Exegese do Salmo 23

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  • 7/24/2019 Exegese do Salmo 23

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    ESTUDANDO O SALMO 23:

    Abenoados, este no um TCC (trabalho de concluso de curso), apenas um incio de pesquisa em exegese, com algumas sugestes, quepodem ser ampliadas e apro!undadas" Como disse, apenas uma proposta

    de compreenso de um texto riqussimo" #ostaria de ter condiestemporais para conhecer mais acerca deste inspirado e con!ortador trechoescriturstico" Aqui $ale uma obser$ao importante% a multiplicidade naabordagem, as di$ersas linhas de interpretao, podem gerar umdistanciamento do prop&sito original da exegese, qual se'a a !ormao docarter do ser$o" Todas as mltiplas !alas e textos sobre * T+T* node$em nos a!astar deste al$o maior, como esta $erdade-cha$e,independente de aspectos secundrios, $ai me condu.ir a umrelacionamento mais estreito com o /enhor da 0ala$ra"

    C*/23+4A56+/ 22C2A2/-

    2) ANLISE HISTRICO-CULTURAL 7aamos uma abordagem introdut&ria ao texto re!erenciado a partir de2ntrodues 8blicas e obras a9ns, contemplando autoria, ambiente decomposio, data, caractersticas gerais, esboo, :n!ases, dentre outrosaspectos"

    ;enrietta C" +d"?ida) a9rma% @*ttulo deste li$ro em hebraico Bou$or, ou * Bi$ro de Bou$ores, o queindica que o contedo principal do li$ro lou$or, orao e adorao" *nome /almos $em do grego" *s pais da igre'a chama$am-no saltrio"D

    a 2ntroduo de salmos da 8blia anotada por C" 2" /co9eld, registra-se%@/AB +!"H%1I> Cl"J%1G" * ttulo hebraico doli$ro era Sepher Tehlm, signi9cando L!ro "os Lo#!ores"D

    AndreK ;ill e L" ;" Malton (0anorama do Antigo Testamento" +d" ?ida)in!ormam% @Bogo, /almos composto de poesias indi$iduais escritas duranteo perodo de mil anos por $rias pessoas" +las !oram reunidas emmomentos di!erentes !ormando pequenas colees, que por sua $e. !oramorgani.adas gradualmente em uma obra maior com prop&sitos teol&gicos

    de9nidos em mente"D

    a 2ntroduo de salmos da ?2 encontramos% @ Nome *s nomes/almos e /altrio pro$:m da Septuaginta (traduo grega do AT) aprincpio se re!eriam a instrumentos de cordas (como harpa, lira e alade) eposteriormente, a c=nticos acompanhados por esses instrumentos" * ttulohebraico tradicional tehillim (lou$ores"""), embora muitos dos salmosse'am tephillot (oraes)" Alis, uma das primeiras colet=neas includas noli$ro recebeu o ttulo de oraes de 3a$i, 9lho de Less (NF"FO)"Compilao, disposio e data. * /altrio a compilao de $riascolet=neas e representa a etapa 9nal de um processo que le$ou sculos"

    #anhou sua !orma 9nal nas mos dos !uncionrios p&s-exilicos do templo,que o completaram pro$a$elmente no sc" 222 a"C" essas condies, ser$ia

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    de li$ro de oraes (oraes, lou$ores e instruo religiosa) para o segundotemplo (o de Porobabel e o de ;erodes) e para uso nas sinagogas" L no sc"2 d"C" era mencionado como @Bi$ro dos /almosD (Bc FO"EF> At 1"FO)" aquelapoca @/almosD tambm era usado como ttulo de toda a seo do c=non doAT hebraico conhecida como @+scritosD ($" Bc FE"EE)"

    IN"1> II"1)*utros aparentes agrupamentos incluem os salmos de 111 a 11R (srie desalmos de aleluia), os salmos de 1JR a 1EH (todos com @dra$dicoD no ttulo)e os salmos de 1EG a 1HO (com os !requentes aleluias)" o se sabe se o#rande hallel (/l 1FO-1JG) ' era uma unidade reconhecida" (*s setesalmos penitenciais receberam esse nome em decorr:ncia do uso litrgicocristo, 'amais tendo sido uma di$iso na tradio 'udaica do /altrio)"a sua edio 9nal, o /altrio continha 1HO salmos" Suanto a isso, a

    Septuaginta e o texto hebraico concordam, embora cheguem a essa ci!ra demodo di!erente"""* /altrio era di$idido em cinco li$ros (/l 1-E1> EF-NF>NJ-RI>IO-1OG>1ON-1HO), e cada um desses li$ros recebia uma doxologia 9nalapropriada ($" E1"1J> NF"1R,1I> RI"HF> 1OG"ER>1HO)" *s dois primeiros li$ros,como ' obser$amos, eram pro$a$elmente pr-exlicos" A di$iso dosdemais salmos em tr:s li$ros, chegando-se, assim ao nmero de cinco,$isa$a possi$elmente imitar os cinco li$ros de

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    tinham certe.a do sentido de textos to antigos" Alm disso, a prtica deatribuir ttulos com nome de autor bem remota" 0or outro lado, acomparao entre a Septuaginta e o texto hebraico demonstra que ocontedo de alguns ttulos ainda esta$a su'eito a mudanas, mesmo muitodepois do incio do perodo p&s-exlico" A maior parte do debate concentra-

    se nas categorias 1 e G acima"Suanto autoria, h ainda mais di$iso de opinies" As anotaes em si soambguas, pois a !raseologia empregada, que signi9ca, de modo geral,pertencente a, pode tambm ser interpretada no sentido de concernentea ou para o uso de ou dedicado a" * nome pode re!erir-se ao ttulo deuma colet=nea de salmos que tinha sido reunida em torno de determinadonome (como de Asa!e ou dos coratas)" $#a%&o ' a#&ora "a!(")a, %*opo"e ha!er a m(%ma "+!"a "e #e o Sal&ro )o%&m salmos)ompos&os por esse %o&.!el )a%&or e m+s)o e "e #e ho#!e, em"e&erm%a"o &empo passa"o, #m sal&ro /"a!(")o0(destaque nosso)"+sse saltrio, no entanto, pode tambm ter includo salmos escritos a

    respeito de 3a$i, ou a respeito de algum dos reis da$dicos posteriores, oumesmo salmos escritos moda de 3a$i" U $erdade, tambm que a tradioa respeito de quais salmos se'am da$dicos permanece um poucoobscura"""3a$i s $e.es usado em outros lugares como substanti$ocoleti$o para representar os reis da sua dinastia, o que tambm pode ser ocaso dos ttulos dos salmos"A pala$ra Sel" (tradu.ida na ?2 por pausa) aparece em JI salmos, e todasas ocorr:ncias dela (menos duas V /l 1EO e 1EJ, ambos da$dicos) esto noprimeiro ao terceiro li$ro"""/o !artas as hip&teses quanto ao signi9cado,mas a sinceridade exige con9sso de ignor=ncia" /l N, ttulo),J) mi&tam(poema epigr9co> /l 1G, ttulo), E) shir (c=ntico), H) mas&il (poema> /lJF, ttulo), G) te'llah (orao), N) tehillah (lou$or), R) leha$&ir (para serlembrado V i"e", diante de 3eus, uma petio), I) letodah (para lou$ar oupara dar graas), 1O) lelamed (para ensinar) e 11) shir %edidot (c=nticode amores V i"", c=ntico de casamento)" * signi9cado de muitos desses

    termos, no entanto, incerto" Alm disso, alguns ttulos cont:m dois dessestermos (esp" mi$mor e shir), o que indica que os tipos de salmos t:m basedi$ersi9cada e coincid:ncia parcial entre si"D

    Los 8ortolini (Conhecer"""os /almos" 0aulus) a9rma% @1" Tpo "e salmoUum salmo de con9ana em La$" As expresses nada me !alta (1c),nenhum mal temerei (Eb), todos os dias da minha $ida (Ga), por dias sem9m (Gb) e outras demonstram que se trata da total con9ana em La$pastor"F" Como es&. or1a%a"o * salmo possui uma bre$e introduo,composta pela expresso La$ o meu pastor (1b)> tem um ncleo, queinicia com a a9rmao ada me !alta (1c) e $ai at a metade do $ersculo

    G" A concluso composta pela ltima !rase%

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    * ncleo tem duas imagens importantes" A primeira apresenta La$ comopastor, e o salmista se compara a uma o$elha (1b-E)" As pala$ras destes$ersculos pertencem ao contexto do pastoreio" 0ara entender essa imagem, preciso recordar bre$emente a $ida dos pastores na terra de Lesus"ormalmente tinham um punhado de o$elhas e cuida$am delas com

    carinho, pois eram tudo o que possuam" W noite, costuma$am deix-lasnum curral, 'unto com as de outros pastores, sob a proteo de algunsguardas" 3e manh, cada pastor chama$a as suas pelo nome, elasreconheciam a $o. do seu pastor e saam para uma no$a 'ornada" +lecaminha$a !rente, condu.indo-as a pastagens e !ontes de gua ($e'a Loo1O, 1-E)"a terra de Lesus h desertos, e os pastores de$iam atra$ess-los paraencontrar pastagens" Ws $e.es logo acha$am pastos> outras, tinham decaminhar bastante para encontrar gua e $erdes pastagens" essasocasies, acontecia que pastor e o$elhas eram surpreendidos pelaescurido da noite" /abe-se que elas, de noite, 9cam totalmente

    desorientadas e perdidas" * pastor, ento, caminha$a !rente, $oltandopara o curral" A escurido da noite (o $ale tenebroso do $ersculo E) noassusta$a as o$elhas, pois caminha$am protegidas pelo basto e ca'ado dopastor"A segunda imagem (H-Ga) tambm muito interessante" L no se trata deo$elhas" * ambiente o deserto da Ludeia" 3e$emos imaginar uma pessoa!ugindo dos inimigos atra$s do deserto" *s opressores esto para alcan-la quando, de repente, ela se encontra diante da tenda de um che!e doshabitantes do deserto" +ssa pessoa acolhida com alegria e !esta,tornando-se h&spede desse che!e" a terra de Lesus a hospitalidade coisasagrada" Suem se re!ugia na casa ou na tenda de outra pessoa est

    protegido dos perigos"Suando os opressores chegam entrada da tenda, $eem a mesa preparada(os habitantes do deserto simplesmente estendiam uma toalha no cho), oh&spede ' tomou banho de &leo per!umado, e percebem que o che!e e seuh&spede esto erguendo brindes a uma $elha ami.ade (a taa quetransborda)" ada podendo !a.er, os inimigos retiram-se en$ergonhados"D

    A 8blia de +studo 0entecostal registra acerca do /almo FJ% @ +ste salmo,originado na mente do /enhor e inspirado pelo +sprito /anto, expressa seuempenho e incessante cuidado pelos seus seguidores" +les so o preciosoal$o do seu di$ino amor" +le tem cuidado de cada um deles, como um pai

    cuida de seus 9lhos e como um pastor, das suas o$elhas"D

    * 4e$" Augustus icodemos, em $deo no Xou Tube, consultado em

    HQIQ1H, em pregao na primeira 2gre'a 0resbiteriana de #oi=nia, reYetesobre o /almo FJ, considerando que alm da 9gura pastoral nos $ersos 1-J,destacando o suprimento material, comida nos pastos $erdes, bebida nasguas de descanso e orientao, direo, simboli.ando o @A3AD do $"1>acrescenta tr:s outras comparaes% $" E outra 9gura para o /enhor @um$ia'ante que $ai conosco no caminhoD no $ale da sombra da morte emtempos de peregrinao para Lerusalm, caminhos di!ceis com

    emboscadas, as armas da $ara e ca'ado contra o inimigo, propiciando04*T+5Z*, a $ida neste mundo como [$ale da sombra da morte, nosso

