tiver havido partilha, será ajuizada contra o espólio (representado pelo inventariante Art.12,V), ressalvadas as hipóteses do inventariante ser dativo, quando então todos os herdeiros figurarão como executados (Art.12,1º). O credor, além disso, tem legitimidade para requerer a abertura do inventário (Art.988,VI). Se já houver partilha terão de ser demandados executivamente os herdeiros e sucessores, cada um deles respondendo pela dívida na proporção da parte que na herança lhe coube (Art.597).

Se a morte do devedor originário acontecer quando já estiver em curso o processo executivo, terá de ser promovida a habilitação dos sucessores (Art.1055 e seguintes).

Os herdeiros só respondem até a força da herança. Em qualquer dos casos é obrigatório que a obrigação seja transmissível. III - o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação

resultante do título executivo; No direito material brasileiro, é indispensável a concordância do credor para que se

dê cessão da posição passiva na relação obrigacional, ainda que tal transferência possa ocorrer sem o consentimento do devedor originário (Art.360,II e Art.362CC).

OBS: Pode ocorrer modificação no pólo ativo a qualquer tempo? Sim, pelo principio da livre disponibilidade da execução.

Pode ocorrer modificação no pólo passivo a qualquer tempo? Sim, mas tem que haver a anuência do credor.

IV - o fiador judicial;

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É o terceiro que no curso do processo, compromete-se perante o juízo a garantir obrigação que, eventualmente, venha a ser importa a uma das partes naquela relação processual. Esse fiador judicial não se confunde com as demais figuras de fiador (quando tal condição é assumida em atos de direito material, por força de convenção ou lei).

O fiador judicial obriga-se como garantidor nos termos do processo. Caução= garantia para que esse que eventualmente se beneficiou da liminar, se ela

vier a ser revogada, ele possa responder as consequências da antecipação de tutela. Exemplo: Antônio X Rogério Paulo (pai de Rogério) Quem prestou fiança? O pai através do termo de fiança. E para onde vai esse termo de fiança¿ Vai papa os autos do processo onde se discute

o contrato. Três anos depois a ação foi julgada procedente, determinando a entrega do bem.

Revogada a liminar e restando só 85 mil de condomínio. Se busca expropriando os bens do devedor, com base no princípio da patrimonialidade(expropriar bens penhorados do devedor), mas não há bens. Aí a ação é do Antônio contra o Rogério. O cumprimento de sentença só pode ser do Antônio contra o Rogério, porque não existe outro na relação de direito material e que legitimou a relação processual e que consequentemente a relação só pode cair contra o Rogério. Só que, nesse caso, o cumprimento de sentença pode recair sobre o Paulo que é pai do Rogério, porque nos termos do Art.568, IV em que pese a relação processual e de direito material que originou a legitimidade para discutir o cumprimento do contrato entre o Antônio e o Rogério pode o cumprimento de sentença alcançar Paulo, tendo em vista o Art. 568, IV conforme o termo de fiança, está ele legitimado para figurar no pólo passivo da execução. Tem que explicar para o juiz na inicial. O cumprimento de sentença pode recair sobre o pai de Paulo, pois nos termos do Art.568,IV ele obrigou-se como garantidor de eventuais prejuízo do insucesso da ação.

A fiança judicial se compara à fiança convencional extrajudicial? Sim Na fiança judicial, tendo em vista que o devedor não tem bens penhoráveis, ele tem

direito ao benefício de ordem, tendo que indicar na petição os bens passíveis de penhora. Além disso, é preciso verificar se o bem dado como caução é idôneo, ou seja , se tem liquidez.

V - o responsável tributário, assim definido na legislação própria. Sociedade Limitada-desconsideração da personalidade jurídica da empresa,

indicando os motivos para redirecionar para a pessoa do sócio, figurando o pólo passivo da relação.

O administrador geral pode ser responsável tributário. Execução é ato de coação estatal. O bem precisa ser encontrado para ser penhorado. Súmula375 STJ= O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da

penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente. Medidas Acautelatórias Urgentes= Art.685-A, averbação premonitória. CUMULAÇÃO DE AÇÕES Art.571- Obrigações Alternativas (conceito de ordem material) quando a escolha é do

devedor, ele é citado para expressar a escolha. Fazendo uma das obrigações, há o contrato. A quem cabe esta escolha? Cabe à parte mais favorável se não houver previsão.

A prestação tem que estar individualizada, materializada num título executivo. Se o devedor não escolhe esse dever é passado ao credor.

Art.572-Obrigações Sujeitas à Condição Toda obrigação tem ser exigível Nota Promissória- enseja processo de execução. Não havendo pagamento, haverá

um ato de penhora. Nota Promissória- Avaliação- Edital- Praça- Leilão

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O instituto de cumulação de ações previsto no Art.573 CPC, possibilita maior efetividade no processo de execução, além de possibilitar economia e celeridade processual.

1 nota promissória (575 CPC – Titulo executivo extra judicial) 2 nota promissória 3 nota promissória 4 nota promissória 5 nota promissória Cada nota promissória gera um novo processo. O que pode acontecer é a penhora de

um mesmo bem, pois às vezes é o único bem do devedor. Pode-se requerer ao juiz que os processos sejam reunidos.

A cumulação de execuções é uma faculdade do advogado do credor. Um bem pode ter mais de uma penhora, desde que consiga garantir todas as dívidas

do executado. COMULACAO DE EXECUCAO ( art. 573 do CPC) Na comulacao de execucoes por exemplo que tenhamos 10 dividas, soh teremos 1

processo. (ponto de vista processual) Porem sob o ponto de vista material, teremos tantas execucoes quanto foram cumuladas (ponto de vista material).

Art. 573. É lícito ao credor, sendo o mesmo o devedor, cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, desde que para todas elas seja competente o juiz e idêntica a forma do processo.

Requisitos da Cumulação de Execuções: mesmo credor mesmo devedor mesmo juízo competente mesma forma procedimental (princípio da adequação – deveremos responder

tres perguntas - Tem titulo? Qual especie de titulo? Qual a natureza da prestacao tipica devida?) – Entao havendo uma obrigacao de entrega de coisa, outra obrigacao de pagar e outra obrigacao de fazer, nao sera possivel cumular as execucoes).

Esses requisitos devem estar presentes cumulativamente sob pena de nulidade. COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO 1) Título Executivo Extrajudicial=Art.576 (94-100)

Eh fixada pela seguinte ordem de preferencia: 1º foro de eleicao; 2º praca de pagamento; 3º domicilio do devedor.

Art.576: A execução fundada em título executivo extrajudicial será processada perante o juízo competente.

Observar a ordem de preferência do credor: 1-foro de eleição 2-praça de pagamento 3-domicílio do devedor Questao: Sujeito sai de Caxias, vai a SP comprar produtos de sua Empresa e realizou

um contrato no valor de 700 mil reais, onde o foro de eleicao sera Santos, havendo ainda 20

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prestacoes de 40 mil reais, cujo a praca de pagamento eh POA. Havendo inadimplemento, poderei executar atraves das notas promissorias. Onde vou ajuizar minha Execucao? Como estou executando nota promissoria, e nota promissoria nao tem foro de eleicao, desta forma o o local do ajuizamento sera em Porto Alegre.

Sendo fundada a execucao no contrato, obedecera o foro de eleicao, entao o ajuizamento se dara em Santos.

Se esta ordem de preferência não for respeitada, estaremos diante de incompetência

relativa. Logo, se não houver oposição ou exceção por parte do executado, convalidado está a escolha do credor exequente.

Título Executivo Extrajudicial= caso não alegada, ela é de competência absoluta. 2) Título Executivo Judicial=Art.575 3) - Título Executivo Judicial=Art. 475-P. Título Executivo Judicial- Onde se realiza o cumprimento de sentença? Art.475-P Exmo Senhor Juiz de Direito da onde? Art. 475-P. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: I - os tribunais, nas causas de sua competência originária; O órgão que conferiu a prestação jurisdicional originária é o competente para o

cumprimento da respectiva execução nos termos de um título executivo judicial. Exemplo: A sentença de ação movida pela União em face de um Estado da Federação é proposta diretamente no STF.

II - o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição; (cominar com o

paragrafo unico) A sentença condenatória proferida por juiz de primeiro grau, ainda que tenha sido

objeto de apelação e de recurso especial, será executada pelo juiz que a proferiu, e não pelos tribunais que a confirmaram. Exemplo: Execução na 2ºvara cível de Alegrete. O devedor mora no Rio de Janeiro. O processo viajou para o STF e tem que voltar para o juízo que proferiu a decisão de primeiro grau, ou seja, a 2ºvara cível de Alegrete.

Quando o primeiro juiz a proferir a sentenca for da 2ª Vara CRIMINAL por exemplo, e

findo o processo, eu ingressarei com a LIQUIDACAO na propria 2ª Vara CRIMINAL, aonde sera fixado o minimo indenizatorio, porem a EXECUCAO ira se proceder em qualquer vara civel para pontecializar a EXECUCAO, pois a liquidacao na vara criminal ira me gerar um titulo executivo judicial.

III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de

sentença arbitral ou de sentença estrangeira. Nesse caso, o cumprimento de sentença será feito em qualquer juízo cível, pois é distribuído.

Onde se produz os efeitos da sentença penal condenatória? No juízo cível. Sentença - Processo Civil - no juízo Sentença produzida no Processo Civil= Onde se faz o cumprimento de sentença? No

próprio juízo, inciso II, no domicílio do devedor ou no local dos bens. No cumprimento de sentença o executado não é citado, porque já foi no processo de conhecimento.

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Sentença produzida no Processo Penal= Onde se faz o cumprimento de sentença? Vai ser executado em qualquer juízo cível, pois o processo vai ser distribuído. Como ela foi produzida fora do processo civil, o cumprimento de sentença inicia-se por intimação.

Sempre que o cumprimento de sentença estiver fundado em título executivo que não foi produzido dentro de um processo de conhecimento (sentença penal, sentença arbitral, sentença estrangeira) ocorre em qualquer juízo cível. E, nesse caso, como a sentença não foi produzida dentro do processo civil, o cumprimento de sentença inicia-se mediante intimação (Art.475-J).

Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exeqüente poderá optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.

Caso de competência múltipla embora absoluta. No domicílio do exeqüente ou onde estão os bens.

Exemplo: Execução na 2ºvara cível de Alegrete. Devedor mora no Rio de janeiro e tem bens em São Paulo. Pela regra geral do inciso II, a execução deve ocorrer em Alegrete que foi o juízo que proferiu a execução. Porém, há a possibilidade do cumprimento do juízo ser no domicílio do devedor ou no local onde estão os bens. Eu posso e devo promover a execução em São Paulo por ser mais rápida.

Exemplo: Execução na 2º vara cível de Alegrete. Devedor mora em São Paulo. Tem bens no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Salvador. Onde vou promover a execução? Identificar o valor da dívida. Se nenhuma dessas comarcas tem um bem suficiente para garantir a dívida, não tem porque sair do juízo originário (Alegrete). Então, como se promove a execução se o devedor não tiver bens no foro da causa? Mediante carta precatória de penhora e avaliação dos bens (Art.658).

Estou diante de competência absoluta, porém ela é ampliada, ela é múltipla. Quem escolhe? O exequente De que forma? Por economia processual As vezes por um resultado prático imediato, posso me concentrar num bem que vale

um pouco menos que o valor da dívida, mas que, por segurança jurídica garante o pagamento da dívida.

-Bem de maior valor ainda que não seja suficiente, pois pode haver fraude contra credores.

OU -No local de origem quando nenhum dos bens vale o bastante para a satisfação da

dívida, por carta precatória. Art.63 CPP Art.387, IV CPP: o juiz tem que fixar na condenatória o quantum

mínimo de reparação. Processo de Conhecimento Sentença Liquidação de Sentença Execução Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a

execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.

A sentença penal condenatória produz efeitos no juízo cível onde foi distribuído. 1-O quantum mínimo tem quer ser executado 2-Na liquidação de sentença se amplia o quantum. 1 e 2 – As duas pretensões se faz por citação prévia do devedor

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Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido.

Art.63 e parágrafo único CPP= O juiz tem que fixar na sentença condenatória o quantum mínimo de indenização. Na liquidação de sentença se discute o mérito. As duas pretensões obrigatoriamente iniciam por citação.

4) EXECUCAO FISCAL: (art. 578 CPC e Lei 6830/80)

Eh o procedimento para executar os creditos da Fazenda. (Municipal, Estadual, Federal) A execucao fiscal pode ocorrer em qualquer local no territorio Brasileiro, pois a ideia eh arrecadar o mais rapido possivel para produzir o bem comum. Como eh regulada a competencia internacional na execucao? Nao existe execucao com carta rogatoria (seja judicial ou extra judicial), pois execucao eh ato de coacao estatal. Entao o estrangeiro deve vir ao Brasil, e requerer no STJ a homologacao da sentenca estrangeira para que produza efeitos no Brasil. Homologada, o devedor devera responder em seu domicilio na Justica Federal a Execucao. Caso o devedor tenha bens no estrangeiro, devera ser citado no Brasil sobre o sequestro (na Argentina assim eh chamada a Execucao).

16 de agosto de 2011 PRESSUPOSTOS DA EXECUÇÃO O DNA da execucao passa por aqui. Toda a execucao esta estrutura em um

pressuposto pratico (inadimplemento – nao basta ser devedor, deve ser um devedor inadimplente – art. 580, 581 e 582 do CPC) e em um pressuposto juridico ()

A ação de execução pela sua natureza é dotada de coação estatal e permite que o exequente, titular dessa prestação, atue na esfera patrimonial do devedor. Para isso exige condições e pressupostos específicos, sob pena de não haver execução.

Toda a execução para que seja válida tem que ser dotada de pressuposto jurídico e prático, sob pena de nulidade.

a) Jurídico (Título Executivo - Art.586 CPC)

Nao existe execucao sem titulo executivo judicial ou extra judicial, devendo ser certo, liquido e exigivel, os quais sao elementos caracterizadores indispensaveis. (art. 586 CPC).

Art. 586 - A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.

Prestação típica = prevista em título judicial ou extrajudicial, dotada de força

executiva. Qualquer defeito anula tudo.

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Elementos caracterizadores do titulo executivo: CERTA = a certeza está fundada quando identificada a natureza da obrigação

(prestacao). Exemplo: pagar 200mil, a natureza é pecúnia. Condenado a entregar um carro. Condenado a fazer um muro. A certeza deve estar indentificada ou no minimo indentificavel (art. 619 CPC). Ex: Bens determinaveis. Entao fica claro que a prestacao devera ser certa.

LÍQUIDA = a liquidez está fundada no valor da obrigação (condenacao),

identificação do quantum da obrigação. Liquidar é quantificar o valor da condenação ou identificar o da dívida (quando estivermos diante de dívida pecuniária), ou ainda individualizar o objeto da prestação devida quando se tratar de obrigação alternativa em execução de entrega de coisa (a partir da escolha). E, consequentemente, só depois da escolha que prossegue a execução.

Curiosidade: Processo de conhecimento (Sentenca (geracao do titulo) –

Liquidacao de Sentenca (apuracao do valor da condenacao) – Execucao da Sentenca (executa o valor)) – PROCESSO SIN CREDITO (3 fases em um)

Os juros não retiram a liquidez, pois representam a atualização do valor. Liquidez eh quantificar ou identificar o objeto da condenacao quando a prestacao tipica for PECUNIA. Quando for entrega de coisa alternativa, se torna liquida somente quando individualizada atraves da escolha. Nao havendo escolha da opcao em obrigacoes alternativas, nao ha titulo, nao podendo executar. Quando a escolha couber ao credor, e este nao indicando na peticao inicial a obrigacao que prentende ver adimplida, esta peticao sera INEPTA. Caso o contrato nao estipule a valoracao no caso de inadimplemento no contrato, deveremos peticionar pedindo a RESOLUCAO do contrato, esta resolucao desconstitui o titulo de entrega de coisa, transformando isto em uma prestacao pecuniaria que podera ser executada.

EXIGÍVEL = elemento externo, caracterizador do título executivo, que quando

presente autoriza o início da execução.

Quando um titulo executivo extra judicial vira exigivel? Resposta: No vencimento do mesmo titulo. Onde esta a exigibilidade do titulo judicial? Resposta: No transito em julgado. Com o transito em julgado estou diante de uma execucao definitiva. O titulo judicial podera ser exigivel sem o transito em julgado, quando tivermos a hipotese de execucao provisoria, onde proferida a sentenca, a parte adversa ingressa com a apelacao que eh recebida apenas no efeito devolutivo.

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Lembrando que mesmo quando o titulo for exigivel, no caso de uma sentenca transitada em julgada que declaraca a divida de 500 mil reais a partir da condicao de ser construido o 10º Cilo, porem a parte ingressa com a execucao atraves desse titulo judicial, porem nao adimpliu a condicao de construir o 10º Cilo, estara derrubado um elemento caracterizador da execucao que eh o INADIMPLEMENTO.

Excessao de pre-executividade art. 618 CPC, representa a nulidade da execucao,

quando nao presente a certeza, liquidez e exigibilidade do titulo executivo. b) Prático (Inadimplemento - Art.580, 581 e 582 do CPC)

Não basta ser devedor de título executivo certo líquido e exigível. É preciso ser

devedor inadimplente. Quando um título executivo se torna líquido? Quando se tem o cálculo, na execução

de sentença. Título executivo judicial torna-se exigível? Quando transita em julgado, salvo as

hipóteses do Art.520, ou seja, quando o recurso de apelação excepcionalmente é recebido somente, possibilitando a execução provisória. Ele é formalmente exigível pelo trânsito em julgado.

Art.614,III Art.618 Art.476 (Excessao do contrato nao cumprido) Toda a execucao esta fundado na ordem pratica e juridica do titulo executivo.

17 de agosto de 2011

TÍTULOS EXECUTIVOS O titulo executivo deve estar fundado na Lei (art. 585, 475-E, legislacao esparsa,

dentre outros). Títulos Executivos Judiciais: Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de

fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua

matéria não posta em juízo; O legislador buscou isso para antecipar a estabilidade de relacoes sociais, evitando

assim futuras demandas. (Ex: acidente de carro entre dois vizinhos, onde um anteriormente ja devia ao outro uma prestacao de R$2.000,00 relativos a uma maquina de lavar roupa vendida. No acordo, alem do acidente de carro que trata a demanda, podera ser implementado essa obrigacao pecuniaria relativa a venda da maquinda de lavar). Nao levado para homologacao no sera titulo executivo extra judicial (art. 585, inciso II), porem apos protocolado o acordo e homologado pelo juizo, sera um titulo executivo judicial. (art. 475-N, inciso III)

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IV – a sentença arbitral; V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; O acordo extra judicial nao homologado, nao sofre prejuizos na execucao em

comparacao com o homologado judicialmente. A diferenca se encontra no fato de que existem acordos que possuem uma complexidade muito grande, que na verdade a homologacao sera um modo de protecao, filtrando determinadas maneiras de derrubar o acordo (Ex: Coacao). O acordo homologado em juizo afasta determinados vicios como demonstrado.

VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante,

aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal. Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não

fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.

Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação.

Gracas ao processo SINCREDITO atualmente nao temos mais citacao no processo,

apenas a intimacao. Porem quando o titulo judicial eh formado fora do processo civil (EX:

Sentenca Penal, Sentenca Estrangeira), a execucao inica-se mediante CITACAO PREVIA, bem

como a liquidacao. Eh o que dispoem o paragrafo unico do 475-N.

Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-

J) incluirá a ordem de citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou

execução, conforme o caso.

Art. 387, inciso IV do CPP:

Na sentenca penal temos o titulo minimo pecuniario, desta forma

poderemos executar, na qual a parte sera citada, neste momento poderei

ingressar com uma liquidacao por arbitramento para uma apuracao maior do

valor da condenacao.

Art. 63 do CPP

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Art. 63 - Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-

lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o

ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.

Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução

poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do

art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano

efetivamente sofrido.

Títulos Executivos Extrajudiciais = vontade das partes (art. 585 CPC) 23 de agosto de 2011 Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; Estas cinco figuras são títulos de crédito. Contudo, isto não quer significar que todo e

qualquer título de crédito seja título executivo extrajudicial. Deve ser observado as exigências previstas nos Arts.887 e 888CC.

A letra de câmbio é uma ordem de pagamento expedida pelo devedor (sacado) para alguém (sacado) pagar uma determinada quantia em dinheiro a um terceiro (beneficiário). A letra de câmbio só tem força executiva quando aceita, ou seja, se protestada não tem força executiva.

A nota promissória é uma promessa de pagamento assumida pelo seu emitente (devedor) em favor de alguém ou à sua ordem.

A duplicata é título de crédito representativo de venda de mercadoria ou de prestação de serviços.

