77
EXTINÇÃO E IRRADIAÇÃO

_Extinção e Irradiação

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: _Extinção e Irradiação

EXTINÇÃO E

IRRADIAÇÃO

Page 2: _Extinção e Irradiação

O NÚMERO DE ESPÉCIES DE UM TÁXON AUMENTA DURANTE A

FASE DE IRRADIAÇÃO ADAPTATIVA

A diversidade da vida ao longo do tempo reflete as taxas de perdas e ganhos de novas formas de vida.

Perda de espécies = EXTINÇÃO

Ganho de espécies = ESPECIAÇÃO

Page 3: _Extinção e Irradiação

Irradiação adaptativa

Pequeno número de espécies ancestrais, de um táxon se diversifica em um número maior de espécies descendentes, ocupando uma variedade mais ampla de nichos ecológicos.

Portanto, a proliferação da vida na Terra desde sua origem até o presente é uma irradiação adaptativa em escala máxima.

Page 4: _Extinção e Irradiação

Exemplos de irradiação adaptativa locais:

Em pequenas escalas

Os Lagartos irradiaram-se pelas Ilhas caribenhas;

Os tentilhões de Darwin, nas Ilhas Galápagos;

Em escala mais ampla

As drosófilas nas Ilhas Havainas Os peixes ciclídeos nos Lagos do leste da

África

Page 5: _Extinção e Irradiação

As irradiação adaptativa também podem ser vistas em áreas geográficas mais amplas.

(

Page 6: _Extinção e Irradiação

As irradiações ocorrem em várias circunstâncias

A colonização de uma nova área, em que não há competidores:

As irradiações de drosófilas, lagartos e tentilhões em arquipélagos e dos peixes ciclídeos em lagos africanos ocorreram depois que uma espécie ancestral colonizou suas áreas.

Extinção dos competidores:

A irradiação dos mamíferos sucedeu a extinção dos dinossauros.

Page 7: _Extinção e Irradiação

Substituição de competidores:

Um táxon podem irradia-se se for adaptativamente superior aos seus competidores. O táxon superior irá apropriar-se do inferior, que se encaminhará para a extinção.

Barreiras adaptativas:

Um táxon pode desenvolver uma adaptação nova, que permite que ele explore um recurso anteriormente inexplorado.

Page 8: _Extinção e Irradiação

A colonização de uma área existente, possibilitada pela evolução de uma nova adaptação e a colonização de uma área nova, que requer uma adaptação nova.

A proliferação de animais de esqueleto rijo na “explosão do Cambriano” é uma das irradiações adaptativas mais importantes da história da vida.

Hipótese: Os predadores desenvolveram uma escalada de habilidades, tornando vantajosos os esqueleto rijos.

A irradiação de animais com partes duras pode ter ocorrido enquanto eles substituíam seus antecessores de corpo mole.

Page 9: _Extinção e Irradiação

A irradiações adaptativas podem ser compreendidas em termos do princípio darwiniano da divergência.

O princípio de Darwin precise de uma ligeira modificação para incorporar a moderna teoria da especiação alopátrica.

Page 10: _Extinção e Irradiação

AS CAUSAS E AS CONSEQUÊNCIAS DAS EXTINÇÕES PODEM SER

ESTUDADAS NO DOCUMENTÁRIO FÓSSIL

A descoberta de que as espécies se extinguem

Final do século XVIII e início do século XIX

Os táxons mais bem conhecidos, constituíam um problema especial.

Cuvier Reconstituir esqueletos inteiros a partir de fragmentos ósseos, com novos padrões de rigor.

Page 11: _Extinção e Irradiação

Os casos de extinção mais convincentes foram os das formas gigantescas, como os mastodontes.

Page 12: _Extinção e Irradiação

Por que as espécies se extinguem?

Algumas extinções foram testemunhadas tão de perto que sua causa foi reconhecida.