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    H

    consolo a presena de 3eus> $"H outra 9gura% uma !esta, uma recepo deo9cial $itorioso, $indo ap&s uma batalha, recebido com !esta e banqueteem sua cidade, clice transbordante, smbolo da alegria" 3eus nos recebecom nossos ad$ersrios destrudos e enche nosso clice de alegria> $"G aquarta comparao, ap&s a 'ornada de peregrinao com suprimento

    completo, proteo, !esta e recepo, agora chega na Casa do /enhor,Templo de Lerusalm e seu dese'o ao chegar permanecer na Casa do/enhor, onde a bondade e miseric&rdia permanecero continuamente, ouse'a, ap&s a peregrinao crist, somos recebidos na Casa do 0ai,eternamente, nos no$os cus e terra"

    mas, ainda mais que isso% a mor&e "o lho "e De#spor cruci9cao" At mesmo os detalhes das $estes repartidas, das sorteslanadas sobre a tnica, das mos e ps traspassados, tudo posto a nudiante dos nossos olhos" Certamente aqui o 8om 0astor dando /ua $idapor /uas o$elhas"

    * /almo 222 mostra o /enhor em /eu prese%&e ministrio" Todos os$erbos desse /almo esto no tempo gramatical presente" 7ala de algo que o/enhor Lesus est !a.endo por n&s agora" * 8om 0astor, que acabamos de$er morrendo no /almo 22, agora est $i$endo como o 4ra%"e 5as&or, no/almo 222" o /almo 2? somos no$amente apresentados mesma bendita0essoa> desta $e., porm, no desempenho de /eu ministrio como /upremo0astor" * /almista clama% Be$antai, & portas, as $ossas cabeas> le$antai-$os, & portas eternas, e entrar o 4ei da gl&ria" Suem este 4ei da gl&ria^ */enhor dos +xrcitos, ele o 4ei da gl&ria"D

    ;alle_ (

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    mesmssimo campo onde, 1OOO anos depois, o coro angelical anunciou onascimento de Lesus"D

    Loo Cal$ino, em seu Comentrio aos /almos ( ?ol 1" +d" 0aracletos,p"HOI) a9rma% @+ste /almo no se acha nem entrelaado com oraes, nem

    apresenta queixas de misrias com o prop&sito de se obter al$io" Contmsimplesmente uma expresso de gratido, lu. da qual e$idencia-se que !oicomposto quando 3a$i gran'eou a posse pac9ca do reino e $i$ia emprosperidade e no usu!ruto de tudo quanto pudesse dese'ar" 0ortanto, paraque no $i$esse, no tempo de sua grande prosperidade, como os homensmundanos, os quais, quando parecem $i$er a!ortunadamente, sepultam3eus no esquecimento, e concupiscentemente se precipitam em seuspra.eres, 3a$i se deleita em 3eus, o autor de todas as b:nos de quedes!ruta$a" + no s& reconhece que o estado de tranquilidade no qual ora$i$e, bem como a iseno de toda e qualquer incon$eni:ncia e des$entura,eram de$idos bene$ol:ncia di$ina, mas tambm con9a em que atra$s da

    di$ina pro$id:ncia ele continuar !eli. mesmo no encerramento de sua $idaterrena, e por isso termina di.endo que poderia gastar-se na prtica deseu culto per!eito"D3a$i demostra sua experi:ncia com 3eus, reconhecendo o queposteriormente o +sprito do /enhor inspiraria Tiago a registrar% @Toda boaddi$a e todo dom per!eito so lado alto, descendo do pai das lu.es, emquem no pode existir $ariao ou sombra de mudana"D Tg" 1"1N`m esboo do salmo pode ser delineado a partir do texto de 4oberto]etcham (/almo FJ" 2mprensa 8atista 4egular)% @"""o primeiro $ersculo domesmo o tema do /almo inteiro" masto somente coisas se !orem contempladas parte do 0astor" (p"1I)> OSe%hor o me# 5as&or, por&a%&o, %*o me 6al&ar. DESCANSO7 3eitar-me !a. em $erdes pastos ($erso F) (p"FH)> O Se%hor o me# 5as&or,por&a%&o, %*o me 6al&ar. RERI48RIO7 #uia-me mansamente s guastranquilas" ($"F) (p"JO)> O Se%hor o me# 5as&or9 por&a%&o, %*o me6al&ar. RESTAURA;O07 4e!rigera a minha alma ($"J) (p" EO)> O Se%hor o me# 5as&or, por&a%&o, %*o me 6al&ar. ORIENTA;O7 #uia-mepelas $eredas da 'ustia ($"J) (p"EH)> O Se%hor o me# 5as&or,

    por&a%&o, %*o me 6al&ar. CORA4EM7 o temerei mal algum> porque tuests comigo ($"E) (p"HF)> O Se%hor o me# 5as&or, por&a%&o, %*o me6al&ar. CONSOLO7 Tua $ara e teu ca'ado me consolam" ($" E) (p"HI)> OSe%hor o me# 5as&or, por&a%&o, %*o me 6al&ar. SU5RIMENTO70reparas uma mesa perante mim" ($" H) (p"GE)> O Se%hor o me#5as&or, por&a%&o, %*o me 6al&ar. 5ROTE;O7 a presena de meusinimigos" ($"H) (p"NE)> O Se%hor o me# 5as&or, por&a%&o, %*o me6al&ar. 5ODER7 `nges a minha cabea com &leo ($"H) (p"RF)> O Se%hor o me# 5as&or, por&a%&o, %*o me 6al&ar.

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    A 0essoa do 0astor o bem maiorpara a o$elha" /l 1G"F% @3igo ao/+;*4 % Tu s o meu /enhor> outro bem no possuo, seno a ti somente"D>/l NJ" FH % DSuem mais tenho eu no cu^ o h outro em quem eu mecompra.a na terra"D> Cl F"J% @em quem todos os tesouros da sabedoria e doconhecimento esto ocultos"D

    22) ANLISE LITERRIA * tipo de texto en$ol$ido, que g:nero literrio contemplado" Texto

    'urdico, hist&rico, potico, pro!tico, como interpret-lo, quais as suaspeculiaridades"

    4o_ 8" Puc\ (A 2nterpretao 8blica" ?ida o$a) contribui sobre atransposio do abismo literrio% @oesia.L&, /almos, 0ro$rbios, +clesiastese Cantares so os cinco principais li$ros poticos do Antigo

    Testamento"""`ma caracterstica singular da poesia bblica o paralelismoentre duas (e s $e.es tr:s ou quatro) linhas" +ssa uma di!erena da

    poesia ocidental, que normalmente caracteri.ada por mtrica e rima,elementos esses que a poesia hebraica desconhece na maioria dos casos"*s estudiosos ' debateram exausti$amente a questo da mtrica na poesiahebraica" /ua incapacidade de chegar a um consenso sobre o assuntore$ela a aus:ncia de uma mtrica reconhecida na poesia bblica"%s)os "e s#a #%"a"e )om a I1re?a e seus c=nticos incluam

    tambm os lou$ores e as lamentaes dessa 2gre'a" +, como membro da2gre'a, se%&am &am@m #e es&a!am #%"os #ele #e s#a

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    R

    1lorosa Ca@eBa, que so!re por ela, e o autor de sua alegria""""?isto queos /almos representam a parte mais sub'eti$a da 8blia, o elementopsicol&gico de grande import=ncia para a sua correta interpretao" O%&rpre&e "e!e es"ar o )ar.&er "o poe&a e o es&a"o "e me%&e em#e )omp>s o se# )%&)o7 Suanto mais compreendermos a 3a$i, tanto

    melhor entenderemos os /almos"D Tremper Bongman 222 (Bendo a 8blia com o corao e a mente" CulturaCrist)% A04+3A A B+4 0*+/2A C*44+TA

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    CA4ACT+4/T2CA/ 3A 0*+/2A 88B2CA""" Imagstia...*s poetas costumampensar mais em imagens que em abstraes" Com uma imagem, o poetaretrata a realidade ou a expressa com termos mais concretos que exigemateno e interao cuidadosas do intrprete" Como Tremper Bongman 222obser$a% A linguagem 9gurada um modo conciso de escre$er, porque

    uma imagem no somente comunica in!ormaes, mas tambm pro$ocauma reao emocional" """+mpregando linguagem 9gurada, o poeta no s&torna seu trabalho mais pict&rico e mais atraente, mas tambm con$ida oleitor a obser$ar e meditar mais atentamente no que est di.endo" Aomesmo tempo, a linguagem 9gurada, por ser condensada, permite aexpresso mais concisa, que lembrada com mais !acilidade""""?isto quemuitos desses casos en$ol$em a pessoa e a obra de 3eus, importante queo intrprete perceba a !ora das 9guras empregadas" *bser$e isto% */+;*4 o meu pastor (/l FJ"1)""" 0or sua $e., 3eus comparado a algopelo emprego de met!ora, smile e hipoat"stase. a met!ora,determinado ob'eto identi9cado com outro% * /enhor um pastor" 0elo

    smile, um ob'eto comparado com outro% o /enhor (age) como umpastor" Com a hipoat"stase, uma coisa recebe o nome de outra% f pastor,meu pastor" """o poeta cria uma imagem $isual de um pastor e suas o$elhas"3o mesmo modo que um pastor cuida de seu rebanho, tambm o /enhorcuida de seu po$o"D

    por causadeles !oi !eito o saltrio" 0or isso, ele, em hebraico, tambm se chamaSepher #ehillim, que quer di.er um li$ro de lou$or ou li$ro deagradecimento"

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    compreenda o saltrio mais !acilmente, se possa lidar com ele e, tambmpara aprend:-lo e assimil-lo melhor"D* salmo FJ pertence categoria do consolo, pois con!ortam os 9is arespeito da pro$id:ncia di$ina em todas as suas car:ncias"

    #ordon 3" 7ee e 3ouglas /tuart (+ntendes o que l:s^ ?ida o$a)contribuem% @C=nticos de con9ana" +sses de. salmos (11> 1G> FJ> FN> GF>GJ> I1> 1F1> 1FH> 1J1) centrali.am sua ateno no !ato de que se podecon9ar em 3eus e que, mesmo em tempos de desespero, sua bondade eseu cuidado para com seu po$o de$em ser expressos" 3eus deleita-se emsaber que aqueles que nele creem con9am nele para sua $ida e para aquiloque ele escolher lhes dar" +sses salmos nos a'udam a expressar nossacon9ana em 3eus, se'a qual !or a circunst=ncia"D

    * /almo FJ, portanto, expressa con9ana inabal$el no 3eus dapro$id:ncia, nos mais di$ersos contextos existenciais"

    A 8blia de +studo de #enebra em sua introduo ao li$ro dos /almosregistra% @C=nticos de Con9ana" Alguns salmos t:m na )o%a%Ba o se#se%&"o pr%)pal (destaque nosso)" +sses salmos so, !requentemente,curtos e cont:m alguma met!ora marcante que capta a atitude decon9ana do salmista" 0" ex", $er /l FJ> 1F1> 1J1"D

    ;enr_ ;alle_ (

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    *s salmos constituintes compartilham a mesma !orma de perguntaseguida por resposta (1E"1-H> FE"J,E) e o mesmo tema da insist:ncia sobrea insol$el conexo entre adorao e tica" Alm disso, estes dois salmosconstituintes se mo$em do geral, de a9rmaes abstratas positi$as parauma a9rmao negati$a mais espec9ca"

    a base, o /almo 1I celebra o Eu Sou como o Criador transcendente e4edentor imanente, que pro$: seus adoradores com pure.a moral atra$sde sua Tor, perdo e cuidado pastoral" Luntos, estes tr:s salmos (1H,1I,FE)pro$eem pala$ras instruti$as no que concerne aos suplicantes seremou$idos no salmo de concluso, o!erecem um contraponto ao /almo 1E ere!oram a instruo do /almo 1, que introdu. toda a coleo"D

    C*/23+4A56+/ +/0+C72CA/-

    222) ANLISE 4RAMATICAL +ste captulo o captulo da exegese, o cerne da questo" A gramtica

    tem preced:ncia sobre a hist&ria" Suem sabe, acrescentando algumcomentrio a respeito de cada item a seguir, aplicando a nossa realidade"

    Mor6ol=1)a% a !orma do termo" +x"% Con'uno Coordenati$a Aditi$a,traduo e" +m seguida uma abordagem dos tr:s primeiros $ersos%

    SALMO 237: FO SENHOR 8 MEU 5ASTOR9 NADA ME ALTAR7G

    HH% * pr&prio 3eus, o +terno, o #4A3+ +` /*` me pastoreia @+apesar desta gl&ria que tens, Tu te importas comigo tambmD> 2s JJ"H @ */+;*4 sublime, pois habita nas alturas>"""D 2s HN"1H% @;abito no alto esanto lugar, mas habito tambm com o contrito e abatido de esprito, para

