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Experiência de Autoavaliação Institucional do Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás: A Percepção dos Docentes e Técnico-Administrativos Universidade Federal De Goiás (UFG) Eixo III - Impactos da CPA Patrícia de Sá Barros (Universidade Federal De Goiás) Victor Souza Martins e Verdú (Universidade Federal De Goiás) Marina Pacheco Miguel (Universidade Federal De Goiás) Alexandre Braoios (Universidade Federal De Goiás) José Carlos Seraphin (Universidade Federal De Goiás) Regina Beatriz Bevilacqua Vieira (Universidade Federal De Goiás) Resumo A avaliação e regulação são concepções contraditórias de avaliação, mas não opostas. A autoavaliação, protagonizada pelos atores institucionais, identifica as fragilidades e potencialidades. Na Universidade Federal de Goiás (UFG), o processo de Avaliação está concebido no interior de um projeto maior denominado Programa de Gestão Estratégica que articula planejamento, avaliação e informação institucional. Este trabalho apresenta a descrição sobre a primeira experiência de Autoavaliação Institucional do Câmpus Jataí da Universidade Federal de Goiás, desde a sensibilização da comunidade acadêmica, o procedimento metodológico, a análise dos resultados das dez dimensões propostas pelo Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES) e as possibilidades de ações futuras. Esta experiência teve como referência o modelo de avaliação institucional da UFG, sendo coordenada por um comitê interno que sensibilizou a comunidade, contando com apoio da Assessoria de Comunicação do Câmpus, a qual enviou instrumento de avaliação para os docentes e técnico-administrativos, foco desta descrição. A leitura/análise da Autoavaliação Institucional do Campus Jataí indica uma insatisfação generalizada acerca das 10 dimensões avaliadas a despeito do desenvolvimento do Câmpus, proporcionado pela expansão e REUNI, referenciados nos relatórios de gestão da Instituição. Estes resultados geraram autoconhecimento que poderão permitir ações de melhorias no Câmpus. Espera-se que a autoavaliação seja complementada com a regulação, a qual é protagonizada pelo Estado, que tem como papel elaborar políticas educacionais e executá-las assegurando a sociedade a qualidade da educação superior.

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Experiência de Autoavaliação Institucional do Campus Jataí da Universidade

Federal de Goiás: A Percepção dos Docentes e Técnico-Administrativos

Universidade Federal De Goiás (UFG)

Eixo III - Impactos da CPA

Patrícia de Sá Barros (Universidade Federal De Goiás)

Victor Souza Martins e Verdú (Universidade Federal De Goiás)

Marina Pacheco Miguel (Universidade Federal De Goiás)

Alexandre Braoios (Universidade Federal De Goiás)

José Carlos Seraphin (Universidade Federal De Goiás)

Regina Beatriz Bevilacqua Vieira (Universidade Federal De Goiás)

Resumo

A avaliação e regulação são concepções contraditórias de avaliação, mas não opostas. A

autoavaliação, protagonizada pelos atores institucionais, identifica as fragilidades e

potencialidades. Na Universidade Federal de Goiás (UFG), o processo de Avaliação está

concebido no interior de um projeto maior denominado Programa de Gestão Estratégica

que articula planejamento, avaliação e informação institucional. Este trabalho apresenta

a descrição sobre a primeira experiência de Autoavaliação Institucional do Câmpus Jataí

da Universidade Federal de Goiás, desde a sensibilização da comunidade acadêmica, o

procedimento metodológico, a análise dos resultados das dez dimensões propostas pelo

Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES) e as possibilidades de

ações futuras. Esta experiência teve como referência o modelo de avaliação institucional

da UFG, sendo coordenada por um comitê interno que sensibilizou a comunidade,

contando com apoio da Assessoria de Comunicação do Câmpus, a qual enviou

instrumento de avaliação para os docentes e técnico-administrativos, foco desta

descrição. A leitura/análise da Autoavaliação Institucional do Campus Jataí indica uma

insatisfação generalizada acerca das 10 dimensões avaliadas a despeito do

desenvolvimento do Câmpus, proporcionado pela expansão e REUNI, referenciados nos

relatórios de gestão da Instituição. Estes resultados geraram autoconhecimento que

poderão permitir ações de melhorias no Câmpus. Espera-se que a autoavaliação seja

complementada com a regulação, a qual é protagonizada pelo Estado, que tem como

papel elaborar políticas educacionais e executá-las assegurando a sociedade a qualidade

da educação superior.

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Palavras-chaves: Autoavaliação institucional; Universidade; Gestão acadêmica.

Introdução

Pensar em avaliação na educação superior engloba um conjunto de processos

complementares, formativos e por vezes somativos, que podem induzir negociações,

transformações, ressignificar a vida acadêmica, num movimento contínuo capaz de

potencializar o desenvolvimento de uma instituição, melhor posto, da comunidade que a

compõe em sua globalidade, permitindo vislumbrar diferentes concepções como

diagnóstico, medida, julgamento, regulação da qualidade (COSTA; RIBEIRO; VIEIRA,

2010).

Neste contexto, Dias Sobrinho (1997, p. 73) propõe que avaliar uma instituição

de ensino é “compreender as suas finalidades, os projetos, a missão, o clima, as pessoas,

as relações sociais, a dinâmica dos trabalhos, a disposição em geral, os grupos

dominantes e as minorias, os anseios, os conflitos, os valores, as crenças, os princípios,

a cultura”. Assim entendida, a avaliação não constitui um mecanismo de controle, mas

um lócus para a elaboração de diagnósticos que possibilitem a análise do desempenho

global da Instituição no que tange aos objetivos e fatores relacionados aos aspectos

social, econômico, político, cultural e ético. Assim, fornece subsídios para a melhoria e

aperfeiçoamento da qualidade e fortalecimento da Instituição.

O trabalho que se apresenta emergiu da primeira experiência de autoavaliação

institucional no Câmpus Jataí (CAJ) da Universidade Federal de Goiás (UFG) referente

às atividades desenvolvidas no biênio 2011/2012. O processo de autoavaliação no

âmbito da UFG foi institucionalizado em 2006 conforme Resolução CONSUNI no.

