EXPLOSÕES - O perigo dos grãos

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EXPLOSES - O perigo dos gros

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Voltar EXPLOSES - O perigo dos gros Resduos podem afetar trabalhadores, meio-ambiente e comunidades Ary de S * Toda a atividade industrial em seu processo de transformao inicia para obter seus produtos de uma matria-prima. E atravs de processos industriais diversos, chegar ao produto manufaturado, porm o rendimento nunca de 100%, com um valor inicial da matria-prima o resultado no produto final menor, devido s perdas e eficincia do processo, sempre existiro resduos, e estes podem ser: slidos, lquidos ou gasosos, e ter caractersticas diversas, podendo afetar os trabalhadores envolvidos, bem como a comunidade vizinha, e at o meio ambiente, atravs das emisses do processo para o exterior. Os resduos gerados, sua destinao, o manuseio com as mquinas e equipamentos, a movimentao dentro da indstria, a chegada da matria prima, o envio das mercadorias ao mercado final, a nossa volta ao lar, implicam sempre numa srie de riscos, aos quais, aprendemos a conviver e s vezes o fazemos de forma automtica, como o caso do andar de bicicleta sobre duas rodas, dirigir um automvel, etc. Desta forma, podemos afianar que o ato de viver, sugere sempre uma sucesso de riscos, riscos maiores, riscos menores, riscos de grandes e de pequenas propores, se ao atravessar uma avenida movimentada, no observarmos o fluxo, poderemos ser atropelados, se nos expusermos a situaes de perigo, voluntria ou involuntariamente, e no observarmos as normas de segurana, olhar para os lados, poderemos sofrer suas conseqncias, sermos atropelados. Os esportes radicais, muitas vezes nos levam a emoes apenas, outras vezes levam a morte ou a mutilao. Para sobrevivermos no nosso cotidiano, precisamos sempre em nossas vidas, em casa, no trabalho, no lazer, estarmos atentos s normas, deixadas pelos nossos pais, mestres, supervisores, etc. Pois a observncia delas implica no sucesso e na nossa sobrevivncia aos riscos dirios que nos expomos. Desta forma, aqui nasce o conceito da segurana, e ns que somos um elo desta corrente, temos o dever de transmitir nossas experincias, e vocs o dever de pr em prtica os ensinamentos em seu cotidiano, para garantir sua sade, segurana, o retorno ao lar, a integridade de nossa fbrica,

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de nossas mquinas enfim a continuidade de nosso patrimnio. Como estamos em uma fbrica que dispe entre outros a receber, armazenar, transportar e transformar gros de cereais em produtos diversos e como a experincia, atravs da histria, nos legou conhecimentos de seus riscos e benefcios, passamos a enumer-los para seqnciar nosso trabalho.Neste item descrevemos os principais riscos de uma unidade de recepo, beneficiamento, armazenamento de gros e produo de raes balanceadas, incluindo ainda no contexto as fbricas de leos vegetais que tem o mesmo terminal de recepo que os referidos, porm em quantidades muito superiores que as de rao. O processo inicia com a chegada planta, dos caminhes graneleiros e ao descarregar seu produto sobre as moegas, produzem uma enorme nuvem de poeira, em condies e concentraes propicias a uma exploso. Havendo ainda o risco de doenas profissionais por inalao das mesmas, pois estas alm dos resduos normais de seu plantio podem conter resduos de produtos usados como defensivos na lavoura, alm das poeiras minerais. Se na condio de nuvem em suspenso, j h grande risco de exploso, quanto mais se estas poeiras estiverem em locais confinados, como ocorre nos corpos dos transportadores diversos, que por suas caractersticas funcionais, levam em seu bojo os ingredientes necessrios para a deflagrao de um sinistro, s que nestas condies, com danos muito superiores do que os de superfcie, pois uma exploso confinada, tem suas presses enormemente aumentadas para buscar seu equilbrio natural. Destruindo os tneis de concreto, localizados a vrios metros da superfcie e chegando a aflorar a superfcie do piso devido as grandes presses exercidas. Os secadores normalmente possuem sua matriz de aquecimento a fogo vivo, a lenha, sendo o risco uma constante neste setor, neles que geralmente se iniciam os incndios e exploses, e em face da elevada quantidade de material em seu interior, a extino muito difcil. Nos silos, o problema maior quanto ao risco de exploses confinadas em seu interior, quando das manutenes nas entre safras, quando os reparos necessrios so efetuados a solda ou maarico, pois a poeira interna normalmente movimentada pelas pessoas da manuteno, e sendo o silo uma pea fechada, suas exploses so tambm catastrficas para os internos. Outro problema nos silos reside em produtos da decomposio orgnica, ou resduos de produtos usados no controle de parasitas, estes formam gases altamente txicos