    $i$i9car o corao dos contritos"D @U especialmente no nome XA;M+; que3eus se re$ela o 3eus da graa" /empre !oi tido como o mais sagrado e omais distinto nome de 3eus, o nome incomunic$el" * 0entateuco liga onome ao $erbo hebraico ha%ah, /+4, +x J"1J,1E" (8er\ho!)"ahJeh o nome mais importante de 3eus no AT" Tem um sentido duplo% o/er ati$o e auto-existente ($erbo @/+4D, +x J"1E)" * nome ocorre G"RFJ$e.es no AT (8blia Anotada de 4_rie)"@3eus esprito, in9nito, eterno e imut$el em seu ser, sabedoria, poder,santidade, 'ustia, bondade e $erdadeD (8re$e Catecismo, E resposta)2 4s R"FN @

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    1F

    7undamentos para exegese do Antigo Testamento, Carlos *s$aldo Cardoso0into, manual de sintaxe hebraica, ?ida o$a, p"RJ)0astor condu. com cuidado as o$elhas que amamentam suascrias" Suem mediu as guas na concha da mo, ou com o palmo de9niu oslimites dos cus^ Suem 'amais calculou o peso da terra, ou pesou osmontes na balana e as colinas nos seus pratos^ Suem de9niu limites parao +sprito do /+;*4, ou o instruiu como seu conselheiro^ A quem o/+;*4 consultou que pudesse esclarec:-lo, e que lhe ensinasse a 'ulgarcom 'ustia^ Suem lhe ensinou o conhecimento ou lhe apontou o caminhoda sabedoria^ a $erdade as naes so como a gota que sobra do balde>

    para ele so como o p& que resta na balana> para ele as ilhas no passamde um gro de areia" em as Yorestas do Bbano seriam su9cientes para o!ogo do altar, nem os animais de l bastariam para o holocausto" 3iantedele todas as naes so como nada> para ele so sem $alor e menos quenada> Com quem $oc:s compararo 3eus^ Como podero represent-lo^Como uma imagem que o arteso !unde, e que o ouri$es cobre de ouro epara a qual modela correntes de prata^ *u com o dolo do pobre, que podeapenas escolher um bom pedao de madeira e procurar um marceneiropara !a.er uma imagem que no caia^ /er que $oc:s no sabem^ uncaou$iram !alar^ o lhes contaram desde a antiguidade^ ?oc:s nocompreenderam como a terra !oi !undada^ +le se assenta no seu trono,

    acima da cpula da terra, cu'os habitantes so pequenos como ga!anhotos"+le estende os cus como um !orro, e os arma como uma tenda para neleshabitar" +le aniquila os prncipes e redu. a nada os 'u.es deste mundo" um redemoinho os le$a como palha" Com quem$oc:s $o me comparar^ Suem se assemelha a mim^ 0ergunta o /anto"+rgam os olhos e olhem para as alturas" Suem criou tudo isso^ Aquele quepe em marcha cada estrela do seu exrcito celestial, e todas chama pelonome" To grande o seu poder e to imensa a sua !ora, que nenhumadelas deixa de comparecer 0or que $oc: reclama, & Lac&, e por que sequeixa, & 2srael% * /+;*4 no se interessa pela minha situao> o meu

    3eus no considera a minha causa^ /er que $oc: no sabe^ unca ou$iu!alar^ * /+;*4 U * 3eus eterno, o Criador de toda a terra" +le no secansa nem 9ca exausto> sua sabedoria insond$el" +le !ortalece o cansadoe d grande $igor ao que est sem !oras" At os 'o$ens se cansam e 9camexaustos, e os moos tropeam e caem> mas aqueles que esperam no/+;*4 reno$am as suas !oras" ?oam alto como guias> correm e no9cam exaustos, andam e no se cansam"D

    F777NADA ME ALTAR7G ehsar Sal incompleto de @so!rer !altaD" 2ncompleto V no !oi concluda,nem reali.ada a ao, ao em andamento" *u se'a C*T2`* /+< /*74+7ABTA, ou ainda /+4Z* C*T2`A

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    1J

    /almo JE"1O @*s lee.inhos so!rem necessidade e passam !ome, porm osque buscam o /+;*4 bem nenhum lhes !altar"D *s 9lhotes de leespodem so!rer !alta, mas os que buscam o B+Z* 3+ L`3, so supridos"7p E"1I @+ o meu 3eus, segundo a sua rique.a em gl&ria h de suprir emCristo Lesus cada uma de $ossas necessidades"D /uprir, pleroo Bx"

    +ncher, completar";b 1J"H @Contentai-$os com as cousas que tendes, porque +le tem dito% 3emaneira alguma (em nenhuma circunst=ncia) te deixarei, nunca (em tempoalgum) 'amais te abandonarei"D

    SALMO FJ72 FELE ME AK RE5OUSAR EM 5ASTOS ERDEANTES7LEA-ME 5ARA UNTO DAS 4UAS DE DESCANSO9G

    2arebitseni incompleto hi9l (causati$o) de ravats deitar j su9xo ob'" da1 pessoa"

    2ncompleto V ao inacabada% +st e estar me !a.endo deitar" ;i9l graucausati$o, @3eus o respons$el em me !a.er deitarD" +le pro$idencia ascondies" +le @pro$ocaD meu descanso" ;i9l V causati$o na $o. ati$a" *pastor o causador do repouso da o$elha" @Banando (particpio do aoristo,arremessando) sobre +le toda a $ossa ansiedade, porque +le tem cuidado(presente do indicati$o ati$o) de $&s"D (2 0e"H"N) @o 9quem preocupadosporque +le se preocupa"""D

    /almo HH"FF @Con9a os teus cuidados ao /+;*4, e +le te suster (3ic"/egurar para que no caia> suster V segurar por baixo, para que no caia)

    Como o pastor pro$idencia o descanso^ +scre$eu um pro!undoconhecedor de o$elhas, 0hillip ]eller, no seu li$ro @ada me !altarD, que hS`AT4* condies para que os carneiros (carneirojo$elha cordeiro)deitem-se% 1) T4AS`2B23A3+ V sem temor, segurana" /l I1"1 @* quehabita no esconderi'o do Altssimo, e descansa sombra do *nipotente"D>

    Lo"1O"FR,FI @+u lhes dou a $ida eterna, 'amais perecero, e ningum asarrebatar da minha mo " Aquilo que meu 0ai me deu maior do que tudo>e da mo do 0ai ningum poder arrebatar"D> F) `23A3+ 0or causa do seucomportamento social no grupo do rebanho, no se deitam enquantohou$er quaisquer atritos com outras o$elhas" `nio gera pa., /almo 1JJ"@*h Suo bom e quo sua$e """D> J) B28+43A3+ V /e esti$erem sendo

    importunados por moscas e parasitas, tambm no se deitaro" /&conseguem relaxar quando esto li$res dos insetos" /l I1"J @0ois +le teli$rar do lao do passarinheiro (armadilhas para a$es) e da pesteperniciosa"D> 4m R"JR @0orque eu estou bem certo de que nem os an'os,nem os principados"""nem qualquer outra criatura poder separar-nos doamor de 3eus"D> 2 Lo E"E @"""maior aquele que est em $&s do que aqueleque est no mundoD Cl F"1H> E) /AC2+3A3+ V o se deitam enquantoesti$erem com !ome" 0recisam estar bem alimentadas" Lo G"JH 3eclarou-lhes Lesus% @Ego eimi ho artos tes d$oes , eu ( e no outro) sou (e continuosendo) o po da $ida ( geniti$o ob'eti$o, $i$ente, que tem $ida, geniti$osub'eti$o, $i$i9cador, !onte de $ida)> o que $em a mim 'amais ter !ome> e o

    que cr: em mim 'amais ter sede"DFLe!a-me para ?#%&o "as .1#as "e "es)a%soG !72@

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    1E

    2enahaleni incompleto de piel (no ocorre no Sal) j su9xo 1 sg" @guia-meD" +ste $erbo usado no AT em contextos que !alam de le$ar e !a.erdescansar ou le$ar para pasto ou gua, portanto, expressa direo que $isao bem-estar do dirigido" *lhando para outros contextos deste mesmo $erbonas +scrituras, descobrimos Lac& em #n JJ"1F-1E @3isse +sa% 0artamos e

    caminhemos> eu seguirei 'unto de ti" 0orm Lac& lhe disse% se!oradas a caminhar demais um s& dia, morrero todos os rebanhos" 0assemeu senhor adiante de seu ser$o> +` /+#`24+2 #`2A3*-A/ 0*`C* A0*`C*, no passo do gado que me $ai !rente e no 0A//* 3*/ b) 04*?23kC2A> c) 0AP>d) /AT23A3+"

    @"""Be$a-me para 'unto das guas de descanso>D /l FJ"F Suanto aorepouso, lemos em ;b E"I,1O @0ortanto, resta um repouso para o po$o de3eus" 0orque aquele que entrou no descanso de 3eus, tambm +le mesmodescansou de suas obras, como 3eus das suas"D As guas de descansotra.em a lembrana o rio de Ap FF"1ss% @+nto me mostrou o rio da gua da$ida, brilhante como cristal que sai do trono de 3eus e do Cordeiro"D /l EG"E@; um rio, cu'as correntes alegram a cidade de 3eus, o santurio dasmoradas do Altssimo"D

    0hillip ]eller a9rmou% @ aturalmente o or$alho !onte de gua pura elimpa" + no h ilustrao mais resplendentes das guas tranquilas do queas gotinhas prateadas da umidade pesando nas !olhas e na rel$a ao nascerdo dia" * bom pastor, criador dedicado, pro$idencia para que o seu rebanhosaia logo cedo, e $ pastar na rel$a molhada de or$alho" 0orque dois malescometeu o meu po$o% a mim me deixaram, o manancial de guas $i$as, eca$aram cisternas, cisternas rotas, que no ret:m as guas Lr F"1JD

    SALMO 2373 a FRERI4ERA-ME A ALMA9 4UIA-ME 5ELAS EREDAS

    DA USTIA7G

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    1H

    2eshobeb 0olel (!orma intensi$a que substitui o 02+B em certos $erbos)do $erbo sh3b.Aqui o signi9cado sh3b literal !a.er $oltar isto reno$ar,restaurar" Compare o /l 1I"N onde ocorre o mesmo $erbo" (4A) @A lei do/+;*4 per!eita e restaura (A4C re!rigera) a alma> o testemunho do/+;*4 9el e d sabedoria aos smplices"D * $erbo tradu.ido por

    4+/TA`4A4 (A4A), 4+742#+4A4 (A4C)" @4e!rigera ou restaura a minha alma uma expresso pass$el de maisde uma interpretao" 0ode retratar a *?+B;A 3+/#A44A3A S`+ U

    T4AP23A 3+ ?*BTA como em 2s EI"H, ou tal$e. GO"1 heb"F, que empregamo mesmo $erbo no original, cu'o signi9cado transiti$o !requentementeA44+0+3+4-/+ ou C*?+4T+4-/+" (4m F"E @bondade de 3eus"""condu.ao arrependimento"D> @bondade e miseric&rdia certamente me seguirotodos os dias da minha $ida"""D/l FJ"G> F Co N"1O a triste.a segundo 3eusprodu. arrependimento") /almo 1I"N pelo seu su'eito (a lei), e pelo $erboparalelo (d sabedoria), indica uma reno$ao espiritual deste tipo, mais doque mero re!rigrio" 3o outro lado, minha alma muitas $e.es signi9ca minha$ida ou eu pr&prio, e restaurar, muitas $e.es tem o sentido !sico oupsicol&gico como em 2s HR"1F @*s teus 9lhos edi9caro as antigas runas>le$antars os !undamentos de muitas geraes e sers chamado reparadorde brechas e restaurador de $eredas para que o pas se torne habit$elD, oucom o emprego de outra parte do $erbo, 0$ FH"1J @Como o !rescor da ne$eno tempo da cei!a, assim o mensageiro 9el para com os que o en$iam,porque re!rigera a alma dos seus senhoresD ?er ainda Bm 1"11,1G,1I" +mnosso contexto parece ha$er interao entre os dois sentidos, de tal modoque a reno$ao mais pro!unda do homem de 3eus, por maisespiritualmente per$erso ou en!ermo que se'a"D (Comentrio Cultura 8blica

