Upload
eduardo-cabral-golfetto
View
9
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
LABORATÓRIO DE PROJETOS EM COMUNICAÇÃO
O USO DO CLIPPING PELAS ORGANIZAÇÕES
Autor: Liliane Rodrigues Borba Da Silv E-mail: [email protected]
Matrícula: UC06013076 Tel.: 9989-8834
Professor: Prof. Dr. Joadir Antônio Foresti
Brasília
2012
LILIANE RODRIGUES BORBA DA SILVA
O USO DO CLIPPING PELAS ORGANIZAÇÕES
Projeto para Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Projeto Experimental. Orientadores sugeridos: (ou Orientador pré-escolhido): Fulano, Ciclano e Beltrano
Brasília 2012
Sumário
1. Tema de estudo ................................................................................................. 3
2. Objeto de pesquisa ........................................................................................... 3
3. Problematização ............................................................................................... 3
4. Hipóteses ............................................................................................................. 9
5. Objetivo ............................................................................................................ 10
Objetivo Geral ............................................................................................................. 10 Objetivos específicos ................................................................................................ 10
6. Justificativa ...................................................................................................... 10
7. Metodologia a ser adotada ......................................................................... 11
8 . Referencial teórico ...................................................................................... 13
Clipping e Direitos Autorais .................................................................................. 13 Definição de Clipping ............................................................................................... 15
9. Cronograma .................................................................................................... 16
Referências bibliográficas .............................................................................. 17
Fontes consultadas ................................................................................................... 17 Outras fontes a consultadas ................................................................................... 18
3
1. Tema de estudo
O estudo sobre o clipping é uma forma de verificar e entender como a as
empresas estão se adaptando ao mundo globalizado, de constantes evoluções
tecnológicas.
Além de causar o aumento na disseminação de informações no mundo, as
novas tecnologias da informação também modificaram a vida dos indivíduos, que
agora exercem várias atividades num menor espaço de tempo.
Essa nova noção de tempo da sociedade tecnológica causa a necessidade
de uma maior praticidade nas atividades exercidas. Isso pode ser evidenciado
tanto quando falamos do trabalho do assessor de comunicação, que precisa
responder rapidamente os questionamentos da imprensa, como também do
jornalista, profissional que trabalha preocupado com o deadline.
Para se manter informado, o assessor pode encontrar dificuldades para
acompanhar o fluxo intenso de notícias produzidas pelos meios de comunicação.
Nesse caso, o clipping é um aliado desse profissional, por filtrar os assuntos de
relevância para o assessorado (no caso deste estudo, a organização).
2. Objeto de pesquisa
O clipping e seus processos de elaboração e mensuração como serviço
para uma comunicação mais efetiva.
3. Problematização
A Revolução Industrial trouxe transformações tanto no plano econômico,
com o aparecimento do sistema fabril, quanto no plano social, com a migração de
trabalhadores do meio rural para a cidade.
4
Segundo Francisco do Rego (1986, pág. 57), nesse contexto histórico
nasce a empresa, mediante a divisão do trabalho e a crescente especialização. A
partir do século XIX, “novas e revolucionárias transformações ocorreram, os
grupos sociais tornaram-‐se mais divididos e os seus membros começaram a se
preocupar cada vez mais com objetivos e realizações particulares”.
Foram as transformações ocasionadas pela Revolução Industrial no
mundo que impulsionaram o desenvolvimento da comunicação nas
organizações.
Kunsch (1997, p. 55) explica que o progresso industrial mudou as
relações entre empregados e empregadores. A divisão do trabalho dentro das
organizações trouxe a necessidade da compreensão do todo. A produção de
massa exigiu das empresas um trabalho de comunicação para promover seus
produtos e serviços. Os custos da produção de publicações foram barateados,
devido o crescimento tecnológico, o que incentivou sua criação. O
desenvolvimento dos MCM influenciou as empresas a prestarem mais
informações aos seus públicos. E em relação ao público interno, a
conscientização do operariado fez aparecer a imprensa sindical e, como reação,
utilizou-‐se a comunicação empresarial.
