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Se vivo, entre nós, Fábio Nasser estaria hoje, nessa en- solarada e fria quarta-feira de junho, completando 49 anos. Com um pé no quase início do meio século da vida, onde buscamos a cada momento satisfazer a nós mesmo e àqueles que nos cercam num círculo espirituoso de existên- cia e de profundo respeito aos ensinamentos de Deus. Não há no limite da vida o limite do amor àquilo que de- votamos como o verdadeiro brilho da luz no céu que ca- minha a cada dia do ano co- mo se deslizasse suavemente nas horas à procura de cada segundo até sumir num breve firmamento do tempo. Não somos nada, senão o pouco do tudo do que nos res- ta dos anos em que plantamos e que colhemos a semente do bem; um dia, hoje apenas, um dia, armazenado em nossa consciência imemorial. So- mos, portanto, o que quere- mos ser para nós, no espaço infinito de nossos desejos, mesmo que temporários, de- sejos. E seremos sempre o que o sempre será: o sempre grávi- do desse intenso desejo de vi- ver para sempre. Em sua última carta psico- grafada ao pai, o jornalista e editor-geral do Diário da Ma- nhã, Batista Custódio, Fábio Nasser, como já de costume, pede ao pai que o abençoe e responde a algumas pergun- tas feita por Batista, na noite do último dia 2, data em que a mensagem psicografada foi recebida no Centro Espírita Obras Sociais Mãos Unidas, pela médium Mary Alves. Eis o que Fábio diz: — O seu coração clamou a Deus que eu não fosse tão sintético, pois a sua saudade é do filho poeta e sensível, que carrega suas dores em seu próprio ombro... E prossegue na sua mensa- gem celestial: — E hoje venho afirmar que sei e compreendo muito bem o que é olhar para trás, na lembrança de toda uma vida de trabalho, de luta, de sacrifício, de exaustão e não se sentir apoiado... Aqui, Fábio se refere à luta incansável do pai na busca de um jornalismo independente, imparcial, que garanta a todos o livre direito e exercício de manifestação e de opinião. Uma luta travada pelo jorna- lista Batista Custódio há anos, há uma eternidade, que co- meçou nas páginas do lendá- rio jornal Cinco de Março e prossegue até hoje, com todas as dificuldades do mundo ca- pitalista, nas páginas do Diá- rio da Manhã, um libelo con- tra o autoritarismo das ideias e do pensamento e sempre pronto, ‘arriado’ para as opini- ões alheias, de quem pensa cosmologicamente o mundo. Fábio se refere ao sacrifício enfrentado por Batista, das di- ficuldades financeiras, da brutal e desigual dependência econômica, do pífio capital mercantilista, que coloca seu jornal em dificuldades, às ve- zes, até de sua circulação, já que o papel, para imprimi-lo, de vez em quando mingua, tornando um ‘Deus nos acu- da’, uma exaustão a ser com- batida, sempre e sempre. Fábio fala ao pai sobre a sua luta, histórica, de anos, anos após anos, avivando o concei- to de jornalismo participativo, coloquial, popular, democrá- tico, mas sempre, sempre co- lecionando ‘apunhaladas’ da- queles que se dizem amigos, mas se mudam de acordo com o vento, no mais breve piscar da luz para as trevas num solitário gesto de traição. — Ser um só na multidão. É saber que o legado de uma História ficará para sempre, com ou sem aceitação. E completa ao pai: — É olhar todos os que tri- lharam esse percurso e parti- ram: uns voltaram, outros simplesmente se foram. Fábio, aqui, evidencia, em sua mensagem, a insatisfação com aqueles que agem como se a amizade áurea dos tempos fosse nada mais que um escrito na areia e não o contrário, co- mo fosse duradoura, escrita co- mo se fosse feita com a grafia do cinzel nas pedras do mun- do. Para Fábio, é compreender o ‘incompreensível’ e, mais: perguntar ‘onde e por quê’. — É buscar os apertos de mão, os olhares, os tapas nas costas, as promessas vazias, que hoje se transformaram em palavras ao vento... E por mais lembranças que a reti- na de sua memória desfile ante seus olhos, que não têm mais lágrimas, o senhor ainda crê no homem, na hu- manidade, no