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e rapidamente fatais a quem os aspirar. Segurana - O trabalhador, no desempenho dirio de suas funes, num complexo industrial, est sujeito a uma srie de riscos inerentes a cada tipo de processo, todos devidamente catalogados, qualificados e quantificados, atravs da histria das CAT's, etc., hoje possvel conhecer com antecedncia, que riscos vo ocorrer em um novo empreendimento, e tambm possvel prever na fase do projeto a implantao das medidas de segurana necessrias ao desempenho das atividades laborais, em segurana. As seguranas devido ao manuseio das mquinas e equipamentos, desde sua fabricao at sua operao segura, esto enumeradas nas normas regulamentadoras do pas, as doenas ocupacionais que podem ocorrer nas atividades, tambm atravs da observncia contnua nos indicadores seguros do trabalho laboral. Os riscos como sabemos que dizem respeito aos trabalhadores, so, os fsicos, os qumicos, os biolgicos e os ergonmicos, que sero vistos no decorrer de nosso trabalho. O patrimnio industrial, um bem indisponvel para o trabalhador pois dele depende o seu sustento e de sua famlia, de sua eficincia, competitividade, segurana, portanto zelar por ela, estar sempre vigilantes e atentos, antes de ser uma necessidade uma obrigao que temos para com ns mesmos. Os complexos fabris, bem como os trabalhadores, tambm so solicitadas no cotidiano por riscos inerentes a sua especialidade. Da mesma forma que os riscos ocupacionais a que o trabalhador est exposto, so identificados e conhecidos, o empreendimento tambm tem histria, como vimos acima em algumas notcias publicadas, e atravs delas apreendemos a conviver seguramente com os riscos, atravs de constante viglia e da observncia das normas seguras do trabalho. Em nossa atividade industrial os principais riscos observados e catalogados, so os de incndios e exploses por poeiras em suspenso, so os que mais danos trazem ao patrimnio, com perdas irreparveis e incontveis dias de paralisao, perda de mercado, de competitividade, e o investimento necessrio para colocar novamente em operao o complexo, e as conseqncias psicolgicas que isto representa no futuro, sempre haver algum que participou ou assistiu a catstrofe e que ter dificuldade de conviver com ela novamente. O trabalhador no desempenho de suas atividades, esta sujeito aos riscos ocupacionais em funo de sua ocupao, que podem ser:

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Riscos fsicos - Rudo, iluminao, presses anormais, temperaturas extremas, frio ou calor, radiaes ionizantes e no ionizantes, incndios, e exploses.Nossa participao no evento prendeu-se os riscos de incndios e exploses. Riscos qumicos - So as contaminaes a que est sujeito o trabalhador quando exposto aos agentes presentes no processo e que ocupam seu ambiente ocupacional, vistos no prximo item deste trabalho.So os riscos causados principalmente pela exposio aos agentes emanados do processo de transformao como: poeiras, fumos, nvoas, bastante presentes nos processo de transformao do gro. Riscos biolgicos - Riscos por exposio a agentes biolgicos, em unidades de processamento com gentica, hospitais, laboratrios de anlises e de produo, em nosso caso veremos apenas os agentes decompositores causadores de gases venenosos, na rea dos cereais, temos a formao de H2S e CH4 pelos agentes biolgicos, em locais confinados. Toxicologia ambiental - Materiais pulverulentos (reduzidos a p), nvoas, gases ou vapores que se apresentam nas mais diversas atividades industriais, em funo de suas caractersticas fsico-qumicas podem apresentar alguns problemas de ordem legal e ocupacional. Sob o ponto de vista da sade ocupacional o p em suspenso, interagindo com os operrios envolvidos. Agentes poluentes: Poeiras - Partculas slidas geradas mecanicamente por manuseio, moagem, raspagem, esmerilhagem, impacto rpido, detonao, etc. de materiais orgnicos e inorgnicos como: pedras, carvo, madeira, gros, minrios e metais. As poeiras no tendem a flocular, a no ser sob ao de foras eletrostticas. Elas se depositam pela ao da gravidade. So encontradas em dimenses perigosas que vo de 0,5 a 10 m. So expressas em mppc (milhes de partculas por p cbico de ar ou mg/m3 de ar conforme mtodo a ser usado para deteco). Fumos - Partculas slidas de origem orgnica, geradas pela condensao do estado gasoso, geralmente aps volatizao de metais fundidos ou outros produtos e geralmente acompanhadas de uma reao qumica como a oxidao. So encontradas em dimenses que variam de 0,01 a 0,3 m. Os fumos floculam-se no ar. So expressos em mg/m3 de ar. Nvoa ou neblinas - Partculas lquidas em suspenso no ar, com dimenses que variam de 5 a 100 m., geradas pela condensao do estado gasoso para o lquido ou por

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disperso de um lquido, como por exemplo, a atomizao. So geralmente expressos em mg/m3 de ar. Gases - Molculas gasosas livres, sem forma, que ocupam todo o espao disponvel do recipiente ou ambiente que as contm. S podem ser liqefeitas ou solidificadas combinando-se uma grande presso com uma temperatura bastante reduzida. So expressos em ppm (partes de gs por milho de partes de ar) ou em mg/m3. Vapores - Forma gasosa de uma substncia que normalmente se encontra no estado lquido e que podem ser gaseificados aumentando a temperatura ou aumentando a presso. Tambm se expressa vapor em ppm ou mg/m3. Organismos vivos- Bactrias ou vrus em suspenso no ar, com dimenses de 0,001 a 15 m. As partculas expressas em micron (m) so as mais importantes no estudo da proteo contra aerodispersides. As menores de 10m de dimetro tm mais dificuldade para penetrar no sistema respiratrio. As menores de 5m so mais fceis de alcanar o alvolo pulmonar. Quando os pulmes so sadios, as partculas maiores de 5m de dimetro so expelidas pelo sistema respiratrio pela constante ao de limpeza do epitlio ciliado do sistema do sistema respiratrio superior. Mas no caso de uma exposio excessiva a poeiras de indivduos com o sistema respiratrio enfermo, a eficincia desta ao pode ser consideravelmente reduzida. O tipo de ao fisiolgica de um agente txico sobre o organismo depende da concentrao na qual est presente. Por exemplo, um vapor, numa determinada concentrao, pode exercer sua principal ao como anestsico, enquanto que uma menor concentrao do mesmo vapor pode, sem efeito anestsico, danificar o sistema nervoso, o sistema hematopotico, ou algum rgo visceral. Por esse motivo, impossvel, freqentemente, colocar-se um agente txico numa nica classe. Patty (Engenharia de Ventilao Industrial Cap. 3) sugere a seguinte classificao. Irritantes - So corrosivos vesicantes em sua ao. Tem essencialmente o mesmo efeito sobre homens e animais, e o fator concentrao muito mais importante que o fator tempo de exposio. Alguns irritantes representativos: Asfixiantes - Exercem sua ao interferindo com a oxidao dos tecidos. Podem ser divididos em simples e qumicos. - simples; gases inertes agem por diluio do oxignio atmosfrico: Monxido de carbono, etano, hlio, hidrognio, metano, nitrognio, xido nitroso.

