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E-mail: [email protected] | Cell: +258 845 784 731 | 875443871 Morada: Mulotana - Distrito de Boane, Matola- Moçambique Registo 03/Gabinfo-dec/2016 | Editor: Alexandre Mabasso Propriedade da Edições Preto e Branco Quinta-feira, 05 de Novembro de 2020 Assinaturas mensais: Individual-1200,00 mt | Institucional -1600,00 mt | Embaixada e ONG´s -1,800,00 mt Ano V, Edição 494 -POLÍTICA -POLÍTICA -INTERNACIONAL Se estiver interessado em receber o jornal, en- vie 35 MTN via M-pesa ou para Conta Móvel. 84 578 4731 Anuncie aqui por apenas 900 MTN Tabela promocional de publicidade 2020 No contexto da pandemia da Covid-19, que afecta grandemente a sociedade moçambicana, com realce para o sector económico, sendo a classe empresarial a mais afectada. Neste contexto, o jor- nal semanal Preto&Branco (dis- tribuído por Correio Electrónico), procede à redução de preços de inserção de publicidade. Assim sendo, introduz uma tabela de preços promocionais, a vigorar até Dezembro/2020. Salienta-se que a inserção de pub- licidade no jornal semanal, dá Di- reito a uma inserção grátis, em ro- da-pé, na publicação diária online: www.pretoebranco.co.mz Anuncio www.pretoebranco.co.mz Designação Valor em MTN Página Dupla 1 a Página Ímpar 2 a Página Ímpar 3 a Página Ímpar 1 a Página par 2 a Página par 3 a Página par 1/2 Página (baixo) 2/3 Página (alto) 1/3 Página (baixo) 1/4 Página Cada Orelha Rodapé Produtos especiais Cobertura Destaque (capa) 10,000 5,000 4,500 4,000 4,500 4,000 3,500 2,500 3,000 3,000 1,500 900 1,500 10.000 10.000 -SOCIEDADE Insurgentes degolam 15 crianças em acto de ritos de iniciação Pag.6 Ataque junto a uma sinagoga na Áustria. 15 feridos e três mortos, incluindo um atacante Pag.9 Quando o Estado intimida jor- nalistas Pag.5 Moçambola 2020/2021: A 28 de Novembro ou a 05 de Dezembro Pag.10 Um Olhar Sobre o Desporto na “Pérola do Índico” Pag.16 -DESPORTO -OPINIÃO Explosões com feridos agitam Nangade Exército tanzaniano acossado pelos insurgentes de Cabo Delgado

Exército tanzaniano acossado pelos insurgentes de Cabo ...§ão-494_05.11.2020.pdfrealce para o sector económico, sendo a classe empresarial a mais afectada. Neste contexto, o jor-nal

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  • E-mail: [email protected] | Cell: +258 845 784 731 | 875443871Morada: Mulotana - Distrito de Boane, Matola- MoçambiqueRegisto 03/Gabinfo-dec/2016 | Editor: Alexandre Mabasso

    Propriedade da Edições Preto e Branco

    Quinta-feira, 05 de Novembro de 2020

    Assinaturas mensais: Individual-1200,00 mt | Institucional -1600,00 mt | Embaixada e ONG´s -1,800,00 mt

    Ano V, Edição 494

    -POLÍTICA

    -POLÍTICA -INTERNACIONAL

    Se estiver interessado em receber o jornal, en-vie 35 MTN via M-pesa ou para Conta Móvel.

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    No contexto da pandemia da Covid-19, que afecta grandemente a sociedade moçambicana, com realce para o sector económico, sendo a classe empresarial a mais afectada. Neste contexto, o jor-nal semanal Preto&Branco (dis-tribuído por Correio Electrónico), procede à redução de preços de inserção de publicidade. Assim sendo, introduz uma tabela de preços promocionais, a vigorar até Dezembro/2020.Salienta-se que a inserção de pub-licidade no jornal semanal, dá Di-reito a uma inserção grátis, em ro-da-pé, na publicação diária online:

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    Produtos especiaisCobertura

    Destaque (capa)

    10,0005,0004,5004,0004,5004,0003,5002,5003,000 3,000 1,500

    9001,500

    10.000 10.000

    -SOCIEDADE

    Insurgentes degolam 15 crianças em acto de ritos de iniciação

    Pag.6

    Ataque junto a uma sinagoga na Áustria. 15 feridos e três mortos, incluindo um atacante Pag.9

    Quando o Estado intimida jor-

    nalistas Pag.5

    Moçambola 2020/2021: A 28 de Novembro ou a 05 de Dezembro

    Pag.10

    Um Olhar Sobre o Desporto na “Pérola do Índico”

    Pag.16

    -DESPORTO -OPINIÃO

    Explosões com feridos agitam Nangade Exército tanzaniano acossado pelos insurgentes de Cabo Delgado

  • Pag.2Quinta-feira, 05 Novembro de 2020PUBLICIDADE

  • Pag.3Quinta-feira, 05 Novembro de 2020POLÍTICA

    O distrito de Nangade, na periferia de Cabo Delgado, en-quanto alberga parte dos refugiados fu-gitivos dos ataques dos insurgentes que perpetram terror em várias paragens de-sta província, virou palco de fogo cru-zado proveniente de armas pesadas dis-paradas a partir da Tanzânia, alegada-mente para afugentar um bando de insur-gentes que procuram refugio naquele país vizinho. Todavia, vários civis moçam-bicanos foram feri-dos e fogem de uma aldeia para a outra.

    Segundo relatos mais recentes, es-tilhaços de roquetes disparados a partir da Tanzânia, pais vizin-ho a norte de Moçam-bique, feriram 10 civis no distrito de Nan-gade, sul da província de Cabo Delgado.

    Este último incidente teve lugar fim-de-sem-ana transacto, concre-tamente numa aldeia que acolhe milhares de deslocados que fugiram dos ataques de insurgentes neste mesmo distrito, mais a sul, tendo como focos os distritos de Palma e Mocímboa da Praia.

    Concretamente, as vítimas contraíram ferimentos após terem sido atingidas por es-tilhaços na explosão de vários roquetes lançados pelo exér-cito tanzaniano, que supostamente visa-vam os insurgentes nas proximidades do rio Rovuma.

    Na verdade, segun-do apuramos, as forças armadas tanzanianas vem lançando fogo de armamento pesado na

    fronteira com Moçam-bique, país a dentro passa um mês, ou seja, desde a última semana de Outubro, tendo duas explosões mais recentes atingi-do a aldeia de Man-dimba, a cerca de oito quilómetros da vila de Nangade.

