Extrato de Legislação: Demolição, Tapumes, Limpeza, Entulho - Porto Alegre

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Extrato de Legislação: Demolição, Tapumes, Limpeza, Entulho - Porto Alegre

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ANDAIMES, TAPUMES E LIMPEZA:

CDIGO DE EDIFICAES DE PORTO ALEGRELC N 284 DE 27 DE OUTUBRO DE 1992.

TTULO VIObrigaes a serem cumpridas durante a execuo das obras

CAPTULO IAndaimes

Art. 16 Os andaimes devero satisfazer as seguintes condies:I apresentar perfeitas condies de segurana e observar distncias mnimas em relao rede de energia eltrica de acordo com as normas brasileiras, devendo quando necessrio, ser consultada a concessionria de energia eltrica para eventual desligamento ou isolamento temporrio da rede;II ocupar no mximo a largura do passeio menos 0,50m, quando com menos de 4,00m de altura em relao a este;III observar passagem livre de 2,50m de altura;IV ser dotado de proteo em todas as faces livres para impedir a queda de materiais;V ser executado de forma tal a no prejudicar a arborizao ou iluminao pblica.

Art. 17 Os pontaletes de sustentao de andaimes, quando formarem galerias, devem ser colocados a prumo e afastados no mnimo 0,50m do meio-fio.Pargrafo nico Os andaimes armados com cavalete ou escada devero ainda:a) ser somente utilizados para servios at a altura de 5,00m;b) no impedir, por meio de travessas que os limitem, o trnsito pblico sob as peas que os constituem.

CAPTULO IITapumes e Passeios Pblicos (Redao dada p/LC n 433/99)

Art. 18 Nenhuma construo ou demolio poder ser feita no alinhamento das vias pblicas ou com recuo inferior a 4,00m, sem que haja em toda a sua frente, bem como em toda a sua altura, um tapume provisrio acompanhando o andamento da construo ou demolio, ocupando, no mximo, a metade da largura do passeio.

Art. 19 Nas construes recuadas de 4,00m ou mais ser obrigatria a construo de tapume com 2,00m de altura mnima no alinhamento e tambm um tapume junto construo, a partir da altura determinada pela proporo 1:3 (recuo e altura) (figura 1 do anexo 3).

Art. 20 As construes recuadas de 8,00m ou mais estaro isentas de construo de tapume no alinhamento.

Art. 21 A colocao do tapume deve observar a existncia de vegetais no terreno ou passeio de forma a no prejudic-los.

Art. 22 Ser permitida a ocupao mxima de 50% (cinqenta por cento) do passeio, preservando uma passagem livre de 1,00m (um metro) para pedestres. Quando for tecnicamente indispensvel o uso de maior rea do passeio, dever o responsvel requerer a devida autorizao, justificando o motivo.

1 A permisso de que trata este dispositivo exclui a construo de quiosques e edificaes destinadas comercializao das unidades em construo ou j concludas, na rea a que se refere o passeio. Pargrafo nico renumerado para 1 p/LC n 433/99 com alteraes da L C. n 388/96).

2 O disposto no caput deste artigo aplica-se a qualquer obra realizada no prprio passeio pblico, com sua pavimentao ou reforma, instalao ou consertos em redes, sejam de saneamento, de gua, eltrica, telefnica, de transmisso de dados ou imagem.

3 Quando, por razes tcnicas, for indispensvel a obstruo do passeio pblico, a circulao de pedestres ser realizada com estreitamento da pista para veculos, em corredor cuja largura no seja inferior a um metro, desconsiderados os equipamentos de proteo e sinalizao, que sero obrigatrios, segundo normatizao dos rgos competentes.( 2 e 3 acrescentados p/LC 433/99).

