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Experiência com a disciplina Memória e Patrimônio

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Page 1: Experiência com a disciplina Memória e Patrimônio

BIBLIOGRAFIA E FONTES:História e Cultura Afro-Brasileira. Lei Federal n°10.639/2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L1 0.639.html

Fonte: Autoria própriaImagem ilustrativa do perfil do instagram

HORTA, Maria L. P. (et al.) Guia básico de educação patrimonial. Brasília: Iphan — Museu Imperial, 1999. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/temp/guia_educacao_patrimonial.pdfRoda de Capoeira e ofício dos mestres de capoeira / Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. – Brasília, DF : Iphan, 2014. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfin-der/arquivos/Roda%20de%20Capoeira%20-%20Patrim%C3%B4nio%20Mundial%20Imaterial%20-%20Brasil%202014.pdf>

RESUMO: CONCLUSÃO: A experiência em sala de aula vivenciada na graduação do Curso de História/CCHLA/UFRN, na disciplina Memória e Patri-mônio Histórico teve uma reverberação de grande intensidade na vida dos alunos. A partir disso, o interesse em registrá-la dá-se devido à consideração de sua importância para a reflexão acerca do patrimônio nacional, especialmente os de historicida-de de caráter popular e que carregam as memórias de populações marginalizadas. Ao considerar também a necessidade da construção do conhecimento, proteção e salvaguarda do patri-mônio, bem como o papel e lugares do profissional de história nesses processos, em função das demandas na atualidade.

METODOLOGIA:

Tal experiência se deu por três principais pilares, seriam eles: a análise de fontes; a elaboração de um material didático, que teve como meio escolhido um perfil no Instagram voltado para divulgação a respeito do bem estudado; e, como resultado final, a apresentação de um painel em forma de roda de capoei-ra nos corredores do Setor II da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A partir disso, um cronograma de análise e pesquisa de fontes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), tais como o Dossiê da Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira, da Coleção Dossiê dos Bens Culturais Re-gistrados, foi realizado para servir de aporte teórico. Após o embasamento, como forma de mobilizar o conhecimento de forma pública, escolheu-se o Instagram enquanto plataforma dede divulgação do bem patrimonial e da narrativa construída em torno das ideias de memória, patrimônio histórico e da roda de capoeira em caráter de fonte primária do conhecimento. O perfil @capoeirahistorica, foi sistematizado e diagramado pelos alunos em pequenos textos que discutiam os conceitos de memória e patrimônio, apresentando a roda de capoeira como tema principal da exposição em uma seção nomeada “memorialística“memorialística e capoeira”; a capoeira enquanto uma forma de resistência de povos marginalizados, criminalizada por sua prá-tica em uma seção intitulada “capoeira: um ato político”; e, por fim, os processos mais recentes que possibilitaram o registro da roda de capoeira como patrimônio imaterial da humanidade.

Ao fim da disciplina, no dia do evento organizado pela pro-fessora Margarida Dias, houve a produção de um painel temáti-co, a divulgação e a apresentação do perfil @Capoeirahistorica aos professores convidados, em sua maioria docentes do ensino básico, e a realização de uma roda de capoeira no corre-dor do Setor 2 da UFRN.

A partir de todas essas experiências com a pesquisa em fontes, elaboração de material didático em uma plataforma virtual, o diálogo com os professores da rede básica e a práti-ca da roda de capoeira, foi possível traçar ligações importan-tes para sua abordagem como um forte agente de ensino em História - não como uma mera ilustração, mas como uma peça chave no processo de ensino-aprendizagem. A capoeira enquanto prática traz consigo grandes valores e historicidades, além de ser uma atividade esportiva e de lazer. Sua inserção no ensino básico, e também veiculada por ambientes virtuais (como o Instagram, por exemplo), pode instrumentalizar a compreensão do aluno sobre seu universo sociocultural e sua trajetória histórica; contribui para a for-mação da identidade do cidadão brasileiro, integrando-se ao processoprocesso de formação do indivíduo e de sujeito coletivo, pos-sibilitando-lhe reconhecer o passado, compreender o pre-sente e agir sobre ele.

Entender uma prática cultural tão complexa quanto a ca-poeira em sua historicidade, compreende não só a constru-ção da identidade, mas a alteridade sobre povos negros bra-sileiros pautada no antirracismo, apresentando-a como um dos meios de resistência frente às opressões e de perma-nência cultural, em consonância com as diretrizes estabele-cidas pela Lei 10.639/2003, que versa sobre a obrigatoriedade do estudo da História da África e do Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na for-mação da sociedade nacional, vislumbrando evidenciar como os povos negros sempre estão inseridos nas áreas social, econômica e política na História do Brasil. Participação muitas vezes apagada ou deslegitimada pela opressão racial, mas que resiste e vive - inclusive - ao som das suas vozes, dos atabaques, agogôs e berimbaus.

Experiência com a disciplina Memória e Patrimônio Histórico:

A historicidade da roda de capoeiraKaren Yasmin Gomes ([email protected]);Margarida Dias (Orientadora)André Carvalho da Nóbrega ([email protected]);

Fotografia com grupo de capoeristasno dia do evento