A debênture é título de crédito emitido pelas sociedades e que representa direito de crédito aos seus titulares contra ela própria, nas condições constantes na escritura de emissão ou do certificado.

O cheque é ordem de pagamento à vista e incondicional emitida pelo devedor em face de um banco ou instituição de crédito em favor de seu portador ou beneficiário. O prazo da execução para cheques é de 6 meses. Findo o prazo, haverá ação monitória.

Art. 652.O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida.

Art. 621.O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, dentro de 10 (dez) dias, satisfazer a obrigação ou, seguro o juízo (art. 737, II), apresentar embargos.

Art. 632. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz Ihe assinar, se outro não estiver determinado no título executivo.

Art. 642. Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou

pelo contrato, o credor requererá ao juiz que Ihe assine prazo para desfazê-lo.

Art. 585 CPC

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II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores;

A obrigação retratada nos títulos aqui previstos pelo legislador não precisa ser

necessariamente de pagamento de quantia. Assim, cada uma das figuras previstas neste inciso, pode render ensejo a uma execução por quantia certa, para fazer ou não fazer, ou ainda, para entrega de coisa certa ou coisa incerta.

Sempre colocar o diacordo do cliente no documento assinado. Poderao as partes constituir a obrigacao de pagar quantia, de dar coisa e obrigacao

de fazer ou na fazer, nao podendo ser viavel a acumulacao destas, tendo em vista a impossibilidade da execucao.

. III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os

de seguro de vida; Contratos com garantia real. O bem deve ser previamente determinado para

expropriação. Exemplo: seguro de vida, caução. IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio; Não existe atualmente. V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem

como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; As vezes o condominio vem somado com uso de gas ou uso de agua. Estes correrao

risco de nulidade da execucao, tendo em vista a liquides. VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor,

quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial; Por ora, estes titulos sao titulos executivos extra judiciais, sendo o titulo executivo a

certidao. (Possivel alteracao no novo CPC quando falarmos em serventuarios de justica). Atualmente a execucao sera feita pelo art. 652.

VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito

Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;

Lei 6830/80 regula a divida ativa da Fazenda Publica. VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força

executiva. Nao estando o titulo no art. 585, deveremos expor a fonte da Lei que atribui esta

forca na inicial. § 1º A propositura de ação anulatória de débito fiscal não inibe a Fazenda Pública de

promover-lhe a cobrança.

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§ 1o A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.

§ 2o Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados, os títulos executivos extrajudiciais, oriundos de país estrangeiro. O título, para ter eficácia executiva, há de satisfazer aos requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como o lugar de cumprimento da obrigação.

RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL DO DEVEDOR:

A) FRAUDE A CREDORES (ART 158 CC)

B) FRAUDE A EXECUCAO (592-593 CPC; SUMULA 375

STJ)

EXECUCAO DEFINITIVA:

Execucao definitiva quando fundada em titulo judicial transitado em julgado ou em

titulo executivo extra judicial, entre tanto o extra judicial sera provisoria quando ( ).

EXECUCAO PROVISORIA:

Execucao eh provisoria quando fundada em titulo executivo judicial que foi

impugnado pelo recurso de apelacao (art. 520) sendo recebida esta apenas no efeito

devolutivo. Nos casos de titulo executivo extra judicial sera provisoria quando

Art. 475-I, paragrafo 1º

Art. 475-I. O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461-A

desta Lei ou, tratando-se de obrigação por quantia certa, por execução, nos termos dos demais artigos deste Capítulo

Art. 520, inciso V – Execucao fundada em titulo extra judicial eh definitiva, pois em

sua constituicao eh definitivo. Ocorre que bateu na jurisprudencia... Ai o legislador teve que inventar que a execucao eh definitiva, quando fundada em titulo judicial transitado em julgado ou em titulo executivo extra judicial, entretanto a execucao definitiva fundada em titulo executivo extra judicial passa a ser provisoria quando tiver os seguintes requisitos:

1º Foi embargada 2º Embargos adimitidos e recebidos no efeito suspensivo 3º Sentenca de Improcedencia 4º Interposicao de Recurso de Apelacao recebida apenas no efeito devolutivo. Principios Informativos da Execucao Provisoria (art. 475-O)

a) Corre por conta e risco do exequente. b) Exige prestacao de caucao

Art. 475-O se estou diante de uma execucao provisoria fundada em um titulo executivo judicial, os autos ja estao no tribunal. Como farei minha execucao provisoria? Irei instruir minha execucao provisoria com as pecas

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indispensaveis para que o juiz possa despachar nestes autos e deferir a tutela do titulo executivo.

Art. 475-O. A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo modo que a definitiva, observadas as seguintes normas: (Acrescentado

pela L-011.232-2005)

I – corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;

II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença

objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos mesmos autos, por arbitramento;

III – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado

dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e

prestada nos próprios autos. § 1º No caso do inciso II do deste artigo, se a sentença provisória for

modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução.

§ 2º A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser

dispensada: I – quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato

ilícito, até o limite de sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exeqüente

demonstrar situação de necessidade; II - nos casos de execução provisória em que penda agravo perante o Supremo

Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou

incerta reparação. (Alterado pela L-012.322-2010)

DISPENSA DE CAUCAO: Visto o paragrafo 2º, eh notavel que nem toda execucao provisoria necessita de caucao. Entao nas situacoes do paragrafo 2º eh dispensavel a caucao.

RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL DO DEVEDOR Princípio da Patrimonialidade: A execução recai direta e indiretamente sobre os bens

penhoráveis do devedor, e não sobre sua pessoa. Sempre que não for possível o cumprimento da obrigação específica, converte-se em

perdas e danos. Art. 591: O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os

seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei. Ele responde com todo o seu acervo patrimonial que é uma universalidade. Lá no auto de penhora nós vamos individualizar a responsabilidade patrimonial no

quanto necessário. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros, individualizando-se a responsabilidade patrimonial no auto ou no termo de penhora.

Fraude a Credores= Instituto de ordem privada, porque atinge e compromete a realização do crédito, antes da existência de qualquer processo, mas a partir da existência da

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relação obrigacional. Portanto, a fraude a credores é um instituto de ordem privada, onde o devedor deliberadamente cai em insolvência, comprometendo a realização do crédito. Consiste em ato de disposição de bens orientado pela vontade e consciência de prejudicar credores, na medida em que provoca a insolvência do disponente, diminuindo de forma a impedir a satisfação do crédito (Arts.158 a 165CC).

-elemento objetivo: o evento damni, caracterizado pela insolvência do disponente devedor (inexistência de bens).

-elemento subjetivo: o consilium fraudis, que é a intenção de fraudar. Como a fraude a credores é um instituto de ordem privada, eu posso buscar bens

que estão no patrimônio de terceiros? Se a alienação ocorreu com base nesse instituto, o comprometimento está no plano

da validade e eu tenho que desconstituir essa relação, através de uma Ação Pauliana ou Ação Revocatória. O efeito principal da ação pauliana é o de permitir que a execução recaia sobre os bens fraudulentamente alienados, apesar de estes se encontrarem no patrimônio de terceiro adquirente.

Os embargos de terceiros não são meio idôneo para conhecer a fraude a credores. Se a ação revocatória for procedente, se desconstitui o negócio jurídico, o imóvel

passa para a condição patrimonial do devedor e, consequentemente, penhora-se o bem que estará nas mãos do devedor.

Eh um instituto de ordem privada, pois atinge diretamente os intesses do particular

(titular do credito) antes da existencia de qualquer acao. Para sua realizacao exige dois elementos, um de ordem objetiva, caracterizado pelo dano (inexistencia de bens – ex; pego a matricula da casa da praia e vejo que tava no r2 no nome do devedor, e no r3 no nome do adquirente, a insolvencia, e um elemento subjetivo (o consilium fraudis – intencao de fraudar)

A acao pauliana eh um exercicio de litisconsorcio passivo e necessario (A (credor) vs B

(devedor) + C(terceiro) Eh condicao de procedibilidade da acao pauliana, que ao tempo da alienacao (Credor

– Devedor – Terceiro), o autor da acao ja seja titular de relacao de direito material, ou seja, credor.

Atualmente diante da sumla 2375, eh capaz de nos termos um procedimneto da acao pauliana. Desta forma o elemento subjetivo, ou seja, a intencao de fraudar nao se demonstra realmente necessaria.

Ex: A recebe uma nota promissoria de B nada data de 10/10/09 com vencimento em

10/10/12. B vende imovel nada data de 11/11/11 para C. Vencida e nao paga a nota promissoria, A ingressa com Execucao contra B e verifica que este nao possui bens, pede a declaracao do IR dos ultimos 5 anos e verifica a venda do bem. Desta forma A podera ingressar com uma Acao pauliana contra B (devedor) e C (credor), mesmo este negocio entre B e C tendo se realizado com boa fe.

Fraude à Execução= Instituto de ordem pública, pois compromete o crédito antes da

responsabilidade patrimonial, pela responsabilidade processual do devedor executado, decorrente da citação regular e válida. Portanto, é instituto de ordem pública, porque a fraude à execução compromete a realização da própria prestação jurisdicional.

Por essa razão, constitui-se do ato atentatório da dignidade da justiça (Art.600CPC). Se o instituto é de ordem pública, o ato de alienação de bens em fraude à execução me permite a penhora, porque atinge a dignidade da justiça.

O ato de alienação desse bem em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente. Por isso, quando estamos diante desse instituto de fraude à execução, instituto de

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ordem pública, não necessitamos de nenhuma ação revocatória para alcançar os bens. O juiz simplesmente manda penhorar, e o terceiro pode entrar com embargos de terceiro, alegando ter adquirido o bem de boa-fé. Só que se o ato de alienação de bens em fraude à execução é ineficaz em relação ao credor exequente, a expropriação ocorre direto nas mãos do terceiro adquirente, pois o comprometimento é no plano da eficácia.

Art. 593. Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens: I - quando sobre eles pender ação fundada em direito real; II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda

capaz de reduzi-lo à insolvência; III - nos demais casos expressos em lei. Em ambos casos previstos neste artigo, para que haja a fraude à execução, não é

preciso que já esteja em curso o processo executivo, é suficiente que esteja pendente ação de conhecimento.

Entretanto, há uma colisão de interesses e princípios: - O direito líquido e certo do credor exequente de realizar o seu crédito, mediante

penhora e expropriação de bens. - O direito líquido e certo do terceiro adquirente de boa-fé de ver acolhido e julgado

procedente os seus embargos de terceiro para desconstituir a penhora em virtude da boa-fé. Diante desses dois interesses, o tribunal publicou a Súmula 375. Súmula 375STJ: o reconhecimento da fraude de execução depende do registro da

penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente. (SALVO SE O CREDOR COMPROVAR A MA FE)

O devedor não pode ser preso como depositário infiel. Art. 615-A. O exeqüente poderá, no ato da distribuição, obter certidão

comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto.

§ 1º O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas, no prazo de 10 (dez) dias de sua concretização.

§ 2º Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, será

determinado o cancelamento das averbações de que trata este artigo relativas àqueles que não tenham sido penhorados.

§ 3º Presume-se em fraude à execução a alienação ou oneração de bens efetuada após a averbação (art. 593).

§ 4º O exeqüente que promover averbação manifestamente indevida indenizará a parte contrária, nos termos do § 2º do art. 18 desta Lei, processando-se o incidente em autos apartados.

§ 5º Os tribunais poderão expedir instruções sobre o cumprimento deste artigo. Exemplo: AUTOR X RÉU (credor) (devedor + terceiro) Nota Promissória emitida em 12 de junho de 2009 Vencimento em 14 de julho de 2014 Bens vendidos em 1º de janeiro de 2010. É condição de procedibilidade da ação revocatória que, na época da alienação dos

bens, o autor da relação já seja titular da relação obrigacional de crédito (não confundir com exigibilidade).

No caso acima o autor da ação já era credor em 10 de janeiro de 2010.

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Exemplo: -Fato (acidente) ocorreu no dia 31 de dezembro de 2009. -Alienação dos bens ocorreu em 15 de fevereiro de 2010 (sujeito zera o patrimônio). -Processo de Conhecimento- Sentença-Execução em 3 de março de 2010. O estado de insolvência foi proposital para exclusivamente fugir da responsabilidade

patrimonial. Portanto o fato, dano, acidente constitui-se em causa de pedir necessária e suficiente para a declaração de responsabilidade patrimonial. Nada mais justo que declarada a responsabilidade patrimonial, esta recaia sobre a data do fato e penhore-se os bens que agora se encontram nas mãos do terceiro, tendo em vista que comprometeu completamente a eficácia da prestação jurisdicional.

Penhora-se os bens do terceiro que adquiriu. O terceiro pode entrar com embargos de terceiro.

Os bens que estão com os terceiros poderão ser penhorados e expropriados¿ Mesmo que os terceiros entrem com embargos, a ação será julgada improcedente. Na época da alienação não existia ação de execução. Nesse caso, não há decisão do sistema. Nenhum instituto alcança a responsabilidade

patrimonial para realizar a execução. Súmula 340 STJ: Eh um instituto de ordem publica, pois antes de atingir o interesse patrimonial do

particular, atinge a dignidade da justica, vez que impede a realizacao da prestacao jurisdicional executiva. A fraude a execucao antes da responsabilidade patrimonial do devedor, se caracteriza pela responsabilidade processual do executado (devedor), responsabilidade esta fixada pela citacao regular e valida (por isso, responsabilidade processual). Por tanto para que trate de fraude a execucao as alienacoes devem se dar apos a citacao no processo de conhecimento, pois nao existe mais no Processo de conhecimento para Execucao, pois as fases processuais se realizam em uma unica estrutura (Processo Sin Credito). NAO HA MAIS CITACAO NO CUMPRIMENTO DE SENTENCA, SALVO CASO SE TRATE DE SENTENCA PENAL OU ESTRANGEIRA, POIS ESTES TITULOS NAO FORAM PRODUZIDOS NO PROCESSO SIN CREDITO, DEVENDO ENTAO INICIAR MEDIANTE CITACAO PREVIA. Para o Prof. Boeira a citacao no processo penal eh valida, pois gera o minimo indenizatorio. A sumula 375, antes de ser juridica, sua decisao foi politica, pois o interesse do STJ foi dar seguranca juridica aos negocios juridicos (direito obrigacional).Nao comprovada a fraude, eh presumida a boa fe. Ver art. 615-A. Diferente neste quesito se comparado com a fraude a credores.

Ver. Art 806 CPC e 870, paragrafo CPC (protesto) – Conseguindo colocar qualquer

noticia no bem de existencia de alguma responsabilidade, o terceiro que comprou o bem nao podera alegar boa fe.

Art. 1046 CPC + Sumulua 375 STJ Caso dado em aula (art. 1046 CPC + Sumula 375 STJ): Sr. A grande empresario possuidor de muitos bens, atropela B e o mata em

31/12/2010, deixando 2 filhos carentes. Sr. A sabendo da possivel responsabilidade, vende todos os seus bens em 10/2/2011 a terceiros. No dia 25/2/2011 eh ajuizada a acao de indenizacao. Transitada em Julgado, o juiz intima para a penhora dos bens. Sem sucesso a penhora pois Sr. A vendeu todos os bens. Desta forma eh solicitado a declaracao de IR nos ultimos 5 anos, e verifica-se a fraude. Ocorre que os terceiros nao poderao ser responsabilizados, pois no tempo da venda, nao havia processo e muito menos obrigacao (ao nao ser obrigacao moral).

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Benefício de Ordem(art. 595 e 596 CPC): É o direito que tem o responsável secundário de ver penhorados e expropriados em primeiro lugar os bens daquele que tem responsabilidade primária perante o exequente.

Para invocar o benefício de ordem é preciso indicar onde estão os bens a serem penhorados e é preciso verificar se os bens são suficientes para garantir a dívida. O credor deve ficar ligado, pois esta indicacao, fara com que o socio venda os bens em sua posse, deveremos ingressar com uma medida cauteral.

- o fiador precisa renunciar expressamente o benefício de ordem, pois só assim, eu posso atacar o patrimônio do devedor de forma direta.

Art. 595 - O fiador, quando executado, poderá nomear à penhora bens livres e desembargados do devedor. Os bens do fiador ficarão, porém, sujeitos à execução, se os do devedor forem insuficientes à satisfação do direito do credor.

- credor x sociedade limitada – incidente de desconstituição da personalidade jurídica. O sócio tem direito de invocar o benefício de ordem para que primeiro sejam alcançador os bens da sociedade.

Art. 596 - Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade senão nos casos previstos em lei; o sócio, demandado pelo pagamento da dívida, tem direito a exigir que sejam primeiro excutidos os bens da sociedade.

O beneficio de ordem na execucao eh a faculdade que tem o fiador em relacao ao seu

afiancado ou socio em relacao a sociedade de indicar para que sejam penhorados e expropriados, em primeiro lugar, os bens do afiancado ou dos bens da sociedade. Evidentemente que sempre que for evocado o beneficio de ordem, tera o o fiador ou o socio indicar os bens a serem penhorados.

Art. 598 30 de agosto de 2011 1) ESPECIES DE EXECUCAO:

2) Requisitos da Inicial Executiva (art. 614/615)

Processo de execucao (art. 652) No titulo executivo extra judicial eh necessario instruir sempre a peticao de

execucao. No titulo executivo formado fora do judiciario devemos citar em todos os casos. Nao preciso instruir inicial, se eh caso de cumprimento de sentenca, porque ja estou

nos autos principais e a sentenca esta ali (titulo executivo judicial), salvo se execucao provisoria, onde o processo esta no tribunal.

Inicial de Execução Art.614 e Art.615 Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e

instruir a petição inicial: I - com o título executivo extrajudicial; II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação,

quando se tratar de execução por quantia certa; III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 572).

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Art. 615. Cumpre ainda ao credor: I - indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo pode ser

efetuada; II - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou

usufrutuário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto;

III - pleitear medidas acautelatórias urgentes; IV - provar que adimpliu a contraprestação, que Ihe corresponde, ou que Ihe

assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do credor.

Art.615,I: Indicar a espécie de execução. = Cabe ao credor exequente indicar a

espécie de execução. A opção procedimental é do exequente. Em decorrência da natureza da prestação alimentícia, o inadimplemento enseja em

execução mediante expropriação ou mediante prisão. EXECUÇÃO PROVISÓRIA A execução é definitiva sempre que estiver fundada em título executivo judicial

transitado em julgado ou em título executivo extrajudicial, porque o título executivo judicial transitado em julgado não pode mais ser desconstituído, com exceção dos embargos rescisórios.

A execução é provisória sempre que estiver fundada em título executivo judicial impugnado mediante recurso de apelação recebido apenas no efeito devolutivo (hipóteses do Art.520CPC).

Além disso, a execução fundada em título executivo extrajudicial passa a ser provisória quando atacada por embargos, admitido no efeito suspensivo, julgados improcedentes, atacados mediante recurso de apelação recebido apenas no efeito devolutivo. Então, a execução fundada em título executivo extrajudicial é provisória quando:

-houve embargos; -embargos admitidos no efeito suspensivo -foram julgados improcedentes -dessa sentença foi interposta apelação recebida apenas no efeito devolutivo Princípios Informativos da Execução Provisória (Art.475-O CPC): Art. 475-O. A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo

modo que a definitiva, observadas as seguintes normas: I – corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a

sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da

execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos mesmos autos, por arbitramento;

III – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.

A execução provisória exige caução idônea. Nesse caso, tem que estar o executado vigilante, ou seja, ver se o bem tem liquidez para pagar a conta. Prestada a caução, se é real, tem que ser registrada na matrícula do bem. Não existe diante, da execução provisória,

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possibilidade de praticar atos de expropriação e ou levantamento de dinheiro sem caução idônea.

§ 1º No caso do inciso II do deste artigo, se a sentença provisória for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução.

§ 2º A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser dispensada: I – quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito,

até o limite de sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exeqüente demonstrar situação de necessidade;

II – nos casos de execução provisória em que penda agravo de instrumento junto ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação.

Tecnicamente, se a caução for idônea e foi feito o registro no bem, eu estou protegido, caso contrário, é liquidado.

Exemplo: Execução de prestação alimentícia (é irreversível), nesse caso é garantia total, o resto depende de avaliar o contexto.

Competência= para quem eu vou dirigir a execução provisória?

A partir de que momento eu posso requerer a execução provisória? A partir do recebimento da apelação só no efeito devolutivo

Onde e como eu vou requerer a execução provisória? Art. 475-P. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: I – os tribunais, nas causas de sua competência originária; II – o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição; III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de

sentença arbitral ou de sentença estrangeira. Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exeqüente poderá optar

pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.

É necessário requerer cópia dos autos principais a fim de instruir a execução provisória, pois os autos principais estão no recurso.