10/2006 que prevê constituição de um Comitê Interno de Autoavaliação nos Câmpus

para conduzir o processo.

O Campus está localizado a 320 Km da capital, em Jataí, o qual constitui-se um

dos marcos da descentralização do ensino superior no estado de Goiás. Criado em 1980,

congrega hoje 24 cursos de graduação: Agronomia, Biomedicina, Ciências Biológicas

(bacharelado ou licenciatura), Ciências da Computação, Direito, Educação Física

(bacharelado ou licenciatura), Enfermagem, Engenharia Florestal, Física (licenciatura),

Fisioterapia, Geografia (bacharelado ou licenciatura), História (licenciatura), Letras

(licenciatura em Inglês ou Português), Matemática (licenciatura), Medicina Veterinária

(bacharelado), Pedagogia (licenciatura noturno ou matutino), Psicologia, Química

(bacharelado), Química (licenciatura), Zootecnia. Na pós-graduação, o CAJ oferece

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atualmente diversos cursos de mestrado em: Agronomia, Geografia, Educação, Ciências

da Saúde e também o PROFMAT. Cursos de Especialização também são ofertados de

acordo com a demanda.

O processo de Autoavaliação do Câmpus engloba os docentes, servidores

técnico-administrativos e estudantes de graduação, os quais respondem os instrumentos

de avaliação, que contemplam as orientações estabelecidas pelo Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Superior (SINAES). Neste estudo, somente os servidores

técnico-administrativos e docentes serão considerados.

A relevância deste trabalho está em fornecer informações para possibilitar a

Instituição identificar as ações que merecem ser revistas ou intensificadas com vistas ao

alcance dos propósitos estabelecidos na política de expansão e qualidade de ensino

superior. Ainda, propiciar a sociedade informações sobre a percepção dos atores da

comunidade universitária do desempenho da Instituição; cumprir com as exigências

normativas do Ministério da Educação; fomentar internamente um processo de

autocrítica que sirva de combustível para melhorias no processo de planejamento e

gestão institucional; e conscientizá-los sobre a importância da autoavaliação, do seu

processo formativo e adesão à participação.

O propósito deste artigo é apresentar os resultados da Autoavaliação

Institucional aplicada de um Câmpus fora de sede de uma Instituição de Ensino

Superior Pública Federal, no biênio 2011-2012, a fim de identificar como os segmentos

da comunidade universitária avaliam cada dimensão abordada. Dessa forma, espera-se

identificar se, na visão dos docentes e servidores técnico-administrativos, a universidade

em questão tem conseguido oferecer um ensino de qualidade, conforme as demandas do

governo e da sociedade.

Material e Metodologia

Este estudo visa analisar a percepção da comunidade universitária, composta por

docentes e técnico-administrativos, sobre a qualidade da Universidade Federal em

aspectos relacionados ao ensino, pesquisa e extensão, infraestrutura física e acadêmica,

responsabilidade social, gestão universitária, sustentabilidade financeira e outros.

Trata-se de um estudo de caso na Universidade Federal de Goiás, Câmpus Jataí,

que a exemplo de todas as universidades públicas e privadas, por força da Lei no.

10.861/2004 deve, periodicamente, por meio da Comissão Própria de Avaliação (CPA)

proceder a Autoavaliação Institucional, como uma das formas de avaliar o processo da

qualidade educacional de ensino superior.

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O estudo refere-se ao biênio 2011/2012 na Universidade Federal de Goiás,

Câmpus Jataí, localizado em Jataí (Goiás), que possui 324 funcionários [265 docentes

(efetivos, substitutos e Fundação Educacional de Jataí) e 59 técnico-administrativos].

Quanto aos fins, trata-se de um estudo descritivo, pois possui objetivos bem

definidos e procedimentos formais, é bem estruturado e dirigido para a solução de

problemas ou avaliação de alternativas de curso de ação. Em suas diversas formas,

trabalha com dados ou fatos colhidos da própria realidade (CERVO; BERVIAN, 2002).

Os dados foram extraídos do relatório de Autoavaliação referente ao período de

2011-2012, cujo processo, seguindo orientações constantes da Lei 10.861/2004, foi

conduzido pela Comissão de Autoavaliação Institucional (CAVI/CPA) da UFG,

constituída de representantes docentes, discentes, técnico-administrativo e da sociedade

civil organizada, que elaboraram o instrumento de avaliação da comunidade

universitária.

Dentre a diversidade de instrumentos avaliativos concebidos no âmago do

projeto de Autoavaliação da UFG, foi eleito para discussão e análise, neste artigo, os

dados obtidos mediante a aplicação dos questionários da Unidade

Acadêmica/Câmpus/Núcleo de Gestão.

O questionário, aplicado eletronicamente, contou com 46 questões distribuídas

ente as 10 dimensões definidas pelo SINAES (Art 3º. da lei 10.861/2004) visando

avaliar: 1) Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional; 2) Políticas para o

ensino, pesquisa e extensão; 3) Responsabilidade social; 4) Comunicação com a

sociedade; 5) Políticas de pessoal; 6) Organização e gestão; 7) Infraestrutura; 8)

Planejamento e avaliação; 9) Atendimento aos discentes; 10) Sustentabilidade

financeira.

Dentre as 46 questões, associadas a uma escala categórica, 45 tinham como

respostas possíveis: a=“não existente”, b=“insuficiente”, c=“suficiente”, d=“muito

bem”; e= “excelente”; f=“não sei responder”. Somente uma questão foi aberta (dado

qualitativo).

A realização da primeira experiência de Autoavaliação Institucional no

CAJ/UFG referente às atividades desenvolvidas em 2011/2012 foi coordenada por um

Comitê Interno nomeado pela Direção Geral do Câmpus e teve como objetivo para além

de cumprir com as exigências normativas do Ministério da Educação, fomentar

internamente um processo de autocrítica que sirva de combustível para melhorias no

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processo de planejamento e gestão institucional, e conscientizá-los sobre a importância

da Autoavaliação, do seu processo formativo e adesão à participação.

