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EXPEDIENTE - ramaral.com.brramaral.com.br/arquivos/projetos_1376927044.pdf · NNNN DDDD IIII CCCC EEE E . INTRODUÇÃO NOVO MODELO DA EDUCAÇÃO ... para abrigar novas matrículas

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EXPEDIENTE — Idealização do Projeto Baixada Santista 2021: Instituto Metropolitano de Pesquisas Acadêmicas e Consultoria Técnico-Operacional (Impacto)

Produção de Conteúdo/Análise : R. Amaral & Associados — Consultoria, Pesquisas e Análise de Dados Equipe Técnica: Rodolfo Amaral e Verônica Mendrona (jornalistas);

Rubens Mendrona Filho (administrador de empresas)

Fontes de Informação: Secretaria de Estado da Educação de São Paulo; Secretaria de Estado da Fazenda de São Paulo; Ministério da Educação; Secretaria do Tesouro Nacional (STN); IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas); Prefeituras Municipais.

NOVO MODELO DA EDUCAÇÃO 04

EDUCAÇÃO RECEBE VERBA DE R$ 509 BI 06

CUSTEIO DA EDUCAÇÃO EVOLUI 44,6% 10

REGIÃO DOMINA 70,20% DO FUNDAMENTAL 14

MATRÍCULAS EM CRECHES SOBEM 234% 18

AÇÃO CONJUNTA REQUER MEIOS DE CONTROLE 22

ÍÍÍÍ

NNNN

DDDD

IIII

CCCC

EEEE

INTRODUÇÃO

NOVO MODELO DA EDUCAÇÃO

Criação do Fundef marcou o início do processo de municipalização nas escolas

04

A instituição de um novo modelo de financia-

mento da Educação, a partir da promulgação da Emenda Constitucional nº 14, deu um rumo dife-rente ao ensino público em todo o País.

No início deste processo, com a efetiva im-plantação do Fundef (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Ma-gistério), em 1998, o financiamento do ensino passou a considerar o número de matrículas re-gistradas em cada ente federativo.

Até aquele momento, os Estados pratica-mente detinham índices superiores a 80% das matrículas do Ensino Fundamental, mas o novo sistema de financiamento da educação forçou os municípios a expandirem sua rede de ensino.

A maior parte dos municípios brasileiros, naquele momento, concentrava a atenção educa-cional para a chamada fase do Ensino Infantil.

Com a definição de um processo de reten-ção parcial de impostos para financiar este novo Fundo (ICMS, FPM, FPE, IPI/Exportação e Com-pensação da LC 87/96), os municípios começa-ram a promover a municipalização de alunos, especialmente nas etapas da 1ª a 4ª Séries do Ensino Fundamental.

Até 1996, por exemplo, o Estado de São Paulo detinha 87,48% das matrículas do Ensino Fundamental, ou seja, 5.078.539 alunos em sua rede, do total de 5.805.243 regularmente matricu-lados naquele período.

Com o decorrer dos anos, porém, os municí-pios foram avançando no processo de municipali-zação, de modo que, ao final da década passa-da, a participação estadual havia caído para o patamar de 52%.

A velocidade em que se estabeleceu tal pro-cesso, ano após ano, interferiu de maneira ex-pressiva na qualidade do ensino público, pois para abrigar novas matrículas em larga escala os municípios precisaram expandir o quadro docen-te e nem sempre as novas contratações segui-

ram o rigor necessário neste tipo de admissão. Para assegurar um grau de equilíbrio em

todo o território nacional, a legislação previu a fixação de um valor/aluno mínimo, como forma de estabelecer o reembolso financeiro com base nas matrículas.

Nos Estados em que os valores de impostos retidos para a formação do Fundo não alcança-ram o padrão mínimo de valor aluno, a União complementou o pagamento da diferença.

O Fundef funcionou durante o período de 1998 ao início de 2007, época em que foi substi-tuído pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e De-senvolvimento da Educação Básica e de Valori-zação dos Profissionais da Educação).

Este novo Fundo, constituído por intermédio da Emenda Constitucional nº 53, de dezembro de 2006, ampliou o financiamento do ensino pú-blico da creche ao Ensino Médio, mas igualmen-te expandiu o rol da cesta de impostos estaduais e municipais.

Foram inclusos no processo de retenção tributária o IPVA; o Imposto sobre a Transmissão de Causa Mortis (ITCM); e também o ITR —Imposto Territorial, com alíquotas crescentes até alcançar o patamar de 20% vigente no momento.

No exercício fiscal de 2011, em todo o terri-tório nacional, a retenção tributária em prol do Fundeb gerou R$ 98 bilhões 540 milhões, dos quais R$ 24 bilhões 530 milhões, ou 24,89%, foram utilizados para o financiamento do Ensino Básico no âmbito do Estado de São Paulo.

Da parcela paulista, os municípios ficaram com 45,50%, cabendo o restante para o reembol-so das matrículas controladas pelo Governo Es-tadual, nos diferentes níveis de ensino.

