22
INICIAÇÃO CIENTÍFICA I - F590 Prof. José J. Lunazzi Explorando as propriedades da gelatina sensibilizada à luz para registro de imagens. Relatório Final de Atividades (Junho de 2013) Aluna: Tatyana G. Stankevicius Orientador: Prof. Dr. José Joaquim Lunazzi UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE FÍSICA “GLEB WATAGHIN”

Explorando as propriedades da gelatina sensibilizada à luz ...lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F530... · Tendo em vista o aperfeiçoamento da geração de imagens em três dimensões

  • Upload
    vudieu

  • View
    214

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA I - F590

Prof Joseacute J Lunazzi

Explorando as propriedades da gelatina sensibilizada agrave luz para

registro de imagens

Relatoacuterio Final de Atividades (Junho de 2013)

Aluna Tatyana G Stankevicius

Orientador Prof Dr Joseacute Joaquim Lunazzi

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE FIacuteSICA ldquoGLEB WATAGHINrdquo

2

STANKEVICIUS Tatyana G EXPLORANDO PROPRIEDADES DA GELATINA SENSIBILIZADA Agrave

LUZ PARA REGISTRO DE IMAGENS Relatoacuterio de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Graduaccedilatildeo) ndash Instituto de

Fiacutesica lsquoGleb Wataghinrsquo Universidade Estadual de Campinas 2013

RESUMO

Descreveremos quatro tipos de aplicaccedilotildees de gelatina sensibilizada por dicromato de

amocircnio que valem como elemento didaacutetico e histoacuterico sendo a uacuteltima uma pesquisa ainda em

andamento Fotografia (meados do seacuteculo XIX os primoacuterdios dos registros feitos com luz)

Fotografia Lippmann (final do seacuteculo XIX primeiro registro de imagens coloridas)

Holografia ( meados do seacuteculo XX primeiro registro tridimensional sem ldquoacessoacuteriosrdquo) e

Holofotografia (seacuteculo XXI ndash registro de holoimagens utilizando a luz branca)

Palavras ndash chave holoimagem holografia fotografia Lippmann gelatina dicromatada

holofotografia

3

SUMAacuteRIO

RESUMO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------3

INTRODUCcedilAtildeO ---------------------------------------------------------------------------------------------------4

1 OBJETIVOS ---------------------------------------------------------------------------------------------------5

2 TEORIA E DEFINICcedilOtildeES ----------------------------------------------------------------------------------5

21 HOLOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------------------6

22 FOTOGRAFIA E EFEITO LIPPMANN -------------------------------------------------------------------------- 6

23 HOLOIMAGENS --------------------------------------------------------------------------------------------7

24 IMPRESSAtildeO DE CARBONO --------------------------------------------------------------------------------9

25 MODELOS PARA DESCREVER COMO OCORRE O REGISTRO NA DCG ----------------------------- 10

4 RESULTADOS OBTIDOS--------------------------------------------------------------------------------11

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS -----------------------------------------------------------------------------18

6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS -------------------------------------------------------------------19

ANEXO I PRODUCcedilAtildeO DA GELATINA DICROMATADA------------------------------------------21

4

Introduccedilatildeo

Depois da descoberta da fotografia um processo de obtenccedilatildeo de imagens realizado

por John Pouncy em 1858 mas cujo processo de gravaccedilatildeo foi descrito por Joseph Wilson

Swann ficou conhecido por ldquoimpressatildeo de carvatildeordquo Eram utilizadas placas cobertas com ge-

latina e brometo de prata gravando imagens em preto e branco sendo mais tarde adaptado agrave

cor atraveacutes da utilizaccedilatildeo de pigmentos por Hermann Wilhelm Vogel em 1873 atraveacutes do

tratamento das placas com anilina e corantes especiacuteficos Esse processo podia produzir ima-

gens de qualidade muito elevada que satildeo excepcionalmente resistentes agrave deterioraccedilatildeo e des-

botamento Foi desenvolvido em meados do seacuteculo XIX em resposta a preocupaccedilotildees sobre o

desaparecimento de tipos iniciais de prata baseados em preto e branco que jaacute estava se tor-

nando aparente dentro de alguns relativamente poucos anos de sua introduccedilatildeo

Entre os precircmios Nobel de Fiacutesica dois cientistas foram homenageados por seus meacuteto-

dos notaacuteveis para gravar imagens Gabriel Lippmann concedido em 1908 por seu meacutetodo

de reproduzir imagens coloridas baseado no fenocircmeno de interferecircncia e Dennis Gabor

concedido em 1971 por sua invenccedilatildeo e desenvolvimento do meacutetodo holograacutefico Ambos

os meacutetodos tinham o objetivo de reproduzir uma imagem de uma forma bastante diferente de

outras tentativas anteriores feitas para a mesma finalidade Para conseguir isso Lippmann e

Gabor escolheram uma abordagem revolucionaacuteria para a fiacutesica fundamental em vez de seguir

um progresso evolutivo em engenharia Em

1886 quando a tecnologia da fotografia ainda estava lutando para transferir as cores da natu-

reza para adequar os valores de tons em preto e branco Gabriel Lippmann concebeu um meacute-

todo de duas etapas para gravar e reproduzir imagens coloridas diretamente atraveacutes dos com-

primentos de onda no objeto e a fotografia subsequente

Enquanto Lippmann melhorava fotografia em preto e branco para cores a holografia

Gabor em 1948 estendeu a fotografia a partir de imagens planas em um espaccedilo de imagem

tridimensional chamando=as de holografia Procedimentos para oferecer para cada olho do

espectador a sua proacutepria paralaxe - estereoscopia - satildeo histoacutericos como a proacutepria

fotografia Mas a ideia de Gabor de um holograma era de obter todas as informaccedilotildees em

todo o espaccedilo da imagem melhorando assim a nitidez nos registros da microscopia

eletrocircnica eliminando do processo a as lentes eletromagneacuteticas que produziam uma

aberraccedilatildeo difiacutecil de reduzir

Todas essas teacutecnicas foram esquecidas devido ao advento da tecnologia e da

fotografia digital e se perderam no tempo Esse desaparecimento eacute lamentaacutevel visto que suas

aplicaccedilotildees poderiam ser mais e melhor exploradas como recurso didaacutetico eacute uma excelente

ferramenta e a sua utilizaccedilatildeo nas artes ainda natildeo foi totalmente explorada Buscando

modificar este cenaacuterio estamos trabalhando em uma nova maneira de reproduzir essas

imagens mais ainda necessitamos do filme holograacutefico Para solucionar este problema

estamos fabricando nossas placas holograacuteficas que podem ainda apresentar uma alternativa

para aqueles que desejam gravar produzir esse tipo de imagem e encontram dificuldades para

comprar o filme holograacutefico

5

1 Objetivos

Projeto de fiacutesica experimental que visa reproduzir imagens meacutetodos fotograacuteficos histoacutericos

como a ldquoimpressatildeo de carvatildeordquo e a fotografia Lippmann e o meacutetodo holograacutefico utilizando

placas de gelatina sensibilizada por dicromato de amocircnio produzidas no laboratoacuterio Aleacutem

disso visamos desenvolver uma maneira de gravar imagens como a de hologramas (o que

chamamos de holoimagens) a partir de luz branca utilizando o principio da fotografia

Lippman A proposta inovadora publicada pelo Prof Lunazzi em 1993 [1] sugere que a luz

proveniente de um objeto ao passar por uma rede de difraccedilatildeo e focalizada em uma placa

holograacutefica gera um espectro na placa O espectro gerado quando iluminado por uma fonte de

luz branca reconstroacutei a trajetoacuteria dos raios de luz que ao passarem pela rede de difraccedilatildeo

reproduz a imagem em relevo do objeto temos assim a holoimagem Se comprovarmos

experimentalmente a veracidade da proposta teremos uma grande inovaccedilatildeo nas pesquisas

sobre holografia

2 Teoria e Definiccedilotildees

Quando uma imagem eacute criada apresentada ou registrada em duas dimensotildees

elaboradas de tal forma a proporcionarem a ilusatildeo de terem trecircs dimensotildees satildeo

denominadas holografias poreacutem natildeo eacute apenas mais uma simples forma de visualizaccedilatildeo em 3

dimensotildees mas sim um processo de se codificar uma informaccedilatildeo e depois (atraveacutes do laser)

se recriar ldquointegralmenterdquo esta mesma informaccedilatildeo Criada em 1948 pelo huacutengaro Dennis

Gabor (mais tarde ganhador do Precircmio Nobel de Fiacutesica) que descobriu que quando uma luz

de coerecircncia ( capacidade de interferecircncia) adequada se encontra com a luz difratada ou

espalhada de um objeto eacute possiacutevel gravar tanto a informaccedilatildeo da fase como a amplitude

independente do material fotossensiacutevel responder somente agrave intensidade luminosa Sendo

assim a partir de um padratildeo de interferecircncia registrado era possiacutevel obter a imagem de um

objeto surgindo assim o holograma A holografia como imagem tridimensional

somente foi realizada pela primeira vez nos anos 60 com a utilizaccedilatildeo do laser e hoje em dia eacute

utilizada pela fiacutesica como uma sofisticada teacutecnica fotograacutefica de anaacutelise de materiais ou de

armazenamento de dados isto eacute usada dentro da pesquisa cientiacutefica no estudo de materiais

desenvolvimento de instrumentos oacutepticos criaccedilatildeo de redes de difraccedilatildeo etc Na aacuterea da

induacutestria tem aplicaccedilotildees no controle de qualidade de materiais e na seguranccedila na forma de

selos de autenticidade Na tecnologia da informaccedilatildeo testa-se o uso de hologramas como uma

forma oacuteptica de armazenamento de dados

A holografia tambeacutem eacute utilizada na aacuterea da comunicaccedilatildeo como um mostrador de alto impacto

visual o que resultou no seu uso comercial como elemento promocional Jaacute nas artes visuais

diversos artistas a usam como uma forma de expressatildeo Os pioneiros da holografia no Brasil

foram o Prof Joseacute Lunazzi da UNICAMP que fez os primeiros hologramas a partir de 1974

e a primeira exibiccedilatildeo brasileira em 1981 Fernando Catta-Preta que exibiu hologramas de

Lunazzi e outros em 1984 motivando a Moyseacutes Baumstein a realizar hologramas o que fez

com muita qualidade apresentando inclusive na Bienal de 1985

A primeira exposiccedilatildeo de hologramas no Brasil foi organizada por Ivan Isola em novembro

1980 no pavilhatildeo da Bienal em Satildeo Paulo com hologramas trazidos da Europa Lunazzi fez a

6

primeira exposiccedilatildeo com hologramas feitos no Brasil em 1981 em Campinas montando um

conjunto completo de hologramas e experimentos de oacuteptica ondulatoacuteria na Reuniatildeo Anual da

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia-SBPC em julho de 1982

Moyseacutes Baumstein montou um laboratoacuterio em Satildeo Paulo dirigido agrave produccedilatildeo artiacutestica e

comercial ele desenvolveu teacutecnicas proacuteprias que resultaram em hologramas de grande

impacto e qualidade chegando a produzir hologramas estampados que apareciam aderidos ateacute

em cadernos escolares Seu laboratoacuterio esteve em atividade de 1983 agrave 2007

Tendo em vista o aperfeiccediloamento da geraccedilatildeo de imagens em trecircs dimensotildees utilizando luz

branca Joseacute J Lunazzi se dedicou a criaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas de holoprojeccedilatildeo

sobre uma tela difrativa chamada de tela holograacutefica [Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by

a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de

Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds

7-11591 pOTI 5a 1200] No ano 1984 olhando fotografias no cataacutelogo de uma exposiccedilatildeo de

hologramas alematilde Lunazzi descobre que um holograma comum gera pela luz branca um

espectro correspondente a cada ponto do objeto que eacute tatildeo mais largo quanto maior a

profundidade da posiccedilatildeo desse ponto objeto Resulta assim a codificaccedilatildeo da profundidade

pela difraccedilatildeo porque acontece natildeo apenas no holograma como em qualquer imagem difratada

[13]

21 Holografia

O holograma eacute uma reconstruccedilatildeo perfeita de um objeto isso ocorre por que o filme

holograacutefico registra a luz refletida pelo objeto de forma a manter a fase e a amplitude da luz

Na informaccedilatildeo de imagem destaca Lunazzi oque interessa da fase eacute oque estaacute relacionado

com a inclinaccedilatildeo dos raios Desta forma no filme holograacutefico natildeo fica registrado a imagem

mais um padratildeo de interferecircncia que quando iluminado faraacute a luz ser difratada de forma a

reconstruir a imagem do objeto Entretanto para que seja possiacutevel gravar um holograma de-

vemos utilizar uma fonte de luz coerente assim conseguimos gravar as informaccedilotildees da ampli-

tude e da fase Mas o filme somente responde a intensidade luminosa e para transformar a

informaccedilatildeo da fase em amplitude utilizamos uma frente de onda que chamamos de frente de

onda de referecircncia Podemos ver na Figura 1 a gravaccedilatildeo do padratildeo de interferecircncia das duas

frentes de ondas a do objeto e a referencia

Figura 1 (a) Gravaccedilatildeo de um holograma num filme holograacutefico fazendo a interferecircncia da onda objeto ldquoardquo

com a onda referecircncia ldquoArdquo (b) Esquema de chegada das ondas e montagem experimental

7

22 Fotografia e Efeito Lippmann

[9]

O Fiacutesico francecircs Gabriel Lippmann (1845 - 1921) eacute o inventor de um processo inicial de que

resultou a primeira fotografia colorida permanente que em 1908 lhe rendeu um Precircmio Nobel

de Fiacutesica Lippmann baseado na produccedilatildeo de ondas luminosas estacionaacuterias [Sears F W

ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206] um ano

depois publicou um novo meacutetodo para fotografia a cores Usando uma placa

transparente com uma camada de nitrato de prata (AgNO3) gelatina e brometo de potaacutessio

(KBr) em uma emulsatildeo muito semelhante a um filme holograacutefico Sobre a emulsatildeo colocava-

se uma peliacutecula refletora de mercuacuterio assim a luz era exposta dentro de uma cacircmera

fotograacutefica de forma que a face do vidro seja iluminada e face onde se encontra a emulsatildeo

estivesse em contato com a superfiacutecie refletora O resultado pode ser visto abaixo em fotos

tiradas haacute mais de cem anos

Figura 2 fotos de (a) paisagem (b) periquito de 1891 e (c) cesta de frutas tiradas com o meacutetodo

Figura 3 Gravaccedilatildeo de uma imagem pelo meacutetodo de Lippmann

8

23 Holoimagens

Definimos uma holoimagem como uma imagem volumeacutetrica produzida com a utilizaccedilatildeo

de uma tela holograacutefica Possui paralaxe contiacutenua mas diferente de um holograma onde a

imagem estaacute registrada permanentemente no filme uma holoimagem acontece sem o registro

ela eacute produzida atraveacutes de uma projeccedilatildeo sobre a tela Poreacutem como discutido na referencia [1]

sabemos que a fotografia atraveacutes de uma rede de difraccedilatildeo gera um borratildeo colorido na imagem

difratada e diz Lunazzi que pode ser demonstrado que o processo de codificaccedilatildeo pela

difraccedilatildeo faz com que para cada comprimento de onda temos uma perspectiva diferente do

objeto que eacute o que eacute oferecido ao observador na decodificaccedilatildeo Projetando uma imagem

difratada sobre uma tela holograacutefica cada espectro que representa um ponto vai posicionar a

luz no espaccedilo na posiccedilatildeo exata onde o ponto objeto estaacute ou estava na cena original O

experimento crucial foi feito usando como objeto o filamento de uma lacircmpada de tungstecircnio

que por traacutes de uma rede de difraccedilatildeo de plaacutestico lanccedilava sua luz para ser difratada e

projetada por uma lente sobre uma tela difrativa recriando ampliada a cena original [14]

A perfeiccedilatildeo do resultado deu a visatildeo clara da perfeiccedilatildeo do fenocircmeno como eacute exemplificado

nas imagens abaixo

Figura 4a fotografia de uma imagem de difraccedilatildeo

Figura 4b Uma fonte de luz branca de difusa foi adicionada a partir do lado da peliacutecula fotograacutefica

Figura 4c Reproduccedilatildeo do caminho inverso de produccedilatildeo

9

Figura 5a Representaccedilatildeo dos dois pontos da imagem em 3D por meio de uma tela de difraccedilatildeo

Figura 5b Mistura de raios devido agrave insuficiente selectividade cromaacutetica

Assim se conseguirmos gerar uma reconstruccedilatildeo luminosa que conserve a informaccedilatildeo do

comprimento de onda e percorra o caminho inverso dos raios do objeto teremos uma imagem

semelhante a holograacutefica

A Fotografia Lippmann eacute de fundamental importacircncia no processo pois esta teacutecnica reproduz

fielmente os comprimentos de onda Em uma fotografia convencional natildeo se observa o

mesmo efeito O processo de registro de holofotografia foi realizado com um experimento

baacutesico como descrito nos trabalhos de Vannucci [7] e Ferreira [15]

No entanto natildeo houve registro disso e o Prof Lunazzi o estaacute repetindo para poder demonstraacute-

lo e publicaacute-lo

24 Impressatildeo de Carbono

Uma impressatildeo de carbono eacute uma impressatildeo fotograacutefica de uma imagem em uma

placa de gelatina pigmentada A impressatildeo em carbono eacute baseada no fato de que a gelatina

quando sensibilizados agrave luz por um dicromato fica endurecida e insoluacutevel em aacutegua quando

expostos agrave luz ultravioleta Devido agrave insensibilidade comparativa do material de luz solar ou

outra fonte forte de luz UV eacute normalmente utilizado a fim de minimizar o tempo de exposiccedilatildeo

requerido Para fazer uma impressatildeo full-color trecircs negativos fotografados atraveacutes vermelho

verde e filtros azuis satildeo impressos em dicromato sensibilizados folhas de gelatina pigmentada