O Comitê Interno do Câmpus realizou a sensibilização da Autoavaliação perante

a comunidade acadêmica. Neste momento, contou com o apoio da Assessoria de

Comunicação do CAJ, a qual enviou e-mail para os funcionários técnico-

administrativos e docentes, ressaltando a sua importância para o desenvolvimento da

autoavaliação do CAJ, via Boletim Informativo e constante divulgação no site da

Instituição (www.jatai.ufg.br).

Uma ampla discussão no âmbito da comunidade universitária foi realizada,

sendo debatido e aprovado em reunião ordinária do Conselho Diretor do CAJ em 2012.

O resultado final ora apresentado descreve a visão de alguns segmentos institucionais

(docentes e técnico-administrativos) que compõem a comunidade acadêmica,

participaram e contribuíram emitindo respostas ao instrumento aplicado.

Completamos assim uma das etapas do ciclo de avaliação, a ser

continuadamente retomado, num processo permanente de busca por conhecimento e

aperfeiçoamento do que se fez e do que se faz.

Referencial teórico

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) foi criado

pela Lei no. 10.861, em 14 de abril de 2004, com finalidades de melhoria da qualidade

da educação superior, orientação da expansão da sua oferta, aumento permanente da

eficácia institucional e efetividade acadêmica e social e, especialmente, promoção e

aperfeiçoamento dos compromissos e responsabilidades sociais das instituições de

educação superior, por meio da valorização de sua missão pública, da promoção dos

valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da

autonomia e da identidade institucional (REIS; SILVEIRA; FERREIRA, 2010).

Conforme Dias Sobrinho (1995), a avaliação é um exercício com forte sentido

pedagógico, permitindo rediscutir os projetos e prioridades da universidade. Avaliar,

nesse sentido, não é apenas um mero alinhamento de produtos e um simples somatório

de serviços, mas a construção do saber, resguardados os princípios, as especificidades e

as culturas de cada área, procurando ultrapassar as avaliações pontuais e corriqueiras da

vida escolar (AFONSO, 2000; BELLONI; BELLONI, 2003). Ainda, a meta da

avaliação deve ser um questionamento rigoroso e metódico de todas as atividades da

universidade, seus fins e seus meios – ensino, pesquisa e extensão –, bem como gestão,

infraestrutura e condições gerais de trabalho.

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As discussões acerca de conceitos e parâmetros sobre a avaliação ganharam

ênfase em virtude da proposta de Reforma Universitária, em meados da década de 1980.

Na década seguinte, foi instituído o Programa de Avaliação Institucional das

Universidades Brasileiras – PAIUB, tendo como objetivo “[...] rever e aperfeiçoar o

projeto acadêmico e sócio-político da instituição, promovendo a permanente melhoria

da qualidade e pertinência das atividades” (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1994, p.

13).

A grande contribuição dessa primeira iniciativa foi a ênfase na necessidade de se

elevar a qualidade das atividades acadêmicas e criarem processos e procedimentos

avaliativos conduzidos pelas próprias instituições de ensino superior. No entanto, em

virtude de seu caráter voluntário e não-punitivo, essa política de avaliação teve baixo

índice de adesão, atingindo, mais especificamente, o universo das Universidades

Federais brasileiras.

Em 1995, através da Lei n.º 9.131, novas diretrizes foram propostas no que se

refere ao reconhecimento de cursos, à criação de Instituições de Ensino Superior e ao

credenciamento de Universidades, assim como à avaliação das instituições. Esta lei

estabelecia a implantação de “avaliações periódicas das instituições e dos cursos de

ensino superior (Lei 9131/95, Art. 3º).

No ano seguinte, o Decreto n.º 2.026, de outubro de 1996, instituiu a avaliação

dos cursos e das instituições de ensino superior por uma comissão de acordo com os

seguintes aspectos: a eficiência das atividades em relação aos objetivos da instituição; a

adequação dos currículos dos cursos de graduação; a inserção da instituição na

comunidade local e regional; e a produção científica, cultural e tecnológica. Além da

autoavaliação da instituição, essa comissão deveria avaliar as condições de oferta dos

cursos de graduação, considerando a organização didático-pedagógica, a adequação das

instalações físicas em geral, a adequação das instalações especiais, como laboratórios e

bibliotecas, e a qualificação do corpo docente (CUNHA, 2003). A partir da vigência da

nova Lei de Diretrizes e Bases n.º 9.394/96, as avaliações institucionais passaram a ter

caráter nacional: os cursos passaram a ser avaliados in loco e por meio do rendimento

dos estudantes no Exame Nacional de Cursos – ENC. A implantação desse modelo

permitiu ao MEC não apenas um acompanhamento global do ensino superior, mas

também do desempenho individual das instituições e da avaliação do ensino de

graduação por curso, o qual vigorou até 2002.

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Em abril de 2004, instituiu-se o Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Superior – SINAES, órgão responsável pela condução da política de Reforma

Universitária (SEGENREICH, 2005). A ênfase era a implantação de um processo de

autoavaliação – interno, sério e transparente – como fórmula mais adequada de

prestação de contas à sociedade.

Com esse propósito, a lei 10.861/2004 instituiu as bases norteadoras dos

processos avaliativos na Educação Superior, por meio de dez dimensões que sintetizam

os vários aspectos relacionados à vida acadêmica, desde as práticas de ensino até

questões administrativas. Não se trata de um modelo impositivo, mas uma proposta que

permite flexibilidade e liberdade às instituições para criarem seus sistemas de

Autoavaliação.

A Autoavaliação de uma instituição de ensino superior, que abrange cursos de

graduação, tecnológicos e programas de pós-graduação, não se reduz à simples

atribuição de notas ou conceitos aos diferentes cursos, infraestrutura e atividades de

extensão, e muito menos, a definição de um diagnóstico revelado por um número

(LEHFELD et al., 2010). Avaliar uma instituição universitária significa lidar não só com

variáveis quantificáveis, mas também com situações diversas, incertas e dinâmicas,

levando em consideração as contradições, a pluralidade de pontos de vistas, diversidade

dos indivíduos, elementos estruturais e conjunturais.