Art. 23 Na rea central, limitada pela Primeira Perimetral, ou fora dela nas ruas de grandes movimentos, a parte inferior do tapume dever ocupar, no mximo, 1/3 (um tero) da largura do passeio, garantindo passagem com largura mnima de 1,50m (um metro e cinqenta centmetros), construindo-se uma cobertura em forma de galeria, com p-direito mnimo de 2,50m (dois metros e cinqenta centmetros) e atendendo as condies do artigo 17 (figura 2 do Anexo 13) (Redao do Art. 23 dada p/L.C. n 388/96).

Art. 24 Aps o trmino das obras, os tapumes devero ser retirados no prazo mximo de 10 dias.

CAPTULO IIIConservao e Limpeza dos Logradouros e Proteo s Propriedades

Art. 25 Durante a execuo das obras o profissional responsvel dever pr em prtica todas as medidas necessrias para que os logradouros, no trecho fronteiro obra, sejam mantidos em estado permanente de limpeza e conservao.

Art. 26 Nenhum material poder permanecer no logradouro pblico seno o tempo necessrio para sua descarga e remoo.

Art. 27 No caso de se verificar a paralisao por mais de 90 dias, a construo dever:I ter todos os seus vos fechados de maneira segura e conveniente;II ter seus andaimes e tapumes removidos, quando construdos sobre o passeio.

DEMOLIO:

CDIGO DE EDIFICAES DE PORTO ALEGRELC N 284 DE 27 DE OUTUBRO DE 1992.

TTULO IVResponsabilidades

Art. 6 A responsabilidade sobre as edificaes e sua manuteno caber ao Municpio, ao autor dos projetos, ao executante e responsvel tcnico e ao proprietrio ou usurio a qualquer ttulo.

Art. 7 da responsabilidade do Municpio:I aprovar projetos e licenciar obras em conformidade com a legislao municipal;II fornecer Carta de Habitao;III exigir manuteno permanente e preventiva das edificaes em geral;IV promover a responsabilidade do proprietrio do imvel e/ou do profissional pelo descumprimento da legislao pertinente.

Art. 8 da responsabilidade do autor do projeto:I elaborar projetos em conformidade com a legislao municipal e normas tcnicas;II acompanhar, junto ao Executivo Municipal, todas as fases da aprovao do projeto.

Art. 9 da responsabilidade do executante e responsvel tcnico:I edificar de acordo com o previamente licenciado pelo Municpio;II elaborar o Manual de Uso e Manuteno, contendo:a) discriminao dos materiais, tcnicas e equipamentos empregados em obras;b) cautelas a observar na utilizao da edificao;c) cpia do projeto como executado (arquitetnico e complementares);III responder por todas as conseqncias, diretas ou indiretas, advindas das modificaes que constituam patrimnio histrico sociocultural e no meio ambiente natural na zona de influncia da obra, em especial, cortes, aterros, rebaixamento do lenol fretico, eroso, etc.IV obter, junto ao Executivo, a concesso da Carta de Habitao.

Art. 10 da responsabilidade do proprietrio ou usurio a qualquer ttulo:I responder, na falta de responsvel tcnico, por todas as conseqncias, diretas ou indiretas, advindas das modificaes efetuadas nas edificaes que constituam patrimnio histrico sociocultural e no meio ambiente natural na zona de influncia da obra, em especial, cortes, aterros, rebaixamento do lenol fretico, eroso, etc.II manter o imvel em conformidade com a legislao municipal, devendo promover consulta prvia a profissional legalmente qualificado, para qualquer alterao construtiva na edificao;III utilizar a edificao conforme Manual de Uso e Manuteno e projetos fornecidos pelo executante e responsvel tcnico;IV manter permanentemente em bom estado de conservao as reas de uso comum das edificaes e as reas pblicas sob sua responsabilidade, tais como passeio, arborizao, posteamento, etc.;V promover a manuteno preventiva da edificao e de seus equipamentos.

Art. 11 As obras de construo, reconstruo, ampliao, reforma ou demolio, de qualquer edificao, somente podero ser projetadas e/ou executadas por profissionais legalmente qualificados, observada a lei de direitos autorais e a regulamentao do exerccio profissional.

