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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL LABORATÓRIO DE PROJETOS EM COMUNICAÇÃO O USO DO CLIPPING PELAS ORGANIZAÇÕES Autor: Liliane Rodrigues Borba Da Silv E-mail: [email protected] Matrícula: UC06013076 Tel.: 9989-8834 Professor: Prof. Dr. Joadir Antônio Foresti Brasília 2012

Exemplo de Estrutura de Projeto 2 LILIANE BORBA

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Page 1: Exemplo de Estrutura de Projeto 2 LILIANE BORBA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

LABORATÓRIO DE PROJETOS EM COMUNICAÇÃO

O USO DO CLIPPING PELAS ORGANIZAÇÕES

Autor: Liliane Rodrigues Borba Da Silv E-mail: [email protected]

Matrícula: UC06013076 Tel.: 9989-8834

Professor: Prof. Dr. Joadir Antônio Foresti

Brasília

2012

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LILIANE RODRIGUES BORBA DA SILVA

O USO DO CLIPPING PELAS ORGANIZAÇÕES

Projeto para Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Projeto Experimental. Orientadores sugeridos: (ou Orientador pré-escolhido): Fulano, Ciclano e Beltrano

Brasília  2012  

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Sumário  

 

1.  Tema  de  estudo  .................................................................................................  3  

2.  Objeto  de  pesquisa  ...........................................................................................  3  

3.  Problematização  ...............................................................................................  3  

4.  Hipóteses  .............................................................................................................  9  

5.  Objetivo  ............................................................................................................  10  

Objetivo  Geral  .............................................................................................................  10  Objetivos  específicos  ................................................................................................  10  

6.  Justificativa  ......................................................................................................  10  

7.  Metodologia  a  ser  adotada  .........................................................................  11  

8  .  Referencial  teórico  ......................................................................................  13  

Clipping  e  Direitos  Autorais  ..................................................................................  13  Definição  de  Clipping  ...............................................................................................  15  

9.    Cronograma  ....................................................................................................  16  

Referências  bibliográficas  ..............................................................................  17  

Fontes  consultadas  ...................................................................................................  17  Outras  fontes  a  consultadas  ...................................................................................  18  

 

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1.  Tema  de  estudo  

O  estudo  sobre  o  clipping  é  uma  forma  de  verificar  e  entender  como  a  as  

empresas   estão   se   adaptando   ao   mundo   globalizado,   de   constantes   evoluções  

tecnológicas.    

Além  de  causar  o  aumento  na  disseminação  de  informações  no  mundo,  as  

novas  tecnologias  da  informação  também  modificaram  a  vida  dos  indivíduos,  que  

agora  exercem  várias  atividades  num  menor  espaço  de  tempo.    

Essa  nova  noção  de  tempo  da  sociedade  tecnológica  causa  a  necessidade  

de   uma  maior   praticidade   nas   atividades   exercidas.   Isso   pode   ser   evidenciado  

tanto   quando   falamos   do   trabalho   do   assessor   de   comunicação,   que   precisa  

responder   rapidamente   os   questionamentos   da   imprensa,   como   também   do  

jornalista,  profissional  que  trabalha  preocupado  com  o  deadline.  

Para   se  manter   informado,   o   assessor   pode   encontrar   dificuldades   para  

acompanhar  o  fluxo  intenso  de  notícias  produzidas  pelos  meios  de  comunicação.  

Nesse  caso,  o  clipping  é  um  aliado  desse  profissional,  por   filtrar  os  assuntos  de  

relevância  para  o  assessorado  (no  caso  deste  estudo,  a  organização).    

2.  Objeto  de  pesquisa  

O   clipping   e   seus   processos   de   elaboração   e   mensuração   como   serviço  

para  uma  comunicação  mais  efetiva.  

3.  Problematização  

A  Revolução  Industrial  trouxe  transformações  tanto  no  plano  econômico,  

com  o  aparecimento  do  sistema  fabril,  quanto  no  plano  social,  com  a  migração  de  

trabalhadores  do  meio  rural  para  a  cidade.    

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Segundo   Francisco   do   Rego   (1986,   pág.   57),   nesse   contexto   histórico  

nasce  a  empresa,  mediante  a  divisão  do  trabalho  e  a  crescente  especialização.  A  

partir   do   século   XIX,   “novas   e   revolucionárias   transformações   ocorreram,   os  

grupos  sociais   tornaram-­‐se  mais  divididos  e  os   seus  membros  começaram  a  se  

preocupar  cada  vez  mais  com  objetivos  e  realizações  particulares”.  