Identificar o pedido da execução provisória.

Quais peças? Art.475-O,§ 3º Ao requerer a execução provisória, o exeqüente instruirá a petição

com cópias autenticadas das seguintes peças do processo, podendo o advogado valer-se do disposto na parte final do art. 544, § 1º:

I – sentença ou acórdão exeqüendo; II – certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; III – procurações outorgadas pelas partes; IV – decisão de habilitação, se for o caso; V – facultativamente, outras peças processuais que o exeqüente considere

necessárias. Art. 594 - O credor, que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa

pertencente ao devedor, não poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de excutida a coisa que se achar em seu poder.

Art. 620 - Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor.

Art. 652 - O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida.

Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será

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acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação.

§ 1º Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias.

§ 2º Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo.

§ 3º O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados.

§ 4º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante.

§ 5º Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte.

31 de agosto de 2011 Requisitos da Incial Executiva (art 614/615 – procurar no caderno) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (art. 618) O remédio jurídico clássico destinado a desconstituir a pretensão executiva chama-se

embargos (art.736- 738), uma acao incidental que está disponível ao executado. Também pode ser chamado de impugnação (Art.475-E).

Sentença – Liquidação de Sentença – Execução (Penhora + Avaliação) A impugnação está para o cumprimento de sentença, ou seja, para o titulo executivo

judicial, assim como os embargos estão para a execução fundada em título executivo extrajudicial.

Onde está a exceção de pré-executividade? A exceção de pré-executividade não está prevista no CPC. É uma defesa formal,

processual, uma construção doutrinária, facultada e disponível ao executado, a qualquer tempo na execucao, com a finalidade de atacar qualquer pretensao executiva, em virtude de qualquer dos requisitos de validade, ou seja, sempre que esta (a execução) apresentar qualquer defeito formal nos termos do art.267,§3ºCPC, podera ser fuliminada mediante peticao nos proprios autos do processuo executivo. É oferecida por simples petição nos autos da execução. Interessante lembrar que matérias estas que poderão ser conhecidas de ofício pelo juiz.

Desta forma sempre que a pretensao for nula nos termos do art. 618, podera o executado de plano demonstrar esta irregularidade. A excecao de pre-executividade formal processual, nao oportuniza e tao pouco se destina a dilacao probatoria, materia que deve ser examinada no bojo dos embargos (conteudo dos embargos) ou na impugnacao. Assim, a excecao deve demonstrar de plano em que consiste a eventual nulidade da execucao, ou ainda a impossibilidade do seu desenvolvimento regular em virtude da ausencia de qualquer pressuposto. Pressuposto inclusive de ordem processual (Ex: ilegitimidade da parte). Entao esta defesa formal processual possui uma vantagem pois nao preclui (a qualquer tempo posso alegar a excecao de pre-executividade). Em que pese a aparencia de exigibilidade dada pelo transito em julgado, nao esta presente o pressuposto pratico da execucao, tendo em vista que

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a parte nao adimpliu um dos requisitos da sentenca, podendo ser alegada a excecao de pre-executividade. Alegada a excecao de pre-executividade nao sera preciso mais utilizar a impugnacao. Na excecao nao eh preciso pagar custas e fulimina a execucao, diferentemente do recurso de impugnacao. Quando opor embargos (lembrar que embargos eh titulo extra-judicial), poderemos preliminarmente alegar a excecao de pre-executividade (art. 618).

A exceção de pré-executividade tem cabimento sempre que a execução apresentar um defeito no pressuposto jurídico (título executivo e seus elementos caracterizadores, ou seja, certeza, liquidez e exigibilidade) e também qualquer defeito na formação do pressuposto prático (o inadimplemento), o que acarreta a nulidade da execução. A execução é nula por não ser exigível.

Finalmente, a exceção de pré-executividade deve ser manejada também sempre que

a execução apresentar qualquer nulidade absoluta quanto ao seu procedimento, mesmo que o prazo do remédio jurídico previsto para o caso já tenha fluído. Exemplo: Se perdi o prazo de 15 dias para embargar, posso entrar com exceção de pré-executividade direto na execução. Pode-se alegar a exceção nas vésperas da praça de pagamento.

A exceção de pré-executividade é uma defesa formal, processual que pode e deve ser

utilizada pelo executado sempre que ele tenha como fundamento uma situação que comprometa a validade da execução, porém que não necessite de dilação probatória. Exemplo: Ilegitimidade passiva. Havendo impossibilidade jurídica, é nula a obrigação e, consequentemente, é nula a execução, pois ela passa a ser inexigível. É nula a execução nos termos do Art.618CPC. Nulidade absoluta da execução em face da impossibilidade jurídica do cumprimento da execução.

OBS: A excecao de pre-executividade nao pode ser uma dilacao probatoria, ou seja,

digamos que eu tenha quitado o titulo executivo, nao poderei pretender discutir o merito da materia na pre-executividade.

Art. 618. É nula a execução: I - se o título executivo não for líquido, certo e exigível (art. 586); I - se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e

exigível (art. 586); (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). II - se o devedor não for regularmente citado; III - se instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrido o termo, nos casos

do art. 572. Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: § 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto

não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento.

Art.652= É citado para pagar em 3dias ou oferecer embargos em 15 dias. Se o cliente

foi citado e não vai pagar, está fluindo o prazo para os embargar, porque na execução fundada em título executivo extrajudicial por quantia não se exige mais a segurança no juízo da penhora para embargar.

Citado, está fluindo o prazo para embargar. Posso oferecer exceção por simples petição? Sim, mas nesse caso de título executivo extrajudicial nunca vu fazer, porque, como está fluindo o prazo para os meus embargos, eu vou, preliminarmente, nos meus embargos trabalhar a exceção da nulidade da execução, nos termos do Art.618CPC. Por que cobrar

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preliminarmente? Porque eu tenho matéria de mérito. Admitindo-se apenas para argumentar, não sejam acolhidas as alegações anteriormente feitas para que Vossa Excelência, sejam examinadas.

- quitação, novação, compensação, excesso de execução= Às vezes vou ter questões de mérito. Então, para não perder o remédio jurídico das questões de mérito, eu vou oferecer preliminarmente.

-identificar fundamentos de pré-executividade (CNP) EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE – FUNDADA EM

TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (art. 646) Diferente de execucao por quantia certa contra devedor insolvente. A finalidade eh

expropriar bens penhoraveis do devedor conforme o art. 646 do CPC. O legislador deve dizer de que modo procedimental vai ocorrer a expropriacao conforme o art. 647 do CPC.

Art. 646 - A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a fim de satisfazer o direito do credor (Art. 591).

Arts.646, 647, 549 e 650CPC Art.651=Remição da Execução Execução fundada em título executivo extrajudicial Art.585 combinado com Art.646. Qual a finalidade da execução por quantia certa? Expropriar bens penhoráveis do

devedor. De que modo se realiza a expropriação? Penhora. A penhora individualiza o quantitativo de responsabilidade patrimonial necessária para o pagamento da dívida. O legislador tem que dizer de que modo procedimental vai ocorrer a expropriação.

Art.647=Meio pelo qual se realiza a expropriação Art. 647. A expropriação consiste: I - na adjudicação em favor do exeqüente ou das pessoas indicadas no § 2o do art.

685-A desta Lei II - na alienação por iniciativa particular; (art. 685-C) III - na alienação em hasta pública (arrematação); IV - no usufruto de bem móvel ou imóvel. – ou seja, o sujeito podera usufrui do bem

para garantir uma renda, ou seja, os fruntos do bem. Isto devera ser fixado de comum acordo no judiciario. Desta forma o usufruto eh a unica medida expropriativa no qual o bem nao eh expropriado.

Art. 648. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou

inalienáveis.

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06 de setembro de 2011 PENHORABILIDADE (art. 649-650 CPC) Art.649=Casos de impenhorabilidade absoluta Art. 649. São absolutamente impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do

executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;

III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de

elevado valor; IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de

aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo;

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros

bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; Exemplo: táxi. Observacao que se o sueito tiver um Corolla, o taxi podera ser expropriado. Com o valor da expropriacao podera o taxista compra um carro menor e continuar exercendo sua profissao.

VI - o seguro de vida; VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem

penhoradas; VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela

família; IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação

compulsória em educação, saúde ou assistência social; X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em

caderneta de poupança. XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido

político. § 1º A impenhorabilidade não é oponível à cobrança do crédito concedido para a

aquisição do próprio bem. § 2º O disposto no inciso IV do caput deste artigo não se aplica no caso de penhora

para pagamento de prestação alimentícia. Art.650=Caso de penhora relativa Art. 650. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e rendimentos dos

bens inalienáveis, salvo se destinados à satisfação de prestação alimentícia.

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Os bens são alienáveis, mas os frutos desses bens são alienáveis, desde que eu comprove que o executado não depende desses bens para sobreviver.

Remissão a execução=Art.651 Remissão da Execução: Instituto disponível ao executado, através do qual pode ele (o

executado), a qualquer tempo, desde que antes de alienados ou adjudicados os bens, pagar integralmente a dívida, incluindo juros, correção monetária, custas processuais e todos os encargos.

Art. 651.Antes de adjudicados ou alienados os bens, pode o executado, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios.

Até que momento eu posso praticar esse instituto? Art.685-C antes de assinado o termo de alienação particular, antes de consumada a expropriação, antes do auto de adjudicação.

Art. 685-C.Não realizada a adjudicação dos bens penhorados, o exeqüente poderá requerer sejam eles alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante a autoridade judiciária.

Remição da Execução X Remição de Bens Remição da Execução= (Art.651) é a liquidação da dívida pelo executado.CNP Remição de Bens= é a liberação dos bens penhorados pelas pessoas legitimadas para

tanto (cônjuge, descendente e ascendente nessa ordem), desde que depositem pelo preço pelo qual o bem está sendo expropriado (Art.1482CC e Art.19 da Lei 6830 execução fiscal e Art.685-A,§3º).

EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE FUNDADA EM

TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (Art.652 e seguintes) Art. 652.O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o

pagamento da dívida, sob pena de serem penhorados os bens. Citado para que no prazo de 3 dias= enquanto isso, já está fluindo o prazo de 15 dias

para embargar (Art.738). § 1º Não efetuado o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de

justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.

§ 2º O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655). Pela nova estrutura do Art.652, quem nomeia bens é o exequente, ele deve nomear bens, com base na ordem de degradação legal (Art.655).

Penhora é a individualização da responsabilidade patrimonial. A penhora individualiza o quantum necessário. A penhora sempre deve estar formalizada por auto de penhora, quando é lavrado por oficial de justiça (Art.665CPC) ou termo de penhora, quando é lavrado em cartório (Art.657CPC).

Por que o devedor é obrigatoriamente intimado? Formalizada a penhora, obrigatoriamente, tem que ser intimado o executado para,

nos termos do Art.668CPC, no prazo de 10 dias, requerer a substituição do bem penhorado, observando a segurança jurídica, ou seja, o menor gravame.

O prazo flui direto depois de formalizada a penhora. O devedor não é intimado para oferecer embargos, pois o prazo está fluindo

automaticamente a partir da citação do executado para fazer o pagamento.

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Atenção: É possível que o devedor seja citado hoje, fluido o prazo de 3 dias para pagar e o prazo de 15 dias para embargar e o senhor como advogado só encontre bens daqui 2 anos.

Casos de modificação de Penhora: CNP -por substituição (Art.656/668)=vale para o devedor e para o credor. O bem podera

ser substituido, devendo ser indicado no prazo de 10 dias. Deveremos seguir o principio do menor gravame e verificar se o bem tem o suporte de quitar a divida.

-por renovação (Art.667) – -por redução (Art.685,I) -por ampliação (Art.685,II) – Reforco de penhora, ou seja, indicar mais bens para

garantir o valor devido caso verificar que o mesmo nao eh o montante suficiente para quitar o credito.

- por avaliacao (art. 680) – Ex: eh penhorado um terreno no valor de R$20.000,00, porem surge a noticia de que surgira a Arena do Gremio ao lado do terreno. Obviamente este ira valorizar, entao conforme o art. 680 do CPC uma avaliacao do bem, para entao propor a reducao (art. 685,I). (Obs: STJ – Nao ha tarifamento no CPC do que eh preco vil, segundo o STJ preco vil eh aquele bem avaliado a menor de 50% da avaliacao. Imovel de incapaz nao pode ser vendido com valor abaixo de 80% da avaliacao).

Formalizada a penhora, por auto ou termo de penhora, ela deve ser registrada. Averbação da Penhora= a penhora tem que ser registrada. Citado para pagar o devedor não tem bens na comarca= por carta precatória,

comunicação do juízo deprecante faz ao juízo deprecado, de avaliação e expropriação. Art. 658. Se o devedor não tiver bens no foro da causa, far-se-á a execução por carta

(carta precatória), penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação (art. 747).

Carta Precatória= comunicação do juízo deprecante ao juízo deprecado pedindo atos que constitui prestação jurisdicional executiva (penhora, avaliação, casos de modificação e alienação).

Art. 659. A penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e honorários advocatícios.

§ 1º Efetuar-se-á a penhora onde quer que se encontrem os bens, ainda que sob a posse, detenção ou guarda de terceiros.

§ 2ºNão se levará a efeito a penhora, quando evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.

§ 3ºNo caso do parágrafo anterior e bem assim quando não encontrar quaisquer bens penhoráveis, o oficial descreverá na certidão os que guarnecem a residência ou o estabelecimento do devedor.

§ 4ºA penhora de bens imóveis realizar-se-á mediante auto ou termo de penhora, cabendo ao exeqüente, sem prejuízo da imediata intimação do executado (art. 652, § 4º), providenciar, para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, a respectiva averbação no ofício imobiliário, mediante a apresentação de certidão de inteiro teor do ato, independentemente de mandado judicial. - Súmula 375 STJ.

§ 5ºNos casos do §4º, quando apresentada certidão da respectiva matrícula, a penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, será realizada por termo nos autos, do qual será intimado o executado, pessoalmente ou na pessoa de seu advogado, e por este ato constituído depositário. (CNP)

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Não se depende da carta precatória para formalizar a penhora. Com base na matrícula a penhora está formalizada. Sempre com intimação, com a certidão da matrícula eu não dependo de carta precatória para formalizar o termo de penhora. Entao devemos requerer que seja formalizada por termo nos autos a penhora do bem imovel conforme a certidao das matriculas que iremos anexar nos autos.

Posso formalizar a penhora dos bens que estão em Manaus sem pedir carta

precatória. Venho a presença de Vossa Excelência, nos autos da execução, requerer que seja

lavrado o respectivo termo de penhora sobre o bem imóvel da matrícula tal localizado em tal lugar. Desse modo, a matrícula está formalizada. Antes de impedir que seja lavrado pode-se trabalhar com o Art.615-A.

Efetivada as averbações e individualizada no auto ou termo de penhora a responsabilidade de tantos bens quantos bastem do executado, você como advogado do executado deve requerer o cancelamento das averbações.

Pode penhorar os bens do cônjuge? O cônjuge não devedor tem o direito de impor embargos de terceiro, para salvar 50%

dos bens. Se a intimação do cônjuge não for feita anula-se a expropriação. Art.655,§ 2ºRecaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge

do executado. Se a intimação do cônjuge não for feita, anula-se a expropriação. Possibilidade de penhorar nos autos sem necessidade de precatória. Excesso de Penhora= Quando o valor do bem penhorado é exageradamente superior

que o valor da dívida. Isso gera incidente de modificação de penhora= requerer redução da penhora (Art.685,I combinado com o Art.620CPC).

Excesso de Execução= Quando o credor exequente cobra mais do que lhe é devido. O excesso de execução constitui em fundamento dos embargos.

Portanto, excesso de penhora gera incidente de modificação e o excesso de execução constitui fundamento dos embargos ou da impugnação do cumprimento de sentença para atacar a pretensão executiva.

Exemplo: Emitiu uma nota promissória de 100. Pagou 75 e está cobrando 100. Se pagou 75, só se deve 25, e então há excesso de execução.

Alienacao Judicial Antecipada dos Bens (art. 670 CPC): O devedor com o processo suspenso, ele pede para alienar. Ex: dois terrenos

penhorados, processo suspenso, embargos com efeito suspensivo. Chega o Edevaldo (cliente) e tras uma informacao para a Dra. Ana que os dois terrenos penhorados no valor de R$ 50.000,00 e diz que vai aumentar o valor dos terrenos para R$250.000,00, entao faco a alienacao judicial antecipada, vendo antecipadamente conforme a remissao (art. 651), fulmina a execucao dos embargos e paga a divida. Isto pode ser feito tambem a pedido do credor (art. 770 – quando houver manifesta vantagem ou risco de deteriorar ou deprecicar o bem)

Devedor procurado e Não Encontrado Art.653: Pode o oficial de justiça realizar o arresto de tantos bens quantos bastem

para saldar a divida. Qual a medida cautelar típica da execução por quantia certa? É o arresto, que pode realizar-se incidentalmente na hipótese do Art.653 ou pode

realizar-se como medida cautelar típica preparatória à execução (art.813).

Page 31: Execuções - Caderno Gravado P2

Qual a finalidade do arresto? Garantir a execução, portanto tem que se transformar obrigatoriamente em penhora.

Art.654CPC: dentro de 10 dias requerer a citação por edital do devedor. Findo o prazo, terá o devedor o prazo do Art.652, reabre o prazo de 3 dias, se não pagar converte-se automaticamente o arresto em penhora.

Não existe expropriação por carta rogatória, citação sim. Se houve arresto, obrigatoriamente tem que ter edital de citação e intimação da

penhora. (PROVA) 16/09/10 A penhora que sempre deve estar formalizada por autos ou a termo. Essa penhora não vem sozinha: é penhora mais avaliação. O eventual pedido de substituição deve estar acompanhado por um bem suficiente

para garantir a execução. Art. 652.=O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o

pagamento da dívida. Somente se converte em penhora apos a devolucao do prazo. Art. 655-A.=Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou aplicação

financeira, o juiz, a requerimento do exeqüente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, informações sobre a existência de ativos em nome do executado, podendo no mesmo ato determinar sua indisponibilidade, até o valor indicado na execução.

Art.672=penhora de crédito se pagar para o executado ou para terceiro vai pagar de novo. O devedor executado deve ser intimado para disponibilizar o crédito em juízo sob pena de pagar de novo.

Art.674=penhora no rosto dos autos fica garantida. (CNP P2) Ex: Penhora do inventário dos bens, penhora integral do seu quinhão por exemplo. Ex: Precatório de inventário no rosto dos autos em outra comarca. (CNP)Art.592,III= bens do devedor em poder de terceiro Art.683 Art.684 e 687= erro de avaliação Art.655-B A penhora se aperfeiçoa através da formalização no auto ou no termo mais a

avaliação. A avaliação constitui em um dos fundamentos dos embargos (Art.745,IICPC). Avaliação é a estimativa do valor do bem penhorado e a partir da estimativa eu vou posso trabalhar os casos de modificação. O bem não pode ser avaliado por um preço vil.

Preço Vil= preço insignificante, fora da realidade. Não existe tabelamento do que seja preço vil, salvo no caso do incapaz. O imóvel do incapaz não pode ser avaliado por valor inferior a 80% do valor original do bem.

Art. 701. Quando o imóvel de incapaz não alcançar em praça pelo menos 80% (oitenta por cento) do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1(um) ano.

Art.136 e 438= Embargos Art.670= Alienação Judicial Antecipada dos bens A avaliação em partes pode possibilitar um resultado útil e menor gravame. Se eu desconfiar do valor da avaliação tenho que requerer um reforço além da

avaliação. Art. 680. A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 652), ressalvada a aceitação

do valor estimado pelo executado (art. 668, parágrafo único, inciso V); caso sejam necessários

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conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo.

Art. 683. É admitida nova avaliação quando: I - qualquer das partes argüir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na

avaliação ou dolo do avaliador; II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no

valor do bem; III - houver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem (art. 668, parágrafo único,

inciso V). Art. 684. Não se procederá à avaliação se: I - o exeqüente aceitar a estimativa feita pelo executado (art. 668, parágrafo único,

inciso V); II - se tratar de títulos ou de mercadorias, que tenham cotação em bolsa,

comprovada por certidão ou publicação oficial; Art.1046,§3º= defesa da meação do cônjuge não devedor em embargos de terceiro. § 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar

conta-se a partir da juntada do respectivo mandado citatório, salvo tratando-se de cônjuges. § 2o Nas execuções por carta precatória, a citação do executado será imediatamente

comunicada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, inclusive por meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos a partir da juntada aos autos de tal comunicação

§ 3o Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 191 desta Lei. Art.655-B=defesa da meação do cônjuge não devedor da meação. Meação é a metade do valor do bem. Meação do cônjuge não devedor é 50% do

valor da avaliação do bem. Art.655O cônjuge devedor tem que ser intimado sempre. Sem prejuízo dos embargos

de terceiro (1046cpc) para defesa de sua meação o cônjuge não devedor pode também interpor embargos à execução. Para se ampliar o proteção do patrimônio da família.