amanhã. Aqui, Fábio mostra que o pai ainda, mesmo com todas as apunhaladas, não ‘desani- mou’ do ser humano e, abne- gado, continua e continuará na sua luta pelo jornalismo- sacerdócio, este que motiva a história e a empurra para seu leito natural. Não há como negar a sua, de Batista, abne- gação e obsessão por um jor- nalismo participativo, onde todos possam desempenhar suas funções de ‘construtores sociais’ de um tempo novo e que virá com o despertar de novas consciências. E Fábio conforta o pai com uma observação que vem do céu: — E é isso que o torna belo e tão especial para Deus, meu pai. Não tenha receio algum. Desencarnado no dia 17 de janeiro de 1999, Fábio lembra ao pai, Batista Custódio, que seus amigos, do Diário Fran- cês, estão com ele. Faz uma referência ao grande escritor francês Victor Hugo, que en- saiou, em sua época, uma pu- blicação coletiva, que seria chamada de ‘Diário Francês’, com vistas a dar vazão às mais diversas opiniões da época no mundo europeu. Uma espé- cie hoje do caderno Opini- ãoPública, criado e publicado pelo editor-geral do DM, co- mo forma de democratizar o espaço da imprensa em Goi- ás, no Brasil e no mundo. E Fábio completa como num bálsamo a Batista: — A causa é antiga. Deixem que duvidem. A história fica. E reforça que todos, espiri- tualmente, estão ao seu lado e lembra ao pai para nunca, nunca olhar para o fim como se o fim fosse o simples fechar de um ciclo tão humano. — Estamos ao seu lado. Os seus olhos jamais contempla- rão o ocaso. A advertência tem uma sentença definitiva para que Batista não desista de sua luta e que continue a plan- tar as sementes de um novo dia, que virá ensolarado e prenhe de notícias positivas para uma sociedade tão ca- rente de bons exemplos e de bons fluídos. E se despede do pai: — Com todo amor do seu, sempre seu Fábio Nasser Custódio dos Santos. A HISTÓRIA SERÁ PARA SEMPRE Em nova mensagem psicografada, Fábio Nasser diz ao pai que é preciso ‘compreender o incompreensível’ e não ter receio do peso de sua luta por um jornalismo independente e livre. Fábio fala ao pai que os espíritos daqueles que forjaram o ‘Diário Francês’ estão com Batista Custódio na luta pela história e que seus olhos jamais vão ver o ocaso, já que é belo e especial para Deus, o Grande Deus Meu pai,abençoe-me. Venho ao seu encontro em um momento de grande emoção para nossos espíritos. O seu coração clamou a Deus que eu não fosse tão sintético, pois a sua saudade é do filho poeta e sensível, que carrega su- as dores em seu próprio ombro... E hoje venho afirmar que sei e compre- endo muito bem o que é olhar para trás, na lembrança de toda uma vida de tra- balho, de luta, de sacrifício, de exaustão e não se sentir apoiado... Ser um só na multidão. É saber que o legado de uma História fi- cará para sempre,com ou sem aceitação. É olhar todos os que trilharam esse per- curso e partiram; uns voltaram, outros simplesmente se foram. É compreender o incompreensível. É perguntar-se onde e por quê? É buscar os apertos de mão, os olhares, os tapas nas costas, as promessas vazias, que hoje se transformaram em palavras ao vento... E por mais lembranças que a retina de sua memória desfile ante seus olhos, que não têm mais lágrimas, o se- nhor ainda crê no homem, na humani- dade, no amanhã. E é isso que o torna belo e tão especial para Deus,meu pai. Não tenha receio algum. Os seus amigos do Diário Francês, nesse momento,vestem a luta contigo. A causa é antiga. Deixem que duvidem. A história fica. Estamos ao seu lado. Os seus olhos jamais contemplarão o ocaso. Com todo amor do seu,sempre seu Fábio Nasser Custódio dos Santos CIDADES Diário da Manhã GOIÂNIA, QUARTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2011 3 A MENSAGEM FÁBIO NASSER Ulisses Aesse Editor de Reportagem do Diário da Manhã Psicografada no dia 02/06/2015, pela médium Mary Alves, nas Obras Sociais do Grupo Espírita Mãos Unidas, na Rua JDA-04 lt. 19 qd. 04, Jardim das Aroeiras, Goiânia-GO (62) 3208-5695 Fábio Nasser