Foram   as   transformações   ocasionadas   pela   Revolução   Industrial   no  

mundo   que   impulsionaram   o   desenvolvimento   da   comunicação   nas  

organizações.    

Kunsch   (1997,   p.   55)   explica   que   o   progresso   industrial   mudou   as  

relações   entre   empregados   e   empregadores.   A   divisão   do   trabalho   dentro   das  

organizações   trouxe   a   necessidade   da   compreensão   do   todo.   A   produção   de  

massa   exigiu   das   empresas   um   trabalho   de   comunicação   para   promover   seus  

produtos   e   serviços.   Os   custos   da   produção   de   publicações   foram   barateados,  

devido   o   crescimento   tecnológico,   o   que   incentivou   sua   criação.   O  

desenvolvimento   dos   MCM   influenciou   as   empresas   a   prestarem   mais  

informações   aos   seus   públicos.   E   em   relação   ao   público   interno,   a  

conscientização  do  operariado  fez  aparecer  a   imprensa  sindical  e,  como  reação,  

utilizou-­‐se  a  comunicação  empresarial.    

Rego   (1986)   afirma   que   os   avanços   tecnológicos   estiveram   sempre  

ligados   a   evolução   das   organizações   industriais,   mas   que   a   principal  

determinante  para  o  crescimento  empresarial  foi  a  comunicação.  

Toda organização depende, para seu crescimento e prosperidade, da manutenção da confiança na sua integridade e no bom senso de sua política e atuação. Seja no que diz respeito ao seu pessoal, seja no que diz respeito aos clientes, fornecedores e acionistas. E isto só se consegue com um programa de comunicações (1986, p 23).

A   comunicação   organizacional   visa   cuidar   da   imagem   da   organização,  

aumentando  sua  visibilidade;  promover  conhecimento   interno  da  missão  e  dos  

valores  da  empresa,  mantendo  coerência  sobre  os  princípios  da  organização  e  a  

prática  cotidiana,  tanto  para  o  público  interno,  como  também  para  o  público  de  

interesse.  Tem  a  função  de  manter  o  fluxo  de  informação  da  e  para  a  empresa,  e  

entre  a  mídia,  clientes  etc;  e  divulgar  produtos  e  serviços.  

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A  comunicação  dentro  das  organizações  inicia-­‐se  com  os  jornais  internos.  

Segundo   Kunsch   (1997,   pág.   56),   o   primeiro   house   organ   (jornal   de   empresa)  

produzido   no   Brasil,   o   Boletim   Light,   data   de   1925,   enquanto   que   a   primeira  

publicação  mundial  foi  lançada  em  1840,  nos  Estados  Unidos.    

Mas   o   marco   da   Comunicação   Organizacional   data   de   1906,   quando   o  

jornalista   Ivy   Lee,   considerado   o   pai   das   Relações   Públicas,   abriu   o   primeiro  

escritório   de   RP   em   Nova   York.   O   trabalho   de   Lee   consistia   em   divulgar  

jornalisticamente   à   imprensa   as  notícias   e   informações   sobre   seus   clientes   aos  

editores,  ao  invés  de  transmiti-­‐las  como  anuncio  ou  matéria  paga.    

A   declaração   de   princípios   feita   por   ele   aos   editores   da   época   é   um  

documento   histórico   para   a   comunicação   organizacional.   Na   carta,   Lee  

estabeleceu   algumas   regras   sobre   seu   serviço   para   convencer   a   imprensa   da  

credibilidade  das  informações  que  ele  fornecia  sobre  seus  assessorados.  Abaixo,  

a  carta  na  íntegra.    

Este não é um serviço de imprensa secreta. Todo nosso trabalho é feito às claras. Pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é agenciamento de anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seção comercial, não o usem. Nosso assunto é exato. Maiores detalhes, sobre qualquer questão, serão dados prontamente. E qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com o maior prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso plano é divulgar, prontamente, para o bem das empresas e das instituições, com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a assuntos de valor e de interesse para o público (DUARTE, 2003, p. 32).