    V di.ei-lhe% 0erdoa toda iniquidade, aceita o que bom e, em $e.de no$ilhos, os sacri!cios dos nossos lbios"D

    A44+0+32

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    1G

    SALMO 2373 @ F4UIA-ME 5ELAS EREDAS DA USTIA 5OR AMOR DOSEU NOME7G

    2anehen4 incompleto hi9l de nahah guiar j su9xo ao inacabada, aode guiar permanentemente, sempre"

    ;i9l, causati$o, (pastor respons$el pela conduo do rebanho), guiadospelo +sprito de 3eus, so 9lhos de 3eus, 4m R"1E"

    5a%ggele% trilhas (rigorosamente aquelas !eitas por uma carroa)

    Shem shemo j su9xo J m" sg" o nome dele

    /almos H"R @#uia-me na tua 'ustia"D> FH"I @#uia os humildes na 'ustiaD>NJ"FE @Tu me guias com o Teu conselho"""D

    ?eredas da 'ustia V @mas $&s sois dele em Cristo Lesus, o qual se nos tornouda parte de 3eus sabedoria e 'ustia, e santi9cao e redenoD 1Co 1"JO" F

    Tm F"1I @+ntretanto, o 9rme !undamento de 3eus permanece, tendo este

    selo% * /enhor conhece os que lhe pertencem" + mais% Aparte-se dain'ustia todo aquele que pro!essa o nome do /enhorD Aparte-se, aoristoimperati$o, aposteto, J sg aoristo imperati$o de a'stemi (1-1E), partir,deixar, separar-se de, histemi, separar" *rdem para iniciar uma ao" (oaoristo pede rompimento de9niti$o, cha$e lingustica) 2n'ustia V adi&ia(di&e, es 6 s"!" direito, 'ustia com al!a pri$ati$o, de negao)

    AMOR DO SEU NOME

    /l 1JR"F @"""pois magni9caste acima de tudo o teu nome e a tua pala$ra"D

    +. JG"FF,FJ @3i.e, portanto, casa de 2srael% Assim di. o /+;*4 3eus%o por amor de $&s que eu !ao isto, & casa de 2srael, mas pelo meu

    /AT* * 9ehovah, nome nacional 'udaico de 3eus%-Leo$, o/+;*4"/ubstanti$o que signi9ca 3eus" A pala$ra se re!ere ao nome pr&prio do 3eusde 2srael, particularmente o nome pelo qual +le se re$elou a 3t FR"HR)" At a

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    1N

    4enascena, ele era escrito sem as $ogais no texto hebraico do AntigoTestamento, sendo tradu.ido como X;M;" Contudo, desde aquela poca, as$ogais de outra pala$ra, dona%, !oram supridas na expectati$a de sereconstruir a pronncia" +mbora a deri$ao exata do nome se'a incerta,muitos estudiosos concordam que o seu signi9cado bsico de$eria ser

    compreendido no contexto da exist:ncia de 3eus, i"e", de que +le o +u/ou o Sue /ou (kx J"1E), aquele que era, que , e que sempre ser (c!" Ap11"1N)" Tradues mais antigas da 8blia, e muitas outras mais recentes,usam da prtica de representar o nome di$ino com letras maisculas, paradistingui-lo de outras pala$ras hebraicas" +le mais !requentementetradu.ido por /enhor (#n E"1> 3t G"1R> /l 1R"J1JF> Lr JJ"F> Ln 1"I), mastambm por 3eus (#n G"H> F /m 1F"FF) ou L+*? (/l RJ"1R1I> 2s FG"E)" A!requente apario deste nome em relao obra redentora de 3eusen!ati.a a sua tremenda import=ncia (B$ FG"EH> /l 1I"1E1H)" Alm disto,ele aparece, s $e.es, composto com outra pala$ra, para descre$er ocarter do /enhor com maior detalhe ($e'a #n FF"1E> kx 1N"1H> L. G"FE)"D

    Ma_ne #rudem em sua Teologia /istemtica (+d" ?ida o$a, p"11O)comenta% @Tambm se $: a independ:ncia de 3eus na sua autodesignaoem kxodo J"1E% 3isse 3eus a !h, que aparece em torno de H"HOO $e.es no AT" """a !ormaabre$iada,hh ouah, aparece em kx 1H"G e 1N"1G alm de 2saas e emtrinta e cinco passagens nos /almos, como /l NN"11 e RI"R" 7orma parte daexpresso Aleluia, hallel#ah, isto Lo#!a ahh7 `m te&logo escoc:s(citado por 4" 8" #irdlestone) coloca% +m o nome Leho$ se expressa deuma maneira distinti$a a 0ersonalidade do /er /upremo" U em todas aspartes um nome pr&prio, denotando a 0essoa de 3eus, e s& a d+le, tanto

    que +lohim participa mais do carter de um nome comum, denotando emgeral, porm no necessria e uni!ormemente, o /er /upremo" `m hebreupode di.er o +lohim, o $erdadeiro 3eus, em oposio a todos os !alsosdeuses> porm nunca di. oLeho$, porque Leho$ o nome do 3eus nico e$erdadeiro" 3i. uma $e. ou outra meu De#s, porm nunca meueho!.,porque quando di. meu 3eus re!ere-se a Leho$" 7ala de o De#s "eIsrael, porm nunca de o eho!. "e Israel, porque no h outro Leho$"7ala de o De#s !!e%&e, porm nunca de o eho!. !!e%&e, porque de

    Leho$ s& pode conceber como $i$ente"D (traduo nossa)"

    Tr_gg$e " 3"

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    1R

    o!erece uma explicao do signi9cado do nome de 3eus +x J,1E e dele sein!ere que a rai. do nome deri$a do $erbo ser" +m resposta pergunta($"1J) sobre o nome de seu interlocutor, masquando dai de beber s o$elhas, e ide, eapasentai@as1 (#n FI"N)" A pala$ra raah tambm descre$e o trabalho dopastor" /endo Los de de.essete anos, apasentava as o$elhas com seusirmos> e ele ainda era 'o$em (#n JN"F)" `sado meta!oricamente, este$erbo descre$e um lder ou a relao de um soberano para com o seu po$o"+m ;ebrom, o po$o disse a 3a$i% + tambm dantes, sendo /aul ainda reisobre n&s, eras tu o que saas e entra$as com 2srael> e tambm o /+;*4te disse% Tu apasentar"s o meu po$o de 2srael e tu sers che!e sobre 2srael(F /m H"F)" * $erbo empregado 9guradamente no sentido de pro$er

    acalento ou animar% *s lbios do 'usto apasentam muitos, mas os tolos,por !alta de entendimento, morrem (0$"1O"F1)" `sado no modo intransiti$o,raah descre$e o que o gado !a. quando se alimenta no campo" 7ara&sonhou que subiam do rio sete $acas, !ormosas $ista e goras de carne, e

    pastavam no prado (#n E1"F)" +ste uso aplicado meta!oricamente ahomens em 2s 1E"JO% + os primog:nitos dos pobres os que so muitoinde!esos sero apasentados, e os necessitados se deitaro seguros"D

    2?ANLISE TEOL4ICA

    /elecione alguns aspectos teol&gicos a partir do texto em apreo,

    pesquise e discorra sobre os mesmos, relacionando-os com sua re!er:ncia

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    1I

    textual" `se seus smbolos de !, associados a sua con9sso, credo almdos te&logos mais representati$os de sua corrente teol&gica"

    o li$ro @Teologia do Antigo TestamentoD +d" ?ida o$a, pp" 111-J, 4alph/mith trata da pessoa e obra di$inas, teologia em si, a partir do nome di$ino

    empregado no /almo FJ"1% @A7 O %ome "e%o&a essP%)a * conhecimentode 3eus no Antigo Testamento brota no s& da hist&ria, pala$ra, criao eteo!ania, mas tambm da re$elao do nome La$" Concorda-se em geralque entre po$os primiti$os e em todo o antigo *riente, o nome denota aess:ncia de algo% chamar algo pelo nome conhec:-lo"""* nome esta$arelacionado nature.a do carter da pessoa""" +sa disse que as aes de

    Lac& reYetiam seu nome (#n FN"JG)" abal era como seu nome, um tolo (1/m FH"FH)" ?on 4ad e Lacob argumentaram que o nome de um deus nomundo antigo encerra$a poder e podia ser ou perigoso ou bene9cente" +ra,assim, importante conhecer o nome do deus" N"1> R"1> 1F"1)" +ntretanto, emalgumas oraes, +lohim, 3eus, usado em seu lugar" A doxologia de 3a$icomea com a pala$ra La$ (1Cr FI"1O-11)" A in$ocao do nome era aindaimportante na poca do o$o Testamento" Lesus ensinou seus discpulos acomear assim suas oraes% 0ai nosso """ santi9cado se'a o teu nome ( FO"1> JE"H-G)" /l 1OJ"1> 1OH"J> 111"I> 1EH"F1> +. FO"JI> JG"FO-FJ> JI"N> EJ"N> Am F"N)" *

    nome de La$ substitua o pr&prio 3eus, representando toda sua presenasanta" A in$ocao do nome era parte importante do culto" /e La$ noti$esse re$elado seu nome, o adorador no poderia in$oc-lo e no ha$eriaculto" Childs reconheceu que a ligao entre o nome e o culto $lida"

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    FO

    desse $erbo 'amais ocorre no Antigo Testamento" Tanto Lacob como $on 4adcriam que o signi9cado bsico de La$ presena, estarei con$osco (kxJ"1F> c!" #n FR"FO> Ls J"N> L. G"1F)" Terrien disse% Ao $acilante 4m R"JR,JI" (E) L& 1"1F> L& F"G> 0$ F1"1 Como ribeiros de guas assim

    o corao do rei na mo do /+;*4> este, segundo o seu querer, o

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    F1

    inclina"> At 1N"FH-FR" (8blia de +studo de #enebra, F ed re$isada eampliada" Cultura Crist, /88)"

    o li$ro @Creio no 0ai, no 7ilho e no +sprito /antoD por ;ermisten 1EH"1N> +! 1"11> 10e 1"1,F)" 3eus preser$a omundo, go$ernando-o atra$s das leis que +le mesmo criou, caminhandoassim, para a reali.ao do seu prop&sito eterno" * go$erno de 3eus uma

    mani!estao do seu poder" (/l GH"H-R> GG"N> 1OJ"1I> ;b 1"J)" 0ara o po$o'udeu, a grande demonstrao hist&rica do 0oder de 3eus, deu-se na sualibertao do cati$eiro egpcio" (+x 1H"G> 3t H"1H> /l 1OG"R)"D

    * 3eus da 0ro$id:ncia o /upremo 0astor, Aquele que go$erna, rege,!a. todas as cousas con!orme seu desgnio eterno que concreti.a-se notempo e no espao, no campo e no redil"

    Bouis 8er\ho! (Teologia /istemtica" Cultura Crist, 1HJss) a9rma% @*tesmo cristo ope-se tanto a uma desta separao entre 3eus e o mundocomo a uma con!uso pantesta de 3eus com o mundo" 3a a doutrina da

    criao seguida imediatamente pela da pro$id:ncia, na qual se de9neclaramente o conceito bblico da relao de 3eus com o mundo" Apesar deno se achar o termo pro$id:ncia na +scritura, a doutrina da pro$id:ncia,no obstante, eminentemente escriturstica"""*/ *8L+T*/ 3A04*?23kC2A 32?2A a" s ensinamentos da Esritura sobre este ponto. A8blia ensina claramente o go$erno pro$idencial de 3eus (1) sobre ouni$erso em geral, /l 1OJ"1I os cus, estabeleceu o /+;*4 o seu trono,e o seu reino domina sobre tudo> 3n H"JH> +! 1"11> (F) sobre o mundo !sico,