A vigência do funcionamento do Fundeb prevista em lei será de 14 anos, de modo que este sistema de financiamento da Educação Bá-sica nos Estados e municípios deverá persistir até o final do exercício de 2020.

05

FUNDEF/FUNDEB

EDUCAÇÃO RECEBE VERBA DE R$ 509 BI

Rede estadual também recebe o recurso de acordo com número de matriculados

06

Interno Bruto) nacional, de aproximadamente um terço da produção brasileira.

Isto se dá em função de dois elementos dis-tintos: o perfil da rede de ensino público (face ao reembolso ocorrer no sistema valor/aluno matri-culado); e também em função da arrecadação de impostos que integram a cesta de retenção tribu-tária para formação do Fundo.

A evolução dos recursos que financiam o Fundeb é claramente observada a partir de 2007, época em que foi ampliada a cesta de tributos sujeitos à retenção, mas igualmente é importante observar que a partir desta data houve uma am-pla evolução da rede de ensino público financia-

A implantação do financiamento educacional baseada no Fundef/Fundeb gerou recursos que somaram R$ 509 bilhões 539 milhões 610 mil em todo o País, nos últimos 14 anos, em valores no-minais (sem atualização monetária).

Deste montante, R$ 145 bilhões 533 mi-lhões 993 mil foram direcionados para o financia-mento do ensino público no Estado de São Pau-lo, resultando numa participação média de 28,56%, no período.

O índice obtido pelo Estado de São Paulo é maior do que sua participação percentual no con-texto populacional (cerca de 22%), mas fica abai-xo da sua contribuição anual para o PIB (Produto

07

ANO REEMBOLSO ESTADO SP

REEMBOLSO MUNICÍPIOS SP

TOTAL FEDERAL

ESTADO SP NO TOTAL NACIONAL (%)

1998 2.796.933.782 649.270.095 8.759.096.396 39,34

1999 2.958.884.163 795.343.601 9.886.707.228 37,97

2000 3.326.217.604 1.215.837.415 11.924.683.165 38,08

2001 3.579.506.882 1.449.819.787 13.519.214.444 37,20

2002 3.770.128.764 1.844.000.037 15.275.094.162 36,75

2003 3.780.338.281 2.183.071.609 17.319.816.429 34,43

2004 4.176.721.239 2.651.269.685 19.961.211.662 34,21

2005 4.521.051.241 3.071.891.129 22.305.942.789 34,04

2006 5.034.593.171 3.563.728.979 24.795.398.174 34,68

2007 7.104.411.606 5.032.208.989 46.923.553.783 25,86

2008 9.487.591.473 7.104.662.023 63.711.019.782 26,04

2009 10.633.817.686 8.185.087.311 73.001.646.228 25,78

TOTAL 86.685.074.522 58.848.919.342 509.539.610.074 28,56

2010 12.145.830.040 9.941.129.378 83.615.851.836 26,41

2011 13.369.048.590 11.161.599.304 98.540.373.996 24,89

FINANCIAMENTO DO FUNDEF/FUNDEB NO ESTADO DE SP E NO BRASIL (PERÍODO: 1998 A 2011

08

da, com a inclusão dos alunos matriculados da creche ao Ensino Médio.

Na análise específica da fase do Ensino Fundamental (agora da 1ª a 9ª Séries), é percep-tível a evolução do processo de municipalização.

No primeiro ano de vigência do Fundef, os municípios do Estado de São Paulo participavam no total das matrículas públicas com 20,79%, porém ao final do ano passado este índice havia evoluído para 47,83%.

O cenário revela que a rede estadual de ensino público, entre 1998 e 2011, na fase Fun-damental, acusou uma redução de 2.032.889 matrículas.

Em idêntico período, porém, observa-se que

a rede municipal de ensino apresentou apenas uma expansão de 1.070.603 alunos, ou seja, há uma diferença de 962.286 matrículas que deve ser analisada com muita cautela.

Este contingente diferencial poderia ter sido transferido diretamente das escolas estaduais de Ensino Fundamental para outras unidades de Ensino Médio, mas idêntica avaliação revela que neste ciclo, também entre 1998 e 2011, ocorreu uma redução de 12.922 matrículas na rede públi-ca e mais 40.499 na rede privada.

