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Exercícios - D. Processual Penal (execução penal e medidas cautelares)

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 Um dos maiores especialistas em

Concursos Públicos do País

Wander Garcia

concursosJurÍDIcos!

em

 

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atualização 01julho/2011

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l 12.403/11 – Prisão e Medidas Cautelares

l 12.433/11 – Execução Penal

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4. De Pcessal Penal – Aalaçã nº 1

Eduardo Dompieri

4.12. P, Mdd C Lbdd

Pvó

(Magistratura/AL – 2007 – FCC) Em matéria de prisão, éINCORRETO armar que, conforme dispõe o Códigode Processo Penal,

(A) nas infrações permanentes, entende-se o agenteem agrante delito enquanto não cessar a perma-nência.

(B) não será concedida ança nos crimes punidoscom reclusão em que a pena aplicada for igualou inferior a 2 (dois) anos.

(C) em qualquer fase do inquérito policial ou dainstrução criminal, caberá a prisão preventiva,decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento doMinistério Público ou do querelante, ou medianterepresentação da autoridade policial.

(D) a autoridade policial somente poderá conceder ança nos casos de infração punida com detençãoou prisão simples.

(E) o juiz poderá revogar a prisão preventiva se veri-car a falta de motivos para que subsista, bemcomo de novo decretá-la, se sobrevierem razõesque a justiquem.

A: art. 303 do CPP; B: com o advento da Lei 12.403/11, o panorama

da ança mudou sobremaneira no Código de Processo Penal. As

vedações que antes havia no art. 323 do CPP não mais existem.Doravante, a ança terá lugar em qualquer crime (exceção àquelesem relação aos quais a CF/88 veda a ança e o próprio art. 323 tratoude listar), e o valor será estabelecido de forma proporcional à gravi-dade do crime e também à situação econômica do indiciado/réu; C:também por força da Lei 12.403/11, a redação do art. 311 do CPP foimodicada. A prisão preventiva continua a ser decretada em qualquerfase da investigação policial ou do processo penal, mas o juiz, queantes podia determiná-la de ofício também na fase de inquérito,somente poderá fazê-lo, a partir de agora, no curso da ação penal.É dizer, para que a custódia preventiva seja decretada no curso dainvestigação, somente mediante representação da autoridade policialou a requerimento do Ministério Público; D: outra novidade trazida

pela Lei 12.403/11 é que a autoridade policial, agora, pode arbitrarança em qualquer infração penal cuja pena máxima cominada nãoseja superior a quatro anos (reclusão ou detenção). Pela redaçãoanterior do art. 322 do CPP, o delegado somente estava credenciadoa arbitrar ança nas contravenções e nos crimes apenados comdetenção; E: art. 316 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Magistratura/DF – 2007) A prisão temporária não éadmissível:

(A) nos crimes contra o sistema nanceiro;

(B) no crime de terrorismo;(C) no crime de epidemia com resultado de morte;(D) nenhuma das alternativas acima (A, B, C) é cor-

reta.

Art. 1º, III, da Lei 7.960/89.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/GO – 2009 – FCC) A prisão preventiva

(A) pode ser decretada como garantia da ordempública, mas não da econômica.

(B) é obrigatória no caso de réu citado por edital eque não constituiu defensor, nos termos do art.

366 do Código de Processo Penal.(C) não admite revogação por excesso de prazo para

o término da instrução, medida cabível apenaspara o relaxamento de agrante.

(D) não é cabível se houver apresentação espontâneado acusado à autoridade.

(E) pode recair sobre acusado primário e de bonsantecedentes.

A: art. 312 do CPP; B: não há que se falar em prisão preventivaobrigatória, automática. Somente será decretada se necessária aoprocesso. A mera ausência do réu ao interrogatório não é motivo

bastante a justicar a decretação de sua custódia preventiva, quesomente será determinada se presentes os requisitos dos arts. 312e 313 do CPP; C: a prisão preventiva também pode ser relaxadapor excesso de prazo para o término da instrução; a revogaçãose opera na hipótese do art. 316 do CPP; D: o art. 317 do CPP,que previa a apresentação espontânea do acusado, foi revogadopela Lei 12.407/11; E: ainda que se trate de acusado primário e debons antecedentes, em seu desfavor pode ser decretada a custódiapreventiva, desde que preenchidos os requisitos a que alude o art.312 do CPP. 

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Magistratura/MG – 2009 – EJEF) Marque a alternativaCORRETA. A liberdade provisória pode ser concedida

no caso de:(A) Prisão em agrante.(B) Prisão preventiva.(C) Prisão em agrante viciado.(D) Prisão temporária.

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EDuArDo DoMPiEri

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O art. 310 do CPP, com a redação alterada pela Lei 12.403/11, impõeao magistrado, quando do recebimento do auto de prisão em agrante,o dever de manifestar-se fundamentadamente acerca da prisão quelhe é comunicada. Pela novel redação do dispositivo, abrem-se parao juiz as seguintes opções: se se tratar de prisão ilegal, deverá o juizrelaxá-la e determinar a soltura imediata do preso; se a prisão estiverem ordem, deverá o juiz, desde que entenda necessário ao processo,converter a prisão em agrante em preventiva, sempre levando-se em

conta os requisitos do art. 312 do CPP. Ressalte-se que, tendo em vistao postulado da proporcionalidade , a custódia preventiva somenteterá lugar se as medidas cautelares diversas da prisão revelarem-seinadequadas. Disso inferimos que a prisão em agrante perdeu suaautonomia, já que não mais poderá perdurar até o nal do processocomo modalidade de prisão cautelar; poderá, por m, o juiz concedera liberdade provisória, com ou sem ança, substituindo, assim, aprisão em agrante. Daí podemos armar que, neste novo panorama,a prisão em agrante poderá ser substituída pela liberdade provisória,que constitui um sucedâneo seu, ou mesmo pela prisão preventiva,dado que o infrator não poderá permanecer preso provisoriamente,como antes ocorria, “em agrante”, já que agora somente há duasmodalidades de prisão processual: preventiva e temporária. A prisão

em agrante deixa de ter natureza processual. Deixa de constituirmodalidade de prisão cautelar.   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/MG - 2007) Marque a alternativa INCOR-RETA. O acusado NÃO poderá recorrer, validamente,à garantia da inviolabilidade domiciliar quando setratar de:

(A) prisão preventiva ordenada por autoridade com-petente e efetivada durante o dia.

(B) prisão temporária ordenada por autoridade com-petente e efetivada durante o período noturno,depois de colhido o consentimento do morador.

(C) prisão decorrente de sentença condenatória quetransitou em julgado, independentemente dohorário de sua efetivação.

(D) prisão decorrente de sentença de pronúnciaefetivada durante o dia, independentemente doconsentimento do morador.

Art. 283 do CPP e art. 5º, XI, da CF.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/MG - 2006) No processo penal, o Juiz, deofício, NÃO pode:

(A) decretar a prisão preventiva;(B) proceder à vericação da falsidade;(C)

revogar a reabilitação;(D) decretar a prisão temporária.

A: dada a modicação implementada no art. 311 do CPP, nãomais pode o juiz decretar a prisão preventiva de ofício no curso dainvestigação policial, somente podendo fazê-lo no decorrer da açãopenal; B: art. 147 do CPP; C: art. 95 do CP; D: art. 2º, caput , da Lei7.960/89.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/MG - 2006) Quanto à prisão, é INCORRETOarmar que:

(A) ainda que o crime seja inaançável, não pode aautoridade policial telefonar à outra, de diferentecircunscrição, solicitando a prisão de alguém,anunciando que tem em mãos um mandado deprisão emitido pela autoridade competente;

(B) enquanto não sobrevier sentença condenatória,nas infrações penais comuns, o Presidente daRepública não estará sujeito à prisão;

(C) o cidadão que efetivamente tenha exercido afunção de jurado tem direito à prisão especialantes da condenação denitiva, mesmo depoisde ter sido excluído da lista de jurados, salvo sea exclusão se deu por incapacidade moral ouintelectual para o exercício da função;

(D) quando se tratar de uma organização criminosa,

a autoridade policial pode retardar a realizaçãoda prisão em agrante de seus membros, desdeque mantidos sob observação e acompanha-mento para que a medida legal se concretizeno momento mais ecaz do ponto de vista daformação de provas e fornecimento de informa-ções.

A: art. 299 do CPP (com redação modicada pela Lei 12.403/11); B:art. 86, § 3º, da CF; C: art. 295, X, do CPP; D: art. 2º da Lei 9.034/95.É o chamado agrante retardado ou diferido .

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/MS – 2008 – FGV) Quais os tipos de prisões

cautelares que existem no ordenamento processualpenal brasileiro?

(A) Temporária, administrativa, preventiva e decor -rente de pronúncia.

(B) Flagrante, temporária, preventiva e decorrente desentença (ou acórdão) condenatória recorrível edecorrente de pronúncia.

(C) Preventiva, temporária, decorrente de pronúnciae decorrente de sentença (ou acórdão) condena-tória recorrível.

(D) Flagrante, temporária, administrativa, preventiva,

decorrente de sentença (ou acórdão) condenató-ria recorrível, decorrente de pronúncia.(E) Temporária, preventiva, decorrente de sentença

(ou acórdão) condenatória recorrível e decorrentede pronúncia.

com o advento da Lei 12.403/11, instaurou-se uma nova realidade.A prisão em agrante deixou de constituir modalidade de prisãocautelar (processual ou provisória). Passamos a contar, a partir deentão, com duas modalidades de prisão cautelar, a saber: prisão 

preventiva e prisão  temporária . Só para lembrar: a prisão decor- 

rente de pronúncia e a prisão decorrente de sentença recorrível  

deixaram de integrar o rol das prisões processuais com a entrada

em vigor das Leis 11.689/08 e 11.719/08.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Magistratura/MS – 2008 – FGV) Qual dos elementos abaixonão está previsto no art. 312 do Código de ProcessoPenal como um dos requisitos para a decretação daprisão preventiva?

(A) Quando necessária para assegurar a aplicaçãoda lei penal.

(B) Quando conveniente para a instrução criminal.(C) Quando imprescindível para apaziguar o clamor 

público.(D) Quando houver prova da existência do crime e

indício suciente de autoria.(E) Quando necessária para garantir a ordem econô-

mica.

O clamor público , por si só, além de não estar inserto no art. 312do CPP, não é apto a justicar a prisão preventiva.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL AtuALizAÇÃo Nº 1

(Magistratura/MT – 2009 – VUNESP) Dentro de 24h (vinte equatro horas) depois da prisão, será encaminhadoao juiz competente o auto de prisão em agranteacompanhado de todas as oitivas colhidas e, casoo autuado não informe o nome de seu advogado,cópia integral para

(A) a Defensoria Pública.

(B) o Ministério Público.(C) a Procuradoria Geral do Estado.(D) a Ordem dos Advogados do Brasil.(E) a Procuradoria Geral da União.

Art. 306, § 1º, do CPP (dispositivo com redação modicada pela Lei12.403/11)

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/PA – 2009 – FGV) Manoela de Jesus foi presaem agrante, quando estava em sua casa assistindoà televisão, porque supostamente teria jogado umbebê recém nascido no rio. Os responsáveis pelaprisão foram dois policiais civis que realizavam dili-

gências no local a partir de uma denúncia anônima.Ao realizar a prisão os policiais identicaram Manoelaa partir da descrição fornecida pela denúncia anô-nima. A esse respeito, assinale a alternativa correta.

(A) Trata-se de agrante próprio, previsto no art. 302,I, do Código de Processo Penal.

(B) Trata-se de agrante próprio, previsto no art. 302,II, do Código de Processo Penal.

(C) A prisão é ilegal, pois não está presente nenhumadas situações autorizadoras da prisão em a-grante.

(D) Trata-se de agrante presumido, previsto no art.

302, IV, do Código de Processo Penal.(E) Trata-se de agrante impróprio, previsto no art.

302, III, do Código de Processo Penal.

Manoela não foi presa no momento em que cometia ou quando aca-bava de cometer o crime a ela atribuído. Se assim fosse, estaríamosdiante do chamado agrante próprio, real ou perfeito , presente noart. 302, I e II, do CPP. Da mesma forma, não é o caso do chamadoagrante impróprio, imperfeito  ou quase-agrante , em que osujeito é perseguido, logo após, em situação que faça presumir sero autor da infração (art. 302, III). Manoela sequer foi perseguida.Também não se está diante do denominado agrante cto ou pre- 

sumido (art. 302, IV), em que o agente, sem ter sido perseguido,

é encontrado depois do crime na posse de instrumentos, armas,objetos ou papéis em circunstâncias que revelem ser ele o autor dainfração penal. Manoela, ao ser presa em sua residência, não estavana posse de nenhum instrumento que a ligasse ao crime que a elafoi imputado. Assim, ausente qualquer das situações autorizadorasda prisão em agrante, a detenção de Manuela é ilegal.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/PA – 2008 – FGV) Preso em agrante, Jota éacusado da prática de crime de furto tentado. Jotatem vinte e três anos de idade. Juntando prova daprimariedade do acusado, assim como de residênciae bons antecedentes, a Defesa requer a liberdadeprovisória do réu, que é negada ao argumento de que

Jota, quando era adolescente, praticara outro furto,pelo qual cumprira medida socioeducativa. A esserespeito, assinale a alternativa correta.

(A) A decisão judicial viola o princípio da presunçãode inocência e não se caracteriza, também, pela

homogeneidade que constitui elemento das medi-das cautelares privativas de liberdade.

(B) A decisão judicial viola a regra que não admiteprisão em agrante em infração penal de menor potencial ofensivo.

(C) A decisão judicial está devidamente fundamen-tada na garantia da ordem pública e deve ser 

mantida.(D) A decisão judicial viola a regra que determina queem semelhante hipótese não se dispensa a préviadecretação da prisão temporária do acusado.

(E) A decisão judicial está correta porque se trata decrime equiparado a hediondo.

Art. 5º, LVII e LXVI, da CF.   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/PR – 2010 – PUC/PR) Sabemos que o institutoda prisão e da liberdade provisória tem sido objeto demuito debate e aprofundamento do tema no mundo

 jurídico. Diante dessa matéria, analise as questões

e marque a alternativa CORRETA.I. João Tergino roubou uma agência do Banco do

Brasil no centro de Curitiba. Perseguido, passoupara o município de Araucária, e, nesta cidade,fora preso em agrante delito. Sendo apresen-tado imediatamente à autoridade local, nãopoderá ser autuado em agrante em Araucária,pois o crime ocorreu em Curitiba, para ondedeve ser encaminhado nos termos do Códigode Processo Penal e pela teoria do resultado.

II. Considera-se em agrante presumido quem éperseguido, logo após, pela autoridade, pelo

ofendido ou por qualquer pessoa, em situaçãoque faça presumir ser autor da infração.

III. Em qualquer fase do inquérito policial ou dainstrução criminal, caberá a prisão temporáriadecretada pelo juiz, de ofício, a requerimento doMinistério Público, ou do querelante, ou medianterepresentação da autoridade policial.

IV. A apresentação espontânea do acusado àautoridade não impedirá a decretação da prisãopreventiva nos casos em que a lei a autoriza.

(A) Apenas a assertiva IV está correta.(B) Apenas as assertivas II e III estão corretas.(C) Apenas as assertivas I e II estão corretas.(D) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.