O   sucesso   de   Ivy   Lee   é   reconhecido   pelo   assessoramento   de   John  

Rockeffeller.   Após   a   Guerra   da   Secessão,   que   terminou   em   1875,   os   Estados  

Unidos  viveu,  até  1900,  uma  era  dourada,  de  prosperidade,  conforme  Hebe  Wey  

(1986,   p.   29-­‐31   apud   DUARTE,   2003,   p.   34).   O   poder,   que   antes   pertencia   a  

aristocracia,   passava   para   as   mãos   de   fazendeiros   e   capitalistas   industriais.  

Nesse  momento,  cresce  a  busca  pelo  poder,  pela  exploração  de  terras  e  expansão  

de  negócios.    

Isso   propiciou   o   aparecimento   de   industriais   corruptos,   que   visavam  

apenas  o  lucro  fácil,  e  que  ficaram  conhecidos  como  “barões  ladrões”.    

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Rockeffeler  era  odiado  pela  opinião  pública  americana  e   foi  considerado  

um  desses  barões  ladrões,  devido  a  luta  que  travava  contra  as  pequenas  e  médias  

empresas.    

Mas   a  má   reputação   de   Rockeffeler   durou   somente   até   ser   assessorado  

por  Ivy  Lee.  Conforme  Chaparro  (2004,  p.  34),  Lee  conseguiu  que  “o  velho  barão  

do  capitalismo  selvagem,  de  odiado,  passasse  a  ser  venerado  pela  opinião  pública  

americana.”    

Até   meados   de   1950,   a   Comunicação   Organizacional   obteve   mais  

valorização   dos   governos   do   que   das   empresas.   As   técnicas   de   promoção,  

propaganda   e   assessoramento   foram   bastante   utilizadas   durante   as   1ª   e   2ª  

Guerras  Mundiais  e  a  crise  de  1929.    

Comprova-­‐se  a   importância  da  comunicação  nesses  períodos  pela   forma  

como   o   jornal  The  New  York  Times  denominou   a   1ª   Guerra  Mundial:   Primeira  

Guerra  dos  Agentes  de  Imprensa,  como  lembra  Martinuzzo  (2006).  

No  Brasil,   o  marco   inicial  da  Comunicação  Organizacional  data  de  1909,  

quando   houve   o   lançamento   da   Secção   de   Publicações   e   Bibliotheca,   do  

Ministério  da  Agricultura,  Indústria  e  Comércio.    

O   órgão   fornecia   as   informações   por   meio   de   notas   ou   notícias   à  

imprensa.   Eram   elaborados   boletins   com   informações   sobre   agricultura,  

comércio  e  indústria  para  efeito  de  consulta  e  divulgação  (DUARTE,  2003,  p.  82).  

Em   1934,   o   governo   Getúlio   Vargas   cria   a   Voz   do   Brasil,   programa  

transmitido  obrigatoriamente  em  todas  as  emissoras  e  que  tinha  por  finalidade  

divulgar  as  ações  do  governo.    

Três   anos   depois,   com   a   criação   do   Departamento   de   Imprensa   e  

Propaganda  (DIP)  e  os  Departamentos  Estaduais  de  Imprensa  (Dieps),  a  censura  

e   as   divulgações   do   governo   se   intensificaram.   Tornou-­‐se   política   de   estado   o  

controle  e  disseminação  de  informações  à  imprensa.    

Segundo  Martinuzzo   (2006),   o   governo   de   Jucelino   Kubitschek   (1956   –  

1961)   foi  marcado  pela  vinda  de  multinacionais   e   agências  de  propaganda  dos  

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Estados   Unidos,   atraídas   pelo   slogan   que   prometia   50   anos   de   progresso   em  

cinco   anos   de   mandato,   o   que   incentivou   a   consolidação   da   Comunicação  

Organizacional.    

Ainda  de  acordo  com  o  autor,  em  1967,  o  jornalista  Nilo  Luchetti  funda  a  

Associação  Brasileira  de  Editores  de  Jornais  e  Revistas  Empresariais  (Aberj),  que  

em   1980   passaria   a   se   chamar   Associação   Brasileira   de   Comunicação  

Empresarial   (Aberje),   por   causa   da   necessidade   de   profissionalizar   o   setor   e  

ampliar   o   foco   da   comunicação   empresarial,   que   era   muito   limitado   pelas  

denominações  Relações  Públicas   (RP)   e  Assessoria   de   Imprensa   (AI).     Então,   a  

relação  com  a  mídia  e  os  públicos  internos  e  externos  passou  a  ser  chamada  de  

Comunicação  Organizacional  ou  Institucional.    

