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Exercícios de Língua Portuguesa – FCC. Bateria 1. TRE/AC. Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no texto abaixo. Multidões de mascarados e maquiados com cores alegóricas das nacionalidades envolvidas nas disputas da Copa do Mundo falam por esse meio uma linguagem que simbolicamente quer dizer muito mais do que pode parecer. Trata- se de um ritual cíclico de renovação de identidades nacionais expressas nos ornamentos e paramentos do que é funcionalmente uma nova religião no vazio contemporâneo. Aqui no Brasil as manifestações simbólicas relacionadas com o futebol e seus significados têm tudo a ver com o modo como entre nós se difundiu a modernidade, nas peculiaridades de nossa história social. Embora não fosse essa a intenção, rapidamente esse esporte assumiu entre nós funções sociais extrafutebolísticas que se prolongam até nossos dias e respondem por sua imensa popularidade. A República, em que todos se tornaram juridicamente brancos, sucedeu a monarquia segmentada em senhores e escravos, brancos e negros, todos acomodados numa dessas duas identidades. A República criou o brasileiro genérico e abstrato. O advento do futebol entre nós coincidiu com a busca de identidades reais para preencher as incertezas dessa ficção jurídica. Clubes futebolísticos de nacionalidades, de empresas, de bairros, de opções subjetivas disfarçaram as diferenças sociais reais e profundas, sobrepuseram- se a elas e tornaram funcionais os conflitos próprios da nova realidade criada pela abolição da escravatura. No futebol espaço para acomodações e inclusões, mesmo porque, sem a diversidade de clubes e sem a competição, o futebol não teria sentido. O receituário da modernidade inclui, justamente, esses detalhes de convivência com a diversidade e com a rotatividade dos que triunfam. Nela, a vida recomeça continuamente; depois da vitória é preciso lutar pela vitória seguinte. O futebol, essencialmente, massificou e institucionalizou a competição e a concorrência, elevou-as à condição de valores sociais e demonstrou as

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Exercícios de Língua Portuguesa – FCC.

Bateria 1.

TRE/AC.

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no texto abaixo.

Multidões de mascarados e maquiados com cores alegóricas das nacionalidades envolvidas nas disputas da Copa do Mundo falam por esse meio uma linguagem que simbolicamente quer dizer muito mais do que pode parecer. Trata-se de um ritual cíclico de renovação de identidades nacionais expressas nos ornamentos e paramentos do que é funcionalmente uma nova religião no vazio contemporâneo. Aqui no Brasil as manifestações simbólicas relacionadas com o futebol e seus significados têm tudo a ver com o modo como entre nós se difundiu a modernidade, nas peculiaridades de nossa história social.

Embora não fosse essa a intenção, rapidamente esse esporte assumiu entre nós funções sociais extrafutebolísticas que se prolongam até nossos dias e respondem por sua imensa popularidade. A República, em que todos se tornaram juridicamente brancos, sucedeu a monarquia segmentada em senhores e escravos, brancos e negros, todos acomodados numa dessas duas identidades. A República criou o brasileiro genérico e abstrato. O advento do futebol entre nós coincidiu com a busca de identidades reais para preencher as incertezas dessa ficção jurídica. Clubes futebolísticos de nacionalidades, de empresas, de bairros, de opções subjetivas disfarçaram as diferenças sociais reais e profundas, sobrepuseram-se a elas e tornaram funcionais os conflitos próprios da nova realidade criada pela abolição da escravatura.

No futebol há espaço para acomodações e inclusões, mesmo porque, sem a diversidade de clubes e sem a competição, o futebol não teria sentido. O receituário da modernidade inclui,

justamente, esses detalhes de convivência com a diversidade e com a rotatividade dos que triunfam. Nela, a vida recomeça continuamente; depois da vitória é preciso lutar pela vitória seguinte.

O futebol, essencialmente, massificou e institucionalizou a competição e a concorrência, elevou-as à condição de valores sociais e demonstrou as oportunidades de vitória de cada um no rodízio dos vitoriosos. Nele, a derrota nunca é definitiva nem permanente. Por esse meio, o que era mero requisito do funcionamento do mercado e da multiplicação do capital tornou-se expressamente um rito de difusão de seus princípios no modo de vida, na mentalidade e no cotidiano das pessoas comuns.

É nesse sentido que o futebol só pode existir em sociedades competitivas e de antagonismos sociais administráveis. ora delas, não é compreendido. Há alguns anos, um antropólogo que estava fazendo pesquisa com os índios xerentes, de Goiás, surpreendeu-se ao ver que eles haviam adotado entusiasticamente o futebol. Com uma diferença: os 22 jogadores não atuavam como dois times de 11, mas como um único time jogando contra a bola, perseguida em campo todo o tempo. Interpretaram o futebol como ritual de caça. Algo próprio de uma sociedade tribal e comunitária.

(Adaptado de José de Souza Martins. O Estado de S. Paulo, aliás, J7, 4 de julho de 2010)

1. É correto perceber no texto que o autor

(A) contesta a noção de que o futebol, com seu ritual próprio, possa ser considerado símbolo de uma única nação ou região geográfica.

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(B) assinala a interferência dos rituais religiosos numa atividade esportiva, que deveria se caracterizar por linguagem e normas específicas.

(C) critica a interferência de interesses financeiros e de mercado que cercam o futebol, extrapolando seus objetivos originais, de esporte e lazer.

(D) defende a ideia de que o futebol é democrático, ao permitir a ascensão social, independentemente de eventuais desigualdades.

(E) aponta a transformação de um esporte, de início democrático, em elemento primordial de afirmação de valores pessoais e de nacionalidades distintas.

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2. O exemplo dos índios xerentes coloca em evidência a

(A) retomada da imagem de multidões de mascarados e maquiados que falam por esse meio uma linguagem que simbolicamente quer dizer muito mais do que pode parecer.

(B) insistência na opinião já exposta de como entre nós se difundiu a modernidade, nas peculiaridades de nossa história social.