Art.685-A§3º: Aplicado nos casos de arrematação. (parou aqui dia 06/09/2011)

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13 de setembro de 2011

EMBARGOS À EXECUÇÃO (arts. 736, 738, 739, 739-A, 740 CPC)

a) CONCEITO

A existencia formal do credito, nao significa que realmente este credito existe, pois podera ter sido fraudada a assinatura com entre outras inumeras hipoteses. Os embargos a execucao sao uma defesa fora do processo de execucao, sendo um remedio juridico classico de ataque a uma pretencao executiva. A existencia formal do credito, nao significa que aquilo realmente eh devido. Os embargos a execucao sao um ataque a pretensao executiva. O sujeito eh citado para pagar, podendo embargar em 15 dias, no processo de execucao a parte nao eh chamada para defender-se, mas sim para pagar. O conceito para a definicao dos embargos eh que estes constituem uma acao autonoma inicidental, cuja a finalidade eh descontituir a pretensao executiva, fulminar, ou no minimo reduzir a sua eficacia. Descontitui-la, fuliminar ou extinguir com base nos fundamentos do art. 745 do CPC como veremos na proxima aula do dia (14-9-2011). 1.2) Natureza Juridica: Constituem acao de conhecimento, com a possibilidade de producao de todos os meios de prova possiveis, ampla elaboracao probatoria. (prova testemunhal, pessoal, documental, etc). Os embargos sao autuados e distribuidos por dependencia, ficando atados ao processo de execucao. 1.3) Pressupostos (Requisitos) Possuimos dois que sao basicos, sao eles: a) TEMPESTIVIDADE: (art. 738 CPC)

Os embargos devem ser OPOSTOS dentro do prazo de 15 dias (art. 736 CPC) contados da citacao para o pagamento, sob pena de penhora caso nao for pago em 3 dias. (citacao pois eh fundada em titulo executivo extra judicial – fosse no cumprimento de sentencao seria intimacao – lembrar processo sincredito) Quando houver mais de um executado, o prazo para embargar comecara a correr a partir da juntada do respectivo mandado de citacao, ou seja, independe se os demais devedores ja foram

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citados. (art. 738 CPC). Outra ressalva que devemos fazer, eh o fato de que o CREDOR possui a livre disponibilidade da execucao, podendo executar somente um devedor.

b) Fundamentacao:

Hoje nao eh mais necessario garantir o juizo para a execucao do titulo executivo extra judicial, bastara a fundamentacao adequada. 1.4) Casos Rejeicao (Liminar) Dos Embargos (art. 739 CPC) Quando intempestivos (perdeu o prazo), quando ha inepcia da peticao (ex; sujeito nao consegue dizer o que queria nos embargos a execucao) ou quando manifestamente protelatorios. 1.5) EFEITOS DOS EMBARGOS (art. 739-A CPC) Os embargos em tese nao possuem efeito suspensivo, porem o juiz podera atribuir estes efeitos quando: a) Houver risco de dano irreparavel ao executado; (Ex:

expropriacao) b) Quando houver a exigencia da seguranca do juizo pela

penhora; (Ex: sujeito possui patrimonio suficiente para pagar a divida, desta forma podera ser atribuido efeito suspensivo)

Vale ressaltar tambem que a inexistencia de bens eh causa de suspensao da execucao, ou seja, se o sujeito devedor nao possui bens para o pagamento da divida, esta execucao sera suspensa (art. 791 CPC). Entao eh interessante sempre pedir este efeito suspensivo, pq dependendo do caso os embargos poderao suspender a execucao. CONFIGURACAO NA LIDE: POLO ATIVO DA EXECUCAO (CREDOR) X POLO PASSIVO DA EXECUCAO (DEVEDOR) POLO ATIVO DOS EMBARGOS (EMBARGANTE) X POLO PASSIVO (EMBARGADO) PROVA: EMBARGOS VENCERAM juizo de admissibilidade, juizo seguro, efeito suspensivo e os embargados foram julgados improcedentes (art. 520 do CPC), qual a vantagem dos embargos terem sido recebidos com efeito suspensivo? Suponhamos que ingressamos com o recurso de apelacao (art. 520 CPC), a apelacao como se ve nao eh recebida no efeito

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suspensivo, ou seja, o credor podera executar, ocorre que esta EXECUCAO SERA PROVISORIA, exigindo desta forma caucao.

Os embargos à Execução constituem o remédio processual clássico destinado a atacar a pretensão executiva, visando fulmina-la ou, no mínimo, reduzir a sua eficácia. O prazo para embargar não exige mais a segurança para o juízo.

O caso típico é o excesso de execução. Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá

opor-se à execução por meio de embargos. Parágrafo único. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência,

autuados em apartado, e instruídos com cópias (art. 544, § 1o, in fine) das peças processuais relevantes.

Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.

A execução fundada em título executivo extrajudicial independentemente da

segurança em juízo o prazo para embargar é de 15 dias. No cumprimento de sentença, não e na execução fiscal tbm, exige a segurança do juízo.

PARAMOS AQUI 13/09/2011

Fundamento dos Embargos (Art. 745 CPC)

A impugnacao esta no cumprimento de sentenca como os embargos

estao para o titulo executivo extra judicial.

O prazo para Embarga sera de 15 dias da juntada aos autos do mandato de citacao.

Deveremos indicar ao juiz os fundamentos dos embargos sob pena de inepcia dos mesmos. O fundamento dos embargos esta no art. 745,

fundados em titulo executivo extra judicial. Quando se tratar do inciso I do art. 745, eh aconselhavel utilizar a

excessao de pre executividade (art. 618) como preliminar dos embargos a execucao quando tivermos conjuntamente materia de merito.

Nos casos do inciso II, da penhora incorreta e avaliacao erronea poderemos embargar, estes embargos serao autuados em separado.

Sempre praticar o ato no prazo a menor (ou seja, do agravo). Da penhora e avaliacao, teremos 10 dias para pedir a substituicao do bem, e 15 dias para os embargos. Da decisao dos embargos, quando

AUTUADOS apartados (em apenso), desta decisao dos embargos teremos sentenca, cabendo entao apelacao. Ocorre que o natural eh os

embargos correm nos proprios autos depois da reforma, entao da decisao dos embargos cabera agravo. A avaliacao no CPC esta diposta do art. 680/685 do CPC, a avaliacao nao preclui nunca.

O art. 745, inciso III, nao poderemos confundir o excesso de execucao

com excesso de penhora. Havendo excesso de penhora deveremos

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reduzir a penhora (art. 668, c/c 665). O excesso a execucao difere, pois

ocorre quando o pedido da execucao eh maior do que eh realmente devido (art. 743 (hipoteses de excesso) c/c 745, III). Os requisitos da cumulacao na segunda parte do inciso III, estao dispostos no art 573

CPC.

O art. 745, inciso IV (nao cai na primeira, mas cai na segunda), neste caso estou diante de um processo de execucao, cujo a prestacao devida eh entrega de coisa. Ler tambem o paragrafo 1º e paragrafo 2º do art.

745.

O art. 745, inciso V, traz a ideia de que o titulo executivo extra judicial, por nao ter sido produzido no judiciario, podera incorrer em diversos vicios e pequenos erros. Entao, com base neste inciso poderemos alegar

praticamente tudo (novacao, vicios como coacao no momento da assinatura, entre outros).

Lembrando: Improvidos os embargos, poderei ingressar com uma apelacao, neste caso nao ha efeito suspensivo, desta forma caso haja

execucao da obrigacao, esta sera provisoria, necessitando caucao, exceto nos casos de alimento.

No prazo dos embargos (art 742 CPC), deveremos oferecer juntamente a incompentencia do juizo, suspeicao do juiz ou de impedimento do juiz

quando houver. A regra geral sera no domicilio do devedor, salvo disposto em contrario via contratual. Nao alegando a incompetencia do juizo, esta sera dito como aceita, pois a excecao de incompetencia trata-

se de incompetencia RELATIVA. Recebida a excecao, o processo sera suspenso conforme o art. 306 do CPC, ocorre que a excessao nao suspende os embargos, pois embargos sao uma acao AUTONOMA.

Somente sera suspenso os embargos, caso a excecao seja alegada apos o ingresso dos embargos, sendo assim os embargos bem como o

processo de execucao serao suspensos.

[email protected] duvidas basta mandar pra este email

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27 de setembro de 2011

Processo de Execucao Citacao (art. 652) Penhoa + Avaliacao

Embargos (art. 738) Sentenca

Art. 680; 685, paragrafo unico Expropriacao

Meios Expropriativos:

Adjudicacao (art. 685-A): Eh a um soh tempo meio de expropriacao (art. 647) e pagamento (art. 708). Eh uma modalidade expropriativa e

pagamento a um soh tempo, onde o credor adquire o proprio bem objeto da penhora. Trata-se de uma faculdade que esta disponivel a

todo e qualquer credor que tenha penhorado o bem (Ex: Credor 1; Credor 2; Credor 3), ou, ainda que nao penhorado tem exigibilidade do credito (Ex: Credor hipotecario – Art. 615, inciso II – Entao o credor

hipotecario nao penhorou o bem, porem o bem penhorado eh a sua garantia, logo ha o vencimento antecipado). Quando o valor do credito do credor adjudicante for inferior ao valor de avaliacao do bem

adjudicado, devera ele (credor adjudicante) depositar a diferenca, alem disso, a adjudicacao deve respeitar como preco minimo o valor de

avaliacao do bem, ou seja, somente pode operar-se por preco nao inferior ao da avaliacao.

Na adjudicacao em igualdade de condicoes com os credores concorrentes, tem preferencia o conjuge (art. 655-B), descendente e o

ascendente. Desta forma nao confundir a adjudicacao com a remicao de bens (art. 685-A paragrafo 3º)

A reforma trouxe uma flexibilizacao dos meios expropriativos, nao havendo suspenso entao o credor pode adjudicar. Interessante eh nao

dormir na avaliacao do bem. Avaliado por baixo o bem, teremos 10 dias para impugnar e requerer a substituicao do bem.

A adjudicacao estara finalizada a partir da assinatura do respectivo auto. (art. 685-B).

Questao:

40 mil de credito, o Credor numero 3 possui credito de 30 mil. A avaliacao da casa foi de 110 mil reais. O credor numero 1 e 3 penhoraram, o credor numero 2. Os 3 credores acabam requerendo

adjudicacao, onde o C1 deu 95, o C2 deu 100 e o C3 deu 90. Quem ira levar o bem eh ninguem, pois ninguem podera levar o bem por

adjudicacao a baixo do valor da avaliacao. Caso o juiz aceite que alguns dos credores adjudique o bem, cabera Embargos a Adjudicacao tendo em vista que adjudicacao abaixo da avaliacao corre risco de nulidade.

(art. 746 CPC). No caso de o C1 e o C2 requererem a adjucacao pelo

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valor de 200mil, ocorrera uma licitacao entre eles, onde quem pagar

mais levara (nao podendo ser menor do que o valor de 200mil dado anteriormente, sob pena de nulidade). O bem podera ser expropriado por preco a menos da avaliacao, somente na alienacao particular (art.

685-C) ou na Arrematacao.

Embargos a Adjucacao (art. 746 CPC):

O superveniente disposto no artigo eh depois da penhora, pois todos os fato que ocorreram antes da penhora devem ser alegados antes da

expropriacao, sob pena de preclusao.

Ate aqui a prova.

PROVA 2: 04 de outubro de 2011

Alienacao Particular (art. 685-C): Eh possivel fazer alienacao particular

do bem. No aspecto de ordem pratica, isto eh possivel quando o credor nao possui bens para adjudicar. Aqui na alienacao particular o bem podera ser alienado ate 50% abaixo do valor avaliado, que nao sera

considerado preco vil. Sera feito por peticao nos autos, com assinatura do credor, devedor e do adquirente.

Arrematacao (art. 686 CPC): A arrematacao eh a venda judicial dos bens penhorados, para quem por eles pagar maior lance (valor), na praca

(bens imoveis) ou no leilao (moveis ou semoventes – devera ser feito diante dos olhos dos arrematantes). A arrematacao transfere ao arrematante os frutos pendentes (Ex: arrematei 150 hectares de terra, e

tem la 50 mil pes de macas maduras para colher, os frutos duplamente serao meus, podendo eu usufruir destas macas). A arrematacao confere

ao arrematante direito real sobre o bem (Ex: arrematei o imovel, nao foi integre, poderei utilizar a forca policial para usfruir deste bem caso nao me seja entregue). Caracteriza marcante da arrematacao eh que exclui

a alegacao de vicios redibitorios (Ex: sujeito comprou a Parati e esta encontrava-se estragada, resumo, se ralou).

No que pertine aos riscos da eviccao (compra de bem de terceiro), o arrematante que perder o bem arrematado por terceiro (embargos de

terceiro), podera ingressar com acao contra o devedor (alienante), subsidiariamente responde o credor, pois este tambem se satisfas com a arrematacao. (pacifico na jurisprudencia)

Art. 690-A CPC:

Caso o credor nao tenha conseguido adjudicar, podera ser arrematante, nao necessitando que o valor da arrematacao cubra o meu credito (Ex:

bem avaliado em 500 reais, credito de 400. Credor nao conseguiu adjudicar pelo preco da avaliacao. Passamos para a faze da

Page 39: Execuções - Caderno Gravado P2

arrematacao, arrematado pelo credor por 250 reais. Tudo ok nessa

historia). Art. 698 CPC

A arrematacao estara perfeitamente configurada apos e acabada apos a

assinatura do respectivo auto de arrematacao. (art. 693 CPC) A arrematacao nao se desconstitui ainda que procedente os embargos. (art. 694 CPC) (Ex: B possui casa na praia, esta eh penhorada. B ingressa com embargos a execucao, sao admitidos procedentes

sentenca de improcendencia (segue a execucao provisoria, onde o bem eh arrematado) B ingressa com apelacao eh julgada procedente

nao podera pleitear a desconstituicao da arrematacao, pois este nao se

desconstitui (somente em alguns casos de nulidade dispostos no proprio art. 693 do CPC).

Claro que o Devedor que tem seus embargos providos, podera pleitear o valor do bem arrematado, devendo o credor responder por tal fato.

Parou aqui a aula de 4/10/2011

Ver art. 692, 686.

O prazo sera de 5 dias para os embargos de arrematacao sera da assinatura do auto de arrematacao. (art. 746 CPC)

Nos embargos a execução está fundada em TITULO EXECUTIVO EXTRA JUDICIAL, tendo o embargante a possibilidade de alegar como fundamento dos embargos qualquer fato que lhe fosse útil deduzir em processo de conhecimento. Não há limitação quanto aos fundamentos.

O devedor é o autor dos embargos chamado de embargante e o credor é o réu que aparece como embargado.

Pressupostos de Admissibilidade dos Embargos: - tempestividade Os embargos em princípio não possuem efeito suspensivo mas poderá ter no caso de

dano irreparável ou segurança do juízo. Art.739-A Como é Figurada a segurança dos embargos por quantia? Penhora CNP: na execução fundada em título executivo extrajudicial, o prazo para os

embargos está fluindo, portanto se alega a exceção de pré-executividade liminarmente, os casos de nulidades e depois se opera todos os demais fundamentos dos embargos para não precluir.

Excedentes de impugnação se opera de forma direta. Pode ocorrer a substituição da penhora mesmo depois dos embargos? Sim, a

qualquer tempo. Alienação antecipada dos bens não significa expropriação. Pode ocorrer remição da execução após a penhora antecipada? Sim Art.670CPC. CNP= instrumentalidade do fundamento da execução. O art.573 é fundamento dos

embargos. Excesso de Execução- Art.745§3º combinado com o Art.743 CPC. Art.745§4º= embargos de retenção por benfeitorias. CNP: Procedimento para obrigação específica de entrega de coisa com TEE: 621

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Exige embargos específico: Art.745§4º, não pode ocorrer enriquecimento sem causa. Pode ocorrer que aquele que legitimamente tem a titularidade desse bem não possua TEE, a função da sentença é declarar que este sujeito é proprietário.

Existe embargos de benfeitorias de TEJ? Não, eu tenho que alegar na contestação. Art.461-A: cumprimento de sentença de entrega de coisa Quando estou diante de TEE tenho embargos específicos (745-§4º). Quando estou

diante de TEJ ou alego na contestação ou eu perco. Art.475-L Art.745§5º: tudo que lhe for lícito alegar num processo de cp0nhecimento posso

alegar nos embargos como fundamento, pois na execução fundada em TEE não há limitação quanto aos fundamentos a serem indicados.

Moratória Processual: Art475-A= pagamento parcelado é direito subjetivo do executado. No momento em que alega o 475-a, há o reconhecimento da dívida e não há mais possibilidade de embargos e também não há a possibilidade de que a dívida vai ser paga, e nesse caso, se prossegue a execução com multa de 10%. Suspensão da execução com segurança do juízo.

Art.615-A: A execução por quantia certa fundada em título executivo extrajudicial tem a

finalidade de expropriar bens penhoráveis, porque a expropriação é a modalidade pela qual o exequente alcança o objeto da prestação típica que é a pecúnia.

Art. 646. A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a

fim de satisfazer o direito do credor (art. 591). Art. 647. A expropriação consiste: I- na adjudicação em favor do exeqüente ou das pessoas indicadas no § 2o do art.

685-A desta Lei; II - na alienação por iniciativa particular; III - na alienação em hasta pública; IV - no usufruto de bem móvel ou imóvel. Os meios de expropriação constituem forma de pagamento = Art.646 + Art.708 CPC Art. 708. O pagamento ao credor far-se-á: I - pela entrega do dinheiro; II - pela adjudicação dos bens penhorados; III - pelo usufruto de bem imóvel ou de empresa. Competência para conhecer os embargos na execução por carta precatória: Art.747.

Na execução por carta precatória: tanto no juízo deprecante quanto no juízo deprecado. Porém a competência para julgá-lo é do juízo deprecante, salvo se o objeto dos embargos versar sobre penhora, avaliação e expropriação, aí a competência é do juízo deprecado, pois esse fatos estão ocorrendo no juízo deprecado. A regra é o juízo deprecante, mas o que sempre cai é a exceção, a segunda parte do artigo.

Art. 747. Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante

ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente vícios ou defeitos da penhora, avaliação ou alienação dos bens.

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Art. 745. Nos embargos, poderá o executado alegar: III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; Art. 743. Há excesso de execução: I - quando o credor pleiteia quantia superior à do título; II - quando recai sobre coisa diversa daquela declarada no título; III - quando se processa de modo diferente do que foi determinado na sentença; IV - quando o credor, sem cumprir a prestação que Ihe corresponde, exige o

adimplemento da do devedor (art. 582); V - se o credor não provar que a condição se realizou. Art. 739-A. Os embargos do executado não terão efeito suspensivo. § 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos

embargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.

§ 2º A decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada, cessando as circunstâncias que a motivaram

§ 3º Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, essa prosseguirá quanto à parte restante. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).

§ 4º A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante

§ 5º Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de não conhecimento desse fundamento.(CNP)

OU SEJA: se o fundamento dos embargos for excesso de execução o embargante está obrigado, sob pena de liminar dos seus embargos, a apresentar plano o cálculo que entende como correto (CNP).

Os embargos foram julgados procedentes ou improcedentes, mas em decorrência dos fundamentos não descontituiram a execução- nesse caso, prossegue a execução.

É possível ocorrer modificação da penhora após o julgamento dos embargos improcedentes? Sim, a qualquer tempo

Art.685. Pode ocorrer fatos que modifique o valor da avaliação. Prossegue a execução para a expropriação. Art.647 combinado com o Art.708. Não havendo nenhuma causa suspensiva da execução, ou até uma exceção de pré-

executividade e resolvidos os incidentes de avaliação prossegue a execução nos atos de expropriação.

Os meios de expropriação estão disponíveis para o exequente (647 e 708). Podemos afirmar que a reforma flexibilizou os meios de expropriação para o

exequente, pois os meios de expropriação estão disponíveis para o exequente. A primeira modalidade expropriativa é a Adjudicação. Adjudicação: Art.685-A A adjudicação é uma modalidade expropriativa facultada ao exequente, que poderá

adquirir o próprio bem objeto da penhora como pagamento da dívida. Por essa razão, parte da doutrina entende que a natureza jurídica da adjudicação assemelha-se com a dação em

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pagamento, pois na adjudicação você não leva o dinheiro e sim o bem penhorado. A dação em pagamento é acordo de vontades e se recebe o bem em troca do pagamento. A adjudicação é meio expropriativo compulsório.