1 Excetuam-se dessa exigncia as obras que, pela sua natureza e simplicidade, dispensarem a interveno de profissional qualificado, conforme definio legal.

2 O Municpio comunicar ao rgo de fiscalizao profissional competente a atuao irregular do profissional que incorra em comprovada impercia, m-f ou direo de obra no licenciada.

Art. 12 facultada a substituio ou transferncia da responsabilidade profissional, assumindo, o substituto, a responsabilidade tambm pela parte executada.Pargrafo nico Ocorrendo a baixa e a assuno em pocas distintas, a obra dever permanecer paralisada, at que se regularize a responsabilidade profissional.

TTULO VNormas Administrativas

Art. 13 Nenhuma obra de construo, reconstruo, ampliao, reforma, trasladao e demolio de qualquer edificao, ou alterao de atividade, poder ser realizada sem prvio licenciamento municipal.

ENTULHO:

Prefeitura Municipal de Porto Alegre

LEI N 10.474, de 23 de junho de 2008.Disciplina a utilizao das caambas estacionrias nas vias pblicas municipais, determina penalidades pelo no-cumprimento ao disposto nesta Lei, e revoga as Leis nos 7.969, de 21 de janeiro de 1997, 8.401, de 2 de dezembro de 1999 e 9.080, de 9 de janeiro de 2003, e d outras providncias.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE.Fao saber que a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1A utilizao de caambas estacionrias nas vias pblicas municipais dar-se- de acordo com as normas estabelecidas nesta Lei.Art. 2Para fins de aplicao desta Lei, entende-se por:I via pblica a superfcie por onde transitam veculos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calada, o passeio, o acostamento, a ilha e o canteiro central, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as praias abertas circulao pblica; eII caamba estacionria ou continer o equipamento destinado aos servios de coleta, remoo, entrega ou descarregamento de materiais slidos ou pastosos utilizados em obras.Art. 3A disposio de caamba estacionria na via pblica dar-se- mediante prvia autorizao do rgo competente, quando no puder ser atendido qualquer pressuposto do art. 5 desta Lei. 1 Somente ser permitida a utilizao das vias pblicas para colocao das caambas estacionrias, quando verificada, comprovadamente, a inexistncia de espao no interior do imvel que estiver recebendo o material ou gerando os entulhos. 2 As caambas estacionrias podero permanecer nas vias pblicas por espao de tempo de at 72h (setenta e duas horas). 3 O rgo competente, diante da solicitao de autorizao para a disposio da caamba estacionria na via pblica, verificando a necessidade, poder conced-la por tempo determinado. 4 Quando a caamba estacionria estiver com capacidade de carga completa, independentemente do perodo de tempo estipulado pelo rgo competente para sua permanncia no local, dever ser imediatamente retirada pelo seu responsvel.Art. 4Na sua utilizao, as caambas estacionrias devero atender s seguintes condies:I possuir largura mxima de at 2m (dois metros), com capacidade de at 5m (cinco metros cbicos);II ao serem transportadas, devero estar cobertas, a fim de evitar queda de objetos na via pblica;III estar devidamente sinalizadas por meio de pintura e elementos retrorreflexivos que permitam uma melhor visualizao; eIV as faces laterais devero conter, cada uma delas, o nmero de identificao da caamba estacionria, o nome e o nmero de telefone da empresa responsvel, bem como o nome e o nmero do rgo de trnsito competente. 