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1 Exemplos de questões para o 3º elemento escrito de avaliação. [Um novo Tempo da História, Parte 1, 11º Ano, pp 73 e 121] 3. Triunfo dos estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII 1. Explicar os princípios mercantilistas. 2. Enquadrar na teoria mercantilista: a) a política económica de Colbert; b) o conjunto de medidas encetado por Cromwel. 3. Distinguir entre o Mercantilismo francês, centrado nas manufaturas e o Mercantilismo inglês, centrado no comércio. 4. Reconhecer, nas práticas mercantilistas, modos de afirmação das economias nacionais.* 5. Identificar as áreas coloniais disputadas pelos Estados atlânticos. 6. Explicar a relação entre o domínio dos espaços coloniais e o equilíbrio político dos Estados europeus.* 7. Evidenciar a importância das inovações agrícolas para o sucesso económico inglês. 8. Mostrar o impacto do alargamento dos mercados na economia inglesa. 9. Sublinhar os progressos no sistema financeiro da Inglaterra. 10. Relacionar a criação do mercado nacional e o arranque industrial ocorridos em Inglaterra com a formação de novas estruturas económicas.* 11. Sintetizar as condições da hegemonia britânica. 12. Relacionar a adoção de medidas mercantilistas em Portugal com a crise comercial de 1670-92.* 13. Integrar estas medidas no modelo francês. 14. Explicar o retrocesso da política industrializadora portuguesa.* 15. Contextualizar a política económica pombalina.* 4. Construção da modernidade europeia 1. Comparar a atitude dos “aristotélicos” e dos “experimentalistas” perante o conhecimento. 2. Avaliar o impacto do método experimental no progresso da ciência. 3. Salientar os contributos dos principais cientistas dos séculos XVII e XVIII. 4. Fundamentar a expressão ”revolução científica”. 5. Explicar a designação de “lluminismo” dada ao pensamento da segunda metade do século XVIII. 6. Esclarecer as ideias-chave do pensamento político iluminista. 7. Avaliar o seu carácter revolucionário. 8. Distinguir os meios de difusão do pensamento das Luzes. 9. Relacionar o Iluminismo com a desagregação do Antigo Regime. 10. Valorizar o contributo dos progressos do conhecimento e da afirmação da filosofia das Luzes para a construção da modernidade europeia.* 11. Reconhecer, no despotismo iluminado, a fusão do pensamento iluminista com os princípios do absolutismo régio. 12. Integrar as medidas do Marquês de Pombal nos padrões do pensamento setecentista. * Aprendizagens estruturantes

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Exemplos de questões para o 3º elemento escrito de avaliação. [Um novo Tempo da História, Parte 1, 11º Ano, pp 73 e 121]

3. Triunfo dos estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII

1. Explicar os princípios mercantilistas. 2. Enquadrar na teoria mercantilista:

a) a política económica de Colbert; b) o conjunto de medidas encetado por Cromwel.

3. Distinguir entre o Mercantilismo francês, centrado nas manufaturas e o Mercantilismo inglês, centrado no comércio.

4. Reconhecer, nas práticas mercantilistas, modos de afirmação das economias nacionais.* 5. Identificar as áreas coloniais disputadas pelos Estados atlânticos. 6. Explicar a relação entre o domínio dos espaços coloniais e o equilíbrio político dos Estados

europeus.* 7. Evidenciar a importância das inovações agrícolas para o sucesso económico inglês. 8. Mostrar o impacto do alargamento dos mercados na economia inglesa. 9. Sublinhar os progressos no sistema financeiro da Inglaterra. 10. Relacionar a criação do mercado nacional e o arranque industrial ocorridos em Inglaterra com a

formação de novas estruturas económicas.* 11. Sintetizar as condições da hegemonia britânica. 12. Relacionar a adoção de medidas mercantilistas em Portugal com a crise comercial de 1670-92.* 13. Integrar estas medidas no modelo francês. 14. Explicar o retrocesso da política industrializadora portuguesa.* 15. Contextualizar a política económica pombalina.*

4. Construção da modernidade europeia

1. Comparar a atitude dos “aristotélicos” e dos “experimentalistas” perante o conhecimento. 2. Avaliar o impacto do método experimental no progresso da ciência. 3. Salientar os contributos dos principais cientistas dos séculos XVII e XVIII. 4. Fundamentar a expressão ”revolução científica”. 5. Explicar a designação de “lluminismo” dada ao pensamento da segunda metade do século XVIII. 6. Esclarecer as ideias-chave do pensamento político iluminista. 7. Avaliar o seu carácter revolucionário. 8. Distinguir os meios de difusão do pensamento das Luzes. 9. Relacionar o Iluminismo com a desagregação do Antigo Regime. 10. Valorizar o contributo dos progressos do conhecimento e da afirmação da filosofia das Luzes

para a construção da modernidade europeia.* 11. Reconhecer, no despotismo iluminado, a fusão do pensamento iluminista com os princípios do

absolutismo régio. 12. Integrar as medidas do Marquês de Pombal nos padrões do pensamento setecentista.