Rego (1986) afirma que os avanços tecnológicos estiveram sempre
ligados a evolução das organizações industriais, mas que a principal
determinante para o crescimento empresarial foi a comunicação.
Toda organização depende, para seu crescimento e prosperidade, da manutenção da confiança na sua integridade e no bom senso de sua política e atuação. Seja no que diz respeito ao seu pessoal, seja no que diz respeito aos clientes, fornecedores e acionistas. E isto só se consegue com um programa de comunicações (1986, p 23).
A comunicação organizacional visa cuidar da imagem da organização,
aumentando sua visibilidade; promover conhecimento interno da missão e dos
valores da empresa, mantendo coerência sobre os princípios da organização e a
prática cotidiana, tanto para o público interno, como também para o público de
interesse. Tem a função de manter o fluxo de informação da e para a empresa, e
entre a mídia, clientes etc; e divulgar produtos e serviços.
5
A comunicação dentro das organizações inicia-‐se com os jornais internos.
Segundo Kunsch (1997, pág. 56), o primeiro house organ (jornal de empresa)
produzido no Brasil, o Boletim Light, data de 1925, enquanto que a primeira
publicação mundial foi lançada em 1840, nos Estados Unidos.
Mas o marco da Comunicação Organizacional data de 1906, quando o
jornalista Ivy Lee, considerado o pai das Relações Públicas, abriu o primeiro
escritório de RP em Nova York. O trabalho de Lee consistia em divulgar
jornalisticamente à imprensa as notícias e informações sobre seus clientes aos
editores, ao invés de transmiti-‐las como anuncio ou matéria paga.
A declaração de princípios feita por ele aos editores da época é um
documento histórico para a comunicação organizacional. Na carta, Lee
estabeleceu algumas regras sobre seu serviço para convencer a imprensa da
credibilidade das informações que ele fornecia sobre seus assessorados. Abaixo,
a carta na íntegra.
Este não é um serviço de imprensa secreta. Todo nosso trabalho é feito às claras. Pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é agenciamento de anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seção comercial, não o usem. Nosso assunto é exato. Maiores detalhes, sobre qualquer questão, serão dados prontamente. E qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com o maior prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso plano é divulgar, prontamente, para o bem das empresas e das instituições, com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a assuntos de valor e de interesse para o público (DUARTE, 2003, p. 32).
O sucesso de Ivy Lee é reconhecido pelo assessoramento de John
Rockeffeller. Após a Guerra da Secessão, que terminou em 1875, os Estados
Unidos viveu, até 1900, uma era dourada, de prosperidade, conforme Hebe Wey
(1986, p. 29-‐31 apud DUARTE, 2003, p. 34). O poder, que antes pertencia a
aristocracia, passava para as mãos de fazendeiros e capitalistas industriais.
Nesse momento, cresce a busca pelo poder, pela exploração de terras e expansão
de negócios.
Isso propiciou o aparecimento de industriais corruptos, que visavam
apenas o lucro fácil, e que ficaram conhecidos como “barões ladrões”.
6
Rockeffeler era odiado pela opinião pública americana e foi considerado
um desses barões ladrões, devido a luta que travava contra as pequenas e médias
empresas.
Mas a má reputação de Rockeffeler durou somente até ser assessorado
por Ivy Lee. Conforme Chaparro (2004, p. 34), Lee conseguiu que “o velho barão
do capitalismo selvagem, de odiado, passasse a ser venerado pela opinião pública
americana.”
Até meados de 1950, a Comunicação Organizacional obteve mais
valorização dos governos do que das empresas. As técnicas de promoção,
propaganda e assessoramento foram bastante utilizadas durante as 1ª e 2ª
Guerras Mundiais e a crise de 1929.