    Segundo testemu-nhas veiculadas pela Voz da América (VOA), nesta segunda-feira, as autoridades mil-itares tanzanianas estão a afugentar os insurgentes que trans-puseram a fronteira Moçambicana para aquele país.

    “Desde a altura em que os insurgentes entraram em Kitaya (província tanzani-ana de Ntwara), en-tão a tropa tanzani-ana está sempre a disparar roquetes, principalmente à noi-te para essa zona do rio Rovuma, todas as noites”, disse um morador local, identifi-cado por Razak Ninte.

    No seu relato, apon-tou que no dia 31 de Outubro (Sábado) cin-co pessoas ficaram

    gravemente feridas com a explosão de um roquete na aldeia de Mandimba, que se junta a uma outra ex-plosão havida no dia 29 de Outubro, cujos estilhaços atingiram outras cinco pessoas.

    “Uma parte dos feridos foi levada para o hospital dis-trital de Nangade e outros foram para os hospitais da Tanzânia porque estavam mais graves” , ter ia con-tado Razak Ninte, ci tado pela fonte ret-romencionada, e que teria socorrido par-te dos feridos para o hospital no dia da explosão.

    Outro sobrevivente abordado, de nome Rassul Saide, disse que os disparos do exército tanzaniano provocaram pânico nos moradores locais e forçaram muitos de-slocados a deixarem a aldeia de Mandim-ba e a fixar-se na vila sede de Nangade.

    “Não sabemos quais são as mo-

    tivações, se é uma forma de afugen-tar os insurgentes ou é uma forma de se defenderem (de próximos ataques) ou ainda retaliação, não sabemos ao certo”, question-ou-se Rassul Saide.

    Apurou-se, ainda, junto da população local que a aldeia de Lissulo, próximo à vila sede de Nangade foi invadida por um grupo de insurgentes no dia 29 de Outubro (quinta-feira), tendo morto uma pessoa e ferido outras duas, que depois foram so-corridas para o hos-pital rural de Mueda.

    Durante o ataque, os insurgentes cap-turaram outras oito pessoas, incluindo uma mulher, que de-pois foram coloca-dos em liberdade e retornaram a aldeia durante o fim-de-se-mana.

    Ainda não havia reacção oficial da parte do Governo moçambicano ou do tanzaniano a cerca das retumbantes ex-

    plosões, até ao fim desta terça-feira.

    Porém, consideran-do os últimos aconte-cimentos no território tanzaniano, estes arremessos bélicos hão-de ser uma for-ma de retaliação ou de afugentar este grupo terrorista que há três anos perpe-tra ataques em Cabo Delgado e de forma expansiva.

    Pois, em meados de Outubro último, um grupo de insur-gentes dos que ac-tua em Cabo Delga-do atacou a aldeia de Kitaya, no sul da Tanzânia, provocan-do a morte de 20 pessoas, incluindo um militar decapita-do, na invasão de um acampamento do ex-ército tanzaniano.

    O ataque, reivindi-cado na altura pelo Estado Islâmico, foi confirmado pela Polícia da Tanzânia a 22 de Outubro, tendo afirmado que um gru-po de 300 j ihadistas conduziram o ataque a aldeia na fronteira com Moçambique.

    Explosões com feridos agitam Nangade Exército tanzaniano acossado pelos insurgentes de Cabo Delgado

  • Pag.4Quinta-feira, 05 Novembro de 2020POLÍTICA

    União Europeia abre bolsa ao Governo:Cerca de 8 biliões refrescam Orçamento do EstadoA União Euro-peia, fechan-do um olho à questão das dívi -das ocultas, refor-ça com 100 milhões de euros, o equiva-lente a pouco mais de 8 bi l iões de me-t icais, ao def ici tá-r io Orçamento de Estado moçambi-cano, em nome do combate à proble-mática da Covid-19, mas amplia meca-nismos de monito-r ia para frear casos de corrupção.

    Seis anos depois da suspensão do apoio d i recto ao Orçamento do Es-tado dev ido ao es-cândalo de corrup-ção governamenta l conhecido por “dí -vidas ocultas” a União Europeia vo l ta a f inanc iar o Orçamento de Es-tado, um gesto po-s i t ivo para o res-gate de conf iança que o novo governo d i r ig ido por F i l ipe Nyusi pode capi ta-l izar, ger indo com l isura e t ranspa-rênc ia os d inhei ros a locados.

    O acordo que marca a aber tura de uma nova pá-g ina na coopera-ção d i recta ent re a União Europeia e o Governo de Mo-çambique fo i ru-br icado nesta se-gunda- fe i ra (2 de Novembro) com um compromisso de 100 mi lhões de Euros para 2020 e 2021, no quadro do reforço da resposta à cr ise decorren-te da pandemia do novo Coronaví rus.

    O embaixador da União Europeia em Moçambique, An-

    tón io Sánchez-Be-nedi to Gaspar no anúncio do acordo esc lareceu t ra tar --se de verba or ien-tada para apoiar “nas consequên-cias dos impactos s o c i o e c o n ó m i c o s da Covid-19” e que o acordo será mo-n i torado para a ob-servância da t rans-parência na gestão dos fundos.

    “Estamos fe l i -zes por te r fe i -to es te progra -ma espec í f ico de do is anos de du-ração , num mon-tante de 100 mi -lhões de euros , que vem acompa-nhado também de mecanismos de moni tor ia de con-t ro lo , de re forço da t ransparênc ia da gestão púb l i -ca” , v i ncou o em-ba ixador da Un ião Europe ia .

    Q u e s t i o n a d o pe la imprensa , se es te ges to s ign i -f i cava o reg resso do apo io d i rec to eu ropeu ao Orça -men to do Es ta -

    do moçamb icano , es te emissá r io eu -ropeu em Moçam-b ique p re fe r iu se r cau te loso e menos taxa t i vo exp l i can -do que o p resen te apo io tem ca rac -te r í s t i cas bas tan -te d i f e ren tes da a juda que a Un ião Europe ia cana l i za -va t rad i c iona lmen-te ao Orçamen to do Es tado .

    “Nós na UE con-t inuamos a acre-d i tar, pr imeiro , nas medidas e nos esforços que estão a ser fe i tos por Moçambique [para a promo-ção da t ranspa-rência] , e depois o apoio orçamen-ta l cont inua a ser, para nós, como parcei ros, uma das modal idades mais ef icazes na consecução dos object ivos de d e s e n v o l v i m e n -to sustentável” , e lencou.