(C) dúvida a respeito do que foi afirmado sobre o modo como rapidamente esse esporte assumiu entre nós funções sociais extrafutebolísticas.

(D) importância, no Brasil, de um esporte cujas opções subjetivas disfarçaram as diferenças sociais reais e profundas.

(E) justificativa da afirmação de que o futebol só pode existir em sociedades competitivas e de antagonismos sociais administráveis.

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3. Dentre as funções sociais extrafutebolísticas apontadas no texto, só NÃO se encontra a:

(A) descoberta de identidades que surgiram com a difusão desse esporte entre nós.

(B) valorização do capital financeiro, que possibilita maior número de conquistas vitoriosas.

(C) democratização, por ter se transformado em uma atividade acessível a todos.

(D) igualdade de tratamento e de oportunidades aos integrantes das diferentes classes sociais.

(E) possibilidade de triunfo em diferentes situações e a qualquer momento, com base no esforço individual.

4. Algo próprio de uma sociedade tribal e comunitária.

O comentário acima, que encerra o texto, deve ser corretamente entendido como

(A) reconhecimento de um engano na avaliação da importância do futebol no mundo moderno, a partir do desrespeito às suas regras em algumas sociedades.

(B) percepção de que nem sempre o esporte é corretamente praticado, especialmente em agrupamentos sociais afastados dos centros mais populosos.

(C) conclusão coerente da constatação de que as regras do futebol reproduzem a competitividade e a concorrência que caracterizam as sociedades contemporâneas.

(D) concordância com uma visão conservadora do futebol, como símbolo de comunidades mais desenvolvidas e organizadas socialmente.

(E) opinião, de certo modo preconceituosa, de que sociedades marcadas por um certo primitivismo não conseguem assimilar normas de sociedades mais avançadas.

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5. A República criou o brasileiro genérico e abstrato. (2o parágrafo) O mesmo tipo de complemento verbal grifado acima está na frase:

(A) ... esse esporte assumiu entre nós funções sociais extrafutebolísticas ...

(B) ... respondem por sua imensa popularidade.

(C) O advento do futebol entre nós coincidiu com a busca de identidades reais ...

(D) ... a vida recomeça continuamente ...

(E) ... os 22 jogadores não atuavam como dois times de 11 ...

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Atenção: Para responder às questões de números 6 e 7, considere o segmento: Com uma diferença: os 22 jogadores não atuavam como dois times de 11, mas como um único time jogando contra a bola, perseguida em campo todo o tempo. (último parágrafo)

6. Os dois pontos introduzem

(A) sequência de fatos que justificam a surpresa do pesquisador citado.

(B) enumeração de situações pertinentes a uma sociedade tribal.

(C) contestação apresentada pelo autor sobre a opinião do antropólogo.

(D) repetição enfática de informações apresentadas anteriormente.

(E) comentário explicativo a respeito da afirmativa anterior a eles.

7. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado no segmento transcrito está na frase:

(A) A rivalidade entre torcedores fanáticos por seus clubes leva, muitas vezes, a comportamentos agressivos, dentro e fora dos estádios.

(B) O comportamento da torcida exibia o orgulho pela beleza do espetáculo e pelo bom desempenho do time durante a partida.

(C) As cores das pinturas faciais e das máscaras carregam simbolismos próprios de cada nação representada por elas.

(D) A presença de torcedores maquiados, com bandeiras de diferentes países, sempre constituiu um espetáculo à parte no futebol.

(E) Sociedades estruturadas com valores comunitários não compreenderiam as regras de um jogo caracterizado pela competitividade.

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8. Considerando-se a substituição dos segmentos grifados por aqueles colocados entre parênteses no final de cada frase, o verbo que deve permanecer no singular está em:

(A) ... como entre nós se difundiu a modernidade ... (os benefícios da modernidade)

(B) Embora não fosse essa a intenção ... (essas as intenções)

(C) No futebol há espaço para acomodações e inclusões ... (vários espaços)

(D) ... o futebol não teria sentido. (os jogos de futebol)

(E) Nele, a derrota nunca é definitiva nem permanente. (as derrotas)

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9. A República, em que todos se tornaram juridicamente brancos, sucedeu a monarquia ... (2o parágrafo) A expressão pronominal grifada acima completa corretamente a lacuna da frase:

(A) As cenas de alegria, ...... torcedores agitavam bandeiras, ficaram gravadas na memória de todos.

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(B) Apesar dos esforços para a conquista do título ...... todos sonhavam, a equipe foi eliminada do torneio.

(C) A vitória naquele jogo, importante ...... a equipe disputasse o título de campeã, tornou-se o objetivo maior do técnico.

(D) Diante das expressivas vitórias no campeonato, nenhum jogador entrava em campo ...... fosse aplaudido pela torcida.(E) Os jogadores ...... todos se lembram são aqueles que trouxeram grandes alegrias para a torcida.

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10. A frase redigida com lógica, clareza e correção é:

(A) O esporte é motivo de orgulho à todos os participantes de um torneio que se valorisa identidades nacionais.

(B) As competições esportivas, em todo o mundo, oferece belas cenas da torcida, vestida com as cores de seus países.

(C) A difuzão do futebol em todo o mundo levou à se realizar campeonatos nos quais muitos times destacam-se.

(D) No esporte, é necessário estabelecer metas cujo alcance não deve ser comprometido por eventuais derrotas.

(E) Verdadeiros cameões é aqueles que se disporam a lutar por objetivos e se empenharam em sua conquista.

Gabarito:

001 – D

002 – E

003 – B

004 – C

005 – A

006 – E

007 – B

008 – C

009 – A

010 – D

TER/AL

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

O século XX escolheu a democracia como forma predominante de governo e, para legitimá-la, as eleições pelo voto da maioria. O momento eleitoral passou a mobilizar as energias da política e trazer ao debate as questões públicas relevantes. No entanto, demagogias de campanha e mandatos mal cumpridos foram aos poucos empanando a festa de cidadania do sufrágio universal.