Art. 685-A. É lícito ao exeqüente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação,

requerer lhe sejam adjudicados os bens penhorados. § 1o Se o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante depositará de

imediato a diferença, ficando esta à disposição do executado; se superior, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.

Exemplo: Bem avaliado em 120 e eu tenho 70 eu posso adjudicar, mas tenho que pagar a diferença.

§ 2o Idêntico direito pode ser exercido pelo credor com garantia real, pelos credores

concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelos descendentes ou ascendentes do executado. CNP

Exemplo: Execução por quantia certa contra devedor solvente. Os três credores concorreram para a adjudicação. O credor1 ofereceu 90, o credor2 87 e o credor 3 que é hipotecário ofereceu 110. É nula a adjudicação, porque a adjudicação só pode realizar-se contra o valor mínimo da avaliação do bem.

Avaliação do bem:120 Credor 1=40- 90 Credor 2=30- 87 Credor 3=20- 110 § 3o Havendo mais de um pretendente, proceder-se-á entre eles à licitação; em

igualdade de oferta, terá preferência o cônjuge, descendente ou ascendente, nessa ordem. Exemplo: Na hipótese de o Credor1 oferecer 125, credor2 oferecer125 e o terceiro

oferecer120. Se dois ou mais credores oferecerem valores maiores do que o valor da avaliação do bem haverá licitação entre os dois, mas nenhum dos dois levará o bem, por causa do princípio da lealdade processual. A licitação tem que ocorrer por igualdade de oferta.

Bem avaliado em 120 Credor 1=20-deu120 Credor2=30-deu150 Credor3=60-deu170 Está previsto o benefício dos familiares do executado para que o bem permaneça no

acervo familiar. Antes de assinar o auto pode exercer a preferencia. Este benefício é estendido a arrematação. § 4o No caso de penhora de quota, procedida por exeqüente alheio à sociedade, esta

será intimada, assegurando preferência aos sócios. § 5o Decididas eventuais questões, o juiz mandará lavrar o auto de adjudicação. Art. 1.482. Realizada a praça, o executado poderá, até a assinatura do auto de

arrematação ou até que seja publicada a sentença de adjudicação, remir o imóvel hipotecado, oferecendo preço igual ao da avaliação, se não tiver havido licitantes, ou ao do maior lance oferecido. Igual direito caberá ao cônjuge, aos descendentes ou ascendentes do executado.

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05/10 Execução Por Quantia Certa fundada em Título Executivo Extrajudicial contra devedor

solvente Finalidade: expropriar bens penhoráveis O exequente tem a livre disponibilidade dos meios expropriativos. Exemplo: Bem avaliado em 200 Crédito de 400 Adjudicação= valor não superior ao da avaliação Eu posso adjudicar pelo valor da avaliação. Eu posso não querer adjudicar, eu posso

querer ir para a segunda praça, tendo a possibilidade de adquirir o bem pela metade do valor da avaliação. Se ninguém mais tem bens para penhorar. Não se tem mais nenhuma perspectiva de se conseguir bens. Posso adjudicar o bem por 200. Mas o bem é muito caro no sentido de interesse, de vinculação da família. Se não tem bens para reforço, os familiares podem exercer o direito de preferência, pagando 400.

A insolvência só produz efeitos se for declarada juridicamente. No Art.685-A §3º está camuflado a remição de bens. A reforma flexibilizou os meios expropriativos, fazendo com que ele estejam a

disposição do requerente. Alienação Particular: A alienação particular é meio de expropriação, e a alienação antecipada não é meio

expropriativo. Art. 685-C. Não realizada a adjudicação dos bens penhorados, o exeqüente poderá

requerer sejam eles alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante a autoridade judiciária.

§ 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo (art. 680), as condições de pagamento e as garantias, bem como, se for o caso, a comissão de corretagem.

§ 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, assinado pelo juiz, pelo

exeqüente, pelo adquirente e, se for presente, pelo executado, expedindo-se carta de alienação do imóvel para o devido registro imobiliário, ou, se bem móvel, mandado de entrega ao adquirente.

§ 3o Os Tribunais poderão expedir provimentos detalhando o procedimento da

alienação prevista neste artigo, inclusive com o concurso de meios eletrônicos, e dispondo sobre o credenciamento dos corretores, os quais deverão estar em exercício profissional por não menos de 5 (cinco) anos.

Alienação Particular=Termo Adjudicação=Auto Arrematação=Auto

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Arrematação: Art.686 CPC Se houve publicação, não adjudicou, ninguém particular quis comprar, nenhum

terceiro apareceu. Se publicar o edital eu estou em hasta pública e aí é arrematação. Antes disso, é alienação particular ou adjudicação. A arrematação é ato de expropriação puro, através do qual os bens penhorados são alienados para quem por eles oferecer maior preço na praça ou leilão.

A arrematação é sempre precedida de edital. Art.686 caput= requisitos do edital Art. 686. Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do bem

penhorado, será expedido o edital de hasta pública, que conterá: I - a descrição do bem penhorado, com suas características e, tratando-se de imóvel,

a situação e divisas, com remissão à matrícula e aos registros; II - o valor do bem; III - o lugar onde estiverem os móveis, veículos e semoventes; e, sendo direito e ação,

os autos do processo, em que foram penhorados; IV - o dia e a hora de realização da praça, se bem imóvel, ou o local, dia e hora de

realização do leilão, se bem móvel; V - menção da existência de ônus, recurso ou causa pendente sobre os bens a serem

arrematados; VI - a comunicação de que, se o bem não alcançar lanço superior à importância da

avaliação, seguir-se-á, em dia e hora que forem desde logo designados entre os dez e os vinte dias seguintes, a sua alienação pelo maior lanço (art. 692).

CNP= Embargos a Arrematação Sempre que for exequente ou o terceiro interessado no bem, verifica-se antes da

publicação do edital se há nos autos uma matrícula atualizada do bem ou uma certidão, porque pode ter gravames, pode ter outras penhoras sobre o bem imóvel, pode ter uma hipoteca. E aí se não constou no edital, é nula a expropriação, aí se entra com embargos a arrematação e se desconstitui porque não constou o gravame que existe sobre o bem.

Art. 690. A arrematação far-se-á mediante o pagamento imediato do preço pelo

arrematante ou, no prazo de até 15 (quinze) dias, mediante caução. § 1o Tratando-se de bem imóvel, quem estiver interessado em adquiri-lo em

prestações poderá apresentar por escrito sua proposta, nunca inferior à avaliação, com oferta de pelo menos 30% (trinta por cento) à vista, sendo o restante garantido por hipoteca sobre o próprio imóvel.

§ 2o As propostas para aquisição em prestações, que serão juntadas aos autos,

indicarão o prazo, a modalidade e as condições de pagamento do saldo. § 3o O juiz decidirá por ocasião da praça, dando o bem por arrematado pelo

apresentante do melhor lanço ou proposta mais conveniente. § 4o No caso de arrematação a prazo, os pagamentos feitos pelo arrematante

pertencerão ao exeqüente até o limite de seu crédito, e os subseqüentes ao executado. CNP= O credor/exequente pode ser arrematante? Sim, nesse caso ele não precisa exibir o preço. Art.690-A, §único= O exeqüente, se vier a arrematar os bens, não estará obrigado a

exibir o preço; mas, se o valor dos bens exceder o seu crédito, depositará, dentro de 3 (três) dias, a diferença, sob pena de ser tornada sem efeito a arrematação e, neste caso, os bens serão levados a nova praça ou leilão à custa do exequente.

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Exemplo: O bem foi avaliado em 200 e o crédito é de 120. Posso adjudicar mas não tenho dinheiro. Espero para a segunda praça. Na segunda praça o bem tem 105 de lance e eu (credor) ofereço 110, sem necessidade de exibir o preço. Aí eu posso arrematar o bem, e até o limite do meu crédito, não sou obrigado a exibir o preço. O preço não é vil(Art.692).

Art. 690-A. É admitido a lançar todo aquele que estiver na livre administração de seus

bens, com exceção: I - dos tutores, curadores, testamenteiros, administradores, síndicos ou liquidantes,

quanto aos bens confiados a sua guarda e responsabilidade; II - dos mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam

encarregados; III - do juiz, membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, escrivão e demais

servidores e auxiliares da Justiça. Parágrafo único. O exeqüente, se vier a arrematar os bens, não estará obrigado a

exibir o preço; mas, se o valor dos bens exceder o seu crédito, depositará, dentro de 3 (três) dias, a diferença, sob pena de ser tornada sem efeito a arrematação e, neste caso, os bens serão levados a nova praça ou leilão à custa do exeqüente.

Se foi publicado o edital eu estou em hasta pública (arrematação). Se não for publicado o edital, é alienação particular. Se o credor adquire o bem pelo preço da avaliação é adjudicação. Art. 691. Se a praça ou o leilão for de diversos bens e houver mais de um lançador,

será preferido aquele que se propuser a arrematá-los englobadamente, oferecendo para os que não tiverem licitante preço igual ao da avaliação e para os demais o de maior lanço.

Características da Arrematação: - A arrematação confere ao arrematante o direito real sobre o bem. - Confere ao arrematante os frutos pendentes. O que significa que se você arrematar

120 hectares de terra e lá tiver maçãs, as maçãs são suas também. - A arrematação exclui a arguição dos vícios redibitórios. Os bens móveis se compra

no estado em que se encontram. O que não tem nada haver quando eu arremato um bem imóvel e não conta no edital a sua hipoteca. Nesse caso, a arrematação pode desconstituir-se.

CNP=Os vícios redibitórios nada tem haver com o problema dos riscos da evicção da

arrematação. Os riscos da evicção na arrematação serão suportados pelo executado. Não pode existir arrematação por preço vil.

O que são riscos da evicção na compra e venda? É uma cláusula de compra e venda. Quem responde é o executado, mas como ele quase nunca tem bens, a

jurisprudência diz que os riscos da evicção na arrematação serão suportados pelo executado e subsidiariamente pelo exequente porque ele beneficiou-se do preço. O exequente responde até o limite que se beneficiou.

Embora o alienante seja o executado pelo princípio da continuidade resgistral, ainda que forçado, como quem se beneficiou do preço.

Essa arrematação estará perfeita e acabada com a assinatura do respectivo auto de arrematação.

Não pode existir arrematação por preço vil. O executado pelo princípio do menor gravame tem o direito de ter uma avaliação

contemporânea à praça (próxima à praça).

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AUTO= Adjudicação TERMO= Alienação + 5 dias =Embargos Específicos (Art.746) AUTO= Arrematação Termo Inicial + 5 dias = Embargos Específicos Art. 746. É lícito ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da adjudicação,

alienação ou arrematação, oferecer embargos fundados em nulidade da execução, ou em causa extintiva da obrigação, desde que superveniente à penhora, aplicando-se, no que couber, o disposto neste Capítulo.

§ 1º Oferecidos embargos, poderá o adquirente desistir da aquisição § 2º No caso do § 1o deste artigo, o juiz deferirá de plano o requerimento, com a

imediata liberação do depósito feito pelo adquirente (art. 694, § 1o, inciso IV § 3º Caso os embargos sejam declarados manifestamente protelatórios, o juiz imporá

multa ao embargante, não superior a 20% (vinte por cento) do valor da execução, em favor de quem desistiu da aquisição.

Eu posso desconstituir o ato de expropriação? Sim, através dos embargos específicos. E se eu perder o prazo para embargar? Entro com exceção de pré- executividade. E se já saiu a carta? Entro com Ação Ordinária de Anulação (Art.486 CPC). Art. 486. Os atos judiciais, que não dependem de sentença, ou em que esta for

meramente homologatória, podem ser rescindidos, como os atos jurídicos em geral, nos

termos da lei civil.

Page 47: Execuções - Caderno Gravado P2

07/09 Processo de Execução = Penhora + Avaliação - Expropriação Embargos - Sentença Expropriação: - Adjudicação 685-a e b- 746 - Alienação Particular 685-c termo + 5 dias =746 - Arrematação - auto +5 dias =746 - Usufruto A execução por quantia certa tem por finalidade expropriar bens. Sempre que a execução por quantia certa chegou ao seu final ela realizou-se

mediante expropriação (meios expropriativos: adjudicação, alienação particular, arrematação e susfruto).

O usufruto depende do acordo de vontades, sobretudo da vontade do exequente. Há bens suficientes para garantir a execução, a penhora está formalizada, houve

embargos, não há causa impeditiva e nós prosseguimos a execução. Antes da reforma só havia necessidade de ser intimado o credor hipotecário, ou seja,

aquele com garantia real (intimado da arrematação, da adjudicação etc). Não havia necessidade de registro.

Art. 698. Não se efetuará a adjudicação ou alienação de bem do executado sem que

da execução seja cientificado, por qualquer modo idôneo e com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência, o senhorio direto, o credor com garantia real ou com penhora anteriormente averbada, que não seja de qualquer modo parte na execução.

Art.615 e Art.615-A= proteção a eventual fraude à execução. Se eu tenho uma averbação premonitória, eu estou protegido de uma eventual

fraude à execução. Só que a intimação prévia só dispõe para os que tiverem registro de penhora.

Suspende a execução para que se faça o registro. Existe preferência na ordem de pagamento para o primeiro que penhorou. Art.694 e 698 tomar ciência se o bem está sendo expropriado. A insolvência só produz efeitos se declarada, se for requerida em juízo. Processo para cumprir acordo fica com todas as garantias até que vença o prazo. Não existe conversão de execução de quantia certa contra devdor solvente em

devedor insolvente, porque o processo executivo concursal civil (Art.742 e seguintes)tem que ser objeto de uma pretensão plena e autônoma.

Art.656 CPC (CNP) Venho a presente vossa excelência requerer a substituição do bem penhorado A arrematação é irretratável perfeita e acabada CNP A execução fundada em título executivo extrajudicial é sempre definitiva, passa a ser

provisória 587 Para fomentar a expropriação no sentido de estimular as garantias do arrematante

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Ainda que procedente os embargos a arrematação não se desconstitui por esse fundamento.

CNP= 694 §2º No caso de procedência dos embargos o executado terá direito a ver do exequente

Casos em que a arrematação pode desconstituir-se CNP- 694§1º Art.696 e 695 É direito exclusivo do arrematante. SUPERVENIENTE É DEPOIS DA PENHORA 14/10 Execução de Prestação Alimentícia - Art.732: Mediante Exproprição - Art.733: Mediante Prisão Súmula 309 Somente para as 3 últimas prestações 30 de agosto de 2011 Inicial de Execução= Art.614 e Art.615 Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e

instruir a petição inicial: I - com o título executivo extrajudicial; II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação,

quando se tratar de execução por quantia certa; III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 572). Art. 615. Cumpre ainda ao credor: I - indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo pode ser

efetuada; II - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou

usufrutuário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto;

Entao sempre que for penhorar o bem, onde exista uma hipoteca para um credor

privilegiado, este credor hipotecario devera ser intimado. III - pleitear medidas acautelatórias urgentes;

Ex: arresto, indisponibilidade de bens. Sumula 375, segunda parte.

STJ Súmula nº 375 - 18/03/2009 - DJe 30/03/2009

Reconhecimento da Fraude à Execução - Registro da Penhora - Prova de

Má-Fé do Terceiro Adquirente O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do

bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.

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Eh amplo o aspecto da tutela cautelar executiva. Observacao que isto nao eh penhora, pois esta soh podera ocorrer a partir da citacao, e este aspecto cautelar ocorre antes da citacao. A medida acautelatoria hoje produz mais efeitos do que a propria penhora, pois a medida acautelatoria pode alcancar varios bens, e a penhora eh individualizada sobre um bem. O art. 615, inciso III da o poder de cautela ao juiz a partir do deferimento e conforme o art. 615-A nao, pois o autor se auto autorga a medida cautelatoria antes mesmo do processo chegar ao juiz. AVERBACAO PREMONITORIA

Art. 615-A. O exeqüente poderá, no ato da distribuição, obter certidão comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto § 1º O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas, no

prazo de 10 (dez) dias de sua concretização. Nao ha citacao para a

comunicacao da averbacao. § 2º Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida,

será determinado o cancelamento das averbações de que trata este artigo relativas àqueles que não tenham sido penhorados. Averbeii quatro imoveis,

soh foi penhorado um, desta forma deverei dar baixa nas outras tres

averbacoes § 3º Presume-se em fraude à execução a alienação ou oneração de bens

efetuada após a averbação (art. 593). Neste caso da averbacao ta tipificado

uma hipotese de fraude que ocorreu antes da citacao. Isto altero a essencia do instituto, nao interessando se nao ha citacao, pois ja existe uma averbacao

premonitoria. Desta forma a fraude existe. obs.dji.grau.1: Art. 593, Responsabilidade Patrimonial - CPC

§ 4º O exeqüente que promover averbação manifestamente indevida

indenizará a parte contrária, nos termos do § 2º do art. 18 desta Lei, processando-se o incidente em autos apartados.

obs.dji.grau.1: Art. 18, § 2º, Responsabilidade das Partes por Dano Processual - CPC

§ 5º Os tribunais poderão expedir instruções sobre o cumprimento deste

artigo.

Uma vez alcancada a medida acautelatoria de averbacao eu estaria totalmente protegido contra a fraude. Este aspecto garante a minha Execucao, fazendo uma pesquisa antes mesmo da acao se existe automovel, bens, sociedade, etc. Este procedimento eh tudo na execucao. Dica: Devemos tomar cuidado de nao promover a averbacoes em todos os bens, pois pode existir excesso na execucao, cabendo desta forma uma idenizacao promovida pelo devedor tendo em vista este excesso.

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Ex: titulo judicial em R$20.000,00 e o sujeito promove averbacao em tres automoveis e dois conjuntos comerciais. Eu como advogado do devedor antes de ser citado irei requerer a baixa das averbacoes e requerer que seja realizada a penhora sobre apenas um automovel, e que seja cancelada as demais averbacoes existentes. Entao informamos o execesso da averbacao, irei requerer a baixa destas, indicando apenas um bem para penhora com base no principio do menor gravame. Como advogado do credor, eu iria propor uma impugnacao a este excesso de averbacao alegado, pois muitas vezes o bem indicado para penhora, quando leiloado nao satisfaca o credito do meu cliente. Entao eu iria requerer reforco da averbacao com base na Sumula 375 do STJ. Medidas para o 3º no momento de comprar bens: Quando comprar bens tirar certidao do local do bem e do domicilio do devedor

IV - provar que adimpliu a contraprestação, que Ihe corresponde, ou que Ihe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do credor.

NULIDADE DA EXECUCAO (art. 618 CPC) Se nao cumpridas os requisitos da execucao sera nula a execucao art. 618 CPC Art.615,I: Indicar a espécie de execução. = Cabe ao credor exequente indicar a

espécie de execução. A opção procedimental é do exequente. Em decorrência da natureza da prestação alimentícia, o inadimplemento enseja em

execução mediante expropriação ou mediante prisão. Não pode o juiz de ofício converter ou determinar a execução de alimentos mediante

prisão se esta não foi a opção procedimental expressa do credor exequente. Cabe ao exequente a escolha procedimental (Art.615,I).

Súmula 309 STJ: O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que

compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.

Exemplo: 22 prestações atrasadas e cada uma de mil reais, totalizando 22 mil. Instar

a parte executada a pagar em 3 dias os 22mil sob pena de ser decretada prisão. Segundo esta súmula a execução mediante prisão é limitada às 3 últimas prestações

vencidas. O resto será por expropriação ou por composição. Art.615,I: duas modalidades procedimentais para executar - penhora, avaliação e expropriação se o executado tiver bens. - prisão, hipótese em que está limitada às 3 últimas prestações vencidas. Art.614,II: tem que apresentar a memória do cálculo.

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Os alimentos provisórios eu posso executar mediante prisão? Sim - Mediante Exproprição: pedido para pagar, penhora e avaliação. - Mediante Prisão: requer execução de prestação alimentícia mediante prisão. Art. 733. Na execução de sentença ou de decisão, que fixa os alimentos provisionais,

o juiz mandará citar o devedor para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. Sob pena de ser decretada a prisão e ainda deve ser requerido os honorários advocatícios.

Requerer execução de pensão alimentícia mediante prisão: então em 3 dias você tem que pagar, comprovar que pagou ou justificar a impossibilidade sob pena de prisão.

O saldo devedor correspondente às 3 últimas prestações conforme memória preliminar do calculo abaixo importa hoje no valor atualizado em ........... e ainda requer as custas e os honorários advocatícios.

A execução não pode ser julgada procedente ou improcedente. Você requer que seja acolhida a execução.