No  fim  da  década  de  70  e  início  da  década  de  80,  com  a  queda  do  regime  

militar,   do   autoritarismo,   ressurge   a   democracia   e   crescem   os   movimentos  

sindicais   e   a   liberdade   de   imprensa.   Com   isso,   as   empresas   percebem   a  

necessidade   de   aumentar   a   comunicação   com   a   sociedade   e   com   os   públicos  

interno   e   externos,   principalmente   depois   da   publicação   da   Lei   de   Defesa   do  

Consumidor,  em  1989.    

A  demanda  dos  consumidores  pela   imprensa,  pelos  órgãos  de  defesa  do  

consumidor   e   pela   Justiça   obrigaram   as   empresas   a   investirem   mais   em  

comunicação  para  promover  uma  imagem  positiva  diante  do  público.    

Por   consequência,   aumenta   também   a   demanda   por   profissionais   para  

efetivar  a  comunicação  com  a  imprensa,  os  funcionários  e  a  comunidade.    Mas  a  

criação  dos  DIP  e  Dieps  atraiu  para  as  assessorias  muitos  redatores,  insatisfeitos  

com   os   baixos   salários   da   categoria.   Outro   fator   de   migração   desses  

trabalhadores   se   deu   a   uma   greve   mal   sucedida   da   imprensa   paulista,   que  

resultou  na  demissão  de  200   jornalistas,  que  encontraram  nas  assessorias  uma  

alternativa   ao  desemprego  e   também   foram  atraídas  pelas  melhores   condições  

de  trabalho,  como  horário  fixo  e  melhores  salários.    

A  ocupação  das  assessorias  por  jornalistas  -­‐  experientes  no  diálogo  com  a  

imprensa  -­‐  melhorou  a  qualidade  da  comunicação  da  empresa  e  com  a  imprensa,  

porque  até  1990  as  Relações  Públicas  ocupavam  maior  parte  das  assessorias  e  a  

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cultura   era   mais   voltada   para   o   gerenciamento   de   relacionamento   do   que   de  

informação.    

Hoje,   ouvimos  muito   sobre  o   conceito  de   comunicação   integrada  dentro  

das   organizações.   A   comunicação   tornou-­‐se  mais  multidimensional,   ou   seja,   as  

ações  de  comunicação  são  partilhadas  entre  as  áreas  de  assessoria  de  imprensa,  

publicidade,  relações  públicas,  recursos  humanos,  marketing,  editoração  etc.    

O   papel   da   assessoria   de   imprensa   como   ferramenta   de   comunicação  

organizacional  é  trabalhar  com  a  informação,  seja  na  coleta,  elaboração,  análise  e  

divulgação  de  notícias  e  fatos  da  empresa.  Portanto,  é  nessa  área  que  o  clipping  é  

utilizado.    

O   desenvolvimento   das   tecnologias   da   informação   e   dos   meios   de  

comunicação   de   massa   (MCM)   contribuiu   para   multiplicar   o   fluxo  

comunicacional  e  de  informações  no  século  XX.    

A   transição   da   economia   baseada   na   indústria   para   uma   economia  

baseada  na  informação  passa  a  ser  uma  megatendência  no  início  dos  anos  1980,  

segundo   analistas   de   cenários.   (Com.   Org,   pág.   337).   Portanto,   manter-­‐se  

informado   numa   sociedade   da   informação   é   prática   imprescindível   para   o  

sucesso  nas  organizações.  

A tecnologia tem colocado à disposição das organizações uma série de novas mídias, nos quais a velocidade e a facilidade de acesso são a tônica (...) Se por um lado esses instrumentos facilitam a transmissão de informações para um grande número de pessoas em curto espaço de tempo, por outro têm gerado uma sobrecarga de informações nem sempre palatáveis e passíveis de processamento pelo destinatário segundo as expectativas do emissor (Com. Org 343).

Essa   dinâmica   de   transmissão   de   informações   para   uma   maior  

quantidade   de   pessoas   num   menor   espaço   de   tempo   aumentou,  

consequentemente,  a  disseminação  de  informações  no  mundo.    

Tendo   em   vista   a   rotina   de   trabalho   constante   nas   organizações   e   o  

aumento  da  disseminação  de   informações  tanto  da  mídia,  quanto  da  sociedade,  

(através  das  mídias  sociais),  o  clipping  tem  sido  utilizado  para  filtrar  os  assuntos  

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de   relevância   para   a   empresa,   e,   assim,   orientar   decisões,   corrigir   informações  

incorretas,  avaliar  cenários,  entre  outros.      