I: arts. 290 e 304, § 1º, do CPP. Terá atribuição para a lavratura doauto de prisão em agrante a autoridade policial da circunscriçãoonde foi efetuada a prisão, e não a do local do delito; II: inexiste, noagrante presumido (art. 302, IV), perseguição; neste, o agente,logo depois de praticar o crime, é surpreendido com instrumentos,armas, objetos ou papéis que revelem ser ele o autor da infração.A perseguição se dá no agrante impróprio (art. 302, III); III: acustódia temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz,que deverá determiná-la diante da representação formulada pela

autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público – art.2º, caput , da Lei 7.960/89. Além disso, conforme preleciona oart. 1º, I, desta lei, trata-se de modalidade de prisão provisóriadestinada a viabilizar as investigações acerca de crimes durante afase de inquérito policial; IV: o art. 317 do CPP foi revogado pelaLei 12.403/11.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

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EDuArDo DoMPiEri

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(Magistratura/RS – 2003) Por ter Antônio difamado-o,Manoel ingressou com ação penal privada por crimede difamação , requerendo, além da condenação,sua prisão preventiva. Antônio, empresário conhe-cido na cidade, já responde a outros 6(seis) proces-sos pela prática dos crimes dos arts. 129, caput , doCódigo Penal (três) e 139 do Código Penal (três),

tendo sido, no dia anterior ao pedido, condenado por um deles. Pode o Juiz decretar a prisão?

(A) sim, porque a soma das penas máximas dos 6(seis) delitos. Imputados era igual a 6(seis) anos,e ele já estava condenado.

(B) não, porque se tratava de ação penal privada.(C) sim, porque o querelado já responde a 6(seis)

processos por crime doloso.(D) não, porque o querelado era pessoa conhecida e

trabalhava na comunidade.(E) sim, porque o querelado era uma pessoa agres-

siva e difamadora.Trata-se de delito de menor potencial ofensivo, cuja sanção porven-

tura imposta não acarretará a pena de prisão.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/SC – 2008) Conforme a Lei Maria da Penha:

(A) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei especíca,não é cabível a decretação da prisão preventiva,considerando que os crimes são punidos compena de detenção.

(B) Se o crime envolver violência doméstica e familiar 

contra a mulher, nos termos da lei especíca, am de garantir a execução das medidas protetivasde urgência, apenas será admitida a decretaçãoda preventiva se o caso versar sobre crime dehomicídio.

(C) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei especíca, am de garantir a execução das medidas protetivasde urgência, será admitida a decretação da prisãopreventiva.

(D) Se o crime envolver violência doméstica e familiar 

contra a mulher, nos termos da lei especíca, am de garantir a execução das medidas protetivasde urgência, somente será admitida a decretaçãoda prisão preventiva se houver a aproximação doagente em relação àquela.

(E) Todas as alternativas estão incorretas.

O art. 313, IV, do CPP, que disciplinava a matéria, foi revogado.A Lei 12.403/11 alterou a redação do art. 313, III, do CPP e esta-

beleceu que, na hipótese de o crime envolver violência domésticae familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermoou pessoa com deciência, será admitida a decretação da prisãopreventiva, desde que para assegurar a execução das medidas

protetivas de urgência. Note que, neste caso, o crime em relaçãoao qual será decretada a medida extrema poderá não obedecer àshipóteses de admissibilidade contempladas nos incisos I e II domesmo dispositivo. Dessa forma, é possível que a prisão preventivaseja decretada diante da prática de crime de lesão corporal levecontra a mulher.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/SE – 2008 – CESPE) No que se refere à liber-dade provisória, assinale a opção correta.

(A) É inaançável o crime doloso punido com penaprivativa de liberdade, independentemente de oréu ser ou não reincidente.

(B) A liberdade provisória com ança pode ser con-cedida independentemente de oitiva do Ministério

Público.(C) Da decisão que concede ou nega o pedido deliberdade provisória cabe o recurso de agravo.

(D) O réu que quebrar a ança no processo nãopoderá mais ser solto.

(E) A autoridade policial somente pode conceder ança nos casos de infração penal punida comprisão simples.

A: com a modicação a que foi submetido o art. 323 do CPP, ope -

rada pela Lei 12.403/11, somente são inaançáveis os crimes alilistados e também aqueles contidos em leis especiais, tais como oart. 31 da Lei 7.492/86 (Sistema Financeiro); art. 7º da Lei 9.034/05

(Crime Organizado); B: art. 333 do CPP; C: da decisão que concederliberdade provisória cabe recurso em sentido estrito (art. 581, V,do CPP); agora, se o réu tem negado o seu pedido de liberdadeprovisória, resta-lhe impetrar habeas corpus ; D: art. 342 do CPP; E:outra alteração implementada pela Lei 12.403/11 é que a autoridadepolicial, agora, pode arbitrar ança em qualquer infração penal cujapena máxima cominada não seja superior a quatro anos (reclusãoou detenção). Pela redação anterior do art. 322 do CPP, o delegadosomente estava credenciado a arbitrar ança nas contravenções enos crimes apenados com detenção.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Magistratura/SE – 2008 – CESPE) Assinale a opção incor -reta acerca da prisão no processo penal.

(A) A recaptura do réu evadido não depende de préviaordem judicial e poderá ser efetuada por qualquer pessoa.

(B) Havendo consentimento do morador, o mandadode prisão poderá ser cumprido em domicíliodurante a noite.

(C) Entre as hipóteses legais de decretação da prisãopreventiva estão a garantia da ordem pública, aconveniência da instrução criminal e o clamor público.

(D) Em geral, a prisão especial somente poderá ser concedida durante o processo ou inquérito policial,

cessando o benefício após o trânsito em julgado.(E) A prisão temporária não pode ser decretada de

ofício pelo juiz, que terá o prazo de 24 horas, apartir do recebimento do requerimento das partes,para decidir fundamentadamente.

Art. 312 do CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/SP – 2006) Considere a situação a seguir.Mévio e Tício roubam banco na cidade de TrêsCorações, no Estado de Minas Gerais. Quando sevêem cercados pela polícia, mantêm vários refénsno interior do estabelecimento, ameaçando matá-los

caso não lhes seja entregue um carro forte para fuga.A situação se prolonga e, temendo um desate maisgrave, a polícia cede e entrega o carro forte com ocompromisso da liberação imediata dos reféns, o queocorre. Os roubadores são perseguidos por policiais

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL AtuALizAÇÃo Nº 1

a distância, que recebem contínuas informaçõesdedignas sobre o trajeto percorrido na estrada pelosroubadores, em perseguição ininterrupta, após origi-nário contato visual. Após dois dias de perseguição,o carro forte ingressa no Estado de São Paulo, ondeuma barreira policial logra pará-lo, na cidade de SerraNegra/SP, culminando com a detenção dos infratores.

Pode-se dizer que(A) a situação, quando da prisão dos roubadores, é

de agrância, e o auto de prisão em agrante serálavrado na cidade de Serra Negra/SP.

(B) a situação não é de agrância, em razão de teremdecorrido dois dias após a prática do delito.

(C) a situação, quando da detenção dos roubadores,é de agrância, e o auto de prisão em agrantedeve ser lavrado na cidade de Três Corações/MG.

(D) a situação não é de agrância, mas pode ser decretada a prisão temporária dos infratores.

Arts. 290 e 302, III, do CPP. Trata-se do chamado agrante impró - 

prio ou imperfeito .   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/SP – 2008) Quanto à prisão em agrante,assinale a alternativa correta.

(A) A falta de testemunha da infração impede a lavra-tura do auto de prisão em agrante.

(B) A omissão de interrogatório do conduzido no autode prisão em agrante não acarreta, necessaria-mente, a nulidade do ato, dependendo do motivoda abstenção.

(C) A nomeação de curador não advogado ao presomaior de 18 (dezoito) e menor de 21 (vinte e

um) anos no auto de agrante constitui causa denulidade absoluta do ato.

(D) A apresentação do conduzido obriga à lavraturada prisão em agrante, não podendo a autoridadepolicial, em nenhum caso, determinar a soltura dopreso.

A: art. 304, § 2º, do CPP; B: é comum, por vezes, o interrogatório doconduzido ser inviável porque este encontra-se hospitalizado, porexemplo. Nesses casos, tal circunstância, que não ensejará a nulidadedo ato, deverá ser consignada no auto pela autoridade policial; C:desnecessário nomeação de curador ao indicado menor de 21 anos(art. 5º do Código Civil); D: art. 304, caput e § 1º , do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Magistratura/SP – 2006) Assinale a alternativa correta.

(A) A prisão temporária poderá ser executada antesda expedição do mandado de prisão.

(B) O prazo para recebimento da nota de culpa peloindiciado é de até 24 horas após a lavratura doauto de prisão em agrante.

(C) Os deputados e senadores podem ser presos emagrante por crimes aançáveis e inaançáveis.

(D) Quando se tratar de infração inaançável, a faltade exibição do mandado não obstará a prisão,desde que o preso seja imediatamente apresen-

tado ao Juiz que expediu a ordem de prisão.

A: a custódia temporária, que tem como base a Lei 7.960/89, sópoderá ser executada depois da expedição do mandado judicialrespectivo, conforme reza o art. 2º, § 5º, da Lei; B: art. 306, § 2º,do CPP; C: art. 53, § 2º, da CF; D: art. 287 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/SP – 2006) Analise a situação apresentada.Delegado de Polícia, na posse de mandado de prisãopreventiva, dirige-se ao endereço nele constantepara efetuar prisão. Ao chegar ao local, verica queo acusado, ao perceber a presença de policiais, por volta das 21:00 horas, ingressa em residência deterceiros, na mesma rua. Dirigindo-se a essa residên-cia, informa ao morador da existência do mandadode prisão e solicita autorização para ingresso nacasa, a m de cumprir a ordem judicial, o que lhe énegado pelo citado morador. Indique a providênciaque a autoridade policial deve tomar.

(A) Ingressa na residência à força e cumpre a ordemde prisão, prendendo o morador em agrante, por favorecimento pessoal.

(B) Dirige-se ao Juiz de plantão para obter outromandado de busca domiciliar, a m de cumprir aordem de prisão.

(C) Convoca duas testemunhas e ingressa à força nacasa para efetuar a prisão.

(D) Torna a casa incomunicável, guardando todasas saídas, e às 06:00 horas, arromba as portas eefetua a prisão.

Art. 293 do CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/TO – 2007 – CESPE) Os crimes para os quaisestá prevista prisão temporária não incluem

(A) os crimes contra o sistema nanceiro.(B) o homicídio culposo.(C) o envenenamento de água potável ou substância

alimentícia ou medicinal qualicado pela morte.(D)

o crime de quadrilha.O homicídio culposo não está incluído no rol do art. 1º, III, da Lei7.960/89.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Ministério Público/MG – 2006) Sobre o tema “prisão eliberdade provisória”, é CORRETO armar:

(A) Lavrado o auto de prisão em agrante e consta-tando-se que o agente praticou o fato em situaçãoevidente de legítima defesa, deverá o Delegadode Polícia conceder ao conduzido o direito delivrar-se solto.

(B) O Ministério Público deverá ser ouvido nos autos

antes da concessão da liberdade provisória vin-culada, exigência dispensável em se tratando dehipótese de pedido de liberdade provisória comança.

(C) A Liberdade Provisória assenta-se em fundamentoinserto na Constituição Federal,que consagragarantia deferida ao cidadão, segundo a qual todaprisão ilegal deverá ser relaxada pela autoridadecompetente.

(D) Nos processos por crime de competência do Júri,a prisão preventiva, expedida com fundamento naconveniência da instrução criminal, deverá ser relaxada logo depois de concluída a instruçãocriminal.

(E) Mesmo em face da proibição legal de concessãoliberdade provisória vinculada ao autor de crimehediondo, ela poderá ser concedida em decorrên-cia do excesso de prazo na formação da culpa.

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EDuArDo DoMPiEri

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A: cabe à autoridade policial realizar tão somente um juízo detipicidade. Constitui, dessa forma, incumbência do magistradovericar se o conduzido praticou a conduta a ele imputada sob omanto protetor de alguma das excludentes de ilicitude, para, emcaso armativo, conceder-lhe liberdade provisória, nos termosno art. 310, parágrafo único, do CPP (dispositivo modicado pelaLei 12.403/11); B: art. 333 do CPP; C: o fundamento da liberdadeprovisória encontra-se no art. 5º, LXVI, da CF; D: concluída a

fase de coleta de provas e não havendo mais necessidade em semanter a custódia do réu, deverá ser ela revogada porque não maisinteressa ao processo. Não há por que manter-se a prisão (art.316, CPP); E: aqui, fala-se em relaxamento da prisão. Súmula 697do STF: “A proibição de liberdade provisória nos processos porcrimes hediondos não veda o relaxamento da prisão processualpor excesso de prazo”.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Ministério Público/PR – 2008) Assinale a alternativaINCORRETA: Quando houver prova da existênciado crime e indício suciente de autoria, a prisãopreventiva poderá ser decretada:

(A) Como garantia da ordem pública.(B) Por conveniência da instrução criminal.(C) Para assegurar a aplicação da lei penal.(D) Como garantia da ordem econômica.(E) Como garantia da ordem tributária.

Art. 312 do CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Ministério Público/RS – 2009) Leia o relato abaixo. Her-menegildo, funcionário público estadual, foi indiciadoem inquérito policial na comarca de São Sebastiãodo Caí, pela prática do delito do art. 213, do Código

Penal. A denúncia foi apresentada com a mesmacapitulação (estupro). No pé da inicial, o Promotor deJustiça requereu a segregação do denunciado por 15(quinze) dias para aprofundamento da investigaçãoacerca da autoria e da materialidade, ante indíciosda existência de provas ainda ocultas. A postulaçãofoi deferida nos termos do pleito. Considerando-seos dados apresentados, é correto armar que setrata de prisão

(A) temporária, que pode ser decretada a qualquer tempo no nosso sistema processual; portanto, é

legal.(B) preventiva, mas que não obedeceu aos pressu-

postos do art. 312 do CPP; portanto, é ilegal.(C) administrativa, dada a sua condição de servidor 

público.(D) preventiva, que obedeceu aos pressupostos do

art. 312 do CPP; portanto, é legal.(E) temporária, mas que só tem previsão durante o

inquérito policial; portanto, é ilegal.

A prisão temporária, cuja disciplina está na Lei 7.960/89, poderá, emse tratando de crime hediondo ou a ele equiparado, ser decretada

pelo prazo de 30 dias, prorrogável por igual período, no caso decomprovada e extrema necessidade. É o teor do art. 2º, § 4º, da Lei8.072/90 (Crimes Hediondos). Ocorre que esta modalidade de prisãoprovisória presta-se a viabilizar as investigações do inquérito policial.Findo este, portanto, não há mais que se falar em prisão temporária,que, se perdurar, passa a ser ilegal.

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Ministério Público/RS - 2002) Prova do crime, indícios deautoria, conveniência da instrução criminal, garantiada ordem pública e aplicação da lei penal são pres-supostos de:

(A) Prisão temporária.(B) Prisão em agrante.(C) Custódia domiciliar.

(D) Prisão preventiva.(E) Medida de segurança.

Art. 312 do CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Ministério Público/SP – 2010) Assinale a armativa incor-reta, em relação à prisão preventiva:

(A) a prisão preventiva não é admitida nas contraven-ções penais e nos delitos culposos.

(B) a prisão preventiva pode ser decretada, quandohouver prova da existência do crime e indíciosuciente de autoria.

(C) a apresentação espontânea do acusado à autori-

dade policial não impede a decretação da prisãopreventiva.

(D) admite-se a prisão preventiva nos crimes queenvolvem violência doméstica e familiar contra amulher, desde que a infração penal seja dolosa epara garantir a execução das medidas urgentespara a proteção da mulher.