Exemplo 1: Eu tenho que pagar, mas eu não tenho dinheiro. Porém tenho um terreno

e não quero correr o risco de ser preso. No prazo legal tenho que dizer que não tenho disponibilidade financeira, mas possuo

um bem para que seja alienado e produzido o dinheiro para o cumprimento da obrigação. Se executa o patrimônio e não se decreta a prisão

Exemplo 2: Se eu não tenho o dinheiro todo, mas tenho uma parte. Nesse caso, eu faço um acordo e o pagamento será de forma parcelada. Memória dos autos Pode ter embargos normalmente por excesso de execução.

Autor X Réu Processo de Conhecimento

Intimação 475-A §1º Sentença 475-B

Arbitramento 475-C D Liquidação de Sentença Artigos 475E Intimação 475-A§1º

AVG 475-H Pedido Executivo AVG 475-H Cumprimento de Sentença: 475-A Execução por Quantia Processo Sincrético: é aquele que contempla na mesma estrutura processual

pretensão a cognição, pretensão a liquidação de sentença, pretensão a execução e a expropriação (adjudicação, alienação particular, arrematação e usufruto).

Pretensão a Cognição: Tem que declarar o direito e constituir um título. Exemplo: Bateram no meu carro, eu tenho 3 orçamentos e eu entro com um

processo de conhecimento. Poderia entrar com a execução direto? Só se estivesse composta essa execução num

título executivo. Então eu preciso que declare a responsabilidade e a condene a pagar o valor do

menor orçamento.

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Aqui eu tenho a cognição, pois o juiz conhece do meu direito, declara o meu direito e agrega ainda uma carga de eficácia condenatória, constituindo, desse modo, um título executivo judicial (Art.475-N).

Liquidação de Sentença: Todo o título executivo judicial ou extrajudicial como pressuposto jurídico válido e

eficaz deve ter seus elementos caracterizadores plenos. Certeza, liquidez e exigibilidade. Certeza= é a natureza da prestação (pecúnia, dinheiro). Exigibilidade= quando o título executivo se torna exigível? Quando transita em

julgado. E se não transita não posso exigir? Pode se se tratar de execução provisória. Liquidação de Sentença= A liquidação é um incidente destinado a quantificar o

objeto da condenação, ou seja, para apurar o valor devido, quando a prestação típica é quantia. A extensão se busca na liquidação por arbitramento. Liquidar também pode ser individualizar o objeto da prestação típica em casos de obrigações típicas de entrega de coisa, sobretudo nas obrigações alternativas. Exemplo: entregar soja, trigo ou milho. A obrigação se torna líquida quando se faz a escolha. Se não é mais possível o cumprimento da obrigação específica converte-se em perdas e danos, em pecúnia. Na conversão eu tenho liquidação para identificar o objeto da prestação típica específica que não vai mais ser cumprida.

Espécies de Liquidação: - Arbitramento 475-C 475-D - Artigos - Cálculo sob responsabilidade exclusiva do exequente Instruo a liquidação judicial por A liquidação por arbitramento e a liquidação por artigos iniciar-se-ão sempre

mediante intimação prévia do executado, salvo as hipóteses nas quais o título executivo judicial formou-se fora do processo de conhecimento (sentença penal, arbitral ou estrangeira).

Art.475-N

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19/10 Liquidação de Sentença: - Por Cálculo - Por Arbitramento - Por Artigos Título executivo judicial cuja finalidade é quantificar o objeto da condenação. Liquidação de sentença em procedimentos independentes, temos duas espécies: por

arbitramento e por artigos, e iniciam-se sempre mediante intimação prévia do executado, salvo se o título executivo judicial formou-se fora do processo de conhecimento, quando a liquidação e a execução iniciar-se-á mediante citação prévia do executado.

Art.387,IV CPP + Art.63 CPP= Antigamente o juiz apenas se restringia a fixação da pena na esfera penal e nada no cível. A partir de 2008 o juiz ao sentenciar deverá fixar o valor mínimo. No cumprimento de sentença de obrigação pecuniária não há citação do executado, porque é um processo sincrético, exceto se produzido fora do processo de conhecimento (sentença penal), hipóteses em que a liquidação e a execução iniciar-se-á mediante citação prévia do executado. A sentença penal condenatória obriga o juiz a fixar o quantum mínimo.

CNP= O juiz fixou a pena em 20 mil nos termos do Art.387,IV, entretanto pretende a

vítima 525 mil. Caso você fosse contratado de que forma agiria? Entraria no cível sem prejuízo da execução do respectivo valor produzido na sentença penal, citando-se para tanto com liquidação de sentença para discutir o valor a mais.

Não existe execução provisória de título executivo penal transitado em julgado

(Art.63CPP). A hipoteca e o penhor sempre estão vinculados ao valor da dívida. Portanto, desde 2008, o Art.387,IV obriga o juiz a fixar o quantum mínimo efetivo de

dano sob pena de nulidade. - Liquidação Por Cálculo: Art.475-B= far-se-á liquidação por calculo sempre que para apurar o valor da

condenação far-se-á necessário apenas lançamento de juros, correção monetário, indexadores.

Art.614,II= O credor por sua conta e risco iniciará a execução instruindo a petição inicial com a memória do calculo atualizado.

O credor vai direto do título executivo à execução? Mas então não tem execução de sentença? A liquidação de sentença é o próprio

calculo. Mas então tem contraditório? Não Mas se você fez o cálculo de 400mil e os indexadores são de apenas 45 mil? CNP= Em que momento na liquidação por calculo você vai poder atacar a pretensão

executiva? O fundamento é o excesso de execução onde? Execução de TEE dá embargos (Art.745), já aqui é impugnação. Na Impugnação.

Nessa liquidação específica por calculo pode haver problema:

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Art.475-B, §1º: Quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-los, fixando prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência.

Quando o indexador estiver em poder de terceiro, intima-se o terceiro para informar o valor. Mas se cabia ao executado devedor o indexador e não indicou, devolve-se ao exequente o direito de indicar op que tem de cabível.

Art.475-B §2º: Se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, e, se não o forem pelo terceiro, configurar-se-á a situação prevista no art. 362.

Crime de Responsabilidade Art.475-B, §3º: Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a memória

apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da decisão exeqüenda e, ainda, nos casos de assistência judiciária.

Conferência do cálculo Intimar sob pena de multa (475-J) Art.475-B, §4º: Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos do § 3o

deste artigo, far-se-á a execução pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador.

CNP=Tendo requerido o cumprimento de sentença 614,II mais a memória atualizada

do calculo, o juiz não deu o comando de cumprimento de sentença. O contador encontra o calculo de 4milhões e 100 mil reais, sendo que o pedido era de 7milhões e 200mil reais. O juiz despacha, intimando o credor para manifestar-se sobre o procedimento de execução. Caso você fosse advogado do credor exequente como procederia?

1- Sobre qual valor vai recair a execução? Sobre o valor que bem entender o exequente porque ele tem a livre disponibilidade da execução.

2- Sobre qual valor vai recair a penhora? Sobre o valor do contador, ou seja 4milhões e 100 mil reais reais.

Exemplo: Pedi 5200, o juiz deu 3100. Pelo princípio do menor gravame. Em primeiro lugar eu vou requerer reforço de penhora. Venho a presente vossa excelência requerer que a execução prossiga sobre o valor de 8355 conforme nova memória de calculo.

Liquidação Por Arbitramento: Art.475-C e Art.475-D Far-se-á a liquidação por arbitramento sempre que para apurar o valor da

condenação se fizer necessária a atuação de um perito, de um técnico. Nesse caso a liquidação iniciar-se-á mediante intimação prévia do executado ou na pessoa do seu procurador se estiver nos autos, salvo se o título executivo formou-se fora do processo de conhecimento, hipóteses na qual a execução iniciar-se-á mediante citação. Portando na liquidação por arbitramento, o técnico será o perito nomeado pelo juiz com conhecimento específico do exame pericial a ser realizado. Nesse caso caberá ao juiz nomear o perito, sendo facultado às partes a indicação de assistente técnico e quesitos. O requerimento de liquidação de sentença deverá ter prévia intimação.

Art. 475-B. Quando a determinação do valor da condenação depender apenas de

cálculo aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença, na forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada do cálculo.

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§ 1o Quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-los, fixando prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência.

§ 2o Se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, e, se não o forem pelo terceiro, configurar-se-á a situação prevista no art. 362.

§ 3o Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a memória apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da decisão exeqüenda e, ainda, nos casos de assistência judiciária.

§ 4o Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos do § 3o deste artigo, far-se-á a execução pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador.

Art.475-C: Far-se-á a liquidação por arbitramento quando: I – determinado pela sentença ou convencionado pelas partes II – o exigir a natureza do objeto da liquidação. A liquidação de sentença nunca pode ser dispensada, mas pode ser objeto de

transação. Diante da atuação dos peritos bem como dos assistentes técnicos, o valor da

condenação deverá constar de laudo. Esse laudo está sujeito ao contraditório das partes (agravo de instrumento). O valor da condenação deverá ser apurado na conclusão do laudo, não estando uma das partes de acordo com a conclusão do laudo, caberá agravo de instrumento.

Art. 475-H. Da decisão de liquidação caberá agravo de instrumento. Eu só posso promover a liquidação de sentença depois que tiver o laudo. Nem sempre se indica assistente técnico. Eu tenho assistente técnico no caso em que

tenho uma condenação terrível, de grande valor.

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21/10 O laudo é atividade específica do engenheiro ou do arquiteto. O laudo exige um técnico e tem que ter metodologia científica. Liquidação por arbitramento tem a necessidade da nomeação de um técnico ou

perito. Art. 475-D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará

o prazo para a entrega do laudo. Liquidação Por Artigos Art. 475-E. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da

condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo. Far-se-á a liquidação por Artigos sempre que para determinar o valor da condenação

se fizer necessário a prova de fato novo. Fato novo esse que jamais poderá referir-se ao mérito da demanda, até porque sobre o mérito já operou-se a eficácia da coisa julgada. Portanto, fato novo deve referir-se especificamente ao objeto da condenação, ou seja, destina-se a quantificar o objeto da condenação.

É chamada de liquidação por artigos, porque eu e numero por artigos as proposições que eu vou identificar a condenação final. Esses artigos são provados. A liquidação por artigos é a mais completa, porque dispõe de todos os meios de provas em direito admitidos. Desse modo poderemos ter várias perícias e de natureza diversas, prova documental, prova testemunhal e inclusive inspeção judicial, ou seja, o juiz vai até o local analisar o fato.

Permite uma cognição plena com todos os meios de prova. Exemplo: Prédio A e Prédio B. Para se passar do prédio A para o B havia uma servidão

de passagem aparente não registrada. O titular da servidão, dono do prédio dominante tem direito de ampliar a servidão de

passagem de acordo com a sua necessidade? Sim, e não só de acordo com a sua necessidade, mas também de acordo com a sua

comodidade, porém isso só pode ocorrer mediante prévia e justa indenização. Fixa a indenização, eu deposito e depois começa a ampliação.

Indenização por ter ampliado É possível quantificar isso com calculo direto? Não É possível quantificar isso apenas com uma perícia? Aparentemente sim. Dica: Examinou o dispositivo da sentença, identificou a necessidade de uma prova

técnica, de uma perícia, aí estou no arbitramento, mas vislumbrou a necessidade de ampliação do objeto da condenação por uma ou duas perícias, na dúvida pede-se a liquidação por Artigos. A liquidação por artigos está sempre disponível. Nunca vai estar errado se for por arbitramento e eu pedir por artigos.

Se vislumbrar a necessidade de produção de mais de uma prova far-se-á por artigos. Venho a presente vossa excelência conforme o Art.475-E requerer a liquidação por

artigos, intimando-se para tanto (se o título for produzido fora do processo de conhecimento o

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processo inicia-se mediante citação) a parte contrária. Não esquecer que tem agravo de instrumento.

A liquidação de sentença jamais poderá ser dispensada mas poderá ser objeto de transação.

São artigos destinados a quantificar o objeto da condenação, nada tem haver com o mérito.

05 de outubro de 2011 Liquidar eh quantificar o objeto da execucao. Temos duas especies de Liquidacao de Sentenca: a) Liquidacao por Arbitramento (art. 475-C e D) b) Liquidacao por Artigos (art. 475-E)

Estas especies de execucao sempre se iniciam por intimacao previa do executado por meio de seu procurador. Nos casos em que o titulo judicial ocorre fora da relacao civil (ex: penal), TANTO a liquidacao como a execucao iniciaram por citacao. Entretanto, quando para apurar o valor da condenacao se fizer necessario apenas calculo aritimetico, ou seja, lancamento de indexadores, juros e correcao monetaria, o credor por sua conta e risco instruira a peticao inicial, ou seu requerimento executivo com o calculo (memoria atualizada do calculo = liquidacao), estamos por tanto diante da hipotese do art. 475-B, com os requisitos do art. 614 (calculo). Neste caso o credor viaja direto da sentenca para a execucao. Nao sendo a peticao instruida com o calculo, cabera a execessao de pre-executividade pelo executado (art. 618 CPC). Caso exista divergencia do calculo apresentado, cabera impugnacao na forma do art. 475-L (a impugnacao esta para o Cumprimento de sentenca, como os embargos estao para a execucao extra judicial).

Art. 475 A (LIQUIDACAO DE SENTENCA) A liquidacao de sentenca por arbitramento e por artigo, sempre se inicia por citacao

previa do advogado do executado, quando formada fora do processo civil (Ex: sentenca penal condenatoria). Quando esta sentenca eh produzida dentro do processo civil, tendo em vista que ja existe relacao processual civil, iniciar-se por intimacao.

Art 475-B (Calculo) Quando a parte nao possui dinheiro para o contador, podera o juiz remeter para a

contadoria realizar a apuracao do montante. Podera o juiz de oficio remeter a contadoria do foro para apuracao do montante nos casos do paragrafo 3º.

Prova: B ingressa com peticao, onde seu calculo deu 8.000.000,00. Porem a Dra. Juiza,

assutada com o montante apurado atraves de sua sentenca, mandou ao contador, pois entendeu necessaria a conferencia do calculo (art. 475-B). Na contadoria eh apurado 500.000,00. Desta forma a juiza ira despachar “Diga o autor sobre o prosseguimento”.

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Primeira pergunta: caso vc fosse advogado do credor, sobre qual valor prosseguiria a execucao?

Responderia que segueria a execucao sobre o valor que eu bem entender, tendo em vista que a responsabilidade objetiva eh do exequente.

Segunda pergunta: caso vc fosse o juiz penhoraria qual valor, caso B advogado

resolve-se executar pelo valor 2.000,00? Tendo em vista que nao ha pretensao executiva de 8.000.000,00 e muito menos de

500.000,00, eu como juiz penhoraria o valor de R$2.000,00. O valor penhorado, sera somente a menos, no caso em que o apurado pelo contador

seja a menor do que a prentencao executiva do exequente. O devedor somente podera impugnar o calculo mediante garantia do juizo (penhora

e avaliacao) art. 475-L DA LIQUIDACAO DE SENTENCA POR ARBITRAMENTO (art. 475-C e D) Far-se-a Liquidacao por arbitramento sempre que para apurar o valor da condenacao

se fizer necessaria a atuacao de um perito (vulgotecnico- ;arbitramento), nesta hipotese devera o juiz nomear um perito para atraves de seu laudo dimensionar o valor devido, podendo as partes neste casos indicar assistente tecnico e oferecer quesitos. Do laudo deverao as partes manifestar-se e, uma vez homologado pelo juiz, esta decisao podera ser atacada mediante AGRAVO (art. 475-H). O credor jamais podera rediscutir a lide, ou examinar o merito, neses casos cabera pelo devedor o disposto no art. 475-G (Ler NELSON NERY).

A casos em que eh necessario um tecnico para apurar o valor devido. (Ex: Nao

adianta levar um contador para apurar o valor dos alugueis por metro quadrado. Deveremos sim indicar um engenheiro, unico responsavel por valor a metragem quadrada – sob pena de nulidade).

11 de outubro de 2011 DA LIQUIDACAO DE SENTENCA POR ARTIGOS (art. 475-E) Art. 475-E. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da

condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo. Far-se-á a liquidação por Artigos sempre que para determinar o valor da condenação

se fizer necessário a prova de fato novo. Fato novo esse que jamais poderá referir-se ao mérito da demanda, até porque sobre o mérito já operou-se a eficácia da coisa julgada. Portanto, fato novo deve referir-se especificamente ao objeto da condenação, ou seja, destina-se a quantificar o objeto da condenação.

É chamada de liquidação por artigos, porque eu e numero por artigos as proposições que eu vou identificar a condenação final. Esses artigos são provados. A liquidação por artigos é a mais completa, porque dispõe de todos os meios de provas em direito admitidos. Desse modo poderemos ter várias perícias e de natureza diversas, prova documental, prova testemunhal e inclusive inspeção judicial, ou seja, o juiz vai até o local analisar o fato.

Permite uma cognição plena com todos os meios de prova.

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Exemplo: Prédio A e Prédio B. Para se passar do prédio A para o B havia uma servidão de passagem aparente não registrada.

O titular da servidão, dono do prédio dominante tem direito de ampliar a servidão de passagem de acordo com a sua necessidade?

Sim, e não só de acordo com a sua necessidade, mas também de acordo com a sua comodidade, porém isso só pode ocorrer mediante prévia e justa indenização. Fixa a indenização, eu deposito e depois começa a ampliação.

Indenização por ter ampliado É possível quantificar isso com calculo direto? Não É possível quantificar isso apenas com uma perícia? Aparentemente sim. Dica: Examinou o dispositivo da sentença, identificou a necessidade de uma prova

técnica, de uma perícia, aí estou no arbitramento, mas vislumbrou a necessidade de ampliação do objeto da condenação por uma ou duas perícias, na dúvida pede-se a liquidação por Artigos. A liquidação por artigos está sempre disponível. Nunca vai estar errado se for por arbitramento e eu pedir por artigos.

Se vislumbrar a necessidade de produção de mais de uma prova far-se-á por artigos. Venho a presente vossa excelência conforme o Art.475-E requerer a liquidação por

artigos, intimando-se para tanto (se o título for produzido fora do processo de conhecimento o processo inicia-se mediante citação) a parte contrária. Não esquecer que tem agravo de instrumento.

A liquidação de sentença jamais poderá ser dispensada mas poderá ser objeto de transação.

São artigos destinados a quantificar o objeto da condenação, nada tem haver com o mérito.

EXECUCAO FUNDADA EM TITULO EXECUTIVO JUDICIAL (cumprimento de Sentenca)

(art. 475-J) Cumprimento de Sentenca de Obrigacao Pecuniaria (Quantia) art. 475-I O cumprimento de sentenca de obrigacao pecuniaria far-se-a a partir do art. 475 J e

Seguintes. Nao existe execucao de obrigacao pecuniaria de oficio, se a parte nao requerer o

cumprimento de sentenca, o processo com ou sem liquidacao sera arquivada. Entao nao sendo requerida a execucao em 6 meses, o juiz mandara arquivar os autos.

Entao eh sempre necessario ingressar com a peticao inicial de execucao, nos termos do art 475-J, com multa de 10%, sob pena de penhora e avaliacao dos bens que serao relacionados na inicial. Neste caso, intimou e nao pagou no prazo de 15 dias, teremos uma multa de 10% sobre o devido. Da penhora, necessariamente o executado sera intimado, para em 15 dias poder oferecer IMPUGNACAO (art. 475-L e 475-M), a partir do momento em que a parte foi intimada para pagar, podera haver a oposicao da excesso de pre-executividade, vale lembrar tambem que a IMPUGNACAO deve ter seu juizo seguro.

O prazo para requerer a substituicao do bem penhorado sera de 10 dias a partir da intimacao da penhora. Entao teremos o prazo de 10 dias para requerer a substuicao, e 15 dias para impugnar.

Eh possivel no cumprimento de sentenca o credor utilizar a averbacao premonitoria

no cumprimento de sentenca? Caso positivo a partir de que momento? Caso negativo explique. (art. 615-A)

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Sim, a partir do momento em que a parte realizar o requerimento executivo e o juiz registrar como cumprimento de sentenca. A partir deste momento poderei solicitar no cartorio a certidao indicando as partes e o valor para requerer a averbacao.

A partir de que momento o credor podera utilizar de medidas acautelatorias para

futura execucao? Quando falamos em credor, consideramos a hipotese de existir titulo executivo.

Entao a partir do transito, poderemos registrar esta sentenca como hipoteca judiciaria, poderei protestar tambem a sentenca em um cartorio. Mas a medida mais eficaz eh averbar isto na matricula do imovel.

Devemos lembrar que OBRIGATORIAMENTE o executado deveera ser intimado da

penhora. O prazo para substituicao (10 dias) e da impugnacao (15 dias) correra apartir da INTIMACAO.