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- qumicos, impedem o transporte de oxignio pelo sangue: Monxido de carbono, cianognio, cianeto de hidrognio, nitrobenzeno, sulfeto de hidrognio. Narcticos - Sua principal ao a anestsica, sem srios efeitos sistmicos, tendo ao sobre o SNC (Sistema Nervoso Central). So exemplos: hidrocarbonetos acetilnicos, hidrocarbonetos oleofnicos, ter etlico, hidrocarbonetos parafnicos, cetonas alifticas, lcoois alifticas. Txicos sistmicos - Materiais que causam danos a um ou mais rgos viscerais: a maioria dos hidrocarbonetos halogenados. Materiais que causam danos ao sistema hematopotico: benzeno, fenis, e em certo grau, o tolueno, xilol e naftaleno. Materiais que causam danos ao sistema nervoso: dissulfeto de carbono, lcool metlico, tiofeno. No metais txicos inorgnicos: compostos de arsnio, fsforo, selnio, enxofre e fluoretos. Material particulado no txico sistmico - Produzem doenas em local especfico do organismo: - Poeiras que produzem fibrose: slica, asbesto; - Poeiras inertes: carborundo, carvo. - Poeiras que causam reaes alrgicas: plen, madeira, resinas e outras poeiras orgnicas. Agentes que causam dano ao pulmo - So substncias que causam dano aos pulmes, incluindo aquelas que no causam nenhum tipo de ao irritante, tais como poeiras de asbesto, causadoras da fibrose. As poeiras que fazem parte deste grupo podem se tornar mais nocivas se contaminadas com bactrias ou fungos alergnicos, microtoxinas ou plens. Agentes genotxicos - So substncias que podem causar dano material gentico: tais substncias podem ser mutagnicas. Agentes mutagnicos - So substncias que podem causar mutaes. Uma mutao considerada como sendo qualquer modificao relativamente estvel no material gentico, DNA (cido Desoxiribonuclico). Muitas das substncias mutagnicas tambm podem dar origem a cncer (carcingenos) Carcingenos - So substncias que podem produzir cncer, que uma doena resultante do desenvolvimento de um tumor maligno e de sua invaso em tecidos vizinhos.Um tumor (neoplasma) caracteriza-se pelo crescimento do

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tecido, formando um grupo de clulas anormais no organismo. Um tumor maligno composto de clulas que se dividem e se dispersam atravs do organismo. Um tumor benigno aquele localizado e que no invade os tecidos vizinhos nem produz cncer. Agentes embriotxicos - So substncias capazes de induzir efeitos adversos na prognie durante o primeiro estgio da gravidez, ou seja, entre a concepo e a fase fetal. Agentes teratgenos - So substncias que, em doses que no apresentem toxicidade materna, podem causar danos no hereditrios na prognie. Estes danos podem levar ao aborto. Aps o nascimento, estes danos so denominados de mal formaes congnitas. Classificao das substncias por Toxicidade: No veneno - Substncias que no podem ser absorvidas pelos fludos do organismo. Venenos por concentrao - So substncias que produzem um efeito proporcional quantidade presente no organismo, num dado instante, podem ser: - fisicamente txicos: xido nitroso, ter etlico, narctico em geral.- farmacolgicamente txicos, compostos orgnicos fosforados (paration, pirazon, etc.) - fisiolgicamente txicos, causam anemia hemofiltica . Venenos crnicos - So substncias que, sempre que a concentrao nos fludos do organismo passar de um certo limite, causa um dano que no reparado antes da prxima absoro (tetracloreto de carbono com cirrose heptica). Venenos cumulativos - So substncias que se armazenam no organismo, quando acima do nvel de tolerncia no sangue (chumbo, flor, DDT). Venenos aditivos - So substncias tais, que cada molcula das mesmas que entra no organismo, produz efeito permanente, irreversvel: substncias cancergenas. Padres higinicos da inalao diria A sociedade, desde tempos imemoriais, impe a si prpria, certas restries. A princpio, tais restries eram de origem emprica e relacionavam-se mais diretamente a aspectos morais e ticos. A medida que as sociedades se tornaram mais complexas e sofisticadas, os esforos para a padronizao e restrio foram sendo mais freqentes, mais