    Por seu tu rno , a min is t ra dos Ne-góc ios Es t range i -ros e Cooperação,

    Verón ica Macamo, congra tu lou-se com a a juda. “O re to rno da Un ião Europe ia à moda l idade de apo io d i re to ao Orçamento do Es tado re f lec te o compromisso da ins -t i tu ição de cont inuar a a l inhar o seu pro-grama com as pr io r i -dades do Governo” , v incou.

    …. também atenta a Cabo Delgado

    Abordando-se ou-t ro assunto não de menos impor tân-c ia , ques t ionou-se ao embaixador da Un ião Europe ia so-bre a respos ta des-te b loco cont inenta l quanto ao ped ido do Governo moçam-b icano para apo io no combate aos in -surgentes em Cabo De lgado, cu jo foco te r ro r is ta já é p reo-cupação in te rnac io -na l .

    An tón io Sánche-z-Bened i to Gaspar exp l i cou que a or -gan ização es tá a es tudar o t ipo de apo io que pode-rá p res tar ao pa ís . “Estamos a ver,

    c o n j u n t a m e n t e , em que, em con-creto , podemos a judar também no âmbi to da se-gurança” , d isse , exp l i cando que a cooperação na ver -ten te da segurança cons t i tu i uma das t rês d imensões da parcer ia com Mo-çambique. “Par t i -lhamos a enorme preocupação pe la s i tuação em Cabo De lgado, que tem s ido expressa a d i -versos n íve is pe lo Conse lho Europeu e pe lo Par lamento Europeu, a t ravés de d i fe ren tes reso-luções” , des tacou o d ip lomata .

    Al ias, a lguns anal is tas conside-ram que a pressão que Moçambique em fazer face aos ataques pro longa-dos em Cabo del -gado tem tornado sensíve is aos po-tenc ia is credores e parce i ros mul t i la -tera is e b i la tera is , perdoando dív i -das e procedendo a apoio excepcio-nais .

  • Pag.5Quinta-feira, 05 Novembro de 2020POLÍTICA

    Quando o Estado intimida jornalistas A pretexto da c e l e b r a ç ã o do Dia Inter-nacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jor-nalistas, assinalado nesta segunda-feira (2 de Novembro), o Instituto para a Comunicação So-cial da África Aus-tral (MISA) em Moçambique (MI-SA-Moçambique) considera que as In-stituições do Estado são usadas para in-timidar jornalistas.

    O Misa-Moçam-bique, na voz do seu director-executivo, Ernesto Nhanala, considera que “para além do nosso esta-do não estar a pro-teger os jornalistas, as instituições do Estado estão a ser usadas para intimi-dar e ameaçar os jor-nalistas”, ajuíza-se, fundamentando-se que “assistimos a situações em que as entidades do Es-tado e - em alguns casos, a própria Procuradoria-Geral da República (PGR) - são pressionadas e usadas por pes-soas que estão no poder político e às vezes no poder em-presarial e económi-co para perseguir jornalistas”.

    Nhanala acres-centa que o MI-S A - M o ç a m b i q u e verifica um conjunto de processos que a PGR, nas suas diver-

    sas ramificações, tem aberto contra jornalis-tas, quando, na ver-dade, não há funda-mento para qualquer acusação. “Legis-lação temos, as pessoas que com-etem esses crimes [é que] são protegi-das e muitas vezes não há interesse de levá-las à barra dos tribunais”, conside-ra, ajuntando que a impunidade faz com que ataques a jor-nalistas se tornem mais recorrentes. En-tidades pedem o en-volvimento do Gov-erno para combater crimes contra a liber-dade de imprensa no país.

    Sobre esta efeméride [Dia In-ternacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jor-nalistas], o Presi-dente do Conselho

    Superior da Comuni-cação Social, Tomás Vieira Mário, con-sidera, primeiro na sua abordagem, que era uma data que no passado não tinha tanta relevância para Moçambique, mas hoje tem importância especial.

    Tomás Vieira Mário, citado pela Voz da América, nesta segunda-feira, lembra que ao lon-go de três décadas a Lei de Imprensa foi celebrada num ambiente de paz em relação à segurança dos jornalistas, mas “nos últimos anos o fenómeno de in-segurança para [os profissionais] da imprensa acentu-ou-se em Moçam-bique”.

    Este jornalista reformado observa que a impunidade

    encoraja e dá a im-pressão de que o crime pode ser com-etido sem que algo aconteça aos seus autores. “O nosso apelo é que ess-es crimes, ataques a jornalistas, ataques a jornais, devam ser inves-tigados de forma rápida, porque são crimes públicos, são crimes contra um direito funda-mental do cidadão: a liberdade de im-prensa. Devem ser investigados com rapidez, de forma transparente e os autores levados ao tribunal e condena-dos de forma con-vincente”, apela.

    Por seu turno, alu-sivo à efeméride, o Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNJ) exige que o Gover-no ponha fim à im-

    punidade e denuncie crimes que perman-eceriam impunes. “Diariamente ocor-rem no país casos de ameaça, de-tenção, intimidação e agressão de jor-nalistas por estar-em a exercer a sua atividade profis-sional. Outros [profissionais] são feitos desaparecer, sem qualquer ex-plicação”, refere o sindicato em comu-nicado público sobre a data.

    No entender do sindicato, “a im-punidade acon-tece por ninguém estar preocupado em acabar com os crimes contra os jornalistas - in-cluindo assédio físico, ameaças, ataques, prisão arbitrária e assas-sinato”.

  • Pag.6Quinta-feira, 05 Novembro de 2020SOCIEDADE

    Insurgentes degolam 15 crianças em acto de ritos de iniciação Pelo menos 15 crian-ças e seus respecti-vos 5 conselheiros, todos de etnia makonde, acabam de ser encontra-dos decapitados, no inte-rior das matas do Distrito de Muidumbe, local onde cumpriam com um rigo-roso ritual de circuncisão masculina que duraria perto de três meses. Al-gumas das crianças são irmãos.

    Esta acção, vem sendo acusada /atribuída a uma centena de insurgentes que se encontram desde o final de Outubro a deca-pitarem civis, incendiarem casas de civis, destruírem infraestruturas públicas e privadas do mesmo Distri-to.