A qualidade das evidências depende da recentidade dos fósseis e, em fósseis muito recentes, podemos ter evidências bem convincentes sobre a causa da extinção.

Page 13: _Extinção e Irradiação

À medida em que recuamos mais no tempo, as causas das extinções de cada espécie se tornam mais difíceis de inferir. Entretanto, as causas das extinções sempre podem ser estudadas por meio da evidência fóssil.

A hipótese da Rainha Vermelha As espécies se extinguem quando são sobrepujadas na competição com outras espécies, que fizeram processos evolutivos.

Quando uma espécie se extingue, libera espaço ecológico que pode ser explorado por outra espécie.

Page 14: _Extinção e Irradiação

EXTINÇÕES EM MASSA

O documentário fóssil das taxas de extinção mostra momentos recorrentes de extinções em massa.

Um levantamento geral sobre taxas de extinção mostra uma taxa média decrescente e até cinco extinções em massa.

Duas das cinco grandes são

especialmente notáveis e definem as três principais fases da historia geológica.

Page 15: _Extinção e Irradiação
Page 16: _Extinção e Irradiação

A extinção em massa mais bem estudada ocorreu na transição entre o Cretáceo e o Terciário (KT)

A extinção do fim do Cretáceo foi encontrada em todas as regiões do globo e afetou, de algum modo, todos os grupos de plantas e animais.

Porque alguns grupos como os dinossauros e amonites foram

levados à extinção e a maioria dos grandes grupos foi drasticamente reduzida em sua diversidade e os

crocodilos quase não foram afetados?

Page 17: _Extinção e Irradiação

Alvarez (1980): “A anomalia de irídio associada com a transição KT poderia explicar a extinção biológica em massa por meio da colisão de um grande asteróide com a Terra.

O impacto poderia ter levantado uma nuvem global de poeira bloqueando a luz solar por vários anos.

A erupção de Krakatoa(1983) levantou 18 Km² de matéria lançada na atmosfera - 2 anos e meio para depositar-se

novamente.

Page 18: _Extinção e Irradiação

Estimado em 12 a 15 km de diâmetro, com energia cinética equivalente à 180 megatons de TNT o asteróide teria produzido uma explosão 1000 vezes maior causando:

- Aquecimento Global

- Chuva Acida

- Vulcanismos Extremos

- Incêndio Global Associado

Essas seriam as causas da extinção em massa do final do Cretáceo.

Page 19: _Extinção e Irradiação

A TEORIA DA EXTINÇÃO EM MASSA DO KT POR IMPACTO DO

ASTERÓIDE

Quatro linhas de evidencia: Evidencia Geoquímica – anomalia do irídio, já que foram

encontradas anomalias semelhantes em outros locais.

Cratera do impacto – uma estrutura geológica (Chicxulub) soterrada por sedimentos no México, suficientemente grande (180 km) e data da transição KT.

Estruturas Físicas – geradas pelo impacto os sítios da transição KT possuíam rochas com tectitos e quartzos sugerindo uma colisão em alta velocidade.

Extinções sincrônicas (controversa) – baseado no padrão das extinções no documentário fóssil, estas devem ser súbitas coincidindo com a anomalia do irídio.

Page 20: _Extinção e Irradiação
Page 21: _Extinção e Irradiação

O impacto do asteróide é um dos vários fatores associados às extinções em massa, pois a

transição KT foi uma das cinco grandes extinções em massa e a única por essa causa.

Mudanças no nível do mar (e no clima): diminuições reduzem o habitat disponível para a vida marinha. Muitos pensam que a influencia combinada do clima e do nível do mar contribuiu para algumas extinções em massa, mas estas também ocorreram em épocas sem estas extinções o que deixa improvável que esta seja a causa geral de todas as extinções em massa.

Níveis de erupções vulcânicas: três extinções, inclusive as duas maiores, estão associadas a grandes áreas de rochas depositadas após erupções vulcânicas.