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necessrios, e presumivelmente, menos empricos.No campo da sade pblica, diversos critrios tem sido utilizados para proteger o ser humano de exposies ambientais; entre elas podemos citar as que seguem. Categoria das substncias inaladas - Julgamentos devem ser feitos para determinar quais padres higinicos de inalao diria devem ser cuidadosamente observados, e quais podero ser excedidos quando for impraticvel ating-los. Esses julgamentos sero mais consistentes se for decidida, para cada substncia, qual a ao ofensiva que o padro est procurando evitar, ou proteger contra. As decises podem ser divididas, com base na natureza da resposta humana, nas nove categorias apresentadas a seguir: Toxicidade crnica - O mais perigoso efeito de algumas substncias um dano sistmico progressivo, cuja severidade aumenta, continuando a inalao. O benzeno, dissulfeto de carbono, tetracloreto de carbono e o chumbo so exemplos mais familiares. O menor padro para essas substncias deve ser uma concentrao que no produza efeito sobre qualquer trabalhador, e consideraes prticas no so suficientes para justificar inalao em excesso ao padro. necessria uma intensa superviso mdica para o uso seguro dessas substncias. O padro para substncias cronicamente txicas deve-se referir a uma concentrao mdia ponderada no tempo durante um dia de trabalho. Breves picos no so significativos, desde que no aumentem a mdia, Os efeitos mencionados causam patologias no ser humano em um prazo inferior a dois anos. Toxicidade aguda - Algumas substncias no produzem um dano progressivo com repetidas inalaes. O dano sistmico que elas podem causar resulta de uma excessiva inalao. Exemplos familiares so o monxido de carbono e o gs ciandrico. Os padres para substncias agudamente txicas devem ser interpretados do mesmo modo que para as substncias cronicamente txicas. So os efeitos produzidos por nica penetrao de um produto qumico nos fludos do organismo; 1 gole, 8 horas de inalao, at 24 horas em contato com a pele. Narcose (Anestesia em estado extremo) - As substncias desse grupo, em baixas concentraes, induzem acidentes por danificar o julgamento e atrasar o tempo de reao. Exemplos so o lcool etlico, o ter etlico e a gasolina. O menor padro para uma substncia narctica deve ser uma concentrao que no produz efeito detectvel sobre o julgamento e o tempo de reao aps oito horas de inalao. Deve referir-se a uma concentrao mdia existente durante algum aprecivel perodo de tempo, cuja durao pode ser estimada atravs dos dados de absoro e eliminao.

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Consideraes de praticabilidade no podem justificar inalao em excesso ao padro. Irritao - O mais perigoso efeito de algumas substncias a irritao. Os olhos, nariz, e garganta so irritados em baixas concentraes; os brnquios em concentraes maiores. Um edema pulmonar pode ser o resultado de inalao de concentraes extremas. Os aldedos, halognio e cidos so exemplos familiares. Substncias altamente odorferas podem ser consideradas nessa categoria. O menor padro para uma substncia irritante deve ser uma concentrao que detectvel, mas que no cause objeo irritativa para a maioria dos expostos durante uma substancial parte do dia de trabalho. O maior padro deve ser estabelecido numa concentrao que est bem abaixo daquela que possa danificar brnquios e pulmes, e que justificvel, quando forem impraticveis concentraes de menor padro. Padres para substncias irritantes devem se referir a concentraes para mesmo um breve perodo durante um dia de trabalho. Asfixia - Algumas substncias so inertes no organismo e podem causar dano somente por asfixia em concentraes extremamente altas, excluindo-se o oxignio da atmosfera. Exemplos so os refrigerantes florclorados. O menor padro para esses asfixiantes deve ser aquele que resulte de uma boa prtica de engenharia, como 1000 ppm, atualmente utilizado. As poeiras inertes incmodas podem ser colocadas nessa categoria e o padro de 15 mg/m3, parece ser um nvel adequado. O padro deve referir-se concentrao existente durante qualquer breve perodo, mas deve-se reconhecer que maiores concentraes so justificadas quando impraticvel manter o padro. Febre dos fumos - uma condio passageira causada por fumos metlicos. Um exemplo familiar o fumo de xido de zinco. O menor padro para um produtor de febre de fumos deve ser uma concentrao que no produzir aquela condio, e deve ser aplicada por um aprecivel perodo, como meia hora. Consideraes prticas no justificam que o padro seja ultrapassado. Pigmentao dos olhos - O mais importante efeito da quinona e da hidroquinona parece ser uma pigmentao da esclertica (membrana branca e fibrosa que reveste o globo ocular), que se desenvolve lentamente, podendo reduzir a acuidade visual, ou mesmo levar a cegueira. O menor padro para essas substncias deve ser uma concentrao que no produza pigmentao, aps anos de exposio, e deve referir-se concentrao mdia ponderada pelo tempo, durante um dia de trabalho. s vezes, por alguns poucos dias, condies prticas podem justificar que o padro seja ultrapassado.