(E) admite-se nos crimes dolosos, punidos comreclusão, desde que a pena mínima cominadaseja igual ou superior a dois anos.

A: art. 313 do CPP; B: art. 312, parte nal, do CPP; C: o art. 317

do CPP foi revogado pela Lei 12.403/11; D: art. 313, III, do CPP; E:a assertiva não está em conformidade com a nova redação do art.313, I, do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Ministério Público/SP – 2008) Assinale a alternativacorreta.

(A) A caracterização do agrante presumido nãoprescinde da perseguição ao agente logo depoisda infração.

(B) Não se admite a prisão em agrante nas infraçõesde menor potencial ofensivo.

(C) O quebramento da ança importará a perda de

metade do seu valor e a obrigação do acusadode se recolher à prisão.(D) Admite-se a decretação da prisão preventiva nos

casos de contravenção penal e crime culposo seo réu é vadio.

(E) Cabe recurso em sentido estrito da decisão quenega a ança e da que indefere pedido de revo-gação da prisão preventiva.

A: agrante presumido ou cto  (art. 302, IV, do CPP) é aqueleem que o agente, logo depois do crime, sem ter sido perseguido,é encontrado na posse de instrumentos, armas, objetos ou papéisem circunstâncias que revelem ser ele o autor da infração penal;

B: art. 69, p. único, da Lei 9.099/95; C: em vista da nova redaçãoconferida ao art. 343 do CPP pela Lei 12.403/11, o quebramentoinjusticado da ança implicará a perda de metade do seu valor,devendo o juiz, neste caso, antes de decretar a prisão preventiva,que constitui medida excepcional, vericar se é cabível a imposiçãode outras medidas cautelares, à luz do disposto no art. 282, § 6º, do

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL AtuALizAÇÃo Nº 1

CPP; D: art. 313 do CPP. O dispositivo afasta a possibilidade de sedecretar a prisão preventiva quando se tratar de crime culposo oucontravenção penal; E: da decisão que nega a ança cabe recursoem sentido estrito (art. 581, V, do CPP); e da que indefere pedidode revogação da prisão preventiva cabe habeas corpus .

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Ministério Público/SP - 2005) Assinale a alternativaincorreta.

(A) A ança será concedida sem a prévia audiênciado Ministério Público.

(B) Não será concedida ança nos crimes punidoscom reclusão em que a pena mínima cominadafor superior a dois anos.

(C) Não será concedida ança quando presentes osmotivos que autorizam a prisão preventiva.

(D) A autoridade policial somente poderá conceder ança nos casos de infração punida com detençãoou prisão simples.

(E) A ança só poderá ser prestada até o oferecimentoda denúncia.

A: art. 333 do CPP; B: esta alternativa, dada a modicação ocorridapor força da Lei 12.403/11, está incorreta, visto que, em razãodela, a nova redação do art. 313 do CPP prescreve que somentesão inaançáveis os crimes de racismo, os delitos denidos comohediondos (Lei 8.072/90) e os a eles equiparados, aqueles cometidospor grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucionale o Estado Democrático e também os previstos em leis especiais; C:art. 324, IV, do CPP; D: termos aqui outra alteração promovida pelaLei 12.403/11. A autoridade policial poderá, agora, conceder ançanas infrações cuja pena privativa de liberdade não seja superior aquatro anos; nos demais casos, somente o juiz; E: a ança pode serprestada desde a prisão em agrante até o trânsito em julgado dasentença condenatória.

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Ministério Público/SP - 2005) A prisão temporária (Lei n.º7.960/89) não poderá ser decretada no crime de

(A) tráco de drogas.(B) seqüestro ou cárcere privado.(C) epidemia com resultado morte.(D) genocídio.(E) perigo de desastre ferroviário.

Art. 1º, III, da Lei 7.960/89.   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Defensoria/MA – 2009 – FCC) A Constituição Federalestipula várias disposições pertinentes ao processo

penal, com ecácia imediata. A natureza jurídica danecessidade do decreto de uma prisão cautelar, sobeste viés, é o de

(A) pena antecipada, sendo considerada, em caso decondenação, no seu tempo de cumprimento.

(B) medida excepcional.(C) instrumentalidade do processo penal justo.(D) medida necessária, ainda que não esteja previsto

o requisito do periculum in mora.(E) medida necessária, ainda que não esteja previsto

o requisito do fumus boni juris.

A prisão provisória ou cautelar somente se justica dentro doordenamento jurídico quando necessária ao processo; devemos,dessa forma, concebê-la como um instrumento do processo, a serutilizado em situações excepcionais . Hodiernamente, tendo emconta as mudanças implementada pela Lei 12.403/11, que instituiu asmedidas cautelares alternativas à prisão provisória, esta somente terá

lugar diante da impossibilidade de recorrer-se às medidas cautelares.Dessa forma, a prisão, como medida excepcional, deve também servista como instrumento subsidiário, supletivo. De outro lado, se aprisão cautelar decorrer de automatismo legal, sem que haja qualquerdemonstração de necessidade na decretação da custódia, estaremosantecipando o cumprimento da pena antes do trânsito em julgado,com inevitável violação ao princípio da presunção de inocência,postulado esse de índole constitucional – art. 5º, LVII.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Defensoria/MA – 2009 – FCC) O Defensor Público que por atribuição institucional agir no interesse da vítimapoderá, após o representante do Ministério Públicoreceber o auto de prisão em agrante devidamenterelatado e concluído e não oferecer a denúncia noprazo legal,

(A) requerer o relaxamento da prisão em agrante.(B) requerer a liberdade provisória.(C) intentar ação penal privada subsidiária.(D) requerer a revogação da prisão preventiva.(E) representar ao Juiz de Direito para designação

de outro Promotor de Justiça.Desde que que caracterizada a desídia do membro do MinistérioPúblico, poderá o defensor, nos crimes de ação penal pública,intentar ação penal privada subsidiária, nos termos dos arts. 29 doCPP e 100, § 3º, do CP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Defensoria/MA – 2009 – FCC) A decretação da prisão pre-ventiva apenas poderá ter fundamento nas seguinteshipóteses:

(A) como garantia da ordem pública, da ordem econô-mica, por conveniência da instrução criminal, oupara assegurar a aplicação da lei penal, quando

houver prova da existência do crime e indíciosuciente de autoria.

(B) como garantia da ordem pública, por conveni-ência da instrução criminal, ou para assegurar aaplicação da lei penal, quando houver prova daexistência do crime e indício suciente de autoria.

(C) como garantia da ordem pública, da ordem eco-nômica, por conveniência da instrução criminal,ou para assegurar a aplicação da lei penal.

(D) como garantia da ordem pública, por conveniênciada instrução criminal, ou para assegurar a aplica-ção da lei penal.

(E) como garantia da ordem pública, da ordem econô-mica, ou para assegurar a aplicação da lei penal,quando houver prova da existência do crime eindício suciente de autoria.

Art. 312 do CPP.    G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Defensoria/MG – 2006) Pode-se armar que a prisãopreventiva.

(A) Deverá ser relaxada se ausentes os motivos quea autorizam.

(B) E a liberdade provisória é institutos de tal formaantagônica que, expedido o decreto preventivo,não cabe a concessão da liberdade provisória,ainda que cessados os fundamentos da prisãopreventiva.

(C) Não pode ser determinada nos crimes punidoscom detenção.

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EDuArDo DoMPiEri

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(D) Pode ter como fundamento a garantia da ordempública, desde que consubstanciada na con-comitante existência de grande clamor públicocausado pela conduta criminosa e a extremagravidade do delito.

A: art. 316 do CPP; B: art. 316 do CPP; C: art. 313, I, do CPP; D:basta, para justicar o decreto de prisão preventiva, a garantia da

ordem pública, não sendo necessário que o delito imputado aoinvestigado/acusado tenha adquirido grande destaque na mídia,tampouco que se trate de delito de extrema gravidade.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Defensoria/MT – 2009 – FCC) A prisão preventiva poderáser decretada

(A) nos crimes culposos, para conveniência da ins-trução criminal.

(B) nas contravenções, quando for necessária paragarantia da ordem pública.

(C) nos crimes punidos com detenção, se envolveremviolência doméstica ou familiar contra a mulher.

(D)

nos crimes punidos com reclusão, se o juizvericar pelas provas constantes dos autos ter oagente praticado o fato em legítima defesa.

(E) pelo Ministério Público, na fase pré-processual,quando imprescindível para as investigações doinquérito policial.

Art. 313, III, do CPP.    G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Defensoria/MT – 2009 – FCC) A decisão que decreta aprisão preventiva do acusado classica-se doutrina-riamente como

(A) interlocutória mista terminativa.

(B) interlocutória simples.(C) interlocutória mista não terminativa.(D) denitiva.(E) despacho de mero expediente.

I nterlocutórias simples são as decisões que servem para solucionarquestão atinente à marcha processual, sem, contudo, ingressarno mérito da causa; as interlocutórias mistas , por seu turno, têmforça de denitiva, já que trancam a relação processual sem julgaro mérito da causa.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Defensoria/MT – 2007) Chang-Lang, primário e de bonsantecedentes, com residência e emprego xo, foi

preso preventivamente pela prática do crime de furtosimples, na modalidade continuada (por seis vezes),invocando o juiz, genericamente, os requisitos do art.312 do Código de Processo Penal como fundamentoda medida constritiva da liberdade. Nesse caso, é pos-sível ser impetrado habeas corpus em seu favor para

(A) conceder-lhe ança.(B) relaxar-lhe a prisão, por ser primário e de bons

antecedentes.(C) anular o despacho de prisão preventiva, por falta

de fundamentação.(D) conceder-lhe liberdade provisória, sem ança.(E) relaxar-lhe a prisão, por ter emprego e residência

xos.

Toda decisão judicial deve ser fundamentada. É o que impõe o art.93, IX, da CF. Constitui constrangimento ilegal o decreto de custódiapreventiva quando o magistrado se limita a reproduzir os termos

genéricos contidos no art. 312 do CPP. Assim tem se posicionadoa jurisprudência. Ademais, em se tratando de furto simples, cujapena máxima cominada é de quatro anos (art. 155, CP), não éadmitida, conforme a nova redação do art. 313, I, do CPP, a custódiapreventiva.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue os seguintes itens.

(1) A prisão provisória ou cautelar antecipa a análise

da culpabilidade do réu, uma vez que se tratade privação de liberdade destinada a assegurar,antes da sentença denitiva, a ecácia da decisão

 judicial.(2) O relaxamento de prisão tem como causa uma

prisão em agrante ilegal, ou seja, em desconfor-midade com o que determina o CPP, enquanto aliberdade provisória tem como causa uma prisãoem agrante legal e, como conseqüência, a liber-dade vinculada do autor do fato.

1: a prisão provisória ou cautelar se justica dentro do ordenamento

jurídico quando necessária ao processo; se concebermos a prisãoprovisória como um instrumento do processo, utilizado em situa-

ções excepcionais, não estaremos, dessa forma, executando a penaprivativa de liberdade antes do trânsito em julgado; de outro lado,se a prisão cautelar decorrer de automatismo legal, sem que hajaqualquer demonstração de necessidade na decretação da custódia,aí sim, estaríamos antecipando o cumprimento da pena antes dotrânsito; 2: art. 5º, LXV e LXVI, da CF.

   G  a  b  a  r i t  o  1   E ,  2   C

(Defensoria/SP – 2009 – FCC) Decretada a prisão preven-tiva com fundamento na revelia do acusado citado por edital, o Defensor Público poderá utilizar a seguinteargumentação para rechaçá-la:

(A) Há uma súmula do Supremo Tribunal Federaleditada sobre o tema.

(B) A revelia somente poderá ser decretada após aintimação do Defensor Público.

(C) A revelia não gera por si só presunção de que oacusado pretenda se furtar à aplicação da lei penal.

(D) O Defensor Público deverá ser notificado dadecretação da prisão preventiva em até 24 horas.

(E) Há um tratado internacional do qual o Estadobrasileiro é signatário que prevê expressamentea impossibilidade de prisão preventiva.

A prisão preventiva não deve ser decretada de forma automática, antea revelia do acusado citado por edital. O juiz somente deverá fazê-loem face da presença dos requisitos do art. 312 do CPP. 

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Defensoria/SP – 2007 – FCC) Na véspera do Natal, noplantão judiciário, o defensor público recebe a cópiade um auto de prisão em agrante de furto tentado(art. 155, c.c. o art. 14, II, do CP). Após atenta leitura,constata que o autuado, recém egresso do sistemaprisional, onde cumpriu pena por furto, foi detido pelosegurança de um supermercado quando inseria, den-tro de um isopor exposto para a venda, sete “DVD’s”.Qual a medida a ser requerida ao juiz de plantão?

(A) A liberdade provisória do autuado, diante daausência de qualquer das hipóteses autorizadorasda prisão preventiva.

(B) O arbitramento de ança, por se tratar de crimecom pena mínima inferior a dois anos de reclusão.

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL AtuALizAÇÃo Nº 1

(C) O relaxamento do agrante, tendo em vista a suailegalidade, diante do não desenvolvimento dosatos executórios da infração penal.

(D) O relaxamento do agrante, sob o fundamento dainsignicância do valor da res furtiva.

(E) A liberdade provisória, em razão da ilegalidade desua prisão, efetuada por segurança do estabele-cimento comercial.

A conduta do segurança e da autoridade policial que presidiu oagrante foi equivocada, já que o comportamento do conduzido nãose amolda ao tipo pregurado no art. 155 do Código Penal. Quantoao delegado, deveria ter procedido na forma do art. 304, § 1º, doCPP, relaxando a prisão em agrante.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Defensoria/SP – 2006 – FCC) A liberdade provisória poderáser concedida sem o pagamento da ança àquelesque, por motivo de pobreza, não tiverem condiçõesde prestá-la. Obriga-se o beneciário

(A) ao comparecimento a todos os atos a que for convocado e proibição de alteração da residênciasem prévia comunicação, somente.

(B) ao comparecimento a todos os atos a que for convocado, proibição de freqüentar determinadoslugares e proibição da ausência de mais de oitodias da residência sem comunicação à autoridade.

(C) somente proibição de freqüentar determinadoslugares e comunicação prévia à autoridade daalteração de residência.

(D) ao comparecimento pessoal e obrigatório a juízo,mensalmente, para informar e justicar suas ati-vidades.

(E)

ao comparecimento a todos os atos a que for convocado, à proibição de alteração da residên-cia sem prévia comunicação e a proibição daausência de mais de oito dias da residência semcomunicação à autoridade.

Art. 350 do CPP (com redação alterada pela Lei 12.403/11).   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Defensoria/SP – 2006 – FCC) A falta de testemunhas dainfração penal

(A) impede a lavratura da prisão em flagrante,impondo-se o seu relaxamento.

(B) não impede a lavratura da prisão em agrante.(C) não impede a lavratura da prisão em agrante, mas

é necessária a assinatura de duas pessoas quetenham testemunhado a apresentação do preso.

(D) não impede a lavratura da prisão em agrante,devendo o condutor prestar o compromisso legalpara o ato.

(E) impede a lavratura da prisão em flagrante,devendo a autoridade policial instaurar inquérito,ouvindo o acusado e os condutores.

Art. 304, § 2º, do CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Delegado/GO – 2009 – UEG) Sobre as prisões, é COR-RETO armar:

(A) a autoridade policial deve comunicar a prisão emagrante ao juiz que, caso seja ilegal ou nula,deve, de ofício, conceder a liberdade provisória

sob compromisso; caso não cumprido o compro-misso, a prisão em agrante será restabelecida.

(B) a custódia cautelar preventiva não pode ser imposta a autor de prática de infração contraven-cional.