Pierre Rosanvallon propõe como um dos critérios para avaliar o grau de legitimidade de uma instituição a sua capacidade de encarnar valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade como tais. Assim como a confiança entre pessoas, legitimidade é uma entidade invisível. Mas ela

contribui para a formação da própria essência da democracia, levando à adesão dos cidadãos. Afinal, a democracia repousa sobre a ficção de transformar a maioria em unanimidade, gerando uma legitimidade sempre imperfeita. O consentimento de todos seria a única garantia indiscutível do respeito a cada um.

Mas a unanimidade dos votos é irrealizável. Por isso a regra majoritária foi introduzida como uma prática necessária. Na democracia os conflitos são inevitáveis, porque governar é cada vez mais administrar os desejos das várias minorias em busca de consensos que formem maiorias sempre provisórias. Há, assim, uma contradição inevitável entre a legitimidade dos conflitos e a necessidade de buscar consensos. Fazer política na democracia implica escolher um campo, tomar partido.

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Quanto mais marcadas por divisões sociais e por incertezas, mais as sociedades produzem conflitos e necessitam de lideranças que busquem consensos. Como o papel do Poder Executivo é agir com prontidão, não lhe é possível gerir a democracia sem praticar arbitragens e fazer escolhas. Mas também não há democracia sem o Poder Judiciário, encarregado de nos lembrar e impor um sistema legal que deve expressar o interesse geral momentâneo; igualmente ela não existe sem as burocracias públicas encarregadas de fazer com que as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas com certa eficiência e autonomia.

(Gilberto Dupas. O Estado de S. Paulo, A2, 17 de janeiro de 2009, com adaptações)

1. De acordo com o texto,

(A) a autonomia de uma rotina administrativa é um dos fundamentos essenciais à existência de uma verdadeira democracia.

(B) o regime democrático, apesar de sua validade no momento eleitoral, torna-se ilegítimo por não conseguir o pleno consenso da maioria da população.

(C) a democracia constitui a legítima forma de governo, apesar do abuso demagógico de alguns políticos.

(D) os mandatos conferidos pelo sufrágio universal devem ser integralmente cumpridos pelos políticos eleitos.

(E) a legitimidade de uma democracia só estará garantida se houver um consenso entre a maioria das pessoas.

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2. Segundo o autor,

I. basear-se em opiniões alheias para a tomada de certas decisões pode originar conflitos que

ponham em risco a ordem pública essencial em regimes democráticos.

II. respeitar a vontade da maioria é uma prática democrática que se impôs pela impossibilidade de haver unanimidade no trato de questões de ordem pública.

III. estabelecer um consenso entre as mais variadas opiniões existentes em grupos minoritários coloca em risco a legitimidade de uma democracia.

Está correto o que se afirma em

(A) I, somente.

(B) II, somente.

(C) I e III, somente.

(D) II e III, somente.

(E) I, II e III.

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3. A contradição inevitável a que o autor alude, no 3o parágrafo, refere-se

(A) à definição do momento eleitoral mais apropriado e à legitimação desse pleito com a escolha determinada pela maioria dos eleitores.

(B) ao verdadeiro grau de legitimidade de uma instituição e à confiança nessa instituição depositada pela maioria de seus representantes.

(C) à existência de conflitos e à ausência de unanimidade que exigem até mesmo a tomada de decisões arbitrárias, dentro do processo democrático.

(D) à necessidade de legitimação de uma democracia pelo consenso obtido na representação das minorias.

(E) à importância de um debate público sobre questões políticas relevantes e ao inevitável surgimento de conflitos entre opiniões divergentes.

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4. O desenvolvimento do texto apresenta-se como

(A) defesa apaixonada dos regimes democráticos estabelecidos no século XX, essenciais para garantir o consenso absoluto entre a maioria dos cidadãos.

(B) descrença, apoiada na opinião de outro especialista, na legitimidade de regimes democráticos que não conseguem estabelecer consensos entre os cidadãos.

(C) discussão aprofundada sobre a ineficácia de certos regimes democráticos, apesar da legitimidade conferida pelos votos da maioria.

(D) crítica velada à superposição de atribuições aos Poderes, especialmente quanto ao Executivo e ao Judiciário, nos regimes democráticos do século XX.

(E) explanação lógica e coerente, a partir de conceitos sobre o assunto, de elementos inerentes à prática dos Poderes num regime democrático.

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5. Identifica-se relação de causa e consequência, respectivamente, no segmento:

(A) O século XX escolheu a democracia como forma predominante de governo e, para legitimá-la, as eleições pelo voto da maioria.

(B) Assim como a confiança entre pessoas, legitimidade é uma entidade invisível. Mas ela contribui para a formação da própria essência da democracia...

(C) Quanto mais marcadas por divisões sociais e por incertezas, mais as sociedades produzem conflitos e necessitam de lideranças que busquem consensos.

(D) Mas também não há democracia sem o Poder Judiciário, encarregado de nos lembrar e impor um sistema legal...

(E) Como o papel do Poder Executivo é agir com prontidão, não lhe é possível gerir a democracia sem praticar arbitragens e fazer escolhas.

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6. ... a sua capacidade de encarnar valores e princípios... (2o parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:

(A) Mas ela contribui para a formação da própria essência da democracia ...

(B) Afinal, a democracia repousa sobre a ficção ...

(C) O consentimento de todos seria a única garantia indiscutível ...

(D) ... mais as sociedades produzem conflitos ...

(E) ... e necessitam de lideranças ...

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7. ... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade como tais. (2o parágrafo) Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo passará a ser, corretamente,

(A) perceba.

(B) foi percebido.

(C) tenham percebido.

(D) devam perceber.

(E) estava percebendo.

8. ... encarregadas de fazer com que as rotinas administrativas essenciais à vida em comum sejam realizadas com certa eficiência e autonomia. (final do texto) A expressão grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) Muitos políticos duvidavam ...... fosse possível chegar a um consenso naquela questão.

(B) A prática política ...... os idealistas sonhavam mostrou- se ineficaz diante de tantos conflitos.