Comprova-‐se a importância da comunicação nesses períodos pela forma
como o jornal The New York Times denominou a 1ª Guerra Mundial: Primeira
Guerra dos Agentes de Imprensa, como lembra Martinuzzo (2006).
No Brasil, o marco inicial da Comunicação Organizacional data de 1909,
quando houve o lançamento da Secção de Publicações e Bibliotheca, do
Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
O órgão fornecia as informações por meio de notas ou notícias à
imprensa. Eram elaborados boletins com informações sobre agricultura,
comércio e indústria para efeito de consulta e divulgação (DUARTE, 2003, p. 82).
Em 1934, o governo Getúlio Vargas cria a Voz do Brasil, programa
transmitido obrigatoriamente em todas as emissoras e que tinha por finalidade
divulgar as ações do governo.
Três anos depois, com a criação do Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP) e os Departamentos Estaduais de Imprensa (Dieps), a censura
e as divulgações do governo se intensificaram. Tornou-‐se política de estado o
controle e disseminação de informações à imprensa.
Segundo Martinuzzo (2006), o governo de Jucelino Kubitschek (1956 –
1961) foi marcado pela vinda de multinacionais e agências de propaganda dos
7
Estados Unidos, atraídas pelo slogan que prometia 50 anos de progresso em
cinco anos de mandato, o que incentivou a consolidação da Comunicação
Organizacional.
Ainda de acordo com o autor, em 1967, o jornalista Nilo Luchetti funda a
Associação Brasileira de Editores de Jornais e Revistas Empresariais (Aberj), que
em 1980 passaria a se chamar Associação Brasileira de Comunicação
Empresarial (Aberje), por causa da necessidade de profissionalizar o setor e
ampliar o foco da comunicação empresarial, que era muito limitado pelas
denominações Relações Públicas (RP) e Assessoria de Imprensa (AI). Então, a
relação com a mídia e os públicos internos e externos passou a ser chamada de
Comunicação Organizacional ou Institucional.
No fim da década de 70 e início da década de 80, com a queda do regime
militar, do autoritarismo, ressurge a democracia e crescem os movimentos
sindicais e a liberdade de imprensa. Com isso, as empresas percebem a
necessidade de aumentar a comunicação com a sociedade e com os públicos
interno e externos, principalmente depois da publicação da Lei de Defesa do
Consumidor, em 1989.
A demanda dos consumidores pela imprensa, pelos órgãos de defesa do
consumidor e pela Justiça obrigaram as empresas a investirem mais em
comunicação para promover uma imagem positiva diante do público.
Por consequência, aumenta também a demanda por profissionais para
efetivar a comunicação com a imprensa, os funcionários e a comunidade. Mas a
criação dos DIP e Dieps atraiu para as assessorias muitos redatores, insatisfeitos
com os baixos salários da categoria. Outro fator de migração desses
trabalhadores se deu a uma greve mal sucedida da imprensa paulista, que
resultou na demissão de 200 jornalistas, que encontraram nas assessorias uma
alternativa ao desemprego e também foram atraídas pelas melhores condições
de trabalho, como horário fixo e melhores salários.
A ocupação das assessorias por jornalistas -‐ experientes no diálogo com a
imprensa -‐ melhorou a qualidade da comunicação da empresa e com a imprensa,
porque até 1990 as Relações Públicas ocupavam maior parte das assessorias e a
8
cultura era mais voltada para o gerenciamento de relacionamento do que de
informação.
Hoje, ouvimos muito sobre o conceito de comunicação integrada dentro
das organizações. A comunicação tornou-‐se mais multidimensional, ou seja, as
ações de comunicação são partilhadas entre as áreas de assessoria de imprensa,
publicidade, relações públicas, recursos humanos, marketing, editoração etc.