10

(tradicionalmente chamado de tecido de carbono independentemente do pigmento

incorporado) contendo respectivamente pigmentos ciano e magenta e amarelo Eles satildeo

revelados em aacutegua quente que se dissolve a gelatina natildeo endurecida deixando uma imagem

de relevo colorido que eacute mais espessa onde recebeu o maior exposiccedilatildeo As trecircs imagens satildeo

entatildeo transferidos um de cada vez sobre um suporte final tal como uma folha pesada de

gelatina-lisa tamanho de papel Geralmente a imagem amarela eacute transferida primeiro entatildeo a

imagem magenta eacute aplicado em cima dela sendo tomado muito cuidado para sobrepocirc-la em

registo exato e entatildeo a imagem ciano eacute similarmente aplicada Uma quarta camada de

pigmento preto chave eacute adicionado agraves vezes como em processos de impressatildeo mecacircnica

para melhorar a definiccedilatildeo de borda e mascarar qualquer matiz de cores falsas nas aacutereas

escuras da imagem mas natildeo eacute um componente tradicional A impressatildeo final resultante se

composto de vaacuterias camadas e em cores ou ter apenas uma camada preto e branco apresenta

uma muito ligeira baixo-relevo e efeito uma variaccedilatildeo de textura em sua superfiacutecie as duas

caracteriacutesticas distintivas de uma coacutepia carbono O processo eacute demorado e trabalhoso Cada

coacutepia de carbono de cor requer trecircs ou quatro ida e volta na cacircmara escura para criar a

impressatildeo final No entanto este investimento de tempo e esforccedilo pode criar impressotildees de

qualidade visual excelente e permanecircncia de arquivo comprovada

25 Modelos para descrever como ocorre o registro na DCG [7]

Inicialmente temos que a gelatina eacute um poliacutemero complexo essencialmente formado

por proteiacutenas (colaacutegeno) Digamos que as moleacuteculas da gelatina se apresentam na forma de

fios capazes de serem dobrados sobre si mesmo ou de desenrolar dependendo do meio em

que se encontram Quando dissolvemos a gelatina e aquecemos temos que as suas proteiacutenas

se desenrolam e ligam-se entre si formando uma rede cristalina capaz de gelificar uma

quantidade muito grande de aacutegua com poucas moleacuteculas

Figura 6 O colaacutegeno formado por trecircs

cadeias em heacutelice Apoacutes dissolvido natildeo

volta mais a se enrolar e acaba

estabelecendo novas ligaccedilotildees entre si

Assim podemos dizer que o gel formado eacute

principalmente composto por aacutegua uma fez que 10g de

gelatina consegue gelificar cinco decilitros de aacutegua

Agora acrescentando o dicromato de amocircnio

(NH4Cr2O7) nessa estrutura cristalina podemos supor

que a sua distribuiccedilatildeo seja homogecircnea e quando o

dicromato de potaacutessio eacute exposto a luz ele se sensibiliza

e se desprende da rede cristalinaQuando submetemos agrave

emulsatildeo a revelaccedilatildeo a base de 50 de aacutelcool

isopropiacutelico a gelatina se expande muito e rompe na

regiatildeo onde se encontra o dicromato jaacute no segundo

banho com 100 de aacutelcool isopropiacutelico a gelatina sofre

uma compressatildeo muito raacutepida e acaba reordenando a

rede cristalina neste ponto o dicromato jaacute foi

removido deixando apenas uma pequena esfera com

vaacutecuo em seu interior

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

2

STANKEVICIUS Tatyana G EXPLORANDO PROPRIEDADES DA GELATINA SENSIBILIZADA Agrave

LUZ PARA REGISTRO DE IMAGENS Relatoacuterio de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (Graduaccedilatildeo) ndash Instituto de

Fiacutesica lsquoGleb Wataghinrsquo Universidade Estadual de Campinas 2013

RESUMO

Descreveremos quatro tipos de aplicaccedilotildees de gelatina sensibilizada por dicromato de

amocircnio que valem como elemento didaacutetico e histoacuterico sendo a uacuteltima uma pesquisa ainda em

andamento Fotografia (meados do seacuteculo XIX os primoacuterdios dos registros feitos com luz)

Fotografia Lippmann (final do seacuteculo XIX primeiro registro de imagens coloridas)

Holografia ( meados do seacuteculo XX primeiro registro tridimensional sem ldquoacessoacuteriosrdquo) e

Holofotografia (seacuteculo XXI ndash registro de holoimagens utilizando a luz branca)

Palavras ndash chave holoimagem holografia fotografia Lippmann gelatina dicromatada

holofotografia

3

SUMAacuteRIO

RESUMO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------3

INTRODUCcedilAtildeO ---------------------------------------------------------------------------------------------------4

1 OBJETIVOS ---------------------------------------------------------------------------------------------------5

2 TEORIA E DEFINICcedilOtildeES ----------------------------------------------------------------------------------5

21 HOLOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------------------6

22 FOTOGRAFIA E EFEITO LIPPMANN -------------------------------------------------------------------------- 6

23 HOLOIMAGENS --------------------------------------------------------------------------------------------7

24 IMPRESSAtildeO DE CARBONO --------------------------------------------------------------------------------9

25 MODELOS PARA DESCREVER COMO OCORRE O REGISTRO NA DCG ----------------------------- 10

4 RESULTADOS OBTIDOS--------------------------------------------------------------------------------11

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS -----------------------------------------------------------------------------18

6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS -------------------------------------------------------------------19

ANEXO I PRODUCcedilAtildeO DA GELATINA DICROMATADA------------------------------------------21

4

Introduccedilatildeo

Depois da descoberta da fotografia um processo de obtenccedilatildeo de imagens realizado

por John Pouncy em 1858 mas cujo processo de gravaccedilatildeo foi descrito por Joseph Wilson

Swann ficou conhecido por ldquoimpressatildeo de carvatildeordquo Eram utilizadas placas cobertas com ge-

latina e brometo de prata gravando imagens em preto e branco sendo mais tarde adaptado agrave

cor atraveacutes da utilizaccedilatildeo de pigmentos por Hermann Wilhelm Vogel em 1873 atraveacutes do

tratamento das placas com anilina e corantes especiacuteficos Esse processo podia produzir ima-

gens de qualidade muito elevada que satildeo excepcionalmente resistentes agrave deterioraccedilatildeo e des-

botamento Foi desenvolvido em meados do seacuteculo XIX em resposta a preocupaccedilotildees sobre o

desaparecimento de tipos iniciais de prata baseados em preto e branco que jaacute estava se tor-

nando aparente dentro de alguns relativamente poucos anos de sua introduccedilatildeo

Entre os precircmios Nobel de Fiacutesica dois cientistas foram homenageados por seus meacuteto-

dos notaacuteveis para gravar imagens Gabriel Lippmann concedido em 1908 por seu meacutetodo

de reproduzir imagens coloridas baseado no fenocircmeno de interferecircncia e Dennis Gabor

concedido em 1971 por sua invenccedilatildeo e desenvolvimento do meacutetodo holograacutefico Ambos

os meacutetodos tinham o objetivo de reproduzir uma imagem de uma forma bastante diferente de

outras tentativas anteriores feitas para a mesma finalidade Para conseguir isso Lippmann e

Gabor escolheram uma abordagem revolucionaacuteria para a fiacutesica fundamental em vez de seguir

um progresso evolutivo em engenharia Em

1886 quando a tecnologia da fotografia ainda estava lutando para transferir as cores da natu-

reza para adequar os valores de tons em preto e branco Gabriel Lippmann concebeu um meacute-

todo de duas etapas para gravar e reproduzir imagens coloridas diretamente atraveacutes dos com-

primentos de onda no objeto e a fotografia subsequente

Enquanto Lippmann melhorava fotografia em preto e branco para cores a holografia

Gabor em 1948 estendeu a fotografia a partir de imagens planas em um espaccedilo de imagem

tridimensional chamando=as de holografia Procedimentos para oferecer para cada olho do

espectador a sua proacutepria paralaxe - estereoscopia - satildeo histoacutericos como a proacutepria

fotografia Mas a ideia de Gabor de um holograma era de obter todas as informaccedilotildees em

todo o espaccedilo da imagem melhorando assim a nitidez nos registros da microscopia

eletrocircnica eliminando do processo a as lentes eletromagneacuteticas que produziam uma

aberraccedilatildeo difiacutecil de reduzir

Todas essas teacutecnicas foram esquecidas devido ao advento da tecnologia e da

fotografia digital e se perderam no tempo Esse desaparecimento eacute lamentaacutevel visto que suas

aplicaccedilotildees poderiam ser mais e melhor exploradas como recurso didaacutetico eacute uma excelente

ferramenta e a sua utilizaccedilatildeo nas artes ainda natildeo foi totalmente explorada Buscando

modificar este cenaacuterio estamos trabalhando em uma nova maneira de reproduzir essas

imagens mais ainda necessitamos do filme holograacutefico Para solucionar este problema

estamos fabricando nossas placas holograacuteficas que podem ainda apresentar uma alternativa

para aqueles que desejam gravar produzir esse tipo de imagem e encontram dificuldades para

comprar o filme holograacutefico

5

1 Objetivos

Projeto de fiacutesica experimental que visa reproduzir imagens meacutetodos fotograacuteficos histoacutericos

como a ldquoimpressatildeo de carvatildeordquo e a fotografia Lippmann e o meacutetodo holograacutefico utilizando

placas de gelatina sensibilizada por dicromato de amocircnio produzidas no laboratoacuterio Aleacutem

disso visamos desenvolver uma maneira de gravar imagens como a de hologramas (o que

chamamos de holoimagens) a partir de luz branca utilizando o principio da fotografia

Lippman A proposta inovadora publicada pelo Prof Lunazzi em 1993 [1] sugere que a luz

proveniente de um objeto ao passar por uma rede de difraccedilatildeo e focalizada em uma placa

holograacutefica gera um espectro na placa O espectro gerado quando iluminado por uma fonte de

luz branca reconstroacutei a trajetoacuteria dos raios de luz que ao passarem pela rede de difraccedilatildeo

reproduz a imagem em relevo do objeto temos assim a holoimagem Se comprovarmos

experimentalmente a veracidade da proposta teremos uma grande inovaccedilatildeo nas pesquisas

sobre holografia

2 Teoria e Definiccedilotildees

Quando uma imagem eacute criada apresentada ou registrada em duas dimensotildees

elaboradas de tal forma a proporcionarem a ilusatildeo de terem trecircs dimensotildees satildeo

denominadas holografias poreacutem natildeo eacute apenas mais uma simples forma de visualizaccedilatildeo em 3

dimensotildees mas sim um processo de se codificar uma informaccedilatildeo e depois (atraveacutes do laser)

se recriar ldquointegralmenterdquo esta mesma informaccedilatildeo Criada em 1948 pelo huacutengaro Dennis

Gabor (mais tarde ganhador do Precircmio Nobel de Fiacutesica) que descobriu que quando uma luz

de coerecircncia ( capacidade de interferecircncia) adequada se encontra com a luz difratada ou

espalhada de um objeto eacute possiacutevel gravar tanto a informaccedilatildeo da fase como a amplitude

independente do material fotossensiacutevel responder somente agrave intensidade luminosa Sendo

assim a partir de um padratildeo de interferecircncia registrado era possiacutevel obter a imagem de um

objeto surgindo assim o holograma A holografia como imagem tridimensional

somente foi realizada pela primeira vez nos anos 60 com a utilizaccedilatildeo do laser e hoje em dia eacute

utilizada pela fiacutesica como uma sofisticada teacutecnica fotograacutefica de anaacutelise de materiais ou de

armazenamento de dados isto eacute usada dentro da pesquisa cientiacutefica no estudo de materiais

desenvolvimento de instrumentos oacutepticos criaccedilatildeo de redes de difraccedilatildeo etc Na aacuterea da

induacutestria tem aplicaccedilotildees no controle de qualidade de materiais e na seguranccedila na forma de

selos de autenticidade Na tecnologia da informaccedilatildeo testa-se o uso de hologramas como uma

forma oacuteptica de armazenamento de dados

A holografia tambeacutem eacute utilizada na aacuterea da comunicaccedilatildeo como um mostrador de alto impacto

visual o que resultou no seu uso comercial como elemento promocional Jaacute nas artes visuais

diversos artistas a usam como uma forma de expressatildeo Os pioneiros da holografia no Brasil

foram o Prof Joseacute Lunazzi da UNICAMP que fez os primeiros hologramas a partir de 1974

e a primeira exibiccedilatildeo brasileira em 1981 Fernando Catta-Preta que exibiu hologramas de

Lunazzi e outros em 1984 motivando a Moyseacutes Baumstein a realizar hologramas o que fez

com muita qualidade apresentando inclusive na Bienal de 1985

A primeira exposiccedilatildeo de hologramas no Brasil foi organizada por Ivan Isola em novembro

1980 no pavilhatildeo da Bienal em Satildeo Paulo com hologramas trazidos da Europa Lunazzi fez a

6

primeira exposiccedilatildeo com hologramas feitos no Brasil em 1981 em Campinas montando um

conjunto completo de hologramas e experimentos de oacuteptica ondulatoacuteria na Reuniatildeo Anual da

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia-SBPC em julho de 1982

Moyseacutes Baumstein montou um laboratoacuterio em Satildeo Paulo dirigido agrave produccedilatildeo artiacutestica e

comercial ele desenvolveu teacutecnicas proacuteprias que resultaram em hologramas de grande

impacto e qualidade chegando a produzir hologramas estampados que apareciam aderidos ateacute

em cadernos escolares Seu laboratoacuterio esteve em atividade de 1983 agrave 2007

Tendo em vista o aperfeiccediloamento da geraccedilatildeo de imagens em trecircs dimensotildees utilizando luz

branca Joseacute J Lunazzi se dedicou a criaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas de holoprojeccedilatildeo

sobre uma tela difrativa chamada de tela holograacutefica [Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by

a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de

Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds

7-11591 pOTI 5a 1200] No ano 1984 olhando fotografias no cataacutelogo de uma exposiccedilatildeo de

hologramas alematilde Lunazzi descobre que um holograma comum gera pela luz branca um

espectro correspondente a cada ponto do objeto que eacute tatildeo mais largo quanto maior a

profundidade da posiccedilatildeo desse ponto objeto Resulta assim a codificaccedilatildeo da profundidade

pela difraccedilatildeo porque acontece natildeo apenas no holograma como em qualquer imagem difratada

[13]

21 Holografia

O holograma eacute uma reconstruccedilatildeo perfeita de um objeto isso ocorre por que o filme

holograacutefico registra a luz refletida pelo objeto de forma a manter a fase e a amplitude da luz

Na informaccedilatildeo de imagem destaca Lunazzi oque interessa da fase eacute oque estaacute relacionado

com a inclinaccedilatildeo dos raios Desta forma no filme holograacutefico natildeo fica registrado a imagem

mais um padratildeo de interferecircncia que quando iluminado faraacute a luz ser difratada de forma a

reconstruir a imagem do objeto Entretanto para que seja possiacutevel gravar um holograma de-

vemos utilizar uma fonte de luz coerente assim conseguimos gravar as informaccedilotildees da ampli-

tude e da fase Mas o filme somente responde a intensidade luminosa e para transformar a

informaccedilatildeo da fase em amplitude utilizamos uma frente de onda que chamamos de frente de

onda de referecircncia Podemos ver na Figura 1 a gravaccedilatildeo do padratildeo de interferecircncia das duas

frentes de ondas a do objeto e a referencia

Figura 1 (a) Gravaccedilatildeo de um holograma num filme holograacutefico fazendo a interferecircncia da onda objeto ldquoardquo

com a onda referecircncia ldquoArdquo (b) Esquema de chegada das ondas e montagem experimental

7

22 Fotografia e Efeito Lippmann

[9]

O Fiacutesico francecircs Gabriel Lippmann (1845 - 1921) eacute o inventor de um processo inicial de que

resultou a primeira fotografia colorida permanente que em 1908 lhe rendeu um Precircmio Nobel

de Fiacutesica Lippmann baseado na produccedilatildeo de ondas luminosas estacionaacuterias [Sears F W

ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206] um ano

depois publicou um novo meacutetodo para fotografia a cores Usando uma placa

transparente com uma camada de nitrato de prata (AgNO3) gelatina e brometo de potaacutessio

(KBr) em uma emulsatildeo muito semelhante a um filme holograacutefico Sobre a emulsatildeo colocava-

se uma peliacutecula refletora de mercuacuterio assim a luz era exposta dentro de uma cacircmera

fotograacutefica de forma que a face do vidro seja iluminada e face onde se encontra a emulsatildeo

estivesse em contato com a superfiacutecie refletora O resultado pode ser visto abaixo em fotos

tiradas haacute mais de cem anos

Figura 2 fotos de (a) paisagem (b) periquito de 1891 e (c) cesta de frutas tiradas com o meacutetodo

Figura 3 Gravaccedilatildeo de uma imagem pelo meacutetodo de Lippmann

8

23 Holoimagens

Definimos uma holoimagem como uma imagem volumeacutetrica produzida com a utilizaccedilatildeo

de uma tela holograacutefica Possui paralaxe contiacutenua mas diferente de um holograma onde a

imagem estaacute registrada permanentemente no filme uma holoimagem acontece sem o registro

ela eacute produzida atraveacutes de uma projeccedilatildeo sobre a tela Poreacutem como discutido na referencia [1]

sabemos que a fotografia atraveacutes de uma rede de difraccedilatildeo gera um borratildeo colorido na imagem

difratada e diz Lunazzi que pode ser demonstrado que o processo de codificaccedilatildeo pela

difraccedilatildeo faz com que para cada comprimento de onda temos uma perspectiva diferente do

objeto que eacute o que eacute oferecido ao observador na decodificaccedilatildeo Projetando uma imagem

difratada sobre uma tela holograacutefica cada espectro que representa um ponto vai posicionar a

luz no espaccedilo na posiccedilatildeo exata onde o ponto objeto estaacute ou estava na cena original O

experimento crucial foi feito usando como objeto o filamento de uma lacircmpada de tungstecircnio

que por traacutes de uma rede de difraccedilatildeo de plaacutestico lanccedilava sua luz para ser difratada e

projetada por uma lente sobre uma tela difrativa recriando ampliada a cena original [14]

A perfeiccedilatildeo do resultado deu a visatildeo clara da perfeiccedilatildeo do fenocircmeno como eacute exemplificado

nas imagens abaixo

Figura 4a fotografia de uma imagem de difraccedilatildeo

Figura 4b Uma fonte de luz branca de difusa foi adicionada a partir do lado da peliacutecula fotograacutefica

Figura 4c Reproduccedilatildeo do caminho inverso de produccedilatildeo

9

Figura 5a Representaccedilatildeo dos dois pontos da imagem em 3D por meio de uma tela de difraccedilatildeo

Figura 5b Mistura de raios devido agrave insuficiente selectividade cromaacutetica

Assim se conseguirmos gerar uma reconstruccedilatildeo luminosa que conserve a informaccedilatildeo do

comprimento de onda e percorra o caminho inverso dos raios do objeto teremos uma imagem

semelhante a holograacutefica

A Fotografia Lippmann eacute de fundamental importacircncia no processo pois esta teacutecnica reproduz

fielmente os comprimentos de onda Em uma fotografia convencional natildeo se observa o

mesmo efeito O processo de registro de holofotografia foi realizado com um experimento

baacutesico como descrito nos trabalhos de Vannucci [7] e Ferreira [15]

No entanto natildeo houve registro disso e o Prof Lunazzi o estaacute repetindo para poder demonstraacute-

lo e publicaacute-lo

24 Impressatildeo de Carbono

Uma impressatildeo de carbono eacute uma impressatildeo fotograacutefica de uma imagem em uma

placa de gelatina pigmentada A impressatildeo em carbono eacute baseada no fato de que a gelatina

quando sensibilizados agrave luz por um dicromato fica endurecida e insoluacutevel em aacutegua quando

expostos agrave luz ultravioleta Devido agrave insensibilidade comparativa do material de luz solar ou

outra fonte forte de luz UV eacute normalmente utilizado a fim de minimizar o tempo de exposiccedilatildeo

requerido Para fazer uma impressatildeo full-color trecircs negativos fotografados atraveacutes vermelho

verde e filtros azuis satildeo impressos em dicromato sensibilizados folhas de gelatina pigmentada