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Cncer - Uma substncia razoavelmente bem conhecida como uma causa do cncer do trato respiratrio: trata-se da niquel-carbonila. At o momento parece provvel que a mnima exposio cancergena nunca ser definida. Em face disto, prudente estabelecer o padro zero, para uma substncia cancergena, e nenhuma considerao prtica pode justificar permisso para inalao de qualquer concentrao que seja evitvel. Alergia - Sabe-se que determinadas substncias sensibilizam uma aprecivel proporo dos trabalhadores expostos. Elas podem produzir perigos e ataques de asma, quando uma pessoa sensvel inala uma baixa concentrao. So exemplo a etilenodiamina e os dissocianatos. No momento, no h uma base racional experimental para definir uma concentrao que no sensibilizar um trabalhador sensvel. O controle da exposio a substncias alergnicas deve basear-se na medicina industrial. At que seja demonstrado que um grupo particular no inclui trabalhadores suscetveis, nenhuma considerao prtica pode justificar inalao de qualquer concentrao que seja evitvel. Toxicidade seletiva e associada: Seletiva - Agentes selecionados para danificar certas clulas, rgos e espcies e no outros, na mesma dosagem. So ex. os pesticidas planejados para matar insetos e no o homem: o DDT (DicloroDifenil-Tricloroetano) tem sua seletividade no tamanho do animal e no no peso. Associada - Quando houver mais que dois agentes no ambiente, podem ocorrer: efeitos independentes, efeitos aditivos, efeitos sinrgicos e efeitos antagnicos. Todas as vias naturais de penetrao dos agentes txicos no organismo retardam a entrada dos mesmos e exercem determinada ao seletiva. A penetrao somente ser instantnea, quando atingir diretamente a corrente sangnea, como nas leses de pele ou na aplicao de medicamentos atravs de injeo intravenosa. As propriedades fsicas e qumicas de cada composto determinam grandemente a via pela qual ocorre a exposio.Atravs de uma exposio ocupacional, os agentes txicos penetram no organismo do trabalhador, principalmente atravs da pele e pelos aparelhos respiratrios e digestivo; h possibilidade de penetrao, porm com importncia bastante secundria, atravs da mucosa (membrana que forra as cavidades do organismo e segrega muco), de outras cavidades do organismo como plpebras dos olhos, lbios da vulva, vagina, prepcio, nus, lbios, ou atravs da crnea, dos tmpanos e do orifcio urinrio.A pele o maior rgo do corpo humano.

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Representa 1/15 do seu peso, e constituda por 6,5% a 11% de gua. A pele prov o corpo com uma cobertura impermevel gua, que constituda por duas zonas distintas, uma mais externa, em contato com o meio ambiente, chamada epiderme, e a outra, conhecida como derme ou coriom, e por apndices cutneos, quais sejam, unhas, glndulas sudorparas, e unidades plo-sebceas (plos e glndulas sebceas). Sobre a epiderme, cuja espessura mdia de 0,1 mm., existe uma emulso superficial constituda por gordura e suor, que se torna espessa no vero e delgada no inverno. Essa emulso impede a entrada rpida de gua e de produtos qumicos solveis em gua, podendo ser danificada por sabo, solvente, lcali e gua quente. Abaixo desta emulso existe uma camada mais externa da epiderme, queratinizada (clulas mortas), que resiste a gua, aos cidos, ao ultravioleta e a danos fsicos, podendo ser danificada por lcali, detergentes, solventes, e ao prolongada de gua quente. A epiderme no possui capilares.Na derme encontramos os capilares, os plos, as glndulas sebceas e as glndulas sudorparas. Os orifcios dos plos permitem a entrada de produtos qumicos solveis em lipdeos, gorduras e leos.A pele normalmente uma barreira efetiva para a proteo dos tecidos que esto sob ela, e relativamente poucas substncias so absorvidas atravs dela, em quantidades perigosas. Contudo podem ocorrer envenenamentos fatais, por exposies breves de reas da pele, que no necessitam ser muito grandes. A pele, como via de contato, pode ser tambm importante quando penetrada por agentes extremamente txicos, projetados contra ela, ou que ingressam atravs de feridas abertas. Resumindo, quando um agente qumico pe-se em contato com a pele, pode ocorrer o que segue: A pele e a pelcula de suor e gordura que a cobre, podem atuar como uma barreira efetiva, que o agente no capaz de perturbar, danificar ou penetrar.O agente pode reagir com a superfcie da pele e causar uma irritao primria. O irritante primrio uma substncia que, se permanecer em contato com a epiderme em dose suficiente, produzir um efeito visvel sobre a mesma, no local de contato. Um irritante primrio afetar a pele de qualquer trabalhador de um modo quase idntico. A maioria dos irritantes primrios tem uma ao clnica direta sobre a ctis, atravs de um dos seguintes meios: A intoxicao por penetrao atravs do trato digestivo muito menos comum, j que a freqncia e o grau de contato com os agentes txicos depositados nas mos, alimentos e cigarros muito menor que na inalao. Por