    L& JN"H> /l 1OE"1E 7a.es crescer a rel$a para os animais e as plantas, para oser$io do homem, de sorte que da terra tire o seu po,> 1JH"G> se

    abres a mo, eles se !artam de bens> (E) sobre os neg&ciosdas naes, L& 1F"FJ> /l FF"FR> GG"N +le, em seu poder, go$ernaeternamente> os seus olhos $igiam as naes> no se exaltem os rebeldes">At 1N"FG> (H) sobre o nascimento do homem e sua sorte na $ida, 1 /m 1G"1>/l 1JI"1G *s teus olhos me $iram a subst=ncia ainda in!orme, e no teu li$ro!oram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado,quando nem um deles ha$ia ainda"> 2s EH"H> #l 1"1H, 1G> (G) sobre as$it&rias e !racassos que sobre$:m s $idas dos homens, /l NH"G,N 0orqueno do *riente, no do *cidente, nem do deserto que $em o auxlio"3eus o 'ui.> a um abate, a outro exalta"> Bc 1"HF> (N) sobre coisasaparentemente acidentais ou insigni9cantes, 0$ 1G"JJ>

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    FF

    /+;*4, s& tu me !a.es repousar seguro"> H"1F> GJ"R> 1F1"J +le nopermitir que os teus ps $acilem> no dormitar aquele que te guarda">4m R"FR> (I) no suprimento das necessidades do po$o de 3eus, #n FF"R, 1E>3t R"J> 7p E"1I + o meu 3eus, segundo a sua rique.a em gl&ria, h desuprir, em Cristo Lesus, cada uma de $ossas necessidades"> (1O) nas

    respostas orao, 1/m 1"1I> 2s FO"H,G> FCr JJ"1J> /l GH"F f tu queescutas a orao, a ti $iro todos os homens,> e (11) nodesmascaramento e castigo dos mpios, /l N"1F /e o homem no secon$erter, a9ar 3eus a sua espada> ' armou o arco, tem-no pronto, 1J>11"G" b" rovidGnia geral e espeial. #eralmente os te&logos distinguementre pro$id:ncia geral e especial, a primeira indicando o go$erno de 3eussobre o uni$erso todo, e a ltima, /eu cuidado de cada parte dele emrelao ao todo" o so duas espcies de pro$id:ncia, mas a mesmapro$id:ncia exercida em duas di!erentes relaes" Contudo, a expressopro$id:ncia especial pode ter uma conotao mais espec9ca, e nalgunscasos se re!ere ao cuidado especial de 3eus por /uas criaturas racionais"

    Alguns !alam at mesmo de uma pro$id:ncia muito especial (providentiaespeialssima), com re!er:ncia aos que esto na relao especial de 9liaoa 3eus (gri!o nosso)" 0ro$id:ncias especiais so combinaes especiais!eitas na ordem dos e$entos, como na resposta orao, na libertao dedi9culdades, e em todos os casos em que a graa e o socorro $:m, emcircunst=ncias crticas"D

    +m aplicao ao texto central em apreo, /l FJ"1, temos a in!ormao docuidado pro$idencial de La$, como 0astor di$ino, como Aquele que cuida dotodo e de todos, mas tambm em relao s /uas o$elhas, @somos o seupo$o e rebanho do seu pastoreio"D (/l 1OO"Jb)

    Ma_ne #rudem em Teologia /istemtica pela +ditora ?ida o$a,pp"FERss destaca tr:s aspectos% @A7 5RESERA;O 3eus preser$a todasas coisas criadas como elementos existentes, que conser$am aspropriedades com que ele os criou" ;ebreus 1"J nos di. que Cristo estsustentando todas as coisas pela pala$ra do seu poder" A pala$ra gregatradu.ida como sustentando phero, carregar, suportar" U usadacomumente no o$o Testamento com o sentido de carregar algo de umlugar para outro, como nos seguintes exemplos% Bucas H"1R (le$ar umparaltico num leito at Lesus), Loo F"R (le$ar $inho ao encarregado dobanquete) e FTim&teo E"1J (le$ar uma capa e li$ros para 0aulo)" o

    signi9ca simplesmente sustentar, mas encerra a ideia de controle ati$o edeliberado da coisa que se carrega de um lugar a outro" +m ;ebreus 1"J, ouso do gerndio indica que Lesus est ontinuamentecarregando consigotodas as coisas no uni$erso pela pala$ra do seu poder" Cristo estati$amente en$ol$ido na obra da pro$id:ncia"D

    * nosso texto ureo, /almo FJ"1, indica o poder para sustentar todas ascoisas no sentido de pro$er o ambiente necessrio e preser$ar suaso$elhas"

    #rudem acrescenta na citada obra% @

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    FJ

    pro$id:ncia, a ooperao, uma ampliao da ideia contida no primeiroaspecto, apreservao...+m +!sios 1"11, 0aulo di. que 3eus !a. todas ascoisas con!orme o conselho da sua $ontade" A pala$ra tradu.ida por !a.(energeo) indica que 3eus elabora ou reali.a todas as oisas segundo asua pr&pria $ontade" +$ento nenhum da criao escapa sua pro$id:ncia"

    Bogicamente esse !ato 9ca oculto aos nossos olhos a menos que o leiamosnas +scrituras" A exemplo da preser$ao, a obra di$ina da cooperao no claramente patente apenas pela obser$ao do mundo natural que noscerca"""C7 4OERNO 5ro!as @(@l)as7 L discutimos os dois primeirosaspectos da pro$id:ncia% (1) preser$ao e (F) cooperao" +sse terceiroaspecto da pro$id:ncia di$ina sugere que eus tem um prop=sito em tudo o:ue *a$ no mundo, e providenialmente governa ou dirige todas as oisas a'm de :ue umpram esses prop=sitos divinos. Bemos em /almos% * seureino domina sobre tudo (/l 1OJ"1I)" Alm disso, segundo a sua $ontade,ele opera com o exrcito do cu e os moradores da terra> no h quem lhepossa deter a mo, nem lhe di.er% Sue !a.es^ (3n E"JH)"D

    Allan ;arman (Comentrios do Antigo Testamento" /almos" +d" CulturaCrist, pp"1JE-H) encontramos a respeito do /almo FJ% @+le est repassadode linguagem pactual, e tem muitas a9nidades com descries daexperi:ncia do :xodo" +le usa a met!ora do pastor para !alar de 3eus comoamora$elmente preocupado com suas o$elhas e a rique.a da pro$iso queele !a. para elas" 1" ivino astor (vs. -@;!. A nature.a pactual do salmo en!ati.ada pelo !ato de que a pala$ra inicial o ttulo pactual distinti$o para3eus" * salmista declara que este /enhor seu pr&prio pastor" +le estadequando uma linguagem para si pr&prio, a qual se aplica$a nao comoum todo ($er /l NI"1J Suanto a n&s, teu po$o e o$elhas do teu pasto, para

    sempre te daremos graas> de gerao em gerao proclamaremos os teuslou$ores"> 1OO"J> 2s EO"11> +. JE)" 3a mesma !orma, os crentes em Cristopodem !alar em termos pessoais da obra de Cristo (c!" #l F"FOb> ele meamou e se deu por mim1)" Lustamente como 3eus pro$idenciou que aos9lhos de 2srael nada !altasse ap&s o :xodo, assim tambm ao crenteindi$idualmente nada !altar (c!" 3t F"N% 0ois o /+;*4, teu 3eus, teabenoou em toda a obra das tuas mos> ele sabe que andas por estegrande deserto> estes quarenta anos o /+;*4 teu 3eus, este$e contigo>coisa nenhuma te !altou")" A !uno do pastor com respeito ao rebanho como um todo agoraparticulari.ada por seu cuidado pelas o$elhas indi$idualmente ($s" F,J)" +le

    condu. s pastagens e s guas, e assim como se trouxesse no$a $ida alma" A primeira parte do $ersculo J de9ne bem mais o que ' !oi dito no$ersculo F" Todas as $eredas do /enhor so $eredas de 'ustia, e ele guiaou condu. nessas $eredas por amor de seu nome" * $erbo le$ar !a. no$oeco do uso do mesmo $erbo em re!er:ncia ao :xodo (1H"1J Com a tuabene9c:ncia guiaste o po$o que sal$aste> com a tua !ora o le$aste habitao da tua santidade), enquanto por amor de seu nome tambmusado em re!er:ncia experi:ncia do :xodo (/l 1OG"R

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    FE

    pastor do con!orto e segurana" /e 3eus est com os crentes, ento porque de$am temer^ (c!" 4m R"J1-JI)" F"A roviso Hraiosa (vs. >,! A cenamuda de alimento e gua destinados a o$elhas, para banquete !arto parahumanos" +mbora se'a poss$el que o salmista este'a pensando nasre!eies especiais em momento de sacri!cio, contudo mais pro$$el que

    este'a pensando em outros momentos de re!eio, ou !estas especiais" *pastor dispensa generosamente seu cuidado a seus 9lhos" +le unge acabea e o!erece um clice de !orma to liberal, que este transborda" * &leoera usado em ocasies !esti$as e, 'untamente com per!umes, simboli.a$a aalegria (c!" /l 1JJ"F)" Tudo isso se d em $irtude da relao pactual (gri!onosso)"* salmista est certo de que as b:nos da aliana, e o amor inabal$el de3eus, o perseguiro at o 9m de sua $ida" +le se compromete a regressarconstantemente casa de 3eus" * texto hebraico tra. $oltarei, enquanto a$erso inglesa e portuguesa comumente aceita (habitarei, 2?) segue aB" Casa de 3eus (o tabernculo ou mais tarde o templo) seria a constante

    moradia de seu po$o" A !rase 9nal no texto hebraico simplesmenteextenso de dias, que !a. paralelos com todos os dias de minha $ida naprimeira parte do $ersculo" `ma $ida longa que experimenta o ternocuidado de 3eus en$ol$e o compromisso de estar sempre na casa do/enhor"D

    ?- ANLISE HISTRICO-HERMENUTICA

    8ruce ]" Malt\e, Lames

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    FH

    correntes, o banquete, signi9cam nutrio e consolo" A $ara e o ca'adosigni9cam de!esa e go$erno"

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    FG

    como 3eus" Agora, podemos apreciar a singularidade da hermen:utica deCal$ino% a pro!unda consci:ncia da excepcionalidade do 3eus das+scrituras" A este respeito, o comentrio de Cal$ino !ormid$el, tal$e. se'ao mais !ormid$el ' escrito"D

    ?2 ANLISE 5ORMENORIKADA 8ruce Malt\e e outros em @*s /almos como Adorao cristD, pp" EHRssacrescentam% @I7 I%&ro"#B*o: 6orma e es&r#ra * /almo FJ um c=nticode con9ana no Eu Sou. o corpo dos /almos 1H-FE ele quiasticamentereYetindo quiasmo disposio ru$ada da ordem das partes simtrias deduas *rases, de modo :ue *ormem uma anttese ou um paralelo 6 iDouaiss equi$alente ao /almo 1G, tambm um c=ntico de con9ana" *nome pactual de 3eus para o relacionamento com 2srael estrutura o salmo($" 1a O /+;*4 o meu pastor, G8a e habitarei na Casa do /+;*4 )" * salmo consiste de tr:s $inhetas ($" 1-E H,G)" As primeiras duas so

    met!oras estendidas, pre9gurando o relacionamento do Eu Sou com aqueleque cr:" Como em um drama, quando a cortina se ergue, o palco estmontado para as cenas pastorais e o Eu Sou aparece como um pastor"3epois que a cortina abaixada, no 9m do $ersculo E, ela erguida umasegunda $e., no $ersculo H> desta $e., o Eu Sou aparece como hospedeiropreparando um banquete" o$amente a cortina se !echa e abre no $ersculoG> agora, quando a realidade substitui a imaginao, o salmista $isto$oltando casa eterna do Eu Sou.

