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EXT. ,

o DETERGENTE PARA LABO RATO RIOS

".

Biológicamente degradável, descontaminante radioativo, preserva a pele,limpeza ráp'ida, não é tóxico, totalmente ativo, não altera ensaios

enzimáticos, econômico (elevada diluição).

---li! !!8:

Quimitra Com, e Ind. Química S.A.Estrada dos Bandeirantes, 1099 - Caixa Postal 70556CEP 22741-970 - Rio de Janeiro - RJTel.: (021) 342-4646 - Fax: (021) 445-0866

ReagentesMERCK... ....

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revista de ,

ANO 61 NQ693 JULHO/SETEMBRO 1993

-EDIÇAO ESPECIAL

'Aditivos paraalimentosUm setor muito atraente pela suamaturidade e dinamismo

Hoechst avaliaCiranda da Ciência

19

ARTIGO TÉCNICO

Epoxidaçãode Olefinas

24

Capa: Kitda aranda da aênciaCortesia Hoechst do Brasil

Il11'fessa em outwro de 1993

XXXIII CongressoBrasileiro '

de QuímicaMais de 15<Xlprofissionais e estudantes,inclusive dezenas de especialistasconvidados do Brasil e exterior, estarãoreunidos em FortaI,eza de 25 a 29 deoutubro, O encontro terá como temacentral "Química e Cidadania"

15

A hora e a vezda BiotecnologiaSubmetida à seleção de' mercado,a biotecnologia precisa reduzir custospara crescer

71 1

RMN mostraprogressono IV Encontro

'21

SEÇÕESCONVERSANDO COM O LEITOR. . . .2O LEITORESCREVE. . . . . . . . . . . . oo02

ACONTECENDO. . . . . . . . . . . . . oo0/.3EMPRESAS. . . . . . . . . ':. . o. . . . . .<27

PROCESSOS, PRODUTOS, SE~VIÇOS . 029AGENDA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

CADERNO DA ABQ encarte paraos associados

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Converspndo com o leitor

Exercício de Cidadania

To.das as atenções da RQI e o.s me-lhores esfo.rços da ABQ estão. vo.ltado.spara seu evento. mais expressivo., o.Co.ngresso Brasileiro de Química.

Realizado. a cada ano em uma capitaldiferente e o.rganizado. pela seção. daABQ daquele Estado. co.m o.apoio. daABQ Nacio.nal, o.Co.ngresso assumiu o.papel de agente integrado.r do.s pro.fis-sio.hais químico.s de todo. o.país. To.r-no.u-se, ao. mesmo. tempo, fórum etribuna para a discussão. de grandes te-mas que transcendem o.alcance regio-nal e interessam a toda a romunidade.

.Fo.i assim co.m o.XXXII Co.ngresso.que, em 1992, discutiu em Belém a Química na Região. Amazô-nica e catalisou o.simpósio. sobre Química da Amazônia, que aABQ realizará em no.vembro. .

Será assim em o.utubro. em Fo.rtaleza, quando. Química eCidadania serão. abordadas num mesmo. co.ntexto.

O que é cidadania, senão. o.exerdcio. pleno. do.s direitos e de-veres do. indivíduo. frente à comunidade, o.Estado., o.mundo.?

. Um eno.rmepapel exerce a Química que, através do.conhe-cimento. de e.Iementos e substâncias e co.m o.suporte da enge-nharia,no.s tro.uxe o.do.mínio. de pro.cesso.s tecno.lógico.s e aconstrução. de fábricas que geram pro.dutos indispensáveis àvida moderna.

No.ve décimo.s da produção. da grande indústria químicano.s suprem de materiais sintético.s (polimérico.s na maio.ria):fibras, plástico.s, elastômeros, resinas rígidas, fertilizantes, de-

tergentes, que substituem e ampliamas propriedades dos fio.se fibras natu-rais - algo.dão.,lã, seda - da madeira,do.ferro, aço.e vidro, e suprem de nu-trientes a agricultura - permitindo. ao.ser humano. mo.rar, co.mer, vestir, loco.-mo.ver-se e usufruir das vantagens do.mundo. mo.derno.. Na o.btenção. do.smetais e da cerâmica, também está aquímica. Outra parcela, menor em vo.-lume e expressiva em valo.r, a químicafina - no.s fo.rnece medicamentos, de-fensivo.s agríco.las, co.rantes e especia-

.'lidades - não. meno.S indispensáveis.Impo.ssível viver sem a quí!IÜca.

Necessário. co.nviver co.m o.s pro.ble-mas resultantes de suas aplicações em

expansão. (e buscar superá-Io.s): po.luição., degradação. am-biental e devastação. do. eco.ssistema.

Química e Cidadania, tema central deste Co.ngresso. d,eQuímica, abordará o.papel do. profissional qu(mico frente a essequadro, a imagem que o.cidadãocomum faz da química e as fo.r-mas de ambos trabalharem junto.s para superar problemas eampliar benefícios.

ABQ e RQI saúdam o.sco.ngressistas e agradecem o.apoio. depessoas, instituições e entidades - em particular ao. Governado.rdo. Estado. do. Ceará, Ciro. Ferreira Gomes, e ao. Presidente daFederação. das Indústrias 'do.Estado., Fernando. Cirino Gurgel-anfitriões que vêm dando. todo. o.apoio. ao.evento.

Seu editor,

o Govemador Ciro Gomes (ã direita),Femando' Ciritoda FIEC (ã esquerda) e o Vice-Govemador LúcioAlcântara selam o apoio ao Congresso

o LEITORESCREVE

Wilson Milfont Jr.

Ervas chinesasSomos um fabricante de Fórmulas

Herbáceas Chinesas Naturais, puras, desuperior qualidade e altamente concen-tradas, feitas dos mais finos materiais co-lhidos na China Cont:iilental.

Estamos procurando importadores/ dis-tribuidores que estejam interessados emnossa linha de produtos para venda emseu território. Podemos vender nossa

marca registrada ou rótulo, em função desuas necessidades (...) (Carta recebida eminglês. Os interessados podem solicitar oendereço à RQI)Tara Tran

Director & C.E.O. Sales & MarketingHerbal Science International, Inc.California, EUA

CorantesSolicito retificação do seu arquivo no

que diz respeito ao quadro "Classificaçãodos corantes segundo a aplicação", viste>que no artigo "Cores e Nuances do Mer-cado de Corantes" (...) os dados estãoincorretos:

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CLASSIFICAÇÃO DOS CORANTESSEGUNDO A APLICAÇÃO

Cartas Anastácio

Encarregado Setor MarketíngENIA Indústrias Químicas S.A.São Paulo (SP)

SacarinaA Pan-Americana S.A. Indústrias Quí-

micas, única produtora nacional de Saca-rina Sódica, com a 'qual atende osmercados interno e externo (Mercosul),desejando esclarecer o leitor, solicita a

divulgação deste comunicado na próximaedição da Revista de Química Industrial:

"A informação citada no exemplar daRevista de Química Industrial nQ692, p. 19- item 5.2. Sacarina: "Foi proibido nos Es-tados Unidos por suspeita de provocar cân-cer, pois não é totalmente eliminado peloorganismo humano. Alguns estudos médi-cos recomendam um consumo diárip infe-rior a um grama." É inexata, podendoconduzir o leitor a conclusões falsas, desa-tualizadas e sem base de campo.

A Sacarina, na realidade, é larga e li-vremente produzida e fornecida ao con-sumidor, sendo o seu uso aprovado peloFDA que, no corrente ano, liberou o seuemprego por tempo ilimitado.

Também o ]ECFA Qoint FAOJWho Ex-pert Committee on Food Additives), emencontro realizado de 9 a 18 de fevereiroúltimo, aumentou a IDA ,(Ingestão DiáriaAceitável) para a Sacarina de 2,5 (tem-porariamente) para 5,0 mg/kg de peso'corpáreo (permanentemente). (...)Sergio Cosulich, Diretor ComercialPanamericana SA. Indústrias QuímicasRio de Janeiro, RJ

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - N2 693 - Jul./Set.1993.

CLASSE USOSÁcidos Lã, náilon, couro, sedaAzóicos Algodão, poliésterBásicos Papel, sedaDispersos Poliéster, náilon, acetatoReativos Algodão, viscoseDiretos Algodão, viscose, náilon,

papelSolventes Solventes, ceras, plásticosEnxofre AlgodãoTina Algodão, viscoseMordentados Lã, seda, náilon

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ACONTECENDO

o Seminãrio

de Instrumentaçãoé destaque emPorto Alegre

O Instituto Brasileiro de Petróleo- lEr promoveu, de 25 a 27 de agosto,o 10QSeminário de Instrumentação e alliP Expo'93, ambos no Centro deConvenções da FIERGS,em Porto Ale-gre, com a participação de centenasde profissionais das mais diversasempresas, além de representantes devárias instituições ligadas a C&T.

O lOQSeminário de Instrumentaçãocompreendeu quatro mesas-redondas,uma sessão témica especial sobre a in-tegração e otimização do controleavançado na Copesul, duas dezenasde minicursos e palestras e a apresen-tação de cinqüenta trabalhos témicos.Foram abordados temas variados per-tinentes à instrumentação, como auto-mação, otimização, qualidade,controle de processo e preservação domeio ambiente.

o PUC-RJ abriga72 Encontro deQuímica Analítica

Considerado o maior evento daárea no Brasil, o 7QEncontroNacionalde Químim Analítica ocorreu de 8 a 10de setembro, no Campus da rUC-RI.Contou com a partiàpação de pesqui-sadores estrangeiros e o cabedal res-peitável de 370 trabalhos àentíficos.

Foram homenagens especiais oDr. Fritz Feigl e o padre Dr. Leopol-do Hainberger.

Fritz Feigl, cientista austríaco, fi-xou-se no Brasil no final de 1940,sen-do iniàador da témica de ensaios degota (spot tests),'a cuja pesquisa dedi-cou toda sua vida profissional. Os tes-tes de Feigl permitem a identificaçãode milhares de substâncias e a verifi-cação de pureza em vasta gama demateriais, através de reações químicassimples e de baixo custo.

Leopoldo Hainberger exerceu omagistério durante 21 anos na PUC-RI, tendo sido diretor (1959-80) doDepartamento de Química Analítica,e coordenador de Pós-Graduação.domesmo a partir de 1969. Deixougrande número de publicações sobreanálise qualitativa por spot tests equantitativa por reações de Feigl.

o ABPol promove 22Congresso de Polímeros

A Associação Brasileira de Polí-meros - ABPol estará realizando, en-tre os dias 5 e 8 de outubro, noPalácio das Convenções do Anhem-bi, em São Paulo, o 2QCongressoBra-sileiro de Polímeros, onde serãodiscutidos trabalhos envolvendo oavanço da tecnologia na área. O en-contro, patrocinado por grandes em-presas do setor, busca promover aatualização e a recidagem técnico-àentífica e contará com a presençade personalidades dos melhores cen-tros temológicos do mundo, cientis-tas, expoentes nas áreas técnicas, eprofissionais de "marketing" e daqualidade.

Paralelamente ao Congresso, terálugar uma exposição industrial ocu-

pando uma área de 130Om2no hal1nobre do prédio, dividida em estan-des de 12 a 48m2 a serem utilizadospelos patrocinadores do 2QCBPol. OSebra~SP estará subsidiando algunsdosestandes para as micro e peque-nas empresas transformadoras deplásticos e borrachas.

Único evento no Brasil a cobrir de. forma abrangente todas as áreas queenvolvem polímeros, marcará o 5Qaniversário da ABPol, entidade quecongrega perto de 100 empresas emais de mil sócios individuais dasáreas de pesquisa, ensino e prodtiçãode compostos poliméricos, e suasaplicações. O 1Q Congresso, realizadoem 1991, contou com centenas departicipantes inscritos e mais de 180trabalhos técnicos, marcas que já es-tão sendo suplantadas.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - ~93 - Jul,fSet. 19933

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[ACONTECENDO IQuímica da Amazônia: últimos preparativos

A A~está ultimando providênciaspara o 1 Simpósio Internacional s0-bre Química da Amazônia (151Inter-nationalSymposium on Chemistry of tireAt1l(!Zon);que terá lugar em Manaus(AM),de 21 a 25 de novembro. O even-to é uma promoção conjunta de: Ame-rican Chemical Society (ACS),Centrode Tecnologia Mineral (CEIEM)e Ins-tituto Nacional de Pesquisas da Ama-zônia (INPA),além da AssociaçãoBrasileira de Química. O Comitê Cien-tífico conta com os Professores EneasSalati, José Seixas Lourenço, LauroMohry, Otto R Gottlieb, Peter RudólfSeidI e Roberto VillasBôas.

Foram ,localizados grupos no País .e exterior que investigaram a geoquí-mica, hidroquímica, química ambien-ta! e química de produtos naturais daAmazônia. Estes foram convidados atomar parte no Simp6sio, juntamentecom especialistas em processos quími-cos que determinam a biodiversidade.O evento tem por objetivo reunir ecomparar toda a informação possívelsobre a química da Amazônia e exa-minar alternativas para o desenvolvi-mento da região com a menorinterferência possível nos processosnaturais que ocorrem no ecossistema.

Serão apresentados ~. de 50 tra-balhos, abordando tópicos comoefluentes industriais, étl:ividadesextra-tivas, rios grandes e pequenos, lagoasnaturais e artificiais, água da chuva,ciclos biológicos, novos produtosnaturais, química e preservação, ec0-logia química, inveStigação de produ-tos bioativos e proteínas de plantas,elaborados a convite por pesquisado-res da Alemanha, Colômbia, EUA,França, Itália, Peru, Reino Unido e

, grande número de Fstadós brasileiros.

Tendências - Em recente viagem aoexterior para finalizar alguns contatoso Prof. Peter Seidl, presidente da AIQ,constatou o resswgimento do interesseem produtos da floresta tropical úmida(notadamente os fánnacos) e verificouque as repercussões do evento.,já ha-viam extrapolado o meio acadêmico in-ternacional. A iniciativa de conhecermelhor. a Amazônia e gerar conheci-mentospara aproveitar a sua riqu~,ao mesmo tempo qqe se mantém sua.Ú\tegridade biológica, vem ao encontro

4

de aspiraçõeshistóricasda classe p0-lítica e empresarial.

O fato de que a maior riqueza daAmazônia está na combinação dosfatores que deteI1IÜnamsua biodi-versidade e não no somatório dos re-cursos naturais que podem serextraídos, constitui um argumentoirrefutável,para a sua preservação.

O que motivou - A'Região Amazô-nica representa uma grande parte daAmérica do Sul. Contém o sistemamais extenso do mundo de florestastropicais e, provavelmente, mais dametade de todas as espécies de seresvivos que habitam o planeta.

A q~ca tem um importante pa-pel na preservação da fauna e flora daAmazônia. Trata-se da ciência que for-nece a base para a investigação de fe-nômenos naturais relacionados àcompetição entre espécies, sua propa-gação espacial e a resposta a fatoresexternos, gerando os conhecimentosnecessários para o correto manejo deecossistemas naturais. Serve tambémpara revelar materiais e substânciasyaliosas que, se explorados racional-mente, poderiam proporcionar às p0-pulações locais um padrão de vidacondigno durante muitas gerações.

A geoquímica, hidroquímica, quí-mica ambienta! e química de produtosnaturais da região amazônica vêmsendo intensamente pesquisadas. En-tretanto, a maioria desses estudos érealizada em laboratórios distante; da

origem das amostras e os resultadosraramente encontram o caminho devolta, para aqueles que estão emuma posição na qual possam contri-buir para a preservação e/oudesen-

. volvimento racional da região. .

A Associação Brasileira de Química(ABQ)realizou, em outubro do ano pas-sado, um evento de âmbito nacional s0-bre a "Químicada Amazônia"(o XXXIICongresso Brasileiro de Química). Umaanálise de tópicos como: recursos natu-rais renováveis, a interface entre a quí-mica e a biologia, indústria e poluição,bem como a história da pesquisa 'e en-sIDoem química, serviu para confirmara riqueza e diversidade da biomassa daregião. O fato de que atividades ecoDÔ-'

micas contribuem para dizimar este va-lioso recUrso natural, ao invés deaproveitar as suas potenc4ilidades, éuma clara indicação do alto grau de ig-rorância sobre a região e o que ela tema oferecer:

Foi em face desta constafação que aAIQ passou a mobilizar pessoas e insti-tuições que pudessem reunir as infor-mações necessárias e estabelecer oscanais para transmití-las a órgãos gover-namentais, entidades de classe, meiosde comunicação e à sociedade em geral.O primeiro ftuto desses esforços será ro-lhido em rovembro, no I!!Simpósio.

o CaAD movimentausuários dacomputação científica

Um convênio entre o INce -CNPqea WM-Brasilvem oferecendo, ao longodo ano, os Colloquiaem ComputaçãoCientífica de Alto Desempenho (C3AD).São conferências realizadas sempre naúltima semana dos meses ímpares - ja-neiro, março, ele. - e contam com a pre-sença de um pesquisador internacionalvisitante que apresenta palestras, con-duz reuniões de trabalho e discussõesna área de computação científica.