DA IMPUGNACAO (art. 475-J, paragrafo primeiro; fundamentos art. 475-L; efeito suspensivo art. 475-M;) Alem de eventual oferecemineto de excessao de pre executividade, que pode ser oposta a partir do requerimento executivo (a partir do exercicio da pretensao executiva), podera a parte devedora utilizar-se do remedio juridico proprio denominado de IMPUGNACAO. Os fundamentos da impugnacao estao elencados no art. 475 –L, devendo o executado impugnante, sob pena de rejeicao, mencionar um destes fundamentos. A impugnacao, de regra nao tem efeito suspensivo, mas podera o juiz a requerimento da parte, desde que presente fundamento relevante e risco de dano irreparavel, deferir o efeito suspensivo da execucao (art. 475-M). Ainda que deferido o efeito suspensivo da impugnacao, podera o exequente prosseguir na execucao, desde que preste CAUCAO. Quando o fundamento da impugnacao for excesso de execucao, conforme o art. 475-L, paragrafo 2º, devera o advogado indicar o valor que considerar devido, sob pena de rejeicao. Art 475-L, inciso II c/c Art. 475-L paragrafo 1º Tendo em vista o disposto neste artigo, havendo reconhecimento de inconstitucionalidade da Lei que fundou a sentenca, mesmo que esta transite em julgado, podera ser considerada nula, nao podendo executa-la. (paramos aqui, 11 de outubro de 2011)

Execução Fundada em Título Executivo Judicial (Cumprimento de Sentença) = 475-J

Obrigação Pecuniária= Art.475-J

Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada

em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação.

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Intimando-se o executado a pagar no prazo de 15 dias sob pena de multa de 10%.

Requer ainda caso não ocorra o pagamento, a penhora e avaliação dos bens imóveis objeto da matricula anexa. Formalizada a penhora seja o executado intimado para querendo no prazo legar oferecer.

Venho a presente Vossa Excelência requerer a penhora e avaliação dos bens. O legislador não deu execução ex ofício no cível. Só na justiça do trabalho existe isso. Tem que fazer o pedido pretendido. Art.475-J,§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz

mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. Tem que formular o pedido executivo. Não existe execução fundada em título

executivo judicial ex ofício. Depósito do 655,I para fins de segurança do juízo. O depósito fica como penhora para

garantir a impugnação. O Depósito fica como penhora para que ele possa pedir a impugnação. Art.475-J,§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o

executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias.

O requerimento executivo implica em penhora e avaliação dos bens. Efetivada a penhora e a avaliação será imediatamente intimado. Na execução por quantia fundada em título executivo extrajudicial o prazo para

embargar é de 15. Art.738= Na execução fundada em tee por quantia certa não há mais a segurança do

juízo como pressuposto de admissibilidade dos embargos. Entretanto, aqui a segurança do juízo pela penhora mais avaliação é pressuposto de admissibilidade dos embargos que aqui são chamados de impugnação.

Na execução fundada em tej há a segurança do juízo como pressuposto de admissibilidade dos embargos que é chamado aqui de impugnação. Aqui eu tenho que ter segurança do juízo para a impugnação.

Posso utilizar a exceção de pré- executividade no cumprimento de sentença? Sim Como o prazo está fluindo, opera-se a exceção de pré-executividade como preliminar

dos meus embargos. A partir de que momento posso utilizar? Assim que for exercida a pretensão

executiva, a partir do pedido executivo. Qual a vantagem? Eu vou operar a exceção sem prejudicar o mérito.

Intimar o executado para querendo no prazo legal oferecer impugnação com toda a matéria que está no 475-L. Se e quando houver formalização da segurança do juízo pela penhora mais avaliação necessariamente deverá o executado ser intimado para querendo oferecer impugnação com toda a matéria que está no Art.475-L.

Possibilidade do executado dispor de um carnê processual (Art.475-A). Norma estabelecida para execução fundada em título executivo extrajudicial.

Art. 475-R. Aplicam-se subsidiariamente ao cumprimento da sentença, no que

couber, as normas que regem o processo de execução de título extrajudicial. Art.475-R combinado com Art.620 e combinado com o Art.475-A na hora do pedido

executivo. Requerer o pagamento parcelado. Nos 15 dias antes de terminar o prazo da impugnação depositar os 30%.

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Se eu estou operando pagamento parcelado isso acarreta para o executado obrigatoriamente no reconhecimento da dívida, ou seja, o executado não pode mais impugnar se atrasar tem mais 10%.

Art.475,§ 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens

a serem penhorados. Art.475,§ 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a

multa de dez por cento incidirá sobre o restante. É diferente de pagamento parcelado. Art.745 sem a multa.

Quando eu manejar meu pedido executivo eu posso entrar com o Art.615,A, mas eu

preciso ter o quantum. Antes disso eu tenho o valor da causa.Art.466. Muitas vezes demora para formalizar a penhora por isso uso o Art.615-A. Art.475,§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará

arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. Não existe execução ex ofício.

Tem que cuidar a prescrição intercorrente. Art.206,§5ºCC= Prescreve em 5 anos a pretensão de cobrança de dívidas de

instrumento público ou particular. Se for título de Crédito= 3 anos 26/10

Execução Específica ou Conversão em Perdas e Danos – Liquidação Art.475-J Processo De Conhecimento

Sentença ( Coisa 461-A, Fazer 461 e Não Fazer)

Liquidação de Sentença Pedido Executivo

Penhora + Avaliação

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Impugnação (Agravo, Apelação)

Fundamentos da Impugnação: Art.475-L Efeitos: Art.475-M, Devolutivo ou suspensivo + caução para o prosseguimento a

qualquer tempo. Rejeição Liminar: Art.475-L§2º

No cumprimento de sentença a impugnação somente é admitida pela segurança do

juízo à penhora. Oferecida a impugnação o recurso é o agravo de instrumento. Se houver a extinção da execução o recurso é a apelação. O juiz julgou procedente a

execução, havendo excesso de execução e portanto deve haver agravo. - Fundamentos da Impugnação- Art.475-L A impugnação é um remédio processual apto a atacar a sentença Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre: I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; Essa citação é a do processo de conhecimento ou quando o título é produzido fora

do processo de conhecimento (sentença arbitral, estrangeira ou penal). Art. 746. É lícito ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da adjudicação,

alienação ou arrematação, oferecer embargos fundados em nulidade da execução, ou em causa extintiva da obrigação, desde que superveniente à penhora, aplicando-se, no que couber, o disposto neste Capítulo.

II – inexigibilidade do título; Art.475, II combinado com o §1º. § 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também

inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal.

Se eu não sou inadimplente o título é inexigível. OU AINDA: quando o título judicial está fundado em ato normativo inconstitucional, normalmente em situações contra a fazenda. Na execução contra a fazenda, ela é sempre citada para embargar. Esse tipo de impugnação é também chamado de embargos rescisórios, segundo Cândido Dinamarco.

III – penhora incorreta ou avaliação errônea; Os casos de modificação de penhora poderão operar aqui. IV – ilegitimidade das partes; Houve a cessão do meu crédito. Salvo legitimidade ativa superveniente ou

convencional. V – excesso de execução; Art.475-L combinado com o Art.743 (CNP) VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como

pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença.

Casos como Novação, Compensação e Transação. - A novação superveniente a sentença constitui fundamento dos embargos a

adjudicação? Falso é fundamento da impugnação. A adjudicação não é superveniente à penhora. E a citação ocorre antes no processo de conhecimento. § 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia

quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação. No cumprimento de

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sentença temos o caso de rejeição de liminar dentro da impugnação, pois eu aleguei excesso e não demonstrei em que se constitui o excesso.

- Efeitos da Impugnação: Art.475-M Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal

efeito desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação.

Eu sempre eu requerer efeito suspensivo alegando risco de dano irreparável. Os embargos poderão ser recebidos no efeito suspensivo com a segurança da penhora (requisito objetivo). Aqui não, pois a segurança do juízo é requisito essencial para a impugnação.

§ 1o Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exeqüente requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando caução suficiente e idônea, arbitrada pelo juiz e prestada nos próprios autos.

Não tem efeito suspensivo. Poderá o juiz deferir efeito suspensivo. Deferindo o efeito suspensivo pode a execução prosseguir? Sim mediante, caução. (CNP)

Lá a execução está fundada em título executivo extrajudicial que não passou pelo crivo do judiciário. Os embargos lá representam a contestação.

§ 2o Deferido efeito suspensivo, a impugnação será instruída e decidida nos próprios autos e, caso contrário, em autos apartados.

§ 3o A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, salvo quando importar extinção da execução, caso em que caberá apelação. (CNP) Cuidar o fundamento: se extinguiu é apelação, se não extinguiu é agravo de instrumento.

É possível o prosseguimento dos embargos na execução provisória- Art.587 Não existe execução ex ofício. Com caução ou sem caução que foram julgados improcedentes, nós estamos diante

da expropriação (realizada através da adjudicação, alienação particular, arrematação e usufruto).

Art.475-i CNP A sentença vai sair: julgo procedente... Execução de obrigação de fazer e entrega de coisa opera-se eficácia mandamental. Qual a medida cautelar típica da execução por quantia certa? O arresto Qual a medida cautelar típica para o cumprimento de obrigação para a entrega de

coisa? Busca e apreensão Art.461-A§3º: Obrigações Alternativas: tem que escolher Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a

tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. § 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o

credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.

§ 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.

§ 3o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461. Art.461= meios disponíveis ao juiz. 477-i combinado com o 475§3º e combinado com o 461. O deferimento da tutela específica se dirige para o objeto da prestação. É possível

que não se alcance o objeto da prestação quando esta não existir. Sempre que isso não for possível converte-se em perdas e danos (quantia, pecúnia) aí eu volto para o 475-i. Eu não posso ingressar numa execução por quantia sem a determinação do valor., Quantificado eu vou de novo ao Art.475-j. Só converte-se em perdas e danos se esta for a escolha do

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exequente, o juiz não pode em hipótese nenhuma converter em ex ofício. A conversão é uma faculdade exclusiva do exequente.

Se for possível encontrar o objeto da prestação ela só pode proceder de maneira específica, pois esta é uma garantia do executado, menor gravame. Somente objetos de transação.

18 de outubro de 2011 CUMPRIMENTO DE SENTENCA: OBRIGACOES DE ENTREGA DE

COISA, FAZER, OU NAO FAZER. (art. 461 CPC, por diposicao expressa do art. 461-A paragrafo 3º)

Cumprimento de sentença de entrega de coisa, fazer ou não fazer

O procedimento sera todo pelo art. 461 CPC

O cumprimento da sentença para execução específica para entrega de coisa, fazer ou não fazer, realiza mediante carga de eficácia mandamental, isto porque, transitada

em julgada a respeitável sentença ou tornando-se exigível realiza-se mediante ordem judicial para cumprimento no prazo fixado no dispositivo sentencial, sob pena de

multa diária (astreintes).

As astreintes podem ser fixadas de oficio pelo juiz a partir da reforma.

Portanto, na hipótese de entrega de coisa, não sendo cumprido o prazo ou nas condições fixadas expedir-se-á mandado de busca e apreensão. (cumprimento

compulsório)

Entretanto, não sendo possível o cumprimento da execução específica, a requerimento do credor, será convertida em perdas e danos + multa, prosseguindo a

execução nessa hipótese art. 475-J.

A CONVERSÃO EM PERDAS E DANOS INCLUI A MULTA DIÁRIA.

DICA: Art. 273 CPC, Antecipação de tutela

Havendo antecipacao de tutela, nao cumprindo a obrigacao de fazer na execucao provisoria, devera a parte depositar a multa diaria em conta judicial, podendo esta somente ser levantada apos o transito em julgado

O Juiz podera utilizar de todos os meios necessarios para o cumprimento da

obrigacao especifica, nos termos do paragrafo 5º do art. 461 (clausula processual aberta, pois esta disponivel ao juiz todos os meios para a prestacao jurisdicional – Interessante lembrar que poderemos colocar tudo que for necessario para dar

efetividade a prestacao jurisdicional).

Page 66: Execuções - Caderno Gravado P2

Na acao que tenha por objeto entrega de coisa, o juiz podera concender a tutela especifica antecipatoria, sendo relevante o fundamento. (art. 461-A)

O procedimento nas obrigacoes de entrega de coisa, fazer e nao fazer, far-se-a pelo disposto no art. 461 do CPC

Sempre que fizer a conversao, deveremos realizar na peticao a extimativa

desta conversao.

Prova art. 461 paragrafo 2º. (Intime-se para pagar em 15 dias, sob pena de

multa. Penhora e avaliacao).

Eh possivel o deferimento de tutela especifica antecipatoria, em acao processo de conhecimento, que tenha por objeto entrega de coisa? Art. 461, paragrafo 3º.

Ver tambem o art. 273 CPC.

Antecipada a tutela, a execucao ja ocorreu, entao devemos verificar o art. 520, inciso VII.

EXECUCAO DE PRESTACAO ALIMENTICIA A execucao de alimentos podera realizar-se:

i) Mediante expropriacao (penhora + avaliacao + alienacao dos bens – art.

732 CPC)

ii) Mediante prisao (art. 733 CPC) – Entretanto, esta hipotese somente

podera ocorrer, nos termos da sumula 309 STJ, relativamente as tres ultimas prestacoes. (Ex: valor da obrigacao de R$2.000,00, e B fica 12

meses sem cobra pensancao. Intime-se B para que pague R$ 6.000,00, sob pena de prisao. Os demais valores devidos far-se-ao mediante expropriacao).

A execucao mediante prisao, eh opcao procedimental exclusivamente do credor, nao podendo o juiz de oficio determinar a prisao.

Havendo pedido de execucao mediante prisao, o devedor sera citado (citado, pelo termo de ajustamento de conduta – Exec. Extra judicial)

ou intimado (intimado, pois poderei estar em cumprimento de sentenca) para PAGAR em 3 dias a importancia devida nos ultimos 3 meses, ou comprovar que pagou e por derradeiro justificar a

impossibilidade de pagar a pensao.

Page 67: Execuções - Caderno Gravado P2

Como advogado do devedor, havendo bem que viabiliza o pagamento da

pensao, jamais o juiz ira determinar a prisao. Nao havendo possibilidade do cliente pagar a prestacao, porem podendo renegociar a divida, jamais o juiz ira determinar a

prisao. Porem o cliente que teremos, sera o cara que anda com o carro do ano, e

possui todos os bens da nova namorada, possuindo 12 execucoes de titulos extra-

judiciais contra si, desejando este cliente querendo deixar de pagar a pensao a ex-mulher. Vista a manifesta possibilidade do meu cliente ser preso, solicitarei carga para habeas e mandado de seguranca dos autos, que possivelmente estarao conclusos ao

juiz, pois o mandado de prisao correra por segredo de justica. Este habeas corpus e mandado de seguranca, deve ser imediatamente ser dada a carga dos autos sob pena

de crime de descumprimento. Far-se-a isto, apenas para que de tempo do meu cliente pagar o devido.

26 de outubro de 2011

Título Executivo Extrajudicial- Execução de Obrigação de Fazer - citação: 632 + multa diária Cumpre= extinto o processo, salvo multa e perdas e danos para evental prejuizo

causado ao credor. Não Cumpre:

Questao prova: nao cumprida a determinacao fixada no prazo legal, fixada a multa. Diga o credor sobre o prosseguimento:

Nestes casos deveremos verificar se a obrigacao eh materialmente possivel. Sendo

possivel, poderemos solicitar ao juizo o cumprimento via terceiro, sob conta do devedor.

Page 68: Execuções - Caderno Gravado P2

a) Obrigação materialmente fungível - realização por terceiro: 633 (procedimento art. 634/637) O juiz devera aprovar a proposta, e verificar se eh razoalmente viavel o valor, com base no principio de menor gravame. - Converter em perdas e danos= art. 652 CPC liquidação Art.475-J aqui extima-se o valor do prejuizo Sempre que optar pela conversao em perdas e danos, recomenda-se que desde logo o credor indique a extimativa do dano emergente, bem como os lucros cessantes e multa. Mesmo havendo liquidacao por arbitramento, devera seguir o rito do titulo extra judicial.

b) Obrigação Personalíssima Quando a obrigacao nao for materialmente fungivel. Ex: Caso do Dr. Pitangui, onde a Sra. B deseja realizar uma cirurgia plastica com ele. Fixado o valor de 850mil para pagar metade antes e metade no dia da cirurgia. Ha correcao sobre o valor, e o Dr. Pitangui nao faz se nao for pago o valor corrigido, e Sra. B nao quer pagar o preco. Desta forma Sra. B somente podera utilizar a perdas e danos. - perdas e danos (art. 652) = liquidação Art.475-J: aqui vai atras de multa, ou tambem das perdas e danos, eventual prejuizo que foi causado.

Execução Específica Execucao Especifica de Obrigacao de Contratar (art. 466-B): A execucao especifica de

obrigacao de contratar, eh processo de conhecimento, e nao de execucao. Aqui poderemos ter uma sentenca que substitua a vontade de contratar. (Ex: estou fazendo um pavilhao de 10mil metros, me comprometi com C de dar por 10 anos para ele locar aquele local. Nao eh possivel me obrigar a contratar, porem eh possivel conseguir uma sentenca que me obrigue a realizar. Devera haver dois requisitos: a) ser possivel ; b) nao excluido pelo titulo (nao pode constar no contrato preliminar a clausula de arrependimento). Entao fica claro que nao eh possivel ingressar com essa execucao em qualquer caso que eu deseje que alguem realize algum contrato. No caso visto, a sentenca ira substitui a vontade da locadora. FICA A DICA, como advogado do possivel locador, colocar a clausula de “eh facultado ao obrigado afastar a execucao especifica do presente contrato”)

Procedimento está no Art.461 - entrega de coisa: Art.461-A - fazer e não fazer: Art.461 OU Conversão em perdas e danos Liquidação: Art.475-J

Page 69: Execuções - Caderno Gravado P2

Se a obrigação é fazer não fazer eu estou pedindo uma execução específica. A execução somente se converterá em perdas e danos se e quando (é quantia= realiza-se por expropriação de bens penhoráveis) eu identificar há a necessidade de prosseguir desta forma, ou seja, desde que não seja possível a execução específica.

Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não

fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

Quando requerer a conversão em perdas e danos? § 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou

se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.

§ 2o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287). Tutela Antecipatória dos Efeitos: especificamente para as ações que tenham por

objeto obrigações de fazer e não fazer § 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de

ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada.

A execução específica de fazer ou não fazer tem a possibilidade de antecipar os efeitos da tutela (273).

Art.273§7º O juiz pode fixar de ofício a multa diária. § 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa

diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.

Todas as medidas acautelatórias: Clausula Processual Aberta, dispondo o juiz de

todas as que julgar necessária para a prestação jurisdicional. Todas as que o juiz justifique como necessárias.

§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras, impedimento de atividade nociva, além de requisição de força policial.

§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso

verifique que se tornou insuficiente ou excessiva. Mesmo transitado em julgado. Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a

tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. § 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o

credor a individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.

§ 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do

credor mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.

Page 70: Execuções - Caderno Gravado P2

§ 3o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461 Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada

em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação.

§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na

pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias.

§ 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de

conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo.

§ 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem

penhorados. § 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa

de dez por cento incidirá sobre o restante. § 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará

arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. Quando eu vou requerer? Perdas e danos + Multa Vou pedir que seja condenado procedente a ação para que no prazo cumpra a

obrigação sob pena multa diária. A partir de que momento? Quando não se cumpriu a obrigação no prazo devido.

Um terceiro pode cumprir no lugar dele Sempre que requerer a conversão em perdas e danos seja pq não é mais possível a

obrigação específica ou intimado o sujeito não cumpriu a obrigação 26 de outubro de 2011 Execução de Obrigação de fazer fundada em título executivo Extrajudicial (art. 632

CPC) Nos termos de obrigacao de fazer, teremos o prazo para cumprir a obrigacao sob

pena de multa art. 645, cumpriu, extingue, salvo multa. Tera 15 dias para opor embargos (art. 738 CPC). Art.585,II Art.652= pedido de execução por quantia 573 combinado com o 645 Citado para pagar em 3 dias Citado para entregar a coisa no prazo fixado (621) - Citaçao: Art.632 + multa diária Nesse caso o devedor citado para cumprir a obrigação no prazo que consta no

contrato sob pena de multa diária (Art.632)

Page 71: Execuções - Caderno Gravado P2

Art.632 combinado com o Art.645 Art. 632. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado

para satisfazê-la no prazo que o juiz Ihe assinar, se outro não estiver determinado no título executivo.

Art. 645. Na execução de obrigação de fazer ou não fazer, fundada em título extrajudicial, o juiz, ao despachar a inicial, fixará multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida.