O papel da assessoria de imprensa como ferramenta de comunicação
organizacional é trabalhar com a informação, seja na coleta, elaboração, análise e
divulgação de notícias e fatos da empresa. Portanto, é nessa área que o clipping é
utilizado.
O desenvolvimento das tecnologias da informação e dos meios de
comunicação de massa (MCM) contribuiu para multiplicar o fluxo
comunicacional e de informações no século XX.
A transição da economia baseada na indústria para uma economia
baseada na informação passa a ser uma megatendência no início dos anos 1980,
segundo analistas de cenários. (Com. Org, pág. 337). Portanto, manter-‐se
informado numa sociedade da informação é prática imprescindível para o
sucesso nas organizações.
A tecnologia tem colocado à disposição das organizações uma série de novas mídias, nos quais a velocidade e a facilidade de acesso são a tônica (...) Se por um lado esses instrumentos facilitam a transmissão de informações para um grande número de pessoas em curto espaço de tempo, por outro têm gerado uma sobrecarga de informações nem sempre palatáveis e passíveis de processamento pelo destinatário segundo as expectativas do emissor (Com. Org 343).
Essa dinâmica de transmissão de informações para uma maior
quantidade de pessoas num menor espaço de tempo aumentou,
consequentemente, a disseminação de informações no mundo.
Tendo em vista a rotina de trabalho constante nas organizações e o
aumento da disseminação de informações tanto da mídia, quanto da sociedade,
(através das mídias sociais), o clipping tem sido utilizado para filtrar os assuntos
9
de relevância para a empresa, e, assim, orientar decisões, corrigir informações
incorretas, avaliar cenários, entre outros.
Entretanto, o clipping não se resume apenas em selecionar notícias na
mídia, é um trabalho de acompanhamento do que foi divulgado a partir de ações
planejadas pela assessoria. O clipping possibilita a análise de cenários, traçando
ações futuras.
Conforme Jorge Duarte (2003, p. 237) “O envio de realeses ou serviço de
clipping, quando simples tarefa, mantém-‐se operacional. Quando utilizado
vinculado a políticas e planos de ação da organização buscando determinada
finalidade, faz que se torne estratégico”
Portanto, analisar o uso do clipping pelas organizações é importante para
verificar se o clipping é aproveitado como ferramenta estratégica, como isso
acontece e pode ser eficiente para o sucesso da comunicação organizacional.
4. Hipóteses
De acordo com a discussão apresentada, propomos as seguintes hipóteses
para este estudo:
De foram geral, o estudo do uso e dos efeitos do clipping é pouco
valorizado. E, especificamente,
-‐ o clipping não é usado em sua totalidade como ferramenta de
comunicação;
-‐ o clipping é uma ferramenta eficiente para retorno rápido da ação da
imprensa;
-‐ o clipping é um bom instrumento pra avaliar a eficiência das notícias,
porém, pouco explorado.
10
5. Objetivo
Objetivo Geral
A pesquisa tem por objetivo mostrar o uso do clipping tanto nas
assessorias de organizações, quanto nas agências que fazem o monitoramento de
informações.
Objetivos específicos
Também estudar o clipping sob diversos aspectos da comunicação
organizacional: como forma de mensuração dos resultados do trabalho da
assessoria; como ferramenta de comunicação interna e estratégica; a
importância para o assessor e para o empresário; o mercado das agências de
clipping, a demanda pelo serviço;
Pretende-‐se verificar como é feito o acompanhamento das notícias
produzidas pela mídia sobre determinada instituição e se o clipping possibilita
um retorno, um feedback, mais rápido à imprensa.
Tais objetivos têm por finalidade entender, mostrar e aperfeiçoar o
clipping como instrumento de seleção, acompanhamento e avaliação das notícias
produzidas pelos meios de comunicação de massa para orientar decisões e
estratégias corporativas.
6. Justificativa
A escolha pelo tema de pesquisa foi influenciada por um estágio feito em
empresa de assessoria de imprensa indireta ao GDF, no qual tinha numa de suas
principais atividades o clipping impresso, televisivo e radiofônico.