O pIÓximo Col1oquiumserá ministra-do pelo pesquisador Ramón CarlxS,daUniversitat de Girona, Fspanha, de 27de novembro a 5 de dezembro, com acolaboração do professor Mário Gian-biaggi, do CBPF.O tema,de sua palestraprincipal será: "Problemas Matemáti-cos e Computacionais em QuímicaQuântica". Para maiores informações,o telefone do INce é (021) 541-2132,ramal 118.

REVISTADE,QUíMICAINDUSTRIAL- ,N° 693 - Jul./Set.1993

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;

DA PARAIMAGINAR UMMUNDOSEMCURIOSIDADE

PELO FUTURO?A Hoechst estápresente em inúmeros segmentos da

atividade humana. Uma grande e diversificadaindústriaquímica e farmacêutica que desenvolvemundialmente -,uma filosofia de trabalho que busca novas alternativasesoluções para nossasnecessidadesde hoje e do futuro:@Hoechst High Chem.

Uma filosofiaque abre um enorme leque de sofisticadosprogramas tecnológicos. Pesquisa,desenvolveprocessos deponta e produtos de qualidade voltados para o homem ecom absoluto respeito à natureza.

@Hoechst High Chem é o nosso compromissopermanente com a qualidade de vida.

Hoechst(B

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ACONTECENDO

D Projeto' 'Químicopor um Dia"

A ABQlançou, para este semestre,um projeto-piloto denominado Quí-mico por um Dia, que visa à orien-tação vocacional de estudantes dasúltimas séries do 2Qgrau. A idéia épermitir que o estudante passe umdia inteiro participando das ativida-des desenvolvidas usualmente pelosquímicos, a fim de conhecer melhoras nuances da atividade profissional,tanto em indústrias como em insti-tuições de pesquisa.

Já estão inscritos, como anfitriões,o Centro de Tecnologia Mineral(CEIEM)e as empresas Alia-Rio e Ri-misa; como visitantes, o ColégioBatista Brasileiro e os Cursos Martinse Van Gogh. As visitas ocorrerãoentre outubro e novembro; outrasempresas e colégios interessados de-verão contactar o Diretor de Educa-ção e Difusão Química da ABQ,Prof.Alvaro Chrispino.

A preparação da visita do ColégioBatista Brasileiro à fábrica de vidro daRimisa, envolvendo professores e alu-nos da 6;[série do 1Qgrau ao 2Qgrau,vem gerando surpreendentes ativida-des educacionais interdisciplinares.Desde redações com temas orientadosaté atividades de integração socialvêm sendo ~desenvolvidas com bonsresultados, comprovando a utilidadedo projeto como instrumento de apoioao ensino de Ciências.

D Escola de Químicada UFRJ: jovemsexagenária

A EQ/UFRJcomemorou, em sua60;[ versão, a já tradicional Semanada Escola, entre 23 e 27 de agosto,com pal~tras, cursos, mesas redon-das e outros eventos.

O prof. Athos da Silveira Ramosproferiu a palestra "Os 60 anos daEscola de Química". Outro destaquefoi a mesa redonda "Efeito da Deses-tatização nas Indústrias Químicas",que contou com a participação dodeputado federal PZ'.lloRamos, alémde cinco dirigentes de indústrias es-tatais e recém-privatizadas. A diver-sidade de pontos de vista entre osdebatedores foi o atrativo do evento.

Foram inúmeras as homenagens aex-alunos e funcionários da Escola.

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O fundador e editor durante mais de50 anos da nossa Revista/de QuímicaIndustrial, Jayme da Nóbrega SantaRosa, foi um dos homenageados, aolado das profs. Eloisa Biasotto Mano,diretora da IMA/UFRJ,e Norma DoraMandarino, Diretora Secretária daABQ,de Antonio Seabra Moggi e ou-tros ex-alunos que se destacaram navida profissional.

D EspecialistasMundiais no 32Congresso de Tintas

Sessenta e três profissionais de re-nome da indústria mundial de tintasse fizeram presentes no 3QCongressoInternacional de Tintas, entre 8 e 10de setembro, no Palácio das Conven-ções do Anhembi, em São Paulo.

O principal erifoque do Congressofoi dado às modernas tecnologias de-senvolvidas nos mercados que lide-ram o ranking de todo o globo - doqual o Brasil ocupa a 5;[posição. No-mes como o do dr. Heinz Karl Roth -ex-presidente da Associação Brasileirados Fabricantes de Tmtas (Abrafati) eda Glasurit do Brasil, e de J.D. Remijn-se, da Akzo Coatings, proferiram pa-lestras que abordaram temas variados,desde "Certificação ISO 9000" até"Desenvolvimento Mundial da Tecno-logia de Tmtas na Década de 90", pas-sando por "Espéssantes Associativos esuas Aplicações".

O Congresso, que contou com trêssessões plenárias e sessenta pales-tras, destacou também o atual está-gio de adaptação de equipamentosao novo perfil tecnológico do setor,mais voltado para atender as exigên-cias vigentes de proteção ambiental.

Paralelamente ao Congresso, tevelugar a 3;[Exposição Internacional deInsumos para Tintas, com a partici-pação de setenta expositores de equi-pamentos, serviços,. matérias-primase embalagens.

D ETFQ-RJ comemoraJubileu de Ouro

A Escola Técnica Federal de Quí-mica completou, em 16 de agosto úl-timo, seus cinquenta anos deexistência. Comemorou com uma se-mana de eventos, destacando-se oEncontro de Dirigentes das InstituiçõesFederais de Educação Tecnológica,que

discutiu o ensino sob o enfoque daqualidade" definiu diretrizes opera-cionais para implementar o Plano deAção-93e avaliou o desempenho dasEscolas em 1992.

Em seguida, foi realizado o 3Qco-NET - Congresso Nacional de EducaçãoTecnológica, no auditório do SENAI,com o tema central "Tecnologia eQualidade de Vida". -

Estiverám presentes os ministrosMurílo Hingel, da Educação, e Couti-000 Jorge, do Meio Ambiente. Em pa-lestra sobre o Plano Decenal deEducação, o ministro Hingel anunciouum novo sistema nacional de educa-ção tecnológica, com maim participa-ção da iniciativa privada. Reafirmou aseriedade do Governo em trilhar o ca-minho obrigatório e óbvio: elevar o ní-vel da educação no país, para que estealcance uma economia forte e umaprodução industrial com qualidadedo Primeiro Mundo.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- W 693 - Jul.jSet. 1993

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Aditivos paraalimentos

Thais Cavalcante

A maturidade de alguns segmentos e o dinamismo de outros fazem da produção de aditivospara alimentos um negócio muito atraente; tanto mais atraente quanto mais alta for a renda percapita dos consumidores dos bens finais.

,PORTE DO MERCADO -Aditivos alimentícios são subs-tâncias ou misturas de subs-tâncias, inócuas ao homem,adicionadas aos alimentos coma finalidade de reconstituir, nasua totalidade, as característi-cas apresentadas pelos mes-mos antes de sofreremprocessamento. Estão presen-tes no alimento em decorrênciado processo de produção, esta-cagem ou empacotamento.

Quanto à função, os adi-tivos alimentícios podem serclassificados como acidulantes,aromatizantes, antioxidantes,corantes, preservativos,emulsificantes, espessantes,edulcorantes, umectantes, anti-umectantes, intensifica doresde sabor, enzimas, nutrientes(vitaminas, aminoácidos, saisminerais).

Segundo as estimativas do Stan-ford Research Institute International,o mercado mundial de aditivos paraalimentos teria movimentado, em1992, cerca de US$ 6,5 bilhões. Só nosEstados Unidos, as vendas alcança-ram, no mesmo ano, a significativacifra de US$ 3,8 bilhões.

São muitas as controvérsias acercado porte do mercado mundial deaditivos para alimentos. Decorremdas dificuldades de quantificaçãoimpostas pela multiplicidade de adi-tivos disponíveis comercialmente epela diversidade de produtos formu-lados demandados pela indústria ali~mentícia, dadoodinamismo docomércio internacional.

As estatísticas disponiveis sobre omercado de aditivos nos países maisindustrializados confirmam que oconsumo em alimentos exibe, tradi-

Pur.c/Divulgação

cionalmente, uma certa estabilidade,mesmo em períodos de recessão eco-nômica.

Contribuem para o porte e estabi-lidade do mercado, as vendas deprodutos como os ácidos cítrico eláctico - empregados como acidulan-tes - comercializados em larga escalanos Estados Unidos ena Europa Oci-dental. São produtos que mantêmum alto grau de essencialidade nasaplicações a que se destinam, dadaa singular combinação das proprie-dades que exibem; em outra's pala-vras, podem ser consideradoscommodities que preservam um certocaráter diferenciado.

Na década de 70, o ritmo de in-trodução de inovações em aditivos .para alimentos nos mais importantesmercados mundiais era consideradolento. A maioria dos produtos emutilização já se encontrava disponi-

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL ~ NO 693 ~ Jul./Set. 1993

vel há pelo menos duas décadase alguns segmentos atingiam amaturidade, passando a apre-sentar expansão moderada.

Para o ácido cítrico, p. ex.,as expectativas de evolução doconsumo no mercado norte-americano não superam a taxade 3% a.a., para o período en-tre 1991 e 1996. Entre os pro-dutos mais representativosnaquele mercado, o destaquevai para o ácido láctico, cujoconsumo deverá experimentarum crescimento de 8% a.a., nomesmo período, graças à sin-gular combinação de proprie-dades que fornece ao alimento- realça o sabor ácido e aindaatua cOmo preservativo eumectante.

No Brasil, o baixo poderaquisitivo Ga população não

estimula investimentos por parte daindústria alimentícia, constituindo-se na principal causa da manutençãode um nível de consumo per capitade acidulantes 10 vezes menor queo registrado nos Estados Unidos.

Para José Pedro ChimeIli, ger~ntecomercial da Sínteses e Fermenta-ções - maior fornecedora de ácidoláctico e derivados para a indústrialocal - é fundamental que asempre-sas continuem trabalhando nodesenvolvimento de novas aplica-ções/formulações, capazes de solu-cionar os problemas específicos daclientela. ChimeIli acredita na inten-sificação do uso de produtos natu-rais pela indústria alimentícia. Nomercado brasileiro, ele aposta no po-tencial fornecido pelo segmento dosemqutidos de carne para o lactato desódio, graças ao "controle rigorosoda carga microbiana do alimehto, à

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ADITIVOS PARA ALIMENTOS

EquiPamento para a produção de ácido /áctlCO

melhoriana textura,ao realceno sabore ao aumento no rendimento de pro-cessamento(ação umectante),propor-cionadospela aÇãodo Proclutd'.

MUDANÇAS RECENTES- A déca-da de 80 trouxe para a indústria deaditivos transformações significáti-vasoDentre os aspeetos mais relevan-tes, destaque-se a crescente demandapor alimentos com baixos teo-res de gordura e açúcares (die-téticos). Nos países mais de-senvolvidos, esse impacto sefez sentir em toda a indústriamas incidiu, particularmente,sobre a produção de espessan-tes, aromatizantes e edulco-rantes.

A substituição parcial ou to-tal de gorduras é complexa,pois implica na necessidade demanter-se, após o processa-mento, o conjunto de caracte-rísticas originais do alimento,tais como o sabor (palatabili-dade), a aparência (corpo, flui-dez e textura) e a estabilidade("shelf-life"- vida de pratelei-ra do produto final).

Atualmente, os grandes for-necedores de aromas do mer-

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cado mundial concentram esforçosno sentido de atender à demanda

'~ por formulações capazes de restituir~ ao alimento característicasimportan-% tes - tais como a forma na qual o~ sabor do alimento é percebido - mo-a. dificadas em decorrência da substi-

tuição de gorduras e açúcares.Já os principais produtores de hidro-

colóides - produtos com uso consagra-do como espessantes e estabilizantes,trabalham em estreita integração com aclientela para desenvolver, a custosadequados, sistemas/formulações queatendam às exigências do cQnsumidorfinal dos alimentos dietéticos. Em mui-tas aplicações, os hidrocolóides tam-bém são empregados como substitutos(imperfeitos) da gordura subtraída nopreparo do alimento.

Espessante~ - Em termos gerais, de-nomina-se espessante, todo materialque se dissolve parcial ou integral-mente em água fria e/ou quente,produzindo suspensões ou soluçõesviscosas.

Em produtos alimentícios, os es-pessantes contribuem para o contro-le da textura e da estabilidade.Tecnologicamente, estão associadosa uma variedade de propriedadesfuncionais que incluem as de agentesde ligação (em salsichas),clarificado-res (vinhos e cervejas), de turvação(sucos de frutas), emulsificantes(maioneses) e gelificantes (pudins eoutras sobremesas).

Quadro 1 - Classificação de hidrocol6idessegundo origens e método de obtenção

Fonte: Lopes, L; Andrade, C.T.; Mano, E.B.; O valor das Gomas paraa Indústria, in: Ciência Hoje, Março de 1991, SBPC.

Os polissacarídeos hidrossolúve~(ver Quadro 1) também denominedos hidrocolóides ou gomas, deseITpenham funções decorrentes defeito espessante e são empregadoisoladamente ou em misturas, corduzindo à intensificação da propritdade requerida na produção dialimento. .

A par da especificidade d,os novoprodutos - à base de carbo~dratos 01proteínas - destinados à fabricaçãlde alimentos dietéticos, a participação de hidrocolóides ainda é domnante no mercado norte-americancrepresentando mais de 85% do vaIodas vendas, estimadas em US$ 101milhões, em 1991.

As oportunidades fornecidas pelemercado de alimentos dietéticogeram uma demanda adicional pohidrocolóides que, embora de pequeno porte, tem se mostrado firme a<ponto de estimular a realização dinovos investimentos na produção digoma carragenana, pectina e gom.xantana, pelos grandes produtore:mundiais - FMC, Hercules, RhônePoulenc e Sano fi.

Tomando como exemplo os Estados Unidos, as estimativas do consumo de espessantes assumem aitaxas anuais de crescimento apresentadas no Quadro 2, que também inclui o consumo de auxiliares dIformulação, aromatizantes e intensificadores.

O enorme potencial de utilizaçã(dos hidrocolóides em alimento~ainda é muito pouco aproveitado no Brasil. O país dispôldas fontes das matérias-pri.mas e de uma indústria ali-mentícia tecnologicamentEmoderna mas o nível da' ativi.dade produtiva local perma.nece . reduzido, como atesta epequena capacidade de pro-dução nacional de gomas.

Registre-se a produção na.cional de carboximetilcelulostsódica - CMC, a cargo da Oxi-teno e da Aqualon, ainda emníveis inferiores às necessida-des da indústria alimentícia lo-cal. Atualmente, a Oxiteno,tradicional fornecedora doproduto para os segmentos dEtintas e vernizes e petrolífero,concentra esfórços no sentido

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ADITIVOS PARA ALIMENTOS

Quadro 2 -Mercado atual e projetado de aditivospara alimentos - Estados Unidos

Fonte: Thayer, A.M.;"Food additives"; in:Chemical and Engineering News, June 15, 1992.Notas: (a) Produtos à base de carboidratos ou proteínas empregados em substituição à gordura;

(b) Inclui emulsificantes, tensoativos, espessantes, agentes de ligação;(c) Inclui hidrocolóides (US$ 270 milhões); celulose e derivados (US$ 200 milhões).

de ampliar sua participação na in-dústria de alimentos. A empresa re-gistra vendas regulares para ossegmentos de fabricação de sorvetes,iogurtes, refresco em pó e tambémfornece o espessante para fabricaçãode pós adicionáveis ao leite e parafabricação de leite de côco.

Para Antonio Luiz Barbosa Filho,do grupo de P&D em aplicações daOxiteno, o reduzido interesse dasempresas químicas nacionais pelaprodução de gomas é reflexo da faltade tradição em P&D e reduzida ex-.periência em processos de extração epurificação de produtos naturais,quer sejam oriundos de exsudatosvegetais, sementes ou algas.

Aromatizantes '7 São substânciasque se adicionam aos alimentos paraintensificar, regenerar, modificar oumascarar o sabor.De acordo com aorigem, os aromas são classificadosem: naturais, tais como os óleos es-senciais, óleos resinas, condimentos,sucos de frutas e extratos; e artifi-ciais, produzidos sinteticamente.

A aplicação de aromas é funçãodo tipo de alimento e dq processoempregado na sua fabricação. Naavaliação do grau de compatibilida-de do ingrediente, são levados emconta os seguintes principais aspec-tos: estado físicó do alimento.;tem-peratura de aplicação; temperaturade degustação; solvente; acidez doalimento; mascaramento; estabilida-de ("shelf-life");e embalagem do ali-mento.