    Neste terceiro dia, ape-sar da comunicação via celular estar deficiente a partir deste Distrito, há indi-cações de terem sido inva-didas todas as aldeias des-te Distrito, incluindo a Vila Sede. Nossos informantes, avançam também que os decapitados residiam em

    Mueda Sede, apesar de terem recorrido a densas matas de Muidumbe.

    A protecção do Distrito de Muidumbe era feita por militares, antigos Comba-tentes e outras força aérea que é descrita pelos nos-

    sos correspondentes como sendo a que actuou de for-ma eficaz.

    “Nunca tinha visto he-licóptero a bombardear mas é impressionante. Ele cuspe fogo como se fosse dragão”. – Esclare-

    ceu nosso interlocutor para depois questionar sobre como foi possível eles pe-netrarem nas aldeias, uma por uma.Para além destas 20 perdas de vidas huma-nas, houve outras 9 deca-pitações e ainda estão por ser totalizadas, logo que for

    oportuno pelas autoridades comunitárias locais.

    Entretanto, o Distrito de Mueda está de alerta máxi-ma, por ser vizinho de Mui-dumbe.

    O Município de Mueda recebeu um incalculável número de deslocados de guerra vindos de Muati-de solicitando prioridades nos ATM’s, comida, abrigo, meios de transporte, pedi-dos de localização de fami-liares entre outras necessi-dades básicas.

    Em Palma

    Importa realçar que, enquanto o povoado de Phundanhar, no Distrito de Palma era incendia-do, outros 5 jovens foram raptados no local aonde cortavam paus para cons-truirem casas. E por estes fortes motivos, o troço Pal-ma à Mueda, via Phunda-nhar, não vem sendo tran-sitado por qualquer meio circulante, temendo-se o pior. Aliás, a Gasolina su-biu de 80 para 400 meti-cais, o litro.

    Empresário Salimo Abdula carrega prémio EuroknowledgeÉ um prémio que cel-ebra líderes exem-plares que têm uma contribuição significativa e impactante nos sectores empresariais e de desen-volvimento humano. E neste caso, o empresário moçambicano depois de ser nomeado na semana passada, esta sexta-feira realizou se virtualmente devido a regra que a Covid˗19 dita.

    O empresário moçam-bicano Salimo Abdula foi anunciado, última sex-ta-feira, vencedor do pré-mio Euroknowledge 2020, este ano realizado virtual-mente, a partir de House of Lords, em Londres, devido às restrições impostas pe-las medidas de prevenção da pandemia do novo coro-navírus.

    O Euroknowledge Lead-ership Award é um dos maiores reconhecimentos

    anuais a individualidades que se destacam nas suas realizações. Este prémio

    celebra líderes exemplares que têm uma contribuição significativa e impactante

    nos sectores empresari-ais e de desenvolvimento humano, tais como saúde, educação, ambiente, lid-erança e responsabilidade social corporativa.

    Reagindo momentos após receber a nobre pre-miação, Salimo Abdula de-clarou que “É um privilégio ser vencedor de um prémio que já teve personalidades como Bill Gates e Aliko Dangote, grandes figuras na arena empresarial mun-dial. E esta premiação el-eva, sem dúvidas, o nome de Moçambique, a marca da CPLP e das diversas entidades a que estamos ligados, por isso, gostaria de agradecer a todos pela confiança, especialmente à comissão da Euroknowl-edge e à Women Leader-ship of Africa, que muitos

  • Pag.7Quinta-feira, 05 Novembro de 2020SOCIEDADE

    A Cidade de Ma-puto vai acol-her, no dia 29 de Novembro, a se-gunda edição da cor-rida “FNB MAPUTO 10K”, este ano num formato virtual, para acomodar as ne-cessidades de dis-tanciamento social impostas pela pan-demia da COVID-19. Os corredores serão convidados a com-pletar um percurso de 10km, à sua es-colha, entre as 05h e as 19h, e monitorar a sua corrida através do aplicativo de ras-treamento a ser dis-ponibil izado pela or-ganização.

    “Este evento, in-serido nas festiv-idades do Dia da Cidade de Maputo, vem reforçar o en-raizamento da cul-tura e prática da actividade desport-iva para a saúde e

    bem-estar de forma mais abrangente. O formato (virtual) de-senhado para a cor-rida deste ano vai permitir que todos, do Rovuma ao Ma-puto, independen-temente da local-ização geográfica, possam participar, garantindo o cum-primento das regras de segurança e dis-tanciamento social”, afirmou Edmundo Ribeiro, Vereador de Educação e Despor-to do Conselho Mu-nicipal de Maputo.

    Com a prática do desporto em grupo praticamente sus-pensa em todo o mundo, as activi-dades desportivas virtuais têm vindo a ganhar força a nível internacional, dando às pessoas soluções divertidas e inova-doras, com vista à prática do desporto

    competit ivo também em época de pan-demia. “Depois do sucesso da corrida FNB Maputo 10K no ano passado, em que demos oportunidade aos participantes de fazerem, pela pri-meira vez, a pé a travessia da ponte M a p u t o - K a t e m b e , estamos muito or-gulhosos em trazer este novo conceito para Moçambique e para a nossa corri-da anual – FNB Ma-puto 10K. Ao fazê-lo, o FNB traz inovação digital benéfica para o seio das comuni-dades onde opera, continuando des-ta forma a promov-er um estilo de vida saudável e a prática de actividade física”, disse Peter Blenkin-sop, Chief Execu-tive Officer (CEO) do FNB Moçambique.

    “Estamos entusi-

    asmados por trazer a corrida neste novo formato também para Moçambique”, refe-riu Michael Meyer, Director Executivo da Stil lwater Sports, se-gundo o qual, “par-ticipantes de todas as camadas soci-ais poderão unir-se (virtualmente) num espírito de cama-radagem, orgulho e celebração.”

    Para fazer par-

    te desta marato-na os interessados poderão fazer in-scrição no valor de: 50 meticais, com acesso a: Kit da Corrida, Aplicação Run Your City Track-ing App, a uti l izar durante a corrida vir-tual, informação em tempo real sobre a prestação dos outros atletas, na app Run your City, resultados finais parti lhados no

    aplicativo da corrida e no website do FNB Maputo 10K no final do evento. Certif ica-do e medalha digital, Stock l imitado aos primeiros 1 500 in-scritos.

    A aplicação RYCS Tracking App poderá ser descarregada a partir da Google Play ou Apple App Store, a qual permitirá que os participantes acompanhem o seu progresso e desem-penho durante a rota do evento.