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isso, somente substncias altamente txicas como o chumbo, o arsnico e o mercrio podem causar preocupaes neste sentido. O trato gastrointestinal pode ser visto como um tubo atravs do corpo, comeando na boca e terminando no nus. Apesar de estarem dentro do organismo, seus contedos esto essencialmente externos aos fludos do corpo (sangue e linfa). Por isso, os agentes txicos no trato gastrointestinal podem produzir um efeito na superfcie da mucosa que o reveste sendo absorvidos atravs dessa mucosa do trato gastrointestinal.Substncias solveis em gua como por exemplo, lcool e nitroglicerina podero ser absorvidas atravs da mucosa bucal, se permanecerem certo tempo na boca. Em condies normais, no h absoro atravs das mucosas da boca e do esfago, pois o tempo de permanncia de um agente txico, nessas pores do trato digestivo, muito curto.No estmago, o agente txico entra em contato com substncias estomacais preexistentes (partculas de alimento e mucinas gstricas ) e secrees (pepsina, lipase gstrica), alm do cido clordrico (PH 0-1). So absorvidos somente os parcialmente solveis em gua e a absoro ser tanto mais rpida quanto menos alimento houver no estmago.No duodeno, onde o PH varia de 12 a 14, dada presena de soda custica (Na OH) e sais biliares, os agentes txicos solveis em gua e cujas molculas no so grandes, podem ser absorvidos. A saponificao de substncias no duodeno pode levar a uma parcial assimilao das mesmas.No intestino grosso, as substncias solveis em gua podem ser absorvidas, e a ao de bactrias pode levar formao de molculas assimilveis.A via digestiva contribui, em forma passiva, para a ingesto de substncias txicas inaladas. A poro que se deposita na parte superior do trato respiratrio arrastada para cima pela ao ciliar, e posteriormente engolida, ingressando no organismo.Resumindo, a absoro de um txico pelo sangue, atravs do trato gastrointestinal baixa, devido aos seguintes fatores: Os alimentos e lquidos misturados com o txico, contribuem para dilu-lo, e reduzem a sua absoro, devido formao de material insolvel.O intestino possui certa seletividade que tende a impedir a assimilao de substncias, ou limitar a quantidade absorvida.Depois de ser absorvido pela corrente sangnea, o material txico vai diretamente ao fgado, que, metabolicamente altera, degrada e torna incua a maior parte das substncias.O trato respiratrio a via mais importante pela qual os agentes qumicos entram no organismo. A grande maioria das intoxicaes ocupacionais que afetam a estrutura interna do corpo ocasionada por se respirarem substncias contidas no ar. Essa substncias podem ficar retidas nos pulmes ou outras partes do trato respiratrio e podem afetar esse sistema, ou passar atravs

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dos pulmes a outras partes do organismo, levadas pelas clulas fagocitrias.A relativa enorme superfcie do pulmo (90 m2 de superfcie total e 70 m2 de superfcie alveolar), em conjunto com a superfcie capilar (140 m2), com seu fluxo sangneo contnuo, exerce uma ao extraordinria de absoro de determinadas substncias presentes no ar inspirado. Apesar dessa ao, existem diversas substncias industriais importantes que, mediante uma combinao firme com os componentes do tecido pulmonar, evitam sua solubilizao pelo sangue ou a reduo fagocitrias. Por exemplo, slica e berlio. Nesses casos de resistncia solubilizao ou remoo, pode-se apresentar irritao, inflamao, fibrose, alteraes malignas e sensibilizao alrgica. EXPLOSES Patrimnio - As indstrias que processam produtos que em alguma de suas fases se apresentem na forma de p, so indstrias de alto potencial de risco quanto a incndios e exploses, e devem, antes de sua implantao, efetuar uma anlise acurada dos mesmos e tomar as precaues cabveis, pois na fase de projeto as solues so mais simples e econmicas, porm as indstrias j implantadas, com o auxlio de um profissional competente, podero equacionar razoavelmente bem os problemas, minorando os riscos inerentes. Citamos algumas atividades industriais reconhecidamente perigosas quanto ao risco de incndios e exploses: indstrias de beneficiamento de produtos agrcolas, indstrias fabricantes de raes animais, indstrias alimentcias, indstrias metalrgicas, indstrias farmacuticas, indstrias plsticas, indstrias de beneficiamento de madeira e indstrias do carvo. Incndios - Os incndios ocorrem com todas as poeiras combustveis, porm, para que tal acontea necessrio que a quantidade de material combustvel seja muito grande, e as partculas, tenham pouco espao entre si, impedindo um contato direto e abundante com o oxignio do ar. As partculas devem, porm estar afastadas entre si, de maneira que apesar da existncia da fonte de ignio e da conseqente combusto local, no seja permitida a propagao instantnea do calor de combusto s partculas localizadas nas camadas mais internas, devido a insuficincia de ar. Desta forma, a queima se d por camadas, em locais onde poeiras estejam depositadas ao longo das jornadas de trabalho, ou numa das seguintes formas: empilhados, em camadas, armazenados em tulha, depsitos e outros. A ignio que ocorre em camadas, deve ser controlada com cuidado, para evitar que o material depositado em estruturas, tubulaes e locais de difcil visualizao e

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limpeza, sejam colocados em suspenso, formando a nuvem de poeira, que evoluir para exploso pois h no ambiente os fatores de deflagrao da mesma, isto fogo e energia. O incndio por camadas, outrossim de difcil extino, podendo prolongar-se por vrias horas aps sua extino. Exploses - Ocorrem freqentemente em unidades processadoras em referncia, onde as poeiras tenham propriedades combustveis; necessrio, porm que as mesmas estejam dispersas no ar e em concentraes adequadas. Isto ocorre em pontos das instalaes onde haja moagem, descarga, movimentao, transporte etc., desde que sem controle de exausto e desde que, obviamente existam os fatores desencadeantes. Ocorrem freqentemente processadas: em instalaes onde so