O conceito de aroma envolve for-mulações complexas, com a utiliza-ção de cerca de 40 ingredientes, emmédia, em cada uma delas, selecio-

REVISTADEQUíMICA INDUSTRIAL- N2 693 - Jul./Set. 1993

nados entre mais de 3.500 substân-cias diferentes, entre aldeídos, éste-res, álcoois e uma vasta gama deoutros componentes.

Nos países mais industrializados,a participação de ingredientes natu-rais já supera 75% da demanda dearomas da indústria de alimen-tos e bebidas, ficando a parcelarestante atendida por produtossintéticos. Nos Estados Unidos,a indústria de bebidas (alcoóli-cas e não-alcoólicas) respondepor 25% do consumo total, aprodução de laticínios por 18%e a atividade de panificação por15%, vindo em seguida o con-sumo em sanduíches e outrosalimentos processados, estima-'do em 12% do total.

A màior parcela das necessi-dades locais de ingredientes ati-vos permanece suprida porimportações. A produção nacio-nal é bastante reduzida, pois opequeno porte das demandas in-dividuais restringe a realizaçãode investimentos na produção,localizada em poucos países. Asempresas aqui instaladas concen-tram suas atividades na formula-ção de aromas, que destinam à

; produção localde refrigerantesealimentos e ao mercado interna-cional.

"~ Como a imensa maioria dosprodutos formulados é destina-.da a clientes que encomendam,\lma "aplicação", as ~mpresasbuscam desel1vol ver! formula-ções específicas, a um custoa.dequado. Além de constituir-se em um segmento que traba-lha à base de encomendas,

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registram-se flutuações da demandapor formulações, provocadas por al-terações no gosto do consumidor,muitas vezes de natureza subjetiva.

A par das controvérsias sobre asvendas de aromas no mercado in-terno, as estimativas convergem paraum valor em tomo de US$ 70 mi-lhões. A IFF - Intemational Flavorsand Fragrances, e a Givaudan-RoureCorporation, líderes mundiais daprodução de aromas, também ponti-ficam no mercado brasileiro.

TENDÊNCIAS - Diagnósticos seto-riais elaborados por conceituadasempresas de consultoria dos EstadosUnidos apontam para uma evoluçãono consumo de aditivos segundo astaxas apresentadas na Figura 1.

No período mais recente, as ex-pectativas da indústria de aditivosconduziram a uma série de movi-

PARA SUAS PEQUENASQUESTÕES DIÁRIAS:

Quem Faz...?

O Anuário abrange 992 empresas,20 Centros de P&D, 90 universidadese 55 entidades de classe.

O Que Faz...?O Anuário aborda cerca de 10.000

produtos entre intermediariosquímicos (de síntese e uso) eespecialidades químicas.

Onde Fica...?

O Anuario contém informaçõesprecisas de endereços de todas asempresas e entidades contidas ~omesmo.

O Que usa...?O Anuário relaciona 2287

princípios ativos com asespecialidades (e seus fabricantes)que os consomem.

TENHA SEMPRE À MÃo O

ANUÁRIO DASINDÚSTRIAS DE

QUÍMICA FINABRASIL

VENDAS: ABIFINA. FONE: (021)240-2280-FAX:(021)220-9287

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ADITIVOS PARA ALIMENTOS

mentos que incluem fusões, aquisi-ções e mesmo o reagrupamento dedivisões de empresas. O reordena-ment<idas estratégias se dá na dire-ção da consolidação de empresasdiversificadas e diversificantes. Nocurto/médio prazo, é imperativofornecer extensas linhas de ingre-dientes e produtos formulados e for-talecer a assistência téCnicanos maisimportantes mercados (Estados Uni-dos e Europa Ocidental).

Os.mercados çle países da Amé-rica Latina e da Asia (Regiãodo Pa-cífico) são considerados boasoportunidades de negócios pelamaioria dos grandes produtores deaditivos alimentícios. Não significadizer que a globalizaçãoda indústriajá seja uma realidade, dado que sóum número relativamente pequenode empresas exibe 'as vantagens ne-cessárias .para competir de maneiracoordenada em muitos dos merca-dos nacionais.

FIGURA 1MERCADOATUALE PROJETADO

DE ADITIVOSALIMENTíCIOS

FIGURA 1A- EUA 1991 -

Total=US$ 3,83 milhões24,0%

FIGURA 1B - EUA 1996 -

Total=US$ 4,52 milhões

23,6%

6,0%,9%

31,0% 28,5%

~AROMATIZANTES I2iIAUXILS.DE FORMULAÇÃO s:;JPRESERVATIVOS~ACIDULANTESr;:;JEDULCORANTESIiiiIAUXILS.DE PROCESSAMENTOOOCORANTES

~

NO NORDESTE, O FUTUROEAGORA

o Banco do Nordeste tem um programa

de crédito especial para empresas quequeiram tornar-se mais modernas e

competitivas, ingressando em áreas detecnologia de ponta.

É o PRODETEC-Programa de Apoio aoDesenvolvimento Tecnológico Industrial,do FNE-Fundo Constitucional deFinanciamento do Nordeste.

Informe-se gratuitamente sobre os requisitos

específicos para este financiamento naAgência do BNB mais próxima.

E antecipe ofuturo em seu empreendimento.

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~ ... BANCO DO NORDESTEU ~ DO BRASILS.A.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- N' 693 - Jul./Set. 1993

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A hora e a vezda Biotecnologia

Thais Cavalcante

Evolucionária ou revolucionária, a biotecnologia terá que sobreviver à. seleção de mercado. Seu crescimentodepende da diminuição de

custosem muitas de suas potenciais aplicações.

CARACTERIZAÇÃO- Quan-do a definição de uma dada in-dústria não conta sobre suabase técnica e mercadológica enão revela suas potencialida-des, é provável que não se es-teja tratando, de fato, de umaindústria. Pode-se, em certoscasos, estar analisando uma in-dústria emergente.

Em sentido amplo, a biotec-nologiacompreende quaisquerprocessos ou produtos tecnoló-gicosque utilizem entidades vi-vas(plantas, animais oumicrorganismos) ou nelas pro-duzam modificações.Os atoresprincipais são, portanto, agen-tes biológicos.

As abordagens sobre o tema já sãotantas que é aconselhável,neste pon-to, guardar apenas a definição daABRABI - Associação Brasileira dasEmpresas de Biotecnologia. Para aentidade, biotecnologia é li... todoprocessode produção industrialque utiliza seres vivos ou partesfuncionais isoladas de seres vi-vos. Estão incluídas aí as técni-cas centrais de obtenção deprodutos por via biot~cnológi-ca, como também o conjunto detécnicas de manipulação dessesprodutos e de sua entrega aomercado. Abrange as técnicasgerenciais destes processos, im-bricando-se com a gestão daprópria empresa".

Segundo a mesma ABRABI,abiotecnologia pode ser classifi-cada em convencional e avançada.No primeiro nível compreendea utilização de li... seres vivos

_tlDiwlgaçAo

encontrados na natureza e otimiza-dos para determinada função produ-tiva por isolamento, seleção ecruzamentos genéticos controladosentre espécies e variedades sexual-

Quadro 1 -Classificação da Biotecnologiasegundo a Complexidade Tecnológlca

BIOTECNOLOGIA CONVENCIONAL

Tecnologiasconvencionaisde fermentação.Genética clássicade animais e plantas (e.g. sementes híbridas). Produçãoconvencionalde vacinas e sub-produtosdo sangue. Extraçãode produtosde químicafina naturais. Produçãoconvencionalde biomassa e seu aproveitamentono. manejo de solos, dereieitosmineraise na exploracãode cetróleo.

BIOTECNOLOGIA AVANÇADA

"Engenharia genética" e tecnologia industrial de organismosrecombinantes e de produtos de fusão celular. Manipulaçãode células e vegetais (e.g. micropropagação industrial deplantas, produção de sementes artifICiais,fitoquímica "in vitro",tecnologia de manipulação de célula-ovo e de embriõesanimais). Imunotraçadores e imunoendereçadores paramicroidentificação molecular rápida.Fonte: ABRABI (1990); Programa de Competitividade Industrial, Setor

Biotecnologia. Rio de Janeiro.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- N" 693 ~ Jul.{Set. 1993

mente compatíveis". A biotecno-logia avançada, por seu turno,transforma os organismos pro-dutores tal como ocorremna na-tureza; manuseia e controla ofuncionamento das células emcondições operacionais inteira-mente distintas das naturais emanipula partículas celulares ebiomoléculas constituintes (verQuadro 1).

A NOVABIOTECNOLOGIA-A interdependência entre as téc-nicas biológicase a ciênciainten-sificou-semuito na segunda me-tade deste século, como atesta aforte ligação da biotecnologiacom a bioquímica, biofísica, fi-

siologia, genética, microbiologia,far-macologia, virologia, botânica e azoologia.

Especialistas no assunto afirmamque a modernização das técnicasbio-lógicas científicas teria tomado por

base o padrão de desenvol-vimento observado na quím.icae na física, que enfatizava a in-trodução e difusão de novosequipamentos, tais como os mi-croscópios de alto poder deresolução, ultracentrífugas, es-pectrofotôm~tros, cromatógra-fos, entre m 'tos outros.

A possibili ade de transferir,incorporar e reproduzir pedaçosde DNAestranho em um organis-mo hospedeiro revolucionQuosprogramas de melhoramento eseleção de espéciesanimais con-duzidos pelos métodos da gené-tica clássica. Posteriormente, afusãode protoplastos(materialce-

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BIOTECNOlOGIA

lular resultante da remoção da pare-de celular) de espéciesvegetais dife-rentes foi alcançada, e, em 1975,osanticorpos monodonais foram gera:..dos, a partir da fusão de célulasani-mais e do cultivo do híbridoresultante - hI'bridoma.

INSERÇÃO NOS MERCADOS -Mesmo tendo a<iquirldo"status" deimportante inovação, a difusão dabiotecnologiapor entre as diversasati-vidades produtivas fica condicionadapelas característicasdas respectivasin-dústrias (mercàdos)e peja experiênciaacumuladapelasempresasnas ativida-des de P&D,produçãoe comercializa-ção de produtos nos diversos merca-dos, quais sejam:

Produtos Químicos - No ramo quí-mico pesado a ofertà mais elástica eflexível dos produtos sintéticos, eseus custos mais reduzidos, com adisponibilidade de matéria-primabarata, orientaram a atividade pro-dutiva - a partir da segunda guerramundial - para a substituição deprodutos naturais (extração e isola-mento) e de fermentação. Dada aatual estrutura produtiva da indús-tria química de base, não se deve es-perar a realização de investimentosem biotecnologia pelas empresas dosetor.

EspecialidadesQuímicas- A utiliza-ção de modernas técnicas biológicaspropicia maior economicidade aosprocessos de obtenção de enzimas,aminoácidos, polissacarídeos de ori-gem microbiana (dextrana, xantana,gelana) e auxilia no desenvolvimen-to pe novas moléculas com proprie-dades funcionais superiores.

Mais recentemente, os recursos dabiotecnologia vegetal (cultivo de te-cidos vegetais em. bio-reatores) au-mentaram sua participação naprodução comercial de vasta gamade produtos químicos - gerando in-clusive novas moléculas - com em-prego na formulação de aromas,essências, edulcorantes, medicamen-tos e pesticidas.

Fármacos-A biotecnologia continuaa ter. participação significativa noconjunto das tecnologias utilizadaspela indústria farmacêutica, mesmo

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após a consolidação da indústria pe-troquímica e a difusão das tecnolo-gias de síntese química. A produçãode antibióticos, iniciada na décadade 40, veio a se tornar a aplicaçãomais dinâmica da biotecnologia; apartir dos avanços na microbiologiaindustrial resultantes do melhora-mento genético de microrganismos edo desenvolvimento das técnicas debioprocessamento.

A exploraçãosistemáticada capaci-dade dos microrganismosde produzirmetabólitose macromoléculase reali-zar bioconversões,permitiu também aobtençãode outros produtos com ati-vidade biológica,como.vitaminase fa-tores de crescimento, esteróides eaminoácidos.

Na produção de fármacos,aperfeiçoamentos em processos con-vencionais de cultivo de micror-ganismos (bioprocessamento)somam-se ao uso de técnicas avan-çadas de recombinação de organis-

mos em bio-reatores visando à ob-tenção de novas moléculas com ati-vidade biológica.

Ao contribuir para o conhecimentomais profundo (em bases moleculares)da estrutura e funcionamento dos se-res vivos e de suas partes, as técnicasbiológicas avançadas podem ser utili-zadas como ferramentas para o desen-volvimento racional de novasmoléculas (p. ex., obtenção de proteí-nas humanas em maior escala, por en-genharia genética, para suacaracterização estrutural).

Agricultura - A aplicação das técni-cas de cultura de tecidos vegetais.tem privilegiado a propagação do-nal"in vitro" de espécies, visando àobtenção de biomassa em grande es-cala. As técnicas buscam ainda a ob-tenção de espécies vegetais melhora-das em prazos mais curtos. Os im-pactos dessas técnicas no mercado sãobastante prováveis.

Quadro 2 - Negócios em Biotecnologia na Década de 80

Sandoz e Merck (AP)Chiron; Biogen; RepligenHibritech (AO -US$ 370milhões)

~ Du Pont I DNAPIamTechnology(AP) I - I.P&DpróprioFonte: Viana. LC.S (1991); Inovação Industrial e Biotecnologia: Novos Mecanismos de IntervençãoGovernamental; COPPEJUFRJ.Nota: (") EP - empresa especializada em biotecnologia; GC - grande corporação

EP Re li enGC Merck

GC Eli-Ully

P&D próprio

.REVISTADE QUiMICA INDUSTRIAL- W 693 - Jul./Set.1993

EP IGenentech Calitomia Biotechnology Insulina (LI-EIiUlly);Alfa-interferon (LI-Roche)

GC I Roche Genentech (AQ-60%); - P&D próprioImmunex AP)

Ciba-Geigy P&D próprio;GC I - - empresa de

sementes

EP IBiotechnica Cyanamid (AP);Empresade sementes (AO)

EP I Cetus ShelVTriton (AP) Drogas anti-câncergenéricas

GC ICalifomia EIi-Ully;Pfizer;Biotech. Genentech (AP)

GC I Cyanamid Allelix; Etogen; Pioneer Diversos (LI)Hibred; Biotechnica (AP)

Jomsonr-- -_u I ParticipaçãoGC I &Johnson - - acionáriaem

11 EP's

EP ICalgene Rhône-Poulenc (AP); ISementes(00) rEmpresa de sementes (AO)

1---

Monsanto P&D próprioGC I/Searle - - Inv. (US$ 1,5

bilhõesl

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BIOTECNOLOGIA

Alimentos - Bioconversões simples emúltiplas realizadas por enzimas emicrorganismos continuam predo-minando em atividades tradicionaisdas indústrias de alimentos e bebidas.A utilização das técnicas de imobiliza-ção de enzimas poderá ronduzir a me-lhoramentos significativos em proces-sos empregados na indústria.

EMPRESAS EM BIOTECNOLOGIA

- As primeiras empresas especia1izadasnas novas técnicas biológicas surgiramnos Estados Unidos, em meados da dé-cada de 70,a partir de associações entregrupos de pesquisa universitária e em-presas de capital de risro. A geração denovas drogas para doenças do roração,diabetes e câncer, eram as oportunida-des de negócios mais promissoras.

Mais de dez anos após a comercia-lização do primeiro produto rerombi-nante, a insulina humana, as novasempresas em biotecnologia - em in-glês "New Biotechnology Firms",NBF's, podem ser hoje consideradasde médio porte. Ingressaram nosmercados verticalizando para a fren-te suas atividades (iniciadas comP&D e licenciamento), via associaçãocom pequenas empresas especializa-das e parcerias com grandes corpo-rações (nâ maioria eram clientes dasNBF' s em projetos de biotecnologiaavançada nas áreas da química-far-macêutica, de alimentos e energia -ver Quadro 2).

Em um segundo momento, asNBF's reduziram o volume das ativi-dades de desenvolvimento contrata-das por terceiros, dedicando-se maisà produção e comercialização de pro-d utos / processos biotecnológicospróprios. Ficou claro, também, que aestratégia delineada pelas líderes embiotecnologia buscava fortalecer suaatuação na indústria ,farmacêutica.

Grandes grupos da indústria quí-mica, produtores de insumos para aagricultura e processadores de alimen-tos estabeleceram alianças com asNBF's para ter acesso às novas técnicasbiológicas,diminuindo, assim, os ris-cos envolvidos no processo de capa-citação- elevadosem facedos longosprazos de maturação e da incertezatecnológicaque cercaos projetos.Tra-balhar na fronteira da tecnologiaper-mite a esses grandes grupos

Quadro 3 -Principais Empresas em Biotecnologia - Brasil, 1992

BIOBRAS

CIBRAN (a)

EMBRABIO

IMOVAL (b)VALLÉE (b)FIOCRUZ

Mudas e sementes (detém mais da metade do mercado de sementesde milho híbrido); matrizes para pecuária.