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(C) O regime democrático, ...... são respeitadas as liberdades individuais, foi finalmente restabelecido naquele país.

(D) Esperava-se apenas a publicação oficial das normas ....... se marcasse a data das leições

(E) Nem sempre, em um regime democrático, são tomadas as decisões ...... a maioria espera.

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9. A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:

(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimidade a suas decisões.

(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser embasados na percepção dos valores e princípios que regem a prática política.

(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regime democrático, em que se respeita tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.

(D) As instituições fundamentais de um regime democrático não pode estar subordinado às ordens indiscriminadas de um único poder central.

(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o momento eleitoral, que expõem as diferentes opiniões existentes na sociedade.

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10. Foi bem-vinda a voz de um poder administrativo independente. A voz de um poder administrativo independente encarna o interesse geral. O poder administrativo independente atenua a legitimidade imperfeita da democracia. As frases acima articulam-se em um único período, com clareza, lógica e correção, em:

(A) Foi bem-vinda a voz de um poder administrativo independente, cuja a voz encarna o interesse geral, na atenuação da legitimidade imperfeita da democracia.

(B) A voz de um poder administrativo independente de que está encarnando o interesse geral, está também atenuando a legitimidade imperfeita da democracia.

(C) Atenuando a legitimidade imperfeita da democracia, e sendo bem-vinda a voz de um poder administrativo independente, de onde se encarna o interesse geral.

(D) A voz de um poder administrativo independente, que encarna o interesse geral, foi bem-vinda para atenuar a legitimidade imperfeita da democracia.

(E) Como o poder administrativo independente atenua a legitimidade imperfeita da democracia, deve ser bem-vinda a voz desse poder encarnando o interesse geral.

Gabarito:

01 – E 002- B 003 - C 004 - E 005 - E 006 - D 007 - A 008 - B 009 - A 010 - D

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TER/AM

1. Na charge, o efeito de humor deve-se prioritariamente:

(A) à deselegância do garçom ao anunciar, em tom coloquial e em voz alta, a falta de gelo.

(B) ao descabido uso de fones pelas personagens que compõem a cena.

(C) à possibilidade de se entender a fala do garçom como alusão a questões climáticas do planeta.

(D) à indiferença da plateia diante da inesperada notícia.

(E) à inadequação de bebidas serem servidas em reunião de líderes das principais nações do mundo.

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2. A frase que traduz corretamente o que se tem na charge é: O garçom disse que o gelo

(A) havia acabado.

(B) estava para acabar.

(C) acabaria fatalmente, em breve espaço de tempo.

(D) acaba logo.

(E havia acabado naquele exato instante.

Atenção: As questões de números 3 a 7 referem-se ao texto apresentado abaixo.

E se uma droga derivada do alcaçuz fosse capaz de salvar as nossas recordações? Segundo um estudo da Universidade de Edimburgo (Escócia), a carbenoxolona melhora as capacidades mentais dos idosos, incluindo a memória, que vai se deteriorando com o passar dos anos. Essa substância − na realidade, um agente derivado da raiz do alcaçuz − poderá ser útil para combater o mal de Alzheimer e talvez também para melhorar nossa performance nos exames. “As memórias são um ‘fato’ químico”, confirma Nancy Ip, diretora de Instituto de Pesquisa em Hong Kong: “Recentemente, nós identificamos a proteína que contribui para a sobrevivência e para o desenvolvimento das células nervosas e que poderia oferecer recursos para criar medicamentos contra doenças que afetam a memória”.

Enquanto se espera que os estudos possam conduzir a resultados mais concretos, o que podemos fazer para melhorar a nossa capacidade mental? A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis. Ela não é monolítica, mas constituída de diversas atividades e funções. Uma importante distinção a ser feita é entre a memória de curto e a de longo prazo. A primeira, que é encarregada de reter as informações por pouco tempo, localiza-se no lobo parietal inferior e no lobo frontal do cérebro, enquanto a memória de longo prazo é ligada ao hipocampo e às áreas vizinhas.

De acordo com Alan Baddelay, da universidade inglesa de York, a memória de curto prazo tem

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espaço limitado, podendo reter de cinco a nove unidades de informação: palavras, datas, números. Já a memória de longo prazo é ilimitada. O problema é arquivar a informação na memória de longo prazo, para recordar quando necessário. Como? “Quanto mais a pessoa souber, mais fácil será recordar”, diz Baddelay. Em suma, a memória não é um recipiente que é totalmente preenchido: ao contrário, ela sempre possibilita o ingresso de novas informações. Quem usa uma linguagem rica e articulada recorda-se melhor. Da mesma forma, quem sabe vários idiomas tem mais facilidade para aprender um novo.

(Adaptado de Fabíola Musarra, “Memória: segredos para explorar todo o seu poder”. In. Planeta: conheça o mundo, descubra você.

Ed. Três. Edição 447, Ano 37, Dez/2009, p.41-42)

3. Considerado o primeiro parágrafo do texto, é correto afirmar:

(A) A frase inicial levanta hipótese que, embora expressando um desejo humano, se revela fantasiosa, pois não tem apoio algum na realidade atual.

(B) A carbenoxolona é a nova droga que garantirá imunidade contra o mal de Alzheimer.

(C) A capacidade mental mais afetada com o passar do anos é a memória, conforme estudo realizado com idosos em universidade escocesa.

(D) Pessoas que não apresentam bom desempenho em exames podem ser potenciais portadores de doenças como o mal de Alzheimer.

(E) Na base da memória stá um mecanismo químico que a ciência começa a conhecer.

4. No segundo parágrafo do texto, a autora,

(A) ao definir o que é a memória, expressa seu desacordo com o entendimento de Nancy Ip sobre essa capacidade mental.

(B) ao afirmar que a memória não é monolítica, quer dizer que a memória não se compõe de um único elemento.

(C) ao mencionar a importante distinção, refere-se a uma diferença que os pesquisadores citados têm deixado de lado em seus trabalhos.