Ver resultados no uso do clipping, principalmente, o feedback em tempo
real dado à imprensa, me fez despertar para a importância dessa ferramenta
tanto para as organizações públicas, privadas, terceiro setor, artistas etc. Tendo
11
em vista, principalmente, que o fluxo de informações no mundo aumentou
consideravelmente com o desenvolvimento das tecnologias da informação e dos
meios de comunicação de massa.
Conforme Manual de Assessoria de Imprensa (Fenaj, 2007), “Cabe ao
assessor apurar os sentidos para estar sempre adaptado a uma conjuntura que
se modifica na velocidade com que circula a informação neste momento de
incessantes inovações tecnológicas.”
Dar uma resposta à imprensa em tempo real torna-‐se importante por
atender as necessidades também do jornalista, que tem um deadline a cumprir. E
para uma organização, seja pública ou privada, manter um bom relacionamento
com a mídia é importante para preservar sua imagem.
Assessoria de imprensa. Um dos mais importantes serviços da comunicação organizacional. É a gestão dos fluxos de informação e relacionamento entre fontes de informação e os jornalistas. Trata-se de atividade que mescla o caráter difusor de notícias, ou de acontecimentos programados, relativos à instituição ou às pessoas físicas, com outro, de recorte mais estratégico, no qual se estabelecem mecanismos de relacionamento e aproximação com os jornalistas (DUARTE. 2003, p. 404).
Nesse sentido, a Assessoria de imprensa é um importante serviço para a
sociedade e aproxima empresas, jornalistas e empresas de comunicação.
7. Metodologia a ser adotada
Umas das análises a que nos propomos será quantitativas e terá por
objetivo principal medir o espaço dado a determinado assunto nos veículos de
comunicação, mostrar a repercussão do tema e analisar a exposição da fonte.
Dentre os critérios da análise quantitativa estão: a quantidade de
registros, ou seja, o número de vezes que a informação foi veiculada; sistema de
pontuação por importância do veículo; tamanho da notícia; média de leitores;
presença do cliente na mídia por regiões do país; tempo de exposição da notícia
nos MCM, etc.
12
Para o clipping impresso, utiliza-‐se nessa análise a medição de cm/col
(centímetro por coluna). Conforme o artigo O Clipping como ferramenta
estratégica de assessoria de imprensa, basta multiplicar o número de colunas que
a informação ocupa pela altura do texto ou foto em centímetros.
O exemplo de análise, retirado do artigo, mostra a repercussão que
determinado assunto teve na mídia, comparando por regiões do país. Neste caso
específico foram medidas apenas as matérias de cunho positivo e neutro.
ABRANGÊNCIA Cm/col – 2005 Cm/col – 2004 % VARIAÇÃO
Nacional 570 432 32% São Paulo 481 493 - 2%
Rio de Janeiro 420 320 31% Brasília 213 135 58%
Pernambuco 198 53 274% Outros estados 312 470 -34%
Total 2194 1903 15%
Em seguida, são colocadas as percepções sobre a pesquisa: - Houve aumento de exposição na mídia nacional e em veículos do Rio de Janeiro e
Brasília. Poderia ser por aumento de interesse por parte da imprensa dessas regiões ou surgimento de um novo jornal ou revista;
- Houve queda em publicações de São Paulo; - Em veículos de Pernambuco, cujo interesse no ano anterior foi baixo, o espaço
cresceu 274%. Pode ser pelo surgimento de novas mídias e/ou aumento de interesse por mudanças na relação da empresa com a região.