Dentro do próprio ciclo do Ensino Funda-mental, no entanto, é possível verificar uma ex-pansão de 192.455 matrículas na rede privada, no período de 1998 a 2011, mas ainda é neces-

ANO

MATRÍCULAS ESTADO

MATRÍCULAS MUNICÍPIOS

MATRÍCULAS FEDERAL

MATRICULAS REDE PRIVADA

1998 4.556.555 1.243.510 -0- 767.261

1999 4.150.938 1.566.754 207 765.374

2000 3.957.936 1.651.513 193 766.414

2001 3.629.966 1.839.147 196 773.001

2002 3.353.583 2.012.427 194 777.002

2003 3.168.683 2.087.792 194 780.992

2004 3.054.099 2.145.299 187 787.854

2005 2.954.426 2.127.994 188 793.375

2006 2.945.985 2.249.262 181 818.781

2007 2.874.400 2.313.296 222 829.661

2008 2.810.469 2.338.467 214 881.021

2009 2.720.685 2.432.559 231 904.409

2010 2.592.461 2.363.520 232 933.519

2011 2.523.666 2.314.113 215 959.716

MUNICÍPIOS (EM %/PÚBLICO)

20,79

27,40

29,44

33,63

37,50

39,72

41,26

41,87

43,29

44,59

45,41

47,24

47,69

47,83

MATRÍCULAS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO ESTADO DE SP E NO BRASIL (PERÍODO: 1998 A 2011)

sário identificar o que aconteceu com as outras 769.831 matrículas, uma vez que boa parte deste contingente pode estar associado à questão da evasão escolar.

Na fase do Ensino Médio, até por questões ligadas às atribuições constitucionais, percebe-se uma ampla concentração das matrículas de natu-reza pública sob a tutela do Estado.

No contexto paulista, por exemplo, a rede estadual de Ensino Médio, nos últimos 14 anos, detém mais de 98% das matrículas públicas.

Por esta razão, aliás, a preocupação com o processo de evasão escolar entre o Ensino Fun-damental e Médio deve ser melhor fiscalizada pelo municípios, pois nesta fase de ensino há

uma forte tendência dos adolescentes abandona-rem as salas de aulas em busca de oportunida-des de trabalho.

Normalmente, os institutos especializados identificam as taxas de evasão escolar a partir do cadastro de matrículas de cada fase de ensino, de um exercício para o outro, mas quando há a mudança do Ensino Fundamental para o Ensino Médio surge um hiato neste processo estatístico, uma vez que parte da rede pública de 5ª a 9ª Séries está sob a tutela do Estado (75%) e outra no controle municipal (25%).

Deve-se, assim, definir um método amplo de análise em todo o Estado, levando-se em conta inclusive as quedas nos índices de natalidade.

09

ANO MATRÍCULAS ESTADO

MATRÍCULAS MUNICÍPIOS

MATRÍCULAS FEDERAL

MATRICULAS REDE PRIVADA

1998 1.595.068 33.539 3.625 297.434

1999 1.727.180 27.938 3.536 297.529

2000 1.781.129 20.957 3.106 281.828

2001 1.746.844 18.140 1.936 274.255

2002 1.785.747 17.578 1.997 269.787

2003 1.820.102 18.373 2.052 273.355

2004 1.780.236 17.406 2.100 264.299

2005 1.636.359 16.715 2.069 258.705

2006 1.545.115 16.836 365 251.479

2007 1.475.023 19.346 1.780 227.343

2008 1.482.518 14.678 1.395 230.190

2009 1.492.642 20.432 1.721 242.549

2010 1.558.942 21.620 1.777 248.378

2011 1.582.146 22.784 1.479 256.935

MUNICÍPIOS (EM % PÚBLICO)

2,05

1,59

1,16

1,03

0,97

1,00

0,97

1,01

1,08

1,29

0,98

1,35

1,37

1,42

MATRÍCULAS DO ENSINO MÉDIO NO ESTADO DE SP E NO BRASIL (PERÍODO: 1998 A 2011)

FUNÇÃO EDUCAÇÃO

CUSTEIO DA EDUCAÇÃO

EVOLUI 44,6%

A região da Baixada Santista teve saldo positivo com a injeção de recursos

10

As mudanças no sistema de financiamento

da área da Educação em todo o País tiveram um efeito positivo na destinação de verbas para o ensino público na Região Metropolitana da Bai-xada Santista.

No início da década passada, a Função Educação (rubrica do Balanço Financeiro da Ad-ministração que indica os recursos destinados para o setor) recebeu recursos totais de R$ 378 milhões 429 mil 898, entre os nove municípios que integram a região, em valores correntes.

No final da mesma década, em 2010, esta soma de recursos evoluiu para a importância de R$ 1 bilhão 131 milhões 624 mil 199, o que indi-cou uma variação nominal média de 199,03%.

Levando-se em conta que o índice oficial de inflação medido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado), em idêntico período, so-mou 106,68%, é possível concluir que a área educacional na região teve um aporte adicional de verbas de 44,68%, em termos reais.

Esta ampliação de recursos para o custeio e o investimento do ensino público decorre de fato-

res diversos: uma parte provém da expansão do processo de municipalização do ensino e é gera-da pelo reembolso das matrículas efetuadas nas escolas municipais.

Outra parte é oriunda da recíproca evolução da receita de impostos e transferências tributá-rias constitucionais dos municípios envolvidos e se dá em função de exigência legal de destina-ção mínima de 25% para financiamento do ensi-no público.