(D) ao caracterizar a memória de curta e a de longa duração, revela que a primeira é a que a maioria das pessoas apresenta, e a segunda, só cérebros privilegiados.

(E) ao caracterizar a memória de curta e a de longa duração, mostra que a segunda é a menos conhecida pelos pesquisadores.

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5. Considerado o terceiro parágrafo, é correto afirmar:

(A) O emprego da expressão podendo reter evidencia que afirmações sobre a memória de curto prazo são unicamente suposições.

(B) Palavras, datas e números fixam-se de modo exclusivo na memória de curto prazo.

(C) A memória de longo prazo já ultrapassou, na contemporaneidade, todo o seu limite.

(D) O desafio a enfrentar não é a limitação do espaço da memória de longo prazo, mas o arquivamento das informações para posterior utilização.

(E) A autora apresenta um problema para o qual ainda não existem soluções possíveis.

_______________________________________

6. Em suma, a memória não é um recipiente que é totalmente preenchido: ao contrário, ela sempre possibilita o ingresso de novas informações. Quem usa uma linguagem rica e articulada recorda-se melhor. Da mesma forma, quem sabe vários idiomas tem mais facilidade para aprender um novo. A redação que, clara e correta, preserva o sentido original de um segmento do trecho acima transcrito é:

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(A) Suscintamente dizendo a memória não é vaso preenchível, quando ela possibilita a adição de novas informações.

(B) De modo resumido, a memória não é própria para ser preenchida em plenitude, pois, contrariamente, é passível a receber informações sequenciais.

(C) Sintetizando: opostamente a memória admite informações originais, em vez de constituir objeto a ser preenchido.

(D) Aquele que faz uso de idioma articulado e rico, pode ter recordação fácil.

(E) O aprendizado de um novo idioma dá-se de maneira mais fácil para as pessoas que já conhecem outras línguas.

7. Uma análise do texto permite afirmar com correção que:

(A) Caso se tratasse de mais de uma substância, além da carbenoxolona, a concordância estaria correta assim "Essas substâncias [...] podem ser útil para combater o mal de Alzheimer".

(B) O emprego dos parênteses, na linha 3, é exigido pela natureza da informação: o maior rigor na especificação do local.

(C) A vírgula depois de memória (linha 5) é optativa, pois, se for retirada, o sentido original da frase não se altera.

(D) Construções como as nossas recordações e nossa performance constituem marcas da subjetividade do autor ao tratar do tema.

(E) Na frase A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis, o emprego de armazenar constitui redundância inadequada, pois essa palavra nada acrescenta ao sentido de adquirir.

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Atenção: As questões de números 8 a 14 referem-se ao texto apresentado abaixo.

Exame médico

Reforçam-se as evidências da baixa qualidade de ensino em cursos de medicina do país. Esse retrato vem sendo confirmado anualmente desde 2005, quando o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) decidiu implementar uma prova de avaliação, facultativa, dos conhecimentos dos futuros médicos.

Neste ano, 56% dos formandos que prestaram o exame foram reprovados. O número já é expressivo, mas é razoável supor que a proporção de estudantes despreparados seja maior. A prova não é obrigatória, e os responsáveis por sua execução avaliam que muitos dos maus alunos boicotam o exame, frequentemente estimulados por suas faculdades.

A prova da Ordem dos Advogados do Brasil pode fornecer um parâmetro, ainda que imperfeito. Na primeira fase do exame da OAB neste ano, o índice de reprovados na seccional paulista chegou a 88%.

A vantagem do teste entre advogados está em sua obrigatoriedade. Trata-se de uma prova de habilitação, ou seja, a aprovação é indispensável para o exercício da profissão. É do interesse da sociedade, da saúde pública e de seus futuros pacientes que os alunos de medicina também sejam submetidos a uma prova de habilitação obrigatória.

O Cremesp, que defende o exame compulsório, diz, no entanto, que a aplicação de testes teóricos, aos moldes do que faz a OAB, seria insuficiente. Devido ao caráter prático da atividade médica, seria imprescindível, afirma a entidade, a realização de provas que averigúem essa capacidade entre os recém-formados.

Se implementado nesses moldes, um exame obrigatório nacional cumpriria dupla função: impediria o acesso à profissão de recém-formados despreparados e, ao longo do tempo, estimularia uma melhora gradual dos cursos universitários de medicina.

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(Editorial da Folha de S. Paulo, 17 de dez. de 2009, Opinião, A2)

8. Considere as afirmações abaixo sobre o editorial.

I. Faz sugestivo jogo de palavras: usa a expressão Exame médico, que remete à inspeção feita no corpo de um indivíduo para chegar a um diagnóstico sobre seu estado de saúde, para referir uma prova de avaliação a ser realizada por formandos em medicina.

II. Aproxima a área médica e a área do direito, acerca da avaliação dos indivíduos que desejam exercer as respectivas profissões, de modo a evidenciar o reconhecimento, em plano mundial, da fragilidade da formação desses futuros profissionais.

III. Critica a imperfeição do sistema de avaliação dos formados em direito, considerando essa falha como fator que tira da prova realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil a possibilidade de ser tomada como padrão para outras áreas do conhecimento.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I.

(B) I e II.

(C) I e III.

(D) II.

(E) II e III.

________________________________________

9. Considerado o contexto, está corretamente entendido o seguinte segmento:

(A) (linhas 5 e 6) decidiu implementar uma prova de avaliação [...] dos conhecimentos dos futuros médicos / determinou que uma das partes do exame acerca dos conhecimentos dos futuros médicos fosse mais rigorosa.

(B) (linhas 9 e 10) é razoável supor que a proporção de estudantes despreparados seja

maior / suficientes razões permitem a suspeita de que a porcentagem de estudantes despreparados seja maior.

(C) (linhas 11 e 12) muitos dos maus alunos boicotam o exame / a maior parte dos alunos, mal preparados, é responsável pela baixíssima média das notas do exame.

(D) (linha 25) defende o exame compulsório / opta por realizar exame mais abrangente no que se refere aos temas de saúde.