Outro critério analítico do clipping, e que pode ser utilizado na aferição
do noticiário radiofônico, é a classificação das notícias em positivas, neutras,
divulgação, negativas e negativas com resposta. Como mostra o gráfico
abaixo:
BALANÇO DIÁRIO DO NOTICIÁRIO Emissoras Total Positivas Negativas Neutras Divulgação Respostas
CBN FM 10 3 2 1 3 1 Nacional 4 4 - - - - Band News 7 2 1 - 3 1 OK FM 3 1 2 - - - Atividade 3 - - - 3 - Clube AM 2 1 - 1 - - TOTAL GERAL DE NOTÍCIAS 29 Quadro 1.
13
Figura 1 -‐
A partir dessa análise verifica-‐se a repercussão da imagem da organização
na mídia e em cada emissora. Possibilita também examinar se os dados refletem
como está o relacionamento da empresa com a mídia em geral ou emissoras e
jornalistas específicos. Com essas informações, a empresa pode planejar ações
estratégicas para divulgar ou melhorar a imagem da organização.
8 . Referencial teórico
Clipping e Direitos Autorais
De acordo com o conceito de Reprodução da Lei de Direitos Autorais nº
9.610, de 19 de fevereiro de 1998, não constitui crime a reprodução de obras
literárias, artísticas ou científica, desde que sejam mencionados a fonte, data de
publicação e página ou seção em que foi veiculada.
Título
Disposições Preliminares
Art. 1º Esta lei regula os direitos autorais, entendendo-‐se sob esta
denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos.
14
[...]
Art. 5º Para os efeitos desta lei, considera-‐se:
I – publicação – o oferecimento de obra literária, artística ou científica ao
conhecimento do público, com o consentimento do autor, ou de qualquer outro
titular de direito de autor, por qualquer forma ou processo;
II – transmissão ou emissão – a difusão de sons ou sons e imagens, por
meio de ondas radioelétricas; sinais de satélite; fio, cabo ou outro condutor,
meios óticos ou qualquer outro processo eletromagnético;
[...]
V – comunicação ao público – ato mediante o qual a obra é colocada ao
alcance do público, por qualquer meio ou procedimento e que não consista na
distribuição de exemplares;
VI – reprodução – a cópia de um ou vários exemplares de uma obra
literária, artística ou científica ou de um fonograma, de qualquer forma tangível,
incluindo qualquer armazenamento permanente ou temporário por meios
eletrônicos ou qualquer outro meio de fixação que venha a ser desenvolvido.
[...]
Título III
Capítulo IV
Das Limitações aos Direitos Autorais
Art. 46 Não constitui ofensa aos direitos autorais:
I – a reprodução:
na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo,
publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se
assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
15
Essas partes serão amplamente detalhados na elaboração do Projeto
Experimental, no semestre que segue.
Definição de Clipping
A palavra clipping é originária do inglês clip, que significa cortar, reduzir.
O clipping é um “recorte” de notícias e informações veiculadas nas mídias
impressa (jornais e revistas), eletrônica (TV e rádio) ou digital (na Internet, em
sites, agências de notícias, blogs etc) sobre determinado assunto. O material
clipado pode ser de natureza jornalística ou publicitária.
A seleção de notícias e informações nos veículos de imprensa pode ser
feita por agências especializadas em clipping -‐ e que prestam serviço para
assessores de imprensa, políticos, empresários, artistas ou demais profissionais –
ou pelas próprias assessorias das organizações.
Antigamente, o clipping era feito de forma manual, quase um trabalho
artesanal de recorte e colagem de informações de jornais e revistas. Mas com o
advento da Internet e das mídias online esse trabalho foi simplificado.
Hoje, o ele pode ser feito e transmitido pela Internet ao cliente,
distribuído dentro da organização via e-‐mail ou publicado em sites criados
especificamente com a finalidade de divulgá-‐los e armazená-‐los.
Obedecendo a Lei dos Direitos Autorais, após a garimpagem, as matérias
ou anúncios são organizados por veículo, emissora e programas, analisados
quantitativamente e/ou qualitativamente e, em seguida, disponibilizados .