    Os participantes

    poderão parti lhar as suas experiências na Corrida Virtual FNB Maputo10K at-ravés das redes so-ciais: Facebook: @Maputo10K, Insta-gram: @Maputo10K, Hashtag: #Ma-puto10K; #FNBMa-puto10K.

    Conselho Municipal de Maputo e FNB promovem corrida virtual

    apoiaram para esta partic-ipação, que felizmente cul-minou nesta vitória”.

    Salimo Abdula é um dos empresários moçam-bicanos preocupados com o crescimento dos níveis de desenvolvimen-to humano, económico e de liderança. Tem vin-

    do a desenvolver várias acções de responsabil-idade social, como em-presário, indivíduo e no comando das empresas que dirige, para além do apadrinhamento de ini-ciativas juvenis e não só.

    Além de representar a Intelec Holdings, é ac-

    tualmente Presidente do Conselho Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, entidade que nos últimos tempos tem tomado a di-anteira para assegurar a melhoria do ambiente de negócios na comuni-dade.

    Entre várias outras, estas foram as razões que levaram a Women Leadership of Africa a indicá-lo para o prémio, tendo sido o único a nível da região Austral de Áfri-ca e, também, único en-tre os Países de Língua Oficial Portuguesa.

    A cerimónia de entre-ga dos prémios decorreu online, na passada sex-ta-feira, e contou com uma mesa-redonda que debateu sobre liderança e filantropia, na qual participaram diferentes homens de negócios de todo o mundo.

  • Pag.8Quinta-feira, 05 Novembro de 2020SOCIEDADE

    O G o v e r n o moçambicano está a negociar a suspensão do paga-mento da dívida públi-ca contraída junto dos credores do Clube de Paris. Até ao fecho do ano fiscal de 2019, o stock era de mais de um bilião de dólares.

    Em nota informa-tiva, divulgada pelo Ministério da Econo-mia e Finanças, o Governo indica que no dia 29 de Setembro de 2020, assinou um memorando de enten-dimento, juntando-se a um conjunto de 32 países, dois quais 21 em África, que querem adiar o pagamento da

    Governo de Nyusi negoceia dívida com credores do Clube de Paris

    dívida contraída junto dos credores do Clube de Paris.

    Portanto, o Exec-utivo explica que as prestações de amor-tização da dívida que estavam programadas para 2020, ficam ime-diatamente suspensas este ano e ao longo de todo o ano 2021, reto-mando-se os seus pa-gamentos só a partir de 2022.

    A principal cláusu-la do acordo de 29 de Setembro, esta-belece que, o serviço da dívida (capital + juros) a ser suspenso no período compreen-dido entre 01 de Maio

    e 31 de Dezembro de 2020, deve ser amor-tizado em três anos (2022, 2023 e 2024), através de 6 tranches iguais (duas tranches por ano – a primeira em Junho e a segunda em Dezembro).

    E neste sentido, avaliando os cenários, num primeiro (cenário) consta que caso Moçambique chegue a acordos bilaterais com os credores membros do Clube de Paris, o montante de recursos libertados seria de cerca de USD 9.7 mil-hões.

    De um lado (segun-do cenário), assum-

    indo que, adiciona-lmente se chegue a acordos bilaterais com Portugal, China e Ín-dia, o quantitativo de liquidez será de cerca USD 73.2 milhões.

    O Governo parte do pressuposto de que, está ainda longe da realização do mon-tante de USD 700 mil-hões necessários para cobrir o pacote de re-sposta à Pandemia da COVID-19. Até Setem-bro de 2020 foram reg-istados para esse fun-do, desembolsos na ordem dos USD 452,3 milhões, o correspon-dente a 64,6%.

    “Assim, em linha

    com as disposições do memorando do entendimento com o Clube de Paris, os recursos libertos do serviço da dívi-da deverão ajudar a compensar o actual défice de 35,4% no Fundo de resposta a COVID-19”, refere a nota do Ministério da Economia e Finanças.

    Fazem parte do Clube de Paris, a Bél-gica, Brasil, França, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Espanha. Até ao fecho do ano fiscal de 2019, o stock da dívida de Moçambique para com este gru-po era de mais de um bilião de dólares.

  • Pag.9Quinta-feira, 05 Novembro de 2020INTERNACIONAL

    Ataque junto a uma sinagoga na Áustria. 15 feridos e três mortos, incluindo um atacanteA polícia austríaca regista seis tiroteios em Viena, um deles junto a uma sinagoga situ-ada no centro da cidade, na zona de Seitenstetten-gasse. Há também a indi-cação de vários suspeitos armados, um dos quais foi abatido pelas autoridades.

    Três pessoas morreram e 15 ficaram feridas numa série de ataques com ar-mas automáticas na se-gunda-feira à noite em Viena, segundo um novo balanço das autoridades austríacas.

    A última vítima mortal é uma das mulheres hospi-talizadas que não resistiu à gravidade dos ferimen-tos, sendo que entre os óbitos foi incluído um dos atacantes, abatido pela polícia. Pelo menos um segundo atacante fugiu.

    “Como resultado deste terrível crime (…) uma segunda mulher morreu na sequência dos feri-mentos”, declarou o au-tarca de Viena, Michael Ludwig.

    O ataque, o primeiro em Viena em 35 anos, começou com um tiroteio por volta das 20.00 (19.00 em Lisboa) numa rua cen-tral onde fica a sinagoga principal de Viena, então fechada, e muito próxima de uma área de bares mui-to frequentada.

    De acordo com as infor-mações avançadas pelo órgão português DN, os atacantes deslocaram-se depois pelo centro da ci-dade, disparando sobre quem ocupava as espla-nadas.

    “Estávamos a comer e a beber, quando ouvi-mos os tiros. No começo pensámos que fosse fo-go-de-artifício, mas ou-vimo-los mais de perto e as pessoas reagiram com pânico”, disse Petra, uma brasileira que estava na zona quando o ataque começou.

    Outra testemunha, o rabino Schlomo Hofmeis-ter, disse à agência de notícias EFE que ouviu “100 tiros” nos primeiros momentos do ataque.

    “Pelo menos um ata-cante atirou em pessoas que estavam sentadas à frente de bares e restau-rantes. As pessoas cor-reram em pânico para dentro, mas o atacante seguiu-as e atirou lá den-tro também”, descreveu.

    Centenas de pessoas refugiaram-se em bares e restaurantes, muito lota-dos porque esta terça-fei-ra começa um novo con-finamento para prevenir a propagação da covid-19.