Um terceiro fator que influência neste pro-cesso é a própria intenção dos municípios de expandir o atendimento, seja com novas edifica-ções de ensino; com a ampliação das jornadas nas escolas (por período integral, por exemplo) ou com melhorias na oferta de materiais didáti-cos, uniformes etc.

No decorrer de toda a década passada, po-rém, entre 2001 e 2010, observou que o ensino público regional diretamente controlado pelos municípios exibiu um financiamento da educação com a importância de R$ 7 bilhões 36 milhões 11 mil 207, também em valores correntes (ou seja

11

Municípios Função Educação 2001 (R$)

Função Educação 2010 (R$)

Variação Em (%)

Bertioga 16.663.615 51.735.417 210,47

Cubatão 52.337.837 138.000.718 163,67

Guarujá 60.059.342 171.991.096 186,37

Itanhaém 18.169.013 71.458.880 293,30

Mongaguá 10.701.110 41.158.697 284,62

Peruíbe 9.957.129 40.258.986 304,32

Praia Grande 34.537.552 191.837.878 455,45

Santos 114.630.362 237.193.969 106,92

São Vicente 61.373.938 187.988.558 206,30

Total Regional 378.429.898 1.131.624.199 199,03

Função Educação 2001 a 2010 (R$)

316.707.053

846.026.204

1.181.048.532

412.362.232

203.406.548

240.620.948

1.024.767.293

1.717.820.247

1.093.252.150

7.036.011.207

12

sem atualização monetária).

A expansão dos custos ou investimentos municipais na região ocorreu de forma diferencia-da, com destaques para as redes de ensino de Praia Grande (com variação percentual nominal de 455,45%); Peruíbe (304,32%); Itanhaém (293,30%) e Mongaguá (284,62%).

Como se pode observar, os maiores índices de expansão do custeio foram registrados nos municípios do Litoral Sul.

Não se trata, porém, apenas do interesse de um ou outro município em ampliar as verbas des-tinadas para a educação.

Este processo tem um vínculo muito forte com a expansão populacional e nos últimos anos também se observa um crescimento mais acen-tuado dos moradores destas localidades, algo que é motivado inclusive pelos preços mais aces-síveis de moradias.

E é exatamente por esta razão que os muni-

cípios ficam muito sensíveis às questões ligadas à expansão populacional, uma vez que tal mani-festação interfere diretamente nas demandas de serviços públicos.

É evidente que o crescimento populacional igualmente interfere no consumo e, por conse-qüência, na arrecadação de impostos, mas é pre-ciso considerar que este fenômeno atua de forma menos intensa, pois normalmente está inserido em seu contexto um perfil populacional de baixa renda e elevada dependência do Poder Público.

Ao contrário deste cenário, no entanto, veri-fica-se uma tímida expansão do custeio e dos investimentos registrados na área de ensino no Município de Santos, com a taxa nominal de ape-nas 106,92%, ou seja, basicamente o mesmo índice de variação inflacionária no período.

A princípio, tais informações ensejam a idéia de que o Município de Santos ficou parado no tempo em termos do financiamento educacional,

mas de fato isto ocorre porque o fenômeno con-juntural apontado nas cidades do Litoral Sul se vê de forma inversa na cidade-sede da Região Metropolitana da Baixada Santista.

Os últimos censos populacionais do IBGE, aliás, revelaram a estagnação da população san-tista no patamar de 420 mil moradores.

Acontece que a população residente nesta cidade vai envelhecendo e cada vez mais a rede de ensino municipal exibe um número menor de matrículas, em especial nas fases da creche ao Ensino Fundamental.

A preocupação com o ensino público em Santos deve se dar de forma mais intensa na fase do Ensino Médio e Superior, porém tais fa-ses educacionais se concentram principalmente nas mãos do Estado ou da iniciativa privada.

E é por esta razão que o Município de San-

tos vem demonstrando grande preocupação com a formação técnica e preparação da juventude para acesso ao mercado de trabalho.

Os fenômenos identificados nesta breve análise comprovam que a preocupação com os resultados no ensino público não deve ficar limi-tada aos exames de avaliação anual.

O excesso ou a carência de vagas nas es-colas públicas têm um vínculo muito forte com a conjuntural social e econômica da localidade, de modo que é imprescindível que tais fatores tam-bém sejam objetos de análise periódica.

A própria municipalização do ensino público iniciada em 1998 com o Fundef gerou uma movi-mentação de alunos das escolas estaduais para as unidades municipais sem que houvesse uma preocupação mais intensa no processo pedagó-gico, privilegiando-se a questão financeira.

