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Experiências da Unicamp no saneamento rural Adriano Luiz Tonetti Departamento de Saneamento e Ambiente Isabel C. S. Figueiredo Departamento de Saneamento e Ambiente

Experiências da Unicamp no saneamento rural

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Experiências da Unicamp no saneamento rural

Adriano Luiz Tonetti Departamento de Saneamento e Ambiente

Isabel C. S. Figueiredo Departamento de Saneamento e Ambiente

PROSAB • PROSAB:

– Programa de Pesquisas em Saneamento Básico; – Início: 1996.

• Objetivo: – Desenvolvimento de pesquisas; – Aperfeiçoamento de tecnologias.

• Áreas: – Águas de abastecimento; – Águas residuais; – Resíduos sólidos.

• Característica das Tecnologias: – Fácil aplicabilidade; – Baixo custo de implantação; – Simplicidade na operação e manutenção; – Resultem na melhoria das condições de vida; – Especialmente as menos favorecidas.

Universidades Participantes

EESC/USP PUC-PR UFBA UFC UFES

UFMG UFRN UFPB UFPE

UFPE UFRGS UFRJ UFSC UFT UFV UNB

UNICAMP USP

Ação do PROSAB

• Abordagem integrada;

• Otimização de recursos;

• Sem duplicidade e pulverização;

• Integração de pesquisadores;

• Disseminação de informações;

• Capacitação das instituições;

• Resultados efetivos e prontamente aplicáveis;

• Conhecimento científico de domínio público.

Apoio e Financiamento

• FINEP;

• CNPq;

• CAIXA;

• ABES.

Pesquisas

• Tratamento Anaeróbio;

• Diversos processos de desinfecção;

• Reúso de efluentes sanitários tratados:

– Agricultura;

– Hidroponia;

– Piscicultura;

– Produção de água para indústrias.

• Saneamento de Pequenas Comunidades, Comunidades Rurais, Comunidades Isoladas.

Produtos

• Conhecimento;

• Tecnologias;

• Novos Pesquisadores;

• Massa crítica para o setor de saneamento.

http://www.finep.gov.br/prosab/

• Banheiro seco; • Tanque séptico; • Filtros anaeróbios; • Sumidouro; • Vala de infiltração; • Vala de filtração; • Filtro de areia; • Irrigação; • Escoamento superficial; • Leitos alagados construídos; • Vermifiltros.

Tecnologias

Tanque Séptico

• Importante: – Alternativa mais antiga de tratamento de esgoto;

– França → Século XIX;

– EUA → 25% das novas residências;

– Processo anaeróbio.

• Características: – Simplicidade construtiva e operacional;

– Brasil → NBR 13969 (1997).

– Apresenta baixa eficiência → ≈ 60%;

– Demanda um pós-tratamento.

• REATOR ROBUSTO!

Filtro Anaeróbio

• Característica:

– Material de empacotamento;

– Suporte para o crescimento da biomassa;

– Reator permanece afogado → Ambiente anaeróbio.

• Importante:

– Tratamento complementar do tanque séptico;

– Há estudo com tratamento do esgoto bruto.

Biofilme, Interstícios e Lodo

Lodo de Base

Lodo Intersticial Biofilme

Biofilme o Lodo Intersticial

Material suporte

não é

responsável pelo

tratamento!

Escória e Conduíte

Bambu e Casca de Coco Verde

Perfil da Vala

Visa favorecer a distribuição do

afluente

Exemplo de Construção

1ft = 0.30 m

Filtros de Areia

Implantação em Escala Real

Aspecto Construtivo

Produção

Matéria Prima

Água

Água

Por que empregar água

potável para produção de

pisos?

Reúso na Irrigação de Roseiras

Vermifiltro

Escoamento Superficial

Populina (São Paulo)

Vegetação

• Definição:

– Sistema natural de tratamento;

– Base → Alagados naturais;

– Solo permanentemente inundado;

– Presença de várias espécies de plantas.

• Uso:

– Vários países desenvolvidos;

– Alemanha, Reino Unido, França, Dinamarca, Áustria, Polônia, Itália, Estados Unidos e Canadá.