* Aprendizagens estruturantes

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[Caderno do Aluno, Um novo Tempo da História, 11º ano, pp 21 – 34]

Grupo I – Poder e políticas económicas nos séculos XVII e XVIII

Documento 1. Comércio e rivalidades internacionais Devido a esse conjunto de ideias vulgarizadas as diferentes nações da Europa, algumas sem muito êxito esforçaram-se por encontrar as maneiras possíveis de acumular ouro e a prata nos respetivos países[…] Foi com máximas deste teor que se ensinaram os povos a acreditar que o seu interesse consistia em arruinarem todos os vizinhos, acabando cada nação por lançar um olhar de inveja à prosperidade de todas as nações com que comerciava e por considerar como perda sua tudo”. aquilo que elas ganhavam. O comércio, que, por natureza, deveria ser para as nações, como para os indivíduos, um elo de concórdia e de amizade, tornou-se a mais fecunda fonte das querelas e das guerras.

Adam Smith, economista escocês, A Riqueza das Nações, 1776

1. No Documento 1, ao referir-se a um conjunto de “ideias vulgarizadas”, Adam Smith refere-se…

a) aos princípios do Absolutismo. b) à teoria mercantilista. c) ao sistema parlamentar. d) à teoria do exclusivo colonial.

2. Explique o que leva, no mesmo documento, o autor a considerar o comércio “fonte das querelas e

das guerras”.

Documento 2. Uma medida protecionista Pierre Guichard, comerciante da nossa cidade de Saint Quentin, tendo estabelecido na dita cidade uma manufatura de bombazinas e outros tecidos de algodão [...] nós permitimos-lhe o fabrico, na cidade e nos arredores [...] de todo o tipo de bombazinas e outros, tecidos de algodão ou de linho, proibindo qualquer outra pessoa de () incomodar, inquietar, imitar ou contrafazer as ditas bombazinas durante dez anos inteiros e consecutivos [...] e para lhe mostrar [a P. Guichard] como o estabelecimento da dita manufatura nos agrada e dar-lhe meios de a manter e aumentar, concedemos-lhe a soma de 12 000 libras [...]. Isentamos e isentaremos a casa onde viver da obrigação de alojar tropas e, para atrair à dita manufatura muitos operários, determinamos que os operários estrangeiros que trabalhem durante seis anos inteiros e consecutivos na dita manufatura sejam considerados naturais do reino e franceses.

Versalhes, fevereiro de 1671 Privilégio concedido ao Senhor Guichard para a manufatura de bombazinas de Saint-Quentin, em François

Cadilhon, “ob. cit.” 1 Talha: imposto direto que incide sobre os bens

3. Indique, com base no documento 2, 3 (três) privilégios concedidos a P. Guichard.

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Documento 3. Duas apreciações sobre Colbert

A – A opinião de Voltaire Sentimos hoje tudo quanto o ministro Colbert fez a bem do reino. Tinha a mesma exatidão que o duque de Sully[1] e vistas bem mais largas [...] e queria enriquecer a França e o povo [...]. Tinha chegado à gestão das finanças mercê da ciência e do génio. O maior erro que se lhe pode imputar é o de não ter ousado encorajar a exportação do trigo; é a única mancha no seu ministério, mas é grande.

Voltaire, O Século de Luís XIV, 1751

[1] Duque de Sully: Superintendente das Finanças em França no reinado de Henrique IV

B – A opinião de Adam Smith Infelizmente, este ministro tinha adotado os preconceitos todos do sistema mercantil; sistema essencialmente formalista e regulamentarista e que, por isso mesmo, não podia deixar de convir inteiramente a um homem laboriosa e totalmente devotado aos negócios, por muito tempo habituado a reger os diferentes departamentos da administração pública [...]. Procurou gerir a indústria e o comércio como se fossem os departamentos de um escritório.

Adam Smith, A Riqueza das Nações, 1776

4. Compara as duas opiniões sobre a obra de Colbert expressas no Documento 3.

5. Desenvolve o tema: Política económica e rivalidades imperialistas nos séculos XVII e XVIII.

Na tua resposta, aborda 3 aspetos de cada um dos seguintes tópicos:

Principais medidas adotadas pelo mercantilismo;

Importância dos espaços coloniais;

Conflitos político-económicos.

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Grupo II – A superioridade económica britânica

Documento 4. A nova agricultura A enclosure mais habilmente preparada e a margagem[1] mais vigorosa não bastariam por si próprias para assegurar a melhoria das terras; o inteiro êxito da empresa depende do sistema de rotação das culturas […]. O leitor compreenderá imediatamente [...] que pequenos rendeiros não poderão jamais efetuar melhorias à escala das de Norfolk A vedação, a margagem e a manutenção dum rebanho de carneiros suficientemente importante para permitir a pastagem (permitir o aproveitamento da folha de forragens) pertencem exclusivamente aos grandes proprietários.