Movimento das placas: mudanças na forma dos

continentes por causa dos movimentos tectônicos das placas

Page 22: _Extinção e Irradiação
Page 23: _Extinção e Irradiação

Vários fatores podem interagir:

O impacto de um grande asteróide poderia desencadear a atividade vulcânica ou uma mudança climática que por sua vez poderia afetar o nível do mar, assim como o movimento das placas tectônicas.

Atualmente parece improvável que cada um dos fatores atue como causa geradora de extinções em massa, sendo que vários fatores podem agir, em varias combinações, para causar o padrão de extinções observado.

Page 24: _Extinção e Irradiação

Há duas possibilidades conceituais para a extinção em massa:

A probabilidade de extinção pode ter sido aproximadamente constante durante a história da vida, embora variando ao acaso.

As taxas de extinção poderiam mostrar uma distribuição contínua ou uma com dois picos

Em muitos intervalos de tempo há um numero pequeno de espécies sendo extintas e em alguns há um grande numero de espécies extinguindo-se.

Page 25: _Extinção e Irradiação

Ou podem ser um tipo especifico de evento com causas especificas distinto das extinções em outras épocas, o que as fariam imprevisíveis e diferentes das de outras épocas. Assim não seriam mais contínuas, mas teriam um pico distinto.

Regimes macroevolutivos: a evolução pode alternar-se entre períodos “normais”, com uma taxa de extinção “de fundo”, e as extinções em massa. As extinções teriam causas diferentes nos dois momentos (talvez) asteroides nas extinções em massa e (talvez) competição nos intermédios.

Page 26: _Extinção e Irradiação

Mais recentemente a distribuição das taxas de extinção foi reanalisada para ver se ela

se enquadra em uma “lei de potência”

Lei de potencia: família de equações matemáticas que descrevem

distribuições.

O interesse era saber se essa distribuição é “fractal” e mostra “auto-semelhança”, ou

seja, uma padronização.

Page 27: _Extinção e Irradiação

Solé (1997) verificou que as taxas de extinção pareciam fractais, entretanto, elas são “ruidosas” por causa das muitas fontes de erros de dados.

Taxas de extinção fractais

diferenças em tempos diferentes aleatórias e imprevisíveis.

Então:

Perguntar sobre causa ou causas seria um erro, pois elas podem não ter uma causa

diferente das causas nos períodos em que as taxas de extinção são mais baixas.

Page 28: _Extinção e Irradiação

Exemplo simples de extinção que origine taxas fractais de extinção:

Espécies de um ecossistema com certo grau de interdependência.

Predadores dependem das presas

Herbívoros dependem das plantas alimentícias

Se a planta se extingue, os herbívoros se extinguirão assim como os predadores que dependem dele, portanto se uma espécie de uma rede de espécies ecologicamente relacionadas se extinguir

levará junto consigo um certo numero de outras espécies. O numero de extintos depende do numero de espécies

interdependentes.

Page 29: _Extinção e Irradiação

O grau de inter-relação em um ecossistema pode mudar com o tempo sendo que em certo período a espécie muda suas inter-relações:

Muitas espécies interdependentes – inter-relação intensa e extensa – muitas espécies extintas

Poucas espécies interdependentes – relação ecológica difusa, menos extensa – poucas espécies extintas

Tudo vai depender da condição em que o ecossistema se encontra, oscilando ao acaso ao

longo do tempo.

Page 30: _Extinção e Irradiação

Vários modelos poderiam explicar por que as taxas de extinção se enquadram em uma lei de potencia, mas os fatos continuam incertos.

O modelo “inter-relação no ecossistema” se enquadra nessa lei assim como o modelo que propõe as extinções por asteroides, já que o impacto por asteroides menores causam menos extinção do que os impactos por asteroides maiores.

Page 31: _Extinção e Irradiação

Asteróides e Erupções vulcânicas podem interagir com as condições do ecossistema para determinar taxa de extinção gerando um modelo mais complexo...

... Mas os modelos são mais importantes na tentativa de demonstrar que vários fatores poderiam explicar as observações feitas.