13

ANO

BER

CUB

GUA

ITA

MON

PER

PGR

SAN

SVI

2001 4,40 13,83 15,87 4,80 2,83 2,63 9,13 30,29 16,22

2002 4,72 14,43 16,45 5,24 2,84 2,82 12,43 24,95 16,12

2003 4,36 14,72 17,01 5,52 2,78 3,38 12,34 25,50 14,39

2004 4,66 12,62 18,70 6,39 2,56 3,69 13,03 24,99 13,36

2005 5,07 11,98 19,20 5,40 2,71 3,50 12,90 23,68 15,56

2006 4,70 11,17 20,07 5,68 2,67 3,45 13,07 24,04 15,15

2007 4,80 11,13 17,27 5,72 2,91 3,32 15,23 24,47 15,15

2008 3,56 11,31 16,07 5,99 2,75 3,27 16,66 24,17 16,22

2009 4,48 10,58 14,36 6,27 2,72 3,82 16,32 25,92 15,53

2010 4,57 12,20 15,20 6,31 3,64 3,56 16,95 20,96 16,61

PARTICIPAÇÃO ANUAL NO CUSTEIO DA EDUCAÇÃO REGIONAL (EM %)

ENSINO FUNDAMENTAL

REGIÃO DOMINA 70,20% DO

FUNDAMENTAL A municipalização do Ensino Fundamental avançou entre a 1ª e a 4ª séries

14

A municipalização do Ensino Fundamental

na Região Metropolitana da Baixada Santista atingiu o patamar de 70,20% das matrículas re-gistradas nesta fase da Educação Básica.

Dados apurados pelo Censo Escolar do Mi-nistério da Educação, no ano passado, indicaram o registro de 142.942 matrículas municipais, do total de 203.608 alunos cursando o ensino públi-co nesta etapa.

A rede estadual de Ensino Fundamental na região apurou um total de 60.666 matrículas, in-dicando uma participação regional de 29,80%.

No curso do período de 2001 a 2011, a Re-gião Metropolitana da Baixada Santista promo-veu a municipalização de 28.733 alunos, enquan-to as unidades estaduais, em idêntico período, apuraram uma redução de 34.951 vagas.

Na comparação feita entre os dois períodos mencionados, observa-se uma diminuição de 6.218 matrículas, ou seja, de 209.826 alunos, em

2001, para apenas 203.608, em 2011. Seria natural, assim, que tal diferença quan-

titativa fosse apurada no Ensino Médio, porém não há este tipo de registro, o que pode indicar situações distintas, como: abandono escolar de parte do contingente de alunos; mudanças de famílias para outras regiões do Estado; ou, ain-da, opção de continuação do ensino em unida-des escolares particulares.

Existe neste contexto, igualmente, um ligeiro peso percentual da mudança de faixa etária da população, associado com a queda das taxas de natalidade em fases etárias anteriores.

Este fenômeno conjuntural vai transferindo contingentes populacionais de menores propor-ções para etapas seguintes do ensino, gerando a queda constante do número de matrículas.

Há algumas exceções em municípios impac-tados com forte presença da moradores de baixa renda, nos quais a taxa de natalidade ainda é

15

Municípios Matrículas Municipais

2001

Matrículas Estaduais

2001

Município Em (%)

Matrículas Municipais

2011

Matrículas Estaduais

2011

Municípios Em (%)

Bertioga 3.149 2.698 53,86 4.229 3.980 51,52

Cubatão 11.766 6.929 62,94 12.492 4.533 73,37

Guarujá 19.497 24.482 44,33 22.640 19.631 53,56

Itanhaém 6.175 7.069 46,62 11.104 2.270 83,03

Mongaguá 1.731 4.310 28,65 7.155 58 99,20

Peruíbe 3.927 6.139 39,01 5.393 4.126 56,66

Praia Grande 14.461 16.377 46,89 28.482 8.553 76,91

Santos 20.643 14.021 59,55 19.679 8.753 69,21

São Vicente 32.860 13.592 70,74 31.768 8.762 78,38

Total Regional 114.209 95.617 45,57 142.942 60.666 70,20

CENÁRIO DE MATRÍCULAS DO ENSINO PÚBLICO FUNDAMENTAL (PERÍODO: 2001 E 2011)

16

expressiva, bem como nestas localidades os ci-clos migratórios também são freqüentes.

É indispensável, no entanto, que os municí-pios estabeleçam critérios mais rígidos para apu-rar tais oscilações no quadro de matrículas, sob pena de enfrentar dificuldades futuras com o per-fil educacional de jovens e adultos.

Embora o processo de municipalização do Ensino Fundamental tenha avançado de forma satisfatória na Região Metropolitana da Baixada Santista, é importante destacar que esta expan-são ficou muito concentrada entre as 1ª e 4ª Sé-ries, nos chamados anos iniciais.

Do total das matrículas municipalizadas na região, até 2011 (ou seja 142.942 alunos), nada menos que 97.086 estão no contexto dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Em termos regionais médios, este contin-gente de alunos nos anos iniciais representa 67,92% das matrículas municipalizadas, índice

ainda preocupante, pois na passagem para os anos finais muitos alunos terão de deixar as clas-ses municipalizadas para continuar seus estudos sob a tutela da rede estadual.