10

(tradicionalmente chamado de tecido de carbono independentemente do pigmento

incorporado) contendo respectivamente pigmentos ciano e magenta e amarelo Eles satildeo

revelados em aacutegua quente que se dissolve a gelatina natildeo endurecida deixando uma imagem

de relevo colorido que eacute mais espessa onde recebeu o maior exposiccedilatildeo As trecircs imagens satildeo

entatildeo transferidos um de cada vez sobre um suporte final tal como uma folha pesada de

gelatina-lisa tamanho de papel Geralmente a imagem amarela eacute transferida primeiro entatildeo a

imagem magenta eacute aplicado em cima dela sendo tomado muito cuidado para sobrepocirc-la em

registo exato e entatildeo a imagem ciano eacute similarmente aplicada Uma quarta camada de

pigmento preto chave eacute adicionado agraves vezes como em processos de impressatildeo mecacircnica

para melhorar a definiccedilatildeo de borda e mascarar qualquer matiz de cores falsas nas aacutereas

escuras da imagem mas natildeo eacute um componente tradicional A impressatildeo final resultante se

composto de vaacuterias camadas e em cores ou ter apenas uma camada preto e branco apresenta

uma muito ligeira baixo-relevo e efeito uma variaccedilatildeo de textura em sua superfiacutecie as duas

caracteriacutesticas distintivas de uma coacutepia carbono O processo eacute demorado e trabalhoso Cada

coacutepia de carbono de cor requer trecircs ou quatro ida e volta na cacircmara escura para criar a

impressatildeo final No entanto este investimento de tempo e esforccedilo pode criar impressotildees de

qualidade visual excelente e permanecircncia de arquivo comprovada

25 Modelos para descrever como ocorre o registro na DCG [7]

Inicialmente temos que a gelatina eacute um poliacutemero complexo essencialmente formado

por proteiacutenas (colaacutegeno) Digamos que as moleacuteculas da gelatina se apresentam na forma de

fios capazes de serem dobrados sobre si mesmo ou de desenrolar dependendo do meio em

que se encontram Quando dissolvemos a gelatina e aquecemos temos que as suas proteiacutenas

se desenrolam e ligam-se entre si formando uma rede cristalina capaz de gelificar uma

quantidade muito grande de aacutegua com poucas moleacuteculas

Figura 6 O colaacutegeno formado por trecircs

cadeias em heacutelice Apoacutes dissolvido natildeo

volta mais a se enrolar e acaba

estabelecendo novas ligaccedilotildees entre si

Assim podemos dizer que o gel formado eacute

principalmente composto por aacutegua uma fez que 10g de

gelatina consegue gelificar cinco decilitros de aacutegua

Agora acrescentando o dicromato de amocircnio

(NH4Cr2O7) nessa estrutura cristalina podemos supor

que a sua distribuiccedilatildeo seja homogecircnea e quando o

dicromato de potaacutessio eacute exposto a luz ele se sensibiliza

e se desprende da rede cristalinaQuando submetemos agrave

emulsatildeo a revelaccedilatildeo a base de 50 de aacutelcool

isopropiacutelico a gelatina se expande muito e rompe na

regiatildeo onde se encontra o dicromato jaacute no segundo

banho com 100 de aacutelcool isopropiacutelico a gelatina sofre

uma compressatildeo muito raacutepida e acaba reordenando a

rede cristalina neste ponto o dicromato jaacute foi

removido deixando apenas uma pequena esfera com

vaacutecuo em seu interior

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

3

SUMAacuteRIO

RESUMO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------3

INTRODUCcedilAtildeO ---------------------------------------------------------------------------------------------------4

1 OBJETIVOS ---------------------------------------------------------------------------------------------------5

2 TEORIA E DEFINICcedilOtildeES ----------------------------------------------------------------------------------5

21 HOLOGRAFIA ----------------------------------------------------------------------------------------------6

22 FOTOGRAFIA E EFEITO LIPPMANN -------------------------------------------------------------------------- 6

23 HOLOIMAGENS --------------------------------------------------------------------------------------------7

24 IMPRESSAtildeO DE CARBONO --------------------------------------------------------------------------------9

25 MODELOS PARA DESCREVER COMO OCORRE O REGISTRO NA DCG ----------------------------- 10

4 RESULTADOS OBTIDOS--------------------------------------------------------------------------------11

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS -----------------------------------------------------------------------------18

6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS -------------------------------------------------------------------19

ANEXO I PRODUCcedilAtildeO DA GELATINA DICROMATADA------------------------------------------21

4

Introduccedilatildeo

Depois da descoberta da fotografia um processo de obtenccedilatildeo de imagens realizado

por John Pouncy em 1858 mas cujo processo de gravaccedilatildeo foi descrito por Joseph Wilson

Swann ficou conhecido por ldquoimpressatildeo de carvatildeordquo Eram utilizadas placas cobertas com ge-

latina e brometo de prata gravando imagens em preto e branco sendo mais tarde adaptado agrave

cor atraveacutes da utilizaccedilatildeo de pigmentos por Hermann Wilhelm Vogel em 1873 atraveacutes do

tratamento das placas com anilina e corantes especiacuteficos Esse processo podia produzir ima-

gens de qualidade muito elevada que satildeo excepcionalmente resistentes agrave deterioraccedilatildeo e des-

botamento Foi desenvolvido em meados do seacuteculo XIX em resposta a preocupaccedilotildees sobre o

desaparecimento de tipos iniciais de prata baseados em preto e branco que jaacute estava se tor-

nando aparente dentro de alguns relativamente poucos anos de sua introduccedilatildeo

Entre os precircmios Nobel de Fiacutesica dois cientistas foram homenageados por seus meacuteto-

dos notaacuteveis para gravar imagens Gabriel Lippmann concedido em 1908 por seu meacutetodo

de reproduzir imagens coloridas baseado no fenocircmeno de interferecircncia e Dennis Gabor

concedido em 1971 por sua invenccedilatildeo e desenvolvimento do meacutetodo holograacutefico Ambos

os meacutetodos tinham o objetivo de reproduzir uma imagem de uma forma bastante diferente de

outras tentativas anteriores feitas para a mesma finalidade Para conseguir isso Lippmann e

Gabor escolheram uma abordagem revolucionaacuteria para a fiacutesica fundamental em vez de seguir

um progresso evolutivo em engenharia Em

1886 quando a tecnologia da fotografia ainda estava lutando para transferir as cores da natu-

reza para adequar os valores de tons em preto e branco Gabriel Lippmann concebeu um meacute-

todo de duas etapas para gravar e reproduzir imagens coloridas diretamente atraveacutes dos com-

primentos de onda no objeto e a fotografia subsequente

Enquanto Lippmann melhorava fotografia em preto e branco para cores a holografia

Gabor em 1948 estendeu a fotografia a partir de imagens planas em um espaccedilo de imagem

tridimensional chamando=as de holografia Procedimentos para oferecer para cada olho do

espectador a sua proacutepria paralaxe - estereoscopia - satildeo histoacutericos como a proacutepria

fotografia Mas a ideia de Gabor de um holograma era de obter todas as informaccedilotildees em

todo o espaccedilo da imagem melhorando assim a nitidez nos registros da microscopia

eletrocircnica eliminando do processo a as lentes eletromagneacuteticas que produziam uma

aberraccedilatildeo difiacutecil de reduzir

Todas essas teacutecnicas foram esquecidas devido ao advento da tecnologia e da

fotografia digital e se perderam no tempo Esse desaparecimento eacute lamentaacutevel visto que suas

aplicaccedilotildees poderiam ser mais e melhor exploradas como recurso didaacutetico eacute uma excelente

ferramenta e a sua utilizaccedilatildeo nas artes ainda natildeo foi totalmente explorada Buscando

modificar este cenaacuterio estamos trabalhando em uma nova maneira de reproduzir essas

imagens mais ainda necessitamos do filme holograacutefico Para solucionar este problema

estamos fabricando nossas placas holograacuteficas que podem ainda apresentar uma alternativa

para aqueles que desejam gravar produzir esse tipo de imagem e encontram dificuldades para

comprar o filme holograacutefico

5

1 Objetivos

Projeto de fiacutesica experimental que visa reproduzir imagens meacutetodos fotograacuteficos histoacutericos

como a ldquoimpressatildeo de carvatildeordquo e a fotografia Lippmann e o meacutetodo holograacutefico utilizando

placas de gelatina sensibilizada por dicromato de amocircnio produzidas no laboratoacuterio Aleacutem

disso visamos desenvolver uma maneira de gravar imagens como a de hologramas (o que

chamamos de holoimagens) a partir de luz branca utilizando o principio da fotografia

Lippman A proposta inovadora publicada pelo Prof Lunazzi em 1993 [1] sugere que a luz

proveniente de um objeto ao passar por uma rede de difraccedilatildeo e focalizada em uma placa

holograacutefica gera um espectro na placa O espectro gerado quando iluminado por uma fonte de

luz branca reconstroacutei a trajetoacuteria dos raios de luz que ao passarem pela rede de difraccedilatildeo

reproduz a imagem em relevo do objeto temos assim a holoimagem Se comprovarmos

experimentalmente a veracidade da proposta teremos uma grande inovaccedilatildeo nas pesquisas

sobre holografia

2 Teoria e Definiccedilotildees

Quando uma imagem eacute criada apresentada ou registrada em duas dimensotildees

elaboradas de tal forma a proporcionarem a ilusatildeo de terem trecircs dimensotildees satildeo

denominadas holografias poreacutem natildeo eacute apenas mais uma simples forma de visualizaccedilatildeo em 3

dimensotildees mas sim um processo de se codificar uma informaccedilatildeo e depois (atraveacutes do laser)

se recriar ldquointegralmenterdquo esta mesma informaccedilatildeo Criada em 1948 pelo huacutengaro Dennis

Gabor (mais tarde ganhador do Precircmio Nobel de Fiacutesica) que descobriu que quando uma luz

de coerecircncia ( capacidade de interferecircncia) adequada se encontra com a luz difratada ou

espalhada de um objeto eacute possiacutevel gravar tanto a informaccedilatildeo da fase como a amplitude

independente do material fotossensiacutevel responder somente agrave intensidade luminosa Sendo

assim a partir de um padratildeo de interferecircncia registrado era possiacutevel obter a imagem de um

objeto surgindo assim o holograma A holografia como imagem tridimensional

somente foi realizada pela primeira vez nos anos 60 com a utilizaccedilatildeo do laser e hoje em dia eacute

utilizada pela fiacutesica como uma sofisticada teacutecnica fotograacutefica de anaacutelise de materiais ou de

armazenamento de dados isto eacute usada dentro da pesquisa cientiacutefica no estudo de materiais

desenvolvimento de instrumentos oacutepticos criaccedilatildeo de redes de difraccedilatildeo etc Na aacuterea da

induacutestria tem aplicaccedilotildees no controle de qualidade de materiais e na seguranccedila na forma de

selos de autenticidade Na tecnologia da informaccedilatildeo testa-se o uso de hologramas como uma

forma oacuteptica de armazenamento de dados

A holografia tambeacutem eacute utilizada na aacuterea da comunicaccedilatildeo como um mostrador de alto impacto

visual o que resultou no seu uso comercial como elemento promocional Jaacute nas artes visuais

diversos artistas a usam como uma forma de expressatildeo Os pioneiros da holografia no Brasil

foram o Prof Joseacute Lunazzi da UNICAMP que fez os primeiros hologramas a partir de 1974

e a primeira exibiccedilatildeo brasileira em 1981 Fernando Catta-Preta que exibiu hologramas de

Lunazzi e outros em 1984 motivando a Moyseacutes Baumstein a realizar hologramas o que fez

com muita qualidade apresentando inclusive na Bienal de 1985

A primeira exposiccedilatildeo de hologramas no Brasil foi organizada por Ivan Isola em novembro

1980 no pavilhatildeo da Bienal em Satildeo Paulo com hologramas trazidos da Europa Lunazzi fez a

6

primeira exposiccedilatildeo com hologramas feitos no Brasil em 1981 em Campinas montando um

conjunto completo de hologramas e experimentos de oacuteptica ondulatoacuteria na Reuniatildeo Anual da

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia-SBPC em julho de 1982

Moyseacutes Baumstein montou um laboratoacuterio em Satildeo Paulo dirigido agrave produccedilatildeo artiacutestica e

comercial ele desenvolveu teacutecnicas proacuteprias que resultaram em hologramas de grande

impacto e qualidade chegando a produzir hologramas estampados que apareciam aderidos ateacute

em cadernos escolares Seu laboratoacuterio esteve em atividade de 1983 agrave 2007

Tendo em vista o aperfeiccediloamento da geraccedilatildeo de imagens em trecircs dimensotildees utilizando luz

branca Joseacute J Lunazzi se dedicou a criaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas de holoprojeccedilatildeo

sobre uma tela difrativa chamada de tela holograacutefica [Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by

a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de

Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds

7-11591 pOTI 5a 1200] No ano 1984 olhando fotografias no cataacutelogo de uma exposiccedilatildeo de

hologramas alematilde Lunazzi descobre que um holograma comum gera pela luz branca um

espectro correspondente a cada ponto do objeto que eacute tatildeo mais largo quanto maior a

profundidade da posiccedilatildeo desse ponto objeto Resulta assim a codificaccedilatildeo da profundidade

pela difraccedilatildeo porque acontece natildeo apenas no holograma como em qualquer imagem difratada

[13]

21 Holografia

O holograma eacute uma reconstruccedilatildeo perfeita de um objeto isso ocorre por que o filme

holograacutefico registra a luz refletida pelo objeto de forma a manter a fase e a amplitude da luz

Na informaccedilatildeo de imagem destaca Lunazzi oque interessa da fase eacute oque estaacute relacionado

com a inclinaccedilatildeo dos raios Desta forma no filme holograacutefico natildeo fica registrado a imagem

mais um padratildeo de interferecircncia que quando iluminado faraacute a luz ser difratada de forma a

reconstruir a imagem do objeto Entretanto para que seja possiacutevel gravar um holograma de-

vemos utilizar uma fonte de luz coerente assim conseguimos gravar as informaccedilotildees da ampli-

tude e da fase Mas o filme somente responde a intensidade luminosa e para transformar a

informaccedilatildeo da fase em amplitude utilizamos uma frente de onda que chamamos de frente de

onda de referecircncia Podemos ver na Figura 1 a gravaccedilatildeo do padratildeo de interferecircncia das duas

frentes de ondas a do objeto e a referencia

Figura 1 (a) Gravaccedilatildeo de um holograma num filme holograacutefico fazendo a interferecircncia da onda objeto ldquoardquo

com a onda referecircncia ldquoArdquo (b) Esquema de chegada das ondas e montagem experimental

7

22 Fotografia e Efeito Lippmann

[9]

O Fiacutesico francecircs Gabriel Lippmann (1845 - 1921) eacute o inventor de um processo inicial de que

resultou a primeira fotografia colorida permanente que em 1908 lhe rendeu um Precircmio Nobel

de Fiacutesica Lippmann baseado na produccedilatildeo de ondas luminosas estacionaacuterias [Sears F W

ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206] um ano

depois publicou um novo meacutetodo para fotografia a cores Usando uma placa

transparente com uma camada de nitrato de prata (AgNO3) gelatina e brometo de potaacutessio

(KBr) em uma emulsatildeo muito semelhante a um filme holograacutefico Sobre a emulsatildeo colocava-

se uma peliacutecula refletora de mercuacuterio assim a luz era exposta dentro de uma cacircmera

fotograacutefica de forma que a face do vidro seja iluminada e face onde se encontra a emulsatildeo

estivesse em contato com a superfiacutecie refletora O resultado pode ser visto abaixo em fotos

tiradas haacute mais de cem anos

Figura 2 fotos de (a) paisagem (b) periquito de 1891 e (c) cesta de frutas tiradas com o meacutetodo

Figura 3 Gravaccedilatildeo de uma imagem pelo meacutetodo de Lippmann

8

23 Holoimagens

Definimos uma holoimagem como uma imagem volumeacutetrica produzida com a utilizaccedilatildeo

de uma tela holograacutefica Possui paralaxe contiacutenua mas diferente de um holograma onde a

imagem estaacute registrada permanentemente no filme uma holoimagem acontece sem o registro

ela eacute produzida atraveacutes de uma projeccedilatildeo sobre a tela Poreacutem como discutido na referencia [1]

sabemos que a fotografia atraveacutes de uma rede de difraccedilatildeo gera um borratildeo colorido na imagem

difratada e diz Lunazzi que pode ser demonstrado que o processo de codificaccedilatildeo pela

difraccedilatildeo faz com que para cada comprimento de onda temos uma perspectiva diferente do

objeto que eacute o que eacute oferecido ao observador na decodificaccedilatildeo Projetando uma imagem

difratada sobre uma tela holograacutefica cada espectro que representa um ponto vai posicionar a

luz no espaccedilo na posiccedilatildeo exata onde o ponto objeto estaacute ou estava na cena original O

experimento crucial foi feito usando como objeto o filamento de uma lacircmpada de tungstecircnio

que por traacutes de uma rede de difraccedilatildeo de plaacutestico lanccedilava sua luz para ser difratada e

projetada por uma lente sobre uma tela difrativa recriando ampliada a cena original [14]

A perfeiccedilatildeo do resultado deu a visatildeo clara da perfeiccedilatildeo do fenocircmeno como eacute exemplificado

nas imagens abaixo

Figura 4a fotografia de uma imagem de difraccedilatildeo

Figura 4b Uma fonte de luz branca de difusa foi adicionada a partir do lado da peliacutecula fotograacutefica

Figura 4c Reproduccedilatildeo do caminho inverso de produccedilatildeo

9

Figura 5a Representaccedilatildeo dos dois pontos da imagem em 3D por meio de uma tela de difraccedilatildeo

Figura 5b Mistura de raios devido agrave insuficiente selectividade cromaacutetica

Assim se conseguirmos gerar uma reconstruccedilatildeo luminosa que conserve a informaccedilatildeo do

comprimento de onda e percorra o caminho inverso dos raios do objeto teremos uma imagem

semelhante a holograacutefica

A Fotografia Lippmann eacute de fundamental importacircncia no processo pois esta teacutecnica reproduz

fielmente os comprimentos de onda Em uma fotografia convencional natildeo se observa o

mesmo efeito O processo de registro de holofotografia foi realizado com um experimento

baacutesico como descrito nos trabalhos de Vannucci [7] e Ferreira [15]

No entanto natildeo houve registro disso e o Prof Lunazzi o estaacute repetindo para poder demonstraacute-

lo e publicaacute-lo

24 Impressatildeo de Carbono

Uma impressatildeo de carbono eacute uma impressatildeo fotograacutefica de uma imagem em uma

placa de gelatina pigmentada A impressatildeo em carbono eacute baseada no fato de que a gelatina

quando sensibilizados agrave luz por um dicromato fica endurecida e insoluacutevel em aacutegua quando

expostos agrave luz ultravioleta Devido agrave insensibilidade comparativa do material de luz solar ou

outra fonte forte de luz UV eacute normalmente utilizado a fim de minimizar o tempo de exposiccedilatildeo

requerido Para fazer uma impressatildeo full-color trecircs negativos fotografados atraveacutes vermelho

verde e filtros azuis satildeo impressos em dicromato sensibilizados folhas de gelatina pigmentada