(E) (linhas 28 e 29) seria imprescindível [...] a realização de provas / seria inoportuna a exigência de provas.

________________________________________10. O Cremesp, que defende o exame compulsório, diz, no entanto, que a aplicação de testes teóricos, aos moldes do que faz a OAB, seria insuficiente. Considerado o contexto, a locução destacada acima equivale a:

(A) a propósito.

(B) ainda.

(C) todavia.

(D) por isso.

(E) nesse sentido.

11. O Cremesp, que defende o exame compulsório, diz, no entanto, que a aplicação de testes teóricos, aos moldes do que faz a OAB, seria insuficiente. Considerado o contexto, traduz-se corretamente, e em conformidade com o padrão culto escrito, o que está acima sublinhado, em:

(A) definidos sob o controle dos dirigentes da OAB.

(B) em respeito com as diretrizes impostas pela OAB.

(C) idênticos com os já aplicados pela OAB.

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(D) de modo semelhante ao adotado pela OAB.

(E) idealizados a partir do que a OAB direciona.

________________________________________

12. A forma ou locução verbal que expressa ação totalmente realizada no passado é a destacada em:

(A) Reforçam-se as evidências da baixa qualidade de ensino em cursos de medicina do país.

(B) Esse retrato vem sendo confirmado anualmente desde 2005.

(C) ... quando o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) decidiu implementar uma prova de avaliação, facultativa, dos conhecimentos dos futuros médicos.

(D) ... é razoável supor que a proporção de estudantes despreparados seja maior.

(E) ... seria imprescindível [...] a realização de provas...

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13. Está totalmente clara, e em conformidade com a norma culta escrita, a seguinte reformulação da frase Esse retrato vem sendo confirmado anualmente desde 2005:

(A) Esse retrato vem sendo confirmado anualmente a mais de três anos.

(B) Devem fazer uns quatro anos que se confirma anualmente esse retrato.

(C) Se faz confirmações anuais desse retrato, de 2005, em seguida.

(D) Vindo de 2005, a confirmação desse retrato é anual.

(E) Confirma-se esse retrato anualmente, desde o ano de 2005.

________________________________________

14. Se implementado nesses moldes, um exame obrigatório nacional cumpriria dupla função: impediria o acesso à profissão de recém-formados despreparados e, ao longo do tempo, estimularia uma melhora gradual dos cursos universitários de medicina. Considerados o trecho acima e o respeito ao padrão culto escrito, é correto afirmar:

(A) No início do trecho, está implícita a forma verbal “fosse”; caso estivesse subentendida a forma “for”, deveria ser usada a forma “cumprirá”.

(B) A forma verbal cumpriria foi empregada para expressar fato futuro tomado como certo e próximo de se realizar.

(C) Os dois-pontos anunciam ideias que, consideradas de grande importância, não haviam recebido nenhuma referência anteriormente.

(D) O uso do sinal indicativo da crase manteria sua correção se o segmento fosse: “impediria o acesso à mais de um cargo que exige boa formação profissional”.

(E) Assim como profissão, está adequadamente grafado o vocábulo “assensão”.

Gabarito

1 – C 2 - A 3 - E 4 - B 5 - D 6 - E 7 - D 8 - A 9 - B 10 - C11 - D 12 - C 13 - E 14 - A

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TER/AP

Atenção: Para responder às questões de números 1 a 12, considere o texto abaixo.

França, berço da tríade de valores modernos de liberdade, igualdade e fraternidade, deu passo temerário ao proibir o uso, em espaços públicos, de véus que cubram totalmente o rosto. Trata-se de uma manifestação de intolerância difícil de reconciliar com os valores que a nação francesa veio a representar no mundo.

Na prática, a proibição criminaliza o porte de indumentárias tradicionais em alguns grupos muçulmanos, como o niqab (que deixa só os olhos à mostra) e a burca (que os mantém cobertos por uma tela). A legislação adotada em 2010 entrou em vigor nesta semana e já motivou a aplicação de uma multa de cerca de R$ 340.

A lei interdita o uso de vestimentas que impeçam a identificação da pessoa, sob o pretexto de que essa dissimulação pode favorecer comportamentos suscetíveis de perturbar a ordem pública. Vale para ruas, parques, escolas, repartições, bibliotecas, hospitais, delegacias e ginásios de esporte. Domicílios, veículos particulares e locais de culto ficam excetuados.

Nesse grau de eneralidade, a lei se aplicaria a qualquer acessório − como máscaras ou capacetes − que oculte o rosto. A intenção de discriminar muçulmanas transparece quando se considera a exceção feita na lei: máscaras usadas no contexto de festas, manifestações artísticas ou procissões religiosas, "desde que se revistam de caráter tradicional".

Cristãos, portanto, podem cobrir o rosto no Carnaval, no Halloween ou em procissões. Muçulmanas, no dia a dia, não − ainda que a peça seja de uso tradicional. O argumento da obrigatoriedade de identificação é ponderável. A própria legislação admite que a identidade seja confirmada em recinto policial. A imposição de multa, porém, parece abusiva.

A roupa e o uso de adereços − como crucifixos ou outros símbolos religiosos − deveriam ser considerados parte integrante do direito à expressão da personalidade, o que inclui a fé. Decreto que em muitos casos o uso do véu é imposto pela família e pode ser um símbolo de sujeição da mulher, mas basta uma que o faça por vontade própria para que a lei resulte em violação de seus direitos.

A medida extrema só encontra explicação no sentimento xenófobo que se dissemina pela França. Vem a calhar para o presidente Nicolas Sarkozy, que parece disposto a tudo para melhorar seus índices de popularidade.

(Folha de S.Paulo. Opinião. 13 de abril de 2011)

1. O título que dá conta do assunto tratado com prioridade no texto é:

(A) Privilégios dos cristãos.

(B) Intolerânci à francesa.

(C) Datas religiosas e pagãs.

(D) Índices de popularidade de Nicolas Sarkozy.

(E) Lugares públicos e privados.