1 A sinalizao por meio de pintura de que trata o inc. III do caput deste artigo ser constituda de faixas oblquas, alternadas, nas cores branca e laranja, com inclinao de 45 (quarenta e cinco graus) em relao ao plano horizontal, realizadas, conforme o Anexo desta Lei:I na vista frontal, na parte abaixo da viga horizontal;II na vista traseira, acima da viga horizontal; eIII na vista lateral, acima da viga horizontal, nos espaos menores, deixando um espao maior ao centro. 2 A sinalizao por meio de elementos retrorreflexivos de que trata o inc. III do caput deste artigo observar o disposto no item 3.3 do Anexo Resoluo n 132, de 2 de abril de 2002, do Conselho Nacional de Trnsito CONTRAN e ser afixada, conforme o Anexo desta Lei:I na vista frontal, horizontalmente na parte superior e na parte inferior e verticalmente nas laterais, formando uma figura geomtrica retangular;II na vista traseira, horizontalmente na parte superior e na parte inferior e verticalmente nas laterais, formando uma figura geomtrica retangular; eIII na vista lateral, em volta dos espaos menores.Art. 5A disposio da caamba estacionria, quando na pista de rolamento da via pblica, dever ocorrer em local em que no haja, de acordo com a regulamentao viria e as normas de trnsito, vedaes s operaes de parada e estacionamento. 1 Na ocorrncia do disposto no caput deste artigo, a caamba deve ser posicionada a 0,20m (zero vrgula vinte metro) do meio-fio, e seu lado maior paralelo a este. 2 Havendo vedao por sinalizao regulamentar de trnsito e normas de trnsito ou por impossibilidade fsica de dispor-se a caamba estacionria na pista de rolamento, poder o rgo competente autorizar sua disposio sobre o passeio ou a calada. 3 Estando a caamba estacionria disposta no passeio ou na calada, dever ser respeitado o espao de 1m (um metro) livre para o trnsito de pedestres.Art. 6O no-cumprimento do disposto nesta Lei sujeitar a empresa autorizada s seguintes penalidades:I multa de 500 (quinhentas) UFMs (Unidades Financeiras Municipais);II remoo das caambas estacionrias; eIII cassao da licena para instalao e funcionamento. 1 O infrator poder recorrer administrativamente no prazo mximo de 30 (trinta) dias, a partir da notificao pelo rgo competente. 2 Os valores arrecadados no cumprimento desta Lei sero destinados para a educao no trnsito.Art. 7As caambas estacionrias removidas para depsito, a qualquer ttulo, s sero restitudas ao seu responsvel mediante o pagamento das multas vencidas, aplicadas ao responsvel por infraes a esta Lei, bem como mediante o pagamento das taxas e das despesas com a remoo e a estada.Pargrafo nico. As caambas estacionrias, em no sendo retiradas do depsito pelos seus proprietrios, findo o prazo de 90 (noventa) dias, sero levadas hasta pblica, deduzindo-se do valor arrecadado o montante da dvida relativa a multas vencidas aplicadas ao proprietrio, por infraes a esta Lei, tributos e encargos legais.Art. 8Nos casos no-previstos nesta Lei, para fins de fiscalizao, as caambas estacionrias equiparam-se aos veculos, em conformidade com a Lei Federal n 9.503, de 23 de setembro de 1997 Cdigo de Trnsito Brasileiro , e alteraes posteriores.Art. 9Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias aps sua publicao.Art. 10.Ficam revogadas as Leis ns:I 7.969, de 21 de janeiro de 1997;II 8.401, de 2 de dezembro de 1999; eIII 9.080, de 9 de janeiro de 2003.PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 23 de junho de 2008.Jos Fogaa,Prefeito.Luiz Afonso dos Santos Senna,Secretrio Municipal dos Transportes.Registre-se e publique-se.Clvis Magalhes,Secretrio Municipal de Gesto eAcompanhamento Estratgico.

LEI COMPLEMENTAR N. 234/90CDIGO DE LIMPEZA URBANA

CAPTULO IVDO LIXO ESPECIALSEO I DOS RESDUOS DE IMVEIS

Art.17 a coleta, transporte, destino e disposio final do lixo especial gerado em imveis, residenciais ou no, so de exclusiva responsabilidade de seus proprietrios.