Arthur Young, escritor e agrónomo inglês (1741-1820) A Volta à herdade

[1] Margagem – método de aplicação da marga (tipo de calcário) para regulação do pH dos solos

6. Esclarece o sentido de “enclousures” e de “rotação de culturas” no documento 4.

7. Explica porque é que, segundo o autor, a difusão dos enclosures tem de estar associada aos grandes

proprietários.

Documento 5. A nota de 5£ A história da nota de 5 libras remonta a mais de 200 anos atrás, a 1793.Uma crise comercial, que tinha começado no outono do ano anterior, juntamente com o efeito produzido no comércio pela declaração de guerra da França revolucionária a Inglaterra, em fevereiro de 1793, acentuou a necessidade de notas de pequenos montantes, nas quais o público tivesse confiança. Numa tentativa de reforçar o cerne do sistema bancário injetando-lhe bom papel-moeda, o Conselho dos Diretores do Banco de Inglaterra determinou, em 2 de abril de 1793 “…que na presente situação de crédito […] é conveniente o lançamento de notas de banco de 5 libras”

John Keyworth, The Bank of England £5 note, a brief history, Museu do Banco de Inglaterra

8. Explica a importância da emissão de notas pelo Banco de Inglaterra.

Documento 6. O transporte fluvial em 1790

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9. Indica 2 (duas) vantagens da rede de transportes fluviais inglesa no final do século XVIII.

Documento 7. As possessões britânicas após a Guerra dos 7 anos (1763)

10. Identifica, com base no Documento 7., 2 (duas) áreas comerciais relevantes para o comércio

colonial britânico. 11. Apresenta, sinteticamente, as condições da superioridade económica britânica expressas nos

Documentos 4 a 7.

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Grupo III – O arranque industrial

Documento 8. Petição dos artesãos de lanifícios de Yorkshire (1786) Aos Mercadores, Fabricantes de Panos e a todos aqueles que se empenham na produção manufatureira da Nação. É para todos evidente que as máquinas de cardar lã lançaram no desemprego milhares dos agora peticionários, lançando-os na miséria e tirando-lhes a capacidade de sustentarem as suas famílias, bem assim como a de colocarem os seus filhos como aprendizes no mesmo ofício. Vimos, por isso, pedir que as ideias feitas e o interesse individual sejam postos de lado e seja dada atenção aos factos que se seguem, já que a natureza deste assunto a merece. O número de máquinas de cardar que existe num raio de dezassete milhas para sudoeste de Leeds não é, seguramente, inferior a cento e setenta. Ora, cada máquina faz em doze horas o mesmo trabalho que doze homens fariam manualmente no mesmo tempo [...] pelo que, num cálculo simples, podemos estimar que cada máquina lança cerca de doze homens no desemprego. E como é possível estimar que o número de máquinas nos outros distritos da cidade é semelhante ao que existe no Sudoeste, cerca de quatro mil homens veem-se impedidos de ganhar a vida com o seu ofício. [...] Por esta razão, esperamos que os sentimentos humanitários levem aqueles que têm o poder de evitar o uso de tais máquinas a porem de lado o que tão gravemente prejudica o seu semelhante. Alguns dirão: aprendam outro ofício e dediquem-se a outro trabalho. Imaginemos que o fazíamos. Quem sustentaria as nossas famílias durante essa difícil aprendizagem? E como saberíamos se, quando a terminássemos, a situação melhoraria? Porque provavelmente aparecerá outra máquina que nos roubará o novo trabalho. [...] Temos esperança que estas coisas, olhadas com imparcialidade, pesem a nosso favor [...]

Assinado, em nome de milhares, por Joseph Hepworth, Thomas Lobley, Robert Wood, Thos. Blackburn Petição publicada num jornal de Leeds, o maior centro de lanifícios do Yorkshire, 1786

12. A petição do Documento 8. tem por objetivo…

a) impedir a aplicação da máquina a vapor à indústria. b) contestar a necessidade dos tecelões no desemprego aprenderem outro ofício. c) travar a mecanização da indústria de lanifícios. d) despertar sentimentos humanitários na população de Yorkshire.

13. Explica porque é que os peticionários tinham razão quando diziam “provavelmente aparecerá outra

máquina que nos roubará o novo trabalho”.

14. A Revolução Industrial… a) iniciou-se no século XVIII com a proteção de Colbert às manufaturas. b) foi desencadeada pelo sector metalúrgico e arrancou, no século XVIII, nos países europeus mais

desenvolvidos. c) arrancou no início do século XIX, em Inglaterra, com a invenção da máquina a vapor por James

Watt. d) arrancou na segunda metade de século XVIII, em Inglaterra, impulsionada pelo sector têxtil.