    Na Ópera de Viena, ou em salas de concerto como o Konzerthaus ou o Musikverein, muito perto da cena, milhares de pes-soas permaneceram no interior durante horas, até saírem sob escolta poli-cial.

    Numa troca de tiros com a polícia, um dos autores do ataque foi morto, en-quanto um agente ficou gravemente ferido.

    Entretanto, as auto-ridades montaram um enorme dispositivo de

    segurança para localizar pelo menos um terrorista que fugiu, com dezenas de agentes das forças espe-ciais e especializadas em ações antiterroristas a par-ticiparem nos esforços de busca, que também inclui o controlo das fronteiras.

    Face a este ataque, o Governo austríaco alertou que a situação de peri-go ainda não passou, e pediu aos cidadãos para não saírem de casa, a não ser que seja estritamente necessário.

    O último ataque em Vi-ena ocorreu em 1985, quando o grupo pales-tiniano Abu Nidal matou três pessoas e feriu 39 no aeroporto da cidade.

    Atacante abatido era simpatizante do Estado Islâmico

    Um dos autores do ataque era “um simpati-zante” do Estado Islâmi-co (EI), anunciou esta terça-feira o ministro do Interior austríaco.

    “É uma pessoa radi-calizada que se sentia próxima do EI”, disse Karl Nehammer, em con-ferência de imprensa, referindo-se a um dos au-tores do tiroteio, que mor-reu numa troca de tiros com a polícia, enquanto um agente ficou grave-mente ferido. Pelo menos um segundo atacante fu-giu.

    A polícia, que fez bus-cas na casa onde vivia o atacante abatido pelas forças de segurança, não descarta a possibilidade de haver mais pessoas implicadas no crime.

    “Não podemos exclu-ir que haja mais agres-sores”, apontou o re-sponsável da Polícia de Viena, Gerhard Pürstl, durante a conferência de imprensa.

    “Jamais seremos in-timidados pelo terroris-mo”, diz chanceler

    O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, conde-nou “repugnante ataque

    terrorista” após vários tiro-teios que causaram pelo menos dois mortos, inclu-indo um dos atacantes, e vários feridos no centro de Viena.

    “Estou feliz que os nossos polícias já ten-ham eliminado um dos autores. Nunca seremos intimidados pelo terror-ismo e lutaremos contra esses ataques com to-dos os meios”, afirmou o governante, que classi-ficou os atos de “ataques terroristas nojentos”.

    “Jamais nos per-mitiremos a ser intimi-dados pelo terrorismo e combateremos es-tes ataques com todos os nossos meios”, de-stacou através de uma mensagem publicada na rede social Twitter.

    Segundo noticia a agência AFP citado pelo DN, Sebastian Kurz de-stacou ainda que o seu pensamento está com “as vítimas, os feridos e os seus entes queridos”.

    O presidente do Con-selho Europeu, Charles Michel, já condenou os ataques na capital aus-tríaca, classificando-os como “cobardes”.

    “Não vamos ceder em nada”, garante Macron

    A Europa “condena veementemente este ato cobarde que viola a vida e nossos valores humanos”, escreveu na rede social Twitter.

    O presidente francês Emmanuel Macron, tam-bém expressou soli-dariedade com a Áustria. “Depois da França, é uma nação amiga que foi atacada”, afirmou o chefe de Estado refer-indo-se ao ataque em Nice, que fez três mor-tos, e ao professor que foi decapitado por ter mostrado caricaturas de Maomé durante uma sala de aula.

    “Esta é a nossa Euro-pa. Os nossos inimigos devem saber com quem estão a lidar. Não va-mos ceder em nada”.

  • Pag.10Quinta-feira, 05 Novembro de 2020DESPORTO

    A F e d e r a ç ã o M o ç a m b i -cana de Fu-tebol (FMF) a in-da não in formou a L iga Moçambi-cana de Futebol (LMF) sobre a ex-c lusão de c lubes que não reuni ram requis i tos para o l icenc iamento do Campeonato Na-c ional de Futebol da Pr imei ra Di -v isão.

    Apesar de a ex-c lusão de c lubes não l icenc iados

    do Moçambola estar proteg ida pelo Regulamen-to do PRO-Li -c e n c i a m e n t o , Ananias Coua-na, pres idente da LMF, rec lama um of íc io por par te do órgão re i tor do fu tebol nac io-nal a dar conta dos efe i tos do processo de l i -cenc iamento de c lubes na prova máxima.

    Ci tado pelo jor -na l Desaf io , na

    sua edição des-ta segunda- fe i -ra , 02 de No-vembro, Couana refere que o seu organismo a inda não fo i not i f ica-do da exc lusão do Despor t ivo de Maputo, Textáf r i -ca de Chimoio e Incomát i de Xina-vane.

    Decorrente d is-so, os t rês em-blemas deverão par t ic ipar no encontro desta qu inta- fe i ra , 05

    de Novembro, ent re a Di recção Execut iva da LMF e os represen-tantes dos c lubes do Moçambola.

    Para a lém de anal isar – pasme-se – os resul tados do refer ido pro-cesso de l icenc i -amento, o even-to desta semana deverá aprovar as datas para o ar ranque do Campeonato Na-c ional , bem como da rea l ização da

    Assemb le ia -Ger -a l da LMF para o cruzamento de jogos das jorna-das.

    Ao que tudo in-d ica, caso a FMF não consiga no-t i f icar a LMF so-bre a exc lusão do t r io a té antes da rea l ização da Assemb le ia -Ger -a l , o Moçambola 2020/2021 aca-bará sendo d is-putado por 14 c lubes. OC

    14 clubes deverão ir ao sorteio do Moçambola

    Moçambola 2020/2021: A 28 de Novembro ou a 05 de DezembroSão precisamente as duas da-tas que a Liga Moçambicana de Fute-bol (LMF) maneja para o pontapé de saída do Moçambola da tempo-rada 2020/2021. Serão levadas a discussão no encontro entre os clubes marcado para esta semana.

    A Direcção Executi-va da LMF e os clubes reúnem quinta-feira, 05 de Novembro, para dis-cutirem e tomarem uma decisão clara a respeito do arranque da próxima edição do Campeonato Nacional de Futebol, o Moçambola.

    A reunião será por videoconferência, sen-do que à mesa de dis-cussão estarão duas datas para o pontapé de saída da competição do povo, todas propos-tas pela LMF: 28 de Novembro ou 05 de Dezembro.