10

(tradicionalmente chamado de tecido de carbono independentemente do pigmento

incorporado) contendo respectivamente pigmentos ciano e magenta e amarelo Eles satildeo

revelados em aacutegua quente que se dissolve a gelatina natildeo endurecida deixando uma imagem

de relevo colorido que eacute mais espessa onde recebeu o maior exposiccedilatildeo As trecircs imagens satildeo

entatildeo transferidos um de cada vez sobre um suporte final tal como uma folha pesada de

gelatina-lisa tamanho de papel Geralmente a imagem amarela eacute transferida primeiro entatildeo a

imagem magenta eacute aplicado em cima dela sendo tomado muito cuidado para sobrepocirc-la em

registo exato e entatildeo a imagem ciano eacute similarmente aplicada Uma quarta camada de

pigmento preto chave eacute adicionado agraves vezes como em processos de impressatildeo mecacircnica

para melhorar a definiccedilatildeo de borda e mascarar qualquer matiz de cores falsas nas aacutereas

escuras da imagem mas natildeo eacute um componente tradicional A impressatildeo final resultante se

composto de vaacuterias camadas e em cores ou ter apenas uma camada preto e branco apresenta

uma muito ligeira baixo-relevo e efeito uma variaccedilatildeo de textura em sua superfiacutecie as duas

caracteriacutesticas distintivas de uma coacutepia carbono O processo eacute demorado e trabalhoso Cada

coacutepia de carbono de cor requer trecircs ou quatro ida e volta na cacircmara escura para criar a

impressatildeo final No entanto este investimento de tempo e esforccedilo pode criar impressotildees de

qualidade visual excelente e permanecircncia de arquivo comprovada

25 Modelos para descrever como ocorre o registro na DCG [7]

Inicialmente temos que a gelatina eacute um poliacutemero complexo essencialmente formado

por proteiacutenas (colaacutegeno) Digamos que as moleacuteculas da gelatina se apresentam na forma de

fios capazes de serem dobrados sobre si mesmo ou de desenrolar dependendo do meio em

que se encontram Quando dissolvemos a gelatina e aquecemos temos que as suas proteiacutenas

se desenrolam e ligam-se entre si formando uma rede cristalina capaz de gelificar uma

quantidade muito grande de aacutegua com poucas moleacuteculas

Figura 6 O colaacutegeno formado por trecircs

cadeias em heacutelice Apoacutes dissolvido natildeo

volta mais a se enrolar e acaba

estabelecendo novas ligaccedilotildees entre si

Assim podemos dizer que o gel formado eacute

principalmente composto por aacutegua uma fez que 10g de

gelatina consegue gelificar cinco decilitros de aacutegua

Agora acrescentando o dicromato de amocircnio

(NH4Cr2O7) nessa estrutura cristalina podemos supor

que a sua distribuiccedilatildeo seja homogecircnea e quando o

dicromato de potaacutessio eacute exposto a luz ele se sensibiliza

e se desprende da rede cristalinaQuando submetemos agrave

emulsatildeo a revelaccedilatildeo a base de 50 de aacutelcool

isopropiacutelico a gelatina se expande muito e rompe na

regiatildeo onde se encontra o dicromato jaacute no segundo

banho com 100 de aacutelcool isopropiacutelico a gelatina sofre

uma compressatildeo muito raacutepida e acaba reordenando a

rede cristalina neste ponto o dicromato jaacute foi

removido deixando apenas uma pequena esfera com

vaacutecuo em seu interior

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

4

Introduccedilatildeo

Depois da descoberta da fotografia um processo de obtenccedilatildeo de imagens realizado

por John Pouncy em 1858 mas cujo processo de gravaccedilatildeo foi descrito por Joseph Wilson

Swann ficou conhecido por ldquoimpressatildeo de carvatildeordquo Eram utilizadas placas cobertas com ge-

latina e brometo de prata gravando imagens em preto e branco sendo mais tarde adaptado agrave

cor atraveacutes da utilizaccedilatildeo de pigmentos por Hermann Wilhelm Vogel em 1873 atraveacutes do

tratamento das placas com anilina e corantes especiacuteficos Esse processo podia produzir ima-

gens de qualidade muito elevada que satildeo excepcionalmente resistentes agrave deterioraccedilatildeo e des-

botamento Foi desenvolvido em meados do seacuteculo XIX em resposta a preocupaccedilotildees sobre o

desaparecimento de tipos iniciais de prata baseados em preto e branco que jaacute estava se tor-

nando aparente dentro de alguns relativamente poucos anos de sua introduccedilatildeo

Entre os precircmios Nobel de Fiacutesica dois cientistas foram homenageados por seus meacuteto-

dos notaacuteveis para gravar imagens Gabriel Lippmann concedido em 1908 por seu meacutetodo

de reproduzir imagens coloridas baseado no fenocircmeno de interferecircncia e Dennis Gabor

concedido em 1971 por sua invenccedilatildeo e desenvolvimento do meacutetodo holograacutefico Ambos

os meacutetodos tinham o objetivo de reproduzir uma imagem de uma forma bastante diferente de

outras tentativas anteriores feitas para a mesma finalidade Para conseguir isso Lippmann e

Gabor escolheram uma abordagem revolucionaacuteria para a fiacutesica fundamental em vez de seguir

um progresso evolutivo em engenharia Em

1886 quando a tecnologia da fotografia ainda estava lutando para transferir as cores da natu-

reza para adequar os valores de tons em preto e branco Gabriel Lippmann concebeu um meacute-

todo de duas etapas para gravar e reproduzir imagens coloridas diretamente atraveacutes dos com-

primentos de onda no objeto e a fotografia subsequente

Enquanto Lippmann melhorava fotografia em preto e branco para cores a holografia

Gabor em 1948 estendeu a fotografia a partir de imagens planas em um espaccedilo de imagem

tridimensional chamando=as de holografia Procedimentos para oferecer para cada olho do

espectador a sua proacutepria paralaxe - estereoscopia - satildeo histoacutericos como a proacutepria

fotografia Mas a ideia de Gabor de um holograma era de obter todas as informaccedilotildees em

todo o espaccedilo da imagem melhorando assim a nitidez nos registros da microscopia

eletrocircnica eliminando do processo a as lentes eletromagneacuteticas que produziam uma

aberraccedilatildeo difiacutecil de reduzir

Todas essas teacutecnicas foram esquecidas devido ao advento da tecnologia e da

fotografia digital e se perderam no tempo Esse desaparecimento eacute lamentaacutevel visto que suas

aplicaccedilotildees poderiam ser mais e melhor exploradas como recurso didaacutetico eacute uma excelente

ferramenta e a sua utilizaccedilatildeo nas artes ainda natildeo foi totalmente explorada Buscando

modificar este cenaacuterio estamos trabalhando em uma nova maneira de reproduzir essas

imagens mais ainda necessitamos do filme holograacutefico Para solucionar este problema

estamos fabricando nossas placas holograacuteficas que podem ainda apresentar uma alternativa

para aqueles que desejam gravar produzir esse tipo de imagem e encontram dificuldades para

comprar o filme holograacutefico

5

1 Objetivos

Projeto de fiacutesica experimental que visa reproduzir imagens meacutetodos fotograacuteficos histoacutericos

como a ldquoimpressatildeo de carvatildeordquo e a fotografia Lippmann e o meacutetodo holograacutefico utilizando

placas de gelatina sensibilizada por dicromato de amocircnio produzidas no laboratoacuterio Aleacutem

disso visamos desenvolver uma maneira de gravar imagens como a de hologramas (o que

chamamos de holoimagens) a partir de luz branca utilizando o principio da fotografia

Lippman A proposta inovadora publicada pelo Prof Lunazzi em 1993 [1] sugere que a luz

proveniente de um objeto ao passar por uma rede de difraccedilatildeo e focalizada em uma placa

holograacutefica gera um espectro na placa O espectro gerado quando iluminado por uma fonte de

luz branca reconstroacutei a trajetoacuteria dos raios de luz que ao passarem pela rede de difraccedilatildeo

reproduz a imagem em relevo do objeto temos assim a holoimagem Se comprovarmos

experimentalmente a veracidade da proposta teremos uma grande inovaccedilatildeo nas pesquisas

sobre holografia

2 Teoria e Definiccedilotildees

Quando uma imagem eacute criada apresentada ou registrada em duas dimensotildees

elaboradas de tal forma a proporcionarem a ilusatildeo de terem trecircs dimensotildees satildeo

denominadas holografias poreacutem natildeo eacute apenas mais uma simples forma de visualizaccedilatildeo em 3

dimensotildees mas sim um processo de se codificar uma informaccedilatildeo e depois (atraveacutes do laser)

se recriar ldquointegralmenterdquo esta mesma informaccedilatildeo Criada em 1948 pelo huacutengaro Dennis

Gabor (mais tarde ganhador do Precircmio Nobel de Fiacutesica) que descobriu que quando uma luz

de coerecircncia ( capacidade de interferecircncia) adequada se encontra com a luz difratada ou

espalhada de um objeto eacute possiacutevel gravar tanto a informaccedilatildeo da fase como a amplitude

independente do material fotossensiacutevel responder somente agrave intensidade luminosa Sendo

assim a partir de um padratildeo de interferecircncia registrado era possiacutevel obter a imagem de um

objeto surgindo assim o holograma A holografia como imagem tridimensional

somente foi realizada pela primeira vez nos anos 60 com a utilizaccedilatildeo do laser e hoje em dia eacute

utilizada pela fiacutesica como uma sofisticada teacutecnica fotograacutefica de anaacutelise de materiais ou de

armazenamento de dados isto eacute usada dentro da pesquisa cientiacutefica no estudo de materiais

desenvolvimento de instrumentos oacutepticos criaccedilatildeo de redes de difraccedilatildeo etc Na aacuterea da

induacutestria tem aplicaccedilotildees no controle de qualidade de materiais e na seguranccedila na forma de

selos de autenticidade Na tecnologia da informaccedilatildeo testa-se o uso de hologramas como uma

forma oacuteptica de armazenamento de dados

A holografia tambeacutem eacute utilizada na aacuterea da comunicaccedilatildeo como um mostrador de alto impacto

visual o que resultou no seu uso comercial como elemento promocional Jaacute nas artes visuais

diversos artistas a usam como uma forma de expressatildeo Os pioneiros da holografia no Brasil

foram o Prof Joseacute Lunazzi da UNICAMP que fez os primeiros hologramas a partir de 1974

e a primeira exibiccedilatildeo brasileira em 1981 Fernando Catta-Preta que exibiu hologramas de

Lunazzi e outros em 1984 motivando a Moyseacutes Baumstein a realizar hologramas o que fez

com muita qualidade apresentando inclusive na Bienal de 1985

A primeira exposiccedilatildeo de hologramas no Brasil foi organizada por Ivan Isola em novembro

1980 no pavilhatildeo da Bienal em Satildeo Paulo com hologramas trazidos da Europa Lunazzi fez a

6

primeira exposiccedilatildeo com hologramas feitos no Brasil em 1981 em Campinas montando um

conjunto completo de hologramas e experimentos de oacuteptica ondulatoacuteria na Reuniatildeo Anual da

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia-SBPC em julho de 1982

Moyseacutes Baumstein montou um laboratoacuterio em Satildeo Paulo dirigido agrave produccedilatildeo artiacutestica e

comercial ele desenvolveu teacutecnicas proacuteprias que resultaram em hologramas de grande

impacto e qualidade chegando a produzir hologramas estampados que apareciam aderidos ateacute

em cadernos escolares Seu laboratoacuterio esteve em atividade de 1983 agrave 2007

Tendo em vista o aperfeiccediloamento da geraccedilatildeo de imagens em trecircs dimensotildees utilizando luz

branca Joseacute J Lunazzi se dedicou a criaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas de holoprojeccedilatildeo

sobre uma tela difrativa chamada de tela holograacutefica [Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by

a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de

Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds

7-11591 pOTI 5a 1200] No ano 1984 olhando fotografias no cataacutelogo de uma exposiccedilatildeo de

hologramas alematilde Lunazzi descobre que um holograma comum gera pela luz branca um

espectro correspondente a cada ponto do objeto que eacute tatildeo mais largo quanto maior a

profundidade da posiccedilatildeo desse ponto objeto Resulta assim a codificaccedilatildeo da profundidade

pela difraccedilatildeo porque acontece natildeo apenas no holograma como em qualquer imagem difratada

[13]

21 Holografia

O holograma eacute uma reconstruccedilatildeo perfeita de um objeto isso ocorre por que o filme

holograacutefico registra a luz refletida pelo objeto de forma a manter a fase e a amplitude da luz

Na informaccedilatildeo de imagem destaca Lunazzi oque interessa da fase eacute oque estaacute relacionado

com a inclinaccedilatildeo dos raios Desta forma no filme holograacutefico natildeo fica registrado a imagem

mais um padratildeo de interferecircncia que quando iluminado faraacute a luz ser difratada de forma a

reconstruir a imagem do objeto Entretanto para que seja possiacutevel gravar um holograma de-

vemos utilizar uma fonte de luz coerente assim conseguimos gravar as informaccedilotildees da ampli-

tude e da fase Mas o filme somente responde a intensidade luminosa e para transformar a

informaccedilatildeo da fase em amplitude utilizamos uma frente de onda que chamamos de frente de

onda de referecircncia Podemos ver na Figura 1 a gravaccedilatildeo do padratildeo de interferecircncia das duas

frentes de ondas a do objeto e a referencia

Figura 1 (a) Gravaccedilatildeo de um holograma num filme holograacutefico fazendo a interferecircncia da onda objeto ldquoardquo

com a onda referecircncia ldquoArdquo (b) Esquema de chegada das ondas e montagem experimental

7

22 Fotografia e Efeito Lippmann

[9]

O Fiacutesico francecircs Gabriel Lippmann (1845 - 1921) eacute o inventor de um processo inicial de que

resultou a primeira fotografia colorida permanente que em 1908 lhe rendeu um Precircmio Nobel

de Fiacutesica Lippmann baseado na produccedilatildeo de ondas luminosas estacionaacuterias [Sears F W

ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206] um ano

depois publicou um novo meacutetodo para fotografia a cores Usando uma placa

transparente com uma camada de nitrato de prata (AgNO3) gelatina e brometo de potaacutessio

(KBr) em uma emulsatildeo muito semelhante a um filme holograacutefico Sobre a emulsatildeo colocava-

se uma peliacutecula refletora de mercuacuterio assim a luz era exposta dentro de uma cacircmera

fotograacutefica de forma que a face do vidro seja iluminada e face onde se encontra a emulsatildeo

estivesse em contato com a superfiacutecie refletora O resultado pode ser visto abaixo em fotos

tiradas haacute mais de cem anos

Figura 2 fotos de (a) paisagem (b) periquito de 1891 e (c) cesta de frutas tiradas com o meacutetodo

Figura 3 Gravaccedilatildeo de uma imagem pelo meacutetodo de Lippmann

8

23 Holoimagens

Definimos uma holoimagem como uma imagem volumeacutetrica produzida com a utilizaccedilatildeo

de uma tela holograacutefica Possui paralaxe contiacutenua mas diferente de um holograma onde a

imagem estaacute registrada permanentemente no filme uma holoimagem acontece sem o registro

ela eacute produzida atraveacutes de uma projeccedilatildeo sobre a tela Poreacutem como discutido na referencia [1]

sabemos que a fotografia atraveacutes de uma rede de difraccedilatildeo gera um borratildeo colorido na imagem

difratada e diz Lunazzi que pode ser demonstrado que o processo de codificaccedilatildeo pela

difraccedilatildeo faz com que para cada comprimento de onda temos uma perspectiva diferente do

objeto que eacute o que eacute oferecido ao observador na decodificaccedilatildeo Projetando uma imagem

difratada sobre uma tela holograacutefica cada espectro que representa um ponto vai posicionar a

luz no espaccedilo na posiccedilatildeo exata onde o ponto objeto estaacute ou estava na cena original O

experimento crucial foi feito usando como objeto o filamento de uma lacircmpada de tungstecircnio

que por traacutes de uma rede de difraccedilatildeo de plaacutestico lanccedilava sua luz para ser difratada e

projetada por uma lente sobre uma tela difrativa recriando ampliada a cena original [14]

A perfeiccedilatildeo do resultado deu a visatildeo clara da perfeiccedilatildeo do fenocircmeno como eacute exemplificado

nas imagens abaixo

Figura 4a fotografia de uma imagem de difraccedilatildeo

Figura 4b Uma fonte de luz branca de difusa foi adicionada a partir do lado da peliacutecula fotograacutefica

Figura 4c Reproduccedilatildeo do caminho inverso de produccedilatildeo

9

Figura 5a Representaccedilatildeo dos dois pontos da imagem em 3D por meio de uma tela de difraccedilatildeo

Figura 5b Mistura de raios devido agrave insuficiente selectividade cromaacutetica

Assim se conseguirmos gerar uma reconstruccedilatildeo luminosa que conserve a informaccedilatildeo do

comprimento de onda e percorra o caminho inverso dos raios do objeto teremos uma imagem

semelhante a holograacutefica

A Fotografia Lippmann eacute de fundamental importacircncia no processo pois esta teacutecnica reproduz

fielmente os comprimentos de onda Em uma fotografia convencional natildeo se observa o

mesmo efeito O processo de registro de holofotografia foi realizado com um experimento

baacutesico como descrito nos trabalhos de Vannucci [7] e Ferreira [15]

No entanto natildeo houve registro disso e o Prof Lunazzi o estaacute repetindo para poder demonstraacute-

lo e publicaacute-lo

24 Impressatildeo de Carbono

Uma impressatildeo de carbono eacute uma impressatildeo fotograacutefica de uma imagem em uma

placa de gelatina pigmentada A impressatildeo em carbono eacute baseada no fato de que a gelatina

quando sensibilizados agrave luz por um dicromato fica endurecida e insoluacutevel em aacutegua quando

expostos agrave luz ultravioleta Devido agrave insensibilidade comparativa do material de luz solar ou

outra fonte forte de luz UV eacute normalmente utilizado a fim de minimizar o tempo de exposiccedilatildeo

requerido Para fazer uma impressatildeo full-color trecircs negativos fotografados atraveacutes vermelho

verde e filtros azuis satildeo impressos em dicromato sensibilizados folhas de gelatina pigmentada