Entretanto,   o   clipping   não   se   resume   apenas   em   selecionar   notícias   na  

mídia,  é  um  trabalho  de  acompanhamento  do  que  foi  divulgado  a  partir  de  ações  

planejadas  pela  assessoria.  O  clipping  possibilita  a  análise  de  cenários,  traçando  

ações  futuras.  

Conforme  Jorge  Duarte  (2003,  p.  237)  “O  envio  de  realeses  ou  serviço  de  

clipping,   quando   simples   tarefa,   mantém-­‐se   operacional.   Quando   utilizado  

vinculado   a   políticas   e   planos   de   ação   da   organização   buscando   determinada  

finalidade,  faz  que  se  torne  estratégico”    

Portanto,  analisar  o  uso  do  clipping  pelas  organizações  é  importante  para  

verificar   se   o   clipping   é   aproveitado   como   ferramenta   estratégica,   como   isso  

acontece  e  pode  ser  eficiente  para  o  sucesso  da  comunicação  organizacional.    

4.  Hipóteses  

De  acordo  com  a  discussão  apresentada,  propomos  as  seguintes  hipóteses  

para  este  estudo:  

De   foram   geral,   o   estudo   do   uso   e   dos   efeitos   do   clipping   é   pouco  

valorizado.  E,  especificamente,  

-­‐ o   clipping   não   é   usado   em   sua   totalidade   como   ferramenta   de  

comunicação;  

-­‐ o  clipping  é  uma   ferramenta  eficiente  para  retorno  rápido  da  ação  da  

imprensa;  

-­‐ o  clipping  é  um  bom  instrumento  pra  avaliar  a  eficiência  das  notícias,  

porém,  pouco  explorado.  

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5.  Objetivo  

Objetivo  Geral  

A   pesquisa   tem   por   objetivo   mostrar   o   uso   do   clipping   tanto   nas  

assessorias  de  organizações,  quanto  nas  agências  que  fazem  o  monitoramento  de  

informações.  

 

Objetivos  específicos  

Também   estudar   o   clipping   sob   diversos   aspectos   da   comunicação  

organizacional:   como   forma   de   mensuração   dos   resultados   do   trabalho   da  

assessoria;   como   ferramenta   de   comunicação   interna   e   estratégica;   a  

importância   para   o   assessor   e   para   o   empresário;   o  mercado   das   agências   de  

clipping,  a  demanda  pelo  serviço;    

Pretende-­‐se   verificar   como   é   feito   o   acompanhamento   das   notícias  

produzidas  pela  mídia   sobre  determinada   instituição  e   se  o  clipping   possibilita  

um  retorno,  um  feedback,  mais  rápido  à  imprensa.  

Tais   objetivos   têm   por   finalidade   entender,   mostrar   e   aperfeiçoar   o  

clipping  como  instrumento  de  seleção,  acompanhamento  e  avaliação  das  notícias  

produzidas   pelos   meios   de   comunicação   de   massa   para   orientar   decisões   e  

estratégias  corporativas.  

 

 

6.  Justificativa  

A escolha pelo tema de pesquisa foi influenciada por um estágio feito em

empresa de assessoria de imprensa indireta ao GDF, no qual tinha numa de suas

principais atividades o clipping impresso, televisivo e radiofônico.

Ver  resultados  no  uso  do  clipping,  principalmente,  o   feedback  em  tempo  

real   dado   à   imprensa,   me   fez   despertar   para   a   importância   dessa   ferramenta  

tanto  para  as  organizações  públicas,  privadas,  terceiro  setor,  artistas  etc.  Tendo  

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em   vista,   principalmente,   que   o   fluxo   de   informações   no   mundo   aumentou  

consideravelmente  com  o  desenvolvimento  das  tecnologias  da  informação  e  dos  

meios  de  comunicação  de  massa.      

Conforme   Manual   de   Assessoria   de   Imprensa   (Fenaj,   2007),   “Cabe   ao  

assessor  apurar  os  sentidos  para  estar  sempre  adaptado  a  uma  conjuntura  que  

se   modifica   na   velocidade   com   que   circula   a   informação   neste   momento   de  

incessantes  inovações  tecnológicas.”    