Farinhas de: trigo, milho, soja, cereais etc. Particulados: acar, arroz ch, cacau, couro, carvo, madeira, enxofre, magnsio, eletrometal (ligas). Exploses primrias e secundrias A poeira depositada ao longo do tempo nos mais diversos locais da planta industrial, quando agitada ou colocada em suspenso e na presena de uma fonte de ignio com energia suficiente para a primeira deflagrao, poder explodir, causando vibraes subseqentes pela onda de choque, isto far com que mais p depositado entre em suspenso e mais exploses aconteam, cada qual mais devastadora que a anterior, causando prejuzos irreversveis ao patrimnio, paradas no processo produtivo e o pior, vidas so ceifadas ou ficam alijadas de sua capacidade elaborativa com as conseqncias por todos conhecidas (incapacidades totais e permanentes). A mudana de incndio para exploso pode ocorrer facilmente, desde que poeiras depositadas nas cercanias do fogo, sejam agitadas, entrem em suspenso, ganhem concentrao mnima, e como o local j esta com os ingredientes necessrios, o prximo passo o desencadeamento das subseqentes exploses. Ao contrrio, se as poeiras em suspenso causarem uma exploso, as partculas de poeira que esto queimando saem da suspenso e espalham o fogo. Nestes termos os danos podem ser considervelmente maiores. As misturas combustveis finamente pulverizadas so, em geral muito perigosas. Os depsitos de poeira combustveis sobre vigas, sobre mquinas em torno dos locais de transferencia no transporte, so suscetveis de incendiar

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com chamas. Ao entrar em ignio, as poeiras combustveis suspensas no ar podem produzir fortes exploses. Por outra parte, se as poeiras so agentes oxidantes e se acumulam sobre superfcies combustveis, o processo de combusto se acelera consideravelmente no caso de incndio. Si se mistura um agente oxidante finamente pulverizado com outras poeiras combustveis, a violncia da exploso resultante ser muito mais grave que se faltasse tal agente oxidante. Para sufocar ou deter os incndios ou deflagraes de poeiras combustveis se empregam materiais inertes, tais como a pedra cal. Embora as exploses de poeiras se tenham contabilizado desde 1795 e os mtodos para controla-las tenham sido publicados, ainda hoje seguem produzindo graves acidentes. Em menos de uma semana, produziram-se importantes exploses em armazns de gros em dezembro de 1977, com 54 vitimas fatais. Nos meses seguintes foi contabilizado outras exploses com nmero adicional de mortes. Nuvem de p - A possibilidade da exploso de uma nuvem de p est condicionada pela dimenso de suas partculas, sua concentrao, as impurezas, a concentrao de oxignio e a potncia da fonte de ignio. As exploses de p se produzem Frequentemente em srie; muitas vezes a deflagrao inicial e muito pequena em quantidade, porm de suficiente intensidade para colocar o p das cercanias em suspenso, ou romper peas de mquinas ou instalaes dentro do edifcio, como os coletores de p, com o que se cria uma nuvem maior atravs do qual podem se propagar exploses secundarias. No raro, produzir-se uma srie de exploses que se propaguem de um edifcio a outro. O perigo de uma classe determinada de poeira est relacionado com sua facilidade de ignio e com a gravidade da exploso resultante. Para tal, foi criado nos E.U.A um equipamento experimental para testar poeiras explosivas, com sensores diversos para permitir conhecer as caractersticas das poeiras explosivas. A sensibilidade de ignio funo da temperatura de ignio e da energia necessria, enquanto que a gravidade de exploso vem determinada pela presso mxima de exploso e pela mxima velocidade de crescimento da presso. Para facilitar as comparaes dos dados de explosividade derivados dos ensaios mencionados, todos os resultados se relacionam com uma poeira de carvo conhecida de Pittsburg tomando uma amostra uma concentrao de 0,5 kg/ m3 , kg de p de carvo por m3 de ar, exceto dos ps metlicos.Quanto menor for a dimenso da partcula de p, mais fcil a nuvem entrar em ignio, visto ser maior a superfcie exposta por unidade de peso da matria (superfcie especfica). As dimenses da partcula influem tambm sobre a velocidade

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de crescimento da presso: para uma concentrao dada de p em peso, um p formado por partculas grossas mostra uma velocidade de aumento de presso mais baixa que o mesmo p fino. A concentrao mnima necessria para que haja exploso, a temperatura de ignio, e a energia necessria para ignio por sua vez diminuem ao diminuir a dimenso da partcula de p. Numerosos estudos indicam este efeito em grande variedade de poeiras.A dimenso do tamanho da partcula, faz aumentar tambm a capacidade eltrica das nuvens de p, ou seja o tamanho das cargas eltricas que se pode acumular na partcula da nuvem. Como a capacidade eltrica dos slidos funo de sua superfcie, a possibilidade que se produzam descargas eletrostticas de suficiente intensidade para colocar em ignio a nuvem de p, aumenta ao diminuir a dimenso mdia da partcula. Porm para que se produzam descargas eletrostticas se requer, entre outros, considerveis quantidades de p em grandes volumes com foras dieltricas relativamente altas e conseqentemente, longos perodos de relaxao. Devido as altas energias de ignio necessrias para incendiar a nuvem, em comparao com as que requerem os gases. A causa de uma exploso de p deve atribuir-se a outros fatores, a no ser que existam provas definitivas que demonstrem que esta foi a causa provvel. Como acontece com os vapores e os gases inflamveis, existe uma margem especfica de concentrao de p dentro do qual pode ocorrer a exploso.Os valores da concentrao podem expressar-se em peso por unidade de volume, embora ao no conhecer-se a dimenso da partcula da amostra, esta expresso pouco significativa. Os valores apresentados nas tabelas acima foram passados em uma peneira de malha 200 (partculas < ou = a 74 microns). Ao trocar o dimetro, se produziro variaes na concentrao mnima de exploso, esta se reduz ao diminuir o dimetro das partculas. A pureza da amostra, a concentrao de O2, a potncia da fonte de ignio, a turbulncia da nuvem e a uniformidade da disperso influem tambm nos limites inferiores de explosividade da nuvem (LIE). O limite superior de explosividade (LSE) das nuvens de p no foram determinados devido a dificuldades experimentais, tambm se questiona se ele existe para poeiras e do ponto de vista pratico sua utilidade duvidosa. As curvas que se obtm ao relacionar graficamente a Pmp. e a Vmp., com a concentrao, demonstram que estes valores so mnimos no limite inferior de explosividade e que depois aumentam at seu valor mximo ao dar-se a concentrao tima, em cujo ponto comeam a diminuir lentamente. Tambm se verifica que a Pmp. e a Vmp., no se do precisamente em igual concentrao. O efeito destrutivo se determina em primeiro lugar pela Vmp.