16
9. Cronograma
Abaixo se encontra o detalhamento da sequência de atividades para a
execução deste projeto durante o segundo semestre de 2012 e primeiro
semestre de 2013. O cronograma será submetido ao orientador no início da
orientação.
ATIVIDADES J A S O N D J F M A M J Leituras complementares Entrevista com assessor Mensuração de matérias publicadas Redação do capítulo 1 Concluir o texto do referencial teórico Analise de dados Redação dos capítulos 2 e 3 Redação da conclusão e introdução Revisão ortográfica Entrega para a banca
17
Referências bibliográficas
Fontes consultadas
ALHO, Susana; NUNES, Cristina. Contributos do director de turma para a relação escola-família. Porto Alegre: Educação, 2009. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/5513/4010> Acesso em: 12 ago. 2009 BAHIA, Juarez. Introdução a Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995. CURVELLO, João José Azevedo. Comunicação Interna e Cultura Organizacional. São Paulo: Scortecci Editora, 2002. DUARTE, Jorge. Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia. Produtos e Serviços de uma Assessoria de Imprensa. São Paulo: Atlas, 2002. Federação Nacional dos Jornalistas. Manual de Assessoria de Comunicação. 4ª edição revista e ampliada. Brasília, 2007. KUNSCH, Margarida. Comunicação Organizacional. Histórico, fundamentos e processos. São Paulo: Saraiva, 2009. ______ . Relações Públicas e Modernidade. Novos paradigmas na Comunicação Organizacional. Summus, 1997. MARTINUZZO, José Antônio. Comunicação Organizacional: Um século de história no mundo e 50 anos no Espírito Santo. DIO, 2006. Disponível em: <http://www.overmundo.com.br/banco/comunicacao-organizacional-um-seculo-de-historia-no-mundo-e-50-anos-no-es> Acesso em: 15 abr. 2010 NEVES, José. Pesquisa Qualitativa – Características, Usos e Possibilidades. FEA-USP, 1996. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/c03-art06.pdf> Acesso em: 12 jun. 2009 O clipping como ferramenta estratégica de assessoria de imprensa. Disponível em: <http://www.esurp.edu.br/Vergetti_TCD3_clippingFERRAMENTAdeASSESSORIA.pdf > Acesso em: 14 nov. 2009 REGO, Francisco. Comunicação Empresarial/Comunicação Institucioanal: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986.
18
Outras fontes a consultadas
BRAGA, Ryon. O Excesso de Informação – A Neurose do Século XXI. Disponível em: < http://www.mettodo.com.br/pdf/O%20Excesso%20de%20Informacao.pdf > Acesso em; 20 mar. 2010 COGO, Rodrigo. Repensando a Assessoria de Imprensa em tempo colaborativos. Disponível em: <http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_ver.asp?ID_COLUNA=119&ID_COLUNISTA=18 > Acesso em: 07 abr. 2010 LEAL, Renata. Dá para escapar da overdose de informação? Disponível em: < http://info.abril.com.br/noticias/internet/da-para-escapar-da-overdose-de-informacao-04022010-4.shl > Acesso em: 07 abr. 2010 MACIEL, Rosana. Clipping orienta decisões estratégicas no mundo corporativo. Disponível em: < http://blogdatemple.blogspot.com/2009/05/clipping-orienta-decisoes-estrategicas.html > Acesso em: 14 jan. 2010 OLIVEIRA, Tiago Mainieri. Apostar em Comunicação é estratégico? Disponível em: <http://www.comtexto.com.br/convicomartigotiagomainieri.htm > Acesso em: 16 mar. 2010 PANELLA, Cristina. Diagnóstico e Mensuração – Falta de tempo ou falta de método? Disponível em: <http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_ver.asp?ID_COLUNA=72&ID_COLUNISTA=36 > Acesso em: 07 abr. 2010 TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de Comunicação Organizacional e Política. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.