32
Exposio ocupacional interna a I131 em Medicina Nuclear Bernardo M Dantas Instituto de Radioproteção e Dosimetria CNEN XX Congresso Brasileiro de Fsica Mdica Rio de Janeiro RJ Brasil 1215 de Agosto de 2015

Exposição ocupacional interna a I131 em Medicina Nuclear · Exposição ocupacional interna a I131 em Medicina Nuclear Bernardo M Dantas Instituto de Radioproteção e Dosimetria

  • Upload
    lytuyen

  • View
    224

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Exposicao ocupacional interna a I131 em

Medicina Nuclear

Bernardo M Dantas

Instituto de Radioproteção e Dosimetria

CNEN

XX Congresso Brasileiro de Fisica Medica

Rio de Janeiro RJ Brasil 1215 de Agosto de 2015

Radioisótopos usados em Medicina

Reactor Radioisotopes

Bismuth-213, Chromium-51, Cobalt-60, Dysprosium-165, Erbium-169,

Holmium-166, Iodine-125, Iridium-192, Iron-59, Lead-212,

Lutetium-177, Molybdenum-99, Palladium-103, Phosphorus-32,

Potassium-42, Rhenium-186, Rhenium-188, Samarium-153,

Selenium-75, Sodium-24, Strontium-89, Technetium-99m, Xenon-133,

Ytterbium-169, Ytterbium-177, Yttrium-90

Cyclotron Radioisotopes

Carbon-11, Nitrogen-13, Oxygen-15, Fluorine-18: Cobalt-57,

Copper-64, Copper-67, Fluorine-18, Gallium-67, Gallium-68,

Germanium-68, Indium-111, Iodine-123,, Iodine-124, Krypton-81m,

Rubidium-81, Rubidium-82, Strontium-82, Thallium-201

Vias de incorporação

Ingestão => Maus hábitos de higiene no local de trabalho:Alimentação, fumo e maquiagem

Inalação

Elementos voláteis

(ex I-131)

Estudos realizados por Early e Miller et al estimam que até 3% da atividade de I-131 pode ser volatilizada dependendo do pH da solução (NCRP-124)

Uma pergunta:

- É necessário realizar monitoração interna emtrabalhadores de SMN?

Outra pregunta:

- É obrigatório???

BASES REGULATÓRIAS

ATUAIS

“For any worker who is normally employed in a controlled area, or

who occasionally works in a controlled area and may receive

significant occupational exposure, individual monitoring shall be

undertaken where appropriate, adequate and feasible.”

“Todo trabalhador empregado em área controlada ou que

ocasionalmente desempenha atividades em áreas controladas e que

pode estar sujeito a exposição ocupacional significante, deve ser

submetido a monitoração individual quando apropriado, adequado e

viável”

IAEA – BSS 115

Critério Específico

Possibilidade do IOE estar sujeito a uma dose efetiva anual

> 1 mSv

Como avaliar esta possibilidade?

Fator de decisão – dj (mSv)

Aj = Atividade manipulada durante 1 ano (Bq)

e(g)j = Coeficiente de dose por inalação (Sv/Bq)

fhs = Fator de segurança associado ao tipo de procedimento

fps = Fator de segurança associado ao sistema de proteção

dj = 10 . Ai . e(g)i . fhs . fps

j

jdD

Fator de Decisão – D (mSv)

Quando D > 1 mSv conclui-se que é

necessário implementar um Programa de

Monitoração Interna

Operações muito

simples em via

úmida

Fatores de segurança de manipulação - fhs

Bancada aberta

Capela com exaustão

Caixa de luvas

Fatores de segurança de proteção - fps

Caso Exemplo: Manipulação de I-131

•Atividade anual manipulada = 208 mCi ( 7,7 x 109 Bq)

• Procedimento via úmida (muito simples) => fhs = 0,1

• Manipulação capela com exaustão => fps = 0,1

Cenário de baixo risco relativo

Cálculo da menor atividade a partir da qual seria necessária a

implementação de um PMI

dj = 10 . Ai . e(g)i . fhs . fps

A = 1 / 10 . e(g)i . fhs . fps

13,5 mCi

Artigo apresentado no Congresso Mundial IRPA 2008

Uma proposta alternativa e menos restritiva

Instalações que apresentam maior risco de exposição

interna dos IOEs na área de Medicina Nuclear:

Produção de radiofármacos

Manipulação de I-131 para iodoterapia

Estudo preliminar sobre exposição interna a iodo-131

em Serviços de Medicina Nuclear

METODOLOGIA

• Foram monitorados 6 trabalhadores realizam fracionamento de fontes de I-131 para fins de iodoterapia

• Os valores de incorporação foram estimados com base em monitoração in vivo de tireoide

• A Incorporação e a Dose Efetiva foram estimadas supondo inalação de vapor de I-131

• A Dose Efetiva anual foi estimada supondo 1 exposição semanal durante 11 meses/ano

(Ref: LUCENA, Eder Augusto de, REBELO, A. M. O., ARAÚJO, Francisco de, SOUSA, Wanderson de Oliveira, DANTAS, Ana Letícia

Almeida, DANTAS, B. M., CORBO, R. Evaluation of internal exposure of nuclear medicine staff through in vivo and in vitro bioassay

techniques. Radiation Protection Dosimetry. , v.127, p.465 - 468, 2007.

Resultados de monitoração interna de iodo-131 em trabalhadores de

SMNs em Hospitais públicos no Rio de Janeiro

IOE Incorporação

(Bq)

Dose Efetiva

(mSv/Manipulação)

Dose Efetiva Anual

(mSv)

1 387 0,008 0,35

2 861 0,017 0,75

3 5930 0,119 5,24

4 426 0,009 0,40

5 591 0,012 0,53

6 78 0,002 0,09

Análise de aerossóis em SMN

QUESTÕES A SEREM CONSIDERADAS

• Grande variedade de radionuclídeos = várias técnicas necessárias

• Grande número de SMNs no Brasil (~ 340)

• Grande número de IOEs (~ 2500)

• Meias-vidas curtas = Necessidade de alta frequência de monitoração

• Dimensões continentais do Brasil

• Pequena oferta de Serviços de Monitoração Interna

X

Alternativas

Uso de equipamentos disponíveis nos SMN para aplicação emmonitoração ocupacional interna

APLICAÇÃO DE MONITORES

PORTÁTEIS PARA MONITORAÇÃO

INTERNA EM MEDICINA NUCLEAR

Salomão M. Oliveira, Ana Letícia A. Dantas e

Bernardo M. Dantas

Calibração dos equipamentos

Simulador de Tireoide - IRD

Simulador utilizado nas intercomparaçõesde medição in vivo de iodo-131 na tiroide

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

0 10 20 30 40 50

Fat

or

de

cali

bra

ção

(cp

m/B

q)

Distância (cm)

Tireóide-papel-preenchimento

ANSI

Picker

Frasco-pipeta

Comparação entre simuladores para obtenção de

fatores de calibração de iodo-131 na tireoide

Conclusões

• Estudos indicam que profissionais que manipulam I-131 para fins de terapia

estão sujeitos a incorporações que pode levar a doses anuais significativas.

• É economicamente inviável a aplicação da metodologia sugerida pela IAEA

no TECDOC RSG 1.2 e adotada na Posição Regulatória 3.01/005 da CNEN

como critério para implementação de Programas de Monitoração Interna em SMN

do Brasil

• É possível monitorar os profissionais utilizando os equipamentos disponíveis

nos próprios SMNs

• A calibração dos equipamentos disponíveis nos SMNs pode ser realizada com

simuladores de fácil obtenção

Obrigado pela atençã[email protected]