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FILOSOFIA POLÍTICA Professor Hugo Alexandre

F ILOSOFIA POLÍTICA Professor Hugo Alexandre. É TICA E P OLÍTICA

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FILOSOFIA POLÍTICA

Professor Hugo Alexandre

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ÉTICA E POLÍTICA

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VIRTUDES

Temperança

Prudência

JustiçaCoragem

Liberdade

Magnanimidade

Mansidão

Franqueza

CAPACIDADES HUMANAS

ESSENCIAIS

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ÉTICA CLÁSSICA

As virtudes humanas

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Ser humano racional voltado para o BEM

Agir conforme as virtudes humanas

SÓCRATES

Capacidades essênciais

DESEJO RAZÃO

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Alma humana

PLATÃO

- Concupiscível = desejo do corpo- Irascível = defesa/autoconservação- Racional = controle

Temperança

Prudência Justiça Coragem

VIRTUDES CARDEAIS

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Alma humana

ARISTÓTELES

- Vegetativa = funções vitais- Apetitiva = desejos- Intelectiva = controle

Coragem

Liberdade

Temperança Magnanimidad

e

VIRTUDES ÉTICAS Mansidão

Franqueza

Justiça

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POLÍTICA

EU TENHO A FORÇA!!

PODER

É a capacidade de agir, de produzir efeitos (sobre indivíduos ou grupos humanos). Portanto, o poder não é um ser, mas uma relação. Mais ainda, é um conjunto de relações, por meio das quais indivíduos ou grupos interferem na atividade de outros indivíduos ou grupos.

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Força física

Poder de atração

Poder de mobilização

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FILOSOFIA POLÍTICA

A política é tratada como governo e como ação coletiva de grupos sociais organizados, que estabelecem leis e obedecem a elas.

Grécia e Roma

ta politika

polis

politikoscivita

res publica

patricios

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Atenção: Na Grécia nem todos são cidadãos, apenas aqueles que detinham poderes políticos

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POLÍTICA E PLATÃO

o Fins da política = o bem-comum e supremo

o Cada indivíduo deve exercer a função de

acordo com o elemento primordial de sua

alma

o “Rei filósofo” – alma racional deve governar

o Politeia (cidade perfeita) - autogoverno

Esta acima de qualquer lei escrita

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POLÍTICA E ARISTÓTELES

Fins da política = o bem-comum e supremo

O Homem é um “animal político”

O poder deve ser exercido pela soma das

virtudes de todos os cidadãos

Todos devem estar submetidos a uma lei maior (constituição)

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ÉTICA MEDIEVAL

Teologia

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Personificação do bem = DEUS

Virtudes teologais (fé, caridade e esperança)

DEVER = obedecer às leis divinas e a beatitude

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O mal tem origem na ação humana, ou seja, no desvio das leis divinas.

SANTO AGOSTINHO

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POLÍTICA E SANTO AGOSTINHO

Todo o poder vem de Deus

A “Cidade de Deus”

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Como explicar a imperfeição e os bens materiais?

TOMAS DE AQUINO

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POLÍTICA E TOMAS DE AQUINO

Lei eterna – Leis naturais – Leis

humanas

Sansões eram consideradas normais

Direito de contestar uma tirania

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TEMPOS MODERNOS

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OS SERES HUMANOS VOLTADOS PARA O BEM?

Maquiavel Governar os homens considerando sua tendência as

más paixões

Espinosa Não existem paixões boas, nem más, e sim, naturais Ataraxia: capacidade de ser, agir e pensar

Rousseau Paixões naturais = amor-próprio e compaixão; A civilização corrompe o homem

David Hume As ações humanas são guiadas pelos desejos.

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OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS

Nicolau Maquiavel – “O príncipe” (1513)

Política real e não ideal.

“os Estados nasciam da oposição entre os grandes, que desejam dominar, e o povo, que desejava não ser dominado.

Fins político – a conquista e manutenção do poder

O príncipe não precisava ser amado, e sim temido, mas não odiado.

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PACTO SOCIAL OU CONTRATO SOCIAL

Estado de natureza - Jusnaturalismo

Direito naturalLei natural

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O PACTO SEGUNDO THOMAS HOBBES

O Homem “lobo do próprio homem”

Estado de natureza como um “guerra de todos contra todos”

Os indivíduos renunciam sua liberdade em favor de um soberano, para que esse garante o direito natural.

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O PACTO SEGUNDO JONH LOCKE

Estado de natureza como liberdade e igualdade, em que cada qual era juiz de sua própria causa e buscava o bem próprio.

Conflito de interesses com o acúmulo de riquezas

Pacto social com o objetivo de garantir a propriedade privada.

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O PACTO SEGUNDO MONTESQUIEU

Defensor da existência dos três poderes autônomos do Estado civil.