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Grupo IV – O grande comércio europeu

Documento 9. A importância dos mercadores Os agentes do mundo do comércio equiparam-se aos embaixadores do mundo da política: regulam os negócios concluem datados e estabelecem a necessária ligação entre os homens de regiões ricas do mundo, que se encontram separadas por mares e oceanos, ou que vivem nas extremidades de um mesmo continente. [.. .] Sinto-me deliciado quando me misturo com esses ministros do comércio, tão diferentes na forma de estar e na língua que falam. Por vezes infiltro-me num grupo de arménios; outras, perco-me numa multidão de judeus e outras ainda junto-me a um punhado de holandeses. Transformo-me num dinamarquês, num sueco, num francês, conforme as ocasiões e imagino-me como o velho filósofo que, tendo sido inquirido sobre a sua nacionalidade, respondeu que era um cidadão do mundo. […] Fico fascinado ao ver que este grupo de homens, trabalhando em prol da sua fortuna pessoal, promove ao mesmo tempo a riqueza pública [...] trazendo para os seus países o que eles necessitam e lavando tudo a que lhes sobeja. A Natureza parece ter tido especial cuidado em espalhar as suas bênçãos pelas diferentes regiões do mundo, de medo a favorecer as relações e o comércio entre os Homens. [...] Praticamente em todas as latitudes se produz algo peculiar. Frequentemente, a comida cresce num país e o molho noutro. Os frutos de Portugal são complementados pelos produtos de Barbados. A infusão da planta chinesa [chá] é adoçada pela seiva de cana indiana. As ilhas Filipinas dão o aroma aos cachimbos europeus. O simples vestuário de uma dama é, muitas vezes, produto de uma centena de climas. O regalo e o leque vêm de diferentes confins da Terra. A écharpe da zona tórrida, a estola de pele do longínquo polo, [...] o colar das entranhas do lndostão. Por estas razões, não há elementos mais úteis à sociedade do que os mercadores. São eles que ligam a Humanidade numa mútua troca de bons ofícios, distribuem os dons da Natureza, proporcionam trabalho aos pobres, aumentam a fortuna dos ricos e a magnificência dos grandes.

Opinião e impressões de Joseph Addison sobre os frequentadores do Bolsa de Londres e o comércio em geral. Em The Spectator (revista periódica inglesa], 1711

15. Enquadra a ideia geral do Documento 9. no alargamento do comércio europeu nos séculos XVII e

XVIII.

16. Esclarece o lugar ocupado pela Inglaterra nesse mesmo comércio europeu.

17. O relato de J. Addison ilustra… a) o tempo do mercantilismo porque se centra na atividade dos mercadores. b) a época do capitalismo comercial pois mostra o grande comércio como o motor da riqueza

particular e pública. c) a época do capitalismo comercial porque mostra o grande comércio mundial centrado em

Londres. d) O capitalismo industrial porque põe a tónica no lucro dos produtos industriais que chegam de

todas as partes do mundo.

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Grupo V – Portugal: a política industrializadora do último quartel do século XVII

Documento 10. Os males do Reino Diz-me Vª M.ce [1] que está lastimoso o comércio do Reino, porque as nossas mercadorias, por falta de valor não têm saca [2] e os estrangeiros, para se pagarem das que metem no Reino, levam o dinheiro. Mal é este que pede remédio pronto, porque, se continua, se perderão as Conquistas e o Reino: as Conquistas, porque a sua conservação é dependente do valor dos frutos que nelas se cultivam [...]; O Reino, porque o dinheiro é o sangue das Repúblicas, e sucede no corpo político com a falta de dinheiro o mesmo que sucede no corpo físico com a falta de sangue.

Duarte Ribeiro de Macedo, Discurso sabre a Introdução das Artes no Reino, 1675 [1] Vossa Mercê. [2]

Venda.

Documento 11. Contrato da fábrica das sedas celebrado com Rolando Duclos (1677) Ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil seiscentos e setenta e sete anos, aos cinco dias do mês de dezembro, na cidade de Lisboa; nos Paços do Príncipe Nosso Senhor, apareceu Rolando Duclos, e disse ao Senhor Conde da Ericeira […] que ele, por servir a S A. [1], queria contratar a fábrica e manufatura das sedas desta cidade para toda a sua vida e herdeiros, para cujo efeito, pelas grandes conveniências que da dita fábrica resultarão a este Reino, fora S. A. servido mandar-lhe emprestar vinte mil cruzados, sem interesses alguns, e juntamente dar-lhe dois mil cruzados de ajuda de custo, com obrigação de que, em termo de um ano havia de ter assentado, e correntes, cinquenta teares de fitas e outras várias sedas.