10

(tradicionalmente chamado de tecido de carbono independentemente do pigmento

incorporado) contendo respectivamente pigmentos ciano e magenta e amarelo Eles satildeo

revelados em aacutegua quente que se dissolve a gelatina natildeo endurecida deixando uma imagem

de relevo colorido que eacute mais espessa onde recebeu o maior exposiccedilatildeo As trecircs imagens satildeo

entatildeo transferidos um de cada vez sobre um suporte final tal como uma folha pesada de

gelatina-lisa tamanho de papel Geralmente a imagem amarela eacute transferida primeiro entatildeo a

imagem magenta eacute aplicado em cima dela sendo tomado muito cuidado para sobrepocirc-la em

registo exato e entatildeo a imagem ciano eacute similarmente aplicada Uma quarta camada de

pigmento preto chave eacute adicionado agraves vezes como em processos de impressatildeo mecacircnica

para melhorar a definiccedilatildeo de borda e mascarar qualquer matiz de cores falsas nas aacutereas

escuras da imagem mas natildeo eacute um componente tradicional A impressatildeo final resultante se

composto de vaacuterias camadas e em cores ou ter apenas uma camada preto e branco apresenta

uma muito ligeira baixo-relevo e efeito uma variaccedilatildeo de textura em sua superfiacutecie as duas

caracteriacutesticas distintivas de uma coacutepia carbono O processo eacute demorado e trabalhoso Cada

coacutepia de carbono de cor requer trecircs ou quatro ida e volta na cacircmara escura para criar a

impressatildeo final No entanto este investimento de tempo e esforccedilo pode criar impressotildees de

qualidade visual excelente e permanecircncia de arquivo comprovada

25 Modelos para descrever como ocorre o registro na DCG [7]

Inicialmente temos que a gelatina eacute um poliacutemero complexo essencialmente formado

por proteiacutenas (colaacutegeno) Digamos que as moleacuteculas da gelatina se apresentam na forma de

fios capazes de serem dobrados sobre si mesmo ou de desenrolar dependendo do meio em

que se encontram Quando dissolvemos a gelatina e aquecemos temos que as suas proteiacutenas

se desenrolam e ligam-se entre si formando uma rede cristalina capaz de gelificar uma

quantidade muito grande de aacutegua com poucas moleacuteculas

Figura 6 O colaacutegeno formado por trecircs

cadeias em heacutelice Apoacutes dissolvido natildeo

volta mais a se enrolar e acaba

estabelecendo novas ligaccedilotildees entre si

Assim podemos dizer que o gel formado eacute

principalmente composto por aacutegua uma fez que 10g de

gelatina consegue gelificar cinco decilitros de aacutegua

Agora acrescentando o dicromato de amocircnio

(NH4Cr2O7) nessa estrutura cristalina podemos supor

que a sua distribuiccedilatildeo seja homogecircnea e quando o

dicromato de potaacutessio eacute exposto a luz ele se sensibiliza

e se desprende da rede cristalinaQuando submetemos agrave

emulsatildeo a revelaccedilatildeo a base de 50 de aacutelcool

isopropiacutelico a gelatina se expande muito e rompe na

regiatildeo onde se encontra o dicromato jaacute no segundo

banho com 100 de aacutelcool isopropiacutelico a gelatina sofre

uma compressatildeo muito raacutepida e acaba reordenando a

rede cristalina neste ponto o dicromato jaacute foi

removido deixando apenas uma pequena esfera com

vaacutecuo em seu interior

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

5

1 Objetivos

Projeto de fiacutesica experimental que visa reproduzir imagens meacutetodos fotograacuteficos histoacutericos

como a ldquoimpressatildeo de carvatildeordquo e a fotografia Lippmann e o meacutetodo holograacutefico utilizando

placas de gelatina sensibilizada por dicromato de amocircnio produzidas no laboratoacuterio Aleacutem

disso visamos desenvolver uma maneira de gravar imagens como a de hologramas (o que

chamamos de holoimagens) a partir de luz branca utilizando o principio da fotografia

Lippman A proposta inovadora publicada pelo Prof Lunazzi em 1993 [1] sugere que a luz

proveniente de um objeto ao passar por uma rede de difraccedilatildeo e focalizada em uma placa

holograacutefica gera um espectro na placa O espectro gerado quando iluminado por uma fonte de

luz branca reconstroacutei a trajetoacuteria dos raios de luz que ao passarem pela rede de difraccedilatildeo

reproduz a imagem em relevo do objeto temos assim a holoimagem Se comprovarmos

experimentalmente a veracidade da proposta teremos uma grande inovaccedilatildeo nas pesquisas

sobre holografia

2 Teoria e Definiccedilotildees

Quando uma imagem eacute criada apresentada ou registrada em duas dimensotildees

elaboradas de tal forma a proporcionarem a ilusatildeo de terem trecircs dimensotildees satildeo

denominadas holografias poreacutem natildeo eacute apenas mais uma simples forma de visualizaccedilatildeo em 3

dimensotildees mas sim um processo de se codificar uma informaccedilatildeo e depois (atraveacutes do laser)

se recriar ldquointegralmenterdquo esta mesma informaccedilatildeo Criada em 1948 pelo huacutengaro Dennis

Gabor (mais tarde ganhador do Precircmio Nobel de Fiacutesica) que descobriu que quando uma luz

de coerecircncia ( capacidade de interferecircncia) adequada se encontra com a luz difratada ou

espalhada de um objeto eacute possiacutevel gravar tanto a informaccedilatildeo da fase como a amplitude

independente do material fotossensiacutevel responder somente agrave intensidade luminosa Sendo

assim a partir de um padratildeo de interferecircncia registrado era possiacutevel obter a imagem de um

objeto surgindo assim o holograma A holografia como imagem tridimensional

somente foi realizada pela primeira vez nos anos 60 com a utilizaccedilatildeo do laser e hoje em dia eacute

utilizada pela fiacutesica como uma sofisticada teacutecnica fotograacutefica de anaacutelise de materiais ou de

armazenamento de dados isto eacute usada dentro da pesquisa cientiacutefica no estudo de materiais

desenvolvimento de instrumentos oacutepticos criaccedilatildeo de redes de difraccedilatildeo etc Na aacuterea da

induacutestria tem aplicaccedilotildees no controle de qualidade de materiais e na seguranccedila na forma de

selos de autenticidade Na tecnologia da informaccedilatildeo testa-se o uso de hologramas como uma

forma oacuteptica de armazenamento de dados

A holografia tambeacutem eacute utilizada na aacuterea da comunicaccedilatildeo como um mostrador de alto impacto

visual o que resultou no seu uso comercial como elemento promocional Jaacute nas artes visuais

diversos artistas a usam como uma forma de expressatildeo Os pioneiros da holografia no Brasil

foram o Prof Joseacute Lunazzi da UNICAMP que fez os primeiros hologramas a partir de 1974

e a primeira exibiccedilatildeo brasileira em 1981 Fernando Catta-Preta que exibiu hologramas de

Lunazzi e outros em 1984 motivando a Moyseacutes Baumstein a realizar hologramas o que fez

com muita qualidade apresentando inclusive na Bienal de 1985

A primeira exposiccedilatildeo de hologramas no Brasil foi organizada por Ivan Isola em novembro

1980 no pavilhatildeo da Bienal em Satildeo Paulo com hologramas trazidos da Europa Lunazzi fez a

6

primeira exposiccedilatildeo com hologramas feitos no Brasil em 1981 em Campinas montando um

conjunto completo de hologramas e experimentos de oacuteptica ondulatoacuteria na Reuniatildeo Anual da

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia-SBPC em julho de 1982

Moyseacutes Baumstein montou um laboratoacuterio em Satildeo Paulo dirigido agrave produccedilatildeo artiacutestica e

comercial ele desenvolveu teacutecnicas proacuteprias que resultaram em hologramas de grande

impacto e qualidade chegando a produzir hologramas estampados que apareciam aderidos ateacute

em cadernos escolares Seu laboratoacuterio esteve em atividade de 1983 agrave 2007

Tendo em vista o aperfeiccediloamento da geraccedilatildeo de imagens em trecircs dimensotildees utilizando luz

branca Joseacute J Lunazzi se dedicou a criaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas de holoprojeccedilatildeo

sobre uma tela difrativa chamada de tela holograacutefica [Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by

a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de

Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds

7-11591 pOTI 5a 1200] No ano 1984 olhando fotografias no cataacutelogo de uma exposiccedilatildeo de

hologramas alematilde Lunazzi descobre que um holograma comum gera pela luz branca um

espectro correspondente a cada ponto do objeto que eacute tatildeo mais largo quanto maior a

profundidade da posiccedilatildeo desse ponto objeto Resulta assim a codificaccedilatildeo da profundidade

pela difraccedilatildeo porque acontece natildeo apenas no holograma como em qualquer imagem difratada

[13]

21 Holografia

O holograma eacute uma reconstruccedilatildeo perfeita de um objeto isso ocorre por que o filme

holograacutefico registra a luz refletida pelo objeto de forma a manter a fase e a amplitude da luz

Na informaccedilatildeo de imagem destaca Lunazzi oque interessa da fase eacute oque estaacute relacionado

com a inclinaccedilatildeo dos raios Desta forma no filme holograacutefico natildeo fica registrado a imagem

mais um padratildeo de interferecircncia que quando iluminado faraacute a luz ser difratada de forma a

reconstruir a imagem do objeto Entretanto para que seja possiacutevel gravar um holograma de-

vemos utilizar uma fonte de luz coerente assim conseguimos gravar as informaccedilotildees da ampli-

tude e da fase Mas o filme somente responde a intensidade luminosa e para transformar a

informaccedilatildeo da fase em amplitude utilizamos uma frente de onda que chamamos de frente de

onda de referecircncia Podemos ver na Figura 1 a gravaccedilatildeo do padratildeo de interferecircncia das duas

frentes de ondas a do objeto e a referencia

Figura 1 (a) Gravaccedilatildeo de um holograma num filme holograacutefico fazendo a interferecircncia da onda objeto ldquoardquo

com a onda referecircncia ldquoArdquo (b) Esquema de chegada das ondas e montagem experimental

7

22 Fotografia e Efeito Lippmann

[9]

O Fiacutesico francecircs Gabriel Lippmann (1845 - 1921) eacute o inventor de um processo inicial de que

resultou a primeira fotografia colorida permanente que em 1908 lhe rendeu um Precircmio Nobel

de Fiacutesica Lippmann baseado na produccedilatildeo de ondas luminosas estacionaacuterias [Sears F W

ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206] um ano

depois publicou um novo meacutetodo para fotografia a cores Usando uma placa

transparente com uma camada de nitrato de prata (AgNO3) gelatina e brometo de potaacutessio

(KBr) em uma emulsatildeo muito semelhante a um filme holograacutefico Sobre a emulsatildeo colocava-

se uma peliacutecula refletora de mercuacuterio assim a luz era exposta dentro de uma cacircmera

fotograacutefica de forma que a face do vidro seja iluminada e face onde se encontra a emulsatildeo

estivesse em contato com a superfiacutecie refletora O resultado pode ser visto abaixo em fotos

tiradas haacute mais de cem anos

Figura 2 fotos de (a) paisagem (b) periquito de 1891 e (c) cesta de frutas tiradas com o meacutetodo

Figura 3 Gravaccedilatildeo de uma imagem pelo meacutetodo de Lippmann

8

23 Holoimagens

Definimos uma holoimagem como uma imagem volumeacutetrica produzida com a utilizaccedilatildeo

de uma tela holograacutefica Possui paralaxe contiacutenua mas diferente de um holograma onde a

imagem estaacute registrada permanentemente no filme uma holoimagem acontece sem o registro

ela eacute produzida atraveacutes de uma projeccedilatildeo sobre a tela Poreacutem como discutido na referencia [1]

sabemos que a fotografia atraveacutes de uma rede de difraccedilatildeo gera um borratildeo colorido na imagem

difratada e diz Lunazzi que pode ser demonstrado que o processo de codificaccedilatildeo pela

difraccedilatildeo faz com que para cada comprimento de onda temos uma perspectiva diferente do

objeto que eacute o que eacute oferecido ao observador na decodificaccedilatildeo Projetando uma imagem

difratada sobre uma tela holograacutefica cada espectro que representa um ponto vai posicionar a

luz no espaccedilo na posiccedilatildeo exata onde o ponto objeto estaacute ou estava na cena original O

experimento crucial foi feito usando como objeto o filamento de uma lacircmpada de tungstecircnio

que por traacutes de uma rede de difraccedilatildeo de plaacutestico lanccedilava sua luz para ser difratada e

projetada por uma lente sobre uma tela difrativa recriando ampliada a cena original [14]

A perfeiccedilatildeo do resultado deu a visatildeo clara da perfeiccedilatildeo do fenocircmeno como eacute exemplificado

nas imagens abaixo

Figura 4a fotografia de uma imagem de difraccedilatildeo

Figura 4b Uma fonte de luz branca de difusa foi adicionada a partir do lado da peliacutecula fotograacutefica

Figura 4c Reproduccedilatildeo do caminho inverso de produccedilatildeo

9

Figura 5a Representaccedilatildeo dos dois pontos da imagem em 3D por meio de uma tela de difraccedilatildeo

Figura 5b Mistura de raios devido agrave insuficiente selectividade cromaacutetica

Assim se conseguirmos gerar uma reconstruccedilatildeo luminosa que conserve a informaccedilatildeo do

comprimento de onda e percorra o caminho inverso dos raios do objeto teremos uma imagem

semelhante a holograacutefica

A Fotografia Lippmann eacute de fundamental importacircncia no processo pois esta teacutecnica reproduz

fielmente os comprimentos de onda Em uma fotografia convencional natildeo se observa o

mesmo efeito O processo de registro de holofotografia foi realizado com um experimento

baacutesico como descrito nos trabalhos de Vannucci [7] e Ferreira [15]

No entanto natildeo houve registro disso e o Prof Lunazzi o estaacute repetindo para poder demonstraacute-

lo e publicaacute-lo

24 Impressatildeo de Carbono

Uma impressatildeo de carbono eacute uma impressatildeo fotograacutefica de uma imagem em uma

placa de gelatina pigmentada A impressatildeo em carbono eacute baseada no fato de que a gelatina

quando sensibilizados agrave luz por um dicromato fica endurecida e insoluacutevel em aacutegua quando

expostos agrave luz ultravioleta Devido agrave insensibilidade comparativa do material de luz solar ou

outra fonte forte de luz UV eacute normalmente utilizado a fim de minimizar o tempo de exposiccedilatildeo

requerido Para fazer uma impressatildeo full-color trecircs negativos fotografados atraveacutes vermelho

verde e filtros azuis satildeo impressos em dicromato sensibilizados folhas de gelatina pigmentada

10

(tradicionalmente chamado de tecido de carbono independentemente do pigmento

incorporado) contendo respectivamente pigmentos ciano e magenta e amarelo Eles satildeo

revelados em aacutegua quente que se dissolve a gelatina natildeo endurecida deixando uma imagem

de relevo colorido que eacute mais espessa onde recebeu o maior exposiccedilatildeo As trecircs imagens satildeo

entatildeo transferidos um de cada vez sobre um suporte final tal como uma folha pesada de

gelatina-lisa tamanho de papel Geralmente a imagem amarela eacute transferida primeiro entatildeo a

imagem magenta eacute aplicado em cima dela sendo tomado muito cuidado para sobrepocirc-la em

registo exato e entatildeo a imagem ciano eacute similarmente aplicada Uma quarta camada de

pigmento preto chave eacute adicionado agraves vezes como em processos de impressatildeo mecacircnica

para melhorar a definiccedilatildeo de borda e mascarar qualquer matiz de cores falsas nas aacutereas

escuras da imagem mas natildeo eacute um componente tradicional A impressatildeo final resultante se

composto de vaacuterias camadas e em cores ou ter apenas uma camada preto e branco apresenta

uma muito ligeira baixo-relevo e efeito uma variaccedilatildeo de textura em sua superfiacutecie as duas

caracteriacutesticas distintivas de uma coacutepia carbono O processo eacute demorado e trabalhoso Cada

coacutepia de carbono de cor requer trecircs ou quatro ida e volta na cacircmara escura para criar a

impressatildeo final No entanto este investimento de tempo e esforccedilo pode criar impressotildees de

qualidade visual excelente e permanecircncia de arquivo comprovada

25 Modelos para descrever como ocorre o registro na DCG [7]

Inicialmente temos que a gelatina eacute um poliacutemero complexo essencialmente formado

por proteiacutenas (colaacutegeno) Digamos que as moleacuteculas da gelatina se apresentam na forma de

fios capazes de serem dobrados sobre si mesmo ou de desenrolar dependendo do meio em

que se encontram Quando dissolvemos a gelatina e aquecemos temos que as suas proteiacutenas

se desenrolam e ligam-se entre si formando uma rede cristalina capaz de gelificar uma

quantidade muito grande de aacutegua com poucas moleacuteculas

Figura 6 O colaacutegeno formado por trecircs

cadeias em heacutelice Apoacutes dissolvido natildeo

volta mais a se enrolar e acaba

estabelecendo novas ligaccedilotildees entre si

Assim podemos dizer que o gel formado eacute

principalmente composto por aacutegua uma fez que 10g de

gelatina consegue gelificar cinco decilitros de aacutegua

Agora acrescentando o dicromato de amocircnio

(NH4Cr2O7) nessa estrutura cristalina podemos supor

que a sua distribuiccedilatildeo seja homogecircnea e quando o

dicromato de potaacutessio eacute exposto a luz ele se sensibiliza

e se desprende da rede cristalinaQuando submetemos agrave

emulsatildeo a revelaccedilatildeo a base de 50 de aacutelcool

isopropiacutelico a gelatina se expande muito e rompe na

regiatildeo onde se encontra o dicromato jaacute no segundo

banho com 100 de aacutelcool isopropiacutelico a gelatina sofre

uma compressatildeo muito raacutepida e acaba reordenando a

rede cristalina neste ponto o dicromato jaacute foi

removido deixando apenas uma pequena esfera com

vaacutecuo em seu interior

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

6

primeira exposiccedilatildeo com hologramas feitos no Brasil em 1981 em Campinas montando um

conjunto completo de hologramas e experimentos de oacuteptica ondulatoacuteria na Reuniatildeo Anual da

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia-SBPC em julho de 1982

Moyseacutes Baumstein montou um laboratoacuterio em Satildeo Paulo dirigido agrave produccedilatildeo artiacutestica e

comercial ele desenvolveu teacutecnicas proacuteprias que resultaram em hologramas de grande

impacto e qualidade chegando a produzir hologramas estampados que apareciam aderidos ateacute

em cadernos escolares Seu laboratoacuterio esteve em atividade de 1983 agrave 2007

Tendo em vista o aperfeiccediloamento da geraccedilatildeo de imagens em trecircs dimensotildees utilizando luz

branca Joseacute J Lunazzi se dedicou a criaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas de holoprojeccedilatildeo

sobre uma tela difrativa chamada de tela holograacutefica [Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by

a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de

Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds

7-11591 pOTI 5a 1200] No ano 1984 olhando fotografias no cataacutelogo de uma exposiccedilatildeo de

hologramas alematilde Lunazzi descobre que um holograma comum gera pela luz branca um

espectro correspondente a cada ponto do objeto que eacute tatildeo mais largo quanto maior a

profundidade da posiccedilatildeo desse ponto objeto Resulta assim a codificaccedilatildeo da profundidade

pela difraccedilatildeo porque acontece natildeo apenas no holograma como em qualquer imagem difratada

[13]

21 Holografia

O holograma eacute uma reconstruccedilatildeo perfeita de um objeto isso ocorre por que o filme

holograacutefico registra a luz refletida pelo objeto de forma a manter a fase e a amplitude da luz