    0hillip ]eller em @ada me 7altarD (+d" 8et=nia, 1IRE, pp" 1Hss) com sualarga experi:ncia como pastor de o$elhas, registra% @+ quanto maior e mais

    amplo e mais ma'estoso !or meu conceito de Cristo, mais $ital ser meurelacionamento com ele" *b$iamente, 3a$i, neste salmo, est !alando nocomo pastor V embora !osse pastor V mas como o$elha, como membro deum rebanho" +le disse aquilo com !orte sentimento de orgulho, de$oo eadmirao"""% ?e'am quem meu pastor V meu dono V meu administrador* /enhor A9nal, ele sabia, por experi:ncia pr&pria, que a sorte de uma o$elhadependia grandemente do tipo de pessoa que !osse o seu dono" Algunspastores eram bondosos, mansos, inteligentes, cora'osos e altrustas em suadedicao ao rebanho" /ob os cuidados de certos pastores, as o$elhasteriam que lutar, passar !ome e so!rer di9culdades sem 9m" Aos cuidados de

    outro, elas se desen$ol$iam e cresciam satis!eitas" 0ortanto, se o /enhor o meu pastor, de$o conhecer algo de seu cartere compreender um pouco de sua capacidade" 0ara poder meditar pro!undamente nestas coisas, muitas $e.es saio noite, para caminhar so.inho lu. das estrelas, e pensar em sua ma'estadee poder" Contemplando o cu escamado de estrelas, lembro-me de queexistem pelo menos FHO milhes $e.es FHO milhes de corpos celestes,cada um maior que o nosso sol V que alis uma das menores estrelas V eque !oram espalhadas pelo uni$erso pela mo dele" Bembro-me de que oplaneta Terra, que minha habitao temporria durante alguns anos, nopassa de um diminuto gro de matria no espao, e que se !osse poss$el

    nos deslocarmos para a estrela mais pr&xima, a Al!a Centauro, com o nosso

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    FN

    telesc&pio mais possante, e olhssemos em direo Terra, ela no seriaa$istada, nem mesmo com o auxlio desse aparelho"

    Tal conhecimento tem o e!eito de humilhar-nos" +s$a.ia o ego dohomem, e coloca as coisas em suas perspecti$as corretas" 7a. com que eu$e'a a mim mesmo como uma simples migalha de matria num uni$erso

    colossal" Contudo, a $erdade V uma $erdade estarrecedora V que Cristo, ocriador desse enorme uni$erso, de grande.a arrebatadora, digna-se chamar-se meu pastor, e con$ida-me a considerar-me sua o$elha, ob'eto especial deseu cuidado e a!eio" Suem melhor para cuidar de mim^D a $erdade, o Eu SouX;M; de grande.a insond$el, por isso o !ato deser +le pastor de cada uma de suas o$elhas, chamando-as pelo seus nome digno de registro" L" 3ouglas mar1it pasto, pastagem LrFJ"1 @Ai dos pastores que destroem e dispersam as o$elhas do meu pasto Vdi. o /+;*4"D U interessante porque de !ato temos a traduo com asubstanti$ao do ad'eti$o $erbal, o particpio (Sal particpio presente ati$oj su! da 1 pessoa comum singular, c! +studos na 8blia ;ebraica, 8ett_

    8acon" F ed, re$isada e ampliada" ?ida o$a, p"II)" *u se'a, o termopastor, de !ato (o) que pastoreia, apascenta continuamente"Biteralmente% @X;M; apascenta continuamenteD> na traduo re$ista eatuali.ada% @* /+;*4 o meu pastor>D" *utra obser$ao pertinente que em portugu:s mesmo temos a rai. past em @pastarD, @pastorearD,@apascentarD, @pastagemD e @pastoD" * 3icionrio 2nternacional de Teologia do AT (+d" ?ida o$a, p"1EJR)registra% @o AT, porm, o /enhor quem alimenta o seu po$o e lou$adopor sua miseric&rdia em pro$er-lhes o alimento (#n ER"1H> /l FJ"1> FR"I> 2sEO"11> *s E"1G> et al") +sse atributo di$ino uma das caractersticas doso!cios de pro!eta, sacerdote e rei" A pretenso de 3a$i ao trono se basea$a

    no !ato de que 3eus lhe ordenara que alimentasse o po$o (F /m H"FD"""Tambm o /+;*4 te (a 3a$i) disse% Tu apascentars o meu po$o de

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    FR

    2srael e sers che!e sobre 2srael"D)"""A ideia teol&gica do AT acerca do bompastor que alimenta o seu rebanho com a $erdade de 3eus (Lr J"1H 3ar-$os-ei pastores segundo o meu corao, que $os apascentem comconhecimento e com intelig:ncia") adquire proemin:ncia no T (Lo 1O"11)"D Loo 1O"11 @+u sou o bom pastor"D Egoeimi ho poimen ho &alos. *

    /enhor Lesus est a9rmando% +u (no outro) sou e continuo sendo o bompastor" * tempo presente expressa uma qualidade de aopre!erencialmente linear, continuada, repetida" 8ruce ]" Malt\e e outros no li$ro @*s /almos como Adorao CristD (+d"/hedd, pp" EHIss) registram% @* $ersculo 1 introdu. o cenrio da imagempastoral e a tese do salmo% como uma pessoa que con9a e segue o Eu Sou,no me !alta nada de bom" A imagem e resumo esto elaborados segundo oque os primeiros comentaristas chamaram graa ou b:nos% alimento edescanso ($"F), orientao ($"J) e proteo ($"E)" A met!ora trans!ormadaem uma alegoria estendida que coerente por seguir o dia tpico na $ida deum pastor" 3e manh, ele condu. as o$elhas para as $erdes pastagens e,

    em seguida, ao meio-dia, lhes permite descansar nos pastos rel$osos diantede guas calmas e tranquilas" 4eno$adas, as o$elhas retomam a 'ornada de$olta ao aprisco" * 0astor condu. as o$elhas do aprisco, por caminhosseguros, aos pastos $erde'antes e guas tranquilas e, ento de $olta aoaprisco (/er guiado pelo Eu Sou como pastor tambm ocorre no /l NR"HF7e. sair o seu po$o como o$elhas e o guiou pelo deserto, como umrebanho)" Caso o 0astor e as suas o$elhas con!rontem um inimigo, o 0astorest totalmente armado com basto e ca'ado para expuls-lo" o retorno aoaprisco, o 0astor cuida das o$elhas en!ermas ou arranhadas" A segunda $inheta trans!orma o aprisco curati$o e protetor na imagemdo banquete !esti$o, onde um rico hospedeiro generosamente recebe os

    con$idados, enquanto ad$ersrios das o$elhas, trans!ormados emcon$idados, obser$am sem reao, e deste modo, intensi9cam as graas eb:nos da pro$iso, restaurao e proteo" o hospedeiro re!resca e curao con$idado com &leo na cabea e tudo isto enquanto protege o con$idadoquando os inimigos obser$am impotentemente"

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    FI

    II Ee1ese

    A. Sobrescrito `m salmo de 3a$i"""A comparao do Eu Sou a um pastora'usta-se aos primeiros anos do pastor-rei de 2srael, que !oi chamado dopastoreio de um rebanho de o$elhas para pastorear o rebanho de 2srael (/lNR"NO-NF Tambm escolheu a 3a$i, seu ser$o, e o tomou dos redis daso$elhas> tirou-o do cuidado das o$elhas e suas crias, para ser o pastor de

    Lac&, seu po$o, e de 2srael, sua herana" + ele os apascentou consoante aintegridade do seu corao e os dirigiu com mos preca$idas"), mas istono pro$a a autoria da$dica"""+ntretanto, como Cal$ino compreendeu, ossalmos de 3a$i ser$em para todos os 9lhos do pacto de 3eus como umparadigma para a$aliar e interpretar a $ida deles"

    Loo Cal$ino em seu comentrio de /almos ($ol1" +d 0aracletos, pp"H1O-11) a9rma% @"""de$emos notar o mais cuidadosamente poss$el o exemploque aqui posto diante de n&s por 3a$i, o qual, ele$ado a dignidade de

    soberano poder, se cerca do esplendor de rique.as e honras, da posse damais exuberante abund=ncia de excelentes coisas temporais e em meio apra.eres principescos, no s& testi9ca que era al$o da ateno di$ina, mase$ocando a mem&ria dos bene!cios que 3eus lhe con!erira, !a. delesdegraus pelos quais pudesse subir para mais perto dele" 0or esse meio eleno s& re!reia a depra$ao de sua carne, mas tambm se estimula gratido com mais intensa solicitude, bem como a outros exerccios dapiedade, como transparece da !rase conclusi$a do /almo, onde di.%;abitarei na casa de Leho$ah por longos dias"

    8ruce Malt\e e outros (em obra citada) $oltam a a9rmar%

    F

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    JO

    * relacionamento do Eu Sou com a pessoa que cr: elaborado por umcatlogo de pro$ises que mara$ilhosamente inclusi$o e moldado comateno amorosa aos detalhes literais da $ida de um pastor para explicarque o israelita 9el de nada ter !alta"""Ao 9el no !alta comida abundante egua ($"F), ou orientao ($"J) com proteo garantida ($"E)" * salmista

    $alida a con9ana pela experi:ncia" Suando a pessoa !alta o essencial para$i$er, como descanso, comida, orientao e proteo, a $ida se tornamarginali.ada e a menos que se'a ali$iada, ela morre" * catecismocon'unto de instrues sobre os princpios, dogmas e preceitos de doutrinareligiosa V ;ouaiss mosaico ensina que a harmonia completa reina entre odoador de cada boa ddi$a e o parceiro do pacto desde que o humano se'a9el s obrigaes do pacto (B$ FH"1R, 1I *bser$ai os meus estatutos,guardai os meus 'u.os e cumpri-os> assim, habitareis seguros na terra" Aterra dar o seu !ruto, e comereis a !artar e nela habitareis seguros"> FG"J-H) a !alta de pro$ises signi9ca um relacionamento !racassado (3t FR"ER,HN>

    Lr EE"1R> +. E"1N) +ntretanto, este 'ulgamento absoluto se aplica a uma

    $iso abrangente da $ida eterna daquele que cr:" Antes do 9m da $idaclnica, as pessoas $i$em em um mundo transtornado, onde os mpios estosaciados e os 'ustos !amintos> 2srael, 3a$i e o /enhor Lesus todos 9caram!amintos no deserto (3t R"J> Bc G"FH> 1Co E"11> 7p E"1F)"

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    J1

    Ap&s a pastagem, pela manh, as o$elhas tipicamente se deitam pordi$ersas horas ao meio-dia em um lugar sombreado ou tranquilo (Ct 1"N)" +assim o bom 0astor me *a$ repousar, uma situao que presume que aso$elhas este'am saciadas" +xtenuada esgotada, sem !oras por um dia, a

    o$elha morre (#n JJ"1J)" * paralelo re!ora e expande o primeiro $erseto" * cuidado solcito dopastor em condu.ir as o$elhas para pastagens gramneas o cuidadoa!etuoso para condu.i-las a guas tranquilas" 0ro$a$elmente, node$eramos pensar em sede saciada como uma ao subsequente, masuma situao coincidente com as o$elhas descansando em um lugarsombreado e tranquilo (Ct 1"N)" * plural pode ser um substanti$o cont$el,equi$alendo a pastagens ou um intensi$o" E me condu.""" signi9cacondu.ir a um lugar que tem gua ou estao paragem ou pausa numlugar e !a.er os animais descansarem ali"

    rovG direo (v. ,;!

    estaura@me """o vigor""" !unciona como uma transio entre os temas dedescanso com pro$ises abundantes e direo" Ao pro$er s o$elhaspro$ises abundantes de comida e gua re!rescante, o bom 0astor restaurao esprito, a $ida e $italidade do salmista para que ele continue a 'ornadapara casa" * lexema unidade de base do lxico, que pode ser mor!ema,pala$ra ou locuo" ;ouaiss guia@me originou-se na $ida do pastor e comumente usado em situaes de guiar com segurana atra$essandopelas ciladas e em triun!o para um destino dese'ado e prometido (kx 1H"1JCom a tua bene9c:ncia guiaste o po$o que sal$aste> com a tua !ora o

    le$aste habitao da tua santidade"D> JF"JE"""c!" NR"1E #uiou-os de diacom uma nu$em e durante a noite com um claro de !ogo"""") +staconotao satis!a. primorosamente o contexto dos $ersculos J8b-E" Nasveredas """re!erem-se s trilhas da carroa, carris sulcos deixado pelasrodas""" V Aurlio da carroa" +nquanto a terra !o!a, as rodas da carroapressionam as trilhas que outros so obrigados a seguir depois que elassecam e endurecem" a Justia (sede:! $alori.a os modos di$ino e humanode comportamento que reali.am o comunalmente 9el e ben9co" """ ]" ]ochobser$a% sede: nunca abrange meramente um comportamento tico, mas""" uma circunst=ncia de sucesso per!eito, incontest$el" +m outraspala$ras, certo e errado (mal) sempre t:m as noes de comportamento

    tico bom e mal e de e!eitos ben9cos ou danosos" Conduta e consequ:nciano pensamento bblico so insepar$eis"

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    JF

    iniquidade, que grande"""")"""sal$ar (/l 1OG"R por amor da tua 'ustia, tira da tribulaoa minha alma")"

    rovG proteo (v.;!