SBS Cultura de tecidos ve etais ara obten ão de mudas e sementes.

IRFA (c) Vacinas e rodutos farmacêuticos ara uso animal.VALLÉE NORDESTE Vacinas e rodutos farmacêuticos ara uso animal.

Fonte: Viana, L.C.S. (1991, 01'. cit., p. 162-67)Notas: (a) Planeja produzir cefalesporina C, 7-ACA (ácido 7-aminocefalosporânicoe cefalosporinas semi-sintéticas.

(b) Empresas do Grupo Carfepe; Imovall: "joint-venture Vallée Nordeste/Instituto Merrieux.(c) Instituto Rio Grandense de Febre Aftosa LIda.

AGROCERES

dinamizar e diversificar mercados,garantindo a geração de novos pro-dutos e processos.

Segundo especialistasno assunto,o controle crescenteda biotecnologiaavançada pelos grandes grupos daquímica e química-farmacêuticamundial terá grande influência sobreo processo de difusão das novas téc-nicas biológicaspor entre os diversossegmentos produtivos. Os movimen-tos efetuados estariam ameaçando aconsolidaçãodas pequenas empresasespecializadas em biotecnologia,cujasobrevivênciadepende do acesso aosgrupos universitários de pesquisa,da manutenção da excelência nessaatividade e da exploração de nichosde mercado. .

volvimento da biotecnologia moder-na. Entre as mais de trinta afiliadas,destaque-se a atuação das empresasreunidas no Quadro 3.

Segundo dados da ABRABI,omercado brasileiro de produtos eprocessos biotecnológicos, respon-dia, em 1990,por uma cifra equiva-lente a US$ 17 bilhões (ver Quadro4), ficando a parcela representadapela biotecnologia avançada comapenas US$ 600 milhões naqueleano. Até o ano 2000,a entidade pre-vê que o mercado local alcance US$32 bilhões, dos quais 6 bilhões (valordez vezes maior que o de 1990)cor-respondendo a produtos obtidas viatécnicas biológicas avançadas.

BIOTECNOLOGIANO BRASIL - Aquase totalidade dasep1presas atuandoem biotecnologia nopaís está reunida emtomo da ABRABI, as-sociação de carátermultisetorial, consti-tuída em 1986 parareunir e estimularpessoas jurídicas apromover o desen-

Quadro 4 - Mercado Brasileiro de Prodútose Processos Biotecnológicos... 1990

Fonte: ABRABI (1990), 01'. cit., p.10).,Nota: (O) Processamento de celulose para papel e energia; álcool; biogás;biofertilizantes; biolixiviação; biotratamento na extração de petróleo

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- N2 693 - JuL/Set. 1993 13

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BIOTECNOLOGIA

Não restam dúvidas de que anova biotecnologia está em fase ini- \

daI dê gestação no Brasil.Nesse pe- '

ríodo, as empresas e mercadosselecionam as áreas mais promisso-ras, não existindo, ainda, uma claradefinição de potencialidades e graude impacto da biotecnologia avança-da em cada um dos segmentos pro-dutivos.

Frente a esse contexto, a pergunta

que se coloca é como o Brasil devese inserir competitivamente no mo-

. vimento dé'mudança tecnol6gicamundial - no que se refere à biotec-nologia - dada sua reduzida capad-tação tecnol6gica e considerando-seo fato de as empresas nacionais nãoterem sido capazes de gerar nemmesmo inovações em produto, asso-ciadas ao paradigmatradicional dasíntese química.

Ciência e Indústria cOJ1vivem no Pólo Bio-RioA pré-existência de uma indústria local

de bose tecnológica clássico e de um con-tingente técnico-científico significativo emBiociências, levaram a ABRABI,q UFRJe aFioCruza instituírem,em 1988, a FundaçãoBioRio - entidade de direito privado semfins lucrativos- cujo ~jetivo era fomentara implantação de um pólo de biolecnologiano Rio de Janeiro, o Pólo BioRio.

Voltado para a promoção e apoio àpesquisa, ao -desenvolvimento tecnológi-co e à sua aplicação à atividade produ-

tiva, o BiC}-Ri°!oiinstalado em uma áreade 207.000m , cedida pela UFRJ e 10-salizada no campus da Ilha do Fundão.E o primeiro porque tecnológico voltadopara a Biotecnologia na América Latina.Juntas, as instituições científicas quel ser-vem de base ao Pólo - UFRJ, UFRRJ eFioCruz- representama maior concen-tração geográficade potencialtécnicC}-científico em biociências e biotecnologiasno país, reunindo perto de 1.000 pes-quisadores e técnicos, distribuídos em 86grupos de pesquisa e desenvolvimento.

A Fundação Bi~io oferece espaçopara a organização e desenvolvimento depequenas empresas de base tecnológico -a incubadeirade empresas,já parcialmen-te ocupada por seis empresas nascentes.

A "incubá~ira" é um conjunto de salasde 30 a SOm, coda:uma de uso exclusivode uma microempresaou projeto.localiza-da no prédio-sededa Fundclção,ofereceuma eficiente infroestruWra de -apoio, queinclui o laboratório de AnálisesQuímicase Microbiológicas,o laboratóriode Culturade TecidosVegetaise o Bancode CélulasHumanase Animais. O custo mensal C(}-

brado pela ~i~;o para sua utilização éde US$ 8/m . A empresa usuária incorre-

rá, também, ao longo do projeto, em custosde materiais e instalações (que permanece-rão de sua propriedade) dei ordem de US$30 mil, em média.

Outro instrumenb polarizador do conjun-10 de esforços voIkldos para a abertura denovas empresas de base lecnológica, é oBalcão sebrae/RJ - BíoRio, inaugurado em

26 de julho último. Especializado no aten-

dirnento ao empresariadoe ao profissinal da área tecnológica, o Balcão Sebrcdesenvolve suas operações no sentido (promovera ofeoo de projebs tecnológiodesenvolvidos em instituiçõescienhncas brsileiras, junto à iniciativa privada.

O suporte tecnológico prestado peBalcão Sebrae-BiC}-Rioenvolve operaÇÕ4nas seguintes principais áreas: asse$$Oria empresários no levantamento de espcificações técnicas de alimentos e prodtos farmacêuticos; informações sob,atividades de pesquisa e serviços deselvolvidas pelas universidades e outros cel

. Femando de Oliveira Santos, (centro) diretordo Sebrae, entrega o Balcão SebraEH3io-Rioao Gerente Marc Diaz (direita)

tros de pesquisa; mobilização dos serv,ços da Fundação BiC}-Rioe instituiçõecientíficas associadas; assessoria a pe!quisadores ou estudantes de áreas técnicas interessados em prestar serviços 01montar empresas, dentre outras~

~íMICA[ ~ -~

Produtos químicos destinados aos setores coureiro-calçadista,de adesivos, detergentes, tintas e vernizes, alimentos,bebidas, m~talurgica, galvanoplastia, plásticos, têxteis e papéis.

fiI. 1ft Si! 1JJ1- -~

,

14 REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAl - N. nQ~ -_1101I~t lQQ~

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XXXIII CONGRESSOBRASilEIRO DE QUíMICA

Fortalez,a debateráQuímica e Cidadania

Celso Augusto Fernandes*

Discutindoeste e outros temas, estarão reunidos em Fortaleza(CE),de 25 a 29 de outubro, pertode 2:J)~QOprofissionais e estudantes, professores, pesquisadores, dirigentes, supervisores e espe-cialistas-de. indústrias, universidades e outras entidades e instituições- nas áreas de química,engenharia química, química industrial c:IcorreIa tas.O maior evento anual da ABQ cresce ano a ano e neste contará com dezenas de convidadosdo Brasile exterior, enriquecendo o debate e apresentando novidades técnicas de suas especia-lidades.Paralelamenteao Congresso, terão lugar o VI Encontrode Química do Nordeste, o 11EncontroNorte-Nordestéde Educação Química, a VIJornada Brasileirade Iniciação Científicaem Química,a I Maratona de Química, a I Jornada Brasileirade Teatro em Química e a Expoquímica/93.

Química: bem oumal da humanidade?

"Não como enlatado porque temmuito produto químico". Quem ain-da não ouviu esta frase?

Os produtos. químicos, e os quí-micos por associação, há muito vêmsendo tratados como os vilões davida moderna.

. Tragédias, como a de Bopal naIndia, são pratos cheios para os de-fensores mais radicais da ecologia edo meio ambiente - "culpa dos quí-micos", dizem.

Os mesmos que "atacam" o usodos produtos químicos na latinha vi-vem a utilizá-Ios nos catalisadoresdas descargas de seus carros, nos fár-macos de seus medicamentos, noscorantes de suas roupas, no esmalteacrílico das' paredes de suas casas ecarros e nos adoçantes de seus ali-mentos, além de usufruírem do con-sumo de bebidas em embalagens deplástico práticas e descartáveis, porexemplo. Tudo isso veio facilitar emelhorar o nosso nível de vida. Se-não embelezá-Io.

Isto é "Química e Cidadania", temacentral do XXXIII CongressoBrasileirodeQuímk:a,a se realizar de 25 a 29 de ou-tubro em Fortaleza (CE).

t) Administrador de Empresas, Assessorda Diretoria da ABQ e membro da ComissãoOrganizaderade Congresso

Qual a responsabilidade do profis-.sional da. química diante do cidadão?Esta é a questão que a Comissão Or-ganizadora do evento espera ver dis-cutida nos cinco dias de debates.

A começar pela Educação Quími-sa, alicerce para foq:nação dos estu-dantes e futuros profissionais,passando por projetos como "a quí-mica e o empresário do futuro",onde são criadas empresas modelopor um ano visando ao aprendizadoempresarial, até campanhas como a"Ciranda da Ciência" que vem des-pertando em milhares de jovens o es-tímulo pelo estudo e pesquisa.

O químico pode e deve ter a cons-ciência de que seus estudos, projetose pesquisas serão em prol da coleti-vidade.

Durante dois anos a Comissão Or-ganizadora, tendo a frente o Pn)f. Air-ton lvIarques da Silva, trabalhou paraque, ao chegarem a Fortaleza, os par-ticipantes deste evento encontrassemabsolutamente tudo acertado.

Mesmo contando com o apoio dasUniversidades Federal e Estadual doCeará, da Universidade de Fortaleza edo Governo do Estado, por meio daSecretariÇ!.de Indústria e. Comércio,não foi fácil a tarefa de angariar recur-sos e motivar pessoas a irem ao Con-gresso. A equipe, coesa e de!erminada,foi ao encontro do melhor resultado.

Mais uma vez, coube à ABQ/Na-cional conduzir as negociações visan-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 693 - JuL/Set. 1993

.do ao transporte e acomodação dosparticipantes, e oferecer o respaldobaseado na experiência de quem, porquatro anos, vem descobrindo o "ca-minho das pedras" para organizareventos.

A festa está pronta, só falta começaro baile. O Prof. Marques da Silva con-tinua alimentando a expectativa de2.000 participantes. Vamos conferir.

Convidadosdo exterior

A ABQ vem mantendo, desde1990, um intercâmbio de projetoscom sua co-irmã, a American Chemi-cal Society - ACS dos EUA, a maiorsociedade científica do mundo, comum quadro de 140.000 associados.

O XXXCongresso Brasileirode Quí-mica (1990)contou com a presença doDr. Patrick McCurdy, Diret()rde Comu-nicações da ACS. Em seguida visitou-nos o Dr. Iohn Malin, Administradorde Atividades Internacionais. Agoravirá ao Congresso, representando aentidade, a Sr~ Sylvia Ware, Diretorade Educação. Haverá uma opórtunida-de de conhecer os projetos daACS nes-se campo e como vem sendo enfocadae exercida a Educação Química, nosEUA e fora dele (a Sr'!Ware é consul-tora do Banco Mundial para a área).

Outro convidado muito esperadoé o Prof. Pierre Porcher, Diretor dePesquisa do Laboratório de Química

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Metalúrgica e Espectroscopia de TerrasRaras do CNRS - a entidade governa-mental francesa para ciência e tecnolo-gia - em Meudon, França. Vejaadiante,na entrevista concedida à RQI, umaprévia de sua apresentação no Con-gresso sobre "uma química além dosmitos e da fobia cultural".

De Grenoble, também na França,virá a Prof"- Marguerite Rinaudo.Diretora do Instituto de PesquisaFundamental CERMAV (100 funcio-nários) do CNRS, que conduz estu-dos em polissacarídeos desde 1984,a Dr"-Rinaudo falará sobre "caracte-rização e propriedades em soluçãode alguns polissacarídeos."

Dos EUA virão ainda ThomasHudlicky e Jon Zubieta. O Prof. Zu-bieta é Químico e pertence à Univer-sidade de Siracuse. O Prof. Hudlickyé também Químico e trabalha comprodutos naturais no Instituto Poli-técnico da Virgínia.

Completam a lista o Prof. Ari '

Usko Ivaska, da Abo Akademi, de

Prc#- Marguerite Rinaudo(França)

Helsink (Finlândia), especialista emeletroquímica analítica, e o Dr. JuanCostamagna, da Universidade deSantiago (Chile).

A prata da casaEstarão em Fortaleza convidados

dos estados de São Paulo, Rio de Ja-neiro, Goiás, Minas Gerais, Santa Ca-tarina, Distrito Federal, Bahia,Pernambuco, Paraíba e Maranhão,além,dos c~àrenses, é claro. São pro-fessores, pesquisadores e empresá-rios que estarão por cinco diasdividindo com os congressistas um

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Prol Ari Ivaska (Fi1lândia)

pouco de seus conhecimentos em di-versas áreas da química.

A palestra do Dr. Oaudio Sonder,.presidente da Hoechst do Brasil, sobrea "CirandadaCiência"vai mostrar comoa empresa privada pode ajudar no setorcie ensino. Uma prévia pode ser obser-vada em matéria nesta edição.

Os temas sobre a químicaparao pró-ximo século e a contribuição da químicaem defesa do consumidor estão sendoaguardados com grande interesse.

Durante o Congresso serão apre-sentadas em forma de painéis e ses-sões coordenadas, 356 comunicaçõescientíficas.

Union Carbideprestigia Jornada

Na VI Jornadade IniciaçãoCientíficaem Química,83 trabalhos serão apresen-tados e julgados por uma Comissão,que na sessão de encerramento doCongresso premiará os cinco melhores.

O primeiro colocado receberá daUnion Carbide do Brasilum prêmio deUS$ 1,000.00e mais US$ 100.00da Co-missão Organizadora. Esta premiaçãoda Carbide ao 1Qcolocado das Jornadasde IniciaçãoCientíficapassa a fazer partedo calendário ofidal dos CongressosBra-sileirosde Química a partir deste ano,como promoção aditiva ao PrêmioUnion Carbidede Incentivoà Química.

Os demais prêmios deste ano se-rão:' US$ 80.00 para o 2Qcolocado;US$ 60.00 para o 3Q;US$ 40.00 parao 4Qe US$ 20.00 para o 5Q.Do 6QaolOQcolocados, serão conferidos Di-plomas de Menção Honrosa, e do 1Q

ao 5Q,placas com a posição obtida.A I Maratonade Química,para alunos

do 2Qgrau, ocorrerá paralelamente aoCongresso e conferirá os prêmios de:US$ 50.00para o 1Q colocado; US$ 40.00para o 2Q;US$ 30.00 para o. 3~; US$20.00 para o 4Q;US$ 10.00 para o 5Q.

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Uma Química além dos mitos e fobiaso Prof. Pierre Porcher é um pesqui-

sador especializado em ciência dos mate-riais e na espectroscopia cristalina dasterras raras, atualmente exercendo a fun-ção de Diretor de Pesquisa no laboratóriodo CNRS em ,Meudon, França.

As terras raras são constituintes de

produtos de alta tecnologia no domíniodos "Iasers" e das telecomunicações. Seulaboratório mantém há muitos anos inter-câmbio científico com laboratórios brasi-leiros das Universidades de São Paulo,Federal de Pernambuco (Departamentode Química Fundamental) e do Ceará(Departamento de Química).

O Prof. Porcher é também um estu-

dioso do comportamento do homem "co-mum" face à Química e antecipa, nestaentrevista à RQI, suas idéias e pondera-ções sobre o tema, que desenvolverá emsua palestra no Congresso.

RQI ~ Como V 52 observa o atual estágiodo desenvolvimento da Química no mundo?Porcher - Eu certamente não sou o in-

terlocutor indicado para julgar objetiva-mente a evolução de toda a Química nomundo e, sobretudo, avaliar sua tendên-cia futura. Meu sentimento de cidadão

de uni país rico me' leva no entanto adizer que nos engajamos numa fase deevolução conceitual - conseqüência, porum lado, de um progresso tecnológico"que não deixa de ser imenso, e por ou-tro, de uma modificação da estratégiaindustrial. Penso, entretanto, que este pe-ríodo será de estagnação, até mesmo deretrocesso devido aos problemas ecológi-cos causados por esse desenvolvimento.