Cit. por Jorge Borges de Macedo, Problemas de História da Indústria Portuguesa no século XVIII [1] Sua Alteza

Documento 12. A lei Pragmática de 1698 LEI E PRAGMÁTICA por que V. Majestade há por bem declarar [1] as mais Pragmáticas que antecipadamente (se têm?) passado sobre a proibição de telas e outras sedas tecidas com ouro ou prata e fitas da mesma sorte [2], guarnições de vestidos e forma em que eles se devem fazer; e os lutos e funerais; e que se não possa andar em bestas e muares de sela, nem de sege [3], nem seges descobertas, nem em coches de seis bestas, tudo pela maneira que nesta lei se declara. [1] Confirmar. [2] Do mesmo tipo. [3] Tipo de carro para 2 pessoas.

18. Apresenta, partindo do Documento 10. as razões para o “lastimoso” estado do nosso comércio.

19. Refere, com base no Documento 11. a solução encontrada para resolver a situação a que alude

Duarte Ribeiro de Macedo.

20. No contexto económico em que foi promulgada, a Pragmática de 1698… a) tem por objetivo proteger a indústria nacional diminuindo as importações. b) destina-se a proibir o fabrico de sedas tecidas com ouro e outros produtos de luxo. c) tem por objetivo que o ouro do brasil se gaste na importação de tecidos caros. d) procura moralizar os costumes, proibindo o luxo excessivo da grande burguesia.

21. Demonstra o caráter mercantilista dos Documentos 10. a 12.

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Grupo VI – Do fim da crise comercial à política pombalina

Documento 13. Exportação de vinhos para Inglaterra

Exportação de vinhos para Inglaterra (valores médios por quinquénio

Anos Pipas (milhares)

1690-1694 11,1

1695-1699 11,3

1700-1704 15,9

1705-1709 17,0

1710-1714 14,3

1715-1719 22,8

1720-1724 25,4

1725-1729 27,1

1730-1734 22,1

1735-1739 25,4

1740-1744 25,6

1745-1749 26,2 Em José Mattoso (dir.), História de Portugal, Vol VI, Círculo de Leitores

Documento 14. Confidências de um inglês Todo o ouro deles, assim como açúcar e tabacos, são os lucros dos nossos industriais pelos produtos que lhes vendemos a crédito para serem pagos com o lucro do comércio com o Brasil. Três partes, em quatro, do trigo consumido neste país e todos os panos tingidos são importados de Inglaterra, de modo que isto explica por que é que esta gente vive para nós e não pode viver sem nós.

Um inglês em Lisboa, escrevendo em 1710, citado por Carl A. Hanson, Economia e Sociedade no Portugal Barroco

Documento 15. A obra económica do Marquês de Pombal A visão pombalina do Estado criou assim uma nova política económica para alterar a mentalidade e as capacidades de ação do país. Impunha-se diminuir a importação de bens de consumo, que oferecia bons lucros ao tráfego estrangeiro; criar novos centros de produção manufatureira; oferecer ao comércio indispensáveis bases de segurança e de rentabilidade; dirigir a mão de obra ociosa para atividades úteis; e fomentar a riqueza para benefício da comunidade. Ao Estado cabia encontrar meios eficazes para integrar a nossa economia no sistema mercantilista que então vigorava na Europa. Não era a liberdade de comércio o que convinha a um Portugal à procura de novos rumos, mas uma política de concentração económica em que a coroa apoiava a formação de companhias monopolistas. Sebastião de Carvalho pudera observar em Londres as vantagens de tal modelo que fizera da Inglaterra uma grande nação comercial e ultramarina.

Joaquim Veríssimo Serrão, “Marquês de Pombal, o homem e o estadista”, em João Medina (Dir.), História de Portugal, vol. VII, C.l.L.

22. Explica a evolução registada nas exportações dos vinhos portugueses para Inglaterra.

23. Identifica 3 (três) produtos que, em 1710, faziam a opulência do Brasil.

24. Partindo do Documento 14., apresenta 2 (duas) evidências da dependência económica portuguesa em relação à Inglaterra.

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25. O Marquês de Pombal… a) protegeu as manufaturas, criou companhias monopolistas de comércio e dignificou o estatuto

da burguesia. b) concedeu privilégios às manufaturas, criou a Companhia das Vinhas do Alto Douro e assinou

com a Inglaterra um tratado mais favorável a Portugal. c) reorganizou as manufaturas, publicou leis pragmáticas e aliviou as tarifas que pesavam sobre as

importações. d) Protegeu o comércio e as manufaturas, investiu na marinha de guerra e assinou um novo

tratado comercial com a Inglaterra.

26. Ordena cronologicamente, do mais antigo para o mais recente, os seguintes aspetos da economia portuguesa:

A Apropriação do ouro português pelo mercado britânico.

B Política manufatureira do Conde da Ericeira.

C Política mercantilista do Marquês de Pombal.

D Tratado de Methuen.

E Crise económica do final do século XVII.

F Abandono da política manufatureira do Conde da Ericeira.