(C) o clamor público é, por si só, fundamento válido,conforme entende o Supremo Tribunal Federal,

para a decretação da prisão preventiva sob aalegação de violação à ordem pública.(D) por ser medida cautelar própria da fase investi-

gativa, a prisão temporária poderá ser decretadapelo juiz somente mediante representação daautoridade policial, mas, antes de decidir, o magis-trado deve, necessariamente, ouvir o MinistérioPúblico.

A: diante de uma prisão em agrante ilegal , deve o magistrado,em vista do que dispõe o art. 5º, LXV, da CF, relaxá-la incontinenti,independente de compromisso a ser prestado pelo agente; B: de fato,não há a menor possibilidade de ser decretada nas contravenções

penais - art. 313 do CPP; C: o clamor público , por si só, além denão estar inserto no art. 312 do CPP, não é apto a justicar a prisãopreventiva; D: a custódia temporária pode, também, ser decretadaa requerimento do Ministério Público, conforme prescreve o art. 2º,caput, da Lei 7.960/89.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Delegado/PA – 2009 – MOVENS) A respeito das prisõesem agrante, preventiva e temporária, assinale aopção correta.

(A) A prisão temporária será decretada de ofício pelo juiz, ou em face da representação da autoridadepolicial ou de requerimento do Ministério Público,e terá o prazo de cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovadanecessidade.

(B) Em até 24 horas após a prisão em agrante, seráencaminhado ao juiz competente o auto de prisãoacompanhado de todas as oitivas colhidas e, casoo autuado não informe o nome de seu advogado,cópia integral para a Defensoria Pública.

(C) É inadmissível a decretação de prisão preventivaem crimes culposos e em infrações punidas, nomáximo, com pena de detenção.

(D) Uma vez revogada a prisão preventiva no curso do

processo, é vedado ao juiz decretá-la novamenteantes do trânsito em julgado da sentença penalcondenatória, exceto nas hipóteses de delitoshediondos, quando a decretação será admitidamais de uma vez.

A: a prisão temporária  não pode ser decretada de ofício pelojuiz, que depende, para ordená-la, de requerimento do MinistérioPúblico ou de representação do delegado de polícia; B: art. 306,§ 1º, do CPP (redação alterada pela Lei 12.403/11); C: é de fatoinadmissível sua decretação nos crimes culposos, sendo, todavia,possível decretar-se a prisão preventiva nos delitos punidos comdetenção nas circunstâncias do art. 313, I, II e III, do CPP; D: art.316 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Delegado/PI – 2009 – UESPI) A apresentação espontâneado acusado:

(A) não impede que a autoridade policial representepela decretação de sua prisão preventiva.

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(B) é o único meio de impedir que a apelação inter-posta contra sentença absolutória tenha efeitosuspensivo.

(C) é causa de revogação imediata de prisão preven-tiva anteriormente decretada.

(D) impede o indiciamento e garante ao acusado odireito de não ser recolhido à prisão durante o

curso do inquérito e da instrução criminal.(E) enseja o trancamento do inquérito por falta de justa causa, uma vez que foi demonstrado o intuitocolaborativo do acusado.

O art. 317 do CPP foi revogado pela Lei 12.403/11.    G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Delegado/SC – 2008) Ocorre o chamado “agrante facul-tativo” quando (...) Assinale a alternativa correta quecompleta a frase acima.

(A) A prisão em agrante se dá no momento em quealguém está no cometimento da infração penal.

(B) A prisão em agrante é efetuada por qualquer dopovo.

(C) A prisão em agrante é efetuada pela autoridadepolicial ou por seus agentes.

(D) A prisão em agrante se dá por crime a que a leicomina pena de detenção.

Art. 301, 1ª parte, do CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Delegado/SC – 2008) Nos crimes permanentes o agentepoderá ser preso em agrante delito:

(A)  já nas fases de cogitação e preparação do crime.(B) depois de cessada a permanência.(C) no instante do cometimento da primeira infração.(D) enquanto não cessar a permanência.

Art. 303 do CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Delegado/SC – 2008) Analise as alternativas e assinalea correta.

(A) o Presidente da República, durante o seu man-dato, nas infrações penais comuns, não estásujeito a nenhuma modalidade de prisão provi-sória.

(B) Dentro de vinte e quatro horas depois da lavratura

do auto de prisão em agrante será dada ao presonota de culpa assinada pela autoridade policialcompetente, constando o motivo da prisão, onome do condutor e os das testemunhas.

(C) Em qualquer fase da persecução criminal relativaao crime de tráco de drogas será permitido,mediante autorização judicial, o “agrante prote-lado”.

(D) A “prisão para averiguação” consiste na privaçãomomentânea à liberdade de alguém, fora dashipóteses de agrante e sem ordem escrita do

 juiz competente, com a nalidade de investiga-

ção. Segundo a lei processual penal brasileira, aautoridade policial pode determiná-la diretamente,pelo prazo de 24 horas, desde que estejam pre-enchidos os mesmos requisitos para a decretaçãoda prisão preventiva.

A: art. 86, § 3º, da CF; B: art. 306, § 2º, do CPP. O termo inicialdo prazo é a prisão do conduzido; C: art. 53, II, da Lei 11.343/06;D: art. 5º, LXI, da CF; e art. 283 do CPP (redação dada pela Lei11.403/11).

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Delegado/SC – 2008) Correlacione a segunda coluna deacordo com a primeira, considerando as modalida-des de agrante com os seus respectivos conceitos.

(1) Flagrante próprio (2) Flagrante impróprio (3)Flagrante cto ou assimilado ( 4 ) Flagrante espe-rado (5) Flagrante preparado ( ) Ocorre quando oagente é preso, logo depois de cometer a infração,com instrumentos, armas, objetos ou papéis quefaçam presumir ser ele o autor da infração. ( )Ocorre quando a ação policial aguarda o momentoda prática delituosa, valendo-se de investigaçãoanterior, para efetivar a prisão, sem utilização deagente provocador. ( ) Ocorre quando o agente éperseguido, logo após cometer o delito, pelo ofen-dido ou por qualquer pessoa, em situação que faça

presumir ser autor da infração. ( ) Ocorre quandoalguém provoca o agente à prática de um crime,ao mesmo tempo em que toma providências paraque o mesmo não se consume. ( ) Ocorre quandoo agente é surpreendido cometendo uma infraçãopenal ou quando acaba de cometê-la. A seqüênciacorreta, de cima para baixo, é:

(A) 4 - 3 - 2 - 1 - 5(B) 2 - 4 - 1 - 5 - 3(C) 5 - 1 - 3 - 2 - 4(D) 3 - 4 - 2 - 5 - 1

(1) agrante próprio ou perfeito: art. 302, I e II, do CPP; (2) a-grante impróprio ou imperfeito: art. 302, III, do CPP; (3) agrantecto, presumido ou assimilado: art. 302, IV, do CPP; (4) agranteesperado: a polícia aguarda o momento de agir. Constitui hipóteseviável de agrante, na medida em que não há induzimento ouinstigação; (5) agrante preparado ou provocado: é hipótese decrime impossível (art. 17 do CP), conforme Súmula 145 do STF.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Delegado/SC – 2008) O policial civil “Tício”, visando àprisão de “Mévio”, conhecido tracante da Capital,se passou por consumidor e dele comprou 10 pape-lotes de cocaína, provocando a negociação (venda

da droga). Quando o tracante retirou a droga e aentregou para o policial, outros dois policiais civis,“Caio” e “Linus”, efetuaram a prisão de “Mévio” emagrante delito. Nesse caso, é correto armar que:

(A) a prisão em agrante do tracante é ilegal, poisa negociação (venda) congura delito putativopor obra do agente provocador, congurando,portanto, crime impossível.

(B) a prisão em agrante do tracante é lícita e não sedá pela compra e venda simulada, mas sim pelofato de o tracante, espontaneamente, trazer con-sigo droga, que é uma modalidade permanentedo crime em questão.

(C) a prisão em agrante do tracante é lícita, maso policial civil “Tício” deverá também responder por crime de tóxico, pois adquiriu ilicitamentesubstância entorpecente.

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL AtuALizAÇÃo Nº 1

(D) a prisão em agrante do tracante é ilícita, pois osagentes induziram a prática criminosa, devendoos policiais civis “Tício”, “Caio” e “Linus” responder por crime de abuso de autoridade.

A jurisprudência tem entendido inaplicável, nesses casos, a Súmula145 do STF. A esse respeito: STJ, HC 9.689-SP, 5ª T., rel. Min. GilsonDipp, de 7.10.1999.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Delegado/SP – 2008) Quando o beneciário não cumpreas condições que lhe foram impostas para gozar da liberdade provisória mediante ança, fala-se em

(A) quebramento da ança.(B) cassação da ança;(C) reforço da ança.(D) inidoneidade da ança.(E) perdimento da ança.

Fala-se em quebramento sempre que o réu, devidamente intimado,deixa de comparecer sem motivo justo; quando deliberadamentepratica ato de obstrução ao andamento do processo; quando des-

cumpre medida cautelar imposta cumulativamente com a ança;quando resiste injusticadamente a ordem judicial; e quando praticanova infração penal dolosa (conforme nova redação dada ao art. 341do CPP).

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Delegado/SP – 2008) Denomina-se testemunha fedataria

(A) aquela que prestou informes dedignos no pro-cesso.

(B) aquela que foi referida por outra testemunha.(C) aquela que acompanhou a leitura do auto de

prisão em agrante na presença do acusado.(D) aquela que funcionou como informante sem

prestar compromisso de dizer a verdade.(E) aquela que se encontra protegida por lei.

Testemunha fedatária ou instrumentária é a que atesta a regularidade,a legalidade de um ato (art. 304, §§ 2º e 3º, do CPP).

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Delegado/SP – 2008) Dentre os requisitos legais paradecretação da prisão preventiva do indiciado nãose encontram

(A) a materialidade delitiva e o indicio de autoria.(B) a garantia de ordem pública e a conveniência da

instrução penal.

(C) a conveniência da instrução penal e a garantia deordem econômica.

(D) a garantia de aplicação da lei penal e a conveni-ência da instrução penal.

(E) a perpetração de crime hediondo e a proteçãoestatal do réu.

Art. 312 do CPP. O cometimento de crime hediondo ou assemelhado,por si só, não pode constituir motivo bastante para decretação daprisão preventiva. A proteção ao réu, da mesma forma, não autorizaseu encarceramento. Compete a ele cercar-se dos cuidados neces-

sários para proteger-se.   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Analista Judiciário/TJRJ – 2008 – CESPE) Em uma rondade rotina, policiais militares avistaram Euclides,primário, mas com maus antecedentes, portandovárias jóias e relógios. Consultando o sistema decomunicação da viatura policial, via rádio, os poli-

ciais foram informados de que havia uma ocorrênciapolicial de furto no interior de uma residência nasemana anterior, no qual foram subtraídos váriosrelógios e jóias, que, pelas características, indica-vam serem os mesmos encontrados em poder deEuclides. Com relação a essa situação hipotética,assinale a opção correta.

(A) Euclides deverá ser preso em agrante delito, namodalidade agrante presumido.

(B) Euclides deverá ser preso em agrante delito, namodalidade agrante próprio.

(C) Euclides deverá ser preso em agrante delito, namodalidade agrante retardado.

(D) Euclides deverá ser preso em agrante delito, namodalidade agrante impróprio.

(E) Euclides não deverá ser preso, pois não há quese falar em agrante no caso mencionado.

A expressão logo depois , inserta no inciso IV do art. 302 do CPP(agrante presumido ou cto), tem a conotação de imediatidade ,

não se podendo, portanto, a ela conferir elasticidade temporal emdemasia. A expressão não comporta um interregno superior a algumashoras.

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2005 – CESPE) Julgue oitem seguinte.

(1) De acordo com a orientação do STJ, o direito doadvogado, ou de qualquer outro preso especial,deve circunscrever-se à garantia de recolhimentoem local distinto da prisão comum. Não havendoestabelecimento especíco, poderá o preso ser recolhido a cela distinta da prisão comum, obser -

vadas as condições mínimas de salubridade edignidade da pessoa humana.

1: julgados recentes do STJ rmaram o posicionamento segundoo qual o advogado comprovadamente inscrito nos quadros daOAB tem direito a permanecer provisoriamente preso em sala deEstado-maior, com instalação e comodidades dignas, ou, à suafalta, em prisão domiciliar (art. 7º, V, da Lei 8.906/94). Nessesentido: HC 129.722-RS, rel. Min. Og Fernandes, j. 20.10.09.

   G  a  b  a  r i t  o  1   C

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2007 – CESPE) Julgue oitem seguinte.

(1) Segundo o princípio da necessidade, não maisexiste na legislação brasileira prisão preventivapela natureza da infração penal, nem mesmoquando se trata de crimes hediondos.

1: por este princípio, não há mais que se falar em automatismolegal, ou seja, a prisão cautelar somente será decretada quandoabsolutamente indispensável a uma eciente prestação jurisdi-cional, independentemente da natureza do crime.

   G  a  b  a  r i t  o  1   C

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2007 – CESPE) Considerea seguinte situação hipotética. Efetuando diligên-cias rotineiras na rodoviária de determinada cidadeàs 14 h, a polícia abordou uma pessoa em atitudesuspeita e, revistando-a, localizou em seu poder grande quantia em dinheiro, além de um aparelhocelular de cor rosa. Estranhando tais fatos, a políciaefetuou ligações telefônicas para alguns números

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de telefone que constavam na agenda do aparelho,logrando descobrir que a dona do celular havia sidovítima de crime de roubo no mesmo dia, por voltadas 9 h. Nessa situação, a prisão em agrante detal pessoa é legal. Há, no caso, agrante presumido,pois a pessoa foi encontrada com objetos que zerampresumir ser ela o autor da infração.

Art. 302, IV, do CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Defensoria Pública da União – 2007 – CESPE) Ocorre o a-grante esperado quando alguém provoca o agente àprática do crime e, ao mesmo tempo, toma providên-cia para que tal crime não se consume. Nesse caso,entende o STF que há crime impossível.

Trata-se do chamado agrante preparado ou provocado  (delitode ensaio), que constitui modalidade de crime impossível (art.17, CP). Neste caso, o agente provocador leva o autor à prática docrime, viciando a sua vontade, e, feito isso, o prende em agrante.A conduta é atípica, segundo posição do STF esposada na Súmula

145: “Não há crime, quando a preparação do agrante pela políciatorna impossível sua consumação”. Diferentemente, no agrante 

esperado , a polícia ou o terceiro aguarda o cometimento do crime.Não há que se falar, pois, em induzimento.

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Delegado Federal – 2004 – CESPE) Julgue o item seguinte.

(1) Considere a seguinte situação hipotética. Evandroé acusado de prática de homicídio doloso simplescontra a própria esposa. Nessa situação, recebidaa denúncia pelo juiz competente, é cabível adecretação da prisão temporária de Evandro, comprazo de 30 dias, prorrogável por igual período,

haja vista tratar-se de crime hediondo.1: conforme preleciona o art. 1º, I, da Lei 7.960/89, a prisão tempo-rária é uma modalidade de prisão provisória destinada a viabilizaras investigações acerca de crimes graves durante a fase de inquéritopolicial. Ademais disso, o prazo de trinta dias de prisão temporáriaa que alude o art. 2º, § 4º, da Lei 8.072/90 só incidirá nos crimesprevistos nessa legislação. O homicídio simples (art. 121, caput ,CP) só será considerado hediondo quando praticado em atividadetípica de grupo de extermínio, ainda que por um só agente (art. 1º,I, Lei 8.072/90).