Dizer que "o período de retrocesso che-gou" significa que a agitação dos políticose das associações ocológicas não constitui-rá uma pressão bastante forte para lutarcontra o crescimento inelutável da poluição;A razão é simples, talvez mesmo simplista:a nova situação política mundial conduz anovas relações de forças políticas e a umtotal redesenvolvimento estratégico da in-dústria, em escala planetária. Há muitosanos se assiste à "relocalização" de indús-trias na direção dos países.do terceiro mun-do, onde os custos de mão-de-obra sãomenores e as preocupações ecológicas se-cundárias - veja-se como exemplo a polui-ção dramática da costa chilena pelosefluentes das usinas de tratamento do mi-nério de cobre. Mais recentemente, foramas atividades de serviços que se dissemi-naram no mundo.

A fim de preservar um mínimo de ativi-dade industrial e uma taxa de desempregoque não seja socialmente explosiva, os paí-ses desenvolvidos deverão se engajarnuma corrida à inovação e, sobretudo, re-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - N' 693 - Jut.jSet. 1993

Prof. PierrePorcher

ver de forma drástica as condições e oscustos de produção, o que significa -sabe-se muito bem - maior produtivida-de, queda nos salários e maior poluição,não necessariamente ao nível do produtofinal acessível ao consumidor (o que seriaconsiderado pelas associações ecológi-cas uma provocação) mas sobre as eta-pas intermediárias - com a produção dediversos eFluentes mais discretos.

Claro que se pode sempre esperar que,sob a influência dos cidadãos, a luta contraa poluição constituirá um novo desafio. Istocertamente ocorrerá, mas em parte só eunicamente em razão das expectativas delucro engendradas e, principalmente, para

Ios países ricos (ricos sem dúvida, mas porquanto tempo ainda?).

RQI - Esta avaliação se aplica a todaa indústria química?Porcher - Há uma área da Química

sobre a qual minha opinião é positiva eque corresponde ao domínio de minhaprópria atividade científica: a Químicade Materiais. Ela é portadora de muitas90S esperanças quanto ao nosso futuro.E também o desafio mór para os paísesricos, porque compreende produtos degrande valor agregado e doravante fa-bricados em condições de cada vezmaior garantia à propriedade industrial.

O termo "materiais" deve ser entendido

em seu sentido amplo: materiais clássicos(plásticos, vidros, cerâmicas, supercondu.to-res, conexões exóticas do tipo vidro-metal,etc.), materiais para a opta-eletrônica (prin-cipalmente para a armazenagem deinfor-mações e as telecomunicações) e sobretudoos materiais bio-orgânicos e sua engenha-ria, para os quais o atraso me parece mui-to grande e cujo futuro, ao mesmo tempoinquieiante e exaltante, é particulármentepromissor.

Destes novos materiais dependerá nos-so sistema de vida futuro. Eles são e se-

rão o fruto da criatividade do químico,pois trata-se bem de um ato de criativi-dade, imaginar e em seguida produzir

um material novo, com as propriedadesdesejadas e p~evistas antes mesmo dasíntese efetiva. E um novo tipo de químicaem computador, pela qual se imagina ini-cialmente a molécula em função das pro-priedades esperadas. Uma talabordagem exige esforços teóricos im-portantes para construir as bases lógicasda modelagem, com o respaleto das téc-nicas da dinâmica molecular é sobretudo

de computadores super-possantes.Como exemplo da limitação atual dos

computadores, pode-se citar o caso daágua - sem dúvida uma das entidades quí-micas mais simples ~ para a qual a dinâ-mica molecular não pode considerar maisde 1200 moléculas simultaneamente, mes-mo com os processadores mais possantes.Imagina-se então bastante bem o progressoÇ1ser feito caso se deseje simular o com-portamento de moléculas complexas, comoos aminoácidos da vida ou mesmo aquelesde um simples medicamento.

Então, antes mesmo de tentar a sínteseefetiva de uma nova molécula, se verá sea molécula virtual vale o investimento ne-

cessário para produzir a molécula real.Esta nova química será particularmente útilno domínio das moléculas complexas dos

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XXXII.! CONGRESSOBRASilEIRO DE QUíMICA

medicamentos. Mas essas técnicas podemtambém ser aplicadas - e já se sabe pelomenos. em parte como fazê-Io - no casodos materiais de opto-eletrônica, onde asmoléculas são relativamente simples.

RQI - Dê aos nossos leitores uma idéia

do que será a conferência "para uma quí-mica além dos mitos e da fobia culfural".Porcher- Ela constitui um ensaio de mi-nha parte no sentido de compreender ocomportamento do cidadão "comum"face à Química. Pois é bem verdade quea Química causá inicialmente medo. Aorigem moderna desse medo provém cer-tamente dos enormes estragos ecológicosque a atividade do homem, por estupidezou pelas condições econômicas, contribuiupara causar. Mas esta é uma percepçãorecente da Química. Existe outra, muitomais antiga, onde a Química causavamedo da mesma forma como se tinhamedo do diabo ou das bruxas. Na IdadeMédia, era a alquimia - com sua conota-ção mágica ou maravilhosa - que os VIiTlhos mestres se dedicavam a perenizar, poramor ao segredo e buscando escapar aosataques da Igreja. Veio em seguida o sé-culo das luzes com o grande Lavosier,gra-ças ao qual a Química começou a seestruturar, e também a se complicar, pelasfórmulas e pela descoberta de uma magiada matéria que continua a causar medo.

Com o fim do Século XIXe início doXX,a Química'se tornou matéria de ensinono liceu e na universidade, mas enfrentan-do relutância dos alunos e sendo antes con-siderada uma série de receitas de cozinhaque uma ciência. Mesmo em nossos dias,esquec&-seque qU,asetodas as característi-cas do mundo moderno são Química e nãose vê mais que o aspecto negativo da po-luiç90 causada por essa mesma Química.

E no entanto provável que esta ciência,situada nos confins da física, das matemá-ticas, da biologia e dela mesma, exigindodo cientista que seja físico, matemático, bió-logo - e (também) químico; detenha em siuma grande parte do futuro, Faz-se poisnecessário domesticar a imagem negativaque nossa sociedade dispensa à mesma.Isto não se fará senão pela educação, guenão se deve restringir ao períedo da infân-cia e sim pJrdurar por toda a vida, demodo a acomPanhar o progresso da Ciên-cia e das técnicas, afim de despojá~as de"di-amaticidade". Deveria se seguir, nessesentido, a inspiração da Finlândia, país comcerca de 15% da população ativa em for-mação permanente, o que sem dúvida fazdeste país o melhor educado do mundo.

Assim, a misteriosa Química reentrarána famrtia dos conhecimentos "doméstica-dos". Mas... pod&-seviver sem mistérios?

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Jornada de Teatro Químico

Apresentaçiio doGrupo A Magia

da Quínica da UFC

A apresentação de "shows" de Quí-mica, visando a desmistificar a ima-gem e incentivar o estudo dessadênciaem alunos d02Q grau, foi idea-lizada pelo Prof. Dr. José Atílio Vanin,do Instituto de Química da USP,e pos-ta em prática em 1985 com a criaçãodo Grupo "Química em Ação", poralunos seus sob sua coordenação.

. Desde então já foram feitas maisde 400 apresentações, no Brasil e noexterior, para um público estimadoem cerca de 65.000 pessoas, e o showjá está em sua 7~versão.

Inspirados nessa iniciativa pionei-ra, inúmeros grupos se formaramcom sucesso no país e agora se apre-sentam peJa-primeira vez juntos emum encontro.

A li! Jornada Brasileirade TeatroQuímico será aberta pelo Grupo "AMagia da Química" da UFC, coorde-nado pela Prof~ Maria Alcione AI-meida de Souza, com 12 integrantes,que também recepcionará os demaisGrupos de Teatro participantes. Sãoeles:

"Química em Ação" da USP, com12 integrantes, coordenado peloProf. Atílio Vanin; "Loucademia deQuímica" da UFPa, com 8 integran-tes, coordenado pelo Prof. Harry Ser-ruya; "Alquimia" da UNESP, com 12integrantes, coordenado pelos Profs.Miguel Jafelicci e Marian Davolos;"Química Ativa" da Universidade doAmazonas, com 12 integrantes, coor-denado pelo Prof. Túlio de OrleanCosta; e "Isto é Química" da UFPe,com 12 integrantes, coordenado peloProf. Arnaldo Carvalho.

Os grupos terão ao seu dispor olaboratório de Química do Clube deCiências da UFC, no Campus doPici, para o preparo e testes dos seusrespectivos experimentos.

A professora Maria Alcione, res-ponsável pelo "Magia da Química",nos diz: "estamos preparando aabertura da I Jornada de Teatro emQuímica, na terra do sol, para recep-cionar bem os demais grupos, com acalorosa hospitalidade cearense" tãoconhecida em todo o Brasil". -

Participação atuante: estudantesOs estudantes sempre foram vis-

tos com especial atenção pela ABQ,nos\;Çongressos de Química. O Con-gresSo de Fortaleza foi montado ten-do muitas atrações, capazes de levaràquela cidade mais de 800 inscritosnesta categoria. Tal número, expecta-tiva da Gomissão organizadora, tempor base que, em 31 de agosto, pra-ticamente dois meses antes, já haviacerca de 500 estudantes inscritos

quase todos de fora, "já que a turmada terra sempre deixa para a últimahora" .

Todos os estudantes de fora deFortaleza terão alojamento gratuito.

Serão ministrados no Congresso 8cursos num total de 64h-aula e 10minicursos num total de 34h-aula,além da apresentação de painéis edas comunicações orais dos melho-res trabalhos selecionados. (-

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Hoechst avalia Ciranda da CiênciaWilson Miltont Jr.

O programa de educaçõo científica de maior e mais longo alcance no país entroucom sucesso em seu oitavo ano e a empresa já planeja a "Ciranda do Ano 2000".

Criada em junhode 1986 pela Hoechst Até o presente, 960 escolas da rede criadas pelos próprios participantes edo BrasilQuímica e Farmacêutica S.A. oficial de ensino já receberam os seus pelo jornal"Consciência", com artigose conduzido pela Fundação RobertoMa- kits." que são em grande parte escritos pelosrinho, o ProjetoCiranda da Ciência exi- A Ciranda da Ciência mantém um jovens envolvidos. 'be cifras expressivas. No início de seu completo programa de treinamentopara Como incentivo adicional à pesqui-oitavo ano, já foram atingidos cerca de os professores envolvidos, que também sa, o projeto organiza concursos entredois milhões de alunos e treinados recebem, regularmente, material auxiliar os Clubes de Ciências, premiando os10.000 professoresdo PrimeiroGrau em de leitura, além de terem à disposição vencedores (ao todo, 9700 jovens játodo o país. Foramdistribuídoscerca de uma equipe técnica baseada na Funda- inscritos e 165 microscópios distribuí-1.000 kits de laboratório e criados ção RobertoMadnho, no Riode Janeiro. dos de prêmio).10.000 Clubes de Ciência, reunindo CLUBESDE CIENCIA - As chamadas Coroando estes resultados, o projeto27.000 crianças. O número de cartas da Ciranda, em filmes institucionaisde vem organizando desde 1988, a nívelrecebidas já chegou a 118.000. 30 segundos cada, são veiculadas na- nacional, o Grande Concurso da Mos-

A V Mostra Nacional da Ciranda da cionalmente pela Rede Globo de Tele- tra de Ciências. Em cada Estado Par-Ciência apresentou 27 tral:>alhosde ex- visão e tiveram um importante papel ticipante, é escolhido o melhor trabalhocelente nível, selecionados de 10.300 na divulgação do projeto. Junto com o de pesquisa feito pelos jovens e, a par-projetos inscritosna fase e~adual. trabalho dos organizadores, provoca- tir daí, é 'realizada em São Paulo aOBJETIVOS E OPERAÇAO - No di- ram uma antecipação na formação dos Mostra Nacional da Ciranda da Ciên-zer de seus organizadores, "a Ciranda Clubes de Ciência. cia. Entre os vencedores de cada Esta-da Ciência é uma introdução ao méto- Os Clubes .já estavam previstos mas do, um júri elege os melhores.do experimental, um caminho para os não se imaginava que surgiriam de for-alunos da 59 à 89 série do Primeiro ma tão rápida e espontânea, com um Criador e entusiasta da Ciranda daGrau conhecerem e se familiarizarem número tão grande de alunos, Contam Ciência, Claudio Sonder, Diretor Presi-progressivamente com a pesquisa. > atualmente com cerca de 27.000 crian- dente da Hoechst do Brasil,estará disser-

Através da distribuição de material ças, reunidas em grupos de 4 a 60 tando sobre o terna no XXXIII Congressode pesquisa a escolas da rede oficial participantes. Brasileirode Química. Ouvido pela Re-de ensino, o projeto tem por objetivo Os Clubes também são alimentados vista de Química Industrial,ele expressadespertar a curiosidade científica dos com propostas, atividades e sugestões aqui sua avaliação pessoal do Projetoejovens estudantes. E, através de cha- fala de suas motivaçõese objetivos.madas na televisão, despertar na pc- c RQI - Um dos principais objetivos dapulação o interesse pela ciência. ~ entrevista é contar a história da Cirao.

Seu principal objetivo é a incorpora- ~ da da Ciência para a comunidadeção de uma atitude científicacomo parte Química. Como surgiu o Proieto?do modo de ser de cada um, o que Claudio Sonder - Os projetos sócio-poderá trazer uma importante contribui- educacionais da Hoechst no Brasil co-ção a qualquer atividade que estes estu- meçaram há onze anos com a Cirandadantes venham a exercer mais tarde. Há de livros, uma iniciativa bem sucooidauma grande esperança de que muitos que distribuiu bibliotecas de alltoresjovens se interessem a ponto de, futura- brasileiros a 30.000 escolas carentes,mente, se tornarem pesquisadores. alcançando 4,5 milhões de crianças.

Foidefinidopara o projetoum mínimo A empresa decidiu prosseguircom umde quatro anos de duração e um caráter projeto que desse ênfase à interface daexlracurricular,pois a sUa filosofiaé ter- ciência e tecnologia com a comunidade.nar a pesquisa científicauma atividade Um programa semelhante havia sido de-leve e ooscontraída, totalmentedesvincu- senvolvic:Jona Hoechst alemã ("O jovemlada de provas, notas e obrigações. pesquisador") para alunos do 22 grau.

A parte instrumentaldo projeto, tota~ O programa, fXlra o Brasil deveria sermente baseada em tecnologia nacional, menos sofisticado, direcionado aos alu-foi definida em torno de um kit que é nos do primeirograu e com amplo aces-um verdadeiro laboratório para inicia- so à faixa carente da população,ção em ciências, contendo quatro micros- visando ao maior alcance social.cópios, lâminas, lamínulas, reagentes O projeto foi concebido pela própriaelementares, manual de instruções,guia Hoechst do Brasil e pela Fundação Ro-dos professores e um fichário de rotei- berto Marinho, que já havia tocado arização das experiências. Cirancla de livros, em conjunto com a

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CIRANDA DA CIÊNCIA

Funbec - Fundação Brasileira para o De-senvolvimento do Ensino de Ciências.

RQI - O que representao Programa\ em investimentospara a Hoechst?. Claudio Sonder - A empresainvestiunestesdoze anos, nos dois projetos só-cio-educacionais, a soma de US$ 25milhões. A Ciranda da Ciência vem re-cebendo US$ 2 milhões/ano. É hoje omaior programa de ciência do Brasil eo de mais longo alcance e duração dopaís nessa área.RQI - Como são aferidos os resultadosdo Programa e o que representa ele,em termos de resultadopositivo no ba-lanço das atividades da empresa?Claudio Sonder - São medidos

anualmente alguns parâmetros, emdois níveis - o do público alvo e o dopúblico em geral. Nestes dois níveistem melhorado ano a ano a imagemda empresa, como preocupada com aeducação do jovem, a melharia dosmétodos de ensino e o desenvolvimento

científico do país. .'

Este é o objetivo da Ciranda daCiência - nenhum outro: tornara

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Hoechst conhecida por melhorar o ní-vel do ensino de ciências e contribuir

para difundir esse ensino no país.RQI - Quais as áreas do conhecimen-to mais contempladas no Proieto? Háênfase maior na área da química? .'..