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2. O autor do editorial, ao

(A) referir-se a berço (linha 1), reconhece a França como origem de valores fundamentais, mas, ao mencionar modernos (linha 1), critica o anacronismo da tríade (linha 1).

(B) falar em intolerância (linhas 4 e 5), toma como ponto de referência a cultura europeia contemporânea, que ele considera nada dever à tradição francesa.

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(C) caracterizar passo (linha 2), manifesta uma avaliação pessoal sobre a lei francesa, passando a fundamentar sua apreciação ao longo do texto.

(D) mencionarniqab e burca (linha 9), defende que, na realidade, essas indumentárias são símbolos dos crimes praticados por certos grupos muçulmanos.

(E) citar a legislação adotada em 2010 (linhas 10 e 11), inicia a argumentação que desabonará totalmente a lei que trata do uso de véus, visto que essa lei não preceitua nada que mereça séria consideração.

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3. No aproveitamento que o autor fez da ideia, o grau de generalidade citado (linha 20) remete mais especificamente à não:

(A) citação do número da lei (linha 13).

(B) identificação da pessoa (linha 14).

(C) caracterização da forma como a lei interdita (linha 13).

(D) definição do pretexto (linha 14).

(E) especificação de vestimentas (linha 13).

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4. A expressão do texto que está corretamente entendida é:

(A) (linhas 4 e 5) manifestação de intolerância difícil de reconciliar / forma de repressão que se manifesta pela dificuldade de conciliação com as pessoas.

(B) (linhas 5 e 6) valores que a nação francesa veio a representar no mundo / qualidades fracesas que poderiam se tornar símbolos mundiais.

(C) (linhas 7 e 8) a proibição criminaliza o porte de indumentárias tradicionais / a interdição acaba produzindo o crime de porte ilegal de indumentárias tradicionais.

(D) (linhas 14 e 15) sob o pretexto de que essa dissimulação / com a alegação de que essa ocultação.

(E) (linhas 15 e 16) pode favorecer comportamentos suscetíveis de perturbar a ordem pública / favoreceria comportamentos passíveis de atentar contra regimes democráticos.

5. A própria legislação admite que a identidade seja confirmada em recinto policial. A imposição de multa, porém, parece abusiva. Propõe-se a organização das frases acima num só bloco, iniciado por “A imposição de multa parece abusiva”. Para que o sentido original se mantenha, as frases terão de ser conectadas por meio de

(A) ainda que.

(B) mas.

(C) dado que.(D) contanto que.

(E) visto que.

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6. É correto afirmar:

(A) Os parênteses (linhas 9 e 10), nos dois casos, acolhem retificação do significado comumente atribuído às palavras niqab e burca.

(B) Os termos separados por vírgulas e unidos pelo e (linhas 16 a 18) − Vale para ruas [...] e ginásios de esporte − formam sequência que vai do ambiente menor para o maior.

(C) As aspas (linhas 25 e 26) indicam que o autor do segmento não é o editorialista.

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(D) O travessão depois da palavra não (linha 29) é exigência, pois ele sinaliza que expressão podem cobrir foi suprimida.

(E) Os travessões (linhas 34 e 35) isolam uma comparação, alojando os termos considerados superiores aos demais.

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7. O segmento que expressa ponto de vista normativo por parte do editorialista é:

(A) A França, berço da tríade de valores modernos de liberdade, igualdade e fraternidade, deu passo teerário...

(B) Na prática, a proibição criminaliza o porte de indumentárias tradicionais em alguns grupos muçulmanos...

(C) A legislação adotada em 2010 entrou em vigor nesta semana...

(D) A imposição de multa, porém, parece abusiva.

(E) A roupa e o uso de adereços − como crucifixos ou outros símbolos religiosos − deveriam ser considerados parte integrante do direito à expressão da personalidade...

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8. Decerto que em muitos casos o uso do véu é imposto pela família e pode ser um símbolo de sujeição da mulher, mas basta uma que o faça por vontade própria para que a lei resulte em violação de seus direitos. Considerado o trecho acima, em seu contexto, é legítimo afirmar:

(A) O emprego de “Certamente”, no lugar de Decerto, expressaria a ideia de certeza, não encontrada no trecho.(B) Transpondo o uso do véu é imposto pela família para a voz ativa, a forma verbal obtida é “impõe”.

(C) A ausência de vírgula após muitos casos constitui deslize do autor, pois, nesse específico contexto, ela é obrigatória.

(D) Se, em vez de uma, fossem consideradas “duas mulheres”, o segmento estaria correto assim “mas basta duas que os faça...”.

(E) A expressão para que introduz a finalidade de uma ação, finalidade que o autor considera desejável.

9. O modo verbal que faz referência a um evento incerto está presente em

(A) (linhas 22 e 23) transparece.

(B) (linha 23) considera.

(C) (linha 25) revistam.

(D) (linhas 36 e 37) inclui.

(E) (linha 39) basta.

________________________________________

10. A medida extrema só encontra explicação no sentimento xenófobo que se dissemina pela França. Vem a calhar para o presidente Nicolas Sarkozy, que parece disposto a tudo para melhorar seus índices de popularidade. No que se refere ao recho acima, em seu contexto, é correto afirmar:

(A) Substituindo só encontra explicação no sentimento xenófobo por “só se explica pelo sentimento xenófobo”, o sentido e a correção originais são preservados.

(B) A palavra xenófobo está grafada corretamente, assim como ocorre com “xecar”.

(C) O segmento que se dissemina pela França corresponde à formulação “que a França dissemina”.

(D) O pronome seus remete à França.

(E) Se em vez de para melhorar fosse usada a forma “para que melhore”, a correção da frase estaria garantida.

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11. A roupa e o uso de adereços − como crucifixos ou outros símbolos religiosos − deveriam ser considerados parte integrante do direito à expressão da personalidade, o que inclui a fé. Outra redação para o segmento acima destacado, clara, e que preserva o sentido e a correção originais, é:

(A) admitidos como interagindo com o direito que se tem à exprimir a personalidade.