   G  a  b  a  r i t  o  1   E

(Delegado Federal – 2004 – CESPE) Julgue o item seguinte.

(1) Em face de crime de ação penal privada, é cabível

a decretação de prisão preventiva.

1: art. 311 do CPP. A decretação da prisão preventiva pode ocorrertanto na ação penal pública quanto na ação penal privada.

   G  a  b  a  r i t  o  1   C

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4. De Pcessal Penal – Aalaçã nº 1

Eduardo Dompieri

4.20. Ex P

(Magistratura/AL – 2007 – FCC) Na execução de uma penaprivativa de liberdade,

(A) cabe remição da pena em um dia a cada cincodias trabalhados.

(B) é permitida a saída do estabelecimento a conde-nados que cumprem pena em regime fechado,semi-aberto, mas não aos presos provisórios,mediante escolta.

(C) é possível a saída temporária aos que cumprempena em regime semi-aberto, sem vigilância direta.

(D) é possível sujeitar o condenado, mas não o presoprovisório, a regime disciplinar diferenciado.

(E) será possível a progressão de regime se o preso

tiver cumprido um quarto da pena no regime ante-rior e ostentar bom comportamento carcerário.

A: art. 126, § 1º, II, da LEP (modicado pela Lei 12.433/11); B: arts.120 e 121 da LEP; C: art. 122 da LEP; D: art. 52 da LEP; E: art. 112da LEP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) Com base na Lei deExecução Penal (LEP) e acerca dos direitos, deverese disciplina do preso e (ou) condenado, assinale aopção correta.

(A) O princípio da legalidade não se aplica aoregime disciplinar previsto na LEP, de forma que

é possível haver falta disciplinar que não estejaprevista expressamente em lei ou regulamento, adepender de ato do diretor do presídio, raticadopelo juiz competente.

(B) Não sendo possível identicar o preso que deuinício a motim em um corredor do presídio, odiretor do estabelecimento poderá aplicar sançãodisciplinar coletiva.

(C) O preso provisório não se submete ao regimedisciplinar diferenciado, que é aplicável somenteao condenado denitivamente a pena privativa deliberdade.

(D) Sujeita-se ao regime disciplinar diferenciado ocondenado sobre o qual recaiam fundadas suspei-tas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha oubando.

(E) A inclusão no regime disciplinar diferenciado podeser aplicada por ato motivado do diretor do esta-belecimento prisional, com posterior homologaçãopelo juiz da execução.

A: o princípio da legalidade aplica-se, sim, ao regime disciplinarprevisto na LEP, que contempla, por conta disso, um rol taxativo defaltas disciplinares; B: art. 45, § 3º, da LEP. É mister que a condutade cada preso seja individualizada; C: art. 52, caput e § 1º, da LEP;D: art. 52, § 2º, da LEP; E: art. 60, caput , da LEP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/DF – 2007) Cícero, cumprindo pena napenitenciária do Distrito Federal, requer, na Vara deExecuções Criminais, livramento condicional. O juiz,ao nal, indefere o pedido. Inconformado, Cíceropode interpor:

(A)

o recurso de agravo;(B) o recurso em sentido estrito;(C) o recurso de apelação;(D) a revisão criminal executória.

Art. 197 da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/MG - 2007) Segundo as disposições da Leide Execução Penal (LEP, artigo 117), o recolhimentoem residência particular será admitido, quando setratar de:

(A) condenada gestante, independentemente do

regime prisional.(B) condenado acometido de doença grave, aindaque em regime fechado.

(C) condenada com lho menor ou deciente físicoou mental, desde que em regime semi-aberto.

(D) condenado maior de 70 (setenta) anos, desde queem regime aberto.

É a chamada prisão albergue domiciliar. Somente será permitida,conforme preleciona o art. 117 da LEP, ao beneciário de regimeaberto que se encontra nas condições especiais contidas nos incisosdo dispositivo legal.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/MG - 2007) Na condição de órgão da exe-cução penal, incumbe ao Conselho Penitenciário,EXCETO

(A) emitir parecer sobre comutação de pena.(B) supervisionar os patronatos.

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(C) emitir parecer sobre indulto com base no estadode saúde do preso.

(D) apresentar, no primeiro trimestre de cada ano,ao Conselho Nacional de Política Criminal ePenitenciária, relatório dos trabalhos efetuadosno exercício anterior.

Art. 70 da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/MG – 2008) A sentença que decide sobrea progressão do regime de cumprimento da pena érecorrível por:

(A) agravo.(B) apelação.(C) recurso em sentido estrito.(D) correição parcial.

Art. 197 da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/MG – 2008) No curso da execução da pena,sobreveio a insanidade mental do réu, apurada em

regular perícia médica. Que providência deve ser adotada pelo Juiz da Execução, em relação ao réu:

(A) colocá-lo em liberdade.(B) recolhê-lo a uma prisão albergue.(C) interná-lo em estabelecimento adequado.(D) declarar extinta a punibilidade.

Art. 183 da LEP.    G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/MT – 2009 – VUNESP) Consoante à Lei de Exe-cução Penal, somente se admitirá o recolhimento dobeneciário de regime aberto em residência particular quando se tratar de

(A) servidor judicial condenado por crime culposo.(B) condenação por fato denido como crime culposo.(C) condenada gestante.(D) condenado maior de 60 (sessenta) anos.(E) condenado que se comprometer a não se ausen-

tar da cidade.

É a chamada prisão albergue domiciliar , que somente terá lugar,nos termos do disposto no art. 117 da LEP, quando se tratar debeneciário de regime aberto que se encontrar nas condiçõesespeciais contidas nos incisos do dispositivo legal, entre eles agestante.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/PA – 2008 – FGV) O Ministério Público requer ao juiz a suspensão e posterior revogação de livra-mento condicional, isso porque o apenado foi presodurante o período de prova e terminou condenadopela prática de novo crime. Aludindo ao fato de que,embora a condenação pelo novo crime tenha sidoproferida durante o período de prova do livramento,o trânsito em julgado somente ocorreu após o términodo citado livramento, o juiz indeferiu o requerimentodo Ministério Público. Dessa decisão:

(A) não cabe recurso.

(B) cabe apelação.(C) cabe recurso em sentido estrito.(D) cabe agravo.(E) cabe carta testemunhável.

Art. 197 da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/RS – 2009) Considere as assertivas abaixosobre execução penal.

I. Quando no curso da execução da pena privativade liberdade sobrevier doença mental, o magis-trado, a pedido do Ministério Público, poderádeterminar a substituição da pena por medidade segurança.

II. O juízo da execução penal poderá realizar aconversão da pena privativa de liberdade, nãosuperior a dois anos, em restritiva de direitos,desde que cumpridos os requisitos legais.

III. O recurso adequado para atacar a decisão domagistrado que indeferiu a progressão do regimefechado ao semiaberto é o agravo em execução,que será recebido nos efeitos devolutivo e sus-pensivo.

Quais são corretas?

(A)

Apenas I(B) Apenas II(C) Apenas III(D) Apenas I e II(E) I, II e II

I: art. 183 da LEP – Lei 7.210/84; II: a conversão poderá ser realizadadesde que atendidos os requisitos listados no art. 180 da LEP; III:o agravo em execução, previsto no art. 197 da LEP, não comporta,em regra, efeito suspensivo. Este recurso obedece ao rito estabe -

lecido para o recurso em sentido estrito (arts. 582 a 592 do CPP).Proposição, portanto, errada.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/SC – 2009)

Assinale a alternativa INCOR-RETA:

(A) De acordo com o art. 49 da Lei de ExecuçãoPenal, as faltas disciplinares médias e levesdeverão ser instituídas por lei local.

(B) Em se tratando de falta disciplinar, pune-se atentativa com a sanção correspondente à faltaconsumada.

(C) Comete falta grave o condenado a pena restritivade direitos que provocar acidente de trabalho.

(D) O regime disciplinar diferenciado, ainda que por ato motivado, não pode ser aplicado pelo diretor 

do estabelecimento penal.(E) Nos termos do parágrafo único do art. 44 da

Lei de Execução Penal, não estão sujeitos àssanções disciplinares os internados submetidosa medida de segurança.

A: art. 49, caput , segunda parte, da LEP; B: é o teor do p. únicodo art. 49 da Lei de Execução Penal – Lei 7.210/84, que equi -para a falta consumada à tentada no que toca à punição; C: sóincorrerá na falta grave prevista no art. 50, IV, da LEP (provocaracidente de trabalho) o condenado à pena privativa de liberdade ;o condenado submetido a pena restritiva de direitos cometeráfalta grave se praticar qualquer das condutas previstas no art.

51 da LEP; D: nos termos do art. 54 da LEP, a inclusão do presono regime disciplinar diferenciado dependerá de provocação dodiretor do presídio, de manifestação do MP e, ao nal, a decisãoa respeito da necessidade da medida deverá ser fundamentada(art. 93, IX, CF); E: as medidas de segurança não foram inseridasno dispositivo.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL AtuALizAÇÃo Nº 1

(Magistratura/SC – 2009) Acerca da Lei de ExecuçõesPenais, é correto armar:

(A) O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátricodestina-se exclusivamente aos inimputáveis.

(B) O mesmo conjunto arquitetônico não poderáabrigar estabelecimentos penais de destinaçãodiversa, ainda que devidamente isolados.

(C) A União Federal, os Estados, o Distrito Federal eos Territórios poderão construir penitenciárias des-tinadas, exclusivamente, aos presos provisóriose condenados que estejam em regime fechado,sujeitos ao regime disciplinar diferenciado.

(D) A cadeia pública destina-se ao condenado, comsentença transitada em julgado, a pena de reclu-são, em regime fechado.

(E) A Casa do Albergado destina-se, preferencial-mente, ao cumprimento de pena privativa deliberdade, em regime semiaberto.

A: o hospital de custódia e tratamento , local adequado àquelessubmetidos à medida de segurança de internação, destina-se, nostermos do disposto no art. 99, caput , da LEP, aos inimputáveis etambém aos semi-imputáveis; B: a proposição está em descon-

formidade com o art. 82, § 2º, da LEP, que prevê a possibilidadede o mesmo conjunto arquitetônico (complexo de prédios) reunirestabelecimentos de destinação diversa, desde que devidamenteisolados; C: assertiva em conformidade com o disposto no art. 87,p. único, da Lei de Execução Penal; D: trata-se do estabelecimentodestinado a acolher presos provisórios – art. 102, LEP; E: é oestabelecimento destinado a abrigar aquele que se encontra nocumprimento da pena em regime aberto, bem como os que devemcumprir a pena restritiva de direito consistente em limitação de mde semana – art. 93, LEP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  " 

(Magistratura/SC – 2009) De acordo com a Lei n.º7.210/84, assinale a alternativa correta:

(A) Quando houver condenação por mais de umcrime, no mesmo processo ou em processos dis-tintos, a determinação do regime de cumprimentoserá feita pelo resultado da soma ou unicaçãodas penas, observada, quando for o caso, adetração ou remição.

(B) O tempo remido não será computado para aconcessão de livramento condicional e indulto.

(C) O condenado que cumpre pena em regimefechado não poderá remir, pelo trabalho, partedo tempo de execução da pena.

(D) Os reeducandos que cumprem pena em regimesemiaberto poderão obter autorização para saídatemporária do estabelecimento, com vigilânciadireta, para visita à família.

(E) O juiz não poderá, de ofício, modicar as condi-ções estabelecidas para concessão de regimeaberto.

A: art. 111, caput , da LEP; B: com a nova redação dada ao art. 128da LEP pela Lei 12.433/11, consolida-se o entendimento segundo

o qual o tempo remido deve ser computado como pena cumprida,para todos os efeitos; C: será beneciado pela remição por meiodo trabalho o condenado que cumpre pena em regime fechado  

ou semiaberto – art. 126, caput , da LEP. Neste ponto, não houvenenhuma mudança legislativa. Cremos que uma das grandesinovações trazidas pela Lei 12.433/11 consiste na remição pelo 

estudo , tema que, a despeito de estar reconhecido na Súmula341 do STJ, reclamava uma legislação que lhe desse parâmetrospara viabilizar sua aplicação. E ela veio com a Lei 12.433/11, queinseriu tal possibilidade no art. 126 da LEP; D: a saída temporáriado condenado que cumpre pena em regime semiaberto para visitara família – art. 122, I, da LEP – dispensa a vigilância direta. Vide Lei12.258/10, que disciplinou os casos de vigilância indireta; E: art.116 da LEP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/SC – 2008) Assinale a alternativa correta, deacordo com a orientação majoritária da jurisprudênciado Supremo Tribunal Federal:

(A) O condenado que cometer falta grave durante ocumprimento da pena não perde os dias remidosem face do princípio do direito adquirido.

(B) O condenado que cometer falta grave duranteo cumprimento da pena perde metade dos diasremidos.

(C) O condenado que cometer falta grave durante ocumprimento da pena perde os dias remidos.

(D) O condenado que cometer falta grave durante ocumprimento da pena perde os dias remidos naproporção do restante da pena a cumprir.

(E) O condenado que cometer falta grave durante ocumprimento da pena não perde os dias remidosem face do princípio da coisa julgada.

Em vista das alterações implementadas na LEP pela Lei 12.433/11,estabeleceu-se, no caso de cometimento de falta grave, uma pro-porção máxima em relação à qual poderá se dar a perda dos diasremidos. Assim, diante da prática de falta grave, poderá o juiz, emvista da nova redação do art. 127 da LEP, revogar no máximo 1/3do tempo remido, devendo a contagem recomeçar a partir da data

da infração disciplinar.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/SC – 2008) Assinale a alternativa INCOR-RETA:

(A) Segundo a Lei de Execução Penal, o condenadoque cumpre pena em regime fechado poderá obter saída temporária de 7 (sete) dias para visitar afamília.

(B) O condenado com mais de 70 (setenta) anos,beneciário do regime aberto, poderá cumprir apena em residência particular.

(C) Sem óbice no princípio da coisa julgada, o juizpode alterar, motivadamente, a forma de cumpri-mento da pena de limitação de m de semana.

(D) Quando houver condenação por mais de umcrime, a determinação do regime de cumprimentoserá feita pelo resultado da soma ou unicaçãodas penas.

(E) Obter ocupação lícita em tempo razoável écondição obrigatória imposta ao beneciário dolivramento condicional.

Arts. 120 a 125 da LEP. A saída temporária a que alude o art.122 da LEP destina-se aos presos que cumprem pena em regimesemiaberto.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/SP – 2007) Antônio veio a ser condenadopor crime de tráco de entorpecentes. A decisãotransitou em julgado. Agora, na fase de execução dasentença, o réu foi transferido para presídio situadoem comarca distinta da originária. Postula, então,

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EDuArDo DoMPiEri

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seja em seu favor aplicado o princípio da novatio

legis in mellius. Indaga-se se a postulação é cabívele, caso armativo, a quem deve ser dirigida.

(A) É cabível, sendo competente o Tribunal de Justiçaem sede de revisão criminal.

(B) Não é cabível porque a sentença transitou em julgado, não mais podendo ser revista.

(C) É cabível, sendo competente a vara pela qualtramita a execução penal.

(D) É cabível, sendo necessariamente deduzida navara de origem.

Art. 66, I, da LEP e Súmula 611 do STF.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/SP – 2007) Maria, durante certo tempo,apropriou-se indevidamente de certas quantias deuma agência bancária, de que era funcionária. Corre-ram três inquéritos e, por malícia do banco, um delesprocessado em Delegacia de Polícia distinta. Emrazão do primeiro e segundo inquéritos, apensados,

sobreveio sentença condenatória que reconheceua continuidade delitiva. O terceiro também rendeuensejo a outra ação criminal de que resultou novacondenação de Maria, raticados ambos os decisó-rios em segundo grau. Em tais circunstâncias, qualmedida poderá ser diligenciada em seu prol?