Art.18 os servios previstos no artigo anterior podero ser realizados pelo executivo, a seu critrio, desde que solicitado para tanto, cobrando o custo correspondente.Pargrafo nico na hiptese de ser transgredido o artigo n. 17, e vindo o executivo a efetuar os servios, o custo correspondente ser cobrado em dobro, sem prejuzo da sanes cabveis.

Art.19 no que for pertinente limpeza e conservao dos logradouros pblicos, as construes e demolies reger-se-o pelas disposies da presente lei e pelas seguintes obrigaes:I manter em estado permanente de limpeza e conservao o trecho fronteiro obra. Multa de 59,3905 a 118,7810 ufms;II evitar excesso de poeira e queda de detritos nas propriedades vizinhas, vias e logradouros pblicos. Multa de 59,3905 a 118,7810 ufms;III no dispor materiais no passeio pblico ou via pblica, seno o tempo necessrio para sua descarga ou remoo, salvo quando se destinar a obras a serem executadas no prprio logradouro ou muro de Alinhamento. Multa de 59,3905 a 118,7810 ufms;

Pargrafo nico as sanes decorrentes da inobservncia do disposto neste artigo sero aplicadas ao responsvel pela obra ou ao proprietrio do imvel autuado.

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Art. 36 o acondicionamento, coleta e transporte do lixo Especial, quando no regulado em contrrio desteCaptulo, devero ser feitos, obrigatoriamente, pelo gerador dos detritos.

Pargrafo nico a coleta, transporte e outros servios relativos ao lixo especial podem ser realizados peloExecutivo, desde que solicitado para tanto, sendo cobrados segundo tabela prpria, a ser regulamentada emLei, acrecidos da taxa administrao de 20%(vinte por cento) do preo estipulado.

Art. 37 obrigatrio o controle do destino final do lixo especial.

Pargrafo nico toda a carga recebida deve ser identificada e pesada, providenciando-se as devidasAnotaes em planlha prpria, especialmente no que diz respeito a sua origem.

Art. 43 constituem atos lesivos limpeza urbana:

VIII dispor material de qualquer natureza ou efetuar preparo de argamassa sobre passeios ou pista de rolamento. Multa de 59,3905 a 118,7810 ufms;