Neste processo, cabe ao Ministério da Educação articular, viabilizar e financiar a

avaliação da educação superior, estimulando a adesão voluntária das instituições a esta

prática avaliativa. A avaliação é compreendida, enquanto um processo de

acompanhamento metódico, das ações realizadas pela instituição de educação superior,

com vistas a averiguar em que medida são cumpridas e atendidas as funções e

prioridade delimitadas coletivamente (REIS; SILVEIRA; FERREIRA, 2010).

De acordo com Fernandes (2002), os princípios básicos que deverão nortear um

processo avaliativo numa perspectiva transformadora e de aperfeiçoamento institucional

são: adesão voluntária; avaliação total e coletiva da comunidade acadêmica; respeito à

identidade da instituição; unidade de linguagem e competência técnico-metodológica.

A Avaliação Institucional tornou-se preocupação essencial para a melhoria dos

serviços das universidades e para a conquista de maior autonomia. Hoje, não é mais

vista como instrumento de controle burocrático e centralização, mas sim, sendo

institucionalizada como um processo necessário da administração, condição para a

melhoria do ensino e da pesquisa e exigência da democratização (GADOTTI, 2000).

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Dessa forma, a autoavaliação se propõe a aproximar seus diversos públicos, quer sejam

docentes, discentes, profissionais da área administrativa e de apoio, bem como a

comunidade do seu entorno, ganhando assim um caráter integrador e agregador. Estes

partícipes podem observar, perceber, identificar e sugerir outros caminhos diferentes dos

estabelecidos, caso haja esta necessidade. Os gestores poderão, então, utilizar tais

movimentos em prol do desenvolvimento institucional, apresentando à comunidade os

resultados alcançados e as dificuldades e impossibilidades de ações, de forma

transparente e assertiva (PAIVA; SOUZA, 2011).

Resultados e Discussão

Os resultados apresentados foram obtidos a partir das informações do

questionário de Autoavaliação 2011-2012 do Campus Jataí da Universidade Federal de

Goiás, que é parte integrante do Programa de Gestão Estratégica (PGE) da instituição,

regulamentado através da Resolução CONSUNI no. 10/2006 de 28 de julho de 2006,

em atendimento ao SINAES (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, 2006).

Somente 53 servidores (16,35%) responderam às questões do questionário de

autoavaliação das Unidades acadêmicas/Câmpus/Núcleos de gestão 2011/2012,

constante no PGE.

O processo de autoavaliação do Câmpus Jataí 2011-2012 foi iniciado em outubro

de 2011, coordenado pelo Comitê Interno de Autoavaliação (Comissão Interna de

Autoavaliação Institucional do CAJ), atendendo às dez dimensões do SINAES, os quais

servirão de suporte para a elaboração do PDI e para autoavaliação do Câmpus,

fornecerão informações para promover melhorias das condições de ensino, dos

procedimentos didático-pedagógicos e do aperfeiçoamento das atividades acadêmicas.

Nos itens subsequentes serão apresentadas algumas informações obtidas neste

questionário, de forma sistematizada.

Dimensão 1 - A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

As políticas institucionais de ensino, pesquisa, extensão e gestão acadêmica

demonstraram-se insuficientes para a maioria dos respondentes. Apesar do não

conhecimento, destaca-se que o atual grupo gestor do Câmpus divulgou via e-mail o

PDI 2011-2015, o qual encontra-se disponível no sítio www.ufg.br, menu principal - A

UFG/ PDI. Portanto, ainda que o acesso do documento seja público, existem aqueles

que desconhecem o PDI e Projeto Pedagógico Institucional (PPI).

Em relação ao uso do PDI para o planejamento, programas e projetos da

Unidade CAJ, os resultados convergem para duas linhas gerais: a) aqueles que

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desconhecem o PDI/PPI da UFG, ou seja, julgam insuficientes; e b) aqueles que já

tiveram acesso ao PDI/PPI da UFG e julgam que a Unidade CAJ está em consonância

com as políticas institucionais de forma suficiente.

O motivo da divergência entre as respostas pode ser explicado da seguinte

maneira: a prática da UFG, antes do SINAES, era a elaboração e execução dos Planos

de Gestão – que desempenha e desempenhava – o papel do PDI. A partir do SINAES, a

UFG iniciou um processo para a elaboração de seu PDI, que contou com o

envolvimento das diversas instâncias da UFG. No momento, o PDI 2011-20151

encontra-se aprovado no colegiado máximo da UFG, que é o Conselho Universitário

(CONSUNI). Deste modo, recomenda-se a conscientização e ampla divulgação do

PDI/PPI no âmbito da comunidade acadêmica em geral.

Dimensão 2 - A política para o ensino, a pesquisa, a pós-graduação, a extensão e as

respectivas normas de operacionalização, incluindo os procedimentos para estímulo

para a produção acadêmica, para as bolsas de pesquisa, de monitoria e demais

modalidades

Os cursos de graduação do CAJ possuem, em sua maioria, Projetos Pedagógicos

de Cursos (PPC) aprovados em todas as instâncias competentes, elaborados com base

nos seguintes documentos: Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional,

Diretrizes Curriculares do Conselho Nacional de Educação, Estatuto, Regimento e

Regulamento Geral dos Cursos de Graduação (RGCG).

Em decorrência da adesão da UFG ao REUNI, alguns cursos recém-criados

encontram-se em processo de estruturação dos projetos pedagógicos, provocando

intensa movimentação de construção ou reconstrução dos projetos a fim de atender o

Decreto 5.626/2005, que determina a inclusão de Libras como disciplina curricular nos

cursos de graduação.

No que versa sobre a concepção e organização didático-pedagógica no

atendimento à demanda social e incorporação de novas tecnologias no processo de

ensino-aprendizagem, há propostas que focam na flexibilização e articulação de ações

interdisciplinares, buscando um ensino crítico, reflexivo e criativo para formar egressos

1PDI 2011-2015 da Universidade Federal de Goiás encontra-se disponível em http://www.prodirh.ufg.br/uploads/64/original_PROJETOPDI_04_06_12.pdf

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com conhecimentos científicos mais sólidos, capazes de socializar o conhecimento

adquirido.

A articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão foram

consideradas suficientes. Alguns cursos encontram-se em estágios mais avançados de

metodologias mais ativas ou interativas. Em contrapartida, outros cursos encontram

obstáculos para a implantação de novas atitudes, sendo observadas deficiências na

capacitação didático-pedagógica dos docentes, inovação tecnológica e acesso limitado a

recursos audiovisuais.

A maioria dos servidores considerou insuficiente a articulação entre as

atividades de extensão e a demanda do entorno social. Entretanto, a universidade

oferece programas de concessão de bolsas de extensão e cultura para alunos de

graduação. Em 2011, a UFG promoveu, aproximadamente, 230 ações de extensão e

cultura, combinando suas potencialidades às demandas da sociedade, o que demonstram

interação do corpo docente e discente com a comunidade. Ainda, estágios curriculares,

cursos lato-sensu e stricto-sensu, quer sejam presenciais ou à distância, constituem

outra forma importante de socializar os conhecimentos produzidos reforçando atitudes

de inclusão social, cultural e pedagógica, com atenção ao indivíduo e sua inserção na

sociedade. Mesmo com tais atividades, a extensão ainda é incipiente em alguns cursos,

principalmente naqueles mais recentes, onde a disponibilidade dos professores ainda é

aquém do desejado.

A parceria entre o CAJ e outras instituições (públicas e/ou privadas) ainda é

considerada aquém na opinião dos servidores. No entanto, observa-se um crescente

aumento de convênios na área de graduação e pós-graduação, pesquisa, extensão e

cultura. Ainda, a UFG, por meio da Coordenadoria de Assuntos Internacionais, promove

e consolida interface com instituições internacionais a fim de estabelecer relações para

execução das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Além do intercâmbio estudantil,

a mobilidade docente é outra área de interesse presente na unidade.

Os docentes do CAJ procuram estreitar laços com instituições fomentadoras de

pesquisa, tais como entidades de classe, agências governamentais (federais e estaduais),

tais como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e, até mesmo

com instituições internacionais. As bolsas de iniciação científica constituem um dos

pilares para a concepção destes convênios e/ou acordos com outras instituições.

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Dimensão 3 - A responsabilidade social da Instituição, considerada no que se refere

ao desenvolvimento econômico e social, à defesa do meio ambiente, da memória

cultural, da produção artística e do patrimônio cultural

Os servidores do CAJ avaliam que as ações sociais, as atividades científicas,

técnicas e culturais locais ainda são incipientes para contribuir para o desenvolvimento

regional e nacional. Apesar disto, destacam-se diversas ações afirmativas importantes no

âmbito geral da Instituição que demonstram o compromisso social da UFG perante a

sociedade. Como exemplo, a UFG desenvolveu e implantou o Programa UFG Inclui

(criado por meio da Resolução CONSUNI nº 29/2008, alterada pela Resolução

CONSUNI nº 20/2010), que visa possibilitar a ampliação do acesso e da permanência

de estudantes oriundos de escolas públicas, negros, indígenas, negros quilombolas e

deficientes auditivos. Outra ação afirmativa é a adesão ao Exame Nacional do Ensino

Médio (ENEM), considerando-o no cálculo final da nota dos candidatos do processo

seletivo, que optam por esse aproveitamento. A Pró-Reitoria de Assuntos da

Comunidade Universitária (PROCOM) oferece diversas bolsas para os estudantes de

graduação, dentre elas, moradia estudantil, permanência e alimentação.

Cabe destacar que no CAJ, em 2011, 51 bolsas moradias, 80 bolsas permanência

e 600 bolsas alimentação foram concedidas aos estudantes. Em 2012, houve aumento

nesse número para 80 bolsas moradias, 85 bolsas permanência e 600 bolsas

alimentação, demonstrando a melhoria das ações afirmativas realizadas na unidade.

Além destas ações afirmativas, várias atividades de extensão são desenvolvidas no

sentido de organizar, apoiar e acompanhar ações voltadas para a educação do cidadão

nas áreas de educação pública, educação especial, cultura, lazer e recreação, saúde e

meio ambiente, criando mecanismos institucionais que permitam avançar o processo de

integração entre a Universidade e diversos setores da sociedade.

As relações com os setores público e privado, com o mercado de trabalho e com

instituições sociais, culturais e educativas de todos os níveis, se dão por meio de

convênios, parcerias, pesquisa e extensão de interesse de ambas as partes.

Frequentemente, há participação de docentes da UFG em eventos promovidos pelos

setores, público e privado, além da realização de pesquisas demandadas e financiadas

por empresas, como nos casos de projetos de pesquisa e desenvolvimento. As relações

também acontecem através de estágios, e participação em entidades de classe.

Projetos de pesquisa e extensão, atividades culturais, eventos, feiras, simpósios,

congressos, jornadas, cursos de capacitação, Centro de Línguas, bolsas por demanda

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social (moradia, permanência, alimentação), políticas de inclusão (UFG Inclui),

Empresa Júnior, dentre outros foram apontadas como sendo voltadas para a interação

com o meio social, a promoção da cidadania e ações afirmativas. Algumas ações

propostas pelos participantes foram: campanhas de coleta seletiva, reciclagem, defesa da

vegetação do cerrado e meio ambiente, monitoramento da qualidade do meio ambiente,

tratamento de resíduos químicos e biológicos, memória da produção artística e do

patrimônio cultural.

Dimensão 4 - A comunicação com a sociedade

A divulgação, a difusão e a sociabilização da informação e da transparência das

atividades desenvolvidas no CAJ acontecem por meio de publicações impressas e

eletrônicas, produções em áudio e audiovisuais e de ações desenvolvidas nos ambientes

interno, externo e internet. Apesar da insatisfação de alguns servidores, evidencia-se que

a atual Assessoria de Comunicação do CAJ (ASCOM/CAJ) tem realizado um excelente

trabalho de atualização de informações, divulgação de editais e informes, prestando de

forma positiva esclarecimentos à comunidade acadêmica interna e externa. Além da

produção gráfica (cartazes, panfletos, artigos em jornais e revistas, boletins

informativos), todos os cursos da Unidade CAJ possuem uma página web

(www.jatai.ufg.br/nomedocurso). Outro mecanismo importante de comunicação com a

universidade é a ouvidoria da UFG que atende via e-mail, telefone, fax, carta e

pessoalmente.