27. Desenvolve o seguinte tema:

A economia portuguesa: do fracasso da política manufatureira do Conde da Ericeira à ação do Marquês de Pombal.

Deves abordar na tua resposta os seguintes tópicos, recorrendo aos Documentos 13. a 15:

Fatores que condicionam o abandono do esforço manufatureiro do Conde da Ericeira;

Apropriação do ouro brasileiro pelo mercado britânico;

Linhas de força da política económica do Marquês de Pombal.

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Grupo VII – Novos conhecimentos

Documento 16. “Que importa…” Que importa que Aristóteles, ou todos os Filósofos da Grécia dissessem que o ar era leve, se estou vendo experiências que provam que é pesado? Que importa que digam que a luz é uma qualidade distinta de todo o corpo, se me mostram efeitos que me obrigam a dizer que é um corpo? Que importa que os Escolásticos afirmem que a organização de um vivente são acidentes que resultam da forma substancial [...] se eu vejo que a circulação do sangue e outros humores mostra distintamente que o corpo do animal é uma máquina hidráulica maravilhosa, a qual pode viver muito bem sem alma inteligente, e cuja vida em nada depende do conhecimento? Certamente que de não considerar assim o corpo nascem todos os enganos; e depois que, postas de parte as preocupações, começaram a considerar o corpo humano como é em si, e examiná-lo mediante as leis do movimento, têm-se descoberto coisas que se ignoravam.

Luís António Verney, Verdadeiro Método de Estudar, 1746

28. Identifica o tipo de conhecimentos que o documento põe em causa. 29. No Documento 16. a expressão “preocupações” refere-se à preocupação de…

a) não conduzir devidamente as experiências e chegar a conclusões erradas. b) ao contrariar o saber estabelecido, incorrer no descrédito do mundo académico e até em

sanções das autoridades. c) que as observações conduzissem a hipóteses que contrariassem as afirmações de todos os

filósofos da Grécia. d) caso as observações não fossem bem conduzidas, se perderem o patrocínio dos príncipes e os

cargos nas universidades. 30. Com base no texto, demonstra que o autor defende o método experimental.

Grupo VIII – A ciência nos séculos XVII e XVIII: avanços e bloqueios

Documento 17. Carta de Galileu Há já muitos anos que me converti à doutrina de Copérnico, graças à qual descobri as causas de um grande número de fenómenos naturais, os quais, sem dúvida, a teoria mais comum não pode explicar. Escrevi já muitas considerações sobre esta matéria, argumentações e refutações que, até hoje, não ousei publicar, atemorizado pelo exemplo do próprio Copérnico, nosso mestre, que, se granjeou uma glória imortal junto de alguns, se expôs (tão grande é o número de idiotas!) à zombaria e ao ridículo de muitos outros.

Carta de Galileu ao astrónomo Kepler, escrita em 4 de agosto de 1597

Documento 18. Compreender o Universo Afilosofia [o conhecimento da Natureza] está escrita neste livro imponente, o Universo, que se mantém continuamente aberto ao nosso olhar. Mas o livro não pode ser entendido a menos que primeiro se aprenda a compreender a linguagem e a ler o alfabeto com que é composto. Está escrito na linguagem da matemática. e os seus caracteres são triângulos, círculos e outras figuras geométricas, sem os quais é humanamente impossível compreender uma única palavra; sem eles, vagueia-se num labirinto, às escuras.

Galileu Galilei (1564-1642)

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Documento 19. Luís XIV visita a Academia das Ciências

Gravura da época

31. A “teoria mais comum” a que Galileu se refere no Documento 17. é…

a) o antropocentrismo. b) o heliocentrismo. c) o teocentrismo. d) o geocentrismo.

32. Apresenta, com base nos Documentos 17. e 18. dois contributos de Galileu para o conhecimento

científico.

33. A partir do Documento 19., refere o papel das Academias nos meios científicos dos séculos XVII e XVIII.

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Grupo IX – Ideais do Iluminismo

Documento 20. Um templo à Razão

A Montanha da Razão, projeto do final do século XVIII para a construção de um templo subterrâneo dedicado à

Razão, em Bordéus.

Documento 21. A autoridade política Nenhum homem recebeu da Natureza o direito de comandar os outros. A liberdade é um presente do céu, e cada indivíduo da mesma espécie tem o direito de gozar dela logo que goze da Razão.[…] Toda outra autoridade [que não a paterna] vem duma outra origem, que não é a da Natureza. Examinando-a bem, sempre se a fará remontar a uma destas duas fontes: ou a força e a violência daquele que dela se apoderou; ou o consentimento daqueles que lhe são submetidos, por um contrato celebrado ou suposto entre eles e aquele a quem conferem a autoridade.