LEI N 10.847, DE 9 DE MARO DE 2010.Institui o Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil doMunicpio de Porto Alegre, estabelece as diretrizes, os critrios e os procedimentospara a gesto dos Resduos da Construo Civil (RCCs) e d outras providncias.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGREFao saber que a Cmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuies que me confere o inciso II do artigo 94 da Lei Orgnica do Municpio, sanciono a seguinte Lei:Art. 1 Fica institudo o Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil do Municpio de Porto Alegre, e ficam estabelecidos diretrizes, critrios e procedimentos para a gesto dos Resduos da Construo Civil (RCCs), nos termos desta Lei.Art. 2 O Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil do Municpio de Porto Alegre compreende:I o Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil; eII os Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil. 1 Os resduos produzidos pela atividade dos pequenos geradores sero tutelados pelo Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil. 2 Os resduos produzidos pela atividade dos empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental sero tutelados pelos Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil.Art. 3 O Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil do Municpio de Porto Alegre tem os seguintes objetivos:I revisar, adequar e aplicar a legislao que trata da coleta, do transporte e da disposio de RCCs, visando efetiva reduo dos impactos ambientais, ao seu tratamento e sua disposio adequada;II implementar o gerenciamento dos RCCs, definindo atribuies dos diversos agentes envolvidos;III estabelecer procedimentos para a eliminao na fonte, reduo, reutilizao e reciclagem dos RCCs, visando reinsero dos resduos reutilizveis ou reciclados no ciclo produtivo; eIV incentivar aes educativas em parceria com os setores envolvidos nas questes relacionadas aos RCCs, visando a seu gerenciamento.Art. 4 Para fins desta Lei, entende-se por:I agregados reciclados o material granular proveniente do beneficiamento de resduos de construes que apresentem caractersticas tcnicas para a aplicao em obras de edificao, de infraestrutura, em aterros sanitrios ou outras obras de engenharia;II rea de destinao de resduos a rea destinada ao beneficiamento ou disposio final de resduos;III rea para adequao de cotas a rea para recebimento de resduos Classe A, com o propsito de elevao de cota local e integrante de empreendimento de utilizao futura que receber RCCs, exclusivamente Classe A, devendo ter licenciamento ambiental;IV beneficiamento o ato de submeter os resduos operao que os permita serem utilizados ou processados, ou ambos, com o objetivo de dot-los de condies para sua utilizao como matria-prima ou produto;V centros de beneficiamento, reciclagem e disposio final de resduos da construo civil as reas onde sero empregadas tcnicas de disposio de RCCs Classe A no solo, visando ao depsito de materiais segregados, de forma a possibilitar seu uso ou a futura utilizao da rea, utilizando princpios de engenharia para confin-los ao menor volume possvel, para evitar que causem danos sade e ao meio ambiente;VI geradores as pessoas fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas, que desenvolvem atividades ou empreendimentos que geram RCCs;VII gerenciamento de resduos o sistema de gesto que visa a reduzir ou a reciclar resduos, incluindo planejamento, responsabilidade, prticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as aes necessrias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;VIII microcentros de recebimento e triagem de pequenos volumes as reas pblicas ou privadas destinadas ao armazenamento temporrio de RCCs dos pequenos geradores, devendo os resduos serem periodicamente transferidos para locais apropriados para seu reuso, sua reciclagem ou sua disposio final;IX MTR o Manifesto de Transporte de Resduos;X obras as atividades ligadas construo civil, reforma, ampliao, demolio e movimentao de terra;XI pequeno gerador a pessoa fsica ou jurdica que descarta a quantidade mxima de 0,5m (zero vrgula cinco metro cbico) de RCCs por dia;XII reciclagem o processo de transformao de resduo para o seu aproveitamento;XIII RCCs os resduos provenientes de construes, reformas, reparos e demolies e os resultantes da preparao e da escavao de terrenos, tais como tijolos, blocos cermicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfltico, vidros, plsticos, tubulaes, fiao eltrica e outros, comumente chamados de entulhos de obras ou calia;XIV reutilizao o processo de reaproveitamento de resduos que no sofreram transformao; eXV transportadores as pessoas fsicas ou jurdicas encarregadas da coleta dos resduos das fontes geradoras e do transporte desses para as reas de destinao.Art. 5 Os RCCs so classificados como:I Classe A;II Classe B;III Classe C; eIV Classe D. 1 RCCs Classe A so resduos reutilizveis ou reciclveis como agregados, tais como os resduos de construo, demolio, reformas, reparos de pavimentao e outros oriundos de obras de infraestrutura, inclusive os provenientes de terraplanagem. 