(A) Nenhuma, por ocorrer trânsito em julgado queconrmou a condenação.

(B) Requerimento ao Superior Tribunal de Justiça,por encontrar-se esgotada a jurisdição estadual.

(C) Revisão criminal perante o Tribunal de Justiça.(D) Unicação de penas.

Art. 66, III, a , da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/TO – 2007 – CESPE) Considere que Waleskatenha sido condenada pela prática de crime de roubo,com sentença transitada em julgado, à pena de 5anos e 4 meses a ser cumprida em regime semi-aberto. Considere, ainda, a inexistência de vaga emcolônia agrícola ou em colônia penal industrial ou emestabelecimento similar. Nesse caso, Waleska deve

(A) permanecer em liberdade, se por outro motivonão se encontrar presa, até que surja vaga emestabelecimento adequado.

(B) aguardar em regime fechado o surgimento devaga em estabelecimento adequado à execuçãodo regime semi-aberto.

(C) ser submetida a prisão domiciliar.(D) cumprir pena em colônia agrícola ou colônia

penal industrial ou em estabelecimento similar nacomarca mais próxima, dentro do mesmo estado.

A esse respeito, vide o julgado: STF, HC 87.985-SP, 2ª T., rel. Min.Celso de Mello, 20.3.2007.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Ministério Público/AM – 2008 – CESPE) Acerca da execuçãopenal, assinale a opção correta.

(A) Entende o STF que, em caso de cometimento defalta grave pelo preso durante o cumprimento dapena, haverá a perda dos dias remidos, aplicando-se analogicamente o disposto no art. 58 da Lei deExecução Penal, para limitar a perda a trinta dias.

(B) Havendo rebelião em um pavilhão do presídio, nãose podendo identicar ao certo quem deu início aela, é cabível a punição de todos os condenadosdesse pavilhão.

(C) Segundo a Lei de Execução Penal, a tentativa épunida com sanção mais branda do que a corres-pondente à falta consumada.

(D) Em caso de regime disciplinar diferenciado, otempo de isolamento ou inclusão preventiva noregime não será computado no período de cum-primento da sanção disciplinar.

(E) É nula a decisão judicial que transfere o senten-ciado do regime fechado para o regime semi-aberto, sem oitiva e anuência prévias do MP.

A: neste caso, ante a mudança implementada no art. 127 da LEPpela Lei 12.433/11, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido;B: art. 45, § 3º, da LEP. É a consagração do princípio da responsa- 

bilidade pessoal , razão pela qual é necessária a identicação dosparticipantes e individualização das condutas; C: art. 49, p. único, da

LEP; D: art. 60, p. único, da LEP; E: art. 112, § 1º, da LEP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Ministério Público/ES – 2010 – CESPE) A respeito dos inci-dentes de execução penal, assinale a opção correta.

(A) Não há previsão legal para a conversão de penade limitação de m de semana em privativa deliberdade.

(B) A legitimidade para requerer a concessão deindulto individual foi atribuída por lei apenas aosentenciado e ao MP.

(C) O tratamento ambulatorial pode ser convertido eminternação se o agente revelar incompatibilidade

com a medida, quando inexiste prazo mínimo deinternação.(D) Contra as decisões proferidas pelo juiz das

execuções cabe recurso de agravo, sem efeitosuspensivo, no prazo de cinco dias.

(E) Quando, no curso da execução da pena privativade liberdade, sobrevier doença mental ou pertur -bação da saúde mental do sentenciado, o juiz, deofício, deverá decretar a extinção da punibilidade.

A: esta possibilidade está prevista no art. 181, § 2º, da LEP; B: alémdo sentenciado e do MP, têm legitimidade para requerer o indultoindividual o Conselho Penitenciário e a autoridade administrativa

(art. 188, LEP); C: art. 184, p. único, da LEP; D: proposição emconformidade com o art. 197 da LEP; E: neste caso, deverá o juiz,em vista do disposto no art. 183 da LEP, determinar a substituiçãoda pena por medida de segurança.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Ministério Público/ES – 2005) De acordo com a lei 7.210/84e de acordo com a Jurisprudência atual do SupremoTribunal Federal, das decisões proferidas pelo Juizdas Execuções caberá:

(A) agravo no prazo de 10 dias, sem efeito suspensivo.(B) agravo no prazo de 5 dias, sem efeito suspensivo.(C) agravo no prazo de 5 dias, com efeito suspensivo.

(D) apelação no prazo de 15 dias, com efeito suspen-sivo.(E) agravo no prazo de 10 dias, com efeito suspen-

sivo.

Art. 197 da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL AtuALizAÇÃo Nº 1

(Ministério Público/GO – 2005) O regime disciplinar dife-renciado foi introduzido no Brasil pela Lei nº 10.792,de 1º de dezembro de 2003. Em relação às regrasestabelecidas para o referido regime, analise asassertivas:

I. A prática de fato denido como contravençãopenal constitui falta grave e, quando ocasione

subversão da ordem ou disciplina internas,sujeita o preso provisório, ou condenado, semprejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado

II. A duração máxima do regime disciplinar diferen-ciado é de 360 dias, sem prejuízo da sanção por nova falta grave da mesma espécie, até o limitede 1/6 da pena aplicada

III. A autoridade administrativa (diretor do presí-dio ou cadeia) poderá decretar o isolamentopreventivo do faltoso pelo prazo de 10 dias,mas a inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e daaveriguação do fato, dependerá de despachoprévio e fundamentado do juiz da execução penalno prazo máximo de 15 dias

IV. No regime disciplinar diferenciado o preso terádireito de receber visitas semanais somente de02 pessoas, com duração de 02 horas

(A) as assertivas I, II e III estão corretas(B) as assertivas II, III e IV estão corretas(C) as assertivas II e III estão corretas(D)

todas as assertivas estão corretasI: art. 52, caput , da LEP; II: art. 52, I, da LEP; III: art. 60, caput , da

LEP; IV: art. 52, III, da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Ministério Público/MG – 2010.2) Segundo o que dispõea Lei de Execução Penal (Lei n. 7.210/1984), éINCORRETO armar 

(A) que, para o preso provisório, o trabalho interno éobrigatório.

(B) que o direito à assistência material estende-se aoegresso.

(C) que a tentativa de falta disciplinar é punida com

a sanção da falta consumada.(D) que o Patronato é Órgão da Execução Penal.

A: de fato, o trabalho para o preso provisório é facultativo , nos exatostermos do art. 31, p. único, da LEP; B: arts. 10, p. único, e 11, I, daLEP; C: art. 49, p. único, da LEP; D: art. 61, VI, da LEP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Ministério Público/MG – 2010.1) Assinale a alternativaCORRETA. Nos termos do que dispõe a Lei de Exe-cução Penal (Lei nº 7.210/1984), compete ao Conse-lho Penitenciário emitir parecer sobre os pedidos de

(A) saídas temporárias.

(B) comutação de pena.(C) anistia.(D) regressão no regime prisional.(E) detração penal.

Art. 70, I, da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Ministério Público/PR – 2008) Assinale a alternativaINCORRETA:

(A) A Cadeia Pública destina-se ao recolhimento depresos provisórios.

(B) O condenado a quem sobrevier doença mentalserá internado em Hospital de Custódia e Trata-mento Psiquiátrico.

(C) O condenado que cumpre pena em regimefechado ou semi-aberto poderá remir, pelo tra-balho, parte do tempo de execução da pena.

(D) O tempo remido não será computado para aconcessão do livramento condicional e indulto.

(E) Haverá excesso ou desvio de execução sempreque algum ato for praticado além dos limitesxados na sentença, em normas legais ou regu-lamentares.

A: art. 102 da LEP; B: art. 183 da LEP; C: art. 126 da LEP; D: art.128 da LEP (o tempo remido será computado como pena cumpridapara todos os efeitos – redação conferida pela Lei 12.433/11); E: art.

185 da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Ministério Público/RR – 2008 – CESPE) Com relação à exe-cução da pena, julgue os próximos itens.

(1) Se um interno de um presídio tiver sido surpreen-dido quando fazia uso de telefone celular, nessasituação, sua conduta pode ser enquadrada comofalta grave, tendo como conseqüência a perda dosdias remidos.

(2) O regime disciplinar diferenciado poderá ser imposto aos presos provisórios e aos condenados,sendo cabível quando houver risco para a ordem

e a segurança do estabelecimento penal ou dasociedade.(3) Considere a seguinte situação hipotética. Iran foi

condenado à pena privativa de liberdade de seisanos, em regime fechado, pela prática do crime deestupro, com violência real. Tendo cumprido doisanos da pena aplicada, requereu a progressãode regime, tendo sido expedido, pelo diretor dopresídio, atestado comprovando seu bom compor-tamento carcerário. O pedido foi deferido pelo juiz.Nessa situação, o juiz agiu incorretamente, tendoem vista que, tratando-se de delito praticado com

violência contra a pessoa, torna-se imprescindívela realização de exame criminológico.

1: arts. 50, VII, e 127 da LEP, cuja nova redação impõe ao magistrado,a título de perda decorrente do cometimento de falta grave, o limitede 1/3 dos dias remidos; 2: art. 52, § 1º, da LEP; 3: a nova redaçãoconferida ao art. 112 da LEP deixou de exigir o exame criminológico.Entretanto, a jurisprudência rmou o entendimento no sentido de queo Juízo da Execução, em face das peculiaridades do caso concreto,se entender necessário, pode determinar a sua realização. Nessesentido, a Súmula 471 do STJ.

   G  a  b  a  r i t  o  1   C ,  2   C ,  3   E

(Ministério Público/SP – 2010) Assinale a armativa incor-reta, em relação ao regime disciplinar diferenciado:

(A) aplica-se ao preso provisório ou condenado quepratica crime doloso e provoca subversão daordem ou disciplina interna.

(B) aplica-se ao preso provisório ou condenadosobre o qual recaiam fundadas suspeitas de

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EDuArDo DoMPiEri

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envolvimento ou participação, a qualquer título,em organizações criminosas, quadrilha ou bando.

(C) somente o preso provisório ou condenado por crime hediondo ou assemelhado pode ser sub-metido ao regime disciplinar ou diferenciado.

(D) tem como característica o recolhimento em celaindividual.

(E)

pode ser aplicado a estrangeiros que apresentemalto risco para a ordem e a segurança do estabe-lecimento penal ou da sociedade.

A: assertiva correta, visto que em consonância com o que dispõeo art. 52, caput , da LEP; B: assertiva em consonância com o teordo art. 52, § 2º, da LEP; C: são basicamente três as hipóteses emque é possível a inclusão do preso condenado ou provisório noregime disciplinar diferenciado : quando o preso praticar fatoprevisto como crime doloso e, com isso, ocasionar subversãoda ordem ou disciplina internas; quando o preso oferecer altorisco para a ordem e para a segurança do estabelecimento penalou da sociedade; e também quando sobre o preso recair fundadasuspeita de envolvimento em organização criminosa, quadrilha oubando. Como se nota, em momento algum o legislador limitou aaplicação do regime disciplinar diferenciado ao preso provisórioou condenado por crime hediondo ou a ele assemelhado; D: estacaracterística sua está presente no art. 52, II, da LEP; E: art. 52, §1º, da LEP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Defensoria/RN – 2006) A Lei 7.210/84, Lei de ExecuçõesPenais

(A) não especifica as faltas disciplinares leves emédias, as quais competem à norma local.

(B) estabelece o regime disciplinar diferenciado queimplica recolhimento em cela individual, com

duração máxima de trezentos dias.(C) determina que os presos provisórios não podem

ser submetidos ao regime disciplinar diferenciado.(D) estabelece que o preso poderá ser levado ao

isolamento preventivo por até trinta dias.

A: art. 49 da LEP; B: art. 52, I, da LEP; C: art. 52, § 1º, da LEP; D:art. 58 da LEP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Defensoria/SP – 2009 – FCC) Seram, em virtude de doismeses de trabalho em presídio, teve declaradosremidos trinta dias de pena. Manuel, em virtude dequatro anos de trabalho em presídio, teve declarados

remidos novecentos dias de pena. Os dois pratica-ram, na mesma data, falta disciplinar de naturezagrave apurada em sindicância, reconhecidas em

 juízo a legalidade do procedimento administrativo ea tipicidade do fato. Considerando que o art. 127 daLei de Execução Penal arma que o condenado quefor punido por falta grave perderá o direito ao temporemido, assinale a alternativa correta.

(A) Há súmula do STF reconhecendo que o art. 127da Lei de Execução Penal, embora não sejainconstitucional, é desproporcional e, portanto,devem ser declarados perdidos apenas os dias

remidos em razão do período trabalhado duranteo ano em que a falta foi praticada.

(B) O art. 127 da Lei de Execução Penal é conside-rado pela jurisprudência majoritária evidentementeinconstitucional, já que fere os princípios da segu-

rança jurídica e da proporcionalidade e, portanto,só podem ser declarados perdidos, em virtude deprática de falta grave, trinta dias de remição.

(C) Há súmula do STF reconhecendo que o art. 127da Lei de Execução Penal é inconstitucional, por ser a remição instituto de extinção da pena, atravésdo qual o condenado faz com que o trabalho se

substitua à privação de liberdade; não se tratando,pois, de benefício, mas, sim, de contraprestação,fruto de opção político-criminal pelo exercício dodireito social do trabalho pelo preso.

(D) A jurisprudência majoritária é no sentido de queo art. 127 da Lei de Execução Penal é inconsti-tucional porque é fruto de ultrapassado ideal deressocialização disciplinadora e correicionalista;pretende fazer do trabalho penal e da remição uminstrumento de adestramento forçado, quando aexecução hoje está desprovida de tratamentocoativo e, consequentemente, não podem ser 

declarados perdidos os dias remidos antes daprática da falta.(E) Há súmula do STF reconhecendo que o art. 127

da Lei de Execução Penal não é inconstitucionale, portanto, todos os dias de pena remidos pelosdois presos devem ser declarados perdidos.

A assertiva se refere à Súmula Vinculante nº 9, que, com o adventoda Lei 12.433/11, perdeu sua razão de ser, já que, doravante, emrazão da nova redação dada ao art. 127 da LEP, a proporção dosdias perdidos por conta do cometimento de falta grave não poderásuperar 1/3 dos dias remidos.

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Delegado/SC – 2008)  Acerca das execuções penais,

assinale a alternativa correta.(A) Excesso ou desvio de execução ocorre quando,

durante a execução da pena, algum ato for pra-ticado além dos limites xados na sentença, emnormas legais ou regulamentes.

(B) Compete à Justiça Federal a execução das penasimpostas a sentenciados pela própria JustiçaFederal, quando recolhidos a estabelecimentossujeitos à administração estadual.

(C) A pena unicada para atender ao limite de trintaanos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do

Código Penal, é considerada para a concessãode outros benefícios ao preso, como livramentocondicional ou regime mais favorável de execução.

(D) Não se admite a progressão de regime de cumpri-mento de pena ou a aplicação imediata de regimemenos severo nela determinada antes do trânsitoem julgado da sentença condenatória.

Art. 185 da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Delegado/SP – 2008) Dentre as sanções disciplinares daLei de Execução Penal, o preso não se sujeita à (ao)

(A) advertência.

(B) repreensão.(C) suspensão de direitos.(D) proibição de remição da pena.(E) isolamento celular.