Importante ressaltar que no ano de 2012, o CAJ ofertou aos docentes capacitação

online para o uso da plataforma “Moodle” nos novos laboratórios de informática

instalados recentemente dentro das bibliotecas do Câmpus (Riachuelo e Jatobá),

demonstrando melhoria no ambiente de aprendizagem colaborativa e um crescente

avanço na comunicação entre o corpo discente, docente e a sociedade em geral.

Ainda, julgou-se insuficiente a quantidade de laboratórios de informática

disponíveis para uso comum dos alunos. Ações propostas nesse sentido seriam de

grande valia para o desenvolvimento técnico-científico-cultural da academia.

Acrescenta-se ainda, a necessidade urgente de melhoria da conexão à internet.

Atualmente, a velocidade da internet do CAJ é de apenas 1MB (velocidade compatível

com uso doméstico). Assim, fica evidente que as atividades que necessitam de internet

são prejudicadas.

Dimensão 5 – As políticas de pessoal, seu aperfeiçoamento, desenvolvimento

profissional e suas condições de trabalho

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O clima institucional, as relações interpessoais, a estrutura de poder, os graus de

satisfação pessoal e profissional do CAJ foram avaliados como insatisfatórios.

Em 2011, as principais fragilidades do CAJ relacionadas às condições de

trabalho surgiram devido à grande quantidade de funcionários técnico-administrativos e

docentes lotados na Fundação Educacional de Jataí (FEJ) que foram desvinculados. A

Instituição arcou com este ônus contratando novos funcionários terceirizados. Até o

momento, estes funcionários estão sendo remunerados com a verba destinada ao custeio

do Câmpus, o que prejudicou o andamento das atividades acadêmicas e administrativas

dos cursos.

O baixo grau de satisfação profissional no ambiente de trabalho, principalmente

entre os docentes, é decorrente também da deficiência na infraestrutura do Câmpus,

comprometendo os trabalhos e ações, principalmente em relação à proposta e execução

de projetos de pesquisa. A insatisfação profissional acarreta a busca por um

reposicionamento em outras instituições.

A política de capacitação do servidor da UFG é comprometida com o

aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional. O CAJ estimula a qualificação

profissional e a melhoria da qualidade de vida de seus servidores ofertando diversas

ações de capacitação de docentes e técnico-administrativos direcionados para o

ambiente organizacional, tais como, curso de capacitação em segurança do trabalho e

curso de docência para os professores em estágio probatório. Em 2012, a PRODIRH

ofertou no CAJ os seguintes cursos: Planejamento Estratégico, Elaboração e Gestão de

Projetos, Oficina de Produção de Texto Técnico, Oratória e Inglês Instrumental.

Adicionalmente, a UFG concede bolsas do programa institucional de bolsas de

graduação e pós-graduação para servidores técnico-administrativos da UFG – “Pró-

qualificar”.

O resultado desta dimensão aponta para deficiências no ambiente de trabalho,

quer sejam na infraestrutura ou na falta de recursos materiais e humanos. Por um lado, o

REUNI trouxe mais recursos, que foi de suma importância para a Universidade, mas por

outro, aumentou a demanda dos cursos de graduação e pós-graduação e número de

vagas nos cursos existentes. O governo liberou mais vagas para concurso de docentes,

mas o número de vagas para técnico-administrativos não foi suficiente, ainda existe uma

deficiência no quadro. Em 2011, 56 funcionários da Fundação Educacional de Jataí

(FEJ) foram demitidos, agravando ainda mais a deficiência de recursos humanos no

Câmpus.

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No tocante à melhoria das condições de trabalho, o setor de Engenharia de

Segurança do Trabalho, iniciou um levantamento dos ambientes insalubres, com fins de

mapear os riscos ocupacionais dos servidores da UFG, em atenção à nova legislação

para concessões dos adicionais de insalubridade, periculosidade seguindo a Orientação

Normativa nº. 2, da SRH/MPOG, de 19 de fevereiro de 2010.

Dimensão 6 - Organização e gestão da Instituição, representatividade nos órgãos

colegiados e participação nos processos decisórios

Os procedimentos ou sistemas informatizados que dão subsídios ao processo

decisório da Instituição foram considerados insuficientes. Destaca-se que o processo

decisório da Instituição acontece de duas formas: iniciado pela administração superior

ou levantado a partir das Unidades Acadêmicas/Órgãos. Na primeira, a administração

superior dissemina a questão pelos demais níveis de decisão para discussão, retornando

aos níveis superiores para a tomada de decisão. Na segunda, o ponto de discussão surge

nas Unidades Acadêmicas/Órgãos e avança para o conhecimento da administração

superior para que sejam dados os encaminhamentos necessários.

Um dos principais problemas do CAJ refere-se à Estrutura Organizacional, onde

22 cursos são ligados a apenas uma direção, enquanto o ideal seria uma direção

representando 1 e/ou mais cursos. Isto reflete uma baixa representatividade do CAJ

frente a processos decisórios da UFG para a maioria dos respondentes.

Dimensão 7 - Infraestrutura física para o ensino, pesquisa e extensão

Os servidores do CAJ demonstraram descontentamento em relação à

infraestrutura, não atendendo às necessidades operacionais, o que tem sido queixa

recorrente ao longo dos anos. Para a maioria dos respondentes, o espaço físico foi

avaliado como insuficiente para atender à demanda do Câmpus.