Ao optar pela municipalização das classes de anos iniciais, igualmente, as administrações acabaram contratando um perfil de professores diferenciado e que nem sempre pode ser apro-veitado nas fases seguintes.

Sendo assim, caso façam a opção de ex-pandir a municipalização para a etapa de 5ª a 8ª Séries e anos finais, as prefeituras terão de con-tratar mais professores para sua rede de ensino.

Este tipo de iniciativa que gera problemas futuros com o processo de aposentadorias, uma vez que muitos contratados normalmente já têm um razoável tempo de serviço e ficam nas novas funções por pouco tempo.

Do total de 96.643 matrículas registradas no ano passado entre as 5ª e 8ª Séries e anos fi-

nais, 50.607 estavam sob a tutela da rede esta-dual (52,36%), mas, além desta constatação, verificou-se, ainda, que o Estado também contro-lava mais 10.059 alunos de 1ª a 4ª Séries e anos iniciais em toda a região.

Em 2011, segundo os dados do Ministério da Educação, a Região Metropolitana da Baixada Santista acusava um total de 107.145 matrículas do Ensino Fundamental (52,62%) entre 1ª e 4ª Séries e anos iniciais; e mais 96.463 de 5ª a 8ª Séries e anos finais (47,38%), incluindo as redes públicas municiais e estadual.

Este razoável equilíbrio da divisão do contin-gente de alunos do Ensino Fundamental enseja uma reflexão mais ampla sobre o processo de municipalização nos próximos anos.

Alguns municípios, ao invés de expandir o processo de municipalização, têm demonstrado maior interesse na ampliação da chamada Esco-la por Tempo Integral, mas é preciso olhar esta

questão com muito cuidado, principalmente em função do trauma causado nos alunos quando há a mudança de uma rede de ensino para outra ainda na fase do Ensino Fundamental.

Aliás, o ideal seria que todas as cidades fizessem uma programação para municipalizar gradativamente os alunos de 1ª a 4ª Séries e anos iniciais (afinal 9,39% ainda estão sob o con-trole do Estado) e, posteriormente, avançassem também para as fases seguintes.

Quando se constata que mais de 50 mil cri-anças matriculadas na rede pública de ensino na etapa de 5ª a 8ª Séries e anos finais estão sob o controle do Estado, pode-se concluir que os mu-nicípios abrem mão do controle destes alunos já a partir da faixa etária de 10 anos.

Além do aspecto educacional em si, há de considerar outras questões vinculadas a tal cená-rio, com destaque especial para a chamada gra-videz precoce hoje acentuada na adolescência.

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Municípios Matrículas 1ª a 4ª Séries Anos Iniciais

Matrículas 5ª a 8ª Séries Anos Finais

Matrículas Municipais Totais

Matrículas Anos Iniciais

Em (%)

Bertioga 4.229 -0- 4.229 100,00

Cubatão 7.359 5.133 12.492 58,91

Guarujá 12.564 10.076 22.640 55,50

Itanhaém 6.721 4.383 11.104 60,53

Mongaguá 3.673 3.482 7.155 51,33

Peruíbe 4.974 419 5.393 92,23

Praia Grande 20.070 8.412 28.482 70,47

Santos 15.114 4.565 19.679 76,81

São Vicente 22.382 9.386 31.768 70,45

Total Regional 97.086 45.856 142.942 67,92

PERFIL DO ENSINO PÚBLICO FUNDAMENTAL MUNICIPAL (PERÍODO: 2011)

ENSINO INFANTIL/MÉDIO

MATRÍCULAS EM CRECHES SOBEM 234%

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O aumento da oferta de vagas em creches ocorreu com o Fundeb, desde 2007

A ampliação da base de financiamento edu-

cacional da creche ao Ensino Médio, com a insti-tuição do Fundeb, em 2007, já começa a exibir resultados na ampliação de vagas para crianças de 0 a 3 anos.

Esta constatação pode ser feita na compara-ção com o número de matrículas em creches registrado entre os períodos de 2001 e 2011.

No início da década passada, por exemplo, as nove cidades da Região Metropolitana da Bai-xada Santista apuraram 5.692 matrículas em cre-ches públicas municipais, mas, no curso do ano passado, o Ministério da Educação já acusava um total de 19.043 crianças.

Em termos percentuais, o aumento médio regional alcançou o patamar de 234,56%, porém há casos de expansão acima de 1.000% (Bertioga), enquanto os municípios de Peruíbe (650%) Praia Grande (507,74%) e Santos (503,26%) elevaram a oferta em mais de cinco

vezes. Situação diferenciada aconteceu com o uni-

verso da matrículas da chamada Pré-Escola. Neste segundo caso, envolvendo crianças

de 4 e 5 anos, o número de matrículas na região demonstrou um recuo de 15,49%, na compara-ção entre 2001 e 2011, com a retração de 5.783 alunos.