Se o executado cumpre a obrigação o processo é extinto. Citado, o executado não cumpriu a obrigação: MULTA DIÁRIA examinar se a

obrigação é fungível ou não ( essa opção é do exequente) - obrigação materialmente fungível 1) realização por terceiro (Art.633) Art. 633. Se, no prazo fixado, o devedor não satisfizer a obrigação, é lícito ao credor,

nos próprios autos do processo, requerer que ela seja executada à custa do devedor, ou haver perdas e danos; caso em que ela se converte em indenização. Escolha do exequente: eu quero que a obrigação seja cumprida por terceiro as expensas, as custas do executado.

Como vamos encontrar o valor e a quem vamos entregar a obrigação de fazer o muro? Art.634 3 637

Art. 634. Se o fato puder ser prestado por terceiro, é lícito ao juiz, a requerimento do exeqüente, decidir que aquele o realize à custa do executado.

Art. 637. Se o credor quiser executar, ou mandar executar, sob sua direção e vigilância, as obras e trabalhos necessários à prestação do fato, terá preferência, em igualdade de condições de oferta, ao terceiro.

Parágrafo único. O direito de preferência será exercido no prazo de 5 (cinco) dias, contados da apresentação da proposta pelo terceiro (art. 634, parágrafo único).

Essa preferência só é oferecida neste momento para evitar o enriquecimento sem causa.

Conversão Homologação Multa na obrigação de fazer Na liquidação Multa do Art.475-J Se converter tem execução e volta para o Art.475-J. Se é um incidente dentro do próprio processo eu vou requerer conforme o Art.475-J,

o pagamento da sentença já incluída a multa de 10%: penhora dos bens, avaliação e mais multa do Art.475-J.

As perdas e danos tem que ser quantificadas o valor apurado na liquidação após homologado judicialmente é cobrado mediante execução (cumprimento de sentença de obrigação pecuniária, art.475-j) sem prejuízo da multa diária. Portanto prossegue o processo com penhora e avaliação de bens.

15 dias para impugnar e 10 dias para querendo modificar a penhora. - Obrigação Personalíssima = Perdas e Danos - Liquidação 475-J Obrigação personalíssima: só ele pode fazer a obrigação

Page 72: Execuções - Caderno Gravado P2

26 de outubro de 2011 (juntar com obrigacao de entrega de coisa, mesmo dia) Execução de Obrigações de Não Fazer (art. 642 CPC) Ex: Caso da concessionaria, nao alterar mais o motor dos carros. No caso de execucao de titulo judicial, far-se-a o cumprimento de sentenca, pelo art.

461 CPC. No caso de execucao extra judicial, por exemplo nos termos de Ajustamento de

Conduta. Art.642

Page 73: Execuções - Caderno Gravado P2

Citação para cumprir + Multa Diária 1- Obrigações Instantâneas 2- Obrigações Permanetes

OU Perdas e Danos

O muro como é permanente, se o executado não desfazer ela vai ser executado por um terceiro.

As obrigações instantâneas necessariamente serão transformadas em perdas e danos.

Na execução de obrigações permanentes é q a execução é alcançada. Saber se tem título, judicial ou extrajudicial, se tem multa. Violação de obrigações permanentes: converte-se em perdas e danos + multa. Permanentes: o ato perdura e pode ser desfeito. O devedor é citado a um fazer. A

obrigação permanente é uma obrigação de não fazer em que o devedor é citado a um fazer, ou seja, de desfazer o ato.

Multa Diária: Art.645, pedir na inical Art.634 e 637 Citado poderá embargar no prazo de 15 dias. Os embargos tem efeito suspensivo? Regra é que os embargos não tem efeito

suspensivo. É possível ter efeito suspensivo se alegar verossimilhança, dano irreparável. Na execução por quantia posso embargar no prazo de 15 dias. Os embargos não

terão efeito suspensivo em regra. Os embargos em regra não tem efeito suspensivo Em execução de fazer e não fazer não há segurança do juízo. (V) Os embargos não tem efeito suspensivo. (V) Os embargos poderão ter efeito suspensivo. A multa diária pode ser aplicada de ofício e soma-se a partir do interesse do

exequente. Ver se tem título executivo 585,II Obrigação de Quantia: citado para em 3 dias pagar tal quantia sob pena de ver

penhorados e avaliados os seus bens. Mais a possibilidade de escolher os bens a serem penhorados.

Obrigação de Fazer: citado para cumprir a obrigação em 30 dias, pode ser 6 meses para cumprir a obrigação nada tem haver com o prazo para embargar.

25 de outubro de 2011 EXECUCAO PARA ENTREGA DE COISA: Na execucao para entrega de coisa fudanda em titulo executivo extra judicial, a

pessoa sera citada sob pena de multa. O legislador esqueceu de adequar a sistematica do dispositivo do art. 621 com a

reforma, tendo em vista que o juizo estara seguro independente de caucao, independente de penhora, na execucao extra judicial os embargos poderao ser oferecidos em 15 dias apos aa juntada aos autos do mandado de citacao. Entao nao ha necessidade de seguranca do juizo para opor embargos. Lembremos que o sujeito sera citado para entregar a coisa em 10 dias, e os embargos estao dispostos no art. 736 e 738 CPC.

Page 74: Execuções - Caderno Gravado P2

Nao podemos esquecer do art. 739-A, onde a penhora sera fundamental para a garantia do efeito suspensivo dos embargos, pois teoricamente os embargos nao possuem efeito suspensivo, mas na especie de execucao de entrega de coisa, quando garantido o juizo, os embargos serao recebidos com efeito suspensivo.

O devedor citado na execucao para entrega de coisa, em execucao de titulo extra

judicial podera: 1ª Hipotese: Entregar a coisa (Extingue a obrigacao, SALVO se esta estiver que

prosseguir para apurar perdas e danos, passando a seguir como execucao por quantia art. 624 CPC).

2ª Hipotese: Apos citado, DEPOSITA a coisa e oferece embargos (Neste caso, feita a caucao, teremos embargos com efeito suspensivo art. 739-A)

3ª Hipotese: Citado, nao entrega e nem deposita (Neste caso, podera o credor optar

por busca e apreensao ou imissao na posse, ou requerer de imediato a conversao em perdas e danos, passando a proceder a EXECUCAO por quantia. (art. 652 CPC).

IMPORTANTE LEMBRAR: Esta conversao em perdas e danos sera um incidente, no caso de o devedor nao

cumprir a obrigacao primordial, ou seja, entrega de coisa. CASO eu como credor, queria invex da prestacao de entrega de coisa, queira receber money, deverei trazer o titulo extra judicial, antes de executar para um processo de conhecimento, realizando a resolucao desse contrato (titulo extra judicial) em titulo para pagamento de quantia. (Art. 475-J)

No caso de CONVERSAO EM PERDAS E DANOS, a execucao eh para entrega de coisa,

mas se converte dentro da propria execucao. Nao deveremos converter em perdas e danos caso nao exita bens.

Ao contrario da execucao por quantia certa onde os bens objeto de execucao

especifica pertencem ao executado, temos na execucao por entrega de coisa, o objeto da execucao sera um bem que ja pertence ao credor, soh procurando uma maneira receber, nao podendo neste caso aplicar a sumula 375 nos casos de embargos de terceiro, tendo em vista que a coisa eh do credor.

Nos embargos, poderemos discutir questoes de merito (ex: nao ha legitimidade do

exequente para exigir a coisa), bem como o direito da retencao da coisa ate o rembolso de possiveis benfeitorias feitas (ex: construi um segundo andar na casa – art. 745, IV – ver tambem art. 627 + 628 CPC)

EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA PROCESSO DE EXECUCAO Citacao (10 dias para entregar a coisa sob pena de multa

diaria) Embargos em 15 dias (art. 736/738) 1- Coisa Certa = Art.621

Citado poderá o devedor: a) Entregar= extinção- salvo se a execução tiver que prosseguir por perdas e

danos.

Page 75: Execuções - Caderno Gravado P2

Perdas e danos = Se eu receber a coisa específica completamente descaracterizada, para liquidar os meus prejuízos (Art.624)

b) Deposita a coisa para não sofrer multa diária - embarga (efeito suspensivo Art.739-A §1º)

c) Não deposita- embarga – 1ª hipotese: busca e aprenssao ou imissão na posse; 2ª hipotese: multa ou converter em perdas e danos (art. 652- citacao para pagar quantia – SEMPRE QUE REQUERER PERDAS E DANOS, realizar previa extimativa do valor devido – tranformando em perdas e danos, (execucao por quantia), deveremos retomar a citacao conforme o art. 652).

SOMENTE QUANDO HOUVER EXECUCAO PARA ENTREGA DE COISA CONVERTIDA EM PERDAS E DANOS, QUE PODERA HAVER NOMEACAO DE BENS A PENHORA.

26 de outubro de 2011 (veremos tambem execucao de obrigacao de fazer e nao fazer)

621 Coisa Certa = bem infungível 629 Coisa Incerta = bem fungível exemplo: cereais, A execucao para entrega de coisa incerta, realiza-se da mesma forma do

procedimento para execucao de coisa certa, o unico detalhe diverso eh a escolha, em que nao havendo previsao contraria (normalmente ha), sera a escolha do devedor (que representa a liquidacao ou individuacao na escolha de coisas alternativas – art. 629), no mais, tudo igual ao art. 621 e seguintes.

Art. 621. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título

executivo extrajudicial, será citado para, dentro de 10 (dez) dias, satisfazer a obrigação ou, seguro o juízo (art. 737, II), apresentar embargos. A redação do Art.621 não foi atualizada pelo Art.736 e 738.

O prazo para embargar em todas as execuções é de 15 dias. O prazo do Art.621 não vale.

Art.736: independente de caução, de penhora ou de depósito ele poderá oferecer embargos.

Pode oferecer embargos mediante título extrajudicial? Sim Mediante segurança do juízo? Não, pois não tem segurança do juízo. Citado para em 10 dias cumprir a obrigação Parágrafo único. O juiz, ao despachar a inicial, poderá fixar multa por dia de atraso no

cumprimento da obrigação, ficando o respectivo valor sujeito a alteração, caso se revele insuficiente ou excessivo.

Art.461-A §3º Art.585,II Título Extrajudicial Art.461,§3º possibilidade de antecipar Art.461,§5º Na execução de entrega de coisa a segurança do juízo opera-se pelo depósito da

coisa ou imissão da coisa no caso de bem imóveis.

Page 76: Execuções - Caderno Gravado P2

Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos. (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).

Parágrafo único. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência,

autuados em apartado, e instruídos com cópias (art. 544, § 1o, in fine) das peças processuais relevantes.

Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.

Para obter o efeito suspensivo tem que vencer o juízo de admissibilidade, alegar risco de dano irreparável e segurar o juízo mediante o respectivo depósito ou imissão de posse.

Para fugir da multa eu so obrigado a depositar. Fundamentos dos Embargos: Art.745 Não depositou eu posso embargar? Sim, mas nesse caso, não tem efeito suspensivo e

tem multa diária. Não tem efeito suspensivo pq não ta seguro o juízo. Qual é a segurança prática operacional no caso de não entregar nem depositar?

Expede o mandado direto. Não tem efeito suspensivo nesse caso. Processo de Conhecimento: desconstituição do título, resolução do contrato,

converte em perdas e danos. Somente posso pedir perdas e danos se e quando a sujeito não depositar nem

entregar no prazo legal, ou seja, só no momento em que ele se torna inadimplente A multa para de fluir no prazo descrito. Art.461§6º Citado não entrega e não oferece embargos, decorrido o prazo para entregar é

possível que o executado não entrega, não deposita e não oferece embargos. Nesse caso a responsabilidade técnica é do advogado. Qual o encaminhamento do caso? Se o juiz não mencionar nada o prazo é sempre de 5 dias (Art.185). Diga o credor sobre o prosseguimento: vai requerer a busca e apreensão ou vai converter em perdas e danos mais a multa. Essa conversão só pode ser feita em caso de ter bens para penhora e expropriação.

Tecnicamente é possível existir fraude a execução no momento em que o objeto se torna litigioso no caso de conversão em perdas e danos.

09/11 Execução específica para entrega de coisa Enquanto na execução por quantia certa os bens integram o patrimônio d0 devedor,

na execução de entrega de coisa o bem integra o patrimônio do credor. Art.626CPC: o bem se torna objeto litigioso no momento da citação regular e válida. Depois de citado na execução específica o executado alienou a coisa a terceiro. É

facultado ao exequente requerer na execução de busca ou converter em perdas e danos. Aí há fraude em execução específica. Não encontro bens no patrimônio do deve, entretanto eu achei um bem que era objeto da execução específica que está nas mãos de terceiro e peço a penhora. Esse terceiro se defende através de embargos de terceiro.

A fraude a execução tipificada na execução específica. A venda nom dominu se convalece se após a alienação o alienante adquirir a propriedade. Nessa alienação em fraude a execução específica, a venda. O sujeito vende coisa q não lhe pertence a terceiro. Não sendo entregue a coisa é facultado ao exequente a busca, imissão ou conversão em perdas e danos.

No momento em que se converte em perdas e danos a execução específica a coisa O devedor vendeu coisa que não lhe pertencia e com isso ele abre mão da execução

específica. A venda nom dominu. Quem convalesceu essa alienação? O exequente no momento em que requereu a conversão em perdas e danos. No momento em que o credor

Page 77: Execuções - Caderno Gravado P2

abre mão da execução específica o bem passou a fazer parte do patrimônio do devedor. O bem não pode alienar o bem em favor de terceiro porque quem legitimou a conversão foi o credor. Se eu quero alcança o bem eu tenho que me manter na busca e apreensão. Só a conversão me assegura a legitimidade da posse.

Art.736 combinado com o Art.738 Art.466 orbigação de decalarar ou de prestar declaração de vontade A manifestação de vontade é suprida pela sentença. 01 de novembro de 2011

EMBARGOS DE TERCEIRO (art. 1046 e seguintes)

1) Conceito:

Eh utilizado em casos de turbacao advindos de decisao judicial. Os embargos serao remetidos ao juizo que fez constistuir a constricao judicial. Os embargos de terceiros sao uma oposicao a constricao judicial, de bem

que nao pertence a credor, nem devedor, mas sim de um terceiro. Os embargos de terceiro atacam somente a coisa, e nao ao direito material.

Entao, a turbacao ou esbulio, decorrendo de decisao judicial, cabera embargos de terceiro.

Os embargos de terceiro, sao o remedio juridico daquele que tiver sobre seus bens alguma constricao ou turbacao decorrentes de ordem judicial (Ex: sequestro, arresto, penhora, alienacao judicial, partilha, inventario,

qualquer medida cautelar de indisponibilidade que possa implicar em uma turbacao ou esbuluio – desde que a ordem seja judicial)

2) Natureza Juridica:

Sua natureza juridica eh de um processo de conhecimento.

3) Legitimidade: Todo aquele que sofrer turbacao judicial. Aplica-se muito nos casos do

conjuge nao devedor (o companheiro nao devedor, quando defende a meacao de bens comuns art. 665-B c/c art. 1046, paragrafo 3º - art. 1047, inciso II (nos casos deste artigo devera ser intimado e habilitado, ler

com o o 1047 o 1054 CPC)).

4) Liminar:

5) Distribuicao e Dependencia:

Os embargos serao destinados ao juizo onde originou a constricao judicial. Sera oposto contra o beneficiado pela constricao.

Art. 1049/1050 CPC

Page 78: Execuções - Caderno Gravado P2

A inicial sera feita em face contra aquele credor que penhorou meu bem.

Na inicial teremos um detalhe importantissimo, pois os embargos serao distribuidos contra aquele que possui a posse, como tambem aquele que possui o dominio da coisa.

Devemos nos preucupar na inicial com a posse e nao somente com o

dominio, pois o juiz, comprovada a posse, com verossimilhanca minima, ira defirir a liminar.

6) Momento:

Art. 1048 CPC

Os embargos de terceiros poderao ser opostos em qualquer momento no processo de conhecimento enquanto nao transitar em julgado a sentenca. No processo de execucao, o prazo para opor sera de 5 dias depois da

carta de arrematacao, adjudicacao e remissao, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. (Entao nao verdade, teremos que ingressar

com os embargos de terceiro no prazo dos embargos a adjudicao – art. 746 CPC)

7) Constestacao:

Art. 1053

Os embargos poderao ser contestados no prazo de 10 dias.

Julgado procedentes os embargos de terceiros, improcedente a contestacao, desta forma sera reconhecido o terceiro como proprietario.

EXECUCAO CONTRA A FAZENDA PUBLICA (art. 730 CPC) Citacao – 30 Dias para opor Embargos

Embargos – art. 741 CPC A fazenda publica eh condenada, nestes casos nao ha cumprimento de

sentenca. Sempre ainda que seja sentenca, a fazenda publica sera citada para ofecerecer embargos no prazo de 30 DIAS.

Os embargos da fazenda publica terao como fundamento o art. 741 CPC, inciso II c/c paragrafo unico.

Entao nos casos da FAZENDA PUBLICA, ela sera sempre CITADA.

Embargos de Terceiro – Art.1046 CPC Art. 1.046. Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na

posse de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, seqüestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer Ihe sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos.

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§ 1o Os embargos podem ser de terceiro senhor e possuidor, ou a penas possuidor. § 2o Equipara-se a terceiro a parte que, posto figure no processo, defende bens que,

pelo título de sua aquisição ou pela qualidade em que os possuir, não podem ser atingidos pela apreensão judicial.

§ 3o Considera-se também terceiro o cônjuge quando defende a posse de bens

dotais, próprios, reservados ou de sua meação.

1. Natureza Jurídica

Ação Civil destinada a afastar atos de constrição judicial tais como penhora, sequestro, arrolamento, indisponibilidades. Ou seja, afastar qualquer ato judicial que implique em turbação e ou esbulho no patrimônio do terceiro, e portanto estranho à relação processual em causa. É uma ação de natureza civil. O ato de constrição judicial tem origem em uma ordem jurisdicional. É dirigido ao órgão de onde partiu a minha constrição judicial, porque os embargos de terceiro suspendem o andamento do processo que o originou. É um remédio jurídico altamente eficiente.

2. Legitimidade Quem tem legitimidade para entrar com embargos de terceiro? O terceiro que não que não integra a relação processual, o cônjuge, o companheiro, o condômino e o credor hipotecário. O credor hipotecário tem o direito de preservar a garantia porque é um credor privilegiado. Art.1054

3. Cabimento

4. Inicial Art.282 – Pedido Liminar

Pedido liminar em altos apartados. Se o juiz defere a liminar suspende o processo. Eu tenho que requerer o efeito suspensivo do processo principal. Quando os meus embargos se referir a apenas um imóvel da ação principal

5. Momento de Propor

Os embargos podem ser propostos a qualquer tempo antes do transito em julgado no processo de conhecimento. E no processo de execução? Qual o último momento processual no processo de execução que o executado pode atacar os atos executivos? Art.746= embargos específicos (adjudicação, arrematação...) Art.1048 Assinado a carta eu entro com ação de anulação.

6. Contestação – 10 dias O MP que vai contestar os meus embargos. O prazo para contestar é de 10 dias e não de 15 dias. Inicial + posse= tem que provar

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Art.1050, 1051, 1052, 1054 (não tem mais bens, expropria o bem que foi dado em hipoteca)

Art.614 e 615= o executado tem que ser intimado da penhora sob pena de nulidade. Quem me procurou? O terceiro que sofreu esbulho na esfera jurídica, no patrimônio. Sempre que a interferência na esfera jurídica de um terceiro for decorrente de

constrição judicial o remédio jurídico são os embargos de terceiro. Trata-se de um procedimento civil. Eu dirijo esse procedimento ao juízo que determinou a prática do ato. O MP que vai contestar os meus embargos.

Estamos diante de ação civil Art.466-B: EXECUÇÃO ESPECÍFICA DE OBRIGAÇÃO DE CONTRATAL SENDO ISSO

POSSÍVEL E NÃO EXCLUÍDO PELO TÍTULO SENDO ISSO POSSÍVEL: TEM QUE AVALIAR SE HÁ POSSIBILIDADE FÍSICA PARA A

EXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO. Mas pode ser que o objeto seja de ordem jurídica E não excluído pelo título= não pode existir no contrato clausula de arrependimento,

pq a clausula de arrependimento afasta.

Execução específica de obrigação de contratar Art.466-B= EU TENHO possibilidade de buscar inclusiva uma tutela condenatória pela

obrigação que não foi cumprida Sendo isso possível diz com a possibilidade de duas ordens: física (material) e jurídica

(se o objeto juridicamente é possível). E não excluído pelo título: o contrato que você pretende a execução específica não

pode ter clausula de arrependimento porque a faculta a parte fugir da obrigação específica. Portanto q me antecipe a tutela e me defira a execução específica - cump0rir o 476 - examinar a possibilidade material e jurídica - não existir clausula de arrependimento [email protected]