Denis Diderot, artigo Autoridade Política, em Enciclopédia, 1751–1780

Documento 22. A pluralidade de religiões

É errado dizer-se que não é do interesse do príncipe suportar várias religiões no seu estado. Mesmo que

todas as seitas do Mundo ali viessem reunir-se, isso não lhe traria qualquer prejuízo porque não há uma

que não prescreva a obediência e não pregue a submissão.

Confesso que a História está cheia de guerras de religião. Mas, que se tenha bem em atenção, não foi a

multiplicidade de religiões que originou essas guerras, foi o espírito de intolerância [...].

[...] Aquele que quer fazer-me mudar de religião só o faz, sem dúvida, porque não trocaria a sua, quando

a isso quisessem forçá-lo: acho portanto estranho que me obrigue a uma coisa que ele próprio não faria,

nem pelo império do mundo.

Montesquieu, Cartas Persas, 1721

34. Esclarece, a partir do Documento 20. o significado do termo “Razão”. 35. Indica 2 (dois) ideais do pensamento iluminista presentes no texto de Diderot.

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36. Faz corresponder os conceitos apresentados na coluna A às definições que constam na coluna B.

A B

a) Racionalismo

b) Iluminismo

c) Direito Natural

d) Soberania popular

1. Teoria política que defende que o poder pertence ao Povo que o delega nos governantes.

2. Teoria política do século XVIII que defende que só a Luz da Razão permitirá ao Povo escolher um governo justo.

3. Convicção que só através da Razão se chega ao conhecimento e à verdade.

4. Expressão utilizada para designar o conjunto de regras que asseguram o respeito pelos direitos conferidos ao Homen pela Natureza.

5. Corrente filosófica do século XVIII que se caracterizou pela confiança nas capacidades rfacionais do Homem e pela crítica à ordem estabelecida.

6. Direito que os soberanos naturalmente têm de exercer um poder que respeite as leis e os costumes.

7. Teoria que obriga o soberano escolhido por Deus a governar para o bem do Povo.

37. Desenvolve o seguinte tema: O ideário das Luzes.

A tua resposta deve abordar, pela ordem que quiseres, os seguintes tópicos de desenvolvimento:

crença no valor da Razão;

ideais e propostas políticas (apresente três);

atitudes religiosas. A tua resposta deve integrar, para além dos teus conhecimentos, os dados disponíveis nos Documentos 20. a 22.

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Grupo X – Meios de difusão das ideias

Documento 23. Os meios intelectuais em Paris A vida das gentes de letras é um dos aspetos sobre o qual posso facilmente dar indicações. Ao chegar aqui, estava ansioso de as encontrar não só porque tinha curiosidade em conhecer as pessoas cujos escritos me tinham dado tanto prazer, mas também para me inteirar o suficiente, de forma a poder responder às questões que viessem a fazer-me. Imaginava encontrá-las fechadas no seu gabinete, ocupadas a coligir materiais, a meditar, a escrever, a rever. Muito longe disso! [...] Interroguei sobre o assunto um homem muito conhecido da República das Letras [1]: Quem é que desejais ver?”; perguntou-me. Nomeei duas ou três pessoas. [...] “Precisais de frequentar a casa de Madame..., às quartas-feiras, onde encontrareis...” “Mas não quero vê-los socialmente, não poderei conversar com eles no seu gabinete?” “No seu gabinete?, admirou-se, não passam aí mais do que três ou quatro horas por dia e fecham-se tão bem que será impossível abordá-los. É nas casas que podemos encontrá-los; é aí que se disserta, que o espírito desabrocha; numas reinam os gracejos, noutras a seriedade, aqui endeusa-se Fontenelle, ali Montesquieu, acolá Voltaire [...]”

Carta de um dinamarquês em visita por Paris, publicada no jornal “Mercúrio Dinamarquês” em outubro de 1757 [1] Comunidade de intelectuais unidos pela defesa dos mesmos valores e pela partilha dos seus escritos.

Documento 24. Um café em Londres

Um café londrino no século XVIII, pormenor de uma imagem da época (British Museum)

Documento 25. Homenagem aos enciclopedistas

A gravura homenageia os autores da Enciclopédia organizados em torno de Diderot e D’Alembert

38. Identifica os espaços de sociabilidade a que se refere o Documento 23.

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39. Mostra, usando dois aspetos do mesmo texto, o impacto dos filósofos iluministas nos meios intelectuais da época.

40. Com base no Documento 24., realça a importância dos cafés como meio de difusão do pensamento.

41. Partindo do Documento 25., explica:

a razão de uma homenagem aos Enciclopedistas;

o realce dado às figuras de Diderot e D’Alembert.

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Grupo XI – A influência das Luzes

Documento 26. Determinações de um Déspota Esclarecido

Decidi, desde o início do meu reinado, adornar a minha coroa com o amor do meu povo, atuar na

administração do meu reino de acordo com princípios justos, imparciais e liberais; consequentemente,

concedi tolerância e eliminei o garote garrote que oprimiu os protestantes durante séculos [1].