Page 32: _Extinção e Irradiação

As mudanças ma qualidade do registro sedimentar ao longo do tempo estão associados a mudanças na taxa de extinção observada .

As taxas de extinção aparente mente elevadas ao final das principais eras geológicas podiam ser artefatos devidos a hiatos no documentário fóssil, em vez de eventos reais.

Page 33: _Extinção e Irradiação

Darwin escreveu sobre extinções em “Sobre a origem das espécies” (1859):

“a velha noção de todos os habitantes sendo varridos por catástrofes, em períodos sucessivos, em geral é abandonada, mesmo por geólogos como Elie de Beaumont, Murchison, Barrande e outros, cujos pontos de vista gerais os levariam naturalmente para essa conclusão. Pelo contrario, a partir do estudo de formações terciárias, temos toda a razão para crer que as especies e os grupos de especies desaparecem gradualmente, um após o outro.”

Quando Darwin escreveu não se tinha exatidão sobre o espaço de tempo entre o Cretáceo e o Terciário, causando certo equivoco quanto à realidade das extinções em massa, mas com as datações por radioisótopos pode-se constatar tal verdade que difere a visão moderna da de Darwin que suspeitava que as extinções em massa fossem artefatos da sedimentação.

Page 34: _Extinção e Irradiação
Page 35: _Extinção e Irradiação
Page 36: _Extinção e Irradiação

SELEÇÃO DE ESPÉCIES Os atributos dos organismos

podem influir na probabilidade de sobrevivência e especiação do táxon e outra de qualquer fatores ecológicos extensões podem ter esse tipo de influência.

Page 37: _Extinção e Irradiação

CASO DOS CARACÓIS Moluscos diferentes crescem de forma

diferente;

Desenvolvimento planctônico e desenvolvimento direto;

O modo de desenvolvimento de uma espécie é uma adaptação ás condições ecológicas locais.

Page 38: _Extinção e Irradiação

RELAÇÃO TIPO LARVAL E TAXA DE EXTINÇÃO

Estudos verificam que as espécies com larvas planctônicas têm taxa de extinção mais baixas.

distribuição geográfica mais ampla formas planctônicas têm mais chance deserem preservadas como fósseis.

Page 39: _Extinção e Irradiação

RELAÇÃO TIPO LARVAL E TAXA DE ESPECIAÇÃO

Caracóis com desenvolvimento direto se especiam mais rapidamente que larvas planctônicas, porque elas têm probabilidade de ficar geograficamente localizadas e isoladas o que facilita a especiação alopátrica.

Page 40: _Extinção e Irradiação

RELAÇÃO TIPO LARVAL E TAXA DE ESPECIAÇÃO

O desenvolvimento planctônico aumenta o fluxo gênico e torna a especiação alopátrica menos provável. A proporção de espécies com desenvolvimento planctônico declinou no Paleoceno e no Eoceno.

Page 41: _Extinção e Irradiação

RELAÇÃO TIPO LARVAL E TAXA DE ESPECIAÇÃO

Essa tendência não estava sendo produzida por diferenças nas taxas de extinção. Como sempre, as espécies de desenvolvimento planctônico tinham taxas baixas, o que gerava o oposto do observado.

Page 42: _Extinção e Irradiação

RELAÇÃO TIPO LARVAL E TAXA DE ESPECIAÇÃO

- Duas alternativas; 1. A seleção natural poderia estar

favorecendo o desenvolvimento direto da maioria das linhagens. (Falso para Hansen)

2. O aumento é devido a uma maior taxa de especiação nas formas de desenvolvimento direto, simplesmente porque as formas com menores taxas de dispersão têm probabilidade de especiação.