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Se observa que as exploses mais violentas se produzem com uma concentrao ligeiramente superior a necessria para que se tenha a reao com todo o oxignio que haja na atmosfera. A concentraes menores se gera menos calor e se criam menores presses de ponta. Com concentraes maiores das que causam exploses violentas, a absoro do calor pela poeira no queimada pode ser a razo que se produzam presses menores de exploso, que a mxima. Umidade - A umidade contida nas partculas de p faz aumentar a temperatura de ignio delas devido ao calor absorvido durante o aquecimento e a vaporizao da umidade. A umidade do ar tem pouco efeito sobre a deflagrao, depois que se produzir a ignio, existe porm uma relao direta entre o contedo de umidade, a energia mnima necessria para a ignio, a concentrao de exploso mnima, a Pmp., e a Vmp. Por exemplo, a temperatura de ignio do amido de milho pode aumentar at 50 C. com um aumento de umidade de 1,6 a 12,5%. Do ponto de vista pratico, a umidade no pode considerar-se como meio efetivo de preveno contra exploses, pois a maior parte das fontes de ignio, proporcionam energia suficiente para aquecer e evaporar a umidade que pode estar presente no p. Para que a umidade impea a exploso, o p deve estar encharcado. Corpos inertes - A presena de um slido inerte no p, reduz a combustividade do mesmo, pois absorve calor, porm a quantidade necessria para impedir a exploso considerada maior que as concentraes que possam ser encontradas ou toleradas como corpos estranhos ao processo. A adio de corpos inertes reduz a Vmp. E aumenta a concentrao mnima de p necessria para a exploso. Um exemplo a pulverizao de rocha nas minas de carvo para impedir as exploses dos ps-combustveis. Geralmente a pulverizao se faz na entrada das minas com uma concentrao de poeira de rocha de 65% da quantidade total do p. O gs inerte eficaz na preveno das exploses de ps, uma vez que dilui o O2 a uma concentrao muito baixa. Ao selecionar o gs inerte mais adequado, deve-se cuidar para que este no reacione com o p, o caso de certas poeiras metlicas que reacionan com o CO2 ou com o N2, neste caso deve usar-se o Hlio(He) ou Argnio (A). As variaes da concentrao do O2 afetam a facilidade de ignio das nuvens de p e suas presses de exploso. Ao diminuir a presso parcial de O2, a energia necessria para exploso aumenta, a temperatura, tambm, e as Pmp., diminuem. O tipo de gs inerte empregado como diluente para reduzir a concentrao do O2 tem um efeito

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aparentemente relacionado com a capacidade molar. A combusto do p se produz na superfcie das partculas. A velocidade de reao, portanto, depende do ntimo contato do p com o O2. Por este fato, o fator turbulncia propicia exploses mais violentas, que as em atmosferas mais tranqilas. A adio de uma pequena quantidade de gs inflamvel nuvem de p pe em ignio o aerossol resultante, reforando a violncia da exploso, sobretudo a baixas concentraes. As Vmp, resultantes so mais altas que as previsveis em condies normais. Sem contar o p, a frao restante do total do combustvel suspenso no ar, representada pelo vapor inflamvel, estaria por si s abaixo de seu (LIE). Em algumas operaes de secagem que impliquem na evaporao de uma substncia inflamvel extrada da poeira combustvel, se produzem exploses muito mais violentas que as consideradas apenas pelo vapor inflamvel. Tem acontecido ainda exploses em misturas de vapor inflamvel-p combustvel-ar em que a proporo da mistura de ar vapor estava abaixo do (LIE), ante tal situao necessrio prever medidas de proteo especial, tal como a diluio com gs inerte, utilizao de supressores de exploso, instalao de elementos de ventilao de grandes dimenses e a adoo de mtodos cuidadosamente estudados da eliminao da eletricidade esttica (aterramento). As nuvens de poeira podem incendiar-se pela ao de chamas abertas, luzes, produtos defumadores, arcos eltricos, filamentos incandescentes, fascas de frico, condutos de vapor de alta presso, e outras superfcies quentes, fascas eletrostticas, aquecimento espontneo, Solda e corte oxi-acetilnico, e fascas procedentes destas operaes. A maior parte das temperaturas necessrias para por em ignio as nuvens de p, que esto nas tabelas acima, situam-se entre 300 e 600 C. e a grande maioria das potncias, esto entre 10 e 40 milijoules. * Ary de S - Engenheiro Mecnico Especialista em Ventilao Industrial, Higiene do Trabalho e Segurana do Trabalho. Fonte: Revista Proteo 98

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