Em termos percentuais, os índices apurados nas cidades da região são bem diferenciados de um local para outro, mas as quedas mais acentu-adas foram verificadas em Santos (-42,21%) e Cubatão (-39,84%).

O fator preponderante neste tipo de oscila-ção é o perfil etário da população de cada cida-de, associado também com os desníveis igual-mente verificados nas taxas de natalidade e no processo migratório.

A questão preponderante no aspecto da Educação Infantil é que agora não há desculpas

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Municípios Matrículas Creches 2001

Matrículas Creches 2011

Variação Em (%)

Matrículas Pré-Escola

2001

Matrículas Pré-Escola

2011

Variação Em (%)

Bertioga 103 1.252 1.111,55 1.070 1.471 37,48

Cubatão 644 936 45,34 5.216 3.138 (-) 39,84

Guarujá 765 1.497 95,69 6.065 6.058 (-) 0,12

Itanhaém 436 2.058 372,02 2.406 2.415 0,37

Mongaguá 314 659 109,87 1.585 1.257 (-) 29,69

Peruíbe -0- 650 -0- 1.785 1.544 (-) 13,50

Praia Grande 878 5.336 507,74 7.204 5.259 (-) 27,00

Santos 583 3.517 503,26 6.468 3.738 (-) 42,21

São Vicente 1.969 3.138 59,37 5.542 6.678 20,50

Total Regional 5.692 19.043 234,56 37.341 31.558 (-) 15,49

CENÁRIO DE MATRÍCULAS DO ENSINO PÚBLICO INFANTIL (PERÍODO: 2001 E 2011)

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para contenção da oferta de vagas, pois as cre-ches e a Pré-Escola também contam com a re-muneração balizada no fundamento valor/aluno, embora em importância menor do que as demais fases do ensino público.

As principais dificuldades observadas por alguns municípios nas ofertas de vagas em cre-ches normalmente estão concentradas nas ques-tões ligadas ao espaço físico, o que acaba for-çando a locação de imóveis para improvisar uni-dades de ensino para este fim.

O elevado custo do solo urbano e a carência de terrenos para abrigar novas edificações de ensino público também vêm exigindo do Poder Público melhor reaproveitamento dos prédios já existentes, com reformas e expansão de salas de aula em certos ciclos.

Outro fator que interfere diretamente neste contexto é a reorganização da ocupação do solo regional, uma vez que as habitações de baixa renda são erguidas em localidades menos aden-sadas e que acabam exigindo a construção de novas unidades de ensino.

Situação um pouco diferenciada, porém,

vem ocorrendo no Município de Cubatão, onde muitas famílias vêm sendo transferidas de áreas impróprias localizadas na Serra do Mar para o Jardim Casqueiro, evidentemente exigindo a re-cíproca expansão de serviços públicos nas áreas de saúde e de educação.

Uma nova fase de preocupação com este arranjo ocupacional deve acontecer no curso deste processo de expansão populacional previs-to com a implantação dos negócios ligados ao Pré-Sal.

Estudos de conjuntura indicam a possibilida-de de um crescimento populacional acima do normal no curso desta década, inclusive de natu-reza migratória, e isto vai exigir maior controle do planejamento urbano na oferta de serviços públi-cos em diferentes atividades.

As dificuldades de mobilidade urbana hoje já interferem de forma demasiada sobre o mercado de trabalho e também no atendimento da saúde, mas tudo indica que também poderá alcançar a área de Educação Básica, tal como já ocorre com os ciclos do Ensino Técnico, Tecnológico e de Nível Superior.

Na análise pertinente à fase do Ensino Mé-dio, também comparativa entre os exercícios de 2001 e 2011, é possível observar um recuo mé-dio de 9,17% do número de alunos matriculados nas escolas de natureza pública.

No início da década passada, a Região Me-tropolitana da Baixada Santista registrava 66.512 alunos cursando o Ensino Médio, porém este contingente foi reduzido para o universo de 60.411 matrículas, em 2011.

É verdade que muitos alunos na faixa etária de 15 a 17 anos vêm preferindo optar pela forma-ção de natureza técnica, fato que influencia na redução de matrículas convencionais no Ensino Médio.

De qualquer maneira, como esta fase de ensino está praticamente 100% sob a tutela da rede estadual, as administrações municipais aca-bam perdendo completamente o controle do nível de evolução escolar dos seus moradores.

O fato da oferta de Ensino Médio, sob a óti-ca constitucional, ficar preponderantemente sob a responsabilidade do Estado não quer dizer que o município não possa ou não deva ter uma aten-ção especial sobre o desempenho educacional da sua juventude.

É muito relevante, a propósito, que os jo-vens sejam motivados a cursar o ensino público dentro da faixa etária convencional para cada etapa da vida escolar.

De acordo com o Censo Escolar de 2011, no âmbito do Estado de São Paulo, nada menos que 195.376 alunos estavam cursando a fase do Ensino Médio na modalidade de Escola de Jo-vens e Adultos (EJA), fora do ciclo normal.