Page 43: _Extinção e Irradiação

RELAÇÃO TIPO LARVAL E TAXA DE ESPECIAÇÃO

- Dúvidas sobre tais pressupostos, devido à espécies de caracóis atuais com desenvolvimento planctônico que têm evoluído, repetidamente, de espécies ancestrais com desenvolvimento direto

- Trabalhos de Duda e Palumbi

Page 44: _Extinção e Irradiação

DIFERENÇAS NA PERSISTÊNCIA DOS NICHOS ECOLÓGICOS INFLUIRÃO

NOS PADRÕES MICROEVOLUTIVOS

Sugerem que um grupo em expansão, de espécie com desenvolvimento direto, pode não ter sido um clado com um modo constante de desenvolvimento planctônico.

Page 45: _Extinção e Irradiação

DIFERENÇAS NA PERSISTÊNCIA DOS NICHOS ECOLÓGICOS INFLUIRÃO

NOS PADRÕES MICROEVOLUTIVOS

Outro fator que pode influir nas taxas de especiação e de extinção é a natureza do nicho ecológico ocupado pela espécie. Espécies que ocupam nichos de longa duração terão taxas de extinção mais baixas que espécies que ocupam nichos de curta duração.

Page 46: _Extinção e Irradiação

DIFERENÇAS NA PERSISTÊNCIA DOS NICHOS ECOLÓGICOS INFLUIRÃO NOS

PADRÕES MICROEVOLUTIVOS

Peixes do Atlântico Norte e Oceano Pacífico;

As populações dos nichos costeiros têm baixa taxa de extinção, e provavelmente, uma taxa de especiação mais alta

Page 47: _Extinção e Irradiação

DIFERENÇAS NA PERSISTÊNCIA DOS NICHOS ECOLÓGICOS INFLUIRÃO

NOS PADRÕES MICROEVOLUTIVOS

As populações costeiras e as de água doce desenvolvem adaptações diferentes.

Essas adaptações estão associadas às diferenças na taxa de extinção embora não sejam sua causa direta.

Page 48: _Extinção e Irradiação

SELEÇÃO NATURAL ATUANDO, OS FATORES QUE CONTROLA, A MACROEVOLUÇÃO SÃO

DIFERENTES DOS QUE CONTROLAM A MICROEVOLUÇÃO

A seleção de espécies é um análogo da seleção natural intrapopulacional normal, em nível mais elevado. Seleção de espécies significa que, em igualdade de condições, os tipos de espécies que têm as taxas de extinção mais baixas e as taxas de especiação mais altas tenderão a aumentar em frequência ao longo do tempo evolutivo

Page 49: _Extinção e Irradiação

SELEÇÃO NATURAL ATUANDO, OS FATORES QUE CONTROLA, A MACROEVOLUÇÃO SÃO

DIFERENTES DOS QUE CONTROLAM A MICROEVOLUÇÃO

A questão chave para determinar uma tendência é causada por seleção de espécies é avaliar se a seleção natural intraespecífica está dirigindo a espécie na direção dessa tendência.

Se a seleção natural em cada espécie favorece o maior tamanho corporal, então, provavelmente, a tendência é dirigida por seleção natural convencional.

Page 50: _Extinção e Irradiação

SELEÇÃO NATURAL ATUANDO, OS FATORES QUE CONTROLA, A

MACROEVOLUÇÃO SÃO DIFERENTES DOS QUE CONTROLAM A MICROEVOLUÇÃO

A seleção de espécies não deve ser confundida com seleção de grupo. A seleção de grupo tem o objetivo de explicar por que is indivíduos se auto-sacrificam para o bem do grupo (ou da espécie) a que pertencem, e vimos que é difícil o surgimento de adaptações desse tipo.

Page 51: _Extinção e Irradiação

SELEÇÃO NATURAL ATUANDO, OS FATORES QUE CONTROLA, A MACROEVOLUÇÃO SÃO

DIFERENTES DOS QUE CONTROLAM A MICROEVOLUÇÃO

Não temos razão para supor que aquilo que é favorecido em curto prazo pelo processo de seleção natural seja a mesma coisa que permite que uma espécie dure mais tempo ou se desenvolva com maior rapidez. A seleção natural pode favorecer adaptações que, em longo prazo, resultem em uma maior redução da sobrevivência de algumas espécies e no aumento da sobrevivência em outras.