Fábio Nasser - A História Será Para Sempre

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Em nova mensagem psicografada, o jornalista Fábio Nasser lembra ao pai que é preciso “compreender o incompreensível” e não ter receio do peso de sua luta por um jornalismo livre e independente

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Se vivo, entre nós, FábioNasser estaria hoje, nessa en-solarada e fria quarta-feira dejunho, completando 49 anos.Com um pé no quase iníciodo meio século da vida, ondebuscamos a cada momentosatisfazer a nós mesmo eàqueles que nos cercam numcírculo espirituoso de existên-cia e de profundo respeito aosensinamentos de Deus.

Não há no limite da vida olimite do amor àquilo que de-votamos como o verdadeirobrilho da luz no céu que ca-minha a cada dia do ano co-mo se deslizasse suavementenas horas à procura de cadasegundo até sumir num brevefirmamento do tempo.

Não somos nada, senão opouco do tudo do que nos res-ta dos anos em que plantamose que colhemos a semente dobem; um dia, hoje apenas, umdia, armazenado em nossaconsciência imemorial. So-mos, portanto, o que quere-mos ser para nós, no espaçoinfinito de nossos desejos,mesmo que temporários, de-sejos. E seremos sempre o queo sempre será: o sempre grávi-do desse intenso desejo de vi-ver para sempre.

Em sua última carta psico-grafada ao pai, o jornalista eeditor-geral do Diário da Ma-

nhã, Batista Custódio, FábioNasser, como já de costume,pede ao pai que o abençoe eresponde a algumas pergun-tas feita por Batista, na noitedo último dia 2, data em que amensagem psicografada foirecebida no Centro EspíritaObras Sociais Mãos Unidas,pela médium Mary Alves. Eiso que Fábio diz:

— O seu coração clamou aDeus que eu não fosse tãosintético, pois a sua saudadeé do filho poeta e sensível,que carrega suas dores emseu próprio ombro...

E prossegue na sua mensa-gem celestial:

— E hoje venho afirmarque sei e compreendo muitobem o que é olhar para trás,na lembrança de toda umavida de trabalho, de luta, desacrifício, de exaustão e nãose sentir apoiado...

Aqui, Fábio se refere à lutaincansável do pai na busca deum jornalismo independente,imparcial, que garanta a todoso livre direito e exercício demanifestação e de opinião.Uma luta travada pelo jorna-lista Batista Custódio há anos,há uma eternidade, que co-meçou nas páginas do lendá-rio jornal Cinco de Março eprossegue até hoje, com todasas dificuldades do mundo ca-pitalista, nas páginas do Diá-

rio da Manhã, um libelo con-tra o autoritarismo das ideiase do pensamento e semprepronto, ‘arriado’ para as opini-ões alheias, de quem pensacosmologicamente o mundo.

Fábio se refere ao sacrifícioenfrentado por Batista, das di-ficuldades financeiras, dabrutal e desigual dependênciaeconômica, do pífio capitalmercantilista, que coloca seujornal em dificuldades, às ve-zes, até de sua circulação, jáque o papel, para imprimi-lo,de vez em quando mingua,tornando um ‘Deus nos acu-da’, uma exaustão a ser com-batida, sempre e sempre.

Fábio fala ao pai sobre a sualuta, histórica, de anos, anosapós anos, avivando o concei-to de jornalismo participativo,coloquial, popular, democrá-tico, mas sempre, sempre co-lecionando ‘apunhaladas’ da-queles que se dizem amigos,mas se mudam de acordocom o vento, no mais brevepiscar da luz para as trevasnum solitário gesto de traição.

— Ser um só na multidão. Ésaber que o legado de umaHistória ficará para sempre,com ou sem aceitação.

E completa ao pai: — É olhar todos os que tri-

lharam esse percurso e parti-ram: uns voltaram, outros

simplesmente se foram.Fábio, aqui, evidencia, em

sua mensagem, a insatisfaçãocom aqueles que agem comose a amizade áurea dos temposfosse nada mais que um escritona areia e não o contrário, co-mo fosse duradoura, escrita co-mo se fosse feita com a grafiado cinzel nas pedras do mun-do. Para Fábio, é compreendero ‘incompreensível’ e, mais:perguntar ‘onde e por quê’.

— É buscar os apertos demão, os olhares, os tapas nascostas, as promessas vazias,

que hoje se transformaramem palavras ao vento... E pormais lembranças que a reti-na de sua memória desfileante seus olhos, que nãotêm mais lágrimas, o senhorainda crê no homem, na hu-manidade, no amanhã.