Este contingente de alunos representava 12,35% do total de matrículas do Ensino Médio público estadual (1.582.146) e tal tipo de recupe-ração educacional acaba exigindo dos cofres públicos um esforço financeiro adicional.

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Municípios Matrículas Ensino Médio

2001

Matrículas Ensino Médio

2011

Variação Em (%))

Matrículas Ensino Técnico

2011

Bertioga 1.031 2.150 108,54 -0-

Cubatão 4.880 4.837 (-) 0,88 984

Guarujá 11.893 11.202 (-) 5,81 1.254

Itanhaém 4.383 4.046 (-) 7,69 607

Mongaguá 1.872 2.218 18,48 646

Peruíbe 2.840 2.977 4,82 -0-

Praia Grande 8.835 9.596 8,61 788

Santos 16.781 10.283 (-) 38,72 3.130

São Vicente 13.997 13.102 (-) 6,39 700

Total Regional 66.512 60.411 (-) 9,17 8.109

CENÁRIO DE MATRÍCULAS DO ENSINO PÚBLICO MÉDIO (PERÍODO: 2001 E 2011)

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AÇÃO CONJUNTA REQUER MEIOS DE CONTROLE

ESFORÇO COMPARTILHADO

A qualidade na questão pedagógica é um desafio a ser perseguido

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A definição de princípios constitucionais vol-

tados ao compartilhamento de esforços federais, estaduais e municipais para atendimento da área educacional nos seus diferentes níveis de ensino ainda requer aperfeiçoamento.

Os mecanismos de financiamento têm sido implementados com a instituição do Fundef/Fundeb, mas ainda há muito o que fazer para assegurar a qualidade na área pedagógica e também na gestão do ensino público.

Na Região Metropolitana da Baixada Santis-ta, anualmente, a Educação Básica dispõe de recursos públicos que somam cerca de R$ 1 bi-lhão 600 milhões, sendo quase 38% praticamen-te financiados com recursos do Fundeb, na forma de reembolso adicional; ou com recursos do pró-prio Estado, em suas unidades de ensino.

A grande concentração do ensino público regional até a fase da 1ª a 4ª Séries prejudica um acompanhamento regular do desempenho edu-cacional posterior pelos municípios.

Não dá para admitir que os adolescentes e jovens com faixa etária entre 10 e 17 anos, em sua maior parte, não tenham um vínculo cadas-tral com o município, constando apenas dos con-troles de ensino da rede estadual.

Os municípios precisam se preparar ade-quadamente para a oferta do mercado de traba-lho, o que sugere também um compartilhamento de esforços no acompanhamento simultâneo do perfil de todo o quadro discente da cidades.

Nas diferentes fases da Educação Básica vinculadas ao financiamento público, a Região Metropolitana da Baixada Santista registra um quadro de alunos correspondendo ao patamar de 4% a 5% do contingente estadual, índices com-patíveis também com sua representatividade em termos populacionais.

Isto representa dizer que não há problemas na região quanto ao aspecto de oferta de vagas gerais nos diferentes níveis de ensino, exceto em

situações pontuais em uma ou outra cidade, prin-cipalmente no tocante às creches.

Na parcela do ensino público hoje gerencia-da efetivamente pelos municípios, observa-se que as fases da Educação Infantil (com 26,83%) e Ensino Fundamental (67,40%) consomem pra-ticamente 95% dos recursos direcionados à Fun-ção Educação.

O Governo do Estado entra no financiamen-to direto da Educação Básica da região com re-cursos que somam algo em torno de R$ 261 mi-lhões (envolvendo dispêndios com pessoal; ou-tras despesas correntes e investimentos) em su-as diversas unidades de ensino.

Do ponto de vista do dispêndio global do Tesouro do Estado com a área da Educação, a Região Metropolitana da Baixada Santista conso-me somente 1,28%, inclusive porque avançou no processo de municipalização em níveis bem mais acentuados do que a média estadual.

Esta tímida participação regional no custeio estadual da Educação, aliás, coloca os municí-pios locais em condições efetivas para exigir das autoridades estaduais mais recursos para refor-mas de unidades escolares e para a melhorias das demais condições de ensino.

É verdade que o processo de municipaliza-ção assegurou um ingresso anual de recursos adicionais no ensino público regional da ordem de R$ 300 milhões, mas é importante observar que esta importância corresponde a menos que 20% dos dispêndios gerais deste setor.

Após 14 anos de efetiva vigência do novo sistema de financiamento do ensino público, é aconselhável que a Região Metropolitana da Bai-xada Santista promova um amplo diagnóstico das condições atuais da educação regional.

Esta análise deve levar em conta as ques-tões de natureza estrutural, financeira e pedagó-gica, pois são nestes tipos de alicerces que o ensino público sustenta o seu equilíbrio.

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