De futuro, o fanatismo será conhecido nos meus estados apenas pela malquerença [2] que lhe dedico;

ninguém mais voltará a ser perseguido por causa do seu credo; nenhum homem será, no futuro,

obrigado a professar a religião do Estado, se esta for contrária às suas convicções. [...]

A tolerância é um efeito dos benefícios trazidos pelo progresso do conhecimento, que ilumina hoje a

Europa e que se deve à filosofia e aos esforços de grandes homens; é uma prova convincente do

melhoramento do espírito humano, que ousadamente rompeu os domínios da superstição [...] e que,

para felicidade do género humano, se tornou o leme dos monarcas.

José II, imperador da Áustria (1741-1790), em Cartas de José II. [1] Refere-se ao Édito de Tolerância, promulgado em 1781. [2] Ódio.

42. A designação “déspota esclarecido atribuía-se aos soberanos…

a) do século XVIII que, governando de forma absolutista, imitavam o Rei-Sol Luís XIV. b) do século XVIII que, mantendo todo o poder dos reis absolutos, procuravam governar para bem

do povo, segundo ideais do Iluminismo. c) dos séculos XVII e XVIII que seguiam os princípios dos filósofos iluministas, trabalhando para o

progresso e bem-estar do seu povo. d) dos séculos XVII e XVIII que governavam despoticamente através de um ministro todo-

poderoso que seguia as ideias iluministas.

43. Identifica, citando o documento, três ideias da filosofia iluminista patentes no texto de José II.

44. No último parágrafo do texto, a expressão “grandes homens”, entre outros vultos do pensamento e da ciência, designa: a) os iluministas, especialmente Voltaire. b) os iluministas, em especial Rousseau. c) os enciclopedistas, em especial Bossuet. d) os déspotas iluminados.

Grupo XII – O Despotismo Esclarecido em Portugal

Documento 27. Determinações de um Déspota Esclarecido O período de governo que mediou até ao terramoto de 1755 traduziu-se num arrumar de casa perante a inoperância a que chegara, no fim do reinado, a administração joanina. A mão do Secretário de Estado fez-se sentir em vários domínios do reino e do ultramar, em matérias de política, de fazenda e de justiça acompanhada de um labor legislativo em muitos pontos inovador.

João Medina (dir.), História de Portugal, Vol. VII, C. 1. Livro

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Documento 28. A questão dos Jesuítas

Frontispício da obra Doutrinas da Igreja Sacrilegamente Ofendidas pelas Atrocidades da Moral Jesuíta. Em letras mais pequenas, expressa-se o objetivo da obra: “Para servirem de correção aos abomináveis erros, e execrandas impiedades daquela pretendida Moral, inventada pela Sociedade Jesuítica para a conquista e destruição de todos os Reinos e Estados soberanos.”

Documento 29. A questão dos Jesuítas Ainda que no gabinete de História Natural [1] se incluam as produções do reino vegetal; como porém não podem ver-se nele as plantas senão os seus cadáveres secos macerados e embalsamados, será necessário, para complemento da mesma História, o estabelecimento d'um jardim botânico, no qual se mostrem as plantas vivas; Pelo que: no lugar, que se achar mais próprio e competente nas vizinhanças da Universidade, se estabelecerá logo o dito Jardim; para que nele se cultive todo o género de plantas; e particularmente aquelas das quais se conhecer ou se esperar algum, préstimo na Medicina, e nas outras artes.

Determinação para que se crie o jardim Botânico de Coimbra, 1772 [1] Ciências Naturais.

Documento 30. O Marquês junto a um quadro de Lisboa

Quadro representando o Marquês de Pombal, pintado por Van Loo, executado em 1776.

45. Dê um exemplo concreto do “arrumar de casa” a que se refere o historiador João Medina

(Documento 27.)

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46. A decisão de criar um jardim botânico em Coimbra (Documento 29.) prende-se: a) com a reforma da Universidade, orientada por critérios experimentalistas. b) com a decadência do gabinete de História Natural, onde os espécimes botânicos se

encontravam secos e macerados. c) com o projeto de criar um laboratório onde se procedesse à pesquisa de medicamentos

utilizáveis na Medicina. d) com o encerramento da universidade de Évora, em virtude da expulsão dos Jesuítas, onde

existia o único Jardim botânico do pais. 47. Identifica, no quadro de Van Loo, os elementos que se reportam à reconstrução de Lisboa. 48. Desenvolve o tema:

O projeto pombalina de inspiração iluminista. A tua resposta deve abordar, pela ordem que entender, dois aspetos de cada um dos seguintes tópicos de desenvolvimento:

reforço do poder do Estado;

projeto urbanístico de Lisboa;

reforma do ensino. A resposta deve integrar, para além dos teus conhecimentos, os dados disponíveis nos Documentos. 27. a 30.