Terras Úmidas Construídas

Esquema

Afluente Efluente

Brejos Naturais

Taboa

Juncos

Exemplo

Instituto Federal

Emater (Paraná)

Problemas e Dificuldades

• Gerenciamento do lodo;

• Percepção da comunidade;

• Viabilidade da tecnologia;

• Envolvimento da população;

• Adequação das tecnologias.

Alternativas para o tratamento de esgoto em propriedades rurais de Campinas/SP:

Educação, aplicação e difusão de tecnologias sociais

EDITAL PROEXT 2015

PROGRAMA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA MEC/SESu

Contexto

• Campinas: há poucos dados sobre esta realidade

• Importante fornecer um tratamento de esgoto eficaz e de custo reduzido para estas áreas: a quem compete?

• Unicamp desenvolve práticas que possam ser replicadas e difundidas: processos educativos e participação

Objetivos

Avaliar a situação sanitária de uma

comunidade rural

Realizar ações de educação com proprietários ,

alunos e professores

Desenvolver, aplicar e difundir,

alternativas para o tratamento de

esgoto

Área de Estudo

Campinas/SP

Sub-bacia da Pedra Branca (Rio Capivari)

Área Rural de Pedra Branca. 50 Propriedades

5 propriedades para a implantação de um sistema piloto de tratamento de esgoto

1. Diagnóstico Rural Participativo

• Investigar a situação sanitária da comunidade e a sua percepção sobre esta realidade

a) Aplicação do questionário nas visitas às propriedades;

b) Observação e registro da realidade local;

c) Diálogo com os moradores e troca de informações;

d) Coleta de amostras de água de poços para análise laboratorial

(contaminação?)

2. Ações de Educação Ambiental e Sanitária

– Ações de sensibilização da população para a questão do

saneamento e seus impactos;

– Ações de informação e da comunidade sobre opções de tratamento de esgoto (fossa caipira não?)

– Ações de educação ambiental e sanitária junto aos alunos e professores das escolas municipais da região

– Trabalho com os professores da rede municipal através da realização de parceria com a CEFORTEPE (“Saneamento Ambiental e Água” )

3. Implementação, Monitoramento e difusão de sistemas-piloto de tratamento de esgoto

• Implementação de 5 sistemas piloto de tratamento de esgoto construídos de forma educativa e participativa: dia de campo” ou “mutirões educativos”

• Os sistemas serão escolhidos em conjunto pela equipe do projeto e pelas famílias beneficiadas levando-se em conta as especificidades do local e as necessidades da família

• Quais sistemas?

• Os proprietários servirão como multiplicadores, permitindo a visita de suas propriedades e sistemas por outros proprietários

• Estes sistemas serão monitorados por um ano.

• IMPORTANTE: O projeto financiará a construção, e caso o morador queira retirá-lo no final, também financiaremos o retorno a situação anterior...

Algumas percepções até aqui (esgotamento sanitário)

• Separação Águas cinzas x águas negras é natural e ocorre na maioria das propriedades, em pelo menos um ponto

• Predomínio absoluto de fossas - tradição

• Há conhecimento envolvido na construção destas fossas

• Percepção de que as fossas são um sistema adequado: não geram odores, não entopem, não transbordam. Há poucos problemas com este sistema

• Mesmo fossas novas são feitas do modo tradicional. Não há orientação técnica + tradição

• Outros tipos de sistemas são pouco conhecidos (ex: Fossas sépticas Biodigestoras Embrapa)

• Há casos de lançamento direto em corpo d’água, mas raros

• Sistemas com plantas e com produção de água de reúso tem boa aceitação. Sistemas que envolvem peixes e minhocas não são bem aceitos. O que gera maior preocupação é a manutenção dos sistemas, e não o seu custo ou espaço que ocupa.

• A visão é de que deve existir uma parceria entre a prefeitura e o produtor para gerenciar o sistema

Desafios:

• A mudança do sistema de tratamento de esgoto vai gerar benefícios ambientais e sanitários?

• Como dar suporte para produtor rural melhorar o tratamento de esgoto?

• Que tecnologia é a mais indicada para cada caso? Como as pesquisas podem dar suporte à essa escolha?

• Como garantir o bom gerenciamento do sistema?