Claudi.o Sonder - Não há ênfasemaior em nenhuma das áreas. Se hou-vesse, ocorreria um pré-direcionamento'indesejado. O projeto visa a criar, noBrasil, a mentalidade 'pelo interesse nainovação científica. Queremos ter bonsfísicos,bons bioquímicos, bons biólogos,como também bons químicos. A pró-pria Hoechst expressa essa pluralida-de, pois é uma empresa polivalente.RQI - A química vem sendo mais pena-lizada que outras áreas do conhecimentofrente à opinião pública. Podl7se estimarque uma parcela sensível da populaçãoiá esteia perdendo o medo ou mesmo ohorror à química, graças à Ciranda?Claudio Sonder - Concordo que aimagem da química não é boa. O Pro-grama deve ajudar a melhorar essaimagem, através dos jovens em forma-ção, mas é cedo ainda' para avaliarqualquer efeito positivo.RQI - Qual a avaliação e quais asexpectativasda Hoechstquanto à Ci-

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randa da Ciência?

Claudio Sonder - O Programa estásendo continuamente avaliado. Em ju-nho de 1993, entrou em seu 8Qano.Neste momento, a equipe de consulto-res que o acompanha (e inclui pessoasde renome, como o prof. Enio Candotti)visa a projetar a "Ciranda da Ciênciado Ano 2000". Estes jovens dos Clu-bes de Ciência, como se direcionarão~Queremos seguir a trilha dos alunosque se destacaram e estão agora con-cluindo o 2Qgrau.,RQI - Qual será o tema central da

palestra de V. 5a. no XXXIII CongressoBrasileiro de Química?Claudio Sonder - Meu tema central

será: como pode uma empresa, atra-vés de um programa sócio-educacio-nal, contribuir para a melhoria doensino.

No meu entender, a ênfase desseprograma reside em formar a mentali-dade do jovem dedicada à ciência -em abrir os horizontes dos jovens paraas leis da natureza e para o desenvol-vimento científico atualizado.

Vou ressaltar a necessidade de umacolaboração mais íntima entre a indús-tria e a universidade.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- N' 693 - JuLjSet. 1993

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RMN mostra progressono IV Encontro

Sonia Maria Cabral de Menezes 1.

Wilson Milfont Jr.2, Marcus Vinícius M. Barcellos3

Usuários de RMN se reúnem pela quarta vez, trocam experiências e mostram que o uso de~se. método instrumentalno Brasilestá maduro e em dia com o estado-da-arte..!

A Associação de Usuários de Resso-nância Magretica Nuclear (AUREMN)reaIiwu, entre 11e 15 de maio, no Ho-tel do Frade, em Angra dos Reis (RJ),o IV Ertcontro de Usuários de RMN.Aperfeiçoando a fórmula bem sucedi-da dos três primeiros encontros, a or-ganização do evento promoveu ointercâmbio entre os profissionais bra-sileiros e do exterior e reuniu, pela pri-meira vez, usuários pesquisadores daárea de bioquímica. .

O Encontro contou com 80 partici-pantes, sendo cinco convidados do ex-terior. Foram apresentados 55trabalhos técnicos, um número 37%superior ao do III Encontro.

O evento foi patrocinado pelas enti-dades: CNPq, F1NEP,Petrobrás e Varian,contando com os colaooradores:CAPES,FAPERJ,IQ/UFRJ, Tecmag Inc. (EUA)eWhite Martins. Contou ainda com oapoio de: Cambridge Isotope Laoorato-ries, Cerobear Wernhõner & Popp oHG,Isotec Inc., NoreIl Inc. e WIlmad GlassCompany Inc., todas do exterior.

Paralelamente às sessões, o eventocontou com a realização de cursos, ses-sões de "posters" e a divulgação deequipamentos e técnicas em estandese com a presença de técnicos da Va-rian, White Martins e Tecmag.

Intercâmbio - Tônicado IV Encontro

A AUREMN vem contribuindo bas-tante para a divulgação/ ampliação dasaplicações de RMN no' Brasil promo-vendo o intercâmbio entre químicos,físicos e bioquímicos da comuniddecientífica brasileira, em tomo da técni-ca. O IV Encontro reuniu pela primeiravez pesquisadores do país na área debioquímica, recém-chegados de douto-rado no exterior envolvendo RMN, etrouxe o prof. Stanley Opella, que tra-balha na áreade protdnas e pept(deosno

(1)Organizadora do evento e Presidenteda AUREMN; ,(2) Editor da ROI; (3)Auxiliar de Redaçiioda ROI

Depto. de Química da University ofPennsylvannia (EUA), para proferirpalestra sobre o tema.

Outros destaques do exterior foram:James F.Haw (TexasA&M University,EUA) que falou sobre RMN no estados6lido;Raymond J.Abraham (Univer-sity of Uverpool, UK) com Técnicasdemodelagem molecular na análise estruturale de conformaçãousando RMN; VictorYushmanov (Russian Academy ofSciences) com RMN no dÚlgnósticoe tra-tamento de distúrbiosmetab61icos;LaimaBaltusis (Varian Associates) que con-duziu workshop e demonstrou aplica-ções da RMN no estados6lido.

A programação destacou tambémos participantes brasileiros:

Tito Bonagamba (lFQSC/USP)com oseminário "Introdução à RMN no estado s6-lido";Horácio Panepucci (lFQSC/USP)que coordenou a sessão "Avançosrecentesem RMN"; José Daniel Figueiroa VillarOME/RJ) com a mesa redonda "EnsinodeRMN"; Luiz Alberto Colnaga (Embra-pa) com a conferência"IntrtxJUÇÍioàRMNaplicadaaprotdnas";AntomoJorge R daSilva <NPPN/UFRJ)coordenando o pai-nel "Aquisiçfio, instalaçiio e manutençiio deequipamentosde RMN"; PeJer R Seidl(CEIEM) com o semináriô "IntroduçãoàRMN de alta resolução";Roberto RittnerNeto (Unicamp) com a mesa redonda"Perspectivas da RMN no Brasil".

Situaçãoda RMN no país

O IV Encontro evidenciou que aRMN no Brasil vem progredindo rela-tiv.amente bem nestes últimos.. doisanos, com perspectivas de aceleraçãopara a próxima década.

O país conta hoje com 68 aparelhosde RMN (67 cadastrados pela AU-REMN até.junho de 1993e um recém-implantado). Do total, 52 são dos tipos"Onda Contínua", ,"Magneto Perma-nente" ou "'Eletro-Imã com Transfor-mada de Fourier", e 16 são"Supercondutores" (ver Quadro 1).As

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- N' 693- Jut/Set. 1993

freqüências dos "Supercondutores"são de 200 MHz (9 aparelhos), 300MHz (6 aparelhos) e 400 MHz (umaaparelho). Os das outras categoriastêm freqüências entre 20 e 100 MHz.

O primeiro aparelho comercial dopaís em dia com o "estado-da-arte" (dotipo "Supercondutor") data de 1987.Oprimeiro com freqüência de 400MHz foiinstalado em meados de 1993,havendoa perspectiva de compra de mais oitoaparelhos de grande porte ainda esteano, sendo um deles para 500 MHz.

Esta tendência de se caminhar parainstrumentos de campos mais altosestá diretamente vinculada à amplia-ção das áreas de aplicação da RMN noBrasil. Aparelhos de SOOa 7SOMHz,no mundo, estão quase inteiramentededicados à área de bioquímica e aná-lises "in vivo" de proteínas, peptfdeos,DNA, ete. Esta área é a que vem soli-citando - dos fabricantes de equipa-mentos, magnetos e acessórios - odesenvolvimento de espectrômetroscom campos cada vez mais altos.

Inovações do setoro Encontroapresentounovidades

em instrumentação e "software", des-tacando-se:

o...Q)co::;;UW

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IV ENCONTRO RMN

Quadro 1 - Dlstrlbulçae dos aparelhos de RMNpor estadoe funcionamento

Notas: Posição em junho 93 (Não inclui o novo aparelho de 400 MHz)(*)SCON= AparelhosSupercondutores-Fonte: AUREMN

. bançamento do espectrômetro de750 MHz em 'H; -. "Nanoprobe" para pequerussimasquantidades de amostras;. "Probes" para sólidos:

- Supersônicos, que giram a veloci-dade de até 24 MHz;

- "Probes DOR" (Double rotation)e "DAS" (Dynamic angIe of spinning)para eliminar completamente o efeitode quadripolo;. "Probes" multicanais para 3D, 40,etc., que utilizam bobinas de gradien-tes para maior rapidez e simplicidadenas seqüências;. "Softwares": uso do UNIX nos equi-pamentos, com capacidade de memó-ria e processamento muito alta,agilizando bastante as análises.

Tendênciaspa'ra o futuro

Prosseguirá ainda a busca de cam-pos cada vez mais altos (900 a 1000

MHz), estimulados pelas pesquisasnas áreas de bioquímica e "in vivo".

Prosseguirá a evolução tecnológicana fabricação de "probes" e de equi-pamentos modulares e versáteis.

As melhorias em termos de "soft-wares'iserão contínuas e é nesta áreaque os equipamentos antigos necessi-tam "upgrade" constante, para ~enordefasagem com os novos modelos.

Dificul~ades superadase por vencer

Os atuais usuários de RMN no Brasiljá não encontram tantas dificuldadescomo há cerca de seis anos atrás, para aaquisição, instalação e manutenção deseus equipamentos. Isto principalmenteporque, hoje, contam com representantesde três dos principais fabricantes mun-diais de RMN: Varian,Brnkere leal,sendoque dois deles (Variane Brnker)mantêmtéçnicos em seus escritórios ro Brasil.

Laima Baltusis no esfande da Varian

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John De1ayre, presidente da Teanag,em seu estande

Quanto aos insumos necessários aosequipamentos dotados de magnetos su-percondutores, dois deles - hélio e nitro-gênio líquidos - são exigênciaconstante.A questão do hélio líquido, um problemaro passado, não mais preocupa dado oavanço na tecnologia de fabricação dosmagnetos. As necessidades de reposição,roje, só ocorrem a cada seis, nove ou atédoze meses.Além do mais, Q mercadodesses dois gases cresceu enç;>rmementecom a instalação de vários equipamentosde Imagens por Ressonância Magnética,em diversos rospitais e clfnicasdo país.Isso fez com que White Martms, Air Pro-ducts e Oxigênio implementassem insta-lações e procedimentos, para entregadestes insumos em qualquer parte dopaís em tempo hábil.

Um ponto de estrangulamento quepersiste, é a formação dos recursos hu~manos em área tão específica como aRMN. Sua superação é essencial paraque o país possa se consolidar em nívelinternacional, na pesquisa em.RMN.

Só este ano, começou a ser oferecidono Brasil o primeiro curso de formaçãode mestres e doutores em RMN, noIME/R].

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - N2 693 - Jul./Set. 1993

Estado Aparelhos Super- Em operaçãoInstalados condutoresSão Paulo 23 6 17 (6 SCON*)Riode Janeiro 21 7 10 (7 SCON)RioGrandedo Sul 4 1 2 (1 SCON)Ceará 3 1 2 (1 SCON)Distrito Federal 3 O 1Pemambuco 3 O 1Paraiba 2 O 2MinasGerais 2 O 2Santa Catarina 1 O 1Alagoas 1 O 1Amazonas 1 O OBahia 1 O O

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ARTIGO TÉCNICO

Epoxidação de Olefinas:Opção para aumento

de possibilidades tecnológicasLeni Akcelrud* e Marcelo Aguiar**

A introdução de grupamentos "ep6xido" em polímeros insaturadoscriaum lequede nQvosprodutoscom muitasaplicações.As condições do processo de epoxidação, seu mecanismo e cinéticasão discutidos neste artigo,de sugestivo interessepara todos os pro-fissionaisque pesquisam, fabricam ou utilizam polímeros.

1 -INTRODUÇÃOA principal utilizaçao das resinas epoxi encontra-se em

revestimentos quimicamente resistentes e de ótimas proprie-dades elétricas, com aplicaçao externa em estruturas de con-creto e manutençao de estradas, "primers" para chapas deaut@móveise outros veículos, e comoaplicaçao interna emrevestimentos de latas.de cerveja e conservas.

Grande quantidade de óleos epoxidados é utilizadacomo estabilizante para plásticos contendo cloro, princi-palmente Pvc.

Outras aplicações importantes sao: emulsões fotográfi-cas, agentes para curtiçao de couro branco, encapsula-mento de equipamentos eletrônicos e adesivos, entreolíltras. O grande número de patentes descrevendo aplica-ções tecnológicas para as resinas epoxi, atesta sua ímpor-ta.ncia tecnológica.

A produçao de artigos a partir de resinas epoxi sinteti-zadas através do ácido peracético iniciou-se nos EstadosUnJdos em 1956 pela Union Carbide Co.. Em 1960, aFMC Corpo lançou no mercado o polibutadieno epoxida-do, sendo a produçao interrompidaem 1965 mas reve-lando novas possibilidades para o futuro.1

Vários polímeros insaturados silo comercialmente dispo-níveis a baixo custo a partir de dienos conjugados, princi-palmente butadieno e isopreno, ou por copolimerização detais dienos com estireno ou outros monômeros. As duplasligações que permanecem nestes polímeros podem ser par-cialmente ou quase totalmente epoxidadas, quer por f2erácí-dos formados previamenle ou por epoxidação "in situ',.2Umamaior eficiência na .conversão de duplas ligações em anéisep6xido,~com um menor número de reações laterais, podeser conseguida com o primeiro processo. Aintroduçao deum aneloxiranorioesqueleto do hidrocarboneto, inicial-mente~pouco reativo, o torna um composto com muitas pos-"sibilidades para novas reações químicas.

,) Professor Adjunto do Depto. de Processos Orgânicos e Coordenador do/,,~aboratóriode Materiais PoIiméricos d4,;.Escola de Química da UFRJ; PhD

i'i1Ji,i1mCiência e Tecnologia de PoIfmeros>pelo IMA/UFRJ";",') Engenheiro Químico pela PUC/RJ; MSc e doutorando em Química

Orgânica pelo Instituto de Química da UFRJ

24

2 -EPOXIDAÇÃO

Na reaçao de epoxidaçao ocorre a introduçao de um anelde três membros, o epóxido, em um composto orgânico. Oproduto resultante apresenta alt~ reatividade"epma larga uti-lização nas teçnologias d~ ~spulT)as, adesivós, laminados,material fotográfico e revestimento, entre outras.

Vários métodos para a epoxidaçao de olefinas estãodisponíveis na literatura, mas o mais amplamente utilizadoé o da epoxidaçao, em uma só etapa, do composto insg-turado com perácido orgân ico (Equaçao 1):

(1)

R -CH=CH - R' + R"CO3H -+ R - CH - CH - R' + R"CO~\ IO

Esta reação foi descoberta em 1909 por Prileschajew3e os solventes mais utilizados na mesma sao o benzeno,clorofórmio,acetato de etila e tolueno. "

ps ácidos nionoperftálico, peracético, trifluoroperacético,peifórmico, m-cloro perbenzóico4 e muitos outros perácidossão utilizados nas reações de epoxidaçao.

O ácido monoperftálico é freqüentemente utilizado parapreparação de ácidos epoxidados lábeis, porque o prqsJutoobtido na redução, o ácido ft4lico,é inSQlúvelem clorofórmio,solvente usualrnente utilizado para esta reação, o que minimizaa abertura do anel pelo ácido carboxílico resultante.

Embora trabalhos recentes indiquem que o ácido pera-cético não é o melhor agente epoxidante, ele tem sido omais amplamente utilizado desde 1945, devido à obtençãode um alto rendimento em epóxido com um mínimo dereações laterais, e também porque ele está disponível co-mercialmente desde 1947 como soluÇãO a 40%>em ácido

-'-acétic05. Outras vantagens deste perácido são a alta efi-ciência e uma razoável estabilidade à temperatura am-bi~nte. A epoxidação de compostos iosaturados pelo ácidoperacético pode ser realizada em solUção aquosa ou nãoaquosa, homogênea ou heterogênea, o que amplia muito afaixa de condições para' a reaçao de epoxidaçao feita como mesmo.

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EPOXIDAÇÃO DE OLEFINAS

o ácido meta-cloro perbenzóico, um sólido es-tável, estevedisponfvelcomercialmentedesde 1962com 85% de pureza21,sendo hoje disponfvel ape-nas com 50-60% de pureza. Emboraos estudos dasreaçoes de epoxidação feitas com este perácido se-jam ainda limitados,ele tem mostrado uma amplautilização porque a velocidade de epoxidação émaior do que com os perácidos benzóico e acéti-co.6,7,8,9e 10Outra vantagem deste perácido é ainsolubilidade do produto obtido pela redução, oácido m-cloro benzóico, em tolueno, solvente am-plamente utilizado nas reações de epoxidação.

Os ácidos trifluoroperacético e o perfórmicoapresentam também uma alta velocidade de epa-xidaçãol1 mas as condiçoes de reação têm que sermais controladas para evitar a perda do epóxidopor abertura do anel pelo ácido forte resultante dareação (trifluoracéticoe fórmico, respedivamente).