Art. 53 da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL AtuALizAÇÃo Nº 1

(Delegado/SP – 2008) Nos termos da lei de ExecuçãoPenal, não constitui órgão da execução penal

(A) o Ministério Público.(B) o Juízo da Execução.(C) o Patronato.(D) o Conselho da Comunidade.(E) Delegacia de Policia.

Art. 61 da LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Procuradoria Federal – 2007 – CESPE) Julgue o itemseguinte.

(1) Ainda que a sentença condenatória tenha transi-tado em julgado, cabe ao juízo criminal prolator da sentença a aplicação de lei mais benignaposteriormente editada.

1: art. 66, I, da LEP e Súmula 611 do STF.   G  a  b  a  r i t  o  1   E

(Defensoria Pública da União – 2007 – CESPE) Julgue o itemseguinte.

(1) As hipóteses de saídas, reguladas pela Lei deExecução Penal, são hipóteses taxativas e serãoautorizadas pelo diretor do estabelecimento,somente aos presos definitivos em regimefechado.

(2) De acordo com a Lei de Execução Penal e a jurisprudência do STJ e STF, o condenado punidopor falta grave sofre a perda da integralidade dosdias remidos.

1: art. 120 da LEP; 2: não mais. Em razão da modicação operadano art. 127 da LEP, os dias perdidos corresponderão, no máximo,a 1/3 dos dias remidos.

   G  a  b  a  r i t  o  1   E ,  2   C

 

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4. De Pcessal Penal – Aalaçã nº 1

Eduardo Dompieri

4.22. tm Cmbd o tm

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) Quanto ao acusado eseu defensor, à citação e à sentença condenatória,assinale a opção correta.(A) A falta de comparecimento do defensor, ainda

que motivada, não determinará o adiamento deato algum do processo, devendo o juiz nomear substituto, ainda que provisoriamente ou apenaspara o efeito do ato.

(B) Com o recebimento da denúncia, o processo penalterá completada a sua formação.

(C) Quando vericar que o réu se oculta para nãoser citado, o ocial de justiça deverá certicar aocorrência e proceder à citação com hora certa,na forma prevista no CPC.

(D) Ao proferir a sentença condenatória, o juiz xarátambém o valor máximo para a reparação dosdanos causados pela infração.

(E) O réu não poderá apelar sem se recolher à prisão,ou prestar ança, salvo se for primário e de bonsantecedentes, assim reconhecido na sentençacondenatória, ou condenado por crime de que selivre solto.

Art. 362 do CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/PR – 2010 – PUC/PR) Analise os temas abaixoe assinale a alternativa CORRETA:

I. No crime de tráco de drogas, o inquérito policialserá concluído no prazo de 10 (dez) dias, se oindiciado estiver preso, e de 30 (trinta) dias,quando solto.

II. Sobre a norma para a organização e a manu-tenção de programas especiais de proteção avítimas e a testemunhas ameaçadas, poderá o

 juiz, de ofício ou a requerimento das partes, con-ceder diminuição de pena de _ até _ ao acusadoque, sendo primário, tenha colaborado efetivae voluntariamente com a investigação e com oprocesso criminal, desde que dessa colaboraçãotenha resultado: I - a identicação dos demaisco-autores ou partícipes da ação criminosa; II - alocalização da vítima com a sua integridade físicapreservada; III - a recuperação total ou parcialdo produto do crime.

III. Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que opedido de interceptação telefônica seja formu-lado verbalmente, desde que estejam presentesos pressupostos que autorizem a interceptação,caso em que a concessão será condicionada àsua redução a termo.

IV. O abuso de autoridade sujeitará o seu autor àsanção penal, que, dada sua pena, o processoserá de competência dos juizados especiaiscriminais.

(A) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.(B) Apenas as assertivas I e II estão corretas.(C) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.(D) Todas as assertivas estão incorretas.

I: no crime de tráco de drogas, o inquérito deverá ser ultimadono prazo de 30 dias, se preso estiver o indiciado; e em 90 dias, nocaso de o indiciado encontrar-se solto. É o teor do art. 51 da Lei11.343/06; II: a assertiva não está em consonância com o art. 13 daLei 9.807/99, que prevê, neste caso, a concessão do perdão judicialao acusado, com a consequente extinção da punibilidade; III: art.4º da Lei 9.296/96; IV: a incidência do rito sumaríssimo aos crimesprevistos na Lei 4.898/65, com o m da vedação do procedimentoespecial (art. 61, Lei 9.099/95), é, em princípio, viável. Há autores,no entanto, que entendem que os crimes de abuso de autoridadenão comportam o procedimento estabelecido na Lei 9.099/95, dadaa incidência de efeitos no âmbito administrativo, o que seria incom-

patível com o procedimento da lei do Juizado Especial.   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/PR – 2008) Quanto aos atos jurisdicionaispenais, assinale a alternativa correta:

(A) As decisões interlocutórias simples são aquelasque encerram a relação processual sem julga-mento de mérito ou, então, põem termo a umaetapa do procedimento. São exemplos desse tipode decisão a que recebe a denúncia ou queixa edecreta ou rejeita pedido de prisão preventiva.

(B) A decisões interlocutórias mistas não se equi-param as decisões interlocutórias simples, poisas primeiras servem para solucionar questões

controvertidas e que digam respeito ao modus

 procedendi , sem, contudo, trancar a relaçãoprocessual. Enquanto as decisões interlocutóriassimples trancam a relação processual sem julgar o meritum causae.

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EDuArDo DoMPiEri

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(C) A decisão que não recebe a denúncia é termina-tiva de mérito, por isso não pode ser consideradadecisão interlocutória mista.

(D) As decisões interlocutórias simples servem parasolucionar questão controvertida e que diz res-peito ao modus procedendi , sem, contudo, trancar a relação processual, as interlocutórias mistas, por 

sua vez, apresentam um plus em relação àquelas.Elas trancam a relação processual sem julgar omeritum causae.

Interlocutórias simples são as decisões que servem para solucionarquestão atinente à marcha processual, sem, contudo, ingressarno mérito da causa; as interlocutórias mistas , por seu turno, têmforça de denitiva, já que trancam a relação processual sem julgaro mérito da causa.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/RS – 2009) Os magistrados, na esferacriminal, proferem diversas decisões, com diversosconteúdos e provimentos em diferentes momentosprocessuais, as quais também comportam impug-

nação por vários remédios jurídicos. A este respeito,considere as assertivas abaixo.

I. O juiz poderá absolver sumariamente o réusomente nos processos de competência do Tri-bunal do Júri, onde há previsão legal expressa.

II. Ao dar provimento à apelação de um dos réus,condenado por roubo consumado na penaprivativa de liberdade de seis anos de reclusãoe multa, o Tribunal de Justiça, à unanimidade,reconheceu a modalidade tentada do delitopraticado pelos dois réus e, por esse motivo,reduziu as penas do recorrente pela metade, sem

reduzir as penas do co-réu, por não ter recorrido,contrariando parecer do Ministério Público.

III. Nos crimes dolosos contra a vida, as decisõesde pronúncia e de impronúncia são impugnáveis,respectivamente, mediante recurso em sentidoestrito e apelação.

Quais são corretas?

(A) Apenas I(B) Apenas II(C) Apenas III(D) Apenas I e II

(E) I, II e III: art. 397 do CPP; II: art. 580 do CPP; III: arts. 581, IV, e 416 doCPP, respectivamente.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Magistratura/SC – 2009) Assinale a alternativa correta:

(A) O princípio da persuasão racional é aquele peloqual o juiz formará sua convicção pela livreapreciação da prova produzida em contraditório

 judicial, não podendo fundamentar sua decisãoexclusivamente nos elementos informativoscolhidos na investigação, ressalvadas as provascautelares, não repetíveis e antecipadas.

(B) No sistema acusatório pátrio vigente, o magistradoque deferiu a produção de prova pré-processualestá impedido de processar e julgar eventual açãopenal dela decorrente, pois ca comprometida aimparcialidade do julgador.

(C) O sequestro é medida assecuratória que poderecair sobre os bens imóveis adquiridos peloindiciado com os proventos da infração, salvo setenham sido transferidos a terceiros de boa-fé.

(D) As alegações nais são peças obrigatórias e suafalta causa nulidade por ausência de defesa; já adefesa prévia é peça facultativa da defesa e sua

falta não gera nulidade.A: art. 155 do CPP; B: não há essa previsão na atual legislaçãoprocessual penal. Frise-se que o anteprojeto de lei do CPP prevêo chamado “Juiz de Garantias”, em que um magistrado atuaria nafase investigativa e, após, cederia espaço para outro, que presidiria ainstrução; C: art. 125 do CPP; D: as alegações nais serão, em regra,orais - art. 403, caput , do CPP. Caso o réu, citado pessoalmente,não ofereça sua defesa escrita, deverá o juiz nomear-lhe defensorpara que o faça, concedendo-lhe vista dos autos pelo interregno de10 dias – art. 396-A, § 2º, do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Magistratura/SC – 2009) Conforme o Código de ProcessoPenal, assinale a alternativa INCORRETA:

(A) O juiz não depende necessariamente da instruçãodo processo para absolver o acusado.

(B) Nos crimes punidos com reclusão a concessãode ança depende da pena mínima cominada.

(C) Nos processos de competência do Tribunal doJúri, contra a sentença de impronúncia e absol-vição sumária caberá apelação.

(D) O militar será citado por mandado a ser cumpridopelo ocial de justiça.

(E) O juiz poderá ouvir outras testemunhas alémdaquelas arroladas pelas partes.

A: o art. 397 do CPP lista as hipóteses em que o acusado, depoisde oferecida a resposta escrita e antes da audiência de instrução ,

poderá ser absolvido sumariamente; B: a Lei 12.403/11 deu novaredação ao art. 323 do CPP e passou a admitir a ança em todosos crimes, menos naqueles relacionados neste dispositivo e emleis especiais; C: art. 416 do CPP; D: em obediência ao que dispõeo art. 358 do CPP, a citação do militar será feita por meio do chefedo respectivo serviço; E: cuida-se de faculdade que lhe confere oart. 209, caput , do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura/SC – 2009) Assinale a alternativa INCOR-RETA:

(A) Depende da aceitação do querelado a extinção

da punibilidade pelo perdão do ofendido.(B) No julgamento das apelações o Tribunal poderá

proceder a novo interrogatório do acusado.(C) O Ministério Público poderá desistir da ação penal.(D) Não pode ser incluído na lista geral de jurados

aquele que tiver integrado o Conselho de Sen-tença nos últimos 12 meses antecedentes àpublicação daquela.

(E) No primeiro grau a carta testemunhável serárequerida ao escrivão.

A: o perdão é ato bilateral, na medida em que só gera a extinção da

punibilidade se for aceito pelo querelado – art. 51 do CPP e 105 doCP; a renúncia , ao contrário, constitui ato unilateral, que independe,portanto, da manifestação de vontade do ofensor – art. 49 do CPP eart. 104 do CP; B: art. 616 do CPP; C: é defeso ao Ministério Públicodesistir da ação penal já proposta – art. 42 do CPP; D: art. 426, §4º, do CPP; E: art. 640 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL AtuALizAÇÃo Nº 1

(Magistratura/SP – 2006) Assinale a alternativa incorreta.

(A) Quando a infração deixar vestígio, será imprescin-dível o exame de corpo de delito, direto ou indireto,não podendo supri-lo a conssão do acusado.

(B) A prisão temporária pode ser decretada de ofíciopelo Juiz.

(C) Não sendo possível o exame de corpo de delito

em razão do desaparecimento dos vestígios, aprova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

(D) Desde que descrito o fato na denúncia, poderáo Juiz, na sentença, dar classicação diversa aoilícito capitulado na vestibular acusatória, aindaque tenha de aplicar pena mais grave.

A: art. 158 do CPP; B: art. 2º, caput , da Lei 7.960/89; C: art. 167 doCPP; D: art. 383 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Ministério Público/AM – 2005) Assinale a alternativacorreta;

(A) Pelo princípio da especialidade, devemos enten-

der que se aplica o procedimento do CPP e, emcaráter subsidiário o da lei especial, por ser aqueleo procedimento geral.

(B) Os crimes de imprensa previstos na Lei n.º 5.250/67,são julgados pela justiça comum, observados osprocedimentos do Código de Processo Penal.

(C) A notitia criminis é classicada como direta eindireta.

(D) Na Lei do Crime Organizado – Lei n.º 9.034/95 –não pode o juiz participar da atividade da colheitado material probatório antes de receber a denúncia.

Notitia criminis  direta se dá quando a autoridade policial tomaconhecimento da ocorrência de uma infração penal de forma direta,ou seja, por meio de suas atividades de rotina; notitia criminis indi-reta é o conhecimento que tem a autoridade policial de uma infraçãopenal por meio de um ato formal: requisição do juiz, do promotor,representação do ofendido etc.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Ministério Público/AM – 2005)Assinale a alternativa incorreta.

(A) Em razão do princípio da indisponibilidade doinquérito policial, não pode este ser arquivadopela autoridade policial.

(B) No inquérito policial, segundo o regramentoprocessual penal, haverá sigilo quando houver 

necessidade para elucidação do fato.(C) A ação penal quando for vítima a União, o Estado

ou o Município é pública condicionada a represen-tação.

(D) O prazo para o Ministério Público ofertar denúnciaou pedir arquivamento é de 15 (quinze) dias, noscrimes de ação penal pública de competênciaoriginária nos Tribunais.

A: art. 17 do CPP; B: art. 20, caput , do CPP; C: art. 24, § 2º, do CPP;D: art. 1º da Lei 8.038/90.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Ministério Público/AM – 2005) Assinale a alternativa

incorreta.(A) A ança é uma garantia real, que consiste no

pagamento em dinheiro ao Estado, visando asse-gurar ao agente o direito de permanecer solto,durante o trâmite do processo criminal.

(B) A liberdade provisória tem cabimento restrito,portanto, sendo aplicável somente nos casos deprisão preventiva ou temporária.

(C) A citação por rogatória é realizada quando o réuse encontra em outro país.

(D) É através de requisição do juiz, por ofício, ao supe-rior militar do réu, que se realiza a sua citação.

A: a ança , prevista nos arts. 321 e seguintes do CPP, consistede fato em uma garantia real, consubstanciada no pagamento emdinheiro ou na entrega de valores ao Estado, com o objetivo de asse-

gurar ao agente o direito de permanecer solto durante o processo;B: dada a nova sistemática implementada pela Lei 12.403/11, aliberdade provisória constitui um sucedâneo da prisão em agrantee uma medida alternativa à decretação da prisão preventiva; C: art.368 do CPP; D: art. 358 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Ministério Público/CE – 2009 – FCC) As Comissões Par-lamentares de Inquérito, conforme orientação doSupremo Tribunal Federal, têm poderes para

(A) a quebra de sigilo bancário e ouvir testemunhas

sobre fatos passíveis de incriminá-las, ainda quenão desejem prestar declarações.

(B) a quebra de sigilo telefônico e ouvir testemunhassobre fatos passíveis de incriminá-las, ainda quenão desejem prestar declarações.

(C) a quebra de sigilo bancário e de sigilo telefônico.(D) a quebra de sigilo telefônico e determinar inter-

ceptação telefônica.(E) a quebra de sigilo bancário e determinar intercep-

tação ambiental ou telemática.

O STF rmou entendimento no sentido de que as Comissões Parla-

mentares de Inquérito – art. 58, § 3º, da CF - estão credenciadas adeterminar a quebra do sigilo bancário, scal e telefônico, porquantocontam com poderes próprios de autoridades judiciais, desde queo ato seja fundamentado e revele a necessidade objetiva da medidaextraordinária.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(Ministério Público/MA – 2009) Assinale a alternativaINCORRETA.