A macroevolução não pode ser simplesmente prevista a partir da microevolução.

Page 52: _Extinção e Irradiação

AS FORMAS SELEÇÃO DE ESPÉCIES PODEM MUDAR DURANTE

EXTINÇÕES EM MASSA

Jablonski verificou que os táxons ricos em espécies que tinham a mesma chance de extinção que os táxons com poucas espécies e as espécies planctônicas tinham a mesma chance de extinção que as de desenvolvimento direto. A extinção parece ser tão intensa que apanhou os grupos quase que por acaso. (Cretáceo)

Page 53: _Extinção e Irradiação

AS FORMAS SELEÇÃO DE ESPÉCIES PODEM MUDAR DURANTE

EXTINÇÕES EM MASSA

Em épocas normais os táxons com desenvolvimento planctônico e com muitas espécies têm probabilidade de extinção mais baixas do que os táxons em desenvolvimento direto e pobres em espécie.

O padrão de extinção durante uma extinção em massa tornou-se menos seletivo.

Na extinção do Cretáceo-Terciário verificou-se que as espécies ecologicamente especializadas eram mais vulneráveis que as ecologicamente generalistas.

Page 54: _Extinção e Irradiação

AS FORMAS SELEÇÃO DE ESPÉCIES PODEM MUDAR DURANTE

EXTINÇÕES EM MASSA

A seleção de espécies pode ser estudada em extinções em massa e o modo de seleção de espécies pode mudar durante as extinções em massa, em relação ao de outras épocas.

Os resultados das pesquisas mostram que há uma fonte independente de evidências de que as extinções em massa foram eventos reais, que elas foram os picos gráficos de extinção ao longo do tempo.

Page 55: _Extinção e Irradiação

UM TÁXON MAIS ELEVADO PODE SUBSTITUIR OUTRO POR ACASO, POR

MUDANÇA AMBIENTAL OU SUBSTITUIÇÃO COMPETITIVA

Depois da extinção dos dinossauros, no fim do cretáceo, os mamíferos irradiaram-se com rapidez e preencheram os nichos ecológicos, antes ocupados por dinossauros.

Page 56: _Extinção e Irradiação

ILUSTRAÇÃO MOSTRA COMO SERIA O ANCESTRAL COMUM AOS MAMÍFEROS, UM PEQUENO ANIMAL QUE SE ALIMENTAVA DE INSETOS (FOTO: DIVULGAÇÃO/CARL BUELL/MUSEU AMERICANO DE HISTÓRIA NATURAL)FONTE;(HTTP://WWW.AMAZONIAINFORMA.ORG/2013/02/ANCESTRAL-DOS-MAMIFEROS-FOI-PEQUENO.HTML)

Page 57: _Extinção e Irradiação

Cretáceo: Irradiação das angiospermas e declínio das gimnospermas.

a) Archaefructus liaoningensis, a mais antiga angiosperma conhecida, identificada no nordeste da China; b) Reconstrução de Archaefructus liaoningensis; c) Flor fóssil do Cretáceo inferior da Inglaterra, com sépalas e pétalas muito reduzidas; d) Nympheacea fóssil do Cretáceo de Portugal. (fonte ; http://www.phoenix.org.br/Phoenix47_Nov02.html)

Page 58: _Extinção e Irradiação

Porque um táxon elevado substituiria outro táxon elevado,compostos por

espécies ecologicamente semelhantes?

Teoria da substituição competitiva.

Teoria da substituição independente.

Page 59: _Extinção e Irradiação

Substituição independente

Duas possibilidades:

 Extinção por má adaptação a uma nova condição ambiental.

Cerca de 40% das rãs, sapos e outros anfíbios estão em declínio. Esses números vêm caindo há décadas, sendo as mudanças climáticas um dos fatores relevantes da causa da extinção.

(fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Decl%C3%ADnio_das_popula%C3%A7%C3%B5es_de_anf%C3%ADbios)

Page 60: _Extinção e Irradiação

O Urso Polar, encontra-se em perigo de extinção, devido ao aquecimento global, que afeta ao seu ecossistema, uma vez que ao derreter antes as zonas nas que caça (até 3 semanas antes do que há umas décadas), não conseguem armazenar suficiente gordura corporal para passar adequadamente o verão, o que faz que as fêmeas sejam menos férteis.(Fonte:http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2010/12/16/reducao-de-gases-estufa-podem-salvar-urso-polar-da-extincao-diz-estudo.htm)

Page 61: _Extinção e Irradiação

Extinção em massa catastrófica

A teoria mais aceita para designar a extinção dos dinossauros está relacionada à queda de um meteorito de 6 a 14 km que atingiu o planeta Terra, mais precisamente na Península de Yucatán, México, o impacto abriu uma cratera de 180 km, além de mais duas secundárias que a envolvia com 240 e 300 km de diâmetro.( Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Extin%C3%A7%C3%A3o_dos_dinossauros)

Page 62: _Extinção e Irradiação

Mamíferos e dinossauros são um exemplo clássico de substituição independente, mas as recentes evidencias moleculares complicaram a interpretação.

Resultados moleculares conflitaram com a evidência fóssil

Fóssil > Mostra um rápido um rápido surgimento de mamíferos no terciário inferior, após a extinção em massa no final do cretáceo.

Quando se encontra fosseis mais antigos de carnívoros,angulados,comedores de formigas,elefantes e primatas

Page 63: _Extinção e Irradiação

Reconstituição do gomphotherium um gênero de animais ancestrais dos atuais elefantes.

Page 64: _Extinção e Irradiação

A evidencia fóssil sugere substituição independente em vez de competitiva.

Até recentemente os fosseis mais antigos de mamíferos,certamente eutérios, eram de cerca de 80 milhões de anos.

Eles não se enquadraram em qualquer das ordens atuais de mamíferos.

São classificados como parentes das ordens atuais, ligados á árvore dos mamíferos por longos ramos.Teria levado um bom tempo para que as atuais ordens dos mamíferos evoluíssem de ancestrais eutérios.Se os eutérios surgiram há cerca de 80 milhões de anos,faz sentido que os grupos atuais tenham evoluído há cerca de 55milhoes de anos.Isso deixa20 milhões de anos para a mudança evolutiva das formas eutérias ancestrais até as atuais.Dificilmente as ordens atuais teriam existido antes de 80 milhões de anos atrás ,se essa era a época em que vivia o ancestral eutério mais antigo.

Page 65: _Extinção e Irradiação

Entretanto,quando se medem as diferenças moleculares entre as ordens de mamíferos atuais e a taxa do relógio é calibrada,o tempo inferido até o ancestral comum a esses grupos é muito mais antigo do que o Terciário inferior.A data molecular para o ancestral comum é de cerca de 90 a 100milhoes de anos.A evidencia molecular implica o fato de que as ordens atuais dos mamíferos,já existiam no Cretáceo médio.Na verdade,elas já existiam antes do fóssil de mamífero eutério mais antigo que se conhece .

Se a datação molecular está correta,os grupos de mamíferos que hoje ocupam os nichos dos dinossauros coexistiram com eles durante os últimos 30 milhões de anos do Cretáceo.

Isso não prova que os mamíferos competiam com os dinossauros ou que algo dessa competição serviu para desbancá-los.