Na informaccedilatildeo de imagem destaca Lunazzi oque interessa da fase eacute oque estaacute relacionado

com a inclinaccedilatildeo dos raios Desta forma no filme holograacutefico natildeo fica registrado a imagem

mais um padratildeo de interferecircncia que quando iluminado faraacute a luz ser difratada de forma a

reconstruir a imagem do objeto Entretanto para que seja possiacutevel gravar um holograma de-

vemos utilizar uma fonte de luz coerente assim conseguimos gravar as informaccedilotildees da ampli-

tude e da fase Mas o filme somente responde a intensidade luminosa e para transformar a

informaccedilatildeo da fase em amplitude utilizamos uma frente de onda que chamamos de frente de

onda de referecircncia Podemos ver na Figura 1 a gravaccedilatildeo do padratildeo de interferecircncia das duas

frentes de ondas a do objeto e a referencia

Figura 1 (a) Gravaccedilatildeo de um holograma num filme holograacutefico fazendo a interferecircncia da onda objeto ldquoardquo

com a onda referecircncia ldquoArdquo (b) Esquema de chegada das ondas e montagem experimental

7

22 Fotografia e Efeito Lippmann

[9]

O Fiacutesico francecircs Gabriel Lippmann (1845 - 1921) eacute o inventor de um processo inicial de que

resultou a primeira fotografia colorida permanente que em 1908 lhe rendeu um Precircmio Nobel

de Fiacutesica Lippmann baseado na produccedilatildeo de ondas luminosas estacionaacuterias [Sears F W

ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206] um ano

depois publicou um novo meacutetodo para fotografia a cores Usando uma placa

transparente com uma camada de nitrato de prata (AgNO3) gelatina e brometo de potaacutessio

(KBr) em uma emulsatildeo muito semelhante a um filme holograacutefico Sobre a emulsatildeo colocava-

se uma peliacutecula refletora de mercuacuterio assim a luz era exposta dentro de uma cacircmera

fotograacutefica de forma que a face do vidro seja iluminada e face onde se encontra a emulsatildeo

estivesse em contato com a superfiacutecie refletora O resultado pode ser visto abaixo em fotos

tiradas haacute mais de cem anos

Figura 2 fotos de (a) paisagem (b) periquito de 1891 e (c) cesta de frutas tiradas com o meacutetodo

Figura 3 Gravaccedilatildeo de uma imagem pelo meacutetodo de Lippmann

8

23 Holoimagens

Definimos uma holoimagem como uma imagem volumeacutetrica produzida com a utilizaccedilatildeo

de uma tela holograacutefica Possui paralaxe contiacutenua mas diferente de um holograma onde a

imagem estaacute registrada permanentemente no filme uma holoimagem acontece sem o registro

ela eacute produzida atraveacutes de uma projeccedilatildeo sobre a tela Poreacutem como discutido na referencia [1]

sabemos que a fotografia atraveacutes de uma rede de difraccedilatildeo gera um borratildeo colorido na imagem

difratada e diz Lunazzi que pode ser demonstrado que o processo de codificaccedilatildeo pela

difraccedilatildeo faz com que para cada comprimento de onda temos uma perspectiva diferente do

objeto que eacute o que eacute oferecido ao observador na decodificaccedilatildeo Projetando uma imagem

difratada sobre uma tela holograacutefica cada espectro que representa um ponto vai posicionar a

luz no espaccedilo na posiccedilatildeo exata onde o ponto objeto estaacute ou estava na cena original O

experimento crucial foi feito usando como objeto o filamento de uma lacircmpada de tungstecircnio

que por traacutes de uma rede de difraccedilatildeo de plaacutestico lanccedilava sua luz para ser difratada e

projetada por uma lente sobre uma tela difrativa recriando ampliada a cena original [14]

A perfeiccedilatildeo do resultado deu a visatildeo clara da perfeiccedilatildeo do fenocircmeno como eacute exemplificado

nas imagens abaixo

Figura 4a fotografia de uma imagem de difraccedilatildeo

Figura 4b Uma fonte de luz branca de difusa foi adicionada a partir do lado da peliacutecula fotograacutefica

Figura 4c Reproduccedilatildeo do caminho inverso de produccedilatildeo

9

Figura 5a Representaccedilatildeo dos dois pontos da imagem em 3D por meio de uma tela de difraccedilatildeo

Figura 5b Mistura de raios devido agrave insuficiente selectividade cromaacutetica

Assim se conseguirmos gerar uma reconstruccedilatildeo luminosa que conserve a informaccedilatildeo do

comprimento de onda e percorra o caminho inverso dos raios do objeto teremos uma imagem

semelhante a holograacutefica

A Fotografia Lippmann eacute de fundamental importacircncia no processo pois esta teacutecnica reproduz

fielmente os comprimentos de onda Em uma fotografia convencional natildeo se observa o

mesmo efeito O processo de registro de holofotografia foi realizado com um experimento

baacutesico como descrito nos trabalhos de Vannucci [7] e Ferreira [15]

No entanto natildeo houve registro disso e o Prof Lunazzi o estaacute repetindo para poder demonstraacute-

lo e publicaacute-lo

24 Impressatildeo de Carbono

Uma impressatildeo de carbono eacute uma impressatildeo fotograacutefica de uma imagem em uma

placa de gelatina pigmentada A impressatildeo em carbono eacute baseada no fato de que a gelatina

quando sensibilizados agrave luz por um dicromato fica endurecida e insoluacutevel em aacutegua quando

expostos agrave luz ultravioleta Devido agrave insensibilidade comparativa do material de luz solar ou

outra fonte forte de luz UV eacute normalmente utilizado a fim de minimizar o tempo de exposiccedilatildeo

requerido Para fazer uma impressatildeo full-color trecircs negativos fotografados atraveacutes vermelho

verde e filtros azuis satildeo impressos em dicromato sensibilizados folhas de gelatina pigmentada

10

(tradicionalmente chamado de tecido de carbono independentemente do pigmento

incorporado) contendo respectivamente pigmentos ciano e magenta e amarelo Eles satildeo

revelados em aacutegua quente que se dissolve a gelatina natildeo endurecida deixando uma imagem

de relevo colorido que eacute mais espessa onde recebeu o maior exposiccedilatildeo As trecircs imagens satildeo

entatildeo transferidos um de cada vez sobre um suporte final tal como uma folha pesada de

gelatina-lisa tamanho de papel Geralmente a imagem amarela eacute transferida primeiro entatildeo a

imagem magenta eacute aplicado em cima dela sendo tomado muito cuidado para sobrepocirc-la em

registo exato e entatildeo a imagem ciano eacute similarmente aplicada Uma quarta camada de

pigmento preto chave eacute adicionado agraves vezes como em processos de impressatildeo mecacircnica

para melhorar a definiccedilatildeo de borda e mascarar qualquer matiz de cores falsas nas aacutereas

escuras da imagem mas natildeo eacute um componente tradicional A impressatildeo final resultante se

composto de vaacuterias camadas e em cores ou ter apenas uma camada preto e branco apresenta

uma muito ligeira baixo-relevo e efeito uma variaccedilatildeo de textura em sua superfiacutecie as duas

caracteriacutesticas distintivas de uma coacutepia carbono O processo eacute demorado e trabalhoso Cada

coacutepia de carbono de cor requer trecircs ou quatro ida e volta na cacircmara escura para criar a

impressatildeo final No entanto este investimento de tempo e esforccedilo pode criar impressotildees de

qualidade visual excelente e permanecircncia de arquivo comprovada

25 Modelos para descrever como ocorre o registro na DCG [7]

Inicialmente temos que a gelatina eacute um poliacutemero complexo essencialmente formado

por proteiacutenas (colaacutegeno) Digamos que as moleacuteculas da gelatina se apresentam na forma de

fios capazes de serem dobrados sobre si mesmo ou de desenrolar dependendo do meio em

que se encontram Quando dissolvemos a gelatina e aquecemos temos que as suas proteiacutenas

se desenrolam e ligam-se entre si formando uma rede cristalina capaz de gelificar uma

quantidade muito grande de aacutegua com poucas moleacuteculas

Figura 6 O colaacutegeno formado por trecircs

cadeias em heacutelice Apoacutes dissolvido natildeo

volta mais a se enrolar e acaba

estabelecendo novas ligaccedilotildees entre si

Assim podemos dizer que o gel formado eacute

principalmente composto por aacutegua uma fez que 10g de

gelatina consegue gelificar cinco decilitros de aacutegua

Agora acrescentando o dicromato de amocircnio

(NH4Cr2O7) nessa estrutura cristalina podemos supor

que a sua distribuiccedilatildeo seja homogecircnea e quando o

dicromato de potaacutessio eacute exposto a luz ele se sensibiliza

e se desprende da rede cristalinaQuando submetemos agrave

emulsatildeo a revelaccedilatildeo a base de 50 de aacutelcool

isopropiacutelico a gelatina se expande muito e rompe na

regiatildeo onde se encontra o dicromato jaacute no segundo

banho com 100 de aacutelcool isopropiacutelico a gelatina sofre

uma compressatildeo muito raacutepida e acaba reordenando a

rede cristalina neste ponto o dicromato jaacute foi

removido deixando apenas uma pequena esfera com

vaacutecuo em seu interior

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

7

22 Fotografia e Efeito Lippmann

[9]

O Fiacutesico francecircs Gabriel Lippmann (1845 - 1921) eacute o inventor de um processo inicial de que

resultou a primeira fotografia colorida permanente que em 1908 lhe rendeu um Precircmio Nobel

de Fiacutesica Lippmann baseado na produccedilatildeo de ondas luminosas estacionaacuterias [Sears F W

ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206] um ano

depois publicou um novo meacutetodo para fotografia a cores Usando uma placa

transparente com uma camada de nitrato de prata (AgNO3) gelatina e brometo de potaacutessio

(KBr) em uma emulsatildeo muito semelhante a um filme holograacutefico Sobre a emulsatildeo colocava-

se uma peliacutecula refletora de mercuacuterio assim a luz era exposta dentro de uma cacircmera

fotograacutefica de forma que a face do vidro seja iluminada e face onde se encontra a emulsatildeo

estivesse em contato com a superfiacutecie refletora O resultado pode ser visto abaixo em fotos

tiradas haacute mais de cem anos

Figura 2 fotos de (a) paisagem (b) periquito de 1891 e (c) cesta de frutas tiradas com o meacutetodo

Figura 3 Gravaccedilatildeo de uma imagem pelo meacutetodo de Lippmann

8

23 Holoimagens

Definimos uma holoimagem como uma imagem volumeacutetrica produzida com a utilizaccedilatildeo

de uma tela holograacutefica Possui paralaxe contiacutenua mas diferente de um holograma onde a

imagem estaacute registrada permanentemente no filme uma holoimagem acontece sem o registro

ela eacute produzida atraveacutes de uma projeccedilatildeo sobre a tela Poreacutem como discutido na referencia [1]

sabemos que a fotografia atraveacutes de uma rede de difraccedilatildeo gera um borratildeo colorido na imagem

difratada e diz Lunazzi que pode ser demonstrado que o processo de codificaccedilatildeo pela

difraccedilatildeo faz com que para cada comprimento de onda temos uma perspectiva diferente do

objeto que eacute o que eacute oferecido ao observador na decodificaccedilatildeo Projetando uma imagem

difratada sobre uma tela holograacutefica cada espectro que representa um ponto vai posicionar a

luz no espaccedilo na posiccedilatildeo exata onde o ponto objeto estaacute ou estava na cena original O

experimento crucial foi feito usando como objeto o filamento de uma lacircmpada de tungstecircnio

que por traacutes de uma rede de difraccedilatildeo de plaacutestico lanccedilava sua luz para ser difratada e

projetada por uma lente sobre uma tela difrativa recriando ampliada a cena original [14]

A perfeiccedilatildeo do resultado deu a visatildeo clara da perfeiccedilatildeo do fenocircmeno como eacute exemplificado

nas imagens abaixo

Figura 4a fotografia de uma imagem de difraccedilatildeo

Figura 4b Uma fonte de luz branca de difusa foi adicionada a partir do lado da peliacutecula fotograacutefica

Figura 4c Reproduccedilatildeo do caminho inverso de produccedilatildeo

9

Figura 5a Representaccedilatildeo dos dois pontos da imagem em 3D por meio de uma tela de difraccedilatildeo

Figura 5b Mistura de raios devido agrave insuficiente selectividade cromaacutetica

Assim se conseguirmos gerar uma reconstruccedilatildeo luminosa que conserve a informaccedilatildeo do

comprimento de onda e percorra o caminho inverso dos raios do objeto teremos uma imagem

semelhante a holograacutefica

A Fotografia Lippmann eacute de fundamental importacircncia no processo pois esta teacutecnica reproduz

fielmente os comprimentos de onda Em uma fotografia convencional natildeo se observa o

mesmo efeito O processo de registro de holofotografia foi realizado com um experimento

baacutesico como descrito nos trabalhos de Vannucci [7] e Ferreira [15]

No entanto natildeo houve registro disso e o Prof Lunazzi o estaacute repetindo para poder demonstraacute-

lo e publicaacute-lo

24 Impressatildeo de Carbono

Uma impressatildeo de carbono eacute uma impressatildeo fotograacutefica de uma imagem em uma

placa de gelatina pigmentada A impressatildeo em carbono eacute baseada no fato de que a gelatina

quando sensibilizados agrave luz por um dicromato fica endurecida e insoluacutevel em aacutegua quando

expostos agrave luz ultravioleta Devido agrave insensibilidade comparativa do material de luz solar ou

outra fonte forte de luz UV eacute normalmente utilizado a fim de minimizar o tempo de exposiccedilatildeo

requerido Para fazer uma impressatildeo full-color trecircs negativos fotografados atraveacutes vermelho

verde e filtros azuis satildeo impressos em dicromato sensibilizados folhas de gelatina pigmentada

10

(tradicionalmente chamado de tecido de carbono independentemente do pigmento

incorporado) contendo respectivamente pigmentos ciano e magenta e amarelo Eles satildeo

revelados em aacutegua quente que se dissolve a gelatina natildeo endurecida deixando uma imagem

de relevo colorido que eacute mais espessa onde recebeu o maior exposiccedilatildeo As trecircs imagens satildeo

entatildeo transferidos um de cada vez sobre um suporte final tal como uma folha pesada de

gelatina-lisa tamanho de papel Geralmente a imagem amarela eacute transferida primeiro entatildeo a

imagem magenta eacute aplicado em cima dela sendo tomado muito cuidado para sobrepocirc-la em

registo exato e entatildeo a imagem ciano eacute similarmente aplicada Uma quarta camada de

pigmento preto chave eacute adicionado agraves vezes como em processos de impressatildeo mecacircnica

para melhorar a definiccedilatildeo de borda e mascarar qualquer matiz de cores falsas nas aacutereas

escuras da imagem mas natildeo eacute um componente tradicional A impressatildeo final resultante se

composto de vaacuterias camadas e em cores ou ter apenas uma camada preto e branco apresenta

uma muito ligeira baixo-relevo e efeito uma variaccedilatildeo de textura em sua superfiacutecie as duas

caracteriacutesticas distintivas de uma coacutepia carbono O processo eacute demorado e trabalhoso Cada

coacutepia de carbono de cor requer trecircs ou quatro ida e volta na cacircmara escura para criar a

impressatildeo final No entanto este investimento de tempo e esforccedilo pode criar impressotildees de

qualidade visual excelente e permanecircncia de arquivo comprovada

25 Modelos para descrever como ocorre o registro na DCG [7]

Inicialmente temos que a gelatina eacute um poliacutemero complexo essencialmente formado

por proteiacutenas (colaacutegeno) Digamos que as moleacuteculas da gelatina se apresentam na forma de

fios capazes de serem dobrados sobre si mesmo ou de desenrolar dependendo do meio em

que se encontram Quando dissolvemos a gelatina e aquecemos temos que as suas proteiacutenas

se desenrolam e ligam-se entre si formando uma rede cristalina capaz de gelificar uma

quantidade muito grande de aacutegua com poucas moleacuteculas

Figura 6 O colaacutegeno formado por trecircs

cadeias em heacutelice Apoacutes dissolvido natildeo

volta mais a se enrolar e acaba

estabelecendo novas ligaccedilotildees entre si

Assim podemos dizer que o gel formado eacute

principalmente composto por aacutegua uma fez que 10g de

gelatina consegue gelificar cinco decilitros de aacutegua

Agora acrescentando o dicromato de amocircnio

(NH4Cr2O7) nessa estrutura cristalina podemos supor

que a sua distribuiccedilatildeo seja homogecircnea e quando o

dicromato de potaacutessio eacute exposto a luz ele se sensibiliza

e se desprende da rede cristalinaQuando submetemos agrave

emulsatildeo a revelaccedilatildeo a base de 50 de aacutelcool

isopropiacutelico a gelatina se expande muito e rompe na

regiatildeo onde se encontra o dicromato jaacute no segundo

banho com 100 de aacutelcool isopropiacutelico a gelatina sofre

uma compressatildeo muito raacutepida e acaba reordenando a

rede cristalina neste ponto o dicromato jaacute foi

removido deixando apenas uma pequena esfera com

vaacutecuo em seu interior

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

8

23 Holoimagens

Definimos uma holoimagem como uma imagem volumeacutetrica produzida com a utilizaccedilatildeo

de uma tela holograacutefica Possui paralaxe contiacutenua mas diferente de um holograma onde a

imagem estaacute registrada permanentemente no filme uma holoimagem acontece sem o registro

ela eacute produzida atraveacutes de uma projeccedilatildeo sobre a tela Poreacutem como discutido na referencia [1]

sabemos que a fotografia atraveacutes de uma rede de difraccedilatildeo gera um borratildeo colorido na imagem

difratada e diz Lunazzi que pode ser demonstrado que o processo de codificaccedilatildeo pela

difraccedilatildeo faz com que para cada comprimento de onda temos uma perspectiva diferente do

objeto que eacute o que eacute oferecido ao observador na decodificaccedilatildeo Projetando uma imagem

difratada sobre uma tela holograacutefica cada espectro que representa um ponto vai posicionar a

luz no espaccedilo na posiccedilatildeo exata onde o ponto objeto estaacute ou estava na cena original O

experimento crucial foi feito usando como objeto o filamento de uma lacircmpada de tungstecircnio

que por traacutes de uma rede de difraccedilatildeo de plaacutestico lanccedilava sua luz para ser difratada e

projetada por uma lente sobre uma tela difrativa recriando ampliada a cena original [14]

A perfeiccedilatildeo do resultado deu a visatildeo clara da perfeiccedilatildeo do fenocircmeno como eacute exemplificado

nas imagens abaixo

Figura 4a fotografia de uma imagem de difraccedilatildeo

Figura 4b Uma fonte de luz branca de difusa foi adicionada a partir do lado da peliacutecula fotograacutefica

Figura 4c Reproduccedilatildeo do caminho inverso de produccedilatildeo

9

Figura 5a Representaccedilatildeo dos dois pontos da imagem em 3D por meio de uma tela de difraccedilatildeo

Figura 5b Mistura de raios devido agrave insuficiente selectividade cromaacutetica

Assim se conseguirmos gerar uma reconstruccedilatildeo luminosa que conserve a informaccedilatildeo do

comprimento de onda e percorra o caminho inverso dos raios do objeto teremos uma imagem

semelhante a holograacutefica

A Fotografia Lippmann eacute de fundamental importacircncia no processo pois esta teacutecnica reproduz

fielmente os comprimentos de onda Em uma fotografia convencional natildeo se observa o

mesmo efeito O processo de registro de holofotografia foi realizado com um experimento

baacutesico como descrito nos trabalhos de Vannucci [7] e Ferreira [15]