3 - PREPARAÇÃODOS PERÁcmosEmbora o peróxido de hidrogênio sozinho não

seja um agente de epoxidação, salvo em alguns ca-sos especiais, ele é a maior fonte de oxigênio ativona preparação dos perácidos a partir do ácido car-boxflico correspondente. Dois dos mais importantesperácidos, e entre os mais facilmente preparadosatravés do peróxido de hidrogênio, são os ácidos peracé-tico e perfórmico.12

O ácido peracético livre de ácido acético e água podeser preparado em solvente inerte orgânico a baixas tem-peraturas (OOea -90°C), através da auto-oxidação em faseIfquida ou em fase vapor do acetaldefdo13 (Equação 2):

./.°. .HO, ]I2CH3CHO+ °1 ~ CH3-C;: /C\~ CH3C03H+ C~CHO

0-0 C~monoperacetato de acetalderdo (AMP)

Os solventes utilizados para esta reação são principal-mente a acetona e o acetato de etila e os catalisadoresmais freqüentes são o ozônio, sais de cobalto e radiaçãoultra-violeta.O flux09ramado processo pode ser visuali-zado no Diagrama 1. 4

4 - EPOXIDAÇÃO uJN SlTlJ"

A preparação de ácido peracético e de ácido perfórmicopor reação de peróxido de hidrogênio com ácido acéticoou ácido fórmico, respedivamente, pode ser rápida e fa-cilmente feita através de método chamado de epoxidação"in situ". .

Neste método o perácido é consumido ao mesmo tem-po em que é formado, eliminando assim as possibilidadesde contaminação que consomem o oxigênio ativo, e per-das por decomposição. A epoxidação assumiu um papelimportante em linha comercial após a descoberta da epo-xidação "in situ". A principal caraderfstica desta técnicaé iLPreparação do perácido na presença do composto in-saturado a ser epoxidado e, tam?ém, a utilização de uma

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRiAl - N" 693 - Jul./Set. 1993

quantidade mfnima de ácido carboxflico para reduzir aabertura dos anéis.15

5 - MECANISMOE CINÉTICA

(2)

A epoxidação se processa por uma cinética de segundaordem dependendo tanto da concentração do perácidoquanto da concentração do composto insaturado:4

VELOCIDADE DE EPOXIDAÇÃO === K2' (Composto Insaturado) (Perácido)

A velocidade de epoxidaçao de compostos insaturadosé governada pelo número e tipos de substituintesnas du-plas ligaçoes. A Tabela 1 mostra as velocidades relativasdas epoxidações de etilenos substitufdoscom o ácidQpe-racético(etileno= 1).

Tabela 1 - Velocidade relativas de epoxldaçãode compostos Insaturadós com ácido peracétlco

em relação ao etileno não substlturdo

25

Composto Insaturado Velocidade de Reaçãoetileno 1

propileno 251 - decano 252 - buteno 500 - 6002 - metil-2-buteno 6000aJilbenzeno 11estilbeno 27estireno 60

1-fenil-1-propeno 240

1,1-diteniletileno 250

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EPOXIDAÇÃO DE OlEFINAS

o efeito da estrutura na velocidade de epoxidação étfpico de reaçõesde compostos insaturados(hucleófilos)com eletrófilos.

A substituição de um átomo de hidrogênio do etilenopor um grupo doador de elétrons, como um grupamentoalquila, aumenta a velocidade da reação por um fator de25í não importando o tamanho da cadeia.

Dois substituintesalquila doadoresde elétrons aumen-tam a velocidadede reaçãode 500 - 600 vezes em re-lação ao etileno não substituído.

No caso de substituintesarila, o obstáculo estéricoé oprincipal fator de diminuição da velocidadede epoxidaçãoquanto comparadoscomsubstituintes alquila.

6 - TÉCNICAS ESPECIAIS DE EPOXIDAÇÃO

As duplas ligações de alguns ácidos, como por exemplo osácidos maleico e fumárico, não são epoxidáveis via perácidoorgànico. As técnicasde epoxidação utilizadas sãoa conversãodo ácido no seu respectivo sal, o qual é epoxidável via peró-xido de hidrogênio, seguido por nova conversão ao ácido epo-xidado mas com considerável perda de rendimento.16

Outra possibilidade é a utilização da nitrila como car-reador do oxigênio ativo, em vez de ácidos carboxílicos.

A reação da nitrila com peróxido de hidrogênio produzum intermediário instável e reativo, o ácido peroxicarbo-ximídico, o qual, na presença de uma olefina, gera amidae o produto epoxidado (Reação 3):

OH- !',IHRCN + H202 ---+R-C-OOH

pH=8

1 1 o-c-c- " , ,

- . R-C-NH+ C - C2 ,... 1""o

7 - BmLIOGRAFIA

1. Encyclopedia of polymer Science and Engineering, vol. 6, pp.323-82, 2nd ed.

(3)

2. D. Zuchowska - Polymer 21, 514 (1980). "Polybutadiene mo-dified byepoxidation. 1. Effed of polybutadiene microstructureon the readivity of double bonds" ~

3. Encyclopedia of Polymer Science and Technology, vol. 6, pp.83-101

4. N.H. 5chwartz and j.H. Blumbugs - j. Org. Chem. 29, 1976(1964) - "Epoxidation with m-chloroperbenzoic acid"

5. T.W. Findley, D. Swern and j.T. Scanlan- J. Am. Chem. Soco67, 412 (1945) - IIEpoxidation of unsaturated fatty materiaiswith peracetic acid in glacial acetic acid"

6. P.Wichacheewa, A.F. Woodward -) Polym. Sei., Polym. Phys.:Ed. 16 (10), 1849-59 (1978) - IIKinetics of epoxidation of

poly(trans-1,4-butadiene) crystals in suspension"7. F.C. Schilling, F.A. Bovery - Macromolecules 16(5),808-16

(1983) -"Carbon 13NMR of partially epoxidized 1,4-trans po-Iybutadiene crystals"

8. W.K. Huang, G.H. Hsiue, W.H. Hou - J. Polym. Sei. Part A: Po-Iym. Chem. 26(7), 1867-83 (1988).

9. K. Ishikawa, H.e. Charles, G.W. Griffin - Tetrahedron Lett (5),427-30 (1977)- "Dired peracid oxidation of polynuclear hy-drocarbons to arene oxides"

10. e.e. Kuo, A.E.Woodward - Macromolecules 17(5), 1034-41(1984) - "Morphology and properties of trans-1,4-poly isopre-ne crystallized from solution"

11.W.D. Emmonsand A.S. Pagano - J.Am. Chem. Soc. 77,89 (1955)- "Peroxytrilluoroacetic acid. IV. The epoxidation of olefins"

12. B. Phillips and D.L. MacPeek in A. Standen, ed., Kirk-OthmerEncyclopedia of Chemical Technology, First Supplement, In-terscience Publishers, Inc., New York, 1957, p. 622.

13. e.E.H. Bawn and J.B. Williamson - Trans. Faraday Soe. 47,721-734,735-743 (1951) - "The oxidation of acetaldehyde insolution Part 1 - The chemistry of the intermediate stages"

14. B. Phillips. P.S~Starcher and B.D. Ash - J. Org. Chem. 23,1823 (1958) - "Preparation of aliphatic peroxy acids"

15. Kirk-Othmer, Encyclopedia of Chemical Technology, 2nd ed.,vol. 8,p. 251

16. G.B. Payne and P.H. Williams - j. Org. Chem. 26, 651 (1961)- "Reactions of hydrogen peroxide. VI Alkaline epoxidation ofacrylonitrile"

..................................................................................................................................

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,. EMPRESAS

. Fiocruz aportabiotecriolog iaao setor/produtivo

Seiscentos projetos de pesquisaem andamento na área dê saúde, dosquais 140 com boas perspectivas de '

geração de produtos e processos co-merciais, é a expressiva cifra repor-tada pela Fundação Oswaldo Cruz -Fiocruz. Os números constam do ca-tálogo da sua Assessoria de Planeja-mentoEstratégico - com lançamentowevisto para outubro - que relacio-na as tecnologias desenvolvidas e opotencial mercadológico.

A Fiocruz planeja investir em IDfra-estrutura laboratorial pelo menos 50%dos recursos a serem repassados a tí-tulo de pagamento de royalties pelatransferência das tecnologias, dentreas quais se destacam os seguintes pro-dutos e processos bioteaiológicos:-'- Vacinas: meningite A e C, febreamarela, sarampo e vacina oral tri-valente contra poliomielite. (Desen-volvidos em escala comercial);- Kits para diàgnóstico de doenças:vinte produtos para detecção deAids, hepatite B, rotavírus (diarréia),adenovírus (gripe), rubéola, raiva,sarampÓ, leishmartiose, doença deChagas, leptospirose. (Disponíveispara produção em larga escala);- Insumos: isolamento, clonagem e ca-racterização de enzimas de restrição;produção de insumos e proteínas te-combinantes;produçãode oligonucleo-tídeos sintéticos para pesquisas embiologia molecular; desenvolvimentode anticorpos monoclonais; sondaspara identificaçãode moléculas-alvo.(Desenvolvidos em escala laboratorial)i

- Métodos e reagentes para diagnós-tico:34 produtos, destacando-seo sis-tema de punção aspirativa a vácuopara diagnóstico da leishmaniose edoença de Chagas. (Desenoolvidos emescala laboratorial).

. ISO 9.001 para aPromon Engenharia

A Promon Engenharia é a primei-ra empresa de engenharia consultivae projetos no Brasil a receber o cer-tificado de qualidade ISO 9.001. A

<certificação foi emitida em junhodeste ano pelo ABS(AmericanBureau of Shipment Quality Evalua-tion), tradicional entidade norte-

americana credenciada no Brasil jun-to ao. Inmetro.

O trabalho de adequação dos siste-mas d~ qualidade da Promon aos pa-drões ISO consumiu cerca de 12 meses- incluído o treinamento dos funcio-nários - e envolveu os escritórios deSão Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

Em 1992, a Organização Promon(áreas de engenharia e telecomunica-ções) obteve um faturamento de US$170,4 milhões, prevendo-se uma re-ceita de US$200 milhões para 1993.

. Enia: Segurançaem 10 lugar

Francisco T. Muss; (direita), Assessor deSegurança da Enia., recebe o prêmio da ABf;'A

Coube à Enia Indústrias Quími-cas, a premiação conferida pela ABPA- Associação Brasileira de Prevençãode Acidentes, no Concurso Anual deSegurança (versão 1992/1993) - ca-t~oria até 200 empr~ados. O prê-mio significou para a empresa umreconhecimento. ao esforço e dedica-ção com que todos os 140 funcioná-rios se envolveram no programa dedesenvolvimento seguro dos traba-lhos, em sua unidade industrial deltupeva (sP). Em 27 de julho último,data da premiação, a Enia completa-va 760 dias sem acidentes com afas-tamento do trabalho.

A conscientização dos funcionáriosquanto à segurança no ambiente detrabalho e em relação ao meio ambien-te, a disponibilidade dos equipamen-tos ge proteção individual adequadose o fiel cumprimento das normas doManual de Segurapça da empresa,têm sido peças importantes para o su-cesso do programa.

A Enia prossegue investindo nodesenvolvimento de seu Plano deGerenciamento Global, com vistas ase adequar às exigências das normasISO9.000.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - N' 693 - Jul./Séf. .1993

BR Distribuidoralança Diesel Aditivado

A Petrobrás Distribuidora S.A. -BR,líder no mercado de distribuiçãode derivados de petróleo do país, saina frente mais uma vez, com o lan-çamento do Extra Diesel. O dieseladitivado da BRestá disponível nosprincipais postos do eixo Rio-SãoPaulo e em postos rodoviários dasregiões metropolitanas de Curitiba,Porto Alegre, Salvador, Belo Hori-zonte, Fortaleza, Recife e Aracaju.Até o final de 1993,o produto estarásendo distribuído em todo o país.

O Extra Dieselincorpora aditivosmultifuncionaisavançados,melhora odesempenho do veículo e diminui afreqüênciae os custosde manutenção,proporoonandomaIDreconomiaea~mento da produtividade da frota.Contribui ainda para a preservaçãodomeio ambiente, reduzindo significati-vamente a emissão de poluentes.

O produto foi desenvolvido como suporte tecnológico da área decombustíveis e de motores do Centrode Pesquisas da Petrbbrás - CENPES,consumindo, até o lançamento, in-vestimentos de US$2 milhões. A pre-visão da BRDistribuidora é de quedeverá encerrár este ano com gastosda ordem de US$6 milhões.

Em 1992, o mercado brasileiromovimentou 26 bilhões de litros deóleo diesel, o equivalente a US$ 8bilhões.

. Copene: ISO 9.002para todos os produtos

A Copene tem agora o certificadoISO9.002 para toda sua linha de pro-dução. Em dezembro de 1992, a BVQI- Bureau Veritas Quality Internatio-~l certificou as unidades de produ-ção de isopreno, butadieno ebuteno-l, ficando para julho desteano a conclusão das análises e audi-torias que certificaram os 14 demaisprodutos da empresa.

Ao passar pelo crivo da auditoriada BVQI,a Copene garantiu sua posi-ção entre as 105 empresas já certifica-das no país e aumentou suacompetitividade no mercado interna-cional, onde a concorrência é cada vezmais acirrada e a superação de barrei-ras téb'ricas obriga os competidqres àposse. desses passaportes especiais.

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CAÇAMBAS ESTACIONÁRIAS "KABíTUDO" PARA COLETA E

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Tipo aberto, com <od;,;05 p"amanuseio e/ou raboqueCapo 7,0 m3PETROMISA. Se,glpe

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Opera caçambas de 2,5 até 8,5 m3Capo 14 Tons.DOW QUI"MICA. Cand"as. BA

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PROCESSOS, PRODUTOS, SERViÇOS

DuPont substitui CFCspara extinção de incêndio

A DuPont anunciou há um ano aintenção de substituir até o final de1993as vendas do Halon 1301, gás uti-lizado na extinção de incêndio e quepossui alto poder de destruição da ca-mada de ozônio (dez vezes màior emrelação ao CFC-ll). Antecipou assimuma decisão referendada na última re-visão do Protocolode Montreal, em no-vembro, em Copenhague.

Para substituí-Io, a DuPont já de-senvolveu quatro potenciais alterna-tivos, os hidrofluorcarbonos HFC-23e HFC-125, e os hidroclorofluorcar-bonos HCFC-241 e HCFC-123, queaguardam apenas normas interna-cionais regulando sua aplicação.1

Novo s ilenciadorda Spirax Sarco

o Silenciador SL, desenvolvido noBrasil pela Spirax Sarco Indústria eComércio, pode reduzir em até 80%os ruídos causados pelas descargasde purgadores ou de equipamentospneumáticos na indústria.

Disponível em aço inoxidável ouaço carbono bicromatizado, nas me-didas de 1/2 e 3/4 de polegada, comrosca de conexão macho ou fêmea, oSilenciador SL é bastante compacto,robusto e fácil de instalar. Proporcio-na, além da sensível absorção do ruí-do, também um ângulo. menor dedescarga, aumentando a segurançade operação. Pode ser instalado jun-

S~enciador SL, reduz em 80% o ruídode equipamentos

to a purga dores termoc!inâmicos, emcilindros ou válvulas pneumáticas eainda na exaustão de sistemas pres-surizados - como saídas de bombasauto-operadas, por exemplo.

1993: ano do Mery/~-

wolê

!!.~lI:

Fibras de Meryl em comparação como náilon comum

Vemganhando terreno a nova mi-crofibra de nailon lançada pela Rho-dia, o Meryl, desenvolvida em 1968na Fiança e que já começou a ser fa-bricada no Brasil.

Uma fibra de Meryl possui maiorvolume de fios, muito mais finos doque o náilon convencional, com umdiâmetro 60 vezes menor que o deum fio de cabelo. Reúne assim asvantagens de tecidos naturais - taiscomo a maciez do algodão e o fres-cor da seda - com virtudes dos sin-téticos, como a durabilidade e arapidez de secagem do náilon.

Segundo a Rhodia, a fibra é idealpara a fabricação de malhas esporti-vas, lingeries e alta-costura. Aindapouco conhecida dos industriais e dopúblico até meados de 1992, já come-çou a apresentar volume significati-vo de vendas no 2Qsemestre daqueleano, 'com a expectativa de um fatu-ramento mundial da ordem de US$1 bilhão em 1993.

Plástico reforçado ganhaCentro Tecnológico

A Companhia Vidraria Santa Ma-rina - Vetrotex do Brasil (Capivari,SP), especializada na fabricação defibra de vidro de reforço, inauguroue colocou ,à disposição de seus clien-tes o CAPI - Centro de Aplicação dePlásticos Industriais.