Dar   uma   resposta   à   imprensa   em   tempo   real   torna-­‐se   importante   por  

atender  as  necessidades  também  do  jornalista,  que  tem  um  deadline  a  cumprir.  E  

para  uma  organização,  seja  pública  ou  privada,  manter  um  bom  relacionamento  

com  a  mídia  é  importante  para  preservar  sua  imagem.    

Assessoria de imprensa. Um dos mais importantes serviços da comunicação organizacional. É a gestão dos fluxos de informação e relacionamento entre fontes de informação e os jornalistas. Trata-se de atividade que mescla o caráter difusor de notícias, ou de acontecimentos programados, relativos à instituição ou às pessoas físicas, com outro, de recorte mais estratégico, no qual se estabelecem mecanismos de relacionamento e aproximação com os jornalistas (DUARTE. 2003, p. 404).

Nesse  sentido,  a  Assessoria  de  imprensa  é  um  importante  serviço  para  a  

sociedade  e  aproxima  empresas,  jornalistas  e  empresas  de  comunicação.  

 

 

7.  Metodologia  a  ser  adotada  

Umas   das   análises   a   que   nos   propomos   será   quantitativas   e   terá   por  

objetivo  principal  medir  o  espaço  dado  a  determinado  assunto  nos  veículos  de  

comunicação,  mostrar  a  repercussão  do  tema  e  analisar  a  exposição  da  fonte.    

Dentre   os   critérios   da   análise   quantitativa   estão:   a   quantidade   de  

registros,  ou  seja,  o  número  de  vezes  que  a  informação  foi  veiculada;  sistema  de  

pontuação   por   importância   do   veículo;   tamanho   da   notícia;  média   de   leitores;  

presença  do  cliente  na  mídia  por  regiões  do  país;  tempo  de  exposição  da  notícia  

nos  MCM,  etc.  

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Para   o   clipping   impresso,   utiliza-­‐se   nessa   análise   a   medição   de   cm/col  

(centímetro   por   coluna).   Conforme   o   artigo   O   Clipping   como   ferramenta  

estratégica  de  assessoria  de  imprensa,  basta  multiplicar  o  número  de  colunas  que  

a  informação  ocupa  pela  altura  do  texto  ou  foto  em  centímetros.    

O   exemplo   de   análise,   retirado   do   artigo,   mostra   a   repercussão   que  

determinado  assunto  teve  na  mídia,  comparando  por  regiões  do  país.  Neste  caso  

específico  foram  medidas  apenas  as  matérias  de  cunho  positivo  e  neutro.    

ABRANGÊNCIA Cm/col – 2005 Cm/col – 2004 % VARIAÇÃO

Nacional 570 432 32% São Paulo 481 493 - 2%

Rio de Janeiro 420 320 31% Brasília 213 135 58%

Pernambuco 198 53 274% Outros estados 312 470 -34%

Total 2194 1903 15%

Em seguida, são colocadas as percepções sobre a pesquisa: - Houve aumento de exposição na mídia nacional e em veículos do Rio de Janeiro e

Brasília. Poderia ser por aumento de interesse por parte da imprensa dessas regiões ou surgimento de um novo jornal ou revista;

- Houve queda em publicações de São Paulo; - Em veículos de Pernambuco, cujo interesse no ano anterior foi baixo, o espaço

cresceu 274%. Pode ser pelo surgimento de novas mídias e/ou aumento de interesse por mudanças na relação da empresa com a região.

Outro critério analítico do clipping, e que pode ser utilizado na aferição

do noticiário radiofônico, é a classificação das notícias em positivas, neutras,

divulgação, negativas e negativas com resposta. Como mostra o gráfico

abaixo:

BALANÇO DIÁRIO DO NOTICIÁRIO Emissoras Total Positivas Negativas Neutras Divulgação Respostas

CBN FM 10 3 2 1 3 1 Nacional 4 4 - - - - Band News 7 2 1 - 3 1 OK FM 3 1 2 - - - Atividade 3 - - - 3 - Clube AM 2 1 - 1 - - TOTAL GERAL DE NOTÍCIAS 29 Quadro  1.  