Estado de natureza como fraqueza e medo

As guerras, as armas e as dominações não eram naturais, e sim criadas pela sociedade.

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O PACTO SEGUNDO ROUSSEAU

Estado de natureza como uma condição de liberdade e inocência entre iguais.

Mito do bom selvagem

Estado de sociedade – propriedade privada

Soberania do povo

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PRÓXIMA AULA

Concepções de Estado para os sociólogos clássicos (Durkheim, Marx e Weber)

A história da CIDADANIA

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01. “A busca da ética é a busca de um fim, a saber, o do homem. E o empreendimento humano como um todo, envolve a busca de um fim: Toda arte e todo método, assim como toda ação e escolha, parece tender para um certo bem; por isto se tem dito, com acerto, que o bem é aquilo para que todas as coisas tendem.” Com base no texto e nos conhecimentos sobre a ética em Aristóteles, considera as afirmações a seguir: I. O “fim” último da ação humana consiste na busca da felicidade alcançada mediante a aquisição de honrarias oriundas da vida política.II. A ética é o estudo relativo à excelência ou à virtude própria do homem, isto é, do “fim” da vida humana.III. Todas as coisas têm tendência para realizar algo, nessa tendência encontramos seu valor, sua virtude, que é o “fim de cada coisa”.IV. Uma ação virtuosa é aquela que está em acordo com o dever, independente dos seus “fins”. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e IV d) I, II e IIIb) II e III e) I, II e IVc) III e IV 

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02. Segundo Agostinho, no livro VII da obra Confissões, o mal é uma perversão da vontade desviada da substância suprema. Por esta afirmação, com base no pensamento de Agostino, marque (v) verdadeiro ou (f) falso: V-F0-0 O homem é livre para optar pelo bem ou pelo mal1-1 A vontade corretamente orientada deveria levar a Deus, porém, o homem é livre para se desviar e para se corromper.2-2 O mal é uma força que coexiste e concorre com o bem. A primeira representada pelo Demônio e a segunda por Deus;3-3 O mal é uma interpretação que depende do interesse de cada pessoa. O que é mal para um pode ser bom para outro.4-4 Há uma substância da maldade, que Agostinho encontra nas “coisas baixas”.

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03. Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.  O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania: a) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

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04. Leia o texto, que se refere à idéia de cidade justa de Platão. “Como a temperança, também a justiça é uma virtude comum a toda a cidade. Quando cada uma das classes exerce a sua função própria, ‘aquela para a qual a sua natureza é a mais adequada’, a cidade é justa. Esta distribuição de tarefas e competências resulta do fato de que cada um de nós não nasceu igual ao outro e, assim, cada um contribui com a sua parte para a satisfação das necessidades da vida individual e coletiva. (...) Justiça é, portanto, no indivíduo, a harmonia das partes da alma sob o domínio superior da razão; no estado, é a harmonia e a concórdia das classes da cidade.” (PIRES, Celestino. Convivência política e noção tradicional de justiça. In: BRITO, Adriano N. de; HECK, José N. (Orgs.). Ética e política. Goiânia: Editora da UFG, 1997. p. 23.) Sobre a cidade justa na concepção de Platão, é correto afirmar: a) Nela todos satisfazem suas necessidades mínimas, e inexistem funções como as de governantes, legisladores e juízes.b) É governada pelos filósofos, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores econômicos, todos cumprindo sua função própria.c) Seus habitantes desejam a posse ilimitada de riquezas, como terras e metais preciosos.d) Ela tem como principal objetivo fazer a guerra com seus vizinhos para ampliar suas posses através da conquista.e) Ela ambiciona o luxo desmedido e está cheia de objetos supérfluos, tais como perfumes, incensos, iguarias, guloseimas, ouro, marfim, etc.

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05. “Toda cidade [pólis], portanto, existe naturalmente, da mesma forma que as primeiras comunidades; aquela é o estágio final destas, pois a natureza de uma coisa é seu estágio final. (...) Estas considerações deixam claro que a cidade é uma criação natural, e que o homem é por natureza um animal social, e um homem que por natureza, e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível ou estaria acima da humanidade.” (ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Trad. De Mário da Gama Kuri. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1997. p. 15.) De acordo com o texto de Aristóteles, é correto afirmar que a pólis: a) É instituída por uma convenção entre os homens.b) Existe por natureza e é da natureza humana buscar a vida em sociedade.c) Passa a existir por um ato de vontade dos deuses, alheia à vontade humana.d) É estabelecida pela vontade arbitrária de um déspota.e) É fundada na razão, que estabelece as leis que a ordenam.

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06. “- Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela três espécies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua vez, temperante, corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas mesmas espécies.- É verdade.- “Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade”. (PLATÃO. A república. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.) 

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Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar: a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros.b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas.e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.

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