Interligado ao CAPI Vetrotex In-ternacional, em Chambery, França, e

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL ~ N2 693 - JuI./Set.W93

equipado com moderna tecnologiade plástico reforçado, o novo centroestá apto a reproduzir em escalasemi-industrial todos os processosde fabricação de produtos em fibrade vidro. O CAPI Vetrotex acompa-nha o desenvolvimento de novosprojetos de seus clientes, orientando-os na aquisição dos equipamentos,escolha de matérias-primas, dimen-sionamentos, cálculos, aplicação fi-nal e formação de mão-de-obra.

Mistura de polietilenoé inovação no mercado"

A indústria de embalagens ganhaduas novas matérias-primas. Trata-se de dois compostos obtidos a partirda mistura de polietileno linear como de baixa densidade. A grande vàn-tag~m desta inovação, apresentadapela Union Carbide do Brasil, é a ob-tenção de embalagens mais resisten-tes, uma exigência crescente desetores como o alimentício. Alémdisso, a mistura não exige maquiná-rio especial para a sua produção,como ocorre com o polietileno linearpuro, dispensando assim investi-mentos adicionais.

A Uruon Carbide do Brasil foi apioneira na produção de polietilenona América Latina, com a instalaçãode sua fábrica em Cubatão, em 1958.A empresa, com uma produção atualde 100 mil toneladas/ano do produ-to, atingiu um faturamento, em 1992,de US$ 200 milhões, dos quais o po-lietileno abarcou 60%.

Auxiliares químicospara celulose e papel

A Grace Aquatec absorveu a estru-tura que a Grace mantinha no Brasil,no segmento de celulose e papel, eestá constituindo uma gerência de ne-gócios exclusiva para o segmento.

A linha da Aquatec - compostapor antiespumantes de celulose, an-tiespumantes de papel, biocidas dis-persantes para "pitch", dispersantespara "boil out", inibidore~ de escóriapara caldeiras de recuperação, polí-meros e "agentes release", foi man-tida e complementada pela linha"Daraspray" Grace, de uso mundialno controle de "pitch" e "stickies"

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PROCESSOS, PRODUTOS, SERViÇOS

em máquinas de papel. O leque resul-tante de produtos e serviços constitui,segundo a empresa, a mais completalinha para o setor nacional e latino-americano de celulose e papel.

UFES otimizabioinseticida

Um inseticida biológico, capaz deelinúnar o pernilongo antes que che-gue à fase adulta e que não causa da-nos ao meio ambiente, foidesenvolvido pelo Departamento deBiologia da Universidade Federal doEspírito Santo. Fruto de um projeto deextensão realizado em 1991 e utilizan-do metodologia de produção repassa-da pela Embrapa de Brasília, oproduto vem sendo aperfeiçoado. Umnovo projeto, em convênio entre aUFE5, FCAA (Fundação ligada àUFE5) e a Companhia Vale do RioDoce, visa a baratear seu custo atravésda utilização do resíduo do fermentode cervejaria, em substituição ao fer-mento de pão. Este é usado para cres-cimento da bactéria Bacillussphaericus,princípio ativo do bioinseticida queage no intestino da larva do pernilon-go Culex quinquefasciatus,o mais inci-dente em Vitória (E5). A bactériaproduz uma proteína que se toma tó-xica ao entrar em contato com enzimaencontrada no organismo do inseto.

Dados não oficiais da Prefeiturade Vitória, usuária do inseticida,vêm garantindo sua eficácia em 90%das aplicações. (FCAA Inform(l)

Breutex recebe grau 100

Tambores de 8reutex

Breutex, a colofônia fabricada pelaEucatex Química, foi classificadapela Fras-Le com grau 100. A Fras-Le, tradicional fabricante de lonas de

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freio (Lonaflex), atribuiu a distinção- grau máximo de qualidade que umproduto pode receber na empresa -após submeter a rigoroso controle dequalidade todos os lotes recebidosnos últimos seis meses.

A Eucatex produz o Breutexa partirda goma resina extraída do Pinus elliDtiiproveniente das suas próprias florestas,podendo assim assegurar a qualidadeem todas as etapas do processo.

B-Max: nova geraçãode microscópios

Microscópios B=Maxoferecem conforto e altaresolução

Design avançado e novo sistemaótico são oferecidos pelos B-Max, amais recente linha de microscópiosdesenvolvida pela Olympus Ameri-ca Ine. e que chega ao Brasil atravésda Micronal, em lançamento mun-dial simultâneo.

Os novos microscópios apresentamformato ergonômico de máximo con-forto, além de isolar os componentesóticos de sua estrutura eletro-eletrôni-ca, situada na parte traseira do apare-lho. Isso evita a deposição de poeira ea formação de fungos, tão comum empaíses tropicais. Outra comodidadeproporcionada pelo design dos B-Maxé que os cabeçotes de observação pos-suem ajuste angular, para adaptaçãomais fácil à altura do usuário.

No aspecto tecnológico, a linha B-Max oferece um sistema ótico avan-çado,projetando uma imagemcompletamente livre de aberrações e

com altos níveis de resolução, con-traste e luminosidade.

A Olympus desenvolveu os B-Max ao longo de sete anos de pes-quisas, com um investimento totalde U5$ 20 milhões.

Mercado aberto parasíntese do aspartame

NutraSweet, a subsidiária da Mon-santo para produção internacional doadoçante aspartame, passará a venderos aminoácidos necessários à síntese:L-fenilalanina e ácido L-aspártico. Aempresa, cuja patente expirou em de-zembro de 1992, é o maior produtormundial de aspartamee possui uma fá-brica no Brasil, hoje desativada por ra-zões de mercado.

A L-fenilalanina é o mais caro dosdois aminoácidos (U5$ 30 a 60/kg)e ambos encontram aplicação em umgrande número de sínteses de fárma-cos e cosméticos. Uma previsão deconsultores dos, EUA estima que aabertura do mercado fará surgir, empoucos anos, um grande número deplantas de aspartame e outro tanto deL-fenilalanina.

Novo conversarde metaniol

A Mitsubishi Gas Chemical Co.começou a operar, em sua planta deNiigata, no Japão, um novo conversorde metanol, de projeto simplificado emais eficiente em energia. Consisteessencialmente em um trocador decalor de tubos duplos concêntricos, querecebe o gás de síntese (mistura demonóxido de carbono e hidrogênio)pelo topo, nos tubos internos, a 15(tC.O gás flui para a base do trocador e daípara um leito de catalisador no espaçoanular entre os tubos.

O gás de síntese e água de caldei-ra funcionam como refrigerantes, ge-rando esta vapor de alta pressão (até40 kgf! cm2), aproveitado em outrasseções da planta.

O projeto singelo permite ao novoconversor uma partida plais rápidaapós cada parada de manutenção,chegando à operação plena em umasemana, ao invés das três exigidas porum reator convencional com resfria-mento tipo "quenching".

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL"':'" N2 693 - Jul./Set. 1993

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PROCESSOS, PRODUTOS, SERViÇOS

Caçambas e Poliguindastes Kabí

A Kabí está oferecendo CaçambasEstacionáriasKabítudo do tipo Simétri-cas com e sem tampas, próprias paraa coletá e armazenagem de produtosagrícolas e agropecuários, como: mi-lho, soja, farinha de carne, farelo detrigo, fosfato, rações, etc., assim comoembalagens usadas recicláveis, como:papel, papelão, caixas vazias, etc.

As mesmas têm capacidade paraaté 6,üm3,podendo ainda coletar ma-teriais semi-úmidos sendo, quanJiocheias, substituídas pelas vazias e as-sim sucessivamente, por meio dos Po-liguindastes Kab(-Multi-caçambas

acoplados sobre chassisMercedes Benz, e ainda setransferem cheias ou vaziase/ou despejam (basculam).

Um conjunto dessas ca-çambas e guindastes foi re-renremenreconua~dop6aSadia, para suas unidadesindustriais de Caçador - see Toledo - PR (Frigobrás),visando não apenas à ope-racionalidade como à pre-servação ambiental, pelam6hor disposição de insu-mos e resíduos.

'oIigui1dastes Kab~ultK;açambas com CaçambaEstacionária Kabitudo

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Agenda

1993

OUTJjBRO~ CONGRESO MEDITERRANEO DEINGENIERIA QUíMICA\

Barcelona, Espanha'- 18 a 20 de outubroINTERNATIONAL MARKET FOR ADVANCEDTECHNOLOGIES

Toulouse, França - 19 a 23 de outubroInlo: CFCE10, Avenue d'léna - 75783 Paris cedex 16,FranceTel.: (33.1) 40733000Fax: (33.1) 40 73 3979

THIRD INTERNATIOI)JALCONFERENCE ONWASTE MANAGEMENT IN THE CHEMICALAND PETROCHEMICAL INDUSTRIES

Salvador, BA - 20 a 23 de outubroInlo: Francisco Alves Filho - CoordenadorCETREL SA - Cx. Postal 011 - CEP 42.800Camaçari, BA - Fax: (071) 832-2562

XXXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE QUíMICAFortaleza - CE - 25 a 29 de outubroInlo: Associação Brasileira de QuimicaCaixa Postal 550- Rio de.JaneiroCaixa Postal 3010 - FortalezaTel.: (021) 262-1837 - Fax: (021) 262-6044Tel.: (085) 243-9977 - Fa;<:(085) 243-9978

TERCERA ESCUELA LATINOAMERICANA DEQUíMICAINOBGÂNICA .

Santiago, Chile - 25 a 30 de outubroInlo: ELQI-III, Prol. Guillermo GonzálesMoragaDepto.de Química, Facultad de CienciasUniversidad de ChileCaso653, Las Palmeras 3425Santiago,Chile- Fax: 562-271-3888

NOVEMBROPOLYMEX-93: INTERNATIONAL SYMPOSIUMON POLYMERS

Cancun, Quintana Roo, Mexico1 a 5.de novembroInlo: Dr. Takeshi Ogawa - Polyniex-93Fax: (5) 548-2703, 622-4575Apartado Postal 86-144Villa Coapa- Mexico - D.E 14390, Mexico

SEMINÁRIO SOBRE RECICLAGEMDO LIXO E TECNOLOGIASLlMPAS

$ão Paulo - 10 e 11 de novembro11110:Beatriz CalazansSecretária Executiva da ABEQTel.: (011) 37-8747l;;3x: (011) 34-4649

1st INTERNATIONAL SYMPOSIUM ONCHEMISTRY OF THE AMAZON

Manaus - AM - 21 a 25 de novembroInlo: Associação Brasileira de QúímicaCaixa Postal 550 - Rio de JaneiroTel.:(021) 262-1837 -Fax: (021) 262-6044

DEZEMBROENVIRONMENTALTECHNOLOGY - BATNEEC 11

Wilmslow, Cheshire, Inglaterra01 a 02 de dezembro

Inlo: Tony Thomp50nTel.: (051) 427-1596

POTENTIAL ENERGY SURFACES ANDORGANIC REACTIONS PATHS

Oxlord, Inglaterra,- 15a 17 de dezembroInlo: Dr. John E Gib50n

Secretary (Scientilic)The Royal Society 01 ChemistryBurJington House- London W1 V OBNTel.: (071) 437-86p6 - Fax: 437-8883

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1994

JANEIRO19th IUPAC SYMPOSIUMON THE CHEMISTRY OF NATURAL PRODUCTS

Karachi, Paquistão )Inlo: Prol. Atta-ur-Rahman

Chairman Organizing CommitteeH.E.J. Research Institute 01 ChemistryUniv. 01 Karachi

Fax: 92-21-467887 - Karachi - 75270,Pakistan

ABRIL8111 HIGH TEMPERATURE MATERIALSCHEMISTRY CONFERENCE

Viena,Áustria-'- 4 a 9 de abrilInlo: Dr. Adolf Mikula

Institut luer Anorganische ChemieWaehringer Strasse 42A-1090 Vienna - ÁustriaPhone: + 43 1 345424Fax: + 43 1 3104597

JUNHO8111 INTERNATIONAL CONGRESSOF QUANTUM CHEMISTRY

Praga, Rep. Tcheca e Eslovaca19 a 23 de junhoInlo: Dr. R. Zahradnik8th ICoe -Heyrovsky Institute .Dolejskova3 - 182 23 Prague 8, CzecoslovakiaTel.: (00422) 815 20 11Fax: (00422) 858 45 69E-mail: ICQC@CSPGAS11

20111INTERNATIONAL SYMPOSIUMON CHROMATOGRAPHY

Boumemouth, UK - 19 a 24 de junhoInlo:The ExecutiveSecretaryThe ChrolT)atographicSociety,Suite 4, Clarendon Chambers32 Clarendon Street,Nottingham NG1 5JD, UK

JULHO35111IUPAC INTERNATIONAL SYMPOSIUMON MACROMOLECULES

Akron, Estados Unidos - 11 a 15 de julhoInlo: Macroakron 94

Mrs. Cathy Manus-GrayThe University 01 AkronInstitute 01 Polymer ScienceAkron OH 443250-3909 - USAFax: + 1 216 9725463

17'" INTERNATIONAL CARBOHYDRATESYMPOSIUM

;Ottawa, Canadá - 17 a 22 de julhoInlo: Mrs. Doris RuestNationalResearch Council01CanadaOttawa, Ontario K1A OR6 - CanadaPhone: + 613 9939228Fax: + 613 9579828Telex: 0533145

301l11NTERNATIONALCONFERENCEON COORDINATION CHEMISTRY

Kyoto, Japão - 24 a 29 de julhoInlo:.KojiTanaka

"Seeretary 01 XXX ICCCCoordinationChemistry LaboratoriesIn~itute 01 Mol~cular ScienceMyO<jaiji, Okazaki 444 - JapanPhone: + 81 564 557252Fax: + 81 564 542254

XXI CONGRESO LATINOAMERICANODE QUíMICA

Panamá - 31707a 05/08Inlo: Colegio Panameíio de'QuimicosFax:(507)61.:s457 .

Apartado 6-2491, EI Dorado, Panama

SETEMBROINTERNATIONAL CONFERENCE ON LlQUIDCRYSTAL POLYMERS

Pequim. China - 6 a 9 de setembroInlo: Mr. Xibai QiuChinese Chemical SocietyP.O. Box 2709

Beijing 100080 - ChinaPhone: + 86 1 2564020Fax: + 86 1 2568157

CURSOS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DE CERÂMICA

11ENCONTRO DE BIOMATERIAIS15 de outubroPROPRIEDADES TERMO-MECNICASDezembro (data a definir)Inlo: Associação Brasileira de CerâmicaR Leonardo Nunes, 82 - V.Clementino- SPTel.: (011) 549-3922Fax: (011) 573-7528

. SMI - SOFTWARE MARKETINGINTERNATlONAL LTDA

INTRODUÇÃO SIMULAÇÃO MOLECULAR(IBM)27 a 29 de outubroBÁSICO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES22 e 23 de novembrolrifo: SMI .Rio de Janeiro: R. da Assembléia. 10 Grupo3701Tel.: (021) 221-6287Fax: (021) 242-6388São Paulo: Av.BrigadeiroFaria Uma, 613-1()!!andarTel.: (011) 820-0388Fax: (011) 820-7361

. PROGRAMA QUASAR- PROJETODEGRAUS DA QUALIDADE

ENDO-MARKETING: O MARKETINGINTERNO23 de outubroIMPLANTAÇÃO DE SISTEMASDA QUALIDADE (I)06.fde novembroIMPLANTAÇÃO DE SISTEMASDA QUALIDADE (11)13 de novembroInlo: Conselho Regionalde Química~

3!!,RegiãoR. AlcindoGuanabara, 24 - 13!'-andar-Cinelândia ,Riod.e Janeiro - Tel.: (021) 2~0-2236ou Escola de Química"da UFRJ,Av. Brigadeiro Tro~\1Ski - Centro TecnoIógicoBloco E-DAEQ - Cidade ,Universitária -Rio 1 RJTel.: (021) 590-3192 - Ramal 39

. INSTITUTO DE MACROMOLÉCULAS -IMA/UFRJ

SíNTESE. CARACTERIZAÇÃOE APLICAÇÕES DE POLÍMEROSCONTENDO CRISTAIS LíQl)IDOS08 a 12 de novembroInlo: Instituto de MacromoléculasUniversidade Federal do Rio de JaneiroCentro Tecnológico - Bloco J21945-000 - Rio de Janeiro - RJTels.: (021) 270-1037/270-1317 .Fax: (021) 270-1317 (das 16 às 8 horas)

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- N2 693 - Jul,fSet. 1993

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A COPENE GARANTE O SEU ESPAÇO.'ISO 9002 é uma norma que começa a regular os contratosde fornecimento de produtos em todo o mundo, reconhecen-do suas especificações nos rigorosos critérios de qualidade.E a Copene foi a primeira empresa petroquímica da Américado Sul a se enquadrar .nos 18 ítens exigidos, obtenpo o cer-tificado através do Bureau Veritas Ouality International (BVOI).Assim, a Copene consolida o alto nível de .seu trabalho.

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N

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