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 Figura  1  -­‐  

A  partir  dessa  análise  verifica-­‐se  a  repercussão  da  imagem  da  organização  

na  mídia  e  em  cada  emissora.  Possibilita  também  examinar  se  os  dados  refletem  

como  está  o   relacionamento  da  empresa   com  a  mídia   em  geral   ou  emissoras   e  

jornalistas   específicos.   Com   essas   informações,   a   empresa   pode   planejar   ações  

estratégicas  para  divulgar  ou  melhorar  a  imagem  da  organização.    

8  .  Referencial  teórico  

Clipping  e  Direitos  Autorais  

De  acordo  com  o  conceito  de  Reprodução  da  Lei  de  Direitos  Autorais  nº  

9.610,   de   19   de   fevereiro   de   1998,   não   constitui   crime   a   reprodução   de   obras  

literárias,  artísticas  ou  científica,  desde  que  sejam  mencionados  a  fonte,  data  de  

publicação  e  página  ou  seção  em  que  foi  veiculada.    

Título  

Disposições  Preliminares  

Art.   1º   Esta   lei   regula   os   direitos   autorais,   entendendo-­‐se   sob   esta  

denominação  os  direitos  de  autor  e  os  que  lhes  são  conexos.    

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[...]  

Art.  5º  Para  os  efeitos  desta  lei,  considera-­‐se:  

I  –  publicação  –  o  oferecimento  de  obra  literária,  artística  ou  científica  ao  

conhecimento  do  público,  com  o  consentimento  do  autor,  ou  de  qualquer  outro  

titular  de  direito  de  autor,  por  qualquer  forma  ou  processo;  

II   –   transmissão  ou  emissão  –  a  difusão  de   sons  ou   sons  e   imagens,  por  

meio   de   ondas   radioelétricas;   sinais   de   satélite;   fio,   cabo   ou   outro   condutor,  

meios  óticos  ou  qualquer  outro  processo  eletromagnético;    

[...]  

V  –   comunicação  ao  público  –  ato  mediante  o  qual  a  obra  é   colocada  ao  

alcance  do  público,   por  qualquer  meio  ou  procedimento   e  que  não   consista  na  

distribuição  de  exemplares;  

VI   –   reprodução   –   a   cópia   de   um   ou   vários   exemplares   de   uma   obra  

literária,  artística  ou  científica  ou  de  um  fonograma,  de  qualquer  forma  tangível,  

incluindo   qualquer   armazenamento   permanente   ou   temporário   por   meios  

eletrônicos  ou  qualquer  outro  meio  de  fixação  que  venha  a  ser  desenvolvido.    

[...]  

Título  III  

Capítulo  IV  

Das  Limitações  aos  Direitos  Autorais  

Art.  46  Não  constitui  ofensa  aos  direitos  autorais:  

I  –  a  reprodução:  

na   imprensa   diária   ou   periódica,   de   notícia   ou   de   artigo   informativo,  

publicado   em   diários   ou   periódicos,   com   a   menção   do   nome   do   autor,   se  

assinados,  e  da  publicação  de  onde  foram  transcritos.    

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Essas   partes   serão   amplamente   detalhados   na   elaboração   do   Projeto  

Experimental,  no  semestre  que  segue.  

Definição  de  Clipping  

A  palavra  clipping  é  originária  do  inglês  clip,  que  significa  cortar,  reduzir.  

O   clipping   é   um   “recorte”   de   notícias   e   informações   veiculadas   nas   mídias  

impressa  (jornais  e  revistas),  eletrônica  (TV  e  rádio)  ou  digital  (na  Internet,  em  

sites,   agências   de   notícias,   blogs   etc)   sobre   determinado   assunto.   O   material  

clipado  pode  ser  de  natureza  jornalística  ou  publicitária.  

A   seleção   de   notícias   e   informações   nos   veículos   de   imprensa   pode   ser  

feita   por   agências   especializadas   em   clipping   -­‐   e   que   prestam   serviço   para  

assessores  de  imprensa,  políticos,  empresários,  artistas  ou  demais  profissionais  –  

ou  pelas  próprias  assessorias  das  organizações.    

Antigamente,   o   clipping   era   feito   de   forma   manual,   quase   um   trabalho  

artesanal  de  recorte  e  colagem  de  informações  de  jornais  e  revistas.  Mas  com  o  

advento  da  Internet  e  das  mídias  online  esse  trabalho  foi  simplificado.    

Hoje,   o   ele   pode   ser   feito   e   transmitido   pela   Internet   ao   cliente,  

distribuído   dentro   da   organização   via   e-­‐mail   ou   publicado   em   sites   criados  

especificamente  com  a  finalidade  de  divulgá-­‐los  e  armazená-­‐los.    