Entre as carências mais citadas, destacam-se: biblioteca (acervo bibliográfico,

instalações, periódicos, sala de estudo, número de computadores); salas (professores,

coordenações e aulas); espaço de convivência com refeições a preços acessíveis e de

qualidade; precariedade do acesso à Internet; falta de acessibilidade apropriada para

cadeirantes; climatização nos espaços físicos; itens básicos de segurança (EPIs, saídas

de emergência, extintores); reagentes e equipamentos para aulas práticas; recursos

audiovisuais; laboratórios de pesquisa; espaço físico para DCE, dentre outros.

No que compete ao acervo (seja em quantidade ou atualidade), as queixas de

carência são unânimes. Nas bibliotecas Riachuelo e Jatobá, a disponibilidade de

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bibliografia básica e complementar recomendada em relação à demanda está aquém das

exigências legais segundo Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação.

A maioria dos respondentes consideram as adequações da estrutura física para

acessibilidade de portadores de necessidades especiais insuficientes, sendo necessárias

adaptações das instalações para esses alunos.

As respostas obtidas nesta dimensão permitem observar que ainda são

necessárias ações da gestão para que a infraestrutura física, de biblioteca, de recursos de

informação e de comunicação seja minimamente aceitável para o ambiente de ensino e

aprendizagem. Entretanto, cabe lembrar que a qualidade das ações futuras da

Universidade não depende apenas da melhoria de sua infraestrutura.

Ressaltamos que algumas ações estão sendo implantadas, tais como, a

construção de bloco de salas de professores e refeitório universitário. Existe a previsão

de uma nova biblioteca e auditório para o Câmpus Jatobá. Além disso, melhorias para o

acesso à internet estão sendo providenciadas. Diversos cursos de graduação do CAJ

encontram-se em fase de reconhecimento e/ou autorização perante o Ministério da

Educação e de forma geral, esta dimensão (infraestrutura) tem recebido baixos

conceitos.

Dimensão 8 – Planejamento e avaliação, especialmente em relação aos processos,

resultados e eficácia da autoavaliação institucional

A atividade de planejamento tem sido operacionalizada no CAJ de forma

satisfatória para a maioria dos respondentes. As ações autoavaliativas frequentemente

realizadas são: Avaliação do docente pelo discente, avaliação docente pelo docente e

avaliação institucional pelo discente. Destaca-se que a Autoavaliação institucional pelos

servidores do CAJ (docentes e técnicos administrativos) foi realizada pela primeira vez

por um Comitê Interno de Autoavaliação do Câmpus, primando por um caráter

participativo, educativo e formativo.

O modo como é realizada a Autoavaliação não condiz com o modo que é

conduzido o processo de planejamento do CAJ, segundo a maioria dos respondentes.

Entretanto, como trata-se de uma primeira autoavaliação democrática da comunidade,

não é possível ainda avaliar sua repercussão na condução administrativa (ações,

mudanças). Destaca-se que a atual gestão do Câmpus formalizou este Comitê Interno de

Autoavaliação do CAJ, atendendo de maneira satisfatória a necessidade de avaliar as

fragilidades e potencialidades da unidade.

Dimensão 9 – Políticas de atendimento a estudantes e egressos

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Com relação às políticas de incentivo à participação dos estudantes em

atividades de ensino, iniciação científica, extensão, procedimentos de avaliação,

intercâmbios com instituições nacionais e estrangeiras, as ações são consideradas

positivas, uma vez que a instituição oferta editais para concorrer bolsas de auxílio

(moradia, alimentação, permanência), bolsas de pesquisa (PIBIC, PIVIC, PIBIC-AF,

PIBIT, PROLICEN) e extensão (PROBEC/PROVEC), PET (Programa de Educação

Tutorial), Programa de Mobilidade Estudantil, serviços prestados pela Pró-Reitora de

Extensão e Cultura (PROEC) (panfletos, folder, cartazes) e auxílios disponibilizados,

tais como, diárias e transporte para eventos.

Outra questão abrange a existência de estudos e análises de dados sobre

ingressantes, evasão/abandono, tempos médios de conclusão, tendo em vista a melhoria

das atividades educativas. A maioria dos respondentes relata não conhecer estudos sobre

o tema, entretanto o Centro de Gestão Acadêmica (CGA) da unidade disponibiliza tais

informações mediante consulta, além de poder ser acessado no sistema acadêmico

(RGCG).

Quanto às oportunidades/atividades de atualização, formação continuada,

empreendedorismo para os egressos da Unidade, as respostas demonstraram, na sua

maioria, que há fragilidade neste quesito.

Ao que se refere aos mecanismos de apoio acadêmico e orientação para os

estudantes que apresentam dificuldades acadêmicas e pessoais, o CAJ oferece

atendimento psicopedagógico ao corpo discente por meio do Núcleo de Apoio

Psicopedagógico (NAPP). Outro programa de apoio refere-se à monitoria, o qual auxilia

os alunos no processo de ensino-aprendizagem, apesar da pequena quantidade de vagas

ofertadas. Sendo essa ampliação uma das propostas verificadas.

A maioria desconhece a existência de ações promovidas pelo CAJ relacionadas à

opinião dos empregadores sobre os egressos da Instituição.

Dimensão 10 - Sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da

continuidade dos compromissos na oferta da educação superior

De acordo com as respostas, a sustentabilidade financeira da Unidade CAJ está

aquém do necessário para suprir suas demandas financeiras. Poucos cursos de

graduação do Câmpus possuem meios para produzir recursos de sustentabilidade,

principalmente devido às falhas de infraestrutura e verbas destinadas ao Câmpus.

Alguns dos relatos indicam que “o montante arrecadado não retorna integralmente

para o próprio curso”, dificultando a manutenção do serviço prestado.

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Salienta-se que o CAJ tem crescido sob os aspectos de ensino, pesquisa e

extensão numa proporção não equiparada ao aporte orçamentário. Considera-se também

que com o aumento significativo do número de alunos, funcionários e professores, em

função da criação de novos cursos, serão necessários maiores recursos com vistas à

aquisição de equipamentos para custear as despesas.