2 RCCs Classe B so resduos reciclveis para outras destinaes, tais como plsticos, papel, papelo, metais, vidros, madeiras e outros. 3 RCCs Classe C so resduos para os quais no foram desenvolvidas tecnologias ou aplicaes economicamente viveis sua reciclagem ou recuperao, tais como os materiais oriundos do gesso. 4 RCCs Classe D so resduos perigosos oriundos do processo de construo, tais como tintas, solventes, leos, ou contaminados oriundos de demolies, reformas e reparos de clinicas radiolgicas ou instalaes industriais, dentre outros, inclusive, materiais que contenham amianto.Art. 6 A destinao dos RCCs ser feita de acordo com sua classificao, da seguinte forma:I os RCCs Classe A sero reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados a reas de aterros de RCCs, sendo dispostos de modo a permitir a sua reutilizao ou reciclagem futura;II os RCCs Classe B sero reutilizados, reciclados ou encaminhados a reas de armazenamento temporrio, sendo dispostos de modo a permitir a sua reutilizao ou reciclagem futura;III os RCCs Classe C sero reutilizados, reciclados, armazenados, transportados, encaminhados para destinao final ou devolvidos ao fabricante, em conformidade com normas tcnicas especficas; eIV os RCCs Classe D sero armazenados, transportados, reutilizados e destinados, em conformidade com normas tcnicas especficas.Pargrafo nico. Os RCCs Classe A sero preferencialmente destinados a atividades de reciclagem que lhes agreguem valor e gerem trabalho e renda s populaes em situao de vulnerabilidade social, em especial a produo de blocos de concreto para pavimentao de vias urbanas e a construo civil, ficando o excedente para demais formas de destinao e uso destes resduos.Art. 7 O Municpio de Porto Alegre desenvolver o Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, com a finalidade de tutelar os resduos da construo civil oriundos dos pequenos geradores. 1 Caber ao pequeno gerador a responsabilidade pela segregao, pela coleta e pelo transporte dos resduos gerados. 2 Cabero ao Municpio de Porto Alegre o recebimento e a destinao final dos resduos gerados pelos pequenos geradores, disponibilizando reas para recebimento de pequenos volumes de resduos. 3 O Municpio de Porto Alegre poder disponibilizar o transporte dos resduos dos pequenos geradores, dos microcentros, at o destino final.Art. 8 Os empreendimentos no enquadrados como pequenos geradores ou ainda sujeitos ao licenciamento ambiental devero apresentar o Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, para anlise do rgo ambiental.Art. 9 Para os empreendimentos que no necessitem de licenciamento ambiental, o Municpio de Porto Alegre disponibilizar formulrio especfico, no qual devero ser informados os resduos que sero gerados.Art. 10. O Municpio de Porto Alegre definir, por meio de decreto, as exigncias mnimas para a elaborao dos Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, observadas as seguintes diretrizes:I na etapa de caracterizao, o gerador dever identificar e quantificar os resduos;II a etapa de triagem dever ser realizada preferencialmente pelo gerador na origem ou nas reas licenciadas para essa finalidade, respeitadas as Classes de resduos estabelecidas no art. 5 desta Lei;III na etapa de acondicionamento, o gerador deve garantir o confinamento dos resduos aps a gerao e at a etapa de transporte, assegurando, em todos os casos em que seja possvel, as condies de reutilizao e de reciclagem;IV a etapa de transporte dever ser realizada em conformidade com as diretrizes anteriores e de acordo com as normas tcnicas vigentes para o transporte de resduos; e V a etapa de destinao dever ser prevista de acordo com o estabelecido nesta Lei.Art. 11. As reas para recebimento dos RCCs so divididas nos seguintes grupos:I reas para adequao de cotas;II centros de beneficiamento, reciclagem e disposio final de RCC; eIII microcentros de recebimento e triagem de pequenos volumes. 1 Nas reas para adequao de quotas, devero ser utilizados RCCs, em detrimento de materiais provenientes de jazidas. 2 O Municpio de Porto Alegre criar meios para incentivo do uso de reas para adequao de quotas pelos geradores.Art. 12. A atividade de transporte de RCCs dever submeter-se ao licenciamento ambiental. 