No entanto natildeo houve registro disso e o Prof Lunazzi o estaacute repetindo para poder demonstraacute-

lo e publicaacute-lo

24 Impressatildeo de Carbono

Uma impressatildeo de carbono eacute uma impressatildeo fotograacutefica de uma imagem em uma

placa de gelatina pigmentada A impressatildeo em carbono eacute baseada no fato de que a gelatina

quando sensibilizados agrave luz por um dicromato fica endurecida e insoluacutevel em aacutegua quando

expostos agrave luz ultravioleta Devido agrave insensibilidade comparativa do material de luz solar ou

outra fonte forte de luz UV eacute normalmente utilizado a fim de minimizar o tempo de exposiccedilatildeo

requerido Para fazer uma impressatildeo full-color trecircs negativos fotografados atraveacutes vermelho

verde e filtros azuis satildeo impressos em dicromato sensibilizados folhas de gelatina pigmentada

10

(tradicionalmente chamado de tecido de carbono independentemente do pigmento

incorporado) contendo respectivamente pigmentos ciano e magenta e amarelo Eles satildeo

revelados em aacutegua quente que se dissolve a gelatina natildeo endurecida deixando uma imagem

de relevo colorido que eacute mais espessa onde recebeu o maior exposiccedilatildeo As trecircs imagens satildeo

entatildeo transferidos um de cada vez sobre um suporte final tal como uma folha pesada de

gelatina-lisa tamanho de papel Geralmente a imagem amarela eacute transferida primeiro entatildeo a

imagem magenta eacute aplicado em cima dela sendo tomado muito cuidado para sobrepocirc-la em

registo exato e entatildeo a imagem ciano eacute similarmente aplicada Uma quarta camada de

pigmento preto chave eacute adicionado agraves vezes como em processos de impressatildeo mecacircnica

para melhorar a definiccedilatildeo de borda e mascarar qualquer matiz de cores falsas nas aacutereas

escuras da imagem mas natildeo eacute um componente tradicional A impressatildeo final resultante se

composto de vaacuterias camadas e em cores ou ter apenas uma camada preto e branco apresenta

uma muito ligeira baixo-relevo e efeito uma variaccedilatildeo de textura em sua superfiacutecie as duas

caracteriacutesticas distintivas de uma coacutepia carbono O processo eacute demorado e trabalhoso Cada

coacutepia de carbono de cor requer trecircs ou quatro ida e volta na cacircmara escura para criar a

impressatildeo final No entanto este investimento de tempo e esforccedilo pode criar impressotildees de

qualidade visual excelente e permanecircncia de arquivo comprovada

25 Modelos para descrever como ocorre o registro na DCG [7]

Inicialmente temos que a gelatina eacute um poliacutemero complexo essencialmente formado

por proteiacutenas (colaacutegeno) Digamos que as moleacuteculas da gelatina se apresentam na forma de

fios capazes de serem dobrados sobre si mesmo ou de desenrolar dependendo do meio em

que se encontram Quando dissolvemos a gelatina e aquecemos temos que as suas proteiacutenas

se desenrolam e ligam-se entre si formando uma rede cristalina capaz de gelificar uma

quantidade muito grande de aacutegua com poucas moleacuteculas

Figura 6 O colaacutegeno formado por trecircs

cadeias em heacutelice Apoacutes dissolvido natildeo

volta mais a se enrolar e acaba

estabelecendo novas ligaccedilotildees entre si

Assim podemos dizer que o gel formado eacute

principalmente composto por aacutegua uma fez que 10g de

gelatina consegue gelificar cinco decilitros de aacutegua

Agora acrescentando o dicromato de amocircnio

(NH4Cr2O7) nessa estrutura cristalina podemos supor

que a sua distribuiccedilatildeo seja homogecircnea e quando o

dicromato de potaacutessio eacute exposto a luz ele se sensibiliza

e se desprende da rede cristalinaQuando submetemos agrave

emulsatildeo a revelaccedilatildeo a base de 50 de aacutelcool

isopropiacutelico a gelatina se expande muito e rompe na

regiatildeo onde se encontra o dicromato jaacute no segundo

banho com 100 de aacutelcool isopropiacutelico a gelatina sofre

uma compressatildeo muito raacutepida e acaba reordenando a

rede cristalina neste ponto o dicromato jaacute foi

removido deixando apenas uma pequena esfera com

vaacutecuo em seu interior

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

9

Figura 5a Representaccedilatildeo dos dois pontos da imagem em 3D por meio de uma tela de difraccedilatildeo

Figura 5b Mistura de raios devido agrave insuficiente selectividade cromaacutetica

Assim se conseguirmos gerar uma reconstruccedilatildeo luminosa que conserve a informaccedilatildeo do

comprimento de onda e percorra o caminho inverso dos raios do objeto teremos uma imagem

semelhante a holograacutefica

A Fotografia Lippmann eacute de fundamental importacircncia no processo pois esta teacutecnica reproduz

fielmente os comprimentos de onda Em uma fotografia convencional natildeo se observa o

mesmo efeito O processo de registro de holofotografia foi realizado com um experimento

baacutesico como descrito nos trabalhos de Vannucci [7] e Ferreira [15]

No entanto natildeo houve registro disso e o Prof Lunazzi o estaacute repetindo para poder demonstraacute-

lo e publicaacute-lo

24 Impressatildeo de Carbono

Uma impressatildeo de carbono eacute uma impressatildeo fotograacutefica de uma imagem em uma

placa de gelatina pigmentada A impressatildeo em carbono eacute baseada no fato de que a gelatina

quando sensibilizados agrave luz por um dicromato fica endurecida e insoluacutevel em aacutegua quando

expostos agrave luz ultravioleta Devido agrave insensibilidade comparativa do material de luz solar ou

outra fonte forte de luz UV eacute normalmente utilizado a fim de minimizar o tempo de exposiccedilatildeo

requerido Para fazer uma impressatildeo full-color trecircs negativos fotografados atraveacutes vermelho

verde e filtros azuis satildeo impressos em dicromato sensibilizados folhas de gelatina pigmentada

10

(tradicionalmente chamado de tecido de carbono independentemente do pigmento

incorporado) contendo respectivamente pigmentos ciano e magenta e amarelo Eles satildeo

revelados em aacutegua quente que se dissolve a gelatina natildeo endurecida deixando uma imagem

de relevo colorido que eacute mais espessa onde recebeu o maior exposiccedilatildeo As trecircs imagens satildeo

entatildeo transferidos um de cada vez sobre um suporte final tal como uma folha pesada de

gelatina-lisa tamanho de papel Geralmente a imagem amarela eacute transferida primeiro entatildeo a

imagem magenta eacute aplicado em cima dela sendo tomado muito cuidado para sobrepocirc-la em

registo exato e entatildeo a imagem ciano eacute similarmente aplicada Uma quarta camada de

pigmento preto chave eacute adicionado agraves vezes como em processos de impressatildeo mecacircnica

para melhorar a definiccedilatildeo de borda e mascarar qualquer matiz de cores falsas nas aacutereas

escuras da imagem mas natildeo eacute um componente tradicional A impressatildeo final resultante se

composto de vaacuterias camadas e em cores ou ter apenas uma camada preto e branco apresenta

uma muito ligeira baixo-relevo e efeito uma variaccedilatildeo de textura em sua superfiacutecie as duas

caracteriacutesticas distintivas de uma coacutepia carbono O processo eacute demorado e trabalhoso Cada

coacutepia de carbono de cor requer trecircs ou quatro ida e volta na cacircmara escura para criar a

impressatildeo final No entanto este investimento de tempo e esforccedilo pode criar impressotildees de

qualidade visual excelente e permanecircncia de arquivo comprovada

25 Modelos para descrever como ocorre o registro na DCG [7]

Inicialmente temos que a gelatina eacute um poliacutemero complexo essencialmente formado

por proteiacutenas (colaacutegeno) Digamos que as moleacuteculas da gelatina se apresentam na forma de

fios capazes de serem dobrados sobre si mesmo ou de desenrolar dependendo do meio em

que se encontram Quando dissolvemos a gelatina e aquecemos temos que as suas proteiacutenas

se desenrolam e ligam-se entre si formando uma rede cristalina capaz de gelificar uma

quantidade muito grande de aacutegua com poucas moleacuteculas

Figura 6 O colaacutegeno formado por trecircs

cadeias em heacutelice Apoacutes dissolvido natildeo

volta mais a se enrolar e acaba

estabelecendo novas ligaccedilotildees entre si

Assim podemos dizer que o gel formado eacute

principalmente composto por aacutegua uma fez que 10g de

gelatina consegue gelificar cinco decilitros de aacutegua

Agora acrescentando o dicromato de amocircnio

(NH4Cr2O7) nessa estrutura cristalina podemos supor

que a sua distribuiccedilatildeo seja homogecircnea e quando o

dicromato de potaacutessio eacute exposto a luz ele se sensibiliza

e se desprende da rede cristalinaQuando submetemos agrave

emulsatildeo a revelaccedilatildeo a base de 50 de aacutelcool

isopropiacutelico a gelatina se expande muito e rompe na

regiatildeo onde se encontra o dicromato jaacute no segundo

banho com 100 de aacutelcool isopropiacutelico a gelatina sofre

uma compressatildeo muito raacutepida e acaba reordenando a

rede cristalina neste ponto o dicromato jaacute foi

removido deixando apenas uma pequena esfera com

vaacutecuo em seu interior

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

10

(tradicionalmente chamado de tecido de carbono independentemente do pigmento

incorporado) contendo respectivamente pigmentos ciano e magenta e amarelo Eles satildeo

revelados em aacutegua quente que se dissolve a gelatina natildeo endurecida deixando uma imagem

de relevo colorido que eacute mais espessa onde recebeu o maior exposiccedilatildeo As trecircs imagens satildeo

entatildeo transferidos um de cada vez sobre um suporte final tal como uma folha pesada de

gelatina-lisa tamanho de papel Geralmente a imagem amarela eacute transferida primeiro entatildeo a

imagem magenta eacute aplicado em cima dela sendo tomado muito cuidado para sobrepocirc-la em

registo exato e entatildeo a imagem ciano eacute similarmente aplicada Uma quarta camada de

pigmento preto chave eacute adicionado agraves vezes como em processos de impressatildeo mecacircnica

para melhorar a definiccedilatildeo de borda e mascarar qualquer matiz de cores falsas nas aacutereas

escuras da imagem mas natildeo eacute um componente tradicional A impressatildeo final resultante se

composto de vaacuterias camadas e em cores ou ter apenas uma camada preto e branco apresenta

uma muito ligeira baixo-relevo e efeito uma variaccedilatildeo de textura em sua superfiacutecie as duas

caracteriacutesticas distintivas de uma coacutepia carbono O processo eacute demorado e trabalhoso Cada

coacutepia de carbono de cor requer trecircs ou quatro ida e volta na cacircmara escura para criar a

impressatildeo final No entanto este investimento de tempo e esforccedilo pode criar impressotildees de

qualidade visual excelente e permanecircncia de arquivo comprovada

25 Modelos para descrever como ocorre o registro na DCG [7]

Inicialmente temos que a gelatina eacute um poliacutemero complexo essencialmente formado

por proteiacutenas (colaacutegeno) Digamos que as moleacuteculas da gelatina se apresentam na forma de

fios capazes de serem dobrados sobre si mesmo ou de desenrolar dependendo do meio em

que se encontram Quando dissolvemos a gelatina e aquecemos temos que as suas proteiacutenas

se desenrolam e ligam-se entre si formando uma rede cristalina capaz de gelificar uma

quantidade muito grande de aacutegua com poucas moleacuteculas

Figura 6 O colaacutegeno formado por trecircs

cadeias em heacutelice Apoacutes dissolvido natildeo

volta mais a se enrolar e acaba

estabelecendo novas ligaccedilotildees entre si

Assim podemos dizer que o gel formado eacute

principalmente composto por aacutegua uma fez que 10g de

gelatina consegue gelificar cinco decilitros de aacutegua

Agora acrescentando o dicromato de amocircnio

(NH4Cr2O7) nessa estrutura cristalina podemos supor

que a sua distribuiccedilatildeo seja homogecircnea e quando o

dicromato de potaacutessio eacute exposto a luz ele se sensibiliza

e se desprende da rede cristalinaQuando submetemos agrave

emulsatildeo a revelaccedilatildeo a base de 50 de aacutelcool

isopropiacutelico a gelatina se expande muito e rompe na

regiatildeo onde se encontra o dicromato jaacute no segundo

banho com 100 de aacutelcool isopropiacutelico a gelatina sofre

uma compressatildeo muito raacutepida e acaba reordenando a

rede cristalina neste ponto o dicromato jaacute foi

removido deixando apenas uma pequena esfera com

vaacutecuo em seu interior

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

11

261 Aplicaccedilotildees da gelatina dicromatada na pesquisa de imagens

Temos aplicaccedilotildees na pesquisa de imagens tridimensionais e outras com interesse didaacutetico

1) Fotografia simples pela adiccedilatildeo de carvatildeo

Soubemos que nos primoacuterdios da fotografia coacutepias de negativos eram feitos

adicionando-se poacute de carvatildeo Produzimos entatildeo uma placa de gelatina dicromatada

com carvatildeo e expusemos agrave luz intensa de uma lacircmpada haloacutegena coberta por um

disco de metal A regiatildeo exposta da placa ficou mais escura mesmo antes da

revelaccedilatildeo que consistia simplesmente em lavar com aacutegua O Fato nos

surpreende e ainda o fato de obter com a placa sem secar um acircngulo onde a luz passa

pela parte escura e essa aparece brilhante

2) Fotografia Lippmann

Poderia ser feita mesmo que nunca tivesse sido realizada com gelatina dicromatada e

usando uma teacutecnica que Lunazzi aplica Essa teacutecnica consiste em substituir o

mercuacuterio por uma lacircmina plaacutestica espelhada na primeira superfiacutecie que eacute encostada na

gelatina Houveram algumas tentativas de reproduccedilatildeo no entanto natildeo foram bem

sucedidas

3) Hologramas didaacuteticos

Foram feitos usando laser de diodo emitindo na cor verde algo que natildeo foi reportado

antes no caso da gelatina dicromatada O laser emite verde porque converte a emissatildeo

infravermelha por meio de uma lacircmina de cristal que dobra a frequecircncia por efeito

natildeo-linear Alguns hologramas resultaram permanentes enquanto outros perdiam o

registro rapidamente sem conseguirmos estabelecer o motivo

3 Resultados Obtidos

Logo no primeiro mecircs de atividade apoacutes utilizarmos o luxiacutemetro CTLutron LX 101

(ldquoBaumsteinrdquo) constatamos que para fazer a fotografia Lippmann e a holoimagem o tempo

de exposiccedilatildeo seria muito longo Necessitariacuteamos entatildeo de uma fonte luminosa mais potente

do que aquela que temos no laboratoacuterio e ateacute o presente momento estamos em busca de uma

lacircmpada de xenocircnio com direcionalidade

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

12

Para o espectro natildeo houve sucesso por conta da fonte luminosa No entanto jaacute houve

registros anteriores desse sucesso pelo proacuteprio professor Lunazzi e estamos buscando repeti-

lo Para a fotografia Lippmann afim de facilitar o registro utilizamos na confecccedilatildeo de

algumas placas itens como guache em outras utilizamos corantes a base de aacutegua mas natildeo

obtivemos sucesso Nosso uacuteltimo passo foi utilizar um objeto com as cores azul vermelha e

verde para gravar seu espectro

Comeccedilamos a gravar hologramas com o auxiacutelio de um sistema com um laser verde

de 100 mW Expandimos seu feixe de luz com um fragmento de bola de natal de vidro

usando o interior como espelho de primeira superfiacutecie bem limpo conseguindo que o feixe

expandido alcance as placas de gelatina onde seria feito o registro como uma intensidade de

1880 plusmn 1 (x100) luxmetre A luz do feixe incidia a um de acircngulo de 45 plusmn 1ordm da placa de DCG

Produzimos seis placas de vidro (quadradas com 6mm de lado e 2mm de espessura)

por vez com 1plusmn 05mL de gelatina para cada placa anotando data e dados da produccedilatildeo Mais

pra frente passamos a consideraccedilatildeo tambeacutem a umidade relativa do ar pois constatamos que o

tempo de secagem e condiccedilotildees da placa diferiam se essas condiccedilotildees se alterassem

Utilizamos num primeiro dia seis placas de mesma produccedilatildeo para o registro do

logotipo da Unicamp Os dados encontram-se na tabela abaixo

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 20 plusmn 1 Houve um registro bem fraco logo

imaginamos que poderia ser pouco

tempo de exposiccedilatildeo

2

40 plusmn 1

Houve o registro de holograma fraco

entatildeo imaginamos que poderia ter sido

muito tempo de exposiccedilatildeo tambeacutem

por ter um registro acentuado do brilho

na faixa do vermelho

3

10 plusmn 1

Nesta o registro foi apenas na parte

com maior concentraccedilatildeo de gelatina

Supomos entatildeo que o problema

estivesse na quantidade de gelatina

depositada na placa

Tabela 1 Registro de placas gravadas

Refazendo as medidas verificamos que o feixe expandido pelo fragmento da bola de natal

natildeo estava focalizado na placa de gelatina de maneira que a intensidade luminosa que

alcanccedilava a placa era de apenas 25 (x100) luxmetre Arrumamos o foco do feixe de luz

alcanccedilando uma intensidade de 900 (x100) luxmetre e com isso deixamos uma placa

exposta por 10 plusmn 1 minutos O registro foi muito leve e grande parte do registro ficou nas

bordas onde a concentraccedilatildeo de gelatina era maior

Apoacutes estes experimentos com as placas de gelatina criamos uma questatildeo central que

passou a nortear nossas pesquisas sobre a concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas se quando o

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

13

depoacutesito era feito verificaacutevamos se o local onde estavam as placas era plano se natildeo

deslizavam e se acumulavam nas bordas Chegamos a algumas hipoacuteteses a respeito desses

fatos As hipoacuteteses que criamos para esta questatildeo foram a concentraccedilatildeo nas bordas poderia

ser efeito da diferenccedila de temperatura entre a gelatina e as placas outra resposta poderia ser

relacionada agrave maneira como a gelatina era depositada nas placas Logo observamos que o

controle ao maacuteximo da produccedilatildeo nos garantir uma uniformidade nas produccedilotildees aleacutem de saber

melhor onde estariam as falhas da produccedilatildeo

A primeira medida que tomamos com relaccedilatildeo a produccedilatildeo aleacutem do aumento de

gelatina

depositada para 150 plusmn 005 ml (ateacute entatildeo era de foi de 100 plusmn 005 ml) controlar as

temperaturas tanto das placas quanto da soluccedilatildeo de gelatina mantendo-a a 70 ordmC

Com as novas placas realizamos alguns registros mas natildeo obtivemos grande ecircxito Devido agrave

falta de uniformidade na gelatina nossos hologramas ficaram concentrados nas bordas e com

pouco brilho como pode ser visto na figura 8

Figura 7 Placa com gelatina dicromatada com concentraccedilatildeo de gelatina nas bordas e com registro de parte de

um holograma do logotipo da Unicamp

Com este problema de natildeo homogeneidade da gelatina na placa entatildeo comeccedilamos a

pesquisar se era realmente um problema de quantidade de gelatina na placa ou se poderia estar

ocorrendo outro problema Com isso fomos medir a espessura da gelatina nas placas que

registraram hologramas e nas que natildeo houve registro o que observamos eacute que na placa sem

registro estava abaixo do necessaacuterio para conseguir produzir hologramas e nas que houve

estavam dentro do limite Outro ponto foi que medimos a espessura da gelatina nas bordas e

novamente o que esperaacutevamos a espessura nestas regiotildees eram superiores das demais