Para seu funcionamento, o CAJ busca fontes suplementares de recursos, como:

cursos de Especialização; financiamento de projetos de pesquisa por órgãos de fomento

(FAPEG, CNPq, CAPES, FUNAPE, entre outros); PET-SAÚDE, Pró-qualificar;

prestação de serviços por laboratórios especializados; projetos de cooperação; fazenda

Escola. Com relação ao volume de recursos disponibilizados à gestão do espaço físico

(atualização e adequação das instalações), no atendimento das demandas do Câmpus,

demonstraram que são insuficientes.

Constata-se, por meio da avaliação, que a instituição teve um crescimento

vertiginoso no número de alunos e professores, sendo natural que com um crescimento

dessa ordem, apesar da disposição, do comprometimento e das responsabilidades dos

gestores, algumas ações administrativas não tem sido implementadas de maneira

eficiente e alguns processos não tem sido estabelecidos. Assim, a análise criteriosa dos

resultados da avaliação poderá atender aos objetivos enfatizados por Dias Sobrinho

(2003), que é conhecer suas fortalezas e seus problemas e encaminhar ações de

melhoria.

A análise das 10 dimensões do SINAES forneceu um panorama geral do

Câmpus demonstrando suas potencialidades e fragilidades e, munidos dessas

informações, os gestores podem planejar a melhoria dos pontos frágeis e fortalecimento

dos pontos fortes.

Nossos achados corroboram com os resultados de Oliver (2010) no que tange:

Dimensão 1, o PDI necessita ser amplamente divulgado; Dimensão 2, os currículos dos

cursos encontram-se em consonância com os PPCs, afim de atender as normativas

curriculares do MEC; Dimensão 3, apesar de incipientes para contribuir para o

desenvolvimento regional e nacional, destaca-se que diversas ações afirmativas

importantes no âmbito geral da instituição tem demonstrado compromisso social da

UFG perante a sociedade; Dimensão 4, considerada insuficiente, sendo necessário

maior divulgação, tornando-se internamente e externamente, a comunicação eficiente;

Dimensão 5, considerada uma fraqueza na instituição, consequente da deficiência na

infraestrutura do Câmpus, comprometendo dos servidores; Dimensão 6, também

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considerados insuficientes, sendo necessária uma gestão mais participativa, menos

centralizadora e burocrática e com planejamento de todas as ações administrativas e

acadêmicas ; Dimensão 7, ao contrário dos nossos resultados, que foram considerados

ruins e tem contribuído para notas baixas nas avaliações do MEC, Oliver (2010)

demonstrou que a infraestrutura da instituição avaliada tem atendido perfeitamente a

comunidade acadêmica; Dimensão 8, demonstrou satisfatória, mas necessita de

planejamento para evitar ações de emergência e garantir o cumprimento das metas

constantes no PDI. Dados compatíveis com os resultados de Oliver (2010), que também

questionaram a avaliação, manutenção de um órgão que promova avaliações frequentes

nos diversos setores e acompanhe as ações oriundas dos resultados dos processos

avaliativos, garantindo a melhoria dos processos. Dimensão 9, resultados positivos em

relação as políticas de incentivo à participação dos estudantes em atividades de ensino,

pesquisa, extensão. Pontos frágeis em relação à evasão, abandono,

oportunidades/atividades de atualização, formação continuada, empreendedorismo para

os egressos. Ambos possuem apoio psicopedagógico. Conveniente programa de ajuda

aos alunos (monitoria), sendo sugerido maior disponibilização de vagas; Dimensão 10,

demandas demonstraram aquém do necessário, sendo plausível pensar em outras formas

de captação de receitas, implantação de prestação de serviços, dentre outras.

Em suma, corrobora-se que a Autoavaliação da unidade Câmpus Jataí da UFG

demonstrou estar aquém em várias dimensões. Em contrapartida, a UFG (sede) e o

Câmpus Catalão demonstraram resultados contraditórios, ou seja, a comunidade

acadêmica encontra-se satisfeita com as dez dimensões do SINAES avaliadas neste

estudo. Ressalta-se que a unidade CAJ encontra-se em franco desenvolvimento, quer

seja em relação à infraestrutura física ou a qualificação do seu pessoal, o que

configurará em grandes avanços em todas as suas áreas de abrangência. Portanto, a

Autoavaliação deve ser considerada um espaço para reflexão dos envolvidos e

comprometidos com a permanente evolução da Universidade.

Considerações finais

A maioria dos servidores do CAJ/UFG avaliaram que a instituição encontra-se

aquém do desejado em várias dimensões. Entretanto, a unidade CAJ encontra-se em

franco desenvolvimento, quer seja em relação à infraestrutura física ou a qualificação do

seu pessoal, o que configurará em grandes avanços em todas as suas áreas de

abrangência. Portanto, a autoavaliação deve ser considerada um espaço para reflexão

dos envolvidos e comprometidos com a permanente evolução da Universidade.

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Neste estudo, um pequeno número de servidores respondeu ao questionário

proposto. Para que o processo de autoavaliação seja realizado de forma ética e

transparente é necessário o comprometimento de todos os segmentos da comunidade

acadêmica e da sociedade civil. A partir daí, começa o trabalho do gestor. É

imprescindível que os segmentos institucionais se sintam acolhidos e motivados a

participarem da autoavaliação. Cabe aos gestores promoverem a sensibilização,

motivação, participação, divulgação e comprometimento com os resultados.

Os resultados da autoavaliação propõem à instituição uma situação de olhar-se

no espelho e ver refletida a imagem da realidade, com toda a sua beleza e, também, as

imperfeições. Trata-se de um momento extremamente necessário, pois retrata as

potencialidades e fragilidades, possibilitando as correções de situações negativas e a

ratificação de pontos positivos identificados. Vale ressaltar, ainda, que a autoavaliação

institucional constitui uma análise interna que visa conhecer a instituição como um

todo, considerando a sua dinâmica interna, ou seja, as condições que contribuíram para

que aquele resultado fosse obtido. Assim, potencialidades e fragilidades passam a ser

consideradas como referências para novas experiências, estratégias e propostas que

representem novos passos na criação de uma cultura de avaliação, cuja finalidade seja a

construção de uma universidade humana e humanizadora.

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