1 A Licena Ambiental dever ser solicitada pelo transportador responsvel pelo transporte de RCC, podendo a empresa estar sediada fora do Municpio de Porto Alegre. 2 A Licena Ambiental ter validade mxima de 4 (quatro) anos.Art. 13. As empresas transportadoras de RCCs somente podero depositar os resduos coletados em locais licenciados para essa finalidade.Art. 14. Todas as atividades de transporte de resduos devero ser acompanhadas da MTR, exceto nos casos de pequenos geradores, conforme o Programa Municipal de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil.Art. 15. O transporte de RCCs ser realizado por caambas ou containers, exceo dos resduos gerados pelos pequenos geradores.Art. 16. Para evitar derramamento de resduos, os RCCs sero transportados em containers ou caambas estanques e cobertos por lona ou outro sistema de proteo.Art. 17. As atividades de beneficiamento e destinao final de resduos slidos devero estar devidamente licenciadas pelo rgo ambiental competente.Art. 18. Ser exigida das partes envolvidas no processo de gerao, armazenamento e disposio final a contratao de servio de transporte de resduos, devidamente licenciado pelo rgo ambiental.Pargrafo nico. A comprovao da contratao referida no caput deste artigo ser regulamentada por decreto.Art. 19. O gerador e o prestador de servio de transporte firmaro contrato de transporte de resduos da construo civil, que conter, obrigatoriamente, as seguintes clusulas e obrigaes:I determinao de responsabilidade solidria entre o gerador e o transportador de resduos pela destinao final adequada; eII responsabilidade do gerador pela segregao dos resduos slidos, na origem, de forma a garantir que, nas caambas e nos containers, sejam colocados apenas resduos oriundos da construo civil.Art. 20. O Municpio de Porto Alegre fiscalizar a disposio do container ou da caamba na via pblica, bem como sua identificao e sinalizao, que devero atender forma prevista na Lei n 10.474, de 25 de junho de 2008, alterada pela Lei n 10.722, de 8 de julho de 2009, e a conformidade do transportador com o Cdigo de Trnsito Brasileiro CTB.Art. 21. Alm da identificao e da sinalizao previstas na Lei n 10.474, de 2008, alterada pela Lei n 10.722, de 2009, os containers ou as caambas destinados ao armazenamento de RCCs devero conter o nmero da licena ambiental e, nas faces externas de maior dimenso, a seguinte inscrio: PROIBIDO RESDUO DOMICILIAR.Art. 22. Acerca do gerenciamento dos RCCs, o Municpio de Porto Alegre promover, para a populao, aes de educao ambiental, alertando-a sobre a importncia da coleta seletiva dos materiais e de sua correta disposio.Art. 23. O Municpio de Porto Alegre captar reas para os fins do art. 11 desta Lei, mediante incentivos a serem definidos em lei especfica.Art. 24. O Municpio de Porto Alegre definir, na regulamentao desta Lei, as competncias dos rgos da Administrao, Direta ou Indireta, responsveis pela execuo do disposto nesta Lei.Art. 25. O Municpio de Porto Alegre, em parceria com os agentes envolvidos, elaborar material publicitrio sobre o Plano Integrado de Gerenciamento dos Resduos da Construo Civil, disponibilizando-o em locais acessveis e vinculados construo civil.Art. 26. As atividades de transporte de RCCs tero 6 (seis) meses, contados da data de publicao da regulamentao desta Lei, para adequar-se ao disposto nesta Lei.Art. 27. Fica considerada infrao administrativa toda ao ou omisso que violem as regras jurdicas dispostas neste Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil, sem prejuzo da aplicao de outras legislaes cabveis vigentes. 1 As infraes administrativas so punidas com as seguintes sanes, conforme regulamento:I advertncia;II multa simples;III multa diria;IV apreenso;V embargo de obra ou atividade; ou VI suspenso parcial ou total de atividades; 2 O valor da multa ser fixado no regulamento desta Lei, sendo o mnimo de 100 (cem) Unidades Financeiras Municipais (UFMs) e o mximo de 500 (quinhentas) UFMs.Art. 28. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 9 de maro de 2010.Jos Fogaa,Prefeito.

Carlos Garcia,Secretrio Municipal do Meio Ambiente.

Registre-se e publique-se.

Clvis Magalhes,Secretrio Municipal de Gesto e Acompanhamento Estratgico.

DECRETO N 18.481, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2013.

Regulamenta a Lei n 10.847, de 9 de maro de 2010, que institui o Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos de Construo Civil do Municpio de Porto Alegre, estabelecendo as diretrizes, os critrios e os procedimentos para a Gesto dos Resduos da Construo Civil (RCCs) e d outras providncias.

Clicar no link: Decreto 18481-2013 - PGRCC.pdf