    Mais ainda, os pre-sentes no encontro de quinta-feira (05) de-

    verão indicar a data para a Assembleia-Ger-al da LMF, que natural-

    mente deverá ter lugar ainda no corrente mês de Novembro, visto

    que é neste evento que se deverá realizar o sorteio da prova. OC

  • Pag.11Quinta-feira, 05 Novembro de 2020INTERNACIONAL

    Adiada a eleição de novos órgãos sociais no desportivo A Mesa da A s s e m -bleia-Ger-

    al adiou, para “data a anunciar oportunamente”, a eleição dos novos órgãos sociais do Grupo Desportivo Maputo que deve-ria decorrer este sábado, 31 de Ou-tubro. A decisão resultou do can-celamento do en-contro estatutário dos sócios. Em causa, as nor-mas do Estado de Calamidade Públi-ca.

    Já decorria o magno encontro, no pavilhão principal das modalidades de salão quando o presidente da Mesa da Assembleia-Ger-al, João Figueiredo, entendeu que não haviam condições para a realização do evento que culmi-naria com a eleição de novos órgãos sociais do clube al-vinegro, pleito para o qual havia uma lista única de can-didatura, essa lid-erada por Alexan-dre Rosa.

    E foi forte o ar-gumento que can-celou o encontro: estavam presentes naquele local mais de 70 pessoas, uma

    afluência que, se-gundo argumentou Figueiredo, viola as normas do Esta-do de Calamidade Pública em vigor no País desde 07 de Setembro.

    É que, de acor-do com o Decreto Presidencial que aprova este con-texto excepcional, forçado pela pan-demia do novo coronavírus, “os eventos privados devem ter o lim-ite máximo de 40 participantes”, ao que no pavilhão do Desportivo de Maputo estavam mais de 70 sócios daquele emblema.

    A decisão foi con-testada por um sec-tor muito bem iden-tificado dos sócios, nomeadamente a claque Raça Alvine-

    gra, que entendeu estar-se a adiar o futuro do clube por uma decisão toma-da por João Figue-iredo.

    Lista de Alexan-dre Rosa seria re-jeitada!

    OC-Olho Clínico sabe que, ainda que estivessem todas as condições criadas para a realização da Assembleia-Geral, as eleições não teri-am lugar este sába-do, 31 de Outubro. Ao menos, Alexan-dre Rosa, candida-to único, não seria eleito.

    De acordo com uma fonte ligada ao processo, a lista de candidatura apre-sentada por Rosa seria contestada e posteriormente, ain-da durante o even-to, reprovada por

    alegadamente por conter vícios.

    O fundamento é de que nem todos os que integram a lista daquele can-didato são sócios do Grupo Desporti-vo de Maputo, pelo que não podem ser eleitos.

    Eleições em Dezembro

    Informações ain-da na posse de OC-Olho Clínico acrescentam que as eleições deverão ser marcadas para o próximo mês de Dezembro. Ou seja, pretende-se que trinta dias sejam su-ficientes para, por um lado, Alexandre Rosa possa trazer uma lista verdadei-ramente de sócios do Desportivo de Maputo.

    Por outro, que este tempo possa gerar mais candidatos ca-pazes de combater a firme ideia de que o Desportivo de Ma-puto é um clube que ninguém quer.

    Ainda assim, João Figueiredo referiu que “vamos agora procurar mecanis-mos para viabili-zar as eleições no clube, procurando que as mesmas decorram o mais rapidamente pos-sível”,

    Para já, será den-tro de dias conhe-cida a composição da nova Comissão de Gestão do clube, essa que se en-carregará de gerir o clube até à real-ização de uma nova Assembleia-Geral. OC

  • Pag.12Quinta-feira, 05 Novembro de 2020DESPORTO

    Moçambicanos na diásporaPrimeira liga Tanzaniana: Miquissone regressa às vitóriasO Sport Club Simba do internacion-al moçambicano Luís Miquissone, goleia de uma forma expres-siva o Mwadui por 5 bo-las sem resposta, em partida realizada no últi-mo sábado.

    Trata-se de um desa-fio que marcou o regres-so às vitórias por parte do conjunto do jogador moçambicano, onde o Simba vinha de duas der-rotas consecutivas, mas na partida de sábado, os actuais campeões, com Miquissone no onze ini-cial, mostraram o seu poderio atacante ao bat-er o Mwadui por cinco bolas sem resposta.

    O capitão Bocco, con-tribuiu com dois golos, aos 25′ e aos 64′, Ajibu aos 81′, Dilunga aos 87′ e Ndemla aos 90+3.

    Com o triunfo, a equi-pa do moçambicano, em oito jornadas acumula 16 pontos e ocupa a terceira posição.

    Segunda jornada do torneio quadrangular trumuno em Angola.

    A equipa Angolana Bra-vos de Maquis, treinada pelo antigo internacion-al moçambicano Almiro Lobo ou simplesmente Miró, na qualidade de adjunto empatou fora de casa no último sábado, diante do Petro do Luan-da por uma bola(1-1), em partida referente a se-gunda jornada do torneio quadrangular trumuno.

    Volvidas duas jorna-das, a equipa coadju-vada pelo antigo atleta moçambicano, ainda não sentiu o sabor da vitória na sua nova experiência. Na primeira jornada per-deu diante do primeiro de Agosto (1-3).

    O Bravo do Maquis soma apenas um pon-to.

    Na primeira liga portu-guesa: Zainadine empata com a equipa do Witiness

    Na Sexta jornada da Liga Portuguesa de fute-bol, no dérbi madeirense, entre o Marítimo do Zain-adine Júnior e Nacional do Witiness Quembo, as duas colectividades não foram de um empate sem abertura de contagem.

    Com o moçambicano Zainadine Jr a capitanear o Marítimo que recebeu o Nacional que não con-tou com Witi devido à expulsão na jornada an-terior, foi a equipa caseira com ligeiro ascendente nos primeiros instantes do jogo, mas sem provo-car muito perigo junto à baliza dos visitantes.

    Mais para o fim, a parti-

    da ficou mais equilibrada com as duas equipas a tentaram reverter a situ-ação do resultado, mas sem muito efeito e assim foi correndo o tempo até ao apito final.

    Com a igualdade reg-istada ambas equipas aumentam os jogos sem vencer: Nacional não ganha há quatro jogos e o Marítimo à três.

    Para a próxima jor-nada o Marítimo viaja até Famalicão, enquan-to o Nacional recebe na Choupana o Gil Vicen-te, antes da interrupção do campeonato para dar lugar aos jogos das se-lecções.