    +ra tare!a de um pastor condu.ir as o$elhas em um caminho segurotanto para o aprisco como tambm do aprisco" HG1 signi9ca um $ale $astoou estreito" ?isto que ele escuro V e pastores no condu.em ou dirigemo$elhas noite V imagina-se uma ra$ina parecida com um $ale" *substanti$o tradu.ido como trevas (salma7et)"""* termo conota terror (L&1E"1N, duas $e.es), sombra mortal (/l 1ON"1O,1E), so!rimento pro!undo (2sI"F * po$o que anda$a em tre$as $iu grande lu., e aos que $i$iam naregio da sombra da morte, resplandeceu-lhes a lu.">), e perigo extremo (/lFJ"E>)" No temerei perigo (ra1)"""Aqui, a pala$ra denota tanto o mal moral

    como tambm o dano !sico (isto , calamidade)" U assim pois tu est"somigo. * tu sinali.a a mudana de discurso" * 0astor das o$elhas """est completamente armado para resistir a umataque por qualquer coisa ou qualquer um"""A meno da $ara e do ca'adosugere que o pastor est totalmente equipado" * lexema para aJadoocorre on.e $e.es, literalmente com re!er:ncia a um ca'ado ou9guradamente para um suporte" * an'o do /enhor tinha um na mo (L. G"F1+stendeu o An'o do /+;*4 a ponta do ca'ado que tra.ia na mo e tocou acarne e os bolos asmos> ento, subiu !ogo da penha e consumiu a carne eos bolos>""")

    C. O $u Sou como %ospedeiro (v.

    * con$idado lou$a o ;ospedeiro% reparas (ta1aroh pro$idencia) umban:uete uma metonmia 'gura de ret=ria :ue onsiste no uso de uma

    palavra *ora do seu onte8to sem?ntio normal, por ter uma signi'ao:ue tenha relao obJetiva...matria por obJetoK ouro por

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    JJ

    cheios a ponto de transbordar com as carnes, cereais e legumespreparados"

    '. O $u sou como eterna benevolncia (v.)#

    * poeta abandona a es!era do imaginrio e retorna ao mundo real, ummundo to bom e at melhor que o imaginado" * aprisco e o banquete sotrans!ormados na casa de 3eus, que, no dia de 3a$i, era uma tenda rgia/l 1H"1 p"J1H, re!ere-se tenda sagrada que 3a$i armou no FCr 1"E 'unto a guas tranquilas me condu." me guia por $eredas de 'ustia em ateno a seu nome"D

    T4A3`56+/ 32?+4/A/%

    Salmo 237 -34e$ista e Atuali.ada $ 1"@* /+;*4 o meu pastor, nadame !altar" F" +le me !a. repousar em pastos $erde'antes" Be$a-me para

    'unto das guas de descanso> J" re!rigera-me a alma" #uia-me pelas $eredasda 'ustia por amor do seu nome"D

    o$a ?erso 2nternacional @* /+;*4 o meu pastor> de nada terei !alta"

    +m $erdes pastagens me !a. repousar e me condu. a guas tranquilas>restaura-me o $igor" #uia-me nas $eredas da 'ustia por amor do seunome"D

    4e$ista e Corrigida @* /+;*4 o meu pastor> nada me !altar" 3eitar-me!a. em $erdes pastos, guia-me mansamente a guas tranquilas" 4e!rigera aminha alma> guia-me pelas $eredas da 'ustia por amor do seu nome"D

    8blia ]ing Lames @* /enhor meu pastor> nada me !alta" +m $erdes pradosme !a. descansar, e para guas tranquilas me guia em pa." 4estaura-me o$igor e condu.-me nos caminhos da 'ustia por amor do seu ome"D

    Almeida, /culo F1 @* /+;*4 o meu pastor> nada me !altar" +le me !a.deitar em pastos $erde'antes> guia-me para as guas tranquilas" 4eno$a a

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    JE

    minha alma> (ou renova as minhas *oras)> guia-me pelas $eredas da 'ustiapor amor do seu nome"D

    Almeida Corrigida 7iel, Trinitariana @* /+;*4 o meu pastor, nada me!altar" 3eitar-me !a. em $erdes pastos, guia-me mansamente a guastranquilas" 4e!rigera a minha alma> guia-me pelas $eredas da 'ustia, poramor do seu nome"D

    Traduo 8rasileira @Leo$ o meu pastor> nada me !altar" 7a.-me repousarem pastos $erde'antes> condu.-me s guas de descanso" +le re!rigera aminha alma, guia-me nas $eredas da 'ustia por amor do seu nome"D

    o$a Traduo na Binguagem de ;o'e @* /+;*4 o meu pastor% nada me!altar" +le me !a. descansar em pastos $erdes e me le$a a guastranquilas" * /+;*4 reno$a as minhas !oras e me guia por caminhoscertos, como ele mesmo prometeu"D

    +dio Contempor=nea @* /enhor o meu pastor> nada me !altar" 3eitar-

    me !a. em $erdes pastos, condu.-me mansamente a guas tranquilas,re!rigera-me a minha alma" #uia-me pelas $eredas da 'ustia, por amor doseu nome"D

    8blia ?i$a @* /+;*4 o meu pastor" +le me d tudo de que preciso +leme le$a aos pastos de grama $erde e macia para descansar" Suando sintosede ele me le$a para os riachos de guas mansas" +le me de$ol$e a pa. deesprito quando me sinto aYito" +le me !a. andar pelo caminho da 'ustia poramor do seu nome"D

    8blia do 0eregrino @* /enhor meu pastor, nada me !alta" +m $erdesprados me !a. repousar, para !ontes tranquilas me condu. e restauraminhas !oras> guia-me por sendas oportunas, como seu nome o pede"

    8blia de Lerusalm @2ahKeh meu pastor, nada me !alta" +m $erdespastagens me !a. repousar" 0ara as guas tranquilas me condu. e restauraminhas !oras> ele me guia por caminhos 'ustos, por causa do seu nome"D

    ?222 ANLISES DEOCIONAIS

    o de$ocionrio @Amados do corao de 3eus ao seu coraoD (]a_Arthur, C0A3), neste de$ocionrio dirio, em 1 de maro registra% @* /almo

    FJ no s& uma alegoria encantadora para as crianas, ou um memorialpara os mortos" U um salmo para os $i$os, um consolo para a $ida e tudoque nela acontece> suas $erdades esto resumidas no primeiro e glorioso$ersculo% * /enhor o meu pastor, nada me !altar""""J de maro"""*8om 0astor est destra do 0ai" +le $i$e no interior de cada um den&s"""Cristo em $&s, esperana da gl&ria (Cl 1"FN)" +le nos tem seguros nasmos"""por baixo esto seus braos eternos""""FG de maro"""As o$elhas socriaturas de hbito" 3eixadas por conta pr&pria, pastaro no mesmo lugar,at que a terra se trans!orme em deserto" * solo onde pastam demais 9camuitas $e.es contaminado por parasitas e doenas" 0or isso as o$elhasprecisam de pastor" T:m de ser orientadas, le$adas a no$as pastagens"FI

    de maro"""A $ara a extenso do brao direito do 0astor, o brao de podere autoridade% a 0ala$ra de 3eus 0or ela $i$emos> com ela reinamos" U uma

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    JH

    arma de poder e proteo"""a $ara tambm usada para a!astar ospredadores" At que ponto $oc: conhece o seu poder, autoridade e proteocontra os ataques do inimigo que a 0ala$ra de 3eus proporciona^ ?oc: examinado diariamente pela sua autoridade^

    Bettie CoKman em @ 4e!rigrio, $"J a> 3ireo, $"Jb> Coragem, $"Ea> Consolo, $"Eb"

    22" lidar com KordQcomputador me humilha Na hospe"a1em, o!erecendo% /uprimento,(mesa) $"Ha> 3escanso, 4e!rigrio (tb" Consolo(unges a minha cabea com =leo, smbolo da uno do Consolador), $"Hb

    +stas aes di$inas so mais do que eu preciso% o clice transborda, $"Hb" Consideraes 7inais% A Casa de X;M; representa a casa da bondade eda miseric&rdia, em sua casa, em sua presena> todos os dias da minha$ida e para todo o sempre> me seguiro pois ainda estou peregrinando ehabitarei pois chegarei l e permanecerei na presena d+le, ($"G)"

    C" ;" /purgeon em +sboos 8blicos de /almos (/hedd 0ublicaes, FOOH,pp"HH-HR) in!orma%

    TT`B* o h nenhum ttulo inspirado para este salmo, e no necessrio,pois ele no registra nenhum e$ento especial, e no precisa de outra cha$ealm daquela que todo cristo pode encontrar em seu pr&prio peito" U aastoral Celeste de avi) uma obra potica excelente, que nenhuma das9lhas da msica pode superar" A clarinada da guerra aqui d lugar ao

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    JG

    cachimbo da pa., e aquele que to recentemente chorou as mgoas do0astor em melodia ensaia as alegrias do rebanho" /entado sob uma r$ore!rondosa, com seu rebanho em $olta, como o pastor.inho de 8un_an no ?aleda ;umilhao, $isuali.amos 3a$i cantando essa pastoral incompar$elcom um corao cheio de alegria> ou, se o salmo o produto de seus anos

    a$anados, temos certe.a de que sua alma se $oltou em contemplao paraos solitrios ribeiros de gua que ondula$am sussurrantes entre os pastosdo deserto, onde nos primeiros dias ela !a.ia sua morada" +sta a prolados salmos, cu'o esplendor sua$e e puro deleita os olhos> uma prola daqual ;elicon no precisa se en$ergonhar, embora o Lordo o rei$indique"3esse canto delicioso pode-se a9rmar que sua piedade e sua poesia soiguais, sua doura e sua espiritualidade so incompar$eis"

    A posio deste salmo digna de nota" /egue o salmo FF, que peculiarmente o /almo da Cru." o h pastos $erdes, no h guastranquilas do outro lado do salmo FF" /& depois que lemos e elas o seguem, o obedecem, oamam e con9am nele" 0esquise se somos o$elhas> mostre a sina destino V3ic" Aurlio dos cabritos que se alimentam ao lado das o$elhas"

    ?+4/" 1 (segunda l"usula)" * homem que est alm do alcance da penriapara o tempo presente e a eternidade"

    ?+4/" F (primeira l"usula)" * descanso de crer"

    1" ?em de 3eus V Ele me *a$1.F" U !undo e pro!undo V deitar, repousar"J" Tem sustento s&lido V em verdes pastagens1.E" U assunto para lou$or constante"

    ?+4/" F" * elemento contemplati$o e o elemento ati$o so satis!eitos"

    ?+4/" F" A !rescura e a rique.a das /agradas +scrituras"

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    JN

    ?+4/" F (segunda l"usula)" +m !rente" * #uia, o caminho, os con!ortos daestrada, e o $ia'ante nela"

    ?+4/" J 4estaurao graciosa, direo santa e moti$os di$inos"

    ?+4/" E" * sil:ncio macio do trabalho do +sprito"

    ?+4/" E" A presena de 3eus o nico apoio seguro na morte"

    ?+4/" E" ?ida na morte e lu. nas tre$as"

    ?+4/" E (segunda l"usula)" A calma e a quietude do 9m do homem bom"

    ?+4/" E (Lltima l"usula)" *s sinais do go$erno di$ino V a consolao dosobedientes"

    ?+4/" H" * guerreiro banqueteado, o sacerdote ungido, o h&spede satis!eito"

    ?+4/" H (Lltima clusula)" *s meios e os usos do ungir do +sprito /anto

    contnuas $e.es"?+4/" H" 0ro$idenciais abund=ncias, e qual o nosso de$er a respeito disso"

    ?+4/" G (primeira l"usula)" A bem-a$enturana do contentamento"