Na parte da placa que natildeo houve registro suspeitamos que pode ter ocorrido

1 Queima na secagem com o secador de cabelo em alta temperatura

2 A gelatina natildeo estar homogecircnea na placa

3 A intensidade de luz do feixe refletido pelo espelho natildeo esteja chegando homogecircnea na

placa

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

14

Testamos uma nova placa deixando-a exposta por 22 plusmn 1 minutos afim de verificar a

homogeneidade do feixe de luz expandido pela lasca da bola de natal de vidro Mudamos o

modo de secagem ao inveacutes de usarmos o ar quente do secador utilizamos o ar frio e fizemos

o controle da umidade relativa do ar visto que a umidade afeta muito a gelatina jaacute que esta eacute

higroscoacutepica Entatildeo com base no trabalho de Iniciaccedilatildeo cientiacutefica de Jurandi Leatildeo com

orientaccedilatildeo de Maria Joseacute Pereira de Almeida Monteiro ldquoMedida da Umidade relativa do ar

com o uso de um psicrometrordquo (2005) construiacutemos um psicrocircmetro para controlar a umidade

no laboratoacuterio baseado em um sistema com dois termocircmetros (um com bulbo seco e outro

com bulbo uacutemido)

No primeiro dia que medimos a temperatura do laboratoacuterio era de 25 plusmn 1ordm C e a umidade

relativa do ar de 64 plusmn 1 No dia seguinte mediu-se novamente a temperatura e a umidade

relativa respectivamente 25 plusmn 1 ordmC e 78 plusmn 1 de umidade relativa do ar Verificamos que a

temperatura no laboratoacuterio fica em meacutedia a 24 plusmn 1ordmC e a umidade varia entre 88 plusmn 1 e 64 plusmn

1 ultrapassando os limites da umidade relativa do ar segundo os procedimentos de

produccedilatildeo que deve variar de 60 a 70

A gelatina industrial que estaacutevamos utilizando Grau USP marca JT BAKER Grau

USP acabou entatildeo com o objetivo de facilitar a produccedilatildeo das placas de gelatina para que

estas possam ser produzidas em casa e dentro de escolas baacutesicas e meacutedias puacuteblicas

resolvemos testar a produccedilatildeo da gelatina com uma gelatina comestiacutevel que podemos comprar

em supermercados ateacute o momento testamos com a marca da gelatina incolor da marca Dia

As proporccedilotildees e condiccedilotildees de produccedilatildeo foram as mesmas apenas criamos novos meacutetodos

para o controle mais eficaz das temperaturas da gelatina e das placas de vidro que

depositamos a gelatina ou seja enchemos uma bacia com aacutegua quente a 70 plusmn 1ordm C mantendo

a gelatina aquecida enquanto aquecemos as placas de vidro a esta temperatura tambeacutem Outra

modificaccedilatildeo foi na quantidade de gelatina depositadas nas placas aumentamos para 200 plusmn

005 ml

Apoacutes dois dias que as placas ficaram sobre uma superfiacutecie plana secando foram expostas

ao sistema de laser verde lasca da bola de natal de vidro com a imagem do logotipo da

Unicamp para ser feito o holograma a intensidade luminosa que foi medida pelo luxiacutemetro

do laboratoacuterio neste dia estava de 1363 plusmn 1 (x100) luxmetre Foram trecircs placas expostas

cujos dados encontram-se na tabela 2

Nuacutemero da placa Tempo de exposiccedilatildeo (min) Observaccedilotildees e Conclusotildees

1 18 plusmn 1 Houve registro acentuado na cor

vermelha (figura 9)

2

18 plusmn 1

Houve registro acentuado na cor

vermelha

3

18 plusmn 1

Houve registro poreacutem mais fraco que

nas duas outras placas

Tabela 2 Hologramas registrados

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

15

Figura 8 Placa 1 com registro do holograma do logotipo da Unicamp acentuado na cor vermelha

Com o objetivo de saber qual o efeito do verniz na conservaccedilatildeo da placa de gelatina

escolheu-se uma das placas com hologramas e passou-se verniz [figura 9]

Figura 9 Placa com gelatina com holograma envernizada com a dada de gravaccedilatildeo e nuacutemero da produccedilatildeo

marcados

E assim durante aproximadamente um mecircs analisou-se a diferenccedila entre as placas com

verniz e sem verniz O que observou foi que o verniz tende a conservar mais que as placas

sem verniz contudo como natildeo foi feito um registro do processo como um todo antes do

verniz e durante o tempo que o holograma permaneceu na placa ainda natildeo sabemos dizer

como o verniz influecircncia na conservaccedilatildeo do holograma nas placas de gelatina

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

16

Apoacutes a produccedilatildeo e o sucesso com a gelatina comestiacutevel fizemos mais duas novas

produccedilotildees uma com a gelatina comestiacutevel e com corante e a outra com a gelatina USP

(produzida pelo laboratoacuterio Synth e comercializada pela empresa Cial de Pauliacutenia) e corante

verde sob as mesmas condiccedilotildees e proporccedilotildees que foram realizadas da primeira produccedilatildeo com

gelatina comestiacutevel

Com estas placas natildeo conseguimos registro aleacutem de observarmos que a secagem no

procedimento que dizia ser de 12 h natildeo estava correta pelo menos para produccedilatildeo com

corante pois no dia seguinte quando jaacute havia completado mais de 20 h de sua produccedilatildeo as

placas ainda estavam uacutemidas prejudicando nossos registros Outra parte importante da nossa

produccedilatildeo era descobrir se haveria como substituir o aacutelcool isopropiacutelico o qual a venda no

Brasil eacute controlada devido agrave utilizaccedilatildeo destes para produccedilatildeo de acetona ligada diretamente a

narcoacuteticos Com isso buscamos utilizar o aacutelcool etiacutelico na revelaccedilatildeo e obtivemos sucesso

todavia apoacutes alguns dias que este ficou armazenado o registro de holograma desapareceu

Ainda estamos estudando qual a importacircncia e a diferenccedila entre os usos de aacutelcool nas

revelaccedilotildees Assim como o estamos estudando a possibilidade de mudar o dicromato de

amocircnio para uma substacircncia menos toacutexica e mais acessiacutevel ao puacuteblico em geral visto que

nosso maior objetivo eacute possibilitar que a produccedilatildeo de hologramas seja popularizada e natildeo se

restrinja a academia e conhecimento da induacutestria midiaacutetica

A produccedilatildeo seguinte de gelatina foi com poacute de carvatildeo que tinha sido obtido pelo Profordm Dr

Joseacute Joaquim Lunazzi em projeto do PIC ndash Jr ndash PRP ndash Unicamp no ano de 2012 queimando

materiais e recolhendo a fumaccedila e a gelatina USP no dia que a umidade relativa do ar

estava de 88 e a temperatura ambiente de 22ordm plusmn 1ordm C Produzimos seis placas (48 plusmn 05 cm)

com gelatina USP feita com carvatildeo (015 plusmn 001)g

e dicromato de amocircnio Seguimos os procedimentos das produccedilotildees anteriores A temperatura

da gelatina estava 73ordm plusmn 1ordm C e a temperatura das placas 70ordm plusmn 1ordm C Colocamos 200 plusmn 005 ml

de gelatina com carvatildeo Utilizamos uma placa desta produccedilatildeo com poacute de carvatildeo para registrar

uma fotografia da casinha em frente ao laboratoacuterio a intensidade luminosa estava de 54

(X100) luxmetre deixamos a placa exposta por 15 minutos Revelamos apenas com aacutegua

destilada por cinco minutos Todavia natildeo houve nenhum registro na placa na revelaccedilatildeo

apenas saiu o dicromato poreacutem o carvatildeo que era esperado que saiacutesse da placa tambeacutem natildeo foi

removido queimado

Com as dificuldades que estaacutevamos encontrando para fazer o registro de fotografia com a

luz solar entatildeo decidimos testar fotografar o perfil de uma moeda com uma luz branca

halogena conforme aproximamos a placa com a moeda da luz e a intensidade luminosa

aumentava o tempo de exposiccedilatildeo era diminuiacutedo As primeiras tentativas foram fracassadas

visto que ainda natildeo sabiacuteamos quanto tempo deixar Mas conforme acertamos isso

conseguimos o registro embora houvesse um fundo escuro que reduz o contraste Detectamos

um efeito no carvatildeo que ainda natildeo sabemos como explicar de brilho quando em certo

acircngulo na regiatildeo que eacute normalmente escura pois conservou o carvatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

17

Figura 10 Registro da fotografia com moeda antes de revelarmos

A intensidade luminosa devido a proximidade com a fonte luminosa era grande de maneira

que o luxiacutemetro natildeo leu tivemos que usar um filme atenuador de grau conhecido (40) para

conseguirmos medir Foi de 2225 (x100) luxmetre neste dia deixamos a placa exposta por

uma hora e meia

Figura 11 Registro da fotografia com moeda apoacutes revelarmos com data da gravaccedilatildeo

Apoacutes a secagem observamos que o efeito desaparece e mesmo se re-umidificarmos o efeito

natildeo retorna Sendo assim guardamos a placa em aacutegua (natildeo mergulhada apenas em ambiente

uacutemido para que a gelatina natildeo se solte) a fim de deixaacute-la uacutemida com isto o efeito natildeo

desaparece ao menos ateacute hoje desde o dia 24 de maio de 2012 o efeito tem se conservado ou

seja temos o brilho amarelado como segue na figura 12

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

18

Figura 12 Placa com gelatina dicromatada com carvatildeo com registro de um brilho amarelado aleacutem da fotografia

da moeda

Com o objetivo de estudarmos melhor os efeitos na placa de gelatina dicromatada e carvatildeo

registrando a fotografia de uma moeda testamos o que acontecia ao fotografarmos uma

moeda com uma gelatina sem conter carvatildeo apenas dicromatada Ou seja as placas que

utilizaacutevamos para o registro de hologramas observamos que houve o brilho amarelado mas

muito menos acentuado que na placa com carvatildeo Sendo assim ainda estamos a estudar e

observar qual os efeitos do carvatildeo no registro de fotografias

4 Consideraccedilotildees Finais

Realizamos hologramas de boa qualidade inclusive utilizando gelatina e aacutelcool domeacutesticos

mas com pouca certeza na reprodutibilidade dos resultados Em conversa com a professora

Dra Adriana do Instituto de Quiacutemica descobrimos que podemos utilizar alguns corantes na-

turais como suco de amora urucum e accedilaiacute iremos investigar a possibilidade de usaacute- los ao

inveacutes do dicromato de amocircnio que eacute canceriacutegeno e de descarte complicado

A falta de estabilidade na produccedilatildeo da gelatina estaacute dificultando a sua aplicaccedilatildeo no sistema

para registro de holoimagens Continuamos a investigar como uniformizar e garantir a melhor

qualidade na produccedilatildeo de placas de gelatinas de maneira que elas sejam mais eficazes nos

registros de fotografias holoimagens hologramas e imagens holograacuteficas Estamos com a

ideia de testar a produccedilatildeo da gelatina sem o dicromato para fazer a sensibilizaccedilatildeo oacutetica com o

dicromato depois poucas horas antes da exposiccedilatildeo

Natildeo temos avanccedilado na tentativa de realizar fotografia Lippmann Por fim ainda estamos

investigando os efeitos do carvatildeo sobre accedilatildeo de radiaccedilatildeo de luz e pretendemos fotografar em

diferentes acircngulos comparando os casos com e sem carvatildeo de maneira que o tempo de expo-

siccedilatildeo determinado automaticamente pela cacircmera (NIKON D3100) indique- nos o brilho rela-

tivo das placas Aleacutem de estarmos pesquisando como produzir placas de gelatina de maneira

caseira e possivelmente em escolas baacutesicas e meacutedias

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

19

5 Referecircncias

1 JJ Lunazzi ldquoWhiteLight Colour Photography for Rendering Holoimages in a Difractive

Screenrdquo Published in the Fourth International Conference on Holographic Systems

Components and Applications Neuchatel Switzerland 13-15 September 1993 (Conf Publ

No379) IEE London UK pp 153-6 1993 ( link httparxivorgftparxivpapers090409042598pdf)

2 Lunazzi J JldquoHoloprojection of images by a double diffraction processrdquo in ldquoOpt e Fis

Atocircmicardquo Proc of the XIV Encontro Nacional de Fiacutesica da Mateacuteria Condensada SBF

eds Caxambu-MG-BR VS Bagnto C H de Brito Cruz eds 7-11591 pOTI 5a 1200 (link httparxivorgftpphysicspapers05080508108pdf )

3 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra A Holo-television system

with a single plane Opt Lett 34533ndash5352009 (link httpwwwncbinlmnihgovpubmed19373365)

4 Sears F W ldquoFiacutesica ndash Oacutepticardquo Rio de Janeiro Livro Teacutecnico LTDA 1956 Paacuteginas 205-206

5 D S F Magalhatildees Construccedilatildeo de Telas Holograacuteficas e Aplicaccedilotildees PhD thesis

Universidade Estadual de Campinas 2009 (link

httpwebbififiunicampbrtesesapresentacaophpfilename=IF1411)

6 V Romero-Arellano C Solano y G Martiacutenez-Ponce Gelatina dicromatada modificada

para incrementar su resistencia a la humedad Revista Mexicana de Fiacutesica 52(2) 99-103

abril 2006 (link httpwwwejournalunammxrmfno522RMF52202pdf)

7 AL Vannucci JJ Lunazzi Gravaccedilao de Holoimagens a patir de um sistema que utiliza

redes de difraccedilatildeo e luz branca IFGW Unicamp ( link

)httpwwwprpunicampbrpibiccongressosxviicongressoresumos083245pdf)

8 Fundamentals of xecircnon arc lamps (link httpzeiss-

campusmagnetfsueduarticleslightsourcesxenonarchtml)

9 Biografia Gabriel Lippmann ( link

httpnobelprizeorgnobel_prizesphysicslaureates1908lippmann-biohtml e

httpmassardinfopdflippmann_massardpdf)

10 JJ Lunazzi Holophotography with a diffraction grating IFGW Unicamp (link

httparxivorgftpphysicspapers07030703264pdf)

11 TG Stankevicius JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de Holoimagens com Luz Branca IFGW

Unicamp (link

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_F895F

530_F590_F690_F895_2011_sem1TatyanaGLunazzi_RP2_F530pdf)

12 M L Halack JJ Lunazzi Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada

usando lacircmpadas haloacutegenas II IFGW Unicamp (link

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

20

httpwwwifiunicampbr~lunazziF530_F590_F690_F809_F895F530_F590_F690_

F895F530_F590_F690_F895_2012_sem1MairaL_Lunazzi-RF1_F590pdf)

13 Journal Of Optical Engineering nuacutemeros 1 e 2 1990

14 Relatoacuterio parcial da Disciplina Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica II F 690 de Maira Lavalhegas

Hallack Registros de imagens em gelatina dicromatada com carvatildeo

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2012

_sem2MairaL-Lunazzi_RP_F690pdf

15 Relatoacuterio parcial da disciplina de Instrumentaccedilatildeo para Pesquisa F530 de Henrique

Guilherme Ferreira Gravaccedilatildeo de holoimagens em gelatina dicromatada usando

lacircmpada haloacutegenas

httpwwwifiunicampbrvieF530_F590_F690_F895F530_F590_F690_F895_2011

_sem2HenriqueG-Lunazzi_RF1_F530pdf

16 J J Lunazzi D S F Magalhatildees N I R Rivera and R L Serra Imagem Tridimensional

Revista FAPESP 172 Junho de 2010 p 79 (link httprevistapesquisafapespbrwp-contentuploads201207078-079-172pdf )

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

21

Anexo I Procedimentos e Teacutecnicas [7]

Produccedilatildeo da DCG

As emulsotildees de gelatina dicromatada satildeo consideradas como um dos melhores meios para o

registro de hologramas de modulaccedilatildeo de fase Para produzirmos precisamos de

Emulsatildeo Revelador

Aacutegua Destilada

Gelatina Comercial Incolor em

poacute USP

Dicromato de Potaacutessio

(K2Cr2O7) ou Dicromato de

Amocircnio (NH4)2Cr2O7

Substratos de vidro

Aacutegua Destilada

Aacutelcool IsoPropiacutelico

Esmalte Transluacutecido (para

proteccedilatildeo da emulsatildeo apoacutes

revelado)

Preparaccedilatildeo da emulsatildeo sensiacutevel agrave luz

bull Para a fabricaccedilatildeo da emulsatildeo o laboratoacuterio deve estar agrave uma temperatura meacutedia de

20ordmC com umidade menor que 60 A gelatina dicromatada deve ser preparada num vidro

utilizando

aacutegua destilada gelatina comercial incolor numa proporccedilatildeo 10010 em pesos

1 Utilizando uma agitador magneacutetico com aquecimento aquecemos a aacutegua ateacute atingir

uma temperatura de aproximadamente de 70ordmC acrescentando gradualmente a gelatina ate

que seja dissolvida por completo durante um tempo de 30 minutos

2 Apoacutes dissolver a gelatina acrescentamos o dicromato de potaacutessio numa

concentraccedilatildeo equivalente a 09 do peso total da mistura precedente agitando a mistura

durante mais 10 minutos e retira-se finalmente o vidro com a mistura do agitador magneacutetico

3 Para a fabricaccedilatildeo das placas sensiacuteveis agrave luz a gelatina dicromatada ainda liacutequida

deve ser estendida uniformemente pelos substratos de vidro aquecidos a uma temperatura de

60degC

4 Os substratos foram colocados sobre uma mesa nivelada A gelatina dicromatada

deve ficar secando durante um periacuteodo de 12 horas antes de ser exposto A grossura dos

filmes sobre os substratos varia desde (50plusmn5) μm a (90plusmn5) μm

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo

22

Revelaccedilatildeo

bull Apoacutes expor os substratos submetemos imediatamente ao processo de revelaccedilatildeo sem

ter necessidade utilizar um quarto escuro

1 Este processo consiste em introduzir a emulsatildeo num recipiente que contenha 50 ml

aacutelcool isopropiacutelico e de 50 ml de aacutegua destilada por um tempo de 5 minutos sendo agitado

continuamente

2 Coloca se a emulsatildeo num recipiente que contenha 100 ml de aacutelcool Isopropiacutelico por

um tempo de 2 minutos sendo agitado continuamente

Secagem

Para a secagem utilizar um secador de cabelos situado agrave 15 cm do substrato durante um

tempo de 5 minutos Em atmosferas muito uacutemidas a gelatina absorve aacutegua do meio por isso

apoacutes a secagem deve se aplicar uma camada de esmalte transluacutecido Foi observado que

utilizando um secador profissional de maior potecircncia haacute aumento no brilho do holograma

apoacutes a revelaccedilatildeo