    Na primeira liga fran-cesa: Reinildo Mandava regressa no 11 inicial

    Reinildo Mandava, in-ternacional moçambica-no, regressou ao onze inical no empate do Lille

    frente ao Lyon por (1-1), em partida a contar para nona jornada da Ligue 1 no último domingo.

    Onde Reinildo não era titular, desde 22 de agos-to, no jogo de abertura contra o Rennes, onde o moçambicano foi expul-so. No regresso a titula-ridade, o defesa moçam-bicano cumpriu os 90 minutos.

    Reagido depois do em-pate, o defesa moçam-bicano referiu que não foi um resultado satis-fatório, porque a equipa jogou com um jogador a mais desde os 50 minu-tos, quando Marcelo, do Lyon, foi expulso, “ Não estamos satisfeitos, estamos com senti-mento de frustração, porque perdemos dois pontos, estávamos a jogar em casa e tam-bém estávamos a jog-ar com um jogador a mais, era suposto que

    tivéssemos feito algo a mais. sabíamos que estávamos a jogar com uma equipa difícil, es-távamos a jogar com uma equipa que sabia o que queria. Estávamos com uma lição bem es-tudada, trabalhamos durante a semana para ganhar o jogo, são coisas do futebol, não conseguimos marcar o maior número de go-los para ganhar o jogo” rematou Mandava

    Com este empate, o PSG isola-se na lider-ança com 21 pontos, ao passo que O Lille, permanece na segunda posição com 19 pontos e o Lyon segue na nona com 14 pontos.

    Por último na primei-ra liga Cazaquistão: Fc Kaisar de Reginaldo por uma bola

    O Kaysar do conjunto do internacional moçam-bicano pelos “Mambas” Reginaldo Faite, perdeu em casa com Kaspiy Ak-tau por (0-1), na última sexta-feira.

    Em partida referente a décima sexta jorna-da da super liga do Ca-zaquistão, o avançado moçambicano foi titular, mas o seu desempenho não foi suficiente para ajudar a sua equipa a conquistar os três pon-tos.

    Marcou para a equipa visitante, Mikhail Gaby-shev quando já eram jogados 77 minutos.

    É o segundo jogo con-secutivo que o Kaisar sai derrotado no campeona-to, após perder no jogo passado com Zhetisu FC por(3-1). Com o resulta-do, a equipa do moçam-bicano ocupa a quinta posição com 20 pontos.

  • Esta semana inicio uma série de artigos sobre o desporto em Moçambique. Não pretende-se aqui fazer uma abordagem aprofundada do assunto, mas sim recordar dos principais momentos que marcaram o desporto nacional nas diferentes modalidades, num momento em o desporto nacional, com algumas excepções, at-ravessa um profunda crise existencial. Esta semana, o foco é o Atletismo.

    A prática do Atletismo em Moçambique começou a registar algum desenvolvimento na década de 1950, sen-do praticado maioritariamente nas missões e nas escolas rudimentares. Durante esta fase, o principal palco das competições era o Parque José Cabral, o actual Parque dos Continuadores. Foi igualmente durante o período colonial que despontaram algumas das maiores referências nacionais da modalidade, tais como António Repinga, recordista de meia maratona e Victor Magalhães, recordista dos 200 metros. Todavia, a partir da década de 1960 regista-se um enfraquecimento desta modalidade devido, tal como alguns estudos apontam, ao avanço da Luta de Libertação Nacional.Com a conquista da Independência Nacional, a prática desta modalidade ganhou um novo ímpeto e dada a importância que a modalidade ia adquirindo, criou-se em 1978 a Federação Moçambicana de Atletismo que no mesmo ano filiou-se à IAAF (Federação Internacional de Atletismo). A nível provincial, a Federação Moçambicana de Atletismo está representada pelas Associações Provinciais que organizam as provas a nível local e apuram os representantes provinciais para os campeonatos nacionais que são organizados pela Federação.Por outro lado, no âmbito da massificação da modalidade, foram criadas várias provas sob os lemas “Correr é Saúde” e “Corrida Contra a Pobreza” em que envolviam igualmente os dirigentes do estado.Em termos individuais, durante a primeira metade da década de 1980, alguns atletas, que vinham do período anterior a independência, destacaram-se nesta modalidade com recordes nacionais, tal como foi atrás referi-do. António Repinga (recordista nacional dos 10 mil metros), José Magalhães (recordista dos 200 e 400 met-ros) e Cândido Coelho (recordista de decatlo), Constantino Reis e Pedro Mulomo, Ludovina Oliveira, Stélio Craveirinha são os atletas que mais se destacaram.A primeira competição internacional em que Moçambique tomou parte como país independente, foram as Espartaquíadas de Moscovo de 1979, nas quais participaram dois atletas do clube Ferroviário e da Selecção Nacional, Pedro Mulomo e Constantino Reis. Em 1980, Moçambique participou pela primeira vez nos XXII Jogos Olímpicos realizados em Moscovo. No certame, o país fez-se representar por catorze atletas, sendo doze homens e duas mulheres. Nenhum atleta conseguiu passar para as meias-finais. A tabela que se segue, mostra os tempos e classificações obtidas:JOGOS OLÍMPICOS DE MOSCOVO, 1980

    HomensEduardo Costa (100 metros): 11,02 na EliminatóriaConstantino Reis (200 metros) – DesclassificadoVicente Santos (1.500 metros): 3.58.07 na EliminatóriaPedro Mulomo (5000 metros): 15.11.9 na EliminatóriaDias Alface (10000 metros) – DesistiuAbdul Ismail (110 metros Barreiras): 15.18 na EliminatóriaStélio Craveirinha (Salto em Comprimento): 6.94 na Eliminatória

    MulheresAcácia Mate (800 metros): 2.19.07 na EliminatóriaLudovina Oliveira (Disco) – Desclassificada.(Fonte: Victor Pinho. Atletas de Moçambique nos Jogos Olímpicos – “Nambauane”. In: bigslam.pt.)Em 1984, o país participou pela segunda vez nos Jogos Olímpicos de Los Angeles nos Estados Unidos da América. No evento, Moçambique foi representado por quatro atletas. O destaque foi para Leonardo Loforte que ficou ainda nas eliminatórias dos 400 metros com o tempo de 47.07 s.

    Um Olhar Sobre o Desporto na “Pérola do Índico”

    Autor: Inconformado

    Pag.13Quinta-feira, 05 Novembro de 2020OPINIÃO

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    EditorAlexandre Mabasso

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