    ?+4/" G" a estrada e em casa, ou atendentes celestiais e mansescelestiais"D

    C*/23+4A56+/ 72A2/-

    Abenoado (a), !oi um pri$ilgio para mim selecionar, compartilhar eo!erecer um pouquinho tambm deste manancial bblico que o /almo FJ"

    * bom mesmo conhecer e comungar com este di$ino 0astor, $oc: sabe"o posso deixar de registrar as pala$ras o /upremo 0astor% FA%"a &e%hoo#&ras o!elhas, %*o "es&e aprs)o9 a mm me )o%!m )o%"#-las9elas o#!r*o a m%ha !o9 e%&*o ha!er. #m re@a%ho e #m pas&or7GVo*o W7XY 4eYita comigo% /& ha$er um rebanho e um pastor no 9naldos tempos, quando Lesus separar as o$elhas dos cabritos (

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    JR

    re'eitada por /uas o$elhas" 3isse o 8om 0astor% @As minhas o$elhas ou$ema minha $o.> eu as conheo e elas me seguem"D (Loo 1O"FN)" Como bomsaber que a obra de $ocao e9ca. s& pode ser !eita por +le e +le a !a.,dando-nos o pri$ilgio de sermos cooperadores, disseminando a semente da0ala$ra (Bc R"11), como o pr&prio 0aulo expressou% @+u plantei, Apolo regou>

    mas o crescimento $eio de 3eus" 3e modo que nem o que planta algumacoisa, nem o que rega, mas 3eus, que d o crescimento"D (1 Co" J"N,R)" *que +le requer "el"a"e no processo da $ocao externa comoconceitua 8er\ho! Mapresentao e o*erta da salvao em Cristo aos

    peadores, Juntamente om uma alorosa e8ortao a aeitarem a Cristopela *, para obterem o perdo dos peados e a vida eterna (Teologia/istemtica, Cultura Crist, FOO1, p"EFJ-E)"

    2saas EO"1-I @Consolem, consolem o meu po$o, di. o 3eus de $oc:s"+ncora'em a Lerusalm e anunciem que ela ' cumpriu o trabalho que lhe !oiimposto, pagou por sua iniquidade, e recebeu da mo do /+;*4 em dobropor seus pecados" `ma $o. clama% o deserto preparem o caminho para o/+;*4> !aam no deserto um caminho reto para o nosso 3eus" Todos os$ales sero le$antados, todos os montes e colinas sero aplanados> osterrenos acidentados se tornaro planos> as escarpas sero ni$eladas" Agl&ria do /+;*4 ser re$elada, e 'untos todos a $ero" 0ois o /+;*4quem !ala" `ma $o. ordena% Clame" + eu pergunto% * que clamarei^ Suetoda a humanidade como a rel$a, e toda a sua gl&ria como as Yores docampo" A rel$a murcha e cai a sua Yor, quando o $ento do /+;*4 soprasobre eles> o po$o no passa de rel$a" A rel$a murcha e as Yores caem, masa pala$ra de nosso 3eus permanece para sempre" ?oc:, que tra. boasno$as a /io, suba num alto monte" ?oc:, que tra. boas no$as a /io, suba

    num alto monte" ?oc: que tra. boas no$as a Lerusalm, erga a sua $o. com!ortes gritos, erga-a, no tenha medo> diga s cidades de Lud% Aqui est oseu 3eusD

    a parbola da o$elha perdida (Bc 1H"J-N), Lesus nos ensina aimport=ncia de buscar a o$elha at encontr-la ($"E) @achar a o$elhaperdidaD e tra.endo-a para 'unto do rebanho tare!a pastoral" 0recisamos irat achar o pecador que necessita de arrependimento" Charles /purgeona9rmou% @+la ter trado o

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    39/81

    JI

    NASB Hebrew Transliteration Strong's Deinition !rigin

    A Psalm oDa"i#$ T%eL!&D

    () *a%+we% 3,-. t%e /ro/er name o t%e0o# o srael

    rom %a"a%

    is ms%e/%er#

    )

    ro+'i 45-2a to /ast6reten# gra7e

    a /rim$ root

    s%all notwant$

    89 ;? ec%+sar$ 2-34 to lac@ nee#be lac@ing#ecrease

    a /rim$ root

    Psalm 23:2 NASB Lexicon

    NASB Hebrew Transliteration Strong's Deinition !rigin

    He ma@es me

    lie #own

    ) )C(9) ar+bi+t7e+niE 42F4 stretc% onesel

    o6t lie #ownlie stretc%e#o6t

    a /rim$ root

    in green ? >G #e+s%e 1.44 grass rom #as%a

    /ast6resE F11-c /ast6remea#ow

    rom t%e sameas na"e%

    He lea#s 8)IJ() e+na+%a+le+ni$ F,KF to lea# or g6i#e to awatering

    /lace bring toa /lace o restreres%

    a /rim$ root

    me besi#e IM al FK21 6/on abo"eo"er

    rom ala%

    O6iet Q R( me+n6+c%o+"t 55K- resting /lacerest

    em$ o manoac%

    waters$ ( mei 532F waters water a /rim$ root

    UV Lexicon

    Psalm 23:3 NASB Lexicon

    NASB Hebrew Transliteration Strong's Deinition !rigin

    He restores W QXG() e+s%o+"+"e"E 442F to t6rn bac@ret6rn

    a /rim$ root

    m so6lE ) (Y na+s%i F31F a so6l li"ingbeing liesel /erson

    #esire/assion

    rom an6n6se# wor#

    http://strongsnumbers.com/hebrew/3068.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1933b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7462a.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2637.htmhttp://biblehub.com/lexicon/psalms/23-3.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7257.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1877.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1876.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5116c.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5116.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5095.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5921.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5927.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/4496.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/4494.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/4325.htmhttp://biblehub.com/lexicon/psalms/23-4.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7725.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5315.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3068.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1933b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7462a.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2637.htmhttp://biblehub.com/lexicon/psalms/23-3.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7257.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1877.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1876.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5116c.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5116.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5095.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5921.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5927.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/4496.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/4494.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/4325.htmhttp://biblehub.com/lexicon/psalms/23-4.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7725.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5315.htm
  • 7/24/2019 Exegese do Salmo 23

    40/81

    EO

    a//etiteemotion

    He g6i#es ) () an+c%e+ni F15. to lea# g6i#e a /rim$ root

    me in t%e

    /at%s

    )I(Z(M(W "e+ma'+ge+lei 5F4, an

    entrenc%menttrac@

    rom t%e same

    as egel

    orig%teo6sness

    \

  • 7/24/2019 Exegese do Salmo 23

    41/81

    E1

    t%e comort 8) RJ=() e+na+c%a+m6+ni$ F1-2 to be sorrconsoleonesel

    a /rim$ root

    me$

    UV Lexicon

    Psalm 23:F NASB Lexicon

    NASB Hebrew Transliteration Strong's Deinition !rigin

    *o6 /re/are ( JMf# ta+'a+roc% -1.-a to arrange orset in or#er

    a /rim$ root

    a table ^ (I RG s%6l+c%an 4K4K a table rom an

    6n6se# wor#beore ) ;Y(I$ le+a+nai -55, ace aces rom/ana%

    me in t%e/resence

    \>$ ne+ge# F,5. in ront o insig%t oo//osite to

    rom naga#

    o menemiesE

    ) (9Xd t7o+re+raiE -..4c to s%ow%ostilittowar# "ex

    a /rim$ root

    *o6 %a"e

    anointe#

    ;f( h% #i+s%an+ta 1.4. to be at grow

    at

    a /rim$ root

    m %ea# ) ?

    ro+s%i 421. %ea# a /rim$ root

    wit% oilE ^> W% "a+s%e+men .,.1 at oil rom s%amen

    c6/ ) QX& @o+"+si 3F-3a a c6/ o 6ncertain#eri"ation

    o"erlows$ 8;);Q(9 re+"a+a%$ 431, sat6ration rom ra"a%

    UV Lexicon

    Psalm 23:- NASB Lexicon

    NASB Hebrew Transliteration Strong's Deinition !rigin

    S6rel ( ac% 3.K s6rel%owbeit

    o 6ncertain#eri"ation seea@en

    goo#ness WQ'

    to+"" 2.K-b a goo# t%ing

    beneitwelare

    rom tob

    http://strongsnumbers.com/hebrew/5162.htmhttp://biblehub.com/lexicon/psalms/23-6.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6186a.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7979.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6440.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6437.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5048.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5046.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6887c.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1878.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7218.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/8081.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/8080.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3563a.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7310.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7301.htmhttp://biblehub.com/lexicon/psalms/24-1.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/389.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/403.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2896b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2895.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5162.htmhttp://biblehub.com/lexicon/psalms/23-6.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6186a.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7979.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6440.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6437.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5048.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5046.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6887c.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1878.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7218.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/8081.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/8080.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3563a.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7310.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7301.htmhttp://biblehub.com/lexicon/psalms/24-1.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/389.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/403.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2896b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2895.htm
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    42/81

    EF

    an#lo"ing@in#ness

    \>< ;Q "a+c%e+se# 2-14a goo#ness@in#ness

    rom c%asa#

    will ollow )jY(h(9( ir+#e+6+ni 42K1 to /6rs6ec%ase

    /ersec6te

    a /rim$ root

    me all I; @ol 3-,F t%e w%ole all rom @alal

    t%e #as ) () e+mei 3114 #a a /rim$ root

    o m lie 252Fb lie rom c%aa%

    An# will#well

    ) (W G(Q! "e+s%a"+ti 3524 to sit remain#well

    a /rim$ root

    in t%e %o6se )W(C be+"eit 1,,5 a %o6se a /rim$ root

    o t%e L!&D )* *a%+we% 3,-. t%e /ro/er

    name o t%e0o# o srael

    rom %a"a%

    ore"er$ (>9 (I le+'o+rec% 4F3 lengt% rom ara@

    UV Lexicon

    ANE[O I I

    2saas EO"1-I Bxico"

    saia% 5,:1

    NASB Lexicon

    NASB Hebrew Transliteration Strong's Deinition !rigin

    komort j J= na+c%a+m6 F1-2 to be sorrconsoleonesel

    a /rim$ root

    ! comort j J= na+c%a+m6 F1-2 to be sorrconsoleonesel

    a /rim$ root

    /eo/lek ) M+ am+miE FK41a /eo/le rom an6n6se# wor#

    sas 9 ?X) o+mar FFK to 6tter sa a /rim$ root

    o6r 0o#$ 8`>)XI? e+lo+%ei+c%em$ 53, 0o# go# /l$ o eloa%

    UV Lexiconsaia% 5,:2

    http://strongsnumbers.com/hebrew/2617a.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2616.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7291.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3605.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3634.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3117.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2425b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2421.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3427.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1004.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3068.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1933b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/753.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/748.htmhttp://biblehub.com/lexicon/isaiah/40-2.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5162.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5162.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5971a.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/559.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/430.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/433.htmhttp://biblehub.com/lexicon/isaiah/40-3.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2617a.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2616.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7291.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3605.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3634.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3117.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2425b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2421.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3427.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1004.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3068.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1933b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/753.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/748.htmhttp://biblehub.com/lexicon/isaiah/40-2.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5162.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5162.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5971a.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/559.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/430.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/433.htmhttp://biblehub.com/lexicon/isaiah/40-3.htm
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    NASB Lexicon

    NASB Hebrew Transliteration Strong's Deinition !rigin

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    http://strongsnumbers.com/hebrew/1696.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3820.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3824.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3824.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3389.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3385.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7999.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7121.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6635.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6633.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/4390.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5771.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7521.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3947.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3068.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1933b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3027.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3718.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3717.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3605.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3634.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2403b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2398.htmhttp://biblehub.com/lexicon/isaiah/40-3.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1696.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3820.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3824.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3389.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3385.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7999.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7121.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6635.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/6633.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/4390.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/5771.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/7521.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3947.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3068.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/1933b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3027.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3718.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3717.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3605.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/3634.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2403b.htmhttp://strongsnumbers.com/hebrew/2398.htmhttp://biblehub.com/lexicon/isaiah/40-3.htm
  • 7/24/2019 Exegese do Salmo 23

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    NASB Lexicon

    NASB Hebrew Transliteration Strong's Deinition !rigin

    kS/ea@ j (Ch, #ab+be+r6 1-K- to s/ea@ a /rim$ root

    @in#l W le" 3.2, inner man

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