Obedecendo  a  Lei  dos  Direitos  Autorais,  após  a  garimpagem,  as  matérias  

ou   anúncios   são   organizados   por   veículo,   emissora   e   programas,   analisados  

quantitativamente  e/ou  qualitativamente  e,  em  seguida,  disponibilizados  .    

 

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9.    Cronograma  

Abaixo se encontra o detalhamento da sequência de atividades para a

execução deste projeto durante o segundo semestre de 2012 e primeiro

semestre de 2013. O cronograma será submetido ao orientador no início da

orientação.

ATIVIDADES   J A S O N D J F M A M J Leituras  complementares   Entrevista  com  assessor   Mensuração  de  matérias  publicadas   Redação  do  capítulo  1   Concluir  o  texto  do  referencial  teórico   Analise  de  dados   Redação  dos  capítulos  2  e  3   Redação  da  conclusão  e  introdução   Revisão  ortográfica   Entrega  para  a  banca  

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Referências  bibliográficas  

Fontes  consultadas  

ALHO, Susana; NUNES, Cristina. Contributos do director de turma para a relação escola-família. Porto Alegre: Educação, 2009. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/5513/4010> Acesso em: 12 ago. 2009 BAHIA, Juarez. Introdução a Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995. CURVELLO, João José Azevedo. Comunicação Interna e Cultura Organizacional. São Paulo: Scortecci Editora, 2002. DUARTE, Jorge. Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia. Produtos e Serviços de uma Assessoria de Imprensa. São Paulo: Atlas, 2002. Federação Nacional dos Jornalistas. Manual de Assessoria de Comunicação. 4ª edição revista e ampliada. Brasília, 2007. KUNSCH, Margarida. Comunicação Organizacional. Histórico, fundamentos e processos. São Paulo: Saraiva, 2009. ______ . Relações Públicas e Modernidade. Novos paradigmas na Comunicação Organizacional. Summus, 1997. MARTINUZZO, José Antônio. Comunicação Organizacional: Um século de história no mundo e 50 anos no Espírito Santo. DIO, 2006. Disponível em: <http://www.overmundo.com.br/banco/comunicacao-organizacional-um-seculo-de-historia-no-mundo-e-50-anos-no-es> Acesso em: 15 abr. 2010 NEVES, José. Pesquisa Qualitativa – Características, Usos e Possibilidades. FEA-USP, 1996. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/c03-art06.pdf> Acesso em: 12 jun. 2009 O clipping como ferramenta estratégica de assessoria de imprensa. Disponível em: <http://www.esurp.edu.br/Vergetti_TCD3_clippingFERRAMENTAdeASSESSORIA.pdf > Acesso em: 14 nov. 2009 REGO, Francisco. Comunicação Empresarial/Comunicação Institucioanal: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986.

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Outras  fontes  a  consultadas  

BRAGA, Ryon. O Excesso de Informação – A Neurose do Século XXI. Disponível em: < http://www.mettodo.com.br/pdf/O%20Excesso%20de%20Informacao.pdf > Acesso em; 20 mar. 2010 COGO, Rodrigo. Repensando a Assessoria de Imprensa em tempo colaborativos. Disponível em: <http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_ver.asp?ID_COLUNA=119&ID_COLUNISTA=18 > Acesso em: 07 abr. 2010 LEAL, Renata. Dá para escapar da overdose de informação? Disponível em: < http://info.abril.com.br/noticias/internet/da-para-escapar-da-overdose-de-informacao-04022010-4.shl > Acesso em: 07 abr. 2010 MACIEL, Rosana. Clipping orienta decisões estratégicas no mundo corporativo. Disponível em: < http://blogdatemple.blogspot.com/2009/05/clipping-orienta-decisoes-estrategicas.html > Acesso em: 14 jan. 2010 OLIVEIRA, Tiago Mainieri. Apostar em Comunicação é estratégico? Disponível em: <http://www.comtexto.com.br/convicomartigotiagomainieri.htm > Acesso em: 16 mar. 2010 PANELLA, Cristina. Diagnóstico e Mensuração – Falta de tempo ou falta de método? Disponível em: <http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_ver.asp?ID_COLUNA=72&ID_COLUNISTA=36 > Acesso em: 07 abr. 2010 TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de Comunicação Organizacional e Política. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.