B) analisados como sendo do direito de cada um de expressar-se enquanto personalidade, configurando parte integrante daquele.

(C) vistos como parte da personalidade que se exprime em suas partes integrantes.

(D) tidos como inerentes ao direito de expressão da personalidade.

(E) defendidos fazendo parte do direito da pessoa de exprimir sua personalidade, parte esta integrante desse direito.

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12. Alterada a pontuação original, a frase que mantém a correção é:

(A) Trata-se: de uma manifestação de intolerância difícil, de reconciliar com os valores que a nação francesa veio a representar no mundo.

(B) A legislação adotada em 2010 entrou em vigor nesta semana; e já motivou a aplicação de uma multa de cerca de R$ 340.

(C) Nesse grau de generalidade, a lei se aplicaria a qualquer acessório como máscaras, ou capacetes que oculte o rosto.

(D) A própria legislação, admite: − que a identidade seja confirmada, em recinto policial.

(E) A medida extrema só, encontra explicação, no sentimento xenófobo que se dissemina pela França.

13. Entre as frases que seguem, a única correta é:

(A) Ele se esqueceu de que?

(B) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo entre os presentes.

(C) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas.

(D) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações

dos funcionários.

(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração.

14. Está corretamente empregada a palavra destacada na frase

(A) Constitue uma grande tarefa transportar todo aquele material.

(B) As pessoas mais conscientes requereram anulação daquele privilégio.

C) Os fiscais reteram o material dos artistas.

(D) Quando ele vir até aqui, trataremos do assunto.

(E) Se eles porem as pastas na caixa ainda hoje, pode despachá-la imediatamente.

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15. A palavra destacada que está empregada corretamente é:

(A) Diante de tantos abaixos-assinados, teve de acatar a solicitação.

(B) Considerando os incontestáveis contra-argumento, reconheceu a falha do projeto.

(C) Ele é um dos mais antigos tabeliões deste cartório.

(D) Os guardas-costas do artista foram agressivos com os jornalistas.

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(E) Os funcionários da manutenção já instalaram os corrimãos.

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16. A alternativa que apresenta frase correta é:

(A) Houvessem conseguido os ingressos para o espetáculo, não se incomodariam com a previsão de excesso de público.

(B) É útil, dado a quantidade e máquinas avariadas, as constantes revisões feitas pelos especialistas, com o que evita-se muitas contrariedades.

(C) Últimas pesquisas de importante veículo de comunicação apontou que a juventude, ejam quais for a motivação, passa cada vez mais tempo na internet.

(D) Encaminhando a correspondência aos moradores do edifício, avisou-lhes de que estavam recebendo importante comunicação do síndico.

(E) Não lhe pareciam muito cabível as recomendações do assessor, por isso resolveu não seguir-lhes totalmente à risca, mas não deixou de desculpar-se por fazê-lo.

________________________________________

17. O segmento grifado está empregado corretamente em:

(A) A incompatibilidade da encomenda e a prestação de serviços gerou o conflito.

(B) A curiosidade é inata do ser humano.

(C) Foi sempre devotado pela ciência.

(D) A sua declaração o indispôs com os colegas.

(E) Compenetrou-se sobre a necessidade de estudar.

18. Os pais do estudante na matrícula devem apresentar seus documentos, e que as fotos

devem, obrigatoriamente, estarem nítidas. A redação que torna o aviso acima laro e correto é:

(A) Os pais do estudante, no ato da matrícula, devem apresentar seus documentos cujas fotos devem obrigatoriamente, estar nítidas.

(B) Ao fazer a matrícula do estudante, os pais devem apresentar seus documentos, cujas as fotos devem ser nítidas, obrigatoriamente.

(C) No ato da matrícula, os pais devem apresentar os documentos do estudante, obrigatoriamente com fotos nítidas.

(D) As fotos que devem ser nítidas, devem ser apresentadas pelos pais do estudante ao fazer a matrícula.

(E) É obrigatório tanto que os pais do estudante, na matrícula, apresentem os documentos dele e também com fotos nítidas.

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19. Deixando o porto, o motor quebrou; ao examinar seu defeito, ele voltou a funcionar. Considere que a frase acima se refere ao motor de um barco. Levando em conta a correção e a clareza, assinale o legítimo comentário.

(A) Está redigida de modo claro e também correto; quanto a não se mencionar “barco”: é irrelevante, pois a proximidade entre “motor” e “porto” evidencia que se trata de um “barco”.

(B) Necessita de uma única correção, no início da frase: “Quando o barco deixou o orto”.

(C) Necessita destas únicas correções: a substituição do ponto e vírgula pelo ponto final e o consequente emprego da letra maiúscula em "ao".

(D) Necessita de reformulação nos segmentos iniciais de cada uma de suas partes, espectivamente: “Quando o barco deixou o porto” e “ao ter seu defeito examinado”.

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(E) Necessita de reformulação nos segmentos iniciais de cada uma de suas partes, respectivamente: “Ao deixar o porto” e “quando examinou seu defeito”.

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20. Eles avançavam cautelosamente. Quanto mais avançavam, mais cautela eles tinham. Eles temiam as zonas escuras da grande floresta. As três frases acima estão reorganizadas, de modo claro e correto, em:

(A) Eles avançavam mais cautelosamente, pois era o temor de zonas escuras da grande floresta, que ela se adentrava.

(B) À medida que avançavam na grande floresta, tornavam-se mais e mais cautelosos, pois lhe temiam as zonas escuras.

(C) Era por causa das zonas escuras que avançavam cautelosamente, e mais ainda, era o temor da grande floresta.

(D) Avançando na grande floresta, que tinham temor de suas zonas escuras, eram cautelosos cada vez mais.

(E) Por temer a grande floresta e suas zonas escuras, era com cautela, e sempre mais que eles avançavam passo à passo.

Gabarito:

1. B 2. C 3. E 4. D 5. A 6. C 7. E 8. B 9. C 10. A11. D 12. B 13. E 14. B 15. E 16. A 17. D 18. C 19. D 20. B