Aqui, Fábio mostra que opai ainda, mesmo com todasas apunhaladas, não ‘desani-mou’ do ser humano e, abne-gado, continua e continuarána sua luta pelo jornalismo-sacerdócio, este que motiva ahistória e a empurra para seu

leito natural. Não há comonegar a sua, de Batista, abne-gação e obsessão por um jor-nalismo participativo, ondetodos possam desempenharsuas funções de ‘construtoressociais’ de um tempo novo eque virá com o despertar denovas consciências.

E Fábio conforta o paicom uma observação quevem do céu:

— E é isso que o torna beloe tão especial para Deus, meupai. Não tenha receio algum.

Desencarnado no dia 17 dejaneiro de 1999, Fábio lembraao pai, Batista Custódio, queseus amigos, do Diário Fran-cês, estão com ele. Faz umareferência ao grande escritorfrancês Victor Hugo, que en-saiou, em sua época, uma pu-blicação coletiva, que seriachamada de ‘Diário Francês’,com vistas a dar vazão às maisdiversas opiniões da época nomundo europeu. Uma espé-cie hoje do caderno Opini-ãoPública, criado e publicadopelo editor-geral do DM, co-mo forma de democratizar oespaço da imprensa em Goi-ás, no Brasil e no mundo.

E Fábio completa comonum bálsamo a Batista:

— A causa é antiga. Deixemque duvidem. A história fica.

E reforça que todos, espiri-tualmente, estão ao seu lado elembra ao pai para nunca,nunca olhar para o fim comose o fim fosse o simples fecharde um ciclo tão humano.

— Estamos ao seu lado. Osseus olhos jamais contempla-rão o ocaso.

A advertência tem umasentença definitiva para queBatista não desista de sualuta e que continue a plan-tar as sementes de um novodia, que virá ensolarado eprenhe de notícias positivaspara uma sociedade tão ca-rente de bons exemplos e debons fluídos.

E se despede do pai: — Com todo amor do seu,

sempre seuFábio Nasser Custódio dos

Santos.

A HISTÓRIA SERÁ PARA SEMPRE Em nova mensagem psicografada, Fábio Nasser diz ao pai que é preciso ‘compreender o

incompreensível’ e não ter receio do peso de sua luta por um jornalismo independente e livre. Fábio falaao pai que os espíritos daqueles que forjaram o ‘Diário Francês’ estão com Batista Custódio na luta pela

história e que seus olhos jamais vão ver o ocaso, já que é belo e especial para Deus, o Grande Deus

Meu pai,abençoe-me.Venho ao seu encontro em um momento

de grande emoção para nossos espíritos.O seu coração clamou a Deus que eu

não fosse tão sintético,pois a sua saudadeé do filho poeta e sensível,que carrega su-as dores em seu próprio ombro...

E hoje venho afirmar que sei e compre-endo muito bem o que é olhar para trás,na lembrança de toda uma vida de tra-balho, de luta, de sacrifício, de exaustão enão se sentir apoiado...

Ser um só na multidão.É saber que o legado de uma História fi-

cará para sempre,com ou sem aceitação.É olhar todos os que trilharam esse per-

curso e partiram; uns voltaram, outrossimplesmente se foram.

É compreender o incompreensível.É perguntar-se onde e por quê?É buscar os apertos de mão, os olhares,

os tapas nas costas, as promessas vazias,que hoje se transformaram em palavrasao vento... E por mais lembranças que a

retina de sua memória desfile ante seusolhos, que não têm mais lágrimas, o se-nhor ainda crê no homem, na humani-dade, no amanhã.

E é isso que o torna belo e tão especialpara Deus,meu pai.

Não tenha receio algum.Os seus amigos do Diário Francês,nesse

momento,vestem a luta contigo.A causa é antiga.Deixem que duvidem.A história fica.Estamos ao seu lado.Os seus olhos jamais contemplarão o

ocaso.Com todo amor do seu,sempre seu

Fábio Nasser Custódio dos Santos

CIDADESDiário da Manhã GOIÂNIA, QUARTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2011 3

A MENSAGEM

FÁBIO NASSER

Ulisses

Aesse

Editor de Reportagem do

Diário da Manhã

Psicografada no dia 02/06/2015, pela médium Mary Alves, nas Obras Sociais do Grupo Espírita Mãos Unidas, na Rua JDA-04 lt. 19 qd. 04, Jardim das Aroeiras, Goiânia-GO (62) 3208-5695

Fábio Nasser