(A) Comprovado que o acusado se oculta é possíveldeterminar a sua citação por hora certa.

(B) Por previsão legal é vedada a concessão de liber-dade provisória ao acusado por crime de trácode entorpecente.

(C) Havendo dúvida sobre a imparcialidade do júriou a segurança pessoal do acusado o Juiz Pre-sidente poderá determinar o desaforamento do

 julgamento para outra comarca da mesma região.(D) A denúncia será dirigida a autoridade judiciária e

o réu se defenderá do fato criminoso nela contido,delineando a acusação.

(E) Ao Promotor de Justiça se estendem, no que lhefor aplicável, as prescrições relativas à suspeiçãoe aos impedimentos dos Juízes de Direito.

A: art. 362 do CPP; B: art. 44 da Lei 11.343/06; C: o desaforamento

é determinado pelo Tribunal, mediante representação do juizpresidente, ou atendendo a requerimento formulado pelo MP, peloassistente, pelo querelante ou mesmo pelo acusado – art. 427, caput ,do CPP; D: com efeito, o réu defende-se dos fatos articulados nainicial, e não de sua capitulação legal atribuída pelo titular da ação;E: art. 258 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

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EDuArDo DoMPiEri

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(Ministério Público/MG – 2010.1) Assinale a alternativaCORRETA.

(A) A doutrina denomina decisão absolutória impró-pria aquela que condena o réu, mas reconhecea extinção da punibilidade pela prescrição.

(B) No processo penal, contam-se os prazos da datade juntada aos autos do mandado de intimação

da parte.(C) A ação penal pública condicionada somentepoderá ser iniciada se houver representação doofendido ou do seu representante legal.

(D) No rito ordinário, ocorrendo citação por edital,o prazo para a defesa será contado do compa-recimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.

(E) O processo da Carta Testemunhável na instânciasuperior seguirá o rito do Recurso em SentidoEstrito.

A: sentença absolutória imprópria  é a que impõe medida de

segurança; B: os prazos, no processo penal, são contados da datada intimação – Súmula nº 710 do STF; C: a ação penal pública seráiniciada por denúncia do MP, mas dependerá, quando a lei deter-

minar, de representação do ofendido ou de quem tiver qualidadepara representá-lo, ou de requisição do ministro da Justiça (art.24, caput , do CPP); D: art. 396, p. único, do CPP; E: art. 645 doCPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Ministério Público/MG – 2006) Assinale a alternativaCORRETA.

(A) A “súmula vinculante” não se aplica ao direitopenal e ao direito processual penal, pois tratamde direitos indisponíveis.

(B) O interrogatório do acusado é um ato privativo do juiz no processo penal comum.

(C) A Justiça Militar estadual é competente para pro-cessar e julgar os militares do Estado, nos crimesmilitares denidos em lei, mas não para as ações

 judiciais cíveis contra atos disciplinares militares.(D) A suspensão condicional do processo é admitida

em processo por crime continuado,se a penamínima de cada infração for inferior a um ano.

(E) Os prazos contam-se, de modo geral, da data daintimação, e não da juntada aos autos do man-dado ou da carta precatória ou de ordem.

Súmula 710 do STF.   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(Ministério Público/MG – 2007) Assinale a alternativaCORRETA.

(A) Admite-se a prisão em agrante delito nos crimesem que a ação penal é de iniciativa privada.

(B) Depois de regularmente citado por mandado,o não-comparecimento do réu ao interrogatório

  judicial enseja a suspensão do processo e doprazo prescricional.

(C) Quando um só fato contiver vários crimes, acompetência será xada pela conexão.

(D) A prisão especial somente poderá ser concedidadepois de instaurado o processo criminal.

(E) Por se tratar de procedimento de natureza inquisi-torial, é vedado o trancamento de inquérito policialpor meio de habeas corpus.

A: procede-se à prisão em agrante e, quando da formalizaçãodo ato, colhe-se a autorização da vítima ou de seu representantelegal; B: o art. 366 do CPP somente terá incidência na hipótese deo acusado, citado por edital, não comparecer tampouco constituiradvogado. Nesse caso, carão suspensos o processo e o curso doprazo prescricional. Agora, o acusado que, citado pessoalmente,deixar de comparecer sem motivo justicado, preleciona o art.367 do CPP que o processo seguirá sem a sua presença; C: art.

77 do CPP (continência); D: a prisão especial (art. 295 do CPP)perdurará até o trânsito em julgado da sentença condenatória,após o que o condenado é recolhido a estabelecimento comum;E: o habeas corpus (art. 647 e seguintes do CPP) constitui, sim,instrumento idôneo para trancar o inquérito policial, desde quea investigação se revele, por algum motivo, manifestamenteindevida.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Ministério Público/PR – 2009) Tendo em conta as asserti-vas abaixo, responda:

I. a medida de busca e apreensão não pode ser determinada para prender criminosos;

II. o Código de Processo Penal dispõe que a períciadeve ser elaborada por dois peritos ociais ou,na falta destes, por duas pessoas idôneas, comdiploma de curso superior preferencialmente naárea especíca, dentre as que tiverem habili-tação técnica relacionada com a natureza doexame;

III. prova ilícita, em sentido estrito, é aquela colhidasem observância às regras de direito processual;

IV. a prisão preventiva, desde que presentes os seuspressupostos e requisitos, pode ser decretada

ainda que o acusado esteja preso em virtude deprisão temporária;

V. ao disciplinar que a sentença é de responsabili-dade do juiz que presidiu a instrução, o Código deProcesso Penal adotou o princípio da identidadefísica do juiz.

(A) as assertivas II, IV e V são corretas;(B) todas as assertivas são incorretas;(C) as assertivas I, II, IV e V são corretas;(D) todas as assertivas são corretas;(E) as assertivas IV e V são corretas.

I: art. 240, § 1º, a , da CPP; II: a redação anterior do art. 159 do CPPestabelecia que a perícia fosse realizada por dois  prossionais.Atualmente, com a nova redação do dispositivo dada pela Lei11.690/08, deve a perícia ser levada a efeito por um perito ocialportador de diploma de curso superior. À falta deste, determina o§ 1º do art. 159 que o exame seja feito por duas pessoas idôneas,detentoras de diploma de curso superior preferencialmente na áreaespecíca, dentre aquelas que tiverem habilitação técnica relacio-

nada com a natureza do exame; III: reputam-se ilícitas as provasque violam normas de direito material, e ilegítimas as obtidas comdesrespeito a norma de direito processual; IV: desde que presentesos requisitos do art. 312 do CPP, nada obsta que seja decretada a

prisão preventiva em desfavor do agente preso por força de custódiatemporária; V: a Lei 11.719/08 introduziu no art. 399 do CPP o § 2º,conferindo-lhe a seguinte redação: “O juiz que presidiu a instruçãodeverá proferir a sentença”. O princípio da identidade física do juiz ,

antes exclusivo do processo civil, doravante será também aplicávelao processo penal.

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL AtuALizAÇÃo Nº 1

(Ministério Público/PR – 2008) Avalie as armações abaixoe marque a opção que corresponda, na devidaordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F,respectivamente):

I. Não será permitida a apreensão de documentoem poder do defensor do acusado, salvo quandoconstituir elemento do corpo de delito.

II. Considera-se indício a circunstância conhecida eprovada, que, tendo relação com o fato, autorize,por indução, concluir-se a existência de outra ououtras circunstâncias.

III. Considera-se em agrante delito quem é encon-trado, logo, depois, com instrumentos, armas,objetos ou papéis que façam presumir ser eleautor da infração.

IV. Nas infrações permanentes, entende-se o agenteem agrante delito enquanto não cessar a per-manência.

(A) F, F, F, F.(B) V, V, V, V.(C) V, V, F, F.(D) F, F, V, V.(E) V, V, F, F.

I: art. 243, § 2º, do CPP; II: art. 239 do CPP; III: art. 302, IV, do CPP;IV: art. 303 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Procurador do Estado/SC – 2009) Assinale a alternativacorreta.

(A) O juiz presidente pode representar o desafora-mento do julgamento pelo Tribunal do Júri.

(B) A representação do ofendido ou seu represen-tante legal nos crimes de ação penal públicacondicionada será retratável até o recebimentoda denúncia.

(C) Na hipótese de co-réus, o perdão concedido a umdos querelados aproveitará a todos automatica-mente.

(D) Compete ao Supremo Tribunal Federal a conces-são de exequatur às cartas rogatórias, bem comoa homologação de sentença estrangeira.

(E) O impedimento ou suspeição decorrente deparentesco por anidade não cessa pela dissolu-ção do casamento que lhe tiver dado causa, aindaque não tenham sobrevindo descendentes, nãopodendo funcionar como juiz o sogro, o padrasto,o cunhado, o genro ou enteado de quem for parteno processo.

A: o juiz presidente pode, de fato, representar pelo desaforamento– art. 427, caput , do CPP; B: art. 25 do CPP; C: art. 51 do CPP; D:é de competência do Superior Tribunal de Justiça, nos termos doart. 105, I, i , da CF; E: art. 255 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(Defensoria/MT – 2007) Em matéria de Súmulas vigentesdo Supremo Tribunal Federal, na área processualpenal, assinale a armativa correta.

(A) Não se admite a suspensão condicional do pro-cesso no concurso material de crimes, se a somada pena mínima da infração mais grave com oaumento mínimo de um sexto for superior a umano.

(B) A competência constitucional do Tribunal do Júriprevalece sobre o foro por prerrogativa de funçãoestabelecido na Constituição Federal.

(C) No processo penal, contam-se os prazos da datada juntada aos autos do mandado ou da cartaprecatória ou de ordem.

(D) Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena

privativa de liberdade.(E) Viola as garantias do juiz natural, da ampla

defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réuao foro por prerrogativa de função de um dosdenunciados.

A: a Súmula 723 do STF faz referência ao crime continuado , e

não ao concurso material de crimes ; B: Súmula 721 do STF: “Acompetência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre oforo por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pelaConstituição estadual”; C: de acordo com entendimento esposadona Súmula 710 do STF, os prazos, no processo penal, contam-se

da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ouda carta precatória ou de ordem; D: é o entendimento consagradona Súmula 695 do STF; E: não há que se falar em violação aosprincípios em questão, segundo entendimento rmado na Súmula704 do STF.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Delegado/PA – 2009 – MOVENS) Em relação às prisões eà prova, assinale a opção correta.

(A) A autoridade judicial, por estar submetida aoprincípio da inércia, não terá iniciativa probató-ria. No processo penal, as perícias deverão ser realizadas por dois peritos ociais.

(B) Na hipótese de crime de ação penal privada, oofendido, ou seu representante legal, decairá dodireito de queixa ou de representação, se não oexercer dentro do prazo de seis meses, contadodo dia da ocorrência do delito.

(C) Em nenhum caso a prisão preventiva será decre-tada se o juiz vericar, pelas provas constantesdos autos, que o agente praticou o fato em estadode necessidade, em legítima defesa, em estritocumprimento do dever legal ou no exercício regu-lar de direito.

(D) Após assaltarem uma farmácia no centro deBelém-PA, dois homens fugiram em direção aCuiabá-MT. Policiais civis do Estado do Pará quepassavam próximo ao local saíram em persegui-ção, mas só efetuaram a prisão dos assaltantesna capital de Mato Grosso. Nessa situação, aprisão é ilegal, uma vez que os referidos policiaisdeveriam ter acionado as autoridades policiaislocais, pois não têm autorização legal para atuar em outra unidade da Federação.

A: nada impede que o juiz, com fulcro no art. 156, II, do CPP, com

o propósito de esclarecer dúvida acerca de ponto relevante, deter-mine, em caráter supletivo, diligências com o objetivo de se atingira verdade real. De outro lado, as perícias, no processo penal, deverãoser realizadas “por perito ocial”; na falta deste, será feita por duaspessoas idôneas – art. 159, caput e § 1º, do CPP; B: art. 38 do CPP;C: art. 314 do CPP; D: art. 290 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

5/10/2018 Exercícios - D. Processual Penal (execução penal e medidas cautelares) - slidepdf.com

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EDuArDo DoMPiEri

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(Delegado/PA – 2009 – MOVENS) Quanto ao processocomum, às testemunhas e ao arquivamento deinquérito policial, assinale a opção correta.

(A) Apenas o delegado de polícia poderá mandar arquivar os autos de inquérito policial, sendovedado tal ato ao juiz.

(B) O depoimento da testemunha será prestado

oralmente, sendo permitido trazê-lo por escrito.(C) O procedimento comum sumário será adotadoquando tiver por objeto crime cuja sanção máximacominada for inferior a 6 anos de pena privativade liberdade.

(D) Será observado o procedimento comum ordinárioquando tiver por objeto crime cuja sanção máximacominada for igual ou superior a quatro anos depena privativa de liberdade.

A: ao contrário, é vedado ao delegado de polícia determinar o arqui-vamento dos autos de inquérito policial, somente podendo fazê-lo ojuiz de direito a pedido do Ministério Público – arts. 17, 18 e 28 do

CPP; B: art. 204 do CPP; C: art. 394, § 1º, II, do CPP; D: art. 394, §1º, I, do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(Magistratura Federal – 3ª Região – XIII)Assinale a alternativaincorreta:

(A) Compete ao Superior Tribunal de Justiça dirimir conito de competência entre Tribunal de Justiçaou Tribunal Regional Federal e Turma Recursaldo Juizado Especial Criminal;

(B) Basta, para fazer surgir o direito de respostaprévia previsto no artigo 514 do Código de Pro-cesso Penal, que se trate de crime praticado por 

funcionário público; tratando-se de prerrogativabenéca, essa norma estende-se em favor dequaisquer partícipes;

(C) A condenação proferida em instância única pelo Tri-bunal (ação penal originária) implica a conseqüenteexecução provisória do julgado que aplicou penaprivativa de liberdade, porque os recursos cabíveissão desprovidos de efeito suspensivo;

(D) A transformação automática da pena restritivade direitos, aplicada em transação ocorrida noJuizado Especial Criminal, em pena privativa daliberdade, discrepa da garantia constitucionaldo devido processo legal. Descumprido o termode transação o mesmo torna-se insubsistente,cabendo ao Ministério Público requerer a

instauração de inquérito policial ou oferecer adenúncia.

Tão somente os crimes aançáveis praticados por funcionáriopúblico poderão ser objeto do procedimento especial a que fazreferência o Capítulo II do Título II do CPP. Ademais disso, a noti- cação a que alude o art. 514 do CPP não se estende ao particular.A propósito, o critério para denição de crime aançável, até entãoextraído do art. 323, I, do CPP, mudou com o advento da Lei12.403/11.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(Procurador Federal – 2010 – CESPE) No que concerne acitação, sentença e aplicação provisória de interdi-ções de direitos e medidas de segurança, julgue osseguintes itens.

(1) O juiz não pode aplicar, ainda que provisoria-mente, medida de segurança no curso do inquéritopolicial.

(2) É cabível a citação por hora certa no processopenal, desde que o ocial de justiça verique ecertique que o réu se oculta para não ser citado.Nessa situação, para que se complete a citaçãocom hora certa, o escrivão deve enviar ao réucarta, telegrama ou radiograma, dando-lhe ciência

de tudo.(3) O juiz não pode, caso o réu tenha respondido ao

processo solto, impor prisão preventiva quandoda prolação da sentença penal condenatória.

1: a aplicação de medida de segurança pressupõe o devidoprocesso legal; 2: art. 362 do CPP; 3: art. 387, p. único, do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  1   C ,  2   C ,  3   E