Page 66: _Extinção e Irradiação
Page 67: _Extinção e Irradiação

Cientistas descobriram um fóssil de mamífero placentário com 160 milhões de anos, no nordeste da China,o Juramaia sinensis habitou a região durante o Jurássico (período geológico compreendido entre aproximadamente 199 e 145 milhões de anos atrás), caracterizado pela hegemonia de dinossauros e surgimento das primeiras aves e mamíferos .(Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/cientistas-encontram-fossil-de-mamifero-com-160-milhoes-de-anos)

Page 68: _Extinção e Irradiação

A diversidade de espécies pode ter aumentado logística ou exponencialmente ,desde o cambriano,ou pode ter aumentados pouco,de modo geral.

Page 69: _Extinção e Irradiação

O número de espécies viventes na terra atualmente é incerto, e as estimativas variam de 10 a 100 milhoes de espécies.

Cerca de 2 milhões delas foram descritas.

Page 70: _Extinção e Irradiação

Mas como é que o numero de espécies mudou ao longo do tempo?

Alguns modelos;

Modelo logístico > O Aumento logístico é o observado pelos ecologistas quando novos recursos são colonizados.No principio o numero aumenta exponencialmente devido á ausência de competição.Dai os competidores preenchem o espaço do recurso e nenhuma espécie nova pode ser adicionada,exceto por extinção de uma espécie existente.

Page 71: _Extinção e Irradiação

Modelo de Benton > Duas implicações seguintes:

Primeira:As espécies tem dividido e subdividido persistentemente os nichos ecológicos,em unidades cada vez mais refinadas – se a diversidade total tem um limite,como o modelo logístico assume,então ele até agora ainda não foi alcançado.

Segunda:As extinções em massa não foram muito importantes para a historia da diversidade.Esta seria mais ou menos a mesma hoje se as extinções em massa não tivessem ocorrido.

Page 72: _Extinção e Irradiação

Qual o modelo correto?

Limitação dos dados, não conclusivos.

A influencia das extinções em massa sobre a diversidade e incerta.

Page 73: _Extinção e Irradiação

OS BIÓLOGOS E PALEONTÓLOGOS MANTIVERAM UMA VARIEDADE DE

PONTOS DE VISTA SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS EXTINÇÕES EM MASSA PARA A HISTÓRIA DA VIDA.

Extinção em Massa A diversidade biológica(formas de vida) é

influenciada pelas irradiações e pelas extinções.

HISTÓRIA No início do século XIX que as transições de

fauna, que agora reconhecemos como extinção em massa, foram descobertas, quando também foram estabelecidas os estágios principais e as subfases do documentário fóssil.

Page 74: _Extinção e Irradiação

Fase 1

As transições da fauna entre os estágios principais do documentário fóssil eram frequentemente explicadas por meio de sucessivas extinções catastróficas.

Fase 2

Lyell, duvidava que as transições de fauna observadas fossem realmente catastróficas, na década de 1830 e Darwin prosseguiu nessa linha de pensamento. Porém, mais tarde, a datação geológica absoluta mostrou que a transição de fauna não correspondiam aos hiatos no documentário fóssil com Lyell propôs, pareciam ser verdadeiras extinções em massa.

Page 75: _Extinção e Irradiação

Fase 3

Surgiu uma nova evidência sugerindo que a extinção em massa do Cretáceo-Triássico fora causado por um asteróide.

Extinção K-T (65,5 Ma) - mais conhecida pelo desaparecimento dos dinossauros. Acredita-se ter destruído 60% da vida na terra.

Page 76: _Extinção e Irradiação

Fase 4

Foram feitos estudos por paleobiológos e os filogeneticistas moleculares que mostraram taxas ‘’fractais’’ de extinção, sejam elas baixas altas ou intermediárias, pois o mesmo conjunto de causas está atuando.

Page 77: _Extinção e Irradiação

CONSIDERAÇÕES

Dados moleculares atuais de mamíferos poderiam modificar o entendimento das extinções em massa sobre a influência nas substituições evolutivas.

O evento de extinção eliminou o antigo grupo dominante e abriu espaço para um novo grupo habitar.

A influência das extinções em massa sobre a diversidade global.

A evidência mais recente estatisticamente sugere que a diversidade teria sido constante.